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INFORMAÇÃO
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2
1.Apresentação ............................................................................................................. 3
8.Escopo ...................................................................................................................... 18
8.1.Entradas ................................................................................................................. 19
8.3.Saídas..................................................................................................................... 21
9.Tempo ....................................................................................................................... 25
REFERÊNCIA ........................................................................................................... 35
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NOSSA HISTÓRIA
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento,
aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento
da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a
divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio
da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas
de comunicação.
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1. Apresentação
Este curso foi desenvolvido com o objetivo de proporcionar a você noções necessárias
à gestão de projetos em empresas de características distintas, de acordo com as
melhores práticas descritas no PMBOK.
Boa parte das atividades dessa disciplina é baseada em leituras atuais, portanto,
prepare-se para conhecer as melhores práticas descritas pelo PMI1 (que atualmente é
a maior organização internacional quando se trata de referência na gestão de projetos).
O PMI possui mais de 500 mil associados espalhados em 185 países, sendo que uma
de suas principais publicações é o Project Management Body of Knowledge (PMBOK),
um guia com mais de 13 traduções oficiais, que contém as melhores práticas de
gerenciamento de projetos. A partir deste momento, veremos juntos os benefícios que a
gestão de projetos pode trazer para condução dos diversos projetos existentes em uma
empresa. Preparado para começar? Então, bom estudo!
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O PMI, ou Project Management Institute, é uma entidade internacional sem fins lucrativos
que congrega profissionais das áreas relacionadas a gerenciamento de projetos. Foi
fundada em 1969, como decorrência natural de um movimento que impulsionou a visão
científica e sistêmica do gerenciamento de projetos no final da década de 1950, na
Filadélfia, Pensilvânia (EUA). Atualmente, é a organização com maior reconhecimento
internacional quando o assunto é projetos.
A palavra “projeto” costuma causar algumas confusões semânticas, já que pode ser
interpretada de diferentes formas dependendo da área de conhecimento. Por exemplo,
é comum ver profissionais de construção civil associando a palavra “projeto” ao trabalho
inicial de uma obra, desenvolvido pelo arquiteto, e utilizando o termo “obra” para designar
o restante do empreendimento. Já na área de desenvolvimento de produtos da
manufatura tradicional, alguns profissionais designam “projeto” como o desenho feito em
uma ferramenta de CAD.
Vários outros exemplos semelhantes podem ser citados para ilustrar as diferentes
conotações da palavra “projeto”.
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Possui um objetivo: todo projeto deve possuir objetivos que justifiquem a sua existência
e que sirvam de norte para os trabalhos que serão desenvolvidos. Na verdade, o
surgimento do estudo sistematizado do gerenciamento de projetos se deve à
necessidade de alcançar esses objetivos da melhor maneira possível, com foco em
resultados.
É único: cada projeto é inédito, diferente. Isso é facilmente observável pois tudo muda
no decorrer do tempo: as equipes mudam, os gestores mudam, assim como a tecnologia.
Enfim, todo o contexto no qual os projetos estão inseridos ficam em constante mudança,
e isso torna a gestão de projetos ainda mais desafiadora.
É restringido por recursos limitados: seria muito mais simples se, a cada novo projeto,
todos os recursos necessários estivessem disponíveis e dentro dos critérios desejados,
mas isso normalmente não acontece, exigindo dos gerentes de projetos um conjunto de
atividades e habilidades para buscar o sucesso do empreendimento. Essa característica
é tão marcante nas empresas atuais que muitas teorias e conceitos foram desenvolvidos
para geri-los de maneira adequada.
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➢ Desenvolver um novo produto;
➢ Construir uma nova refinaria;
➢ Criar um novo treinamento;
➢ Preparar uma pessoa para assumir a
direção da empresa;
➢ Implantar um sistema de TI;
➢ Desenvolver um canal de vendas na
Argentina;
➢ Desenvolver novos procedimentos para
manusear produtos tóxicos;
➢ Construir uma estrada;
➢ Expandir uma área da fábrica.
Muitas podem ser as razões para que um projeto se inicie: uma imposição legal, uma
evolução tecnológica, um pedido de cliente, uma demanda do mercado, entre outras. De
forma resumida, é possível afirmar que um projeto nasce de uma necessidade, que, por
sua vez, provoca ideias.
Alguns autores chamam essa fase de “ideação”. Quando se está nessa fase de origem,
parafraseando Platão, se está no “mundo das ideias” e não se consegue sair desse local
enquanto não organizar as ideias, de modo que elas tenham um escopo mínimo.
Igualmente importante é ter nessa etapa uma noção de prazos e custos, para
transformar uma ideia em realidade.
