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INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
1 CONCEITO ....................................................................................................... 4
4 RESPONSABILIDADE DO ESTADO............................................................. 13
7.1 Classificação................................................................................................... 24
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 CONCEITO
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L I M P E
Fonte: bit.ly/3NeqolC
Apesar dos longos anos de busca e conquista por um Direito Administrativo que
consiga satisfazer todas as demandas públicas, ainda restam indícios de que os
processos implementados nas últimas décadas, ainda não foram capazes de deferir
a solidificação de uma rede governamental projetada para atender as estas demandas
do setor público, juntamente com o privado, e ainda um terceiro envolvido.
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A intenção para administração pública moderna, é que ela elabore formas
sustentáveis da administração privada, que seja devidamente aplicada pela
administração pública, sempre mantendo a ética e seguindo os princípios que regem
este ramo. Como já tido, mesmo a administração pública tendo passado por várias
transformações, “muitas de suas características tradicionais não foram removidas”.
(MOTTA, 2007)
3 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
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Abaixo temos um quadro com as hipóteses de abuso de poder:
Fonte: bit.ly/3MrkZbc
Neste poder, o agente também deve seguir a lei, porém, existem algumas
hipóteses que a própria legislação permite uma margem de liberdade que pode ser
inserida ao caso. Ou seja, o agente pode ponderar, por si só, qual seria uma conduta
adequada em determinada situação, desde que seja uma conduta lícita.
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agir para o cumprimento da finalidade de uma administração eficiente. (CARVALHO,
2021). Neste mesmo sentido, é o entendimento de Licínia Rossi:
Importante frisar que o conceito de discricionariedade não se confunde
com o de arbitrariedade. Aquela consiste em liberdade de atuar dentro
dos limites da lei. Já a arbitrariedade é a atuação do agente público
que extrapola e exorbita os limites legais. O ato arbitrário é considerado
inválido, ilegal e ilegítimo, devendo ser expurgado do ordenamento
jurídico.
Também, não podemos esquecer que no ato discricionário o Poder
Judiciário não pode substituir o discricionarismo do administrador pelo
do magistrado. O que é possível é apenas a declaração de nulidades
e de abusos quando o ato extrapolar os limites legais. (ROSSI, 2020)
Este poder, deve ser sempre atuado com base na conveniência e oportunidade,
pois a escolha deverá seguir tanto a lei, como também os fatos agregados a situação,
ou seja, o agente deve ter uma visão ampla, porém, atuando ainda dentro da lei.
E assim complementa:
Na função legislativa, a prática doas atos obedece a um sistema de
competência que decorre de repartição constitucional, deixando
claramente definidas as atribuições de cada um dos entes federativos.
O desrespeito a essa norma de distribuição de competência legislativa
enseja violação ao texto constitucional. Em relação ao Poder Judiciário,
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no exercício da função jurisdicional vigora a regra do livre
convencimento motivado e da independência e imparcialidade do juízo,
não ficando um magistrado sujeito as decisões emanadas pelas cortes
superiores. (CARVALHO, 2021)
No conceito de Licínia:
O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar a
responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de
suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em
que se encontre investido. Na Lei n. 8.112/90, o processo disciplinar
deverá ser conduzido por comissão composta de três servidores
estáveis – que serão designados pela autoridade competente.
(LICÍNIA, 2020)
Devemos ressaltar, que este poder não se confunde com o sistema de punição
que é aplicado pelo Direito Penal, uma vez que a punição exercida no poder disciplinar
não pode ser imposta ao sujeito particular.
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Fonte: bit.ly/3sBO4so
De forma geral, sabemos que as leis editadas pelo poder legislativo, nem
sempre estão diretamente especificas. Neste sentido é que o poder regulamentar age,
criando uma complementação para que possa atingir a eficiência de suas funções.
