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2013
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof. Osir Afonso Tessari
657
T338c Tessari, Osir Afonso
Contabilidade geral / Osir Afonso Tessari, Indaial : Uniasselvi,
2013.
187 p. : il
ISBN 978-85-7830-802-5
1. Contabilidade.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Apresentação
A partir de agora, estudar contabilidade geral torna-se um desafio.
Esse desafio será estimulante dentro de uma sistemática diferente de estudar
e aprender. Certamente, com a sistemática de educação a distância, estaremos
construindo conhecimentos de maneira empreendedora e, ao mesmo tempo,
contribuindo para transformar nossa localidade, nossa cidade, nosso estado e
nosso país num lugar bom para se viver.
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1: A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS ....................................... 1
VII
4 CONCEITO DE CAPITAL .................................................................................................................. 53
4.1 CAPITAL SOCIAL ........................................................................................................................... 53
4.2 CAPITAL PRÓPRIO ........................................................................................................................ 53
4.3 CAPITAL DE TERCEIROS ............................................................................................................. 53
4.4 CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA . .................................................................. 54
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 56
VIII
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 125
2 LIVROS UTILIZADOS NA ESCRITURAÇÃO .............................................................................. 125
2.1 LIVRO DIÁRIO ................................................................................................................................ 126
2.2 LIVRO RAZÃO ................................................................................................................................ 127
3 MÉTODO DE ESCRITURAÇÃO ...................................................................................................... 128
4 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ........................................................................................................ 128
4.1 FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ...................................................................... 130
4.1.1 Primeira fórmula .................................................................................................................... 131
4.1.2 Segunda fórmula .................................................................................................................... 131
4.1.3 Terceira fórmula . .................................................................................................................... 132
4.1.4 Quarta fórmula ....................................................................................................................... 133
5 CONTABILIZAÇÃO DE JUROS E DESCONTOS ........................................................................ 133
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 138
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 139
IX
X
UNIDADE 1
A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E
AS CONTAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade você estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e neles você encontrará os
conceitos básicos da contabilidade, bem como exercícios de fixação que serão
desenvolvidos em cada tópico.
TÓPICO 2 – PATRIMÔNIO
Assista ao vídeo
desta unidade.
1
2
UNIDADE
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico daremos os primeiros passos no aprendizado da
contabilidade. Para isso se faz necessário conhecermos os conceitos básicos desta
ciência, desde a sua origem, sua finalidade, seus objetivos e quem são os maiores
beneficiados pelo seu uso.
2 A ORIGEM DA CONTABILIDADE
A origem da contabilidade é muito antiga. Costuma-se dizer que a
contabilidade é tão antiga quanto a origem do homem. A contabilidade, na sua
forma rudimentar, era utilizada pelo homem pré-histórico. Naquele tempo, o
registro das coisas que possuía – como, por exemplo, seu rebanho de ovelhas –
era feito pela associação da quantidade de animais possuídos pela quantidade de
pedras. O homem possuía em suas mãos uma pedra para cada animal que havia
sido levado ao pasto. Ao retornar, verificava se a quantidade de pedras conferia
com a quantidade de animais, podendo então checar se algum animal havia se
perdido. Assim o homem pré-histórico conseguia quantificar e controlar a sua
riqueza, o seu patrimônio.
3
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
Assim, dessa época até o século XX a Europa foi o centro dos estudos
contábeis. Nessa fase, a contabilidade buscava melhorar a forma de representar
a situação das empresas, embora não houvesse muita preocupação com o
usuário externo da informação, pois a informação era restrita ao proprietário do
empreendimento.
3 CONCEITO
Várias são as formas utilizadas por escritores e professores para conceituar
ou explicar a importância da contabilidade, ressaltando seu conceito. Ribeiro
(2009, p. 2) compila alguns conceitos de diversos autores, como segue:
4
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
c) Ciência (ou técnica, segundo alguns) que estuda, controla e interpreta os fatos
ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração
expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações
sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza patrimonial (Hilário Franco, Contabilidade
Geral, Editora Atlas).
E
IMPORTANT
5
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
FONTE: MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2004. p. 25.
6
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
7
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
Agência Estado
Dificuldades
8
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
De 1990 a 2008
9
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
A contabilidade, como guardiã dos dados, pode contribuir muito para esse
processo.
E
IMPORTANT
10
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
Investidores Clientes
Investidores Outros...
FONTE: O autor
11
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
(c) Credores por empréstimos: estes estão interessados em informações que lhes
permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos
e os correspondentes juros no vencimento.
12
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
7 A ENTIDADE CONTÁBIL
NOTA
13
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
Quando se faz contabilidade para pessoa física (embora não seja comum)
ou pessoa jurídica, essa pessoa é denominada entidade contábil. Dessa forma,
qualquer pessoa que tenha necessidade de contabilidade (e a contabilidade é
mantida para essa pessoa) é chamada entidade contábil.
FONTE: O autor
Acima de tudo, entidade contábil é uma regra que deve ser observada com
muito critério, para que haja a existência de uma boa contabilidade.
14
Também o Conselho Federal de Contabilidade - CFC assim se manifesta,
de acordo com o art. 4º da Resolução nº 750/1993, a respeito do princípio contábil
da entidade: “Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como
objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.”
15
RESUMO DO TÓPICO 1
Muito bem. Aprendemos neste tópico que a contabilidade tem uma
importante função na geração de informações para o processo de tomada de
decisão. Para isso, coleta e registra os dados gerados pelas operações das entidades
e fornece aos usuários interessados essas informações. Informações advindas do
objeto de estudo da contabilidade, que é o patrimônio. Notamos também que,
para haver a existência de uma boa contabilidade é necessário observar uma regra
importante, chamada de entidade contábil.
16
AUTOATIVIDADE
2 O que é contabilidade?
17
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
PATRIMÔNIO
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a)!
Digo ainda que o ato de fazer contabilidade faz parte do cotidiano de todas
as pessoas.
19
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
Percebeu o nosso corre-corre de todo mês? Temos que ter um controle sobre
tudo isso, certo? Precisamos, também, ter um planejamento de nossas atividades
para que tudo corra bem, certo?
2 CONCEITO DE PATRIMÔNIO
A contabilidade nada mais é do que um instrumento que tem a finalidade
de planejar e controlar o patrimônio das entidades (pessoas físicas e jurídicas),
com o objetivo de gerar informações para subsidiar a tomada de decisões.
20
TÓPICO 2 | PATRIMÔNIO
Balanço Patrimonial
Os bens tangíveis são aqueles que possuem forma física, são corpóreos, são
palpáveis. Por sua vez, dividem-se em bens móveis, os que podem ser removidos
de seu lugar, como, por exemplo: mesas, veículos, mercadorias, dinheiro,
computadores, etc., e bens imóveis, que são os que não podem ser deslocados de
seu lugar natural, por exemplo, edifícios e construções, terrenos etc.
Os bens intangíveis são aqueles que embora são considerados bens, não
possuem existência física, não são palpáveis, não são constituídos de matéria,
porém, representam um bem significativo para as empresas. São determinados
gastos que a empresa faz, os quais, pela sua natureza, devem ser considerados
parte integrante e, por esse motivo, são registrados pela contabilidade como bens.
21
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
E
IMPORTANT
Balanço Patrimonial
Bens
Dinheiro em caixa
Marcas
Máquinas
Veículos (lado direito)
Imóvel
Mercadorias no estoque
Direitos
Duplicatas a receber
Aluguéis a receber
Promissórias a receber
22
TÓPICO 2 | PATRIMÔNIO
E
IMPORTANT
Balanço Patrimonial
Bens Obrigações
Dinheiro em caixa Duplicatas a pagar a fornecedores
Marcas Empréstimos bancários a pagar
Máquinas Salários a pagar
Veículos Impostos a pagar
Imóvel Encargos sociais a pagar
Mercadorias no estoque Promissórias a pagar
Direitos Contas a pagar
Duplicatas a receber
Aluguéis a receber
Promissórias a receber
23
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
Notamos em nosso balanço que o lado esquerdo é maior que o lado direito
(89.370,00 > 16.960,00), ou seja, as coisas boas superam as ruins, não é mesmo?
