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Município de Niterói
Aniversário 22 de novembro
Fundação 22 de novembro de 1573(440 anos)
Gentílico niteroiense
Prefeito(a) Rodrigo Neves (PT)
(2013–2016)
Localização
História de Niterói
Século XVI
No ano de 1555, Villegagnon, através de informações precisas da existência da habitação portuguesa no norte do Brasil dada
pelos Tamoios, dominou toda a Baía de Guanabara e institui a França Antártida. A região era muito evitada pelos portugueses
por causa da resistência dos nativos locais. Assim, Villegagnon convenceu a Corte Francesa das vantagens de manter uma colô-
nia permanente, de onde a França poderia tentar o controle de comércio com as Índias.
O controle intenso se estendia desde o atual Rio de Janeiro até o litoral de Niterói, ocupando algumas ilhas e praias. A domina-
ção francesa é considerada o inicio da história niteroense.
A região foi muito bem desenvolvida por Villegagnon, que projetava a Henriville, em homenagem ao rei da França. O comércio
com as Índias dava-se de maneira regular e próspera, tornando a Coroa Francesa bem confiante na colônia brasileira. No entan-
to, Villegagnon recorreu mais uma vez ao rei Frances e pediu um reforço de quatro mil homens e centenas de mulheres para os
franceses se casarem. Impossibilitado, o soberano decidiu enviar a Henriville um grupo grande de calvinistas, aproveitando para
amenizar os conflitos religiosos que aconteciam na França.
Passado algum tempo, os calvinistas regressaram a França, e Villegagnon pode oferecer apenas oitentas homens . Diante das
acusações de preconceito e má administração, o navegador Frances teve de voltar a França para explicar-se, deixando em seu
lugar Bois-le-Compte , seu sobrinho.
Aproveitando-se da ausência de Villegagnon, Mem de Sá, governador geral do Brasil, resolveu invadir a Guanabara e tomar
posse da região, no ano de 1560.
Com uma expulsão quase que total dos franceses de Henriville, o interior do atual Niterói foi ocupado rapidamente pelos fugitivos.
Assim, Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, que continuara com o comando da guerra, recorreu à ajuda do cacique de uma
tribo tupi, o Araribóia (que quer dizer cobra feroz). Araribóia havia sido expulso pelos franceses de sua terra natal, a ilha de Para-
napuã, o que o fez aceitar o pedido do governador, com a esperança de reconquistar a ilha-mãe. Na época, Araribóia estava com
sua tribo na Capitania do Espírito Santo, onde expulsou holandeses.
Com o fim da guerra, em 1567, Araribóia recebeu o nome cristão de Martim Afonso. Mas Estácio de Sá resolveu ocupar a ilha de
Paranapuã, tornando-a a Ilha do Governador. Para manter a segurança na Baía de Guanabara, Estácio de Sá insistiu a Araribóia
para não voltar para Espírito Santo, e o concedeu poder de escolha qualquer uma das regiões da Guanabara. Sem titubear, o
cacique tupi apontou para o outro lado da Baía e disse que queria aquela região de águas escondidas, que em tupi guarani é
Niterói. O local eram conhecido como Band?Além e foi para lá que Araribóia levou sua tribo, para a vila de “São Lourenço do
Índios”. Como monumento de fundação, fora construído a Igreja de São Lourenço dos Índios, até hoje considerada como marco
da cidade.
Século XIX
As atividades navais eram responsáveis pelo progresso da aldeia, que com advento do comércio de peixes, de construções de
armações, esquartejamento e industrialização de baleias adquiriu importância até tornar-se Vila Real da Praia Grande, em 1819,
quando foi reconhecida pelo Reino de Portugal, agora com capital no Rio de Janeiro. Nesta época, a cidade baseava-se onde
hoje é o centro, e pequena parte de seu litoral era habitada por pequenos grupos pesqueiros.
A primeira eleição de vereadores e juiz de paz aconteceu em 11 de janeiro de 1829. Com base na então nova Lei Orgânica, a
Câmara foi constituida por sete vereadores, tendo como presidente Marcolino Antonio Leite, o vereador mais votado.
No ano de 1834, o atual estado do Rio de Janeiro passou a ser dividido em dois: o Estado do Rio de Janeiro (ocupando o lado
leste da Guanabara) e o Distrito Federal, que era a cidade do Rio de Janeiro, a sede do Império Brasileiro.
Um Ato Adicional, realizado no mesmo ano, determinou a nomeação de Niterói como capital da província do Rio de Janeiro. No
ano seguinte, 1835, a vila Real da Praia Grande passou a se chamar Nictcheroy, que quer dizer águas escondidas em tupi. A
condição de capital trouxe série de desenvolvimentos urbanos, como a barca a vapor, iluminação pública a óleo de baleia, lampi-
ões a gás, abastecimento de água e novos meios de transporte (bondes elétricos, estradas de ferro, companhia de navegação)
para ligar a cidade ao interior do estado.
Nove anos depois, o imperador Dom Pedro I concedeu a cidade de Niterói o titulo de Imperial Cidade. A nomeação era dada em
alguns centros urbanos do Brasil no período Imperial, onde as cidades mais importantes recebiam tal status, conferindo-lhes
certa autonomia e poder regional.
No final do século XIX, por volta de 1885, foram fundados alguns sistemas de bonde, o que possibilitou a expansão da cidade
para o litoral, como Icaraí e os extremos, como Ponta d?Areia e Itaipu.
A revolta da armada em 1893 prejudicou as atividades produtivas e forçou a transferência da sede da capital para Petrópolis,
junto à fragmentação de seu território: freguesias próximas passaram a constituir o município de São Gonçalo.
Século XX
Com a amenização da revolta e devido à necessidade da proximidade da capital do estado do Rio de Janeiro com o Distrito Fe-
deral, em 1903, Niterói voltou a ser a capital do estado fluminense. Isso ocasionou um novo impulso de modernização na cidade
com construção de praças, deques, parques, estação hidroviária e rede de esgotos, além de alargamentos das ruas e avenidas
principais.
Ponte Rio-Niterói
A Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte Rio-Niterói, localiza-se na baía de Guanabara, estado do
Rio de Janeiro, no Brasil, e liga o município do Rio de Janeiro ao município de Niterói.
História
O conceito de seu projeto remonta a 1875, visando a ligação entre os dois centros urbanos vizinhos, separados pela baía de
Guanabara ou por uma viagem terrestre de mais de 100 km, que passava pelo município de Magé. À época havia sido concebida
a construção de uma ponte e, posteriormente, de um túnel.
Entretanto, somente no século XX, em 1963, foi criado um grupo de trabalho para estudar um projeto para a construção de uma
via rodoviária. Em 29 de dezembro de 1965, uma comissão executiva foi formada para cuidar do projeto definitivo de construção
de uma ponte.