É esse o objetivo da fase de concepção dos projetos. Nessa etapa, as ideias são
“formatadas” para criarem características de projetos, é quando os objetivos, as
expectativas e as justificativas ficam claras. Uma ordem de grandeza financeira e de
prazos também devem aparecer. Com essas informações em mãos, tem-se a visão
inicial dos projetos, e com essa visão definida, é possível partir para a gestão de
portfólios, por meio da qual os projetos e programas passam por um processo
sistematizado de classificação, avaliação, priorização e seleção.
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Além disso, simulações e macro análises de capacidade garantem às empresas que
somente projetos viáveis e que realmente “valem a pena” sejam iniciados e/ou
permaneçam em execução.
Perceba que é possível ter mais de um portfólio de projetos em uma empresa. Por
exemplo, uma mesma organização pode possuir um portfólio de projetos de TI
(tecnologia da informação) e outro da área de desenvolvimento de produtos, além do
portfólio geral da empresa, do qual os dois anteriores fazem parte.
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3. Um projeto raramente está sozinho
Vale ressaltar que muitas empresas vivem de projetos, e estes não passam por um
processo de seleção como acontece em projetos internos. Nesses casos, a proposta
do PMI poderia sofrer algumas adequações, mas, de qualquer forma, mesmo os
projetos para clientes deveriam passar por um processo de classificação e priorização,
para uma gestão mais profissional.
A gestão dos programas também tem suas particularidades e merece uma atenção
especial. Não é raro ver um conjunto de projetos bem-sucedidos não garantir o
objetivo do programa no qual está inserido.
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O programa Fome Zero, do Governo Federal, ou um conjunto de projetos orientados
para a meta de exportação dos produtos de uma empresa, são bons exemplos.
Como você já viu, os projetos não são executados exatamente como foram
planejados. Diferentes tipos de mudanças e de situações ocorrem no meio do
processo, e é justamente nesse momento que a presença do gerente de projetos se
faz necessária.
De maneira pejorativa, mas não fora da realidade, é comum ouvir que “gerenciar
projetos é a arte de dar respostas ruins a situações que, se não tiverem um tratamento
adequado, terão respostas ainda piores”.
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➢ Pressões e/ou falta de apoio da alta administração;
➢ Falta de planejamento;
➢ Metas e objetivos mal definidos;
➢ Imposição de prazos;
➢ Riscos não avaliados;
➢ Projetos sem dono, ou com muitos;
➢ Planejamento pobre – pressão para começar;
➢ Gerente ignora o patrocinador e os envolvidos;
➢ Falta de estratégia e cultura em projetos;
➢ Falta de estrutura, ferramentas e processos;
➢ Equipe despreparada;
➢ Constantes mudanças de escopo.
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Você pode entender “processo” como um conjunto de ações e atividades
interrelacionadas, realizadas para atingir um conjunto predefinido de resultados.
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pois, a iniciação envolve diretamente
stakeholders (partes interessadas)
importantes, como o patrocinador e o
cliente. Também é neste momento (ou
antes) que o gerente de projeto deveria ser
nomeado. Esta visão inicial e abrangente do
projeto fica registrada no termo de abertura
do projeto
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mudanças, para que somente as mudanças
aprovadas sejam implementadas.
Tenha em mente que grandes projetos podem ser quebrados e organizados em fases,
de tal forma que cada fase seja tratada com os grupos de processos de iniciação,
planejamento, execução, controle e encerramento.
6. Áreas de conhecimento
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Custo: contempla os custos dos recursos necessários a implantação das atividades.
Ela inclui os processos necessários para assegurar que o projeto será concluído
dentro do orçamento aprovado. Seus processos são a estimativa e orçamento dos
custos e seu controle. As principais técnicas e ferramentas utilizadas são: avaliação
especializada de consultores, estimativas por analogia de outros projetos, estimativas
por desagregação de custos (botton-up) ou modelos paramétricos.
Qualidade: garantir que o projeto irá satisfazer as necessidades para as quais ele foi
empreendido. A preocupação com a qualidade deve ser estendida também para os
fornecedores de insumos do projeto, ficando claro que as referências de qualidade da
organização devem ser seguidas nos projetos.
RH: contempla os processos requeridos para possibilitar o uso mais efetivo das
pessoas envolvidas no projeto. Os principais tópicos a serem destacados são:
liderança, negociação, comunicação, delegação, motivação, formação de equipes,
gerência de conflitos, treinamento, avaliação de desempenho, recrutamento e
manutenção das relações de trabalho.
