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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL SEÇÃO I


DISPOSIÇÕES GERAIS
1. Lei Orgânica do Município de Niterói, de 04 de abril de 1990.
2. Estatuto dos servidores públicos de Niterói (Lei Municipal n.º 531,
de 18 de janeiro de 1985). Art. 6 O Município de Niterói é pessoa jurídica de direito público interno e
3. Estatuto da Guarda Civil Municipal de Niterói (Lei Municipal n.º entidade político-administrativa, integrante da organização nacional e do
2.838, de 30 de maio de 2011). território do Estado do Rio de Janeiro, com autonomia política, administrativa
4. Plano de Carreira, Cargos e Remuneração dos servidores da e financeira, nos termos da Constituição da República, da Constituição do
Guarda Civil Municipal de Niterói (Lei Municipal n.º 3.076, de 27 de Estado do Rio de Janeiro e desta Lei Orgânica.
fevereiro de 2014).
Parágrafo Único - No exercício de sua autonomia, o Município decretará leis,
5. Regime Adicional de Serviço (RAS) para profissionais da Guarda
expedirá atos e adotará medidas pertinentes aos seus interesses, às neces-
Civil Municipal de Niterói (Lei Municipal n.º 3.028, de 12 de abril de sidades da administração e ao bem-estar de seu povo.
2013)
6. Uso e comercialização de cerol e de linha chilena no Município de Art. 7 São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o
Niterói (Lei Municipal n.º 3.074, de 27 de janeiro de 2014). Legislativo e o Executivo.
7. Código Municipal Ambiental de Niterói (Lei Municipal n.º 2.602,
de 14 de outubro de 2008). Parágrafo Único - É vedada aos poderes do Município a delegação de
8. Código de Posturas do Município de Niterói (Lei Municipal n.º atribuições.
2.624, de 29 de dezembro de 2008).
Art. 8 Constituem símbolos do Município a Bandeira, o Hino e o Brasão e a
9. Rotinas para o controle de condutas que ocasionem perturbação
representação gráfica do Museu de Arte Contemporânea, a ser definido em
do sossego e do bem estar público por emissão de som de qualquer Decreto do Poder Executivo, alusivos à sua cultura e à sua histó-
natureza (Decreto Municipal n.º 11.542, de 09 de dezembro de ria. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº nº 14 de 11.04.97)
2013).
10. Processo administrativo no âmbito da Guarda Civil Municipal de Art. 9 O Município compreende a sede e os distritos atualmente existentes e
Niterói. os que forem criados.

§ 1º A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de cidade.


LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE NITERÓI
§ 2º Os distritos serão criados, organizados e suprimidos por lei municipal,
INSTITUI A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE NITERÓI preservando-se a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, observada
a legislação estadual.
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS, DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Art. 10. Constitui patrimônio do Município os seus direitos, os bens móveis e
imóveis de seu domínio pleno, direto ou útil, a renda proveniente do exercí-
cio das atividades de sua competência e a prestação de seus serviços.
Art. 1 O Município de Niterói, sob a proteção de Deus e objetivando uma
sociedade fraterna, democrática e sem preconceitos, garantirá ao seu povo Art. 11. O Município como entidade autônoma e básica da Federação,
o pleno exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, garantirá vida digna ao seu povo e será administrado com:
o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça.
I - transparência de seus atos e ações;
Art. 2 Todo poder municipal emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Lei Orgânica. II - moralidade;

Art. 3 No Município de Niterói, por suas leis, agentes e órgãos, não haverá III - descentralização administrativa.
discriminação, em razão de local de nascimento, idade, raça, etnia, sexo,
estado civil, trabalho, religião, orientação sexual, convicções políticas ou
filosóficas, por deficiências de qualquer tipo, por ter cumprido pena ou por CAPÍTULO II
qualquer particularidade ou condição. DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Parágrafo Único - Lei Municipal estabelecerá sanções administrativas à SEÇÃO I


pessoa jurídica que incorrer em qualquer tipo de discriminação. DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA

Art. 4 O Município defenderá, na forma da Lei, o consumidor.


Art. 12. Ao Município compete prover tudo quanto diga respeito ao interesse
Parágrafo Único - O Município promoverá, por Lei, a criação de um órgão de local e ao bem-estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre
defesa do consumidor, regulamentando sua competência, organização e outras, as seguintes atribuições:
funcionamento.
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
Art. 5 Todos têm direito de participar, nos termos da Lei, das decisões do
Poder Público Municipal, exercendo-se a soberania popular, através do voto II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
direto, mediante plebiscito e referendo, além da cooperação das associa-
ções representativas, no planejamento municipal. III - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Integrado;

IV - elaborar o orçamento anual e o plurianual de investimentos;


TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL V - instituir e arrecadar tributos de sua competência, bem como aplicar a
suas rendas;
CAPÍTULO I
DO MUNICÍPIO VI - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços pela prestação de serviços

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públicos;
a) mercados, feiras e matadouros;
VII - dispor sobre organização, administração e execução dos seus serviços; b) construção e conservação de estradas e caminhos municipais;
c) transportes coletivos municipais;
VIII - dispor sobre a organização, utilização e alienação dos bens públicos; d) iluminação pública;

IX - organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico único dos servidores XXIX - regulamentar o serviço de carros de aluguel, inclusive com o uso de
públicos; taxímetro;

X - conceder e renovar licença para localização e funcionamento de estabe- XXX - assegurar a expedição de certidões requeridas às repartições admi-
lecimentos industriais, comerciais, prestadoras de serviços e quaisquer nistrativas municipais, para defesas de direitos e esclarecimentos de situa-
outros; ções, estabelecendo os prazos de atendimento;

XI - cassar licença concedida ao estabelecimento que desrespeitar a Legis- XXXI - controlar e fiscalizar as empresas concessionárias ou permissionárias
lação vigente e que se tornar prejudicial ao meio ambiente, à saúde, à de serviços públicos, observando-se, na execução dos serviços:
higiene, ao sossego, à segurança ou aos bons costumes, fazendo cessar a
atividade ou determinando o fechamento do estabelecimento; a) plena satisfação do direito dos usuários;
b) política tarifária revisada periodicamente, conforme variação acumulada
XII - estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus dos preços dos insumos;
serviços, inclusive à dos seus concessionários; c) melhoramento e expansão dos serviços, assegurando o equilíbrio econô-
mico e financeiro da concessão ou permissão;
XIII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação; d) obrigação de manutenção do serviço em níveis plenamente satisfatórios e
adequados.
XIV - regular disposição, tratado e demais condições dos bens públicos de
uso comum; XXXII - manter a Guarda Comunitária para proteção de seus bens, instala-
ções e serviços; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 027/2005)
XV - regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente,
no perímetro urbano, determinar o itinerário, bem como pontos de parada XXXIII - prestar serviços públicos, diretamente ou sob regime de concessão
dos transportes coletivos municipais e intermunicipais; ou permissão, sempre através de concorrência pública, na forma da lei;

XVI - fixar locais para estabelecimentos de pontos de táxis e demais veícu- XXXIV - criar normas gerais para exploração ou concessão dos serviços
los; públicos municipais, bem como para a sua reversão e encampação destes
ou a expropriação dos bens das concessionárias ou permissionárias, autori-
XVII - conceder, permitir ou autorizar os serviços de transportes coletivos e zando, previamente, cada um dos atos de retomada ou de intervenção;
de táxis, fixando as respectivas tarifas;
XXXV - regulamentar e conceder licença para o exercício do comércio ou
XVIII - fixar e sinalizar as zonas de silêncio, de trânsito e tráfego em condi- prestação de serviços eventuais ou ambulantes, tomando medidas para
ções especiais; impedir a prática de atividades não licenciadas, inclusive com a apreensão
de mercadorias e materiais;
XIX - disciplinar os serviços e horários de carga e descarga e determinar os
veículos que podem circular em cada tipo de via pública municipal; XXXVI - promover as desapropriações de imóveis que se fizerem necessá-
rios à execução da Política Urbana.
XX - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regula-
mentar e fiscalizar sua utilização;
SEÇÃO II
XXI - prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e DA COMPETÊNCIA COMUM
destino do lixo domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza, respei-
tando as condições necessárias à manutenção do meio ambiente;
Art. 13. É da competência do Município, em comum com a União e o Esta-
XXII - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para do:
funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços,
observadas as normas federais pertinentes; I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas
e conservar o patrimônio público;
XXIII - dispor sobre os serviços funerários e cemitérios;
II - cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e garantia das pes-
XXIV - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a fixação de soas portadoras de deficiências;
cartazes, anúncios e faixas, considerando especialmente os aspectos de
zoneamento, poluição sonora e visual e a proteção do meio ambiente, assim III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
como a utilização de alto-falantes, distribuição volante ou quaisquer outros artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os
meios de publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polícia sítios arqueológicos;
municipal;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e
XXV - organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercí- de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
cio do seu poder de polícia administrativa;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
XXVI - dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendi-
dos, em decorrência de transgressão da legislação em vigor; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas
formas;
XXVII - estabelecer e impor penalidades por infrações a suas leis e regula-
mentos; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

XXVIII - prover os seguintes serviços: VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimen-

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tar; não ser por interesse público justificado e após autorização legislativa.

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das


condições habitacionais e de saneamento básico; TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promo-
vendo a integração social dos setores desfavorecidos; CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa
e exploração de recurso hídricos e minerais; SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do
trânsito;
Art. 17. O poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal.
XIII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,
programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental, assim como o Parágrafo Único - Cada legislatura constará de quatro períodos legislativos
atendimento aos que não freqüentaram a escola em idade própria; de um ano, compreendendo sessões e reuniões.

XIV - prestar assistência, nas emergências médico-hospitalares de pronto- Art. 18. A Câmara Municipal é composta de Vereadores eleitos pelo sistema
socorro, por seus próprios serviços ou mediante convênio com instituições proporcional, como representantes do povo, com mandato de quatro anos.
especializadas;
§ 1º São condições de elegibilidade para o mandato de Vereador, na forma
XV - fiscalizar, nos locais de vendas, o peso, a medida e as condições da lei federal:
sanitárias dos gêneros alimentícios, na forma da lei;
I - a nacionalidade brasileira;
XVI - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade
precípua de erradicar as moléstias de que possam ser portadores ou trans- II - o pleno exercício dos direitos políticos;
missores.
III - o alistamento eleitoral;
Art. 14. O Município terá direito à participação no resultado da exploração
de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos, para fins de geração de IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
energia elétrica e de outros recursos minerais de seu território.
V - a filiação partidária;

SEÇÃO III VI - a idade mínima de dezoito anos.


DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR
§ 2º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

Art. 15. Ao Município compete suplementar a legislação federal e estadual, Art. 19. É de 21 (vinte e um) o número de vereadores da Câmara Municipal
no que couber e naquilo que se referir ao seu peculiar interesse. de Niterói. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 037/2011)

Parágrafo Único - A competência prevista neste artigo será exercida, em Parágrafo Único - REVOGADO. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº
relação às legislações federal e estadual, no que for de interesse municipal, 037/2011)
visando adaptá-las à realidade local.
Art. 20. A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, na sede do Município,
Art. 16. Ao Município é vedado: de 15 de fevereiro a 30 de junho, e de 1º de agosto a 15 de dezembro.

§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o


CAPÍTULO III primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem aos sábados, domingos ou
DAS VEDAÇÕES feriados.

§ 2º A Câmara reunir-se-á em sessões ordinárias, extraordinárias e solenes,


I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas subvencioná-los, embaraçar-lhes o conforme dispuser o seu Regimento Interno.
funcionamento ou manter com eles e seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de § 3º A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á:
interesse público;
I - pelo Prefeito, quando a entender necessária;
II - recusar fé aos documentos públicos;
II - pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da maioria dos membros
III - criar distinção entre brasileiros ou preferência entre pessoas; da Casa, em caso de urgência ou interesse público relevante.

IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes § 4º Nas sessões legislativas extraordinárias, a Câmara Municipal somente
aos cofres públicos, quer pela imprensa, rádio, televisão, serviço de alto- deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada.
falante ou qualquer outro meio de comunicação, propaganda político-
partidária ou de fins estranhos à administração; Art. 21. As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria ou maioria
absoluta de votos, presente a maioria de seus membros, salvo disposição
V - manter publicidade de atos, propaganda de obras e serviços de órgãos em contrário.
públicos que não tenham caráter educativo, informativo ou de orientação
social, bem como a publicidade que contenha nomes, símbolos ou imagens Art. 22. O período legislativo não será interrompido sem aprovação da Lei
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou serviços públicos; Orçamentária.

VI - outorgar isenções e anistias fiscais ou permitir a remissão de dívidas, a Art. 23. As sessões da Câmara deverão ser realizadas em recinto destinado

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ao seu funcionamento. pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

§ 1º Comprovada a impossibilidade de utilização do recinto da Câmara e II - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
havendo motivos que impeçam as suas sessões, estas poderão ser realiza-
das em outro local. III - exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos atos do
Executivo e da administração indireta.
Art. 24. As sessões serão sempre públicas.
§ 2º As Comissões especiais, criadas por deliberação do plenário, serão
Art. 25. As sessões somente poderão ser abertas com a presença de, no destinadas ao estudo de assuntos específicos e atuará, junto à comunidade,
mínimo, um terço dos membros da Câmara. na busca de soluções para problemas de suas áreas.

Parágrafo Único - Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assi- § 3º As Comissões Parlamentares de Inquérito, que terão poderes de inves-
nar o livro de presença, até o início da ordem do dia, participar dos trabalhos tigação próprios, além de outros previstos no Regimento Interno da Casa,
do plenário e das votações. serão criadas pela Câmara Municipal, mediante requerimento de um terço
dos seus membros, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao
Ministério Público, para que se promova a responsabilidade criminal dos
SEÇÃO II infratores.
DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA
Art. 30. A maioria, a minoria, as representações partidárias com número de
membros superior a 1/10 (um décimo) da composição da Casa, e os blocos
Art. 26. Os vereadores diplomados reunir-se-ão, em caráter preparatório, a parlamentares, terão líder e vice-líder.
partir de 1º de janeiro, no primeiro ano de cada legislatura, com vistas à
posse e eleição da Mesa. § 1º A indicação dos líderes será feita em documento subscrito pelos mem-
bros das representações majoritárias, minoritárias, blocos parlamentares ou
§ 1º A posse dos Vereadores ocorrerá em sessão solene, que se realizará partidos políticos à Mesa, nas vinte e quatro horas que se seguirem à insta-
independentemente de número, sob a presidência do Vereador mais idoso, lação de cada período legislativo.
dentre os presentes.
§ 2º Os líderes indicarão os respectivos vice-líderes, dando conhecimento à
§ 2º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista no parágrafo Mesa da Câmara.
anterior deverá fazê-lo, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, no início do
funcionamento normal da Câmara, sob pena de perder o mandato, salvo Art. 31. Além de outras atribuições previstas no Regimento Interno, os
motivo justo aceito pela maioria dos membros da Câmara. líderes indicarão os representantes partidários nas Comissões da Câmara.

§ 3º Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presi- Parágrafo Único - Ausente ou impedido o líder, suas funções serão exerci-
dência do mais idoso, dentre os presentes; havendo maioria elegerão os das pelo vice-líder.
componentes da Mesa, que serão automaticamente empossados.
Art. 32. À Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgânica,
§ 4º Inexistindo número legal, o Vereador mais idoso, dentre os presentes, compete elaborar seu Regimento Interno, dispondo sobre sua organização
assumirá a presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a política e provimento de cargos de seus serviços, além de todo e qualquer
Mesa. assunto de sua administração.

§ 5º A eleição da Mesa da Câmara, para o segundo biênio, far-se-á no dia Art. 33. Por deliberação da maioria absoluta de seus membros, a Câmara
15 de dezembro do segundo ano de cada legislatura, sendo empossados os poderá convocar o Prefeito ou o Vice-Prefeito para, pessoalmente, prestar
eleitos no dia 1º de janeiro subseqüente. informações acerca de assuntos previamente estabelecidos.

§ 6º No ato da posse e ao término do mandato, os Vereadores deverão fazer Art. 34. Por deliberação da maioria de seus membros, a Câmara poderá
declarações de seus bens, as quais ficarão arquivadas na Câmara, constan- convocar Secretário Municipal ou Diretor para, pessoalmente, prestar infor-
do das respectivas atas o seu resumo. mações acerca de assuntos previamente estabelecidos.

Art. 27. O mandato da Mesa Executiva será de 2 (dois) anos, permitida a Parágrafo Único - O não comparecimento do convocado, sem justificativa
recondução de seus membros para qualquer cargo na eleição imediatamen- razoável, será considerado desrespeito à Câmara e, se o mesmo for Verea-
te subsequente na mesma legislatura. (Redação dada pela Emenda à Lei dor licenciado, caracterizará procedimento incompatível com a dignidade da
Orgânica nº 17/98) Câmara, sendo instaurado o respectivo processo, na forma da lei e conse-
qüente cassação do mandato.
Art. 28. A Mesa da Câmara se compõe do Presidente, do Primeiro Vice-
Presidente, do Segundo Vice-Presidente, do Primeiro Secretário e do Se- Art. 35. A Mesa da Câmara poderá encaminhar pedidos escritos de informa-
gundo Secretário, os quais se substituirão nessa ordem. ções às autoridades, tais como Secretários Municipais, Presidentes de
entidades da administração indireta ou fundacional e ao Procurador Geral,
§ 1º Na ausência dos membros da Mesa, o Vereador mais idoso assumirá a importando infração político-administrativa a recusa ou não atendimento, no
presidência. prazo de 30 (trinta) dias, bem como a prestação de informação fls.

§ 2º Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído da mesma pelo Art. 36. À Mesa, dentre outras atribuições, compete:
voto da maioria absoluta dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso
ou ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais, elegendo-se I - tomar todas as medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legisla-
outro Vereador para complementar o mandato. tivos;

Art. 29. A Câmara terá comissões permanentes e especiais. II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos serviços da Câmara e
fixem os respectivos vencimentos;
§ 1º Às Comissões Permanentes, em razão da matéria de sua competência,
cabe: III - apresentar projetos de lei, dispondo sobre abertura de créditos suple-
mentares ou especiais, através do aproveitamento total ou parcial das
I - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer consignações orçamentárias da Câmara;

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ção sem encargo, adjudicação, sub-rogação ou desapropriação, ainda que
IV - promulgar a Lei Orgânica e suas Emendas; por composição amigável;

V - representar, junto ao executivo, sobre a necessidade de economia VIII - criar, transformar, extinguir cargos, empregos ou funções públicas,
interna; bem como fixar seus respectivos vencimentos;

VI - contratar, na forma da lei, por tempo determinado, para atender à ne- IX - criar, estruturar e conferir atribuições a Secretários ou Diretores equiva-
cessidade temporária de excepcional interesse público; lentes e órgãos da Administração Pública;

Art. 37. Dentre outras atribuições, compete ao Presidente da Câmara: X - aprovar os Planos Diretores, inclusive o de Desenvolvimento Urbano
Integrado;
I - representar a Câmara em juízo e fora dele;
XI - autorizar convênios e acordos com entidades públicas ou particulares e
II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da consórcios com outros Municípios;
Câmara;
XII - delimitar o perímetro urbano;
III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
XIII - autorizar a alteração da denominação de próprios, vias e logradouros
IV - promulgar as Resoluções e Decretos legislativos; públicos;

V - promulgar as leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado XIV - estabelecer normas urbanísticas, particularmente às relativas a zone-
pelo Plenário, desde que não aceita essa decisão, em tempo hábil, pelo amento e loteamento;
Prefeito;
XV - legislar sobre o disposto no inciso XXXIV do artigo 12 desta Lei Orgâni-
VI - fazer publicar os Atos da Mesa, as Resoluções, Decretos Legislativos e ca.
as Leis que vier a promulgar;
Art. 39. Compete privativamente à Câmara Municipal exercer as seguintes
VII - autorizar as despesas da Câmara; atribuições, dentre outras:

VIII - representar, por decisão da Câmara, sobre a inconstitucionalidade da I - eleger sua Mesa;
Lei ou Ato Municipal;
II - organizar os serviços administrativos internos e prover os cargos respec-
IX - solicitar, por decisão de 2/3, no mínimo, da Câmara, a intervenção no tivos;
Município, nos casos admitidos pela Constituição Federal e pela Constitui-
ção Estadual; III - propor a criação ou a extinção dos cargos dos serviços administrativos
internos e a fixação dos respectivos vencimentos;
X - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força neces-
sária para esse fim; IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito eleitos, receber suas renúncias
e afastá-los definitivamente do exercício do cargo;
XI - encaminhar, para parecer prévio, a prestação de contas do Município ao
Tribunal de Contas do Estado ou ao órgão ao qual for atribuída tal compe- V - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;
tência.
VI - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município, por mais de quinze dias,
por necessidade de serviço;
SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL VII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer do
Tribunal de Contas, no prazo máximo de sessenta (60) dias de seu recebi-
mento, observados os seguintes preceitos:
Art. 38. Compete à Câmara Municipal, com sanção do Prefeito, dispor sobre
todas as matérias de competência do Município, especialmente se a matéria a) decorrido o prazo de sessenta (60) dias, sem deliberação pela Câmara,
for a respeito de: as contas serão consideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo com a
conclusão do parecer do Tribunal de Contas;
I - instituir e arrecadar tributos, bem como aplicação de suas rendas; b) rejeitadas as contas, serão estas imediatamente remetidas ao Ministério
Público para os fins de direito;
II - autorizar as isenções, as anistias fiscais e a remissão de dívidas;
VIII - decretar a perda do mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e Vereado-
III - votar o orçamento anual e plurianual de investimento, bem como a res, nos casos indicados na Legislação Federal, Estadual e nesta Lei Orgâ-
autorização para abertura de créditos suplementares e especiais; nica;

IV - deliberar sobre obtenção, concessão de empréstimos e operações de IX - autorizar a realização de empréstimos, operação ou acordo de qualquer
créditos, bem como a forma e os meios de pagamento; natureza, de interesse do Município;

V - autoriza a concessão: X - proceder à tomada de contas do Prefeito, através de comissão especial,


quando não apresentadas à Câmara, dentro de 60 (sessenta) dias, após a
a) de auxílio e subvenções; abertura da Sessão Legislativa;
b) de serviços públicos;
c) do direito real e de uso de bens municipais; XI - aprovar convênio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo
d) administrativa de uso de bens municipais; Município com a União, o Estado, outra pessoa jurídica de direito público
interno, entidades assistenciais ou culturais;
VI - autorizar a alienação de bens imóveis
XII - estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reuniões;
VII - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doa-

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XIII - convocar, nos termos dos artigos 33 e 34 desta Lei Orgânica, o Prefei- b) aceitar cargo, emprego ou função, no âmbito da Administração Municipal
to, o Vice-Prefeito, o Procurador Geral, Secretários do Município ou Direto- Direta ou Indireta, salvo mediante aprovação em concurso público;
res para prestarem esclarecimentos, aprazando dia e hora para compareci-
mento à Câmara; II - desde a posse:

XIV - deliberar sobre o adiamento e suspensão de suas reuniões; a) ocupar cargo, função ou emprego, na Administração Pública Direta ou
Indireta do Município, de que seja exonerável ad nutum, salvo o cargo de
XV - conceder título de cidadão honorário ou conferir homenagens a pesso- Secretário Municipal ou Diretor equivalente, desde que se licencie do exercí-
as que, reconhecidamente, tenham prestado relevantes serviços ao Municí- cio do mandato;
pio, ao Estado, à União, à Democracia ou à Humanidade, mediante Resolu- b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal;
ção Legislativa aprovada pela maioria absoluta dos seus membros; c) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa, que goze de favor
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público do Município
XVI - solicitar a intervenção do Estado no Município; ou nela exercer função remunerada;
d) patrocinar causa junto ao Município em que seja interessada quaisquer
XVII - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da das entidades a que se refere a alínea "a" do inciso I.
Administração Indireta;
§ 1º Não se aplica a vedação de que trata a alínea "a" nos casos de exercí-
XVIII - fixar a remuneração dos Vereadores, em cada legislatura, para a cio de cargos em comissão ou funções de confiança vinculados a outros
subseqüente e que corresponderá a, no máximo, setenta e cinco por cento entes federados da administração direta, indireta e fundacional desde que
da que for estabelecida, em espécie, para os Deputados Estaduais, não licenciado o Vereador do exercício do mandato. (Redação acrescida pela
podendo ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município Emenda à Lei Orgânica nº 36/11 de 03.02.11)
e ressalvado os limites impostos no art. 37, XI da Constituição Fede-
ral. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 09 de 04.08.95). § 2º Na hipótese da alínea a do inciso II deste artigo, o Vereador poderá
optar pela remuneração do mandato.
XIX - Fixar, em cada legislatura e para vigorar na seguinte, a remuneração
do Prefeito e do Vice-Prefeito.(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Art. 43. Perderá o mandato o Vereador:
nº 01 de 27.04.93).
I - que infringir quaisquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
XX - conhecer os vetos e sobre eles deliberar, pela maioria absoluta dos
Vereadores. II - cujo procedimento for considerado, pela maioria absoluta dos membros
da Câmara, incompatível com o decoro parlamentar ou atentatório às institu-
ições vigentes;
SEÇÃO IV
DOS VEREADORES III - que se utilizar o mandato para a prática de atos de corrupção ou de
improbidade administrativa,

Art. 40. Os Vereadores são invioláveis, no exercício do mandato e na cir- IV - que deixar de comparecer, em cada período legislativo anual, à terça
cunscrição do Município, por suas opiniões, palavras e votos. parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo doença comprovada, licença
ou missão autorizada pela edilidade;
Art. 41. Em conformidade com a Constituição Estadual, na circunscrição do
Município, os Vereadores da Câmara Municipal de Niterói gozam das se- V - que fixar residência fora do Município;
guintes prerrogativas:
VI - que perder ou tiver suspendido os direitos políticos.
I - desde a expedição do diploma, os Vereadores em exercício não poderão
ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados § 1º Além de outros casos definidos no Regimento Interno da Câmara Muni-
criminalmente, sem prévia licença da Câmara. cipal, considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar o abuso das
prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepção de vantagens
II - o indeferimento do pedido de licença ou a ausência de deliberação ilícitas.
suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
§ 2º Nos casos dos incisos I e II, a perda do mandato será declarada pela
III - no caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, Câmara, por voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, mediante provoca-
dentro de 24 (vinte e quatro) horas, à Câmara Municipal, a fim de que esta, ção da Mesa, assegurada ampla defesa. (Redação dada pela Emenda à Lei
pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão e autorize ou Orgânica nº 30/06 de 15.06.06)
não a formação de culpa. (redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
30/06 de 15.06.06) § 3º Nos casos previstos nos incisos III e IV, a perda será declarada pela
Mesa da Câmara, por ofício ou mediante provocação de qualquer um de
IV - as imunidades dos Vereadores subsistirão durante o estado de sítio, só seus membros, assegurada ampla defesa.
podendo ser suspensas mediante voto de dois terços dos membros da
Casa, no caso de atos praticados fora do recinto da Câmara, que sejam Art. 44. O Vereador poderá licenciar-se:
incompatíveis com a execução da medida.
I - por motivo de doença;
V - os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações
recebidas ou prestadas, em razão do exercício do mandato, nem sobre as II - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o
pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. afastamento não ultrapasse 120 (cento e vinte) dias, por período legislativo;

Art. 42. É vedado ao Vereador: III - para desempenhar missões temporárias de caráter cultural ou de inte-
resse do Município.
I - desde a expedição do diploma:
§ 1º Não perderá o mandato o Vereador investido no cargo de Secretário
a) firmar ou manter contrato com o Município, suas autarquias, fundações, Municipal, Procurador Geral ou Diretor equivalente do Município de Niterói,
empresas públicas, sociedades de economia mista ou com empresas con- ou em cargos em comissão ou funções de confiança vinculados a outros
cessionárias de serviço público; entes da federação, consoante os termos do artigo 42, inciso II, alínea a e §

Legislação municipal 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1º desta Lei Orgânica;(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 36/11
de 03.02.11) II - servidores públicos, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabili-
dade e aposentadoria;
§ 2º Independentemente de requerimento, considerar-se-á como licença o
não comparecimento às reuniões do Vereador privado temporariamente de III - criação, estruturação e atribuições das Secretarias ou Departamentos
sua liberdade, em virtude de processo criminal em curso. equivalentes e órgãos na Administração Pública.

Art. 45. Dar-se-á a convocação do Suplente de Vereador nos casos de vaga Art. 50. É da competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa de Leis
ou de licença. que disponham sobre autorização para abertura de créditos suplementares
ou especiais, através do aproveitamento total ou parcial das consignações
§ 1º O Suplente convocado deverá tomar posse, no prazo de 15 (quinze) orçamentárias da Câmara;
dias, contados da data de convocação, salvo justo motivo aceito pela Câma-
ra, quando se prorrogará o prazo. Art. 51. O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de
sua iniciativa.
§ 2º Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchi-
da, calcular-se-á o quórum, em função dos Vereadores remanescentes. § 1º Solicitada a urgência, a Câmara deverá se manifestar sobre a proposi-
ção, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, contados da data em
que for feita a solicitação.
SEÇÃO V
DO PROCESSO LEGISLATIVO § 2º Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior, sem deliberação da
Câmara, será a proposição na Ordem do Dia, sobrestando-se às demais
proposições, para que se ultime a votação.
Art. 46. O Processo Legislativo Municipal compreende a elaboração de:
§ 3º O prazo do parágrafo 1º não corre no período de recesso da Câmara,
I - Emendas à Lei Orgânica Municipal; nem se aplica ao Projeto de Lei.

II - Leis Complementares; Art. 52. Os projetos de Resolução disporão sobre matérias de interesse
interno ou da competência legal exclusiva da Câmara, e os projetos de
III - Leis Ordinárias; Decretos Legislativos sobre atos e procedimentos do Poder Executivo
sujeitos à autorização ou passíveis de posicionamento do Legislativo.
IV - Decretos Legislativos;
Parágrafo Único - Nos casos de projeto de Resolução e de Decreto Legisla-
V - Resoluções. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 12 de tivo, considerar-se-á encerrada com a votação final a elaboração da norma
08.05.96) jurídica, que será promulgada pelo Presidente da Câmara.

Art. 47. A Lei Orgânica Municipal poderá ser Emenda da, mediante propos- Art. 53. A matéria constante de projeto de lei rejeitado, somente poderá
ta: constituir objeto de novo projeto, no mesmo período legislativo, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.
a) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;
b) do Prefeito Municipal. Art. 54. O projeto de lei, depois de aprovado em 1ª e 2ª discussão, será
imediatamente enviado do Prefeito, que o sancionará.
§ 1º A proposta será votada em dois turnos, com interstício mínimo de 10
(dez) dias, e aprovada pela maioria absoluta dos membros da Câmara § 1º O Prefeito, considerando o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional
Municipal. ou contrário ao interesse público, oporá seu veto total ou parcial, no prazo
de 15 (quinze) dias úteis, contando da data do recebimento, só podendo o
§ 2º A Emenda da Lei Orgânica Municipal será promulgada pela Mesa da veto ser rejeitado pelo voto da maioria dos Vereadores. (Redação dada pela
Câmara, com o respectivo número de ordem. Emenda à Lei Orgânica nº 30/06 de 15.06.06)

Art. 48. A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito e a qual- § 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo,
quer cidadão, que a exercerá sobre a forma de moção articulada, subscrita de inciso ou de alínea.
no mínimo por cinco por cento do total do número de eleitores do Município,
apurado na eleição imediatamente anterior. § 3º Decorrido o prazo do parágrafo anterior, o silêncio do Prefeito importará
sanção.
Parágrafo Único - Serão Leis, dentre outras previstas nesta Lei Orgânica:
§ 4º A apreciação do veto pelo Plenário da Câmara será realizada no prazo
I - Código Tributário do Município; de 30 (trinta) dias, a contar do seu recebimento, numa só discussão e vota-
ção, com parecer ou sem ele, considerando-se rejeitado pelo voto da maio-
II - Código de Obras; ria dos Vereadores. (redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 30/06 de
15.06.06)
III - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Integrado;
§ 5º Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito para sanção.
IV - Código de Postura;
§ 6º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo 1º, o
V - Lei instituidora do regime jurídico único dos servidores municipais; veto será colocado na Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestada às
demais proposições até a sua votação final, ressalvadas as matérias de que
VI - Lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos. trata o artigo 51 desta Lei Orgânica.

Art. 49. São de iniciativa exclusiva do Prefeito as Leis que disponham sobre: § 7º Se o Prefeito não sancionar a Lei, no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas, nos casos dos parágrafos 3º e 5º, o Presidente da Câmara terá a
I - criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos obrigação de promulgá-la no mesmo prazo.
públicos na Administração Direta ou Autárquica ou aumento de sua remune-
ração; § 8º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/93 de

Legislação municipal 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
27.04.93). dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 024/2001)

Parágrafo Único - Se, decorridos 10(dez) dias da data fixada para posse, o
SEÇÃO VI Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo por motivo de força maior, não tiver assu-
DA PROCURADORIA GERAL DA CÂMARA MUNICIPAL mido o cargo, este será declarado vago. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 024/2001)

Art. 55. A Consultoria Jurídica, a supervisão dos serviços de assessoramen- Art. 59. Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento, o Vice-Prefeito.
to jurídico, bem como a representação judicial ou extrajudicial da Câmara
Municipal, quando couber, são exercidas por seus Procuradores, integrantes § 1º O Vice-Prefeito não poderá se recusar a substituir o Prefeito, sob pena
da Procuradoria Geral da Câmara Municipal, diretamente vinculada ao de perda do mandato.
Presidente.
§ 2º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições, que lhe forem conferidas
§ 1º O Procurador Geral, nomeado pelo Presidente dentre cidadãos de por lei, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele for convocado para missões
notável saber jurídico e reputação ilibada, tem o nível de Secretário Munici- especiais.
pal.
Art. 60. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância
§ 2º Os Procuradores da Câmara, com iguais direitos e deveres, são organi- do cargo, assumirá a Administração Municipal o Presidente da Câmara.
zados em carreira, na qual o ingresso depende de concurso público de
provas e títulos, realizado pela Câmara Municipal, observados os requisitos Parágrafo Único - O Presidente da Câmara, recusando-se, por qualquer
estabelecidos em Lei. motivo, a assumir o cargo de Prefeito, renunciará, incontinente, à sua função
de dirigente do Legislativo, ensejando, assim, a eleição de outro membro
§ 3º À Procuradoria Geral da Câmara é cometido ofício de controle interno para ocupar, como Presidente da Câmara, a Chefia do Poder Executivo.
da legalidade dos atos do Poder Legislativo, exercendo a defesa dos inte-
resses legítimos do Legislativo Municipal. Art. 61. Verificando-se a vacância do cargo de Prefeito e inexistindo Vice-
Prefeito, observar-se-á o seguinte:
§ 4º A Lei disciplinará a organização e funcionamento da Procuradoria Geral
da Câmara, bem como a carreira e regime jurídico dos seus Procuradores. I - ocorrendo a vacância nos três primeiros anos do mandato, far-se-á nova
eleição, 90 (noventa) dias após a sua abertura, cabendo aos eleitos com-
plementar o período de seus antecessores;
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO II - Ocorrendo vacância no último ano de mandato, assumirá o Presidente da
Câmara, que completará o período.
SEÇÃO I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO Art. 62. O mandato do Prefeito é de 04 (quatro) anos, com início em 1º de
janeiro do ano seguinte ao de sua eleição, permitida a sua recondução para
um único período subseqüente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
Art. 56. O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, auxiliado nº 19/01)
pelos Secretários Municipais.
Art. 63. O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exercício do cargo, não
Parágrafo Único - Aplica-se a exigibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito o poderão, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do Município, por
dispositivo do parágrafo 1º do Art. 18 desta Lei Orgânica, sendo a idade período superior, a 15 (quinze) dias, sob pena de perda do cargo ou do
mínima 21 (vinte e um) anos. mandato.

Art. 57. A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-á, simultanea- § 1º O Prefeito, regularmente licenciado, terá direito a perceber a remunera-
mente, nos termos da Constituição Federal. ção, quando:

§ 1º A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito, com ele registrado. I - impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença devidamente
comprovada;
§ 2º Será considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido
político, obtiver maioria absoluta de votos, não computados os em brancos e II - a serviço ou em missão de representação do Município.
os nulos.
§ 2º A remuneração do Prefeito será estipulada na forma do inciso IXI do art.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta, na primeira votação, 39 desta Lei Orgânica.
far-se-á nova eleição, em até 20 (vinte) dias, após a proclamação do resul-
tado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito Art. 64. Na ocasião da posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice-
àquele que obtiver a maioria dos votos válidos. Prefeito farão declaração de seus bens que ficarão arquivadas na Câmara,
constando das respectivas atas o seu resumo. (Redação dada pela Emenda
§ 4º Ocorrendo, antes de realizado o segundo turno, morte, desistência ou à Lei Orgânica nº 24/2001)
impedimento legal do candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o
de maior votação.
Parágrafo Único - SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda nº 024/2001)
§ 5º Na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescendo, em segundo
lugar, mais de um candidato, com a mesma votação, qualificar- se-á o mais
idoso. SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
Art. 58. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse, no dia 1º de janeiro do
ano subseqüente à eleição, em sessão da Câmara Municipal, prestando o
compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição Federal, a Art. 65. Ao Prefeito, como Chefe da Administração Municipal, compete dar
Constituição Estadual e a Lei Orgânica, observar as Leis da União, do cumprimento às deliberações da Câmara, dirigir, fiscalizar e defender os
Estado e Município, promover o bem geral dos munícipes e exercer o cargo interesses do Município, bem como adotar, de acordo com a lei, todas as
sob a inspiração da democracia, da legitimidade e da legalidade. (Redação medidas administrativas de utilidade pública, sem exceder as verbas orça-

Legislação municipal 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mentárias. privado, desde que exerça atividade de interesse público ou social;

Parágrafo Único - No exercício de suas atribuições, o Prefeito zelará para XXIII - encaminhar à Câmara Municipal projetos de Lei de sua exclusiva
que haja moralidade e permanente transparência de seus atos e ações, bem iniciativa e outros de interesse da Administração;
como para que os serviços municipais se aproximem dos munícipes, através
do processo de descentralização. XXIV - remeter mensagem a Câmara Municipal, por ocasião da inauguração
da Sessão Legislativa, expondo a situação do Município e solicitando medi-
Art. 66. Compete ao Prefeito, dentre outras atribuições: das que julgar necessárias;

I - a iniciativa das leis, na forma e casos previstos nesta Lei Orgânica; XXV - executar e fazer cumprir as Leis, Resoluções e Atos Municipais;

II - representar o Município em juízo ou fora dele; XXVI - planejar, organizar e dirigir obras e serviços públicos locais;

III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e XXVII - prestar contas da administração e publicar balancetes, nos prazos
expedir os regulamentos para sua fiel execução; estabelecidos em lei;

IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Câmara; XXVIII - prestar anualmente a Câmara Municipal, dentro de 60 (sessenta)
dias, após a abertura da Sessão Legislativa, as contas relativas ao exercício
V - decretar, nos termos da lei, a desapropriação por necessidade ou utilida- anterior, acompanhadas de inventários e balancetes orçamentário, econômi-
de pública, ou por interesse social; co e patrimonial; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 022/2001)

VI - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; XXIX - instituir servidões e estabelecer restrições administrativas;

VII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais, por terceiros; XXX - fixar os preços dos serviços públicos, concedidos ou permitidos;

VIII - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos por terceiros; XXXI - abrir créditos extraordinários, nos casos de calamidade pública,
comunicando o fato a Câmara Municipal, na primeira sessão desta;
IX - prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situa-
ção funcional dos servidores; XXXII - comparecer a Câmara Municipal, por sua própria iniciativa, para
prestar os esclarecimentos que julgar necessários sobre o andamento dos
X - enviar à Câmara os projetos de lei relativos ao orçamento anual e pluria- negócios municipais;
nual do Município e de suas autarquias;
XXXIII - autorizar aplicações de recursos públicos disponíveis, no mercado
XI - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as pres- aberto, obedecido ao seguinte:
tações de contas exigidas em lei;
a) as aplicações de que trata este inciso far-se-ão, prioritariamente, em
XII - publicar os atos oficiais, mencionando a autoria das Indicações Legisla- títulos da dívida pública do Estado do Rio de Janeiro ou de responsabilidade
tivas, quando estas derem origem àqueles atos. (Redação dada pela Emen- de suas instituições financeiras, ou em outros títulos da dívida pública,
da à Lei Orgânica nº 33/09 de 02/09/2009) sempre por intermédio do estabelecimento bancário oficial do Estado do Rio
de Janeiro ou do Banco do Brasil S/A;
XIII - prestar a Câmara, dentro de 30 (trinta) dias, a contar do recebimento, b) as aplicações referidas no item anterior não poderão ser realizadas em
as informações pela mesma solicitada, salvo prorrogação, a seu pedido e detrimento da execução orçamentária programada e do andamento de obras
com prazo determinado, em face da complexidade da matéria ou da dificul- ou do funcionamento de serviços públicos, nem determinar atraso no pro-
dade de obtenção, nas respectivas fontes, dos dados pleiteados; (Redação cesso de pagamento da despesa pública.
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 20/01)
XXXIV - aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento
XIV - prover os serviços e obras da administração pública; e zoneamento urbano ou para fins urbanos, devendo emitir parecer no prazo
de 70 (setenta) dias após sua protocolização. (Redação dada pela Emenda
XV - superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e aplica- à Lei Orgânica nº 025/2001)
ção da receita, autorizando as despesas e pagamentos, dentro da disponibi-
lidade orçamentária ou dos créditos votados pela Câmara; XXXV - apresentar, anualmente, a Câmara, relatório circunstanciado sobre o
estado das obras e dos serviços municipais, bem como o programa da
XVI - remeter a Câmara, até o dia 25 (vinte e cinco) de cada mês, os recur- administração para o ano seguinte;
sos correspondentes ao duodécimo orçamentário do Poder Legislativo;
XXXVI - organizar os serviços internos das repartições criados por lei, sem
XVII - aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como revê-las, quan- exceder as verbas para tal destinada;
do impostas irregularmente;
XXXVII - contrair empréstimos e realizar operações de crédito, mediante
XVIII - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que prévia autorização da Câmara;
lhe forem dirigidas;
XXXVIII - providenciar sobre a administração dos bens do Município e sua
XIX - oficializar, obedecidas às normas urbanísticas aplicáveis, as vias e alienação, na forma da lei;
logradouros públicos;
XXXIX - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras
XX - convocar extraordinariamente a Câmara, quando o interesse da Admi- do Município.
nistração exigir;
XL - desenvolver o sistema viário do Município;
XXI - nomear e exonerar seus auxiliares para cargos ou funções de livre
nomeação e exoneração; XLI - conceder auxílio, prêmios e subvenções, nos limites das respectivas
verbas orçamentárias e do plano de distribuições prévias e anualmente
XXII - celebrar acordos e convênios com a União, Estados, Distrito Federal, aprovadas pela Câmara;
Municípios e respectivas entidades públicas e pessoa jurídica de direito

Legislação municipal 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
XLII - providenciar sobre a melhoria constante das condições do ensino
público municipal; XIV - deixar de emitir parecer para aprovação de projetos de edificação e
planos de loteamento e arruamento no prazo estabelecido pelo inciso XXXIV
XLIII - estabelecer a divisão administrativa do Município, de acordo com a do art. 66. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 025/2001)
lei;
Parágrafo Único - O Vice-Prefeito, ou quem vier a substituir o Prefeito, fica
XLIV - solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantia do sujeito a infrações político-administrativas de que trata este artigo, sendo-lhe
cumprimento de seus atos; aplicável o processo pertinente, ainda que cessada a substituição.

XLV - solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara para ausentar-se do Art. 69. A apuração da responsabilidade do Prefeito, assim como do Vice-
Município, por tempo superior a 15 (quinze) dias; Prefeito e de quem vier a substituí-lo, na hipótese do parágrafo único do
artigo 68 far-se-á nos termos da legislação federal, desta Lei Orgânica e do
XLVI - adotar providências para a conservação e salvaguarda do patrimônio Regimento Interno da Câmara Municipal.
municipal;

XLVII - publicar, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os SEÇÃO IV


montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os DA SUSPENSÃO E DA PERDA DO MANDATO DO PREFEITO
valores de origem tributária e a expressão numérica dos critérios de rateio.

Parágrafo Único - A competência de que tratam os incisos VII, VIII e XXII Art. 70. Nos crimes comuns, nos de responsabilidade e nas infrações políti-
dependerá de autorização da Câmara Municipal, que poderá revestir-se de co-administrativas, é facultado a Câmara Municipal, uma vez recebida à
Lei, dispondo sobre as condicionantes de seu exercício pelo Chefe do denúncia pela autoridade competente, suspender o mandato do Prefeito,
Executivo. pelo voto de dois terços de seus membros.

Art. 67. O Prefeito poderá delegar, por decreto, a seus auxiliares, as funções Art. 71. O Prefeito perderá o mandato:
administrativas previstas em Lei.
I - por extinção quando:

SEÇÃO III a) perder ou tiver suspendido os direitos políticos;


DAS INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS b) o decretar a Justiça Eleitoral;
c) sentença definitiva o condenar, por crime de responsabilidade;
d) assumir outro cargo ou função na Administração Pública, direta ou indire-
Art. 68. São infrações político-administrativas do Prefeito definidas em Lei ta, ressalvada a posse, em virtude de concurso público.
Federal, e também:
II - por cassação quando:
I - deixar de fazer declaração de bens, nos termos do artigo 64 desta Lei;
a) sentença definitiva o condenar por crime comum;
II - impedir o livre e regular funcionamento da Câmara Municipal; b) incidir em infração político-administrativa, nos termos do artigo 68.

III - deixar de repassar, até o dia 25 (vinte e cinco) de cada mês, o duodéci- § 1º É assegurada ampla defesa ao Prefeito nas hipóteses do inciso II.
mo da Câmara Municipal;
§ 2º O Prefeito será julgado pela prática de crime de responsabilidade,
IV - impedir o exame de livros, folhas de pagamento ou documentos que perante o Tribunal de Justiça do Estado.
devem ser do conhecimento da Câmara Municipal ou constarem dos arqui-
vos desta, bem como a verificação de obras e serviços pelas comissões de § 3º Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o cargo de Prefeito,
investigação da Câmara Municipal e suas comissões permanentes, assim quando ocorrer falecimento, renúncia ou condenação por crime funcional ou
como de auditoria regularmente constituída; eleitoral.

V - desatender, sem motivação justa, às convocações da Câmara Municipal


e seus pedidos de informações, sonegar ou impedir o acesso às mesmas; SEÇÃO V
DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO
VI - retardar a publicação ou deixar de publicar leis, decretos e atos sujeitos
a essa formalidade;
Art. 72. A representação judicial e a consultoria jurídica do Município são
VII - deixar de enviar a Câmara Municipal, no prazo devido, os projetos de lei exercidas pelos procuradores municipais, membros da Procuradoria Geral,
relativos ao plano plurianual de investimentos, às diretrizes orçamentárias e diretamente vinculada ao Prefeito, com funções, como órgão central do
ao orçamento anual; sistema jurídico, de supervisão dos serviços da Administração direta e
indireta no âmbito do Poder Executivo.
VIII - descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;
§ 1º O Poder Executivo poderá delegar a terceiros pro tempore, a execução
IX - praticar ato contra expressa disposição de lei ou omitir-se na prática da dívida ativa e a representação dos interesses municipais junto aos Tribu-
daquela de sua competência; nais Superiores sediados na Capital Federal, sem prejuízo do disposto no
caput deste artigo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 16
X - deixar de prestar contas ou tê-las rejeitadas; de 10.12.97)

XI - omitir-se ou negligenciar, na defesa de dinheiro, bens, rendas, direitos § 2º O Procurador Geral, nomeado pelo Prefeito, dentre cidadãos de notável
ou interesses do Município, sujeitos à administração da Prefeitura; saber jurídico e reputação ilibada, exerce a chefia da Procuradoria Geral,
que tem as mesmas prerrogativas dos Secretários Municipais.
XII - ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido nesta Lei
Orgânica, sem obter licença da Câmara Municipal; § 3º Os Procuradores do Município são organizados em carreira, à qual têm
acesso depois de aprovados em concurso público de provas e títulos, reali-
XIII - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo. zado pela Prefeitura Municipal, observados os requisitos estabelecidos em

Legislação municipal 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lei.
IV - indicar ao Prefeito as providências necessárias ao Distrito;
§ 4º Compete à Procuradoria Geral do Município o controle interno da legali-
dade dos atos do Poder Executivo e a defesa dos interesses legítimos do V - prestar contas ao Prefeito mensalmente ou quando lhe forem solicitadas.
Município, inclusive os de natureza financeiro-orçamentária, sem prejuízo
das atribuições do Ministério Público. Art. 79. O Subprefeito, em caso de licença ou impedimento, será substituído
por pessoa de livre escolha do Prefeito.
Art. 73. São auxiliares diretos do Prefeito:
Art. 80. Os auxiliares diretos do Prefeito farão declaração de bens, no ato da
posse e ao término do exercício do cargo.
SEÇÃO VI
DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO
TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL
I - o Procurador Geral, os Secretários Municipais e Diretores equivalentes;
CAPÍTULO I
II - os Subprefeitos. DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Parágrafo Único - Os cargos de que trata o presente artigo são de livre


nomeação e exoneração do Prefeito. Art. 81. A administração municipal é constituída dos órgãos integrados na
estrutura administrativa da Prefeitura e de entidades dotadas de personali-
Art. 74. Lei Municipal estabelecerá as atribuições dos auxiliares diretos do dade jurídica.
Prefeito, definindo-lhes a competência, deveres e responsabilidades.
§ 1º Os órgãos da administração direta, que compõem a estrutura adminis-
Art. 75. São condições essenciais para a investidura no cargo de Procurador trativa da Prefeitura, se organizam e se coordenam, atendendo aos princí-
Geral, de Secretário ou Diretor equivalente: pios técnicos recomendáveis ao bom desempenho de suas atribuições.

I - ser brasileiro; § 2º As entidades dotadas de personalidade jurídica própria, que compõem


a Administração Indireta do Município, se classificam em:
II - estar no exercício dos direitos políticos;
I - autarquia - serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,
III - ser maior de 21 (vinte e um) anos. patrimônio e receita própria, para executar atividades típicas da administra-
ção pública que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão adminis-
Art. 76. Além das atribuições fixadas em lei, compete ao Procurador Geral, trativa e financeira descentralizada;
Secretários ou Diretores:
II - empresa pública - entidade dotada de personalidade jurídica de direito
I - subscrever atos e regulamentos referentes aos seus órgãos; privado, com patrimônio e capital do Município, criada por lei para explora-
ção de atividades econômicas que o Município seja levado a exercer, por
II - expedir instruções para a boa execução das leis, decretos e regulamen- força de contingência ou conveniência administrativa, podendo revestir-se
tos; de qualquer das formas admitidas em direito;

III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por suas III - sociedade de economia mista - entidade dotada de personalidade jurídi-
repartições; ca de direito privado, criada por lei, para exploração de atividades econômi-
cas, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações, com direito a voto,
IV - comparecer a Câmara Municipal, sempre que convocados pela mesma, pertençam, em sua maioria, ao Município ou à entidade da administração
para prestação de esclarecimentos oficiais. indireta;

§ 1º Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços autônomos IV - fundação pública - entidade dotada de personalidade jurídica de direito
ou autárquicos serão referendados pelo Secretário ou Diretor da Administra- privado, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento
ção. de atividades que não exijam execução por órgão ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio, gerido pelos
§ 2º A infringência do inciso IV deste artigo, sem justificação, importa infra- respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos do
ção político-administrativa. Município e outras fontes, para atender às necessidades municipais no
campo da assistência e atividades de lazer, esporte, cultura, educação e
Art. 77. Os Secretários, Procurador Geral ou Diretores são solidariamente saúde.
responsáveis com o Prefeito pelos atos que assinarem, ordenarem ou
praticarem. Art. 82. As empresas públicas e sociedades de economia mista, criadas
para a prestação de serviços públicos ou como instrumento de atuação no
Art. 78. A competência do Subprefeito limitar-se-á ao Distrito para o qual foi domínio econômico, estão sujeitas às normas relativas às licitações e con-
nomeado. tratação de pessoal, definidas na Constituição Federal e nesta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - Aos Subprefeitos, como delegados do Executivo, compe- Art. 83. As empresas públicas e as sociedades de economia mista em que o
te: Município detenha, ou venha a deter, direta ou indiretamente, a maioria do
capital, com direito a voto, são patrimônio do Município e só poderão ser
I - cumprir e fazer cumprir, de acordo com as instruções recebidas do Prefei- extintas fundidas ou ter alienado o controle acionário, mediante autorização
to, as leis, resoluções, regulamentos e demais atos do Prefeito e da Câmara; Legislativa.

II - fiscalizar os serviços distritais;


CAPÍTULO II
III - atender às reclamações das partes e encaminhá-las ao Prefeito, quando DOS ATOS MUNICIPAIS
se tratar de matéria estranha às suas atribuições ou quando lhes for favorá-
vel à decisão proferida; SEÇÃO I

Legislação municipal 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
DA PUBLICIDADE DOS ATOS MUNICIPAIS f) aprovação de regulamento ou de regimento das entidades que compõem
a administração municipal;
g) medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
Art. 84. A publicação das Leis, Decretos, Resoluções e Atos Administrativos h) normas de efeitos externos, não privativos da lei;
Municipais far-se-á em órgão da imprensa local ou regional. i) fixação e alteração de preços.

§ 1º A escolha do órgão de imprensa para divulgação das leis e atos admi- II - portaria, nos seguintes casos:
nistrativos, será feita através de licitação, em que se levarão em conta as
condições de preço, as circunstâncias da freqüência, horário, tiragem e a) provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de efeitos
distribuição. individuais;
b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;
§ 2º Nenhuma Lei, Decreto, Resolução e Ato Administrativo Municipal pro- c) abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de penali-
duzirá efeito antes de sua publicação. dades e demais atos individuais de efeitos internos.
d) outros casos determinados em lei ou decreto.
§ 3º A publicação dos atos não normativos poderá ser feita por extrato que
conterá, ao menos, os seus elementos essenciais. III - contrato, nos seguintes casos:

§ 4º Considera-se Ato Normativo qualquer ato Municipal que se refira às a) admissão de servidores para serviços de caráter temporário;
relações do Município com os munícipes ou servidores, estabelecendo b) execução de obras, fornecimentos e serviços municipais, nos termos da
rotinas e procedimentos. lei.

Art. 85. A Câmara Municipal e a Prefeitura manterão arquivos das edições Parágrafo Único - Os atos constantes dos itens II e III deste artigo, poderão
das publicações oficiais, facultando-lhes o acesso a qualquer pessoa. ser delegados.

Art. 86. É vetada a veiculação, com recursos públicos, de propaganda dos Art. 90. A Administração Pública tem o dever de anular os próprios atos,
órgãos da administração municipal que implique promoção pessoal de quando eivados de vícios que os tornem ilegais, bem como a faculdade de
ocupantes de cargos de qualquer hierarquia. revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados, neste
caso, os direitos adquiridos, além de observado, em qualquer circunstância,
Art. 87. O Executivo deverá publicar, até o último dia do mês, subseqüente o devido processo legal.
ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os
recursos recebidos, os valores de origem tributária, entregues e a entregar, § 1º A motivação suficiente será requisito essencial dos atos administrativos
e a expressão numérica dos critérios de rateio, bem como os dados relativos municipais, excetuados os de provimento e de desprovimento de cargos e
à observância dos percentuais de que tratam os artigos 169 e 212 da Consti- funções de confiança, assim declarados por Lei.
tuição Federal.
§ 2º A autoridade que, ciente do vício invalidado de ato administrativo, deixar
Parágrafo Único - As contas do Município ficarão, durante sessenta dias, de saná-lo, incorrerá nas penalidades da Lei, pela omissão, sem prejuízo
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e aprecia- das sanções previstas no artigo 37, § 4º, da Constituição da República, se
ção, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, na forma da lei. for o caso.

SEÇÃO II SEÇÃO IV
DOS LIVROS DAS PROIBIÇÕES

Art. 88. O Município manterá os livros que forem necessários ao registro de Art. 91. O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores e os Servidores Munici-
seus serviços. pais não poderão contratar com o Município, subsistindo a proibição até seis
(6) meses, após findas as respectivas funções.
§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo
Presidente da Câmara, conforme o caso, ou por funcionário designado para § 1º A proibição de que trata este artigo se estende às pessoas ligadas ao
tal fim. Prefeito, Vice-Prefeito e aos Vereadores, por matrimônio ou parentesco, afim
ou consangüíneo, até o segundo grau ou por adoção.
§ 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou
outro sistema, convenientemente autenticado. § 2º Não se incluem nesta proibição os contratos, cujas cláusulas e condi-
ções sejam uniformes para todos os interessados.

SEÇÃO III Art. 92. A pessoa jurídica, em débito com o sistema de seguridade social,
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS como estabelecido em Lei Federal, não poderá contratar com o Poder
Público Municipal nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios.
Art. 89. Os atos administrativos de competência do Prefeito devem ser
expedidos com obediência às seguintes normas:
CAPÍTULO III
I - decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos: DOS BENS MUNICIPAIS

a) regulamentação de lei;
b) instituição, modificação ou extinção de atribuições não constantes de lei; Art. 93. Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a
c) regulamentação interna dos órgãos que forem criados na administração competência da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços.
municipal;
d) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado Art. 94. Todos os bens municipais deverão ser cadastrados com a identifi-
por lei, assim como de créditos extraordinários; cação respectiva, numerando-se os móveis, segundo o que for estabelecido
e) declaração de utilidade pública ou necessidade social, para fins de desa- em regulamento, os quais ficarão sob a responsabilidade do Chefe da
propriação ou de servidão administrativa; Secretaria ou Diretoria a que forem distribuídos.

Legislação municipal 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
titulação de assentamentos de baixa renda, de urbanização, industrialização,
Art. 95. Nenhum servidor será dispensado, transferido, exonerado ou terá edificação, cultivo da terra ou outra utilização de interesse social, observa-
aceitado o seu pedido de exoneração ou rescisão, sem que o órgão respon- dos os demais requisitos estabelecidos na Lei Municipal e as disposições da
sável pelo controle de bens patrimoniais da Prefeitura ou da Câmara ateste Legislação Federal.
que o mesmo devolveu os bens móveis do Município, que estavam sob sua
guarda; § 5º O uso permitido, cedido ou concedido, ainda que este como direito real,
poderá ser cancelado a qualquer tempo, atendendo a expresso interesse da
Art. 96. Os bens patrimoniais do Município deverão ser classificados: comunidade ou da municipalidade, por desvirtuamento e descumprimento de
suas obrigações, compromissos e finalidade.
I - pela sua natureza;
§ 6º O contrato de concessão de direito real de uso, nos termos do parágra-
II - em relação a cada serviço. fo 4º, se fará com o homem ou a mulher, ou a ambos, independentemente
de seu estado civil, e será inegociável pelo prazo de 10 (dez) anos, subordi-
Parágrafo Único - Deverá ser feita, anualmente, a conferência da escritura- nando-se, ainda, as seguintes cláusulas sob pena de cancelamento, na
ção patrimonial dos bens existentes e, na prestação de contas de cada forma do disposto no parágrafo 5º deste artigo:
exercício, será incluído o inventário de todos os bens municipais.
a) exploração e utilização da área direta, pessoal ou familiar;
Art. 97. A alienação de bens municipais, subordinada à existência de inte- b) residência permanente dos beneficiários da área objeto do contra-
resse público devidamente justificado, será sempre precedida de avaliação e to. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02 de 27/04/93).
obedecerá às seguintes normas:
Art. 102. A utilização e administração dos bens públicos, de uso especial,
§ 1º Quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência como mercados, matadouros, estações, recintos de espetáculos e campos
pública, dispensada esta, nos casos de permuta, na forma da lei; de esportes, serão na forma da Lei regulamentado.

§ 2º A investidura de áreas urbanas remanescentes, inaproveitáveis como Art. 103. Os bens imóveis do Município não poderão ser objeto de doação
logradouros públicos ou modificações de alinhamento, dependerá da deci- nem de utilização gratuita por terceiros, salvo se houver autorização do
são do Prefeito, de prévia avaliação, dispensada a autorização legislativa, Prefeito, se o beneficiário for pessoa jurídica de direito público interno,
consultados os proprietários lindeiros. entidade competente de sua administração indireta ou fundação instituída
pelo Município.
Art. 98. O Município, preferencialmente à venda ou doação de seus bens
imóveis, outorgará concessão de direito real de uso, mediante prévia autori- § 1º Exceto no caso de imóveis residenciais, destinados à população de
zação legislativa e concorrência pública. baixa renda, através de órgão próprio municipal, a alienação, a título onero-
so, de bens imóveis do Município ou de suas autarquias dependerá de
Parágrafo Único - A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando o autorização prévia da Câmara Municipal, salvo nos casos previstos em Lei,
uso dos bens imóveis municipais for destinado a: e será precedida de licitação, sendo esta dispensada, quando o adquirente
for pessoa referida no parágrafo 5º do artigo 101 ou nos casos de doação
I - entidades componentes da administração indireta; em pagamento, permuta ou investidura.

II - entidades assistenciais; § 2º Entende-se por investidura a alienação aos proprietários de imóveis


lindeiros, por preço nunca inferior ao da avaliação, da área remanescente ou
III - assento de população de baixa renda; resultante de obra pública e que tornado inapropriável, isoladamente, para
fim de interesse público.
IV - quando houver relevante interesse público, devidamente justificado.
§ 3º O disposto no parágrafo 1º não se aplica aos bens imóveis das socie-
Art. 99. É proibida a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dades de economia mista e de suas subsidiárias, que não sejam de uso
dos parques, praças, ruas, jardins ou largos públicos. próprio para o desenvolvimento de sua atividade nem aos que constituam
exclusivamente objeto dessa mesma atividade.
Art. 100. Os bens imóveis municipais não utilizados ou subutilizados serão,
prioritariamente, destinados a assentamentos de população de baixa renda Art. 104. As concorrências para a concessão de bens municipais deverão
e à instalação de equipamentos coletivos públicos, urbanos e comunitários, ser precedidas de ampla publicidade, na Imprensa Oficial do Estado, em
ou conservados como áreas verdes, se de relevante interesse social. jornais locais e de grande circulação.

Art. 101. O uso de bens imóveis municipais, por terceiros, poderá ser feito Art. 105. As entidades beneficiárias de doação de bens municipais ficam
mediante permissão, cessão, concessão e concessão de direito real de uso. impedidas de alienar o referido objeto.

§ 1º A permissão de uso será a título precário, mediante remuneração na Parágrafo Único - No caso de o bem doado não mais servidor às finalidades
forma da Lei Municipal. que motivaram o ato de disposição, reverterá ao domínio do Município, sem
qualquer indenização, inclusive por benfeitorias de qualquer natureza nele
§ 2º A cessão de uso será feita, mediante remuneração ou imposição de introduzidas.
encargos à pessoa jurídica de direito público, e pelo prazo de 10 (dez) anos,
às pessoas jurídicas de direito privado, cujo fim principal consista em ativi- Art. 106. Na hipótese de privatização de empresa pública ou sociedade de
dade de assistência social, em amparo à educação ou outras de relevante economia mista, mediante expressa autorização legislativa, seus emprega-
interesse social, observados os demais requisitos estabelecidos em Lei dos terão preferência, em igualdade de condições, para assumi-las, sob
Municipal. forma de cooperativas.

§ 3º A concessão de uso será feita mediante remuneração cujo objeto é a Art. 107. É vedada a concessão de uso de bem imóvel do Município à
exploração de bens de dominialidade pública, por terceiros, segundo a sua empresa privada, com fins lucrativos, quando o bem possuir destinação
destinação específica, na forma da Lei Municipal e mediante concorrência social específica.
pública.

§ 4º A concessão de direito real de uso mediante remuneração ou imposição SEÇÃO I


de encargos, terá por objeto apenas terrenos, para fins específicos de DAS CERTIDÕES

Legislação municipal 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do
Estado definido na lei complementar prevista no art. 146 da Constituição
Art. 108. A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer a qualquer Federal.
interessado, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, certidões dos atos,
contratos e decisões, desde que requeridos para fim de direito determinado, Parágrafo Único - O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos
sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou termos da lei, de forma a assegurar o cumprimento da função social.
retardar a sua expedição.
Art. 115. As taxas só poderão ser instituídas por lei, em razão do exercício
do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços públi-
CAPÍTULO IV cos, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à disposi-
DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS ção pelo Município.

Art. 116. A contribuição de melhoria poderá ser cobrada dos proprietários de


Art. 109. Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá imóveis valorizados por obras públicas municipais, tendo como limite total à
ter início, sem prévia elaboração do plano respectivo, no qual, obrigatoria- despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
mente, conste: resultar para cada imóvel beneficiado.

I - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para Art. 117. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
o interesse comum; graduados, segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à
administração municipal, especialmente para conferir efetividade a esses
II - os pormenores para a sua execução; objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
III - os recursos para atendimento das respectivas despesas;
Parágrafo Único - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
IV - os prazos para o seu início e conclusão, acompanhados da respectiva impostos.
justificação.
Art. 118. O Município poderá instituir contribuição cobrada de seus servido-
§ 1º Excluem-se desta exigência as obras e serviços destinados a atender res para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assis-
situações de emergência ou que se destinem a evitar dano iminente. tência social, estando isentos do pagamento das contribuições os segurados
na inatividade, desde que seu ingresso tenha se dado quando ainda em
§ 2º As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas efetivo exercício de suas funções.
autarquias e demais entidades da administração indireta, ou por terceiros.

Art. 110. Lei disporá sobre o regime das concessões e permissões de SEÇÃO II
serviços públicos, o caráter essencial desses serviços, quando assim deter- DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
minar a Legislação Federal, o caráter especial de seu contrato, de sua
prorrogação e as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da Art. 119. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
concessão ou permissão. vetado ao Município:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;


CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E FINANCEIRA II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em
situação equivalente, proibida qualquer distinção, em razão de ocupação
SEÇÃO I profissional ou função por eles exercida, independentemente da denomina-
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS ção jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

III - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natu-


Art. 111. O Sistema Tributário Municipal é regido pelo disposto na Constitui- reza em razão de sua procedência ou destino;
ção da República Federativa do Brasil, na Constituição Estadual, na Legisla-
ção Complementar pertinente, bem como, no limite da respectiva competên- IV - cobrar tributos:
cia, na Legislação Tributária Municipal.
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei
Art. 112. São Tributos municipais os impostos, as taxas e as contribuições que os houver instituído ou aumentado;
de melhoria, decorrentes de obras públicas, instituídas por lei municipal, b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
atendidos nos princípios estabelecidos na Constituição Federal e nas nor- instituiu ou aumentou;
mas gerais de Direito Tributário.
V - utilizar tributos com efeito de confisco;
Art. 113. A concessão de isenção e de anistia de tributos municipais depen-
derá de autorização legislativa, aprovada por maioria de dois terços dos VI - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de
membros da Câmara Municipal. tributos;

Art. 114. São de competência do Município instituir e arrecadar os impostos VII - instituir impostos sobre:
sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado e de outros Municí-
I - propriedade predial e territorial urbana; pios;
b) templos de qualquer culto;
II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imó- c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas funda-
veis, por natureza ou cessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto ções, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educa-
de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição; ção e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da Lei
Federal;
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel; d) livros, jornais periódicos e o papel destinado a sua impressão;
e) associações comunitárias e entidades filantrópicas, já consideradas de

Legislação municipal 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
utilidade pública.
VII - os percentuais das quotas do imposto sobre industrialização, entregues
§ 1º A vedação do inciso VII, alínea a, é extensiva às autarquias e às funda- ao Estado.
ções instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimô-
nio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às Art. 124. A fixação de tarifas públicas, devidas pela utilização de bens,
delas decorrentes. serviços e atividades municipais, será feita pelo Prefeito ou Órgãos criados
em Lei.
§ 2º As vedações do inciso VII, alínea a, e do parágrafo anterior não se
aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração Parágrafo Único - As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus
das atividades econômicas, regidas pelas normas aplicáveis e empreendi- custos, sendo reajustáveis, quando se tornarem deficientes ou excedentes,
mentos privados ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços conforme avaliação dos preços dos insumos.
ou tarifas pelo usuário, nem exoneram o promitente comprador da obrigação
de pagar imposto relativo ao bem imóvel. Art. 125. A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Cons-
tituição Federal e às normas de direito financeiro.
§ 3º As vedações expressas no inciso VII, alíneas b e c, compreendem
somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades Art. 126. Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista
essenciais das entidades nelas mencionadas. recurso disponível e crédito votado pela Câmara.

§ 4º A Lei Municipal determinará medidas para que os consumidores sejam Art. 127. Nenhuma lei que crie aumento de despesa será executada, sem
esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e servi- que dela conste a indicação do recurso para atendimento do correspondente
ços. encargo.

Art. 120. O Município dispensará às microempresas definidas em Lei trata- Art. 128. As disponibilidades de caixa do Município, de suas autarquias,
mento jurídico diferenciado, visando incentivá-las, pela simplificação de suas fundações e das empresas por ele controladas serão preferencialmente
obrigações administrativas. depositadas no Banco do Estado do Rio de Janeiro, no Banco do Brasil ou
em qualquer instituição financeira oficial, salvo os casos previstos em lei.
Art. 121. As isenções, anistias e remissões de tributos municipais somente
poderão ser concedidas mediante lei específica, votada em dois turnos, com
interstício mínimo de 10 (dez) dias, e aprovada por dois terços dos membros SEÇÃO IV
da Câmara Municipal. DO ORÇAMENTO

§ 1º Ficam submetidos à regra do caput os projetos de lei que reduzam


alíquotas, base de cálculo, criem incentivos fiscais, subsídios ou, de qual- Art. 129. A elaboração e a execução da lei orçamentária anual e plurianual
quer forma, diminuam a receita tributária do Município. de investimentos obedecerá às regras estabelecidas na Constituição Fede-
ral, na Constituição do Estado, nas normas de Direito Financeiro e nos
§ 2º Em todos os casos previstos neste artigo, os projetos de lei serão preceitos desta Lei Orgânica.
acompanhados de demonstrativo de sua repercussão sobre a receita muni-
cipal. Parágrafo Único - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encer-
ramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

SEÇÃO III Art. 130. Leis de iniciativa do Prefeito estabelecerão:


DA RECEITA E DA DESPESA
I - programa de metas

Art. 122. A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos I - o plano plurianual;
municipais, a participação em tributos da União e do Estado, dos recursos
resultantes do Fundo de Participação dos Municípios e da utilização de seus II - as diretrizes orçamentárias;
bens, serviços, atividades e de outros interesses.
III - os orçamentos anuais.
Art. 123. Pertencem ao Município:
§ 1º O Prefeito, eleito ou reeleito, apresentará o Programa de Metas de sua
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre rendas e proventos gestão, até noventa dias após sua posse, que conterá as prioridades, as
de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qual- ações estratégicas, os indicadores e metas quantitativas para cada um dos
quer título, pela administração direta, autárquica e fundações municipais; setores da Administração Pública Municipal, observando no mínimo as
diretrizes, as ações estratégicas e as demais normas do Plano Diretor da
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União cidade de Niterói.
sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no
Município; a) o Programa de Metas será amplamente divulgado, por meio eletrônico,
pela mídia impressa, radiofônica e televisiva e publicado no Diário Oficial do
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado Município no dia imediatamente seguinte ao término do prazo a que se
sobre a propriedade de veículos automotores, licenciados no território muni- refere o caput deste parágrafo;
cipal; b) o Poder Executivo promoverá, dentro de trinta dias após o término do
prazo a que se refere este artigo, o debate público sobre o Programa de
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto sobre Metas mediante audiências públicas gerais;
operações relativas á circulação de mercadorias e sobre prestação de c) o Poder Executivo divulgará semestralmente os indicadores de desempe-
serviços de transportes interestadual e intermunicipal; nho relativos à execução dos diversos itens do Programa de Metas;
d) o Prefeito poderá proceder às alterações programáticas no Programa de
V - setenta por cento do imposto sobre o ouro originário de seu território, Metas, sempre em conformidade com a Lei do Plano Diretor, justificando-as
quando definido em Lei, como ativo financeiro ou ativo cambial; por escrito e divulgando-as amplamente pelos meios de comunicação pre-
vistos neste item.
VI - os percentuais de tributos federais componentes do Fundo de Participa-
ção dos Municípios; § 2º Os indicadores de desempenho serão elaborados e fixados conforme

Legislação municipal 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
os seguintes critérios: anualmente, pelo Prefeito Municipal;

I - promoção do desenvolvimento ambientalmente, socialmente e economi- II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas de investimentos
camente sustentável; e exercer o acompanhamento e fiscalização orçamentária, sem prejuízo de
atuação das demais Comissões da Câmara.
II - inclusão social, com redução das desigualdades Regionais e sociais;
§ 1º As Emendas serão apresentadas na Comissão que sobre elas emitirá
III - atendimento das funções sociais da cidade com Melhoria da qualidade parecer, e apreciadas na forma regimental;
de vida urbana;
§ 2º As Emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
IV - promoção do cumprimento da função social da propriedade; modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

V - promoção e defesa dos direitos fundamentais individuais e sociais de I - sejam compatíveis com o plano plurianual;
toda pessoa humana;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
VI - promoção de meio ambiente ecologicamente equilibrado e combate a anulação de despesas, excluídas as que incidam sobre:
poluição sob todas as formas;
a) dotação para pessoal e seus encargos;
VII - universalização do atendimento dos serviços públicos Municipais, com b) serviço de dívida.
observância das condições de regularidade; continuidade; eficiência rapidez
e cortesia no atendimento ao cidadão; segurança; atualidade com as melho- III - ou sejam relacionadas:
res técnicas, métodos, processos e equipamentos; e modicidade das tarifas
e preços públicos que considerem diferentemente as condições econômicas a) com a correção de erro ou omissões;
da população. b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

e) Ao final de cada ano, o Prefeito divulgará o relatório da execução do § 3º Os recursos que em decorrência de veto, Emenda ou rejeição do proje-
Programa de Metas, o qual será disponibilizado integralmente pelos meios to de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, pode-
de comunicação previstos neste artigo. rão ser utilizados, conforme o caso, como créditos especiais ou suplementa-
f) As diretrizes do Programa de Metas, serão incorporadas ao Projeto de Lei res, com prévia e específica autorização legislativa.
de Diretrizes Orçamentárias dentro do prazo legal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 32/08 de 12.09.08) § 4º Os Projetos de Lei do Plano Plurianual, das Diretrizes Orçamentárias e
do Orçamento Anual serão enviados pelo Prefeito à Câmara Municipal, até a
§ 3º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá diretrizes, objetivos e entrada em vigor da lei mencionada no caput, serão obedecidas às seguin-
metas da administração pública municipal para as despesas de capital, as tes regras:
destas decorrentes e as relacionadas com programas de duração continua-
da. I - o projeto de plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercí-
cio financeiro do mandato executivo subsequente, será encaminhado até 31
§ 4º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades de agosto do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
da administração pública municipal, incluindo as despesas de capital para o encerramento do período legislativo;
exercício seguinte; orientará a elaboração da Lei Orçamentária, disporá
sobre alterações na Legislação Tributária e estabelecerá a política de apli- II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até 15 de
cação das agências financeiras oficiais de fomento. abril e devolvido para sanção até o encerramento do 1º semestre do período
legislativo; e
§ 5º O Plano de programas municipais e os regionais serão apreciados pela
Câmara Municipal. III - o projeto de lei orçamentária será encaminhado até 30 de setembro do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do período
§ 6º A Lei Orçamentária Anual compreenderá: legislativo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 35/09 de
29/12/2009).
I - o orçamento fiscal referente aos poderes do Município, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive Fundações § 5º Aplicam-se aos projetos mencionados, neste artigo, as demais normas
instituídas ou mantidas pelo Poder Público; relativas ao processo legislativo.

