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CAP.

1: COMUNIDADE, CIDADANIA E MINORIAS

1) Comunidade
As comunidades se estabelecem pela associação entre seus membros. Portanto, quando falamos em
comunidade humana estamos falando num tipo de sociedade. Costuma-se definir comunidade por quatro
características principais:
 Nitidez: é o limite territorial claro da comunidade, ou seja, onde ela começa e onde acaba.
 Pequenez: a comunidade é, em si, a unidade de observação pessoal ou, então, sendo um pouco maior,
porém homogênea, proporciona uma unidade de observação pessoal plenamente representativa do todo.
 Homogeneidade: as atividades e o estado de espírito são muito semelhantes para todas as pessoas de sexo
e idade correspondentes; o curso de uma geração é semelhante ao da precedente.
 Autossuficiência: é o que proporciona todas ou a maioria das atividades que atendem às necessidades de
seus membros.
A pequena comunidade é uma disposição que acompanha seus membros do berço ao túmulo.

a) O que mantém as comunidades


As comunidades tradicionais não possuem mais o mesmo poder de integração. Sabe-se que em geral elas
se mantinham unidas mais por uma necessidade imposta socialmente – quando não por coerção – do que por
aquilo que seus membros tinham em comum.
Atualmente a ligação familiar é mais voluntária, afetiva e de respeito mútuo do que uma necessidade.
Mas, particularmente nas grandes cidades, não se pode esperar conviver com vizinhos que tenham os mesmos
interesses, as mesmas ocupações, os mesmos costumes.
A mobilidade geográfica e ocupacional tira as pessoas do lugar e da classe social a que pertencem ou da
cultura em que nasceram, onde vivem seus pais, irmãos e outros familiares.

b) Tipos de sociedades
Relembrando: as comunidades se estabelecem pela associação entre seus membros; quando falamos em
comunidade humana estamos falando num tipo de sociedade. Vejamos dois tipos de sociedade abaixo:
 Sociedade Comunitária
É tipicamente pequena, com uma divisão simples do trabalho e, consequentemente, com limitada
diferenciação de papéis. Numa estrutura social dessa natureza o comportamento é largamente regulado pelo
costume; a ação flui por trilhas convencionais. Há pouca necessidade da lei formal; a lei pode-se dizer, faz parte
da tradição.
 Sociedade Societária
As grandes metrópoles contemporâneas são uma síntese da sociedade societária. Ela se caracteriza pela
acentuada divisão do trabalho e pela proliferação de papéis sociais. Os indivíduos precisam enquadrar-se numa
complexa estrutura social, em que ocupam determinado status e desempenham muitos papéis diferentes e
frequentemente sem ligação entre si.
As divisões sociais tendem a ser transitórias, superficiais e impessoais. Os indivíduos associam-se uns aos
outros em função de propósitos limitados. São relações essencialmente instrumentais, cuja importância são as
finalidades, muitas vezes desprezando-se o meio para alcançá-las. Nessa estrutura social a família não ocupa o
lugar central que ocupa na sociedade comunitária.
No lugar da firme integração, característica da sociedade comunitária, a sociedade societária é
frouxamente articulada e o grau de consenso tende a diminuir. Isso pode sugerir uma frequência maior de
situações de conflito.

c) A cultura do individualismo (os singles)


É cada vez maior o número de pessoas que moram sozinhas. O tabu de que estar só é sinal de abandono
ou de incompetência afetiva está sendo superado por uma nova forma de olhar a questão. Hoje, morar sozinho é
acima de tudo uma opção de vida.

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Mas por que tantas pessoas vêm optando por uma vida solitária? São várias as explicações, algumas
demográficas, outras econômicas e há também razões muito particulares: casa-se menos e mais tarde, há mais
divórcios e o aumento da expectativa de vida do brasileiro faz com que o número de idosos também cresça. Hoje
uma parcela considerável de viúvos mora sozinha.
Os singles são sistemáticos e individualistas, confessam certa intolerância para com o outro, prevalecendo
o egoísmo. No que diz respeito ao relacionamento humano, tal situação poderá ser um dos problemas do século
XXI.

2) Cidadania
A cidadania é exercida por cidadãos. “Cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e
deveres e participa de todas as questões da sociedade”. Embora a palavra cidadania possa ter vários sentidos,
atualmente sua essência é única: significa o direito de viver decentemente.
As condições da infância podem indicar o nível de desenvolvimento de um país e permitem fazer
projeções de como estará a situação futuramente. Outro indicador do grau de cidadania de uma nação é o
tratamento que se dá aos idosos. Crianças e idosos são os dois extremos frágeis de uma sociedade. Uma sociedade
que não respeita suas crianças e seus idosos põe em risco a vida de cada pessoa em particular.

a) Conceitos de cidadania
Historicamente, o conceito original de cidadania estava associado ao burguês, não ao povo todo. Portanto,
a começar pela formação da palavra, há uma separação entre o homem urbano e o homem rural, uma vez que a
palavra cidadão referia-se somente aos habitantes da cidade.
Como termo legal, cidadania é mais uma identificação do que uma ação. Como termo político, cidadania
significa compromisso ativo, responsabilidade. Significa fazer diferença na sua comunidade, na sua sociedade, no
seu país.

b) Aspectos jurídicos, sociológicos e éticos da cidadania


O Estado deve produzir bens e serviços sociais – como educação, saúde, previdência social – para serem
distribuídos gratuitamente aos membros da sociedade. São bens e serviços que não podem ser individualizados.
A sociedade contemporânea, constituída em torno da informação, deve proporcionar em maior quantidade
o que mais se deve valorizar numa democracia: igualdade e liberdade.
A política de igualdade incorpora a igualdade formal, uma conquista do período de constituição dos
grandes estados nacionais. Seu ponto de partida é o reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos
direitos e deveres da cidadania. A política de igualdade se expressa na busca da equidade (igualdade;
imparcialidade). Esta deve:
 Promover a igualdade entre desiguais, através da educação, da saúde pública, da moradia, do emprego, do
meio ambiente sustentável e de outros benefícios sociais.
 Combater todas as formas de preconceito e discriminação seja por motivo de raça, sexo, religião, cultura,
condição econômica, aparência ou condição física.

c) A cidadania ameaçada
A cidadania está ameaçada, e isso é uma realidade principalmente nos países pobres e emergentes. Para a
restauração da cidadania é preciso acrescentar à sociedade um terceiro setor aos dois já conhecidos, que são o
setor privado, das empresas, e o setor públicos, do governo. O terceiro seria um setor social autônomo. Pode-se
construí-lo pelas organizações comunitárias autônomas voltadas para o setor social, incentivando-as como novos
centros de cidadania. É o que se chama de sociedade civil, onde crescem organizações sem fins lucrativos, que se
estabelecem fora do mercado de trabalho e do governo, as organizações não governamentais (ONG´S).