O Presidente Costa e Silva assinou decreto em 23 de agosto de 1968, autorizando o projeto de construção da ponte, idealizado
por Mário Andreazza, então Ministro dos Transportes, sob a gestão de quem a ponte foi iniciada e concluída.
A obra teve início, simbolicamente, em 9 de novembro de 1968, com a presença da Rainha da Grã-Bretanha, Elizabeth II e de
Sua Alteza Real, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, ao lado do ministro Mário Andreazza. As obras tiveram início em janeiro
de 1969.
O banco responsável por parte do financiamento da obra foi M. Rothschild & Sons. Não foi permitida a participação única de
empresas inglesas no processo de licitação da fabricação dos vãos principais de aço. Para concretizar a realização da obra, o
Ministro da Fazenda, Delfim Neto, o engenheiro Eliseu Resende e a Rotschild & Sons assinaram, em Londres, um documento
que assegurava o fornecimento de estruturas de aço, com um comprimento de 848m, incluindo os vãos de 200m+300m+200m e
dois trechos adicionais de 74m, e um empréstimo de, aproximadamente, US$ 22 milhões com bancos britânicos. O valor destina-
va-se a despesas com outros serviços da ponte, totalizando NCr$ 113.951.370,00. O preço final da obra foi avaliado em NCr$
289.683.970,00, com a diferença paga pela emissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional. Em 1971, o contrato de
licitação para construção da obra foi rescindido devido a atraso nas obras, e a construção passou a ser feita por um novo consór-
cio das construtoras Camargo Correa, Mendes Junior e Construtora Rabello designado Consórcio Construtor Guanabara, sendo
concluído três anos depois.
A ligação rodoviária foi entregue em 4 de março de 1974, com extensão total de 13,29 km, dos quais 8,83 km são sobre a água,
e 72 m de altura em seu ponto mais alto, e com previsão de um volume diário de 4.868 caminhões, 1.795 ônibus e 9.202 auto-
móveis, totalizando 15.865 veículos. Atualmente é considerada a maior ponte, em concreto protendido, do hemisfério sul e atu-
almente é a sexta maior ponte do mundo. No ano em que foi concluída, era a segunda maior ponte do mundo, perdendo apenas
para a Causeway do lago Pontchartrain nos Estados Unidos. Ela continuou no posto de segunda maior ponte do mundo até 1985
quando foi concluída a Ponte Penang na Malásia. Na época de sua construção, a promessa era que o investimento fosse quitado
por recursos obtidos do pedágio num prazo de oito anos, mas que o usuário deveria continuar a pagar o valor após a liquidação
da dívida do Estado. Ao ser inaugurada, o pedágio da ponte custava Cr$ 2,00 para motocicletas; Cr$ 10,00 para carros de pas-
seio, Cr$ 20,00 para caminhões, ônibus e caminhões com três eixos e rodagem dupla Cr$ 40,00, e Cr$ 70,00 para os caminhões
com seis eixos e rodagem dupla.
Em 1995 foi feita uma concorrência para concessão da administração da ponte para a iniciativa privada, que foi vencida pelo
consórcio Ponte S/A, atualmente, empresa do Sistema CCR.
Cinco operários morreram durante a construção do vão central da ponte, devido à altura em relação ao nível do mar.
Projeto
Em 2009 foi realizada obra na qual a Ponte passou de 3 para 4 faixas de rolamento em cada sentido. Porém, tal obra é conside-
rada apenas um paliativo, visto que a capacidade de tráfego da Ponte Rio-Niterói encontra-se à beira do esgotamento, havendo
congestionamentos em grande parte do dia. O Poder Público já começa a procurar alternativas à Ponte, como a construção do
Arco Metropolitano, que tem como um dos objetivos desviar tráfego da Ponte Rio-Niterói.
Arariboia
Arariboia (em tupi “cobra feroz” ou “cobra da tempestade”) foi cacique da tribo dos temiminós, do grupo indígena tupi, em meados
do século XVI. O seu domínio era a ilha de Paranapuã (hoje ilha do Governador), na baía de Guanabara, no litoral do Brasil.
Arariboia era cacique dos temiminós quando os franceses, com o apoio dos Tamoios, tomaram o controle da Guanabara, na
então Capitania do Rio de Janeiro, em 1555.
Tendo perdido as suas terras, o cacique e sua tribo seguiram para a então Capitania do Espírito Santo, onde reorganizaram a
sua aldeia e expulsaram alguns holandeses.
Quando a Coroa de Portugal enviou ao Brasil o seu terceiro Governador-geral, Mem de Sá, com um contingente de soldados
bem armados para retomar a Guanabara aos franceses, os portugueses estabeleceram aliança com Arariboia, conseguindo
desse modo reforçar os seus efetivos em cerca de oito mil homens, indígenas conhecedores do território e inimigos dos Tamoios.
A esquadra francesa se instalara na Guanabara em 1556, ocupando uma ilha e ali erguendo um forte. Para se contrapor às for-
ças portuguesas, o comandante dos invasores, Nicolas Durand de Villegagnon, firmou uma aliança com os índios tamoios, cerca
de 70 mil homens naquela faixa do litoral. O acordo permitiu que as forças enviadas de Salvador por Mem de Sá, governador-
geral do Brasil, fossem rechaçadas. Com a unidade da colônia correndo perigo, Mem de Sá mandou vir do reino seu sobrinho
Estácio de Sá e o incumbiu de adotar a mesma estratégia dos franceses: arregimentar apoio indígena.
O confronto mais violento ocorreu em Uruçumirim, onde os invasores estavam aquartelados. Galgando penhascos, Arariboia foi o
primeiro a entrar no baluarte inimigo. Empunhava uma tocha, com a qual explodiu o paiol de pólvora e abriu caminho para o
O idoso cacique voltou para a sesmaria de Niterói não mais tendo retornado ao Rio de Janeiro. Por incrível que pareça, segundo
informa o “Dicionário de curiosidades do Rio de Janeiro”, morreu afogado nas proximidades da ilha de Mocanguê-mirim, ainda
em 1574.
É considerado o fundador da cidade de Niterói, e uma estátua sua pode ser vista em uma praça centro da cidade, fronteira à
estação das barcas, com os olhos voltados para a Baía de Guanabara e a cidade de Niterói sob sua proteção. A antiga sede da
prefeitura municipal tem o nome de Palácio Arariboia em sua homenagem.
Senhor de grande personalidade, serviu de inspiração a José de Alencar na criação de sua obra O Guarani.