II - o orçamento de investimento das empresas, dos quais o Município direta Art. 132. O Prefeito enviará à Câmara, no prazo estabelecido em lei, a
ou indiretamente detenha a maioria do capital social, com direito a voto; proposta de orçamento anual do Município para o exercício seguinte.

III - o orçamento de seguridade social, abrangendo todas as entidades e § 1º O não cumprimento do disposto neste artigo implicará na elaboração
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta. pela Câmara, da competente Lei de Meios, tomando por base a Lei Orça-
mentária em vigor.
§ 7º O Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo
dos efeitos sobre as receitas e despesas decorrentes de isenções, anistias, § 2º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara para propor a modifica-
remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária ou credi- ção do projeto da Lei Orçamentária, enquanto não iniciada a votação da
tícia; parte que deseja alterar.

§ 8º Os orçamentos de que tratam os incisos I e II do § 4º deste artigo, Art. 133. Rejeitado pela Câmara o projeto de lei orçamentária anual, preva-
compatibilizados com o plurianual, terão entre suas funções reduzir desi- lecerá, para o ano seguinte, o orçamento do exercício em curso, aplicando-
gualdades locais, segundo o critério populacional. se a atualização dos valores.

Art. 131. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual e ao orçamento Art. 134. Aplica-se ao projeto de lei orçamentária, no que não contrariar o
anual e os créditos adicionais serão apreciados pela Comissão Permanente disposto nesta Seção, as regras do processo legislativo.
de Orçamento e Finanças da Câmara Municipal, à qual caberá:
Art. 135. O Município para execução de projetos, programas, obras, servi-
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e as contas apresentadas, ços ou despesas, cuja execução se prolongue além de um exercício finan-

Legislação municipal 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ceiro, deverá elaborar orçamentos plurianuais de investimentos. cimentos, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bem
como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
Parágrafo Único - As dotações dos orçamentos plurianuais deverão ser administração direta ou indireta, só poderão ser feitas, se houver prévia
incluídas no orçamento de cada exercício, para utilização do respectivo dotação orçamentária suficiente, para atender às projeções de despesa de
crédito. pessoal e aos acréscimos dela decorrentes, após a aprovação da Câmara
Municipal.
Art. 136. O orçamento será uno, incorporando-se, obrigatoriamente, na
receita, todos os tributos, rendas e suprimentos de fundos e incluindo-se,
discriminadamente, na despesa, as dotações necessárias ao custeio de CAPÍTULO VI
todos os serviços municipais. DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA.

Art. 137. O orçamento não conterá dispositivo estranho à previsão da recei-


ta, nem à fixação da despesa anteriormente autorizada. Não se incluem Art. 140. A fiscalização contábil, financeira e orçamentária do Município será
nesta proibição: exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo e pelos sistemas
de controle interno do Executivo, instituídos em lei.
I - autorização para abertura de créditos suplementares;
§ 1º O controle externo da Câmara será exercido com o auxílio do Órgão
II - contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de estadual a que for atribuída essa incumbência, e compreenderá a aprecia-
receita, nos termos da lei. ção das contas do Prefeito e da Mesa da Câmara, o acompanhamento das
atividades financeiras e orçamentárias do Município, o desempenho das
Art. 138. São vetados: funções de auditoria financeira e orçamentária, bem como o julgamento das
contas dos administradores e demais responsáveis, por bens e valores
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; públicos.

II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que § 2º As contas da Prefeitura e da Câmara Municipal, prestadas anualmente,
excedam os créditos orçamentários ou adicionais; serão julgadas pela Câmara, dentro de 60 (sessenta) dias, após o recebi-
mento do parecer prévio do Tribunal de Contas ou órgão estadual a que for
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das atribuída essa incumbência, considerando-se julgadas, nos termos das
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suple- conclusões desse Parecer, se não houver deliberação dentro desse prazo.
mentares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela Câmara por
maioria absoluta; § 3º Somente por decisão de dois terços (2/3) dos membros da Câmara
Municipal, deixará de prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas
IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa, ressal- ou órgão estadual incumbido dessa missão.
vadas a repartição do produto de arrecadação dos impostos a que se refe-
rem os artigos. 158 e 159 da Constituição Federal, a destinação de recursos § 4º As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e
para manutenção e desenvolvimento do ensino, e a prestação de garantias Estado serão prestadas, na forma da legislação federal e estadual em vigor,
às operações de crédito por antecipação de receita; podendo o Município suplementar essas contas, sem prejuízo de sua inclu-
são na prestação anual.
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; § 5º Deverá prestar contas qualquer pessoa física ou entidade pública que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma públicos, ou pelos quais o Município responda, ou que, em nome deste,
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia assuma obrigações de natureza pecuniária.
autorização legislativa;
Art. 141. A Comissão Permanente a que se refere o art. 131 desta Lei
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; Orgânica, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a
forma de investimentos, não programados ou subsídios não aprovados,
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de
orçamentos fiscais e da seguridade social para suprir necessidades ou cobrir 15 (quinze) dias, preste os esclarecimentos necessários.
déficit de empresas, fundações e fundos;
§ 1º Não prestados os esclarecimentos ou considerados estes insuficientes,
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização a Comissão solicitará ao Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo
legislativa. sobre a matéria, no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 1º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financei- § 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o
ro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública,
que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. proporá à Câmara de Vereadores sua sustação.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício Art. 142. O Executivo manterá sistema de controle interno, a fim de:
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, I - criar condições indispensáveis, para assegurar eficácia ao controle exter-
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do no e regularidade às realizações da receita e despesa;
exercício financeiro subseqüente.
II - acompanhar as execuções de programas de trabalho e do orçamento;
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender
a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de calamidade III - avaliar os resultados alcançados pelos administradores;
pública.
IV - verificar a execução dos contratos;
Art. 139. A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá
exceder os limites estabelecidos em lei. V - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execu-
ção dos programas de governo e dos orçamentos do Município;
Parágrafo Único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de ven-

Legislação municipal 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


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VI - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia da Informações;
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração municipal, bem como da aplicação de recursos públicos por V - o Poder Executivo programará recursos orçamentários anuais para
entidades de direito privado; realização e manutenção do Sistema de Informações.

VII - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem Parágrafo Único - Fica assegurado à sociedade civil o acesso ao Sistema de
como dos direitos e deveres do Município; Informações do Município.

VIII - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Art. 148. Fica considerado patrimônio do Município o Sistema de Informa-
ções Municipais, a ser criado, e todo o acervo de informações já existentes.
Parágrafo Único - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem co-
nhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, darão ciência ao Art. 149. O Município buscará, por todos os meios ao seu alcance, a coope-
Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidária. ração das associações representativas do planejamento municipal.

Art. 143. A Câmara Municipal fixará, na Lei Orçamentária anual, o percentu- Parágrafo Único - Para fins deste artigo, entende-se como associação
al obrigatório que a rede bancária, detentora da conta- movimento da Prefei- representativa qualquer grupo organizado, de fins lícitos, que tenha legitimi-
tura, depositará a seu favor, no ato do recebimento de todos os recursos dade para representar seus filiados, independentemente de seus objetivos
destinados aos cofres do Município. ou natureza jurídica.

§ 1º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 13 de


26.03.97). CAPÍTULO VIII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 2º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 13 de
26.03.97).
Art. 150. A administração pública direta e indireta, de qualquer dos Poderes
do Município, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
CAPÍTULO VII moralidade e publicidade, observando as seguintes normas:
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
I - os cargos, empregos e funções públicos são acessíveis aos brasileiros
SEÇÃO I que preencham os requisitos estabelecidos em lei;
DISPOSIÇÕES GERAIS
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia, em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as
Art. 144. Obedecidas às legislações Federal e Estadual competentes, o nomeações para cargo em comissão, declarado em lei, de livre nomeação e
planejamento municipal contará com os seguintes instrumentos: exoneração;

I - plano de governo; III - é vedada a fixação de limite máximo de idade para candidatos a concur-
so público no Município;
II - orçamento plurianual de investimento;
IV - será garantida, na organização e nas bancas examinadoras dos concur-
III - orçamento anual; sos públicos, a participação de representantes do Conselho Seccional
regulador do exercício profissional, quando for exigido conhecimento técnico
IV - Lei de Diretrizes Orçamentárias; da profissão;

V - planos diretores. V - é vedada a presença, na banca examinadora, de parentes, até terceiro


grau, consangüíneos ou afins, de candidatos inscritos, admitida a argüição
Art. 145. O processo de planejamento municipal será avaliado e modificado, de suspeição ou de impedimento, nos termos da lei processual civil, sujeita à
de acordo com as transformações ocorridas na dinâmica do Município. decisão hierárquica, no prazo de cinco dias.

Art. 146. O Poder Executivo manterá sistema de informações do Município, VI - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorro-
visando cumprir os objetivos do planejamento municipal. gável, uma vez, por igual período;

Art. 147. O Poder Executivo levantará e registrará, sob a forma de cadastro, VII - durante o prazo improrrogável, previsto no edital de convocação, o
dados correspondentes à situação econômica, social, físico- territorial, aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convo-
institucional e administrativo--financeira do Município, os quais, mantidos em cado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou em-
arquivo, constituirão o Sistema de Informações do Município, respeitadas as prego, na carreira;
seguintes diretrizes:
VIII - os cargos em comissão e as funções gratificadas de confiança serão
I - o Planejamento Municipal será elaborado com recursos técnicos capazes exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira
de garantir a fidelidade e segurança dos dados, a agilidade necessária no técnica ou profissional, nos casos e condições previstos em lei;
manuseio e recuperação das informações;
IX - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
II - os cadastros serão permanentemente atualizados, de forma a acompa-
nhar o processo de desenvolvimento do Município; X - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
complementar federal;
III - a Lei disporá sobre as condições em que haverá para os cidadãos e
contribuintes obrigatoriedade de prestação de dados; XI - é obrigatória a participação do Sindicato dos Funcionários Municipais
nas negociações coletivas de trabalho;
IV - o Poder Executivo poderá realizar convênios e tomar as demais medi-
das necessárias a compatibilização e integração dos dados e informações XII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado, a partir do registro da
de posse dos concessionários de serviços públicos estaduais e federais, e candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda
de órgãos de outras entidades estatais, visando complementar o Sistema de que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta

Legislação municipal 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
grave, nos termos da lei; guindo-se no concurso.

XIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as Art. 151. O Município assegurará a livre inscrição de pessoa portadora de
pessoas portadoras de deficiência, e definirá os critérios para sua admissão; deficiência em concurso público mediante:

XIV - a revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á I - a adaptação de provas;
sempre na mesma data;
II - a comprovação de compatibilidade da deficiência com o cargo, emprego
XV - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a ou função, por parte do candidato.
menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limite
máximo, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefei- Art. 152. O Município não adotará critérios discriminatórios para a adminis-
to; tração, a promoção, a remuneração e a dispensa no serviço público munici-
pal, por motivo de deficiência.
XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão
computados nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteri- Art. 153. Ao servidor público, com exercício de mandato eletivo, aplicam-se
ores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. as seguintes disposições:

XVII - os vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis e a remune- I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu
ração observará o que dispõe os artigos 37, XI, XII; 150, II; 153, III; e 153, § cargo, emprego ou função;
2º, I, da Constituição Federal;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou
XVIII - é vedada acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quan- função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
do houver compatibilidade de horários:
III - investido do mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,
a) a de dois cargos de professor; perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; remuneração do cargo eletivo, e não havendo compatibilidade, será aplicada
c) a de dois privativos de médicos; a norma do inciso anterior;

XIX - a proibição de acumular não se aplica a proventos de aposentadoria, IV - em qualquer caso que exija afastamento, para o exercício de mandato
mas se estende a empregos e funções e abrange autarquias, empresas eletivo, o tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto
públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder para promoção por merecimento;
Público;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os
XX - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de valores serão determinados, como se no exercício estivesse.
suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais
setores administrativos, na forma da lei; Art. 154. Os planos de cargos e carreiras do serviço público municipal serão
elaborados de forma a assegurar aos servidores municipais remuneração
XXI - somente por lei específica poderá ser criadas empresa pública, socie- compatível com o mercado de trabalho para a função respectiva, oportuni-
dade de economia mista, autarquia ou fundação pública; dade de progresso funcional e acesso a cargos de escalão superior.

XXII - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsi- § 1º O Município proporcionará aos servidores oportunidade de crescimento
diárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a partici- profissional, através de programas de formação de mão-de- obra, aperfeiço-
pação de qualquer delas em empresa privada; amento e reciclagem.

XXIII - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, § 2º Os programas mencionados no parágrafo anterior terão caráter perma-
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação nente.
pública, que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condi- § 3º Para dar cumprimento ao disposto nos parágrafos anteriores, o Municí-
ções efetivas da proposta, nos termos da lei, exigindo-se a qualificação pio poderá manter convênio com instituições especializadas.
técnico-econômica indispensável à garantia do cumprimento das obrigações.
Art. 155. O Município assegurará aos seus servidores e dependentes, na
§ 1º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade forma da Lei Municipal, serviços de atendimentos médicos, odontológicos e
do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. de assistência social.

§ 2º As reclamações relativas à prestação de serviços públicos, serão disci- Parágrafo Único - Os serviços referidos nestes artigos são extensivos aos
plinadas em lei. aposentados e aos pensionistas do Município.

§ 3º Os atos de improbidade administrativa importarão perda da função Art. 156. Os concursos públicos, para preenchimento de cargos, empregos
pública, disponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e ou funções na Administração Municipal, não poderão ser realizados antes de
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. decorridos 30 (trinta) dias do encerramento das inscrições, as quais deverão
estar abertas pelo menos durante 15(quinze) dias.
§ 4º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalva- Art. 157. As empresas públicas, as sociedades de economia mista e as
das as respectivas ações de ressarcimento. fundações instituídas pelo Poder Público Municipal garantirão a participação
em seus conselhos, com poder decisório e na proporção de um terço de sua
§ 5º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestado- composição, de representantes de seus servidores e de usuários ou contri-
ras de serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa buintes, de forma paritária.
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável, nos casos de dolo ou culpa. Art. 158. Os representantes dos servidores municipais serão eleitos por
estes, mediante voto direto e secreto, atendidas as exigências legais para o
§ 6º A participação de que trata o inciso IV será dispensada se, em dez dias, preenchimento dos respectivos cargos.
o Conselho Seccional não se fizer representar por titular e suplente, prosse-

Legislação municipal 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 161. O servidor será aposentado:
CAPÍTULO IX
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais, quando de cor-
rente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, conta-
giosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;
Art. 159. Os servidores públicos municipais, dos Poderes Executivo e Legis-
lativo, neles incluídos os das autarquias e fundações públicas, obedecerão a II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcio-
regime único e serão agrupados em Plano de Carreiras, com a observância nais ao tempo de serviço,
dos seguintes preceitos:
III - voluntariamente:
I - garantias constitucionais básicas:
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com
a) salário-mínimo; proventos integrais;
b) irredutibilidade do salário; b) aos trinta anos de serviço efetivo em funções de magistério e nas funções
c) salário mínimo para os que percebam remuneração variável; consideradas penosas, insalubres ou perigosas, se homem, e aos vinte e
d) décimo terceiro salário, com base na remuneração integral ou no valor da cinco, se mulher, com proventos integrais;
aposentadoria; c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com
e) remuneração do trabalho noturno superior ao diurno; proventos proporcionais ao respectivo tempo;
f) salário família para seus dependentes; d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem e aos sessenta se mu-
g) duração da jornada de trabalho não superior a 08 (oito) horas diárias e lher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
quarenta semanais, facultada a compensação de horários;
h) repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; § 1º A lei poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, a e c, no
i) remuneração do serviço extraordinário, superior, no mínimo, em cinquenta caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou peri-
por cento ao normal; gosas.
j) gozo de férias anuais remuneradas, com, pelo menos, um terço a mais
que o salário normal; § 2º A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporá-
k) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e da remuneração, com a rios.
duração de 180 dias; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31/06
de 14.12.06) § 3º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será compu-
l) licença-paternidade, nos termos fixados em lei; tado integralmente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
m) proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especí-
ficos, nos termos da lei; § 4º Os proventos da aposentadoria serão revistos na mesma proporção e
n) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em
higiene e segurança; atividade, também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vanta-
o) adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou gens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive
perigosas, na forma da lei; quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função
p) proibição de diferença de salário, no exercício de funções e de critério de em que se deu a aposentadoria, na forma da lei.
admissão, por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
§ 5º O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos venci-
II - valorização da escolaridade como processo de ascensão funcional, mentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei,
reagrupando os Grupos Ocupacionais dentro deste critério e articulando-os observado o disposto no parágrafo anterior.
de forma a estruturá-los por níveis, de maneira a colocar na classe de pa-
drão mais elevado de uma série de classes de reagrupamento de menor Art. 162. Integrarão os proventos da aposentadoria as vantagens, decorren-
nível, a exigência de escolaridade que tenha seqüência na classe de padrão tes do exercício de cargo de provimento em comissão e função gratificada
menos elevado da série de classes do nível subseqüente de escolaridade; ou parcelas financeiras percebidas pelo servidor público, em caráter perma-
nente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 021/2001)
III - gratificação adicional, por tempo de serviço correspondente a 5% do
vencimento do cargo, por triênio efetivo prestado, o primeiro contemplável § 1º As vantagens ou parcelas financeiras percebidas em caráter permanen-
com 10%. (Declarado inconstitucional pelo Órgão Especial do Egrégio te incorporar-se-ão aos proventos da inatividade, desde que percebidos pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em 30 de janeiro de 2012) período de 12 (doze) meses. . (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 021/2001)
IV - preferência no aproveitamento do percentual de vagas reservadas para
pessoas portadoras de deficiência, para readaptação de servidores que se § 2º A incorporação das vantagens decorrentes de Cargo em Comissão ou à
tornem inaptos, por essa razão, para as tarefas para as quais foram admiti- Função Gratificada dar-se-á sempre que o servidor as tiver exercido por no
dos; mínimo 12(doze) meses, quando da passagem para a inatividade e será
calculada na proporção de 1/35, (um trinta e cinco avos) por ano para os do
V - instituição, por lei, de estímulos sob a forma de adicional sobre o venci- sexo masculino e 1/30 (um trinta avos) por ano para os do sexo femini-
mento, até o total de 40% como vantagem pessoal para os servidores, no. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 021/2001)
quaisquer que sejam seus cargos, como premiação pela melhoria de seu
padrão de escolaridade, atendida a regulamentação por parte do Poder § 3º A incorporação das vantagens decorrentes do exercício de cargos de
Executivo. provimento em comissão e função gratificada são inacumuláveis com quais-
quer outras da mesma natureza. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Parágrafo Único - A lei assegurará aos servidores isonomia de vencimentos Orgânica nº 021/2001)
para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, na
administração direta ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislati- Art. 163. Para os efeitos de aposentadoria, disponibilidade e acréscimo,
vo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza será computado integralmente o tempo de serviço público federal, estadual,
ou ao local de trabalho. municipal e autárquico.

Art. 160. O servidor que vier a falecer, homem ou mulher, deixará pensão Parágrafo Único - Para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade, até o
para o cônjuge, filha solteira, filhos menores de 21 (vinte e um) anos e máximo de 15 (quinze) anos, será computado o tempo de exercício de
outros dependentes, na forma da lei. advocacia, apurado conforme critérios estabelecidos em decreto executivo,
desde que não desempenhado cumulativamente com qualquer outra função

Legislação municipal 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pública. Art. 176. É vedada a lotação de servidores em órgãos da administração
direta, indireta, fundacional e empresas mantidas pelo Poder Público Muni-
Art. 164. Para os efeitos de incorporação de que tratam os parágrafos 2º e cipal acima do quantitativo estabelecido pelo Executivo, através de regula-
3º do artigo anterior, será considerado o tempo de serviço das vantagens mentação própria.
decorrentes do exercício de cargo em comissão, função gratificada e dire-
ção, será considerado o tempo de serviço exclusivamente prestado ao Art. 177. A cessão de funcionário e servidor público entre órgãos e entida-
Executivo e Legislativo Municipal, em sua administração direta e indireta, des da administração pública direta, indireta e fundacional, respeitado o
inclusive de autarquias. disposto no artigo anterior, somente se dará se o servidor tiver completado
02 (dois) anos de efetivo exercício no órgão de origem, ressalvado o exercí-
Parágrafo Único - O tempo mínimo exigido, neste artigo, será de 06 (seis) cio de cargo em comissão.
anos consecutivos ou 08 (oito) alternados.
Parágrafo Único - É vedada a cessão de servidores das áreas de saúde e
Art. 165. Para efeito desta Lei considera-se remuneração a totalidade dos educação, excetuados os casos de cessão para provimento de cargo em
ganhos auferidos pelo servidor público municipal, pagos pelos cofres do comissão, respeitado o interstício de que trata este artigo.
Município.
Art. 178. O servidor municipal transferido compulsoriamente ou mediante
opção, da administração direta para a indireta, com a modificação do seu
Art. 167. REVOGADO. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 021/01) regime jurídico, não poderá perder a garantia de estabilidade, desde que já a
tenha adquirido.
Art. 168. O servidor público municipal poderá gozar de licença especial e
férias, na forma da lei, ou de ambas dispor, sob forma de direito de conta- Art. 179. Os vencimentos dos profissionais de nível superior obedecerão, no
gem em dobro, para efeito de aposentadoria, ou tê-las transformado em mínimo, aos valores estabelecidos na Legislação Federal, para as diversas
pecúnia indenizatória, segundo sua opção. categorias.

Art. 169. REVOGADO. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 021/01) Art. 180. Ficam os Poderes Executivo e Legislativo autorizados a conferir
bonificação de 01 (um) salário mínimo, por ano de serviço, ao servidor que,
Art. 170. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores voluntariamente, pedir exoneração do serviço público municipal, que esteja
nomeados, em virtude de concurso público. percebendo atualmente, observado o seguinte:

§ 1º O servidor público estável só perderá por força de sentença judicial I - a bonificação só poderá ser conferida aos servidores estáveis;
transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa. II - será graduada, em razão do tempo de serviço efetivo ao servidor;

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele III - subsidiariamente à disciplina da matéria, serão utilizados, no que coube-
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, rem, os preceitos do Decreto-Lei Federal nº 2465, de 31 de agosto de 1988.
sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponi-
bilidade. Art. 181. Fica assegurado aos servidores municipais o benefício do Auxílio
Transporte.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável
ficará em disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em Art. 182. Fica permitido o afastamento do Presidente, Secretário ou Tesou-
outro cargo. reiro de entidade sindical que seja funcionário público municipal, sem prejuí-
zo de seus vencimentos, direitos e vantagens.
Art. 171. É assegurada a participação dos servidores e empregados públi-
cos nos colegiados municipais em que seus interesses profissionais ou
previdenciários seja objeto de discussão e deliberação. TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
Art. 172. É assegurada, na forma e nos prazos da lei, a participação dos
representantes do funcionalismo público municipal e dos aposentados na CAPÍTULO I
gestão administrativa do sistema previdenciário municipal - IBASM. DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 173. Será assegurada na forma da Lei aos pensionistas a manutenção


de seus benefícios em valores reais equivalentes aos da época da conces- Art. 183. O Município, dentro de sua competência, organizará a ordem
são da aposentadoria. econômica e social, conciliando a liberdade de iniciativa com os superiores
interesses da coletividade.
Art. 174. É garantida a relotação aos membros do magistério público, no
caso de mudança de residência, observados os critérios de distância estabe- Art. 184. A intervenção do Município, no domínio econômico, terá por objeti-
lecidos em lei. vo estimular e orientar a produção, defender os interesses do povo e promo-
ver a justiça e solidariedade social.
Art. 175. É vetado o desvio de função, assim entendido o exercício de cargo
ou emprego estranho àquele ocupado pelo servidor. Art. 185. O trabalho é um dever social, garantido a todos o direito ao empre-
go e à justa remuneração, que proporcione existência digna, na família e na
§ 1º Constitui falta grave do servidor responsável por órgão de qualquer sociedade.
hierarquia a permissão do desvio de função de servidor sob sua responsabi-
lidade, sempre que apurado dolo ou má fé. Art. 186. O Município dispensará à microempresa e à empresa de pequeno
porte, assim definidas em lei federal, tratamento jurídico diferenciado, visan-
§ 2º Anualmente, o Poder Executivo procederá à avaliação das necessida- do incentivá-las, pela simplificação de suas obrigações administrativas,
des de pessoal dos órgãos da Prefeitura, a fim de, na forma estabelecida na tributárias, previdenciárias e creditícias, pela eliminação ou redução destas,
Constituição da República, na Constituição do Estado do Rio de Janeiro e por meio de lei.
nesta Lei Orgânica, promover a criação e o provimento de cargos e empre-
gos que atendam à demanda decorrente de vacância ou da necessidade de
ampliação ou melhoria dos serviços públicos municipais. CAPÍTULO II
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Legislação municipal 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
assistência social no Município, através de Lei Municipal.

Art. 187. O Município, na área de sua competência, criará um sistema Art. 192. O Município poderá conceder isenção de pagamento de impostos
supletivo de atendimento, controle, orientação e ajuda à população de baixa sobre a propriedade predial, a aposentados, pensionistas e pessoas porta-
renda, com vistas à melhoria e ao equilíbrio social da comunidade. doras de deficiência que residam em imóveis de valor estimado em até 300
UFINIT`s e que, comprovadamente, percebam até dois salários mínimos
Art. 188. O Município exercerá uma ação supletiva e complementar no mensais e possuam apenas um imóvel.
atendimento aos programas de atenção ao menor, ao adolescente, à família,
aos aposentados, aos idosos, aos deficientes, e aos necessitados, em suas Parágrafo Único - Fica obrigada a comprovação, junto ao órgão competente,
diferentes faixas etárias. de que o solicitante do benefício seja proprietário desse imóvel.

Art. 193. O Poder Público garantirá a criação de um programa especial para


SEÇÃO I o idoso, com as seguintes diretrizes:
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
I - atenção aos programas que propiciem aos idosos o estímulo a uma
participação social;
Art. 189. A Assistência Social, enquanto direito de cidadania, é a política
social que provê a quem necessitar, independentemente de contribuição II - implantação e manutenção, com recursos próprios do Município, de
específica, benefícios e serviços para acesso à renda mínima e atendimento casas de acolhimento e reabilitação para idosos, sem amparo da família,
das necessidades humanas básicas, historicamente determinadas. com atendimento especializado;

Art. 190. O Município, na área de sua competência, organizará serviços de III - incentivo à criação de centros de oportunidades, como clubes de idosos
assistência social, visando a garantir o equilíbrio social da comunidade, em e outros, para o lazer, recreação, atividades sócio-culturais, excursões,
perfeita articulação com os organismos comunitários existentes, mediante: passeios e outras iniciativas.

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhi- Art. 194. O Município assegurará à criança e ao adolescente, com absoluta
ce; prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à alimentação, à educação, à
dignidade, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à liberdade, à convivên-
II - o amparo às crianças e adolescentes em situação de risco; cia familiar comunitária, garantindo, ainda:

III - incentivo à participação social do idoso; I - primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

IV - a promoção da integração ao mercado de trabalho; II - precedência no atendimento por órgãos públicos de qualquer poder;

V - a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a III - prioridade nos programas de atendimento à criança e ao adolescente, na
promoção de sua integração à vida comunitária; formulação e na execução das políticas sociais básicas;

VI - cooperação da União e do Estado objetivando a garantia de um salário IV - acompanhamento da gestante, a partir do pré-natal, e estabelecimento
mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso, de programas educativos, no período pré-nupcial;
que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou tê-la
provida por sua família, conforme dispõe a Lei; V - verificação de casos de crianças distrofias, ou portadoras de qualquer
anomalia, em hospitais e maternidades, para uma orientação médica ade-
VII - a criação de programa de combate ao uso ilegal de substância entorpe- quada imediata e especializada;
cente e de qualquer tipo de droga, principalmente através da rede de ensino
oficial; VI - indicação, encaminhamento e aplicação de vacinas indicadas nas
épocas apropriadas;
VIII - a criação de campanhas para divulgação e esclarecimentos sobre as
perigosas conseqüências do álcool, do fumo e de outros males sociais; VII - promoção de palestras educativas e orientadoras para a formação de
uma mocidade consciente e preparada para a vida.
§ 1º É beneficiário da assistência social todo cidadão em situação de inca-
pacidade, impedimento permanente ou temporário, por motivos sociais, Parágrafo Único - Nenhum obstáculo de caráter burocrático, de qualquer
pessoais ou de calamidade pública, de prover para si e sua família ou ter por órgão do poder municipal, poderá atuar como impedimento ao pleno exercí-
ela provido o acesso à renda mínima e aos serviços sociais básicos. cio dos direitos definidos nos incisos anteriores.

§ 2º Compete ao Serviço de Assistência Social do Município manter um Art. 195. Caberá ao Município fiscalizar as ações de iniciação ao trabalho
cadastro completo e atualizado das obras sociais e de outros organismos do para que não seja, sob quaisquer pretextos, utilizada a profissionalização
bem estar social, providenciando periódicas visitas, reuniões, abordagens e como exploração do trabalho do menor.
pesquisas, para conhecimento dos recursos existentes, a fim de exercer
ação coordenadora, orientando e promovendo a integração das atividades Art. 196. O Poder Público garantirá a criação de programa especial para
de assistência social no Município. adolescentes que inclua aprendizagem artesanal e profissionalizante nas
escolas, palestras educativas e apresentação de filmes educativos com
§ 3º O Serviço de Assistência Social atuará nas áreas populacionais mais debates.
carentes, através de suas unidades de saúde, escolas e centros administra-
tivos, exercendo levantamento sócio-econômico para o conhecimento das Art. 197. O Município criará e manterá creches e escolas comunitárias para
reais necessidades comunitárias, a fim de que sejam canalizados recursos os filhos dos trabalhadores, preferencialmente nos bairros onde residam,
para o melhor atendimento, de maneira descentralizada. para a guarda e educação das crianças de idade até sete anos, a fim de lhes
proporcionar bom acompanhamento biopsicossocial, mediante os seguintes
§ 4º Os recursos para atender a esses serviços constarão de dotação orça- critérios:
mentária própria, além daquelas provenientes de repasses feitos pela União
e pelo Estado e de outras fontes. a) a instalação das creches e escolas comunitárias dar-se-á prioritariamente
em comunidades com maior necessidade, definidas por anterior levantamen-
Art. 191. Será instituído um organismo deliberativo sobre a política de to sócio-econômico, realizado pelos órgãos municipais competentes, em

Legislação municipal 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sintonia com as associações comunitárias. VI - prover a criação de programa de prevenção de doenças ou condições
b) é imperativo que as creches e escolas comunitárias sejam organizadas que levem à deficiência, e atendimento especializado aos portadores de
oficialmente, sem fins lucrativos. deficiências física, sensorial ou mental, e de integração social do adolescen-
te portador de deficiência, mediante treinamento para o trabalho e convivên-
Art. 198. O Município desenvolverá programas de amparo à criança e cia;
adolescente órfão, abandonado ou vítima de violência familiar ou social, bem
como escolas profissionalizantes para adolescentes, entre 12 (doze) e 18 VII - promover a adaptação de logradouro e edifícios de uso público e priva-
(dezoito) anos. do, além de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso ade-
quado às pessoas portadoras de deficiência, na forma da Lei;
Art. 199. O Poder Público garantirá a gratuidade do sepultamento pelo
serviço funerário do Município às pessoas comprovadamente carentes. VIII - assegurar a formação de recursos humanos especializados, em todos
os níveis, no tratamento, na assistência e na educação dos portadores de
Parágrafo Único - É vedada a transferência do serviço funerário do Municí- deficiência;
pio para a iniciativa privada.
IX - garantir o direito à informação e à comunicação da pessoa portadora de
Art. 200. Em observância às orientações constitucionais, deverá ser criado, deficiência, envolvendo:
por lei, órgão cujo objetivo geral seja contribuir para a política de desenvol-
vimento social, com prioridade para as comunidades periféricas, de baixa a) criação e manutenção da Imprensa Braile e livros Brailes gravados em
renda, e pela integração de recursos e ações sociais existentes no Municí- Biblioteca Pública;
pio, obedecidos aos princípios desta Lei Orgânica e as seguintes diretrizes: b) criação da carreira de intérprete para deficiente auditivo;
c) adaptações necessárias para deficientes motores.
I - centralizar democraticamente as ações de seguridade social, de âmbito
municipal, evitando a dispersão de recursos e a superposição de iniciativas; X - regulamentar e organizar o trabalho das oficinas adaptadas para pesso-
as portadoras de deficiência, enquanto estas não possam integrar-se ao
II - implementar projetos sociais que interfiram no perfil das áreas carentes, mercado de trabalho competitivo;
trabalhando para a configuração de bairros populares, através da ação
participativa; XI - estabelecer obrigatoriedade de utilização de tecnologias e normas de
segurança destinadas à prevenção de doenças e deficiências;
III - aglutinar iniciativas, na área de assistência social, buscando a participa-
ção ativa de instituições, inclusive filantrópicas, propiciando maior racionali- XII - garantir reserva de vagas para automóveis nos estabelecimentos e
zação no planejamento e aplicação de recursos; estacionamentos públicos, na proporção de uma vaga por quarteirão ou
prédio público na zona central da Cidade, aos portadores de deficiência,
IV - dar oportunidade para que os organismos que atuem na área de promo- com a identificação nos automóveis que os conduzam;
ção social passem progressivamente, à melhoria qualitativa de suas ativida-
des, através de administração ágil e sem estratificações, buscando a otimi- XIII - apoiar movimentos destinados a desenvolver as aptidões artísticas das
zação com a geração de melhor produtividade, eficiência e eficácia; pessoas deficientes, com o objetivo de criar fontes de recursos para as
respectivas famílias, inclusive fornecendo recursos materiais e patrocinando
V - promoção e emancipação do assistido, visando sua independência da mostras e exposições;
ação assistencial.
XIV - criar os convênios necessários a garantir aos portadores de deficiência
condições ideais para convívio social, estudo, trabalho, saúde e locomoção.
SEÇÃO II
DOS DIREITOS DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA Art. 202. O Município promoverá censos periódicos de sua população
portadora de deficiência.

Art. 201. É dever do Município assegurar às pessoas portadoras de defici- Art. 203. O Município implantará sistema de aprendizagem e comunicação
ência o pleno exercício da cidadania, através de inserção na vida econômica para o deficiente visual e auditivo, de forma a atender às suas necessidades
e social, assim como o total desenvolvimento de suas potencialidades, educacionais e sociais.
obedecendo aos seguintes princípios:
Art. 204. A Lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para
I - proibir a adoção de critérios diferentes para admissão, a promoção, a as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de admissão.
remuneração e a dispensa de deficientes no serviço público municipal,
garantindo-se o exame médico funcional, na forma da Lei;
CAPÍTULO III
II - assegurar às pessoas portadoras de deficiência o direito à assistência, DA SAÚDE
desde o nascimento, incluindo a estimulação precoce, à educação de primei-
ro grau e profissionalizante, obrigatórias e gratuitas, sem limite de idade,
com preferência de matrícula em estabelecimento próximo à sua residência; Art. 205. A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público,
assegurado mediante políticas sociais, econômicas e ambientais, que visem
III - garantir às pessoas portadoras de deficiência o direito à habilitação, com à prevenção e à eliminação do risco de doenças e de outros agravos e ao
todo o equipamento necessário e à reabilitação profissional de servidores acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e
municipais; recuperação da Saúde.

IV - garantir ao servidor municipal acidentado a readaptação funcional, ao Art. 206. A ação municipal, na gestão da saúde, far-se-á em articulação com
invés da aposentadoria por invalidez, visando sua reintegração em função a União, o Estado e Municípios vizinhos mediante consórcios, constituindo o
compatível com a limitação, assegurando a irredutibilidade de seus venci- Sistema Único de Saúde, de relevância pública, consoante os preceitos da
mentos; Constituição Federal e Estadual, o qual seguirá as seguintes diretrizes:

V - garantir a redução em cinqüenta por cento da carga horária de trabalho I - comando único, no âmbito do Município, exercido pela Secretaria Munici-
ao servidor municipal, responsável legal por portador de deficiência que pal de Saúde;
necessite de cuidados especiais e requeira atenção permanente;
II - integralização e continuidade na prestação das ações de saúde e reabili-

Legislação municipal 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tação;
a) notificação compulsória pelos ambulatórios médicos dos órgãos, empre-
III - organização de distritos sanitários, com alocação de recursos técnicos e sas públicas ou privadas, das doenças profissionais e dos acidentes de
práticas de saúde adequadas à realidade epidemiológica local, de área trabalho;
geográfica definida e de acordo com a resolutividade de serviços à disposi- b) garantia do exame funcional multiprofissional no acesso das pessoas
ção da população; portadoras de deficiência ao mercado de trabalho, em substituição ao sim-
ples exame médico;
IV - as instituições privadas poderão participar de forma complementar, do c) proibição do uso de atestado de esterilização, de teste de gravidez e de
Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de teste positivo anti HIV, para admissão ou permanência no trabalho;
direito público ou convênio;
IX - elaborar e executar programas de prevenção e atendimento aos porta-
V - ressarcimento das despesas, em saúde, feitas com o atendimento de dores de doenças sexualmente transmissíveis;
segurados de empresas privadas de assistência médica, administradoras de
planos de saúde. X - elaborar programas de prevenção e atendimento a usuários de drogas
psicoativas e outras;
Art. 207. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou
subvenções às instituições privadas, com fins lucrativos. XI - destinar verba específica para instalação e manutenção de leitos desti-
nados a pacientes aidéticos;
Art. 208. As entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência
para participar do Sistema Único de Saúde se aderir ao contrato em que se XII - garantir financiamento de programas de capacitação de recursos hu-
estabeleçam mecanismos de controle, emanados por Colegiado Gestor, manos voltados para o atendimento a pacientes aidéticos;
como dispõe a Lei do Sistema Único de Saúde (SUS).
XIII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e
Parágrafo Único - As cooperativas médicas participarão do Sistema Único utilização de substância e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
de Saúde (SUS), através de contrato de direito público ou convênio.
XIV - ordenar política de recursos humanos, na área de saúde, garantindo a
Art. 209. Aos serviços de saúde de natureza privada, que descumpram as admissão, através de concurso público, bem como a capacitação técnica e
diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) ou os termos previstos nos reciclagem permanente, de acordo com as políticas nacional, estadual e
contratos firmados com o Poder Público, aplicar-se-ão as sanções previstas municipal de saúde;
em Lei.
XV - garantir, em todas as fases de concurso público, a participação das
Art. 210. É vedada a participação direta ou indireta de capital estrangeiro na entidades representativas das categorias favorecidas e de Universidade
assistência à saúde no Município salvo nos casos previstos em Lei e medi- Públicas, seguindo diretrizes do Colegiado Gestor;
ante autorização do Colegiado Gestor e da Câmara Municipal.
XVI - formar agentes de saúde, aproveitando pessoas disponíveis na comu-
Art. 211. O Município não poderá cobrar do usuário a prestação de serviços nidade, com treinamento e aperfeiçoamento, garantidos pelo Poder Público,
de assistência à saúde, mantidos pelo Poder Público, ou por terceiros, preservando seu conhecimento popular, visando sua colaboração em futuros
contratados ou conveniados. ações preventivas, integradas em saúde;

Art. 212. É vetado a proprietário ou dirigentes de serviços privados ocupa- XVII - assegurar aos profissionais de saúde um plano de cargos e salários
rem cargos de Chefia ou Coordenação, no âmbito Municipal do Sistema único, o estímulo ao regime de tempo integral e condições de trabalho
Único de Saúde (SUS). adequado a todos os níveis;

Art. 213. Compete ao Município, no âmbito do Sistema Único de Saúde: XVIII - celebrar convênios com Universidades Públicas, objetivando a inte-
gração destas ao Sistema Único de Saúde (SUS);
I - a assistência à saúde;
XIX - utilizar o método epidemiológico para estabelecimento de prioridades,
II - instituir, por lei, o Código Sanitário Municipal; alocação de recursos e orientação programática;

III - acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores de morbi-natalidade no XX - promover a descentralização política, administrativa e orçamentária do
Município; Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito municipal;

IV - controlar, fiscalizar e inspecionar procedimentos contraceptivos, imuno- XXI - viabilizar a implantação, na rede oficial de assistência, da homeopatia,
biológicos, equipamentos médico-hospitalares e odontológicos, insumos e da acupuntura, da fitoterapia e outras práticas de comprovada base científi-
outros de interesse para a saúde; ca, inclusive garantindo o suprimento de insumos específicos para esses
atendimentos;
V - executar as ações de vigilância e fiscalização sanitária, vigilância epide-
miológica e controle de zoonoses, inclusive com campanha de esclareci- XXII - criar e implantar sistema coleta, processamento, estocagem, distribui-
mentos junto à comunidade, quanto à importância da prevenção; ção e transfusão de sangue, seus componentes e derivados, bem como os
mecanismos de fiscalização e controle de qualidade, denominado Sistema
VI - participar da formulação da política e da execução das ações de sane- Municipal de Sangue, objetivando a auto- suficiência, o emprego de métodos
amento básico, promovendo investimento maciço no setor, para melhoria da e técnicas que assegurem a preservação da saúde do doador e do receptor
qualidade de vida da comunidade; de sangue, vedada sua comercialização, sendo a mesma assegurada, após
regulamentação estadual;
VII - fiscalizar as agressões ao meio ambiente que tenham repercussão
sobre a saúde humana e atuar junto aos órgãos Estaduais e Federais para XXIII - permitir a todo cidadão a obtenção de informações sobre o produto
controlá-las; do sangue humano que lhe tenha sido ou vá ser aplicado;

VII - desenvolver ações visando à segurança e à saúde do trabalhador, em XXIV - normatizar e executar a política nacional e equipamentos para a
conjunto com sindicatos e associações técnicos, compreendendo a fiscaliza- saúde;
ção, normatização e coordenação geral na prevenção, prestação de serviços
e recuperação, mediante: XXV - dispor sobre a fiscalização e normatização da remoção de órgãos,

Legislação municipal 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tecidos e substâncias para fins de transplante, nos termos da Lei Federal, macêuticos, destinados ao uso e consumo humano, como integrantes do
pesquisa e tratamento, vedada sua comercialização; Sistema Único de Saúde (SUS) e sob a responsabilidade exclusiva de
farmacêuticos habilitados.
XXVI - elaborar e atualizar o Plano Municipal de Alimentação e Nutrição, em
termos de prioridade e estratégias regionais, em consonância com o Plano XXXIV - implantar política de atenção em saúde mental, que observe os
Nacional e Estadual de Alimentação e Nutrição e de acordo com as diretri- seguintes princípios:
zes ditadas pelo Colegiado Gestor do Sistema Único de Saúde (SUS) e de
outros órgãos públicos relacionados com os processos de controle de ali- a) rigoroso respeito aos direitos humanos dos usuários de serviços de saúde
mentos e nutrição; mental;
b) integração dos serviços de emergência em saúde mental aos serviços de
XXVII - determinar a todo estabelecimento público, conveniado ou contrata- emergência geral;
do de saúde, a obrigação de utilizar a coleta seletiva de lixo hospitalar, cuja c) ênfase à abordagem multiprofissional, bem como à atenção extra-
legislação específica o Poder Executivo encaminhará à apreciação do hospitalar e ao grupo familiar;
Legislativo; d) ampla informação aos usuários, familiares e à sociedade sobre os méto-
dos de tratamento a serem utilizados;
XXVIII - formular e implantar política de atendimento à saúde de portadores e) definição de estratégias que objetivem a progressiva extinção de leitos de
de deficiência, nem como coordenar e fiscalizar os serviços e ações especí- características manicomial, através da instalação de recursos não manico-
ficas, de modo a garantir a prevenção de doenças ou condições que favore- miais de atendimento;
çam o seu surgimento, assegurando: f) garantia de fornecimento de medicação psiquiátrica para as pessoas que
dela necessitem;
a) o direito à habilitação, reabilitação e integração social, com todos os
recursos necessários, inclusive o acesso ao material e equipamento de XXXV - garantir a assistência integral à saúde da mulher e da criança,
reabilitação, aí compreendidos os transplantes de órgãos; mediante:
b) o acompanhamento rigoroso das gestantes e dos bebês de alto risco,
com a criação de ficha caracterológica-padrão; a) assistência médica no pré-natal, parto, no climatério, na prevenção do
c) a realização de exames pré-nupciais, abrangendo investigação de causas câncer cérvico-uterino e de mama, e controle das doenças sexualmente
predisponentes de deficiência; transmissíveis;
d) a difusão de informação sobre o modo correto do primeiro atendimento b) assistência na auto-regulação da fertilidade como livre decisão da mulher,
aos acidentados no trânsito e no trabalho, com vistas à prevenção da insta- do homem ou do casal, tanto para exercer a procriação como para evitá-la,
lação de lesões irreversíveis, especialmente os traumas medulares; sendo competência do Município, em seus diversos níveis administrativos,
e) a definição, incentivo e implantação de programas de pesquisas e desen- fornecer recursos educacionais, científicos e assistenciais, bem como aces-
volvimento tecnológico sobre tratamentos e equipamentos para uso de so gratuito aos métodos anticoncepcionais, esclarecendo os resultados,
pessoas portadoras de deficiência; indicações e contra-
f) a adoção de programas de suplementação nutricional materno-infantil; indicações, vedada qualquer forma coercitiva ou de indução por parte de
g) a integração das ações de tratamento e reabilitação das pessoas portado- instituições públicas ou privadas;
ras de deficiência, incluindo fornecimento de medicamentos, transplantes de c) atendimento à mulher, vítima de violência sexual, tanto no caso de aborto
órgãos, aparelhos de órtese, prótese e bolsas coletoras, garantindo o aten- previsto em Lei, como na possibilidade de contágio de doenças venéreas,
dimento em unidades mais completas, principalmente aos grandes lesados; bastando que a vítima apresente o registro policial e resultado de perícia do
h) o atendimento especializado aos deficientes mentais profundos, junto á IML;
rede hospitalar; d) instalação, no Município, de maternidade pública integrada a uma casa
i) o atendimento domiciliar às pessoas portadoras de deficiência graves, não maternal, onde poderão se internar as gestantes no pré-parto, e melhoria da
internadas na rede hospitalar; qualidade de assistências nas maternidades, evitando cesarianas desneces-
j) a implantação de atendimento especializado ao traumatizado raquimedular sárias;
por equipe multidisciplinar na rede hospitalar; e) assistência especializada e priorizada, com regulamentação sobre gesta-
k) a criação de um Centro de Reabilitação Física para os portadores de ção de alto risco;
deficiência; f) alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à
mãe; g) incentivo ao aleitamento materno e orientação alimentar para o
XXIX - garantir aos alunos da rede pública de ensino acompanhamento desmame; h) acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento
médico-odontológico e psicológico, e às crianças que ingressem no pré- infantil;
escolar exames e tratamento oftalmológicos e fonoaudiológicos, mediante i) adequação do quadro de profissionais de saúde, capacitando-os ao aten-
ação conjunta das áreas de educação e saúde, com a participação e consci- dimento materno-infantil;
entização dos pais e responsáveis, inclusive através de unidades móveis, j) articulação do Sistema Único de Saúde (SUS) com órgãos de defesa dos
devidamente equipadas; direitos da mulher, de forma a aprimorar sua atuação;
k) instalação, na forma da lei, de centro de atendimento integral, com pres-
XXX - definir a obrigatoriedade de apresentação de atestado de vacina tação de assistência médica, psicológica e jurídica à mulher e seus depen-
contra moléstias infecto-contagiosas por ocasião de matrículas nas redes dentes, que forem vítimas de violência;
públicas e privadas de ensino; l) prestação de atendimento à criança e adolescentes, independente da
presença de responsáveis;
XXXI - viabilizar assistência odontológica de boa qualidade;
XXXVI - implantação de atendimento especializado em fisioterapia, por
XXXII - estabelecer medidas de proteção à saúde dos cidadãos não fuman- equipe multidisciplinar, na rede hospitalar;
tes nas escolas, restaurantes, hospitais, transportes coletivos, repartições
públicas, cinemas, teatros e demais estabelecimentos de grande afluência, XXXVII - garantir a destinação de recursos materiais e humanos na assis-
resguardando áreas próprias, sempre que possível; tência às doenças crônicas e à terceira idade;

XXXIII - integrar a assistência farmacêutica à assistência global à saúde, XXXVIII - assegurar a adaptação das gestantes e dos portadores de epilep-
visando: sia ao trabalho no Serviço Público Municipal;

a) garantir o acesso de toda a população aos medicamentos básicos, atra- XXXIX - fiscalizar os nosocômios beneficentes, os considerados de utilidade
vés da elaboração e aplicação da lista padronizada dos medicamentos pública e conveniados, no que tange à determinação da destinação de leitos
essenciais; e demais benefícios previstos em Lei Municipal;
b) definir postos de manutenção de medicamentos, drogas e insumos far-

Legislação municipal 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
XL - estabelecer política prioritária de instalação de banheiros públicos, saúde.
inclusive adaptados para pessoas portadoras de deficiência, nos principais
logradouros da Cidade, Sob controle e vigilância de servidores municipais. II - igualdade de condições de acesso e permanência;

Art. 214. O Prefeito convocará anualmente a Conferência Municipal de III - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
Saúde, para avaliar a situação do Município, com ampla apresentação da arte e o saber,
sociedade, e fixas as diretrizes gerais da política sanitária municipal.
IV - valorização dos profissionais da educação garantindo, na forma da lei,
Parágrafo Único - A Conferência Municipal de Saúde se realizará no primei- plano de carreira com piso salarial nunca inferior ao do Estado, e Estatuto
ro quadrimestre de cada ano. para os profissionais da Educação;

Art. 215. O Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito municipal, será V - gestão democrática, na forma da lei, respeitadas as seguintes diretrizes:
financiado com recursos do orçamento do Município, do Estado, da União,
da seguridade social, além de outras fontes, desde que na forma de auxílios, a) provimento dos cargos de Diretores e Diretores Adjuntos das instituições
subvenções ou doações. educacionais, mantidas pelo Poder Público Municipal, será feito por eleições
diretas, com a participação da comunidade escolar, conforme normas esta-
§ 1º O conjunto de recursos destinados às ações e serviços de saúde no belecidas pela Secretaria Municipal de Educação, em consonância com as
Município constituem o Fundo de Natureza Contábil, conforme dispuser a entidades representativas dos segmentos integrantes da referida comunida-
Lei. de;
b) participação de estudantes, pais de alunos, profissionais da educação,
§ 2º Os sistemas e serviços de saúde, privativos de funcionários da adminis- representantes da comunidade científica e entidades de classe, na formula-
tração direta e indireta, deverão ser financiados pelos seus usuários, sendo ção e acompanhamento da política educacional, bem como recursos finan-
vedada a transferência de recursos públicos ou qualquer tipo de incentivo ceiros destinados ao desenvolvimento da mesma, notadamente no que se
fiscal direto ou indireto. refere aos planos municipais de educação;
c) assegurar a presença de representantes da comunidade escolar nas
Art. 216. A transferência dos recursos do Fundo de Natureza Contábil reuniões de avaliação dos alunos;
deverá obedecer aos seguintes critérios: d) criação de mecanismos de prestação de contas à sociedade da utilização
dos recursos destinados à educação;
I - perfil demográfico da região; e) estabelecimentos das unidades pré-escolares e de 1º grau como unida-
des orçamentárias próprias.
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
VI - revigoramento político e técnico das unidades escolares com a vigência
III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde; de regimentos escolares que, quando elaborados, permitam a participação
dos vários segmentos da comunidade escolar e reflitam os fins e princípios
IV - desempenhos técnico, econômico e financeiro do período anterior. da educação municipal;

Parágrafo Único - É vedada a transferência de recursos para o financiamen- VII - garantia de padrão de qualidade mediante a dotação da rede municipal
to de ações não previstas nos Planos de Saúde, exceto nas situações de ensino de toda a infra-estrutura física, técnica e de serviços indispensável
emergenciais ou de calamidade pública, de acordo com decisão conjunta aos objetivos educacionais.
dos Poderes Executivo e Legislativo.
Art. 220. É dever do Poder Público Municipal para com a Educação:
Art. 217. A Fundação Municipal de Saúde de Niterói terá suas finalidades e
formas de administração regulamentadas, de modo a ajustar- se às normas I - o atendimento educacional das crianças de zero a quatro anos, em cre-
constitucionais, e à atual Lei Orgânica. ches, de quatro a seis anos em pré-escolar, com o objetivo de promover o
desenvolvimento físico, emocional e intelectual das crianças dessas faixas
Parágrafo Único - Será constituído do Fundo de Natureza Contábil, destaca- etárias;
do nas Leis Orçamentárias do Município.
II - o oferecimento de ensino de 1º grau, obrigatório, inclusive para aqueles
que não tiverem acesso ou não concluírem em idade própria;
CAPÍTULO IV
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA III - jornada escolar mínima de quatro horas e meia a ser, progressivamente,
ampliada para se atingir o turno único, promovendo-se a aquisição de uma
SEÇÃO I base comum de conhecimentos científico-tecnológicos, das letras e das
DA EDUCAÇÃO artes pela população escolarizável.

Art. 221. A cada quatro anos proceder-se-á à realização do censo escolar e,


Art. 218. A Educação, direito de todos e dever do Estado e da família, anualmente, a chamada escolar, garantindo-se à população ampla informa-
promovida com a colaboração da sociedade e inspirada nos princípios da ção sobre o direito à educação e à obrigatoriedade escolar.
democracia e da liberdade, visa ao pleno desenvolvimento da pessoa e à
formação do cidadão, dando-lhe consciência de seus direitos e responsabili- Art. 222. O Poder Público Municipal exercerá as funções coordenadora e
dades, frente à natureza, a si mesmo, aos seus cidadãos, ao Estado e aos fiscalizadora dos serviços educacionais, de modo a resguardar que o pro-
demais organismos da sociedade. cesso pedagógico, tendo por referência as características sócio-econômicas
e culturais da população escolarizável, garanta-lhes a aquisição de uma
Art. 219. No âmbito do Município de Niterói, o ensino será ministrado com base comum de conhecimento.
base nos seguintes princípios:
Art. 223. O Município garantirá a oferta de ensino fundamental regular
I - ensino público, gratuito e laico em estabelecimentos integrantes da rede noturno para todos os padrões idênticos ao ensino diurno sob metodologia
municipal: adequada a este tipo de demanda, respeitadas as condições de vida do
aluno.
a) não será permitida, a qualquer título, a instituição de taxas escolares ou
qualquer espécie de cobrança ao aluno, no âmbito da escola, pelo forneci- § 1º Lei Municipal disciplinará a educação especial da criança excepcional.
mento de material didático escolar, transporte, alimentação ou assistência à

Legislação municipal 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
§ 2º Fica garantida a adaptação dos prédios escolares a fim de permitir o condições:
livre trânsito dos portadores de deficiência.
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
Art. 224. O Município promoverá o desenvolvimento de programas de
alimentação, saúde e material didático para atendimento dos alunos do II - autorização e avaliação, pelo Poder Público Municipal, da qualidade de
ensino fundamental. ensino ministrado.

Art. 225. O Poder Público realizará, quando necessário, testes de acuidade Art. 236. O atendimento especializado aos portadores de deficiência por
visual e auditiva, junto aos alunos matriculados na rede regular de ensino, equipe multidisciplinar de educação especial, assegurará:
assim como garantirá atendimento médico-pedagógico e foniátrico.
I - a matrícula em escolas da rede municipal mais próxima de sua residên-
Art. 226. A instituição de ensino religioso, como disciplina dos horários cia, em turmas comuns ou, quando especiais, segundo critérios determina-
normais das escolas municipais, será administrada com: dos para cada tipo de deficiência.

I - matrícula facultativa e ministrado por professores do próprio quadro do II - a oferta de equipamento, recursos humano e material nas escolas muni-
magistério Municipal, garantindo o seu caráter ecumênico. cipais, adequando-as, sempre, ao tipo de deficiência;

II - garantia de atividade alternativa aos alunos não matriculados para ensino III - o atendimento especializado aos alunos superdotados, a ser implantado
religioso. por legislação específica;

Art. 227. O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, peran- IV - o oferecimento do ensino regular noturno de 5º e 8º série para alunos
te o Poder Público. que, comprovadamente, estejam impossibilitados de freqüentar escolas, nos
horários tradicionais:
Art. 228. O Poder Público Municipal aplicará anualmente, vinte e cinco (25)
por cento da receita resultante dos impostos, inclusive provenientes de Parágrafo Único - Somente poderá ser Diretor de escola municipal ou de
transferências, exclusivamente na manutenção e desenvolvimento do ensino unidade municipal de educação infantil o servidor que integrar o Quadro
municipal, na forma presente na Constituição Estadual. Permanente do Grupo Magistério da Fundação Municipal de Educação de
Niterói. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 029/2005)
Art. 229. A celebração de convênios, acordos de contratos de assistência
técnica ou financeira do Município de Niterói, com outros Municípios, o Art. 237. É vetado ao Município qualquer tipo de convênio com a iniciativa
Estado ou a União, dependerá de autorização prévia da Câmara Municipal. privada, visando à concessão de bolsa de estudo.

Parágrafo Único - Fica vetado ao Poder Público Municipal estabelecer Art. 238. Os currículos escolares serão adequados às peculiaridades do
vínculo empregatício com o pessoal do magistério integrante de outras redes Município, objetivando valorizar sua cultura e seu patrimônio histórico,
de ensino, por força deste tipo de convênio. artístico, cultural e ambiental.

Art. 230. Os Planos Municipais de Educação, elaborados durante os primei- Art. 239. O Município zelará por todos os meios ao seu alcance, pela per-
ros meses de cada mandato executivo, deverão considerar os Planos Na- manência do educando na escola.
cional e Estadual de Educação, de modo a promover, por seu intermédio, a
necessária integração dos diversos níveis do Poder Público, com vista a Art. 240. O Município manterá um sistema de bibliotecas escolares na rede
incluir ações que conduzam ao cumprimento do artigo 313 da Constituição pública municipal de ensino, e exigirá a existência de bibliotecas na rede
Estadual e 214 da Constituição Federal. escolar privada, na forma da lei.

Art. 231. Os profissionais da educação da rede municipal não poderão ser Parágrafo Único - As bibliotecas referidas neste artigo serão dirigidas por
afastados de seu exercício, salvo para ocupar cargos em comissão ou por profissionais formados em Biblioteconomia.
licença sindical.
Art. 241. Fica obrigatória no currículo pré-escolar a atividade de Educação
Parágrafo Único - Fica vetado o aproveitamento de pessoal do magistério Física, na rede municipal de ensino.
em serviços burocráticos ou administrativos do Município.
Art. 242. Fica a rede municipal de ensino obrigada a instituir o hasteamento
Art. 232 - Fica assegurado ao educando do ensino fundamental da rede da Bandeira Nacional em seus estabelecimentos, e o hábito patriótico do
municipal o passe livre nos transportes coletivos da Cidade. canto do Hino Nacional pelos alunos.

Art. 233. O Município promoverá e incentivará o desenvolvimento científico


e tecnológico, a pesquisa científica básica, a autonomia e a capacitação SEÇÃO II
tecnológica e a difusão dos conhecimentos, tendo em vista o bem-estar da DA CULTURA
população, a solução dos problemas sociais e o progresso das ciências.

§ 1º O desenvolvimento científico e tecnológico deverá ser promovido atra- Art. 243. O Poder Municipal garantirá a todos os munícipes o pleno exercí-
vés da ação cooperativa com as Universidades, instituições públicas de cio do direito a qualquer atividade cultural, através de:
ensino e pesquisa localizada no município, empresas e outros órgãos do
governo. I - respeito à identidade cultural do município, de suas comunidades e cida-
dãos, que será pressuposto básico na elaboração da política cultural, assim
§ 2º A implantação ou expansão de sistemas tecnológicos de grande impor- como de todo e qualquer planejamento urbano, seu orçamento e legislação;
tância social, econômico ou ambiental deve ser objeto de lei.
II - garantia da preservação do modo de vida das suas comunidades, dos
Art. 234. A rede pública de ensino municipal deverá garantir o atendimento bens constituídos de valor histórico e cultural para o Município, das paisa-
aos meninos e meninas que estejam nas ruas, não importando seu local de gens e bens naturais que sejam marcos referenciais das comunidades e de
origem e independentemente do acompanhamento dos pais ou responsá- suas origens, dos bens móveis e imóveis de valor histórico e artístico, da
veis e do período de matrícula. documentação escrita, oral e audiovisual e quaisquer marcos simbólicos
materiais e imateriais, inclusive arqueológicos, que não poderão ser destruí-
Art. 235. O ensino é livre à iniciativa privada; observadas as seguintes dos ou prejudicados, nem mesmo em nome do desenvolvimento e progres-

Legislação municipal 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
so, que sempre deverão ser harmônicos com a preservação cultural; CAPÍTULO V
DO ESPORTE, LAZER E TURISMO
III - estímulo à difusão do conhecimento e respeito dos cidadãos ao patrimô-
nio cultural niteroiense, inclusive sua História, a história de seus bairros, SEÇÃO I
além das datas comemorativas e personagens exemplares; DO ESPORTE E DO LAZER

IV - proteção e estímulo ao artesanato e às artes do povo em geral, inclusive


festejos religiosos; Art. 253. É dever do Município fomentar práticas desportivas em todas as
suas modalidades, formais e não formais, e incentivar o lazer nos diversos
V - estímulo aos criadores artísticos, em toda e qualquer linguagem, quer segmentos sociais, inclusive para pessoas portadoras de deficiência, obser-
através da ação cultural dos seus órgãos, quer apoiando os produtores vando-se:
independentes, entidades representativas e a vida artística em geral;
I - assegurar a formação integral da criatura humana a partir de seu ingresso
VI - reestruturação, manutenção, aparelhamento adequado e dinamização na vida escolar;
dos espaços e unidades culturais do Poder Municipal;
II - destinar recursos públicos à promoção prioritária do desporto educacio-
VII - ampliação e criação de novos espaços culturais e artísticos, dotados nal, atividades de lazer e, em casos específicos, do desporto de alto rendi-
dos recursos necessários ao seu bom funcionamento e condições técnicas mento, na forma da lei;
adequadas, especialmente aqueles que possam atender às demandas das
comunidades menos favorecidas; III - complementar os processos tradicionais de aprendizagem pela sua
associação a jogos e atividades recreativas;
VIII - manutenção adequada das existentes e criação de novas bibliotecas e
salas de leitura, que facilitem e estimulem o acesso ao livro e a outros meios IV - avaliar e propor exercícios compensatórios do sedentarismo específico
de registro do conhecimento humano; de cada atividade profissional;

IX - pleno exercício da liberdade de expressão, criação e difusão da arte e V - proporcionar a integração dos vários grupos sociais através de competi-
do conhecimento. ções periódicas, com premiação dos resultados alcançados;

Art. 244. Cabe ao Poder Público a recuperação e manutenção do Teatro VI - abranger todas as faixas etárias de praticantes, objetivando assegurar a
Municipal de Niterói, inserindo-o, em nível técnico, no rol das grandes salas todos os cidadãos o exercício sadio e permanente de atividades físicas
de espetáculo do País. necessárias à sua saúde e bem-estar;

Parágrafo Único - Fica vedada a extinção de qualquer espaço cultural sem a VII - compor a programação de eventos patrocinados pela municipalidade;
criação prévia de espaço equivalente, em área próxima.
VIII - conscientizar a população dos benefícios trazidos pelas práticas des-
Art. 245. O Poder Municipal promoverá o aperfeiçoamento e valorização dos portivas, como forma de incentivar novos adeptos;
profissionais da cultura e da criação artística, especialmente os pertencentes
aos seus quadros funcionais. IX - a autonomia das entidades desportivas, dirigentes e associações, quan-
to à sua organização e ao seu funcionamento;
Art. 246. O Poder Municipal procurará estabelecer intercâmbio cultural e
artístico com outros Municípios do Brasil e do exterior. X - o voto unitário nas decisões das entidades desportivas;

Art. 247. O Poder Municipal protegerá o patrimônio cultural do Município, XI - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissio-
por meio de inventários, registros, declaração de interesse cultural, vigilân- nal, dando-se prioridade ao desporto não profissional, enfatizando-se seu
cia, tombamento, desapropriação e de outras formas possíveis de acautela- caráter educativo;
mento e preservação, inclusive normas urbanísticas e legislação sobre o uso
do solo: XII - o incentivo aos esportes de criação nacional e olímpico;

§ 1º O Poder Municipal promoverá o resgate da memória da Cidade. XIII - a utilização das praias como pólos de práticas esportivas por meio de
atividades físicas orientais, sem prejuízo de sua utilização normal pelos
§ 2º Entende-se como patrimônio cultural o estabelecido no art. 216 da banhistas.
Constituição Federal, aplicado ao âmbito do Município.
§ 1º O Município assegurará o direito ao lazer e a utilização criativa do
Art. 248. Os atos de tombamento serão feitos através de elaboração e tempo destinado ao descanso, mediante oferta de áreas públicas para fins
aprovação de lei específica. de recreação, prática de esportes, programas culturais e projetos turísticos.

Art. 249. A lei estabelecerá estímulos e incentivos para a preservação e § 2º O Poder Público, ao formular a política de esporte e lazer, considerará
difusão do patrimônio cultural e a dinamização da vida cultural e artística do as características sócio-culturais de cada comunidade.
Município.
Art. 254. Para assegurar o cumprimento do disposto no artigo anterior, o
Art. 250. O Poder Municipal adotará sanções administrativas para os res- Poder Público Municipal incentivará as práticas desportivas e as atividades
ponsáveis, por danos ou ameaças ao patrimônio cultural do Município, sem de lazer através de:
prejuízos das penalidades previstas em Lei.
I - criação e manutenção de espaços públicos adequados;
Art. 251. O Município providenciará o tombamento dos sítios arqueológicos,
situados no seu território, especialmente as dunas e sambaquis do Distrito II - formulação de acordos de assistência mútua com entidades esportivas;
de Itaipu.
III - preparação e fornecimento de pessoal necessário para direção e contro-
Art. 252. O Município estabelecerá convênios com a iniciativa privada para le de competições e de apoio aos especialistas das áreas de Educação
criação de espaços culturais. Física e Desportos;

IV - promoção com estudantes e comunidades, de competições esportivas

Legislação municipal 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
amadoras. § 1º O Poder Municipal assegurará os meios necessários para o seu respec-
tivo registro e controle específico por cadastramento que garanta a continui-
Art. 255. A Educação Física é considerada disciplina obrigatória na rede dade dos seus fins.
municipal de ensino público, inclusive no período pré-escolar.
§ 2º A eventual permuta desses espaços poderá se realizar mediante o
§ 1º Nos estabelecimentos de ensino público e privado, deverão ser reser- oferecimento de áreas ou imóveis equivalentes, próximos aos anteriores e
vados espaços para a prática de atividades físicas, equipados materialmente em condições de uso imediato.
e com recursos humanos qualificados.
Art. 263. A Secretaria Municipal de Fazenda encaminhará ao Conselho
§ 2º O município assegurará as condições de cumprimento dessa obrigatori- criando pelos Decretos 4044 e 4030, a relação dos imóveis públicos munici-
edade, na rede municipal de ensino público, a ser efetivada com o mínimo pais com os respectivos gravames, inclusive aqueles cedidos ou contratados
de três atividades semanais. a empresas públicas ou a terceiros, para ser divulgada ao público, de modo
que as comunidades possam participar do zelo e guarda dos próprios muni-
§ 3º Nenhuma escola poderá ser construída pelo Município, sem área desti- cipais, principalmente daqueles destinados à recreação e lazer.
nada à pratica de Educação Física.
Art. 264. É dever do Poder Público Municipal investir recursos públicos em
§ 4º O desporto educacional terá prioritariamente o objetivo de proporcionar programas desportivos direcionados ao menor carente de rua ou menor em
condições para que todos tenham contato com as diversas modalidades situação de risco, criando espaços e alocando os recursos humanos e
esportivas enquanto elementos importantes para formação integral do físicos necessários.
homem.
Parágrafo Único - O Poder Público poderá solicitar, através de convênios,
Art. 256. Os estabelecimentos especializados em exercícios, atividades espaços às escolas, igrejas, clubes, grêmios recreativos e escolas de sam-
físicas, esportes e recreações, somente poderão funcionar quando dirigidos ba, em locais onde não houver espaços disponíveis para atividades de lazer
por profissionais com habilitação técnica específica, exigida pela Lei Federal, com menores carentes.
e ficam sujeitos a registros, supervisão e orientação normativa do Poder
Público, na forma da Lei. Art. 265. É vetado ao Município ou instituições financeiras a ele vinculadas,
fazer doações, investimentos ou conceder financiamentos, subsidiados a
Art. 257. Os atletas e membros de comissões técnicas que forem seleciona- entidades desportivas profissionais ou que tenham em seus quadros atletas
dos para representar o Município, o Estado ou o País, em competições profissionais, salvo o disposto no art. 256.
oficiais, quando servidores públicos municipais, terão, no período de dura-
ção dos treinamentos, e das competições, seus vencimentos, direitos e Art. 266. As ligas e associações esportivas estarão isentas de taxas e
vantagens garantidos, de forma integral, sem prejuízo de sua ascensão impostos, desde que:
profissional e tempo de serviço, para todos os efeitos.
I - a associação esportiva tenha, no mínimo, 200 (duzentos) associados;
Art. 258. Não será aprovado projeto de loteamento, ou regularização, que
não preveja a existência de local destinado à implantação de espaço poliva- II - da liga sejam integrantes no mínimo, 3 (três) associações esportivas
lente para esporte e lazer. registradas no Município.