24
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico estudamos e aprendemos que:
25
AUTOATIVIDADE
1 Conceitue patrimônio.
2 Elabore o seu balanço relacionando seu bens, seus valores a receber e suas
contas a pagar. Faça a totalização e responda às questões a seguir:
b) Você possui bens intangíveis: ( ) não ( ) sim. Se sim, qual é o valor? ________
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
26
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A partir de agora, dando continuidade ao estudo do patrimônio, iremos
analisar, com mais profundidade, que o balanço possui algumas configurações
resultantes do confronto entre os bens, direitos e obrigações, as quais irão
resultar em alguns estados patrimoniais favoráveis e desfavoráveis às entidades.
Estudaremos também como é medida a riqueza de uma entidade, através do
balanço patrimonial.
2 ATIVO
Você já ouviu alguém falar: aquela pessoa é muito inteligente, trabalhadora,
ativa, esperta. Claro que já. São qualidades positivas, de coisa boa, certo? Então
vamos chamar o lado esquerdo do balanço patrimonial de Ativo (sinônimo de
coisa boa, positiva). Se o Ativo é coisa boa e positiva, nós vamos colocar no lado
esquerdo os nossos bens e direitos, certo? Assim, então, o ativo, em um primeiro
momento, compreende o conjunto de bens e direitos de uma entidade.
Segue ainda:
27
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
56. Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais, têm uma
substância física. Entretanto, substância física não é essencial à existência
de um ativo; dessa forma, as patentes e direitos autorais, por exemplo, são
ativos, desde que deles sejam esperados benefícios econômicos futuros para
a entidade e que eles sejam por ela controlados.
57. Muitos ativos, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão ligados a direitos
legais, inclusive o direito de propriedade. Ao determinar a existência de um
ativo, o direito de propriedade não é essencial; assim, por exemplo, um imóvel
objeto de arrendamento é um ativo, desde que a entidade controle os benefícios
econômicos provenientes da propriedade. Embora a capacidade de uma
entidade controlar os benefícios econômicos normalmente seja proveniente
da existência de direitos legais, um item pode satisfazer a definição de um
ativo mesmo quando não há controle legal. Por exemplo, o know-how obtido
por meio de uma atividade de desenvolvimento de produto pode satisfazer
a definição de ativo quando, mantendo o know-how em segredo, a entidade
controla os benefícios econômicos provenientes desse ativo.
28
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
59. Há uma forte associação entre incorrer em gastos e gerar ativos, mas ambas
as atividades não necessariamente coincidem entre si. Assim, o fato de uma
entidade ter incorrido num gasto pode fornecer evidência da sua busca
por futuros benefícios econômicos, mas não é prova conclusiva de que a
definição de ativo tenha sido obtida. Da mesma forma, a ausência de um
gasto não impede que um item satisfaça a definição de ativo e se qualifique
para reconhecimento no balanço patrimonial; por exemplo, itens que foram
doados à entidade podem satisfazer a definição de ativo.
3 PASSIVO
E quando você ouve alguém falar: aquela pessoa é preguiçosa, passiva,
lenta, sem vontade de nada. São qualidades negativas, de coisa ruim, então
chamaremos o lado direito do balanço patrimonial de Passivo (sinônimo de coisa
ruim, negativa). Se o Passivo é coisa ruim e negativa, nós sempre iremos colocar
deste lado as nossas obrigações (dívidas), certo?
29
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
Passivos
61. Deve-se fazer uma distinção entre uma obrigação presente e um compromisso
futuro. A decisão da Administração de uma entidade de adquirir ativos
no futuro não constitui, por si só, uma obrigação presente. A obrigação
normalmente surge somente quando o ativo é recebido ou a entidade
assina um acordo irrevogável de aquisição do ativo. Neste último caso, a
natureza irrevogável do acordo significa que as consequências econômicas
de deixar de cumprir a obrigação, por exemplo, por causa da existência de
uma penalidade significativa, deixem a entidade com pouca ou nenhuma
alternativa para evitar o desembolso de recursos em favor da outra parte.
30
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) pagamento em dinheiro;
c) prestação de serviços;
Uma obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como
pela renúncia do credor ou pela perda dos seus direitos creditícios.
4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em nosso balanço patrimonial “pessoal” elaborado anteriormente,
notamos claramente a situação patrimonial no dia 01/03/2007. A pessoa em
questão tem bens e direitos (ativo = coisas boas) no valor de R$ 89.370,00 e tem
dívidas (passivo = coisas ruins) no valor de R$ 16.960,00. Podemos dizer que a
situação desta pessoa é bem confortável, pois ela tem muito mais coisas boas
(ativo) do que coisas ruins (passivo).
31
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
Como já vimos anteriormente, o total das coisas boas (ativo) é bem maior do
que o total das coisas ruins (passivo), dando uma diferença positiva de R$ 72.410,00
(89.370,00 – 16.960,00). Certo? Sim, e isso quer dizer que poderemos transformar
essa diferença em “dinheiro vivo”, isso mesmo, “grana limpa” na nossa mão, que
poderíamos chamar de superávit, ou lucro, ou ainda de patrimônio líquido.
Sacou por que o lado direito do balanço será sempre igual ao lado esquerdo?
Sim. Pois para que haja o equilíbrio entre os lados, surge o Patrimônio Líquido
ou situação líquida, que demonstra, por sua vez, qual é a verdadeira riqueza do
patrimônio em questão.
32
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PL = 72.410,00
Ou ainda...
PL = ATIVOS - PASSIVOS
PL = 89.370,00 - 16.960,00
PL = 72.410,00
E
IMPORTANT
Cabe lembrar que tudo o que vimos anteriormente, aplicado a uma situação
particular, cada um de nós, as pessoas físicas em geral, vale também para as empresas ou
pessoas jurídicas.
33
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
34
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
AUTOATIVIDADE
PL =
2 – Ativo ou Passivo.
3 – Positivo ou Negativo.
Elementos 1 2 3
Salários a pagar Obrigações Passivo Negativo
Dinheiro no banco
Duplicatas a receber
FGTS a recolher
Estoque de mercadorias
Microcomputadores
35
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
No Balanço teremos:
36
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
No Balanço teremos:
37
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
No Balanço teremos:
38
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
LEITURA COMPLEMENTAR
ALFABETIZAÇÃO FINANCEIRA
Robert T. Kiyosaki
Sharon L. Lechter
Uma das razões pelas quais os ricos ficam mais ricos, os pobres mais pobres
e a classe média luta com dívidas, é que o assunto dinheiro não é ensinado nem
em casa, nem na escola. As escolas se concentram nas habilidades acadêmicas e
profissionais, mas não em habilidades financeiras.
Estude arduamente, sim, mas não para trabalhar numa boa empresa.
Tenha competência financeira. Aprenda a administrar o Risco na Vida e o Enfrente.
Nunca pare! As pessoas moldam suas vidas por meio de seus pensamentos. Pense
diferente!
Há uma diferença entre ser pobre e estar quebrado. Estar quebrado é algo
temporário, ser pobre é algo eterno. Quer ganhar dinheiro? Precisa aprender!
Aprender a gerar dinheiro; a conservá-lo, e não somente ganhá-lo!
Se você não puder se decidir logo, não vai aprender nunca a ganhar
dinheiro.
39
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
próprio que a todos os demais. Se você não aprender, passará a vida culpando um
emprego, um baixo salário ou o seu chefe pelos seus problemas. Passará sua vida
esperando por um golpe de sorte que resolva seus problemas de dinheiro.