-o0o-
A História de Niterói começa com a aldeia fundada por Araribóia com a posse solene em 1573, que recebeu a denominação de
São Lourenço dos Índios, o primeiro núcleo de povoamento. A morte de Araribóia (1587) iniciou o processo de declínio do alde-
amento, justamente por localizar-se distante da "povoação maior", Rio de Janeiro, e não oferecer condições para sua expansão.
A chegada da Corte de D. João VI à colônia brasileira em 1808, foi culminante para o apogeu e progresso das freguesias do
recôncavo e principalmente a de São João de Icaraí, além de escolher São Domingos para localização de seu sitio para lazer. A
estadia na Praia Grande, em comemoração as festividades de seu aniversário, foi responsável pelo aumento dos números de
visitantes aquela localidade. O comércio e a navegação progrediram e se intensificaram, aparecendo também os vendedores
ambulantes, mascates.
A cidade se reestruturava gradativamente. Em 1841, é idealizado o Plano Taulois ou Plano da Cidade Nova, abrangendo o bairro
de Icaraí e parte de Santa Rosa, constituindo-se num plano de arruamento de autoria do Engenheiro francês Pedro Taulois e
organizado após a elevação da cidade a condição de capital. O traçado ortogonal da malha viária se iniciava na Praia de Icaraí e
terminava na Rua Santa Rosa, duplicando a área urbanizada de Niterói.
Ao fim do século XIX, a eclosão da revolta da armada (1893), destruiu vários prédios na zona urbana e bairros litorâneos, e para-
lisou as atividades produtivas da cidade, fez com que divergências políticas internas interiorizassem a cidade-sede, principal
causa da transferência da capital para Petrópolis. Esta condição permaneceu por quase 10 anos, possibilitando sua entrada no
século XX com o projeto de reedificação da Capital. A cidade já havia sofrido fragmentação de seu território em 1890, dada a
separação das freguesias de São Gonçalo, Nossa Senhora da Conceição de Cordeiro e São Sebastião de Itaipu, que passaram
a constituir o município de São Gonçalo. Com isso a área de Niterói foi reduzida de 245,42km² para 84km².
O retorno de Niterói a condição de Capital do Estado do Rio de Janeiro em 1903 deu-se principalmente por sua proximidade com
o Rio de Janeiro, município este mais importante da rede urbana nacional (liderava as exportações de café através do seu porto),
marcou um período de intervenções urbanas, promovendo a cidade de qualificada infra-estrutura, procurando organizar uma vida
urbana condizente com sua condição perante o Estado Fluminense.
Neste cenário, várias edificações foram construídas simbolizando o status adquirido pela capital como a Prefeitura no Largo do
Pelourinho – Palácio Araribóia (1904), a Câmara no Largo do Rocio, atual Jardim São João (1908), os correios e estação hidrovi-
ária - barcas (1908). Os parques e praças receberam nova urbanização como o Largo de São Domingos (1905), o Campo de São
Bento (1910), Praça Araribóia (1911), Praça General Gomes Carneiro (Rink) – antigo Largo da Memória (1913), entre outros. Se
destacaram alguns melhoramentos urbanos como iluminação à gás (1904), inauguração da primeira linha de bondes elétricos
ligando o Centro à Icaraí (1906), alargamento da Rua da Conceição (1907), inauguração da Alameda São Boaventura (1909),
alargamento da Estrada Leopoldo Fróes (1909), inauguração da rede central de esgotos (1912).
O precursor dessa série de renovações urbanas foi o primeiro Prefeito de Niterói, Paulo Pereira Alves (Janeiro a Novembro de
1904), idealizador de uma imponente avenida na Praia de Icaraí, "fundo de quintal das apalacetadas chácaras da Rua Moreira
César", indo até São Francisco, e daí alcançando as Praias Oceânicas, pelo prolongamento da Estrada da Cachoeira. Essa ave-
Foi o primeiro prefeito a falar em proteção ao meio ambiente e exploração do potencial turístico de áreas como a Região Oceâni-
ca, que desejou ligar ao Centro e outros bairros (Soares, 1992).
A gestão do Prefeito João Pereira Ferraz (1906/1910), foi caracterizada pela concretização de um audacioso Praia das Flechas
projeto de urbanização e embelezamento de Niterói no qual se incluíram a pavimentação e retificação da Alameda São Boaven-
tura (1909), Avenida da Praia de Icaraí, construção do cais da e do Jardim do Gragoatá, edificação da primeira sede da Prefeitura
(Palácio Araribóia) e a urbanização do Campo de São Bento, (denominado Parque Prefeito Ferraz em sua homenagem).
Feliciano Pires de Abreu Sodré deu prosseguimento à obra remodeladora de Pereira Ferraz. Em 1911, o Porto de Niterói começa
a ser idealizado entre a Ponta D`Areia e o Porto do Méier, região da Enseada de São Lourenço (ou Mangue de São Lourenço),
outrora ocupada por manguezais, e que a partir dos séculos XVIII e XIX, começou a sofrer progressivo processo de assoreamen-
to, tornando-se o vazadouro de lixo da cidade, insalubre, uma "ferida cancerosa aberta em pleno coração da cidade" (Comissão
Construtora do Porto de Nictheroy e Saneamento da Enseada de São Lourenço, 1927). Em 1913, oficializou-se por decreto a
construção do Porto de Niterói, aos moldes do Porto do Rio de Janeiro. A cidade aos poucos desenvolvia-se nas mãos de Felici-
ano Sodré, que implantou uma rede de saneamento, beneficiando São Lourenço, Fonseca e Ponta D`Areia.
A urbanização empreendida teve forte influência da reforma feita por Pereira Passos na cidade Rio de Janeiro, contemporânea à
de Feliciano Sodré no lado oriental da Baía, foi o chamado período da "Renascença Fluminense", sendo a tentativa de criação de
uma identidade própria para Niterói. A principal concepção era a aproximação entre o centro comercial e o centro político. As
obras de "saneamento/aterro" da enseada começaram em aproximadamente 1917/18, prolongando-se por dez anos, dado o
aterro de grandes proporções que quase duplicou a área urbana.
Paralelamente às obras do aterro, ocorreu o desmonte hidráulico do Morro do Campo do Sujo e pequena parte do Morro São
Sebastião. O Morro do Campo Sujo ou Morro Dr. Celestino era a área de esgotamento sanitário, despejo dos barris dos "tigres"
no século XIX. Desta área emergiria o centro político da cidade, representado pela Praça da República ou Praça do Poder, e
complexo de prédios, Escola Normal (Liceu Nilo Peçanha), Câmara Municipal, Secretaria de Segurança, Palácio da Justiça e
Biblioteca Pública.
