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Rio de Janeiro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Rio de Janeiro é uma das 27


unidades federativas do Brasil. Situa-
Estado do Rio de Janeiro
se na porção leste da região Sudeste,
tendo como limites os estados de
Minas Gerais (norte e noroeste),
Espírito Santo (nordeste) e São Paulo
(sudoeste), como também o Oceano
Atlântico (leste e sul). Ocupa uma área
de 43.696,054 km², sendo pouco maior (Bandeira) (Brasão)
que a Dinamarca. Sua capital é a Lema: Recte Rem Publicam Gerere
cidade do Rio de Janeiro. Os naturais (Gerir a Coisa Pública com Retidão)
do estado do Rio de Janeiro são
chamados de fluminenses (do latim Hino: Hino do Rio de Janeiro
flumen, literalmente "rio").
Gentílico: fluminense
Os municípios mais populosos são:
Rio de Janeiro, São Gonçalo, Duque
de Caxias, Nova Iguaçu, Belford
Roxo, Niterói, São João de Meriti,
Campos dos Goytacazes, Petrópolis,
Magé, Volta Redonda, Itaboraí,
Macaé, Mesquita, Cabo Frio e Nova
Friburgo.

Muitas cidades destacam-se devido à


forte vocação turística: Angra dos
Reis, Armação dos Búzios, Arraial do
Cabo, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia,
Nova Friburgo, Penedo (distrito de
Itatiaia), Paraty, Petrópolis, Rio das
Ostras, Saquarema, Teresópolis, entre
Localização
outras.
- Região Sudeste
O estado é formado por duas regiões Espírito Santo (nordeste), Minas
morfologicamente distintas: a baixada - Estados limítrofes Gerais (noroeste) e São Paulo
e o planalto, que se estendem, como (sudoeste)
faixas paralelas, do litoral para o - Mesorregiões 6
interior. Paraíba do Sul, Macaé, - Microrregiões 18
Guandu, Piraí, Muriaé e Carangola são - Municípios 92
os principais rios. O clima é tropical.
Capital Rio de Janeiro
É representado na bandeira da
Federação brasileira pela estrela Beta Governo 2007 a 2011
do Cruzeiro do Sul (β = Mimosa). - Governador(a) Sérgio Cabral Filho (PMDB)
- Vice-governador(a) Luís Fernando de Sousa (PMDB)

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- Deputados federais 46
- Deputados estaduais 70
Índice Francisco Dornelles (PP)
- Senadores Marcelo Crivella (PRB)
■ 1 História
■ 1.1 Capitania real e Paulo Duque (PMDB)
capital do vice-reino Área
■ 1.1.1 Século - Total 43.696,054 km² (24º)
XVII
■ 1.1.2 Séculos População 2009
XVIII e XIX - Estimativa 16.010.429 hab. (3º)
■ 1.2 Criação do - Densidade 352,58 hab./km² (2º)
município neutro
■ 1.3 Ascensão e queda Economia 2007
do poder cafeeiro - PIB R$296,768 bilhões (2º)
■ 1.4 O estado do Rio e a
- PIB per capita R$19.245,00 (3º)
Primeira República
■ 1.5 A Revolução de Indicadores 2005
1930 e o Estado Novo
■ 1.6 A redemocratização - IDH 0,832 (2005) [1] (4º) – elevado
e o Golpe de 1964 - Esper. de vida 73,1 anos (12º)
■ 1.7 O novo estado do - Mort. infantil 19,5/mil nasc. (7º)
Rio - Analfabetismo 4,0% (3º)
■ 2 Geografia
■ 2.1 Clima Fuso horário UTC-3
■ 2.2 Vegetação
Clima Tropical e tropical de altitude
■ 2.3 Hidrografia
Aw/Cwa/Cwb
■ 2.4 Litoral
■ 2.5 Solos
Sigla BR-RJ
■ 2.6 Etnias
■ 3 Demografia Site governamental www.governo.rj.gov.br
■ 4 Política
(http://www.governo.rj.gov.br)
■ 4.1 Presidentes e
governadores do Rio de
Janeiro
■ 5 Economia
■ 6 Infra-estrutura
■ 6.1 Educação
■ 7 Cultura
■ 8 Referências
■ 9 Ver também
■ 10 Ligações externas

História
Capitania real e capital do vice-reino

À época do estabelecimento do sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil, o território do atual


estado do Rio de Janeiro encontrava-se compreendido em trechos da Capitania de São Tomé e da
São Vicente.

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Não tendo sido colonizado pelos portugueses, em virtude da


hostilidade dos indígenas estabelecidos neste litoral, entre 1555 e
1567, a baía de Guanabara foi ocupada por um grupo de colonos
franceses, sob o comando de Nicolas Durand de Villegagnon, que
aqui pretendiam instalar uma colônia de povoamento, a chamada
"França Antártica".

Visando evitar esta ocupação, assegurando a posse do território


para a Coroa Portuguesa, em 1 de março de 1565, foi fundada a
cidade do Rio de Janeiro, por Estácio de Sá, vindo a constituir-se,
Batalha na baía de Guanabara por conquista, a Capitania Real do Rio de Janeiro.
entre franceses e portugueses,
em 15 de março de 1560, que Século XVII
culminou com a destruição do
Forte Coligny.
No século XVII, a pecuária e a lavoura de cana-de-açúcar
impulsionaram o progresso, definitivamente assegurado quando o
porto começou a exportar o ouro extraído de Minas Gerais, no século XVIII. Entre 1583 e 1623 a
área de maior destaque de produção de açúcar, no sul do Brasil, se deslocou de São Vicente para o
Rio de Janeiro, na região da baía de Guanabara. Se, em 1629 havia 60 engenhos em produção no Rio
de Janeiro, em 1639 já havia 110 engenhos e o Rio de Janeiro passou a fornecer açúcar a Lisboa,
devido à tomada de Pernambuco durante as Invasões holandesas do Brasil. Ao final do século havia
120 engenhos na região.

