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Definição do Escopo e Requisitos do Projeto

Roteiro de
Estudos
Autor: Dra. Tatiana Ferrara Barros
Revisor: Ma. Vivian Cristina Konigame

A gestão de projetos é um tema muito importante, principalmente no ambiente


de negócios. Desenvolver um projeto é uma tarefa árdua, pois é preciso
conhecer cada item que o compõe e saber como inserir as informações de
maneira adequada. O resultado depende da capacidade e da competência do
gestor de projetos em saber estruturar o projeto em questão.

O início do projeto compreende principalmente a definição de seu escopo e


requisitos. Ou seja, um projeto deve começar pela definição dos objetivos, o
porquê de projeto e produto serem executados e o que é esperado ao final.

No escopo do projeto, são detalhados todos os itens necessários à execução e


à entrega do resultado. O escopo do projeto precisa ser bem claro e detalhado,
pois, caso o escopo seja feito de forma superficial ou não seja feito, pode
colocar em risco todo o restante do projeto e prejudicar o crescimento das
empresas. Sendo assim, é fundamental conhecer bem como definir escopo e
requisitos do projeto.

Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você vai:

 Compreender como é desenvolvido um termo de abertura de projeto.


 Aprender sobre etapas e componentes de gerenciamento de escopo de
um projeto, bem como identificar sua importância e relação entre as
etapas.
 Conhecer o processo de coleta de requisitos, métodos e estratégias
para definição do escopo.
 Compreender conceitos, métodos e técnicas básicas para criação da
estrutura analítica do projeto.
 Conhecer a validação e o controle do escopo.
 Refletir sobre como deve ser efetuado o controle integrado de
mudanças.

Introdução
Desenvolver um projeto é ter o desejo ou a intenção de realizar algo
futuramente. Para isso, é preciso executar a descrição escrita e detalhada
daquilo que se pretende realizar, ou seja, planejar. Na fase de planejamento,
antevemos possíveis problemas que podem surgir ao colocarmos algo em
prática; por esse motivo, é fundamental criar um projeto para qualquer ideia
que se queira realizar. A gestão de projetos é utilizada quando há uma tarefa a
ser desenvolvida com começo, meio e fim. Essa tarefa representa um projeto
que necessita ser gerenciado, para que se obtenha o resultado desejado.

Note que o projeto é um documento escrito. Sendo assim, ele precisa seguir
determinados padrões para que, quando alguém for lê-lo, entenda sem a
necessidade da explicação oral de outra pessoa. A gestão de projeto permite
que as melhores práticas sejam implementadas ao implicar a adequada
utilização de recursos disponíveis no limite de prazos e custos estabelecidos.

No início do projeto, é definido o escopo do projeto, que permitirá visualização


prévia de como será desenvolvido. Também no escopo será efetuado um
monitoramento, e isso permite que melhorias e mudanças sejam implantadas
no decorrer das etapas. Por esse motivo, o roteiro tem foco na definição de
escopo e requisitos do projeto.

O texto está estruturado para fornecer uma visão geral sobre o gerenciamento
de projetos e nos direciona a desenvolver um termo de abertura de projetos.
Em seguida, serão discutidos planejamento e gerenciamento do escopo, e o
processo de coleta de requisitos e os métodos e as estratégias para a definição
do escopo serão apresentados, bem como a criação da estrutura analítica de
projetos (EAP), que não compõem o termo de abertura do projeto. Por fim,
serão discutidos validação, controle de escopo e controle integrado de
mudanças.

O Gerenciamento de Projetos
e o Desenvolvimento do
Termo de Abertura de
Projetos
O gerenciamento de projetos é valioso para as empresas, pois diversos
projetos ocorrem o tempo todo numa organização. Esse tema é tão relevante,
que foi criado um Instituto de Gerenciamento de Projetos, mais conhecido
como PMI (Project Management Institute): uma associação de profissionais de
gerenciamento de projetos cujo objetivo é auxiliar membros na gestão de
projetos oferecendo certificações, cursos e a literatura mais famosa do tema de
gestão de projetos, o Project Management Body of Knowledge (PMBOK) (PMI,
2019).