Ao ser empossado governador, Feliciano Sodré, expede a autorização para a construção do porto e o saneamento completo da
enseada, retirando o lodo existente, aterrando a área compreendida entre o cais e a antiga linha do litoral, construindo armazéns
para serviços portuários e conseqüente abertura a navegação de cabotagem.
O projeto de urbanização proposto pela Comissão Construtora do Porto de Nictheroy e Saneamento da Enseada de São Louren-
ço, aterrou uma área de 357.000m². O traço urbano do aterrado, radial-concêntrico (formando um leque, semicírculo) possuía
ruas que convergiam para a praça central – Renascença, (onde existe a estação da "Leopoldina Railway", hoje Companhia Do-
cas do Rio de Janeiro, inaugurada em 1930). O primeiro trecho do porto foi inaugurado em 1927, e o segundo em 1930.
Nas áreas adquiridas, a ocupação estava destinada à industrias e edificações públicas (prédios da administração estadual, pré-
dios militares, mercado municipal), e se deu de forma incompleta e dispersa.
"A revolução de 1930 adia planos e projetos urbanos, retomados posteriormente durante a vigência do Estado Novo, num outro
contexto sócio-econômico e político" (Leme,1999).
Para a consolidação do Aterrado Praia Grande, foi sancionado o decreto-lei federal nº2441 de 23 de Julho de 1940, autorizando a
Prefeitura de Niterói a executar o Plano de Urbanização e Remodelação da Cidade, permitindo o aterro da faixa litorânea central
entre a Ponta da Armação e a Praia das Flexas. A execução do aterro, coube, inicialmente, a Frederico Bockel e Gabriel M. Fer-
nandes, através do contrato de 23 de Agosto de 1940. Em 1941, é constituída a Companhia Melhoramentos de Niterói. O projeto
de ocupação foi responsabilidade da Dahne e Conceição em 1943, empresa pertencente a companhia União Territorial Fluminen-
se S/A e sucessora da firma de 1941, que depois passou a denominar-se Planurbs S/A Planejamento e Urbanização.
O Plano de ocupação constituiu no arruamento e parcelamento de aproximadamente 1.000.000m² de aterro. O loteamento rece-
beu a denominação de Jardim Fluminense, só sendo aprovado pela Prefeitura em 29 de Agosto de 1967, compreendendo as área
denominadas Enseada da Praia Grande, Enseada de São Domingos e Morro do Gragoatá.
As regiões litorâneas passam a ser consideradas como áreas de expansão urbana, visando atender ao crescimento da cidade. Na
década de 1940, foi elaborado o primeiro plano de urbanização pelo Prefeito Brandão Júnior para estas regiões. Em 1944 foi
encaminhado um oficio ao governo do Estado apresentando o "Plano de Urbanização das Regiões Litorâneas de Itaipu e Pirati-
ninga", que apesar de não ter sido implantado, estimulou muitas empresas a investir na região. Em 1945 foi aprovado o maior
loteamento da época, "Cidade Balneária de Itaipu", de propriedade da Cia. de Desenvolvimento Territorial, que por não ter anali-
sado as características físicas locais, criou lotes, submersos na lagoa de Itaipu.
Outro loteamento importante surge em 1946, o "Vale Feliz", com o parcelamento da primeira gleba da Fazenda do Engenho do
Mato, grande área produtora de açúcar. Atualmente, os renascentes desta fazenda estão ocupados pela Fundação Leão XIII.
Em 1946, o Departamento Nacional de Obras e Saneamento, realiza a abertura de um canal de ligação entre a Lagoa de Pirati-
ninga e a de Itaipu, o Canal de Camboatá. A justificativa para sua construção era a necessidade de evitar o transbordamento que
ocorria nas áreas marginais às lagoas. A abertura das vias monumentais está sempre associada a intervenções urbanísticas
importantes, em que a remodelação de Paris por Haussmann representou um marco. De fato, era incontestável a necessidade de
modernização urbana diante das novas perspectivas tecnológicas associadas ao transporte e ao saneamento das cidades. Os
problemas sanitários exigiam a construção de sistemas de drenagem e esgotamento, obrigando a realização de obras de infra-
estrutura urbana, de canalização de rios e de aberturas de novas vias". (Leme, 1999).
A abertura da Avenida Ernani do Amaral Peixoto em 1942, como consta no Plano de Remodelação de Niterói, rasgou o centro
comercial da cidade, promovendo, remembramentos e desmembramentos de terrenos, além de demolir cerca de 230 prédios para
A sua denominação homenageava o interventor do Rio de Janeiro. Execução ficou a cargo do Prefeito de Niterói José Francisco
de Almeida Brandão Júnior (1937-1945), contratando a firma Dahne e Conceição, que faliu interrompendo as obras. A ocupação
iniciou-se três anos depois, porém somente na década de 50 completou toda a extensão proposta, isto é, da Praça Araribóia –
Martim Afonso à Rua Marquês do Paraná.
Outras vias importantes foram propostas, como a retificação da Avenida Estácio de Sá, atual Avenida Roberto Silveira, efetuando
o eixo de ligação Centro/Zona Sul. A obra se estendeu de 1948 a 1954. A construção da Avenida do Contorno foi iniciada em
1960, no outro extremo da cidade, ligando áreas portuárias e ferroviárias ao centro da Cidade de São Gonçalo, além de melhorar
as condições de tráfego urbano entre Niterói e São Gonçalo.
No final da década de 60, inicia-se a construção da Ponte Presidente Costa e Silva na gestão do Prefeito Jorge Abunahman.
Para facilitar o tráfego urbano, o governador resolveu retomar o projeto Praia Grande. O plano, com a linha de contorno acrescida,
foi aprovado pela municipalidade em 1965. As obras de efetivação do aterro se estenderam de 1971 à 1974. Em 1977, o governo
federal desapropriou parte da área do aterrado para a instalação do Campus da Universidade Federal Fluminense (existente na
cidade desde 1960).
A estruturação urbana do município sofreu um grande impacto na década de 1970 com a conclusão da Ponte Presidente Costa e
Silva (Rio-Niterói) em 1974, realizando a ligação viária com a cidade do Rio de Janeiro.
Houve um redirecionamento dos investimentos públicos na cidade, objetivando logicamente a expansão urbana regional e local,
exigindo a adequação e ampliação da infra-estrutura básica existente, visando o crescimento do mercado imobiliário. A Ponte Rio-
Niterói intensifica a produção imobiliária nas áreas centrais e bairros litorâneos consolidados da Zona Sul (Icaraí e Santa Rosa),
além de redirecionar a ocupação para áreas expansivas da cidade, como as regiões Oceânica e Pendotiba.
