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História da Educação

Apresentação
Nesta Unidade de Aprendizagem, estudaremos a história da educação e as suas origens, desde o
período colonial até a atualidade, em uma perspectiva analítica. Buscaremos identificar as
influências do pensamento europeu na formação dos indivíduos e os efeitos e as permanências
desse pensamento até os dias atuais no sistema educacional brasileiro.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Identificar o aspecto histórico, cultural e social da educação brasileira.


• Avaliar o papel da educação como fator ideológico.
• Reconhecer o papel social da educação.
Desafio
A crise da educação brasileira é cultural.
Em 2013, conforme artigo da revista EXAME (2013), o Brasil atingiu o seu ápice nesse ano
(referência 2013), no qual alcançou o penúltimo lugar no ranking mundial sobre educação. Foram
36 países pesquisados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), e o Brasil alcançou a marca do 35o lugar nesse ranking, ficando à frente apenas do
México. Esse instrumento de pesquisa sobre a educação, promovido pela OCDE, apresenta de
forma consistente a fragilidade do ensino tanto no Brasil quanto em outros países.

Ao que se refere ao Brasil, o problema parece ser cultural, uma vez que as estruturas políticas do
ensino permanecem as mesmas do período colonial. Apesar das iniciativas positivas de várias
frentes do Estado sobre a educação no país, problemas como a dicotomia do ensino (escola para
rico e outra para pobre) permanecem. As verbas direcionadas ao ensino nacional de base têm sido
reduzidas e, em muitos casos, redirecionadas para outros níveis da educação e ou ações do Estado
(CASTRO, 2013).

As manifestações e as greves de professores da rede pública de ensino têm se tornado recorrentes


ano após ano. A parceria escola/família não tem se efetivado. As escolas têm assumido um papel
para o qual não foram designadas: serem cuidadoras de crianças e adolescentes, dando a eles
orientação básica de higiene, como, por exemplo, escovar os dentes, usar sabonete e tomar banho
ou dando ensinamentos sobre como ser educado na sociedade, como dar bom dia ou boa noite,
agradecer um favor, mastigar de boca fechada, etc. A falta de recursos mínimos para o exercício do
magistério em sala de aula e a falta de uma boa infraestrutura escolar (prédios novos ou
restaurados, salas equipadas, uma biblioteca com acervo adequado, quadras de esporte, merenda
escolar saudável) são problemas que devem ser pensados e sanados diante da urgência e da
fragilidade do nosso ensino.

É diante desses problemas e outros tantos que se pode perceber o quanto a nossa educação está
deficiente e carente de soluções reais capazes de atender de forma efetiva às demandas de boa
educação.

Vamos ao Desafio!

Para realizar este Desafio, você deverá:


1. Identificar, no texto, pelo menos três problemas educacionais que ainda permanecem no nosso
sistema escolar.
2. Comentar cada um dos itens identificados propondo sugestões possíveis de serem empreendidas
no sistema educacional.
3. Buscar outras fontes, tais como Internet, livros e revistas, para elaborar a resposta.
4. Essas sugestões deverão ser apresentadas em tópicos separadamente.
Infográfico
A história da educação no Brasil é algo dinâmico e constante. Esse caminho cronológico da nossa
história educacional conflituosa permitiu que o Brasil fosse classificado, em 2013-2014, como o
penúltimo país na escala de avaliação, o que representa que, dos 36 países analisados, o Brasil ficou
em 35o lugar no ranking internacional da qualidade em educação, ficando bem atrás de muitos
países analisados.

Neste infográfico, você vai ver uma breve cronologia da história da educação com os principais
marcos, as mudanças de pensamentos políticos e, consequentemente, do sistema educacional
brasileiro.

A seguir, que tal você testar parte desse conhecimento sobre o percurso histórico da educação
brasileira em um quiz? Nele você encontrará questões sobre importantes reformas educacionais
introduzidas no país ao longo dos anos.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Conteúdo do livro
Aprofunde os seus conhecimentos lendo o capítulo História e história da educação, da obra
Realidade socioeconômica e política brasileira, base teórica para esta Unidade de Aprendizagem.

Boa leitura.
REALIDADE
SOCIOECONÔMICA
E POLÍTICA
BRASILEIRA

Jaíza Gomes Duarte Lopes


História e história
da educação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Identificar os aspectos histórico, cultural e social da educação brasileira.