Diversos estudos utilizam a técnica descrita no PMBOK, como Kameiya,


Romeiro e Kniess (2017), que desenvolvem estudo que identificou práticas de
gerenciamento de projetos numa prefeitura segundo o padrão de boas práticas
PMBOK. Valentino et al. (2017), por sua vez, desenvolveram estudo para
descrever a implantação do núcleo de estudos fiscais com base em
ferramentas descritas no PMBOK.

O gerenciamento de projetos, segundo o Project Management Institute (2020,


on-line), é “um conjunto de atividades temporárias, realizadas em grupo,
destinadas a produzir um produto, serviço ou resultado únicos”.

Os projetos nada mais são que formas de organizar determinada tarefa


empregando recursos de acordo com um estilo de gerenciamento. Um projeto
possui cinco etapas básicas, a propósito: planejamento, início,
desenvolvimento, controle e fim.

O início do projeto se dá por meio do desenvolvimento do termo de abertura do


projeto, o qual oficializa a existência de um projeto. De forma resumida, esse
termo mostra informações como nome do projeto, responsáveis, finalidade,
objetivos, requisitos, riscos, resumo de cronograma, recursos financeiros
disponíveis, lista de partes interessadas e requisitos para aprovação.

De modo a ser sistematizado o gerenciamento de requisitos, o primeiro tópico a


ser pensado é a avaliação de necessidades. A pessoa que se responsabiliza
pela análise de negócios precisa dispor de recursos e de habilidade para
desenvolver essa análise.
LIVRO

Gestão de projetos: uma jornada empreendedora da prática à teoria.


Autor: Carlos Bremer et al.
Editora: Atlas.
Ano: 2017.
Comentário: para maior aprofundamento do tema gerenciamento de projeto,
veja o livro recomendado, em especial, o capítulo 16 (“O começo”), página 53,
que trata de como os projetos se iniciam.
Disponível na Minha Biblioteca.
Planejando e Gerenciando o
Escopo
É necessário, em qualquer projeto, um processo de criação, um plano de
gerenciamento do escopo. Esse plano tem como função documentar como
escopos do projeto e do produto serão definidos, desenvolvidos, monitorados,
controlados e validados (XAVIER, 2018).

No escopo do projeto, constam necessidades das partes interessadas e todos


os itens necessários para que o projeto seja finalizado com sucesso. Com isso,
é possível ter orientações sobre o gerenciamento do escopo ao longo do
projeto. Escopo significa alvo, intenção, ou seja, é o propósito do projeto.

Na prática, o planejamento do escopo é efetuado com informações vindas do


termo de abertura do projeto, do plano de gerenciamento do projeto, ativos de
processos organizacionais, e fatores ambientais da empresa. Os fatores
ambientais são compostos de cultura organizacional, infraestrutura, tipos de
liderança, condições do mercado e outros fatores que podem influenciar o
projeto. Os ativos de processos organizacionais são políticas da empresa e
histórico de lições aprendidas de outros projetos (BREMER et al., 2017).

Cabe ao gestor verificar se a instituição tem algum sistema específico para


gerenciamento de conhecimentos e de requisitos, bem como avaliar se a
instituição já estabeleceu políticas, procedimentos e diretrizes que propiciem a
validação e o controle, contribuindo com a auditoria e com a governança.

Um bom planejamento do gerenciamento do escopo, segundo o guia PMBOK


(2019), coleta informações de pessoas especializadas, as quais podem ser os
próprios funcionários da empresa, desde que tenham conhecimentos,
habilidades e atitudes que possam contribuir com o planejamento do escopo do
projeto. É primordial que sejam feitas reuniões com gerentes, patrocinadores
do projeto e outros membros que influenciam diretamente o gerenciamento do
escopo.

De acordo com o Guia PMBOK (2019), os tópicos que devem ser


contemplados no plano de gerenciamento do escopo do projeto são:

 Processo de especificação do escopo.


 Processo de habilitação da criação da EAP.
 Processo de especificação da EAP, como será mantida e aprovada;
 Processo de aceitação de entregas do projeto concluídas.