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Integração: compreende a coordenação entre os diversos elementos do projeto,
através de processos, ferramentas e técnicas. É executada durante todo o projeto,
paralelamente às demais gerências, integrando seus resultados no Plano do Projeto.
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7. Grupo de processos
Então podemos perceber que cabe ao GP e a equipe determinar quais processos são
os adequados e o grau de exigibilidade de cada um deles.
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8. Escopo
Do produto: é aquilo que vai ser entregue como resultado do projeto, ou seja, um
produto, serviço ou qualquer outro resultado específico.
Do projeto: é o conjunto das atividades que precisam ser realizadas para entregar o
escopo do produto.
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• Consistente: não contradiz outros requisitos ou outros aspectos relacionados
ao projeto.
• Não ambíguo: evita interpretação ambígua.
• Conciso: define o que deve ser feito.
• Isento de implementação: define o que deve ser feito ou atendido, e não como
ocorrerá.
• Factível: é passível de ser atingido durante a execução do projeto, por um
custo dentro dos limites orçados, no prazo necessário e com os recursos
disponíveis.
• Verificável: pode ser quantificado de forma a ter o seu atendimento verificado
através de testes ou inspeções.
• Componentes: um documento de escopo bem definido deverá conter em sua
composição pelo menos: Critérios de aceitação, objetivos, premissas e
restrições.
8.1. Entradas
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Oficinas: Reúnem partes interessadas de diversas áreas e/ou funções, com o objetivo
de definir rapidamente requisitos que atendam a todos, reconciliando diferenças entre
os diversos requisitos associados. Técnica recomendada para levantamento de
funcionalidades complexas e que envolvem muitos interessados. Exemplos: JAD
(Joint Application Design) e QFD (Desdobramento da Função de Qualidade).
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produto. Inclui os seguintes métodos: unanimidade, maioria, pluralidade e
ditatura.
➢ Questionários e pesquisas: utilizados quando existe um universo muito
grande de candidatos a entrevistas, e não há tempo hábil para conversas
individuais.
➢ Observações: acompanhamento e observação dos profissionais em seu
ambiente de trabalho, onde a probabilidade de esquecimento de requisitos
importantes é minimizada, e o entendimento das necessidades fica facilitado.
➢ Protótipos: validação de modelo funcional do produto anterior à sua
construção. Permite ao cliente visualizar e em algumas situações manipular o
produto de forma simulada.
8.3. Saídas
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Dicionário da EAP: fornece o detalhamento dos componentes da EAP. Poderá conter
as seguintes informações (inclua ou retire aquelas que considerar necessário):
Para que você consiga montar o seu escopo de projeto sem erros, vamos mostrar um
exemplo de escopo de projeto para implantação de uma universidade corporativa (UC)
em uma empresa!
Justificativa do Projeto
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e motivando-os, quanto na gestão do conhecimento, descentralizando o
conhecimento dentro da empresa.
Finalidade do Projeto
Objetivo(s) do Projeto
Descrição do Produto
A princípio, cada colaborador terá acesso a dois conteúdos: um com uma visão geral
da organização (institucional, missão, visão e valores, principais políticas da empresa
etc.) e outro com um curso específico da sua área.
Stakeholders do Projeto
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• Equipe do projeto – Adelaide Schmidt, Carlos Maia, Patrícia Costa, Elizabeth
Grosposvk, Fabrício Cruz, Gabriela Amanda Oliveira, Lucas Vicentino
Entregas do Projeto
Exclusões do Projeto
Critérios de Aceitação:
Premissas
Restrições
• Orçamento limitado;
• Disponibilidade de recursos humanos.
Riscos
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• Disponibilização parcial das aprendizagens;
• Incompatibilidade da Plataforma EAD.
9. Tempo
Definir as atividades: trata-se da identificação das ações que precisam ser feitas
para produzir as entregas do projeto. Para tanto precisamos, após identificá-las, criar
a EAP – Estrutura Analítica do Projeto que serve para identificar as entregas no nível
mais baixo da estrutura, a qual chamamos de pacote de trabalho. Uma vez levantada
junto às áreas uma lista de atividades que serão realizadas, passamos a criação da
EAP e inserimos seus tempos. Porém, para iniciarmos, precisamos conhecer algumas
técnicas para definir essas atividades.
Lista das atividades: a lista das atividades é bastante abrangente que inclui todas as
atividades necessárias no projeto. Inclui o identificador e uma descrição do escopo do
trabalho de cada atividade em detalhe suficiente para assegurar que os membros da
equipe entendam qual trabalho precisa ser executado.