 Avaliar o papel da educação como fator ideológico.
 Reconhecer o papel social da educação.

Introdução
Neste capítulo, você vai estudar sobre a história da educação, com uma
abordagem não somente dos fatos históricos do Brasil, mas também dos
aspectos culturais, sociais e ideológicos da educação.
Para isso, você vai ver um breve histórico da educação no Brasil en-
trelaçado com os aspectos culturais e sociais intrínsecos à história. Além
disso, vai conhecer os fatores ideológicos que compõem a educação a
partir do poder de propagação de princípios e valores dentro das escolas.
Por fim, você vai reconhecer argumentos de teóricos da Sociologia sobre
a forma como a educação exerce um papel fundamental para a formação
do indivíduo em sociedade.

Aspectos históricos, culturais e sociais


da educação brasileira
O Brasil, como colônia de uma nação europeia, Portugal, teve suas primeiras
escolas estabelecidas por meio da Igreja Católica. Em 1549, a Ordem dos
Jesuítas chega ao Brasil e se torna responsável por ensinar os preceitos da
religião católica romana aos índios, com base na catequização, e também
2 História e história da educação

pela educação dos filhos dos colonizadores. A educação jesuíta plantou


no país alguns aspectos sociais e culturais que marcaram a formação da
sociedade brasileira.

Sem a concorrência do protestantismo e com as injunções políticas e eco-


nômicas da condição colonial, a educação jesuítica reproduziu no Brasil
o espírito da Idade Média, com o aprisionamento do homem ao dogma da
tradição escolástica, a sua submissão à autoridade e à rígida ordenação social,
avesso ao livre exame e à experimentação. Em contraste, portanto, ao homem
de livre-pensamento, de visão igualitária e espírito associativo, confiante
no conhecimento como instrumento de transformação do mundo natural
(OLIVEIRA, 2004, p. 946).

No entanto, apesar dos aspectos negativos do sistema de educação jesuítas,


não se pode deixar de afirmar que eles construíram um sistema único de ensino
no país, como a mesma língua, visão de mundo, religião, etc. – qualquer pessoa
no Brasil tinha acesso à mesma educação.
Esse cenário começa a mudar com as reformas nos âmbitos econômico,
administrativo e educacional realizadas pelo primeiro ministro de Portugal,
Marquês de Pombal, em 1759. Essas reformas pretendiam recuperar a economia
de Portugal e modernizar a sua cultura, tomando como exemplo a Inglaterra.
Por isso, uma das ações dessa reforma foi expulsar os jesuítas de todos os
territórios portugueses; dessa forma, em 1760, os jesuítas foram expulsos do Brasil
e o Estado assumiu o controle da educação no país (SECO; AMARAL, 2012).
A expulsão dos jesuítas acarretou na destruição do sistema único de
educação no Brasil e na implantação de um sistema de aulas isoladas. Esse
sistema, no entanto, era desordenado e dividido e os professores que minis-
travam as aulas eram leigos e despreparados, o que fez com que a educação
brasileira estagnasse.
Quando o governo português percebeu essa estagnação ele tentou investir
na educação através do subsídio literário, um imposto cujo os recursos eram
destinados à educação, em 1772, mas os recursos ainda assim eram escassos
(SECO; AMARAL, 2012).
Essa reforma não significou uma modernização, mas sim um retrocesso
na educação brasileira. Em Portugal, foi implementado o ensino de ciências
naturais, das línguas e literaturas modernas, mas isso não chegou à colônia.
Para piorar o cenário, os ideais jesuítas de submissão e não liberdade de criação
e iniciativa ainda foram mantidos, pois os professores tinham formação jesuíta.
A situação começa a mudar novamente somente com a chegada da família
real ao Brasil em 1808, acontecimento que foi um novo marco de transfor-
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mação na educação e na cultura. Com a coroa, vieram pessoas da nobreza