LIVRO

Gerenciamento de projetos: como definir e controlar o escopo do projeto


Autor: Carlos Magno da S. Xavier
Editora: Saraiva
Ano: 2018
Comentário: A obra aborda conceitos importantes para o gerenciamento de
projetos em geral, além de trazer exemplos de Estruturas Analíticas de Projeto
(EAPs) de diversos segmentos e um glossário com tradução oficial em
português dos termos do Pmbok. O texto apresenta linguagem didática e
acessível.
Disponível na Minha Biblioteca.

O Processo de Coleta de
Requisitos, Métodos e
Estratégias para Definição do
Escopo
O processo de coleta de requisitos corresponde ao momento em que são
determinados, documentados e gerenciados requisitos das partes interessadas
para cumprir os objetivos do projeto. Entende-se por parte interessada de um
projeto todas as pessoas e organizações que de alguma forma estarão
envolvidas no projeto, acionistas, funcionários e clientes, por exemplo. Deve-se
identificar as partes interessadas para que, em seguida, seja possível
determinar os requisitos do projeto. É interessante ressaltar que podem ocorrer
mudanças nas partes interessadas ao longo do projeto (KERZNER, 2017).

O nível de detalhes apresentado se constitui na principal distinção entre o


Termo de Abertura do Projeto e a declaração do escopo do projeto. Esta deve
contemplar todos os critérios de aceitação, ou seja, as condições que precisam
ser atendidas.

Uma vez que foram determinadas as partes interessadas, deve-se identificar os


requisitos do projeto e os aspectos negativos. É importante determinar esses
pontos, pois, caso ocorram ao longo do projeto, podem acarretar aumento de
custos e de prazo de entrega, e até mesmo o cancelamento do projeto
(MENEZES, 2018).

Podemos utilizar como exemplo um projeto de construção de uma ponte. Para


isso, os responsáveis levaram em conta as seguintes partes interessadas:
população do município em que a ponte seria construída, moradores da
redondeza, pessoas que trabalhariam na construção da ponte, governantes e
empresa de construção. Quando se deu o início da ponte, um grupo de
proteção ambiental começou uma campanha afirmando que a construção
afetaria o crescimento de uma espécie de planta típica do local. Após
negociações, o lugar de construção da ponte teve de ser alterado para atender
aos requisitos dessa parte interessada. Com isso, o custo do projeto mudou, e
também houve atraso na entrega da obra.

Por isso, é importante efetuar um estudo profundo de quem são as partes


interessadas e quais são os requisitos de cada uma. Cabe ao gestor do projeto
negociar os interesses de cada parte, e, para o desenvolvimento da coleta de
requisitos, podem ser utilizadas algumas técnicas: opinião especializada,
brainstorming, entrevistas, grupos de discussão, questionários, benchmarking e
análise de dados secundários.

A opinião especializada envolve a coleta de informações com pessoas que


possuem expertise, conhecimento ou treinamento relevantes ao projeto. As
informações coletadas devem ser consideradas nestes tópicos: análise de
negócio, obtenção de requisitos, análise de requisitos, documentação de
requisitos, requisitos de projetos em projetos similares anteriores, técnicas de
diagramas, facilitação e gerenciamento de conflitos (PMI, 2019).

Para que os requisitos sejam determinados, podem ser utilizadas algumas


técnicas de tomada de decisão; dentre elas podemos destacar: votação,
decisão autocrática e análise de decisão com critérios múltiplos. A votação é
efetuada coletivamente, e pode auxiliar a elencar requisitos prioritários. Na
decisão autocrática, alguém toma a decisão pelo grupo; nesse caso, o risco de
discordância posterior é elevado. Já na análise de decisão com critérios
múltiplos, utiliza-se uma matriz de decisão na qual serão inseridas diversas
informações, como riscos e incertezas (PMI, 2019).

Os requisitos do projeto contém atributos e quesitos que o produto, o serviço


ou o resultado precisam apresentar de acordo com as especificações
previamente estabelecidas.

