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Resumo: O presente artigo traz uma contextualização interdisciplinar sobre enclaves fortificados e os
impactos dessas vida contemporânea nas comunidades periféricas. Alguns exemplos desses impactos
estão presentes na comunidade do Gengibre localizada no bairro Dunas em Fortaleza - Ceará.
Contudo existe o sentimento de comunidade que se faz presente nas periferias com quatros elementos
que o constituem. Foram identificados elementos no Gengibre mais fortalecidos e outro mais
enfraquecidos ou pouco desenvolvidos. Através de uma estratégia qualitativa da pesquisa foi
conceituado os enclaves fortificados que refere-se a arquitetura e sua relação com o sentimento de
comunidade presente a psicologia. Articulados teoricamente e correlacionados com a prática
interdisciplinar.
Abstract: This article provides an interdisciplinary contextualization about fortified enclaves and the
impacts of these contemporary lives on peripheral communities. Some examples of these impacts are
present in the Gengibre community located in the Dunas neighborhood in Fortaleza - Ceará.
However, there is the feeling of community that is present in the peripheries with four elements that
constitute it. Stronger elements in Gengibre and weaker or less developed elements were identified.
Through a qualitative research strategy, the fortified enclaves that refer to architecture and their
relationship with the feeling of community present in psychology were conceptualized, theoretically
articulated and correlated with interdisciplinary practice.
____________________
1 Graduando, Centro universitário Unifanor, lucas.oliveira1795@gmail.com.
2 Graduanda, Centro universitário Unifanor, fernascismentolima@gmail.com
INTRODUÇÃO
Enclaves Fortificados são locais públicos ou privados que na sua construção possui a
privatização e controle de acesso de pessoas por barreiras sejam físicas ou psicológica. O
reflexo dos enclaves fortificados podem ser percebidos em diversos aspectos da sociedade
como a segregação de pessoas em grupos por poder aquisitivo, culturas e outros. E suas
contribuições também para baixa empatia e solidariedade entre os mesmos. As formas que as
construções desse espaço não somente ditam a separação e baixo relacionamento entre
classes, mas em outra perspectiva pode criar aproximação de grupos que compartilham
relações mais próximas e vivências parecidas como o caso das favelas e comunidades.
O sentimento de comunidade é um fator muito importante para a comunidade, muitas
vezes é o que mantém os moradores unidos e vinculado não só a localidade, mas também aos
outros moradores. Mc Milliam e Chavis em 1986 delineou o sentimento psicológico de
comunidade, também conhecido como SPC, dividido em quatro elementos: Estatuto de
Membro, Ligações Emocionais Compartilhadas, Influência e Integração e Satisfação de
Necessidades.
O Estatuto de Membro refere-se ao sentimento de pertença, fatores de identificação
com a comunidade e com os moradores, sentir segurança emocional no local onde reside;
Ligações Emocionais Compartilhadas sensação de compartilhar, de identificação com as
emoções vividas; Integração e Satisfação de Necessidades é o sentimento que a comunidade
supre as necessidades dos residentes nela; Influência elucida a uma bidimensionalidade, uma
troca de influências vivida no local, os moradores influencia a comunidade e a comunidade
influencia os moradores.
A fundamentação metodológica do presente trabalho se deu tanto pela revisão
bibliográfica de artigos e livros que abordam a questão de enclaves fortificados e a construção
do sentimento de comunidade e tendo como estudo de caso a atuação dentro da comunidade
do gengibre por meio do projeto de extensão Bons Vizinhos do Centro Universitário
Unifanor.
DESENVOLVIMENTO
Quando falamos do termo enclaves fortificados e seu significado ele está descrito
como locais que apresentam seu fluxo de usuários restrito a um determinado grupo ou classe
de usuários, eles tem suas restrições de acessos constituída tanto em objetos físicos como
muros, grandes, travas e segurança particular como também uma construção de identidade e
influências psicológicas que podem tornar o acesso a ele uma barreira imaterial como,
ambientes com estéticas elitizadas, maior frequências de ocupação por pessoas de
determinada classe social, códigos de posturas e vestimenta entre outros.