portuguesa, como membros do alto clero, ministros, juízes e funcionários do
Tesouro. Também chegaram ao Brasil obras de arte, objetos dos museus e a
Biblioteca Real, com mais de 60 mil livros (NASCIMENTO, 2007, p. 194).
Dom João IV realizou a abertura dos portos no Brasil e a implantação do
ensino superior, aspectos que mudaram a realidade do país e que proporcio-
naram a criação do Museu Real, da Biblioteca Pública, da Imprensa Régia e
do Jardim Botânico.
Em 1834, o imperador descentralizou a administração da educação: a
educação no Rio de Janeiro e a educação de nível superior ficaram restritas ao
poder central, e a educação primária e média ficou incumbida às províncias.
Contudo, como as províncias não tinham recursos para suprir toda a educação
primária e média, boa parte da educação média passou a ser oferecida pelo
sistema privado, por meio de instituições religiosas, e a educação primária
ficou abandonada, o que acentuou as diferenças sociais (NASCIMENTO,
2007, p. 199).
O saldo final do império para a educação foram algumas escolas primárias
e liceus nas províncias e nas capitais, que basicamente são o que hoje conhe-
cemos por ensino profissional, cursos normais, escolas privadas nas cidades
mais importantes e as academias, que eram os cursos superiores. Mas em um
país que pouco tinham acesso à educação primária, somente a elite conseguia
chegar às academias, perpetuando, assim, a diferenças de classes.
Em 1891, foi promulgada a primeira Constituição da República, que man-
teve a descentralização do ensino, acentuando a diferença entre as escolas
primárias, às quais o povo tinha acesso, e as escolas da República e instituições
privadas (LOPES, 2006).
Além da pouca oferta da educação secundária pelos estados, pela falta de
recursos para investir, essas escolas públicas cobravam taxas, selos e con-
tribuições dos alunos, o que impedia ainda mais o acesso da maior parte da
população a esse ensino.
Já entre 1930 e 1960, o Brasil passou por importantes transformações
econômicas, sociais e também no âmbito educacional. Uma nova ideologia
surgiu, afirmando que era necessária uma reorganização no ensino, pois a
escola tinha papel fundamental na reconstrução da sociedade brasileira.
Em 1931, foi criado o Conselho Nacional de Educação e, em 1934, a nova
Constituição afirmou que a educação era um direito de todos e que seu acesso
deveria ser gratuito.
Em 1946, foi publicada a Lei Orgânica do Ensino Primário, que regulava
a participação do governo federal nesse ensino, com o intuito de fortalecer o
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acesso e a qualidade do ensino primário. A União se tornou responsável por


fixar diretrizes e alguns programas básicos para o ensino fundamental no
país. Os estados ainda ficaram responsáveis pela administração, por prover
uma parte do valor necessário para manter esse ensino, pela manutenção das
construções das escolas, pela nomeação de professores e pela fiscalização
das escolas privadas.
Durante a ditadura militar, o governo procurou implementar um ensino
técnico para atender a indústria na busca pelo desenvolvimento capitalista.
As escolas também foram usadas para propagar os valores conservadores do
regime, o que você pode perceber pela criação da obrigatoriedade da disciplina
de moral e cívica (ABREU, 2008).
A expansão do ensino fundamental foi uma das principais medidas na
ditadura: o governo buscava a universalização desse ensino com o objetivo
que qualificar a mão de obra. De fato, ocorreu uma significativa ampliação
da rede de escolas de nível fundamental, mas essa ampliação não foi acom-
panhada pelo aumento dos investimentos na educação, o que foi comprovado
em 1982, com um estudo do Banco Mundial que mostrou que o Brasil era o
país da América Latina que menos investia em educação, levando em conta
a proporção do seu PIB (MEMÓRIAS DA DITADURA, 2018).
A piora na qualidade da educação pública brasileira estimulou o cresci-
mento das escolas privadas. Esse espaço, que era historicamente da Igreja
Católica romana, passou também a ser ocupado por empresários, o que
fez com que as famílias brasileiras mais abastardas buscassem as escolas
privadas para garantir a preparação para o vestibular e o acesso ao ensino
superior de qualidade.
Chegando aos tempos mais modernos, nos últimos anos, o governo federal
criou programas para tentar ampliar o acesso ao ensino superior, principalmente
das camadas mais populares. Em 2004, foi lançado o Programa Universidade
para Todos (PROUNI) e, em 2007, foi criado o Plano de Reestruturação e
Expansão das Universidades Federais (REUNI), ambos acompanhados pela
ampliação do Financiamento Estudantil (FIES) (PROUNI, 2018).
Essas políticas de fato aumentaram o acesso ao ensino superior: segundo
o Ministério da Educação, entre 1995 e 2002, 2,4 milhões de pessoas conclu-
íram o ensino superior no Brasil; entre 2003 e 2014, 9,2 milhões de pessoas
adquiriram o diploma universitário, um aumento de 26,09% (BRASIL, 2016).
O Brasil também vem apresentando melhoras na educação básica, mas
ainda tem muito a evoluir.
História e história da educação 5