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Normativo abarca a edição de outros atos normativos, tais como
deliberações, instruções, resoluções. (CARVALHO, 2020)
4 RESPONSABILIDADE DO ESTADO
A Constituição dispõe sobre este tema em seu artigo 37, § 6º, dizendo que: § 6º
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo
ou culpa. (BRASIL, 1988)
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4.1 Teoria da Responsabilidade Objetiva
Para configuração do dano, é importante ressaltar que este deverá ser anormal
e específico. Para melhorar o entendimento, usamos o conceito de Alexandra Mazza:
Dano anormal é aquele que ultrapassa os inconvenientes naturais e
esperados da vida em sociedade. Isso porque o convívio social impõe
certos desconfortos considerados normais e toleráveis, não ensejando
o pagamento de indenização a ninguém. Exemplo de dano normal:
funcionamento de feira livre em rua residencial.
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Fonte: bit.ly/3MmmxmP
Além do Estado que responde de forma objetiva pelos danos que seus agentes
causam a um particular. No mesmo sentido, podemos dizer também que os agentes,
de forma subjetiva, devem se responsabilizar para o Estado sobre o dano que causou.
Em casos de danos causados por uma entidade que presta serviço público, o
Estado somente se responsabiliza, depois que esgotada as tentativas de
ressarcimento por parte da empresa que causou o dano.
Em todo caso, é um tema que gera uma intensa discussão perante a doutrina,
pois grande parte dela é a adepta a ideia de que somente o elemento deste tópico
seria excludente da responsabilidade estatal, e outra parte, acredita que os tópicos
abaixo também são excludentes explicitas.
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4.3.2 Culpa concorrente
Existem algumas situações, em que a culpa pelo dano causado não é exclusiva
do agente público, pois parte da lesão teve origem por ato da própria vítima. Neste
caso, falamos em culpa concorrente, onde não existe possibilidade de excludente, e
sim uma redução no valor da indenização.
Sempre que apenas a vítima for exclusivamente culpada por suposto dano
gravoso, será excluído o nexo causal entre o dano e o Estado, não havendo assim,
responsabilidade do mesmo. Neste caso, se inverte o ônus da prova, pois fica a cargo
do Estado provar de alguma forma que existe uma excludente, e provar a culpa da
vítima.
5 AGENTES PÚBLICOS
De acordo com a legislação e doutrina atual, agente público é toda pessoa que
mediante qualquer ato, age em nome do Estado, mesmo que não tenha vínculo
jurídico e que atue sem remuneração e transitoriamente.
O Estado deve responder pelos atos praticados por ele caso o tenha feito no
momento de exercício da função. Portanto, suas ações estão vinculadas a pessoa
jurídica, e sujeitas as ações de controle judicial, que serão vistas neste material.
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Fonte: bit.ly/3MqXeQg
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5.1.2 Agentes em Colaboração com o Poder Público
Estes são aqueles que exercem situações adversas, mas ainda assim em nome
do Estado Mesmo em caráter temporário ou ocasional, manifestam a vontade do
Estado, criando vínculo jurídico. Carvalho em seus ensinamentos, divide estes
agentes em quatro espécies distintas, sendo elas: os designados; os voluntários; os
delegados; e os credenciados. (CARVALHO, 2021)
Os designados, trata daqueles que são convocados pelo poder público e são
obrigados ao comparecimento, sob pena de sanção. Um exemplo deste agente é o
mesário que atua em dia de eleição.
Os delegados fazem parte daqueles que são delegados pelo Estado, como por
exemplo os titulares das serventias de cartórios. Eles exercem atividade em nome
próprio, porém sempre sob a fiscalização da administração pública. Apesar de
estarem vinculados ao Poder Público, os agentes delegados não são considerados
servidores públicos, pois não atuam em nome do Estado.
Por fim, os credenciados que tem vínculo estatal através dos convênios como
por exemplo o que acontece entre médicos privados e o Sistema Único de Saúde.