Art. 259. A prática do desporto pela população é considerada função social, Art. 267. Nenhuma aplicação dos benefícios fiscais, previstos em Lei, pode-
para os efeitos da utilização dos instrumentos de que trata o rá ser feita através de qualquer tipo de intermediação ou corretagem.

Art. 227 da Constituição Estadual. Art. 268. Ficam os proprietários de áreas não edificadas contemplados com
a redução de até 50% (cinqüenta por cento) de seu Imposto Predial Territo-
Art. 260. Caberá ao Município: rial Urbano (IPTU), enquanto perdurar a destinação nas áreas de sua propri-
edade, a atendimento à comunidade nos setores de Esporte e Lazer.
I - atender a todos os segmentos da sociedade, sem distinção;
Parágrafo Único - Ficam resguardados os direitos de propriedade das pes-
II - tornar obrigatório com registro de eventos esportivos junto aos órgãos soas físicas ou jurídicas que cederem suas áreas para os fins especificados
municipais competentes; neste artigo.

III - incentivar a realização de torneios esportivos interbairros, interclubes, Art. 269. O Município poderá conceder subvenção aos Clubes de Futebol
intercolegiais, interestaduais e internacionais. Profissional de Niterói, que vierem a participar do Campeonato Estadual, nas
diversas categorias ou divisões.
Art. 261. O Município implantará a política de esporte e lazer promovendo a
reciclagem dos agentes envolvidos na sua criatividade e execução, garan-
tindo, para sua implantação. SEÇÃO II
DO TURISMO
I - a utilização racional de todos os espaços e equipamentos públicos, urba-
nos e comunitários;
Art. 270. O Município promoverá e incentivará o turismo, como fator gerador
II - a integração de todas as áreas non aedificandi, de interesse paisagístico, de desenvolvimento econômico e social, bem como de divulgação, valoriza-
ou florestal; ção do patrimônio cultural e natural, cuidando para que sejam respeitadas as
peculiaridades locais, não permitindo efeitos desagregadores sobre a vida
III - a integração, num programa pedagógico específico, dos sítios históricos, das comunidades envolvidas, assegurando, sempre, o respeito ao meio
arqueológicos e memoriais, do centro da cidade, dos patrimônios arquitetô- ambiente e à cultura das localidades, aonde vier a ser explorado.
nicos e naturais, além de todos os marcos de referência da nossa história e
cultura, promovendo o interesse dos cidadãos pelo Município. § 1º O Município definirá a política municipal de turismo buscando propor-
cionar as condições necessárias ao pleno desenvolvimento dessa atividade.
Art. 262. Os espaços públicos que, atualmente, são utilizados em esportes e
lazer, terão suas áreas preservadas para o uso das comunidades, sendo § 2º O instrumento básico de intervenção do Município no setor será o Plano
vetado o desvirtuamento de suas finalidades. Diretor de Turismo, atualizado anualmente, que fixará os eventos de interes-
se turísticos, as festividades tradicionais, o planejamento de ações e pro-

Legislação municipal 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
gramas e as alternativas de intercâmbio turístico com outras regiões, através local, o qual possui caráter essencial, na forma do artigo 240 da Constituição
de entidades públicas e particulares. Estadual.

§ 3º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, caberá ao Municí- Parágrafo Único - Serão consideradas inidôneas para prestação dos servi-
pio promover, especialmente: ços de transportes coletivos as concessionárias ou eventuais permissioná-
rias que não observarem:
I - o inventário e a regulamentação do uso, fruição dos bens naturais e
culturais do interesse turístico; I - os requisitos essenciais de qualidade, segurança, conforto e rapidez dos
serviços;
II - a infra-estrutura básica necessária à prática do turismo, apoiando e
realizando investimentos na produção, criação e qualificação dos empreen- II - a legislação de proteção ao meio ambiente e ao patrimônio cultural.
dimentos, equipamentos e instalações ou serviços turísticos, por intermédio
de linhas de créditos especiais e incentivos; Art. 275. Os sistemas viários de transportes subordinar-se-ão à preservação
da vida humana, à segurança e conforto dos cidadãos, à defesa da ecologia
III - o fomento ao intercâmbio permanente com outros Municípios, Estados e do patrimônio arquitetônico e paisagístico, bem como às diretrizes do uso
da Federação e com o Exterior, visando fortalecimento do espírito de frater- do solo.
nidade e aumento do fluxo turístico, nos dois sentidos, bem como a média
de permanência do turista, em território Municipal; Art. 276. O transporte coletivo de passageiros é um serviço público, sendo
de responsabilidade do Município seu planejamento, operação, concessão,
IV - o estímulo à implantação de novas unidades da indústria hoteleira, permissão e fiscalização.
visando ao incremento das atividades turísticas;
Art. 277. É dever do Município garantir o transporte coletivo com tarifa
V - a adoção de medidas específicas para o desenvolvimento dos recursos condizente ao poder aquisitivo da população, assegurando-lhe um serviço
humanos para o setor; satisfatório.

VI - infra-estrutura especial para o desenvolvimento do turismo nas praias Art. 278. A lei disporá em relação aos transportes coletivos sobre:
oceânicas;
I - o planejamento;
VII - a criação de condições favoráveis à implantação de marinas dotadas de
escolas de treinamento náutico, objetivando, também, melhor desenvolvi- II - a organização;
mento da indústria náutica no Município.
III - a prestação dos serviços;
§ 4º O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano preverá a destinação de
áreas ou zonas para atividades turísticas e para implantação de marinas, a IV - a política tarifária;
serem instituídas, após ampla e prévia discussão com as comunidades
locais. V - os direitos dos usuários;

§ 5º As áreas de interesse turístico são colocadas sob a proteção especial VI - a obrigação de manter serviço adequado.
do Poder Público Municipal, estabelecidas em Legislação própria às condi-
ções de utilização e ocupação, incluindo-se entre as obrigações dos seus Art. 279. São isentos de pagamento de tarifas nos transportes coletivos
proprietários, sem prejuízo das sanções ambientais: urbanos, na forma da lei:

I - a de conservar os recursos naturais em geral; I - idosos acima de 65 anos;

II - a de reparar, repor e restaurar os recursos naturais danificados ou des- II - policiais uniformizados em serviço;
truídos pela sua má utilização.
III - crianças até 05 (cinco) anos, inclusive;
§ 6º O planejamento do turismo municipal visará, sempre que possível, à
participação e o patrocínio da iniciativa privada voltada para esse setor, e IV - pessoas portadoras de deficiência com reconhecida dificuldade de
terá por objetivo a divulgação das potencialidades culturais, históricas e locomoção, e acompanhante quando necessário;
paisagísticas da Cidade de Niterói.
V - estudantes de 1º e 2º graus da rede pública de ensino, devidamente
§ 7º O Município deverá ajudar a comunidade a definir as zonas de interesse identificados;
turístico para fins de incentivos.
VI - trabalhadores rodoviários devidamente identificados;
Art. 271. O Município manterá um calendário anual de eventos turísticos.
VII - pessoas portadoras da doença de Parkinson;
Art. 272. O Município considerará o turismo atividade essencial para a
Cidade, definindo uma política com o objetivo de proporcionar as condições VIII - ex-combatentes, devidamente identificados;
necessárias para o seu pleno desenvolvimento.
IX - os Ostomizados Peritonais e Intestinais. (Redação acrescida pela E-
Art. 273. É obrigação do Município criar as condições necessárias que menda à Lei Orgânica nº 10/95)
facilitem a participação e o acesso das pessoas portadoras de deficiência à
prática de turismo. Art. 280. O Poder Público estimulará à substituição de combustíveis poluen-
tes, utilizados em veículos, privilegiando a implantação e incentivando a
operação dos sistemas de transportes que utilizem combustíveis não polu-
CAPÍTULO VI entes, como a energia elétrica e o gás natural.
DOS TRANSPORTES
Art. 281. O Poder Público periodizará, para efeito de concessão de serviços
de transportes coletivos, depois de definidas as normas de planejamento
Art. 274. Compete ao Município planejar, organizar e prestar diretamente, viário e respeitado o Plano Diretor:
ou sob regime de concessão ou permissão, o serviço de transporte coletivo

Legislação municipal 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
I - a regulamentação de horário; das as legislações específicas;
e) outros casos definidos pelo Executivo como necessários, desde que não
II - o estabelecimento do número mínimo e do tipo dos veículos utilizados; prejudiquem o Plano Diretor de Urbanismo e sejam aprovados pela Câmara
Municipal.
III - a obrigatoriedade de instalações que possibilitem acesso aos veículos
por parte de pessoas portadoras de deficiência física e dos idosos; Art. 290. Só será permitida a entrada em circulação de novas unidades de
transporte coletivo, atendidas as exigências definidas em lei e:
IV - a fiscalização dos serviços.
I - facilidade para subida e descida e para a circulação dos usuários, inclusi-
Art. 282. Todo projeto de empreendimento que venha a dificultar o trânsito ve gestantes e idosos, no interior do veículo;
será submetido ao órgão próprio da estrutura do Executivo.
II - adaptações para o livre acesso e circulação das pessoas portadoras de
Art. 283. As concessões ou permissões para exploração dos serviços de deficiência física e motora, em conformidade com as instalações dos pontos
transportes coletivos atenderão às seguintes normas: de embarque e desembarque;

I - serão precedidas de concorrência pública; III - sistema eficiente de segurança e controle da velocidade.

II - para a concessão e permissão, serão estabelecidas normas específicas Parágrafo Único - Todas as unidades de transporte coletivo, em operação no
pelo Poder concedente; Município, deverão sofrer adaptações, em prazo definido por lei, para permi-
tir o livre acesso e circulação de pessoas portadoras de deficiência física,
III - as concessões e permissões poderão ser prorrogadas, a critério do gestantes e idosos.
Poder concedente;
Art. 291. Compete ao Município o planejamento e a administração do trânsi-
IV - as concessões e permissões poderão ser suspensas, a qualquer tempo, to.
desde que não sejam satisfatórios os respectivos serviços prestados.
§ 1º Para execução dessas atribuições, será utilizado o repasse do Estado,
Art. 284. É obrigatória a manutenção das linhas de transporte coletivo, no nas arrecadações com multas, taxas, tarifas e pedágios, relativos ao sistema
período noturno em freqüência a ser estabelecia por lei. de trânsito.

Art. 285. As empresas que detiverem concessões de serviços de utilidade § 2º Nas transferências de multas e taxas arrecadadas pelo Estado, não se
pública serão fiscalizadas por órgãos municipais e obrigadas a manter os incluem aquelas referentes às condições do veículo, controle da frota, regis-
serviços ordenados, atendendo as necessidades de seus destinatários. tro de licenciamento e habilitação do condutor.

Parágrafo Único - Sempre que os insumos comprometerem a fiel observân- § 3º O Município pode delegar ao Estado, através de convênio, as atribui-
cia deste artigo, serão revistas às tarifas, permitindo-se o aumento das ções previstas no artigo anterior, cuja execução deverá respeitar a política
mesmas, assegurando-se o equilíbrio econômico e financeiro da concessão. de trânsito municipal e do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Inte-
grado.
Art. 286. Serão passíveis de cassação as empresas que:
Art. 292. A implantação de estrada Federal ou Estadual, atravessando o
I - descumprirem as obrigações assumidas nos termos contratuais que perímetro do Município, está condicionada à aprovação prévia de seu proje-
importem em prejuízo para os usuários; to pela Câmara Municipal.

II - reduzir à metade as viagens previstas no horário aprovado, em 05 (cinco) Art. 293. Os projetos de duplicação ou grandes reformas das estradas que
dias consecutivos; incluírem modificações de traçado ficam condicionados a aprovação prévia
pela Câmara Municipal.
III - colocar na linha número menor de ônibus do que o definido no termo
contratual. Art. 294. As áreas contíguas às estradas deverão ter tratamento específico,
através de disposições urbanísticas de defesa da segurança dos cidadãos e
Art. 287. As informações referentes às condições mencionadas no art. 286 dos patrimônios paisagístico e arquitetônico da Cidade.
serão acessíveis à consulta pública.
Art. 295. O transporte de material radioativo, inflamável, tóxico ou potenci-
Art. 288. O transporte, sob responsabilidade do Município, localizado no almente perigoso para o ser humano ou à ecologia, obedecerá a normas de
meio urbano, deve ser planejado e operado de acordo com o respectivo segurança, a serem expedidas pelo órgão técnico competente e fiscalizadas
Plano Diretor. pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente.

Art. 289. A Lei disporá sobre as diretrizes gerais do sistema de transportes, Art. 296. Na exploração dos transportes coletivos de passageiros, serão
observados os seguintes princípios: obrigatórias as observâncias das seguintes exigências:

I - integração dos principais sistemas e meios de transportes; I - a colocação, nos terminais rodoviários e no interior dos ônibus, de dados
e informações, que permitam aos usuários apresentarem queixas e recla-
II - prioridade a pedestres e a ciclistas sobre o tráfego de veículos automoto- mações contra irregularidade;
res;
II - o controle de velocidade e de sinalização adequada, que levem em
III - sinalização nos cruzamentos; consideração a segurança da população.

IV - poderão ser construídas as passarelas sobre: Parágrafo Único - Nas escolas municipais da rede oficial de ensino, haverá
aulas periódicas sobre educação no trânsito.
a) leito dos rios;
b) leito das estradas de ferro; Art. 297. A omissão por parte do Município de colocação de sinalização
c) estradas bloqueadas; horizontal e vertical em frente das escolas, além de quebra-molas, onde se
d) rodovias federais, estaduais e municipais, cuja densidade populacional, fizerem necessários, julgado pelo órgão competente, tratando-se de área de
criada em suas margens, obrigue a travessia diária de pedestres, ressalva- alta periculosidade no trânsito, demandará responsabilidade.

Legislação municipal 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
DO URBANISMO, DA POLÍTICA URBANA DO MEIO AMBIENTE, DA PES-
Art. 298. Fica permitido o uso de veículos tipo "Kombi" e "Microônibus", ou CA E DA POLÍTICA AGRÍCOLA E AGRÁRIA
equivalente, no serviço de transporte de passageiros, em regime de lotação,
para locais de difícil acesso, obedecidos aos seguintes requisitos: SEÇÃO I
DO URBANISMO
I - solicitação escrita de mais de 100 (cem) usuários;

II - não existir exploração de linha regular de ônibus, no itinerário a que vai Art. 303 - A política de desenvolvimento urbano do Município, respeitados
servir o referido sistema de transporte, nem haver comprovado possibilidade os dispositivos constitucionais vigentes, tem por objetivo atender ao pleno
de implantá-la; desenvolvimento das funções sociais da Cidade e garantir a melhoria da
qualidade de vida e o bem-estar social, conter diretrizes de uso e ocupação
III - dispor o candidato à exploração do serviço de autorização do órgão do solo, definição e manutenção das áreas agrícolas rurais e áreas de
competente do Município e do número conveniente de usuários e veículos. interesse especial e social, tendo como instrumento básico para sua execu-
ção o Plano Diretor e Desenvolvimento Urbano Integrado.
Art. 299 - A permissão de que trata o artigo anterior, não será transferida
sem a devida autorização. § 1º Por função social da Cidade entende-se o direito de todo munícipe ter
acesso à moradia, transporte público, saneamento geral básico, energia
§ 1º Caberá ao órgão Municipal competente fixar, para cada caso, as condi- elétrica, gás canalizado, iluminação pública, cultura, lazer e recreação,
ções operacionais indispensáveis a serem cumpridas pelos permissionários. segurança, preservação, proteção e recuperação do patrimônio ambiental,
arquitetônico e cultural e ter garantido a contenção de encostas e precau-
§ 2º A execução dos serviços será precedida de Termo de Permissão a ções quanto a inundações.
motoristas profissionais autônomos, as cooperativas de motoristas autôno-
mos e a cooperativas comunitárias que satisfaçam as condições a serem § 2º A elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Integrado,
fixadas pelo órgão municipal competente, com preferência a motoristas que abrangendo o território municipal, e subseqüentes alterações e desdobra-
já venham executando o serviço e que, até a data da publicação desta Lei, mentos, será precedida, obrigatoriamente, da realização de diagnóstico
hajam requerido a permissão. ambiental específico, parcial ou total, que deverá contemplar os aspectos
qualitativos e quantitativos dos componentes sócio-econômicos, culturais,
§ 3º Os serviços serão permitidos por prazo indeterminado, enquanto convi- urbanísticos, físicos e biológicos do Município.
erem ao interesse público.
Art. 304 - O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Integrado, parte
§ 4º Todo veículo deverá ser de cor branca ou bege e ter uma faixa azul em integrante de um processo contínuo de planejamento, aprovado por lei, é o
sua lateral. instrumento básico da política de desenvolvimento urbano, do uso e ocupa-
ção do solo, servindo de referência para todos os agentes públicos e priva-
§ 5º A documentação do veículo deverá ser a exigida pela Legislação em dos que atuam no Município e expressando as exigências fundamentais de
vigor além do selo de vistoria, que deverá ser fixado em local próprio. ordenação da Cidade, devendo atender aos seguintes princípios:

§ 6º O veículo deverá estar em condições normais de uso, aprovado pelo I - aplicar critérios ecológicos e de justiça social em seu planejamento com
órgão competente do Município. vista a garantir o pleno desenvolvimento das funções sociais do Município,
nos termos do Artigo 226 da Constituição Estadual;
§ 7º Os veículos serão vistoriados 02 (duas) vezes por ano, de acordo com
os números e datas fixadas pelo órgão municipal. II - garantir a proteção de sítios e monumentos que integram o patrimônio
natural, histórico, paleontológico, arqueológico, étnico e cultural, demarcan-
Art. 300 - O proprietário da concessão não poderá deixar descoberta a linha do também espaços destinados a manifestações culturais e esportivas;
concedida, estando sujeito às seguintes penalidades:
III - delimitar áreas representativas de sistemas naturais existentes no muni-
I - multa a ser estipulada pela Coordenadoria do Sistema Viário do Município cípio, para implantação de unidades de conservação e de áreas de lazer;
de Niterói;
IV - estabelecer o zoneamento ambiental, incluindo o das atividades poten-
II - cassação da concessão da linha. cialmente poluidoras;

Art. 301 - Não será permitido o transporte de cargas inflamáveis e animais V - propor mecanismos que solucionem conflitos de uso e ocupação do solo,
no veículo. assegurando às populações de baixa renda o acesso à titulação e posse da
terra;
Art. 302 - Não será permitido o tráfego de veículo Kombi de transporte de
pessoas sem a devida permissão fornecida pelo órgão competente do VI - delimitar as áreas faveladas e de baixa renda, com vista a garantir sua
Município. urbanização, regularização e titulação, promovendo assentamentos à sua
população;
§ 1º Os condutores deverão trabalhar devidamente uniformizados, de acordo
com os padrões a serem estabelecidos. VII - garantir às pessoas portadoras de deficiência o livre acesso a prédios
coletivos, públicos e particulares, e a logradouros públicos, mediante elimi-
§ 2º A tarifa deverá estar fixada no pára-brisa dianteiro do veículo. nação de barreiras arquitetônicas;

§ 3º Crianças maiores de 05 (cinco) anos, pagarão passagem. VIII - dispor sobre zoneamento, parcelamento do solo, seu uso e ocupação,
construções e edificações, proteção ao meio ambiente, licenciamento e
§ 4º A tarifa de subida obedecerá ao preço médio do menor ao maior quilô- fiscalização, e parâmetros urbanísticos básicos;
metro rodado, no transporte coletivo, fixado pelo Município.
IX - definir espaços destinados à colocação de equipamentos urbano e
§ 5º A tarifa de descida deverá ser de 50% da tarifa estipulada no artigo comunitário, compatíveis com cada local, inclusive os indispensáveis ao
anterior. saneamento básico;

X - definir o sistema viário integrado, contemplando as ciclovias;


CAPÍTULO VII

Legislação municipal 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
XI - definir o zoneamento para atividades extrativas, industriais, comerciais, te privatizadas.
residenciais, mistas e de serviços, através da utilização racional do território
e dos recursos naturais, através de controle de sua implantação e do seu Art. 311 - Para assegurar as funções sociais da Cidade e da propriedade, o
funcionamento; Poder Público poderá valer-se dos seguintes instrumentos, além de outros
que a lei definir:
XII - determinar as condições em que uma propriedade cumpre sua função
social. I - de caráter financeiro:

§ 1º As áreas de micro-bacias hidrográficas urbanas deverão ser considera- a) imposto predial e territorial urbano, progressivo e diferenciado por zonas e
das como unidade de planejamento para elaboração do Plano Diretor de outros critérios de ocupação do uso do solo;
Desenvolvimento Urbano Integrado e, posteriormente, como base para o b) taxas e tarifas;
planejamento, execução e análise de programas e projetos, públicos e c) contribuição de melhoria;
privados, de uso e ocupação do solo; d) incentivos e benefícios fiscais;
e) recursos públicos destinados especificamente ao desenvolvimento urba-
§ 2º Deverão ser utilizados no planejamento territorial, os recursos técnicos no.
adequados, como instrumentos básicos para confecção de mapas temáti-
cos, ficando estes à disposição do público. II - de caráter jurídico-urbanístico:

Art. 305 - Sistema de Planejamento é o conjunto de órgãos, normas, recur- a) desapropriação por interesse social ou de utilidade;
sos humanos e técnicas voltadas para a coordenação da ação planejada da b) servidão administrativa e limitações administrativas;
administração. c) tombamento de imóveis;
d) declaração de áreas de preservação ou proteção ambiental;
Art. 306 - A licença concedida para lotear, parcelar a terra, edificar, construir e) concessão real de uso;
e fazer acréscimo terá vigência a partir da data de sua concessão. f) concessão de direito real de uso resolúvel;
g) lei de parcelamento do solo urbano;
Art. 307 - A prestação dos serviços públicos à comunidade de baixa renda h) lei de perímetro urbano;
independerá do reconhecimento de seus logradouros e da regularização i) código de Obras e Edificações;
urbanística das áreas de suas edificações ou construções. j) código de Posturas;
k) lei de solo Criado;
Parágrafo Único - O ato de reconhecimento de logradouros de uso da popu- l) Código de Licenciamento e Fiscalização.
lação, não significa aprovação de parcelamento de solo, nem aceitação de
obras de urbanização, nem dispensa das obrigações previstas na legislação III - de caráter urbanístico institucional:
aos proprietários, loteadores e demais responsáveis.
a) programas de regularização fundiária;
Art. 308 - São áreas de preservação permanente no Município aquelas b) programas de reservas de áreas para utilização pública;
estabelecidas pela Lei Federal 4771, de 15 de setembro de 1965, e pela c) programas de assentamentos de população de baixa renda;
Resolução CONAMA nº 04/85. d) programas de preservação, proteção e recuperação das áreas urbanas.

Parágrafo Único - As coberturas vegetais existentes nas áreas de preserva- IV - de caráter administrativo:
ção permanente são consideradas indispensáveis ao desenvolvimento
urbano equilibrado e não poderão ser removidas. a) subsídios à construção habitacional para população de baixa renda;
b) urbanização de áreas faveladas, loteamentos irregulares e clandestinos,
Art. 309 - O Município preservará os locais e os espaços físicos de moradia integrando-os aos bairros, onde estão situados.
e trabalho das comunidades dedicadas à pesca, não permitindo a descarac-
terização das suas referências culturais e do seu território. Art. 312 - O Poder Público Municipal poderá exigir do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu ade-
Art. 310 - O Poder Público Municipal fica obrigado a: quado aproveitamento, sob pena de sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsória, no prazo máximo de um ano, a


SEÇÃO II contar da data da notificação pela Prefeitura ao proprietário do imóvel;
DA POLÍTICA URBANA
II - impostos progressivos, no tempo, exigível até a aquisição do imóvel pela
desapropriação, cuja ação deverá ser proposta no prazo de dois anos,
I - promover a regularização dos loteamentos clandestinos, irregulares, contando da data do primeiro lançamento do imposto;
abandonados ou não titulados, existentes até a data da promulgação da
Constituição Estadual, que não firam a legislação ambiental; III - desapropriação, com pagamento mediante título da dívida Pública de
emissão, previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate
II - priorizar, facilitar, promover e executar programas de construção de de até dez anos, em parcelas anuais iguais e sucessivas, assegurados o
moradias populares, garantida toda a infra-estrutura urbana para o seu valor real da indenização e os juros legais.
funcionamento;
Art. 313 - O processamento para desapropriação por interesse social e
III - propor mecanismos que solucionem conflitos de uso e ocupação do utilidade pública, para estocar e reservar terras para o atendimento de
solo, assegurando a urbanização, regularização fundiária e titulação das Política Urbana e diretrizes do Plano Diretor, adotará como valor justo e real
áreas faveladas e de baixa renda, sem remoção dos moradores, salvo em da indenização do imóvel desapropriado, o preço do terreno como tal, sem
risco de vida e em áreas de preservação ambiental; computar os acréscimos da expectativa de lucro ou mais-valia decorrentes
de investimentos públicos na região.
IV - preservar áreas de destinação e vocação agrícolas que não prejudiquem
a preservação ambiental e estimular suas atividades primárias, bem como Art. 314 - O Poder Público garantirá os meios de acesso da população ao
criar mecanismos de distribuição e comercialização direta ao consumidor; conjunto de informações sobre Política Urbana, como forma de controle
sobre a responsabilidade de suas ações, tanto no Plano Diretor, como na
V - reintegrar-se na posse e recuperar as áreas integrantes dos bens de uso discussão do processo da dotação orçamentária referente à matéria da
comum do povo, desvirtuadas de suas finalidades originais ou indevidamen- questão.

Legislação municipal 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
gerenciamento ambiental;
Art. 315 - O exercício do direito de propriedade atenderá à sua função
social, de acordo com as exigências do Plano Diretor. X - estimular a utilização de fontes energéticas alternativas e, inclusive, em
participar, do gás natural e do Biogás, bem como de equipamentos e siste-
Parágrafo Único - O direito de construir atenderá à sua função social. mas de aproveitamento de energia solar e eólica;

XI - garantir o acesso dos interessados às informações sobre as causas e


SEÇÃO III efeitos da poluição e da degradação ambiental;
DO MEIO AMBIENTE
XII - promover a conscientização da população e a adequação do ensino, de
forma a difundir os princípios e objetivos da proteção ambiental;
Art. 316 - O Município assegurará a todos o direito a um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida, bem como XIII - criar mecanismos de entrosamento com outras instâncias do Poder
fará observar o dever constitucional de preservá-lo. Público, que atuem na proteção do meio ambiente e áreas correlatas, sem
prejuízo da competência e autonomia Municipais;
§ 1º Para alcançar estes objetivos, o Poder Público formulará, mediante lei,
a Política Municipal de Meio Ambiente, na forma do disposto no artigo 30 da XIV - coibir qualquer tipo de poluição.
Constituição da República, respeitados os princípios estabelecidos na Cons-
tituição Federal, na Constituição Estadual, nas Leis Federais e nas Leis § 1º O sistema mencionado no caput deste artigo será coordenado por
Estaduais, criando o Sistema Municipal de Meio Ambiente, para organizar, órgão da administração direta.
coordenar e integrar órgãos e entidades da administração pública direta e
indireta, com o fim de: § 2º É vedada a implantação e ampliação de atividades poluidoras, cujas
emissões possam causar, ao meio ambiente, condições em desacordo com
I - zelar pela utilização racional dos recursos naturais, e, em particular, pela as normas e padrões de qualidade ambiental em vigor.
integridade do patrimônio biológico paisagístico, histórico, arquitetônico e
arqueológico, em benefício das gerações atual e futura; § 3º Aplica-se à atividade já implantadas o cumprimento das exigências de
padrões de qualidade ambiental em vigor.
II - definir a Política Municipal de Saneamento Básico, integrada aos Planos
Regionais, no que couber, estruturando-se para assumir plenamente seus § 4º Os prazos para atendimento aos padrões ambientais serão improrrogá-
serviços; veis e não poderão ser superior a 2 (dois) anos.

III - criar, implantar e manter unidades de conservação, de forma a adminis- § 5º O Poder Público divulgará, anualmente, os seus planos, programas e
trar espaços territoriais especialmente protegidos e seus componentes, metas para a recuperação da qualidade ambiental, incluindo informações
vedada qualquer utilização ou atividade que comprometa seus atributos detalhadas sobre a alocação dos recursos humanos e financeiros, bem
essenciais; como relatório de atividades e desempenho, relativos ao período anterior.

IV - promover a reposição da cobertura vegetal, priorizando espécies vege- § 6º Será considerada falta grave a ação ou omissão do servidor municipal
tais nativas da mata atlântica e restinga, objetivando especialmente: contrária às diretrizes e normas da Política Municipal do Meio Ambiente.

a) reflorestamento ecológico de encostas, áreas degradadas, manguezais, § 7º É vetado a construção, armazenamento e o transporte de armas nucle-
margens de rios e unidades de conservação; ares no Município de Niterói.
b) a fixação de dunas;
c) a recomposição paisagística e a arborização das vias públicas e áreas de Art. 317 - O Município adotará o princípio poluidor pagador, devendo as
lazer; atividades efetivas ou potencialmente causadoras da degradação ambientar
d) a consecução de um índice mínimo de cobertura florestal não inferior a arcar integralmente com os custos de monitoragem, controle e recuperação
20% (vinte por cento) do território do Município. das alterações do meio ambiente decorrentes de seu exercício, sem prejuízo
da aplicação de penalidades administrativas e da responsabilidade civil.
V - estabelecer critério, normas e padrões de proteção ambiental, com
ênfase, quando for o caso, na adotação de indicadores biológicos; § 1º O disposto neste artigo incluirá a imposição de taxa pelo exercício do
poder de polícia proporcional aos seus custos totais e vinculadas à sua
VI - controlar e fiscalizar as instalações, equipamentos, atividades, obras, operacionalização.
processos produtivos e extrativos ou empreendimentos, que comportem
risco efetivo à qualidade de vida e ao meio ambiente, adotando medidas § 2º O Poder Público estabelecerá política tributária que apene, de forma
preventivas ou corretivas, aplicando as sanções administrativas pertinentes, progressiva, as atividades poluidoras, em função da quantidade e da toxici-
e indicar judicialmente, independentemente da obrigação ao infrator de dade dos poluentes.
reparar o dano causado;
§ 3º Poderão ser concedidos incentivos por prazos limitados, na forma da
VII - condicionar a implantação de instalações e atividades efetiva ou poten- Lei, àquelas que:
cialmente causadoras de significativas alterações do meio ambiente e da
qualidade de vida, à prévia elaboração de estudo de impacto ambiental, a I - adotarem tecnologia poupadoras de energia;
que se dará publicidade, além de condicionar a expedição de licenças e
alvarás e os sistemas de concessão e permissão de serviços públicos à II - manterem unidade de conservação.
observância das normas estabelecidas pelo Sistema Municipal de Meio
Ambiente; § 4º É vetada a concessão de qualquer tipo de incentivo, isenção ou anistia
àqueles que tenham infringido normas e padrões de proteção ambiental, no
VIII - determinar a realização periódica por instituição capacitada e, prefe- mínimo nos 5 (cinco) anos anteriores à promulgação desta lei.
rencialmente, sem fins lucrativos, de auditorias ambientais e programas de
monitoragem que possibilitem a correta avaliação e a minimização da polui- Art. 318 - As infrações à Legislação Municipal de proteção ao meio ambien-
ção, às expensas dos responsáveis por sua ocorrência; te serão objeto das sanções administrativas relacionadas abaixo, sem
prejuízo das Legislações Federal e Estadual:
IX - buscar a integração das universidades, centros de pesquisas, associa-
ções civis e organizações sindicais nos esforços para garantir aprimorar o I - multa proporcional à gravidade da infração e do dano efetivo ou potencial;

Legislação municipal 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
VI - a Ilha da Boa Viagem;
II - redução do nível de atividade, de forma a assegurar o atendimento às
normas e padrões em vigor; VII - a Duna Grande de Itaipu;

III - embargo ou interdição; VIII - a Estação ecológica Parque da Cidade e o Morro da Viração;

IV - cassação do alvará de funcionamento. IX - o Morro das Andorinhas;

Parágrafo Único - As multas a que se refere o Inciso I deste Artigo serão X - outras que assim vierem a ser declaradas pelo Poder Público.
diárias e progressivas, nos casos de persistência ou reincidência.
Art. 324 - Os servidores Públicos Municipais encarregados da execução da
Art. 319 - Fica criado o Serviço de Fiscalização e Proteção Ambiental, política Municipal de Meio Ambiente, que tiverem conhecimento de infrações
composto por profissionais do meio ambiente. persistentes, intencionais ou por omissão às normas e padrões de proteção
ambiental, deverão comunicar o fato ao Ministério Público e à Procuradoria
Parágrafo Único - Inclui-se entre as incumbências do Serviço de Fiscaliza- do Município. Indicando os elementos de convicção, sob pena de responsa-
ção e Proteção Ambiental, exercer a fiscalização das áreas protegidas pela bilidade administrativa.
legislação ambiental, do comércio de madeiras, lenha, carvão, plantas
ornamentais, animais silvestres e recursos minerais, complementando a Parágrafo Único - Constatada a procedência da denúncia, o Município
ação dos órgãos Federais e Estaduais competentes. ajuizará ação pública, por danos ao meio ambiente, no prazo de 30 (trinta)
dias, a contar da mesma, sempre que o Ministério Público não tenha feito.
Art. 320 - O Poder Público permitirá a criação e a manutenção de unidades
de conservação privadas, sempre que for assegurado o acesso de acordo Art. 325 - O Poder Público estimulará e executará a coleta seletiva e a
com as características das mesmas e na forma dos respectivos Planos reciclagem, bem como a implantação de um sistema descentralizado de
Diretores. usinas de processamento de resíduos urbanos, de forma a minimizar custos
ambientais e de transportes.
Art. 321 - O Poder Público poderá estabelecer restrições administrativas de
uso de áreas privadas, objetivando a proteção de ecossistemas e da quali- § 1º Os projetos de implantação das usinas de beneficiamento a que se
dade de vida. refere este artigo deverão optar por tecnologia que assegure as melhores
relações custo-benefício, tanto na implantação quanto na operação.
Parágrafo Único - As restrições administrativas a que se refere este artigo,
serão averbadas no registro de imóveis no prazo máximo de 3 (três) meses, § 2º As taxas incidentes sobre os serviços de limpeza urbana incluirão
a contar e da promulgação desta Lei. previsão de reservas para a implementação de programas de coleta seletiva
e de implantação de usinas de processamento.
Art. 322 - É vetada a desafetação total de unidade de conservação, áreas
verdes, praças e jardins bem como qualquer utilização. (Redação dada pela § 3º A disposição final de resíduos urbanos sólidos obedecerá a todos os
Emenda à Lei Orgânica nº 11/95) critérios de controle ambiental, previstos em Lei, para atividade poluidora,
quer para projeto, implantação e operação.
§ 1º Poderá ser desafetada parte de praça e jardins que, não estejam urba-
nizados e utilizados pela comunidade para construção de bens públicos de Art. 326 - Caberá ao Município a coordenação das atividades destinadas a
interesse comunitário.(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº controlar e evitar quaisquer tipos de degradação ambiental nas áreas flores-
11/95 de 22.09.95) tais.

§ 2º À parte desafetada não poderá ultrapassar a 50% (cinqüenta por cento) § 1º O Órgão ambiental Municipal declarará Estado de Alerta de Incêndio
da área. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 11/95 de Florestal, a ser veiculado durante a sua vigência da forma mais eficaz e
22.09.95) abrangente, nos períodos climáticos críticos, favorável às queimadas, objeti-
vando alertar à população quanto aos riscos existentes.
§ 3º Qualquer árvore poderá ser declarada imune de corte, mediante ato do
órgão especializado da administração por motivo de sua localização, rarida- § 2º Durante a vigência do Estado de Alerta serão intensificados os contro-
de, beleza e condições de porta-semente. (Redação acrescida pela Emenda les de atividades potencialmente danosas.
à Lei Orgânica nº 11/95 de 22.09.95)
§ 3º As áreas de preservação permanente terão planos de controle específi-
§ 4º Os serviços de poda ou cortes, em logradouros públicos, somente cos a serem preparados pelo órgão ambiental e o sistema de vigilância
poderão ser efetuados mediante prévia autorização do órgão ambiental do envolverá, prioritariamente, a própria comunidade.
Município.(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 11/95 de
22.09.95) Art. 327 - Aqueles que exploram recursos minerais ficam obrigados a res-
taurar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida
Art. 323 - São declaradas áreas de preservação permanente a serem defini- pelo órgão público competente, na forma da lei.
das por lei, como de uso comum do povo de Niterói:
Art. 328 - O lançamento de esgotos sanitários, em ambientes aquáticos, tais
I - a Serra da Tiririca; como rios e lagunas, somente será permitido após tratamento, no mínimo, a
nível secundário ou até terciário, de acordo com o órgão municipal de meio
II - as serras Grande, do Malheiro e do Cantagalo; ambiente dentro de padrões preconizados pela OMS e padrões nacionais
em vigor.
III - as Praias de Adão e Eva e do Sossego;
§ 1º O Município reservará áreas, através dos instrumentos legais adequa-
IV - a laguna de Piratininga, com alinhamento de orla estabelecido pelo dos, com a finalidade de atender às necessidades de saneamento.
Decreto Estadual nº 7.5657 de 19 de setembro de 1984, e respectivo siste-
ma fluvial contribuinte; § 2º Caberá ao Município a gestão de serviços de saneamento, através de
órgão especializado da administração, facultada a realização de convênios
V - a laguna de Itaipu, com alinhamento de orla estabelecida em Lei, e para serviços de execução e manutenção.
respectivo sistema fluvial contribuinte;

Legislação municipal 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
SEÇÃO IV
DA PESCA Art. 335 - As ações do Poder Público Municipal darão apoio prioritário às
áreas, onde existirem projetos de regularização fundiária e assentamentos
rurais em implantação ou já implantados de caráter municipal, estadual ou
Art. 329 - Considerando o caráter vivo e natural do recurso pesqueiro e sua federal, inclusive com a destinação de recursos municipais para o seu
vocação espontânea, o Município definirá política específica para o setor desenvolvimento, podendo também firmar convênios com entidades públicas
pesqueiro, em consonância com as diretrizes dos Governos Estadual e e privadas, para a implementação desses projetos.
Federal, promovendo seu planejamento, ordenamento e desenvolvimento,
enfatizando sua função de abastecimento alimentar, através da implantação Art. 336 - A regularização de ocupação referente à imóvel rural incorporado
de mercados de peixes nas sedes distritais, provimento de infraestrutura de ao patrimônio público municipal far-se-á através de contrato de concessão
suporte à pesca, incentivo a aquicultura e implantação do sistema de infor- do direito real do uso, inegociável, pelo prazo de 10 (dez) anos, nos termos
mação setorial. do art. 247 da Constituição Estadual.

§ 1º Incumbe ao Município criar mecanismos de proteção e preservação de Parágrafo Único - A concessão do direito real de uso de terras públicas
áreas ocupadas pelas comunidades de pescadores, assegurando seu municipais subordinar-se-á, obrigatoriamente, além de outras que forem
espaço vital. estabelecidas pelas partes, às seguintes cláusulas definidoras:

Art. 330 - O Município articulará com os Governos Federal e Estadual I - o uso da terra direta, pessoal ou familiar, para cultivo ou qualquer outro
mecanismo de apoio à fiscalização das normas vigentes, relacionadas com tipo de utilização, que atenda aos objetivos da política agrária;
as atividades de pesca.
II - a obrigatória residência permanente dos beneficiários, na área objeto do
Art. 331 - O Município deve promover permanente adequação dos conteú- contrato;
dos dos currículos escolares das comunidades relacionadas econômica e
socialmente à pesca, à sua vivência, realidade e potencialidade pesqueira. III - a manutenção das reservas florestais obrigatória e a observância das
restrições de uso do imóvel, nos termos da Lei.

SEÇÃO V
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E AGRÁRIA TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 332 - O Município definirá política específica para o setor, em conso-


nância com as diretrizes do Governo Federal e Estadual, promovendo seu Art. 337 - O Município celebrará convênio com a União e o Estado, objeti-
planejamento, ordenamento e desenvolvimento, atendendo os seguintes vando o cumprimento dos benefícios sociais para os trabalhadores em geral.
princípios:
Art. 338 - Os programas de habitação popular, estabelecidos pelo Município,
I - elaborar programas anuais de produção agrícola em conjunto com os considerarão as seguintes prioridades para efeito de venda:
pequenos produtores através de suas representações sindicais e organiza-
ções similares; I - munícipes que percebam até 03 (três) salários mínimos;

II - estimular o plantio de gêneros alimentícios utilizados na merenda esco- II - munícipes em geral.


lar;
Parágrafo Único - Para efeito de programas de habitação popular estabele-
III - promover e apoiar a implementação de hortas comunitárias; cidos exclusivamente para os servidores, serão considerados prioritariamen-
te para efeito de venda:
IV - preservar o solo, nos termos do artigo 251, III, da Constituição Estadual;
I - aposentados e pensionistas da municipalidade;
V - apoiar os serviços de assistência gratuita aos pequenos produtores,
proprietários ou não, trabalhadores e suas organizações; II - funcionários ativos da municipalidade que percebam até 03 (três) salários
mínimos;
VI - criar e manter infra-estrutura de educação, saúde, transporte e lazer nas
áreas agrícolas; III - outros funcionários da municipalidade.

VII - estimular a produção e o plantio de mudas de árvores nativas de mata Art. 339 - O comércio de gêneros alimentícios é obrigado a afixar, na entra-
atlântica e restinga, objetivando atender os princípios do art. 316, inciso IV da do estabelecimento, placas visíveis com o preço das mercadorias inte-
da seção III. grantes da cesta básica.

VIII - promover a fiscalização sanitária municipal do abate de animais; Art. 340 - Os responsáveis pelos estabelecimentos de prestação de serviços
médicos, contratados ou conveniados, deverão afixar na entrada principal:
IX - colaborar no controle e fiscalização de venda de agrotóxicos, promo-
vendo inclusive a cassação do alvará do estabelecimento que não cumprir a I - a relação de seu pessoal médico e de apoio especializado;
legislação Federal e Estadual pertinente.
II - dias e horários dos plantões do pessoal de que trata o inciso anterior;
Art. 333 - O Poder Público Municipal fará o levantamento e cadastramento
de áreas agrícolas ocupadas por posseiros e os encaminhará à Defensoria III - as especialidades dos profissionais referidos.
Pública ou às entidades representativas da categoria rural que tenham
assistentes jurídicos com o mesmo fim, para garantir- lhes a propriedade Art. 341 - Em todos os estabelecimentos públicos deverão ser afixados, em
pelo usucapião. local visível e destacado, todos os direitos fundamentais do cidadão, bem
como os locais que deverão procurar em caso de violação destes direitos.
Art. 334 - A alienação ou concessão, a qualquer título de terra pública
municipal, com área superior a 50 hectares, dependerá de prévia autoriza- Art. 342 - É lícito a qualquer cidadão obter informações e certidões sobre
ção da Câmara de Vereadores, nos termos do art. 248 da Constituição assuntos referentes à administração Municipal.
Estadual.

Legislação municipal 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Art. 343 - Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração Art. 359 - Fica o Município autorizado a cobrar, inclusive através de convê-
de nulidade ou anulação dos atos lesivos ao patrimônio Municipal. nios com entidades representativas da sociedade, pela guarda de veículos
automotores em logradouros públicos, estabelecidos por Lei específica.
Art. 344 - O Município não poderá dar nome de pessoas vivas a bens e
serviços públicos de qualquer natureza. Art. 360 - Ficam os Poderes Municipais obrigados a colocar em todos os
veículos da frota Municipal o logotipo do Município, como símbolo de identi-
Art. 345 - É vetada na Administração Pública Direta, Indireta e Fundacional ficação da Cidade.
do Município, a contratação de empresas que reproduzam práticas discrimi-
natórias na admissão de mão-de-obra. Parágrafo Único - Se submetem a obrigação contida no caput do artigo
anterior os veículos da Administração Direta e Indireta, Câmara Municipal,
Art. 346 - O Município proporcionará aos servidores, homens e mulheres, IBASM, EMUSA, IDURB, CLIN e outras que porventura sejam criadas.
oportunidades adequadas de crescimento profissional através de programas
de formação de mão-de-obra, aperfeiçoamento e reciclagem, inclusive para Art. 361 - Os despachantes oficiais devidamente nomeados pelo Estado,
habilitação no atendimento específico à mulher. ficam autorizados a exercer livremente suas funções, junto aos órgãos do
Poder Municipal.
Art. 347 - É assegurada a isenção de pagamento de taxas de inscrição para
todos os estudantes à investidura em cargo ou emprego público, desde que Parágrafo Único - A autorização de que trata o presente artigo fica condicio-
comprovem insuficiência de recurso na forma da lei. nada à apresentação junto à Secretaria de Administração de documento
comprobatório da condição de Despachante Oficial.
Art. 348 - Os cemitérios no Município terão sempre caráter secular, e serão
administrados pela autoridade Municipal, sendo permitida a todas as confis- Art. 362 - O Poder Executivo estabelecerá estímulos permanentes para
sões religiosas e práticas de seus ritos. cobrança da dívida ativa judicial, de forma a torná-la elemento coercitivo
capaz de assegurar a eficácia do recebimento das receitas municipais,
Art. 349 - As associações religiosas e os particulares poderão, na forma da utilizando como instrumento para tal fim:
Lei, manter cemitérios próprios, fiscalizados, porém pelo Município.
I - o aumento de participação dos serventuários da justiça na penalidade de
Art. 350 - O Município garantirá proteção especial à servidora pública ges- ajuizamento;
tante, adequando ou mudando temporariamente suas funções nos tipos de
trabalho comprovadamente prejudiciais à sua saúde e à do nascituro, sem II - a eliminação do passivo fiscal existente com a anistia de processos,
que disso decorra qualquer ônus posterior para o Município. cujos valores não justifiquem a sua continuação de tramitação, conforme se
dispuser em regulamento;
Art. 351 - À funcionária gestante do Executivo e Legislativo será concedida,
mediante inspeção médica, licença com vencimentos e vantagens integrais, III - a ampliação do número de prestações não reajustáveis, em parcelamen-
pelo prazo de 04 (quatro) meses, prorrogáveis, no caso de aleitamento tos, quando se tratar:
materno, por, no mínimo, 30 (trinta) dias, estendendo-se no máximo até 90
(noventa) dias. a) de pessoas físicas de pouca renda;
b) de pessoas jurídicas de pequeno porte, inclusive microempresas;
Art. 352 - Para efeito do cumprimento do artigo 220 da presente Lei, a c) associações comunitárias, sem fins lucrativos, inclusive associações
prioridade será o ensino de 1º grau. esportivas, culturais e recreativas, sindicatos, clubes sociais, associações de
moradores e assemelhados.
§ 1º A população de 7 a 14 anos terá atendimento imediato.
Parágrafo Único - Dar-se-á prioridade de alocação de recursos materiais e
§ 2º A população de mais de 14 anos será atendimento prioritariamente humanos para enfatização das providências necessárias à cobrança judicial
segundo os seguintes critérios: da dívida ativa.

a) alfabetização ampla, atingindo a universalização do primeiro segmento do Art. 363 - REVOGADO. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 021/01)
1º grau, num prazo de 10 anos;
b) universalização do 1º grau completo em 15 anos. Art. 364 - REVOGADO. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 021/01)

Art. 354 - Entidades filantrópicas, voltadas principalmente à educação do Art. 365 - O artigo 2º da Lei nº 526, de 11 de dezembro de 1984, passa a ter
menor carente e ao idoso, poderão requerer ao Poder Público Municipal, a seguinte redação:
autorização para receber taxas de utilização dos estacionamentos da orla
marítima. "Art. 2º Para efeitos desta Lei computar-se-á inclusive o tempo de serviço no
desempenho de cargos e funções de confiança em empresas públicas,
Art. 355 - O Poder Municipal poderá celebrar convênios, acordos, protocolos sociedades de economia mista, autarquias, fundações públicas do Municí-
e contratos que visem viabilizar e dotar de recursos técnicos e financeiros, pio, e na Câmara Municipal de Niterói".
específicos, com órgãos governamentais, fundações, entidades e empresas,
para a implementação de planos, programas e projetos e demais ações de Art. 366 - Os vencimentos fixados para os servidores ocupantes de cargos
interesse social. de nível superior da escala de vencimentos do Município obedecerão ao
limite mínimo igual a 06 (seis) vezes o valor estabelecido para o nível inicial,
Art. 356 - É obrigação do Poder Público incentivar as práticas de agricultura quando obedecida à carga horária regulamentar. (Declarado inconstitucional
orgânica e agropecuária sem defensivos, podendo o Município viabilizar a pelo Órgão Especial do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de
implantação dos seus projetos. Janeiro em 30 de janeiro de 2012)

Art. 357 - Fica transformado em Anexo do Teatro Municipal o imóvel situado Art. 367 - SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 03/1993)
à Rua 15 de novembro nº 27.
Art. 368 - Ficam os estabelecimentos bancários autorizados a atender a
Art. 358 - Ficam criadas no Município de Niterói as Zonas de Livre Comércio aposentados, devidamente identificados, nos dias dos respectivos pagamen-
para efeito do horário de funcionamento do comércio varejista, cuja regula- tos a partir de uma hora antes do horário normal de abertura, respeitada a
mentação será remetida pelo Executivo para apreciação e votação pela legislação trabalhista em vigor.
Câmara.
Art. 369 - Fica autorizada a ampliação do horário de atendimento bancário

Legislação municipal 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


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ao público, desde que sejam estabelecidos dois turnos, de 6 (seis) horas
cada um, para os funcionários. Art. 379 - O Município definirá em Plano Diretor as áreas de preservação
permanente, adequando-as às legislações federais e estaduais pertinentes,
Art. 370 - Os jogos tidos como de azar poderá ser explorado, mediante de modo a estabelecer ordenamento territorial conforme estabelecido no
concessão do Município, como fim de incentivo e como forma de lazer social artigo 30, inciso VIII, da Constituição Federal, além do que determina o
nos termos em que dispuser a Lei Federal. artigo 1º, parágrafo único, da Lei Federal nº 7.803, de 18 de julho de 1989.

Parágrafo Único - A área destinada ao funcionamento de cassinos será Art. 380 - Será facultada a utilização das instalações das unidades de
definida através de proposta do Legislativo ao Executivo. ensino da rede municipal para atividades das Associações Profissionais de
Educação, dos Grêmios e das Associações de Pais, sem prejuízo das
Art. 371 - O Poder Executivo adotará, nos termos das Constituições Federal atividades educacionais.
e Estadual, as medidas legais e pertinentes à manutenção e criação de
Conselhos Municipais e Fundos Contábeis Municipais. Art. 381 - Os planos elaborados para os empreendimentos de obras e
serviços do Município, incluindo seus cronogramas, serão entregues ao
§ 1º A cooperação das associações representativas Municipais de que trata Poder Legislativo, para ciência do conjunto dos Vereadores.
o inciso X do artigo 29 da Carta Federal far-se-á:
Art. 382 - O Poder Público Municipal, nos limites de sua competência,
I - em nível setorial, por participação igualitária nos conselhos existentes ou garantirá a inviolabilidade das sedes de entidades representativas do movi-
que vierem a ser criado, por Decreto do Executivo. mento popular e associativo.

II - em nível superior, por representante comunitário de cada conselho Art. 383 - Os hospitais da rede municipal destinarão 10% (dez por cento) de
setorial, juntamente com um representante da área técnica em cada um dos seus leitos para atendimentos dos portadores da Síndrome da imunodefici-
Conselhos referidos; ência Adquirida.

III - a cada grupamento de unidades administrativas com funções destaca- Art. 384 - O Município não manterá convênio cultural, esportivo, econômico,
das no sistema corresponderá um colegiado, como expresso neste artigo. comercial ou científico ou estados que adotem política segregacional.

IV - constituem grupamentos todos os segmentos de ação comunitária Parágrafo Único - É vetada a instalação no Município cuja matriz estiver
devidamente legalizados e organizados, inclusive os de pessoas carentes, localizada nos países ou estados referidos neste artigo.
favelados, servidores municipais e pessoas portadoras de deficiência.
Art. 385 - REVOGADO. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 021/01)
§ 2º A indicação dos representantes comunitários, como definidos em regu-
lamento, far-se-á através de indicação direta da entidade que legitimamente Art. 386 - Ficam resguardados direitos e vantagens à viúva de Vereador que
os representem. vier a falecer durante seu mandato Legislativo, na sua integralidade, durante
o período restante do mandato.
§ 3º As pessoas portadoras de deficiência, em cada área, terão assegurado
a participação em reuniões nas quais se deliberem matérias a elas relacio- Art. 387 - O servidor público que adotar crianças de 0 a 12 (doze) anos de
nadas, independente da presença ou representação das entidades filantró- idade, terá direito ao gozo integral da licença e o auxilio maternidade, inclu-
picas do campo. indo as hipóteses de adoção de grupos de irmãos. Já o servidor que adotar
crianças entre 13 (treze) e 16 (dezesseis) anos, terá direito a 03 meses de
Art. 372 - Ficam mantidos o IBASM, IDURB, ENITUR, EMUSA, FUNIARTE licença e ao auxilio maternidade. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgâni-
e CLIN como entidades da Administração Indireta do Município. ca nº 34/09).

Art. 373 - É facultada na forma da lei a transferência da execução dos Parágrafo Único - O termo de adoção prescrito pela legislação pertinente
serviços de utilidade pública, por concessão e permissão, mediante concor- será o documento hábil para requerer o gozo da licença e o auxílio materni-
rência pública e ainda, por autorização, sujeitando-se estas a normas uni- dade.
formes.
Art. 388 - O Poder Executivo poderá instituir cursos de Artes Cênicas no
Art. 374 - O Município deverá incentivar a prática de festivais de música, Teatro Municipal de Niterói, dentro das normas pertinentes.
poesia, dança, teatro e outras formas de atividades culturais ligadas às
artes. Art. 389 - Compete ao Município, de acordo com o disposto no inciso IX do
artigo 29 da Constituição Federal, promover a proteção de seu patrimônio
Art. 375 - Aplica-se aos servidores municipais em geral o inciso V do artigo cultural, por meio de inventário, registro, tombamento e demais atos que se
7º da Constituição Federal, que atribui como direito piso salarial proporcional fizerem necessários.
à extensão e à complexidade do trabalho.
Art. 390 - Todo cidadão que doar seus olhos ao Banco de Olhos de Niterói
Art. 376 - Ainda que submetidos a prazos, os preceitos desta Lei Orgânica, para restabelecer a visão às pessoas cegas, propiciará a sua família gratui-
que importarem em isenções serão implementados através de mensagens dade das taxas municipais, referentes ao seu sepultamento.
do Executivo, submetida a Câmara Municipal, desde que apontadas às
fontes de custeio e obedecidos os dispositivos pertinentes da Constituição Art. 391 - Os recursos financeiros do sistema de saúde serão administrados,
Federal e Constituição Estadual. em cada esfera, por fundos de natureza contábil, criados na forma da Lei ex
vi do artigo 289, parágrafo único da Constituição Estadual e administrado
Art. 377 - Ainda que submetidos a prazos, os preceitos desta Lei Orgânica pela Fundação Municipal de Saúde.
que importarem em novos encargos ou em aumento dos existentes, serão
implementados através de Mensagem do Poder Executivo, submetida à Art. 392 - SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei orgânica nº 04 de
Câmara Municipal, desde que atendidas às disponibilidades do erário e 27.04.93)
obedecidos os dispositivos pertinentes da Constituição Federal e da Consti-
tuição Estadual. Parágrafo Único - SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei orgânica nº
04 de 27.04.93)
Art. 378 - Exigir-se-á para concessão do título de utilidade pública às Lojas
Maçônicas apenas o atestado de regularidade junto à entidade estadual a Art. 393 - A lei disciplinará a reversão dos bens vinculados aos serviços
que devem obediência. públicos municipais objeto de concessão ou permissão, mediante prévia e

Legislação municipal 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


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justa remuneração em dinheiro.
III - o Plano Diretor de Transportes Públicos;
Art. 394 - Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito do Prefeito
do Município, cumprir o disposto no Inciso XXXIV do artigo 12, Capítulo II - IV - o Plano Diretor de contenção, estabilização e proteção de encostas
Seção I. sujeitas à erosão e a deslizamentos, que deverá incluir a recomposição da
cobertura vegetal com espécies adequadas a tais finalidades.
Art. 395 - Não será admitido Projeto ou Lei a respeito de gratuidade em
serviços públicos municipais, sem indicação da correspondente fonte de Art. 10 - O Poder Público Municipal fica obrigado a dar cumprimento ao
custeio. inciso V do artigo 219 da presente Lei, bem como previsto no seu artigo 228,
quando da elaboração da proposta orçamentária para 1991.
Art. 396 - Poderá a Câmara Municipal de Niterói criar comissão parlamentar
de inquérito sobre fato determinado e prazo certo, mediante requerimento de Art. 11 - A carga horária mínima será universalizada imediatamente, poden-
um terço de seus membros. do o turno único ser estendido ao conjunto da rede.

Art. 397 - Aplicam-se aos Membros do Poder Legislativo do Município o Art. 12 - A universalização de o ensino regular noturno se fará nos moldes
preceito contido na alínea D do inciso I do Art. 159. (Redação acrescida pela do art. 220, item III, devendo, ao final de 15 (quinze) anos, ser extinto o
Emenda à Lei Orgânica nº 8/95) ensino supletivo, na mesma proporção da implantação do ensino regular que
o substituirá.
Art. 398 - SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº
026/2005) Art. 13 - Fica estabelecido um prazo de 04 (quatro) Meses, a partir da data
da publicação desta Lei, para que o atual Executivo Municipal apresente o
Plano Municipal de Educação, com vistas a incluir ações que garantam o
ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS cumprimento do disposto no artigo 313 da Constituição Estadual e 214 da
Constituição Federal.

Art. 1º O Prefeito e os Vereadores da Câmara Municipal prestarão compro- Art. 14 - Num prazo de 12 (doze) meses, os prédios escolares serão adap-
misso de manter, defender e cumprir esta Lei Orgânica, no ato e na data de tados aos portadores de deficiência física, sendo exigidas a partir da pro-
sua promulgação. mulgação da presente Lei a construção de novos prédios, já dentro das
especificações técnicas exigidas para a plena utilização por este tipo de
Art. 2º No prazo de 12 (doze) meses, para efeito do disposto no artigo 183, aluno.
o Município deverá instituir, por Lei, órgão governamental com o objetivo de
dar cumprimento às diretrizes apontadas na Constituição Federal. Art. 15 - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 021/01)

Art. 3º Fica estipulado o prazo de até 180 dias, após a promulgação desta Art. 16 - Num prazo máximo de 12 (doze) meses, a partir da promulgação
Lei Orgânica, para a criação de estrutura das Comissões Permanentes da da presente Lei, o Poder Público Municipal providenciará o pleno cumpri-
Câmara Municipal, através de Projeto de Resolução. mento do artigo 175, garantindo o direito de opção pelos servidores em
questão, ou mediante a adoção, inclusive, de concurso público para suprir
Art. 4º Deverá o órgão de defesa do consumidor, no prazo máximo de os cargos ou empregos vagos.
90(noventa) dias depois de constituído, ser registrado no Conselho Nacional
de Defesa do Consumidor (CNDC), no Ministério da Justiça. Art. 17 - O próximo censo escolar deverá ser realizado no ano de 1992,
coincidindo com o último ano do atual governo municipal.
Art. 5º Fica fixado em 180 (cento e oitenta) dias o prazo para elaboração do
Regimento Interno da Câmara Municipal de Niterói. Art. 18 - O Poder Público definirá, no prazo máximo de 06 (seis) meses, na
forma da lei, entre as categorias de unidade de conservação estabelecida
Art. 6º Serão revistas pela Câmara Municipal, através de Comissão Mista, pela Resolução CONAMA nº 11 de 03 de dezembro de 1987, aquelas ade-
até cinco de outubro de 1991, todas as doações, vendas, concessões de quadas à proteção das áreas de preservação permanentes.
utilidade pública, arrendamentos, locações, comodatos de próprios munici-
pais, aplicados à revisão dos critérios contidos nos parágrafos do art. 51 do Art. 19 - A contar da promulgação da Lei Orgânica, no prazo máximo de 05
ato das Disposições Transitórias da Constituição da República. (cinco) meses, exploradores de recursos minerais ficam obrigados a apre-
sentar ao órgão público competente um projeto de recuperação de áreas
Art. 7º A Câmara Municipal fará um levantamento, através de Comissão degradadas.
Mista integrada pelo Legislativo e Executivo, de todas as ocupações, doa-
ções, vendas e concessões de terras públicas realizadas até a promulgação Parágrafo Único - A inobservância deste preceito sujeitará o infrator à cas-
da Lei Orgânica do Município. sação do alvará de funcionamento.

§ 1º O referido levantamento deverá ser concluído no prazo máximo de 12 Art. 20 - Fica estabelecido o prazo de até 12 (doze) meses, a partir da
(doze) meses após a promulgação da Lei Orgânica. promulgação desta Lei, para o Executivo apresentar a CAES (Comissão de
Análise Especial) criada pela Lei Municipal nº 659/87, os Planos de trabalho
§ 2º Não se enquadram neste item às ocupações urbanas utilizadas para a contendo metodologia, normas, cronogramas e custo para as seguintes
construção de moradia pela população de baixa renda. atividades:

Art. 8º O Município realizará, até 6 (seis) meses após a promulgação da Lei I - levantamento, mapeamento e cadastro fundiário do Município;
Orgânica, um levantamento de todas as áreas públicas de sua propriedade,
mantendo-as cadastradas e atualizadas. II - recuperação das lagunas de Piratininga, Itaipu e respectivas bacias
hidrográficas;
Art. 9º O Poder Executivo tem o prazo máximo de 2 (dois) anos para elabo-
rar, com base em critérios técnicos adequados, e submeter à aprovação da III - zoneamento da área de Proteção Ambiental das lagunas de Piratininga e
Câmara Municipal: Itaipu;

I - o Plano Diretor Viário, incluindo a previsão de sistemas de ciclovias; IV - plano municipal de saneamento;

II - o Plano Diretor de Macro-Micro-Drenagem; V - urbanização, regulamentação fundiária e titulação das áreas faveladas e

Legislação municipal 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de baixa renda; Parágrafo Único - As Comissões Permanentes da Câmara Municipal elabo-
rarão, no prazo de iniciativa deste artigo, os projetos do Legislativo, em
VI - programas de construção de moradias populares; matéria do âmbito de sua competência específica, de forma a serem discuti-
dos e convertidos em resolução.
VII - implantação de núcleos agrícolas;
Art. 31 - A revisão desta Lei Orgânica será realizada após a da Constituição
VIII - compatibilização dos espaços urbanos ao trânsito de livre circulação de do Estado do Rio de Janeiro, pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da
deficientes. Câmara Municipal.

Art. 21 - As atividades poluidoras já instaladas no Município têm o prazo Art. 32 - Dentro de 90 (noventa) dias, a contar da publicação desta Lei
máximo de 03 (três) anos para atender às normas e padrões federais e Orgânica, o Executivo e o Legislativo, através de, respectivamente, Lei e
estaduais em vigor da data da promulgação desta Lei Orgânica. Resolução, compatibilizarão as competências mútuas das Procuradorias
respectivas, de forma a harmonizar a atuação jurídica de ambas nos estritos
§ 1º O prazo máximo a que se refere o presente artigo poderá ser reduzido limites de suas competências, cabendo:
em casos particulares, a critério do Executivo Municipal, não devendo servir
de argumento, em nenhuma hipótese, para justificar a dilatação de prazos I - à Procuradoria Geral do Município a representação, em juízo ou fora dele,
estabelecidos por órgãos federais e estaduais de meio ambiente. da cidade como um todo;

§ 2º O não cumprimento do disposto no caput deste artigo implicará na II - à Procuradoria Geral da Câmara Municipal, tudo que diga respeito à
imposição de multa diária retroativa à data de vencimento do referido prazo legitimidade dos atos do Legislativo, a sustentação desta em juízo ou fora
e proporcional à gravidade da infração, em função da quantidade de toxida- dele, inclusive no que tange a divergências com o próprio Executivo.
de dos poluentes emitidos, sem prejuízo da interdição da atividade.
Art. 33 - A Fundação Municipal de Saúde de Niterói terá suas finalidades e
Art. 22 - O Município poderá implantar, no prazo máximo de 5 (cinco) anos a formas de administração regulamentadas, de modo a ajustar- se às normas
contar da promulgação desta Lei Orgânica, uma Usina de Reciclagem de Constitucionais, à atual Lei Orgânica da Saúde e à presente Lei.
Lixo para processamento de resíduos a fim de atender às suas necessida-
des. Art. 34 - No prazo máximo de 06 (seis) meses, a contar da promulgação
desta Lei Orgânica, a Comissão Executiva da Câmara Municipal deverá
Art. 23 - Para o exercício de 1990, fica com validade a licitação já realizada realizar um Censo de seus funcionários.
que tomou órgãos oficiais da municipalidade os jornais O Fluminense e A
Tribuna. § 1º Constatado o fato de algum servidor acumular dois ou mais empregos
públicos, deverá o mesmo optar por um deles, de acordo com o artigo 37,
Art. 24 - O Poder Público Municipal promoverá edição popular do texto incisos XVI e XVII, da Constituição Federal.
integral desta Lei Orgânica, que será posta à disposição das unidades da
rede municipal de ensino público, dos cartórios, dos sindicatos, das associa- § 2º Excluem-se do disposto no parágrafo anterior os ocupantes de cargo
ções de moradores, de bairros e favelas, dos quartéis, das igrejas e de em comissão ou de confiança.
outras instituições representativas da comunidade, gratuitamente, de modo
que possa o cidadão tomar conhecimento desta Lei. § 3º Para efeito do Censo referido no caput deste artigo, deverá ser realiza-
do um estudo de todos os setores da administração, objetivando o número
Art. 25 - O Poder Executivo encaminhará a Câmara Municipal, no prazo de funcionários estritamente necessários.
previsto na Constituição Federal, o Plano de Cargos e Salários para os
servidores da administração direta, autárquica e fundacional. Art. 35 - Ficam garantidas todas as conquistas sociais e populares não
explícitas nesta Lei Orgânica e prescritas pelas Constituições Federal e
Parágrafo Único - Na elaboração do Plano será garantida a participação do Estadual, exceto as que, objeto de argüição de inconstitucionalidade, deixa-
funcionalismo municipal, através de suas entidades representativas. rem de compor o texto das Leis Constitucionais referidas.

Art. 26 - Fica estipulado o prazo previsto na Constituição Federal para que o Art. 36 - Ficam anistiados os servidores demitidos pelos atos do Poder
Poder Legislativo implante o Plano de Cargos e Salários. Executivo de nºs. 342 e 343, de 23 de julho de 1975, com a imediata read-
missão, sem direito a qualquer ressarcimento.
Art. 27 - O Poder Público Municipal contará com o prazo de 06 (seis) meses
para dar cumprimento ao inciso V do artigo 218 da Seção I do Capítulo IV, Art. 37 - O Município formulará, com antecedência de pelo menos seis
Título V. meses, o calendário de pagamento dos servidores municipais.

Art. 28 - No prazo de 02 (dois) anos, a contar da promulgação desta Lei Parágrafo Único - O Pagamento dos servidores será feito até o dia 05 (cin-
Orgânica, ficam obrigadas as diretoras das escolas municipais a cumprir os co) do mês subseqüente.
requisitos a que refere o artigo 236, § 1º desta Lei.
Art. 38 - Os Poderes Executivo e Legislativo do Município procederão,
Art. 29 - No prazo de 12 (doze) meses o Poder Executivo deverá criar uma dentro de 02 (dois) anos, à reclassificação de todos os seus servidores,
legislação específica de turismo em nível Municipal, enviando- a a aprecia- mediante prova de títulos e concurso interno, observadas as seguintes
ção e votação do Poder Legislativo. disposições:

§ 1º Obedecidas às normas constitucionais, na legislação deste artigo, I - serão transformados os cargos anteriormente regidos pela Consolidação
poderá o Poder Executivo conceder incentivos fiscais. das Leis do Trabalho, incluídos no Regime Único de que tratam a Lei Muni-
cipal nº 765, de 17 de novembro de 1989, e a Resolução nº 1.888, de 06 de
§ 2º Poderão ser beneficiadas as entidades que comprovadamente investi- dezembro de 1989, enquadrados os excedentes em Quadro Suplementar.
rem no turismo, obedecida à regulamentação do órgão competente.
II - idêntico procedimento será adotado com servidor de um Poder, colocado
Art. 30 - Fica estabelecido o prazo máximo de 12 (doze) meses, a contar da à disposição de outro, que opte pelo exercício definitivo na situação atual;
promulgação desta Lei, para que os poderes Executivos e Legislativos dêem
início ao processo de elaboração das leis que complementarão desta Lei III - será realizada uma reclassificação geral, com enquadramento que
Orgânica. corrija os desvios de funções, colocados os excedentes em Quadro Suple-
mentar, nela incluídos os servidores de que tratam os incisos anteriores.

Legislação municipal 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 5º É vedada a atribuição ao funcionário de encargos ou serviços dife-
Art. 39 - Ficam as empresas concessionárias dos transportes coletivos rentes das tarefas próprias de seu cargo, ressalvados os casos de funções
urbanos obrigados a retirar dos veículos qualquer equipamento que dificulte de chefia, de direção, assessoramento e comissões.
ou impeça o passageiro a se locomover em qualquer direção, exceto retorno
à roleta, num prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias, a partir da Art. 6º É vedada a vinculação de cargos públicos municipais, de qualquer
promulgação desta Lei Orgânica. natureza, para efeitos de vencimento ou remuneração.

Art. 40 - A aprovação do projeto de parcelamento ou edificação deverá Art. 7º Os vencimentos dos cargos públicos municipais obedecerá a pa-
obedecer à legislação vigente à época de sua aprovação, independentemen- drões, símbolos ou classes, fixados em Lei.
te da legislação vigente de sua protocolização, assegurado o prazo máximo
de 12 (doze) meses para o licenciamento das obras. Art. 8º Os cargos públicos do município podem ser de provimento efetivo
ou provimento em comissão.
§ 1º O prazo máximo para conclusão das fundações será de 12 (doze) I - cargo efetivo é todo aquele para cujo provimento é exigido concurso
meses, contados do licenciamento da obra, sob pena do projeto ser reanali- público de prova ou de provas e títulos;
sado com base na legislação que estiver em vigor. II - cargo em comissão é o declarado em Lei, de livre nomeação e exone-
ração pelo Chefe do Poder Executivo do Município.
§ 2º Os prazos de licenciamento das edificações coletivas e arruamentos
serão de 24 meses, podendo ser alterados, a critério do órgão municipal Seção I - Dos Cargos de Provimento Efetivo
competente, com a apresentação prévia de cronograma físico, de modo a se
evitar a proliferação de obras inacabadas, salvo casos de excepcionalidade. Art. 9º Os cargos de provimento efetivo se dispõem em classes singulares
e séries de classes.
Art. 41 - É vetada a ampliação dos serviços educacionais prestados pelo § 1º Classe singular é o conjunto de cargos de denominação, atribuições
Poder Público Municipal para os níveis ulteriores, enquanto não estiver e responsabilidades diversas e cujo número não justifica a instituição de
plenamente atendida a demanda do pré-escolar e de 1º grau. série de classe.
§ 2º Série de classe é o conjunto de classes da mesma natureza de
Art. 42 - Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos integrantes da trabalho, dispostas hierarquicamente, de acordo com o grau de complexi-
Câmara Municipal, será promulgada pela Mesa e entrará em vigor na data dade ou dificuldade das atribuições e com o nível de responsabilidade,
de sua promulgação, revogadas as disposições em contrário. constituindo a linha natural de promoção do funcionário.