Neste mesmo período, a cidade sofreu outro impacto em sua estrutura econômica. A lei complementar n.º 20 de 1974, efetivaria a
fusão dos estados da Guanabara e Rio de Janeiro, retirando de Niterói a condição de capital. A implantação do novo Estado do
Rio de Janeiro ocorreu em 1975. A fusão trouxe o inevitável esvaziamento econômico da cidade, situação que se modificou com a
conclusão da Ponte Rio-Niterói.
O primeiro Prefeito nomeado Pós-Fusão foi Ronaldo Fabrício, que executou várias obras importantes na cidade, como alargamen-
to e reurbanização da orla de São Francisco até o Preventório e da Praia de Piratininga, recuperação e reabertura da Estrada
Velha de Itaipu, alargamento das ruas Marquês do Paraná, Paulo César e Avenida Jansen de Mello e criação do Parque da Cida-
de, além de elaborar o primeiro Plano Diretor da Cidade, não aprovado pela Câmara Municipal.
As áreas loteadas na Região Oceânica em 1940 permaneceram, na sua grande maioria, desocupadas até a década de 1970,
quando foi construída a Ponte Rio – Niterói, acelerando o processo de urbanização do município e consequentemente da própria
Região Oceânica. Baseando-se nisso, os acessos as áreas litorâneas foram melhorados (Estrada Velha de Itaipu), e foi realizada
a urbanização de Piratininga.
Em 1976 foi aprovado o "Plano Estrutural de Itaipu", da Veplan Residência, substituindo parte do antigo Loteamento "Cidade Bal-
nearia de Itaipu", (aprovado em 1945) e de propriedade da Itaipu Companhia de Desenvolvimento Territorial. O projeto previu o
aterro das margens da lagoa de Itaipu, sendo marco do processo de transformação ambiental da área, e a abertura de um canal
permanente de ligação entre o mar e a laguna de Itaipu, para permitir o acesso de embarcações aos terrenos situados no interior
da lagoa, provocando a modificação do ecossistema.
A prefeitura é assumida no final dos anos 70 por Wellington Moreira Franco (1977-1981), época marcada por sucessivos Planos
Urbanos (implantados ou não) que visavam atender as necessidades reprimidas do município como: o túnel Raul Veiga (São
Francisco - Icaraí) e a reurbanização de São Francisco, Charitas e Piratininga. Abriu e pavimentou a Avenida Litorânea entre o
Gragoatá e Boa Viagem. Dos planos idealizados destacam-se o Plano de Complementaçao Urbana – o Projeto Cura de 1977, que
não foi implantado totalmente, sendo apenas construído os terminais rodoviários urbanos norte e sul. Executou também o plano
de Recuperação do Centro Comercial de Niterói (1979) que consiste na renovação plástica do centro comercial.
No início da década de 1980, surgiram os "loteamentos especiais" na Região Oceânica, baseados na deliberação n.º 2705 de
1970, consistindo em condomínios horizontais, apresentando como atrativo, a segurança e oferecendo um elevado padrão de
qualidade habitacional e de infra–estrutura urbana, incentivando o aparecimento de vários projetos. Fatores que justificaram ser a
região, dentre as do município, que mais cresceu demograficamente.
Na década de 1980, tem-se a aprovação de modificações no loteamento Jardim Fluminense, de comum acordo entre a Prefeitura
de Niterói, a loteadora Planurbs S/A Planejamento e Urbanização e Araribóia Empreendimentos e Administração S/A, instalando o
Parque Central da Cidade e uma Vila Olímpica, um parque de estacionamento, terminais rodoviários e um estacionamento de
veículos automotores.
Os anos 90 se caracterizaram pela administração dos prefeitos Jorge Roberto Silveira (1989, 1997 e 2000) e João Sampaio
(1993), que promoveram várias intervenções urbanísticas na Cidade. Em 1992, foi elaborado o Plano Diretor de Niterói, baseado
na constituição de 1988, direcionando a criação de várias leis no município, como a de Uso e Ocupação do Solo (1995) e o Plano
Urbanístico (Praias da Baía - 1995). Vários projetos e programas foram desenvolvidos nestas administrações, como o Médico de
Família (1992) e Vida Nova no Morro (1990); a Revitalização do Centro, englobou vários projetos como: a ampliação da Avenida
Visconde de Rio Branco, Terminal Rodoviário João Goulart, Caminho Niemeyer ; a construção do Museu de Arte Contemporânea
– MAC (1998); as restaurações do Teatro Municipal João Caetano (1994), Palácio Araribóia , Igreja de São Lourenço dos Índios e
o Solar do Jambeiro ; e ainda projetos voltados para o meio ambiente como a criação da Reserva Ecológica Darcy Ribeiro (1997);
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de vila Real da Praia Grande, por Alvará de 18-01-1696, por deliberação estadual de 15-
08-1891e Poe deliberação estadual de 15-08-1891 e decreto estadual nº 1, de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892.
Pelo decreto estadual nº 1, de 08-05-1892, são criados os distrito de Barretos, Icaraí, São Domingos, São Lourenço e Jurujuba
anexado ao município de Niterói.
Elevado a categoria de vila com a denominação de vila Real da Praia Grande, por Alvará de 10-05-1819, desmembrado da Cida-
de do Rio de janeiro. Sede na Povoação de São Domingos da Praia Grande. Constituído do distrito Sede. Instalado em 11-08-
1819.
Elevado a categoria de Capital do Estado, Pela lei provincial nº 2, de 26-03-1835. Recebeu foros de Cidade com a denominação
de Niterói, pela lei provincial nº 6, de 28-03-1835.
Pelo decreto estadual nº 124, de 22-09-1890, desmemcbra do município de Niterói as freguesias de São Gonçalo, Nossa Senho-
ra da Conceição de Cordeiros e São Sebastião de Itaipu, para constituírem o novo município de São Gonçalo.
Deixou provisoriamente de ser Capital do Estado em decorrência das leis estaduais nºs 50, 30-01-1894 e 89, de 01-10-1894,
Voltando a ser Capital do Estado, pela lei estadual nº. 542, de 04-08-1902, e reinstalada em 20-06-1895.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município de Niterói é constituído de 6 distritos: Niterói, São Domingos,
Icaraí, São Lourenço, Barreto e Jurujuba.
Na divisão administrativa de 1933, apareceu constituído de 6 distritos: os 5 primeiros denominados Niterói, identificados apenas
numericamente (1.°, 2.°, 3.°, 4.°, 5.°) e Jurujuba.
Aqueles distritos voltaram a receber os topônimos anteriores Em divisões territoriais datadas de 1936 e 1937, bem como no qua-
dro anexo ao decreto-lei estadual nº 392-A, de 31-03-1938, o município de Niterói permanece como único termo judiciário da
comarca de Niterói e se compõem do distrito Sede, sub-dividido em 2 zonas: 1º zona 1º, 4º e 5º antigos distritos. ( 2º zona 3º, e
6º antigos distritos).