Cada agente desempenha uma função pública na estrutura do Estado, e em alguns
casos são responsáveis pela elaboração das programações governamentais
- Servidores Temporários
- Servidores Celetistas
- Servidores Estatuários
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A princípio os servidores estatuários e celetistas podem aparentar semelhança
quase absoluta. Porém, algumas diferenças se destacam. Algumas delas são: Os
servidores estatuários devem recorrer de algumas decisões apenas na justiça comum,
enquanto os celetistas podem recorrer na Justiça do Trabalho; Quanto a
aposentadoria, os servidores públicos estão integrados no Regime Próprio de
Previdência, enquanto os celetistas ficaram a cargo do Regime Geral de Previdência.
Como definição legal de cargo público, temos o artigo 3º da Lei 8112/90 dizendo
que: “Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. ” (BRASIL, 1990)
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cargos, empregos e funções públicas. Os cargos públicos podem ser de âmbito
federal, estadual, distrital ou municipal.
Importante lembrar que não são todos os cargos públicos que oferecem
estabilidade de emprego. Pois os cargos são diferenciados em efetivos, que são
aqueles preenchidos por agentes que obtiveram aprovação em concurso público; em
comissão, que podem ser intitulados através de nomeação livre, sem necessidade de
concurso público; e os vitalícios, que são cargos com maior garantia para o agente,
pois exigem uma responsabilidade de mesma intensidade.
Os agentes que possuem empregos púbicos são regidos pele CLT, pois esta
modalidade de emprego acontece mediante contrato, devendo ser observados todas
as garantias institucionais inerentes a ela.
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Fonte: ARAÚJO, 2006. apud BITTENCOURT, 2008.
7.1 Classificação
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Em relação a forma indireta, de acordo com o artigo 71 da Constituição, o
controle é feito pelo congresso nacional, juntamente com o tribunal de contas da
União.
Por fim, o controle judicial é feito pelo poder judiciário, e como visto acima, é
efetuado apenas mediante provocação de algum ente interessado. Este controle será
exercido somente baseado na legalidade dos atos administrativos, ainda que se trate
de ato praticado no exercício da competência discricionária. (CARVALHO, 2021)
O controle interno consiste no que é executado por meio de órgãos que são
parte de uma mesma estrutura, mesmo havendo relação hierárquica. Já o controle
externo, é executado entre órgãos de diferentes entidades.
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III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União;
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7.1.4 Controle de legalidade ou de mérito
Este poder pode ser executado tanto de ofício, como por provocação, desde
que seja baseado no poder de autotutela. Em todo caso, se impõe a anulação de um
ato sempre que for verificado vício de ilegalidade. (CARVALHO, 2021)
Neste sentido:
Ademais, é pacífico o entendimento de que não cabe ao Judiciário, no
exercício da função jurisdicional, o controle de mérito sobre os atos
praticados no exercício de função administrativa. O controle exercido
pelo Judiciário é sempre vinculado à legalidade da conduta estatal.
Nestes casos, vislumbrando a ilegalidade do ato controlado, deve
proceder à sua anulação, sendo vedada a revogação judicial.