Mas quando falamos de enclaves fortificados e a maneira que ele molda a construção
da nossa sociedade temos um estudo bem mais aprofundado de uma estruturação e regras de
como as pessoas em uma sociedade vão se relacionar, trabalhar, morar, viver.
Por meio da construção e reflexo desses espaços temos a colaboração para
constituição da segregação social urbana e como as grandes cidades tem seu crescimento e
definições de espaços como públicos e privados e dentro deles a especificação indireta ou
direta de que públicos podem frequentar eles e assim quais grupos vão poder interagir e
conviver de uma forma mais presente na sociedade. Por exemplo, é muito comum na
construção de grandes shopping center ou conjuntos comerciais que ganham um status de
luxo por abrigarem determinado segmento do comércio de compras e vendas terem um certo
código de postura e vestimenta dentro desse espaço ou até mesmo restrições de acesso por
grandes, segurança particular e etc.
Dentro disso temos a fundação de um enclave fortificado onde será mais comum ver
determinado grupo de classe social frequentar aquele espaço por possui poder aquisitivo
compatível com bens que são vendidos nele. Mas isso não proporciona a interação entre
pessoas de diferentes classes sociais e contribui para seu distanciamento nas interações em
sociedade criando assim a segregação urbana.
A segregação urbana é a reprodução dos imperativos sociais no contexto de
transformação do espaço das cidades ou seja a reprodução da falta de interações entre classes
sociais diferentes por meio da privatização de espaços e restrição do seu acesso a determinado
grupo. Isso se reflete na construção urbana de uma cidade de forma a criar pequenas bolhas
sociais entre grupos que não se ligam ou interagem socialmente. Um dos grandes motivadores
da criação desses espaços também é a violência urbana que dentro das classes sociais média e
alta cresce um medo que só se fortifica dentro do distanciamento entre as pessoas.
Nas últimas décadas, a proliferação de enclaves fortificados vem criando um
novo modelo de segregação espacial e transformando a qualidade da vida
pública em muitas cidades ao redor do mundo. Enclaves fortificados são
espaços privatizados, fechados e monitorados para residência, consumo, lazer
ou trabalho. Esses espaços encontram no medo da violência uma de suas
principais justificativas e vem atraindo cada vez mais aqueles que preferem
abandonar a tradicional esfera pública das ruas para os pobres, os
“marginais” e os sem-tetos. (CALDEIRAS, 1997)
A segregação de espaços pode acontecer até mesmo por mudança dentro do setores do
seu mercado de trabalho e financeiro criando problemas como a desvalorização e deterioração
de áreas que antes eram valorizadas como a Gentrificação que é o processo de alteração das
relações de um espaço ou bairro pela constituição da dinâmica no mesmo onde grupos que
antes moravam ou frequentavam tem que se deslocar para outras áreas por causa da mudança
de poder aquisitivo no local por altas valorizações que podem afetar aluguel, preços de
serviços e produtos no espaço. Ou seja, pessoas que eram moradores residentes daquele local
tem que se mudar por causa dos reflexos que uma mudança econômica desenfreada e não
administrada em seu bairro e assim as pessoas de classes sociais mais baixas vão sendo
afastadas dos centros econômicos da cidade ou empilhadas em espaços entre esses locais de
poder na cidade.
Outra forma de separação é a própria construção de muros físicos entre as pessoas.
Condomínios fechados com grandes, portes, e segurança armada onde muitas vezes o acesso
só é possível após uma minuciosa inspeção de dados e documentos dos usuários. “São Paulo é
hoje uma cidade de muros. Ergueram-se barreiras por toda parte — em volta das casas,
prédios de apartamentos, parques, praças, complexos de escritórios e escolas. Edifícios e
casas que comumente se ligavam às ruas por jardins hoje estão separados por altos muros e
grades e têm equipamentos eletrônicos de vigilância e guardas privados armados” Caldeiras,
(1997). O que traz uma grande reflexão presente no livro Morte e vida de grandes cidades de
Jane Jacobs que levanta o questionamento sobre moradias muradas onde antes você tinha a
segurança de ter a visibilidade de sua casa pelos seus vizinhos agora temos muros que nos
“protegem”, mas impedem de meu companheiro de vizinhança possa saber se estou bem na
minha casa ou alerta alguma autoridade caso algo estranha aconteça dentro da minha
propriedade já que com grandes muros nada pode ser visto daquele espaço.