Com a Restauração da Independência Portuguesa, em 1640, os comerciantes e donos de


embarcações receberam permissão de comercializar diretamente com a África, a partir do porto do
Rio de Janeiro, visando complementarmente ao tráfico de escravos para o Rio da Prata. Tal comércio
foi bastante impactado pela tomada de Angola pelos holandeses, na mesma época. A utilização de
escravos indígenas foi ampliada, mas os comerciantes e proprietários tiveram que se indispor com os
jesuítas por causa das proibições papais relativas à escravização dos índios.

A Carta Régia de 31 de junho de 1647, passada pela Chancelaria de D. João III, outorgou o título de
"a muy leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro" o que lhe assegurava os mesmos privilégios
de cidades como Lisboa ou o Porto, na metrópole.

O cultivo do açúcar foi incrementado e com isto aumentou-se a necessidade de escravos, mas a
situação foi resolvida com a retomada de Angola em 1648, trazendo tranquilidade às relações com os
jesuítas. Apesar disso, os preços do açúcar flutuavam constantemente e sofreram baixas entre 1635 e
1645, com a conquista de Pernambuco pelos holandeses e entre 1659 e 1668, devido à proibição de
fabricação e venda de aguardente, usada no comércio com a África, e também com a Revolta
Municipal - na cidade do Rio - de 1660 contra a verdadeira dinastia de Salvador Correia de Sá e
Benevides.

Outro produto importante de exportação era o tabaco, em proporção menor que a Bahia e
Pernambuco. A pesca da baleia na Guanabara era um setor econômico importante e em 1644 a
municipalidade do Rio criou um imposto sobre esta indústria.

Com Salvador Correia de Sá e Benavides, o Rio adquiriu uma importante manufatura da construção
naval, que chegou a construir o «Padre Eterno» com seus 114 canhões, mas o setor não se manteve e
decaiu por falta de mão-de-obra. O porto, no início somente militar, passou exportador de açúcar e
importador de escravos. A cabotagem aumentou a partir de 1660 incluindo o comércio legal com as
outras Capitanias e o comércio ilegal com Buenos Aires, que enriqueceu um grupo de comerciantes.

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Em 1645, com ataques holandeses aos barcos mercantes, foi criado o Sistema de Frotas único para o
Brasil, que se fazia uma vez por ano, com forte escolta de barcos de guerra. Embarcações de
particulares podiam se juntar à frota, mas havia restrições quanto à participação a barcos grandes, o
que afastava muitos proprietários de navios. Havia ainda o problema da carestia dos fretes. Portugal,
como necessitava de dinheiro, de soldados e de barcos para a luta contra os holandeses no Nordeste e
em Angola, cedeu às exigências e incluiu a participação de barcos menores. A frota chegava a
Lisboa, depois de percorrer diversos portos brasileiros, com um número de 70 a 90 embarcações.

Um problema constante no Rio era a falta de moeda, crítica em 1640, com o fim da União Ibérica.
Mas a descoberta de ouro na região das Minas Gerais e a criação de uma Casa da Moeda no Rio, em
1698, veio solucionar o problema.

Desde 1649 fora criada a Companhia Geral de Comércio do Brasil, que não dispunha de capital
suficiente e, quando tinha, era desviado para atividades militares. A Companhia tinha o monopólio
da venda de vinho, bacalhau, farinha de trigo e azeite no Brasil. Em 1659 a Companhia perdeu o
monopólio que impedia a fabricação e venda de aguardente e em 1720 seria extinta.

Séculos XVIII e XIX

Em 1763, o Rio de Janeiro tornou-se a sede do Vice-reino do


Brasil e a capital da colônia. Com a mudança da família real
para o Brasil, em 1808, também na época da tomada da
Península Ibérica por Napoleão, a região foi muito beneficiada
com reformas urbanas para abrigar a Corte portuguesa. Dentro
das mudanças promovidas, destacam-se: a transferência de
órgãos de administração pública e justiça, a criação de novas
igrejas, hospitais, quartéis, fundação do primeiro banco do país -
o Banco do Brasil - e a Imprensa Régia, com a Gazeta do Rio de
Paço Imperial, palácio do século
Janeiro. Nos anos seguintes também surgiram o Jardim XVIII que serviu como sede para
Botânico, a Biblioteca Real (hoje Biblioteca Nacional) e a o governo colonial, o Rei João VI
Academia Real Militar, antecessora da atual Academia Militar de Portugal e os dois imperadores
das Agulhas Negras. do Brasil.

Assim, ocorreu um processo cultural, influenciada não somente pelas informações trazidas pela
chegada da Família Real, mas também pela presença de artistas europeus que foram contratados para
registrar a sociedade e natureza brasileira. Nessa mesma época, nasceu a Escola Real de Ciências,
Artes e Ofícios.

Criação do município neutro

Após a transferência da Corte portuguesa para a cidade do Rio


de Janeiro, a autonomia, que a província tanto aspirava, não foi
alcançada da mesma forma que as demais, já que ao ministro do
Reino, cargo que foi praticamente um substituto para o de Vice-
Rei com relação ao Rio de Janeiro, era confiada a sua
administração.

Aliado a isto, estava o fato de que a cidade do Rio era a capital


Cidade do Rio de Janeiro em do Império, o que fazia com que o ministro administrasse a
1895.
província inteira por meio de "avisos", os quais dirigia às
Câmaras Municipais de cidades que, naquela época, cresciam a

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passos largos devido a ampliação e fortalecimento da lavoura cafeeira no Vale do Paraíba, que já
sobrepujava a força da lavoura canavieira na região Norte Fluminense.