Acesse o link a seguir para saber mais sobre os dados da educação básica no Brasil.

https://goo.gl/RuKGii

Segundo os dados do IBGE, em 2016, 11,8 milhões de brasileiros ainda


eram analfabetos, ou seja, 7,2% da população com 15 anos de idade ou mais.
A maioria da população com 25 anos ou mais, 51%, tem somente o ensino
fundamental completo, e apenas 26,3% dessa população concluiu o ensino
médio. Esses dados foram retirados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua, divulgada em 2017 em referência aos dados de 2016
(FERREIRA, 2017).
As diferenças sociais e culturais continuam e se acentuam ainda mais no
Brasil pela falta de acesso à educação: apesar da universalização do ensino, muitas
barreiras econômicas e sociais existem para que o aluno conclua seus estudos.

O papel da educação como fator ideológico


A palavra ideologia deriva das palavras gregas idea e logos, o que quer dizer
“ciência das ideias”. O dicionário Priberam define ideologia (2018) como o
“Conjunto de ideias, convicções e princípios filosóficos, sociais, políticos
que caracterizam o pensamento de um indivíduo, grupo, movimento, época,
sociedade.”
É importante que você considere que ideologia é a forma como alguém ou
algum grupo vê e compreende o mundo e, a partir disso, define suas ações
sociais, econômicas e políticas. A ideologia também pode ser entendida como
uma doutrina, ou seja, um conjunto de princípios que serve como base para
um entendimento. A ideologia pode esclarecer o porquê de as coisas serem de
determinada forma ou, ainda, como as coisas deveriam realmente ser; envolve
todos os aspectos da cultura, da ciência e da sociedade, é algo fundamental e
funciona como intermediário entre as pessoas e o mundo.
A família e a escola são os ambientes nos quais um indivíduo em formação
mais convive, de maneira que contribuem grandemente para a formação da
visão de mundo de uma pessoa.
6 História e história da educação

Na escola, um indivíduo absorve informações, valores, princípios e ideias que


irão compor sua forma de compreender o mundo. Claramente, isso não é colocado
de maneira explícita, mas, intrinsecamente, um estudante consome e interioriza
as ideologias que lhe são apresentadas, e, assim, constrói a sua subjetividade.
Por isso, muitos autores asseguram que a escola é um aparelho utilizado
pelo Estado para propagar a ideologia dominante na sociedade, como afirma
Leite (1989, p. 18):

As teorias (...) têm dominado o cenário acadêmico nos últimos anos, represen-
tadas por autores como Establet, Baudelot, Passeron e Bourdieu, destacando-se
ainda Akhusser e Gramsci, que interpretam a Escola como aparelho ideológico
do Estado, a partir do qual os setores dominantes tentam exercer seu poder
hegemônico. Nesse sentido, o sistema educacional é visto como um instrumento
de transmissão ideológica, ou seja, da ideologia dominante, subjacente ao
capitalismo, que tem por função levar os cidadãos a aceitarem passivamente
as formas de produção, de organização e de reprodução do sistema. A Escola
seria um dos instrumentos que o Estado utiliza para essa tarefa.

De acordo com essas ideias, a escola é um mecanismo de domínio e ma-


nutenção do sistema social vigente, garantindo a lógica social e moldando a
grande massa populacional. A educação é alienadora, repassando aos indivíduos
a ideologia da classe dominante e contribuindo para a sustentação e para a
continuidade do sistema de governo atual.

A escola é produtora de células sociais, transformando cada indivíduo, cada


possibilidade de uma subjetividade singular numa célula reprodutora da ideo-
logia da máquina de produção. Podemos afirmar, assim, que mais fundamental
e mais importante que as funções de camuflagem ou justificação e legitimação
que a ideologia escolar sem dúvida tem, é a sua função material, produtora de
indivíduos corretamente programados para o perfeito funcionamento social
(GALLO, 1999, p. 196).