Já dentro das favelas temos a presença de um grande sentimento de comunidade e
ajuda mútua onde a empatia e solidariedade cresce e se fortalecem por meio das relações
sociais construídas diariamente. Não é mistério que a embora muitas das pessoas das classes
baixa sejam ilha em pontos específicos e de pouco prestígio visto na questão urbanística da
cidade seus moradores acabem construídos relações de afeto e pertencimento bem maiores do
que as tidas dentro de espaços construídos em cima de enclaves fortificados.
[...] E ainda: numa comunidade podemos contar com a boa vontade dos
outros. Se tropeçarmos e cairmos, os outros nos ajudarão a ficar de pé outra
vez. Ninguém vai rir de nós, nem ridicularizar nossa falta de jeito e alegrar-
se com nossa desgraça. Se dermos um mau passo, ainda podemos nos
confessar, dar explicações e pedir desculpas, arrepender-nos se necessário;
as pessoas ouvirão com simpatia e nos perdoarão, de modo que ninguém
fique ressentido para sempre. E sempre haverá alguém para nos dar a mão
em momentos de tristeza.[...] (BAUMAN, 2003. p. 8)
A idéia de uma comunidade utópica onde a empatia se faz presente, o apoio e a união
que prevalece não é visível na sociedade contemporânea, porém pode-se perceber aspectos
dessa comunidade nas periferias, características como a ajuda, a escuta estão presentes nessas
comunidades periféricas. O sentimento de empatia preenche os corações dos demais ali
presentes, isso se dar ao fato de uma dura realidade vivida pelos moradores do local, um mal
existente que os afligem, a pobreza. Segundo Martín-Baró (1989) a pobreza é uma situação de
escassez de recursos básicos para sobrevivência minimamente digna.
O projeto de extensão Bons Vizinhos da faculdade Unifanor que tem como parceira a
comunidade do Gengibre é um bom exemplo, a comunidade se localiza em um dos bairros da
classe média e alta de fortaleza no bairro Dunas. Um dos segmentos de ações propostas pelo
projeto e a construção de eixos de realização para atividades e dentro do de maior relevância
para esse trabalho está o eixo família onde os extensionistas do projeto fazem visitas
domiciliar a moradores da comunidade e assim podem tanto realizar ações locais como
levantar dados para proposta de ações futuras.
Mais a sua maior riqueza de conhecimento está no contato com pessoa dentro do seu
ambiente de moradia podendo entender sua dinâmica de dia a dia, trabalho, rotinas e etc. Os
extensionistas conversam com moradores em suas casas e assim acabam aprendendo mais
sobre suas experiências sócias e suas vivências. Nisso é observado essas relações como
famílias que gostam de ter seus parentes como vizinhas e embora as dificuldades do dia a dia
o apoio entre eles é algo presente.
Uma pesquisa realizada recentemente na pesquisa Pandemia na favela – A realidade
14 milhões de favelados no combate ao novo coronavírus, pelo Data favela em parceria do
instituto locomotiva da central única das favelas (Cufa) e noticiada pelo jornal OPOVO
mostra que a solidariedade é maior entre moradores de favelas. Durante a pandemia do novo
coronavírus foi registrado que “49% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação durante a
pandemia do novo coronavírus, esse índice atingiu 63% nas favelas do país.”
Um pequeno depoimento também na mesma matéria é o diretor executivo da favela
Holding que relata “quem vive em favela sabe que a solidariedade é uma marca muito forte. É
uma característica sólida por causa das necessidades daqueles territórios”. Essa relação entre
vizinhos de ajuda mútua é vista de forma bem presente na comunidade do gengibre onde até
em alguns exemplos país sentem segurança de ir trabalhar e poder deixar seus filhos aos
cuidados de algum vizinho.