Essas diferenças com relação às demais unidades administrativas do Brasil fez com que no ano de
1834 a cidade do Rio fosse transformada em Município Neutro, permanecendo como capital do país,
enquanto a província passou a ter a mesma organização político-administrativa das demais, tendo sua
capital na Vila Real da Praia Grande, que no ano seguinte passou a se chamar Niterói.

Já a cidade do Rio passou a ter uma Câmara Municipal, que cuidaria da vida daquela cidade sem
interferência do presidente de província e, em 1889, após a implantação da República, a cidade
continuou como capital nacional, sendo o Município Neutro transformado em Distrito Federal e a
província em estado. Com a mudança da capital para Brasília em 1960, o município do Rio de
Janeiro tornou-se o estado da Guanabara.

Ascensão e queda do poder cafeeiro

A despeito da grande rotatividade ocorrida no poder da província fluminense logo após a criação do
Município Neutro (que lhe deu 85 governantes até o fim do Império), a expansão da lavoura cafeeira
trouxe prosperidade nunca antes alcançada nesta região.

Tanto com o surgimento de novos centros urbanos pela província, quanto pelo explendor exibido nas
fazendas dos "barões do café" via-se a prosperidade trazida pelo "Ouro Verde", que também trouxe
desenvolvimento da educação, notado pela construção de várias escolas por todas as cidades.

Com isso convivia, porém, o trabalho escravo, base de sustentação da sociedade cafeeira fluminense
e que crescia sem parar à medida que as lavouras se ampliavam pelo Vale do Paraíba. Nesse período,
a província se tornou a mais rica e poderosa no país e sua principal exportadora.

Essa situação perdurou até por volta de 1888. Com a abolição da escravatura, a aristocracia
fluminense se empobrece, já que não tem mais sua mão-de-obra e ainda vê a exaustão do solo e a
redução das safras colhidas ano após ano.

O estado do Rio e a Primeira República

A decadência foi a tônica na província nos últimos dias do regime


imperial. Na luta pela República, vários foram os fluminenses que
se distinguiram, cabendo citar Antônio da Silva Jardim, Lopes
Trovão, Rangel Pestana, entre outros. Também forte foi a presença
na campanha abolicionista.

Com a proclamação da República, logo ocorreram problemas


políticos que foram, com o tempo, lhe retirando a grandeza e o
Vista da Avenida Rio Branco
destaque conseguidos durante o Império. em 1909. À esquerda, vê-se a
Praça Floriano Peixoto e o
Após a aprovação da sua primeira Constituição estadual, em 9 de Theatro Municipal do Rio de
abril de 1892, a capital foi transferida para a cidade de Petrópolis, Janeiro; à direita, a Escola
devido às agitações que ocorreram durante o governo do Marechal Nacional de Belas Artes. Foto
de Marc Ferrez.
Floriano Peixoto nas cidades do Rio e de Niterói, e também à
Revolta da Armada, ocorrida naquela época.

Após diversos anos em que lutas políticas fizeram o estado perder o rumo administrativo, fato
comprovado pela dualidade de Assembléias Legislativas por três períodos, estas fazem aumentar

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ainda mais a crise econômica fluminense, que se arrasta de tal maneira a transformar, gradualmente,
suas plantações de café em pastagens para a pecuária e a fazer com que o mesmo não acompanhe o
desenvolvimento industrial experimentado por São Paulo.

A Revolução de 1930 e o Estado Novo

Com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, vários interventores


foram nomeados, o que não alterou o quadro sócio-econômico
fluminense até que, em 1937, é nomeado Ernani do Amaral
Peixoto, genro de Vargas (este casou-se com Alzira Vargas em
1939) e que pôde realizar muito pelo estado, dando incentivo ao seu
desenvolvimento industrial, com a construção, da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda, no Vale do Paraíba
Bondinho do Pão de Açúcar, fluminense e da Fábrica Nacional de Motores (FNM), em Duque de
na cidade do Rio de Janeiro, Caxias, na Baixada Fluminense, bem como a expansão da malha
em 1940. rodoviária estadual.

Amaral Peixoto ainda mobilizou a população fluminense no esforço de guerra, que resultou na
aquisição, com os recursos arrecadados, de um novo navio para a Marinha de Guerra brasileira.

Data desse período, também, a formação de várias instituições de ensino superior e centros de estudo
sobre a cultura e história fluminenses, que procuravam resgatar a memória e construir uma
identidade para a população do estado, esvaziado econômica e politicamente desde o fim do
Segundo Império.

A redemocratização e o Golpe de 1964

Com a queda de Vargas, Amaral Peixoto foi afastado do comando do Estado e cinco interventores
sucederam-se no governo fluminense até a eleição, em 1947 de Edmundo de Macedo Soares e Silva,
construtor da usina de Volta Redonda, que reorganizou a administração e as finanças estaduais, bem
como continuou o incentivo à industrialização e à produção agropecuária.

Foi sucedido, entretanto, por Amaral Peixoto, que dá nova força à expansão industrial e rodoviária,
datando desse período a criação da Companhia Nacional de Álcalis.

Até o ano de 1964, os governos estaduais procuram dinamizar a economia fluminense, reformando a
estrutura do estado, organizando sua educação superior (cria-se em 1960 a Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro, posteriormente Universidade Federal Fluminense), melhorando a infra-
estrutura elétrica (é desse período a criação das Centrais Elétricas Fluminenses, posteriormente
CERJ) e dando nova feição à cidade de Niterói.

Após o Golpe de 1964, o governador Badger da Silveira, recém-eleito em 1963, é afastado do cargo,
sendo substituído pelo General Paulo Torres que trata de criar a Companhia de Desenvolvimento do
Estado do Rio de Janeiro.