O autor coloca esse título, visto que ele obteve ao longo de sua vida duas
visões como administrar o seu dinheiro. Uma do Pai “Rico” de seu amigo (pai
que estava lutando para construir algo); e a visão do seu Pai “Pobre” (seguro num
emprego e que sempre lutava para melhorar de vida substituindo o emprego por
outro em que se ganha mais).
No livro ele narra e cita muitos exemplos, de como, desde os nove anos, ele
se interessou por dinheiro e como pediu ao Pai Rico, juntamente com o seu melhor
amigo (o filho do pai rico) para lhe ensinar a ganhar dinheiro. E o Pai Rico aguçou
neles a instrução financeira; instigou neles a procura do saber.
Deixando sempre bem claro que o investimento que eles tinham de mais
importante é o que estava entre suas orelhas: sua mente!
É o medo que faz a maioria das pessoas trabalhar num emprego. O medo de
não pagar as contas. O medo de ser mandado embora. O medo de não ter dinheiro
suficiente. O medo de começar de novo.
Passar a vida com medo, não explorando jamais seus sonhos, é cruel.
Trabalhar arduamente por dinheiro, pensando que este comprará aquilo que lhes
trará felicidade, é também cruel.
40
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Veja como o dinheiro conduz a vida das pessoas. Não deixe o dinheiro
dominar suas vidas. Acordar no meio da noite, apavorado com as contas a pagar,
é uma forma de vida horrível. Viver uma vida determinada pelo montante de seu
contracheque não é realmente viver.
Pensar que um emprego o fará sentir-se seguro é mentir para você mesmo.
As escolas estão preocupadas em ensinar as pessoas a trabalhar pelo
dinheiro e não a controlar o poder do dinheiro. O emprego é uma solução a curto
prazo para um problema de longo prazo. Você precisará de dinheiro a sua vida
inteira, por isso longo prazo. E você precisa se decidir sobre isso.
41
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
O que importa na vida não é quanto dinheiro você ganha, mas quanto
dinheiro você conserva.
Regra número um é a única regra. Você tem que conhecer a diferença entre
um Ativo e um Passivo e comprar Ativos. Se você quer ficar rico, você tem que ler
e entender os números. Os Ricos adquirem Ativos e os Pobres e a Classe Média
adquirirem obrigações.
42
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico estudamos e aprendemos que:
● O Patrimônio Líquido (PL) é soma dos Bens + Direitos (-) Obrigações ou Ativo (-)
Passivo.
43
AUTOATIVIDADE
1 Quando ocorre Situação Líquida Nula?
44
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico vamos estudar contabilidade através de uma metodologia
chamada de “balanços sucessivos”. Por essa metodologia teremos condições
de entender todo o processo das modificações do patrimônio das entidades. A
metodologia leva em conta que a cada operação realizada pela entidade se faz a
alteração e a elaboração de um novo balanço.
45
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
ATENCAO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 60.000
46
TÓPICO 4 | CONTABILIZANDO COM BALANÇOS SUCESSIVOS
Essa aplicação vai aparecer no ativo, em bens e/ou direitos. Portanto, nesse
caso temos uma origem de 60.000,00 proveniente dos sócios e uma aplicação de
60.000,00 colocada à disposição da empresa em forma de dinheiro em caixa. Assim:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 60.000
47
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
ATENCAO
Vejamos então como ficará nosso balanço patrimonial após essa operação:
ATIVO PASSIVO
Caixa 37.000
Imóveis 23.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
E
IMPORTANT
Note também que há uma origem (caixa) e uma aplicação (imóvel) de recursos no
valor de 23.000,00.
49
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
UNI
Sim. O patrimônio é como se fosse uma célula que constantemente sofre mutações.
Veja quantas mudanças ele sofreu desde o dia 01/02 até o dia 08/02. Ele é representado pelo
balanço patrimonial que, no momento de sua elaboração, representa uma posição estática.
É como se tirássemos uma fotografia e congelássemos a imagem em um determinado
momento, porém, as mutações/modificações continuam a acontecer.
UNI
PL = B + D – O ou PL = A – P
Note que trocamos um ativo (bem imóveis) de 23.000,00 por outro ativo
(direito duplicatas a receber) no valor de 24.000,00. Temos neste caso duas
origens. Uma de 23.000,00 (imóveis) e outra de 1.000 (lucro) proporcionado por
uma vantagem obtida na venda de um ativo, o qual proporciona um aumento
no patrimônio líquido. Esse aumento corresponde ao aumento na riqueza
líquida da empresa.
E
IMPORTANT
51
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
52
TÓPICO 4 | CONTABILIZANDO COM BALANÇOS SUCESSIVOS
4 CONCEITO DE CAPITAL
Também chamado de capital nominal, é o valor colocado à disposição
da empresa pelos proprietários. No balanço da Cia. UNI (*1) ele aparece junto
ao patrimônio líquido. É a primeira origem de recursos necessária ao início das
atividades operacionais da empresa.
53
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
Todos os recursos que entram numa empresa passando pelo passivo (capitais
de terceiros) e pelo patrimônio líquido (capital próprio) representam as origens de
recursos que, por sua vez, são investidos no ativo, que representam as aplicações.
54
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você estudou que:
55
AUTOATIVIDADE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total Total
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total Total
56
c) No dia 16/01/2011 houve a compra de móveis e utensílios para a instalação
da empresa. Para isso foram pagos 15.000 à vista.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total Total
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total Total
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
57
BALANÇO PATRIMONIAL – Pedro Bento e Cia. Ltda. – __/__/20__
ATIVO PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total Total
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total Total
58
BALANÇO PATRIMONIAL – Pedro Bento e Cia. Ltda. – __/__/20__
ATIVO PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total Total
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total Total
59
BALANÇO PATRIMONIAL – Pedro Bento e Cia. Ltda. – __/__/20__
ATIVO PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total Total
60
UNIDADE 2
A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e neles você encontrará os con-
ceitos relacionados ao balanço patrimonial, sua estrutura e a demonstração
do resultado, bem como exercícios de fixação que serão desenvolvidos em
cada tópico.
Assista ao vídeo
desta unidade.
61
62
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! O Balanço Patrimonial de uma empresa nada mais
é do que sua fotografia, que mostra a situação da mesma em um determinado
momento. Nessa fotografia é mostrado tudo o que a empresa possui e tudo
que ela deve. Bastaria a qualquer momento, para obtermos o balanço de uma
empresa, entrar nela e fazer uma relação de tudo o que ela possui e tudo o que
ela deve.
63
2 O BALANÇO PATRIMONIAL E SUA ESTRUTURA
O Balanço Patrimonial das empresas é estruturado de acordo com normas
estabelecidas pela legislação brasileira. Recentemente, com o advento da Lei
nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08, o Balanço Patrimonial sofreu uma
mudança na sua estrutura e forma de apresentação.
Como Era
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Como Ficou
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
64
TÓPICO 1 | A ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
E
IMPORTANT
65
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
a) Investimentos – os investimentos são aplicações que não têm relação direta com as
atividades da empresa, porém, são permanentes. Como exemplo, podemos citar:
participação em outras empresas, das quais detém ações ou quotas; terrenos comprados
para especulação; obras de arte etc.
66
TÓPICO 1 | A ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
d) Salários a pagar: são valores que a empresa tem a pagar aos seus colaboradores
relativos ao mês trabalhado e ainda não recebido. Isso ocorre porque a lei
determina que os salários devam ser pagos até o quinto dia útil do mês seguinte
ao mês trabalhado.