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o Niterói é constituído do distrito Sede, sub-dividido, em 4 zonas deno-
minadas 1º,2º,3º e 4º e é único termo judiciário da comarca de Niterói.
Pelo decreto-lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, a área municipal ficou acrescida em virtude da anexação do distrito de Itaipu,
desmembrado do município de São Gonçalo. Dessa data em diante, Niterói passou a ter dois distritos: Niterói com 2 zonas e
seus bairros e o Itaipu. Niterói é constituído de 2 distritos. Niterói e Itaipu.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município de Niterói é constituído de 2 distritos: Niterói e Itaipu.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1968.
Por força do disposto da lei complementar nº 20, de 01-06-1974, o município de Niterói deixou de ser capital do estado.
Em “Síntese” de 31-Xll-1994, o município é constituído de 2 distritos: Niterói e Itaipu.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Prefeitos de Niterói
- Paulo Alves Benedito Gonçalves Pereira Nunes 1904 – 1905
- Carolino de Leoni Ramos 1905 – 1906
- João Pereira Ferraz 1906 – 1910
- Feliciano Pires de Abreu Sodré 1910 – 1914
- Rodolfo Villanova Machado 1914 (primeira vez)
- Manuel Otávio de Sousa Carneiro 1914 – 1918
- Enéas Ribeiro de Castro 1918 – 1921
- Ranulfo Bocaiúva Cunha 1921 – 1922
- Cantidiano Gomes da Rosa
- Henrique Castrioto de Figueiredo e Melo
- Filipe Séves
- Homero Brasiliense Soares de Pinho 1923 – 1924
- Rodolfo Villanova Machado 1924 – 1927 (segunda vez)
- Manuel Ribeiro de Almeida 1927 – 1929
- Manuel Antunes de Castro Guimarães 1929 – 1930
- Júlio Limeira da Silva
- Júlio César de Noronha
- Gastão Braga 1930 – 1932
- Gustavo Lira da Silva 1932 – 1935
- João Francisco de Almeida Brandão Júnior 1935 – 1936 (primeira vez)
- Álvaro Miguelote Viana
- Alfredo de Freitas Bahiense
- Paulino José de Soares de Sousa Neto 1937
- João Francisco de Almeida Brandão Júnior 1937 – 1945 (segunda vez)
- Brígido Tinoco 1945
- Sabino Mangeon 1945 – 1946 (primeira vez)
3. Informações socioeconômicas: demografia e território; desenvolvimento do município de Niterói; economia municipal - PIB; estabele-
cimentos por porte e setor; potencial de consumo.
Economia de Niterói
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Economia de Niterói, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, possui o quarto maior PIB municipal do Estado
do Rio de Janeiro. A área do município possui belíssimas praias, algumas são banhadas pela Baía de Guanabara, e ainda pode-
se conferir um roteiro histórico muito rico, com diversos passeios a museus, fortes e igrejas, contudo, as atividades econômicas
são indústria naval, indústria em geral, comércio, serviços em geral e pesca.
A cidade de Niterói é um dos principais centros financeiros, comerciais e industriais do Rio de Janeiro. Niterói é hoje a 12ª
entre as 100 melhores cidades brasileiras para negócios. Niterói vem acompanhando um alto índice de investimentos na cidade,
como imobiliário e de comerciário, tanto advindos da herança de ter sido, até a metade da década de 1970, a capital estadual,
como por sua proximidade geográfica à Cidade do Rio de Janeiro, como também pelo intenso desenvolvimento das atividades de
petróleo da Bacia de Santos e Bacia de Campos.
Em 2009, segundo dados do IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) nominal de Niterói foi de R$10,8 bilhões, figurando como o
terceiro município com maior PIB do Rio de Janeiro, depois da cidade do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias e o 41º município
mais rico do Brasil. Somente no setor de petróleo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a região responde
por 70% do parque instalado fluminense do setor, concentrando desde empresas de offshore a estaleiros. A cidade é o segundo
maior empregador formal do Estado do Rio de Janeiro, embora ocupe o 5º lugar quanto ao número de habitantes, que
correspondentes a 4,11% do total da população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A economia de Niterói esta centrada, predominantemente, no setor terciário ou de serviços, considerando que as atividades
industriais vem perdendo posição desde muitos decênios, embora tenham recuperado parcialmente, a partir da reativação da
indústria naval na década de 2000, ainda que de maneira embrionária. Em 2009, segundo o IBGE o setor que mais predominou
na economia da cidade, e que foi o responsável por 97,1% do PIB é o de setor de comércio e serviços, seguido do setor
industrial, com cerca de 2,9% e do setor agrícola, com menos de 0,001%.
Referências
↑ Ir para:a b Título não preenchido, favor adicionar. Extra.globo.com.
Ir para cima↑ http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/pib/PIB_dos_municipios_do_Estado_do_Rio_de_Janeiro_2009.pdf
Ir para cima↑ http://turismoemniteroi.wordpress.com/2010/08/15/turismo-em-niteroi-o-novo-polo-gastronomico-da-cidade/
Ir para cima↑ http://www.etur.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=9652
↑ Ir para:a b Título não preenchido, favor adicionar. Jornal.ofluminense.com.br.
Ir para cima↑ Título não preenchido, favor adicionar. Proppi.uff.br.
Ir para cima↑ http://www.firjan.org.br/main.jsp?lumChannelId=40288081201F4C3E012039B909293E1F
Ir para cima↑ http://www.firjan.org.br/main.jsp?lumChannelId=40288081201F4C3E012039B909293E1F
Secretarias Municipais
Prefeito Municipal de Niterói
Rodrigo Neves
Endereço: Rua Visconde de Sepetiba, 987/6º andar
Centro – Niterói – Cep: 24.020-206
Telefones: (21) 2613-6568 / 1759 / 1152
Fax: (21) 2717-7223
Vice-Prefeito de Niterói - VP
Axel Grael
Endereço: Rua Visconde de Sepetiba, 987/6º andar
Centro – Niterói – Cep: 24.020-206
Tel: 2620-0403 R: 215 e 235 / 2620-8413
Chefe de Gabinete
Bárbara Siqueira
Endereço: Rua Visconde de Sepetiba, 987/6º andar
Centro – Niterói – Cep: 24.020-206
Telefones: (21) 2613-6568 / 1759 / 1152
Fax: (21) 2717-7223
Secretaria Executiva - SE
Maria Célia Vasconcellos
Endereço: Rua Visconde de Sepetiba, 987/6º andar
Centro – Niterói – Cep: 24.020-206
Telefones: (21) 2613-6568 / 1759 / 1152/ 2620-0403 R: 306
Fax: (21) 2717-7223
Assessoria: Tel: 2613-2901 (Direto) / 2620-0403 R: 211
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL
Educação
Niterói tem o melhor nível de alfabetização do estado do Rio de Janeiro. É nessa cidade que se encontram as principais estrutu-
ras da Universidade Federal Fluminense, bem como a maioria de seus cursos.