(CARVALHO, 2021)
A administração pública tem poder para efetivar a revisão acerca dos seus
atos, independentemente de provocação de qualquer interessado. Ocorre que a
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decisão administrativa não impede que a matéria seja levada a apreciação do Poder
Judiciário. (CARVALHO, 2021)
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Como exemplo de um ato omisso, temos o caso de um candidato que foi
aprovado em concurso público dentro do número de vagas previsto no edital e a
Administração deixou de convoca-lo para assumir o cargo. (CARVALHO, 2021)
Com efeito, entende-se por direito líquido e certo o direito cuja prova
está pré-constituída, não se admitindo a produção de provas durante o
processo. Neste sentido, a complexidade quanto à matéria fática não
impede a utilização do MS, já que será necessário verificar se foi
produzida de forma prévia a prova para corroborar os fatos alegados,
e isso é relativo ao mérito do MS. (CARVALHO, 2021)
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Fonte: bit.ly/3wxAxU3
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Em relação a legitimidade ativa, vale lembrar que o cidadão que propor a ação,
deve sempre comprovar a sua cidadania com o título de eleitor, como diz o artigo 1º,
§ 3º da Lei 4.717/65. Ou seja, apenas a pessoa física que esteja em dia com seus
direitos civis e políticos pode propor a ação. Quanto a legitimidade passiva, Carvalho
nos explica que:
A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as
entidades privadas que recebam dinheiro público para custeio ou
formação do capital, contra as autoridades, funcionários ou
administrados que houveram autorizado, aprovado, ratificado ou
praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado
oportunidade à lesão, e contra os benefícios diretos dele. Assim, estes
são os réus da ação popular: o agente público, o ente estatal que esse
agente representa e o beneficiado (ou os beneficiados) pelo ato
impugnado. (CARVALHO, 2021)
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Para memorização:
Fonte: bit.ly/3wuo2Zn
De acordo com o artigo 5º, § 4º da Lei 4.717/65 será admitido tutela antecipada
em caráter liminar, para que garantir a eficácia do resultado do julgamento. Assim
sendo: “Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo
impugnado. ”
Os legitimados ativos para propor esta ação pode ser pessoa física, jurídica,
brasileira ou estrangeira. Não sendo possível apenas obter informações de terceiros,
pois trata-se de uma ação personalíssima.
Para validação do Habeas data, deve constar na petição inicial a prova de que
o a agente público tenha negado acesso a informação, ou a prova que mesmo após
pedido e percorrido o prazo proposto, não tenha obtido resposta da autoridade
administrativa. Neste sentido, a súmula 02 do STJ (1990) diz que: “Não cabe o
Habeas data se não houve recusa de informações por parte da autoridade
administrativa.”
A petição inicial deste remédio deve seguir as regras do artigo 319º do Código
de Processo Civil. Despachando a inicial, o juiz dará ordem de notificação ao polo
passivo para que no prazo de 10 dias forneça as informações necessárias.
Para memorização:
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Fonte: bit.ly/3yHCTSM
O mais comum, é que esta ação seja impetrada quando houver uma norma
cuja eficácia seja limitada, onde o exercício de certa ação dependa ainda de outra
norma que a regule. Ou seja, para resolver um problema que foi causado por omissão
do poder público.
Este remédio constitucional tem previsão legal ainda na Lei 13.300/16 através
do artigo 2º, dizendo que:
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direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Como legitimado ativo da ação, pode ser qualquer pessoa física ou jurídica que
esteja prejudicado pela ausência ou limitação da norma constitucional. Não sendo um
instrumento judicial gratuito, o mandado de segurança exige ainda a existência de um
advogado para que possa ocorrer a impetração. Como legitimado passivo, poderá ser
qualquer órgão ou entidade que tenha atribuição para edição de norma
regulamentadora.
Importante lembrar que esta ação só tem efeito sobre normas relativas a
Constituição, não servindo, portanto, para solucionar normas infraconstitucionais. As
leis constitucionais confrontadas pelo Mandado de injunção podem ser parciais ou
totais em termos de ausência do conteúdo.
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É de extrema importância que o Poder Judiciário faça uma análise cautelosa
perante um mandado de injunção, pois a independência entre os poderes impede que
seja determinado ao legislador um dever de atuar mediante ao caso.
Fonte: bit.ly/3LkaG7h
O artigo 129º inciso III também faz menção, afirmando que é função do
Ministério público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e
coletivos;
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O Ministério Público; a Defensoria Pública a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios; a autarquia, empresa pública,
fundação ou sociedade de economia mista, e a associação que,
concomitantemente esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos
termos da lei civil; b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a
proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de
grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico. (BRASIL, 1988)
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, Ana Cláudia. Direito Administrativo Facilitado. São Paulo: Método; Rio
de Janeiro: Forense, 2019.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 33 ed. São
Paulo: Atlas, 2019.
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