Cabe ressaltar que cada um dos grupos estudados anteriormente pode ser
ainda dividido em subgrupos, e estes, ainda, em outras divisões, como podemos
observar no balanço patrimonial exemplificado a seguir:
67
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO R$ PASSIVO R$
Ativo Circulante (AC) Passivo Circulante (PC)
Disponibilidades Empréstimos e Financiamentos
Caixa 800,00 Empréstimos bancários a pagar 1.000,00
Bancos 200,00 Leasing a pagar 255,00
Clientes Fornecedores
Duplicatas a receber 300,00 Fornecedores nacionais 950,00
Estoques Obrigações Fiscais Sociais e
Trabalhistas
Matéria-prima 150,00 ICMS a recolher 95,00
Mercadorias 300,00 INSS a recolher 85,00
1.750,00 FGTS a recolher 40,00
Ativo Não Circulante Salários a pagar 300,00
2.725,00
Realizável a Longo Prazo 820,00 Passivo Não Circulante
Valores a receber 820,00 Exigível a Longo Prazo
Títulos a receber Empréstimos e Financiamentos
Investimentos Empréstimos em Moeda 540,00
Estrangeira
Participação Permanente na 725,00 540,00
Cia. AB
Imóveis para Renda 640,00 Patrimônio Líquido (PL)
Obras de Arte 85,00 Capital Social
Imobilizado Capital subscrito 2.635,00
Terrenos 780,00 (-) Capital a integralizar (100)
Veículos 700,00 Reservas
(-) Depreciação Acumulada de (140,00) Reservas de Capital 205,00
Veículos
Máquinas 900,00 Reservas de Lucros 215,00
(-) Depreciação Acumulada de (90,00)
Máquinas
Intangível Lucros ou Prejuízos Acumulados
Marcas e Patentes 300,00 Lucros Acumulados 350,00
Ponto de Comércio 100,00 3.305,00
4.000,00
3 AS CONTAS
Para Ribeiro (2009, p. 36), “conta é o nome dado aos componentes
patrimoniais (bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido), [...]” é por meio
das contas que a contabilidade consegue desempenhar seu papel de registrar e
controlar todos os acontecimentos responsáveis pela gestão de seu patrimônio.
68
TÓPICO 1 | A ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
Dentro desse contexto, as contas que serão criadas para registrar os fatos
nos livros contábeis são contas que representam os elementos do Ativo, Passivo e
Patrimônio Líquido, mas também devem ser criadas contas que expliquem gastos
e perdas do último período. Portanto, criam-se igualmente contas para representar
as principais despesas e principais receitas.
4 O PLANO DE CONTAS
É chamado de “plano de contas” o conjunto de contas criado pelo contador,
para atender às necessidades de registro das transações dos eventos econômicos,
de forma a possibilitar a construção dos principais relatórios contábeis e atender a
todos os usuários da informação contábil.
69
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
70
TÓPICO 1 | A ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
E
IMPORTANT
Há que se destacar que cada empresa deve possuir seu plano de contas, adaptado
à sua realidade empresarial. Uma empresa especializada em prestar serviços possui
certamente um plano de contas diferente de uma empresa do setor industrial, e esta
também diferentemente de uma empresa comercial. Porém, todas obedecem à mesma
estrutura exigida pela legislação.
1 ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1,1,1 ATIVO DISPONÍVEL
1,1,1,1 Caixa
1,1,1,2 Bancos Conta Movimento
1,1,1,3 Aplicações Financeiras
1,1,2 CLIENTES
1,1,2,1 Duplicatas a receber
1,1,2,2 (-) Duplicatas descontadas
1,1,2,3 (-) Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa
71
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
1,1,4 ESTOQUES
1,1,4,1 Matéria-prima
1,1,4,2 Produtos em elaboração
1,1,4,3 Produtos acabados
1,1,4,4 Mercadorias
1,1,4,5 Importações em andamento
1,1,4,6 Adiantamento a fornecedores
1,2,2 INVESTIMENTOS
1,2,2,1 Participações Permanentes em Outras Cias.
1,2,2,2 Participações em Fundos de Investimentos (IF)
1,2,2,3 Terrenos e Imóveis para Futura Utilização
1,2,2,4 Imóveis para Renda
1,2,2,5 Obras de Arte
72
TÓPICO 1 | A ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
1,2,3 IMOBILIZADO
1,2,3,1 Terrenos
1,2,3,2 Edifícios
1,2,3,3 Instalações
1,2,3,4 Móveis e utensílios
1,2,3,5 Veículos
1,2,3,7 (-) Depreciações acumuladas
1,2,4 INTANGÍVEL
1,2,4,1 Marca Registrada
1,2,4,2 Ponto de Comércio
1,2,4,3 Patentes
2 PASSIVO
2,1 PASSIVO CIRCULANTE
2,1,1 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
2,1,1,1 Financiamentos e empréstimos bancários
2,1,1,2 Juros a pagar de empréstimos e financiamentos
2,1,1,3 Leasing a pagar
2,1,2 DEBÊNTURES
2,1,2,1 Debêntures conversíveis em ações
2,1,2,2 Debêntures não conversíveis em ações
2,1,2,3 Juros e participações
2,1,2,4 Deságio a apropriar (cd)
2,1,3 FORNECEDORES
2,1,3,1 Fornecedores nacionais
2,1,3,2 Fornecedores estrangeiros
73
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
2,2,2 DEBÊNTURES
2,2,2,1 Debêntures conversíveis em ações
2,2,2,2 Debêntures não conversíveis em ações
2,2,2,3 Juros e participações
2,2,2,4 Deságio a apropriar (cd)
74
TÓPICO 1 | A ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
3 RECEITAS
3,1 RECEITAS GERAIS
3,1,1 RECEITA BRUTA DAS VENDAS
3,1,1,1 Venda de Mercadorias
3,1,1,2 Venda de Serviços
3,1,1,3 Venda de Produtos
4 CUSTOS
4,1 CUSTOS GERAIS
4,1,1 CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS
4,1,1,1 Custo por Unidade de Mercadoria Vendida
4,1,1,2 Custo da Mercadoria Vendida c/ Base no Inventário
75
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
5 DESPESAS
5,1 DESPESAS OPERACIONAIS
5,1,1 DESPESAS COM VENDAS
5,1,1,1 Salários
5,1,1,2 Comissões sobre vendas
5,1,1,3 Encargos sociais
5,1,1,4 Propaganda e publicidade
5,1,1,5 Fretes com entregas
5,1,1,6 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
5,1,1,7 Reversão da Provisão p/ Créditos de Liq. Duvidosa
76
TÓPICO 1 | A ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
77
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
78
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico estudamos e aprendemos que:
● Vimos que as contas do Ativo são organizadas de acordo com seu grau de
liquidez, formando dois grandes grupos: o Ativo Circulante e o Ativo Não
Circulante. Por outro lado, as contas do Passivo são organizadas pelo grau de
exigibilidade e são compostas pelo Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e
o Patrimônio Líquido.
79
AUTOATIVIDADE
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
80
UNIDADE 2 TÓPICO 2
RAZONETES E AS PARTIDAS DOBRADAS
1 INTRODUÇÃO
Na unidade anterior vimos o funcionamento da contabilidade através
da utilização de balanços sucessivos. Com os balanços sucessivos conseguimos
entender como a contabilidade funciona, além de diversos conceitos contábeis.
Vamos, a partir de agora, utilizar uma metodologia que nos permitirá efetuar a
contabilidade de uma entidade com mais agilidade.
2 RAZONETES
O controle individual de cada conta será efetuado por “razonetes”, que
nada mais são do que uma representação em forma resumida de um Livro Contábil
obrigatório utilizado pela contabilidade, chamado de Livro Razão.
Nome da Conta
D C
81
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
3 PARTIDAS DOBRADAS
Para que possamos entender o funcionamento da contabilidade com a
utilização dos razonetes, precisamos entender uma regra básica de movimentação
dos valores nas contas.
Aumentos Diminuições
de valores de valores
+ -
82
TÓPICO 2 | RAZONETES E AS PARTIDAS DOBRADAS
Diminuições Aumentos
de valores de valores
- +
Diminuições Aumentos
de valores de valores
- +
83
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
E
IMPORTANT
84
TÓPICO 2 | RAZONETES E AS PARTIDAS DOBRADAS
DICAS
Veja a solução das operações nos razonetes a seguir. Para uma boa compreensão
da solução, acompanhe sequencialmente letra por letra.