3) Minorias
O processo de globalização promoveu a massificação, a homogeneização e a padronização cultural. Mas
desse panorama surge uma sociedade complexa e diferenciada. Nela, diversos grupos sociais minoritários – as
minorias étnicas, religiosas, políticas, regionais e etc. – buscam seu espaço social e geográfico, sua originalidade,

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sua identidade social e cultural. As minorias se organizam cada vez mais para defender seus princípios,
ressaltando suas individualidades, dando um novo sentido à noção de cidadania.
As minorias geralmente se originam da própria avaliação negativa que se tem delas, da sua discriminação
e segregação. A exclusão social é muito forte entre as minorias e origina diferentes grupos de excluídos.
Pode acontecer, e não é raro, de uma minoria ser formada pela maior parte da população. São as minorias
majoritárias. Isso pode parecer contraditório, mas o fato é que as minorias majoritárias ocupam na estrutura de
poder uma posição de subordinação diante de uma minoria autoritária e poderosa.

CAP. 2: AGRUPAMENTOS SOCIAIS

1) Grupo social
Grupo social é toda reunião de duas ou mais pessoas associadas pela interação. Devido à interação social,
os grupos mantêm uma organização e são capazes de ações conjuntas para alcançar objetivos comuns a todos os
seus membros.
Os grupos sociais são formas estáveis de integração social. Um fator mantém a estabilidade e a integração
do grupo: os contatos sociais são duradouros. Nos grupos sociais há normas e costumes próprios, divisão de
funções e posições sociais definidas. Como exemplos temos a família, a escola, a Igreja, o clube, o Estado, etc.

a) Principais grupos sociais


As pessoas, ao longo de sua vida, em geral participam de vários grupos sociais, como:
 Grupo familial: representado pela família.
 Grupo vicinal: formado pela vizinhança.
 Grupo educativo: desenvolvido na escola.
 Grupo religioso: representado pelas instituições religiosas.
 Grupo de lazer: que são os clubes, as associações esportivas e etc.
 Grupo profissional: estabelecido pelas relações profissionais em empresas, escritórios, lojas, etc.
 Grupo político: formado pelo Estado, pelos partidos políticos, pelas agremiações políticas, etc.

b) Principais características dos grupos sociais


Entre as características de um grupo social, as principais são:
 Pluralidade de indivíduos: há sempre mais de um indivíduo no grupo; grupo dá ideia de algo coletivo.
 Interação social: no grupo, os indivíduos comunicam-se uns com os outros.
 Organização: todo grupo, para funcionar bem, precisa de uma certa ordem interna.
 Objetividade e exterioridade: os grupos sociais são superiores e exteriores ao indivíduo, insto é, quando
uma pessoa entra no grupo, ele já existe, quando sai ele continua a existir.
 Conteúdo intencional ou objetivo comum: os membros de um grupo unem-se em torno de certos
princípios ou valores, para atingir um objetivo de todo o grupo.
 Consciência grupal ou sentimento de “nós”: são as maneiras de pensar, sentir e agir próprias do grupo.
 Continuidade: as interações passageiras não chegam a formar grupos sociais organizados.

c) Tipos de grupos sociais


Os grupos sociais podem ser classificados em:
 Grupos primários: são aqueles em que predominam os contatos primários, isto é, os contatos pessoais
diretos; exemplos: a família, os vizinhos, o grupo de lazer.
 Grupos secundários: são os grupos sociais mais complexos, como as igrejas e o Estado, em que
predominam os contatos secundários; os contatos sociais, nesse caso, realizam-se de maneira pessoal e
direta, mas sem intimidade; ou de maneira indireta, através de cartas, e-mail, etc.
 Grupos intermediários: são aqueles em que se alternam e se complementam as duas formas de contatos
sociais – primários e secundários; um exemplo desse tipo de grupo é a escola.

2) Agregados sociais
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Agregado social é uma reunião de pessoas com fraco sentimento grupas e frouxamente aglomeradas.
Mesmo assim, conseguem manter entre si um mínimo de comunicação e de relações sociais. O agregado social
não é organizado e as pessoas que dele participam são relativamente anônimas.
Destacamos como agregados sociais a multidão, o público e a massa.

a) Multidão
Um grupo de pessoas observando um incêndio ou fugindo de um edifício em chamas, uma população que
se junta para um linchamento e um grupo que se encontra na rua para brincar o carnaval são exemplos de
multidão.
Principais características da multidão:
 Falta de organização: apesar de poder ter um líder, a multidão não possui um conjunto próprio de normas;
seus membros não ocupam posições definidas no agregado.
 Anonimato: os componentes da multidão são anônimos, pois, ao se integrarem à multidão, seu nome, sua
profissão ou sua posição social não são levados em conta, não têm importância alguma no agregado.
 Objetivos comuns: os interesses, as emoções e os atos são coletivos numa multidão.
 Indiferenciação: não há espaço para as diferenças individuais se manifestarem, o que torna iguais os
membros da multidão.
 Proximidade física: os componentes da multidão ficam próximos uns dos outros, mantendo contato direto
e temporário.

A multidão pode assumir forma pacífica ou tumultuosa.

b) Público
O público é um agrupamento de pessoas que seguem os mesmos estímulos. É espontâneo, amorfo, não se
baseia no contato físico, mas na comunicação recebida pelos diversos meios de comunicação.
O público se difere da multidão, pois a integração dos indivíduos é ocasional, enquanto na multidão ela é
mais ou menos intencional. Os modos de pensar, agir e sentir do público compõem o que é conhecido como
opinião pública.

c) Massa
As pessoas que assistem ao mesmo programa de televisão, veem o mesmo anúncio num cartaz ou leem
em casa o mesmo jornal constituem a massa. Portanto, a massa:
 É formada por indivíduos que recebem, de maneira mais ou menos passiva opiniões formadas, que são
veiculadas pelos meios de comunicação de massa.
 Consiste num agrupamento relativamente grande de pessoas separadas e desconhecidas umas das outras.

Como não obedecem às normas, a formação das massas é espontânea.


Existe uma certa semelhança entre público e massa, pois os componentes da massa também estão unidos
por um estímulo. Mas há uma diferença muito importante entre um e outro: o público não tem uma atitude
passiva diante da mensagem que recebe; ele opina. Ou seja, o público não apenas recebe opiniões, mas também
exprime a sua. Isso em geral não ocorre com a massa.

3) Mecanismos de sustentação dos grupos sociais


Toda sociedade tem uma série de forças que mantêm os grupos sociais . As principais são a liderança, as
normas e sanções sociais, os símbolos sociais e os valores sociais.

a) Liderança
A liderança é uma ação exercida por um líder. Este é o que dirige o grupo, transmitindo ideias e valores
aos outros membros. Há dois tipos de liderança:
 Liderança institucional: deriva da autoridade que uma pessoa tem em virtude da posição social ou do
cargo que ocupa.

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 Liderança pessoal: é aquela que se origina das qualidades pessoais do líder.