MESA DIRETORA Seção II - Dos Cargos de Provimento em Comissão

Art. 10. Os Cargos de Provimento em Comissão se destinam a atender a


2. Estatuto dos servidores públicos de Niterói (Lei Municipal n.º
encargos de chefia, direção, consulta ou assessoramento.
531, de 18 de janeiro de 1985). § 1º Os Cargos de que trata este artigo são providos através de livre
escolha do Chefe do Poder Executivo do Município, por pessoas que pos-
LEI No. 531 DE 18 DE JANEIRO DE 1985 suam capacidade profissional e reúnam as condições necessárias à inves-
Aprova o Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais de Niterói. tidura no serviço público, podendo a escolha recair ou não, em funcionários
do Município.
TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES § 2º No caso da escolha recair em servidor de órgão público não subordi-
CAPÍTULO ÚNICO nado ao Chefe do Poder Executivo do Município, o ato de nomeação será
precedido da necessária requisição.
Art. 1º Esta Lei estabelece o Regime Jurídico dos Funcionários Públicos do § 3º Não poderão ocupar cargo em comissão os que tenham sido apo-
Poder Executivo do Município de Niterói. sentados por invalidez para o servidor público, desde que subsistentes os
motivos que determinaram a inatividade.
Art. 2º Funcionário Público, para efeito deste Estatuto, é a pessoa legal-
mente investida em cargo público, criado em Lei, que perceba dos cofres Art. 11. O funcionário, ocupante de cargo efetivo, ou em disponibilidade,
municipais vencimentos pelos serviços efetivamente prestados. nomeado para cargo em comissão, perderá durante o exercício desse
Parágrafo único. As suas disposições aplicam-se aos membros do cargo, o vencimento ou remuneração do cargo efetivo, salvo se optar pelo
Magistério, no que não colidirem com os preceitos constitucionais e o mesmo.
Estatuto próprio. § 1º O funcionário nomeado para cargo de comissão, que usar do direito
de opção pelo vencimento e vantagens do cargo efetivo de que seja titular,
TÍTULO II - DO QUADRO DE PESSOAL, DOS CARGOS E fará jus a uma gratificação equivalente a 2/3 (dois terços) do valor fixado
DA FUNÇÃO GRATIFICADA para aquele, aplicando-lhe, quando couber, o disposto no § 3º do artigo 12
CAPÍTULO I - DO QUADRO DE PESSOAL desta Lei.
§ 2º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior aos servidores referidos no
Art. 3º Quadro é o conjunto de séries de classes, de classes singulares, de § 2º do artigo 10, quando colocados à disposição do Poder Executivo
Cargos de Comissão e Funções Gratificadas, compreendendo: Municipal, com ônus para o órgão de origem.
I - Quadro Permanente - Q.P - Integrado por Cargos de Provimento § 3º A opção pelo vencimento do cargo de comissão não prejudicará o
Efetivo, em Comissão e Funções Gratificadas; adicional por tempo de serviço devido ao funcionário, que será calculado
II - Quadro Suplementar - Q.S - Integrado pelos cargos, que se tornarem sobre o valor do cargo que ocupa em caráter efetivo.
desnecessários à Administração Municipal e que, devem ser extintos à § 4º O servidor contratado que aceitar nomeação para cargo em comis-
medida que se vagarem. são da estrutura da Administração Direta e das suas autarquias, terá sus-
penso seu contrato de trabalho, enquanto durar o exercício do cargo de
CAPÍTULO II - DOS CARGOS comissão.
§ 5º Exonerado do cargo em comissão, o servidor reverterá imediatamen-
Art. 4º Cargo é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a te ao exercício do contrato.
um funcionário, identificando-se pelas características de criação por Lei, § 6º O afastamento e o retorno de que tratam os parágrafos 4º e 5º deste
denominação própria, número certo e pagamento pelos cofres do Municí- artigo, serão, obrigatoriamente anotados na Carteira de Trabalho da Previ-
pio. dência Social, bem como nos demais registros do servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos do Poder Executivo do Município de § 7º A retribuição pelo exercício de cargo em comissão será do valor do
Niterói são acessíveis a todos os brasileiros, natos ou naturalizados, e, aos respectivo símbolo, podendo o servidor optar por retribuição corresponden-
portugueses, nas condições previstas em Lei. te a 2/3 (dois terços) do valor do símbolo do cargo em comissão à qual se

Legislação municipal 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
acrescentará, como gratificação suplementar temporária, o valor corres- CAPÍTULO II
pondente ao que o servidor vinha percebendo no exercício do contrato
suspenso. Art. 18. O concurso de que trata o § 3º do artigo anterior, será realizado
§ 8º O regime previdenciário dos servidores no exercício de cargos é o para provimento de cargos existentes na classe singular ou na classe inicial
dos funcionários efetivos da Administração Direta. na série de classes, na forma das respectivas instruções.

CAPÍTULO III - DA FUNÇÃO GRATIFICADA Art. 19. Das instruções para o concurso constarão:
I - o limite de idade dos candidatos que poderá variar de 18 (dezoito)
Art. 12. Função gratificada é a instituída em lei para atender a encargos de anos completos, dependendo da natureza do cargo a ser provido;
Chefia e de outros que não justifiquem a criação de cargo. II - o grau de instrução exigível mediante apresentação do respectivo
§ 1º O desempenho de função gratificada será atribuído, exclusivamente, certificado de conclusão do curso;
ao funcionário do Poder Executivo Municipal, mediante ato expresso do III - a privatividade ou não do exercício dos cargos a serem providos por
Procurador geral e dos Secretários Municipais. cidadãos do sexo masculino e feminino;
§ 2º A gratificação será percebida, cumulativamente, com o vencimento e IV - o número de vagas a serem preenchidas, distribuídas por especiali-
vantagens do cargo de que for titular o gratificado. zação, quando for o caso;
§ 3º Não perderá a gratificação a que se refere este artigo, o funcionário V - o prazo de validade do concurso, que será de 2 (dois) anos, prorrogá-
que se ausentar em virtude de férias, casamento, luto, serviços obrigatórios vel por igual período, a juízo do Chefe do Poder Executivo.
por Lei e licença para tratamento de saúde ou à gestante.
§ 4º A retribuição pelo exercício da função gratificada, ao funcionário Art. 20. Independente de limite de idade a inscrição em concurso, de servi-
contratado, corresponderá ao valor do respectivo símbolo, a que se acres- dores da Administração Direta ou Indireta dos Municípios, dos Estados e da
centará, como gratificação suplementar temporária, o valor correspondente União, ressalvados os cargos em que, pela tipicidade das tarefas ou atribu-
ao que o servidor vinha percebendo no exercício no prazo máximo de 30 ições de cada cargo singular ou de série de classes, deva ser fixado limite
(trinta) dias. próprio pelas instruções especiais de cada concurso.
§ 5º Aplica-se à função gratificada o disposto no § 3º do art. 10, e nos §§ Parágrafo único. O funcionário efetivo que pretenda acumular o cargo já
4º, 5º, 6º e 8º do art. 11 desta Lei. ocupado com o que for objeto do concurso, desde que acumuláveis, ficará
sujeito ao limite de idade que for estabelecido para os demais candidatos.
Art. 13. Compete à autoridade a que ficar subordinado o funcionário desig-
nado para função gratificada dar-lhe exercício no prazo máximo de 30 CAPÍTULO III - DAS FORMAS DE PROVIMENTO
(trinta) dias.
Art. 21. Os cargos públicos municipais são providos por:
CAPÍTULO IV - DA SUBSTITUIÇÃO I - nomeação;
II - reintegração;
Art. 14. Os cargos em comissão e função gratificadas poderão ser exerci- III - promoção;
dos eventualmente, em substituição, nos casos de impedimento legal e IV - acesso;
afastamento de seus titulares. V - readaptação;
VI - transferência;
Art. 15. A substituição será automática ou mediante ato da Administração, VII - aproveitamento;
e independerá de posse. VIII - reversão.
§ 1º A substituição automática é a estabelecida em Lei, regulamento ou
regimento. Seção I - Da Nomeação
§ 2º Quando depender de ato da Administração, o substituto será desig-
nado pela autoridade imediatamente superior àquela a substituída. Art. 22. A nomeação será feita:
I - em caráter de efetivo, quando se tratar de nomeação para cargo de
Art. 16. A substituição será gratuita, salvo, se por prazo superior a 30 classe singular ou para cargo de classe inicial de série de classe;
(trinta) dias consecutivos, quando então será remunerada, por todo o II - em comissão, quando se tratar de cargo que assim deva ser provido.
período, com vencimento e vantagens atribuídos ao cargo em comissão ou
função gratificada, ressalvado o caso de opção pelo vencimento e vanta- Seção II - Da Reintegração
gens do cargo efetivo.
§ 1º Quando se tratar de detentor de cargo em comissão ou função Art. 23. A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou judicial,
gratificada, o substituto fará jus somente à diferença de remuneração. é o retorno do funcionário ao serviço público municipal, com ressarcimento
§ 2º A substituição não poderá recair em servidor contratado ou em do vencimento, direito e vantagens atinentes ao cargo.
pessoa estranha ao serviço público municipal, salvo na hipótese do pará- Parágrafo único. A decisão administrativa que determinar a reintegração
grafo anterior. será sempre proferida em pedido de reconsideração; recurso hierárquico ou
revisão de processo.
TÍTULO III - DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA DOS
Art. 24. A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado, se este
CARGOS PÚBLICOS
houver sido transformado, no cargo resultante da transformação e, se
CAPÍTULO I - DO PROVIMENTO
extinto, em cargo de vencimento ou remuneração equivalente, atendida à
Art. 17. Compete ao Chefe do Poder executivo prover os cargos públicos habilitação profissional.
que compõem o Quadro Permanente. - Q.P.
§ 1º O ato de provimento deverá indicar, necessariamente, a existência Art. 25. Reintegrado administrativa ou judicialmente o funcionário, quem lhe
da vaga, com todos os elementos capazes de identificá-la. houver ocupado o lugar será exonerado de plano ou, se estável, será
§ 2º O funcionário não poderá, sem prejuízo de seu cargo, ser provido em reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, sem direito, em ambos os
outro cargo efetivo ou admitido como contratado, salvo nos casos de acu- casos, a qualquer indenização.
mulação legal.
§ 3º A nomeação para cargos de provimento efetivo, dependerá de prévia Art. 26. O funcionário reintegrado será submetido a inspeção médica e
habilitação em concurso de provas ou de provas de títulos. aposentado se julgado incapaz.
§ 4º A nomeação observará o número de vagas existentes, obedecerá à
ordem de classificação em concurso e será feita para cargo de classe Seção III - Da Promoção
singular ou para cargo de classe inicial de série de classes objeto de con-
curso. Art. 27. Promoção é a elevação do funcionário à classe imediatamente
superior àquela a que pertence, dentro da mesma série de classes, obede-
cidos, alternadamente, os critérios de antiguidade e merecimento, e obser-

Legislação municipal 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
vado o interstício na classe. Art. 41. Transferência é o ato de provimento do funcionário em
Parágrafo único. O critério a que obedecer a promoção deverá vir ex- outro cargo de denominação diversa, realizado com observância da habili-
presso no respectivo ato. tação profissional, na forma estabelecida em regulamento.

Art. 28. O merecimento será apurado, objetivamente, segundo preenchi- Art. 42. A transferência se fará à vista de comprovação competitiva de
mento de condições definidas em regulamento. habilitação dos interessados para o exercício do novo cargo.
Parágrafo único. Da apuração do merecimento será dado conhecimento
ao funcionário. Art. 43. Não poderá ser transferido o funcionário que não tenha adquirido
estabilidade.
Art. 29. Não poderá ser promovido o funcionário em estágio probatório
e o que não tenha o interstício de 730 dias de efetivo exercício na classe. Seção VI - Da Readaptação

Art. 30. A antiguidade será determinada pelo tempo de efetivo exercício na Art. 44. O funcionário estável poderá ser readaptado, "ex-officio"
classe, apurado em dias. ou a pedido, em função mais compatível ou por motivos de saúde e incapa-
cidade física.
Art. 31. Havendo fusão de classes, a antiguidade abrangerá o efetivo
exercício na classe, apurado em dias. Art. 45. A readaptação de que trata o artigo anterior se fará por:
I - redução ou comedimento de encargos diversos daqueles que o funcio-
Art. 32. Só poderão concorrer à promoção os funcionários colocados, por nário estiver exercendo, respeitadas as atribuições de série de classes a
ordem de antiguidade, nos dois primeiros terços da lista ressalvada a que pertencer, ou do cargo de classe singular de que for ocupante;
hipótese de número de vagas ser igual ou superior ao de candidatos, II - provimento em outro cargo.
quando poderão ser promovidos os integrantes do último terço. § 1º A readaptação dependerá sempre de prévia inspeção realizada por
Parágrafo único. As promoções, por antiguidade e merecimento, se junta médica do órgão oficial.
processarão de acordo com a lista organizada pelo órgão competente. § 2º A readaptação referida no inciso I deste artigo não acarretará des-
censo nem elevação de vencimento.
Art. 33. As promoções serão obrigatoriamente realizadas de doze em doze
meses, sempre no dia consagrado ao funcionário, desde que verificada a Art. 46. A readaptação será processada:
existência de vaga, na forma da regulamentação própria. I - quando provisória, mediante ato do Secretário Municipal de Adminis-
§ 1º Quando decretada em prazo excedente ao legal, a promoção produ- tração, pela redução ou atribuição de novos encargos ao funcionário, na
zirá seus efeitos a contar da data em que deveria Ter sido efetivada. mesma ou em outra unidade administrativa, consideradas a hierarquia e as
funções de seu cargo;
Art. 34. O funcionário submetido a processo administrativo disciplinar ou II - quando definitiva, por ato do Chefe do Poder Executivo, para cargo
penal poderá ser promovido, entretanto, se for pelo critério de merecimento, vago, mediante transferência, observados os requisitos de habilitação
ficará sem efeito no caso de o processo resultar em penalidade. fixados para a classe respectiva.
Art. 35. Ocorrendo empate na classificação por antiguidade, terá preferên- Seção VII - Do Aproveitamento
cia o funcionário de maior tempo de serviço na Prefeitura de Niterói, persis-
tindo o empate, terá preferência, sucessivamente, o de maior tempo de Art. 47. Aproveitamento é o retorno ao serviço público municipal do funcio-
serviço público, o mais idoso e o de maior prole. nário colocado em disponibilidade.
Parágrafo único. Se o empate se verificar na classificação por mereci-
mento, este se resolverá em favor do funcionário que contar maior tempo Art. 48. Será obrigatório o aproveitamento do funcionário em disponibilida-
de serviço na classe; não ocorrendo o desempate, este se determinará pelo de em cargo de natureza e vencimento ou remuneração compatíveis com o
mesmo critério estabelecido para a promoção por antiguidade. anteriormente ocupado.
§ 1º O aproveitamento dependerá de prova de capacidade física e men-
Art. 36. Na promoção dos ocupantes dos cargos de classe inicial de série tal, mediante inspeção médica.
de classes, o primeiro desempate se determinará pela classificação obtida § 2º Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o
em concurso. de maior tempo de disponibilidade e, em caso de empate, o de maior tempo
de serviço público.
Art. 37. Somente por antiguidade poderá ser promovido o funcionário em
exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal. Art. 49. Será tornado sem efeito o aproveitamento, e cassada a disponibili-
dade do funcionário, se este, cientificado expressamente do ato de aprovei-
Art. 38. Em benefício daquele a quem de direito cabia a promoção, será tamento, não tomar posse no prazo legal, salvo em caso de doença com-
declarado sem efeito o ato que a houver decretado indevidamente, em provada por inspeção médica.
favor de outrem. Parágrafo único. Provada em inspeção médica incapacidade definitiva,
§ 1º O funcionário a quem indevidamente não ficará obrigado a restituir o será decretada a aposentadoria.
que a mais houver recebido.
§ 2º o funcionário a que cabia a promoção será indenizado da diferença Seção VIII - Da Reversão
de vencimento e vantagens a que tiver direito.
Art. 50. Reversão é o retorno ao serviço público municipal do funcionário
Seção IV - Do Acesso aposentado, quando insubsistentes os motivos que determinaram a sua
aposentadoria.
Art. 39. Acesso é a elevação do funcionário da classe final de uma
série de classes à classe inicial de outra do mesmo grupamento ocupacio- Art. 51. A reversão se fará "ex-officio" ou a pedido, no mesmo cargo ou
nal, ou diferente, observado o interstício na classe, reservadas 50% (cin- naquele em que se tenha transformado.
quenta porcento) das vagas para provimento por concurso público ou
interno. Art. 52. Para que a reversão possa efetivar-se, é necessário que o aposen-
tado:
Art. 40. O provimento por acesso respeitará sempre o requisito de habilita- I - não haja completado 55 (cinquenta e cinco) anos de idade;
ção profissional, o grau de escolaridade e as exigências e qualificações II - não conte mais de 25 (vinte e cinco) anos de tempo de serviço compu-
necessárias a cada caso. tável para fins de aposentadoria, incluído o de inatividade, se do sexo
masculino ou 20 (vinte) anos se feminino;
Seção V - Da Transferência III - seja julgado apto para o retorno, em inspeção médica.

Legislação municipal 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


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CAPÍTULO IV - DA POSSE
Art. 61. Se a posse não se verificar dentro do prazo máximo previsto no §
Art. 53. Posse é o ato que completa a investidura em cargo público e em 1º do artigo 60 desta Lei, será tornado sem efeito o respectivo ato de pro-
função gratificada. vimento.
Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção e reintegra-
ção, cabendo, apenas, o registro do início do exercício. CAPÍTULO V - DO EXERCÍCIO
Art. 54. São requisitos para a posse: Art. 62. O exercício é a prática de atos próprios do cargo ou função pública.
I - nacionalidade brasileira ou portuguesa, na forma da Lei; § 1º O inciso, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no
II - idade de 18 (dezoito) anos; assentamento individual do funcionário.
III - pleno gozo dos direitos políticos; § 2º O início do exercício e as alterações que nele ocorrerem serão
IV - quitação com as obrigações militares; comunicados ao órgão competente pelo Chefe de repartição em que estiver
V - bom procedimento, comprovado por atestado de autoridade ou pes- localizado o funcionário.
soa idônea;
VI - boa saúde, comprovada em exame médico realizado pelo órgão Art. 63. Haverá lotação única de funcionário na Governadoria Municipal, em
oficial da Prefeitura; cada Secretaria Municipal, na Procuradoria Geral do Município.
VII - habilitação em concurso público de provas ou provas de títulos, nos § 1º Entende-se por lotação, o número de funcionários, por categoria
casos de provimento inicial em cargo efetivo; funcional, que devem ter exercício em cada unidade administrativa referida
VIII - cumprimento das condições especiais previstas em Lei ou regula- neste artigo.
mento para determinados cargos. § 2º O funcionário nomeado integrará na administração municipal a
§ 1º A prova das condições a que se referem os incisos I, II, III, IV, V e VII lotação da qual houver claro, por idêntico; se fará quanto às demais formas
deste artigo não será exigida nos casos VII e VIII do artigo 21 desta Lei. de provimento, exceto os casos de promoção em que o promovido mantém
§ 2º Nas formas de provimento por promoção ou transferência, serão a lotação e os cargos privativos de cada Secretaria e da Procuradoria
observadas, apenas, as exigências contidas nos incisos VI, VII e VIII deste Geral.
artigo.
§ 3º Quando o cargo em comissão for provido por funcionário em ativida- Art. 64. São competentes para dar exercício:
de, este ficará sujeito somente à exigência contida no inciso VIII deste I - o Procurador Geral do Município e os Secretários Municipais;
artigo; quando provido por inativo, atenderá, também, à exigência contida II - os dirigentes das repartições onde for localizado o funcionário.
no inciso VI. Parágrafo único. O Procurador Geral do município e os Secretários
§ 4º O limite de idade estabelecido, no inciso II, deste artigo, poderá ser municipais farão sua própria afirmação de exercício.
reduzido quando se tratar de provimento de cargo que, pelas suas caracte-
rísticas, possa ser exercido por menor e assim o tenha sido criado. Art. 65. Localização é o ato que determina a repartição em que deva servir
o funcionário, dentro de sua respectiva lotação.
Art. 55. No ato da posse, o funcionário apresentará declaração dos bens e
valores que constituem o seu patrimônio. Art. 66. O exercício do cargo terá início no prazo de 30 (trinta) dias conta-
dos da data:
Art. 56. Ninguém poderá ser provido em cargo público, ainda que em I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração;
comissão, sem apresentar, previamente ou no ato da posse, declaração II - da publicação oficial do ato, de provimento em função gratificada;
sobre se detém outro cargo, função ou emprego, na Administração direta III - da posse, nos demais casos.
ou Indireta de qualquer esfera de Poder Público, ou se percebe proventos § 1º A promoção não interrompe o exercício, que será contado, na nova
de inatividade. classe, a partir da data da publicação do ato que promover o funcionário.
§ 2º O prazo para reinício de exercício será 30 (trinta) dias, a contar do
Art. 57. Na hipótese de acumulação não permissível, a posse dependerá dia da publicação do ato que autorizar ou da data que cessar a causa da
da prova de haver o interessado sido exonerado do outro cargo, função ou interrupção.
emprego.
Art. 67. O funcionário removido, ou o que sofrer nova localização, deverá
Art. 58. São competentes para dar posse: apresentar-se na sede dos seus serviços no dia imediato ao que for baixa-
I - O Chefe do Poder Executivo, ao Procurador Geral e aos Secretários do o respectivo ato.
municipais;
II - O Secretário Municipal de Administração, nos demais casos. Art. 68. O funcionário que não entrar em exercício, dentro do prazo, será
Parágrafo único. As atribuições de que trata este artigo poderão ser exonerado do cargo; se designado para ocupar função gratificada terá o
delegadas mediante ato competente. respectivo ato de provimento tornado insubsistente.

Art. 59. A autoridade que der posse verificará, sob pena de responsabilida- Art. 69. O funcionário terá que apresentar ao órgão Central de Pessoal,
de, se foram satisfeitas as condições legais. antes de entrar em exercício, os elementos necessários à abertura do seu
assentamento individual.
Art. 60. A posse terá lugar no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publica-
ção, no órgão oficial, do ato de provimento. Art. 70. O funcionário poderá ter exercício, fora de sua lotação somente
§ 1º O requerimento do interessado, o prazo poderá ser prorrogado pela com prévia autorização do Chefe do Poder Executivo, por prazo certo para
autoridade competente, até o máximo de 30 (trinta) dias, a contar da publi- órgão da administração direta ou indireta do Poder Executivo, Legislativo
cação, no órgão oficial, do ato de provimento. ou Judiciário, da União, dos Estados, dos Territórios ou Municípios com ou
§ 2º Em se tratando de funcionário em férias ou licenciado, exceto no sem ônus para a Prefeitura de Niterói.
caso de licença para tratar de interesses particulares, o prazo será contado Parágrafo único. O Secretário Municipal de Administração poderá, por
da data em que terá de voltar ao serviço. prazo certo e determinado, colocar funcionários à disposição de órgãos
§ 3º Os candidatos aprovados em concurso e que estiverem diplomados integrantes da administração direta ou indireta do Município, sempre que
para exercer mandato eletivo, quando da publicação dos atos de provimen- requisitado, ouvidos os titulares das pastas interessadas.
to, terão o prazo de posse contado da data do término do mandato, exceto
quando eleito vereador, e havendo compatibilidade de horários. Art. 71. O funcionário será afastado do exercício do seu cargo nos casos
§ 4º Os candidatos aprovados em concurso e que, quando da publicação previstos em Lei.
dos respectivos atos de provimento, estiverem incorporados às Forças § 1º o afastamento a que alude este artigo não se prolongará por mais de
Armadas, para prestação de serviço militar obrigatório, terão o prazo para a 4 (quatro) anos consecutivos, salvo:
posse contado da data de seu desligamento. I - quando para exercer cargo de direção ou em comissão nos Gover-

Legislação municipal 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


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nos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e Territórios; cargo em comissão que não detenha, também, a condição de funcionário
II - quando à disposição da Previdência da República; efetivo do Município.
III - enquanto durar o mandato legislativo ou executivo, federal ou Parágrafo único. No caso deste artigo, quando o afastamento se verificar
estadual; com base no inciso I do artigo 72, o funcionário fará jus somente ao venci-
IV - enquanto durar o mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito; mento e vantagens de seu cargo efetivo.
V - enquanto durar o mandato de Vereador, se não houver compatibili-
dade de horário entre o seu exercício e o da função pública; CAPÍTULO VI - DA REMOÇÃO
VI - durante o lapso de tempo que mediar entre o registro da candidatu-
ra eleitoral e o dia seguinte ao da eleitoral e o dia seguinte ao da eleição; Art. 79. Remoção é o deslocamento do funcionário de uma para outra
VII - quando convocado para serviço militar obrigatório; lotação, e processar-se-á "ex-offício" ou a pedido do funcionário, atendido o
VIII - quando se tratar de funcionário para acompanhar o cônjuge, nos interesse e a conveniência da Administração.
casos previstos neste Estatuto. Parágrafo único. A remoção só poderá dar-se para lotação em que
§ 2º Preso preventivamente, pronunciado por crime comum ou denuncia- houver claro que será indicado no ato.
do por crime funcional, ou, ainda, condenado por crime inafiançável em
processo no qual não haja pronúncia, o funcionário será afastado do exer- Art. 80. A remoção, por permuta, será processada a pedido, por escrito, de
cício, até decisão final passada em julgado. ambos os interessados.

Art. 72. O funcionário estável no serviço público municipal poderá obter Art. 81. Cabe ao Secretário Municipal de Administração expedir as portari-
afastamento para estudo no exterior ou em qualquer parte do território as de remoção, cumpridas as exigências legais.
nacional, nas seguintes condições:
I - com direito à percepção do vencimento e das vantagens do cargo CAPÍTULO VII - DA VACÂNCIA DOS CARGOS
efetivo, quando se tratar de bolsa de estudo diretamente oferecida pela
entidade concedente ao Governo Municipal, desde que reconhecido pelo Art. 82. Dá-se a vacância do cargo ou da função na data do fato ou da
Prefeito o interesse para a administração e o afastamento não ultrapassar publicação do ato que implique desinvestidura.
12 (doze) meses;
II - sem direito à percepção do vencimento e quaisquer vantagens do Art. 83. A vacância dos cargos decorrerá de:
cargo efetivo e com interrupção da contagem do tempo de serviço: I - exoneração;
a) quando não reconhecido o interesse para a administração ou, reco- II - demissão;
nhecido este, for ultrapassado o período de 12 (doze) meses, previsto no III - promoção;
inciso I; IV - acesso;
b) quando a bolsa de estudo for obtida por iniciativa do funcionário, V - transferência;
hipótese em que o afastamento somente será concedido se atender à VI - readaptação;
convivência da administração, reconhecida pelo prefeito. VII - aposentadoria;
VIII - falecimento;
Art. 73. Na hipótese prevista no inciso I do artigo anterior, se o funcionário IX - determinação em Lei.
estiver em regime de acumulação, devidamente autorizada, e o interesse
para a Administração se manifestar apenas em relação a um dos cargos, o Seção I - Da Exoneração
afastamento do outro verificar-se-á na forma do inciso II, do mesmo artigo.
Parágrafo único. Quando a acumulação se referir à função, em regime Art. 84. Dar-se-á a exoneração:
de contrato, a autorização para o afastamento, em qualquer hipótese, I - a pedido, em qualquer caso;
acarretará a suspensão do contrato pelo respectivo prazo. II - "ex-offício".

Art. 74. O funcionário que estiver afastado nos termos do inciso I, do artigo Seção II - Da Perda do Cargo Público
72, desta Lei, ficará obrigado a restituir o que percebeu durante o afasta-
Art. 85. O funcionário perderá o cargo:
mento se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao término da bolsa, ocorrer a
I - em virtude de sentença judicial ou mediante processo administrativo
sua exoneração, demissão ou for licenciado para o trato de interesse parti-
disciplinar em que se lhe tenha assegurada ampla defesa;
cular.
II - quando, por desnecessário, for extinto, ficando o seu ocupante, se
§ 1º A importância a devolver sofrerá correção monetária, com base nos
estável, em disponibilidade;
índices das Obrigações Reajustáveis o Tesouro Nacional ORTN, vigentes à
III - nos demais casos especificados em Lei.
data do pagamento e aplicáveis ao período de afastamento.
§ 2º A exoneração ou a licença somente serão concedidas após a quita-
ção com o Município. TÍTULO IV - DOS DIREITOS E VANTAGENS
§ 3º Em caso de demissão, a quantia devida será inscrita como dívida CAPÍTULO I - DO TEMPO DE SERVIÇO
ativa e cobrada executivamente. Art. 86. A apuração do tempo de serviço será feita em dias.
§ 1º O número de dias será convertido em anos considerando o ano
Art. 75. Nos casos previstos no artigo anterior, o afastamento não se pro-
como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
longará por mais de 4 (quatro) anos consecutivos, nem se permitirá novo
§ 2º Feita a conversão, os dias restantes, até 182 (cento e oitenta e dois),
afastamento senão depois de decorridos 4 (quatro) anos de serviços efeti-
não serão computados, arredondando-se para 1 (um) ano, quando excede-
vamente prestados ao Município, contados da data de regresso e qualquer
rem aquele número, só nos casos de cálculos para efeito de aposentadoria
que tenha sido o tempo do afastamento anterior.
e concessão de gratificação adicional quando da passagem à inatividade.
Parágrafo único. Se o afastamento anterior for inferior a 12 (doze) me-
ses, novo afastamento só poderá ser concedido após decorrido esse prazo.
Art. 87. Serão, os dias de efetivo serviço exercício, à vista do registro de
frequência da folha de pagamento ou das certidões extraídas dessas fon-
Art. 76. O funcionário ficará obrigado a apresentar, dentro de 30 (trinta)
tes.
dias do término do afastamento, relatório circunstanciado das atividades
§ 1º Sempre que se verificar não existirem, em virtude de extravio, incên-
desenvolvidas ou estudos realizados, devidamente documentados.
dio ou destruição, total ou parcial, os livros ou documentos necessários ao
levantamento de certidões probatórias de tempo de serviço, a repartição
Art. 77. O cônjuge do funcionário bolsista nos termos desta Lei, que seja competente isso mesmo o certificará, cabendo ao funcionário interessado
servidor municipal e o queira acompanhar, também será autorizado a suprir a falta mediante justificação judicial perante o Juízo privativo compe-
afastar-se, sem ônus para o Município. tente para conhecer das causas em que a União, Estados e Municípios,
respectivamente, forem autores, réus ou intervenientes.
Art. 78. É vedado o afastamento, em bolsa de estudo, do ocupante de
§ 2º É lícita, nestes casos, a apuração do tempo de serviço pelos contra-

Legislação municipal 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


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cheques de pagamento, juntados ao processo para todos os efeitos. caso de sua interrupção, no interesse do serviço, na impossibilidade abso-
luta do gozo das mesmas.
Art. 88. Será considerado de efetivo exercício o afastamento em virtude de: § 1º O tempo de serviço a que se referem os incisos I e II deste artigo
I - férias; será também computado para concessão de adicional por tempo de servi-
II - casamento, até 8 (oito) dias; ço, quando de passagem à inatividade.
III - luto pelo falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão, até 8 (oito) § 2º A contagem de tempo de serviço de que trata o inciso IX não se
dias; aplica as aposentadorias já concedidas.
IV - convocação para serviço militar;
V - Júri e outros serviços obrigatórios por Lei; Art. 90. É vedada a acumulação de tempo de serviço prestado concorrente
VI - exercício de outro cargo ou função, no serviço público da União, de ou simultaneamente em cargos ou funções da União, Estados, Distrito
outro Estado e dos Municípios, inclusive respectivas autarquias, empresa Federal, Territórios, Municípios, Autarquias, Empresa Pública, Sociedade
públicas, sociedade de economia mista e fundações, quando o afastamento de economia mista e Fundações instituídas pelo Poder Público e entidades
houver sido autorizado pelo Chefe do Poder Executivo, sem prejuízo de de caráter privado mesmo que hajam sido transformadas em estabeleci-
vencimento do funcionário; mentos de serviço público.
VII - exercício do mandato de Prefeito e Vice-Prefeito; § 1º A prestação de serviço gratuito será excepcional e somente surtirá
VIII - exercício de cargos ou função de governo ou administração, em efeito honorífico.
qualquer parte do território nacional, por nomeação ou designação do § 2º Na hipótese de acumulação de cargos, é vedada a transposição de
presidente da República; tempo de serviço de um para outro cargo.
IX - licença especial;
X - licença para tratamento de saúde, inclusive de pessoa da família; CAPÍTULO II - DA ESTABILIDADE
XI - licença a funcionário acidentado em serviço ou atacado de moléstia
profissional; Art. 91. Estabilidade é o direito que adquire o funcionário efetivo de não ser
XII - licença à funcionária gestante; exonerado ou demitido, senão em virtude de sentença judicial ou processo
XIII - moléstia devidamente comprovada na forma regulamentar, até 3 administrativo disciplinar em que se lhe tenha sido assegurada ampla
(três) dias; defesa.
XIV - missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou no es- § 1º A estabilidade se refere ao serviço público e não ao cargo.
trangeiro, quando o afastamento houver sido expressamente autorizado § 2º O funcionário nomeado, em caráter efetivo, em razão de concurso
pelo Chefe do Poder Executivo, no interesse da municipalidade; público, adquire estabilidade depois de 2 (dois) anos de efetivo exercício.
XV - período de afastamento compulsório, determinado pela legislação
sanitária; Art. 92. Estágio Probatório é o período de 2 (dois) anos de efetivo exercí-
XVI - recolhimento à prisão, se absolvido afinal, e suspensão preventiva, cio, a contar da data de início deste, durante o qual serão apurados os
se inocentado afinal; requisitos necessários à confirmação do funcionário no cargo efetivo, para
XVII - candidatura a cargo eletivo, conforme o disposto no inciso VI, do qual foi nomeado.
artigo 71; Parágrafo único. Os requisitos de que trata este artigo são os seguintes:
XVIII - mandato legislativo, ou executivo federal ou estadual; I - idoneidade moral;
XIX - mandato de vereador, nos termos do disposto no inciso V, do artigo II - aptidão;
71, desta Lei. III - assiduidade;
§ 1º Para efeitos desta Lei, entende-se por acidente em serviço aquele IV - disciplina;
que acarrete dano físico ou mental ao funcionário e tenha relação mediata V - eficiência,
ou imediata com o exercício do cargo. VI - dedicação ao serviço.
§ 2º Equipara-se ao acidente em serviço o ocorrido no deslocamento
entre a resistência e local de trabalho, bem como a agressão física sofrida Art. 93. Quando o estagiário não preencher as condições exigidas no artigo
em decorrência do desempenho do cargo, salvo quando provocada pelo anterior, caberá ao dirigente da respectiva repartição ou serviço onde
funcionário. estiver localizado, iniciar, a qualquer instante, dando ciência do fato ao
§ 3º Entende-se por doença profissional a que resulta da natureza e das interessado e remetendo o expediente, em seguida, ao órgão do pessoal.
condições do trabalho. Parágrafo único. Na ausência de iniciativa da autoridade a que se refere
§ 4º Nos casos previstos nos parágrafos 1º, 2º e 3º deste artigo, o laudo este artigo, com o simples transcurso do prazo previsto noartigo 92 desta
resultante da inspeção médica deverá estabelecer rigorosamente a caracte- Lei, o estagiário será automaticamente confirmado no cargo.
rização do acidente no trabalho e da doença profissional.
Art. 94. Não ficará sujeito a estágio o funcionário que for provido em outro
Art. 89. Para efeito de aposentadoria ou disponibilidade, será computado: cargo público pelas formas previstas nos incisos II, III, VII e VIII do artigo 21
I - o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal; desta Lei.
II - o período de serviço ativo nas Forças Armadas prestado durante a Parágrafo único. Nos casos de provimento, por acesso ou transferência,
paz; computado pelo dobro o tempo de operação de guerra; quando o funcionário não lograr concluir o estágio probatório, é assegurado
III - o desempenho da função legislativa, federal, estadual ou municipal; o seu retorno ao cargo anteriormente ocupado ou a outro da mesma classe,
IV - o tempo em que o funcionário esteve em disponibilidade ou aposen- ainda que considerado excedente se não houver cargo vago.
tado, desde que ocorra o aproveitamento ou reversão respectivamente;
V - o tempo de serviço prestado em autarquia, empresa pública, socieda- CAPÍTULO III - DA APOSENTADORIA
de de economia mista ou fundação instituída pelo Poder Público;
VI - o período de trabalho prestado a instituição de caráter privado, que Art. 95. O funcionário será aposentado:
tiver sido transformada em estabelecimento de serviço público, quando o I - por invalidez;
funcionário estiver em exercício, no ato da transformação; II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade ou,
VII - em dobro, o tempo de licença especial não gozada; III - voluntariamente:
VIII - em dobro o período de férias não gozadas correspondentes aos 2 a) após 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se do sexo masculino ou 30
(dois) exercícios imediatamente anteriores à aposentadoria, observado (trinta) anos, se do sexo feminino;
o artigo 103 desta Lei; b) o Professor, após 30 (trinta) anos, e a Professora, após 25 (vinte e
IX - o tempo de serviço prestado em atividades vinculadas ao regime da cinco) anos de efetivo exercício em função do Magistério.
Lei Federal nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, e legislação subsequente, § 1º A aposentadoria, por invalidez, será sempre precedida de
para os funcionários que houverem completados 5 (cinco) anos de efetivo licença por período contínuo, até o limite de 12 (doze) meses, salvo se a
exercício, observadas as normas desta Lei, e as determinações da Lei junta médica concluir pela incapacidade definitiva do funcionário, antes de
Federal nº 6.864, de 1º de dezembro de 1980; completado o prazo máximo, mediante perícia médica solicitada pela Se-
X- em dobro o período não gozado de férias acumuladas, ou no cretaria de Administração.

Legislação municipal 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


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§ 2º No caso de aposentadoria voluntária, o funcionário aguardará em ao tempo de serviço e será obrigatoriamente aproveitado na primeira vaga
exercício a publicação do respectivo ato, salvo se estiver legalmente afas- que ocorrer, obedecendo às disposições do capítulo próprio.
tado do cargo. § 2º Aos proventos dos funcionários em disponibilidade aplica-se o dis-
§ 3º No caso de aposentadoria compulsória, o funcionário afastar-se-á do posto no artigo 101.
exercício de seu cargo, a partir do dia imediato em que completar a idade § 3º O funcionário em disponibilidade poderá ser aposentado, calculando-
limite. se o provento da inatividade temporária na forma dos artigos 96,97 e 98
desta Lei.
Art. 96. Os proventos da aposentadoria serão:
I - integrais, quando o funcionário: CAPÍTULO V - DAS FÉRIAS
a) aposentar-se pelo implemento do tempo de serviço;
b) invalidar-se por acidente em serviço, por moléstia profissional ou for Art. 103. O funcionário gozará, obrigatoriamente, 30 (trinta) dias de férias
acometido de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, por ano, de acordo com a escala para esse fim organizada pelo Chefe da
cegueira, lepra, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversí- repartição a que estiver subordinado, e será comunicado ao órgão compe-
vel e incapacitante, espondilite anquilosante, nefropatia grave, estados tente.
avançados de doença de Paget (osteíte deformante), a Síndrome de Imu- § 1º As férias poderão ser gozadas em parcelas mínimas de 10 (dez)
nodeficiência Adquirida - AIDS e outras moléstias que a Lei indicar, dias, sendo proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
com base nas conclusões da medicina especializada; § 2º Somente depois do primeiro ano de exercício, adquirirá o funcionário
c) na inatividade, for acometido de qualquer das doenças especificadas direito a férias, que corresponderão ao ano em que se completar esse
na letra anterior, a partir da data do laudo emitido pela Junta Médica. período.
II - proporcionais, quando o funcionário não contar o tempo de serviço § 3º Acrescida de férias ser alterada de acordo com as necessidades do
estabelecido no inciso III, letras "a" e "b" do artigo 95. serviço, por iniciativa do Chefe do interessado, comunicada a alteração ao
órgão competente.
Art. 97. Nos cálculos dos proventos proporcionais, o tempo de serviço será § 4º O gozo de férias anuais remuneradas terá um terço a mais do
calculado conforme o dispositivo no artigo 86 e seus parágrafos, constituin- que o salário normal, que será pago na forma prescrita em ato regulamen-
do-se no numerador da fração, cujo denominador será o tempo previsto nas tar.
alíneas "a" e "b" do inciso III do artigo 95, conforme o caso, e tendo como
inteiro os vencimentos e vantagens que atendam ao disposto no artigo 98 Art. 104. É proibida a acumulação de férias, salvo imperiosa necessidade
desta Lei. do serviço, e pelo máximo de dois períodos.
Parágrafo único. O ocupante de cargo em comissão, não funcionário Parágrafo único. O impedimento decorrente de necessidade de
efetivo do município, somente será aposentado por acidente em serviço ou serviço, para gozo de férias pelo funcionário não será presumido, devendo
por moléstia profissional, quando lhe será assegurada a vantagem do inciso o seu Chefe imediato fazer comunicação expressa do fato ao órgão compe-
I, do artigo 96, salvo no caso de já lhe ter sido assegurada aposentadoria tente de pessoal, sob pena de perda do direito à acumulação excepcional
por outro órgão, público ou privado. de dois períodos.
Art. 98. Integram-se aos proventos da inatividade as seguintes vantagens Art. 105. Por motivo de promoção, transferência, readaptação ou remoção,
percebidas na atividade: o funcionário em gozo de férias não será obrigado a interrompê-las.
I - adicional por tempo de serviço, concedida na forma da legislação
específica; Art. 106. Não terá direito a férias o funcionário que, durante o período de
II - gratificação ou parcelas financeiras percebidas em caráter permanen- sua aquisição, estiver em gozo de licença para tratar de interesse particu-
te; lar.
III - gratificação pelo exercício em local considerado insalubre, desde que:
a) percebida, ininterruptamente, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da Art. 107. Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens,
aposentadoria; como se em pleno exercício estivesse.
b) percebida, interpoladamente, por 10 (dez) anos desde que, na data
da aposentadoria, o funcionário a vinha percebendo por período igual ou Art. 108. Ao entrar em férias, o funcionário comunicará ao Chefe da reparti-
superior a 1 (um) ano. ção o seu endereço eventual.
IV - adicional de tempo integral desde que percebida por mais de 48
(quarenta e oito) meses consecutivos, e a esteja percebendo na data da CAPÍTULO VI - DAS LICENÇAS
aposentadoria. Se o percentual for variável, tomar-se-á a média dessa Seção I - Da Forma de Concessão
gratificação nos últimos 24 (vinte e quatro) meses anteriores ao ato.
Art. 109. Conceder-se-á licença:
Art. 99. A incorporação aos proventos da gratificação de insalubridade nos I - para tratamento de saúde;
casos em que a aposentadoria resultar de uma das doenças especificadas II - por motivo de doença em pessoa da família;
na alínea "b" do inciso I do artigo 96 fica isenta do estágio de que trata o III - para repouso à gestante;
inciso III do artigo anterior. IV - para serviço militar obrigatório;
V - licença para acompanhar o cônjuge;
Art. 100. (Este artigo foi revogado pelo art. 13 da Lei Municipal nº VI - para trato de interesse particular;
1.565, de 30.12.1996 - Pub. 31.12.1996, com efeitos a partir de VII - especial;
02.01.1998). VIII - para desempenho de mandato legislativo ou executivo

Art. 101. Os proventos de inatividade serão revistos sempre que, por Art. 110. A licença referida nos incisos I, II e III do artigo anterior será
motivo de alteração do poder aquisitivo da moeda, se modificarem os concedida pelo órgão médico oficial competente, ou por outros aos quais
vencimentos dos funcionários em atividade. aquele transferir ou delegar atribuições e pelo indicado nos respectivos
Parágrafo único. Ressalvado o disposto neste artigo, em caso nenhum, laudos.
os proventos da inatividade poderão exceder à remuneração percebida na § 1º Para licença até 90 (noventa) dias, a inspeção será feita por médico
atividade. do órgão competente admitindo-se, quando assim não for possível, laudos
de outros médicos oficiais ou ainda, excepcionalmente, atestados, passa-
CAPÍTULO IV - DA DISPONIBILIDADE dos por médico particular.
§ 2º No caso do parágrafo anterior, não sendo homologado o laudo ou
Art. 102. Disponibilidade é o afastamento do funcionário estável em virtude atestado, o funcionário será obrigado a reassumir, de imediato, o exercício
de extinção do cargo ou da sua desnecessidade declarada. do cargo, considerando-se como de efetivo exercício os dias em que deixou
§ 1º O funcionário em disponibilidade perceberá proventos proporcionais de comparecer ao serviço por esse motivo, devendo o laudo ou atestado

Legislação municipal 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


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ser remetido à Secretaria Municipal de Administração, no prazo, máximo de de suspensão do pagamento do vencimento e vantagens até que a mesma
3 (três) dias, contados da primeira falta ao serviço. se realize.
§ 3º Será facultado à Administração, em caso de dúvida, exigir a inspeção
por médico ou junta oficial. Art. 119. Considerado apto em inspeção médica, o funcionário reassumirá
§ 4º Ocorrendo a hipótese de laudo ou atestado gracioso ou até má fé, o exercício do cargo, apurando-se como faltas os dias de ausência ao
serão responsabilizados na esfera administrativa, civil e penal, o médico e o serviço.
funcionário. Parágrafo único. No curso da licença poderá o funcionário requerer a
§ 5º A licença poderá ser prorrogada "ex-officio" ou a pedido. inspeção médica, caso se considere em condições de reassumir o exercí-
§ 6º O pedido de prorrogação deverá ser apresentado antes de findo o cio.
prazo da licença, se indeferido, contar-se-á como de licença o período
compreendido entre a data do término e a do conhecimento oficial do Art. 120. O funcionário licenciado para tratamento de saúde não poderá
despacho denegatório. dedicar-se a qualquer atividade remunerada, sob pena de interrupção da
licença, com perda total do vencimento e vantagens desde o início do gozo
Art. 111. O funcionário não poderá permanecer em licença por prazo da licença e até que reassuma o cargo.
superior a 24 (vinte e quatro) meses consecutivos, salvo nos casos previs-
tos nos incisos IV, V, VI e VIII do artigo 109 desta Lei. Art. 121. Nos casos de acidentes em serviço ou de doença profissional,
Parágrafo único. Excetua-se do prazo estabelecido neste artigo a licença correrão por conta do órgão assistencial do Município, as despesas com o
para tratamento de saúde quando o funcionário for considerado recuperável tratamento médico hospitalar do funcionário.
para exercício da função pública, a juízo da junta médica.
Art. 122. Serão sempre integrais o vencimento e vantagens do funcionário
Art. 112. Nas licenças dependentes de inspeção médica, expirado o prazo licenciado para tratamento de saúde.
do artigo anterior, e ressalvada a hipótese referida no seu parágrafo, o
funcionário será submetido a nova inspeção, e aposentado, se for julgado Seção III - Da Licença para Tratamento de Doença em
inválido para serviço público em geral, após verificada a impossibilidade de Pessoa da Família
sua readaptação.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o tempo decorrido entre o Art. 123. Desde que prove ser indispensável a sua assistência pessoal e
término da licença e a publicação do ato de aposentadoria será considera- que não possa ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo, ao
do como de licença prorrogada. funcionário será concedida licença por motivo de doença em pessoa da
família.
Art. 113. O funcionário em gozo de licença comunicará ao seu Chefe § 1º Considerar-se-ão como pessoa da família, para os efeitos desta
imediato o local onde poderá ser encontrado. licença, os pais, o cônjuge, os filhos, ou pessoa que viva às suas expensas
Parágrafo único. A licença a que se refere o inciso VI do artigo 109 e conste de seu assentamento individual.
desta Lei poderá ser sustada em qualquer tempo no interesse da adminis- § 2º Provar-se-á a doença mediante inspeção médica.
tração. § 3º A licença de se trata este artigo será concedida com vencimento e
vantagens integrais até 6 (seis) meses, e com 2/3 (dois terços) do venci-
Art. 114. A licença superior a 90 (noventa) dias, com fundamento mento e vantagens, excedendo esse prazo até 2 (dois) anos.
nos incisos I e II do artigo 109 desta Lei, dependerá de inspeção em junta § 4º Em cada período de 5 (cinco) anos, o funcionário só poderá benefici-
médica, sempre composta de, pelo menos, 3 (três) médicos. ar-se de, no máximo, 2 (dois) anos de licença, de que trata este artigo,
seguidos ou intercalados.
Art. 115. Ao ocupante de cargo em comissão ou de função gratificada não § 5º O funcionário terá direito à percepção de um vencimento ao
serão concedidas, nessa qualidade, as licenças de que tratam os incisos completar 6 (seis) meses consecutivos de licença para tratamento de
IV, V, VI, VII e VIII do artigo 109 desta Lei. doença em pessoa da família.
§ 1º Aos contratados, quando no exercício de função garatificada ou
ocupante de cargo em comissão, conceder-se-ão apenas as licenças de Seção IV - Da Licença á Gestante
que tratam os incisos I, II e III do artigo 109.
§ 2º As disposições do parágrafo anterior aplicam-se ao ocupante de Art. 124. À funcionária gestante será concedida, mediante inspe-
cargo em comissão não detentor de cargo efetivo municipal. ção médica, licença com vencimento e vantagens integrais, pelo prazo de
06 (seis) meses prorrogável, no máximo, por 30 (trinta) dias.
Seção II - Da Licença para Tratamento de Saúde § 1º Salvo prescrição médica em contrário, a licença será concedida, a
partir do início do 8º (oitavo) mês de gestação.
Art. 116. A licença para tratamento de saúde será concedida "ex-offício" ou § 2º Quando a saúde do recém-nascido exigir assistência especial, será
a pedido do funcionário, ou de seu representante, quando o próprio não concedida licença à funcionária, pelo prazo necessário, a critério médico e
possa fazê-lo, sempre mediante apresentação de credencial própria. nos termos do artigos 123 desta Lei.
§ 1º Em ambos os casos, é indispensável a inspeção médica, que será § 3º A funcionária gestante terá direito, a critério médico, de ser aprovei-
realizada no órgão próprio e, quando necessário, no local onde encontra-se tada em função compatível com seu estado, a contar do 5º (quinto) mês de
o funcionário. gestação, sem prejuízo do direito à licença de que trata este artigo.
§ 2º Para as hipóteses de que tratam este parágrafo e bem ainda as § 4º À funcionária gestante, ao completar o 8º (oitavo) mês de
dos artigos 123 e 124 e seus parágrafos, quando, solicitada pelo funcioná- gestação, será concedida, a título de auxílio-natalidade, uma gratificação de
rio ou seu representante legal, só se efetivará a concessão da licença valor igual ao vencimento do seu cargo naquele mês.
mediante laudo firmado:
I - de 1 a 15 dias a licença será concedida por um Médico; Seção V - Da Licença para Serviço Militar Obrigatório
II - quando a licença for concedida por período superior a 15
(quinze) dias, ou prorrogar-se por mais de 15 (quinze) dias, nos 60 (sessen- Art. 125. Ao funcionário que for convocado para serviço militar ou outros
ta) dias subsequentes, o laudo deverá ser firmado por junta médica especi- encargos de segurança nacional será concedida licença com vencimento e
almente designada pelo Presidente da Fundação Municipal de Saúde. vantagens integrais.
§ 3º Na hipótese do artigo 116, parte final, ou em caráter de emergência, § 1º A licença será concedida à vista do documento oficial que prove a
será dispensada a apresentação referida no parágrafo anterior. incorporação.
§ 2º Do vencimento e das vantagens descontar-se-á a importância que o
Art. 117. A inspeção médica será feita por médicos lotados no órgão pró- funcionário perceber na qualidade de incorporado, salvo se optar pelas
prio da Secretaria Municipal de Administração. vantagens do serviço militar, o que implicará na perda do vencimento e
vantagens que perceba no Município.
Art. 118. O funcionário não poderá recusar-se à inspeção médica sob pena § 3º Ao funcionário oficial da reserva das Forças Armadas será concedida

Legislação municipal 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


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licença com vencimento e vantagens integrais, durante os estágios de V, VI e VIII desta Lei;
serviço militar obrigatório, não remunerados e previstos pelos regulamentos d) houver gozado as licenças a que se refere o artigo 109 incisos
militares. V, VI e VIII desta Lei;
Parágrafo único. Quando o estágio for remunerado assegurar-se-lhe-á o e) houver gozado as licenças a que se refere o inciso II do artigo 109,
direito de opção. por prazo superior a 90 (noventa) dias intercalados ou não.

Seção VI - Da Licença para Acompanhar o Cônjuge Art. 132. O processo, devidamente informado pelo setor competente da
Secretaria Municipal de Administração, será encaminhado ao órgão de
Art. 127. O funcionário terá direito a licença, sem ônus para o município, lotação do funcionário que observará o seguinte:
quando seu cônjuge for exercer mandato eletivo ou, sendo militar ou servi- I- no mesmo setor, seção ou equivalente, não poderão ser licencia-
dor da Administração Direta, da Autarquia, de Empresa Pública, de Socie- dos, simultaneamente, funcionários em número superior à sexta parte do
dade de Economia Mista ou de Fundação instituída pelo Poder Público, for total do pessoal em exercício.
mandado servir fora do Município. II - se houver menos de seis funcionários em exercício, somente um deles
§ 1º A licença será concedida mediante pedido instituído com documento poderá ser licenciado;
oficial que comprove a remoção e deverá ser renovada de 4 (quatro) em 4 III - a Licença Especial poderá ser gozada integralmente ou em períodos
(quatro) anos. de 1 (um) a 2 (dois) meses;
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos funcionários que vivam mari- IV - quando requerida para um período único de três meses, a licença
talmente, desde que haja impedimento legal ao casamento e convivência especial poderá ter início em qualquer mês do ano civil;
por mais de 5 (cinco) anos. V - haverá um só período mensal ou bimensal dentro de cada ano civil;
VI - quando em período parcelado, será observado o intervalo de 1 (um)
Art. 128. Finda a causa da licença, o funcionário deverá reassumir o exer- ano entre o término de um período e o início de outro;
cício do cargo dentro de 30 (trinta) dias, a partir dos quais a sua ausência VII - quando houver requerimento para o mesmo período, terá preferência
será computada como falta ao trabalho. no gozo da licença, o funcionário que contar mais tempo de serviço ao
Parágrafo único. Independentemente de regresso do cônjuge, o funcio- município.
nário poderá reassumir o exercício, a qualquer tempo, não podendo, neste
caso, renovar o pedido de licença, senão depois de 1 (um) ano, da data da Art. 133. Observado o disposto no artigo anterior, o titular do órgão de
reassunção, salvo se o cônjuge for transferido novamente. lotação do funcionário autorizará a concessão de licença, remetendo o
expediente à Secretaria Municipal de Administração, para a expedição do
Seção VII - Da Licença para Trato de Interesses Particula- competente ato.
res Parágrafo único. Deverão ser mencionadas, no ato de concessão as
datas de início e término dos períodos relativos à licença especial, especifi-
Art. 129. Depois de 2 (dois) anos de exercício, o funcionário poderá obter cando-se o quinquênio a que se refere.
licença sem vencimento e vantagens, para tratar de interesses particulares.
§ 1º O funcionário aguardará em exercício a concessão da licença. Art. 134. O servidor em gozo de licença especial poderá, depois de 1 (um)
§ 2º A licença não perdurará por tempo superior a 4 (quatro) anos conse- mês, reassumir o exercício do cargo, contando-se-lhe em dobro, no caso de
cutivos, e só lhe poderá ser concedida outra depois de decorrido 1 (um) desistência, o período restante, nos termos do artigo 89, inciso VII, desta
ano do término da anterior. Lei.
§ 3º Não se concederá licença quando inconveniente para o serviço, nem § 1º A desistência deverá ser comunicada, por escrito, à Secretaria
a funcionário nomeado, removido, transferido ou readaptado, antes de Municipal de Administração.
assumir o exercício. § 2º A Licença Especial não poderá ser interrompida, "ex-offício".
§ 4º O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir da licença, que § 3º O funcionário aguardará em exercício a publicação do ato que con-
poderá ser sustada na forma do parágrafo único do artigo 113, desta Lei. ceder a Licença Especial.
§ 5º Em caráter excepcional, e atendo ao interesse da própria Administra-
ção Pública, a licença sem vencimentos poderá ser deferida a servidor de
CAPÍTULO VII - DO VENCIMENTO
qualquer categoria funcional, independentemente de tempo de serviço.
Art. 135. Vencimento é a retribuição pelo efetivo exercício do cargo, cor-
Seção VIII - Da Licença Especial responder ao padrão fixado em Lei.
Art. 130. Após cada quinquênio de efetivo exercício, ao funcionário que a Art. 136. O funcionário perderá:
requerer, conceder-se-á licença especial de 3 (três) meses com todo o I - o vencimento do cargo efetivo, quando nomeado para cargo em co-
vencimento e demais vantagens de seu cargo efetivo. missão, ressalvado o direito de opção, ou designado para servir em órgão
§ 1º o período de licença especial não gozado será computado em dobro de outra esfera do Poder Público, sem ônus para o município;
para efeito de aposentadoria, e servirá, também, na oportunidade desta, II - o vencimento do cargo efetivo, quando no exercício de mandato
para a concessão de adicional por tempo de serviço. eletivo, remunerado, federal, estadual ou municipal, ressalvado o caso
§ 2º Em caso de acumulação de cargos, a licença será concedida em previsto nesta Lei;
relação a cada um deles, simultânea ou separadamente. III - o vencimento do dia, em que não comparecer ao serviço, salvo,
§ 3º Será independente o cômputo do quinquênio em relação a cada um motivo legal ou moléstia comprovada, computando para efeito dos descon-
dos cargos acumuláveis. tos, os sábados, domingos, feriados, os dias de folga e os considerados de
"ponto facultativo", sempre que intercalados entre as faltas;
Art. 131. Para concessão de licença serão observadas as seguintes nor- IV - um terço do vencimento do dia, ser comparecer ao serviço dentro da
mas: hora seguinte à marcado para o inicio dos trabalhos ou quando se retirar
I - somente será computado o tempo de serviço prestado exclusivamente até uma hora ates do término do período de trabalho, sendo considerado
ao Município de Niterói; ausente se ultrapassar esse limite;
II - o tempo de serviço será apurado em dias e convertido em anos, sem V - um terço do vencimento, durante o afastamento por motivo de prisão
qualquer arredondamento. administrativa, suspensão preventiva, ou recolhimento à prisão, com direito
Parágrafo único. No cômputo do quinquênio será deduzido o ano em à diferença se absolvido, ou se o afastamento exceder ao prazo de conde-
que o funcionário: nação definitiva;
a) (Esta alínea foi suprimida pelo art. 13 da Lei Municipal nº 749, de VI - dois terços do vencimento durante o período de afastamento em
01.09.1989 - Pub. Órgão Oficial, de 02.09.1989); virtude de condenação, por sentença definitiva, à pena privativa de liberda-
b) (Esta alínea foi suprimida pelo art. 13 da Lei Municipal nº 749, de, desde que não resulte em demissão.
de 01.09.1989 - Pub. Órgão Oficial, de 02.09.1989); § 1º O funcionário investido em mandato de vereador, havendo compatibi-
c) houver gozado as licenças a que se refere o artigo 109 incisos lidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo dos

Legislação municipal 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
subsídios a que faz jus. no dia imediato aquele em que o funcionário completar o quinquênio.
§ 2º Investido no mandato de Prefeito Municipal ou de Vice-Prefeito, será
afastado de seu cargo, sendo-lhe facultado optar pelo seu vencimento e Art. 148. O adicional por tempo de serviço será pago simultaneamente com
vantagens. o vencimento, entretanto, não servirá como base de cálculo para futuros
adicionais ou aumentos.
Art. 137. Nenhum funcionário, ativo ou inativo, poderá perceber vencimento
ou provento inferior ao salário mínimo vigente do município. Art. 149. O período de licença prêmio não gozado e computado em dobro
para efeito de aposentadoria servirá, também, na oportunidade desta, para
Art. 138. O vencimento, o provento ou qualquer vantagem pecuniária, concessão de adicional por tempo de serviço.
atribuídos ao funcionário não serão objeto de arresto, sequestro ou penho-
ra, salvo quando se tratar de: Subseção II - Do Tempo Integral
I - prestação de alimento determinada judicialmente;
II - dívida para com a Fazenda Pública. Art. 150. Considera-se regime de tempo integral o exercício da atividade
funcional sob dedicação exclusiva, ficando o funcionário proibido de exercer
Art. 139. As reposições e indenizações á Fazenda Municipal poderão ser cumulativamente outro cargo, função ou atividade de particular de caráter
descontadas em parcelas mensais consecutivas, não excedentes à décima empregatício, ou público de qualquer natureza.
parte do vencimento ou provento, exceto na ocorrência de má-fé, hipótese
em que não se admitirá parcelamento. Art. 151. O regime de tempo integral será determinado no interesse direto e
Parágrafo único. Se o funcionário for exonerado ou demitido, a quantia imediato da administração municipal, para atender à necessidade do servi-
devida será inscrita como dívida ativa, e cobrada executivamente. ço e terá caráter transitório, podendo ser suspenso ou cancelado, a critério
da autoridade que o tiver instituído.
Seção Única - Do Registro da Frequência
Art. 152. Ao funcionário subordinado a regime de tempo integral, na forma
Art. 140. Ponto é o registro que assinala o comparecimento do funcionário do artigo anterior, será concedido adicional de tempo integral, dentro do
ao serviço, e pelo qual se verifica diariamente, a sua entrada e saída. limite mínimo de 40% (quarenta porcento) e máximo de 100% (cem porcen-
§ 1º Nos registros de ponto, deverão ser lançados todos os elementos to), que incidirão sobre o valor do vencimento do cargo efetivo.
necessários à apuração de frequência. Parágrafo único. Em se tratando de ocupante de cargo em comissão, o
§ 2º Para registro de ponto serão usados, sempre que possível, meios percentual será aplicado sobre o valor do respectivo símbolo, salvo se,
mecânicos. quando também ocupante de cargo efetivo, houver optado pelo vencimento
§ 3º Salvo ato expresso do Chefe do Poder Executivo, é vedado dispen- deste na forma do artigo 11 da presente Lei.
sar o funcionário de registro de ponto.
§ 4º Compete ao responsável pelo setor, onde esteja localizado o funcio- Art. 153. Cessará o regime de tempo integral:
nário, coibir o registro antecipado ou posterior ao dia de frequência. I - se a continuação não representar mais interesse para a administração;
II - o funcionário:
Art. 141. O Chefe do Poder Executivo disciplinará, mediante Decreto, o a) pedir sua exclusão do regime;
horário de trabalho dos funcionários públicos municipais. b) for colocado à disposição de outro órgão não integrante da Adminis-
tração Direta do Município;
Art. 142. Ao funcionário estudante será permitido faltar ao serviço, sem c) afastar-se do exercício de seu cargo, por período superior a 30
prejuízo de vencimento e vantagens, nos dias em que se realizarem provas (trinta) dias;
parciais e finais. d) deixar de cumprir obrigações inerentes ao regime ou infringir disposi-
Parágrafo único. O funcionário deverá apresentar documento fornecido tivos que o regulam;
pelo direção da Escola, que comprove seu comparecimento às provas. e) (Esta alínea foi suprimida pelo art. 13 da Lei Municipal nº 749, de
01.09.1989 - Pub. Órgão Oficial, de 02.09.1989);
CAPÍTULO VIII - DAS VANTAGENS f) em cumprimento de pena disciplinar de suspensão;
g) for destituído da função;
Art. 143. Além do vencimento poderá o funcionário perceber as seguintes h) for afastado, removido, designado ou transferido do órgão ou setor
vantagens pecuniárias: de trabalho onde estava subordinado ao regime de tempo integral.
I - adicionais;
II - gratificações. Subseção III - Do Adicional por Trabalho Científico

Seção I - Dos Adicionais Art. 154. Ao funcionário portador de diploma em curso superior de ensino, e
desde que a natureza das atividades impostas pelo cargo exija conheci-
Art. 144. Em razão do tempo de serviço, ou pela exigibilidade de conheci- mentos técnicos especializados, poderá ser concedido adicional por traba-
mentos especializados ou em regime próprio de trabalho, requeridos pela lho técnico científico, calculado sobre o vencimento do cargo efetivo.
função, serão concedidas vantagens adicionais a saber: Parágrafo único. O Poder Executivo Municipal fixará, por Decreto, os
I - por tempo de serviço; cargos sujeitos à percepção do adicional referido no artigo anterior e os
II - de tempo integral; respectivos percentuais.
III - de trabalho técnico científico;
IV - de produtividade. Seção II - Das Gratificações
Art. 155. Pela prestação de serviços em condições especiais, ou em face
Subseção I - Do Adicional por Tempo de Serviço
de fatos ou situações individuais do funcionário será concedida gratificação:
Art. 145. Ao funcionário público municipal, a cada quinquênio de efetivo I - ajuda de custo;
exercício, será concedido adicional de tempo de serviço, na base de 5% II - salário família;
(cinco porcento) por período, calculados sobre o vencimento do cargo III - auxílio doença;
efetivo. IV - pelo exercício de cargo em comissão, nos casos do artigo 11 e seu
parágrafo, deste estatuto;
Art. 146. O tempo de serviço, para efeito do artigo anterior, será V- pela prestação de serviço em horário extraordinário;
calculado de conformidade com o artigo 86, observando-se o disposto VI - pela participação em órgão de deliberação coletiva ou em co-
nos itens I e II, do artigo 89. missão;
VII - de risco de vida e saúde e insalubridade;
Art. 147. O direito à percepção do adicional por tempo de serviço começa VIII - de representação;

Legislação municipal 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
IX - por força de lei especial; com o vencimento.
X- pelo exercício:
a) de encargos de auxiliar ou membro de banca examinadora de con- Art. 164. Se ocorrer o falecimento do funcionário, o auxílio-doença, a que
curso público de provas e provas e títulos; faz jus até a data do óbito, será pago de acordo com as normas aplicáveis
b) de encargos de auxiliar ou professor de curso regulamentar instituí- ao pagamento do vencimento.
do;
XI - de desempenho de atividades de nível superior; Subseção IV - Do Risco de Vida e Saúde e Insalubridade
XII - (Este inciso foi revogado pelo art. 4º da Lei Municipal nº
Art. 165. A gratificação de risco de vida e saúde será de 10%, 20% e 40%,
1.164, de 12.02.1993 - Pub. 13.02.1993);
segundo o grau de risco a que estiver exposto o funcionário, no exercício
XIII - (Este inciso foi revogado pelo art. 4º da Lei Municipal nº 1.164, das atribuições inerentes a seu cargo ou função, desde que tenha contato
de 12.02.1993 - Pub. 13.02.1993). direto e permanente com pacientes portadores de doença infectocontagio-
sa.
Subseção I - Da Ajuda de Custo
Art. 166. A gratificação de insalubridade será de 10%, 20% e 40%, segun-
Art. 156. A juízo do Chefe do Poder Executivo será concedida ao funcioná-
do o grau mínimo, médio e máximo, sempre que o funcionário estiver em
rio ajuda de custo destinada à compensação das despesas de viagens, a
atividade em locais insalubres que, por sua natureza, condições e métodos
serviço exclusivo da Municipalidade, obrigando-se o custeado, a comprovar
de trabalho, o exponha a contato direto com agentes físicos, químicos ou
as despesas realizadas.
biológicos nocivos que possam produzir doença transitória ou definitiva.
§ 1º O funcionário restituirá a ajuda de custo, quando, antes de terminar a
incumbência, regressar, pedir exoneração ou abandonar o serviço.
§ 2º A restituição é de exclusiva responsabilidade pessoal e não poderá Art. 167. As gratificações de que tratam os artigos 165 e 166 incidirão
ser feita parceladamente. sobre o vencimento do cargo efetivo do funcionário, não podendo ser
percebidas cumulativamente, sendo indispensável o laudo pericial do órgão
competente.
Subseção II - Do Salário Família
Art. 157. O salário-família será concedido ao funcionário ativo ou inativo: Art. 168. As condições exigidas para a concessão da gratificação de risco
I - pela esposa que não exerça atividade remunerada; de vida e saúde e insalubridade serão apuradas e definidas pela Secretaria
II - pelo esposo que não exerça atividade remunerada; Municipal de Administração que, para tanto, constituirá comissão específi-
III - por filho menor de 21 (vinte e um) anos, que não exerça atividade ca, de caráter temporário, e, a cada caso, integrada por médicos provindos
remunerada; da Secretaria Municipal de Saúde, podendo valer-se de laudo pericial de
IV - por filho inválido; órgão Federal de Higiene e Segurança do Trabalho.
V - por filha solteira, sem economia própria;
VI - por filho estudante, que frequente curso de 2º grau ou superior, e que Subseção V - Do Serviço Extraordinário
não exerça atividade remunerada, até a idade de 24 (vinte e quatro) anos;
VII - pelo ascendente sem rendimento próprio que viva às expensas do Art. 169. A gratificação pela prestação de serviço extraordinário será con-
funcionário; cedida pelo Secretário Municipal de Administração, com prévia autorização
VIII - pela companheira, na forma da regulamentação própria. do Chefe do Poder Executivo e paga por hora de trabalho, prorrogado ou
Parágrafo único. Compreende-se, neste artigo, o filho de qualquer antecipado, na forma do regulamento próprio em vigor.
condição, o enteado, o adotivo e o menor que, mediante autorização judici- § 1º O exercício de cargo em comissão ou de função gratificada exclui a
al, viva sob a guarda e sustento do funcionário. gratificação por serviço extraordinário.
§ 2º Em se tratando de serviço extraordinário noturno, o valor da hora
Art. 158. Quando o pai e mãe forem funcionários ativos ou inativos, de será acrescido de 25% (vinte e cinco porcento).
qualquer órgão público federal, estadual ou municipal e viverem em co- § 3º A inclusão do funcionário em regime de tempo integral não é compa-
mum, o salário-família será concedido exclusivamente ao pai. tível com o recebimento de gratificação por serviço extraordinário.
Parágrafo único. Se não viverem em comum, será concedido ao que
tiver os dependentes sob sua guarda. Art. 170. Observadas as disposições deste Capítulo os adicionais e gratifi-
cações reger-se-ão por regulamentação própria, quando couber.
Art. 159. Ao pai e à mãe, equiparam-se o padrasto, a madrasta, e, na falta
destes, os representantes legais dos incapazes ou quem, por qualquer TÍTULO V - DO DIREITO DE PETIÇÃO
forma, tenha sob a sua guarda e sustento, os dependentes a que se refere
Art. 171. É assegurado ao funcionário o direito de requerer ou representar.
o artigo 157 desta Lei.
§ 1º O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo.
§ 2º O pedido de reconsideração, dirigido à autoridade que expediu o ato
Art. 160. O salário-família não será sujeito a qualquer imposto ou taxa, nem
ou proferiu a primeira decisão, somente será cabível quando contiver novos
servirá de base para qualquer contribuição ainda que de finalidade assis-
argumentos.
tencial.
§ 3º Nenhum pedido de reconsideração poderá ser renovado.
Art. 161. O valor do salário-família por dependente inválido corresponderá
Art. 172. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os
ao triplo do valor normal.
artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 8 (oito) dias e
Parágrafo único. A invalidez, que caracteriza a dependência, é a com-
decididos dentro de 30 (trinta) dias.
provada incapacidade total e permanente para o trabalho, ou, presumida no
caso de ancianidade.
Art. 173. Caberá recurso ao indeferimento do pedido de reconsideração.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que
Art. 162. Nos casos de acumulação legal de cargos o salário-família será
tiver expedido o ato ou proferido a decisão.
pago somente em relação a um deles.
§ 2º O pedido de reconsideração e o recurso não têm efeito suspensivo;
se for provido retroagirá, nos efeitos, à data do ato impugnado.
Subseção III - Do Auxílio Doença

Art. 163. Após cada período de 12 (doze) meses consecutivos de licença Art. 174. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá:
para tratamento da própria saúde, o funcionário terá direito a 1 (um) mês de I - em 5 (cinco) anos, quanto aos de que decorram demissão, cassação
vencimento a título de auxílio-doença. de aposentadoria ou disponibilidade;
Parágrafo único. O auxílio-doença não sofrerá descontos de qualquer II - em 120 (cento e vinte) dias nos demais casos.
espécie ainda que para fins de previdência social, e será pago juntamente

Legislação municipal 51 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 175. O prazo de prescrição, estabelecido no artigo anterior, contar-se-á Parágrafo único. tal relação não se haverá por presumida, mas terá de
da data da publicação no órgão, do ato impugnado, ou na falta dessa, da ficar provada mediante consulta a dados objetivos, tais como os programas
data da ciência ao interessado, a qual deverá constar do processo respecti- de ensino, no caso do professor, e as atribuições legais, regulamentares ou
vo. regimentais do cargo, no caso de cargo técnico ou científico.

Art. 176. O pedido de reconsideração, e o recurso, quando cabíveis, inter- Art. 188. Para os efeitos deste Capítulo, a expressão "cargo" compreende
rompem a prescrição até duas vezes. os cargos, funções ou empregos referidos no artigo 180.