Segue-se a ele Jeremias Fontes e Raimundo Padilha, que seria o último governador do estado do Rio
antes da fusão com o da Guanabara, datando do seu governo a conclusão da Ponte Rio-Niterói e o
início da construção da usina nuclear de Angra dos Reis.

O novo estado do Rio

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Após a edição da Lei Complementar nº20 em 1974,


assinada pelo presidente Ernesto Geisel, fundiram-se os
estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em 15 de
março de 1975. A capital do novo estado (que manteve o
nome de Rio de Janeiro) passou a ser a cidade do Rio de
Janeiro, voltando-se a situação político-territorial
anterior a 1834, ano da criação do Município Neutro.
Foram mantidos ainda os símbolos do antigo estado do
Rio, enquanto os símbolos da Guanabara passaram a ser
os símbolos do município do Rio.
Mapa atual do estado do Rio de Janeiro.
Alguns alegam que a motivação por trás do presidente
Geisel para a fusão foi neutralizar a força oposicionista
do MDB no estado da Guanabara. O antigo estado do Rio de Janeiro, tradicionalmente foi
considerado um pólo de conservadorismo, vide governos sucessivos do PSD e posteriormente da
ARENA, apesar da grande força do PTB (que elegeu os dois últimos governadores antes de 1964), e
depois do MDB nessa região, o que levou à errônea conclusão que esta viria a neutralizar a oposição
emedebista guanabarina, evitando maiores problemas para o governo militar, que acaba por indicar
como primeiro governador do "novo" estado o almirante Floriano Peixoto Faria Lima.

Apesar de Faria Lima assumir o estado com promessas do governo federal de maciços
investimentos, a fim de compensar os problemas que poderiam advir da fusão, esses não se
concretizaram plenamente, mesmo com a implantação das usinas nucleares em Angra dos Reis e a
expansão da Companhia Siderúrgica Nacional, o que acarretou problemas que viriam a ser sentidos,
principalmente nas áreas de habitação, educação, saúde e segurança partir da década de 1980.

Com a abertura política e a volta das eleições diretas para governador, os fluminenses elegem no ano
de 1982 Leonel de Moura Brizola (PDT), exilado político desde 1964 que voltava ao Brasil com a
bandeira do trabalhismo varguista, o que conquistou o eleitorado insatisfeito com o segundo governo
de Chagas Freitas.

Brizola angaria nesse primeiro mandato a antipatia do eleitorado conservador devido as suas
políticas de amparo às comunidades carentes, encaradas como de cunho populista. No seu primeiro
governo, Brizola constrói o Sambódromo e dá início aos Centros Integrados de Educação Pública
(CIEPs), escolas projetadas por Oscar Niemeyer e idealizadas pelo professor Darcy Ribeiro para
funcionarem em tempo integral. A crescente crise na área da segurança pública e os desgastantes
atritos com as Organizações Globo acabaram por impedir que ele fizesse seu sucessor.

Nas eleições de 1986, Moreira Franco é eleito governador pelo PMDB numa ampla aliança
antibrizolista que ia do PFL ao PC do B. Moreira teve a ajuda do Plano Cruzado, plano econômico
lançado no governo do presidente José Sarney que visava o controle da inflação e que malogrou ante
a acusação, por parte da oposição, de ter sido eleitoreiro. A decepção com o governo Moreira
Franco, que não cumpriu a promessa de acabar com a violência em seis meses, levou o eleitorado
fluminense a eleger Leonel Brizola novamente, em 1990.

Em seu segundo mandato Brizola conclui os CIEP, constrói a Linha Vermelha, a Universidade
Estadual do Norte Fluminense (UENF), amplia o sistema de abastecimento hídrico do Guandú e dá
início ao Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG). Porém os problemas crônicos na
área de segurança bem como nas contas públicas estaduais, fazem o estado sofrer uma "intervenção
branca" do governo federal no ano de 1992, durante a conferência mundial sobre ecologia ECO-92, e

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também no ano de 1994. A utilização de tropas das Forças


Armadas no patrulhamento das ruas da capital é amplamente
apoiada pela população.

Em meio a esses problemas, Brizola renuncia ao mandato a fim


de concorrer às eleições presidenciais. O governo estadual é
assumido pelo seu vice Nilo Batista que após 8 meses passa o
comando para Marcello Alencar, eleito pelo PSDB em 1994
graças ao bom desempenho de sua passagem pela prefeitura da
O "Palácio Universitário", cidade do Rio e ao sucesso Plano Real. Marcello retoma as obras
edificação em estilo neoclássico
do século XIX, sedia o campus
do Metrô paralisadas desde a gestão Moreira Franco, constrói a
Praia Vermelha da UFRJ. Via Light e implementa uma política de segurança pública mais
voltada ao confronto armado, o que acaba por gerar antipatia da
população de baixa renda, mais exposta aos enfrentamentos
entre a polícia e bandidos.

Na eleição seguinte, Anthony Garotinho, apadrinhado à época por Brizola e que anteriormente havia
perdido a eleição para Alencar, é eleito governador pelo PDT, apoiado por uma aliança de esquerda
que inclui como vice na chapa a então senadora Benedita da Silva, do PT, que o substitui em 2002
quando ele também renuncia, como Brizola, visando a corrida presidencial. Benedita assume em
meio a problemas de ordem fiscal que acabam por impedi-la de se reeleger, sendo derrotada por
Rosinha Garotinho, esposa de Anthony Garotinho, que procura, após eleita, manter o estilo por vezes
controvertido de governar de seu marido, enfrentando ainda duras críticas com relação à situação da
segurança pública.