É entre os líderes pessoais que costumam aparecer os líderes carismáticos, ou seja, líderes dotados de um
encanto pessoal tão forte que são considerados frequentemente proféticos, iluminados ou mesmo sobrenaturais.
Relacionamos como exemplos: Antônio Conselheiro, Padre Cícero, Mao Tsé-Tung, Getúlio Vargas, Adolf Hitler.
Como peça importante de sustentação do grupo, o líder desempenha um papel integrador entre seus membros,
transmitindo-lhes ideias, normas e valores sociais, ao mesmo tempo em que representa os interesses e os valores
do grupo.

b) Normas e sanções sociais


Toda sociedade e todo grupo social têm uma série de regras de conduta, que orientam e controlam o
comportamento das pessoas. Essas regras de ação são chamadas normas sociais.
Em função do que está socialmente estabelecido, as normas sociais indicam o que é “permitido” – e como
tal pode ser seguido – e o que é “proibido” – não podendo ser praticado.
A toda norma social corresponde uma sanção social. A sanção social é uma recompensa ou uma punição
que o grupo ou a sociedade atribuem ao indivíduo, em função de seu comportamento social. A sanção social é:
 Aprovativa: quando vem sob forma de aceitação, aplausos, honras, promoções; é o reconhecimento do
grupo por ter o indivíduo cumprido o que se esperava dele; quando a pessoa corresponde à expectativa da
sociedade, esta a gratifica e recompensa.
 Reprovativa: quando corresponde a uma punição imposta ao indivíduo que desobedece a alguma norma
social; essa punição varia de acordo com a importância que a sociedade dá à norma infringida; assim, são
sanções reprovativas desde o insulto, a zombaria e a vaia até a perda dos bens, a prisão e, em alguns
países, a pena de morte.

c) Símbolos
O símbolo é algo cujo valor ou significado é atribuído pelas pessoas que o utilizam. Em nossa sociedade,
por exemplo, a aliança é um objeto que simboliza a união e a fidelidade entre os cônjuges.
Os símbolos são convenções. Ou seja, cada sociedade ou grupo social pode se utilizar de símbolos
diferentes para exprimir o mesmo significado. A linguagem é a mais importante forma de expressão simbólica.
Sem a linguagem não haveria organização social humana, em nenhuma de suas manifestações: política,
econômica, religiosa, militar, etc. Sem ela provavelmente não existiria nenhuma norma de comportamento,
nenhuma espécie de lei, nenhuma criação literária ou científica tal como as concebemos hoje.

d) Valores sociais
A sociedade estipula o que é bom e o que é ruim, o que é bonito e o que é feio, o que é certo e o que é
errado. Assim, na vida em sociedade, as ideias, as opiniões, os fatos, os objetos não são avaliados isoladamente,
mas dentro de um contexto social que lhes atribui um significado, um valor e uma qualidade determinados.
Quanto maior o contexto social, maior a variedade de opiniões, de princípios, de valores sociais, muitas vezes
conflitantes.
Os valores sociais variam também e principalmente no espaço e no tempo, em função de cada época, de
cada geração, de cada sociedade. Os jovens geralmente acompanham e aceitam mais facilmente do que os mais
velhos as mudanças que ocorrem na sociedade. Esse fato faz com que geralmente eles se desentendam com a
geração anterior. Tal situação nada mais é que a indicação de uma crise de valores: os novos valores chocam-se
com os valores já estabelecidos, criando-se uma tensão entre jovens e adultos.

4) A sociologia da juventude
A juventude aparece como uma categoria social especialmente destacada nas sociedades industriais
modernas e pós-modernas; nas sociedades ocidentais ela aparece como um problema da modernidade. Esse é um
ponto importante da literatura sociológica em geral. A noção mais usual do termo “juventude” refere-se a uma
faixa de idade, um período da vida, em que se completa o desenvolvimento físico do indivíduo e uma série de
mudanças psicológicas e sociais ocorre, quando a pessoa abandona a infância para entrar no mundo adulto.

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Costuma-se distribuir a população em três faixas de idade: jovens – até 19 anos; adultos – de 20 até 59
anos; idoso ou terceira idade – de 60 anos em diante.
Portanto, é como um fenômeno da sociedade moderna que a juventude emerge como um tema para a
Sociologia. Na verdade, a Sociologia se interessa pela juventude porque determinados setores jovens parecem
problematizar o processo de transmissão das normas sociais.
A atualidade da juventude, assim, consiste em estar mais próxima dos problemas presentes. Para o
historiador inglês Eric Hobsbawm, “quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo,
sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem”.

a) Sistema de status e papéis


Todo indivíduo ocupa na sociedade em que vive posições sociais que lhe dão maior ou menor ganho,
prestígio social e poder. A posição ocupada pelo indivíduo no grupo social denomina-se status social. O
status social implica direitos, deveres e até privilégios, conforme o valor social conferido a casa posição.
Numa sociedade, o indivíduo ocupa tantos status quantos forem os grupos sociais a que pertence.
Dependendo da maneira pela qual o indivíduo obtém seus status, este pode ser classificado em:
 Status atribuído: que não é escolhido voluntariamente pelo indivíduo e não depende de suas ações ou
qualidades.
 Status adquirido: obtido em função das qualidades pessoais do indivíduo, de sua capacidade e habilidade.

Quanto mais escassas as “vagas” num status a que se aspira, mais intenso o conflito entre os candidatos a esse
status.

b) Papel social
Papel social é o comportamento que o grupo social espera de qualquer pessoa que ocupe determinado
status social. Corresponde mais precisamente à tarefas, às obrigações inerentes ao status.

c) Indivíduo, papel e status


Status e papel são coisas inseparáveis e só os distinguimos para fins de estudo. Não há status que não
corresponda a um papel social, e vice-versa.
Todas as pessoas sabem o que esperar ou exigir do indivíduo, de acordo com o status que ele ocupa no
grupo ou na sociedade. E a sociedade sempre encontra meios para punir os indivíduos que não cumprem o seu
papel.

5) Estrutura e organização social


Estrutura social é o conjunto ordenado de partes encadeadas que formam um todo. Dito de outro modo, a
estrutura social é a totalidade dos status existentes num determinado grupo social ou numa sociedade.
Cada um dos participantes de uma estrutura desempenha o papel correspondente à posição social que
ocupa. O conjunto de todas as ações que são realizadas quando os membros de um grupo desempenham seus
papéis sociais compõe a organização social. Esta corresponde, portanto, ao funcionamento do organismo social.
Assim, enquanto a estrutura social dá ideia de algo estático, que simplesmente existe, a organização social
dá ideia de uma coisa dinâmica, que acontece.
A estrutura social se refere a um grupo de partes (reunião de indivíduos, por exemplo), enquanto a
organização social se refere às relações que se estabelecem entre essas partes.
Tanto a estrutura quanto a organização social não permanecem sempre iguais. Elas podem passar, e
passam com frequência, por um processo de mudança social.