3.000 7.000
32.000 7.000 4.000
D C D C
24.000 10.000
14.000 1.000
85
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
86
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico aprendemos que:
D C
Contas do Ativo ⇨ Aumentos (+) Diminuições (-)
Contas do Passivo ⇨ Diminuições (-) Aumentos (+)
Contas do Patrimônio Líquido ⇨ Diminuições (-) Aumentos (+)
87
AUTOATIVIDADE
Solução:
88
1 Corresponde ao 1º lançamento.
Empréstimos bancários
Títulos a pagar - PNC Terreno - ANC
a pagar - PC
D C D C D C
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Total Total
Assista ao vídeo de
resolução desta questão
89
90
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Sabemos que o Patrimônio Líquido das entidades representa a riqueza
líquida desta entidade. Assim, a riqueza líquida pode variar por duas causas
principais, que são:
2 RECEITAS E DESPESAS
Sendo assim, o que vem a ser receitas e o que vem a ser despesas?
91
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
76. Ganhos incluem, por exemplo, aqueles que resultam da venda de ativos
não correntes. A definição de receita também inclui ganhos não realizados;
por exemplo, os que resultam da reavaliação de títulos negociáveis e os
que resultam de aumentos no valor de ativos a longo prazo. Quando esses
ganhos são reconhecidos na demonstração do resultado, eles são usualmente
apresentados separadamente, porque sua divulgação é útil para fins de
tomada de decisões econômicas. Esses ganhos são, na maioria das vezes,
mostrados líquidos das respectivas despesas.
77. Vários tipos de ativos podem ser recebidos ou aumentados por meio da
receita; exemplos incluem caixa, contas a receber, mercadorias e serviços
recebidos em troca de mercadorias e serviços fornecidos. A receita também
pode resultar da liquidação de passivos. Por exemplo, a entidade pode
fornecer mercadorias e serviços a um credor em liquidação da obrigação de
pagar um empréstimo.
FONTE: RESOLUÇÃO CFC Nº 1.121/08. Disponível em: <www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/
RES_1121.doc.>. Acesso em: 17 nov. 2010.
ATENCAO
92
TÓPICO 3 | AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E A APURAÇÃO DOS RESULTADOS
78. A definição de despesas abrange perdas assim como as despesas que surgem
no curso das atividades ordinárias da entidade. As despesas que surgem
no curso das atividades ordinárias da entidade incluem, por exemplo, o
custo das vendas, salários e depreciação. Geralmente, tomam a forma de
um desembolso ou redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa,
estoques e ativo imobilizado.
80. Perdas incluem, por exemplo, as que resultam de sinistros como incêndio
e inundações, assim como as que decorrem da venda de ativos não
correntes. A definição de despesas também inclui as perdas não realizadas,
por exemplo, as que surgem dos efeitos dos aumentos na taxa de câmbio
de uma moeda estrangeira com relação aos empréstimos a pagar em tal
moeda. Quando as perdas são reconhecidas na demonstração do resultado,
elas são geralmente demonstradas separadamente, pois sua divulgação é
útil para fins de tomada de decisões econômicas. As perdas são geralmente
demonstradas líquidas das respectivas receitas.
ATENCAO
As despesas, por sua vez, provocam diminuições no Ativo, quando pagas, e/ou
aumentos no passivo quando geradas e não pagas.
93
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO R$ PASSIVO R$
Ativo Circulante (AC) Passivo Circulante (PC)
Disponibilidades Empréstimos e Financiamentos
Caixa (-) (+) R$? Empréstimos bancários a pagar
Clientes Fornecedores
Duplicatas a receber R$? Fornecedores nacionais
Estoques Obrigações Fiscais Sociais e Trabalhistas (+)
Mercadorias Salários a pagar 2.400,00
Passivo Não Circulante
Ativo Não circulante Empréstimos e Financiamentos (LP)
Valores a receber (LP) Empréstimos em moeda estrangeira
Títulos a receber Patrimônio Líquido (PL)
Investimentos Capital Social
Participação permanente na Cia. AB Capital subscrito
Imobilizado Lucros ou Prejuízos Acumulados
Terrenos Lucros acumulados 1.050,00
Diferido
Gastos pré-operacionais
94
TÓPICO 3 | AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E A APURAÇÃO DOS RESULTADOS
E
IMPORTANT
Aumentos
de valores
+
Aumentos
de valores
+
95
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
a) Imagine que a Cia. UNI esteja sendo criada com a finalidade de prestar serviços.
Foi então constituída, em imóvel alugado, com um capital deixado à disposição
pelos sócios, no valor de 8.000,00 em dinheiro.
c) Posteriormente, a Cia. UNI foi contratada para prestar serviços. Cobrou pelos
serviços o valor de 3.000,00 à vista.
96
TÓPICO 3 | AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E A APURAÇÃO DOS RESULTADOS
Moveis e Utensílios –
Caixa – AC Capital - PL
ANC
D C D C D C
a 8.000 2.000 b 8.000 a b 2.000
c 3.000 1.900 e
1.100 f
Despesas de Aluguéis
–R
D C
f 1.100
97
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
● Transferir o saldo das contas de receitas e despesas para uma conta chamada
“Resultado”. No momento da transferência, todas as contas de receitas e despesas
terão seu saldo anulado, conforme a sequência dos lançamentos abaixo:
ATENCAO
Concentre atenção nas contas de receitas e despesas e veja, a seguir, como fica o
processo de apuração de resultados:
98
TÓPICO 3 | AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E A APURAÇÃO DOS RESULTADOS
Moveis e utensílios –
Caixa – AC Capital - PL
ANC
D C D C D C
a 8.000 2.000 b 8.000 a b 2.000
c 3.000 1.900 e 8.000 2.000
1.100 f
11.000 5.000
6.000
Despesas de aluguéis
–R Resultado – R
D C D C
f 1.100 2 1.900 4.500 1
1.100 1.100 3 3 1.100
0,00 0,00 3.000 4.500
E
IMPORTANT
Note que efetuamos a transferência dos valores das contas de receitas e despesas,
através de lançamentos contábeis (lançamentos 1, 2 e 3), para a conta de resultado. Após
isso, todas as receitas e despesas estarão com saldo zerado ou nulo. Apenas possuem saldo
as contas patrimoniais e a conta resultado, que reflete de forma resumida todas as contas
de receitas e despesas.
99
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
Lucros/Prejuízos
Resultado – R
Acumulados – PL
D C
2 1.900 4.500 1 1.500 4
3 1.100 1.500
3.000 4.500
4 1.500
0,00 0,00
100
TÓPICO 3 | AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E A APURAÇÃO DOS RESULTADOS
Toda empresa precisa apurar o resultado pelo menos uma vez por ano. O
lucro ou prejuízo de um período está na dependência da confrontação das contas
de resultado (receitas e despesas), e esse resultado líquido é apurado, como vimos,
na conta resultado.
101
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
E
IMPORTANT
Com isso, se o total dos créditos da conta resultado for superior ao total
dos débitos, teremos um lucro líquido. Se ocorrer o contrário, ou seja, os débitos
forem maiores que os créditos, teremos um prejuízo líquido. Ocorrendo lucro
ou prejuízo, o saldo da conta resultado será transferido para a conta lucros ou
prejuízos acumulados no patrimônio líquido.
102
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico estudamos e aprendemos que:
103
AUTOATIVIDADE
104
Caixa – AC Capital - PL Imóveis - ANC
D C D C D C
105
BALANÇO PATRIMONIAL – Cia. Blumenau – 31/03/2010
ATIVO R$ PASSIVO R$
Ativo Circulante (AC) Passivo Circulante (PC)
Disponibilidades Duplicatas a pagar .................
Caixa .............
106
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
O Patrimônio das empresas está em constante movimento, em função
dos acontecimentos que ocorrem diariamente. Esses acontecimentos podem ser
divididos em dois grupos, os quais passaremos a estudá-los a partir desse tópico.