Por fim, uma vez estabelecidos os requisitos, estes deverão ser documentados.
Na documentação, os requisitos podem ser escritos de forma ampla e, depois,
mais especificados. O Guia PMBOK (2019, on-line) ressalta que:
[...] os requisitos devem não ser ambíguos (mensuráveis e passíveis
de testes), rastreáveis, completos, consistentes e aceitáveis para as
principais partes interessadas.  O formato do documento de requisitos
pode variar de uma simples lista categorizada e priorizada por partes
interessadas a formas mais elaboradas contendo um resumo
executivo, descrições detalhadas e anexos.
Uma vez que a coleta de requisitos foi efetuada, é hora da definição do escopo.
Definir o escopo nada mais é que efetuar a descrição detalhada do projeto e do
produto. O escopo do projeto apresenta todos os processos que precisam ser
desenvolvidos para a entrega do produto em questão. Já no escopo do produto
são apresentadas as características e funções do produto ou resultado a ser
alcançado pelo projeto.

Para a definição do escopo, as entradas utilizadas são: termo de abertura do


projeto; plano de gerenciamento do projeto, em especial, o plano de
gerenciamento do escopo, documentos do projeto, como o registro de
premissas, documentação dos requisitos e registro dos riscos; fatores
ambientais da empresa e também os ativos de processos organizacionais
(PMI, 2019).

A partir dessas informações, são utilizadas algumas ferramentas e técnicas


para a definição do escopo, as quais podem envolver a opinião especializada
de pessoas com conhecimentos relevantes para o projeto, análise de dados
obtidos, tomada de decisões, habilidades interpessoais e de equipe, e análise
do produto (PMI, 2019).

As saídas da definição do escopo contemplam as especificações do escopo do


projeto e as atualizações de documentos do projeto, tais como registro de
premissas, documentação de requisitos, matriz de rastreabilidade de requisitos
e registro de partes interessadas (PMI, 2019).

Nos requisitos, devem ser apresentadas as exigências dos usuários e dos


demais interessados. Tais requisitos devem ser expressos com riquezas de
detalhes, pois precisarão compor a linha de base do escopo.
LIVRO

Fundamentos em gestão de projetos: construindo competências para


gerenciar projetos.
Autores: Marly Monteiro Carvalho e Roque Rabechini Jr.
Editora: Atlas.
Ano: 2018.
Comentário: ao ler o material, reflita sobre as competências necessárias para
o gerenciamento de projetos, em especial, o capítulo 5, que traz informações
sobre a gestão do escopo.
Disponível na Minha Biblioteca.
A Criação da Estrutura
Analítica do Projeto (EAP)
A criação da Estrutura Analítica do Projeto (EAP) corresponde à elaboração de
subdivisões de tarefas do projeto, ou seja, a decomposição dos trabalhos em
componentes menores. Esse processo facilita o desenvolvimento do projeto,
uma vez que ajuda no entendimento do passo a passo que será efetuado.

Para a construção da EAP, é desenvolvida a hierarquia das entregas. A EAP é


visualizada em representação gráfica que apresenta tarefas que precisam ser
desenvolvidas para a execução do projeto. Devem ser inseridos no gráfico os
menores componentes possíveis; assim, as tarefas são organizadas nos
chamados pacotes de trabalho (CARVALHO; RABECHINI JR., 2019).

Imagine um projeto pessoal de perda de peso cujo escopo seja a perda de 5 kg


e tenha como requisito a perda de peso saudável. Sendo assim, a EAP contém
os seguintes itens: preparação (ir ao nutricionista e ao cardiologista); compra
de materiais (balança, roupas para atividades físicas); atividades físicas
(corrida e academia). Após definir os itens, estes podem ser inseridos no
gráfico, conforme figura a seguir.

Figura 1 - EAP do projeto perda de peso


Fonte: Elaborada pela autora.

Note que os componentes apresentados para o projeto perda de peso são mais
gerenciáveis. A depender da complexidade do projeto, pode haver mais ou
menos divisões e subníveis de tarefas.
Para efetuar a decomposição do trabalho geral do projeto nos pacotes de
trabalho, o Guia PMBOK (2019) recomenda as seguintes atividades:

 Identificar e analisar as entregas e o trabalho.


 Estruturar e organizar a EAP.
 Decompor os níveis mais altos em componentes menores.
 Desenvolver códigos de identificação para os componentes da EAP.
 Verificar se o grau de decomposição das entregas é apropriado.