Art. 177. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítu- Art. 189. A compatibilidade de horários será reconhecida quando houver
lo. possibilidade do exercício dos dois cargos, em horários diversos, sem
prejuízo do número regulamentar de horas de trabalho determinado para
TÍTULO VI - DO REGIME DISCIPLINAR cada um.
CAPÍTULO I - DA ACUMULAÇÃO § 1º A verificação dessa compatibilidade far-se-á tendo em vista o horário
do servidor na unidade administrativa em que estiver lotado, ainda que
Art. 178. É vedada a acumulação remunerada de cargos e funções públi- ocorra a hipótese de estar dela legalmente afastado.
cas, exceto: § 2º No caso de cargos a serem exercidos no mesmo local ou em municí-
I - a de Juiz com um cargo de Professor; pios diferentes, levar-se-á em conta a necessidade de tempo para a loco-
II - a de dois cargos de Professor; moção entre um e outro.
III - a de um cargo de Professor com outro técnico ou científico; ou
IV - a de dois cargos de Médicos. Art. 190. O funcionário que ocupe dois cargos em regime de acumulação
legal poderá ser investido em cargo em comissão, desde que, com relação
Art. 179. A acumulação, em qualquer hipótese, só será permitida quando a um deles, continue no exercício de suas atribuições, observado sempre o
houver correlação de matérias e compatibilidade de horários. disposto no artigo anterior.
§ 1º Ocorrendo a hipótese, o ato de provimento do funcionário menciona-
Art. 180. A proibição de acumular se estende a cargos ou funções de rá em qual das duas condições funcionais está sendo nomeado, para que,
qualquer modalidade ou emprego no Poder Público Federal, Estadual ou em relação ao outro cargo, seja observado o disposto neste artigo.
Municipal, na administração centralizada ou autárquica, inclusive em socie- § 2º O tempo de serviço, bem como quaisquer direitos ou vantagens
dade de economia mista e empresas públicas. adquiridos em função de determinada situação jurídica, são insusceptíveis
de serem computados ou usufruídos em outra, salvo se extinto seu fato
Art. 181. O funcionário não poderá exercer mais de uma função gratificada, gerador.
nem participar de mais de dois órgãos de deliberação coletiva. § 3º Se computados na hipótese do parágrafo anterior, in fine, em deter-
minada situação, a ela ficarão indissoluvelmente ligados, ressalvado o caso
Art. 182. Os aposentados ficam excluídos da proibição de acumular pro- de ocorrer também sua extinção.
ventos quando no exercício de mandato eletivo, cargo em comissão, ou
quanto a contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados. Art. 191. Verificada, em processo administrativo disciplinar, a acumulação
Parágrafo único. O disposto neste artigo, quanto ao exercício de cargo proibida, e provada a boa-fé, o funcionário optará por um dos cargos, sem
em comissão, não se aplica ao aposentado compulsoriamente ou por obrigação de restituir.
invalidez se não cessadas as causas determinantes de sua aposentadoria. § 1º Provada a má-fé, além de perder os cargos, restituirá o que tiver
percebido indevidamente pelo exercício de cargo que gerou a acumulação.
Art. 183. Não se compreende na proibição de acumular nem está sujeita a § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, se o cargo gerador de acumula-
qualquer limite, a percepção: ção proibida for de outra esfera de Poder Público, o funcionário restituirá o
I - conjunta, de pensões civis ou militares; que houver percebido desde a acumulação ilegal.
II - de pensões com vencimentos, remuneração ou salário; § 3º Apurada a má-fé do inativo, este sofrerá a cassação da sua aposen-
III - de pensões com provento de disponibilidade ou de aposentadoria; tadoria ou disponibilidade, obrigado, ainda, a restituir o que tiver recebido
IV - de proventos resultantes de cargos legalmente acumuláveis; indevidamente.
V - de provento com vencimento nos casos de acumulação legal.
Art. 192. A inexatidão das declarações feitas pelo funcionário no cumpri-
Art. 184. Considera-se cargo técnico ou científico aquele que para cujo mento da exigência constante do artigo 56 desta Lei, constituirá presunção
exercício seja exigida habilitação em curso legalmente classificado como de má-fé, ensejando, de logo, a suspensão do pagamento do respectivo
técnico, de grau ou de nível superior de ensino. vencimento e vantagens, ou provento.
Parágrafo único. Considera-se, também, como técnico ou científico:
I - o cargo para cujo exercício seja exigida habilitação em curso legal- Art. 193. As acumulações serão objeto de estudo e parecer individuais por
mente classificado como técnico segundo de grau ou de nível superior de parte do órgão municipal para esse fim criado, que fará a apreciação de
ensino; sua legalidade, ainda que um dos cargos integre os quadros de outra
II - o cargo de direção, privativo de ocupante de cargo técnico ou cientí- esfera de poder.
fico.
CAPÍTULO II - DOS DEVERES
Art. 185. Cargo de professor é o que tem como atribuição principal e per-
manente lecionar em qualquer grau ou ramo de ensino legalmente previsto. Art. 194. São deveres do funcionário:
Parágrafo único. Inclui-se, também, para efeito de acumulação, o cargo I- assiduidade;
de direção, privativo de professor. II - pontualidade;
III - urbanidade;
Art. 186. A simples denominação de "técnico" ou "científico" não caracteri- IV - discrição;
za como tal o cargo que não satisfizer as condições do artigo 184. V - boa conduta;
Parágrafo único. As atribuições do cargo, para efeito de reconhecimento VI - lealdade e respeito às instituições constitucionais e administrativas a
de seu caráter técnico ou científico, serão consideradas na forma que servir;
do parágrafo único do artigo 187. VII - observância as normas legais e regulamentares;
VIII - obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente
Art. 187. A correlação de matérias pressupõe a existência de relação íntima ilegais;
e recíproca entre os conhecimentos específicos, cujo ensino ou aplicação IX - levar ao conhecimento de autoridade superior irregularidades de que
constitua atribuição principal dos cargos acumuláveis, de sorte que o exer- tiver ciência em razão do cargo ou função;
cício simultâneo favoreça o melhor desempenho de ambos os cargos. X - zelar pela economia e conservação do material que lhe é confiado;

Legislação municipal 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
XI - providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento interesse ou sentimento pessoal ou de terceiros;
individual, sua declaração de família; XXII - exercer cargo ou função pública antes de atendidos os requisitos
XII - atender prontamente às requisições para defesa da Fazenda Pública legais, ou continuar a exercê-los sabendo-os indevidamente;
Municipal e à expedição de certidão para defesa de direito; XXIII - promover festas ou solenidades de caráter particular nas depen-
XIII - guardar sigilo sobre a documentação e ao assuntos de natureza dências das repartições públicas municipais;
reservada de que tenha conhecimento em razão de cargo ou função; XXIV - permanecer no local de serviço em estado de embriaguez ou
XIV - frequência a cursos regularmente instituídos, para aperfeiçoamento embriagar-se durante o expediente.
e especialização.
§ 1º Verificada a falta do servidor ao serviço por mais de 3 (três) dias CAPÍTULO IV - DAS RESPONSABILIDADES
seguidos ou alternados, desde que não devidamente justificada, importará
em perda integral das gratificações não incorporadas ao vencimento do Art. 196. Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário respon-
respectivo mês. de civil, penal e administrativamente.
§ 2º Fica assegurado ao servidor o direito de abono de uma falta por
mês. Art. 197. A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou
culposo que importe em prejuízo da Fazenda Municipal ou de terceiros.
§ 1º A indenização de prejuízos causados à Fazenda Municipal poderá
CAPÍTULO III - DAS PROIBIÇÕES
ser liquidada mediante descontos em prestações mensais não excedentes
Art. 195. Ao funcionário é proibido: à décima parte do vencimento ou remuneração, na falta de outros bens que
I - referir-se, de modo depreciativo, em informação, despacho ou parecer, respondam pela indenização, exceto na ocorrência de má-fé, hipótese em
às autoridades e a atos da Administração Pública, ou censurá-los, pela que não se admitirá parcelamento.
imprensa ou qualquer outro órgão de divulgação pública, podendo, porém, § 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o funcionário
em trabalho assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da organi- perante a Fazenda Municipal em ação regressiva proposta depois de
zação do serviço com ânimo construtivo; transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a
II - retirar, modificar ou substituir livro ou qualquer documento órgão Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado.
municipal com o fim de criar direito ou obrigação, ou de alterar a verdade § 3º Quando o funcionário for exonerado, demitido ou vier a falecer, a
dos fatos, bem como apresentar documento falso com a mesma finalidade; quantia devida será inscrita como dívida e cobrada judicialmente.
III - Valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal em detri-
mento da dignidade da função pública; Art. 198. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
IV - coagir ou aliciar subordinados com o objetivo de natureza particular; imputados ao funcionário nessa qualidade.
V - promover manifestações de apreço ou desapreço e fazer circular ou
subscrever lista de donativos, no recinto da repartição; Art. 199. A responsabilidade administrativa resulta de atos praticados ou
VI - participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico e omissões ocorrida no desempenho do cargo ou função, ou fora dele, quan-
administrativo de empresa ou sociedade: do comprometedoras da dignidade e do decoro da função pública.
a) contratante, permissionária ou concessionária de serviços público;
b) fornecedora de equipamento, serviços ou materiais de qualquer Art. 200. As comissões civis, penais e disciplinares poderão cumular-se,
natureza ou espécie, a qualquer órgão municipal; sendo umas outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil,
c) de consultoria técnica que execute projetos e estudos, inclusive de penal e administrativa.
viabilidade, para órgãos públicos. Parágrafo único. Só é admissível a ação disciplinar ulterior a absolvição
VII - praticar a usura em qualquer de suas formas no âmbito do serviço no juízo penal quando, embora afastada a qualidade do fato como crime,
público; persista, residualmente, a falta administrativa.
VIII - pleitear, como Procurador ou intermediário, junto aos órgãos muni-
cipais, salvo quando se tratar de percepção de vencimentos, remuneração, CAPÍTULO V - DAS PENALIDADES
provento ou vantagens de parente, consanguíneo ou afim até o segundo
grau civil; Art. 201. São penas disciplinares:
IX - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, propinas, comis- I - advertência;
sões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão do cargo ou II - repreensão;
função, ou aceitar promessa de tais vantagens; III - suspensão;
X - revelar fato ou informação de natureza sigilosa, de que tenha ciência, IV - multa;
em razão do cargo ou função, salvo quando se tratar de depoimento em V - destituição de função;
processo judicial, policial ou administrativo; VI - demissão;
XI - cometer a pessoa estranha ao serviço do Município, salvo em casos VII - cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
previstos em Lei, o desempenho de encargos que lhe competir ou a seus
subordinados; Art. 202. Na aplicação das penas disciplinares serão considerados os
XII - dedicar-se, nos locais e horas de trabalho, a palestras, leituras ou motivos e circunstâncias da falta, a sua natureza, a gravidade e os danos
quaisquer outras atividades estranhas ao serviço, inclusive ao trato de que dela provierem para o serviço público e os antecedentes funcionais do
interesse de natureza particular; servidor.
XIII - deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada; Parágrafo único. As penas impostas ao funcionários serão registradas
XIV - empregar material ou quaisquer bens do Município em serviço em seus assentamentos.
particular;
XV - retirar objetos, de órgãos municipais, salvo quando autorizado por Art. 203. A pena de advertência será aplicada verbalmente, pelo Chefe do
escrito pela autoridade competente; funcionário, em caso de negligência, e comunicada ao órgão de pessoal.
XVI - fazer cobranças ou despesas em desacordo com o estabelecido na Parágrafo único. Na reincidência específica será aplicada a pena de
legislação fiscal e financeira; repreensão.
XVII - deixar de prestar declaração em inquérito administrativo, quando
regularmente intimado; Art. 204. A pena de repreensão será aplicada pelo Chefe do órgão onde
XVIII - incitar ou aderir a greves nos serviços públicos ou praticar atos de estiver localizado o funcionário, por escrito, em caso de desobediência ou
sabotagem contra o regime ou serviço; falta de cumprimento dos deveres, alem da hipótese referida no parágrafo
XIX - promover a venda de tômbolas, rifas ou mercadorias de qualquer único do artigo anterior, devendo remeter cópia ao órgão de pessoal.
espécie dentro do recinto da repartição; Parágrafo único. Havendo dolo ou má-fé, a falta de cumprimento dos
XX - acumular cargos públicos, salvo às exceções previstas em Lei; deveres será punida com pena de suspensão.
XXI - negligenciar ou omitir-se na prática de ato de ofício, ou praticá-lo em
desconformidade com expressa determinação de lei, visando satisfazer Art. 205. A pena de suspensão será aplicada em caso de:

Legislação municipal 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
I - falta grave; determinar a demissão;
II - desrespeito a proibições que, pela sua natureza, não ensejarem pena II - aceitou, ilegalmente, cargo ou função pública, provada a má-fé;
de demissão; III - perdeu a nacionalidade brasileira;
III - reincidência em falta já punida com pena de repreensão. IV - sofreu pena acessória de perda da função pública no caso de dispo-
§ 1º A pena de suspensão não poderá exceder a 180 (cento e oitenta) nível.
dias. Parágrafo único. Será igualmente cassada a aposentadoria ou disponibi-
§ 2º O funcionário suspenso perderá todas as vantagens e direitos decor- lidade do inativo que não assumir, no prazo legal, o exercício do cargo no
rentes do exercício do cargo. qual reverter ou for aproveitado.
§ 3º Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão,
por iniciativa do Secretário ou Procurador Geral a que pertencer a lotação Art. 212. São competentes para aplicação das penas disciplinares:
do funcionário, poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta I - o Chefe do Poder Executivo, em qualquer caso e, privativamente, nos
porcento) por dia de vencimento e vantagens, obrigado, nesse caso, o casos de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
funcionário a permanecer no serviço durante o número de horas de traba- II - o Secretário Municipal de Administração, em todos os casos, exceto
lho normal. nos de competência privativa do Chefe do Poder Executivo;
§ 4º Além da pena judicial que couber, serão considerados como de III - os Secretários Municipais e o Procurador Geral, nos casos de penali-
suspensão os dias em que o funcionário deixar de atender às convocações dades que não ultrapassem a 30 (trinta) dias e suspensão ou multa corres-
para júri e outros serviços obrigatórios por Lei, sem motivo justificado. pondente, ou não decorram de processo administrativo disciplinar.
Parágrafo único. A mesma autoridade que aplicar a penalidade poderá
Art. 206. A destituição de função dar-se-á quando verificada falta de exa- torná-la sem efeito, mediante despacho fundamentado.
ção no cumprimento do dever.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não impede a aplicação da Art. 213. Prescreverá:
pena disciplinar cabível, quando o destituído for, também, ocupante de I - em 2 (dois) anos a falta sujeita às penas de advertência, repreensão,
cargo efetivo. multa ou suspensão;
II - em 4 (quatro) anos, a falta sujeita:
Art. 207. A pena de demissão será aplicada nos casos de: a) à pena de demissão ou destituição de função; e
I - falta relacionada no artigo 195 desta Lei, quando de natureza grave, a b) à cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
juízo de autoridade competente, se comprovada a má-fé; § 1º A falta também prevista como crime na Lei penal prescreverá junta-
II - incontinência pública e escândalos, prática de jogos proibidos, embri- mente como este.
aguez habitual ou uso de transportes tóxicos e entorpecentes; § 2º O curso da prescrição começa a fluir na data do evento punível
III - ofensa física, em serviço, contra funcionário ou particular, salvo em disciplinarmente e se interrompe com a abertura do processo administrativo
legítima defesa; disciplinar.
IV - procedimento irregular incompatível com o decoro e com a dignidade
do serviço público; TÍTULO VII - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLI-
V - ausência ao serviço, sem causa justificada, por mais de 60 (sessenta) NAR E DA REVISÃO
dias, intercaladamente, durante o período de l2 (doze) meses;
VI - abandono de cargo; Art. 214. Poder disciplinar é a faculdade conferida ao Administrador Público
VII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do Patrimônio Municipal; com o objetivo de possibilitar a prevenção e repressão de infrações funcio-
VIII - aplicação irregular dos dinheiros públicos; nais e seus subordinados, no âmbito interno da Administração.
IX - insubordinação grave em serviço;
X - desídia no cumprimento dos deveres; Art. 215. Constitui infração disciplinar toda ação ou omissão do funcionário
XI - acumulação ilegal de cargos e funções públicas, ressalvado o direito capaz de comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir a
de opção. disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à
§ 1º Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço, sem justa Administração Pública.
causa, por 30 (trinta) dias consecutivos. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se ao ocupante de cargo
§ 2º Entender-se-á por ausência ao serviço, com justa causa, a que assim em comissão ainda que não ocupante de cargo efetivo.
for considerada após a devida comprovação em processo administrativo,
sumário, caso em que as faltas serão justificadas para fins disciplinares. CAPÍTULO I - DA PRISÃO ADMINISTRATIVA E DA SUS-
§ 3º Quando a justificativa fundar-se em motivo de doença do funcionário PENSÃO PREVENTIVA
ou pessoa de sua família, comprovada por atestado passado por médico
estranho ao órgão oficial de perícias médicas, só poderá ser alegada em Art. 216. Cabe ao Chefe do Poder Executivo ordenar a prisão administrati-
processo administrativo uma única vez. va de todo e qualquer responsável pelos dinheiros e valores pertinentes à
§ 4º Será ainda demitido o funcionário que, em processo criminal, sofrer a Fazenda Municipal ou que se acharem sob a guarda desta, nos casos de
pena acessória de perda da função pública. alcance, desvio, remissão ou omissão em efetuar as entradas e entregas
nos devidos prazos, ou ainda, a dos que, sendo ou não funcionários públi-
Art. 208. O ato de demissão mencionará sempre a causa da penalidade. cos, hajam contribuído material ou intelectualmente para a execução ou
ocultação desses crimes.
Art. 209. Conforme a gravidade da falta, a demissão poderá ser aplicada § 1º Decretada a prisão, a mesma autoridade comunicará, imediatamen-
com nota "a bem do serviço público". te, o fato à autoridade judiciária competente e providenciará no sentido de
ser realizado, com urgência, o processo de tomada de contas.
Art. 210. O funcionário demitido por processo administrativo ou por senten- § 2º A prisão administrativa não excederá a 90 (noventa) dias, e será
ça judicial não poderá retornar ao serviço público municipal antes de decor- cumprida em estabelecimento especial.
ridos 10 (dez) anos. § 3º A prisão administrativa será relaxada tão logo seja efetuada a reposi-
Parágrafo único. Quando a demissão tiver sido aplicada com a nota "a ção do "quantum" relativo ao alcance ou desfalque verificado.
bem do serviço público" não poderá o funcionário retornar antes de cance-
lada a nota desabonadora, pelo Chefe do Poder Executivo, após decorridos Art. 217. A suspensão preventiva até 30 (trinta) dias será ordenada pelas
5 (cinco) anos da penalidade e mediante pedido fundamentado do interes- autoridades mencionadas no artigo 212, desde que o afastamento do
sado. funcionário seja necessário para que este não venha a influir na apuração
da falta.
Art. 211. A pena de cassação de aposentadoria ou de disponibilidade será
aplicada se ficar provado, em inquérito administrativo, que o aposentado ou Art. 218. A suspensão de que trata este artigo poderá, ainda, ser ordenada
disponível: pelo Secretário Municipal de Administração, no ato de instauração do
I - praticou, quando ainda no exercício do cargo, falta grave suscetível de processo administrativo disciplinar, e estendida até 90 (noventa) dias,

Legislação municipal 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
findos os quais cessarão automaticamente os efeitos da mesma, ainda que § 1º O ato de designação indicará, desde logo, o presidente da comissão
o processo não esteja concluído. temporária, que deverá ser, Procurador do Município ou Bacharel de Direi-
§ 1º O funcionário, suspenso preventivamente, poderá ser administrati- to.
vamente preso. § 2º Os atos de designação dos membros da comissão e de seu Secretá-
§ 2º Não estando preso administrativamente, o funcionário que responder rio, serão publicados no órgão oficial.
por malversação ou alcance de dinheiro ou valores públicos será sempre
suspenso preventivamente e seu afastamento se prolongará até a decisão Art. 229. Se, de imediato, ou no curso do processo administrativo discipli-
final do processo administrativo disciplinar. nar, ficar evidenciado que a irregularidade cometida envolve fato punível
como crime, o Presidente da Comissão o descreverá remetendo cópia do
Art. 219. A prisão administrativa e a suspensão preventiva são medidas processo à Procuradoria Geral do Município, a fim de comunicar à Polícia
acautelatórias e não constituem penas. da jurisdição em que ela se verificou, para que seja providenciada a instau-
ração do competente inquérito.
Art. 220. O funcionário afastado em decorrência das medidas acautelató-
rias referidas no artigo anterior terá direito: Art. 230. A comissão poderá dedicar todo o tempo de expediente aos
I - à diferença de vencimento e à contagem do tempo de serviço relativo trabalhos do processo; ficando seus membros e o Secretário dispensados
ao período de afastamento, quando do processo não resultar punição ou do serviço da repartição, sem prejuízo de qualquer vantagem.
esta se limitar às penas de advertência, multa ou repreensão;
II - à diferença do vencimento e à contagem do período de afastamento Art. 231. Caberá ao Presidente da Comissão a designação de um funcioná-
que exceder ao prazo de suspensão disciplinar aplicada. rio ou pelo Chefe, salvo motivo relevante a critério do Secretário Municipal
§ 1º Quando a pena disciplinar aplicada for superior ao período de afas- de Administração.
tamento o funcionário restituirá o que recebeu indevidamente.
§ 2º Será computado, na duração da pena de suspensão disciplinar Art. 232. O processo administrativo disciplinar deverá estar concluído no
imposta, o período de afastamento decorrente de medida acautelatória. prazo de 90 (noventa) dias, contados da data em que os autos chegarem à
comissão, prorrogáveis, sucessivamente, por períodos de 30 (trinta) dias,
CAPÍTULO II - DA APURAÇÃO SUMÁRIA DE IRREGULA- até o máximo de 3 (três), em caso de força maior e a juízo do Secretário
RIDADE Municipal de Administração.
§ 1º A não observância dos prazos referidos neste artigo não acarretará
Art. 221. Qualquer autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço nulidade do processo, importante em responsabilidade administrativa dos
público é obrigada a provocar a sua apuração imediata, por meios sumários membros da comissão, ou de quem haja dado causa ao descumprimento.
ou por intermédio de processo administrativo. § 2º O sobrestamento do processo administrativo disciplinar só ocorrerá
em caso de absoluta impossibilidade de prosseguimento, a juízo do Secre-
Art. 222. A apuração de irregularidade, mediante sindicância, não terá tário Municipal de Administração.
forma processual definitiva, nem ficará adstrita ao rito determinado no § 3º A comissão procederá a todas as diligências necessárias, recorren-
Capítulo III, para o processo administrativo disciplinar, constituindo-se em do, inclusive a técnicos e peritos.
simples averiguação.
Parágrafo único. A critério da autoridade que instaurar, e segundo a Art. 233. Os órgãos municipais, sob pena de responsabilidade de seus
importância maior ou menor do evento, a sindicância poderá ser realizada titulares, atenderão, com máxima presteza, às solicitações da comissão,
por um único funcionário ou por uma comissão de 3 (três) servidores, devendo comunicar prontamente a impossibilidade de atendimento, em
preferivelmente efetivos. caso de força maior.

Art. 223. A instauração de sindicância não impede a adoção, imediata, Art. 234. A autoridade instauradora do processo providenciará, com a
através de comunicado à autoridade competente, das medidas acautelató- devida urgência e, mediante requisição do presidente da comissão, os
rias previstas no Capítulo I deste Título. meios materiais, inclusive os de locomoção ou transporte que se fizerem
necessários.
Art. 224. Se, no curso da apuração sumária, ficar evidenciada falta punível
com pena de suspensão superior a 30 (trinta) dias ou multa corresponden- Art. 235. A comissão assegurará, no processo administrativo disciplinar, o
te, o responsável pela apuração fará imediata comunicação à autoridade sigilo necessário à elucidação do fato ou o exigido pelo interesse da Admi-
competente para o fim de ser instaurado o necessário processo administra- nistração.
tivo disciplinar.
Art. 236. Será admitida a acareação entre acusado e testemunhas e entre
Art. 225. Por se tratar de apuração sumária, as declarações do servidor testemunhas, sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou
suspeito serão recebidas também como defesa, dispensada a citação para circunstâncias relevantes.
tal fim, assegurada, porém, a juntada pelo mesmo, no prazo de 5 (cinco) Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados; para que expli-
dias, de quaisquer documentos que considere úteis. quem os pontos de divergência, reduzindo-se a termo o ato de acareação.

Art. 226. A falta punível com pena de advertência, repreensão ou suspen- Art. 237. Para assistir pessoalmente aos atos processuais, fazendo-se
são inferior a 30 (trinta) dias será aplicada pelo Secretário Municipal ou acompanhar de defensor, se assim o quiser, o acusado será sempre inti-
Procurador Geral a que pertencer o funcionário, assegurando-se-lhe ampla mado, e poderá, nas inquirições, levantar contradita, formular perguntas e
defesa. reinquirir testemunhas; nas perícias, apresentar assistente e formular
quesitos cujas respostas integrarão o laudo; e fazer juntadas de documen-
CAPÍTULO III - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCI- tos em qualquer fase do processo.
PLINAR Parágrafo único. Se, nas perícias, o assistente divergir dos resultados,
poderá oferecer observações escritas que serão examinadas no relatório
Art. 227. A aplicação das penas de suspensão acima de 30 (trinta) dias, final e na decisão.
destituição de função, demissão ou cassação de aposentadoria ou de
disponibilidade serão sempre precedidas de processo administrativo disci- Art. 238. No interrogatório do acusado, seu defensor não poderá intervir de
plinar. qualquer modo nas perguntas e nas respostas.

Art. 228. Cabe ao Secretário Municipal de Administração a instauração do Art. 239. Antes de indiciado, o funcionário intimado a prestar declarações à
processo administrativo disciplinar, com a designação de comissão com- Comissão poderá fazer-se acompanhar de advogado, que, entretanto,
posta de, no mínimo, 3 (três) membros, integrantes da COPAD - Comissão observará o disposto no artigo anterior.
Permanente de Inquérito Administrativo, indicados pelo Presidente. Parágrafo único. Não se deferirá, nessa fase, qualquer diligência reque-

Legislação municipal 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
rida. vier a ser processado por outra falta disciplinar ou se descumprir condições
estabelecidas na forma do § 1º, prosseguindo-se, nestes casos, os proce-
Art. 240. O Secretário da Comissão, a quem o Presidente fará a entrega de dimentos disciplinares cabíveis.
todos os documentos, que lhe forem confiados pela autoridade instaurado- § 3º Expirado o prazo da suspensão e cumprindo o beneficiário as condi-
ra, autuá-los-á mediante termos datados e assinados. ções, o Presidente da Comissão Processante recomendará a extinção da
punibilidade, caso em que será apreciada pelo Secretário Municipal de
Art. 241. Ultimada a instrução, será feita, no prazo de 3 (três) dias; a cita- Administração.
ção do indiciado, para a apresentação de defesa, no prazo de 10 (dez) § 4º O beneficiário da SUSPAD fica impedido de gozar o mesmo benefí-
dias, sendo-lhe facultado vista do processo durante todo esse período, na cio durante o seu curso e durante o dobro do prazo da suspensão, contado
sede da comissão. a partir da declaração de extinção da punibilidade, na forma do parágrafo
§ 1º Havendo dois ou mais indicados, o prazo para defesa será comum e anterior.
de 20 (vinte) dias. § 5º Não ocorrerá a prescrição durante o prazo da SUSPAD.
§ 2º Achando-se o indiciado em lugar incerto ou não sabido, será citado § 6º Não se aplica o benefício previsto no "caput" deste artigo às infra-
por edital, publicado em órgão oficial de imprensa, durante 8 (oito) dias ções disciplinares que correspondam a crimes contra a Administração
consecutivos, contando-se o prazo para a defesa da data da última publica- Pública, a crimes aos quais seja cominada pena mínima igual ou superior a
ção. 1 ano, a atos de improbidade administrativa tipificados no art. 9º e 10 da Lei
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligên- 8.429, de 2 de junho de 1992, e nos caos de abandono de cargo ou empre-
cias consideradas imprescindíveis, mediante requerimento do interessado e go.
a critério do Presidente da Comissão. § 7º O Prefeito expedirá normas complementares necessárias à aplicação
§ 4º Nenhum acusado será julgado sem defesa, que poderá ser produzi- deste dispositivo, inclusive para aplicação da SUSPAD nos procedimentos
do em causa própria. disciplinares em curso.

Art. 242. Em caso de revelia, o Presidente da Comissão designará, de CAPÍTULO IV - DO PROCESSO POR ABANDONO DE
oficio, defensor dativo, preferentemente bacharel em direito. CARGO
§ 1º A Constituição de defensor independerá de instrumento de mandato,
se o indiciado o indicar por ocasião do interrogatório. Art. 246. Caracterizado o abandono do cargo, o Chefe da repartição onde
§ 2º O defensor do acusado, quando designado pelo Presidente da tenha exercício o funcionário ou órgão pagador comunicará o fato à Secre-
comissão, não poderá abandonar o processo, senão por motivo imperioso, taria Municipal de Administração, que providenciará a instauração do pro-
sob pena de responsabilidade. cesso administrativo disciplinar.
§ 3º A falta de comparecimento de defensor do indiciado mesmo motiva-
da, não determinará o adiamento de ato algum do processo, devendo o Art. 247. Instaurado o processo administrativo disciplinar, a Comissão fará
Presidente da Comissão, no caso do defensor, designar substituto "ad hoc". publicar, por 3 (três) dias, na imprensa oficial, edital de chamada do acusa-
do, para que, no prazo máximo de 20 (vinte) dias, a contar da última publi-
Art. 243. Concluída a defesa, a comissão remeterá o processo à autoridade cação, apresente sua defesa.
competente, e com relatório onde será exposta a matéria de fato e de § 1º Findo o prazo do artigo anterior e não havendo manifestação do
direito, concluindo pela inocência ou responsabilidade do indiciado, apon- faltoso, ser-lhe-á designado defensor, pelo Presidente da Comissão de
tando, no último caso, as disposições legais transgredidas e a pena que Processo administrativo Disciplinar.
julgar cabível. § 2º O defensor diligenciará na apuração das causas determinantes da
§ 1º Recebido o processo, o Chefe do Poder Executivo proferirá a deci- ausência ao serviço, tomando as providências necessárias à defesa sob
são no prazo de 20 (vinte) dias, à vista dos fatos apurados pela comissão, seu encargo, tendo 10 (dez) dias para apresentá-la, contados da data de
não ficando, entretanto, vinculado às conclusões do relatório. sua designação.
§ 2º Não decidido o processo, no prazo deste artigo, o indiciado reassu-
mirá automaticamente o exercício do cargo, se deste estiver afastado, até o Art. 248. A Comissão de Processo Administrativo, recebida a defesa, fará a
julgamento final. sua apreciação e encaminhará, à autoridade instauradora, parecer conclu-
sivo, que será submetido à decisão do Chefe do Poder Executivo.
Art. 244. Quando a autoridade instauradora considerar que os fatos não
foram devidamente apurados, promoverá o retorno do processo à Comis- Art. 249. O processo administrativo disciplinar de abandono de cargo
são para cumprimento das diligências expressamente determinadas, consi- observará, no que couber, às disposições do Capítulo III deste Título.
deradas indispensáveis a sua decisão.
CAPÍTULO V - DA REVISÃO
Art. 245. O funcionário só poderá ser exonerado ou licenciado para tratar
de interesses particulares, a pedido, após a conclusão do processo admi- Art. 250. Poderá ser requerida a revisão do processo administrativo de
nistrativo disciplinar a que responder, desde que reconhecida a sua inocên- que haja resultado pena disciplinar, quando forem aduzidos fatos ou cir-
cia ou cumprida a decisão imposta. cunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do funcionário punido.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo quando o proces- § 1º Tratando-se de funcionário falecido, desaparecido ou incapacitado de
so administrativo disciplinar tiver por objeto apurar abandono do cargo ou requerer, a revisão poderá ser solicitada por qualquer pessoa.
faltas intercaladas, quando se permitirá exoneração a pedido, a juízo do § 2º A revisão processar-se-á em apenso ao processo originário.
Chefe do Poder Executivo e não sendo o funcionário reincidente. § 3º Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de
injustiça de penalidade.
Art. 245-A. Nas infrações disciplinares, o Presidente da Comissão § 4º O requerimento, devidamente instruído, será dirigido ao Chefe do
Processante da COPAD, no momento da instauração do processo adminis- Poder Executivo que decidirá sobre o pedido, após ouvir a COPAD.
trativo disciplinar ou da apuração sumária a que se refere o art. 221 desta § 5º Deferida a revisão, o Secretário Municipal de administração designa-
Lei, nos casos de apuração de falta sujeita às penas de advertência, repre- rá outra Comissão para processá-la.
ensão, multa ou suspensão, deverá propor a suspensão do processo
disciplinar - SUSPAD, pelo prazo de 1 a 5 anos, conforme a gravidade da Art. 251. Na inicial, o requerimento pedirá dia e hora para inquirição das
falta, e desde que o servidor não tenha sido condenado por outra infração testemunhas que arrolar.
disciplinar nos últimos 5 anos. Parágrafo único. Será considerada informante a testemunha que, resi-
§ 1º Aceita a proposta, o Presidente da Comissão Processante especifi- dindo fora do Município, prestar depoimento por escrito.
cará as condições a que fica subordinada a suspensão, desde que ade-
quadas ao fato e à situação pessoal do servidor, incluída a reparação do Art. 252. Concluído o encargo da Comissão, em prazo não excedente a 30
dano, se houver. (trinta) dias, será o processo, com o respectivo relatório, encaminhado ao
§ 2º A suspensão será revogada se, no curso de seu prazo, o beneficiário Chefe do Poder Executivo, para julgamento.

Legislação municipal 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
§ 1º O prazo para julgamento será de 30 (trinta) dias, podendo, antes, a LEI Nº 526/84 Incorporação com 10 anos e 15 anos, 2/3 do símbolo, mais
autoridade determinar diligências. as vantagens percebidas em razão do cargo.
§ 2º No caso de serem determinadas diligências, o prazo será contado da Não é exercício de cargo comissionado o tempo de substituição e respon-
data da sua conclusão. der por.
LEI Nº 695/88 Incorporação 08 e 12 anos.
Art. 253. Julgada procedente a revisão, será tornada sem efeito a penali- Incorpora oitavos a partir de 04 anos, no ato da exoneração.
dade imposta, restabelecendo-se todos os direitos pela mesma atingidos. Se voltar a ocupar o cargo em comissão retorna a contagem.
Se voltar a ocupar cargo maior por 01 ano, pode rever a incorporação,
TÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS inclusive no caso de alteração do símbolo do cargo em comissão.
LEI Nº 531/85 Sem interrupção nos últimos 04 anos antes da passagem
Art. 254. O Poder Executivo expedirá os atos complementares necessários artigo 100 inc. I para a inatividade, a incorporação é de 100 %.
à plena execução da presente Lei. LEI Nº 531/85 Com interrupção, por 10 (dez) anos, baseado no mais artigo
100 inc. II elevado, se o tiver exercido no mínimo de 01 ano.
Art. 255. Os prazos previstos nesta Lei e na sua regulamentação serão Cargo em comissão incorpora 2/3 do valor do símbolo e
contados por dias corridos. função gratificada incorpora integralmente o valor.
Parágrafo único. Não se computará, no prazo o dia inicial, prorrogando- LEI Nº 749/89 O funcionário inativo do Município que após a aposentadoria
se o vencimento que incidir em sábado, domingo, feriado ou de expediente exerça cargo comissionado por mais de 04 anos, tem assegurado os bene-
facultativo, para o primeiro dia útil que seguir. fícios da
LEI Nº 695/88.
Art. 256. Salvo nos casos de atos de provimento, de exoneração ou de LEI Nº 1036/92 Para incorporação é considerado o tempo não cumulativo,
punição, poderá haver delegação de competência. na
Administração Direta, Indireta ou Fundacional da União e do Estado do Rio
Art. 257. Nos dias úteis, só por determinação do Chefe do Poder Executivo de
poderão deixar de funcionar as repartições públicas municipais ou ser Janeiro.
suspenso o expediente. LEI Nº 1069/92 Para incorporação é considerado a Administração Direta,
Indireta e Fundacional da União, do Rio de Janeiro e do Legislativo de
Art. 258. É vedado ao funcionário e ao contratado servir sob a direção Niterói.
imediata do cônjuge ou parente até o segundo grau, salvo em função de LEI Nº 1145/92 O artigo 12, da LEI Nº 1140, de 25 de novembro de 1992,
confiança ou livre escolha, não podendo, neste caso, exceder de dois o seu artigo 3º passa a vigorar a contar de 26 de novembro de 1992, com a
número. seguinte redação:
"art. 12 Para o fim de fixação do valor a ser assegurado nos termos dos
Art. 259. Aos servidores do Município, regidos por legislação especial, não artigos 1º, da Lei nº 526, de 11 de dezembro de 1984, e 100 da Lei nº 531,
se reconhecerá direitos nem se deferirá vantagem pecuniária prevista nesta de 18 de janeiro de 1985, com as alterações introduzidas pela Lei nº 695,
Lei, quando, por força de regime especial a que se acham sujeitos, fizerem de 15 de junho de 1988, ao servidor estatutário municipal que tenha exerci-
jus a direitos ou vantagens com a mesma finalidade, ressalvado o caso de do cargo ou função de confiança em Autarquia, Empresa Pública, Socieda-
acumulação legal. de de Economia
Parágrafo único. A situação de pessoal contratado não confere direito Mista ou Fundação Pública do Município de Niterói, estabelecerseá corres-
nem expectativa de direito de readaptação para cargo efetivo. pondência entre as atribuições do posto finduciário da Administração
Indireta com as das estruturas da Administração Direta que nele mais se
Art. 260. O funcionário, candidato a cargo eletivo, desde que exerça cargo aproximar, cujo valor servirá de base à incorporação. "
de direção, de Chefia ou Assessoramento, ou encargo de fiscalização ou LEI Nº 1164/93 08 e 12 anos 2/3 do C.C. mais elevado exercido pelo míni-
de arrecadação, será afastado do exercício, a partir da data em que for mo de 01 ano acrescido das demais vantagens recebidas em razão do
inscrito perante à Justiça Eleitoral, até o dia seguinte ao do pleito. cargo ou função.
§ 1º Para dedicar-se à atividade política, o funcionário, mediante requeri- LEI Nº 1232/93 É assegurado ao servidor ativo ou inativo, para fins de
mento, será afastado do exercício do cargo durante o período que media incorporação de C.C. ou F.G., o computo do tempo de exercício de manda-
entre o registro da candidatura perante a Justiça Eleitoral e o dia seguinte to
ao da eleição. eletivo parlamentar no Município de Niterói.
§ 2º O afastamento a que se refere este artigo será efetuado sem prejuízo LEI Nº 1318/94 Para incorporar é computado o tempo de cargos da
de vencimento, direitos e vantagens do cargo efetivo que o funcionário Administração Direta, Indireta e Fundacional, da União, do Estado do Rio
ocupe. de
Janeiro, da Câmara Municipal de Niterói e da Assembléia Legislativa do
Art. 261. Com a finalidade de elevar a produtividade dos funcionários e Estado do
ajustá-los às suas tarefas e ao seu meio de trabalho, o Município promove- Rio de Janeiro.
rá treinamento necessário na forma da regulamentação própria. Se incorporar oitavos e voltar a ocupar cargo, recomeça a contagem. Não
se considera interrompido para efeito de incorporação quando houver nova
Art. 262. O dia 28 de outubro será consagrado ao Servidor Público do nomeação, após exoneração, nos 90 dias intercalados.
Município de Niterói. LEI Nº 1565/96 De 30, publicada em 31/12/96.
“Art. 13 – São revogadas, a partir de 2 de janeiro de 1998, a Lei Municipal
Art. 263. É dispensada a prestação de fiança para o provimento e o exercí- nº 526, de 11/12/84, e os artigos 1º ao 4º da Lei nº 695, de 15/06/88, além
cio de qualquer cargo, função ou emprego na Administração Municipal. do art. 100 da Lei nº 531, de 18/01/85, e dos arts. 5º e 6º da Lei nº 742, de
28/06/89.”
Art. 264. A função de jornalista profissional é compatível com a de servidor “Art. 14 – Os funcionários municipais efetivos que, em 01 de janeiro de
público, desde que este não exerça aquela atividade no órgão onde traba- 1998, ainda não tenham sido beneficiados pela legislação referida no artigo
lha e não incida em acumulação ilegal. anterior, poderão solicitar, em 2 de janeiro de 1998, a percepção, a título de
vantagem pessoal, de tantos quantos tenham sido os anos completos em
Art. 265. São isentos de taxas de expediente os requerimentos e certidões que tenham permanecido em cargo comissionado, função gratificada ou
de interesse do funcionário público municipal, ativo ou inativo. cargo de direção, observada a proporcionalidade em relação aos limites de
oito anos ininterruptos ou doze intercalados, fixados na legislação em vigor
Art. 266. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas em 01 de janeiro de 1998.”
as disposições em contrário “Parágrafo Primeiro – Ao funcionário efetivo será assegurado, no ato da
respectiva aposentadoria, a percepção permanente de 1/35 (hum trinta e
SÍNTESE DAS LEIS DE INCORPORAÇÃO cinco avos) por ano, para os de sexo masculino, e de 1/30 (hum trinta avos)

Legislação municipal 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
por ano, para os de sexo feminino, do valor de tantos quantos tenham sido inteira responsabilidade à autoridade que as determinar.
os anos completos que tenham permanecido em cargo em comissão,
função gratificada ou cargo de direção.” Parágrafo Único - Em caso de dúvida, será assegurado esclarecimento ao
“Parágrafo Segundo – Fica assegurado ao servidor efetivo, no ato da subordinado.
aposentadoria, o direito de optar entre o benefício a que se refere o pará-
grafo anterior ou o valor do cargo em comissão ou função gratificada já Art. 6º Todo servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói que se deparar
incorporado quando na ativa.” com ato contrário à disciplina da Instituição deverá adotar medida saneado-
“Parágrafo Terceiro – Para efeito do disposto no parágrafo anterior, far—se- ra.
á
o cálculo na base de 2/3 (dois terços) do valor do símbolo do maior cargo Parágrafo Único - Se detentor de precedência hierárquica sobre o infrator, o
ou de 100% (cem inteiros por cento) do valor da maior função gratificada servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói deverá adotar as providências
ocupados durante a vida funcional ativa, até o limite, respectivamente, de cabíveis pessoalmente; se subordinado, deverá comunicar às autoridades
35 (trinta e cinco) e 30 (trinta) anos completos.” competentes.
“Parágrafo Quarto – Para os ocupantes de cargos de carreira do magistério,
o cálculo será efetuado considerando a proporcionalidade de 1/25 (hum Art. 7º São deveres do servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói, além
vinte e cinco avos) por ano, até o limite de 25 anos completos.” dos demais enumerados neste Regulamento:
“Parágrafo Quinto – Para efeito do disposto no § 1º deste artigo, considerar-
se-ão, igualmente, quaisquer gratificações percebidas pelo servidor na I - ser assíduo e pontual;
qualidade ocupante de função de confiança.”
II - cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifesta-
mente ilegais;

3. Estatuto da Guarda Civil Municipal de Niterói (Lei Municipal III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
n.º 2.838, de 30 de maio de 2011).
IV - guardar sigilo sobre os assuntos da Administração;

LEI Nº 2838, DE 30/05/2011 - Pub. 31/05/2011 V - tratar com urbanidade os companheiros de serviço e o público em geral;

VI - manter sempre atualizada sua declaração de família, de residência e


INSTITUI O ESTATUTO DA GUARDA CIVIL MUNICIPAL DE NITERÓI E de domicílio;
CRIA A CORREGEDORIA GERAL DA GUARDA CIVIL DE NITERÓI E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS. VII - zelar pela economia do material do Município e pela conservação do
que for confiado à sua guarda ou utilização;
A Câmara Municipal de Niterói decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
VIII - apresentar-se convenientemente trajado em serviço e com o uniforme
determinado, quando for o caso;
TÍTULO I
IX - cooperar e manter o espírito de solidariedade com os companheiros de
CAPÍTULO I trabalho;

X - estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens


Art. 1º O Estatuto dos Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói, de serviço que digam respeito às suas funções;
instituído por esta Lei, tem a finalidade de definir os deveres, tipificar as
infrações disciplinares, regular as sanções administrativas, os procedimen- XI - proceder, pública e particularmente, de forma que dignifique a função
tos processuais correspondentes, os recursos, e o comportamento dos pública.
referidos servidores. Generalidades da Guarda Civil Municipal e suas Finalidades

Art. 2º Este Estatuto aplica-se a todos os servidores do Quadro dos Profis- Art. 8º A Guarda Civil Municipal de Niterói, criada pela Deliberação nº
sionais da Guarda Civil Municipal de Niterói, incluindo os admitidos e os 1.448, de 28 de dezembro de 1937, "ex-vi" do Decreto Estadual nº 308, de
ocupantes de cargo em comissão. 27 de dezembro desse ano, em acordo com a Lei nº 2.282 de dezembro de
2005 constitui um Órgão diretamente subordinado ao órgão municipal de
Art. 3º A Guarda Municipal de Niterói é Órgão integrante da Administração segurança.
Direta do Poder Executivo do Município de Niterói, organizada com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Prefeito de Niterói, Art. 9º Compete à Guarda Civil Municipal de Niterói o exercício de ativida-
com a finalidade de garantir segurança aos órgãos, entidades, agentes, des de polícia administrativa, vinculadas às atividades de planejamento,
usuários, serviços e ao Patrimônio do Município de Niterói e tem como coordenação, execução, controle, orientação e fiscalização, inerentes a
princípios norteadores de suas ações: políticas de prevenção da violência no Município, objetivando a proteção da
população e dos Próprios Municipais; - bem como:
I - o respeito à dignidade humana;
I - coordenar, organizar e orientar o trânsito de veículos e pedestres em
II - o respeito à cidadania; todo o território municipal em conjunto com a Secretaria Municipal de
Serviços Públicos, Trânsito e Transportes (SSPTT) e a Niterói Trânsito e
III - o respeito à justiça; Transportes S/A. (NITTRANS), e em casos especiais por delegação daque-
las Secretarias;
IV - o respeito à legalidade democrática;
II - desenvolver ações conjuntas de fiscalização urbana e ambiental, com
V - o respeito à coisa pública. os órgãos municipais, estaduais e federais, respectivamente no que couber
no que se refere à proteção dos recursos ambientais naturais, em cumpri-
Art. 4º A Guarda Municipal de Niterói subordina-se ao órgão municipal de mento aos dispositivos legais vigentes;
segurança.
III - aplicar, na área de sua competência, as punições cabíveis aos infrato-
Art. 5º As ordens legais devem ser prontamente executadas, cabendo res das leis, normas e regulamentos em vigor, e limitar e disciplinar em

Legislação municipal 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
favor de interesses públicos adequados, direitos individuais;
III - Subinspetores;
IV - (Vetado).
IV - Guardas Auxiliares, em número adequado às necessidades.
Art. 10. No exercício de suas atribuições específicas, compete à Guarda
Civil Municipal prioritariamente: Das Atribuições do Inspetor-Geral da Guarda

I - a proteção do Paço Municipal; Art. 16. O Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal é o responsável direto
pela sua administração, instrução e disciplina cabendo:
II - a proteção dos Próprios Municipais;
I - supervisionar e coordenar a execução das atividades relativas, à Guar-
III - as instalações dos serviços municipais; da, respondendo pelos encargos a ela atribuídos;

IV - exercer a vigilância dos logradouros públicos - (ruas, praças, jardins); II - distribuir as tarefas entre seus subordinados, controlando os prazos
para a sua execução;
V - preservar a moralidade e o sossego público;
III - diligenciar para que seus subordinados façam do cumprimento do dever
VI - proteger a arborização das praças e jardins, a rede de iluminação, verdadeiro culto, e exigir que pautem sua conduta pelas normas da mais
monumentos e outras obras públicas; severa moral;

VII - colaborar com os demais órgãos municipais no exercício do poder de IV - imprimir a todos os seus atos, como exemplo, a máxima pontualidade,
polícia administrativo que lhes competir; correção e justiça;

VIII - colaborar com as autoridades federais e estaduais, sempre que solici- V - zelar para que os Inspetores sirvam em tudo e por tudo de exemplo a
tado, de acordo com as diretrizes expedidas pelo órgão municipal de segu- seus subordinados;
rança.
VI - zelar para que, pelos diversos elementos da Guarda, sejam fielmente
Art. 11. O poder de polícia exercido pela Guarda Civil Municipal é eminen- observadas todas as disposições regulamentares e exista entre eles a
temente administrativo. maior coesão e uniformidade;

VII - interessar-se pelos seus subordinados, procurando conhecer sua


CAPÍTULO II capacidade física e funcional, suas virtudes e defeitos, a fim de melhor
ORGANIZAÇÃO GERAL aproveitá-los na execução dos vários serviços bem como para prestar, com
exatidão e justiça, as informações que lhes forem solicitadas por quem de
direito;
Art. 12. A Guarda Civil Municipal de Niterói está estruturada em:
VIII - providenciar para que o setor que chefia esteja sempre preparado
I - Inspetoria-Geral; para a eventualidade de emprego em missões de cooperação com os
demais setores da Prefeitura, bem como as autoridades estaduais e fede-
II - Secretaria; rais;

III - Coordenadoria da Região Oceânica; IX - esforçar-se para que a Guarda se apresente de maneira impecável em
qualquer ato, zelando pela correção e asseio dos uniformes dos seus
IV - Coordenadoria de Meio Ambiente; componentes e pela urbanidade de trato para com o público;

V - Inspetorias; XI - inspecionar mensalmente o material distribuído à Guarda, tornando


efetiva a responsabilidade pelas faltas, danos e extravios ou irregularidades
VI - Corpo da Guarda. encontradas;

Da Organização Pormenorizada XII - providenciar para que sejam mantidas completas as dotações de
material necessário à Guarda;
Art. 13. O Cargo de Inspetor-Geral recairá sobre o Inspetor de Referência II
sendo de livre escolha do Chefe do Executivo Municipal. XIII - fiscalizar o Programa de Treinamento em cumprimento às diretrizes
baixadas pelo titular do órgão municipal de segurança;
Art. 14. As Coordenadorias são constituídas de:
XIV - organizar e manter sempre atualizado um prontuário completo de todo
I - Inspetor Referência II; o pessoal da Guarda;

II - Subinspetor; XV - dar especial atenção da educação moral e cívica dos seus subordina-
dos;
III - Guardas Auxiliares, em número adequado às necessidades.
XVI - participar à autoridade a que estiverem diretamente subordinados as
Parágrafo Único - O pessoal auxiliar constará dos Guardas necessários ao ocorrências havidas, cujas providências escapem às suas atribuições assim
exercício das atividades operacionais e administrativas inerentes a cada como as que por sua importância, convenha levar ao seu conhecimento
Coordenadoria. embora sobre elas tenha providenciado;

Art. 15. As Inspetorias, Secretaria e o Corpo da Guarda serão constituídas XVII - fiscalizar a escrituração corrente, providenciando para que a mesma
de: seja mantida em dia e em ordem;

I - Inspetor Referência - II; XVIII - prestar homenagem aos subordinados mortos no cumprimento do
dever, publicando no Boletim Interno referências especiais que enalteçam
II - Inspetor Referência - I; suas virtudes cívicas e funcionais;

Legislação municipal 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

XIX - apreciar, perante a Guarda, os atos meritórios dos seus subordina- V - encaminhar ao Inspetor-Geral da Guarda, devidamente informados,
dos, que possam servir de exemplo; todos os documentos que dependam da decisão deste;

XX - fiscalizar a escalação do serviço normal atribuído ao seu setor e outros VI - despachar o expediente com o Inspetor-Geral da Guarda;
que ao mesmo for determinado;
VII - assinar documentos e tomar providências de caráter urgente na au-
XXI - prestar informações e dar pareceres sobre assuntos que tenham sido sência ou impedimento ocasional do Inspetor-Geral, dando-lhe conheci-
submetidos pelo chefe imediato à sua consideração; mento do fato na primeira oportunidade;

XXII - estudar e sugerir ao titular do órgão municipal de segurança os meios VIII - fiscalizar a instrução, por delegação do Inspetor-Geral, a fim de propor
necessários à melhor eficiência na execução dos serviços diretamente parecer, sempre que solicitado, sobre assuntos da sua competência;
ligados ao seu setor;
IX - emitir parecer, sempre que solicitado, sobre assuntos da sua compe-
XXIII - fazer reuniões periódicas com os seus subordinados, a fim de discu- tência;
tir assuntos do interesse do setor;
X - encarregar-se dos trabalhos que, a seu critério, deva executar pessoal-
XXIV - autorizar a movimentação do pessoal do setor, bem como subordi- mente;
nar faltas e atrasos, nos termos da legislação municipal providenciando a
imediata comunicação ao órgão de pessoal da Prefeitura; XI - levar ao conhecimento do Inspetor-Geral, verbalmente ou por escrito,
depois de convenientemente apuradas, todas as ocorrências que não
XXV - organizar e propor, ao titular do órgão municipal de segurança, a esteja autorizado a resolver;
escala de férias para o exercício seguinte do pessoal que lhe for subordi-
nado; XII - efetuar estudos, prestar informações e dar pareceres sobre assuntos
que tenham sido submetidos pelo Inspetor-Geral à sua consideração;
XXVI - fornecer certidões e atestados referentes aos assuntos do seu setor,
de conformidade com a legislação vigente; XIII - receber todos os documentos referentes às suas atribuições, estudá-
los e fazer o respectivo expediente, submetendo-o diretamente à conside-
XXVII - preparar anualmente o relatório das atividades da Guarda, encami- ração e assinatura do Inspetor-Geral;
nhando-o ao seu chefe imediato;
XIV - receber a documentação diária e providenciar sobre sua apresenta-
XXVIII - propor ao titular do órgão municipal de segurança e à Corregedoria ção ao Inspetor-Geral, distribuição ou encaminhamento, depois devidamen-
da Guarda Civil de Niterói a instauração de sindicâncias ou inquéritos te informada;
administrativos para apuração de irregularidades de que tiver ciência ou
notícia; XV - preparar o expediente normal da Guarda;

XXIX - exercer as atribuições disciplinares da sua competência; XVI - estabelecer normas de serviço para as atividades a cargo da Secreta-
ria;
XXX - submeter mediante a apreciação das autoridades imediatamente
superiores os casos que a seu juízo mereçam punição; XVII - organizar e manter em dia um resumo das ordens em vigor, o qual
deverá ser mantido em lugar bem visível para conhecimento de todo o
XXXI - delegar ao Inspetor da Secretaria, sempre que julgar oportuna, pessoal da Guarda;
competência para assinar expediente de rotina;
XVIII - organizar o prontuário completo do pessoal da Guarda, mantendo-o
XXXII - mandar incluir na carga da Guarda tudo o que tenha sido fornecido sempre em dia e em ordem;
pelas repartições competentes com exceção do material de aplicação e dos
artigos de consumo imediato. XIX - organizar e manter atualizada uma relação nominal do pessoal lotado
na repartição com os respectivos endereços;
Do Inspetor Referência II - Secretário
XX - organizar e submeter à aprovação do Inspetor-Geral a Escala Anual
Art. 17. O Inspetor de Referência II - é o auxiliar e substituto do Inspetor de Férias;
Geral e seu intermediário na expedição de todas as ordens relativas à
administração, disciplina, instrução e serviços. XXI - reunir os elementos necessários à organização do Relatório Anual
das Atividades da Guarda;
Parágrafo Único - Essa função será exercida por 1 (um) Inspetor Referência
II designado pelo Inspetor-Geral da Guarda. XXII - organizar e manter atualizado um calendário dos documentos que
deva expedir ou receber periodicamente;
Art. 18. Compete ao Inspetor:
XXIII - preparar o expediente normal da Guarda;
I - coadjuvar o Inspetor-Geral na direção, coordenação e fiscalização de
tudo o que se referir à vida da Guarda; XXIV - redigir pessoalmente toda a correspondência cuja natureza assim o
exigir;
II - responder perante o Inspetor-Geral da Guarda pela boa ordem, regula-
ridade, correção e eficiência dos trabalhos afetos à Secretaria; XXV - organizar e expedir em tempo útil, ao órgão competente a "Folha do
Ponto";
III - orientar, distribuir, dirigir e fiscalizar os trabalhos a cargo dos seus
auxiliares, estabelecendo as normas, especificações e instruções a serem XXVI - organizar a escala para os serviços normais e extraordinários con-
observadas e conducentes à maior eficiência e rapidez de execução dos soantes ordens do Inspetor-Geral;
trabalhos;
XXVII - conferir e autenticar as cópias mandadas extrair por autoridades
IV - coletar dados e informações sobre a legislação federal, estadual e competentes, de documentos existentes no arquivo;
municipal, de interesse para o setor;

Legislação municipal 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
XXVIII - supervisionar e organizar a confecção do Boletim Interno; própria que lhe cabe usar no desempenho das suas atribuições;

XXIX - organizar o índice mensal dos assuntos publicados no Boletim V - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e sobre despachos,
Interno; decisões ou providências;

XXX - fiscalizar pessoalmente a expedição da correspondência, fazendo VI - apresentar-se sempre rigorosamente uniformizado, asseado e com a
registrá-la no protocolo em que será passado o competente recibo; máxima compostura;

XXXI - catalogar e arquivar os documentos recebidos e a cópia dos expedi- VII - comparecer pontualmente a todos os atos de serviço de que deva
dos; participar, comunicando com antecedência quando, por motivo de força
maior, se encontre impedido de assim proceder;
XXXII - organizar e manter em dia o "Livro Carga Geral" do material distri-
buído à Guarda; VIII - zelar pela boa apresentação e conduta dos Guardas;

XXXIII - distribuir, mediante relação, o material necessário ao funcionamen- IX - ministrar aos Guardas instrução que lhe for determinada pelo Inspetor-
to das dependências internas e aos serviços; Geral;

XXXIV - possuir uma relação de todo o material distribuído sem responsá- X - responder pela carga e conservação do material que lhe tiver sido
vel direto e permanente, com designação dos lugares onde se encontre; confiado, comunicando imediatamente qualquer ocorrência havida com o
mesmo;
XXXV - preencher os pedidos de material o de prestação de serviços,
submetendo-os à aprovação e assinatura do Inspetor-Geral; XI - tratar com urbanidade os companheiros e as partes;

XXXVI - receber, passando recibo nos documentos que lhe forem apresen- XII - manter o espírito de solidariedade e de colaboração com os compa-
tados, o material destinado à Guarda, cuja entrega lhe seja feita pelo órgão nheiros de trabalho;
provedor, assumindo toda responsabilidade sob o ponto de vista quantitati-
vo; XIII - representar a seu chefe imediato sobre todas as irregularidades que
presenciar ou de que tiver ciência;
XXXVII - zelar pela existência e bom estado, asseio e conservação do
material a seu cargo; XIV - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição, despachos decisões
ou providências;
XXXVIII - organizar e manter em dia o histórico do armamento existente;
XVI - zelar pela economia do material do Município e pela conservação do
XXXIX - manter em dia todas as informações sobre dotação de munição; que for confiado à sua guarda ou utilização.

XL - levar imediatamente ao conhecimento do Inspetor-Geral, estrago, Dos Inspetores de Referência - I e Subinspetores


perda ou avaria de qualquer artigo, prestando os necessários esclarecimen-
tos; Art. 20. Os Inspetores de Referência I e Subinspetores são auxiliares
imediatos e diretos dos Inspetores de Referência II, com os quais colabo-
XLI - providenciar as reparações e descargas que se fizerem necessárias; ram no serviço, instrução e disciplina da Guarda Civil Municipal.

XLII - zelar pela conservação, arrumação e limpeza de todas as dependên- Art. 21. Compete aos Inspetores:
cias da Guarda;
I - dar serviço de Inspetor de dia e fiscalizar o cumprimento das ordens de
XLIII - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e sobre despachos, serviço e de rotina;
decisões ou providências;
II - orientar, controlar e fiscalizar o trabalho dos Guardas;
XLIV - manter espírito de cooperação e solidariedade com os companheiros
de trabalho; III - zelar pelo fiel cumprimento das ordens recebidas;

XLV - zelar pela economia do material do Município e pela conservação do IV - levar ao conhecimento de seu chefe imediato qualquer irregularidade
que for confiada sua guarda ou utilização; de serviço ou disciplina de que tiver conhecimento e que não esteja autori-
zado a resolver;
XLVI - apresentar ao seu Inspetor-Geral imediato, ou por seu intermédio,
sugestões visando à melhoria dos serviços; V - comparecer à repartição às horas de trabalho ordinário e às do trabalho
extraordinário, quando devidamente convocado, executando os serviços
XLVII - exercer outras atribuições correlatas que lhe forem determinadas que lhe competirem;
pelo Inspetor-Geral da Guarda.
VI - responder pela carga e conservação do material que lhe tenha sido
Dos Inspetores Referência - II confiado e zelar pela economia do material do Município;

Art. 19. Compete aos Inspetores Referência II: VII - apresentar-se sempre rigorosamente uniformizado, asseado e com a
máxima compostura;
I - chefiar e comandar Coordenadorias e Inspetorias;
VIII - ministrar instrução aos Guardas, como lhe for determinado;
II - assegurar o exato cumprimento das disposições regulamentares e das
ordens existentes; IX - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e sobre despachos,
decisões ou providências;
III - manter-se a par do Código de Ética da Guarda e de toda a legislação
concernente às atividades da mesma e das ordens de serviço; X - tratar com urbanidade os companheiros de trabalho e o público em
geral, e com o máximo respeito os superiores hierárquicos e as autoridades
IV - cumprir com esmero as ordens em vigor, sem prejuízo da iniciativa constituídas;

Legislação municipal 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
militares e eleitorais;
XI - participar com antecedência quando, por motivo de força maior, se
encontrar impedido de comparecer à repartição ou a qualquer ato de servi- III - possuir como Grau de escolaridade o 2º Grau completo;
ço a que deva estar presente;
IV - possuir idade mínima de 18 (dezoito) anos e ter no mínimo 1,70m de
XII - zelar pela economia do material do Município e pela conservação do altura para homens e 1,60 para mulheres;
que for confiado à sua guarda ou utilização;
V - não estar sendo processado, nem ter sofrido penalidades por prática de
XIII - apresentar sugestões visando à melhoria do serviço. atos desabonadores para o exercício de suas atribuições como Guarda
Municipal;
Dos Guardas
VI - não registrar antecedentes criminais;
Art. 22. Aos Guardas cumpre particularmente:
VII - possuir idoneidade moral;
I - ter pleno conhecimento do presente Estatuto, das ordens em vigor e dos
textos dos dispositivos legais no que seja pertinente ao exercício das suas VIII - ser aprovado em todas as fases do concurso público a que se candi-
funções; datar, inclusive nos testes de capacidade física.

II - compenetrar-se da responsabilidade que lhe cabe como mantenedor Parágrafo Único - Reprovado nos testes de capacidade física, o candidato
dos bons costumes, da segurança e ordem pública; será reprovado no concurso público, não lhe assistindo nenhum direito de
ingresso no Cargo Público Efetivo de Guarda Municipal.
III - desempenhar, com zelo e presteza, os trabalhos de que for encarrega-
do; Art. 26. A seleção dos candidatos far-se-á através do concurso público
composto das seguintes fases, de caráter eliminatório e classificatório:
IV - apresentar-se corretamente uniformizado, asseado e com a máxima
compostura; 1. exame de escolaridade com prova escrita de conhecimento;
2. exame médico ocupacional;
V - tratar o público com urbanidade e com o máximo respeito os superiores 3. exame físico prova de aptidão física;
hierárquicos e autoridades constituídas; 4. exame psicológico inclusive com análise de perfil para o cargo e habilita-
ção para porte de arma;
VI - comparecer pontualmente a todos os atos de serviço ordinário, e extra- 5. investigação de conduta social e documental.
ordinário quando devidamente convocado;
Parágrafo Único - Todos os exames referidos neste artigo têm caráter
VII - comunicar com antecedência quando, por motivo de força maior se eliminatório.
encontrar impedido de comparecer à repartição ou a qualquer ato de servi-
ço para o qual tenha sido escalado; Art. 27. O provimento dos cargos far-se-á mediante ato do Prefeito.

VIII - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e sobre despachos, Art. 28. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse e com a
decisões ou providências; entrada em exercício.

IX - manter espírito de cooperação e solidariedade com os companheiros Art. 29. São formas de provimento dos cargos públicos do Quadro de
de trabalho; Pessoal da Guarda Municipal de Niterói:

X - zelar pela economia do material do Município e pela conservação do I - nomeação;


que for confiado à sua guarda ou utilização;
II - reversão;
XI - apresentar sugestões visando à melhoria dos serviços.
III - reintegração;

CAPÍTULO III IV - recondução;


DO INGRESSO E SELEÇÃO DAS CONDIÇÕES GERAIS
V - aproveitamento.

Art. 23. O Cargo Público Efetivo de Guarda Municipal, integrante da Estru- Da Nomeação
tura Funcional da Guarda Municipal de Niterói, é acessível a todos os
brasileiros natos ou naturalizados, ou que gozem das prerrogativas dos Art. 30. A nomeação far-se-á em caráter efetivo para o Cargo Público de
Decretos nº 70.391/72 e 70.436/72 e da Constituição Federal, § 1º do artigo Guarda Municipal de Niterói, e em comissão, para cargos declarados em lei
12, mediante concurso público de provas ou de provas e títulos. de livre nomeação e exoneração.

Art. 24. A nomeação para o cargo da Guarda Civil Municipal de Niterói Art. 31. A nomeação para o Cargo Público Efetivo da Guarda Municipal
depende da aprovação prévia em concurso público de provas, ou de provas depende de prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas
e títulos, respeitada a classificação dos candidatos aprovados. e títulos, observados a ordem de classificação e o prazo de validade do
certame.
I - Da Inscrição
Da Posse
Art. 25. O candidato ao Cargo Público Efetivo de Guarda Municipal, além
dos requisitos constitucionais e legais pertinentes, deverá atender às se- Art. 32. Posse é a aceitação formal, pelo servidor, das atribuições, dos
guintes exigências, conforme previsto no edital do concurso: deveres, das responsabilidades e dos direitos inerentes ao cargo público,
concretizada com a assinatura do respectivo termo pela autoridade compe-
I - ser brasileiro nato; tente e pelo empossado.

II - estar no exercício dos direitos civis e políticos e quite com as obrigações Parágrafo Único - No ato da posse, o servidor apresentará declaração dos

Legislação municipal 62 A Opção Certa Para a Sua Realização


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bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao demitido.
exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública e sua posse
ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de Da Readaptação
nomeação, prorrogável por igual período.
Art. 43. Readaptação é a atribuição de atividades especiais ao Guarda
Art. 33. Só poderá ser empossado aquele que, em inspeção médica feita Municipal, observada a exigência de atribuições compatíveis com a limita-
pelo órgão municipal competente, for julgado apto, física e mentalmente, ção que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em
para o exercício do cargo, desde que preenchidos, também, os demais inspeção médica pelo órgão municipal competente, que deverá, para tanto,
requisitos exigidos pelo concurso público. emitir laudo circunstanciado.

Da Estabilidade Art. 44. A readaptação dependerá sempre de prévia inspeção realizada por
junta médica do órgão oficial.
Art. 34. São estáveis após 3 (três) anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso públi- Art. 45. O Guarda Municipal readaptado que exercer, em outro cargo ou
co. emprego, funções consideradas pelo órgão municipal competente como
incompatíveis com seu estado de saúde, terá imediatamente cassada a sua
Art. 35. O servidor público estável só perderá o cargo: readaptação e responderá a processo administrativo disciplinar.

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; Art. 46. A readaptação não acarretará aumento ou redução da remunera-
ção do integrante da Guarda Municipal de Niterói.
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa; Da Disponibilidade e Do Aproveitamento

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, asse- Art. 47. O Guarda Municipal ficará em disponibilidade remunerada quando
gurada ampla defesa. seu cargo for extinto ou declarado desnecessário e não for possível o seu
aproveitamento imediato em outro equivalente.
Parágrafo Único - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, Parágrafo Único - A declaração de desnecessidade do cargo e a opção
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em pelo Guarda Municipal a ser afastado serão devidamente motivadas.
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço. Art. 48. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á medi-
ante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
Da Reversão compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 36. Reversão é o retorno à atividade do Guarda Municipal aposentado Art. 49. O aproveitamento do Guarda Municipal, dependerá de prévia
por invalidez quando, por junta médica do órgão municipal competente, comprovação de sua capacidade física e mental por junta médica do órgão
forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da aposentado- municipal competente.
ria e atestada sua capacidade para o exercício das atribuições do cargo.
Parágrafo Único - Verificada a incapacidade definitiva, o Guarda Municipal
Parágrafo Único - A reversão far-se-á a pedido ou de ofício. em disponibilidade será aposentado.

Art. 37. O Guarda Municipal que retornar à atividade após a cessação dos Da Vacância
motivos que causaram sua aposentadoria por invalidez, e observada a
contribuição previdenciária no período, terá direito à contagem do tempo Art. 50. A vacância do cargo público ou da função pública decorrerá de:
relativo ao período de afastamento para todos os fins, exceto para progres-
são profissional. I - exoneração;

Art. 38. A reversão far-se-á no mesmo cargo ocupado pela Guarda Munici- II - demissão;
pal à época em que ocorreu a aposentadoria, ou em cargo decorrente de
sua transformação. III - destituição de cargo em comissão;

Art. 39. Não poderá retornar à atividade o aposentado que tiver completado IV - aposentadoria;
70 (setenta) anos de idade.
V - falecimento.
Da Reintegração
Da Exoneração
Art. 40. Reintegração é a reinvestidura do Guarda Municipal estável no
cargo anteriormente ocupado ou no resultante de sua transformação, Art. 51. A exoneração de cargo público efetivo dar-se-á a pedido do inte-
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, grante da Guarda Municipal de Niterói, ou de ofício.
com ressarcimento do vencimento e das demais vantagens do cargo.
Parágrafo Único - A exoneração de ofício dar-se-á:
Parágrafo Único - Na hipótese do cargo ter sido extinto, o Guarda Municipal
ficará em disponibilidade. I - quando não satisfeitas as condições para a aquisição de estabilidade;

Art. 41. O Guarda Municipal reintegrado será submetido a exame por junta II - quando, após tomar posse, o servidor não entrar em exercício no prazo
médica do órgão municipal competente e, quando julgado incapaz para o estabelecido.
exercício do cargo, será readaptado ou aposentado.
Art. 52. A exoneração do cargo em comissão ou da função pública dar-se-
Da Recondução á:

Art. 42. Recondução é o retorno do servidor ao cargo anteriormente ocu- I - a juízo do Prefeito;
pado, correlato ou transformado, em razão da reintegração de servidor

Legislação municipal 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


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II - a pedido do servidor integrante da Guarda Municipal de Niterói. Do Auxílio Pecuniário

Da Demissão Art. 65. Será concedido vale-refeição ao servidor da Guarda Civil Municipal
em cumprimento da jornada.
Art. 53. A demissão será aplicada como penalidade, precedida de processo
administrativo disciplinar, assegurada ao Guarda Municipal prévia e ampla Art. 66. Os vales-refeição serão concedidos mensalmente, por antecipação.
defesa ou em virtude de decisão transitada em julgado.
Parágrafo Único - A forma, as condições e o custeio dos vales-refeição
Da Destituição serão definidos em regulamento próprio.

Art. 54. A destituição de cargo público de provimento em comissão será Das Gratificações e Dos Adicionais
aplicada ao servidor nas hipóteses de infração disciplinar sujeita às penali-
dades de suspensão e de demissão. Art. 67. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão
deferidos aos integrantes da Guarda Civil Municipal as seguintes gratifica-
Da Aposentadoria ções e adicionais:

Art. 55. O servidor titular de Cargo Público de Provimento Efetivo de Guar- I - gratificação pelo exercício de cargo em comissão ou de função gratifica-
da Municipal vinculado ao Regime Próprio de Previdência será aposentado da;
consoante às regras estabelecidas na Constituição da República Federativa
do Brasil e na legislação pertinente. II - décimo terceiro salário;

III - gratificação pelo exercício de atividades insalubres;


CAPÍTULO IV
DA JORNADA IV - gratificação pela prestação de serviço extraordinário;

V - adicional por tempo de serviço;


Art. 56. A jornada de trabalho do Guarda Municipal ocorrerá em escalas de
12 x 36 (doze por trinta e seis) e, 24 x 72 (vinte e quatro por setenta e dois) VI - adicional de férias;
e de 40 (quarenta) horas semanais, esta última com expediente de 8 (oito)
horas diárias. VII - adicional por serviço noturno;

Art. 57. A frequência será apurada, diariamente, por meio de ponto, cha- VIII - gratificação de risco de vida.
madas de pessoal, no início e ao término do horário do serviço.
Da Gratificação pelo Exercício de Cargo em Comissão ou de Função Grati-
Do Vencimento e Da Remuneração ficada

Art. 58. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo Art. 68. As gratificações pelo exercício de cargo em comissão ou de função
público, com valor fixado em lei. gratificada serão concedidas conforme disposto na legislação municipal
pertinente.
Art. 59. Remuneração é o vencimento do cargo acrescido das vantagens
pecuniárias permanentes ou temporárias estabelecidas em lei. Do Décimo Terceiro Salário

Art. 60. Salvo por imposição de decisão judicial nenhum desconto incidirá Art. 69. O décimo terceiro salário corresponde a 1/12 (um doze avos) da
sobre a remuneração ou provento. remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de
exercício no respectivo ano.
Das Indenizações
§ 1º A fração superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês
Art. 61. Constituem indenizações ao integrante da Guarda Civil Municipal: completo.