Exercícios
1. Responda:
a) Grupo, multidão, público e massa. O que caracteriza cada um desses tipos de agrupamento social?
b) Quais são os principais mecanismo de sustentação dos grupos?

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c) O que torna inseparáveis o status que um indivíduo ocupa na sociedade e os papéis sociais que ele
desempenha?
2. Tomando por base os contatos sociais, como classificamos os grupos sociais?
3. Como você explica a necessidade da existência de mecanismos de sustentação dos grupos sociais? Responda
citando os mecanismos.
4. Quais os tipos de liderança? Explique e dê um exemplo de cada tipo.
5. Dê alguns exemplos de símbolos existentes na nossa sociedade.

CAP. 3: FUNDAMENTOS ECONÔMICOS DA SOCIEDADE

1) Visão geral sobre o processo de produção


Bens são todas as coisas palpáveis, concretas, e que são produzidas para satisfazer as necessidades das
pessoas. Já uma consulta médica, uma aula, a entrega de um jornal, são exemplos de serviços. Bens e serviços
existem para satisfazer as necessidades dos indivíduos. E resultam de algum tipo de transformação dos recursos
da natureza pelos processos de produção.
Produção é a transformação da natureza da qual resultam bens que vão satisfazer as necessidades dos
indivíduos. Portanto, produzir é dar uma nova combinação aos elementos da natureza.
Um dos elementos que intervêm no processo de produção é o trabalho. Trabalho é a atividade realizada
pela pessoa que, utilizando os instrumentos de produção, transforma a matéria-prima num bem. Ao trabalhar uma
pessoa gasta energia física e mental. Essa energia é chamada força de trabalho.
O processo de produção é composto de três elementos principais associados:
 Trabalho;
 Matéria-prima;
 Instrumentos de produção.

2) Trabalho e matéria-prima
Toda atividade desenvolvida pelo ser humano – seja ela física ou mental – é considerada trabalho. Dela
resultam bens e serviços. É trabalho tanto a atividade do operário de uma indústria como a do arquiteto que
projeta os bens a serem produzidos por essa indústria.
Assim, tanto a atividade manual como a atividade intelectual são trabalho, desde que tenham como
resultado a obtenção de bens e serviços.
Não existe trabalho exclusivamente manual ou trabalho exclusivamente intelectual, mas, sim, trabalho
predominantemente manual ou trabalho predominantemente intelectual. Quanto à execução, o trabalho pode ser
classificado conforme o grau de capacidade exigido das pessoas que o exercem. Assim, temos:
 Trabalho qualificado: não pode ser praticado sem um grau de aprendizagem.
 Trabalho não qualificado: pode ser realizado praticamente sem aprendizagem.

Os elementos que, no processo de produção são transformados para constituírem o bem final são
chamados de matéria-prima. Antes de se transformar em matérias-primas, os elementos encontravam-se na
natureza sob a forma de recursos naturais.
Já o conceito de recursos naturais é relativo, isto é, ele varia no tempo e no espaço. O que é recurso
natural num processo de produção capitalista, acessível e incorporável à atividade econômica de uma nação, pode
não sê-lo numa sociedade primitiva. Assim, recursos naturais são os elementos acessíveis da natureza e que
podem ser incorporados à atividade econômica do homem.

3) Instrumentos de produção
Todas as coisas que direta, ou indiretamente nos permitem transformar a matéria-prima num bem final
são chamadas instrumentos de produção.
Os instrumentos de produção que nos permitem transformar diretamente a matéria-prima são as
ferramentas de trabalho, os equipamentos e as máquinas. Os instrumentos de produção que atuam de forma
indireta – mas não menos necessária – são o local de trabalho, as condições físicas necessárias.
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Assim, instrumento de produção é todo bem utilizado pelo ser humano na produção de outros bens e
serviços. Os seres humanos recorrem aos instrumentos de produção na sua atividade produtiva, pois dessa forma
obtêm maior eficiência no seu trabalho.
Como vimos, sem matéria-prima e sem instrumentos de produção não se pode produzir nada. Eles são os
meios materiais para realizar qualquer tipo de trabalho. Por isso, são considerados meios de produção. Portanto,
são meios de produção todos os objetos materiais que intervêm no processo produtivo.

4) Trabalho e meio de produção


Ao conjunto dos meios de produção mais o trabalho humanos damos o nome de forças produtivas.

FORÇAS PRODUTIVAS = MEIOS DE PRODUÇÃO + SERES HUMANOS

As forças produtivas alteram-se ao longo da História. Assim, até meados do século XVIII, a produção era
feita com o uso de instrumentos simples, acionados por força humana, por tração animal e pela energia
proveniente da água ou do vento. Com a Revolução Industrial (1750), foram inventadas as máquinas e passou-se
a usar o vapor e a eletricidade como fontes de energia. Alteraram-se, portanto, os meios de produção e também as
técnicas de trabalho. Houve uma profunda mudança nas forças produtivas.
No processo moderno de produção, a ciência e a tecnologia tornaram-se forças produtivas, deixando de
ser mero suporte do capital para se converter em agente de sua acumulação. Consequentemente, mudou o modo
de inserção dos cientistas e técnicos na sociedade – tornaram-se agentes econômicos diretos. E a força capitalista
encontra-se no monopólio dos conhecimentos e da informação.

5) Relações de produção
Para produzir os bens e serviços de que necessitam, os indivíduos estabelecem relações uns com os
outros. No processo produtivo, as pessoas estão ligadas entre si e dependem umas das outras. O trabalhado é um
ato social, no sentido de que é realizado na sociedade.
As relações que se estabelecem entre os seres humanos na produção, na troca e na distribuição dos bens e
serviços são chamadas relações de produção.
As relações de produção existem em todos os processos de produção e, de uma maneira especial, entre os
proprietários dos meios de produção, de um lado, e os trabalhadores, de outro. São essas relações de produção que
caracterizam o capitalismo.
Portanto, pode-se afirmar quer o elemento que determina a organização e o funcionamento das sociedades
e que caracteriza cada um dos diferentes tipos de sociedade são as relações de produção. São essas relações que
nos permitem distinguir um tipo de sociedade de outro.

6) Modos de produção
O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e
como os distribui. É chamado também de sistema econômico. O modo de produção de uma sociedade é formado
por suas forças produtivas e pelas relações existentes nessa sociedade.

Vejamos abaixo os principais modos de produção.


MODO DE PRODUÇÃO = FORÇAS PRODUTIVAS + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
a) Modo de produção primitivo
A comunidade primitiva foi a primeira forma de organização humana. Viviam em tribos nômades e
dependiam exclusivamente dos recursos naturais da região em que a tribo se encontrava. Sobreviviam graças à
coleta a ao extrativismo.
Na comunidade primitiva os homens trabalhavam em conjunto. Os meios de produção e os frutos do
trabalho eram propriedade coletiva, insto é, de todos. Não existia ainda a ideia de propriedade privada dos meios
de produção, nem havia a oposição proprietários X não proprietários. As relações de produção eram relações de
ajuda entre todos; eram baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção, a terra em primeiro lugar.