Nas eleições de 2006 o eleitorado fluminense elegeu Sérgio Cabral Filho como o novo governador.
A vitória ocorreu no segundo turno após vencer a ex-juíza Denise Frossard, apoiada por Cesar Maia.
Apesar de pertencer ao mesmo partido de Garotinho e Rosinha (PMDB) Cabral vem dissociando,
desde a campanha, sua imagem da do casal. A aproximação com o presidente Lula, a nomeação de
Benedita da Silva e Joaquim Levy para o seu secretariado e a extinção de projetos como o Cheque-
Cidadão e Jovens pela Paz (considerados como marcas registradas do período Garotinho/Rosinha)
foram atitudes tomadas por Cabral que sinalizam este distanciamento.

Geografia
O estado do Rio faz parte do bioma da Mata Atlântica
brasileira, tendo em seu relevo montanhas e baixadas
localizadas entre a Serra da Mantiqueira e Oceano
Atlântico, destacando-se pelas paisagens diversificadas,
com escarpas elevadas à beira-mar, restingas, baías,
lagunas e florestas tropicais. Fazendo divisa com os
estados de Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, o
Rio de Janeiro é um dos menores estados do país e o
menor da região Sudeste. O município mais setentrional
do estado é Varre-Sai e o mais meridional é a cidade de
Paraty.
Serra dos Órgãos em Teresópolis.
Possui uma costa com 635 quilômetros de extensão,
banhados pelo Oceano Atlântico, sendo superada em tamanho apenas pelas costas da Bahia e
Maranhão.

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Clima

Predominam no estado do Rio de Janeiro os climas tropical


(baixadas) e tropical de altitude (planalto). Na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro, domina o clima tropical semi-
úmido, com chuvas abundantes no verão, que é muito quente e
invernos secos, com temperaturas amenas. A temperatura média
anual é de 22°C a 24°C e o índice pluviométrico fica entre 1.000
a 1.500 milímetros anuais. Nos pontos mais elevados da região
serrana, limite entre a Baixada Fluminense e a Serra
Clima tropical na capital Fluminense, observa-se o clima tropical de altitude, mas com
fluminense.
verões um pouco quentes e chuvosos e invernos frios e secos. A
temperatura média anual é de 16°C. Na maior parte da Serra
Fluminense, o clima também é tropical de altitude, mas com verões variando entre quentes e amenos
e na maioria das vezes, chuvosos, e invernos frios e secos, com índice pluviométrico elevado, se
aproximando dos 2.500 mm anuais em alguns pontos. Nas Baixadas Litorâneas, a famosa Região
dos Lagos, o clima é tropical marítimo, com média anual de cerca de 24°C com verões
moderadamente quentes, mas amenizados devido ao vento do mar e invernos amenos.Também é
devido ao vento frio trazido pela Corrente das Malvinas vindo do mar que esta região é uma das mais
secas do Sudeste, com precipitação anual de apenas cerca de 750mm em cidades como Arraial do
Cabo, Cabo Frio e Armação dos Búzios, e não passando de cerca de 1.100 mm nas cidades mais
chuvosas da região, Maricá e Saquarema.

Ocasionalmente, podem ocorrer precipitações de neve nas partes altas do Parque Nacional do
Itatiaia, onde está situado o Pico das Agulhas Negras. Em 1985, foi registrada uma abundante nevada
nas proximidades deste pico, com acumulações de 1 metro em certos pontos.[2]

Até hoje, o recorde oficial de menor temperatura já registrada deu-se no Campo dos Afonsos (4,8 °
C), em julho de 1928, e o de maior, foi no centro do Rio de janeiro, o marcador na frente da Central
do Brasil marcou uma temperatura de 49°C, no dia 11 de Janeiro de 2010.

Vegetação

Devido à ocupação agropastoril, o desmatamento modificou


sensivelmente a vegetação original do estado. Atualmente, as
florestas ocupam um décimo do território fluminense,
concentrando-se principalmente nas partes mais altas das serras.
Há grandes extensões de campos produzidos pela destruição,
próprios para a pecuária, e, no litoral e no fundo das baías,
registra-se a presença de manguezais (conjunto de árvores
chamadas mangues, que crescem em terrenos lamacentos).
Floresta da Tijuca, na cidade do
Hidrografia Rio de Janeiro.

O rio Paraíba do Sul é o principal rio do estado. Nasce em


Taubaté e desemboca no Oceano Atlântico — como a maior parte dos rios fluminenses —, na altura
de São João da Barra. Seus principais afluentes, no estado, são o Paraibuna, Pomba e o Muriaé que
possui um importante afluente, o Carangola, subafluente do rio Paraíba do Sul, pela margem
esquerda, o Piabinha e o Piraí pela margem direita. Além do Paraíba do Sul, destacam-se. de norte

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para sul, os rios Itabapoana, que marca fronteira com o Espírito


Santo, o Macabu, que deságua na lagoa Feia, o Macaé, o São
João, o rio Macacu, o Majé e o Guandu.

O litoral fluminense é pontilhado por numerosas lagoas, antigas


baías fechadas por cordões de areia. As mais importantes são as
lagoas Feia, a maior do estado, Araruama, Saquarema, Maricá,
Marapendi, Jacarepaguá e Rodrigo de Freitas, as três últimas no
município do Rio de Janeiro.
Rio Paraíba do Sul, no distrito de
Três Irmãos, na cidade de
Cambuci. Litoral

O litoral do Rio de Janeiro é


extremamente recortado. Os principais acidentes são a baía da
Ilha Grande, a Ilha Grande, a restinga da Marambaia, a baía de
Sepetiba e a baía de Guanabara, onde se destaca na paisagem a
Enseada de Botafogo. Há um total de 365 ilhas espalhadas pela
costa somente na cidade de Angra dos Reis e 65 na baía de
Paraty.