Essa forte características de ajuda mútua as vezes quando colocada em contraentes a
relação entre classes já parece uma realidade menor por causa da baixa empatia entre classes
sociais altas com as baixas. Um temos interessante para exemplificar o porquê das
dificuldades dessa relação é descrita por Geoff Dench e citada no livro comunidade de
Bauman, “Geoff apontou para o traço da comunidade que leva todos os que podem a fugirem
dela: uma parte integrante da ideia de comunidade é a “obrigação fraterna” “de partilhar as
vantagens entre seus membros, independente do talento ou importância deles. Esse traço faz
do “Comunitarismo” uma “filosofia dos fracos”. Bauman (2003. P.56)
O que para alguns é visto como fortificador das relações como comunidade para
outros de determinada classe pode ser visto como fator de fraqueza baseado em sistema de
meritocracia. Mas, como podemos nos basear em sistema de méritos quando nossas próprias
construções urbanas tem em si a presença de enclaves fortificados de espaços com maiores
recursos e uma segregação de qualidade de vida não acessível a maior parte da população. Se
o sentimento de pertencer é uma forte característica na construção de uma sociedade como
podemos de bolhas sociais onde temos as distinções de classes e dentro disso fundamentado a
identificação, familiarização e empatia entre pessoas. Os enclaves fortificados são reflexos da
desigualdade e segregação social e virse e versa.
[...] Nas cidades em que os enclaves fortificados produzem segregação
espacial tornam-se explícitas as desigualdades sociais. Nessas cidades, as
interações cotidianas entre habitantes de diferentes grupos sociais diminuem
substantivamente e os encontros públicos ocorrem principalmente em
espaços protegidos e entre grupos relativamente homogêneos. O próprio tipo
de espaço vai contribuindo para que os encontros públicos sejam marcados
por seletividade e separação. Na materialidade dos espaços segregados, na
construção de muros e fachadas defensivas, nas grades ao redor dos parques,
mas também nas trajetórias cotidianas das pessoas nesses espaços, no seu
uso do transporte coletivo, no seu modo de andar nas ruas e parques, no
hábito de fechar os vidros dos carros ao se aproximar de semáforos ou de
atravessar a rua ao avistar um grupo de sem-teto, fronteiras sociais vão sendo
rigidamente construídas. Em cidades de muros, a travessia dessas fronteiras
está sempre sob vigilância. Quando elas são transpostas, há agressão, medo e
um sentimento de desproteção, há suspeita e perigo. Habitantes de todos os
grupos sociais têm uma sensação de exclusão e restrição. Para alguns, a
exclusão é óbvia, já que lhes é negado acesso a várias áreas e eles ficam
restritos a outras. Mas mesmo os ricos habitantes dos enclaves sentem-se
restritos; seu sentimento de medo os mantém distantes dos espaços que seu
mapa mental da cidade cada vez mais identifica como
perigoso.[...](CALDEIRAS, 1997).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentro do que foi apresentado sobre o tema trabalhado os enclaves fortificados são a
construção de espaços públicos ou privados com acessos restrito para determinados grupos de
pessoas da sociedade e que podem se apresenta tanto de forma física como muros, grandes
como de maneira psicológica por meio de construções sociais com restrições de um espaço e
outras ferramentas.
A construção desses espaços é um dos melhores exemplos fisicos de como a
segregação social é constituída nas metrópoles. Fatores como econômicos e culturais também
podem ser motivados de segregação e criação de enclaves fortificados, mas um dos maiores é
o medo provocado nas pessoas da violência urbana. Nisso aqueles que têm condições
financeiras se refugiam em grandes pólos residenciais construídos de forma privada de
acessos e amplamente divulgados como locais “totalmente seguro” enquanto as camadas
sociais mais humildes são afastadas dos grandes centros pelas mesma desculpa criando assim
os conglomerados de moradia informal.