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Não havia o Estado, este só passou a existir quando alguns homens começaram a dominar os outros. O
Estado surgiu como um instrumento de organização social e de dominação.

b) Modo de produção escravista


É um modo de produção que predominou na Antiguidade, mas que também existiu no Brasil durante a
Colônia e o Império.
Na sociedade escravista os meios de produção e os escravos eram propriedades do senhor. O escravo era
considerado um instrumento, um objeto, como um animal ou uma ferramenta.
Assim, as relações de produção eram relações de domínio e sujeição: senhores X escravos. Um pequeno
número de senhores explorava a massa de escravos, que não tinha nenhuma direito. Os senhores eram
proprietários da força de trabalho, dos meios de produção e do produto do trabalho.
Nesse modo de produção já existia o Estado, pois grupos de indivíduos dominavam outros grupos. O
Estado surgiu para garantir o interesse dos senhores.

c) Modo de produção asiático


O modo de produção asiático predominou no Egito antigo, na Índia, na China, entre os Astecas e o Incas,
e também na África do século XIX.
A parte produtiva da sociedade era composta por escravos – que executavam trabalhos forçados – e por
camponeses – que eram obrigados a entregar ao Estado o que produziam. As terras pertenciam ao Estado. Os
grupos privilegiados da sociedade eram os sacerdotes, os nobres, os funcionários e os guerreiros.
Essa organização social permitia que a parcela maior do excedente da produção fosse consumida por
esses segmentos improdutivos da sociedade, o que foi minando cada vez mais o modo produção asiático.
Vários foram os fatores que determinaram o fim desse modo de produção:
 A propriedade das terras pelos nobres;
 O alto custo da manutenção dos setores improdutivos;
 A rebelião dos escravos.

No caso dos impérios inca a asteca, também contribuiu para o seu fim a conquista do território pelos
espanhóis.

d) Modo de produção feudal


O modo de produção feudal predominou na Europa ocidental durante toda a Idade Média, permanecendo
até o século XVI.
A sociedade feudal estruturava-se basicamente em senhores X servos. As relações de produção no
feudalismo baseavam-se na propriedade do senhor sobre a terra e um grande poder sobre o servo. Os servos não
eram como os escravos: eles cultivavam um pedaço de terra cedido pelo senhor, sendo obrigados a pagar e ele
impostos, rendas, e ainda trabalhar as terras que o senhor conservava para si. O servo tinha o usufruto da terra, ou
seja, uma parte do que a terra produzia era dele. Assim, trabalhava uma parte do tempo para si e outra para o
senhor.
Outra diferença importante entre o servo e o escravo é que o senhor de escravos era dono do escravo,
podendo vendê-lo, alugá-lo, etc. Com o senhor de servos isso não ocorria: o servo, enquanto pessoa, não era
propriedade de seu senhor.
As relações feudais de produção deixaram de responder às necessidades da época, pois o processo de
desenvolvimento exigia novas relações de produção. Dentro da própria sociedade feudal já começavam a aparecer
as relações capitalistas de produção.

e) Modo de produção capitalista


A desagregação do feudalismo e as origens do capitalismo tiveram como principais causas:
 O crescimento da população na Europa;
 O desenvolvimento das técnicas agrícolas de produção;
 O renascimento comercial e urbano.

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O que caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de produção. As relações de
produção capitalista baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia – que
substituiu a propriedade feudal – e no trabalho assalariado – que substituiu o trabalho servil do feudalismo.
O capitalismo compreende quatro etapas:
 Pré-capitalismo (séculos XII a XV): o modo de produção feudal ainda predomina, mas já se desenvolvem
relações capitalistas.
 Capitalismo comercial (séculos XV a XVIII): a maior parte do lucro concentra-se nas mãos dos
comerciantes, que constituem a camada hegemônica da sociedade; o trabalho assalariado torna-se o mais
comum.
 Capitalismo industrial (séculos XVIII a XX): com a Revolução Industrial, o capitalismo passa a ser
investido, basicamente nas indústrias, que se tornam a atividade econômica mais importante, o trabalho
assalariado firma-se definitivamente.
 Capitalismo financeiro (século XX): os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as
demais atividades econômicas, por meio de financiamentos à agricultura, a indústria, á pecuária e ao
comércio.

f) Modo de produção socialista


A base econômica do socialismo é a propriedade social dos meios de produção, isto é, os meios de
produção são públicos ou coletivos, não existem empresas privadas. A finalidade da sociedade socialista é a
satisfação completa das necessidades materiais e culturais da população: emprego, habitação, educação, saúde.
Nela não há a separação entre proprietários do capital (patrões) e proprietários da força de trabalho (empregados).
Isso não quer dizer que não continuem existindo diferenças sociais entre as pessoas, bem como salários desiguais
em função de o trabalho ser manual ou intelectual.
A economia é planificada, visando atender às necessidades básicas da população e não o lucro das
empresas.
Para os teóricos do socialismo, o comunismo é a etapa posterior do socialismo. No comunismo, segundo
eles, acabariam as diferenças sociais entre as pessoas porque todos teriam tudo em comum, e o Estado deixaria de
existir.

Exercícios
1. O que você entende por produção?
2. Quais sãos as principais atividades econômicas humanas?
3. Explique do ponto de vista sociológico o conceito de:
a) Trabalho;
b) Matéria-prima;
c) Recursos naturais.
4. Qual a diferença que existe entre as forças produtivas num país cuja principal atividade econômica seja a
agricultura (o Paraguai, por exemplo) e num outro bastante industrializado (o Brasil, por exemplo)?
5. O que você entende por modo de produção?
6. Quais os modos de produção que existiram ao longo da história?
7. Que diferenças existem entre o escravo e o servo?

CAP. 4: ESTRATIFICAÇÃO E MOBILIDADE SOCIAL

1) Estratificação social
O termo estratificação social identifica um tipo de estrutura social que dispõe o indivíduo, com suas
posições e seus papéis sociais, em diferentes camadas ou estratos da sociedade: generalizando – classe alta (classe
A), classe média (classe B), classe baixa (classe C). Esses estratos correspondem a graus diferentes de poder,
riqueza e prestígio.
a) Principais tipos de estratificação social
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 Estratificação econômica: baseia-se na posse de bens materiais, fazendo com que haja pessoas ricas,
pobres e em situação intermediária. O aspecto econômico tem sido mais determinante que os outros na
caracterização da sociedade.
 Estratificação política: baseia-se na situação de mando na sociedade (grupos que têm poder e grupos que
não têm).
 Estratificação profissional: baseia-se nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional
pela sociedade.
b) Determinância da estratificação econômica
Vamos exemplificar como se dá a estratificação econômica numa sociedade, realizando duas operações:
 1ª – reunimos as pessoas em grupos de acordo com o nível de rendimento que apresentam;
 2ª – formamos os grupos com pessoas de uma mesma situação econômica hierarquizando esses grupos.