São eles:
● Atos administrativos.
● Fatos administrativos.
2 ATOS ADMINISTRATIVOS
Os Atos administrativos são os acontecimentos que ocorrem na empresa e
que não provocam alterações no Patrimônio.
107
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
3 FATOS ADMINISTRATIVOS
Os Fatos administrativos são os acontecimentos que provocam variações
nos valores patrimoniais, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido.
● Fatos permutativos.
● Fatos modificativos.
● Fatos mistos.
108
TÓPICO 4 | ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS
109
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
Note que o Ativo aumentou para R$ 5.000, com a inclusão da conta móveis
e utensílios, tendo em vista a compra efetuada; e o Passivo também aumentou
para R$ 5.000, com a inclusão da conta duplicatas a pagar, devido à Obrigação
contraída.
110
TÓPICO 4 | ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS
a) Diminuições
111
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
Tal fato diminuirá o Caixa em R$ 100, pela saída do dinheiro, e, por ser
uma despesa, diminuirá também o Patrimônio Líquido no mesmo valor.
b) Aumento
Suponhamos, agora, que tenha ocorrido o seguinte fato com a Cia. UNI:
112
TÓPICO 4 | ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS
113
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
114
TÓPICO 4 | ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS
LEITURA COMPLEMENTAR
115
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
O que afirmei não foi profecia, mas, sim a decorrência de uma observação
sobre a realidade derivada do confronto entre as falhas técnicas e científicas que
reconheço existirem nas referidas normas em implantação e os rigores da lei.
116
O rumo que vai tomando a questão tem preocupado não só a contadores,
mas, inclusive, a terceiros; não têm sido poucos os empresários, professores,
universitários, que procuram conhecer a minha opinião (e os aconselho a seguirem
a lei).
A polêmica está instalada, quer nas páginas dos jornais, quer no mundo
acadêmico, ganhando amplitude, mesmo com alardes contraditórios no sentido de
apresentarem as normas como algo miraculoso e altamente avançado (coisas que
elas não demonstraram ser, por que, se fossem, teriam impedido a ocorrência da
atual macro crise, de cunho mundial).
117
Escriturações contábeis apenas informam e quando seguem normas como
as denominadas “internacionais” podem oferecer (como têm oferecido), ensejo
para adulteração de valores, em razão de “flexibilidades”; a falta de base em
doutrina científica e a desobediência à lei tendem a ensejar a mentira nos balanços.
E pior que isso é ainda o admitir que o não científico possa ter por meta
revelar a realidade objetiva; as normas abraçam o subjetivo, logo o empírico, ou seja,
o que está na contramão da ciência, segundo dentre muitos denunciaram ilustres
intelectuais e professores universitários; compulsar os escritos do Dr. Rogério
Fernandes Ferreira (expressão máxima da Contabilidade em Portugal), Valério
Nepomuceno (autor de uma das melhores obras de Teoria da Contabilidade),
Domingos Cravo (da Universidade de Aveiro), Abraham Briloff (da Universidade
de New York), já é o suficiente para ter a visão de como é vulnerável o método
normativo; sobre o risco das normatizações, insurgiram, também, em suas obras
cientistas famosos como Einstein e filósofos notáveis da modernidade como
Lyotard.
118
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico estudamos:
Fatos modificativos: que envolvem apenas uma Conta Patrimonial (que representa
Bem, Direito ou Obrigações) e uma ou mais Contas de Resultado ou do Patrimônio
Líquido.
Fatos mistos: que envolvem mais de uma Conta Patrimonial e uma ou mais Contas
de Resultado ou do Patrimônio Líquido.
119
AUTOATIVIDADE
D C D C D C
D C D C D C
D C D C D C
120
D C D C D C
D C D C D C
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
121
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
DRE – CIA. UNI
01/03/2010 a 31/03/2010
RECEITAS
Receita de Serviços ...............
(-) DESPESAS
Despesas com (................)
Despesas com (................)
Despesas ............................... (................)
Despesas .............................. (................) (..............)
RESULTADO – ............................ .................
122
UNIDADE 3
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E
OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA
DE MERCADORIAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo está dividida em dois tópicos e neles você encontrará
os conceitos relacionados ao controle de estoques das empresas e como são
utilizados os diversos métodos para esse controle.
TÓPICO 1 – ESCRITURAÇÃO
Assista ao vídeo
desta unidade.
123
124
UNIDADE 3
TÓPICO 1
ESCRITURAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
a) Livro Diário
b) Livro Razão
125
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
E
IMPORTANT
Essas formalidades devem ser observadas para que o livro Diário mereça fé
a favor do comerciante, pois, como a vida da empresa é registrada no livro Diário,
toda e qualquer demonstração de situação empresarial, apresentada em qualquer
momento, tem sua comprovação nesse livro, desde que o mesmo não contenha
vícios (erros de escrituração) contrários às formalidades legais descritas.
126
TÓPICO 1 | ESCRITURAÇÃO
_____________________________________________________
Ass.: Proprietário
Vale lembrar que a pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá
manter, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão
ou fichas, utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos
efetuados no livro Diário, mantidas as demais exigências e condições previstas na
legislação, observando-se que:
E
IMPORTANT
127
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
3 MÉTODO DE ESCRITURAÇÃO
O método utilizado para a escrituração dos fatos administrativos é o
método das partidas dobradas.
Esse método, que é de uso universal e foi divulgado pelo frade franciscano
Lucas Pacioli, no século XV, consiste no seguinte:
E
IMPORTANT
Não há devedor sem que haja credor e não há credor sem que haja devedor, sendo
que a cada débito corresponde um crédito de igual valor.
4 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
Os fatos administrativos são registrados através do lançamento, inicialmente
no livro Diário, mediante documentos que comprovem a legitimidade da operação
(Notas Fiscais, Recibos, Contratos etc.).
d) histórico;
e) valor.
128
TÓPICO 1 | ESCRITURAÇÃO
d) Verificar, no Plano de Contas, que conta deveremos utilizar para registrar cada
um dos elementos identificados na letra c.
Temos:
Dinheiro será registrado na conta Caixa.
Fiorino será registrada na conta Veículos.
Logo:
Compra de um veículo Fiorino, marca Fiat, conforme Nota Fiscal n. 486, da
Concessionária Gaúcha Ltda.
129
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
Para identificar mais facilmente a conta a ser debitada e a conta a ser creditada,
aplique a regra de movimentação das contas estudadas na Unidade 2, Tópico 2
(Razonetes e Partidas Dobradas).
130
TÓPICO 1 | ESCRITURAÇÃO
<Local e data> D C
D Fornecedores - Empresa Comercial "WZ" Ltda. (Passivo 2.000
Circulante).
C Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante). 2.000
Pagamento da Duplicata n. 555 ao fornecedor WZ com emissão
de cheque n. 123 do Banco do Brasil.
NOTA
131
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
<Local e data> D C
D Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 5.100
C Clientes - Empresa Comercial "YZ" Ltda. (Ativo Circulante). 5.000
C Juros Ativos (Conta de Resultado). 100
Recebimento da duplicata n. 789 de nosso cliente YZ, com juros
pelo atraso no pagamento.
NOTA
<Local e data> D C
D Fornecedores - Empresa Comercial "WZ" Ltda. (Passivo 3.000
Circulante).
D Juros Passivos (Conta de Resultado). 200
C Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 3.200
Pagamento ao nosso fornecedor WZ cf. duplicata n. 852, com
juros pelo atraso.
NOTA
132
TÓPICO 1 | ESCRITURAÇÃO
<Local e data> D C
D Fornecedores - Empresa Comercial "WZ" Ltda. (Passivo 2.000
Circulante)
D Juros Passivos (Conta de Resultado) 200
C Caixa (Ativo Circulante) 1.000
C Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 1.200
NOTA
133
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
Assim, pode ser uma receita (Receita de Juros ou Juros Ativos), para
quem empresta o dinheiro, ou pode ser uma despesa (Despesa de Juros ou Juros
Passivos), para quem toma emprestado o dinheiro.