Solos
Urca e Copacabana vistas do Pão
de Açúcar.
De um modo geral, os solos fluminenses são relativamente
pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola encontram-
se em Campos dos Goytacazes, Cantagalo, Cordeiro e em alguns municípios do vale do rio Paraíba
do Sul.

Existem no estado duas unidades de relevo: a Baixada Fluminense, que corresponde às terras
situadas em geral abaixo de 200m de altitude, e o Planalto ou Serra Fluminense, acima de 200
metros.

A Baixada Fluminense acompanha todo o litoral e ocupa cerca de


metade da superfície do estado. Apresenta largura variável, bastante
estreita entre as baías da Ilha Grande e de Sepetiba, alargando-se
progressivamente no sentido leste, até o rio Macacu. Nesse trecho,
na capital, erguem-se os maciços da Tijuca e da Pedra Branca, que
atingem altitudes um pouco superiores a 1.000 metros. Da baía da
Guanabara até Cabo Frio, a baixada volta a estreitar-se numa
sucessão de pequenas elevações, de 200 a 500 metros de altura, os
Pico das Agulhas Negras, o chamados maciços litorâneos fluminenses. A partir de Cabo Frio,
ponto mais alto do estado do
alarga-se novamente, alcançando suas extensões máximas no delta
Rio de Janeiro.
do rio Paraíba do Sul.

O Planalto ou Serra Fluminense ocupa o interior do estado, por isso está localizado entre a Baixada
Fluminense, ao sul e o vale do rio Paraíba do Sul. A elevação da Serra do Mar, ao norte da baixada,
forma o seu rebordo. A Serra do Mar recebe diversas denominações locais: serra dos Órgãos, com o
Pico Maior de Friburgo (2.316 metros), a Pedra do Sino (2.263 metros) e Pedra-Açu (2.232 metros),
das Araras, da Estrela e do Rio Preto. A serra da Mantiqueira cobre o noroeste do estado, ao norte do
vale do rio Paraíba do Sul, onde é paralela à Serra do Mar. O ponto mais alto do Rio de Janeiro, pico
das Agulhas Negras (2.791 metros) localiza-se no maciço de Itatiaia, que se ergue da serra da
Mantiqueira. Para o interior, o planalto vai diminuindo de altitude, até chegar ao vale do rio Paraíba

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do Sul, onde a média cai para 250 metros. A nordeste, observa-se uma série de morros e colinas de
baixas altitudes.

Etnias

O estado do Rio de Janeiro é formado por enorme gama


de etnias e povos, principalmente pelo fato de sua capital
ter sido capital do estado brasileiro. Inicialmente a
população do estado do Rio de Janeiro foi marcada pela
presença de povos indígenas, assim como toda a costa
brasileira.

No início do século XVI, habitavam o Rio de Janeiro


quatro grandes grupos indígenas, classificados de acordo
com seu grupo lingüístico:

■ Tupis-guaranis: habitavam o litoral e constituíam


diversas tribos como os Tupinambás ou tamoios e
os Tupiniquins.
■ Puri-coroado, maxakali e botocudo, da língua
macro-jê. Habitavam o interior, sobretudo a bacia
hidrográfica do rio Paraíba do Sul.
■ Os goitacases, que habitavam a foz do rio Paraíba
do Sul.
■ As tribos guaianás ou Goianás que viviam no Catedral em Petrópolis, na serra
litoral sul, entre Angra dos Reis e Paraty, e na Ilha fluminense, região com forte influência
Grande. Seu tronco lingüístico não foi germânica.
classificado.

Com a colonização, as tribos indígenas foram extintas. Em 30 de maio de 1902, na paróquia de Santo
Antônio de Pádua, no município de mesmo nome, foi registrado o último óbito de índio natural do
estado do Rio de Janeiro: Joaquina Maria Pury. Em fins da década de 1940, guaranis migraram para
a região de Angra e Paraty. Eles só vieram a ser descobertos pelo governo federal em 1974 com a
construção da Rodovia Rio-Santos. Atualmente, os 500 guaranis do estado vivem em três aldeias:
Sapukaí, Itatiim e Araponga.

No século XVI, desembarcam na região os franceses, que na Baía da Guanabara instalam uma
colônia de refugiados religiosos. Logo em seguida os portugueses invadem a região, e na guerra com
os franceses, saem vitoriosos, sendo fundada a Cidade do Rio de Janeiro pelo português Estácio de
Sá.

Nos séculos seguintes, a população da região é formada


Cor/Raça Porcentagem
basicamente por portugueses e africanos, trazidos à força
pelos portugueses na condição de escravos. Até meados do Brancos 54,5%
século XIX, a maioria da população fluminense era Pretos 12,6%
composta por negros, porém, o número de imigrantes
portugueses desembarcados na cidade do Rio passou a Pardos 32,4%
crescer repentinamente naquele século, o que fez com que Amarelos e Indígenas 0,4%
praticamente se igualasse o número de pessoas de origem Fonte: PNAD [3]
(dados obtidos por meio de pesquisa de
africana e as de origem portuguesa. autodeclaração).

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Posteriormente, outros povos contribuíram para a formação da população do estado, como alemães,
italianos, suíços, espanhóis, dentre outros, aos quais se somaram os brasileiros de todos os estados,
atraídos pela capital do País até a década de 1960, a cidade do Rio de Janeiro.

Os primeiros imigrantes não-portugueses a chegar à região foram os suíços, em 1818, fundando na


região das serras a cidade de Nova Friburgo. Pouco mais tarde, começariam a chegar os alemães, que
também rumaram para as serras, principalmente para a região de Petrópolis. Italianos e espanhóis
chegariam mais tarde, contribuindo também para a diversidade étnica do Rio de Janeiro.