Os componentes inseridos no gráfico podem ser representados de diversas


formas, por exemplo: pelas etapas do projeto, pelas entregas ou por
subcomponentes desenvolvidos por organizações externas. Como os
componentes adicionados aos gráficos não podem ser detalhados, é possível
criar um dicionário da EAP – nele serão inseridos detalhes de cada uma das
atividades, por exemplo, prazos e outras informações.

Vale lembrar que a estrutura EAP pode ser desenhada por meio das fases do
ciclo e da vida de um projeto, ou das entregas principais, ou incorporando os
subcomponentes sistematizados por instituições externas, ou, por fim, a EAP
pode ser representada de modo descendente ou ascendente das atividades.

Os componentes que constituem um plano de gerenciamento de escopo


abrangem o processo de preparo da declaração do escopo. Já os elementos
que compõem um planejamento de gestão do escopo envolvem a criação da
EAP, tendo, como ponto de partida, a declaração do escopo e o processo que
define como a linha de base do escopo será aprovada e mantida. Esse
planejamento deve incluir, também, o processo explicando o modo como será
realizada a etapa de aceitação formal das entregas previstas no projeto
concluídas.

Validação, Controle do
Escopo e Controle Integrado
de Mudanças
Validar é o ato de tornar válido, ou seja, legitimar ou concordar com as
entregas. Assim, a validação do escopo ocorre quando há aceitação das
entregas do projeto. Como cada entrega deve ser validada, há maior
probabilidade de aceitação final do projeto e do produto.

Segundo Fernandes et al. (2017, p. 4), a validação é composta de três etapas:

 Etapa 1: validação do escopo (entradas)

Plano de gerenciamento do projeto

Documentação dos requisitos

Matriz e rastreabilidade dos requisitos

Entregas verificadas

Dados de desempenho do trabalho

 Etapa 2: validação do escopo (ferramentas e técnicas)

Inspeção

Técnicas de tomada de decisão em grupo

 Etapa 3: validação do escopo (saídas)

Entregas aceitas

Solicitações de mudanças

Informações sobre o desempenho do trabalho

Atualizações nos documentos do projeto.

Já o controle do escopo compreende o monitoramento do escopo do projeto e


o gerenciamento de mudanças. Esse item é desenvolvido ao longo de todo o
projeto, pois é fundamental efetuá-lo para saber se entregas estão no prazo e
se custo e outras determinações seguem como previstos (XAVIER, 2018).

Para desenvolvimento do controle de escopo, são utilizados dados que


demonstram o andamento do trabalho, por exemplo, quantidade de solicitações
de mudança recebidas, quantidade de solicitações aceitas, número de entregas
verificadas, número de entregas validadas e número de entregas concluídas.
Para isso, esses dados podem ser analisados pela variação e pela tendência
(PMI, 2019).
É também no controle do escopo que as mudanças solicitadas devem ser
inseridas. Além das mudanças solicitadas, é preciso demonstrar qual foi a
decisão sobre a mudança: aceitação, postergação ou rejeição.

Uma distorção do escopo pode ocorrer quando há aumento do escopo do


produto ou projeto sem o devido controle. Nesse caso, não há ajustes de
tempo, custo e recursos do projeto, de acordo com o Guia PMBOK (2019).

Barbosa et al. (2018) sugerem que sejam utilizados métodos visuais da


informação como ferramentas estratégicas para o gerenciamento de projetos.
Esses métodos incluem o uso de imagens, vídeos, esboços, diagramação,
modelagem e prototipagem, entre outros recursos interativos, o que pode
facilitar o controle do escopo do projeto.
LIVRO

Gestão de projetos: as melhores práticas.


Autor: Harold R. Kerzner.
Editora: Bookman.
Ano: 2017.
Comentário: ao ler o material recomendado, verifique como é possível fazer a
gestão virtual das equipes de projetos. Em especial, leia o Capítulo 2: “Da
melhor prática a uma enorme dor de cabeça”; nele o autor elenca alguns
problemas ou, como chamados por ele, dores de cabeça, que podem surgir
durante o gerenciamento de um projeto.
Disponível na Minha Biblioteca.