Para mudar essa realidade, deve-se buscar uma educação transformadora,


com um ensino isento da ideologia da classe dominante e do Estado, propor-
cionando a construção de uma ideologia própria produzida por estudantes e
docentes, o que ainda está longe de acontecer no Brasil.
No entanto, é importante ressaltar que, mesmo que seja um aparelho do
Estado para repassar suas ideologias, a escola também exerce outras funções
centrais e mais importantes para a sociedade, principalmente para a população
de baixa renda.
História e história da educação 7

O ambiente escolar é, muitas vezes, o único ambiente no qual diversos


adolescentes e crianças marginalizadas podem construir sua cidadania. Cursar
o ensino fundamental garante, para muitos jovens, o desenvolvimento da lin-
guagem e do raciocínio lógico, contribuindo para a ampliação dos horizontes
aos quais esse jovem pode chegar.
A escolarização também é um instrumento de democratização, porque
possibilita aos estudantes um desenvolvimento cognitivo que os torna capazes
de compreender de forma adequada o mundo à sua volta e ter um pensamento
crítico sobre ele.

[...] se, por um lado, a Escola tem transmitido uma ideologia hegemônica, por
outro, a escolarização tem desenvolvido o repertório básico que é fundamental
para a formação da cidadania e, talvez, para a própria superação da condição
de alienação. Obviamente, isto não significa que estamos defendendo a Escola
tal qual se apresenta hoje, mas reconhecendo uma consequência da escolari-
zação que até então não estava claramente colocada. Além disto, poder-se-ia
imaginar que o papel da Escola poderia ser muito mais importante se ela
estivesse planejada de acordo com as características e necessidades da popu-
lação atendida; por exemplo, se os currículos e programas escolares fossem
planejados, respeitando-se o repertório inicial da população, e direcionados
numa perspectiva de formação do comportamento crítico, certamente teria um
efeito de grande relevância para a formação da cidadania (LEITE, 1989, p. 19).

Apesar do fator ideológico propagado nas escolas, a manutenção da classe


dominante é reforçada ainda mais se as outras classes não tiverem o acesso
à escola. O sistema escolar atual, por mais falhas que possa ter, garante um
desenvolvimento intelectual melhor do que se a criança ou o adolescente não
estivessem na escola; por isso, é extremamente importante garantir meios
para a permanência dos estudantes na escola.

Uma estudante de baixa renda, de escola pública, con-


seguiu estudar em uma universidade americana e voltou
ao Brasil para colaborar com a mudança na educação
brasileira. Veja essa história no link ou código a seguir.

https://goo.gl/To568o
8 História e história da educação

O papel social da educação


A educação é, por natureza, um acontecimento coletivo: não há como falar nela
sem pensar em duas pessoas, pelo menos, refletindo sobre fenômenos naturais
importantes, fatos notáveis ou significados atribuídos a determinados símbolos.
Além disso, sabe-se que a seleção dos conteúdos debatidos entre os sujeitos
da educação não é feita de maneira espontânea ou aleatória, mas selecionada
com base nos valores dominantes de um grupo, podendo, inclusive, como já
foi dito, ser instrumento para a propagação de ideologias.
Dessa forma, os efeitos da educação serão percebidos para além do que
o universo professor-aluno possa alcançar e, também, para além da pequena
comunidade local, podendo ser notado em escala ainda maior na sociedade
como um todo.
Logo, se a educação tem efeitos tão abrangentes, é necessário compreender
seu papel no tecido social (LOPES, 2012). Para tanto, no final do século 19,
um sociólogo francês chamado Émile Durkheim inicia seus estudos naquilo
que seria chamado, posteriormente, de Sociologia da Educação. Segundo
Durkheim, a educação fazia do homem um ser novo, pois, a partir dela, pode
ser não mais um indivíduo avulso, mas um sujeito social: “[...] por via da edu-
cação, edifica, assim, cada um de nós, representa o que há de melhor em nós,
o que há em nós de verdadeiramente humano. O homem, com efeito, só é um
homem porque vive em sociedade” (DURKHEIM apud LOPES, 2012, p. 6).
Esse ser novo, segundo Durkheim, teria especialmente três elementos,
os quais, para ele, eram os pilares da educação: senso moral, respeito às
autoridades constituídas e um ideário que o ligasse aos demais membros da
sociedade, que chamava de cimento da coesão social.
Entretanto, outra pessoa poderia notar que, se a educação se resume à
formação de indivíduos que acreditem que a realidade social atual deve ser
mantida de forma organizada e passivamente, logo, um dos papéis sociais
dela é, também, de perpetuação das diferenças sociais. Foi essa conclusão
que Max Weber, sociólogo alemão do século 19, teve sobre a educação, que
contribui para a seleção social (LOPES, 2012).
Podemos exemplificar o conceito de seleção social da seguinte maneira: um
filho da classe dominante está mais preparado, pois teve acesso às melhores
escolas e professores, enquanto o filho da classe dominada está menos prepa-
rado, pois recebeu educação de baixa qualidade. Imagine que ambos concluem
o ensino médio e desejam ingressar no ensino superior, mas não há vaga para
os dois – perceba que, pelo tipo de formação, eles não disputam a vaga com as
mesmas armas. Sendo assim, o filho da classe dominante conquista a educação
História e história da educação 9