A educação no município é marcada pela presença do Colégio Pedro II - UNED, única escola secundarista federal da cidade e
pela Faetec Henrique Lage, que, por sua vez, são os melhores colégios públicos da região. De resto, também há a Fundação
Municipal de Educação, que atua em noventa unidades escolares da Rede Municipal de Educação; 36 creches comunitárias;
dezoito Unidades de Educação Infantil; 36 unidades com ensino Fundamental; na Educação de Jovens e Adultos (EJA), atendida
em quinze Unidades de Ensino fundamental; no Programa de Educação; na Leitura e Escrita –PELE, em cinquenta Instituições
e/ou escolas (875 alunos), (dados de julho 2007) e cem por cento das unidades escolares possuem alunos com necessidades
especiais (cerca de setecentos alunos).
Em 2007, foi concluído o projeto municipal para erradicar o analfabetismo, que apesar da redução do índice, não atingiu o objeti-
vo. Niterói conta com 3,55% de analfabetos (pessoas com mais de quinze anos), enquanto que a estarrecedora média nacional é
de 13,63% (que obviamente não pode ser usada para uma boa referência comparativa).
Cultura
Niterói é um dos maiores centros históricos-culturais do Brasil, pois tem sua cultura caracterizada por vilas de pescadores (Juru-
juba), fortalezas, museus e monumentos futuristas, como o Museu de Arte Contemporânea, o símbolo do município, construído
pelo arquiteto modernista Oscar Niemeyer e o Teatro Popular de Niterói.
A arquitetura de Niterói é caracterizada por um contraste entre o passado e o presente. Edifícios históricos, como a Biblioteca
Pública Estadual de Niterói, o Fórum, os Correios, o Teatro Municipal de Niterói, a Estação Cantareira, o Palácio do Ingá, o Solar
do Jambeiro e a Câmara Municipal de Niterói, ficam lado a lado com obras de vínculo futurista, como, por exemplo, o Museu de
Arte Contemporânea, o Teatro Popular de Niterói e o resto do Caminho Niemeyer e a Praça Juscelino Kubitschek.
As igrejas católicas também expressam bastante a cultura niteroiense. A Igreja de São Lourenço dos Índios, o marco de funda-
ção do município, a Igreja de São Sebastião de Itaipu, a Igreja da Boa Viagem e a Basílica Nossa Senhora da Auxiliadora embe-
lezam as ruas com suas arquiteturas barrocas, clássicas e coloniais.
A cultura social se baseia numa população muito hospitaleira, que resultou no apelido de Niterói: "Cidade-sorriso".
Centro de Artes Universidade Federal Fluminense
O Centro de Artes UFF é um centro cultural, organizado e mantido pela Universidade Federal Fluminense, localizado no prédio
da Reitoria da UFF, bairro de Icaraí, reunindo a Orquestra Sinfônica Nacional (OSN-UFF), a Galeria de Arte UFF, o Espaço UFF
de Fotografia, o Espaço Aberto UFF, o Cine Arte UFF e o Teatro da UFF.
Cantareira
A Cantareira (ou Catarreira) é como é chamada a Praça Leoni Ramos e seus arredores, no histórico bairro de São Domingos.
Seu nome se deve àEstação Cantareira, um centro cultural e casa de show (com funcionamento intermitente) construído nas
ruínas da antiga estação de barcas e estaleiro possuído pela empresa Cantareira e Viação Fluminense. Também é chamada de
"Lapa de Niterói", em comparação ao bairro carioca da Lapa, pois em volta da praça há vários bares, pubs, prostíbulos e restau-
rantes em casarões históricos que reúnem muitos jovens. Nas casas pelas vizinhanças do bairro de São Domingos, atualmente,
funcionam vários ateliês de artes plásticas, formando um plano cultural e artístico. Ainda pode-se encontrar trilhos de bonde em
trechos de ruas em suas cercanias, recentemente redescobertos pela Prefeitura, e um casario antigo com grande valor arquitetô-
nico.
Niterói sofre com abandono e crescimento da criminalidade
Para especialistas e moradores, Rio é privilegiado pelo estado, que esquece cidades vizinhas
Jornal do BrasilGisele Motta
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Depois de um feriado tenso, em Niterói, a população da cidade, mais do que nunca, reclama da violência. Para sociólogo e pro-
fessor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Eleonaldo Julião, a cidade de Niterói sofre, assim como outros municípios
fluminenses, de abandono do poder público em prol do Rio de Janeiro, hoje centro das atenções por vir a sediar os mega-
eventos esportivos: Copa do Mundo e Olimpíadas. Para ele, o perceptível aumento da criminalidade em Niteroi se relaciona tam-
bém, com uma migração de criminosos do Rio de Janeiro, que fogem das comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora
(UPPS), que por sua vez, não cumprem o papel que prometem que seria o de levar, além de policiamento dentro da favela, ou-
tras políticas públicas básicas: educação, segurança cidadã, saneamento, coleta de lixo, etc.
Segundo relatório do Instituto de Segurança Pública (ISP), publicado no final de 2013, em comparação com 2012, entre os
20 diferentes tipos de registro de crimes, 17 sofreram aumento na cidade de Niterói, no acumulado janeiro-dezembro. As duas
principais reclamações dos moradores batem com as estatísticas. "Eu já sofri tentativas de assalto, mas conheço várias pessoas
que já foram assaltadas. O que a gente ouve falar é principalmente de assalto a carros e assalto a mão armada, mas também
homicídios", diz Filipe Tadashi, estudante de Ciências da Matemática e da Terra da UFRJ, que mora na Rua Ernani de Melo, no
Ingá, conhecida como "a rua do perdeu". Segundo o relatório, em relação ao número de roubo a transeunte, os registros aumen-
taram de 7.279 para 8.765, um aumento de 1.347 casos. Roubo a veículo passou de 2.993 registros para 4.340, um aumento de
Saúde
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS:
Governança
Equilíbrio Financeiro
Adequação Legal
Comunicação interna e externa
Logística de Suprimentos
Qualificação dos gestores
Gestão de Recursos Humanos
Incorporação Tecnológica
Oferta de Serviços
Padronização de Macro-processos
Monitoramento de indicadores epidemiológicos e da gestão
Prefeitura lança o portal Niterói que Queremos
Plataforma digital integra projeto de planejamento estratégico de longo prazo que será elaborado em conjunto com a
sociedade niteroiense
A Prefeitura de Niterói lançou nesta terça-feira (10.12) o Portal Niterói que Queremos (www.niteroiquequeremos.com.br). A plata-
forma digital é parte do projeto de mesmo nome, que consiste na elaboração de um planejamento estratégico do município para
os próximos 20 anos. O site é um canal de comunicação em que a sociedade niteroiense poderá participar e pensar, em conjunto
com o poder público, o futuro do município e a construção de uma cidade mais moderna, inclusiva e sustentável.