I - diárias; § 2º A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de


cada ano.
II - transporte.
Art. 70. O integrante da Guarda Civil Municipal exonerado perceberá o
Art. 62. Os valores das indenizações, assim como as condições para sua décimo terceiro salário, proporcionalmente aos meses de exercício, calcu-
concessão, serão estabelecidos em regulamento específico. lado sobre a remuneração do mês da exoneração.

Art. 63. O integrante da Guarda Civil Municipal que, a serviço, se afastar do Art. 71. O décimo terceiro salário não será considerado para cálculo de
Município, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de qualquer vantagem pecuniária.
pousada, alimentação e locomoção urbana.
Art. 72. É extensivo ao inativo o décimo terceiro salário, a ser pago no mês
Parágrafo Único - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo de dezembro, em valor equivalente ao do provento no mesmo mês.
devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da
sede. Art. 73. No caso de remuneração composta de vantagem de caráter tempo-
rário cujo valor seja variável, será considerada a média aritmética atualiza-
Art. 64. O Guarda Municipal que receber diárias e não se afastar da sede, da dos valores recebidos, sob tal título, no respectivo exercício.
por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de
5 (cinco) dias a partir do seu recebimento. Art. 74. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qual-
quer vantagem pecuniária.
Parágrafo Único - Na hipótese de o Guarda Municipal retornar à sede em
prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias Da Gratificação pelo Exercício de Atividades Insalubres
em excesso no prazo previsto neste artigo.
Art. 75. O Guarda Municipal que trabalhe com habitualidade em locais

Legislação municipal 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


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insalubres ou em contato permanente com substâncias insalubres, de de julho e dezembro, que poderá transferir o gozo de férias para o exercício
acordo com avaliação do órgão competente, faz jus a um adicional a ser seguinte.
pago nos seguintes percentuais, segundo se classifique a atividade do
servidor nos graus mínimo, médio e máximo: § 6º As férias poderão ser gozadas em parcelas mínimas de 10 (dez) dias,
sendo proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.

____________________________________________________________ § 7º Uma vez programado e registrado no sistema informatizado próprio, não


___________________ serão permitidas alterações no Plano de Férias Anual, exceto em casos de
|Cargo Público Efetivo |Insalubridade Grau|Insalubridade licença médica, desde que iniciada antes do gozo e devidamente atestada
Grau|Insalubridade Grau| pelo órgão competente, ou nas hipóteses de convocação administrativa ou
| |Mínimo (em) |Médio (em) |Máximo (em) | judicial, ou por necessidade de serviço.
|======================|==================|================
==|==================|
|Guarda Civil Municipal| 10%| 20%| 40%| CAPÍTULO V
|______________________|__________________|__________________| DAS LICENÇAS
__________________|
§ 1º Observada a legislação específica, o regulamento desta Lei definirá o
Art. 80. Conceder-se-á licença ao integrante da Guarda Civil Municipal:
quadro das atividades e operações insalubres, os critérios de caracterização
da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de
I - para tratamento de saúde e por motivo de acidente em serviço;
proteção e o tempo máximo de exposição do servidor a esses agentes.
II - por motivo de gestação, lactação ou adoção;
§ 2º A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gesta-
ção e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo
III - em razão de paternidade;
suas atividades em local salubre.
IV - por motivo de doença em pessoa da família;
§ 3º O direito ao recebimento da gratificação por atividades insalubres
cessará quando o servidor deixar de exercê-las ou quando forem eliminadas
V - para acompanhar cônjuge ou companheiro;
aquelas condições.
VI - para o serviço militar;
Art. 76. Deverá haver permanente controle da atividade de servidores em
locais considerados insalubres.
VII - para tratar de interesses particulares;
Da Gratificação pela Prestação de Serviço Extraordinário
VIII - para aperfeiçoamento profissional.
Art. 77. Será permitido serviço extraordinário para atender às necessidades
§ 1º O ocupante de cargo em comissão não terá direito às licenças previstas
do serviço, em situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite
nos incisos V, VII e VIII desse artigo.
máximo de 2 (duas) horas por jornada, assim consideradas as horas exce-
dentes às jornadas, conforme a hipótese.
§ 2º As licenças para tratamento de saúde e por motivo de acidente em
serviço, de gestação, lactação ou adoção e motivo de doença em pessoa da
Do Adicional por Tempo de Serviço
família serão precedidas de inspeção efetuada pelo serviço médico do órgão
municipal competente.
Art. 78. Cada período de 5 (cinco) anos de efetivo exercício dá ao integrante
da Guarda Civil Municipal de Niterói o direito ao adicional de 5% (cinco
Art. 81. O Guarda Municipal que se encontrar licenciado nas hipóteses
porcento) sobre o seu vencimento-base, o qual se incorpora ao valor do
especificadas nos incisos I, II, III e IV do art. 80 desta Lei, não poderá, no
provento de aposentadoria.
prazo de duração do afastamento remunerado, exercer qualquer atividade
incompatível com o fundamento da licença, sob pena de imediata cassação
Parágrafo Único - O integrante da Guarda Civil Municipal de Niterói fará jus
desta e perda da remuneração, até que reassuma o exercício do cargo, sem
ao adicional a partir do mês em que completar o quinquênio.
prejuízo da aplicação das penas disciplinares cabíveis, sendo tal hipótese
considerada falta grave.
Do Adicional de Férias
Da Licença para Tratamento de Saúde e por Motivo de Acidente em Serviço
Art. 79. É de 30 (trinta) dias o período de férias anuais do integrante da
Guarda Civil Municipal.
Art. 82. Será concedida ao Guarda Municipal licença para tratamento de
saúde e por motivo de acidente em serviço, a pedido ou de ofício, com base
§ 1º Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião
em perícia médica realizada pelo órgão municipal competente.
das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do
período das férias.
§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será feita na própria resi-
dência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde estiver internado.
§ 2º As férias anuais serão concedidas pelo titular do órgão municipal de
segurança, observado o Plano de Férias Anual.
§ 2º Somente poderá ser concedida licença por prazo superior a 15 (quinze)
dias após exames efetuados por junta médica do órgão municipal competen-
§ 3º Para a montagem do Plano Anual de Férias deverá ser observado o
te.
limite de 1/12 (um doze avos) do efetivo da Guarda Civil Municipal a ser
colocado de férias a cada mês, observadas a necessidade do serviço e,
Art. 83. O Guarda Municipal somente poderá permanecer em licença para
quando possível, a opção do interessado.
tratamento de saúde por prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses, se for
considerado recuperável por junta médica do órgão municipal competente.
§ 4º Após ingressar no serviço público, o servidor da Guarda Municipal
poderá gozar férias somente após o 12º (décimo segundo) mês de exercício.
§ 1º Findo o biênio, o Guarda Municipal será submetido à nova perícia.
§ 5º O servidor da Guarda Municipal não poderá deixar de gozar férias
§ 2º O Guarda Municipal poderá ser imediatamente aposentado por invali-
anuais, obrigatórias, no exercício a que corresponderem, ressalvada a
dez, caso a junta médica do órgão municipal competente conclua pela
hipótese daquele que completar o primeiro período aquisitivo entre os meses

Legislação municipal 65 A Opção Certa Para a Sua Realização


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irreversibilidade da moléstia e pela impossibilidade de sua permanência em III - pelo período de 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 1 (um) e 4
atividade. (quatro) anos de idade;

Art. 84. Considerado apto em perícia médica, o Guarda Municipal reassumi- IV - pelo período de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito)
rá imediatamente o exercício do seu cargo, computando-se como faltas anos de idade.
injustificadas os dias de ausência ao serviço após a ciência do resultado da
perícia. Da Licença-Paternidade

Art. 85. Durante o prazo da licença, o Guarda Municipal poderá requerer Art. 91. A licença-paternidade será concedida ao Guarda Municipal pelo
nova perícia, caso se julgue em condições de retornar ao exercício de seu nascimento de filho, pelo prazo de 5 (cinco) dias úteis consecutivos, conta-
cargo ou de ser aposentado. dos do evento.

Parágrafo Único - No curso da licença, o Guarda Municipal poderá ser Parágrafo Único - O Guarda Municipal que adotar ou obtiver guarda judicial
convocado para se submeter à reavaliação em perícia médica. de criança com até 180 (cento e oitenta) dias de idade terá direito a licença
remunerada de 5 (cinco) dias corridos, contados a partir da data da guarda
Art. 86. Para concessão de licença, considera-se acidente em serviço o judicial ou adoção definitiva.
dano físico ou mental sofrido pelo Guarda Municipal, relacionado com o
exercício das atribuições específicas de seu cargo. Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Parágrafo Único - Equipara-se ao acidente em serviço o dano: Art. 92. O integrante da Guarda Civil Municipal poderá obter licença por
motivo de doença, dos pais, filho, cônjuge ou companheiro, desde que prove
I - decorrente de agressão física sofrida, e não provocada, pelo integrante da ser indispensável a sua assistência pessoal e não poder prestá-la simulta-
Guarda Civil Municipal no exercício de suas atribuições; neamente com o exercício das atribuições do cargo.

II - sofrido no percurso da residência para o local de trabalho e vice-versa; § 1º A doença e a necessidade da assistência serão comprovadas em
inspeção a ser realizada pelo órgão municipal competente.
III - sofrido no percurso para o local de refeição ou de volta dele, no intervalo
do trabalho. § 2º Em se tratando de parente não mencionado no caput do artigo, a licen-
ça nele prevista poderá ser concedida ao integrante da Guarda Civil Munici-
Art. 87. O acidente será provado em processo regular, devidamente instruí- pal que a requeira, desde que sejam relevantes as razões do pedido, obser-
do, cabendo à junta médica do órgão municipal competente descrever o vados os requisitos especificados no parágrafo anterior.
estado geral do acidentado.
Art. 93. A licença será concedida, sem prejuízo da remuneração, pelo prazo
Parágrafo Único - O titular do órgão municipal de segurança comunicará o de até 30 (trinta) dias, consecutivos ou não, em cada período de 12 (doze)
fato à área competente visando ao início do processo regular de que trata meses, excedido o qual a concessão passará a ser sem remuneração.
este artigo, no prazo de 10 (dez) dias contados do evento.
Parágrafo Único - É assegurado ao integrante da Guarda Civil Municipal
Da Licença à Gestante, à Lactante e à Adotante afastar-se da atividade a partir da data do requerimento da licença, devida-
mente motivado, e o seu indeferimento obrigará o imediato retorno do mes-
Art. 88. A integrante da Guarda Civil Municipal, gestante, terá direito a 180 mo e a transformação dos dias de afastamento em licença sem remunera-
(cento e oitenta) dias consecutivos de licença a partir do 8º (oitavo) mês de ção.
gestação.
Da Licença para Acompanhar Cônjuge ou Companheiro
§ 1º Ocorrendo nascimento prematuro, a licença terá início no dia do parto.
Art. 94. O Guarda Civil Municipal terá direito a licença sem remuneração
§ 2º À integrante da Guarda Civil Municipal, gestante, é assegurado o de- quando o cônjuge ou companheiro, que detenha a condição de servidor
sempenho de atribuições compatíveis com sua capacidade de trabalho, público efetivo, for mandado servir, independentemente de solicitação, em
desde que a inspeção médica do órgão municipal competente o entenda outro ponto do Estado ou do território nacional ou no estrangeiro, ou passar
necessário. a exercer cargo eletivo fora do Município.

Art. 89. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servi- Parágrafo Único - A licença será concedida mediante pedido devidamente
dora lactante terá direito aos seguintes períodos diários: instruído e vigorará pelo tempo que durar a missão, a função ou o mandato
do cônjuge ou companheiro.
I - 30 (trinta) minutos, quando estiver submetida à jornada diária igual a 6
(seis) horas; Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

II - 1 (uma) hora, quando estiver submetida à jornada diária superior a 6 Art. 95. Mediante deliberação do titular do órgão municipal de segurança
(seis) horas. poderá ser concedida ao Guarda Civil Municipal estável, que conte com no
mínimo 2 (dois) anos de efetivo exercício na Administração Direta do Poder
Parágrafo Único - A critério do serviço médico do órgão municipal competen- Executivo, licença para tratar de interesses particulares, sem remuneração,
te, poderá ser prorrogado o período de vigência do horário especial previsto pelo prazo de até 2 (dois) anos, prorrogável por mais 1 (um) ano.
neste artigo.
§ 1º A licença poderá ser interrompida a pedido do servidor ou no interesse
Art. 90. A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança, para do serviço, devidamente motivado.
fins de adoção, terá direito a licença remunerada:
§ 2º Não será concedida nova licença antes de decorrido novo prazo de 5
I - pelo período de 180 (cento e oitenta) dias, se a criança estiver em período (cinco) anos a contar do término da licença.
de amamentação;
Da Licença para Aperfeiçoamento Profissional
II - pelo período de 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver até 1 (um) ano
de idade; Art. 96. O Guarda Municipal terá direito a licença para cursos ou atividades
de aperfeiçoamento ou atualização profissional relacionados com as atribui-

Legislação municipal 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


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ções específicas do seu cargo público efetivo.
V - licença:
Art. 97. São condições para a concessão da licença a que se refere o artigo
anterior: a) à gestante, à adotante e ao pai;
b) para tratamento de saúde, exceto para progressão profissional;
I - ter o servidor adquirido estabilidade; c) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
d) por convocação para o serviço militar.
II - estar o servidor no exercício da função do seu cargo;
Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade,
III - ser favorável o parecer da chefia imediata e haver liberação do titular do observada, em qualquer hipótese, a respectiva contribuição previdenciária:
órgão municipal de segurança;
I - o tempo de serviço público prestado à União, aos Estados, Municípios e
IV - haver autorização do órgão competente da Secretaria Municipal de Distrito Federal;
Administração e Recursos Humanos;
II - a licença para acompanhar pessoa doente da família, no período remu-
V - haver substituto definido, quando for o caso; nerado;

VI - ter aplicabilidade, no exercício da função, o curso ou atividade de aper- III - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal,
feiçoamento. estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no Cargo Público Efetivo
de Guarda Municipal;
Parágrafo Único - Mediante o interesse do serviço, a participação do Guarda
Municipal em cursos de capacitação poderá ser determinada por ato do IV - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada ao Regime Geral de
titular do órgão municipal de segurança, devidamente fundamentado. Previdência;

Art. 98. Após o retorno, o servidor ficará obrigado a trabalhar na Administra- V - o tempo de serviço relativo a serviço militar;
ção Municipal pelo período correspondente ao do afastamento, sob pena de
ressarcimento aos cofres públicos municipais. VI - o tempo de licença para tratamento da própria saúde.

Art. 99. As regras complementares a respeito da concessão da licença de § 1º Após a reversão, o tempo em que o servidor esteve aposentado será
que trata esta Seção serão estabelecidas pelo órgão competente. contado apenas para nova aposentadoria.

§ 2º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado conco-


CAPÍTULO VI mitantemente em mais de um cargo ou função de órgãos ou entidades dos
DAS CONCESSÕES Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, autarquia, funda-
ção pública, sociedade de economia mista e empresa pública, bem como em
atividade privada.
Art. 100. Sem qualquer prejuízo, poderá o integrante da Guarda Civil Muni-
cipal ausentar-se do serviço:
CAPÍTULO VIII
I - por 1 (um) dia: DA CARREIRA DE GUARDA MUNICIPAL

a) para doação de sangue;


b) para atender convocação judicial ou requisição de autoridade policial, Art. 104. Os ocupantes do Cargo Público Efetivo de Guarda Municipal
podendo o prazo ser ampliado, desde que a necessidade seja atestada pela integram o Plano de Carreira, Cargos e Salários da Guarda Municipal de
autoridade convocante. Niterói nos termos da Lei 2.282, de 28 de dezembro de 2005.

II - por 8 (oito) dias: Art. 105. O efetivo da Guarda Municipal de Niterói obedecerá a seguinte
proporção:
a) em razão de falecimento de irmão, e em virtude de casamento;
b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais ou filhos. I - Guarda Municipal Classe A - 70%;

II - Guarda Municipal Classe B - 20%;


CAPÍTULO VII
DO TEMPO DE SERVIÇO III - Guarda Municipal Classe C - 10%.

Parágrafo Único - As atribuições e as áreas de atuação do Guarda Civil


Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão Municipal são as previstas nesta Lei, sem prejuízo de outras, a serem esta-
convertidos em anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta belecidas em decreto.
e cinco) dias.

Art. 102. Além das concessões previstas no art. 100 desta Lei, são conside- CAPÍTULO IX
rados como de efetivo exercício os afastamentos decorrentes de: DAS INFRAÇÕES À DISCIPLINA

I - férias;
Art. 106. Entende-se como infração à disciplina qualquer ofensa aos princí-
II - exercício de cargo em comissão ou função pública nos órgãos da Admi- pios éticos e aos deveres do Guarda Civil Municipal, estabelecidos nesta
nistração Direta do Poder Executivo do Município de Niterói; Lei, e na legislação pertinente.

III - participação em programa de treinamento promovido ou aprovado pelo Art. 107. Constituem infrações à disciplina, entre outras hipóteses, sem
Município; prejuízo das sanções cíveis e penais aplicáveis à espécie:

IV - júri e outros serviços considerados obrigatórios por lei; I - deixar de punir o transgressor da disciplina;

Legislação municipal 67 A Opção Certa Para a Sua Realização


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II - não levar a falta ou irregularidade que presenciar, ou de que tiver ciência XXVII - usar de violência desnecessária no ato de efetuar prisão em flagran-
e não lhe couber reprimir, ao conhecimento da autoridade para isso compe- te;
tente, e no mais curto prazo;
XXVIII - maltratar preso sob sua guarda;
III - deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas regulamentares na esfera
das suas atribuições; XXIX - apresentar-se em público com o uniforme desabotoado, desfalcado
de peças, sujo, rasgado ou alterado;
IV - não ser cumprida qualquer ordem de autoridade competente, ou para
que seja retardado, esquivar-se de providenciar a respeito de ocorrência do XXX - deixar de exibir, quando de serviço, o documento competente, exigido
âmbito de suas atribuições, salvo o caso de suspensão ou impedimento, o pelo supervisor em serviço de ronda;
que comunicará a tempo;
XXXI - transitar pelos logradouros públicos sem a respectiva carteira de
V - deixar de comunicar ao superior imediato qualquer informação que tiver identidade funcional, estando ou não uniformizado;
sobre a boa marcha do serviço;
XXXII - entrar ou sair da repartição por lugares que não sejam para isso
VI - deixar de dar a informação que lhe competir nos processos que lhe designado;
forem encaminhados, exceto nos casos de suspeição ou impedimento, ou
absoluta falta de elementos, hipótese em que essas circunstâncias serão XXXIII - penetrar, sem autorização, em aposento destinado à superior, bem
fundamentadas; como em qualquer outro lugar cuja entrada lhe seja vedada;

VII - apresentar, sem fundamento, representação contra ordem recebida; XXXIV - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da repartição, fora das
horas do expediente, desde que não seja o respectivo chefe e sem a compe-
VIII - dificultar ao subordinado a apresentação de queixa ou representação; tente ordem escrita deste ou da autoridade superior, com a expressa decla-
ração do motivo;
IX - retardar, sem justo motivo, a execução de qualquer ordem;
XXXV - contrariar as regras de trânsito previstas pelas repartições compe-
X - aconselhar ou concorrer para a sua execução; tentes;

XI - não cumprir, por negligência, a ordem recebida; XXXVI - guiar veículo oficial sem estar para isso habilitado;

XIII - trabalhar mal, intencionalmente, ou por falta de atenção, em qualquer XXXVII - desrespeitar as convenções sociais nos lugares públicos;
serviço ou instrução;
XXXVIII - desconsiderar a autoridade civil ou militar, desrespeitar medidas
XIV - deixar de participar a tempo a impossibilidade de comparecer à repar- gerais de ordem policial judiciária ou administrativa, ou embaraçar sua
tição ou a qualquer ato de serviço, em que seja obrigado a tomar parte ou a execução;
que tenha de assistir (salvo por motivo de força maior);
XXXIX - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer
XV - faltar ou chegar atrasado, sem justo motivo, a qualquer ato ou serviço documento ou objeto existente na repartição;
em que deva tomar parte ou a que deva assistir;
XL - empregar material do serviço público em serviço particular;
XVI - permutar o serviço sem autorização da autoridade competente;
XLI - constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante
XVII - abandonar o posto de serviço para que tenha sido designado; qualquer repartição pública, exceto quando se tratar de interesses de paren-
tes até segundo grau;
XVIII - afastar-se de qualquer lugar em que se deva encontrar por força de
disposição legal ou de ordem; XLII - receber estipêndio de firmas fornecedoras ou de entidades fiscaliza-
das, mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou
XIX - deixar de apresentar-se, sem motivo justificado, nos casos de ter sido fiscalização de qualquer natureza;
escalado para serviço extraordinário;
XLIII - exercer comércio entre os companheiros de serviço, dentro da repar-
XX - não se apresentar, sem justo motivo, ao fim da licença, férias ou dis- tição;
pensa do serviço;
XLIV - ofender, provocar, desafiar ou responder de maneira desatenciosa a
XXI - fazer, diretamente, ou por intermédio de outrem, transações pecuniá- superior ou colegas no exercício de função de supervisão (Inspetores);
rias, envolvendo assunto de serviço, bens da Fazenda Municipal, artigos de
uso proibidos nas repartições, ou agiotagem; XLV - ofender, provocar, desafiar seu igual e ou superiores, com palavras,
gestos ou ações;
XXII - tomar parte em jogos proibidos, ou jogar a dinheiro, dentro da reparti-
ção; XLVI - travar disputa, rixa, ou luta corporal com seu igual;

XXIII - andar armado sem estar de serviço sem o devido porte da autoridade XLVII - portar-se de maneira inconveniente na repartição, na rua ou alhures,
competente para isso; faltando aos preceitos de boa educação;

XXIV - usar armamento diferente daquele que lhe tenha sido distribuído para XLVIII - publicar, sem permissão ou ordem da autoridade competente,
o serviço; documentos oficiais, embora não reservados, ou fornecer dados para a sua
publicação;
XXV - disparar a arma sem necessidade e andar armado em estado de
embriaguez em locais públicos com grande aglomeração de pessoas; XLIX - introduzir material inflamável ou explosivo na repartição;

XXVI - espalhar falsas notícias em prejuízo da boa ordem civil ou do bom L - embriagar-se ou concorrer para que outrem se embriague quando em
nome da Guarda Municipal; serviço;

Legislação municipal 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

LI - introduzir na repartição bebidas alcoólicas ou entorpecentes; Art. 114. O Inspetor-Geral não poderá delegar o subordinado a sua compe-
tência para punir.
LII - não ter o devido zelo com objetivos da Fazenda Municipal, estejam ou
não sob sua responsabilidade direta. Do Comportamento do Servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói

Das Penalidades Disciplinares e Da Sua Aplicação Art. 115. Ao ingressar no Quadro dos Profissionais da Guarda Civil Munici-
pal de Niterói, o servidor será classificado no comportamento bom.
Art. 108. São penas disciplinares:
Parágrafo Único - O atual integrante do Quadro dos Profissionais da Guarda
I - advertência; Civil Municipal de Niterói, na data da publicação desta Lei, será igualmente
classificado no bom comportamento exceto os que não estiverem no efetivo
II - repreensão; exercício da função.

III - multa; Art. 116. Para fins disciplinares e para os demais efeitos legais, o compor-
tamento do servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói será considerado:
IV - suspensão;
I - excelente, quando nos últimos 36 (trinta e seis) meses não tiver sofrido
V - destituição de função; qualquer punição;

VI - demissão; II - bom, quando nos últimos 24 (vinte e quatro) meses não tiver sofrido
qualquer punição;
VII - demissão a bem do serviço público.
III - regular, quando no período de 12 (doze) meses tiver sofrido advertência
Parágrafo Único - Após 2 advertências poderá ser aplicada a repreensão, ou repreensão;
após 2 repreensões ou conforme a gravidade da falta o profissional da
Guarda Civil Municipal será encaminhada para a análise julgadora da Corre- IV - insuficiente, quando no período de 12 (doze) meses tiver sofrido pena
gedoria da Guarda Civil Municipal. de suspensão;

Art. 109. As penas previstas serão sempre registradas no prontuário indivi- V - para a reclassificação de comportamento, 02 (duas) advertências equiva-
dual do funcionário. lerão a 01 (uma) repreensão e 02 (duas) repreensões a 01 (uma) suspen-
são;
Parágrafo Único - As anistias implicam no cancelamento do registro de
qualquer penalidade que servirá para apreciação da conduta do funcionário, VI - a reclassificação do comportamento dar-se-á, anualmente, ex-officio, por
nele se averbará que, por virtude de anistia a pena deixou de produzir os ato de uma Comissão formada pela Guarda Civil Municipal de Niterói, de
efeitos legais. acordo com os prazos e critérios estabelecidos neste artigo;

Art. 110. Fica criada no âmbito do órgão municipal de segurança, a Corre- VII - o conceito atribuído ao comportamento do servidor da Guarda Civil
gedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói. Municipal de Niterói, nos termos do disposto neste artigo, será considerado
para;
Parágrafo Único - O Cargo de Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal
de Niterói, será de livre nomeação e exoneração, porém, será ocupado, VIII - submissão à participação em programa reeducativo na Academia de
exclusivamente por funcionários da Guarda Civil Municipal e Bacharel em Formação da Guarda Civil Municipal de Niterói, nas hipóteses dos incisos III
Direito. e do caput deste artigo, se a soma das penas de suspensão aplicadas for
superior a 60 (sessenta dias).
Art. 111. Compete à Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Nite-
rói: Art. 117. O Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói deverá
elaborar relatório anual de avaliação disciplinar do seu efetivo a ser enviado
I - apurar as infrações disciplinares atribuídas aos servidores integrantes do ao titular do órgão municipal de segurança.
Quadro dos Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói;
§ 1º Os critérios de avaliação terão por base a aplicação deste Regulamen-
II - realizar visitas de inspeção e correções extraordinárias em qualquer to.
unidade da Guarda Civil Municipal de Niterói;
§ 2º A avaliação deverá considerar a totalidade das infrações punidas, a
III - apreciar as representações que lhe forem dirigidas relativamente à tipificação e as sanções correspondentes, o cargo do infrator e a localidade
atuação irregular de servidores integrantes do Quadro dos Profissionais da do cometimento da falta disciplinar.
Guarda Civil Municipal de Niterói;
Art. 118. Do ato do Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói que
IV - promover investigação sobre o comportamento ético, social e funcional reclassificar os integrantes da Corporação, caberá Recurso de Reclassifica-
dos candidatos a cargos na Guarda Civil Municipal de Niterói, como dos ção do Comportamento dirigido ao Corregedor Geral da Guarda Civil Muni-
ocupantes desses cargos em estágio probatório e dos indicados para o cipal de Niterói.
exercício de chefias, observadas as normas legais e regulamentares aplicá-
veis. Parágrafo Único - O recurso previsto no caput deste artigo deverá ser inter-
posto no prazo de 05 (cinco) dias, contados da data da publicação oficial do
Da Competência Disciplinar ato impugnado e terá efeito suspensivo.

Art. 112. O Corregedor é a autoridade competente para aplicar todas as Das Infrações e Sanções Disciplinares
penalidades previstas no artigo 108, com vistas aos órgãos competentes.
Da Definição e Classificação das Infrações Disciplinares
Art. 113. Ao Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal compete a aplicação
das penalidades de advertência e repreensão submetendo-se, porém, à Art. 119. Infração disciplinar é toda a violação aos deveres funcionais previs-
apreciação do titular do órgão municipal de segurança. tos neste Regulamento pelos servidores integrantes da Guarda Civil Munici-

Legislação municipal 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pal de Niterói.
XIV - executar ou determinar manobras perigosas com viaturas;
Art. 120. As infrações, quanto à sua natureza, classificam-se em:
XV - andar com a arma não letal, estando em trajes civis, sem o cuidado de
I - leves; ocultar a mesma;

II - médias; XVI - disparar arma não letal por descuido.

III - graves; Art. 123. São infrações disciplinares de natureza grave:

IV - gravíssimas. I - faltar com a verdade;

Art. 121. São infrações disciplinares de natureza leve: II - desempenhar inadequadamente suas funções, de modo intencional;

I - deixar de comunicar ao superior, tão logo possível, a execução de ordem III - simular doença para esquivar-se ao cumprimento do dever;
legal recebida;
IV - suprimir a identificação do uniforme ou utilizar-se de meios ilícitos para
II - chegar atrasado, sem justo motivo, a ato ou serviço; dificultar sua identificação;

III - permutar serviço sem permissão da autoridade competente; V - deixar de punir o infrator da disciplina;

IV - usar uniforme incompleto, contrariando as normas respectivas, ou VI - dificultar ao servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói em função
vestuário incompatível com a função, ou, ainda, descurar-se do asseio subordinada a apresentação de recurso ou o exercício do direito de petição;
pessoal ou coletivo;
VII - abandonar o serviço para o qual tenha sido designado;
V - negar-se a receber uniforme, equipamentos ou outros objetos que lhe
sejam destinados ou devam ficar em seu poder; VIII - fazer, com a Administração Municipal Direta ou Indireta contratos ou
negócios de natureza comercial, industrial ou de prestação de serviços com
VI - conduzir veículo da instituição sem autorização da unidade competente fins lucrativos, por si ou como representante de outrem;
da Guarda Civil Municipal de Niterói.
IX - usar armamento, munição ou equipamento não autorizado;
Art. 122. São infrações disciplinares de natureza média:
X - praticar violência, em serviço ou em razão dele, contra servidores ou
I - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na sua ausência, a outro particulares, salvo se em legítima defesa;
superior, informação sobre perturbação da ordem pública, logo que dela
tenha conhecimento; XI - maltratar pessoa detida, ou sob sua guarda ou responsabilidade;

II - deixar de dar informações em processos, quando lhe competir; XII - contribuir para que presos conservem em seu poder objetos não permi-
tidos;
III - deixar de encaminhar documento no prazo legal;
XIII - abrir ou tentar abrir qualquer unidade da Guarda Civil Municipal de
IV - encaminhar documento a superior hierárquico comunicando infração Niterói, sem autorização;
disciplinar inexistente ou instaurar procedimento administrativo disciplinar
sem indícios de fundamento fático; XIV - ofender, provocar ou desafiar autoridade ou servidores da Guarda Civil
Municipal de Niterói que exerça função superior, igual ou subordinada, com
V - desempenhar inadequadamente suas funções, por falta de atenção; palavras, gestos ou ações, resguardando-se ao servidor da Guarda Civil
Municipal de Niterói os princípios de liberdade de expressão previstos na
VI - afastar-se, momentaneamente, sem justo motivo, do local em que deva Constituição Federal e dos princípios norteadores de disciplina e hierarquia
encontrar-se por força de ordens ou disposições legais; inscritos no artigo 3º desta Lei;

VII - deixar de apresentar-se, nos prazos estabelecidos, sem motivo justifi- XV - retirar ou empregar, sem prévia permissão da autoridade competente,
cado, nos locais em que deva comparecer; qualquer documento, material, objeto ou equipamento do serviço público
municipal, para fins particulares;
VIII - representar a instituição em qualquer ato sem estar autorizado;
XVI - retirar ou tentar retirar, de local sob a administração da Guarda Civil
IX - assumir compromisso pela unidade da Guarda Civil Municipal de Niterói Municipal de Niterói, objeto, viatura ou animal, sem ordem dos respectivos
que comanda ou em que serve, sem estar autorizado; responsáveis;

X - sobrepor ao uniforme, insígnias de sociedades particulares, entidades XVII - extraviar ou danificar documentos ou objetos pertencentes à Fazenda
religiosas ou políticas ou, ainda, usar indevidamente medalhas desportivas, Pública, provocar danos a veículos pertencentes a Guarda Civil Municipal
distintivos ou condecorações; sem a devida comunicação e autorização; adquiridos com recursos próprios ou recebidos por doações ou convênios;

XI - entrar ou sair de qualquer unidade da Guarda Civil Municipal de Niterói, XVIII - deixar de cumprir ou retardar serviço ou ordem legal;
ou tentar fazê-lo, com arma não letal da Corporação, sem prévia autorização
da autoridade competente; XIX - descumprir preceitos legais durante a prisão ou a custódia de preso;

XII - dirigir veículo da Guarda Civil Municipal de Niterói com negligência, XX - usar expressões jocosas ou pejorativas que atentem contra a raça, a
imprudência ou imperícia e sem possuir CNH ou ainda com a mesma fora da religião, o credo ou a orientação sexual;
data de validade;
XXI - aconselhar ou concorrer para o descumprimento de ordem legal de
XIII - deixar de zelar pela economia do material do Município e pela conser- autoridade competente;
vação do que for confiado à sua guarda ou utilização;

Legislação municipal 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
XXII - dar ordem ilegal ou claramente inexequível.
Da Repreensão
Art. 124. São infrações disciplinares de natureza gravíssima:
Art. 126. A pena de repreensão será aplicada, ao servidor quando na prática
I - referir-se depreciativamente em informações, parecer, despacho, pela de infrações de naturezas médias, e terá publicidade na Imprensa Oficial do
imprensa, ou por qualquer meio de divulgação, às ordens legais; Município de Niterói e no Boletim Interno da Corporação, devendo, igual-
mente, ser averbada no prontuário individual do infrator para os efeitos do
II - determinar a execução de serviço não previsto em lei ou regulamento; disposto no artigo 116 deste Estatuto.

III - valer-se ou fazer uso do cargo ou função pública para praticar assédio Da Suspensão
sexual ou moral;
Art. 127. A pena de suspensão, será aplicada às infrações de natureza
IV - violar ou deixar de preservar local de crime; grave, terá publicidade na Imprensa Oficial do Município de Niterói e no
Boletim Interno da Corporação, devendo ser averbada no prontuário indivi-
V - procurar a parte interessada em ocorrência policial, para obtenção de dual do infrator para os fins do disposto no artigo 116 deste Estatuto.
vantagem indevida;
Parágrafo Único - A pena de suspensão sujeitará o infrator, a resgatar e fixar
VI - deixar de tomar providências para garantir a integridade física de pessoa os valores morais e sociais da Corporação.
detida;
Art. 128. Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão
VII - liberar pessoa detida ou dispensar parte da ocorrência sem atribuição poderá ser convertida em multa, sendo o funcionário, nesse caso, obrigado
legal; a permanecer em exercício, sem prejuízo das suas vantagens.

VIII - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta; Art. 129. As infrações de natureza gravíssima terão publicidade na Imprensa
Oficial do Município de Niterói e no Boletim Interno da Corporação, devendo
IX - publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos ou documentos ser averbada no prontuário individual do infrator para os fins do disposto no
afetos à Guarda Civil Municipal de Niterói que possam concorrer para com- artigo 116 deste Estatuto.
prometer a segurança;
Da Demissão
X - deixar de assumir a responsabilidade por seus atos ou pelo ato praticado
por servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói em função subordinada, Art. 130. Será aplicada a pena de demissão nos casos de:
que agir em cumprimento de sua ordem;
I - abandono de cargo, quando o servidor faltar ao serviço por mais de 30
XI - omitir, em qualquer documento, dados indispensáveis ao esclarecimento (trinta) dias consecutivos;
dos fatos;
II - faltas ao serviço, sem justa causa, por mais de 60 (sessenta) dias inter-
XII - transportar na viatura que esteja sob seu comando ou responsabilidade, calados durante 12 meses;
pessoal ou material, sem autorização da autoridade competente;
III - procedimento irregular e infrações de natureza gravíssima;
XIII - ameaçar, induzir ou instigar alguém a prestar declarações falsas em
procedimento penal, civil ou administrativo; IV - ineficiência.

XIV - participar de gerência, administração de empresas, bancárias, industri- Parágrafo Único - A pena de demissão por ineficiência no serviço só será
ais e de sociedades comerciais que mantenham relações comerciais com o aplicada quando verificada a impossibilidade de readaptação.
Município seja por estas subvencionadas ou estejam diretamente relaciona-
das com a finalidade da unidade ou serviço em que esteja lotado; Art. 131. Uma vez submetido a inquérito administrativo, o servidor só poderá
ser exonerado a pedido, depois de ocorrida absolvição ou após o cumpri-
XV - acumular ilicitamente cargos públicos, se provada a má-fé; mento da penalidade que lhe houver sido imposta.

XVI - deixar de comunicar ato ou fato irregular de natureza grave que pre- Da Demissão a Bem do Serviço Público
senciar, mesmo quando não lhe couber intervir;
Art. 132. Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao
XVII - faltar, sem motivo justificado, a serviço de que deva tomar parte servidor que:
causando prejuízos à municipalidade;
I - praticar, em serviço ou em razão dele, atos atentatórios à vida e à integri-
XVIII - trabalhar em estado de embriaguez ou sob efeito de substância dade física de qualquer pessoa, salvo se em legítima defesa;
entorpecente;
II - praticar crimes hediondos previstos na Lei nº 8.072, de 25 de julho de
XIX - disparar arma não letal de forma que venha resultar morte ou lesão à 1990, alterada pela Lei Federal nº 8.930, de 06 de setembro de 1994, crimes
integridade física de outrem; contra a Administração Pública, a fé pública, a ordem tributária e a seguran-
ça nacional, bem como, de crimes contra a vida, salvo se em legítima defe-
XX - deixar de comunicar os danos ocorridos nos veículos da Guarda Civil sa, mesmo que fora de serviço;
Municipal de Niterói, sob sua direção ou responsabilidade.
III - lesar o Patrimônio ou os cofres públicos;
Das Sanções Disciplinares
IV - conceder vantagens ilícitas, valendo-se da função pública;
Da Advertência
V - praticar insubordinação gravíssima;
Art. 125. A advertência, forma mais branda das sanções, será aplicada às
faltas de natureza leve, por até duas vezes e constará do prontuário indivi- VI - receber ou solicitar propinas, comissões ou vantagens de qualquer
dual do infrator e será levada em consideração para os efeitos do disposto espécie, diretamente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas
no artigo 116 deste Estatuto. funções, mas em razão delas;

Legislação municipal 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pondente ao período do afastamento excedente ao prazo de suspensão
VII - exercer a advocacia administrativa; efetivamente aplicada.

VIII - praticar ato de incontinência pública e escandalosa, ou dar-se ao vício Parágrafo Único - Na decisão final que aplicar pena de suspensão será
de jogos proibidos, quando em serviço. computado o período de suspensão preventiva, determinando-se os acertos
pecuniários cabíveis, nos termos do disposto neste artigo.
Da Remoção Temporária

Art. 133. Nos casos de apuração de infração de natureza gravíssima que CAPÍTULO X
possam ensejar a aplicação das penas de demissão ou demissão a bem do DAS RECOMPENSAS DOS SERVIDORES DA GUARDA CIVIL MUNICIPAL
serviço público, o titular do órgão municipal de segurança poderá determi-
nar, cautelarmente, a remoção temporária do servidor para que desenvolva
suas funções em outro setor, até a conclusão do procedimento administrati- Art. 137. As recompensas constituem-se em reconhecimento aos bons
vo disciplinar instaurado, por despacho devidamente fundamentado. serviços, atos meritórios e trabalhos relevantes prestados pelos servidores
da Guarda Civil Municipal de Niterói.
Parágrafo Único - A remoção temporária não implicará na perda das vanta-
gens e direitos decorrentes do cargo e nem terá caráter punitivo, sendo Art. 138. São formas de recompensa, da Guarda Civil Municipal de Niterói:
cabível somente quando presentes indícios suficientes de autoria e materia-
lidade da infração. I - condecorações por serviços prestados;

Da Suspensão Preventiva II - elogios;

Art. 134. O servidor poderá ser suspenso preventivamente, até 90 (noventa) III - louvores.
dias, desde que o seu afastamento seja necessário para a apuração da
infração a ele imputada ou para inibir a possibilidade de reiteração da prática § 1º As condecorações: constituem-se em referências, honrosas e insígnias
de irregularidades, por decisão devidamente fundamentada. conferidas aos integrantes da Guarda Civil Municipal de Niterói, por institui-
ções e entidades civis ou não e por sua atuação em ocorrências de relevo
§ 1º A suspensão preventiva poderá ser aplicada nos seguintes momentos na preservação da vida, da integridade física e do Patrimônio Municipal,
procedimentais: podendo, ser formalizadas independentemente da classificação de compor-
tamento, com a devida publicidade na Imprensa Oficial do Município de
I - quando se tratar de sindicância, após a oitiva do funcionário intimado para Niterói, em Boletim Interno da Corporação e registro em prontuário.
prestar esclarecimentos;
§ 2º Elogio é o reconhecimento formal da Administração às qualidades
II - quando se tratar de procedimento de investigação da Corregedoria Geral morais e profissionais do servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói, com
da Guarda Civil Municipal, após a oitiva do funcionário a ser suspenso; a devida publicidade na Imprensa Oficial do Município de Niterói e em Bole-
tim Interno da Corporação e registro em prontuário.
III - quando se tratar de procedimento disciplinar de exercício da pretensão
punitiva, após citação do indiciado. § 3º As recompensas previstas neste artigo serão conferidas por determina-
ção do Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói.
§ 2º Se, após a realização dos procedimentos previstos nos incisos I e II do
§ 1º deste artigo persistir as condições previstas no caput por ocasião da
instauração de procedimento disciplinar de exercício da pretensão punitiva, CAPÍTULO XI
a suspensão preventiva poderá ser novamente aplicada respeitado o prazo DA COMPETÊNCIA DO CORREGEDOR GERAL DA GUARDA CIVIL
máximo de 90 (noventa) dias.

§ 3º Findo o prazo da suspensão, cessarão os seus efeitos, ainda que o Art. 139. Compete ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Nite-
inquérito administrativo não esteja concluído. rói:

Art. 135. Os procedimentos disciplinares em que haja suspensão preventiva I - manifestar-se, decidir sobre assuntos de natureza disciplinar que devam
de servidores terão tramitação urgente e preferencial, devendo ser concluí- ser submetidos à apreciação da Corregedoria, bem como indicar a composi-
dos no prazo referente ao afastamento preventivo dos envolvidos, salvo ção das Comissões Processantes e Sindicantes;
justificativa fundamentada.
II - dirigir, planejar, coordenar e supervisionar as atividades, assim como
§ 1º O Presidente da Comissão Processante providenciará para que os distribuir os serviços da Corregedoria Geral da Guarda;
autos desses procedimentos disciplinares sejam submetidos à apreciação
do Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói até, pelo menos, III - apreciar e encaminhar as representações que lhe forem dirigidas relati-
72 (setenta e duas) horas antes do término do período da suspensão pre- vamente à atuação irregular de servidores integrantes do Quadro dos Profis-
ventiva. sionais da Guarda Civil Municipal de Niterói, bem como propor a instauração
de sindicâncias administrativas e de procedimentos disciplinares, para a
§ 2º Não havendo prazo assinalado, as unidades solicitadas a prestar infor- apuração de infrações administrativas atribuídas aos referidos servidores;
mações nesses procedimentos deverão atender às requisições da Correge-
doria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói no prazo de 24 (vinte e IV - avocar, excepcional e fundamentadamente, processos administrativos
quatro) horas. disciplinares e sindicâncias administrativas instauradas para a apuração de
infrações administrativas atribuídas a servidores integrantes do Quadro dos
Art. 136. Durante o período da suspensão preventiva, o funcionário terá Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói;
direito:
V - responder as consultas formuladas pelos órgãos da Administração
I - à diferença dos vencimentos e à contagem do tempo de serviço relativo Pública sobre assuntos de sua competência;
ao período da suspensão preventiva, quando do processo não resultar
punição ou esta se limitar à pena de advertência ou repreensão; VI - determinar a realização de correições extraordinárias nas unidades da
Guarda Civil Municipal, remetendo, sempre, relatório reservado ao Inspetor-
II - à diferença de vencimentos e à contagem de tempo de serviço corres- Geral da Guarda;

Legislação municipal 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pessoa de Procurador do Município de Niterói, que não terá poderes para
VII - remeter ao Inspetor-Geral da Guarda relatório circunstanciado sobre a receber citação e confessar.
atuação pessoal e funcional dos servidores integrantes do Quadro dos
Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói em estágio probatório, § 2º A parte poderá, a qualquer tempo, constituir Advogado, hipótese em
propondo, se for o caso, a instauração de procedimento especial, observada que se encerrará de imediato, a representação do defensor dativo.
a legislação pertinente;
§ 3º Ser-lhe-á dado também defensor dativo quando, notificada de que seu
VIII - submeter ao Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal relatório circuns- Advogado constituído não praticou atos necessários, a parte não tomar
tanciado e conclusivo sobre a atuação pessoal e funcional de servidor qualquer providência no prazo de 03 (três) dias.
integrante do Quadro dos Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói
indicado para o exercício de chefias observada a legislação aplicável; Da Comunicação dos Atos das Citações

IX - praticar todo e qualquer ato ou exercer quaisquer das atribuições e Art. 146. Todo servidor que for parte em procedimento disciplinar de exercí-
competências das unidades ou dos servidores subordinados; cio a pretensão punitiva será citado, sob pena de nulidade do procedimento,
para dele participar e defender-se.
XI - proceder, pessoalmente, às correições nas Comissões Sindicante e
Processante que lhe são subordinadas; Parágrafo Único - O comparecimento espontâneo da parte ou qualquer outro
ato formal que implique ciência inequívoca a respeito da instauração do
XII - aplicar penalidades, na forma prevista em lei; procedimento administrativo supre a necessidade de realização de citação.

XIII - julgar os recursos de classificação ou reclassificação de comportamen- Art. 147. A citação far-se-á, no mínimo, 72 (setenta e duas) horas antes da
to dos servidores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Civil data do interrogatório designado, da seguinte forma:
Municipal de Niterói.
I - por entrega pessoal do mandado ou por meio da Divisão Técnica de
Art. 140. Fica criada, junto à Corregedoria, uma Comissão Sindicante e uma Recursos Humanos da respectiva Pasta;
Comissão Processante, ambas a serem compostas por 5 Guardas Munici-
pais cada, nomeados livremente pelo Corregedor. II - por correspondência;

Art. 141. Cada uma das Comissões a que se refere o artigo anterior terá um III - por edital.
Presidente que será nomeado, pelo Corregedor sendo este Inspetor.
Art. 148. A citação por entrega pessoal far-se-á sempre que o servidor
Das Normas Gerais sobre o Procedimento Disciplinar estiver em exercício de suas funções.

Das Modalidades de Procedimentos Disciplinares Art. 149. Far-se-á a citação por correspondência quando o servidor não
estiver em exercício ou residir fora do Município, devendo o mandado ser
Art. 142. São procedimentos disciplinares: encaminhado, com aviso de recebimento, para o endereço residencial
constante do cadastro de sua unidade de lotação.
I - de preparação e investigação:
Art. 150. Estando o servidor em local incerto e não sabido, ou não sendo
a) o relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos; encontrado, por duas vezes, no endereço residencial constante do cadastro
b) a sindicância. de sua unidade de lotação, promover-se-á sua citação por editais, com
prazo de 15 (quinze) dias, publicados na Imprensa Oficial do Município de
II - do exercício da pretensão punitiva: Niterói durante 03 (três) edições consecutivas.

a) aplicação direta da penalidade; Art. 151. O mandado de citação conterá a designação de dia, hora e local
b) o processo sumário; para interrogatório e será acompanhado da cópia da denúncia administrati-
c) inquérito administrativo. va, que dele fará parte integrante e complementar.

III - a exoneração em período probatório. Das Intimações

Da Parte e De Seus Procuradores Art. 152. A intimação de servidor em efetivo exercício será feita por corres-
pondência e publicação no Órgão Oficial para publicações dos Atos Oficiais
Art. 143. São considerados parte, nos procedimentos disciplinares de exer- da Prefeitura Municipal de Niterói.
cício da pretensão punitiva, o servidor integrante dos Quadros da Guarda
Civil Municipal de Niterói efetivo ou admitido e o titular de cargo em comis- Parágrafo Único - O Inspetor-Geral da Guarda Municipal deverá diligenciar
são. para que o servidor tome ciência da publicação.

Art. 144. Os servidores incapazes temporária ou permanentemente, em Art. 153. O servidor que, sem justa causa, deixar de atender à intimação
razão de doença física ou mental, serão representados ou assistidos por com prazo marcado, terá, por decisão do Presidente da Comissão Proces-
seus pais, tutores ou curadores, na forma da Lei Civil. sante, suspenso o pagamento de seus vencimentos ou proventos, até que
satisfaça a exigência.
Parágrafo Único - Inexistindo representantes legalmente investidos, ou na
impossibilidade comprovada de trazê-los ao procedimento disciplinar, ou, Parágrafo Único - Igual penalidade poderá ser aplicada à chefia do Setor de
ainda, se houver pendências sobre a capacidade do servidor, serão convo- Pessoal que deixar de dar ciência da publicação ao servidor intimado.
cados como seus representantes os pais, o cônjuge ou companheiro, os
filhos ou parentes até segundo grau, observada a ordem aqui estabelecida. Art. 154. A intimação dos Advogados e do defensor dativo será feita por
intermédio de publicação na Imprensa Oficial do Município de Niterói, de-
Art. 145. A parte poderá constituir Advogado legalmente habilitado para vendo dela constar o número do processo, o nome dos Advogados e da
acompanhar os termos dos procedimentos disciplinares de seu interesse. parte.

§ 1º Nos procedimentos de exercício da pretensão punitiva, se a parte não § 1º Dos atos realizados em audiência reputam-se intimados, desde logo, a
constituir Advogado ou for declarada revel, ser-lhe-á dado defensor, na parte, o Advogado e o defensor dativo.

Legislação municipal 73 A Opção Certa Para a Sua Realização


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à comprovação do alegado.
§ 2º Quando houver somente um defensor dativo designado no processo, o
cartório encaminhar-lhe-á os autos por carga, diretamente, independente- Da Prova Testemunhal
mente de intimação ou publicação, devendo ser observado, na sua devolu-
ção, o prazo legal cominado para a prática do ato. Art. 165. A prova testemunhal é sempre admissível, podendo ser indeferida
pelo Presidente da Comissão Processante:
Dos Prazos
I - se os fatos sobre os quais serão inquiridas as testemunhas já foram
Art. 155. Os prazos são contínuos, não se interrompendo nos feriados e provados por documentos ou confissão da parte;
serão computados excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do
vencimento. II - quando os fatos só puderem ser provados por documentos ou perícia.

Parágrafo Único - Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil, se Art. 166. Compete à parte entregar na repartição, no tríduo probatório, o rol
o vencimento cair em final de semana, feriado, ponto facultativo municipal ou das testemunhas de defesa, indicando seu nome completo, endereço e
se o expediente administrativo for encerrado antes do horário normal. respectivo código de endereçamento postal - CEP.

Art. 156. Decorrido o prazo, extingue-se para a parte, automaticamente, o § 1º Se a testemunha for servidor municipal, deverá a parte indicar o nome
direito de praticar o ato, salvo se esta provar que não o realizou por evento completo, unidade de lotação e o número de matrícula e ou registro funcio-
imprevisto, alheio à sua vontade ou a de seu procurador, hipótese em que o nal.
Presidente da Comissão Processante permitirá a prática do ato, assinalando
prazo para tanto. § 2º Depois de apresentado o rol de testemunhas, a parte poderá substituí-
las até a data da audiência designada, com a condição de ficar sob sua
Art. 157. Não havendo disposição expressa nesta Lei e nem assinalação de responsabilidade levá-las à audiência.
prazo pelo Presidente da Comissão Processante, o prazo para a prática dos
atos no procedimento disciplinar, a cargo da parte, será de 48 (quarenta e § 3º O não comparecimento da testemunha substituída implicará desistência
oito) horas. de sua oitiva pela parte.

Parágrafo Único - A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusi- Art. 167. Cada parte poderá arrolar, no máximo, 04 (quatro) testemunhas.
vamente a seu favor.
Art. 168. As testemunhas serão ouvidas, de preferência, primeiramente as
Art. 158. Quando, no mesmo procedimento disciplinar, houver mais de uma da Comissão Processante e, após, as da parte.
parte, os prazos serão comuns, exceto para as razões finais, quando será
contado em dobro, se houver diferentes Advogados. Art. 169. As testemunhas deporão em audiência perante o Presidente da
Comissão Processante, os comissários e o defensor constituído e, na sua
§ 1º Havendo no processo até 02 (dois) defensores, cada um apresentará ausência, o defensor dativo.
alegações finais, sucessivamente, no prazo de 10 (dez) dias cada um.
§ 1º Se a testemunha, por motivo relevante, estiver impossibilitada de com-
§ 2º Havendo mais de 02 (dois) defensores, caberá ao Presidente da Co- parecer à audiência, mas não de prestar depoimento, o Presidente da Co-
missão Processante conceder, mediante despacho nos autos, prazo para missão Processante poderá designar dia, hora e local para inquiri-la.
vista fora da repartição, designando data única para apresentação dos
memoriais de defesa na repartição. § 2º Sendo necessária a oitiva de servidor que estiver cumprindo pena
privativa de liberdade, o Presidente da Comissão Processante solicitará à
autoridade competente que apresente o preso em dia e hora designados
CAPÍTULO XII para a realização da audiência.
DAS PROVAS
§ 3º O Presidente da Comissão Processante poderá, ao invés de realizar a
DISPOSIÇÕES GERAIS audiência mencionada no parágrafo anterior, fazer a inquirição por escrito,
dirigindo correspondência à autoridade competente, para que tome o depoi-
mento, conforme as perguntas formuladas pela Comissão Processante e, se
Art. 159. Todos os meios de prova admitidos em direito e moralmente for o caso, pelo Advogado de defesa, constituído ou dativo.
legítimos são hábeis para demonstrar a veracidade dos fatos.
Art. 170. Incumbirá à parte levar à audiência, independentemente de intima-
Art. 160. O Presidente da Comissão Processante poderá limitar e excluir, ção, as testemunhas por ela indicadas que não sejam servidores municipais,
mediante despacho fundamentado, as provas que considerar excessivas, decaindo do direito de ouvi-las, caso não compareçam.
impertinentes ou protelatórias.
Parágrafo Único - As chefias imediatas diligenciarão para que sejam dispen-
Da Prova Fundamental sados os servidores no momento das audiências, devendo para tanto serem
informadas a respeito da designação da audiência com 72 (setenta e duas)
Art. 161. Fazem a mesma prova que o original as certidões de processos horas de antecedência.
judiciais e as reproduções de documentos autenticadas por Oficial Público,
ou conferidas e autenticadas por servidor público para tanto competente. Art. 171. Antes de depor, a testemunha será qualificada, indicando nome,
idade, profissão, local e função de trabalho, número da cédula de identidade,
Art. 162. Admitem-se como prova as declarações constantes de documento residência, estado civil, bem como se tem parentesco com a parte e, se for
particular, escrito e assinado pelo declarante, bem como depoimentos servidor municipal, o número de seu registro funcional e ou matrícula.
constantes de sindicâncias, que não puderem, comprovadamente, ser
reproduzidos verbalmente em audiência. Art. 172. A parte cujo Advogado não comparecer à audiência de oitiva de
testemunha será assistida por um defensor designado para o ato pelo Presi-
Art. 163. Servem também à prova dos fatos o telegrama, o radiograma, a dente da Comissão Processante.
fotografia, a fonografia, a fita de vídeo e outros meios lícitos, inclusive os
eletrônicos. Art. 173. O Presidente da Comissão Processante interrogará a testemunha,
cabendo, primeiro aos comissários e depois à defesa, formular perguntas
Art. 164. Caberá à parte que impugnar a prova produzir a perícia necessária tendentes a esclarecer ou complementar o depoimento.

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Parágrafo Único - O Presidente da Comissão Processante poderá indeferir I - a parte estava legalmente afastada de suas funções por licença-
as perguntas, mediante justificativa expressa no termo de audiência. maternidade ou paternidade, licença-gala, em gozo de férias, presa, proviso-
riamente ou em cumprimento de pena, ou em licença-médica se impossibili-
Art. 174. O depoimento, depois de lavrado, será rubricado e assinado pelos tada de prestar depoimento, podendo a Comissão realizar audiência em
membros da Comissão Processante, pelo depoente e defensor constituído domicílio ou no lugar onde se encontre o servidor;
ou dativo.
II - a parte comprovar motivo de força maior que tenha impossibilitado seu
Art. 175. O Presidente da Comissão Processante poderá determinar de comparecimento tempestivo.
ofício ou a requerimento:
Parágrafo Único - Revogada a revelia, será realizado o interrogatório, reini-
I - a oitiva de testemunhas referidas nos depoimentos; ciando-se a instrução, com aproveitamento dos atos instrutórios já realiza-
dos, desde que ratificados pela parte, por termo lançado nos autos.
II - a acareação de 02 (duas) ou mais testemunhas, ou de alguma delas com
a parte, quando houver divergência essencial entre as declarações sobre Art. 185. Decretada a revelia, dar-se-á prosseguimento ao procedimento
fato que possa ser determinante na conclusão do procedimento. disciplinar, designando-se defensor dativo para atuar em defesa da parte.

Da Prova Pericial Parágrafo Único - É assegurado ao revel o direito de constituir Advogado em


substituição ao defensor dativo que lhe tenha sido designado.
Art. 176. A prova pericial consistirá em exames, vistorias e avaliações e será
indeferida pelo Presidente da Comissão Processante, quando dela não Art. 186. A decretação da revelia acarretará a preclusão das provas que
depender a prova do fato. deveriam ser requeridas, especificadas e/ou produzidas pela parte em seu
interrogatório, assegurada a faculdade de juntada de documentos com as
Art. 177. Se o exame tiver por objeto a autenticidade ou falsidade de docu- razões finais.
mento, ou for de natureza médico-legal, a Comissão Processante requisita-
rá, preferencialmente, elementos junto às autoridades policiais ou judiciais, Parágrafo Único - Ocorrendo a revelia, a defesa poderá requerer provas no
quando em curso investigação criminal ou processo judicial. tríduo probatório.

Art. 178. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade de letra ou firma, Art. 187. A parte revel não será intimada pela Comissão Processante para a
o Presidente da Comissão Processante, se necessário ou conveniente, prática de qualquer ato, constituindo ônus da defesa comunicar-se com o
poderá determinar à pessoa à qual se atribui a autoria do documento, que servidor, se assim entender necessário.
copie ou escreva, sob ditado, em folha de papel, dizeres diferentes, para fins
de comparação e posterior perícia. § 1º Desde que compareça perante a Comissão Processante ou intervenha
no processo, pessoalmente ou por meio de Advogado com procuração nos
Art. 179. Ocorrendo necessidade de perícia médica do servidor denunciado autos, o revel passará a ser intimado pela Comissão, para a prática de atos
administrativamente, o órgão pericial da municipalidade dará à solicitação da processuais.
Comissão Processante caráter urgente e preferencial.
§ 2º O disposto no parágrafo anterior não implica revogação da revelia nem
Art. 180. Quando não houver possibilidade de obtenção de elementos junto elide os demais efeitos desta.
às autoridades policiais ou judiciais e a perícia for indispensável para a
conclusão do processo, o Presidente da Comissão solicitará ao titular do Dos Impedimentos e Da Suspeição
órgão municipal de segurança, a contratação de perito para esse fim.
Art. 188. É defeso aos membros da Comissão Processante exercer suas
Das Audiências e Do Interrogatório da Parte funções em procedimentos disciplinares:

Art. 181. A parte será interrogada na forma prevista para a inquirição de I - de que for parte;
testemunhas, vedada a presença de terceiros, exceto seu Advogado.
II - em que interveio como mandatário da parte, defensor dativo ou testemu-
Art. 182. O termo de audiência será lavrado, rubricado e assinado pelos nha;
membros da Comissão, pela parte e, se for o caso, por seu defensor.
III - quando a parte for seu cônjuge, parente consanguíneo ou afim em linha
Da Revelia e De Suas Consequências reta, ou na colateral até segundo grau, amigo íntimo ou inimigo capital;

Art. 183. O Presidente da Comissão Processante decretará a revelia da IV - quando em procedimento estiver postulando como Advogado da parte
parte que, regularmente citada, não comparecer perante a Comissão no dia seu cônjuge ou parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na colate-
e hora designados. ral, até segundo grau;

§ 1º A regular citação será comprovada mediante juntada aos autos: V - quando houver atuado na sindicância que precedeu o procedimento do
exercício de pretensão punitiva;
I - da contrafé do respectivo mandado, no caso de citação pessoal;
VI - na etapa da revisão, quando tenha atuado anteriormente.
II - das cópias dos 03 (três) editais publicados na Imprensa Oficial do Muni-
cípio de Niterói, no caso de citação por edital; Art. 189. A arguição de suspeição de parcialidade de alguns ou de todos os
membros da Comissão Processante e do defensor dativo precederá qual-
III - do Aviso de Recebimento (AR), no caso de citação pelo Correio. quer outra, salvo quando fundada em motivo superveniente.

§ 2º Não sendo possível realizar a citação, o intimador certificará os motivos § 1º A arguição deverá ser alegada pelos citados no caput deste artigo ou
nos autos. pela parte, em declaração escrita e motivada, que suspenderá o andamento
do processo.
Art. 184. A revelia deixará de ser decretada ou, se decretada, será revogada
quando verificado, a qualquer tempo, que, na data designada para o interro- § 2º Sobre a suspeição arguida, o Corregedor Geral da Guarda Municipal de
gatório: Niterói:

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Art. 196. Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes, ambas
I - se a acolher, tomará as medidas cabíveis, necessárias à substituição com competência disciplinar sobre o infrator, conhecerem da infração disci-
do(s) suspeito(s) ou à redistribuição do processo; plinar, caberá à de maior hierarquia instaurar e encaminhar à Corregedoria
Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói o relatório circunstanciado e
II - se a rejeitar, motivará a decisão e devolverá o processo ao Presidente da conclusivo sobre os fatos.
Comissão Processante, para prosseguimento.
Da Extinção da Punibilidade e Do Procedimento Disciplinar

CAPÍTULO XIII Art. 197. Extingue-se a punibilidade:


DA COMPETÊNCIA
I - pela morte da parte;

Art. 190. A decisão nos procedimentos disciplinares será proferida por II - pela prescrição;
despacho devidamente fundamentado da autoridade competente, no qual
será mencionada a disposição legal em que se baseia o ato. III - pela anistia.

Art. 191. Compete ao Prefeito a aplicação da pena de demissão, na hipóte- Art. 198. O procedimento disciplinar extingue-se com a publicação do des-
se prevista nos casos de demissão a bem do serviço público. pacho decisório pela autoridade administrativa competente.

Art. 192. Compete ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Nite- Parágrafo Único - O processo, após sua extinção, será enviado à unidade de
rói: lotação do servidor infrator, para as necessárias anotações no prontuário e
arquivamento, se não interposto recurso.
I - determinar a instauração:
Art. 199. Extingue-se o procedimento sem julgamento de mérito, quando a
a) das sindicâncias em geral; autoridade corregedora competente para proferir a decisão acolher proposta
b) dos procedimentos de exoneração em estágio probatório; da Comissão Processante, nos seguintes casos:
c) dos processos sumários;
d) dos inquéritos administrativos. I - morte da parte;

II - aplicar suspensão preventiva; II - ilegitimidade da parte;

III - aplicar suspensão; III - quando a parte já tiver sido demitida, dispensada ou exonerada do
serviço público, casos em que se farão as necessárias anotações no prontu-
IV - decidir, por despacho, os processos de inquérito administrativo, nos ário para fins de registro de antecedentes;
casos de:
IV - quando o procedimento disciplinar versar sobre a mesma infração de
a) absolvição; outro, em curso ou já decidido;
b) desclassificação da infração ou abrandamento de penalidade de que
resulte a imposição de pena de repreensão ou de suspensão; V - anistia.
c) aplicação da pena de suspensão.
Art. 200. Extingue-se o procedimento com julgamento de mérito, quando a
V - decidir aberturas de sindicâncias; autoridade corregedora a proferir decisão:

VI - decidir os procedimentos de exoneração em estágio probatório; I - pelo arquivamento da sindicância, ou pela instauração do subsequente
procedimento disciplinar de pretensão punitiva;
VII - decidir os processos sumários;
II - pela absolvição ou imposição de penalidade;
VIII - deliberar sobre a remoção temporária de servidor integrante do Quadro
dos Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói. III - pelo reconhecimento da prescrição.

§ 1º A competência estabelecida neste artigo abrange as atribuições para


decidir os pedidos de reconsideração, apreciar e encaminhar os recursos e CAPÍTULO XIV
os pedidos de revisão de inquérito ao Prefeito. DOS PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES

§ 2º Será delegada ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói


competência para instauração de procedimento especial de exoneração em Do Procedimento Disciplinar de Preparação e Investigação
estágio probatório.
Do Relatório Circunstanciado e Conclusivo sobre os Fatos
Art. 193. Compete ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Nite-
rói, além das competências lhe atribuídas desta Lei, também a de determi-
nar o cancelamento da punição. Art. 201. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público
é obrigada a tomar providências objetivando a apuração dos fatos e respon-
Art. 194. Compete ao Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói a sabilidades.
aplicação das sanções disciplinares de advertência, repreensão.
§ 1º As providências de apuração terão início imediato após o conhecimento
Art. 195. Na ocorrência de infração disciplinar envolvendo servidores da dos fatos e serão adotadas na unidade onde estes ocorreram, consistindo
Guarda Civil Municipal de Niterói de mais de uma unidade da Guarda Civil na elaboração de relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos e
Municipal de Niterói caberá à chefia imediata com responsabilidade territorial encaminhado à Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói para
sobre a área onde ocorreu o fato elaborar relatório circunstanciado sobre a a instrução, com a oitiva dos envolvidos e das testemunhas, além de outras
irregularidade e remetê-lo à Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de provas indispensáveis ao seu esclarecimento.
Niterói para o respectivo processamento.
§ 2º A apuração será cometida a funcionário ou grupo de funcionários.

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§ 3º A apuração deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias, findo o Art. 210. Aplicada a penalidade na forma prevista neste Capítulo, encerra-se
qual os autos serão enviados ao Corregedor, que determinará: a pretensão punitiva da Administração, ficando vedada a instauração de
qualquer outro procedimento disciplinar contra o servidor apenado com base
I - a aplicação de penalidade, nos termos do artigo 108, quando a responsa- nos mesmos fatos.
bilidade subjetiva pela ocorrência encontrar-se definida, porém a natureza
da falta cometida não for grave, não houver dano ao Patrimônio Público ou § 1º Aplicada a penalidade dar-se-á ciência à Corregedoria Geral da Guarda
se este for de valor irrisório; Civil Municipal de Niterói, com relatório instruído com cópia da notificação
feita ao servidor, da intimação e eventual defesa por ele apresentada, bem
II - o arquivamento do feito, quando comprovada a inexistência de respon- como cópia da fundamentação da decisão e respectiva publicação na Im-
sabilidade funcional pela ocorrência irregular investigada; prensa Oficial do Município de Niterói.

III - a instauração do procedimento disciplinar cabível e a remessa dos autos § 2º O Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói manterá ca-
ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói, para a respectiva dastro atualizado e controlará um banco de dados sobre a vida funcional dos
instrução quando: servidores integrantes do Quadro de Profissionais da Guarda Civil.

a) a autoria do fato irregular estiver comprovada; Do Processo Sumário


b) encontrar-se perfeitamente definida a responsabilidade subjetiva do
servidor pelo evento irregular; Art. 211. Instaura-se o Processo Sumário quando a falta disciplinar, pelas
c) existirem fortes indícios de ocorrência de responsabilidade funcional, que proporções ou pela natureza, ensejar pena de suspensão superior a 05
exijam a complementação das investigações mediante sindicância. (cinco) dias.

Da Sindicância Art. 212. O Processo Sumário será instaurado pelo Presidente da Comissão
Processante, com a ciência dos comissários, e deverá ter toda a instrução
Art. 202. A sindicância é o procedimento disciplinar de preparação e investi- concentrada em audiência.
gação, instaurado pelo Presidente da Comissão Processante por determina-
ção do Corregedor Geral da Guarda Municipal, quando os fatos não estive- Art. 213. O termo de instauração e intimação conterá, obrigatoriamente:
rem definidos ou faltarem elementos indicativos da autoria.
I - a descrição articulada da falta atribuída ao servidor;
Parágrafo Único - O Presidente da Comissão Sindicante, quando houver
notícia de fato tipificada como crime, enviará a devida comunicação à autori- II - os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a penalidade
dade competente, se a medida ainda não tiver sido providenciada. aplicável;

Art. 203. A sindicância não comporta o contraditório, devendo, no entanto, III - a designação cautelar de defensor dativo para assistir o servidor, se
serem ouvidos todos os envolvidos nos fatos. necessário, na audiência concentrada de instrução;

Parágrafo Único - Os depoentes poderão fazer-se acompanhar de Advoga- IV - designação de data, hora e local para interrogatório, ao qual deverá o
do, que não poderá interferir no procedimento. servidor comparecer, sob pena de revelia;

Art. 204. Se o interesse público o exigir, o Corregedor Geral da Guarda Civil V - ciência de que poderá o sumariado comparecer à audiência acompanha-
Municipal de Niterói decretará, no despacho instaurador, o sigilo da sindi- da de defensor de sua livre escolha, regularmente constituído;
cância, facultado o acesso aos autos exclusivamente às partes e seus
patronos. VI - intimação para que o servidor apresente, na audiência concentrada de
instrução, toda prova documental que possuir bem como suas testemunhas
Art. 205. É assegurada vista dos autos da sindicância, nos termos do artigo de defesa, que não poderão exceder a 04 (quatro);
5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal.
VII - notificação de que, na mesma audiência, serão produzidas as provas
Art. 206. Quando recomendar a abertura de procedimento disciplinar de da Comissão, devidamente especificadas;
exercício da pretensão punitiva, o relatório da sindicância deverá apontar os
dispositivos legais infringidos e a autoria apurada. VIII - nomes completos e registros funcionais dos membros da Comissão
Processante.
Art. 207. A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias,
prorrogável, a critério do Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Art. 214. No caso comprovado de não ter o sumariado tomado ciência do
Niterói, mediante justificativa fundamentada. inteiro teor do termo de intimação, ser-lhe-á facultado apresentar suas
testemunhas de defesa no prazo determinado pela Presidência, sob pena de
Dos Procedimentos Disciplinares de Exercício da Pretensão Punitiva decadência.

Da Aplicação Direta de Penalidade Art. 215. Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa para apresentação
de razões finais, no prazo de 05 (cinco) dias.
Art. 208. As penas de advertência, repreensão poderão ser aplicadas dire-
tamente pelo titular do órgão municipal de segurança e pelo Inspetor-Geral Art. 216. Após a defesa, a Comissão Processante elaborará relatório, en-
da Guarda Civil Municipal de Niterói, que tiverem conhecimento da infração caminhando-se o processo para decisão da autoridade administrativa com-
disciplinar. petente.

Art. 209. A aplicação da pena será precedida de citação por escrito do Do Inquérito Administrativo
infrator, que descreverá os fatos que constituem a irregularidade a ele
imputada e o dispositivo legal infringido, conferindo-lhe o prazo de 05 (cinco) Art. 217. Instaurar-se-á Inquérito Administrativo quando a falta disciplinar,
dias para a apresentação de defesa. por sua natureza, puder determinar a suspensão, a dispensa dos servidores
admitidos, estáveis ou não, a demissão, a demissão a bem do serviço
Parágrafo Único - A defesa deverá ser feita por escrito, podendo ser elabo- público.
rada pessoalmente pelo servidor ou por defensor constituído na forma da lei,
e será entregue contrarrecibo, à autoridade que determinou a citação. Parágrafo Único - No Inquérito Administrativo é assegurado o exercício do

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direito ao contraditório e à ampla defesa. intimada para indicar, em 03 (três) dias, as provas que pretende produzir.

Art. 218. São fases do Inquérito Administrativo: Art. 226. Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defensor para apresenta-
ção, por escrito e no prazo de 05 (cinco) dias úteis, das razões de defesa do
I - instauração e denúncia administrativa; denunciado.