Desse procedimento obtemos uma generalização do que determina a estratificação econômica, de acordo
com o critério “nível de rendimento”:
 Grupo ou classe ou camada A – pessoas de renda mais alta;
 Grupo ou classe ou camada B – pessoas de renda média;
 Grupo ou classe ou camada C – pessoas de renda baixa.

Veja na figura abaixo como esses grupos podem ser representados através de uma pirâmide social de
renda:

Pessoas de renda alta

Pessoas de renda média

Pessoas de renda baixa

De acordo com a pirâmide de renda, podemos definir a estratificação social como a divisão da sociedade
em estratos ou camadas sociais. Dependendo do tipo de sociedade, esses estratos ou camadas sociais podem ser
organizados em:
 Castas;
 Estamentos ou estados;
 Classes sociais

2) Mobilidade social
Mobilidade social é a mudança de posição social de uma pessoa num determinado sistema de
estratificação social. Quando as mudanças de posição social ocorrem no sentido de subir ou descer na
hierarquia social, dizemos que a mobilidade social é vertical. Quando a mudança de uma posição social a outra se
opera dentro da mesma camada social, diz-se que houve uma mobilidade social horizontal.

a) Mobilidade social vertical


A mobilidade social vertical pode ser:
 Ascendente ou de ascensão social: quando a pessoa melhora sua posição no sistema de estratificação
social, passando a integrar um grupo em geral economicamente superior ao de seu grupo anterior;
 Descendente ou de queda social: quando a pessoa piora de posição no sistema de estratificação social,
passando a integrar um grupo em geral economicamente inferior.

b) Mobilidade social horizontal


Uma pessoa muda do interior para a capital. No interior, ela defendia ideias políticas conservadoras;
agora, em razão das novas influências, passa a defender as ideias de um partido progressista. A situação mostra

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uma pessoa que experimentou alguma mudança de posição social, mas que, apesar disso, permaneceu na mesma
classe social.
Assim, a mudança de uma posição social dentro da mesma camada social caracteriza-se como mobilidade
social horizontal.

O fenômeno da mobilidade social varia de sociedade para sociedade. Em algumas sociedades ela ocorre
de maneira mais fácil; em outras, quase inexiste no sentido vertical ascendente.
Alguém que nasce e vive numa camada social elevada tem mais oportunidade e condições de se manter
nesse nível, ascender ainda mais e se sair melhor do que os originários das camadas inferiores.

3) Divisão da sociedade em camadas ou estratos sociais

a) Castas sociais
Existem sociedades em que, mesmo usando toda a sua capacidade e empregando todos os esforços, o
indivíduo não consegue alcançar uma posição social mais elevada. Nesses casos, a posição social lhe é atribuída
por ocasião do nascimento, independentemente da sua vontade e sem perspectiva de mudança. Ela carrega
consigo, pelo resto da vida, a posição social herdada.
As castas sociais são grupos sociais fechados, endógamos (os casamentos se dão entre os membros da
mesma casta), cujos membros seguem tradicionalmente uma determinada profissão herdada do pai. Um indivíduo
nasce numa casta e nela deve permanecer pelo resto da vida.
Vamos exemplificar a divisão social por castas, utilizando a sociedade indiana como exemplo, utilizando
a pirâmide social de casta:

Brâmanes

Xátrias

Vaixás

Sudras

Párias (Dálits) – Sem castas

b) Estamentos ou estados
Estamento ou estado é uma camada social semelhante à casta, porém mais aberta. Na sociedade
estamental a mobilidade social vertical ascendente é difícil, mas não impossível como nas sociedades de castas.
Na sociedade feudal os indivíduos só muito raramente conseguem ascender socialmente. Essa ascensão
era possível em alguns casos: quando a Igreja recrutava, em certas ocasiões, seus membros entre os mais pobres;
quando os servos eram emancipados por seus senhores, caso o rei conferisse um título de nobreza a um homem
do povo; ou, ainda, se a filha de um rico comerciante se casasse com um nobre, tornando-se, assim, também
membro da aristocracia. Mas normalmente as pessoas permaneciam no estamento em que haviam nascido.
Veja a pirâmide social do estamento durante o feudalismo como exemplo:

Nobreza e alto clero

Comerciantes

Artesãos, camponeses livres e baixo clero

Servos

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c) Classe social
As relações de produção dão origem a camadas sociais diferentes. A essas camadas – que se diferenciam
pelo lugar que ocupam na produção de bens – damos o nome de classes sociais.
Embora alguns autores usem a expressão “classe social” simplesmente como sinônimo de camada social,
aplicando-a, portanto, a vários tipos de sociedade, é conveniente reservá-la para as sociedades capitalistas; é ao
modo de produção capitalista que ela se aplica com maior precisão. Na sociedade capitalista existem basicamente
duas classes sociais:
 A burguesia – proprietária dos meios de produção
 O proletariado – classe proprietária apenas da sua força de trabalho

burguesia

proletariado

O prestígio social está associado às relações entre as pessoas e os elementos da produção: os proprietários dos
meios de produção sempre gozam de maior prestígio social do que os trabalhadores. Também a distribuição do
poder está baseada na posição dos indivíduos em relação aos elementos da produção. É o nível do salário que
colocará o indivíduo em determinada classe social.
É possível então chegar ao seguinte conceito de classe social, em que a produção aparece como fator
decisivo: Todo grupo de pessoas que apresenta uma mesma situação com relação aos elementos de produção
constitui uma classe social.
Podemos classificar a sociedade quanto ao nível de consumo de seus membros. Assim, os proprietários
dos meios de produção podem adquirir bens e serviços de luxo; os que exercem um trabalho qualificado podem
adquirir bens e serviços de preço intermediário; e aqueles que exercem um trabalho nãoqualificado só podem
adquirir bens e serviços de primeira necessidade.
Daí ser possível representar a população de uma sociedade capitalista numa pirâmide social, conforme seu
nível de consumo, que é um reflexo do seu nível de renda:

Classe alta (grande burguesia)

Classe média (pequena burguesia)

Classe baixa (proletariado)

Assim, não é possível compreender a estratificação em classe sociais, ou seja, o aspecto social da
sociedade capitalista sem levar em consideração seu aspecto econômico (a propriedade dos meios de produção).

Exercícios

1. Relacione estratificação social e mobilidade social.


2. Entre os tipos de estratificação social, um deles tem sido o mais determinante. Dê o nome desse tipo de
estratificação social e explique sua importância na caracterização da sociedade.
3. Compare a mobilidade social nas sociedades de castas, estamentos e classes sociais. Se preferir, faça um
quadro ou um esquema.
4. Explique a relação entre os elementos da produção e o conceito de classe social.
5. Responda:
a) Qual a relação entre o aspecto econômico e o aspecto social da vida das sociedades?
b) Qual a relação entre modo de produção e estratificação social?