Com as bolhas sociais formadas e baixa vivência entre pessoas de diferentes classes
temos o fortalecimento novamente da segregação criando assim a falta de empatia,
identificação e familiaridade entre grupos de classe diferente, já que os mesmo não convive
muito de forma diárias suas relações são restritas a locais públicos que poucas vezes
proporciona o maior contato entre classes quando não são segregatórios também na sua
própria construção.
Outro forte fator motivador é os apelos culturais e comportamentais em sociedade
sendo visto com um fragmentador entre classes e muitas vezes usados como motivadores e
segregação entre pessoas em locais públicos. Grupos de poder aquisitivos diferentes acabam
tendo pouco contato até mesmo em centro de comércio e alimentício, que seria o mais comum
local de contato social entre pessoas distintas, por uma elitização de locais e espaços.
Esses fatores contribuem para baixa solidariedade entre classes, pois muitas vezes
falta identificação entre grupos e quando colocado em foco o tema dos enclaves fortificados
que são espaços projetados de forma a privatizar o acesso de pessoas isso nos demonstra que a
nossa construção social tem raízes bem profundas sobre sociedade e como construímos nossas
metrópoles.
Já quando podemos observar como a dinâmica social acontece dentro das favelas é
visto que as dificuldades do cotidiano e problemas ligados à busca da qualidade de vida são
motivadores da empatia entre indivíduos e que isso alimenta o espírito e cultura social como
pessoas moradoras de favela. Que a ajuda mútua é comum entre os moradores e que a
solidariedade é algo presente entre vizinhos.
Experiências vividas com olhares e áreas que se diferem umas das outras enriquece a
reflexão acerca da comunidade trabalhada. Porém escuta é a principal ferramenta utilizada
nessas visitas familiares independente da área do extensionista, para identificar as demandas e
disponibilizar o acolhimento necessário. Também é importante ressaltar as experiências
distintas vivenciadas, as visitas domiciliares expõe diversos fatores tanto pessoais, quanto de
elementos do sentimento de comunidade, é visível o desenvolvimento de aspectos da SPC
como ligações emocionais compartilhadas que é fortalecida na comunidade em questão, onde
observa-se a empatia, o vivenciar de situações semelhantes diariamente, o sofrimento que não
pertence a um morador e sim à vários moradores, influencía para o fortalecimento deste
elemento. Outro componente observado é a integração e satisfação de necessidades os
habitantes buscam suprir as necessidades da comunidade, seja carências físicas e pessoais ou
de infraestrutura da localidade, característica essa presente na periferia do Gengibre seja
ajudar o outro que está precisando de um alimento ou da um cuidado, até cobrir buraco com
pedras, entre outros. Entretanto a influência é enfraquecida e pouco estabelecida no local, a
comunidade apresenta uma baixa mobilização dos moradores para transformar a realidade
social.
CONCLUSÃO
A construção dos enclaves fortificados dentro da sociedade é um problema para a
criação de uma cidade onde multi-grupos de classes possam viver e trabalhar juntos para o
desenvolvimento social. As relações entre pessoas são afetadas pelas construções de espaço
privatizados e acesso restrito que reúnem polos abrigando todas as necessidades de uma
pessoa e transformando o relacionamento em sociedade algo dispensável.
A interação entre classes sociais tem sua importância tanto na construção de convívio
social como na identificação como membros de uma mesma sociedade ajudando na quebra da
segregação social e possibilitando uma maior identificação entre pessoas e o surgimento do
sentimento de empatia e solidariedade. Embora as pessoas se apresentem em grupos distintos
em questões de poder aquisitivo, cultural, locais de moradia a ideia que todos são membros
das mesma sociedade faz parte de uma construção de vivência diária possibilitando uma
maior identificação entre usuários por meio da convivência.
A partir de produções acadêmicas a respeito do tema e da vivências na comunidade,
concluímos que o sentimento de comunidade é necessário para a busca da autossuficiência e
autonomia da localidade. Elementos foram observados mais fortalecidos e outros mais
fragilizados, embora esteja implicado com a experiências dos próprios moradores do local é
importante a buscar para o desenvolvimento dos mais elementos da SPC para uma possível
transformação social.
REFERÊNCIAS