superior, e o filho da classe dominada deve buscar empregos compatíveis com


sua escolaridade, tudo sob o pretexto de que o mais competente terá maior
recompensa financeira, quando, na verdade, trata-se da legitimação racional
da desigualdade social.
Dessa forma, Lopes (2012, p. 10) afirma que “[...] também para Weber, tal
como para Durkheim, a educação é um processo de socialização permanente,
constante (que, para além da escola, se consubstancia igualmente na família),
de reprodução e manutenção social.” Propondo uma maneira de pensar dife-
rente dessas ideias, Paulo Freire, educador mais moderno, compreende que
a educação não necessariamente precisa propagar os padrões da sociedade
previamente estabelecidos, mas pode ser um fator de transformação social:

Sua pedagogia mostra um novo caminho para a relação entre educadores e


educandos. Caminho que consolida uma proposta político pedagógica elegendo
educador e educando como sujeitos do processo de construção do conhecimento
mediatizados pelo mundo, visando à transformação social e à construção de
uma sociedade justa, democrática e igualitária. (GONÇALVES, 2013, p. 60).

A escola pode ser um ambiente libertador: com base no diálogo, pode educar
o indivíduo para que ele consiga entender, reagir e solucionar os problemas
da sociedade local e global. A educação é um recurso que pode ser utilizado
para transformar a realidade do homem e, consequentemente, a sociedade
em que ele vive.
Sendo assim, a escolarização é capaz de ser um instrumento para ree-
quilibrar a sociedade, de modo que as classes que vivem à margem podem
utilizar os conhecimentos adquiridos na escola para mudar a sua realidade,
diminuindo as desigualdades sociais.

Acesse os links a seguir para conhecer a biografia de grandes pensadores:

Émile Durkheim: https://goo.gl/EtgAuc

Max Weber: https://goo.gl/PBPsAV

Paulo Freire: https://goo.gl/djnDe9


10 História e história da educação

ABREU, V. K. A educação moral e cívica: disciplina escolar e doutrina disciplinar – Minas


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História e história da educação 11

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cadores de acesso e permanência. Avaliação, Campinas, v. 22, n.1, jan./abr. 2017.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
-40772017000100141&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 14 abr. 2018.
DUARTE, M. A. V. Definições de Ideologia. 2016. Disponível em: <https://www.revista-
academicaonline.com/products/definicoes-de-ideologia-por-mauricio-duarte/>.
Acesso em: 12 abr. 2018.
SILVA, E. B. Educação como prática da liberdade. Revista Brasileira de Educação, n. 14,
maio/ago. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex
t&pid=S1413-24782000000200016>. Acesso em: 12 abr. 2018.
Dica do professor
Vamos, agora, a uma breve apresentação sobre o conceito de história da educação e a sua
importância e contribuição no cenário educacional atual.