Demografia
Cidades mais populosas do Rio de Janeiro
Posição Cidade População Posição Cidade População
1 Rio de Janeiro 6.182.710 11 Volta 259.811
Redonda

2 São Gonçalo 991.382 12 Itaboraí 225.309


Rio de Janeiro
3 Duque de Caxias 872.762 13 Mesquita 190.056
4 Nova Iguaçu 865.089 14 Macaé 188.787
5 Belford Roxo 503.102 15 Cabo Frio 180.635
6 Niterói 479.384 16 Nova 178.653
Friburgo Nova Iguaçu

7 São João de Meriti 469.287 17 Barra Mansa 176.469


8 Campos dos 431.839 18 Angra dos 164.191
Goytacazes Reis

9 Petrópolis 312.766 19 Teresópolis 162.075


Niterói
10 Magé 270.940 20 Nilópolis 330.938

De acordo com o censo IBGE de 2008, a população do estado do Rio de Janeiro era de 15,772
milhões de pessoas. A densidade de população era de 352,58 habitantes por quilômetro quadrado. A
taxa de urbanização do estado era de 96,9%, segundo dados de 2004.

Segundo os últimos dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios), o censo revelou
os seguintes números:

■ 8,509 milhões de pessoas são brancas (54,25% da população do estado);


■ 1,809 milhão de pessoas são multirraciais (33,81%);
■ 25 mil pessoas são brasileiras asiáticas (0,16%);
■ 19 mil pessoas são ameríndias (0,12%).

Pessoas de ascendência portuguesa predominam na maior parte do estado. Outros grupos étnicos
europeus, tais que suíços e alemães, assentam-se principalmente nas áreas montanhosas (Nova
Friburgo, Petrópolis, etc.) e na capital. Italianos e espanhóis também estão presentes na capital, bem
como nas cidades vizinhas.

Pessoas de descendência africana são numerosas em sua maioria na capital. Aqueles de


ancestralidade mestiça (mulatos) representam a maioria da população em algumas cidades.

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Política
Presidentes e governadores do Rio de Janeiro

Atualmente, o governador do Rio de Janeiro é Sérgio Cabral Filho. Em 1º de março de 1565 a cidade
de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada por Estácio de Sá, que desta maneira pode ser
considerado como o primeiro governador-geral de todo o Rio de Janeiro, no período colonial.

Economia
Grande parte da economia do estado do Rio de Janeiro se baseia
na prestação de serviços, tendo ainda uma parte significativa de
indústria e pouca influência no setor de agropecuária.

62,1% em representação do seu PIB representam a prestação de


serviços em áreas como telecomunicações, audiovisual,
tecnologia da informação - TI, turismo, turismo de negócios,
ecoturismo, seguros e comércio. A cidade do Rio de Janeiro é
sede da maior parte das operadoras de telefonia do país, como
Centro financeiro do Rio de TIM, Oi, Telemar, Embratel, Intelig e Vésper. No setor de
Janeiro a partir da Baía de
Guanabara.
vendas em varejo o estado também ocupa posição de destaque.
No Rio de Janeiro estão as sedes de grandes cadeias como Lojas
Americanas - e, por conseguinte, de empresas por ela
controladas como Blockbuster, Americanas.com e Submarino.com -, Ponto Frio e Casa & Vídeo.

Em seguida, com 37,5% do PIB vem a indústria - metalúrgica, siderúrgica, gás-química,


petroquímica, naval, automobilistica, audiovisual, cimenteira, alimentícia, mecânica, editorial, têxtil,
gráfica, de papel e celulose, de extração mineral, extração e refino de petróleo. A indústria química e
farmacêutica também ocupa papel de destaque na economia fluminense. Segundo dados da
Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos 250 laboratórios existentes no país, 80 operam no
estado, com destaque para Merck, Glaxo, Roche, Arrow, Barrenne, Casa Granado, Darrow
Laboratórios, Gross, Baxter, Schering-Plough, Musa, Daudt, Lundbeck, Mayne e Mappel. A
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no bairro de Manguinhos, é o maior laboratório público da
América Latina e um dos maiores do mundo e ocupa posição de destaque na pesquisa de remédios
para diversas moléstias. A Ceras Johnson, fabricante de inúmeros produtos de limpeza e
desinfetantes também tem sede no Rio de Janeiro.

No setor de petróleo, estão sediadas no Rio de Janeiro as


maiores empresas do país, incluindo a maior companhia
brasileira, a Petrobras. Além dela, Shell, Esso, Ipiranga e El
Paso mantêm suas sedes e centros de pesquisa no estado. Juntas,
todas estas empresas produzem mais de quatro quintos dos
combustíveis distribuídos nos postos de serviço do País. O
Governo do estado monitora a produção de petróleo e gás
através do CIPEG.
Plataforma petrolífera P-51 da
Finalmente, respondendo por apenas 0,4% do PIB fluminense, a Petrobras na bacia de Campos.
agropecuária é apoiada quase integralmente na produção de
hortaliças da Região Serrana e do Norte Fluminense. No passado, cana-de-açúcar e depois, o café, já
tiveram considerável impacto na economia fluminense.

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O estado do Rio de Janeiro é a segunda maior economia do Brasil, perdendo apenas para São Paulo,
e a quarta da América do Sul, tendo um Produto Interno Bruto superior ao do Chile, com uma
participação no PIB nacional de 15,8% (2005 – Fundação CIDE e IBGE).

Sua capital é freqüentemente associada à produção audio-visual. Segundo dados do Ministério da


Cultura, cerca de 80% das produtoras cinematográficas do país têm sede no Rio de Janeiro, e é da
mesma proporção a produção de filmes do estado em relação ao total nacional. O Rio é sede da
Herbert Richers, maior empresa de tradução e dublagem do Brasil, e berço e quartel-general das
Organizações Globo, maior conglomerado de empresas de comunicações e produção cultural da
América Latina. Nominalmente, estão na cidade as sedes da Rede Globo de Televisão, da Globosat,
maior empresa de televisão geradora de conteúdo por assinatura do país, da Rádio Globo e do jornal
O Globo, primeira empresa da holding.