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CAP. 5: MUDANÇA SOCIAL

1) Entendendo o conceito
Mudança social é qualquer alteração nas formas de vida de uma sociedade. Nenhuma sociedade é
perfeitamente igual a si mesma em dois momentos sucessivos de sua história.
Tomando como exemplo a abolição da escravidão, percebe-se que uma das mudanças sociais decorrentes
desse fato foi a modificação básica na instituição econômica. O trabalho passou a ser realizado por trabalhadores
livres, que recebiam salário. Isso provocou transformações em toda a estrutura social brasileira.

2) Mudança social e relações sociais


Pela mudança social alteram-se as relações sociais. As modificações por que passou a família, por
exemplo, levaram a uma menor distância social entre pais e filhos. As relações que, na família patriarcal,
supunham uma estreita obediência dos filhos foram hoje substituídas em boa parte por uma maior amizade entre
pais e filhos.

3) No ritmo das mudanças


O ritmo da mudança social varia de sociedade para sociedade: é lento nas sociedades mais simples, como
as pequenas comunidades isoladas, e acelerado e até vertiginoso nas sociedades contemporâneas complexas,
como as das grandes cidades.
O ritmo de mudança depende do maior ou menor número de contatos sociais com outros povos, do
desenvolvimento dos meios de comunicação e também de certas atitudes individuais e sociais, que aceleram ou
dificultam a mudança. A multiplicidade de contatos com povos de costumes, padrões de vida e técnicas diversas
faz acelerar as mudanças sociais.
Se é fato incontestável que a sociedade está sempre em mudança, lenta ou acelerada, também é certo que
as mudanças não têm o mesmo ritmo em todos os setores das atividades sociais.

4) Causas da mudança social


A mudança social se estabelece de duas formas:
 Por forças endógenas ou internas – isto é, por mudanças originadas dentro da própria sociedade – que sã
as invenções.
 Por forças exógenas ou externas – quando são provenientes de outras sociedades – que é a difusão
cultural.

Toda invenção pertence a uma sociedade determinada. Embora nãoseja a sociedade em seu conjunto que
invente, mas sim os indivíduos, a sociedade fornece as bases, pois todo inventor utiliza o conhecimento
acumulado de sua cultura. Cada geração não parte da estaca zero, mas de uma herança social transmitida. O
patrimônio cultural e a necessidade social é que geram as invenções.
Para se modificar, uma sociedade não conta apenas com suas próprias invenções. Se fosse assim, as
mudanças sociais seriam mais lentas. Há uma força externa que ocasiona as mudanças sociais: é a difusão
cultural. É ela que aumenta e expande acultura das várias sociedades e acelera o ritmo de mudança.
No processo de difusão, o prestígio da cultura doadora também é um dado importante na aceitação ou não dos
valores que estão sendo difundidos. Os costumes e modas vindos dos EUA, por exemplo, espalham-se com
extrema facilidade nas cidades brasileiras.
Outro fator que influencia a aceitação é a novidade. Em geral, tudo que é novidade é aceito mais facilmente.
As novidades se referem quase sempre a aspectos não essenciais da cultura – um produto novo, um novo corte de
cabelo, amaneira de se vestir, etc.

5) Fatores contrários e favoráveis à mudança social


Grande parte das mudanças sociais não ocorre sem esbarrarem obstáculos e resistências. Foram precisos
séculos para que se consolidassem grandes mudanças, como o cristianismo e a democracia.

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Obstáculos são barreiras oriundas da própria estrutura social e que dificultam ou impedem a mudança
social. Já resistências, são atuações conscientes e deliberadas para impedir a mudança social.
Em toda estrutura social existem grupos ou camadas sociais cujos interesses ou valores fazem com que
resistam abertamente a mudanças sociais. Vamos classificar as atitudes individuais e sociais – que podem
favorecer ou não a mudança social – em quatro tipos principais:
 Atitude conservadora: é aquela que se mostra contrária ou temerosa em relação às mudanças.
 Atitude reacionária: equivale ao conservadorismo exagerado. Opõe-se, não raro pela violência, a qualquer
tipo de mudança das instituições sociais.
 Atitude reformista ou progressista: é a que vê com agrado a mudança moderada.
 Atitude revolucionária: é a que defende transformações profundas e imediatas, até com o emprego de
métodos violentos.

Um grupo ou indivíduo pode ser conservador em alguns aspectos e reformista ou mesmo revolucionário em
outros.

6) Consequências da mudança social


As invenções e a difusão cultural são processos que ocasionam mudanças sociais, pois suscitam
modificações nos costumes, nas relações sociais e nas instituições. Essas alterações podem ser de pequeno porte,
passando até despercebidas, ou podem alterar quase todos os setores da vida social.
Mudanças gradativas não destroem as instituições sociais existentes. Geralmente, visam apenas melhorá-
las. Já mudanças profundas e violentas alteram todo sistema de relações sociais.
As mudanças gradativas, que procuram melhorar as instituições sem destruí-las, sem romper com os
costumes, são chamadas de reformas. A mudança social profunda e violenta, que destrói ou procura destruir a
ordem social existente, substituindo-a por outra contrária, chama-se revolução.

Exercícios

1. Explique este conceito: “Mudança social é qualquer alteração nas formas de vida de uma sociedade. Nenhuma
sociedade é perfeitamente igual a si mesma em dois momentos sucessivos de sua história”. Dê um exemplo de
mudança social que reafirme esse conceito.
2. De que maneira uma mudança social pode alterar as relações sociais? A resposta pode ser dada através de
exemplo.
3. Que fatores determinam o ritmo das mudanças sociais?
4. O que você entende por forças endógenas e forças exógenas no estabelecimento da mudança social?
5. Como podemos classificar as atitudes individuais e sociais diante da mudança social?
6. Qual a diferença entre reforma e revolução?

CAP. 6: O SUBDESENVOLVIMENTO

1) Subdesenvolvimento: etapa ou permanência?


A ideia de país subdesenvolvido traz à mente, por oposição, a de país desenvolvido. Existe uma corrente
de estudiosos do assunto que defende a ideia de que os países subdesenvolvidos podem tornar-se desenvolvidos.
Para eles, o subdesenvolvimento é – ou pode ser – um estágio anterior ao desenvolvimento.
Outros autores consideram o subdesenvolvimento não como uma etapa anterior ao desenvolvimento, mas
como uma situação que pode ser permanente. Além disso, esses autores defendem a ideia de que o
subdesenvolvimento da maioria dos países do mundo é a contrapartida do desenvolvimento de alguns países.
Desse ponto de vista, portanto, a superação do subdesenvolvimento teria de ser buscada em outros métodos,
abandonando-se a ideia de um processo evolutivo que levaria naturalmente do subdesenvolvimento ao
desenvolvimento.
Essa controvérsia não nos impede de utilizar uma série de indicadores do subdesenvolvimento, que, por
sua vez, nos permite caracterizar os países subdesenvolvidos.
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2) Indicadores de subdesenvolvimento
Essa divisão é feita apenas para facilitar o estudo. Assim, não existe uniformidade completa no uso de tal
classificação.