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Exercícios

1) Segundo Cláudio de Moura Castro (2013), o Brasil foi retardatário ao que se refere ao
desenvolvimento de suas escolas. O autor explica que, quando examinamos estatísticas de
escolaridade da população como um todo, pelo peso dos mais velhos, ainda estamos abaixo
de Paraguai e Bolívia, apesar do enorme crescimento nos últimos anos. Na entrada do século
XX, tínhamos por volta de 90% de analfabetismo. Sintomaticamente, Portugal tinha uma
proporção pouco melhor do que a nossa. Somente na década de 1990 o Brasil conseguiu
universalizar o acesso e a presença na escola da população de 7 a 14 anos. Diante do atraso,
foi um feito extraordinário, pela velocidade em que sucedeu. Mas não podemos deixar de
registrar o fato de que meramente nos igualamos aos países latino-americanos mais
modestos.

Seja como for, "se antes tínhamos uma educação que era pouca e fraca, agora já não é tão
pouca". Com base nessa afirmativa, é correto dizer que:

A) O Governo Federal conseguiu, em pouco tempo, suprir a carência da falta de escola pública
no Brasil. Hoje, a lei garante escola para todas as crianças de 07 a 14 anos.

B) Apesar de o Brasil ter aumentado o seu número de escolas, de ter criado leis que garantam
vagas nas escolas para as crianças de 07 a 14 anos, ainda falta investir na qualidade do
ensino.

C) O Brasil, por ter conseguido avançar nas políticas educacionais do ensino público, alcançou os
demais países da América Latina, demonstrando, assim, que o sistema adotado pelo país é
melhor e mais eficiente.

D) O Brasil conseguiu resolver os problemas de atraso educacional, uma vez que adotou uma
política mais eficiente.

E) O Brasil alcançou as metas propostas para acabar com o analfabetismo no país até os anos
1990.

2) Leia atentamente os textos a seguir:

Texto I
Segundo Dourado e Oliveira (2009), uma das discussões atuais sobre a qualidade da
educação tange à questão do que se entende por educação. Segundo os autores, alguns
teóricos conservadores restringem a educação às diferentes etapas de escolarização,
seguindo uma matriz escolar. Contudo, para outra parte da sociedade, mais progressista,
entende-se a educação como espaço múltiplo, que permite compreender os diferentes
atores, espaços e dinâmicas formativas, efetivado por meio de processos sistemáticos e
assistemáticos.

Texto II
Segundo o Ministério da Educação (1998), os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s)
foram elaborados procurando, de um lado, respeitar as diversidades regionais, culturais e
políticas existentes no país e, de outro, considerar a necessidade de construir referências
nacionais comuns ao processo educativo em todas as regiões brasileiras. Com isso,
pretende-se criar condições, nas escolas, que permitam aos nossos jovens ter acesso ao
conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários ao
exercício da cidadania.

A respeito desses dois textos, pode-se entender que:

A) O texto I defende um ensino de qualidade pautado em uma educação mais sólida e


conservadora, enquanto o texto II apresenta um modelo sofisticado de educação.

B) Segundo o texto I, o sistema educacional que tem um modelo mais conservador de ensino
tem melhores resultados do que o modelo progressista de ensino.

C) Segundo o texto II, os PCN’s estão de acordo com uma proposta mais ampla, inclusiva e
dinâmica, ou seja, progressista.

D) Segundo o texto II, o Brasil tem demonstrado ser o “país da educação”, uma vez que tem
apresentado bons resultados mediante os censos realizados no país.

E) Conforme o texto II, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), tem
desenvolvido planos educacionais que atendem às demandas da sociedade brasileira,
evitando introduzir temas ou assuntos nas escolas que incentivem a desordem ou caos, tais
como racismo, política, sexo, etc.

3) Claudio de Moura Castro (2013, p. 39-40) fala sobre as dificuldades enfrentadas no Brasil em
instituir uma educação de qualidade desde o Ensino Básico até o Ensino Superior. Dentre
essas críticas estão a falta de qualidade no Ensino Básico e a falta de união entre as
pesquisas científicas que são desenvolvidas e reconhecidas internacionalmente, mas que
não são utilizadas como fonte de dados para o desenvolvimento da educação básica. Nesse
sentido, conforme as ideias do autor, assinale a alternativa correta:

A) A aprendizagem da leitura é irrelevante no processo educativo.