O portal entrou no ar nesta terça-feira e, até o dia 10 de março de 2014, os cidadãos poderão dar opinião sobre as diversas á-
reas da cidade, além de sugestões e dizer o que espera para Niterói nos próximos anos. Para isso, basta preencher o formulário
disponível no site. A população também poderá participar presencialmente nos seis encontros regionais que serão organizados
pela prefeitura em 2014, cujas datas serão divulgadas em breve.
Na solenidade de lançamento do portal, no Solar do Jambeiro, o prefeito da cidade falou sobre a importância do projeto Niterói
que Queremos e como a iniciativa terá impacto para o futuro da cidade.
Este é um projeto que tem muita sintonia com o que ocorreu com a sociedade brasileira no mês de junho, que quer participar, dar
sua opinião, quer seu ouvida. Por outro lado, aqueles que têm a responsabilidade com a gestão pública, que são eleitos pela
população, têm que permanentemente manter o contato, o diálogo e a escuta com a sociedade, têm que ter a disposição de
desenvolver processos participativos de planejamento e de elaboração das políticas públicas.
É isso o que estamos fazendo. Niterói nunca teve um plano estratégico, muito menos com participação social. A ideia do Niterói
que Queremos é que tenhamos um plano com metas para os próximos 5, 10, 20 anos, para construir uma cidade melhor. Apro-
veitem esse canal de diálogo, de escuta, participem. A população de Niterói vai ajudar a definir os rumos da cidade que sonha-
mos. É um plano sintonizado com os valores da democracia e de uma cidadania mais ativa”, afirmou o prefeito.
O portal Niterói que Queremos é a terceira fase do projeto de formulação do plano estratégico de longo prazo para a cidade, que
está sendo elaborado pela prefeitura em parceria com o Movimento Brasil Competitivo e a empresa de consultoria Macroplan. A
primeira etapa foi a realização de um grande diagnóstico dos principais indicadores econômicos e sociais de cada bairro da cida-
de nos últimos 20 anos, que possa ser indutor de políticas públicas e que permita a estruturação de uma carteira de projetos e
investimentos estratégicos para os próximos anos.
A etapa seguinte foi a realização de uma pesquisa qualitativa, entre os dias 8 de julho e 29 de agosto, com 40 especialistas e
importantes lideranças sociais do município, com os seguintes pontos: levantamento da percepção dos entrevistados sobre a
situação atual; colher contribuições para a construção da visão do futuro; realizar um levantamento de ações prioritárias a serem
implantadas, bem como legado da atual gestão municipal; e levantar a percepção dos entrevistados sobre quais cidades poderi-
am ser tidas como referência, no modelo de desenvolvimento urbano e econômico.
O projeto Niterói que Queremos é coordenado pela secretária municipal de Planejamento, Modernização da Gestão e Controle,
Patrícia Audi, que apresentou os detalhes do plano. Também participaram da solenidade o vice-prefeito Axel Grael; o secretário
municipal de Fazenda, Cesar Augusto Barbiero; o diretor de projetos do Movimento Brasil Competitivo, Gustavo Arruda; do dire-
tor da Macroplan, Glauco Neves; além de secretários municipais e representantes do setor privado e da sociedade civil de Nite-
rói.
Superávit em 2013 – Além da apresentação e do lançamento do portal Niterói que Queremos, o secretário municipal de Fazen-
da, Cesar Augusto Barbiero, apresentou um balanço com os resultados positivos nas finanças públicas de Niterói em 2013. A
prefeitura já conta com um superávit de R$ 225 milhões (até o mês de outubro).
O bom desempenho é consequência do esforço fiscal determinado pelo prefeito para superar a grave crise nas contas municipais
herdada pela atual gestão – passivos superiores a R$ 600 milhões em restos a pagar, precatórios, dívidas tributárias e previden-
ciárias, folha de pagamento de dezembro de 2012 a pagar e R$ 265 milhões de déficit financeiro.
Fonte: Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2012. NOTA 1: Atribui-se zeros
aos valores dos municípios onde não há ocorrência da variável. NOTA 2: Atribui-se a expressão dado não informa-
do às variáveis onde os valores dos municípios não foram informados.
O Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio (ISP-RJ) divulgou, na última semana, dados que apontam o crescimento da
criminalidade em Niterói, nos oito primeiros meses de 2013. No estudo, um comparativo de janeiro a agosto de 2012, com o
mesmo período deste ano, revelou um crescimento de 57% no número de veículos roubados no município (667 para 1.051 ca-
sos).
A região onde aconteceu o maior aumento no número de roubos de carros — 114% — foi a área da 79ª DP, que abrange Chari-
tas, São Francisco, Largo da Batalha e Pendotiba. Foram 131 casos em 2013, contra 61 no ano passado. Também houve uma
significativa elevação na quantidade de registros desse crime nas áreas da 76ª DP (Centro) e 77ª DP (Icaraí), com altas de 84%
e 65%, respectivamente.
Homicídios e assaltos - Já os registros de homicídio doloso em Niterói passaram de 73, em 2012, para 103, este ano, o que
corresponde a um crescimento de 35%. Na região da 76ª DP, Centro, os casos saltaram de oito para 16. A região da 79ª DP foi
a que teve maior aumento de registros de roubos a transeunte: de 140 para 210, o que representa uma elevação de 50%.
23/04/2014
Por conta do aumento da violência na cidade nos últimos meses, que culminou com a série de ataques realizados por traficantes
do Caramujo, representantes da sociedade civil têm se organizado para cobrar medidas concretas para Niterói.
O Conselho Comunitário da Orla da Baía de Niterói (CCOB) tem feito uma campanha para aumentar a participação dos cidadãos
no Conselho de Segurança Pública de Niterói, do qual também participam autoridades da área. O próximo encontro do grupo
será realizado amanhã, às 9h, na sede da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), no Centro.
Segundo José Azevedo, presidente do CCOB, a ideia é cobrar providências contra a violência.
“Eu participei do conselho até o ano passado, mas me afastei porque não vejo nenhuma iniciativa. Agora estou voltando e esta-
mos convocando muita gente para tentar uma solução”, declarou.
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