Note que, quando falamos que recebemos juros, significa que recebemos
dinheiro referente a juros. Quando falamos que pagamos juros, significa que
pagamos dinheiro referente a despesas de juros. Isto porque todo fato ocorrido
envolve, pelo menos, duas contas. Nesses casos, uma delas é a conta Caixa e a
outra é uma Receita ou uma Despesa de Juros.
134
TÓPICO 1 | ESCRITURAÇÃO
Está ocorrendo, também, uma despesa de R$ 90, referente aos juros pagos.
Logo, a conta de despesa correspondente, que é Juros Passivos, será debitada.
<Local e data> D C
D Duplicatas a pagar 3.000
D Juros Passivos (despesas) 90
C Caixa 3.090
Pagamento ao nosso fornecedor XXX cf. duplicata n. 321, com
juros pelo atraso.
<Local e data> D C
D Caixa 2.100
C Juros Ativos (receitas) 100
C Duplicatas a receber 2.000
Recebimento da duplicata n. 877 da nossa cliente Rita Maria,
com juros pelo atraso.
Neste caso, a conta duplicatas a receber será creditada por R$ 2.000, pois
estamos recebendo a importância em dinheiro, correspondente à Duplicata. Logo,
o Ativo será diminuído pela extinção do Direito.
A conta juros ativos será creditada, pois os juros, nesse caso, representam
receitas para nossa firma, e toda Receita será creditada.
E a conta caixa será debitada por R$ 2.100, pois estamos recebendo esta
importância que, entrando para o Patrimônio, aumentará o nosso Ativo.
135
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
Mais um alerta para você: quando falamos em Juros Ativos e Juros Passivos,
esses ativos e passivos não têm relação alguma com o Ativo e o Passivo do Balanço
Patrimonial. Nesse caso, as palavras ativos e passivos estão sendo utilizadas como
adjetivos, qualificando os juros de negativos ou positivos.
a) Descontos obtidos.
b) Descontos concedidos.
<Local e data> D C
D Duplicatas a pagar 1.000
C Descontos obtidos (receitas) 100
C Caixa 900
Pagamento da duplicata. n. 2525 às Casas Bahia, com obtenção
de 10% de desconto pelo pagamento antecipado.
Note que a conta duplicatas a pagar será debitada por R$ 1.000, que é o
valor da obrigação a ser baixada; a conta descontos obtidos será creditada por
R$ 100, que correspondem ao valor da Receita; e, finalmente, a conta caixa será
creditada por R$ 900, pela saída dessa importância do caixa.
136
TÓPICO 1 | ESCRITURAÇÃO
<Local e data> D C
D Caixa 3.600
D Descontos concedidos (despesas) 400
C Duplicatas a receber 4.000
Recebimento da duplicata nº 666 do nosso cliente João Pedro,
com concessão de desconto de 10% pelo pagamento antecipado.
Note que a conta duplicatas a receber será creditada por R$ 4.000, que
correspondem ao valor da referida duplicata a ser baixada; a conta descontos
concedidos será debitada por R$ 400, que correspondem ao valor da despesa com
o desconto; e, finalmente, a conta Caixa será debitada por R$ 3.600, porque essa
importância está sendo recebida.
Quando damos o desconto para terceiros, será despesa para nós. Logo, a
conta representativa do elemento da despesa será descontos concedidos, pois nós
concedemos os descontos.
137
RESUMO DO TÓPICO 1
● Os dois principais livros obrigatórios exigidos para que haja uma adequada
escrituração. O livro Diário, que dá origem a todo o registro dos fatos
administrativos, seguido pelo Livro Razão, que dá um detalhamento maior dos
registros realizados no livro Diário.
138
AUTOATIVIDADE
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
139
Livro Diário fl.01
D C
140
Livro Diário fl.02
D C
141
Livro Razão - Razonetes
D C D C D C
D C D C D C
D C D C D C
D C D C D C
D C D C D C
142
BALANÇO PATRIMONIAL – Cia. Serviçal – __/__/____
ATIVO R$ PASSIVO R$
Ativo Circulante (AC) Passivo Circulante (PC)
143
2 Identifique, em cada operação do exercício anterior, se são Lançamentos de
Primeira, Segunda, Terceira ou Quarta Fórmula:
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
144
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Vimos na unidade anterior que uma das formas das empresas ganharem
dinheiro é através da venda ou prestação de serviços. Esse tipo de receita é
específico em empresas que exploram a atividade de prestação ou execução de
serviços.
2 INVENTÁRIO PERIÓDICO
Caro(a) acadêmico(a), é muito comum encontrarmos na porta das empresas,
normalmente no final do ano, uma placa com os seguintes dizeres: “Fechado para
balanço”.
145
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
CMV = EI + C – EF
Onde:
CMV Custo das Mercadorias Vendidas
EI Estoque Inicial de Mercadorias
C Compras de Mercadorias
EF Estoque Final de Mercadorias
146
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
Então temos:
CMV = EI + C – EF
CMV = 1.000,00 + 3.000,00 – 800,00
CMV = 3.200,00
147
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
RCM = V – CMV
Onde:
Assim, teremos:
RCM = V – CMV
RCM = 4.000,00 – 3.200,00
RCM = 800,00
ATENCAO
Mercadorias em
Caixa – AC Capital – PL
estoque - AC
D C D C D C
a 4.000 3.000 b 5.000 A a 1.000 1.000 1
c 4.000 5.000 3 800
8.000 3.000
Saldo
5.000
Compras de Mercadorias
–R Vendas (receita) – R
D C D C
b 3.000 3.000 2 4.000 4.000 C
ATENCAO
● Primeiramente, a abertura das contas CMV, RCM e Resultado deve ser realizada
para possibilitar a transferência dos valores já contabilizados anteriormente.
149
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
6) O saldo apurado na conta RCM, de 800,00, deverá ser transferido para a conta
Resultado. Com esse lançamento a conta RCM também ficará com saldo nulo.
Esse lançamento será feio a débito na conta. Neste momento, havendo mais
contas de receitas e despesas, estas também deverão ser confrontadas na conta
Resultado, possibilitando a identificação do resultado líquido obtido pela
empresa.
150
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
Mercadorias em Lucros/Prejuízos
estoques – AC acumulados – PL
D C D C
2 800 800 7
Após todos os lançamentos terem sido efetuados, iremos notar que todas
as contas de resultado estão com saldo zerado ou nulo. Isso permitirá, no período
seguinte, novamente o acúmulo de valores nas contas de receitas e despesas,
proporcionando novamente a apuração do resultado, e assim sucessivamente.
151
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
AUTOATIVIDADE
152
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
Passos a seguir:
CMV = EI + C – EF
CMV =
3) Após os cálculos acima, os lançamentos do CMV deverão ser feitos nos razonetes.
RCM = V - CMV
RCM =
5) Após os cálculos acima, os lançamentos do RCM deverão ser feitos nos razonetes.
7) Por fim, transfira o saldo da conta “Resultado” e o saldo desta conta para
“lucros ou prejuízos acumulados”.
153
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
154
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
VENDAS .................
155
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
3 INVENTÁRIO PERMANENTE
O inventário permanente é um sistema de controle de estoques que
proporciona informações para a apuração de resultados. Consiste no controle
de forma contínua e permanente das mercadorias, registrando as entradas pelas
compras, dando baixa em cada venda, pelo custo dessas mercadorias vendidas –
CMV. O inventário permanente permite que a empresa controle todas as entradas
e saídas de mercadorias por meio de fichas desenvolvidas especificamente para
esse fim.