B) O sucesso dos anos recentes na universalização do ensino inicial foi acompanhado pela
qualidade do ensino.

C) A batalha da qualidade no nsino básico foi vencida, resta-nos a meta da quantidade de vagas
proporcional à população.

D) A comunidade dos educadores não acredita em educação baseada em evidência científica, ou


seja, em resultados de pesquisas.

E) Os recursos dedicados pelo Estado ao Ensino Superior correspondem, por aluno, a um sexto
daqueles dedicados à educação básica pública.

4) Cláudio de Moura Castro (2013, p. 39-44) faz uma crítica sobre os investimentos destinados
ao desenvolvimento da educação nacional. Para ele, as políticas de desenvolvimento
educacional passaram a valorizar outros níveis de ensino, ao contrário do que acontece na
maioria dos países no exterior. Logo, podemos afirmar que:

A) As políticas de investimento na educação, adotadas pelo Governo Federal desde a década de


1950, valorizaram muito mais o Ensino Superior do que o Ensino Básico (fundamental e
médio).

B) Os investimentos realizados pelo Governo Federal para a melhoria do Ensino Superior


possibilitaram o surgimento de novas descobertas científicas que serviram de modelo para
outros países da América Latina.

C) Não houve uma distinção de investimentos monetários entre Ensino Fundamental e Ensino
Superior. Ambos receberam verbas adequadas às suas necessidades apresentadas junto ao
Governo.

D) A política de desenvolvimento do Governo Federal se inspirou nos modelos eficientes de


investimentos da educação europeia.

E) A política de desenvolvimento do Governo Federal teve como meta estimular a produção


acadêmica e a melhoria na qualidade do Ensino Fundamental.

5) A educação no Brasil, no período colonial, serviu a dois propósitos iniciais, sendo o primeiro
a catequização dos índios e, posteriormente, dos negros vindos da África; e o segundo tinha
o propósito de ensinar as primeiras letras, filosofia, literatura, matemática e teologia tanto
para os filhos dos colonos pobres no Brasil quanto para os índios e negros. Essa mesma
matriz curricular para colonizados e colonizadores levou à primeira crise do ensino no Brasil,
na qual os colonos brasileiros e portugueses não aceitavam estudar os mesmos conteúdos e
permanecer nos mesmos espaços que índios e negros. Essa crise chegou ao fim no séc. XVIII,
com a expulsão dos jesuítas do Brasil. Nesse sentido, podemos entender que:

A) Os índios e os negros não eram intelectualmente capazes de entender os conteúdos


complexos ensinados pelos jesuítas na escola.

B) Os índios e os negros, devido à sua natureza primitiva, não se adaptaram ao modelo de


educação português nem sabiam se comportar no ambiente educacional.

C) A crise da qualidade do ensino na educação pública atual é histórica, uma vez que tem suas
origens ainda no período colonial.

D) A crise da qualidade do ensino na educação pública no Brasil atualmente não tem relação com
o sistema educacional adotado e desenvolvido no período colonial. A fonte da crise atual
tange às questões de investimentos financeiros que possibilitem ajustar as escolas às
necessidades dos alunos.

E) A crise do ensino público no Brasil está relacionada a questões políticas e a projetos de


assistencialismo governamental e, na época do Brasil colonial, o problema estava ligado a
questões teológicas, e não políticas.
Na prática
Os aspectos históricos, culturais, sociais e econômicos dos municípios possuem grande influência
no IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Criado em 2007 reúne informações
acerca do fluxo escolar e das médias de desempenho nas avaliações. Calculado a partir dos dados
sobre aprovação escolar, obtidos pelo Censo Escolar e pelas médias de desempenho do Sistema de
Avaliação da Educação Básica. A partir do IDEB é possível identificar o desenvolvimento
educacional dos municípios.

Veja, Na pratica, o cenário real traduzido pelos principais indicadores da cidade de Teresina, capital
do Piauí, que mesmo enfrentando diversos problemas socioeconômicos vem se destacando como a
capital com o melhor índice do IDEB do Brasil.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

A qualidade da educação: perspectivas e desafios

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História da Educação (brasileira): Formação do campo,


tendências e vertentes investigativas

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Ensinar Exige Reconhecer que a Educação é Ideológica (Parte 1)


Pedagogia da Autonomia

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