Conclusão
Se, por um lado, a definição do escopo é apenas um de diversos itens que
compõem um projeto, por outro, pode-se perceber que a definição do escopo e
dos requisitos do projeto tem papel fundamental na gestão de projetos. O
gerenciamento do escopo do projeto promove uma visão holística do
desenvolvimento do projeto ao antever possíveis problemas.

Um projeto tem início com a confecção da definição do escopo e dos requisitos


do projeto. Não é possível iniciá-lo sem saber por qual motivo o desenvolvemos
e o que se espera ao final. Assim, no escopo do projeto são detalhadas etapas
necessárias ao desenvolvimento do projeto.

Foi possível compreender como confeccionar o termo de abertura do projeto e


as etapas do gerenciamento do escopo. As descrições, tanto do projeto quanto
do próprio produto, são realizadas na definição do escopo. Foram
apresentadas as formas de coleta de requisitos do projeto, que pertence ao
gerenciamento do escopo do projeto, e como criar as subdivisões de tarefas e
a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) que integram o gerenciamento do
escopo. Também foram apresentados validação e controle do escopo, bem
como o controle integrado de mudanças.

Em síntese, desenvolver um projeto pode ser extremamente trabalhoso, porém


esse trabalho é compensado pela garantia de o produto entregue ser o
previsto, ou seja, pelo sucesso do resultado.
Dica 01: Importância do
Controle Integrado do Projeto
O controle integrado do projeto é um aspecto fundamental para o sucesso
no desenvolvimento de projetos. É por meio do controle integrado que o
gestor pode ter uma visão geral do projeto e acompanhar o seu
desenvolvimento.

Referências Bibliográficas
BARBOSA F. J. M. et al. Visualização da informação e métodos visuais como
ferramentas estratégicas para o gerenciamento de projetos. Revista de
Gestão e Projetos, v. 9, n. 1, jan./abr. 2018. Disponível
em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6523325. Acesso em: 27
dez. 2019.

BREMER, C. et al. Gestão de projetos: uma jornada empreendedora da


prática à teoria. Rio de Janeiro: Atlas, 2017.

CARVALHO, M. M.; RABECHINI JR., R. Fundamentos em gestão de


projetos: construindo competências para gerenciar projetos. 5. ed. Rio de
Janeiro: Atlas, 2018.

FERNANDES, G. J. et al. Detalhamento da aplicação do escopo na gestão de


projetos. Revista Eletrônica Engenharia, Estudos e Debates, v. 1, 2017.
Disponível
em: https://www.google.com/url?q=http://docplayer.com.br/128433507-
Detalhamento-da-aplicacao-do-escopo-na-gestao-de-
projetos.html&sa=D&ust=1607096928677000&usg=AOvVaw1pVEJaZcLb_rxd5
aDjtmkb. Acesso em: 27 dez. 2019.
KAMEIYA, M. Y.; ROMEIRO, M. do C.; KNIESS, C. T. Boas práticas em gestão
de projetos: um estudo na prefeitura de Praia Grande. Revista de
Administração da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, v. 10,
n. 5, p. 870-887, 2017. Disponível
em: https://periodicos.ufsm.br/reaufsm/article/view/12869/pdf. Acesso em: 19
dez. 2019.

KERZNER, H. R. Gestão de projetos: as melhores práticas. 3. ed. Porto


Alegre: Bookman, 2017.

MENEZES, L. C. de M. Gestão de projetos. 4. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2018.

PMI – PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. O que é gerenciamento de


projetos? Pensilvânia: PMI, [2020]. Disponível em: https://pmisp.org.br/o-que-
e-o-gerenciamento-de-projetos/. Acesso em: 23 dez. 2019.

PMI – PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do conhecimento em


gerenciamento de projetos (Guia PMBOK). 6. ed. Newtown Square: PMI,
2019.

VALENTINO, C. K. et al. Organização de um núcleo de estudos fiscais com


base nas ferramentas descritas no Guia PMBOK: um estudo de caso na
SEFAZ/AL. Revista Eletrônica de Administração, v. 16, n. 2, p. 322-335,
2017. Disponível
em: http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/rea/article/view/1290/1111.
Acesso em: 23 dez. 2019.

XAVIER, C. M. da S. Gerenciamento de projetos: como definir e controlar o


escopo do projeto. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

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