Recentemente, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cidade do Rio foi
escolhida como cabeça de rede da TV Brasil, emissora estatal resultante da fusão da Radiobrás, de
Brasília, com a Rede Brasil (TVE Brasil), já sediada na capital fluminense.

Infra-estrutura
Educação

O estado do Rio de
Janeiro, possui o maior Resultados no ENEM
nível de educação no Ano Português Redação
Brasil[carece de fontes?]. 2006[4] 38,61 (4º) 53,34 (5º)
Apesar da precariedade, Média 36,90 52,08
os estudos mostram que
2007[5] 53,70 (7º) 57,10 (3º)
a nível nacional, escolas Média 51,52 55,99
públicas fluminenses
possuíram bons índices 2008[6] 44,05 (4º) 60,30 (5º)
Universidade Rural em
Seropédica. de aproveitamento no Média 41,69 59,35
último censo[carece de
fontes?]
.

O estado possui um bom número de universidades federais do Brasil, sendo elas: Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), maior universidade federal do país, Universidade Federal
Fluminense (UFF), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). As demais, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ),
Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO), Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF)
também possuem grande destaque, e são mantidas pelo governo fluminense.

De acordo com dados do IBGE, em 2000 o Rio de Janeiro era o terceiro estado brasileiro por número
de pessoas acima de 15 anos alfabetizadas, com apenas 6,6% de sua população nessa faixa etária
analfabeta. O estado estava atrás apenas do Distrito Federal (5,7%) e do estado de Santa Catarina
(6,3%).[7] Dados divulgados pelo mesmo instituto em 2008 indicam que o Rio é hoje o segundo
estado do Brasil por número de pessoas acima de 15 anos alfabetizadas, com apenas 4,3% dessa sua
população analfabeta, perdendo apenas para o Distrito Federal. Entretanto, em relação ao índice de
analfabetos funcionais (14,4%), o estado perde para o Distrito Federal (10,9%) e para São Paulo
(14%), ficando na terceira posição na lista.

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Cultura
A pujança cultural do estado está espelhada principalmente na
capital, a cidade do Rio de Janeiro. O município de Niterói, nos
últimos anos começou uma grande revolução nesse setor quando
houve a inauguração do Museu de Arte Contemporânea da
Cidade (Obra de Oscar Niemeyer) e em breve a inauguração do
Caminho Niemeyer, projeto do mesmo arquiteto do MAC, que
contará com teatro, cinemas, museu, igrejas e um centro de
memória.

Em 2006, 65% da produção do cinema nacional foi realizada por Niterói, uma das cidades mais
conhecidas do estado. Em
produtoras sediadas na capital fluminense,[8] que possui, destaque, à esquerda, o Museu de
também, cerca de 180 salas de cinema, maior proporção do país Arte Contemporânea.
entre as capitais, e a maior proporção também de museus, (80 no
total e 43 teatros).[carece de fontes?]

Entre os principais museus do estado estão o Museu Imperial de Petrópolis, Museu Nacional de
Belas Artes (MNBA), o Museu Histórico Nacional, o Museu Histórico da República, o Museu
Chácara do Céu, o Museu de Arte Moderna (MAM), o Museu da Quinta da Boa Vista, o Museu da
Vida da Fundação Oswaldo Cruz, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e o do Forte de
Copacabana - Museu Histórico do Exército.

Também está em construção na capital fluminense, na Barra da Tijuca, a Cidade da Música Roberto
Marinho, um complexo que abrigará a maior sala de concertos da América Latina.[9]

A 2 de outubro de 2009, a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida pelos membros do COI, reunidos
em Copenhague, para ser a anfitriã dos Jogos Olímpicos de 2016, derrotando as cidade de Madri,
Tóquio e Chicago.

Referências
1. ↑ Ranking do IDH dos estados do Brasil em 2005
(http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3039&lay=pde) .
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (15 de setembro de 2008). Página
visitada em 17 de setembro de 2008.
2. ↑ Parque Nacional do Itatiaia (http://www.brazadv.com/brasil/itatiaia.htm)
3. ↑
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2008
4. ↑ http://download.globo.com/vestibular/enem2006_desempenhoregiaouf.doc
5. ↑ http://download.uol.com.br/educacao/enem2007_mediasredacao.xls
6. ↑ http://www.inep.gov.br/download/enem/2008/Enem2008_tabelas_01a101.xls
7. ↑ IBGE, Anuário estatístico do Brasil 2001, p. 2-81 Citado em ADAS, Melhem e ADAS, Sergio.
Panorama Geográfico do Brasil. 4 ed. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
8. ↑ Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE) – Estudos e Pesquisas N. 180
(http://forumnacional.org.br/trf_arq.php?cod=EP01800) 10 de maio de 2007
9. ↑ http://www.rio.rj.gov.br/culturas/site/cult.php?go=&id=240198

Ver também
■ Região Sudeste do Brasil
■ Interior do Rio de Janeiro

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■ Região Metropolitana do Rio de Janeiro


■ Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro
■ Lista de municípios do Rio de Janeiro por população
■ Lista de municípios do Rio de Janeiro por IDH

Ligações externas
■ Governo do Rio de Janeiro (http://www.governo.rj.gov.br) (em português)
■ Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (http://www.alerj.rj.gov.br) (em
português)
■ Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (http://www.tj.rj.gov.br) (em português)
■ Léo Silva: Onde estão os índios no Rio?
(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/historia/hist28.htm) (em português)

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Categoria: Rio de Janeiro

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