II - citação; Art. 227. Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão Processante


elaborará o parecer conclusivo, que deverá conter:
III - instrução, que compreende o interrogatório, a prova da Comissão Pro-
cessante e o tríduo probatório; I - a indicação sucinta e objetiva dos principais atos processuais;

IV - razões finais; II - análise das provas produzidas e das alegações da defesa;

V - relatório final conclusivo; III - conclusão, com proposta justificada e, em caso de punição, deverá ser
indicada a pena cabível e sua fundamentação legal.
VI - encaminhamento para decisão;
§ 1º Havendo consenso, será elaborado parecer conclusivo unânime e,
VII - decisão. havendo divergência, será proferido voto em separado, com as razões nas
quais se funda a divergência.
Art. 219. O Inquérito Administrativo será conduzido por uma Comissão
Processante, presidida obrigatoriamente por servidor da Guarda Civil Muni- § 2º A Comissão deverá propor, se for o caso:
cipal com título de Bacharel em Direito.
I - a desclassificação da infração prevista na denúncia administrativa;
Art. 220. O Inquérito Administrativo será instaurado pelo Presidente da
Comissão, no prazo de 05 (cinco) dias, contados do recebimento dos autos II - o abrandamento da penalidade, levando em conta fatos e provas conti-
pela Comissão Processante. das no procedimento, a circunstância da infração disciplinar e o anterior
comportamento do servidor;
Art. 221. A denúncia administrativa deverá conter obrigatoriamente:
III - outras medidas que se fizerem necessárias ou forem do interesse públi-
I - a indicação da autoria; co.

II - os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a penalidade Art. 228. O Inquérito Administrativo deverá ser concluído no prazo de 90
aplicável; (noventa) dias, que poderá ser prorrogado, a critério do Corregedor Geral da
Guarda Civil Municipal de Niterói, mediante justificativa fundamentada.
III - o resumo dos fatos;
Parágrafo Único - Nos casos de prática das infrações previstas no artigo 51,
IV - a ciência de que a parte poderá fazer todas as provas admitidas em ou quando o funcionário for preso em flagrante delito ou preventivamente, o
Direito e pertinentes à espécie; Inquérito Administrativo deverá ser concluído no prazo de 60 (sessenta)
dias, contados da citação válida do indiciado, podendo ser prorrogado, a
V - a ciência de que é facultado à parte constituir Advogado para acompa- juízo da autoridade que determinou a instauração, mediante justificação,
nhar o processo e defendê-la, e de que, não o fazendo, ser-lhe-á nomeado pelo prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
defensor dativo;
Art. 229. Com o parecer conclusivo os autos serão encaminhados ao Corre-
VI - designação de dia, hora e local para o interrogatório, ao qual a parte gedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói para manifestação e, na
deverá comparecer, sob pena de revelia; sequência, ao titular do órgão municipal de segurança, para decisão ou
manifestação e encaminhamento ao Prefeito, quando for o caso.
VII - nomes completos e registro funcional dos membros da Comissão
Processante. Do Julgamento

Art. 222. O servidor acusado da prática de infração disciplinar será citado Art. 230. A autoridade competente para decidir não fica vinculada ao pare-
para participar do processo e se defender. cer conclusivo da Comissão Processante, podendo, ainda, converter o
julgamento em diligência para os esclarecimentos que entender necessário.
§ 1º A citação deverá ser feita com antecedência de, no mínimo, 48 (quaren-
ta e oito) horas da data designada para o interrogatório. Art. 231. Recebidos os autos, o Corregedor da Guarda Civil Municipal,
quando for o caso, julgará o Inquérito Administrativo em 30 (trinta) dias,
Art. 223. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo prorrogáveis, justificadamente.
pessoalmente, desde que o faça com urbanidade, e de intervir, por seu
defensor, nas provas e diligências que se realizarem. Parágrafo Único - A autoridade competente julgará o Inquérito Administrati-
vo, decidindo, fundamentadamente:
Art. 224. Regularizada a representação processual do denunciado, a Co-
missão Processante promoverá a tomada de depoimentos, acareações, I - pela absolvição do acusado;
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova e, quando
necessário, recorrerá a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa II - pela punição do acusado;
elucidação dos fatos.
III - pelo arquivamento, quando extinta a punibilidade.
Parágrafo Único - A defesa será intimada de todas as provas e diligências
determinadas, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, Art. 232. O acusado será absolvido, quando reconhecido:
sendo-lhe facultada a formulação de quesitos, quando se tratar de prova
pericial, hipótese em que o prazo de intimação será ampliado para 05 (cinco) I - estar provada a inexistência do fato;
dias.
II - não haver prova da existência do fato;
Art. 225. Realizadas as provas da Comissão Processante, a defesa será

Legislação municipal 78 A Opção Certa Para a Sua Realização


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III - não constituir o fato infração disciplinar; devida comunicação para que a medida seja cumprida.

IV - não existir prova de ter o acusado concorrido para a infração disciplinar; Da Exoneração no Estágio Probatório

V - não existir prova suficiente para a condenação; Art. 240. Instaurar-se-á procedimento especial de exoneração em estágio
probatório, nos seguintes casos:
VI - a existência de quaisquer das seguintes causas de justificação:
I - inassiduidade;
a) motivo de força maior ou caso fortuito;
b) legítima defesa própria ou de outrem; II - ineficiência;
c) estado de necessidade;
d) estrito cumprimento do dever legal; III - indisciplina;
e) coação irresistível.
IV - insubordinação;
Da Aplicação das Sanções Disciplinares
V - desídia;
Art. 233. Na aplicação da sanção disciplinar serão considerados os motivos,
circunstâncias e consequências da infração, os antecedentes e a personali- VI - conduta moral ou profissional que se revele incompatível com suas
dade do infrator, assim como a intensidade do dolo ou o grau da culpa. atribuições;

Art. 234. São circunstâncias atenuantes: VII - por irregularidade administrativa grave;

I - estar classificado, no mínimo, na categoria de bom comportamento, VIII - pela prática de delito doloso, relacionado ou não com suas atribuições.
conforme disposição prevista no artigo 116, inciso II, desta Lei;
Art. 241. O chefe mediato ou imediato do servidor formulará representação,
II - ter prestado relevantes serviços para a Guarda Civil Municipal de Niterói; preferencialmente, pelo menos 04 (quatro) meses antes do término do
período probatório, contendo os elementos essenciais, acompanhados de
III - ter cometido a infração para preservação da ordem ou do interesse possíveis provas que possam configurar os casos indicados no artigo anteri-
público. or e o encaminhará ao Corregedor Geral, que apreciará o seu conteúdo,
determinando, se for o caso, a instauração do procedimento de exoneração.
Art. 235. São circunstâncias agravantes:
Parágrafo Único - Sendo inviável a conclusão do procedimento de exonera-
I - mau comportamento, conforme disposição prevista no artigo 116, inciso ção antes de findo o estágio probatório, o Corregedor poderá convertê-lo em
IV, desta Lei; Inquérito Administrativo, prosseguindo-se até final decisão.

II - prática simultânea ou conexão de 02 (duas) ou mais infrações; Art. 242. O procedimento disciplinar de exoneração de funcionário em
estágio probatório será instaurado pelo Presidente da Comissão Processan-
III - reincidência; te, com a ciência dos comissários, e deverá ter toda a instrução concentrada
em audiência.
IV - conluio de 02 (duas) ou mais pessoas;
Art. 243. O termo de instauração e intimação conterá, obrigatoriamente:
V - falta praticada com abuso de autoridade.
I - a descrição articulada da falta atribuída ao servidor;
§ 1º Verifica-se a reincidência quando o servidor cometer nova infração
depois de transitar em julgado a decisão administrativa que o tenha conde- II - os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a tipificação legal;
nado por infração anterior.
III - a designação cautelar de defensor dativo para assistir o servidor, se
§ 2º Dá-se o trânsito em julgado administrativo quando a decisão não com- necessário, na audiência concentrada de instrução;
portar mais recursos.
IV - a designação de data, hora e local para interrogatório, ao qual deverá o
Art. 236. Em caso de reincidência, as faltas graves serão puníveis com servidor comparecer, sob pena de revelia;
repreensão e as gravíssimas com suspensão.
V - a ciência ao servidor de que poderá comparecer à audiência acompa-
Parágrafo Único - As punições canceladas ou anuladas não serão conside- nhada de defensor de sua livre escolha, regularmente constituído;
radas para fins de reincidência.
VI - a intimação para que o servidor apresente, na audiência concentrada de
Art. 237. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercí- instrução, toda prova documental que possuir, bem como suas testemunhas
cio irregular de suas atribuições, sendo responsável por todos os prejuízos de defesa, que não poderão exceder a 04 (quatro);
que, nessa qualidade, causar à Fazenda Municipal, por dolo ou culpa,
devidamente apurados. VII - a notificação de que, na mesma audiência, serão produzidas as provas
da Comissão Processante, devidamente especificadas;
Parágrafo Único - As cominações civis, penais e disciplinares poderão
cumular-se, sendo independentes entre si, assim como a instância civil, VIII - os nomes completos e registros funcionais dos membros da Comissão
penal e administrativa. Processante.

Art. 238. Na ocorrência de mais de uma infração, sem conexão entre si, Parágrafo Único - No caso comprovado de não ter o servidor tomado ciência
serão aplicadas as sanções correspondentes isoladamente. do inteiro teor do termo de instauração e intimação, ser-lhe-á facultado
apresentar suas testemunhas de defesa no prazo determinado pela Presi-
Do Cumprimento das Sanções Disciplinares dência, sob pena de decadência.

Art. 239. A autoridade responsável pela execução da sanção imposta a Art. 244. Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa para apresentação
subordinado que esteja a serviço ou à disposição de outra unidade fará a de razões finais, no prazo de 05 (cinco) dias.

Legislação municipal 79 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Art. 245. Após a defesa, a Comissão Processante elaborará relatório con- I - a decisão for manifestamente contrária a dispositivo legal ou à evidência
clusivo, encaminhando-se o processo para decisão da autoridade adminis- dos autos;
trativa competente.
II - a decisão se fundamentar em depoimentos, exames periciais, vistorias
Art. 246. Se no curso do procedimento disciplinar por faltas consecutivas ou ou documentos comprovadamente falsos ou eivados de erros;
intercaladas ao serviço, for apresentado pelo servidor pedido de exoneração
ou de dispensa, o Presidente da Comissão Processante encaminhará o III - surgirem, após a decisão, provas da inocência do punido.
processo imediatamente à apreciação do titular do órgão municipal de
segurança. Parágrafo Único - Não constitui fundamento para a revisão a simples alega-
ção de injustiça da penalidade.
Art. 247. O titular do órgão municipal de segurança poderá:
Art. 256. A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, será sempre
I - acolher o pedido, considerando justificadas ou injustificadas as faltas; dirigida ao Prefeito, que decidirá quanto ao seu processamento.

II - não acolher o pedido, determinando, nesse caso, o prosseguimento do Art. 257. Estará impedida de funcionar no processo revisional a Comissão
procedimento disciplinar. Processante que participou do processo disciplinar originário.

Dos Recursos e Da Revisão das Decisões em Procedimentos Disciplinares Art. 258. Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de revisão poderá ser
formulado pelo cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau.
Art. 248. Das decisões nos procedimentos disciplinares caberão:
Art. 259. No processo revisional, o ônus da prova incumbirá ao requerente e
I - pedido de reconsideração; sua inércia no feito, por mais de 60 (sessenta) dias, implicará o arquivamen-
to do feito.
II - recurso hierárquico;
Art. 260. Instaurada a revisão, a Comissão Processante deverá intimar o
III - revisão. recorrente a comparecer para interrogatório e indicação das provas que
pretende produzir.
Art. 249. As decisões em grau de recurso e revisão não autorizam a agrava-
ção da punição do recorrente. Parágrafo Único - Se o recorrente for ex-servidor, fica vedada a designação
de defensor dativo pela Procuradoria.
Parágrafo Único - Os recursos de cada espécie previstos no artigo anterior
poderão ser interpostos apenas uma única vez, individualmente, e cingir-se- Art. 261. Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determina-
ão aos fatos, argumentos e provas, cujo ônus incumbirá ao recorrente. rá a redução, o cancelamento ou a anulação da pena.

Art. 250. O prazo para interposição do pedido de reconsideração e do Parágrafo Único - As decisões proferidas em grau de revisão serão sempre
recurso hierárquico é de 15 (quinze) dias, contados da data da publicação motivadas e indicarão, no caso de provimento, as retificações necessárias e
oficial do ato impugnado. as providências quanto ao passado, dispondo sobre os efeitos retroativos à
data do ato ou da decisão impugnada e não autorizam a agravação da pena.
Parágrafo Único - Os recursos serão processados em apartado, devendo o
processo originário segui-los para instrução. Do Cancelamento da Punição

Art. 251. As decisões proferidas em pedido de reconsideração, representa- Art. 262. O cancelamento de sanção disciplinar consiste na eliminação da
ção, recurso hierárquico e revisão serão sempre motivadas e indicarão, no respectiva anotação no prontuário do servidor da Guarda Civil Municipal de
caso de provimento, as retificações necessárias e as providências quanto ao Niterói, sendo concedido de ofício ou mediante requerimento do interessado,
passado, dispondo sobre os efeitos retroativos à data do ato ou decisão quando este completar, sem qualquer punição:
impugnada.
I - 04 (quatro) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de
Do Pedido de Reconsideração suspensão;

Art. 252. O pedido de reconsideração deverá ser dirigido à mesma autorida- II - 02 (dois) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de
de que houver expedido o ato ou proferido a decisão e sobrestará o prazo advertência ou repreensão.
para a interposição de recurso hierárquico.
Art. 263. O cancelamento das anotações no prontuário do infrator e no
Art. 253. Concluída a instrução ou a produção de provas, quando pertinen- banco de dados da Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói
tes, os autos serão encaminhados à autoridade para decisão no prazo de 30 dar-se-á por determinação do Corregedor Geral, em 15 (quinze) dias, a
(trinta) dias. contar da data do seu pedido, registrando-se apenas o número e a data do
ato administrativo que formalizou o cancelamento.
Do Recurso Hierárquico
Art. 264. Concedido o cancelamento, o conceito do servidor da Guarda Civil
Art. 254. O recurso hierárquico deverá ser dirigido à autoridade imediata- Municipal será considerado tecnicamente primário, podendo ser reclassifica-
mente superior àquela que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, em do.
última instância, ao Prefeito.
Da Prescrição
Parágrafo Único - Não constitui fundamento para o recurso a simples alega-
ção de injustiça da decisão, cabendo ao recorrente o ônus da prova de suas Art. 265. Prescreverá:
alegações.
I - em 06 (seis) meses a falta que sujeite à pena de advertência e repreen-
Da Revisão são;

Art. 255. A revisão será recebida e processada mediante requerimento II - em 02 (dois) anos a falta que sujeite à pena de repreensão e suspensão;
quando:

Legislação municipal 80 A Opção Certa Para a Sua Realização


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III - em 05 (cinco) anos, a falta que sujeite à pena de demissão a bem do Art. 277. Esta Lei entra em vigor após a data de sua publicação, revogadas
serviço público, demissão ou dispensa. as disposições em contrário.

Parágrafo Único - A infração também prevista como crime na Lei Penal Prefeitura Municipal de Niterói, 30 de maio de 2011.
prescreverá juntamente com este, aplicando-se ao procedimento disciplinar,
neste caso, os prazos prescricionais estabelecidos no Código Penal ou em Jorge Roberto Silveira
leis especiais que tipifiquem o fato como infração penal, quando superiores a Prefeito
05 (cinco) anos.
4. Plano de Carreira, Cargos e Remuneração dos servidores da
Art. 266. A prescrição começará a correr da data em que a autoridade tomar Guarda Civil Municipal de Niterói (
conhecimento da existência de fato, ato ou conduta que possa ser caracteri-
Lei Municipal n.º 3.076, de 27 de fevereiro de 2014).
zada como infração disciplinar.

Art. 267. Interromperá o curso da prescrição o despacho que determinar a Institui o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração dos servidores da
instauração de procedimento de exercício da pretensão punitiva. Guarda Civil Municipal de Niterói e dá outras providências.
A CÂMARA MUNICIPAL DE NITERÓI decreta e eu sanciono a seguinte
Parágrafo Único - Na hipótese do "caput" deste artigo, todo o prazo começa Lei:
a correr novamente por inteiro da data do ato que a interrompeu. TÍTULO I
DA INSTITUIÇÃO E DA FUNDAMENTAÇÃO
Art. 268. Se, depois de instaurado o procedimento disciplinar houver neces- TÍTULO I
sidade de se aguardar o julgamento na esfera criminal, o feito poderá ser DA INSTITUIÇÃO E DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
sobrestado e suspenso o curso da prescrição até o trânsito em julgado da Art. 1º Fica instituído, na forma desta Lei, o Plano de Cargos, Carreira e
sentença penal. Remuneração dos Servidores da Guarda Civil Municipal de Niterói.
Art. 2º Este Plano atende aos preceitos vigentes nas Constituições Federal,
Das Disposições Finais Estadual e na Lei Orgânica do Município de Niterói.
TÍTULO II
Art. 269. Após o julgamento do Inquérito Administrativo é vedado à autori- DAS FINALIDADES E DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS
dade julgadora avocá-lo para modificar a sanção aplicada ou agravá-la. Art. 3º O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Servidores da
Guarda Civil Municipal de Niterói tem as seguintes finalidades:
Art. 270. Durante a tramitação do procedimento disciplinar, fica vedada aos I – estabelecer padrões e critérios de progressão funcional para todos os
órgãos da Administração Municipal a requisição dos respectivos autos, para guardas civis municipais de Niterói;
consulta ou qualquer outro fim, exceto àqueles que tiverem competência II- estabelecer padrões e critérios para os cargos de chefia gratificados; e
legal para tanto. III- regulamentar as gratificações e os adicionais que fazem parte da remu-
neração dos guardas civis municipais.
Art. 271. Os procedimentos disciplinados nesta Lei, terão sempre tramitação Art. 4º São princípios do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos
em autos próprios, sendo vedada sua instauração ou processamento em Servidores da Guarda Civil Municipal de Niterói:
expedientes que cuidem de assuntos diversos da infração a ser apurada ou I – aperfeiçoamento profissional continuado;
punida.
II – valorização da qualificação profissional dos guardas civis municipais;
§ 1º Os processos acompanhantes ou requisitados para subsidiar a instru- III – garantia de apoio técnico e financeiro que visem melhorar as condições
ção de procedimentos disciplinares serão devolvidos à unidade competente de trabalho dos profissionais de segurança e diminuir a incidência de doen-
para prosseguimento, assim que extraídos os elementos necessários, por ças profissionais;
determinação do Presidente da Comissão Processante. IV – integração do desenvolvimento profissional de seus servidores ao
desenvolvimento da segurança no município; e
§ 2º Quando o conteúdo do acompanhante for essencial para a formação de V – progressão salarial na carreira baseada na experiência, atualização,
opinião e julgamento do procedimento disciplinar, os autos somente serão aperfeiçoamento profissional e na valorização do tempo de serviço presta-
devolvidos à unidade após a decisão final. do pelo servidor público municipal.
TÍTULO III
Art. 272. O pedido de vista de autos em tramitação, por quem não seja parte DO INGRESSO E DA ESTRUTURA DA CARREIRA
ou defensor, dependerá de requerimento por escrito e será cabível para a CAPÍTULO I
defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal. DOS CONCEITOS BÁSICOS
Art. 5º Para efeito desta Lei adotam-se as seguintes definições:
Parágrafo Único - Poderá ser vedada a vista dos autos até a publicação da I – GUARDA CIVIL MUNICIPAL (GCM) – servidor investido no cargo que
decisão final, inclusive para as partes e seus defensores, quando o processo exerce atividades de planejamento, coordenação, execução, controle,
se encontrar relatado. orientação e fiscalização inerentes à política de prevenção da violência no
Município, objetivando a proteção da população e dos próprios municipais;
Art. 273. Fica atribuída ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de II – CARREIRA – agrupamento de classes e referências, para acesso
Niterói competência para apreciar e decidir os pedidos de certidões e forne- privativo dos titulares do cargo de Guarda Civil Municipal, considerando a
cimento de cópias reprográficas, referentes a processos administrativos que antiguidade, aperfeiçoamento profissional continuado e o merecimento do
estejam em andamento na Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de servidor;
Niterói. III – CARGO PÚBLICO – posição instituída na organização do serviço
público, com denominação própria, atribuição e responsabilidades específi-
Art. 274. O Diretor da Guarda Civil Municipal, sem qualquer alteração na cas, e estipêndio correspondente, para ser provido e exercido por um
forma de provimento do cargo ou respectiva remuneração, será doravante titular;
denominado Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói. IV – CLASSE – agrupamento de funções de natureza similar e variável grau
de responsabilidade para o seu exercício, a depender do enquadramento
Art. 275. Os casos omissos e as alterações do presente Estatuto serão do servidor;
resolvidos pelo Chefe do Executivo Municipal. V – REFERÊNCIA – posição distinta na faixa de remuneração ocupada
pelos respectivos titulares do cargo na tabela de vencimentos;
Art. 276. As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta das dota- VI – CRESCIMENTO HORIZONTAL - mobilidade do servidor de uma
ções orçamentárias próprias. referência para outra, hierarquicamente superior, dentro do mesmo nível,
observados os requisitos de tempo de serviço;

Legislação municipal 81 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
d) Classe C - Referência II: se refere ao 7° (sétimo) e 8° (oitavo) ano.
VII – CRESCIMENTO VERTICAL – passagem de uma classe para outra, e) Classe C - Referência I: se refere ao 9° (nono) e 10° (décimo) ano.
mediante procedimentos específicos constantes desta Lei; II – Na classe B:
VIII – VENCIMENTO – retribuição pecuniária devida pelo exercício de cargo a) Classe B - Referência V: se refere ao 11° (décimo primeiro) e 12° (déci-
público, com valor fixado em lei; mo segundo) ano.
IX - REMUNERAÇÃO - vencimento do cargo efetivo acrescido das vanta- b) Classe B - Referência IV: se refere ao 13° (décimo terceiro) e 14° (déci-
gens pecuniárias, gratificações e auxílios permanentes e/ou temporários mo quarto) ano.
estabelecidas em lei; c) Classe B - Referência III: se refere ao 15° (décimo quinto) e 16° (décimo
X – PROVENTO – retribuição pecuniária devida aos servidores aposenta- sexto) ano.
dos; d) Classe B - Referência II: se refere ao 17° (décimo sétimo) e 18° (décimo
XI – ENQUADRAMENTO - posicionamento do servidor no Quadro de oitavo) ano.
Pessoal de acordo com critérios estabelecidos pelo Plano de Cargos, e) Classe B - Referência I: se refere ao 19° (décimo nono) e 20° (vigésimo)
Carreira e Remuneração dos Servidores da Guarda Civil Municipal; ano.
XII – ADMISSÃO - forma de nomeação do servidor estabelecida pela III- Na classe A:
legislação vigente; e a) Classe A - Referência V: se refere ao 21° (vigésimo primeiro) e 22°
XIII – GRATIFICAÇÃO POR FUNÇÃO - vantagem pecuniária concedida ao (vigésimo segundo) ano.
servidor designado para o exercício de função de chefia e assessoramento. b) Classe A - Referência IV: se refere ao 23° (vigésimo terceiro) e 24°
CAPÍTULO II (vigésimo quarto) ano.
DO INGRESSO E DA ESTABILIDADE c) Classe A - Referência III: se refere ao 25° (vigésimo quinto) e 26° (vigé-
Art. 6° O ingresso no quadro permanente da Guarda Civil Municipal dar-se simo sexto) ano.
obrigatoriamente por meio de concurso público. d) Classe A - Referência II: se refere ao 27° (vigésimo sétimo) e 28° (vigé-
Parágrafo Único. O ingresso na carreira de Guarda Civil Municipal dar-se-á simo oitavo) ano.
obrigatoriamente na Classe C e Referência V. e) Classe A - Referência I: se refere ao 29° (vigésimo nono) e 30° (trigési-
Art. 7° São estáveis, após o período probatório de 03 (três) anos de efetivo mo) ano.
serviço na Guarda Civil Municipal de Niterói, os servidores nomeados para Parágrafo Único – Ficará impedido de ascender automaticamente, enquan-
cargo em virtude de concurso público, conforme disposições do Estatuto da to perdurar a situação geradora do impedimento, o servidor submetido a
Guarda Civil Municipal de Niterói. uma ou mais das seguintes hipóteses:
Parágrafo Único. Como condição para aquisição da estabilidade é obrigató- I – preso provisoriamente;
ria a aprovação do servidor em processo de avaliação que examinará o seu II – submetido à medida cautelar diversa da prisão;
desempenho durante o período probatório, sob a coordenação de comissão III – condenado a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos, en-
de avaliação designada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública. quanto perdurar seu cumprimento;
Art. 8° A escolaridade compatível com o ingresso no cargo de Guarda Civil IV – classificado no comportamento insuficiente;
Municipal é a de ensino médio completo. V – suspenso preventivamente; e
CAPÍTULO III VI – indicado à demissão ou demissão a bem da disciplina, até decisão final
da autoridade competente.
DA ESTRUTURA DA CARREIRA Seção II
Art. 9° A carreira da Guarda Civil Municipal é constituída pelo cargo único Do Crescimento Vertical
de Guarda Civil Municipal. Art. 15 O crescimento vertical consiste na passagem automática de uma
Art. 10 A progressão funcional do servidor será baseada no tempo de Classe para a imediatamente superior, de acordo com os critérios abaixo:
serviço efetivamente exercido na Guarda Civil Municipal de Niterói. I – Da Classe C para Classe B - Os servidores ativos, ocupantes do cargo
Art. 11 A majoração de vencimentos oriunda da progressão funcional por de Guarda Civil Municipais, com 10 anos de efetivo exercício.
tempo de serviço dar-se-á com o percentual de 5% (cinco por cento) entre II – Da Classe B para Classe A - Os servidores ativos, ocupantes do cargo
as referências e de 7,5 % (sete e meio por cento) entre as classes. de Guarda Civil Municipais, com 20 (vinte) anos de efetivo exercício.
Art. 12 As classes e referências serão constituídas da seguinte forma, Parágrafo Único – Ficará impedido de ascender automaticamente, enquan-
obedecida a seguinte ascendência hierárquica: to perdurar a situação geradora do impedimento, o servidor submetido a
Classes Referências uma ou mais das seguintes hipóteses:
C V IV III II I I – preso provisoriamente;
B V IV III II I II – submetido à medida cautelar diversa da prisão;
A V IV III II I III – condenado a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos, en-
quanto perdurar seu cumprimento;
Art. 13. A definição do grau de complexidade das atribuições e do nível de IV – classificado no comportamento insuficiente;
responsabilidade nas classes obedecerá aos seguintes parâmetros: V – suspenso preventivamente; e
I – Classe C – Os guardas civis municipais enquadrados nesta classe VI – indicado à demissão ou demissão a bem da disciplina, até decisão final
estarão aptos, mediante curso de formação, a exercer a função de guarda da autoridade competente.
civil municipal. Seção III
II – Classe B – Os guardas municipais enquadrados nesta classe estarão Dos Cursos de Aprimoramento Profissional
aptos a exercer a função de guarda civil municipal e, mediante aprovação Art. 16 Os guardas civis municipais aprovados no concurso público serão
em curso de qualificação I, de Coordenador e de Subinspetor. submetidos a Curso de Formação elaborado com base em matriz curricular
III – Classe A – Os guardas municipais enquadrados nesta classe estarão nacional oriunda do Ministério da Justiça.
aptos a exercer as funções de guarda civil municipal, de Coordenador, de Art. 17 Os guardas civis municipais que ascenderam à classe B realizarão o
Subinspetor e, mediante aprovação em curso de qualificação II, de Inspe- Curso de Qualificação I, que os possibilitará concorrer aos cargos de Coor-
tor, de Inspetor Secretário e de Inspetor Geral. denador e de Subinspetor.
Seção I Art. 18 Os guardas municipais que ascenderam à classe A realizarão o
Do Crescimento Horizontal Curso de Qualificação II, que os possibilitará concorrer aos cargos de
Art. 14 O crescimento horizontal consiste na passagem automática de uma Inspetor, de Inspetor Secretário e de Inspetor Geral.
Referência a outra imediatamente superior, de acordo com o tempo de CAPÌTULO IV
serviço, dentro dos seguintes critérios: DO CARGO DE GUARDA CIVIL MUNICIPAL
I - Na classe C: Art. 19 São atribuições dos integrantes da Guarda Civil Municipal de Niterói:
Classe C - Referência V: se refere aos 3 (três) primeiros anos (período I - defender e preservar os bens que compõem o patrimônio público munici-
probatório). pal;
b) Classe C - Referência IV: se refere ao 4° (quarto) ano. II - manter a segurança e a integridade dos logradouros, prédios, praças e
c) Classe C - Referência III: se refere ao 5° (quinto) e 6° (sexto) ano. parques públicos municipais;

Legislação municipal 82 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
III - desenvolver ações de preservação de segurança urbana no município III – Cargo de Inspetor Secretário, 90 % sobre seu vencimento.
de Niterói; IV - Cargo de Inspetor, 80% sobre seu vencimento.
IV - desenvolver ações de preservação de segurança de patrimônios artísti- V - Cargo de Subinspetor, 60% sobre seu vencimento.
co, histórico e cultural do município de Niterói; VI – Cargo de Coordenador, 40% sobre seu vencimento.
V - realizar a segurança pessoal do chefe do Poder Executivo Municipal; § 4º - A nomeação e a exoneração dos ocupantes dos cargos constantes
VI - executar serviços relativos à segurança nas ações públicas de incenti- do caput deste artigo ocorrerão mediante ato do Prefeito, por proposta
vo ao turismo local; fundamentada do titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública.
VII - realizar serviços de ronda e de controle urbano; § 5º – Torna-se incompatível com o exercício dos cargos previstos no caput
VIII - atender prontamente às ordens legais de seus superiores hierárquicos deste artigo, enquanto perdurar a situação geradora, a submissão de
e funcionais; servidor a uma ou mais das seguintes hipóteses:
IX - prestar auxílio na preservação ou restabelecimento da ordem pública; I – preso provisoriamente;
X - desenvolver ações conjuntas, delegadas ou conveniadas, de fiscaliza- II – submetido à medida cautelar diversa da prisão;
ção urbana, ambiental e outras relacionadas ao cumprimento de disposi- III – condenado a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos, en-
ções legais vigentes; quanto perdurar seu cumprimento;
XI - confeccionar o relato administrativo previsto no art. 69 da Lei n.º IV – classificado no comportamento insuficiente;
9.099/95; e V – suspenso preventivamente; e
XII – fiscalizar, coordenar, organizar e orientar o trânsito de veículos e de VI – indicado à demissão ou demissão a bem da disciplina, até decisão final
pedestres no Município de Niterói. da autoridade competente.
CAPITULO V § 6º - Aos Guardas Civis Municipais que ocuparem, ainda que alternada-
DOS CARGOS GRATIFICADOS mente, desde que de forma ininterrupta, um ou mais cargos constantes dos
Art. 20 Ficam criados na estrutura da Guarda Civil Municipal os cargos de incisos III, IV e V deste artigo por 10 (dez) anos ou mais será garantida a
Inspetor-Geral, Corregedor, Inspetor Secretário, Inspetor, Subinspetor e percepção da gratificação alusiva ao cargo de menor hierarquia ocupado
Coordenador. em tal período.
§ 1º - Os cargos constantes no caput deste artigo obedecerão à seguinte § 7º - Ao ocupante do cargo de Corregedor, quando exonerado com moti-
proporção: vação distinta da descrita no § 5º deste artigo, será garantida destinação
I – Inspetor-Geral: cargo único; em posto de serviço selecionado pelo titular da Secretaria Municipal de
II – Corregedor: cargo único; Ordem Pública dentre 03 (três) opções ofertadas pelo mesmo e pelo perío-
III – Inspetor Secretário: cargo único; do mínimo de 06 (seis) meses, salvo opção diversa por parte do interessa-
IV – Inspetor: 01 (um) Inspetor para cada grupo de 100 (cem) Guardas do.
Civis Municipais; Art. 21 Cabe ao Inspetor Geral
V – Subinspetor: 01 (um) Subinspetor para cada grupo de 50 (cinquenta) I - defender e preservar os bens que compõem o patrimônio público munici-
Guardas Civis Municipais; e pal;
VI – Coordenador: 01 (um) Coordenador para cada grupo de 25 (vinte e II - desenvolver ações de preservação de segurança urbana no âmbito do
cinco) Guardas Civis Municipais. município de Niterói;
§ 2º - Para nomeação nos cargos constantes do caput deste artigo deverão III - desenvolver e ordenar ações de preservação de segurança de patrimô-
ser observados os seguintes requisitos: nios artístico, histórico, cultural e ambiental do município de Niterói;
I – Nos cargos de Inspetor Geral e de Inspetor Secretário IV - supervisionar os guardas municipais, os coordenadores, os subinspeto-
a) O Guarda Civil Municipal deverá estar enquadrado na Classe A; res e os inspetores;
b) Deverá ser possuidor de Curso de Qualificação II; V – chefiar grupos de guardas municipais, coordenadores, subinspetores
c) Deverá ter mais de 20 (vinte) anos de efetivo serviço na Guarda Civil e/ou inspetores;
Municipal de Niterói; VI – determinar a organização de formaturas;
d) Deverá estar ocupando o cargo de Inspetor ou superior; e VII - elaborar, coordenar e planejar planos nos postos de serviço;
e) Não poderá estar respondendo a inquérito administrativo. VIII - convocar seus subordinados para reuniões, eventos e operações,
II – No cargo de Corregedor sempre que necessário;
IX - orientar e apoiar seus subordinados na execução de suas missões;
a) Ser Guarda Civil Municipal; X - prestar auxílio na preservação ou restabelecimento da ordem pública;
b) Ser preferencialmente bacharel em direito; e XI - prestar socorro em época de calamidade pública e em situação de
c) Não estar respondendo a inquérito administrativo. emergência;
III – No cargo de Inspetor: XII – determinar e fiscalizar a feitura de escala geral de serviço;
a) O Guarda Civil Municipal deverá estar enquadrado na Classe A; XIII - fazer levantamento do serviço de ronda e de controle urbano;
b) Deverá ser possuidor de Curso de Qualificação II; e XIV - coordenar esquema de rondas nos postos de serviço;
c) Deverá ter mais de 15 (quinze) anos de efetivo serviço na Guarda Civil XV - distribuir tarefas para seus subordinados;
Municipal de Niterói; XVI - chefiar e/ou delegar aos subordinados a chefia das patrulhas de
d) Deverá estar ocupando o cargo de Subinspetor ou superior; e guardas municipais para serviços de rotina;
e) Não poderá estar respondendo a inquérito administrativo. XVII - organizar e manter sempre atualizado prontuário completo de todo o
IV - No cargo de Subinspetor: pessoal da Guarda Civil Municipal;
a) O Guarda Civil Municipal deverá estar enquadrado na Classe B; XVIII - participar à autoridade a que estiver diretamente subordinado as
b) Deverá ser possuidor de Curso de Qualificação I; e ocorrências havidas cujas providências escapem às suas atribuições, assim
c) Deverá ter mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço na Guarda Civil como as que por sua importância convenha levar ao seu conhecimento;
Municipal de Niterói; XIX - prestar homenagem aos subordinados mortos no cumprimento do
d) Deverá estar ocupando o cargo de Coordenador ou superior; e dever, publicando no Boletim Interno referências especiais que enalteçam
e) Não poderá estar respondendo a inquérito administrativo. suas virtudes cívicas e funcionais;
V - No cargo de Coordenador: XX – enaltecer os atos meritórios dos seus subordinados que possam servir
a) O Guarda Civil Municipal deverá estar enquadrado na Classe B; de exemplo;
b) Deverá ser possuidor de Curso de Qualificação I; e XXI - prestar informações e dar pareceres sobre assuntos sob sua conside-
c) Deverá ter mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço na Guarda Civil ração;
Municipal de Niterói; e XXII - estudar e sugerir ao titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública
d) Não poderá estar respondendo a inquérito administrativo. os meios necessários à melhor eficiência na execução dos serviços relacio-
§ 3º As Gratificações devidas aos Guardas Civis Municipais nomeados para nados aos seus subordinados;
os cargos constantes do caput deste artigo terão as seguintes valores: XXIII - fazer reuniões periódicas com os seus subordinados a fim de discutir
I – Cargos de Inspetor Geral, 100% sobre seu vencimento. assuntos do interesse;
II – Cargo de Corregedor, 95 % sobre seu vencimento.

Legislação municipal 83 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
XXIV - autorizar a movimentação de pessoal, bem como adotar providên- XIV - desenvolver outras atividades correlatas à segurança pública.
cias disciplinares relacionadas às faltas de seus subordinados; Art. 25 Cabe ao Subinspetor:
XXV - organizar a escala de férias de seus subordinados; I - defender e preservar os bens que compõem o patrimônio público munici-
XXVI - fornecer certidões e atestados referentes aos assuntos de sua pal;
competência; II - desenvolver ações de preservação de segurança urbana no âmbito do
XXVII – manter o controle estatístico dos resultados da atuação da Guarda município de Niterói;
Civil Municipal; III - desenvolver e ordenar ações de preservação de segurança de patrimô-
XVIII – adotar medidas disciplinares alusivas à apuração de irregularidades nios artístico, histórico, cultural e ambiental do município de Niterói;
atribuídas aos integrantes da Guarda Civil Municipal. IV - supervisionar os guardas e coordenadores;
XIX - exercer atribuições disciplinares da sua esfera de competência; V - comandar grupos organizados de guardas municipais ou coordenado-
XXX - delegar competência a inspetores ou subinspetores para assinar res;
expedientes de rotina; VI - solicitar, junto à Inspetor Geral, a organização de formaturas;
XXXI - mandar incluir na carga da Guarda Civil Municipal tudo o que tenha VII - elaborar, coordenar e planejar planos nos postos de serviço
sido fornecido pelas repartições competentes com exceção do material de VIII - orientar seus subordinados na execução de suas missões;
aplicação e dos artigos de consumo imediato. IX - prestar auxílio na manutenção ou restabelecimento da ordem pública;
Art. 22 Cabe ao Corregedor: X - prestar socorro em época de calamidade pública e em situação de
I - apurar as infrações disciplinares atribuídas aos integrantes da Guarda emergência;
Civil Municipal de Niterói; XI - fazer levantamento do serviço de ronda;
II - realizar correições ordinárias ou extraordinárias em quaisquer unidades XII - distribuir tarefas para seus subordinados;
da Guarda Civil Municipal de Niterói; XIII - chefiar e/ou delegar aos subordinados o comando das patrulhas de
III - apreciar as representações que lhe forem dirigidas relativamente à guardas municipais para serviços de rotina; e
atuação irregular de servidores da Guarda Civil Municipal de Niterói; XIV - atuar como inspetor responsável pelo plantão da guarnição de dia,
IV - promover investigações sobre o comportamento ético, social e funcio- quando necessário; e
nal dos candidatos a cargos na Guarda Civil Municipal de Niterói, bem XV - desenvolver outras atividades correlatas à segurança.
como dos ocupantes desses cargos em estágio probatório e dos indicados Art. 26 Cabe ao Coordenador:
para o exercício de cargos de chefia e assessoramento; I - defender e preservar os bens que compõem o patrimônio público munici-
V – reportar ao Poder Judiciário ou ao Ministério Público indícios de materi- pal;
alidade e/ou autoria de prática de infrações penais exsurgidas em peças de II - manter a segurança e a integridade dos logradouros, prédios, praças e
informação produzidas no âmbito da Guarda Civil Municipal; e parques públicos municipais;
VI – reportar infrações disciplinares praticadas por servidores não integran- III - desenvolver ações de preservação de segurança urbana no âmbito do
tes da Guarda Civil Municipal de que tenha conhecimento às autoridades município de Niterói;
administrativas competentes. IV - desenvolver ações de preservação de segurança de patrimônios artísti-
Art. 23 Cabe ao Inspetor Secretário secundar o Inspetor Geral no exercício co, histórico, cultural e ambiental do município de Niterói;
de suas atribuições, respondendo eventualmente pela Inspetoria Geral V - realizar a segurança pessoal do chefe do Poder Executivo Municipal;
durante os afastamentos do titular. VI - executar serviço relativo à segurança nas promoções públicas de
Art. 24 Cabe ao Inspetor: incentivo ao turismo local;
I - defender e preservar os bens que compõem o patrimônio público munici- VII - proceder a serviços de ronda, de acordo com o comando operacional,
pal; com exceção de monitoramento em postos de trabalho;
II - desenvolver ações de preservação de segurança urbana no âmbito do VIII - atender prontamente as convocações de seus superiores hierárqui-
município de Niterói; cos;
III - desenvolver e ordenar ações de preservação de segurança de patrimô- IX - prestar socorro em época de calamidade pública e em situação de
nios artístico, histórico, cultural e ambiental do município de Niterói; emergência;
IV - supervisionar os guardas municipais, coordenadores e subinspetores; X - prestar auxílio na manutenção ou restabelecimento da ordem pública;
V - comandar grupos organizados de guardas municipais e/ou subinspeto- XI - desenvolver outras atividades correlatas à segurança;
res; XII- supervisionar os guardas; e
VI - elaborar, coordenar e planejar planos nos postos de serviço; XIII - orientar os guardas na execução de suas missões.
VII - orientar seus subordinados na execução de suas missões; TÍTULO IV
VII - prestar auxílio na preservação ou restabelecimento da ordem pública; DA REMUNERAÇÃO, DO VENCIMENTO E DAS VANTAGENS
VIII - prestar socorro em época de calamidade pública e em situação de Art. 27 A remuneração do cargo de Guarda Civil Municipal é a resultante do
emergência; somatório do vencimento constante da tabela a que se refere o Anexo
IX - fazer levantamento do serviço de ronda; desta Lei, de acordo com a classe e referência de cada membro, com
X - coordenar esquema de rondas nos postos de serviço; gratificações e vantagens previstas na legislação vigente.
Art. 28 Além do vencimento, serão deferidas aos servidores as seguintes
XI - chefiar e/ou delegar aos subordinados a chefia de patrulhas de guardas gratificações, adicionais e auxílios, sem prejuízo de outras previstas em
municipais para serviços de rotina; diplomas legais distintos:
XII - atuar como inspetor responsável pelo plantão da guarnição de dia, I – gratificação pelo exercício de cargo de confiança;
quando necessário; II – gratificação natalina;
XIII - participar à autoridade a que estiver diretamente subordinados as III – adicional de Risco de Vida;
ocorrências havidas, cujas providências escapem às suas atribuições assim IV – adicional de férias;
como as que por sua importância, convenha levar ao seu conhecimento V- gratificação por Regime Especial de Trabalho (RET);
embora sobre elas tenha providenciado; VI - adicional por formação continuada;
XIV - apreciar, perante a Guarda, os atos meritórios dos seus subordina- VII - gratificação por exercer função de Motorista, condução de solípede ou
dos, que possam servir de exemplo; cão;
XV - prestar informações e dar pareceres sobre assuntos que tenham sido VIII – auxílio-alimentação;
submetidos pelo chefe imediato à sua consideração; IX – auxílio-transporte; e
XVI - estudar e sugerir ao Inspetor Geral os meios necessários à melhor X – quinquênio.
eficiência na execução dos serviços diretamente ligados ao seu Setor; CAPÍTULO I
XVII - autorizar a movimentação do pessoal do Setor, bem como subordinar DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA
faltas e atrasos, nos termos da legislação municipal providenciando a Art. 29 Gratificação pelo exercício de função de confiança é a vantagem
imediata comunicação ao Inspetor Geral; destinada aos ocupantes dos cargos enumerados no § 3º do Art. 20 desta
XVIII - submeter à apreciação das autoridades imediatamente superiores os lei.
casos que a seu juízo mereçam punição; e

Legislação municipal 84 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Parágrafo Único. Não perderá direito à gratificação o servidor que se au- § 2º - O adicional de gratificação continuada é de caráter permanente e
sentar do serviço em virtude de férias, luto, núpcias, licença maternida- integra o elenco de vantagens de natureza do cargo, sendo percebido
de/paternidade e licença médica deferida por Junta Oficial. inclusive na aposentadoria.
CAPÍTULO II CAPÍTULO VII
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA GRATIFICAÇÃO POR FUNÇÃO DE MOTORISTA, CONDUTOR
Art. 30 A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remu- DE SOLÍPEDE OU CÃO
neração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercí- Art. 38 O Guarda Civil Municipal que possuir carteira de habilitação e que
cio no respectivo ano. for escalado como motorista na integralidade dos serviços mensais ordiná-
Parágrafo Único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será conside- rios a que concorrer fará jus à Gratificação de 10% (dez por cento) sobre
rada como mês integral. seu vencimento.
Art. 31 O servidor exonerado receberá sua gratificação natalina, proporcio- § 1º - Fará jus à idêntica gratificação o Guarda Civil Municipal escalado em
nalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês idênticas circunstâncias previstas no caput deste artigo na montaria de
da exoneração. solípedes ou na condução de cães.
Art. 32 A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qual- § 2º - O Guarda Civil Municipal que faltar ao serviço perderá o direito à
quer vantagem pecuniária. gratificação de que trata o caput deste artigo durante o mês em que se
CAPÍTULO III verificar a falta não justificada.
DA GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE VIDA § 3º - A gratificação prevista neste artigo não poderá ser percebida por
Art. 33 Em razão das atividades específicas da carreira de Guarda Civil Guardas Civis Municipais nomeados para os cargos previstos no caput do
Municipal incidirá sobre o vencimento dos cargos efetivos integrantes do art. 20.
quadro de pessoal permanente da Guarda Civil Municipal a gratificação de CAPÍTULO VIII
Risco de Vida no percentual de 100% (cem por cento) do vencimento. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO
§ 1º - Para efeito desta lei a gratificação de risco de vida é de caráter per- Art. 39 Será concedido auxílio-alimentação a todos os servidores ativos da
manente, devida a servidores ativos e aposentados. Guarda Civil Municipal em valor idêntico ao concedido aos demais servido-
CAPÍTULO IV res públicos municipais.
DO ADICIONAL DE FÉRIAS § 1º O auxílio-alimentação será concedido mensalmente, por antecipação.
Art. 34 Independentemente de solicitação, será pago ao servidor da carreira § 2º O pagamento de auxílio-alimentação será suspenso quando do gozo
de Guarda Civil Municipal, por ocasião das férias, adicional correspondente de férias, licença médica, licença prêmio ou licença sem vencimentos.
a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias. § 3º O valor correspondente ao auxílio-alimentação é o mesmo concedido
§ 1º - No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assesso- aos demais funcionários públicos municipais.
ramento, ou ocupar cargo em comissão ou gratificação, a respectiva vanta- CAPÍTULO IX
gem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo. AUXÍLIO-TRANSPORTE
§ 2º - Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) Art. 40 Será concedido auxílio-transporte a todos os servidores ativos da
meses de efetivo exercício. Guarda Civil Municipal.
§ 3º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta não justificada ao § 1º O auxílio-transporte será concedido mensalmente, por antecipação.
serviço. § 2º O pagamento de auxílio-transporte será suspenso quando do gozo de
§ 4º - Durante as férias o servidor da carreira de Guarda Civil Municipal terá férias, licença médica, licença prêmio ou licença sem vencimentos.
direito ao vencimento e a todas as vantagens do cargo, inclusive as de § 3º O valor correspondente ao auxílio-transporte é o mesmo concedido
caráter transitório, exceto no que concerne às gratificações mencionadas aos demais funcionários públicos municipais.
nos incisos VII e VIII do art. 28 desta Lei. CAPÍTULO X
§ 5º - O servidor da carreira de Guarda Civil Municipal exonerado, falecido QUINQUÊNIO
ou aposentado do cargo efetivo ou em comissão perceberá indenização Art. 41 Será concedido Quinquênio aos servidores da Guarda Civil Munici-
relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na propor- pal, correspondendo cada um ao percentual de 5 % do respectivo venci-
ção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício, ou fração igual ou mento.
superior a quinze dias, calculados com base na remuneração do mês em TÍTULO V
que for publicado o respectivo ato. DA APOSENTADORIA
Art. 35 As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calami- Art. 42 O servidor será aposentado:
dade pública, grave perturbação da ordem pública, comoção interna, impe- I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando a invali-
riosa necessidade do serviço, convocação para júri, serviço militar ou dez dor decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença
eleitoral. grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei;
Parágrafo Único – No caso de interrupção do gozo de férias declarada pela II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos propor-
autoridade máxima da Secretaria Municipal de Ordem Pública ou da Guar- cionais ao tempo de serviço;
da Civil Municipal, o servidor voltará a gozar as férias quando cessar a III - voluntariamente:
convocação. Os integrantes da Guarda Civil Municipal de Niterói serão aposentados, de
CAPÍTULO V forma voluntária, nos termos do art. 40, § 4º, II e III, da Constituição da
DA GRATIFICAÇÃO POR REGIME ESPECIAL DE TRABALHO (RET) República, sem limite de idade, com paridade e integralidade do último
Art. 36 O Guarda Civil Municipal fará jus a uma Gratificação de 35% (trinta salário que receber, desde que comprovem 30 (trinta) anos de contribuição,
e cinco por cento), a qual incidirá sobre o vencimento acrescido da Gratifi- contando pelo menos 20 (vinte) anos de efetivo exercício em cargo da
cação de Risco de Vida. carreira de Guarda Civil Municipal.
Parágrafo único Para efeito desta lei a gratificação de regime especial de b) Os proventos da aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na
trabalho é de caráter permanente e integra o elenco de vantagens de mesma data sempre que se modificar a remuneração dos servidores em
natureza do cargo, sendo percebida inclusive na aposentadoria. atividade, também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vanta-
CAPÍTULO VI gens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive
ADICIONAL POR FORMAÇÃO CONTINUADA quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou
Art. 37 O Guarda Civil Municipal que possuir ou vier a adquirir nível de função em que se deu a aposentadoria.
escolaridade superior fará jus a uma Gratificação de até 20% (vinte por Art. 43 Na aposentadoria o servidor que computar 30 (trinta) anos ou mais
cento) sobre seu vencimento. de efetivo exercício em cargo da carreira de Guarda Civil Municipal será
§ 1º - O adicional de gratificação continuada terá percentual correspondente elevado uma referência acima da sua posição na tabela, inclusive passan-
ao grau de formação acadêmica, com base nos seguintes parâmetros: do para classe posterior, caso exista.
I- Graduação ou especialização lato sensu – 10 % (dez por cento); TÍTULO VI
II – Especialização stricto sensu (mestrado) – 17 % (dezessete por cento); DO ENQUADRAMENTO
III Especialização stricto sensu (doutorado) – 20 % (vinte por cento). Art. 44 Para o processo de enquadramento atual da Guarda Civil Municipal
de Niterói, serão observados os seguintes critérios:

Legislação municipal 85 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
I – Os guardas municipais serão enquadrados na Classe e na Referência Ordem Pública com vistas a atender a preservação da segurança e da
equivalentes ao seu tempo de serviço na Guarda Civil Municipal de Niterói, ordem pública, em
conforme escalonamento previsto no Art. 14; especial, para reforçar o contingente de servidores do Quadro dos Profis-
II – Para efeito de enquadramento à luz do presente Plano de Cargos, sionais da
Carreira e Remuneração, os servidores ativos e aposentados ocupantes de Guarda Civil Municipal de Niterói nas ruas e logradouros públicos munici-
cargo nas Classes A, B e C previstas na Lei n.º 2.282, de 28 de dezembro pais.
de 2005 serão enquadrados, respectivamente, nas Classes C, B e A. Art. 3º - A adesão ao Regime Adicional de Serviço (RAS) do PROGRAMA
III – Os Guardas Civis Municipais atualmente enquadrados em Classes NITERÓI MAIS SEGURA será voluntária e, para ter deferida sua inscrição,
incompatíveis com os requisitos temporais constantes do art. 14 desta lei o servidor
permanecerão nas Classes atuais e em sua menor referência até que do Quadro do Profissional da Guarda Civil Municipal de Niterói deverá
sejam supridos os requisitos temporais previstos no referido artigo. atender, no
TÍTULO VII mínimo, aos seguintes requisitos:
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS I - ter sido submetido e julgado apto pela inspeção médica feita pelo órgão
Art. 45 As regras estabelecidas no § 2º do art. 20 desta Lei para nomeação municipal competente, física e mentalmente, conforme as normas em vigor
de ocupantes dos cargos de Inspetor Geral, Corregedor, Inspetor e Subins- na
petor somente serão aplicadas a partir da vacância dos mesmos. corporação;
Art. 46 A Administração Pública Municipal disporá do prazo de 36 (trinta e II - estar lotado e em efetivo exercício na Guarda Civil Municipal de Niterói;
seis) meses a contar da vigência desta Lei para realizar os cursos de III – estar avaliado, no mínimo, no status de bom comportamento, de acor-
qualificação previstos nos art. 17 e 18. do
Art. 47 Até que os cursos de qualificação previstos nos art. 17 e 18 desta com o previsto na Lei nº 2838 de 30 de maio de 2011;
Lei sejam realizados, os Guardas Civis Municipais serão considerados IV – prestar declaração de que não mantém outro vínculo empregatício ou
aptos ao exercício de cargos de chefia e assessoramento compatíveis com estatutário, sob as penas da incursão no crime de declaração falsa ou
a Classe possuída. inidônea.
Art. 48 As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão por conta Art. 4º - Será excluído do Regime Adicional de Serviço (RAS) do
das dotações orçamentárias próprias, produzindo efeitos financeiros a partir PROGRAMA NITERÓI MAIS SEGURA o servidor do Quadro Profissional
de 01 de janeiro de 2014. da Guarda
Art. 49 O pagamento dos vencimentos e das vantagens previstas nesta lei Civil Municipal de Niterói que se enquadrar em qualquer das situações
não dependerá de regulamentação. abaixo, a contar
Art. 50 Esta Lei entrará em vigor em 01 de janeiro de 2014, revogadas da entrada em vigor da Lei n° 3.028 de 12 de abril de 2013:
todas as disposições, em especial, a Lei n.º 2.282, de 28 de dezembro de I - estar respondendo a Processo Administrativo Disciplinar (PAD);
2005. II - for punido com aplicação de multa, e enquanto estiver cumprindo pena
§ 1º A percentual integral da gratificação prevista no art. 36 vigorará inte- de suspensão;
gralmente a partir de 1º de janeiro de 2016, sendo escalonado da seguinte III - entrar no gozo de Licença:
forma: a) Para tratamento de Saúde própria ou de Pessoa da Família;
I – 25 % a partir de 1º de janeiro de 2014. b) Para Tratamento de Interesse Particular;
II – 30 % a partir de 1º de janeiro de 2015. c) Gestante ou Aleitamento.
§ 3º A gratificação prevista no art. 38 vigorará a partir de 1º de junho de IV - afastar-se do serviço, por mais de 72 (setenta e duas) horas no período
2014. de 30 (trinta) dias, ou mais de 144 (cento e quarenta e quatro) horas no
Prefeitura Municipal de Niterói, em período de 180
Rodrigo Neves – Prefeito (cento e oitenta) dias, exceto os casos de férias regulamentares ou de gozo
de licença
5. Regime Adicional de Serviço (RAS) para profissionais da especial;
Guarda Civil Municipal de Niterói (Lei Municipal n.º 3.028, de 12 V - faltar ou tiver sido dispensado do serviço, mesmo para o atendimento
de
de abril de 2013) ‘’’’’’’’’’’’’’’’’’’’ necessidades pessoais, desde que o afastamento seja superior a 24 (vinte
e quatro) horas;
LEI MUNICIPAL N 3.028, DE 12/04/2013 - Pub. O Fluminense, de VI - frequentar curso que implique em afastamento da corporação, por
13/04/2013 período superior a 15 (quinze) dias, salvo quando se tratar de curso de
Institui Regime Adicional de Servi o (RAS) para profissionais da Guarda Muni- interesse da
cipal - Programa Niterói Mais Segura. Secretária de Ordem Pública.
Art. 1º - Fica regulamentado no âmbito da Guarda do Município de Niterói o VII - passar a ostentar comportamento inferior a “BOM” de acordo com o
Regime Adicional de Serviço (RAS), para que os servidores do Quadro dos previsto na Lei nº 2838 de 30 de maio de 2011;
Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói, em sistemas de turnos § 1º - Após incurso nas hipóteses previstas nos incisos V, VI e VII o
adicionais com escala diferenciada, sem prejuízo da escala regular de profissional da Guarda Municipal só poderá ser reincluído no Regime
serviço, possam, nos limites das respectivas esferas de competências, Adicional de
atender às necessidades excepcionais determinadas pela Secretária Muni- Serviço (RAS) do PROGRAMA NITERÓI MAIS SEGURA após 03 (três)
cipal de Ordem Pública. meses, se
§1º – A adesão dos servidores do Quadro dos Profissionais da Guarda Civil não incidir nas mesmas hipóteses durante este período.
Municipal de Niterói ao regime de que trata este artigo far-se-á através de § 2º - Os afastamentos para gozo de gala, luto ou ações meritórias que
termo de compromisso a ser firmado no âmbito da Secretária Municipal de resultarem em dispensa do serviço não superior a 10 (dez) dias não impor-
Ordem Pública. tarão na
§2º – As condições especiais de prestação dos serviços em turnos adicio- exclusão ou suspensão do profissional da Guarda Municipal Regime Adi-
nais com escala diferenciada darão ensejo à percepção de gratificação de cional de
encargos especiais (GEE). Art. 5º - A participação e ingresso do servidor do Quadro Profissional da
§3º – A adesão do Servidor ao Regime Adicional de Registro (RAS) não Guarda Municipal no Regime Adicional de Serviço (RAS) do PROGRAMA
anulará outros benefícios salariais da Guarda Municipal, em especial a NITERÓI
gratificação por MAIS SEGURA implicará o cumprimento de turnos adicionais em escala
RET – Regime Especial de Trabalho – criada pela Lei Municipal nº diferenciada,
2933/2012. para seu emprego nas ações mencionadas no art. 2º deste Decreto, sem
Art. 2º - O programa instituído pela Lei n° 3.028 de 12 de abril de 2013 prejuízo do
deverá se constituir de ações específicas, determinadas pelo Secretário cumprimento das escalas de serviço ordinariamente previstas no âmbito da
Municipal de GUARDA

Legislação municipal 86 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
MUNICIPAL. Proíbe a produção e o uso de cerol e de linha chilena no âmbito do
§ 1º - O emprego do servidor do Quadro Profissional da Guarda Municipal Município de Niterói.
no Regime Adicional de Serviço do PROGRAMA NITERÓI MAIS SEGURA A CÂMARA MUNICIPAL DE NITERÓI Decreta e eu sanciono a seguinte
consistirá na realização de turnos adicionais de serviço com duração de no Lei:
mínimo 06 (seis) e de no máximo 12 (doze) horas efetivas de trabalho. Art. 1° Fica proibida a produção, comercialização, guarda, o transporte ou o
§ 2º - O servidor do Quadro Profissional da Guarda Municipal participante uso de cerol e
do Regime Adicional de Serviço (RAS) do PROGRAMA NITERÓI MAIS de linha chilena no Município de Niterói.
SEGURA §1° Entende-se por cerol, o produto originário da mistura de cola de madei-
não poderá realizar mais do que 12 (doze) turnos adicionais a cada 30 ra com vidro
(trinta) dias de moído, comumente utilizado nas linhas de “pipas”, “cafifas”, “papagaios”,
trabalho. “pandorgas” ou
§ 3º - O Guarda Municipal deverá ter um intervalo mínimo de 11 (onze) semelhantes.
horas de repouso antes de retornar ao serviço na escala ordinariamente §2° Entende-se por linha chilena a produzida com composto de quartzo
prevista na moído, óxido de
Secretária Municipal de Ordem Pública, ressalvadas as convocações alumínio e cola de madeira.
excepcionais Art 2° Ao infrator, do disposto no artigo anterior, serão impostas as seguin-
promovidas pelo Secretário, segundo a necessidade de manutenção da tes penalidades,
segurança observando-se os critérios:
pública no Município. I – se estabelecimento comercial:
Art. 6º - A gratificação de encargos especiais (GEE) será paga de acordo a) Apreensão do material instrumento da infração – refratário com o cerol,
com a tabela abaixo, à vista da duração efetiva do turno adicional: linha, pipa,
Turno de 6 horas efetivas de trabalho R$ 60,00 manivela e/ou similares;
Turno de 8 horas efetivas de trabalho R$ 80,00 b) Multa no valor equivalente à referencia M20, constante no Anexo I, do
Turno de 12 horas efetivas de trabalho R$ 120,00 Código Tributário
Art. 7º - A gratificação de encargos especiais (GEE) não se incorporará, Municipal; e
para c) Em caso de reincidência, aplicar a multa em dobro e assim sucessiva-
quaisquer efeitos, aos vencimentos do servidor, ficando excluída da base mente.
de cálculo de II – se vendedor ambulante:
qualquer outra vantagem pecuniária, bem como de quaisquer outros per- a) Apreensão do material instrumento da infração – refratário com cerol,
centuais que linha, pipa,
incidam sobre os seus respectivos vencimentos. manivela e/ou similares;
§ 1º - A exclusão do Guarda Municipal do Regime Adicional de Serviço do b) Multa no valor equivalente à referencia M3, constante no Anexo I, do
PROGRAMA NITERÓI MAIS SEGURA implicará a imediata e automática Código Tributário
cessação Municipal; e
do pagamento da gratificação de encargo especial (GEE). c) Em caso de reincidência, aplicar a multa em dobro e assim sucessiva-
§ 2º - O pagamento da gratificação de encargo especial (GEE) só será mente.
devida III – se maior de idade:
contra efetivo cumprimento de turno adicional de serviço, não se admitindo, a) Apreensão do material instrumento da infração – refratário com cerol,
em linha, pipa,
hipótese alguma, contagem de jornada ficta, sob pena de responsabilização manivela e/ou similares;
administrativa. b) Multa no valor equivalente à referencia M3, constante no Anexo I, do
§ 3º - No pagamento da gratificação de encargos especiais (GEE), não se Código Tributário
levará em conta as horas ou frações de horas excedentes ao turno (regular Municipal; e
ou adicional) c) Em caso de reincidência, aplicar a multa em dobro e assim sucessiva-
ou expediente decorrentes do atendimento a fatos ou situações que tenham mente.
início IV – se menor de idade:
durante a jornada de trabalho, mas que exijam do servidor do Quadro a) Apreensão do material instrumento da infração – refratário com cerol,
Profissional da linha, pipa,
Guarda Municipal a sua presença até a conclusão da rotina operacional. manivela e/ou similares;
Art. 8º - Os turnos trabalhados em RAS serão registrados de forma indivi- b) Advertência, por parte da autoridade fiscalizadora, por escrito e registra-
dualizada, e somente poderão ser cumpridos no exclusivo interesse do da com aviso de resposta, direcionada aos responsáveis pelo menor, com
serviço. as especificações desta Lei, além do aviso da multa em caso de reincidên-
Parágrafo único – Deverá ser elaborado Relatório Mensal pelo Secretário cia; e
Municipal de Ordem Pública com identificação individualizada do Guarda c) Em caso de reincidência, encaminhar multa, direcionada aos responsá-
Municipal, número de matrícula, número de horas do turno da sua escala veis pelo menor,
para o Regime Adicional de Serviço (RAS) bem como o local da escala e no valor equivalente à referencia M3, constante no Anexo I, do Código
enviado para o Departamento de Pessoal da Secretária de Administração Tributário Municipal;
com dez dias de antecedência ao fechamento da folha para viabilizar o e d)Repetida a reincidência, aplicar a multa em dobro e assim sucessiva-
pagamento da gratificação de encargos especiais (GEE) no mês seguinte mente.
ao cumprimento da referida escala. Parágrafo único. Na hipótese de os materiais a que se refere o caput do
Art. 9º - Fica delegada ao Secretário Municipal de Ordem Pública a compe- art. 1º desta Lei serem encontrados de posse de usuários, serão apreendi-
tência para expedição de atos complementares para o fiel cumprimento das dos e destruídos, não cabendo qualquer indenização.
disposições deste Decreto. Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
Art. 10 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas disposições contrárias em especial o Decreto n° 11485/2013, publicado
as disposições em contrário, retroagindo os seus efeitos à data de publica- em 24/09/2013.
ção da Lei n° 3.028 de 12 de abril de 2013. PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI, 27 DE JANEIRO DE 2014.
RODRIGO NEVES - PREFEITO
6. Uso e comercialização de cerol e de linha chilena no Municí-
pio de Niterói (Lei Municipal n.º 3.074, de 27 de janeiro de 2014). 7. Código Municipal Ambiental de Niterói (Lei Municipal n.º
2.602, de 14 de outubro de 2008).
LEI N° 3074 DE 27 DE JANEIRO DE 2014

Legislação municipal 87 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
LEI Nº 2602, DE 14/10/2008 - Pub. A Tribuna, de 15/10/2008 ao meio ambiente e o envolvimento da comunidade;

INSTITUI O CÓDIGO MUNICIPAL AMBIENTAL DE NITERÓI E DÁ OU- IX - melhorar continuamente a qualidade do meio ambiente e prevenir a
TRAS PROVIDÊNCIAS. poluição em todas as suas formas;

A CÂMARA MUNICIPAL DE NITERÓI DECRETA E EU SANCIONO A X - cuidar dos bens de interesse comum a todos: os parques municipais, as
SEGUINTE LEI: áreas de proteção ambiental, as zonas ambientais, os espaços territoriais
especialmente protegidos, as áreas de preservação permanente e as
CÓDIGO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓI demais unidades de conservação de domínio público e privado;

LIVRO I XI - definir as áreas prioritárias da ação municipal, relativa à questão ambi-


PARTE GERAL ental, atendendo aos interesses da coletividade;

TÍTULO I XII - garantir a preservação da biodiversidade do patrimônio natural do


DA POLÍTICA AMBIENTAL Município e contribuir para o seu conhecimento científico;

CAPÍTULO I XIII - propugnar pela regeneração de áreas degradadas e pela recuperação


DOS PRINCÍPIOS dos mananciais hídricos do Município;

Art. 1º Este Código, fundamentado no interesse local, regula a ação do XIV - estabelecer normas que visam coibir a ocupação humana de áreas
Poder Público Municipal e sua relação com os cidadãos e instituições verdes ou de proteção ambiental, exceto quando sustentado por plano de
públicas e privadas, na preservação, conservação, defesa, melhoria, recu- manejo.
peração e controle do meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
natureza difusa e essencial à sadia qualidade de vida.
CAPÍTULO III
Art. 2º A Política Municipal de Meio Ambiente é orientada pelos seguintes DOS INSTRUMENTOS
princípios gerais:

I - o direito de todos ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado e a Art. 4º São instrumentos da política municipal de meio ambiente:
obrigação de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gera-
ções; I - planejamento ambiental;

II - a otimização e garantia da continuidade de utilização dos recursos II - zoneamento ambiental;


naturais, qualitativa e quantitativamente, como pressuposto para o desen-
volvimento sustentável; III - criação de espaços territoriais especialmente protegidos;

III - a promoção do desenvolvimento integral do ser humano. IV - estabelecimento de parâmetros e padrões de qualidade ambiental;

V - Sistema Municipal de Licenciamento de Atividades Poluidoras (SI-


CAPÍTULO II MLAP);
DOS OBJETIVOS
VI - da avaliação de impactos ambientais;

Art. 3º São objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente: VII - auditoria ambiental e monitoramento;

I - compatibilizar o desenvolvimento econômico-social com a proteção da VIII - monitoramento ambiental;


qualidade do meio ambiente e o equilíbrio ecológico;
IX - Sistema de Informações Ambientais - SIA;
II - articular e integrar as ações e atividades ambientais desenvolvidas
pelos diferentes órgãos e entidades do Município, com aquelas dos órgãos X - educação ambiental;
federais e estaduais, quando necessário;
XI - incentivos às ações ambientais;
III - articular e integrar ações e atividades ambientais intermunicipais,
favorecendo consórcios e outros instrumentos de cooperação; XII - Código de Limpeza Urbana.