3.1 PEPS
O método PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai tem por objetivo
avaliar o estoque final pelas aquisições mais recentes (últimas) e o Custo das
Mercadorias Vendidas (CMV) pelas aquisições mais antigas (primeiras). Esse
método pressupõe que as primeiras mercadorias que entraram no estoque da
empresa serão as primeiras a serem vendidas.
Cabe destacar que em todos os métodos (PEPS, UEPS e Média) que serão
estudados, o mecanismo de funcionamento de cada um é especificamente para
a geração de informações para a apuração dos Estoques e do CMV e não para o
controle e organização física dos estoques.
Exemplo:
156
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
157
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
E
IMPORTANT
ATENCAO
158
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
Fornecedores
Vendas CMV
(duplicata a pagar)
D C D C D C
30.000 4a 20.000 2 4b 15.000
7.500 5a 7.500 7 5b 3.000
13.500 8a 8b 9.800
a 51.000 27.800 b
Duplicata a receber
Despesas c/ fretes Despesas c/ salários
(clientes)
D C D C D C
5a 7.500 9 5.500 5.500 d 10 16.200 16.200 e
8a 13.500
Muito bem. O passo seguinte é apurar o saldo de cada conta; faça isso.
E
IMPORTANT
159
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
Lucros/Prejuízos
R CM Resultado
acumulados
D C D C D C
b 27.800 51.000 a d 5.500 23.200 c 1.500 f
c 23.200 e 16.200
f 1.500
160
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
3.2 UEPS
O método UEPS – Último que Entra, Primeiro que Sai tem por objetivo
avaliar o estoque final (EF) pelas aquisições mais antigas (primeiras) e o custo
das mercadorias vendidas (CMV) pelas aquisições mais recentes (últimas). Esse
método funciona da forma oposta ao PEPS, ou seja, as últimas mercadorias que
entraram no estoque serão as primeiras a saírem.
161
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
E
IMPORTANT
162
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
ATENCAO
Fornecedores
Vendas CMV
(duplicata a pagar)
D C D C D C
30.000 4a 20.000 2 4b 18.000
7.500 5a 7.500 7 5b 3.000
13.500 8a 8b 13.100
a 51.000 34.100 b
163
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
Duplicata a receber
Despesas c/ fretes Despesas c/ salários
(clientes)
D C D C D C
5a 7.500 9 5.500 5.500 d 10 16.200 16.200 e
8a 13.500
Muito bem. O passo seguinte é apurar o saldo de cada conta; faça isso.
Após isso, iremos iniciar a apuração do resultado. Como pelo sistema de inventário
permanente já temos o CMV calculado e contabilizado instantaneamente, basta
apenas apurar o RCV e o Resultado Final.
ATENCAO
Lucros/Prejuízos
RCM Resultado
acumulados
D C D C D C
b 34.100 51.000 a d 5.500 16.900 c f 4.800
c 16.900 e 16.200
4.800 f
164
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
165
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
E
IMPORTANT
166
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
167
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
Fornecedores
Vendas CMV
(duplicata a pagar)
D C D C D C
30.000 4a 20.000 2 4b 16.500
7.500 5a 7.500 7 5b 3.300
13.500 8a 8b 10.800
a 51.000 30.600 b
Duplicata a receber
Despesas c/ fretes Despesas c/ salários
(clientes)
D C D C D C
5a 7.500 9 5.500 5.500 d 10 16.200 16.200 e
8a 13.500
Muito bem. O passo seguinte é apurar o saldo de cada conta. Faça isso.
ATENCAO
Lucros/Prejuízos
RCM Resultado
acumulados
D C D C D C
b 30.600 51.000 a d 5.500 20.400 c f 1.300
c 20.400 e 16.200
1.300 f
168
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
169
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
Com a utilização do PEPS, vamos notar que estaremos dando baixa nas
vendas pelo custo da primeira unidade em estoque. Neste caso, o valor do estoque
(balanço patrimonial) estará sempre avaliado pelas últimas compras, ou seja, mais
próximo de seu valor real. No caso de uma economia inflacionária (comportamento
de alta de preços), o CMV será calculado pelo preço mais antigo, ou seja, com
preços menores. Assim, o resultado será menor.
Cabe destacar aqui que a legislação brasileira não permite que as empresas
usem o UEPS para controle dos estoques e apuração dos custos, exatamente porque
ele traz dentro de si o conceito de “lucro menor” na comparação entre os três
métodos. Como a maioria das empresas no Brasil tem a tributação do Imposto de
Renda – IR a partir de seu lucro contábil, quanto menor o lucro, menor o imposto,
razão da proibição do fisco para a utilização do método UEPS.
170
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
171
UNIDADE 3 | ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
LEITURA COMPLEMENTAR
George T. Milkovich
John W. Boudreau
A cadeia de lojas Wal-Mart nos Estados Unidos já pratica isso, pois existe
confiança de ambos os lados, é uma parceria bem sucedida. A Wal-Mart trabalha
com muitos de seus fornecedores dessa maneira, vamos citar como exemplo o caso
do fornecedor Pepsi Cola, que faz a administração dos estoques, combinando as
informações das caixas registradoras automáticas de cada loja da Wal-Mart com os
padrões habituais dos varejistas de todo o país. A Pepsi assumiu a responsabilidade
de entregar para a rede a quantidade de produtos necessária; produtos em excesso
tomam espaço no armazenamento; produtos de menos causam prejuízos de
vendas e desapontamento dos clientes.
172
TÓPICO 2 | INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
Como fornecedor preferencial, a Pepsi consegue melhores pontos nas lojas e total
cooperação para promoções especiais.
Este processo com pequenas adaptações poderá ser implantado com muito
sucesso também nas indústrias, onde o lucro dos empresários será maximizado e
os clientes beneficiados com preços mais acessíveis.
173
RESUMO DO TÓPICO 2
174
AUTOATIVIDADE
Pede-se:
Efetuar o controle dos estoques pelos métodos PEPS, UEPS e Média Ponderada
Móvel (MPM).
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
175
Ficha de Estoques Método: PEPS
Mercadoria: Televisor 29” Marca: Toshia Modelo: Xuvisco
09/04
15/04
18/04
20/04
Total
* Si = Saldos iniciais
Fornecedores
Vendas CMV
(duplicata a pagar)
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
176
Duplicata a receber Despesas c/
Veículos
(clientes) combustíveis
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
Despesas com
Despesas com aluguel Despesas c/ salários
propaganda
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
Lucros/Prejuízos
RCM Resultado
Acumulados
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
177
Demonstrações Contábeis:
Ativo Permanente
Imobilizado
Veículos ..............
VENDAS ..................
178
Solução pelo método UEPS:
09/04
15/04
18/04
20/04
Total
Fornecedores
Vendas CMV
(duplicata a pagar)
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
179
Duplicata a receber Despesas c/
Veículos
(clientes) combustíveis
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
Despesas com
Despesas com aluguel Despesas c/ salários
propaganda
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
Lucros/Prejuízos
RCM Resultado
Acumulados
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
180
Demonstrações Contábeis:
Ativo Permanente
Imobilizado
Veículos ..............
VENDAS ..................
181
Solução pelo método da Média Ponderada Móvel – MPM:
09/04
15/04
18/04
20/04
Total
Fornecedores
Vendas CMV
(duplicata a pagar)
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
182
Duplicata a receber Despesas c/
Veículos
(clientes) combustíveis
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
Despesas com
Despesas com aluguel Despesas c/ salários
propaganda
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
Lucros/Prejuízos
RCM Resultado
Acumulados
D C D C D C
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
............... ............... ............... ............... ............... ...............
183
Demonstrações Contábeis:
Ativo Permanente
Imobilizado
Veículos ..............
VENDAS ..................
184
REFERÊNCIAS
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade. São Paulo: Atlas,
2010.
IUDICIBUS, Sergio de. Contabilidade introdutória. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
KIYOSAKI, Robert T; LECHTER, Sharon L. Pai rico pai pobre. São Paulo:
Elsevier, 2004.
MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
185
ANOTAÇÕES
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