a) Indicadores vitais
São quatro os principais indicadores vitais do subdesenvolvimento:
 Insuficiência alimentar: um consumo inferior a 2.240 calorias diárias já caracteriza uma situação de
subalimentação.
 Grande incidência de doenças: em razão das deficiências da alimentação, e das más condições sanitárias
reinantes, proliferam nos países subdesenvolvidos doenças que, embora inofensivas nas nações
adiantadas, apresentam aí um caráter fatal.
 Intensa natalidade e altas taxas de crescimento demográfico: as nações subdesenvolvidas apresentam altos
coeficientes de natalidade. Em algumas, tais coeficientes são anulados pela elevada mortalidade, de modo
que as taxas de crescimento demográfico resultantes são reduzidas.
 Composição etária com predominância de jovens: em virtude da grande natalidade, a porcentagem de
jovens é maior nos países subdesenvolvidos do que nos países desenvolvidos.

b) Indicadores econômicos
Os principais indicadores são:
 Baixa renda per capita: é o resultado da divisão da renda nacional pela população do país. Em razão de
sua fácil apuração, é um dos indicadores mais comumente usados para indicar a condição de
subdesenvolvimento. Mas a renda per capita é imprecisa principalmente porque não leva em conta a
concentração de renda. Como é uma média, aparenta uma situação falsa, pois é como se todos os
habitantes do país tivessem a mesma renda.
 Predominância do setor primário sobre o secundário: nas economias subdesenvolvidas, o setor primário –
agricultura, pecuária, pesca, extrativismo vegetal – apresenta maior importância que o setor secundário –
indústria, atividades extrativas minerais.
 Problemas na agricultura: são basicamente três:
Baixa produtividade: a produtividade do trabalho é representada pela relação produto/trabalho,
que indica a quantidade de trabalho empregada para gerar um determinado volume de produto.
Subemprego ou desemprego disfarçado: caracteriza-se pela presença de trabalhadores agrícolas
com emprego temporário, geralmente com baixa produtividade.
Problemas na indústria: o setor secundário tem uma participação reduzida na vida econômica das
nações subdesenvolvidas. Além disso, predominam as indústrias de bens de consumo não
sofisticados, que não exigem uma infraestrutura industrial complexa.
Concentração de renda: a renda é muito mal distribuída nos países subdesenvolvidos, estando
concentrada nas mãos de poucas pessoas.
Problemas no setor externo: o setor externo é aquele que compreende as duas operações básicas
do comércio internacional: a exportação e a importação.
 Subemprego ou emprego disfarçado: o subemprego consiste na existência de trabalhadores que não têm
um emprego regular. O subemprego nãose verifica apenas na zona rural, mas também na zona urbana.
Encontramos nas cidades um grande número de pessoas que, não estando integradas em atividades
realmente produtivas, exercem expedientes vários para sobreviver.

c) Indicadores sociais
Um fenômeno totalmente novo nos permite caracterizar os países subdesenvolvidos e distingui-los dos
países atrasados de outrora: pela primeira vez na História as populações desses países têm consciência de sua
miséria ou pobreza, ou de seu atraso em relação aos países industrializados.
Importante para esta tomada de consciência é o funcionamento do mecanismo de efeito-demonstração:
assim como nos países desenvolvidos as camadas inferiores da população tendem a imitar o estilo de vida das

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superiores, embora sem ter o mesmo nível de renda, também as populações dos países subdesenvolvidos almejam
atingir um padrão de consumo semelhante ao que existe nas grandes nações industrializadas.

d) Indicadores políticos
A tomada de consciência da miséria ou do atraso leva à formulação de planos para superar essa situação.
Tais planos são os projetos de desenvolvimento. Não é suficiente, porém, que existam projetos coletivos de
desenvolvimento: é necessário também que os grupos formuladores de tais projetos induzam o Estado à
realização de seu programa ou procurem fazer-se representar diretamente no Estado.

3) Os indicadores não são absolutos


Os indicadores vitais, econômicos, sociais e políticos de subdesenvolvimento são os traços mais
comumente encontrados nos países subdesenvolvidos. Mas nem todos os países subdesenvolvidos apresentam a
totalidade desses traços. São considerados subdesenvolvidos os países que apresentam, senão todas, pelo menos
um número considerável dessas características.
Por outro lado, é muito provável que certos países que, a rigor, não podem ser considerados
subdesenvolvidos apresentem alguns desses sinais. O Canadá e a Austrália, por exemplo, exportam
predominantemente produtos primários e nem por isso são países subdesenvolvidos: sua população apresenta bom
nível de vida, a renda é distribuída com equilíbrio, não há miséria ou desnutrição entre seu povo.

4) A origem do subdesenvolvimento
A origem do subdesenvolvimento dos países periféricos (antigas colônias) pode ser localizada exatamente
nas relações econômicas e políticas desses países com as nações centrais (que eram as metrópoles) ao longo da
História.
A colonização foi um processo de ocupação e exploração econômica e política de novas áreas. O
movimento colonizador que se afirmou a partir do século XV assumiu o caráter de “europeização do mundo”,
pois representou a integração de novas áreas à órbita econômica e política das nações europeias. Desse
movimento surgiram dois tipos de colônia:
 Povoamento: formaram-se a partir das páreas ocupadas por levas de desempregados ou por grupos
submetidos a perseguições religiosas.
 Exploração: formaram-se nas áreas ocupadas pelas nações europeias, com a finalidade de extrair delas
bens comercializáveis na Europa.

5) Crescimento econômico e subdesenvolvimento


Para que haja desenvolvimento é necessário que se verifiquem alterações profundas na distribuição de
renda, nas condições de higiene e saúde da população, nas condições de emprego, na propriedade da terra, no
acesso à educação, etc. Enfim, é necessário que exista uma participação de todos na riqueza produzida, e não
apenas um crescimento dessa riqueza.
Alguns países subdesenvolvidos podem experimentar crescimento econômico, como ocorre com o Brasil,
sem que estejam passando por um verdadeiro processo de desenvolvimento – embora o desenvolvimento só seja
possível com crescimento econômico.
Exercícios
1. Faça um esquema organizando os indicadores de subdesenvolvimento, incluindo os tipos particulares de cada
indicador.
2. “Os indicadores de subdesenvolvimento não são absolutos”. Explique por quê.
3. “Praticamente nenhuma das antigas colônias de povoamento veio a se converter em país subdesenvolvido em
nossa época. Já todos os países e as demais colônias de exploração são hoje países subdesenvolvidos”. Explique a
relação entre as colônias de povoamento e de exploração com a formação de países desenvolvidos e países
subdesenvolvidos.
4. Comente a afirmação: “O grande crescimento demográfico é consequência, e não causa, do
subdesenvolvimento”.
5. Por que a renda per capita não é um indicador seguro do desenvolvimento?

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