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Lista dos marcos: os marcos e datas chaves nos projetos servem para designar ou
identificar um evento significativo e importante no projeto. Podendo ser uma entrega,
uma reunião ou uma homologação, início ou encerramento.
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Método do diagrama de precedência (MDP): constrói o diagrama de rede do projeto
através do uso de diversos nós que objetivam representar as atividades, e setas são
utilizadas para que os nós fiquem ligados, mostrando suas dependências. Esta técnica
é chamada de Atividade nos Nós, a maioria dos sistemas que apoiam o gerenciamento
de projetos é baseada nela. Existem quatro tipos de dependências:
Início para Início (II) - o início da atividade sucessora depende do início da atividade
predecessora.
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Início para Término (IT) - o término da atividade sucessora depende do início da
atividade predecessora.
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Isso envolve uma relação entre as atividades do projeto e as não pertencentes ao
mesmo.
Uma espera direciona um retardo na atividade sucessora. Por exemplo, uma equipe
de redação técnica pode iniciar a edição do rascunho de um grande documento quinze
dias após ter começado a escrevê-lo. Isso poderia ser mostrado como um início para
início com uma espera de quinze dias. O uso de antecipações e esperas não deve
substituir a lógica de desenvolvimento do cronograma. As atividades e suas premissas
relacionadas devem ser documentadas. Uma antecipação permite um aceleramento
da atividade sucessora.
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• Uma equipe de um projeto de construção precisará estar familiarizada com as
legislações de construção locais. Geralmente, tal conhecimento está facilmente
disponível em fornecedores locais. Contudo, se o serviço de mão de obra local
carece de experiência em técnicas de construção incomuns ou especializadas,
o custo adicional de um consultor pode ser a maneira mais efetiva de assegurar
o conhecimento das legislações de construção locais.
• Uma equipe de planejamento automotivo precisará estar familiarizada com as
mais recentes técnicas de montagem automatizada. O conhecimento
necessário pode ser obtido através da contratação de um consultor, do envio
de um projetista a um seminário de robótica, ou da inclusão de alguém da
produção como um membro da equipe do projeto.
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• Os períodos específicos de inatividade (fins de semana, feriados e férias
contratuais);
• Número normal de horas diárias de trabalho.
Desenvolver o Cronograma é:
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limitações de recursos, executando uma análise dos caminhos de ida e de volta
através da rede do cronograma. As datas resultantes de início e término mais cedo e
início e término mais tarde não são necessariamente o cronograma do projeto, mas
sim uma indicação dos períodos de tempo dentro dos quais a atividade poderia ser
agendada, dadas as durações do projeto, relações lógicas, antecipações, esperas e
outras restrições conhecidas.
Os caminhos críticos devem ter uma folga total igual à zero ou negativa e as atividades
do cronograma que estão no caminho crítico são chamadas, atividades críticas. Um
caminho crítico é normalmente caracterizado por uma folga total igual à zero no
caminho crítico. Redes podem ter múltiplos caminhos quase críticos. Ajustes às
durações da atividade, relações lógicas, antecipações e esperas dentre outras
restrições do cronograma podem ser necessários para produzir caminhos com folga
total zero ou negativa.
Uma vez que a folga total para um caminho da rede tenha sido calculada, a folga livre,
isto é, a quantidade de tempo que uma atividade pode ser atrasada sem atrasar a
data de início mais cedo de qualquer atividade imediatamente sucessora dentro do
caminho crítico, pode também ser determinada.
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resultar na repetição de trabalho e aumento de risco. O paralelismo funciona
somente se as atividades podem ser sobrepostas para encurtar a duração.
Requisitos dos recursos das atividades: o nivelamento dos recursos pode ter um
efeito significativo nas estimativas preliminares dos tipos e quantidades de recursos
necessários. Se a análise do nivelamento de recursos muda os requisitos dos
recursos do projeto, então os mesmos são atualizados.
Atributos das atividades: os atributos das atividades são atualizados para incluir
quaisquer requisitos de recursos revisados ou quaisquer outras revisões geradas pelo
processo Desenvolver o Cronograma.
Calendário: o calendário para cada projeto pode usar diferentes unidades como base
para Desenvolver o Cronograma do projeto.
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Registro dos riscos: o registro dos riscos pode precisar ser atualizado para refletir
oportunidades ou ameaças percebidas através das premissas de agendamento.
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REFERÊNCIA
DINSMORE, Paul C. Como se tornar um profissional em gerenciamento de projetos:
livro-base de preparação para certificação PMP – Project Management Professional,
Editora Qualitymark.
MENEZES, Luís Cesar de Moura. Gestão de Projetos, Editora Atlas S.A, São Paulo.
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