IV - identificar e caracterizar os ecossistemas do Município, definindo as


funções específicas de seus componentes, as fragilidades, as ameaças, os CAPÍTULO IV
riscos e os usos compatíveis, consultando as instituições públicas de pes- DOS CONCEITOS GERAIS
quisa da área ambiental;

V - preservar e conservar as áreas protegidas, bem como o conjunto do Art. 5º São os seguintes os conceitos gerais para fins e efeitos deste Códi-
patrimônio ambiental local; go:

VI - adotar todas as medidas necessárias no sentido de garantir o cumpri- I - meio ambiente: conjunto de atributos dos elementos naturais e criados,
mento das diretrizes ambientais estabelecidas no Plano Diretor da Cidade, socioeconômicos e culturais, que permite, abriga e rege a vida em todas as
instrumento básico da política de pleno desenvolvimento das funções suas formas;
sociais, de expansão urbana e de garantia do bem-estar dos habitantes;
II - ecossistemas: conjunto integrado de fatores físicos e bióticos que carac-
VII - estimular o desenvolvimento de pesquisas e uso adequado dos recur- terizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espaço
sos ambientais, naturais ou não; de dimensões variáveis. É uma totalidade integrada, sistêmica e aberta,
que envolve fatores abióticos e bióticos, com respeito a sua composição,
VIII - garantir a participação popular, a prestação de informações relativas estrutura e função;

Legislação municipal 88 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
em propriedade pública ou privada, que desempenham um papel na manu-
III - qualidade ambiental: conjunto de condições que um ambiente oferece, tenção da qualidade do meio ambiente urbano;
em relação às necessidades de seus componentes;
XIX - desenvolvimento sustentável: é o processo criativo de transformação
IV - qualidade de vida: é resultado da interação de múltiplos fatores no do meio com a ajuda de técnicas ecologicamente prudentes, concebidas
funcionamento das sociedades humanas e traduz-se na situação de bem- em função das potencialidades deste meio, impedindo o desperdício dos
estar físico, mental e social e na satisfação e afirmação culturais, bem como recursos, e cuidando para que estes sejam empregados na satisfação das
em relações autênticas entre o indivíduo e a comunidade; necessidades, atuais e futuras, de todos os membros da sociedade, dada a
diversidade dos meios naturais e dos contextos culturais;
V - degradação ambiental: o processo de alteração negativa do ambiente
resultante de atividades que podem causar desequilíbrio parcial ou total dos XX - auditoria ambiental: é o desenvolvimento de um processo documenta-
ecossistemas; do de inspeção, análise e avaliação sistemática das condições gerais e
específicas de funcionamento de atividades ou desenvolvimento de obras,
VI - poluição: a alteração da qualidade ambiental resultante de atividades causadores de impacto ambiental;
humanas ou fatores naturais que direta ou indiretamente:
XXI - impacto ambiental: efeito por qualquer forma de matéria ou energia,
a) prejudicam a saúde, a segurança ou o bem-estar da população; resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem:
b) criem condições adversas ao desenvolvimento socioeconômico;
c) afetem desfavoravelmente a biota; a) a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
d) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais b) as atividades sociais e econômicas;
estabelecidos; c) a biota;
e) afetem as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente. d) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
e) a qualidade e quantidade dos recursos ambientais;
VII - poluidor: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, direta f) os costumes, a cultura e as formas de sobrevivência das populações.
ou indiretamente responsável por atividade causadora de poluição ou
degradação efetiva ou potencial; XXII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação,
onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específi-
VIII - recurso ambiental: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e cas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade;
subterrâneas, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora;
XXIII - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou semina-
IX - proteção: procedimentos integrantes das práticas de conservação e turais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo
preservação da natureza; de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a
recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de popula-
X - preservação: proteção integral do atributo natural, admitindo apenas seu ções que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do
uso indireto; que aquela das unidades individuais;

XI - conservação: uso sustentável dos recursos naturais, tendo em vista a XXVI - costão rochoso: é o nome dado ao ambiente costeiro formado por
sua utilização sem colocar em risco a manutenção dos ecossistemas exis- rochas situado na transição entre os meios terrestre e aquático.
tentes, garantindo-se a biodiversidade;

XII - manejo: técnica de utilização racional e controlada de recursos ambi- TÍTULO II


entais mediante a aplicação de conhecimentos científicos e técnicos, visan- DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - SIMMAN
do atingir os objetivos de conservação da natureza;
CAPÍTULO I
XIII - gestão ambiental: tarefa de administrar e controlar os usos sustenta- DA ESTRUTURA
dos dos recursos ambientais, por instrumentação adequada - regulamen-
tos, normas e investimentos - assegurando racionalmente o conjunto do
desenvolvimento produtivo social e econômico em benefício do meio ambi- Art. 6º O Sistema Municipal de Meio Ambiente - SIMMAN é constituído
ente; pelos órgãos e entidades públicas e privadas incumbidos direta ou indire-
tamente do planejamento, execução, controle e fiscalização de políticas
XIV - controle ambiental: conjunto de atividades desenvolvidas pelo órgão públicas, serviços ou obras que afetam o meio ambiente, bem como da
ambiental, onde se somam ações de licenciamento, fiscalização e monito- preservação, conservação, defesa, melhoria, recuperação, controle do meio
ramento, objetivando obter ou manter a qualidade ambiental; ambiente e administração dos recursos ambientais do Município, consoante
o disposto neste Código.
XV - área de preservação permanente: parcela do território, de domínio
público ou privado, definidas como de preservação permanente pela legis- Art. 7º Integram o Sistema Municipal de Meio Ambiente:
lação vigente, destinadas à manutenção integral de suas características;
I - Órgão Superior - o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Recursos
XVI - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambien- Hídricos, doravante referido neste documento como COMAN, com a função
tais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevan- de assessorar o Prefeito Municipal na formulação da política municipal de
tes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivo de conservação meio ambiente e nas diretrizes governamentais de proteção dos recursos
e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se apli- ambientais;
cam garantias adequadas de proteção;
II - Órgão Central - a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos
XVII - áreas verdes: são espaços definidos pelo Poder Público Municipal, Hídricos, doravante referida neste documento como SMARH, com função
com base no memorial descritivo dos projetos de parcelamento do solo executiva, à qual cabe coordenar, promover, disciplinar, cumprir e fazer
urbano, constituídos por florestas ou demais formas de vegetação primária, cumprir a Política Municipal de Meio Ambiente, dentre as funções definidas
secundária ou plantada, de natureza jurídica inalienável e destinados à em Lei;
manutenção da qualidade ambiental;
III - Órgãos Setoriais - órgãos e entidades da Administração Pública Muni-
XVIII - fragmentos florestais urbanos: são áreas remanescentes de vegeta- cipal direta e funcional, cujas atividades estejam associadas à preservação
ção nativa e/ou exótica situadas dentro do perímetro urbano do Município, ambiental, à melhoria da qualidade de vida e/ou ao disciplinamento do uso

Legislação municipal 89 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dos bens ambientais, os quais estabelecerão em suas estruturas, com o ado por uma secretaria executiva.
auxílio da SIMMAN, núcleos ambientais para a gestão integrada da Política
Municipal do Meio Ambiente. São considerados órgãos setoriais, ainda, os Art. 11. Compete ao COMAN:
consórcios para gestão integrada de produtos ambientais;
I - formular as diretrizes da Política Municipal do Meio Ambiente e dos
IV - Órgãos Concorrentes - Órgãos e Entidades da Administração Pública Recursos Hídricos;
Estadual e Federal, assim como as entidades da sociedade civil, com
atuação no território municipal voltada, direta ou indiretamente, à preserva- II - estabelecer as normas e padrões de proteção, conservação e melhoria
ção ambiental, à melhoria da qualidade de vida e/ou ao disciplinamento do do meio ambiente e dos recursos hídricos municipais, observadas a legisla-
uso dos bens ambientais. ção federal, estadual e municipal;

Parágrafo Único - O Fundo Municipal de Conservação Ambiental será III - opinar, previamente, sobre Planos e Programas Plurianual e Anual de
regido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Trabalho da SMARH;
SMARH, destinando-se seus recursos ao patrocínio da execução de proje-
tos e programas prioritários para implementação da Política Municipal de IV - decidir em segunda instância administrativa, sobre concessão de
Meio Ambiente. licenças e aplicação de penalidade;

Art. 8º Fica criado o Fundo Municipal de Conservação Ambiental, que será V - deliberar sobre a procedência de impugnação, sob a dimensão ambien-
gerido pela SMARH, constituído das seguintes rendas: tal, relativa a iniciativas de projetos de poder público ou de entidades por
ele mantidas, destinadas a implantação do Município;
I - dotações orçamentárias;
VI - responder a consultas sobre matéria de sua competência.
II - receitas decorrentes da aplicação dos instrumentos da política ambien-
tal, prevista na forma da Lei; Parágrafo Único - Nas deliberações que estabeleçam normas e padrões
ambientais para o Município, deverá ser obedecido o quorum qualificado de
III - produtos de operações de crédito celebradas com organismos nacio- 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho presentes à sessão, convocada
nais ou internacionais, desde que destinados para os fins previstos nesta expressamente com este objetivo.
Lei na área do Meio Ambiente;
Art. 12. O COMAN se compõe dos seguintes membros efetivos, com
IV - subvenções, contribuições, transferências e participações do Município mandato de 02 (dois) anos:
em convênios, contratos e consórcios, relativos ao desenvolvimento de
programas na área de conservação e de recuperação ambiental; I - do Secretário Municipal de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, que
o presidirá;
V - doações públicas ou privadas;
II - de um representante de cada um dos seguintes órgãos:
VI - o resultado das aplicações e seus recursos;
a) Câmara Municipal de Niterói;
VII - transferências oriundas do Fundo Nacional de Meio Ambiente, como b) Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle Urbano;
decorrência de contratos de financiamento a fundo perdido; c) Secretaria Municipal de Cultura;
d) Fundação Municipal de Educação de Niterói;
VIII - produto de arrecadações de taxas de licenciamento, parecer técnico, e) Secretaria Municipal de Saúde;
multa e juros de mora sobre atos e infrações cometidas, do ponto de vista f) Procuradoria Geral do Município;
ambiental; g) Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - FIRJAN;
h) Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói - CDL;
IX - produto das parcelas de serviços e de outras transferências que o i) Federação das Associações de Moradores do Município de Niterói -
Município tenha direito a receber por força da lei e de convênios, acordos FAMNIT;
ou contratos no setor; j) Secretaria Municipal de Controle Urbano;
l) Companhia de Limpeza Urbana de Niterói - CLIN.
X - produto de condenações de ações judiciais relativas ao meio ambiente;
III - de um representante escolhido entre cada um dos seguintes conjuntos
XI - produto das operações de crédito por antecipação de receita orçamen- de órgãos e entidades:
tária ou vinculada à obra ou prestação de serviço em meio ambiente;
a) entidades civis criadas com a finalidade específica de defesa da qualida-
XII - transferências correntes provenientes de repasse pelo Poder Público de do meio ambiente, filiadas à APEDEMA/RJ - Assembleia Permanente de
Municipal. Entidades em Defesa do Meio Ambiente, com atuação no Município de
Niterói;
Art. 9º Os órgãos e entidades que compõem o SIMMAN atuarão de forma b) entidades civis representativas e categorias profissionais não-liberais,
harmônica e integrada, sob a coordenação da SMARH, observada a com- com atuação no Município de Niterói, indicando pessoa destacada no
petência do COMAN. estudo do Meio Ambiente;
c) universidades e unidades de ensino superior com sede ou campus em
Niterói, escolhidas pela maioria de voto entre elas, que tenham cursos
CAPÍTULO II especializados em Meio Ambiente;
DA COMPETÊNCIA d) sindicatos de trabalhadores de categorias profissionais não-liberais, com
base territorial no Município de Niterói;
SEÇÃO I e) Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
DO ÓRGÃO SUPERIOR
Art. 13. O COMAN, Órgão Normativo, fiscalizador e de assessoramento,
terá como atribuições:
Art. 10. O Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAN (criado pela Lei
nº 1.640/98 e regulamentado pelo Decreto nº 7.888/98) é órgão colegiado I - aquelas previstas nesta Lei;
autônomo de caráter consultivo, deliberativo, normativo, fiscalizador e de
assessoramento do Sistema Municipal de Meio Ambiente - SIMMAN, apoi- II - opinar sobre as diretrizes e a implementação da política da educação na

Legislação municipal 90 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
rede formal de ensino e fora dela, dando igualmente apoio à iniciativa da Art. 15. A escolha dos representantes das instituições componentes do
comunidade e as campanhas nos meios de comunicação ou em outros Conselho dar-se-á pelo titular da pasta, pelo presidente do órgão ou o
instrumentos de divulgação; equivalente, que será indicado por carta ao Secretário do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos.
III - fiscalizar e avaliar a realização e a regularidade dos processos de
avaliação do impacto ambiental e o controle das obras, atividades ou insta- § 1º As representações previstas nas letras "b", "c" e "d", do inciso II, artigo
lações potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio ambiente 12, desta Lei, deverão proceder à solicitação de cadastramento do Cadas-
natural e antrópico, bem como formular exigências suplementares julgadas tro Municipal de Entidades Ambientalistas, a fim de estarem aptas à com-
necessárias e ainda cobrar dos órgãos competentes o monitoramento e posição do conselho.
controle ambiental adequados;
§ 2º Após o cadastramento referido no parágrafo anterior, as entidades
IV - deliberar suplementarmente, sobre a paralisação ou embargo de obras escolherão, por grupo, uma dentre as cadastradas para a representação do
e atividades que estejam causando, ou possam causar, danos ao meio Conselho.
ambiente ou que desrespeitam a legislação em vigor;
§ 3º Todas as indicações para a composição do Conselho deverão conter o
V - incentivar a implantação, regulamentação e as formas da gestão e a nome do titular e do respectivo suplente, que o substituirá em suas ausên-
manutenção de reservas, parques, áreas de preservação permanente e cias e impedimentos.
demais unidades de conservação criadas no âmbito da Administração
Municipal; § 4º Para efeito da primeira composição do Conselho, em razão da inexis-
tência do cadastro referido no § 1º deste artigo, o cadastramento será feito
VI - zelar, no âmbito da sua competência, pela manutenção das unidades junto à SMARH, que convocará a reunião dos representantes das institui-
de conservação sob tutela estadual e federal; ções inscritas.

VII - indicar e propor ao Poder Executivo a declaração das Áreas de Espe- Art. 16. O Conselho poderá criar comissões temáticas e câmaras técnicas
cial Interesse, além de programas de recuperação ambiental; ou setoriais, sem ônus para o Município, para subsidiá-lo em assuntos de
natureza técnica ou específica.
VIII - fixar diretrizes prioritárias ou emergenciais para aplicação de recursos
do Fundo Municipal de Conservação Ambiental, acompanhando e fiscali- Art. 17. O mandato dos membros do Conselho terá caráter de relevante
zando sua aplicação; interesse público, não acrescentando ônus para o Município.

IX - cadastrar entidades Ambientalistas e indicar aquelas aptas para propor Art. 18. Presidirá o Conselho o Secretário Municipal de Meio Ambiente e
credenciamento, junto à SMARH de voluntários para atividades de apoio à dos Recursos Hídricos, que será substituído em suas faltas e impedimen-
fiscalização ambiental; tos, pelo Secretário Executivo do Conselho, eleito dentre seus membros,
com mandato coincidente com o do Conselho.
X - desenvolver instâncias de negociações entre partes interessadas para
mediação e elaboração de propostas de soluções de conflitos envolvendo o Art. 19. As Secretarias Municipais e demais órgãos do Poder Executivo,
meio ambiente; assim como as entidades de administração pública descentralizada, presta-
rão ao Conselho apoio administrativo, institucional, material e técnico que
XI - promover, supletivamente, a realização de audiências públicas; se fizer necessário.

XII - fornecer subsídios técnicos para esclarecimentos relativos à defesa do Art. 20. O Conselho reunir-se-á, ordinariamente a cada trinta dias, convo-
meio ambiente, junto a: indústria, comércio, agropecuária e à comunidade cado por seu Presidente com antecedência mínima de cinco dias úteis,
através da criação de câmaras técnicas; mediante edital, na forma da Lei, e/ou por correspondência registrada.

XIII - colaborar em campanhas educacionais relativas a problemas de Art. 21. O Conselho reunir-se-á, extraordinariamente nas seguintes situa-
saneamento básico, poluição das águas, do ar e do solo, combate a veto- ções:
res endêmicos e proteção da fauna e flora;
I - por decisão de seu Presidente;
XIV - manter intercâmbio com entidades oficiais e privadas de pesquisas
ligadas à defesa do meio ambiente. II - por deliberação da reunião anterior;

§ 1º O Conselho estabelecerá, através de resolução, o Cadastro Municipal III - por requerimento de um terço de seus membros.
de Entidades Ambientalistas, com o objetivo de atender às exigências
contidas nesta Lei. Art. 22. O Conselho reunir-se-á com a presença de metade mais um de
seus integrantes e deliberará, na forma do artigo 12, pela maioria simples
§ 2º O Conselho editará resolução, fixando diretrizes gerais para a aplica- dos presentes.
ção dos recursos do FMCA.
Parágrafo Único - Nas deliberações que estabeleçam normas e padrões
Art. 14. O mandato dos membros do COMAN será de 02 (dois) anos, ambientais para o Município, o quorum necessário será o de dois terços
permitida uma única reeleição, e a nomeação dos conselheiros após o dos presentes à sessão, convocada expressamente com esse fim.
processo de escolha das representações, dar-se-á por ato do Prefeito
Municipal. Art. 23. As deliberações do Conselho serão publicadas no Diário Oficial do
Município.
§ 1º A composição dos 17 (dezessete) membros integrantes do Conselho é
a estipulada pelo artigo 12 desta Lei. Parágrafo Único - Das decisões do Conselho caberá recurso para o Secre-
tário Municipal de Meio Ambiente que, se acolhê-lo, encaminhará o assunto
§ 2º Poderão participar das Reuniões do Conselho, sem direito a voto, a para reexame em caráter definitivo.
convite de um de seus membros, técnicos, especialistas e representantes
de órgãos públicos ou de entidades da sociedade civil, bem como pessoas Art. 24. Ao Conselho incumbirá elaborar relatório anual sobre suas ativida-
relacionadas com as matérias em pauta, a fim de prestar os esclarecimen- des e publicá-lo, em extrato, no Diário Oficial do Município.
tos considerados necessários à deliberação do Conselho.
Art. 25. Uma vez constituído, caberá ao Conselho aprovar proposta de

Legislação municipal 91 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
regimento interno que disporá sobre sua organização, funcionamento, mas, rotinas, instalações e equipamentos de proteção ao meio ambiente e
processo deliberativo, substituições, responsabilidades dos Conselheiros e da saúde dos trabalhadores.
perda dos mandatos.
§ 2º As auditorias ambientais serão realizadas às expensas dos responsá-
Art. 26. As competências definidas nos incisos IV e V, do art. 10 deste veis pela poluição ou degradação ambiental, asseguradas à idoneidade e a
Código serão objeto de Resolução do Conselho, que delimitará a forma e independência das equipes técnicas.
os casos de sua aplicabilidade.
§ 3º Os empreendimentos sujeitos às exigências previstas pelo inciso VIII
deste artigo serão acrescidos de valores adicionais conforme definidos no
SEÇÃO II Código Tributário do Município.
DO ÓRGÃO CENTRAL
Art. 28. A SMARH, é o órgão de coordenação, controle e execução da
política municipal de meio ambiente, com as atribuições e competência
Art. 27. À SMARH, como Órgão Central do Sistema Municipal do Meio definidas neste Código.
Ambiente, nos termos da presente Lei, cabe fazer cumpri-la competindo-
lhe: Art. 29. São atribuições da SMARH:

I - planejar, administrar e fiscalizar as posturas ambientais na estrutura I - participar do planejamento das políticas públicas do Município;
básica da Prefeitura Municipal de Niterói, fornecendo diretrizes técnicas aos
demais órgãos municipais em assuntos que se refiram ao meio ambiente, II - elaborar o Plano de Ação Ambiental Integrado e a respectiva proposta
aos recursos hídricos e à qualidade de vida; orçamentária;

II - formular as normas técnicas e os padrões de proteção, conservação e a III - coordenar as ações dos órgãos integrantes do SIMMA;
melhoria do meio ambiente, observadas as legislações federal, estadual e
municipal, assim como as deliberações do COMAN; IV - manifestar-se mediante estudos e pareceres técnicos sobre questões
de interesse ambiental para a população;
III - estabelecer as áreas em que a ação do Executivo Municipal, relativa à
qualidade ambiental, deva ser prioritária; V - implantar as diretrizes da política ambiental municipal, previamente
planejadas e definidas no plano de ação;
IV - exercer a ação fiscalizadora de observância das normas contidas nas
legislações de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente; VI - promover e apoiar a educação ambiental;

V - atuar, nos casos de infração da lei de proteção, conservação e melhoria VII - articular-se com organismos federais, estaduais, municipais e organi-
do meio ambiente, e de inobservância de norma ou padrão estabelecido, de zações não-governamentais - ONGs, para a execução coordenada e ob-
acordo com as prerrogativas conferidas ao Poder Público Municipal pelo tenção de financiamentos à implantação de programas relativos à preser-
artigo 12, incisos X e XI, da Lei Orgânica do Município; vação, conservação e recuperação dos recursos ambientais;

VI - responder a consultas sobre matéria de sua competência; VII - coordenar a gestão do FMCA, nos aspectos técnicos, administrativos e
financeiros;
VII - atuar no sentido de formar consciência pública da necessidade de
proteger, melhorar e conservar o meio ambiente; IX - apoiar as ações das organizações da sociedade civil que tenham a
questão ambiental entre seus objetivos;
VIII - exigir a realização de análise de risco, quando necessária, e de estu-
do de impacto ambiental e a formulação do respectivo relatório de impacto X - propor a criação e gerenciar as unidades de conservação, executando
ambiental para a instalação de quaisquer atividades poluidoras no território os planos de manejo;
municipal, e a convocação de audiência pública para a discussão do EI-
A/RIMA, desde que solicitada por organização da sociedade civil com XI - recomendar ao COMAN normas, critérios, parâmetros, padrões, limites,
atuação no Município, conforme artigo 316 § 1º, inciso VII da Lei Orgânica; índices e métodos para o uso dos recursos ambientais do Município;

IX - organizar e dirigir o credenciamento com a formação, treinamento e o XII - licenciar a localização, a instalação, a operação e a ampliação das
desenvolvimento de voluntários de entidades da sociedade civil para atua- obras e atividades consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
ção em atividade de apoio às atribuições de sua competência; degradadoras do meio ambiente natural e antrópico, de impacto local, bem
como determinar a realização de estudos prévios de impacto ambiental,
X - definir, de forma articulada com os órgãos específicos dos Governos cuja competência seja atribuída ao Município;
Federal e Estadual, a política municipal para o setor pesqueiro, promoven-
do o planejamento e o desenvolvimento da atividade, criando mecanismos XIII - desenvolver com a participação dos órgãos e entidades do SIMMA, o
de proteção e preservação das comunidades de pescadores; zoneamento ambiental;

XI - determinar a realização de auditorias ambientais periódicas ou ocasio- XIV - fixar diretrizes ambientais para elaboração de projetos de parcelamen-
nais em empresas e atividades consideradas poluidoras, localizadas no to do solo urbano, bem como para a instalação de atividades e empreendi-
território do Município, estabelecendo as diretrizes e os prazos adequados, mentos no âmbito da coleta e disposição dos resíduos;
conforme art. 316 § 1º, inciso VIII da Lei Orgânica.
XV - promover as medidas administrativas e provocar a iniciativa dos ór-
§ 1º Para os efeitos desta Lei denomina-se auditoria ambiental a realização gãos legitimados para propor medidas judiciais cabíveis para coibir, punir e
de avaliações e estudos destinados a determinar: responsabilizar os agentes poluidores e degradantes do meio ambiente;

a) os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação ambiental XVI - atuar em caráter permanente, na recuperação de áreas e recursos
provocados por atividades de pessoas físicas e jurídicas de direito público e ambientais poluídos ou degradados;
de direito privado;
b) as condições de operação e de manutenção dos equipamentos e siste- XVII - exercer o poder de polícia administrativa para condicionar e restringir
mas de controle de poluição; o uso e gozo dos bens, atividades e direitos, em benefício da preservação,
c) a capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos siste- conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente;

Legislação municipal 92 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ou contratos no setor;
XVIII - dar apoio técnico, administrativo e financeiro ao COMAN;
IV - o produto de condenações de ações judiciais relativas ao meio ambien-
XIX - elaborar e executar, direta ou indiretamente, projetos ambientais de te;
interesse do Município;
V - o produto das operações de crédito por antecipação da receita orça-
XX - garantir a manutenção das condições ambientais nas unidades de mentária ou vinculada à obra ou prestação de serviço em meio ambiente;
conservação e fragmentos florestais urbanos, sob sua responsabilidade,
bem como nas áreas verdes; VI - transferências correntes provenientes de repasse pelo Poder Público
Municipal.
XXI - executar outras atividades correlatas atribuídas pela administração
municipal; Art. 34. O saldo positivo do FMCA, apurado em balanço financeiro, será
transferido para o Exercício seguinte.
XXII - realizar, ou fazer realizar, através dos licenciamentos ambientais,
monitoramento ambiental permanente, visando dar suporte aos trabalhos Art. 35. O Orçamento do Fundo Municipal de Conservação Ambiental
de fiscalização ambiental e atuar preventivamente na preservação dos privilegiará as políticas e o programa de trabalho governamental, observa-
ecossistemas naturais e na saúde da população do Município. dos o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Plano de Ação
Ambiental Integrado e os princípios da universalidade e do equilíbrio ambi-
ental.
SEÇÃO III
DO FUNDO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL - FMCA Art. 36. São despesas do FMCA:

I - financiamento total ou parcial de programa ou projeto desenvolvidos pela


Art. 30. O Fundo Municipal de Conservação Ambiental - FMCA, é instru- SMARH ou por ela conveniados na área ambiental;
mento do Sistema Municipal do Meio Ambiente do Município de Niterói,
vinculado à Secretaria Municipal de Fazenda e administrado pela Secretaria II - pagamento pela prestação de serviços de terceiros e a entidades de
Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SMARH. direito privado para execução de programas ou projetos específicos dos
setores de meio ambiente, observando o disposto na Lei Orçamentária;
Parágrafo Único - O Fundo Municipal de Conservação Ambiental é de
natureza contábil e tem por finalidade criar condições financeiras e gerenci- III - aquisição de material permanente e de consumo, além de outros insu-
ar os recursos destinados ao desenvolvimento das ações e serviços relati- mos necessários ao desenvolvimento dos programas e projetos;
vos ao meio ambiente como um todo, visando a melhoria da qualidade de
vida da população do Município de Niterói, competindo a sua administração IV - construção reforma e aquisição ou locação de imóveis para adequação
ao Secretário da SMARH, auxiliado por dois Coordenadores, sob a fiscali- da rede física de prestação de serviços em meio ambiente;
zação do Conselho Municipal do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos -
COMAN. V - desenvolvimento e aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, plane-
jamento, administração e controle das ações em meio ambiente;
Art. 31. O Fundo Municipal de Conservação Ambiental - FMCA, tem atribui-
ções financeiras para gerir, patrocinar e administrar recursos para a execu- VI - desenvolvimento de programas de capacitação e aperfeiçoamento de
ção dos projetos e programas prioritários para a execução da Política recursos humanos nas áreas de meio ambiente;
Municipal de Meio Ambiente.
VII - atendimento de despesas diversas, de caráter urgente e inadiável,
Art. 32. Constituirão recursos do Fundo: necessárias à execução das ações e serviços em meio ambiente, mencio-
nadas neste Código.
I - as dotações orçamentárias;
Parágrafo Único - Será destinado à capacitação e aperfeiçoamento de
II - as receitas decorrentes da aplicação dos instrumentos da política ambi- recursos humanos nas áreas de meio ambiente, ciência e tecnologia, 10%
ental, previstas na forma da Lei; (dez porcento) do Fundo Municipal de Conservação Ambiental.

III - os produtos de operações de crédito celebradas com organismos Art. 37. Os recursos do Fundo serão depositados em conta corrente espe-
nacionais ou internacionais, desde que destinados para os fins previstos cialmente aberta pela Secretaria Municipal de Fazenda, e serão geridos
nesta Lei na área do Meio Ambiente; pela SMARH.

IV - as subvenções, contribuições, transferências e participações do Muni- Art. 38. O FMCA será administrado financeiramente, pelo Secretário da
cípio em convênios, contratos e consórcios, relativos ao desenvolvimento SMARH juntamente com técnico especializado devidamente designado
de programas na área de conservação/recuperação ambiental; para este fim, com a competência de:

V - as doações públicas ou privadas; I - elaborar o plano anual do trabalho e a proposta orçamentária do Fundo,
que serão submetidos à apreciação do COMAN;
VI - o resultado das aplicações e seus recursos.
II - aprovar as contribuições, doações e outras receitas do FMCA;
Art. 33. São receitas do FMCA:
III - prestar contas das despesas realizadas;
I - as transferências oriundas do Fundo Nacional do Meio Ambiente, como
decorrência de contratos de financiamento a fundo perdido; IV - praticar todos os atos necessários à gestão do FMCA.

II - o produto de arrecadações de taxas de licenciamento, parecer técnico,


multas e juros de mora sobre atos e infrações cometidas, do ponto de vista TÍTULO III
ambiental; DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

III - o produto das parcelas de serviços e de outras transferências que o CAPÍTULO I


Município tenha direito a receber por força da lei e de convênios, acordos NORMAS GERAIS

Legislação municipal 93 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
VI - definir estratégias de conservação, de exploração econômica auto-
sustentável dos recursos naturais e de controle das ações antrópicas,
Art. 39. Cabe ao Município a execução dos instrumentos da política muni- incluindo o uso ordenado do solo, prevendo-se áreas verdes e a utilização
cipal de meio ambiente, para a perfeita consecução dos objetivos definidos de tecnologias limpas com o reaproveitamento dos resíduos sólidos e
neste Código. líquidos.

Art. 43. O Planejamento Ambiental deverá:


CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL I - elaborar o diagnóstico ambiental considerando:

a) as condições dos recursos ambientais e da qualidade ambiental, as


Art. 40. O Planejamento Ambiental é o instrumento da Política Ambiental, fontes poluidoras e o uso e a ocupação do solo no território do Município;
que estabelece as diretrizes visando o desenvolvimento sustentável do b) as características locais e regionais de desenvolvimento socioeconômi-
Município, devendo observar os seguintes princípios específicos: co;
c) o grau de degradação dos recursos naturais.
I - a adoção da divisão territorial em bacias hidrográficas como unidade
básica de planejamento, considerando-se ainda, na Zona Urbana, o dese- II - definir as metas anuais e plurianuais a serem atingidas para a qualidade
nho da malha viária; da água, do ar, do parcelamento, uso e ocupação do solo e da cobertura
vegetal;
II - as tecnologias para preservação e conservação do meio ambiente,
considerando a redução, o reaproveitamento, a reciclagem e a reutilização III - determinar a capacidade de suporte dos ecossistemas, bem como o
gerados nos processos produtivos; e ainda, o uso econômico da floresta grau de saturação das Zonas Urbanas, indicando limites de absorção dos
sob o regime do manejo sustentável de seus recursos; impactos provocados pela instalação de atividades produtivas e de obras
de infraestrutura.
III - os recursos econômicos e a disponibilidade financeira para induzir e
viabilizar processos gradativos de mudança da forma de uso dos recursos
naturais através de planos, programas e projetos; CAPÍTULO III
DO ZONEAMENTO AMBIENTAL
IV - o inventário dos recursos naturais disponíveis em território municipal
considerando disponibilidade e qualidade;
Art. 44. O zoneamento ambiental consiste na definição de áreas do territó-
V - a necessidade de norma específica para cada tipo de uso dos recursos rio do Município, de modo a regular atividades, bem como indicar ações
naturais e/ou região; para a proteção e melhoria da qualidade do ambiente, considerando as
características ou atributos das áreas.
VI - participação dos diferentes segmentos da sociedade organizada na sua
elaboração e na sua aplicação. Art. 45. As zonas ambientais do Município são, dentre outras:

Parágrafo Único - O planejamento é um processo dinâmico, participativo, I - Zonas de Restrição à Ocupação Urbana-ZROU: áreas com condições
descentralizado e lastreado na realidade socioeconômica e ambiental local físicas que exigem parâmetros especiais para a ocupação urbana, conside-
que deve levar em conta as funções do macro zoneamento. rando-se características geológicas, paisagísticas, topográficas, de cobertu-
ra vegetal e de importância para preservação de espécies nativas da flora e
Art. 41. O Planejamento Ambiental realizar-se-á a partir da análise dos da fauna;
seguintes fatores:
II - Zonas de Conservação da Vida Silvestre - ZCVS: áreas públicas ou
I - condições do meio ambiente natural e construído; particulares, com parâmetros restritivos de uso e ocupação do solo estabe-
lecido por lei, com vistas à manutenção dos ecossistemas naturais;
II - tendências econômicas e sociais;
III - Zona de Amortecimento - ZA: o entorno de uma unidade de conserva-
III - decisões do Conselho Municipal - COMAN, da iniciativa da sociedade ção, onde as atividades humanas estão sujeitas as normas e restrições
civil organizada, privada e governamental. específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a
unidade;
Art. 42. O Planejamento Ambiental, consideradas as especificidades do
território municipal, tem por objetivos: IV - Zona de Preservação da Vida Silvestre - ZPVS/Áreas de Preservação
Permanente - APP - áreas de domínio público ou particular, consideradas
I - produzir subsídios para a execução de ações e permanente revisão da de preservação permanente, onde não são permitidas quaisquer atividades
Política Municipal do Meio Ambiente, através de um Plano de Ação Ambien- que importem na alteração do meio ambiente assim como: novas edifica-
tal Integrado, para execução a cada quatro anos; ções, parcelamento do solo, abertura de vias, aterros e cortes de terrenos,
corte de vegetação nativa, extração mineral ou quaisquer tipos de explora-
II - recomendar ações visando o aproveitamento sustentável dos recursos ção de recursos naturais;
naturais;
V - Zona de Uso Especial - ZUE; unidades ambientais sob regulamento de
III - subsidiar com informações, dados e critérios técnicos, análises dos diversas categorias de manejo (unidade de conservação) e que possuem
estudos de impacto ambiental; objetivos e parâmetros definidos por lei própria;

IV - fixar diretrizes para orientação dos processos de alteração do meio VI - Zona de Proteção Ambiental-ZPA; áreas protegidas por instrumentos
ambiente, ouvindo os órgãos estaduais e federais de meio ambiente no legais diversos devido a existência de suscetibilidade do meio a riscos
âmbito das devidas competências; relevantes (Áreas de Risco);

V - recomendar ações destinadas a articular e integrar os processos ambi- VII - Zonas de Recuperação Ambiental-ZRA; áreas em estágio significativo
entais dos planos, programas, projetos, e ações desenvolvidos pelos dife- de degradação, onde é exercida a proteção temporária e desenvolvidas
rentes órgãos municipais; estaduais e federais; ações visando à recuperação induzida ou natural do ambiente, com o
objetivo de integrá-lo às Zonas de Proteção (Áreas de Risco em Recupera-

Legislação municipal 94 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ção); preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas;

VIII - Zona de Produção Mineral-ZPM; áreas que por suas características II - reserva biológica - tem como objetivo a preservação integral da biota e
geológicas de ocorrência de jazidas minerais são destinadas prioritariamen- demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência
te a atividades de extração mineral; humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de
recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo neces-
IX - Área de Especial Interesse Ambiental - AEIA; área destinada à criação sárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológi-
de unidades municipais de Conservação Ambiental ou para delimitação de ca e os processos ecológicos naturais;
áreas de preservação permanente.
III - monumento natural - tem como objetivo básico preservar sítios naturais
raros, singulares ou de grande beleza cênica, podendo ser constituído por
CAPÍTULO IV áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da
DOS ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos
proprietários;

Art. 46. Os espaços territoriais especialmente protegidos, sujeitos a Regime IV - refúgio da vida silvestre - tem como objetivo proteger ambientes natu-
Jurídico Especial, são os definidos neste Capítulo, cabendo ao Município rais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de
sua delimitação, quando não definidos em lei. espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória,
podendo ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível
Art. 47. São espaços territoriais especialmente protegidos: compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos
recursos naturais do local pelos proprietários;
I - as áreas de preservação permanente;
V - área de relevante interesse ecológico - é uma área em geral de peque-
II - as áreas de especial interesse ambiental; na extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com característi-
cas naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regio-
III - as áreas de especial interesse paisagístico; nal, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância
regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a
IV - Zona de Uso Especial (unidades de conservação); compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza, exigindo
cuidados especiais de proteção por parte do poder público;
V - as áreas de riscos naturais;
VI - reserva de desenvolvimento sustentável - área natural que abriga
VI - as áreas verdes e os parques urbanos; populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentá-
veis de exploração dos recursos naturais, tendo como objetivo básico
VII - as praias, as lagoas, os rios, as ilhas, as cachoeiras e os afloramentos preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os
rochosos associados aos recursos hídricos; meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da quali-
dade de vida e exploração dos recursos naturais dessas populações, bem
VIII - as áreas de especial interesse pesqueiro. como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de
manejo do ambiente;

SEÇÃO I VII - área de proteção ambiental - compreendendo áreas de domínio públi-


DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE co e/ou privada, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos
abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a
qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como
Art. 48. São áreas de preservação permanente aquelas que abriguem: objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de
ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais;
I - as florestas e demais formas de vegetação natural, definidas como de
preservação permanente pela legislação em vigor; VIII - reserva de fauna - é uma área natural de domínio público, com popu-
lações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou
II - a cobertura vegetal que contribui para a estabilidade das encostas migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo
sujeita a erosão e ao deslizamento; econômico sustentável de recursos faunísticos;

III - as nascentes, as matas ciliares e as faixas marginais de proteção das IX - reserva particular do patrimônio natural - é uma área de domínio priva-
águas superficiais; do, a ser especialmente protegida, gravada com perpetuidade, reconhecida
pelo poder público, com o objetivo de conservar a diversidade biológica,
IV - exemplares raros, ameaçados de extinção ou insuficientemente conhe- podendo ser utilizada para o desenvolvimento de atividades científicas,
cidos da flora e da fauna, bem como aquelas que servem de pouso, abrigo culturais, educacionais, recreativas e de lazer;
ou reprodução de espécies migratórias;
X - parque municipal - tem a finalidade de preservar os atributos excepcio-
V - outros espaços declarados por lei. nais da natureza conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das
belezas naturais com atividades de pesquisa científica, educação ambiental
e recreativa;
SEÇÃO II
DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Parágrafo Único - Deverá constar no ato do Poder Público a que se refere o
caput deste artigo diretrizes para a elaboração do plano de manejo, regula-
rização fundiária, demarcação e fiscalização adequada, bem como a indi-
Art. 49. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público cação da respectiva área do entorno e estrutura de funcionamento.
e definidas, dentre outras, conforme a Lei Federal 9.985, de 18 de julho de
2000, que institui o Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Art. 50. As unidades de conservação constituirão o Sistema Municipal de
Natureza - SNUC, segundo as seguintes categorias: Unidades de Conservação, o qual deverá ser integrado aos sistemas esta-
dual e nacional.
I - estação ecológica - área representativa do ecossistema, de posse e
domínio públicos destinada à proteção integral, que tem como objetivo a Art. 51. A alteração adversa, a redução da área ou a extinção de unidades

Legislação municipal 95 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de conservação somente será possível mediante Lei Municipal.
Art. 58. As áreas verdes e/ou praças dos loteamentos, reservadas para a
Art. 52. O Poder Público poderá reconhecer, na forma da lei, unidades de implantação de equipamentos de lazer, serão franqueadas ao público.
conservação de domínio privado.
Parágrafo Único - Por razões de segurança, manutenção da higiene do
Parágrafo Único - O Poder Público Municipal pode estimular e acatar inicia- local e da conservação da flora, as praças poderão ser gradeadas, fran-
tivas comunitárias para criação de Unidades de Conservação. queando-se o acesso ao público, pelo menos durante o dia.

Art. 59. A Prefeitura Municipal de Niterói, em parceria com a iniciativa


SEÇÃO III privada, poderá elaborar programas para a execução e/ou manutenção de
DOS PARQUES URBANOS E DAS ÁREAS VERDES áreas verdes e espaços públicos, mediante projetos desenvolvidos e apro-
vados pela SMARH.

Art. 53. Os Parques Urbanos são áreas de domínio público, destinados ao § 1º A execução e a manutenção das áreas de que trata o caput do presen-
lazer e à recreação pública, com a garantia de proteção de seus atributos. te artigo poderá ficar a cargo da iniciativa privada, mediante a contrapartida
de autorização para a veiculação de publicidade através de protetores para
I - Jardim Botânico - área protegida caracterizada por suas coleções de árvores, equipamento de recreação e cestos para lixo, desde que não
plantas vivas, cientificamente mantidas, ordenadas, documentadas e identi- cause poluição visual e nem comprometa as características do espaço
ficadas, aberta ao público com finalidades científicas, educativas e conser- público.
vacionistas;
§ 2º A autorização de que trata o parágrafo primeiro do presente artigo dar-
II - Horto Florestal - área destinada à reprodução de espécies da flora, a se-á por termo próprio e na forma da lei, com prazo certo, prorrogável se do
projetos de experimentação científica e paisagística, bem como à visitação interesse comum, desde que atendidas as condições relativas à manuten-
para lazer e turismo, à educação ambiental e pesquisa científica; ção das áreas.

III - Jardim Zoológico - área que tem finalidade sócio cultural e objetivo Art. 60. A SMARH poderá elaborar programas em parceria com a comuni-
científico, onde se instalam quaisquer coleções de animais silvestres, dade para executar e manter áreas verdes e espaços públicos desde que:
mantidos em cativeiro ou em semi-liberdade e expostos à visitação pública.
I - a comunidade esteja organizada em associação;
Art. 54. As áreas verdes têm por finalidade:
II - o projeto para a área seja desenvolvido ou aprovado pela SMARH,
I - proporcionar a melhoria da qualidade de vida da população e das condi- atendendo os objetivos sociais;
ções ambientais urbanas;
III - sejam definidas as atribuições de cada parte envolvida, quanto a mate-
II - garantir espaços destinados à integração, recreação ou lazer da comu- riais a serem utilizados, na mão de obra, administração e manutenção.
nidade local, desde que não provoque danos à vegetação nativa;
Art. 61. Os equipamentos a serem implantados, em áreas destinadas a uso
III - contribuir para as ações de educação ambiental que envolva a popula- público, de loteamentos não poderão envolver construções que não sejam
ção de entorno. especificamente referentes à prática de esportes e de lazer.

§ 1º Cabe a SMARH fomentar as iniciativas da sociedade civil, através de Parágrafo Único - Admite-se a implantação de equipamentos, para fins de
suas organizações, visando à implantação e/ou proteção das áreas verdes. educação ambiental, desde que a área a ser construída não exceda 5%
(cinco porcento) da área total.
§ 2º O Poder Público Municipal estabelecerá mecanismos específicos de
fiscalização e controle referente à obrigatoriedade de integração de áreas Art. 62. As áreas destinadas a uso público de empreendimentos, integran-
verdes em conjuntos habitacionais. tes da gleba, deverão receber tratamento paisagístico, equipamentos de
esporte, lazer e sinalização indicativa e educativa.
Art. 55. Considerando a importância das áreas verdes e espaços públicos,
definidos neste Código, para o uso ativo e/ou contemplativo da população e Art. 63. Os espaços destinados às áreas verdes, nos empreendimentos
a manutenção e/ou criação da paisagem, ficam definidos nesta seção o uso onde não exista cobertura vegetal de porte arbóreo, deverão ser arboriza-
e a conservação dessas áreas. dos e ajardinados pelo empreendedor, com espécies que sejam adequadas
à região e a situação topográfica, conforme orientação da SMARH.
Art. 56. Depende de prévia autorização da SMARH a utilização de áreas
verdes e espaços públicos (parques urbanos e praças) para realização de Art. 64. O espaço destinado para áreas verdes nos empreendimentos, e
espetáculos ou shows, comícios, feiras e demais atividades cívicas, religio- nos quais não exista cobertura vegetal de porte arbóreo, deverão ser arbo-
sas e esportivas. rizados e ajardinados pelo empreendedor, com espécies que sejam ade-
quadas à região e a situação topográfica, conforme orientação da SMARH.
§ 1º O pedido de autorização deverá ser apresentado por pessoa física ou
jurídica que se responsabilize por eventuais danos causados pelos partici- Art. 65. Os projetos de paisagismo para empreendimentos, assim como os
pantes do evento. de arborização, deverão ser analisados pela SMARH, devendo conter
especificação do plantio e elementos de proteção para as mudas.
§ 2º A autorização de que trata o caput do presente artigo será negada na
hipótese de risco aparente de dano. Art. 66. Depende de prévia autorização da SMARH a execução de terra-
planagem, desmonte, aterro ou escavação de qualquer categoria, inclusive
Art. 57. As áreas verdes de loteamentos, conforme artigo 10 da para abertura de valas, cuja análise deverá preceder ao procedimento de
Lei 1.468/95, deverá atender as seguintes determinações: autorização do empreendimento relacionado com a área, bem como extra-
ção mineral de qualquer espécie.
I - localizar-se em área determinada por avaliação técnica da SMARH não
podendo distar mais de 500 (quinhentos) metros do lote; Art. 67. Concedida à autorização mencionada no artigo anterior, sua exe-
cução fica condicionada a observância das seguintes providências:
II - passarão a integrar o Patrimônio Municipal, quando do registro do
empreendimento, sem que advenha qualquer ônus para o Município. I - armazenamento e posterior reutilização da camada de terra vegetal;

Legislação municipal 96 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Parágrafo Único - Entende-se por praia a área coberta e descoberta perio-
II - os cortes e aterros deverão receber tratamento de recomposição conso- dicamente pelas águas, acrescida da faixa subsequente de material detríti-
ante à modelagem da área; co, tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o limite onde se
inicie a vegetação natural, ou, em sua ausência, onde comece um outro
III - nos limites entre a área a ser terraplanada e as áreas a serem protegi- ecossistema.
das deverão ser colocados tapumes para a proteção destas, evitando-se o
acúmulo de terra ou expurgo no caule das árvores.
SEÇÃO VI
Art. 68. As escavações e os terraplenagens serão reduzidos ao estritamen- DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE PESQUEIRO
te necessário para assentar os empreendimentos projetados, que deverão
ser propostos de forma a amoldarem-se a estrutura natural do terreno.
Art. 78. Área de especial interesse pesqueiro é aquela onde há interesse
Art. 69. A liberação do "aceite", para empreendimentos que necessitaram público de preservar e apoiar atividades de pesca profissional.
de terraplenagem para sua implantação, só será concedido após a compro-
vação da recomposição da paisagem e/ou do tratamento paisagístico
exigidos para a execução do projeto. CAPÍTULO V
DOS PADRÕES DE EMISSÃO DE POLUENTES E DE QUALIDADE AM-
Art. 70. A concessão de licença de construção em áreas degradadas ou BIENTAL
que sofrerão modificação na sua morfologia natural dependerá da apresen-
tação de projeto de recomposição e tratamento paisagístico, que será
submetido ao procedimento de autorização da SMARH. Art. 79. Os padrões de qualidade ambiental são os valores estabelecidos
aos atributos do meio ambiente que resguardam a saúde humana, a fauna,
Art. 71. No espaço resultante do afastamento do alinhamento predial dos a flora, as atividades econômicas e o meio ambiente em geral.
térreos edificados, o mínimo de 50% (cinquenta porcento) será de área
verde, destinada a ajardinamento e arborização, proibida a sua impermea- § 1º Os padrões de qualidade ambiental deverão ser expressos, quantitati-
bilização. vamente, indicando as características intrínsecas aos componentes do
meio e seus limites máximos e mínimos, devendo ser respeitados os indi-
Art. 72. Nas áreas dos lotes destinadas como permeáveis atendendo a cadores ambientais de condições de autodepuração do corpo receptor.
Taxa de Ocupação indicada pelos planos urbanísticos, não poderão ocorrer
outro recobrimento que não seja vegetal, mantendo assim as condições § 2º Os padrões de qualidade ambiental incluirão, entre outros, a qualidade
naturais de absorção do solo. do ar, das águas e do solo.

Art. 73. Exigir-se-á na implantação de construções e ampliações em encos- Art. 80. Padrão de emissão é o limite máximo estabelecido para lançamen-
tas o tratamento das fachadas, evitando-se a agressão estética provocada to de poluente por fonte emissora que, ultrapassado, poderá afetar a saúde,
pela estrutura exposta, sem paredes de vedação. a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à
fauna, à flora, às atividades econômicas e ao meio ambiente em geral.
Art. 74. Os empreendimentos em áreas arborizadas deverão manter 80%
(oitenta porcento) da vegetação de porte. Art. 81. Os padrões e parâmetros de emissão e de qualidade ambiental são
aqueles estabelecidos pelos órgãos competentes dos Poderes Público
Federal e Estadual, podendo o COMAN definir padrões e parâmetros não
SEÇÃO IV fixados anteriormente, fundamentados em parecer consubstanciado e
DAS ÁREAS DE RISCO encaminhado pela SMARH.

§ 1º Será feita uma vistoria periódica nos veículos automotores leves e


Art. 75. As áreas de risco são os locais com acentuado processo erosivo, pesados objetivando o aferimento das emissões de poluentes que deverão
sujeitos a inundação, deslizamento, desmoronamento, que podem expor a estar obrigatoriamente dentro dos padrões pré-estabelecidos.
população local a risco de vida e prejuízo econômico.
§ 2º A SMARH disporá de equipes volantes para medir as emissões de
Parágrafo Único - As áreas de risco do Município deverão ser mapeadas poluentes dos veículos nas ruas de Niterói.
com desenvolvimento de estudos geotécnicos dos morros da Cidade, e
onde for possível viabilizar o reflorestamento, priorizando àqueles com
ocupação humana. CAPÍTULO VI
SISTEMA MUNICIPAL DE LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES POLUIDO-
RAS
SEÇÃO V
DAS PRAIAS, DAS LAGUNAS, DOS RIOS, DAS ILHAS E DOS AFLORA-
MENTOS ROCHOSOS E COSTÕES ROCHOSOS Art. 82. Ao Município, como membro integrante do Sistema Nacional do
Meio Ambiente, compete utilizar o procedimento do licenciamento ambiental
como instrumento de gestão ambiental, visando ao desenvolvimento sus-
Art. 76. As praias, as lagunas, os rios, as ilhas, as cachoeiras e os aflora- tentável.
mentos rochosos e os costões rochosos associados aos recursos hídricos
do Município de Niterói são zonas de controle especial devido às suas Art. 83. O Sistema Municipal de Licenciamento de Atividades Poluidoras-
características ambientais específicas. SIMLAP, tem por objetivo disciplinar a implantação e o funcionamento de
qualquer equipamento ou atividade que forem considerados poluidores ou
Parágrafo Único - Entende-se por costão rochoso, costa rochosa, em forma potencialmente poluidores, bem como de qualquer equipamento de comba-
de paredão com declividade. te à poluição de meio ambiente, no Município de Niterói.

Art. 77. As praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo asse- Parágrafo Único - Ato do Poder Executivo estabelecerá as atividades
gurado sempre o livre acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sujeitas ao licenciamento ambiental, considerando as atividades enuncia-
sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança das por deliberação da CECA, bem como os critérios de determinação do
nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica. tipo, porte e localização do empreendimento e do potencial poluidor da
atividade.

Legislação municipal 97 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
gramas aprovados, incluindo medidas de controle ambiental e demais
Art. 84. Para atingir os objetivos do SIMLAP, poderá ser firmado termos de condicionantes, da qual constituem motivo determinante;
parceria com organizações da sociedade civil de interesse público, pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, assim considerados na III - Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade ou empre-
forma da Lei Federal nº 9.790, de 23 de março de 199, regulamentada pelo endimento, após a verificação do efetivo cumprimento das licenças anterio-
Decreto nº 3.100, de junho de 1999. res, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados
para a operação.
Art. 85. Para efeito desta Lei, são adotadas as seguintes definições:
Art. 92. As atividades e empreendimentos de mínimo e pequeno porte, com
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão grau potencial de poluição baixo e médio, assim definidas em ato do Execu-
ambiental licencia a localização, a instalação, ampliação e operação de tivo, sujeitar-se-ão ao Licenciamento Único (LU) e serão dispensadas das
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consi- licenças referidas no artigo antecede.
deradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qual-
quer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as dispo- Art. 93. As licenças terão os seguintes prazos de validade:
sições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicadas ao caso;
I - Licença Prévia (LP): terá validade mínima de um (01) ano e máxima de
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental esta- três (03) anos;
belece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deve-
rão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para II - o prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser no mínimo
localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos, atividades que utili- o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou
zem os recursos naturais, consideradas efetiva ou potencialmente poluido- atividade, não podendo ser superior a quatro anos;
ras e ainda aqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental. III - o prazo de validade da Licença de Operação (LO) e da Licença Única
deverá considerar os planos de controle ambiental e será de no máximo um
Art. 86. Para avaliação da degradação ambiental e do impacto das ativida- ano.
des no meio urbano será considerado o reflexo do empreendimento no
ambiente natural, no ambiente social, no desenvolvimento econômico e Parágrafo Único - A renovação da Licença de Operação (LO) e da Licença
sociocultural, na cultura local e na infraestrutura da Cidade. Única (LU) deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e
vinte) dias da expiração do prazo de validade fixado na respectiva licença,
Art. 87. Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos compe- ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação da Secretaria
tentes da União e do Estado, quando couber, o licenciamento ambiental de de Municipal de Urbanismo e Controle - SMUC.
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que
lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio. Art. 94. A SMARH, mediante decisão motivada, poderá modificar os condi-
cionamentos e as medidas de controle e adequação, suspender ou cance-
Art. 88. O Município, por intermédio da SMARH, concederá as licenças lar uma licença quando ocorrer:
ambientais relativas às atividades de preponderante interesse local.
I - violação ou inadequação de quaisquer condicionamento ou normas
§ 1º A SMARH comunicará ao órgão ambiental competente do Estado, e ao legais;
COMAN, os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva con-
cessão, para atividades consideradas de impacto ambiental local. II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiariam
a expedição da licença;
§ 2º Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão
serão publicados no Diário Oficial, bem como em periódico local de grande III - superveniência de riscos ambientais e de saúde.
circulação.
Art. 95. A Secretaria de Fazenda ouvirá, previamente, a SMARH, para a
§ 3º Durante os estudos para a concessão prevista no caput deste artigo, a concessão de alvará de localização para as atividades que, de alguma
SMARH, sempre que julgar necessário ou quando for solicitado por entida- forma, se enquadrem às disposições da presente Lei.
de civil, pelo Ministério Público ou pelo COMAN, promoverá à realização de
audiência pública, perdendo a validade a licença concedida na hipótese de
sua não realização. CAPÍTULO VII
DA TAXA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (TLA)
Art. 89. A SMARH é o órgão responsável pelo exercício da fiscalização da
fiscalização das atividades licenciadas naquilo que lhe competir, sem
exclusão da fiscalização dos demais órgãos públicos nos seus respectivos Art. 96. A Taxa de Licenciamento Ambiental - TLA, será lançada e cobrada
âmbitos de competência. na forma determinada no Título VI do Código Tributário do Município de
Niterói.
Art. 90. Para fins de licenciamento ambiental, a critério da SMARH, poderá
ser exigido o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) e o Relatório de Art. 97. As atividades e empreendimentos em operação no Município,
Impacto Ambiental (RIMA). quando da entrada em vigor desta Lei, terão prazo de um ano para se
regularizarem.
Art. 91. A SMARH, no exercício de sua competência de controle e em
conformidade com resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Art. 98. Terão eficácia no âmbito municipal às licenças concedidas pelo
CONAMA, expedirá as seguintes licenças: órgão ambiental estadual antes da publicação desta Lei, passando as
atividades a se submeterem ao regramento municipal, depois de expirada a
I - Licença Prévia (LP): concedida na fase preliminar do planejamento do validade das mesmas ou excedidos três anos da concessão da licença.
empreendimento ou atividade, aprovando sua concepção e localização,
atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementa- CAPÍTULO VIII
ção; DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

II - Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento ou


atividade, de acordo com as especificações constantes dos planos e pro- Art. 99. Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das proprieda-

Legislação municipal 98 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
des físicas, químicas, biológicas e socioculturais do meio ambiente, causa- IX - impactos de volumetria das edificações;
da por qualquer forma de matéria ou energia, resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetem: X - impactos na fauna;

I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; XI - estudos socioeconômicos.

II - as atividades sociais e econômicas; § 3º A SMARH e o COMAN devem manifestar-se conclusivamente no


âmbito de suas competências sobre o EPIA/RIMA, em até 60 dias a contar
III - a biota; da data do recebimento, excluídos os períodos dedicados à prestação de
informações complementares.
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
Art. 102. O EPIA/RIMA, além de observar os demais dispositivos deste
V - as qualidade e quantidade dos recursos ambientais; Código, obedecerá as seguintes diretrizes gerais:

VI - os costumes, a cultura e as formas de sobrevivência das populações. I - contemplar todas as alternativas tecnológicas apropriadas e alternativas
de localização do empreendimento, confrontando-as com a hipótese de não
Art. 100. A avaliação de impacto ambiental é resultante do conjunto de execução do mesmo;
instrumentos e procedimentos à disposição do Poder Público e da coletivi-
dade que possibilita a análise e interpretação de impactos sobre a saúde, o II - definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afeta-
bem-estar da população, a economia e o equilíbrio ambiental, compreen- da pelos impactos;
dendo:
III - realizar o diagnóstico ambiental da área de influência do empreendi-
I - a consideração da variável ambiental nas políticas, planos, programas ou mento, com completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas
projetos que possam resultar em impacto referido no caput deste artigo; interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental
da região, antes da implantação do empreendimento;
II - a elaboração de Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EPIA, e o res-
pectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, para a implantação de IV - identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais que serão
empreendimentos ou atividades de significativo impacto ambiental; gerados pelo empreendimento nas suas fases de planejamento, pesquisa,
instalação, operação ou utilização de recursos ambientais;
III - a elaboração do Estudo Ambiental Simplificado e do seu respectivo
relatório (RAS), para implantação de atividades ou empreendimentos de V - considerar os planos e programas governamentais existentes e a serem
baixo impacto ambiental. implantados na área de influência do empreendimento, bem como suas
compatibilidades;
Parágrafo Único - A variável ambiental deverá incorporar o processo de
planejamento das políticas, planos, programas e projetos como instrumento VI - definir medidas mitigadoras para os impactos negativos bem como
decisório do órgão ou entidade competente. medidas potencializadoras dos impactos positivos decorrentes do empre-
endimento;

SEÇÃO I VII - elaborar programa de acompanhamento e monitoramento dos impac-


DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL E DO RELATÓRIO DO tos positivos e negativos, indicando a frequência, os fatores e parâmetros a
IMPACTO NO MEIO AMBIENTE (EPIA/RIMA) serem considerados, que devem ser mensuráveis e ter interpretações
inequívocas.

Art. 101. Para a construção, instalação, reforma recuperação, ampliação e Art. 103. A SMARH deverá elaborar ou avaliar os termos de referência em
operação de atividades ou obras potencialmente causadora de significativa observância com as características do empreendimento e do meio ambien-
degradação do meio ambiente, deverá a SMARH exigir o EPIA/RIMA como te a ser afetado, cujas instruções orientarão a elaboração do EPIA/RIMA,
parte integrante do processo de licenciamento ambiental, quando este for contendo prazos, normas e procedimentos a serem adotados.
da competência municipal.
Parágrafo Único - Caso haja necessidade de inclusão de cláusulas adicio-
§ 1º Os custos financeiros decorrentes da elaboração e análise do EPI- nais ao Termo de Referência, tais inclusões deverão estar fundamentadas
A/RIMA correrão às expensas do empreendedor. em exigência legal ou, em sua inexistência, em parecer técnico consubs-
tanciado, emitido pela SMARH.
§ 2º A critério da SMARH, no RIMA ou no RAS poderão ser exigidos os
seguintes estudos, dentre outros que o órgão ambiental entender necessá- Art. 104. O diagnóstico ambiental, assim como a análise dos impactos
rios: ambientais, deverá considerar o meio ambiente da seguinte forma:

I - estudo de tráfego; I - meio físico: o solo, o subsolo, as águas superficiais e subterrâneas, o ar


e o clima, com destaque para os recursos minerais, a topografia, a paisa-
II - levantamento de vegetação; gem, os tipos e aptidões do solo, os corpos d`água, o regime hidrológico,
as correntes atmosféricas e dados climatológicos;
III - impacto no solo e rochas;
II - meio biológico: a flora e a fauna, com destaque para as espécies indica-
IV - impactos na infraestrutura urbana; doras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e
ameaçadas de extinção, e os ecossistemas naturais;
V - impactos na qualidade do ar;
III - meio socioeconômico: o uso e ocupação do solo, o uso da água e a
VI - impactos paisagísticos; socioeconomia, com destaque para os sítios e monumentos arqueológicos,
históricos, culturais e ambientais e a potencial utilização futura desses
VII - impactos no Patrimônio Histórico-Cultural; recursos.

VIII - impactos nos recursos hídricos; Parágrafo Único - No diagnóstico ambiental, os fatores ambientais devem
ser analisados de forma integrada mostrando as interações entre eles e as

Legislação municipal 99 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
suas interdependências. te divulgada, com antecedência necessária a sua realização em local
conhecido e acessível.
Art. 105. O EPIA será realizado por equipe multidisciplinar, constituída por
profissionais habilitados, com registro em seus respectivos conselhos § 3º O RIMA arquivado na SMARH e mesmo aquele que esteja sendo
regionais, que responderão legal e tecnicamente pelos resultados apresen- analisado ou discutido, poderá ser consultado e produzidas cópias a qual-
tados. quer momento por qualquer cidadão, mediante pagamento das despesas
de reprodução.
Art. 106. O RIMA refletirá as conclusões do EPIA de forma objetiva e
adequada a sua ampla divulgação, sem omissão de qualquer elemento Art. 108. A relação dos empreendimentos ou atividades que estarão sujei-
importante para a compreensão da atividade e conterá, no mínimo: tas à elaboração do EPIA e respectivo RIMA, será definido por ato do
Poder Executivo, ouvido o COMAN.
I - os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com
as políticas setoriais, planos e programas governamentais; Art. 109. Os empreendimentos e atividades privados e públicos previstos
no artigo 1º da Lei 2.051, de 06 de janeiro de 2003 dependerão de Estudo
II - a descrição do projeto de viabilidade (ou básico) e suas alternativas Ambiental Simplificado e do seu respectivo relatório (RAS).
tecnológicas e posicionais, especificando para cada um deles, nas fases de
construção e operação, a área de influência, as matérias-primas, a mão de
obra, as fontes de energia, demanda de água, os processos e técnicas SEÇÃO II
operacionais, prováveis efluentes, emissões e resíduos, estimativas quanto DO ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO E DO SEU RELATÓRIO AMBI-
ao consumo de energia, bem como indicação dos empregos diretos e ENTAL SIMPLIFICADO (RAS)
indiretos a serem gerados;

III - a síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambientais da Art. 110. Os conceitos e procedimentos requeridos para a obtenção do
área de influência do projeto; "Estudo Ambiental Simplificado" e seu relatório serão definidos através de
Lei, pelo Poder Executivo, no prazo máximo de 360 dias da promulgação
IV - a descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e desta Lei, ouvido o COMAN.
operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os hori-
zontes de tempo de incidência dos impactos, indicando os métodos, técni-
cas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpreta- CAPÍTULO IX
ção; DA AUDITORIA AMBIENTAL E DO AUTOMONITORAMENTO

V - a caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência,


comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternati- Art. 111. A auditoria ambiental, decorrente da vontade da iniciativa privada
vas, bem como a hipótese de sua não realização; ou da determinação do Poder Público Municipal, tem por objetivo o seguin-
te:
VI - a descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras, previstas em
relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderem I - verificar os níveis efetivos ou potenciais de poluição e degradação ambi-
ser evitados e o grau de alteração esperado; ental provocados pelas atividades ou obras auditadas;

VII - o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; II - verificar o cumprimento de normas ambientais federais, estaduais e
municipais;
VIII - a recomendação quanto à alternativa mais favorável, conclusões e
comentários de ordem geral. III - examinar a política ambiental adotada pelo empreendedor, bem como o
atendimento aos padrões legais em vigor, objetivando preservar o meio
§ 1º O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua ambiente e a sadia qualidade de vida;
compreensão, e as informações nele contidas devem ser traduzidas em
linguagem acessível, ilustrada por mapas e demais técnicas de comunica- IV - avaliar os impactos sobre o meio ambiente causados por obras ou
ção visual, de modo que a comunidade possa entender as vantagens e atividades auditadas;
desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de
sua execução. V - analisar as condições de operação e de manutenção dos equipamentos
e sistemas de controle das fontes poluidoras e degradadoras;
§ 2º O RIMA conterá obrigatoriamente:
VI - examinar, através de padrões e normas de operação e manutenção e
I - a relação, quantificação e especificação de equipamentos sociais e capacitação dos operadores e a qualidade do desempenho da operação e
comunitários e de infraestrutura básica para o atendimento das necessida- manutenção dos sistemas, rotinas, instalações e equipamentos de proteção
des da população, decorrentes das fases de implantação, operação ou do meio ambiente;
expansão do projeto;
VII - identificar riscos de prováveis acidentes e de emissões contínuas, que
II - a fonte de recursos necessários à construção e manutenção dos equi- possam afetar, direta ou indiretamente, a saúde da população residente na
pamentos sociais e comunitários e a infraestrutura. área de influência;

Art. 107. A SMARH ao determinar a elaboração do EPIA e a apresentação VIII - analisar as medidas adotadas para a correção de não conformidades
do RIMA, quando for o caso e nos prazos fixados em lei, promoverá a legais detectadas em auditorias ambientais anteriores, tendo como objetivo
realização de audiência pública para manifestação da população sobre o a preservação do meio ambiente e a sadia qualidade de vida.
projeto e seus impactos socioeconômicos e ambientais.
Art. 112. A auditoria ambiental voluntária poderá ser realizada por empre-
§ 1º A SMARH procederá a ampla publicação de edital, dando conhecimen- sas licenciadas no Município.
to e esclarecimento à população da importância do RIMA e dos locais e
períodos onde estará à disposição para conhecimento, inclusive durante o Art. 113. Em casos de significativa degradação ambiental a SMARH, em
período de análise técnica. ato fundamentado, poderá determinar aos responsáveis pela atividade ou
obra causadora do impacto a realização de auditorias ambientais periódicas
§ 2º A realização da audiência pública deverá ser esclarecida e amplamen- ou ocasionais, com vistas à identificação das causas, estabelecimento de

Legislação municipal 100 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
diretrizes e medidas corretivas. ambiente;

§ 1º As medidas propostas para a correção de não conformidades legais IX - colocar à disposição da população o para Ouvidoria Ambiental receber
detectadas na auditoria ambiental, previstas no caput deste artigo, deverão denúncias de infrações ao Código;
ter prazo para sua implantação, a partir da proposta do empreendedor,
determinado pela SMARH, a quem caberá, também, a fiscalização e apro-
vação. CAPÍTULO XI
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEO-AMBIENTAIS - SIGA
§ 2º O não cumprimento das medidas nos prazos estabelecidos na forma
do § 1º deste artigo sujeitará o infrator às penalidades administrativas e às
medidas judiciais cabíveis. Art. 118. O Sistema de Informações Geo-Ambientais será organizado,
mantido e atualizado sob responsabilidade da SMARH para utilização, pelo
§ 3º Todos os documentos decorrentes das auditorias ambientais, previstas Poder Público e pela sociedade, tendo como objetivos, entre outros:
no caput deste artigo, ressalvados aqueles que contenham matéria de sigilo
industrial, conforme definido pelos empreendedores, serão acessíveis à I - coletar e sistematizar dados e informações de interesse ambiental;
consulta pública dos interessados nas dependências da SMARH, indepen-
dentemente do recolhimento de taxas ou emolumentos. II - coligir de forma ordenada, sistêmica e interativa os registros e as infor-
mações dos órgãos, entidades e empresas de interesse para o SIMMA;
Art. 114. As auditorias ambientais serão realizadas por conta e ônus do
empreendedor, através de equipe técnica ou empresa que disponha de III - atuar como instrumento regulador dos registros necessários às diversas
profissionais habilitados, de sua livre escolha, que serão acompanhadas, a necessidades do SIMMA;
critério da SMARH, por servidor público, técnico da área de meio ambiente.
IV - recolher e organizar dados e informações de origem multidisciplinar de
§ 1º Antes de dar início ao processo de auditoria, a empresa comunicará a interesse ambiental, para uso do Poder Público e da sociedade;
SMARH qual a equipe técnica ou empresa contratada que realizará a
auditoria. V - articular-se com os sistemas congêneres;

§ 2º A omissão ou sonegação de informações relevantes da auditoria VI - garantir a resposta rápida e eficiente a solicitações de informações e
sujeitarão seus responsáveis às sanções de natureza administrativa, civil e serviços à parte requisitante;
criminal.
VII - manter permanentemente disponibilizada ao público, listagem da
Art. 115. O não atendimento da realização da auditoria nos prazos e condi- legislação aplicável ao Município, que regulam a poluição da água, do ar e
ções determinados sujeitará o infrator à pena pecuniária, nunca inferior ao do solo, assim como as demais leis municipais, estatuais e federais no
custo da auditoria que será procedida por equipe técnica designada pela âmbito de suas correlações;
SMARH, sem prejuízo das demais penalidades previstas.
VIII - Coletar dados e informações populacionais que permitam construir
Art. 116. Com objetivo de verificar o cumprimento da legislação e técnicas indicadores socioeconômicos e ambientais para o Município de Niterói;
relativas à proteção do meio ambiente, os estabelecimentos públicos e/ou
privados, cujas atividades sejam potencialmente causadoras de impacto IX - especializar, através de mapeamento geo-referenciado, dados geoam-
ambiental, deverão, a critério da autoridade ambiental, proceder ao monito- bientais relacionados ao planejamento e gestão ambiental.
ramento dos padrões de emissões gasosas, do lançamento de efluentes e
da disposição final de resíduos sólidos. Art. 119. O SIGA conterá cadastro específico para registro de:

I - entidades ambientalistas com ação no Município;


CAPÍTULO X
DO MONITORAMENTO II - entidades populares com jurisdição no Município, que incluam, entre
seus objetivos, a ação ambiental;

Art. 117. O monitoramento ambiental consiste no acompanhamento da III - órgãos e entidades jurídicas, inclusive de caráter privado, com sede no
qualidade e disponibilidade dos recursos ambientais, com o objetivo de: Município ou não, com ação na preservação, conservação, defesa, melho-
ria, recuperação e controle do meio ambiente;
I - aferir o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e aos padrões
de emissão; IV - empresas e atividades cuja ação, de repercussão no Município, com-
porte risco efetivo ou potencial para o meio ambiente;
II - controlar o uso e a exploração de recursos ambientais;
V - pessoas físicas ou jurídicas que se dediquem à prestação de serviços
III - avaliar os efeitos de planos, políticas e programas de gestão ambiental tecnológicos ou de consultoria sobre questões ambientais, bem como à
e de desenvolvimento econômico e social; elaboração de projeto na área ambiental;

IV - acompanhar o estágio populacional de espécies da flora e fauna, VI - pessoas físicas ou jurídicas que cometeram infrações às normas ambi-
especialmente as ameaçadas de extinção e em extinção; entais incluindo as penalidades a elas aplicadas;

V - subsidiar medidas preventivas e ações emergenciais em casos de VII - dados e informações científicas, técnicas, bibliográficas, literárias,
acidentes ou episódios críticos de poluição; jornalísticas e outras de relevância para os objetivos do SIMMA;

VI - acompanhar e avaliar a recuperação de ecossistemas ou áreas degra- VIII - outras informações de caráter permanente ou temporário.
dadas;
Parágrafo Único - A SMARH fornecerá certidões, relatórios, cópia dos
VII - subsidiar a tomada de decisão quanto à necessidade de auditoria dados e proporcionará consulta às informações de que dispõe observados
ambiental; os direitos individuais e o sigilo industrial.

VIII - prestar contas à comunidade de áreas e situações de risco ao meio Art. 120. As pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as empresas e entidades

Legislação municipal 101 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
públicas da Administração Indireta, cujas atividades sejam potencial ou
efetivamente poluidoras ou degradadoras, ficam obrigadas ao cadastro no VII - o estímulo ao atendimento por parte da população à legislação ambi-
SIGA. ental vigente;

VIII - o melhoramento contínuo no tangente à limpeza pública e privada e


CAPÍTULO XII conservação do Município;
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
IX - a conscientização individual e coletiva para prevenção da poluição em
todos os aspectos sociais, morais e físicos.
Art. 121. Educação ambiental é todo processo por meio do qual o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, Art. 125. Fica autorizado o Poder Executivo a desenvolver as atividades
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, vinculadas à Política Municipal de Educação Ambiental na educação formal
bem de natureza difusa, essencial à sadia qualidade de vida e sua susten- e não-formal, através das seguintes linhas de atuação inter-relacionadas:
tabilidade.
I - capacitação de recursos humanos;
Art. 122. A educação ambiental é um componente essencial e permanente
da educação municipal, devendo estar presente, de forma articulada, em II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações;
todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e
não-formal. III - produção de material educativo;

Parágrafo Único - A educação ambiental será tema transversal obrigatório IV - acompanhamento e avaliação.
em toda rede municipal de educação, sendo vedada a sua implantação
como disciplina específica no currículo escolar. § 1º Nas atividades vinculadas à Política Municipal de Educação Ambiental
serão respeitados os princípios e objetivos fixados por esta Lei.
Art. 123. São princípios básicos da educação ambiental:
§ 2º A capacitação de recursos humanos voltar-se-á para:
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
I - a incorporação da dimensão ambiental durante a formação e a especiali-
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a zação dos educadores de todos os níveis e modalidades de ensino;
interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o
enfoque da sustentabilidade; II - a formação e atualização de todos os profissionais em questão;

III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da III - a preparação de profissionais orientados para as atividades de gestão
inter, multi e transdisciplinaridade; ambiental;

IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; IV - a formação e atualização de profissionais especializados na área de
meio ambiente.
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
Art. 126. O Poder Executivo desenvolverá a educação ambiental como
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo; uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis
e modalidades de ensino formal.
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais,
nacionais e globais; Parágrafo Único - Nos cursos de formação em todos os níveis deve ser
incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das atividades profissio-
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual nais a serem desenvolvidas.
e cultural.
Art. 127. Os programas e ações de formação continuada de profissionais
Art. 124. São objetivos fundamentais da educação ambiental: da educação da Rede Municipal de Educação de Niterói contemplarão
temas e questões relativas à educação ambiental, observados os princípios
I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente e objetivos da política municipal de educação ambiental.
em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos,
psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e
éticos; SEÇÃO I
DA EXECUÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
II - a garantia de democratização do acesso às informações ambientais;

III - a estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a pro- Art. 128. A coordenação e a execução da política municipal de educação
blemática ambiental e social; ambiental ficarão a cargo da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos e da Fundação Municipal de Educação de Niterói, observados os
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsá- princípios e objetivos fixados pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente.
vel, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a
defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da Art. 129. São atribuições do órgão gestor:
cidadania;
I - definição de diretrizes para execução em nível municipal;
V - o estímulo à cooperação entre os diversos Municípios do Estado, com
vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada II - articulação, coordenação e supervisão de planos, programas e projetos
nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça na área de educação ambiental, em nível municipal;
social, responsabilidade, sustentabilidade e plurietinicidade.
III - participação na negociação de financiamento de planos, programas e
VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologi- projetos na área de educação ambiental.
a; o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidarie-
dade como fundamentos para o futuro da humanidade; Art. 130. O Poder Executivo, na esfera de sua competência e na área de

Legislação municipal 102 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sua jurisdição, fica autorizado a definir através de decreto, diretrizes, nor- efluentes poderão incluir novos padrões bem como substâncias ou parâme-
mas e critérios para a educação ambiental respeitado os princípios e objeti- tros não estabelecidos anteriormente no ato normativo.
vos da legislação em vigor.

CAPÍTULO II
CAPÍTULO XIII DO AR
DOS INCENTIVOS ÀS AÇÕES AMBIENTAIS

Art. 138. Na execução da política municipal de controle da poluição atmos-


Art. 131. Os incentivos serão concedidos a pessoas físicas ou jurídicas que férica, deverão ser observadas as seguintes diretrizes:
invistam em ações ou atividades que gerem a melhoria da qualidade ambi-
ental, mediante a criação e manutenção de programas permanentes. I - exigência da adoção das melhores tecnologias de processo industrial e
de controle de emissão, de forma a assegurar a redução progressiva dos
Parágrafo Único - A tipicidade e as condições para a concessão dos incen- níveis de poluição;
tivos tratados no caput deste artigo serão previstos em Lei.
II - melhoria na qualidade ou substituição dos combustíveis e otimização da
eficiência do balanço energético;
LIVRO II
PARTE ESPECIAL III - implantação de procedimentos operacionais adequados, incluindo a
execução de programas de manutenção preventiva e corretiva dos equipa-
TÍTULO I mentos de controle da poluição;
DO CONTROLE AMBIENTAL
IV - adoção de sistema de monitoramento periódico ou contínuo das fontes
CAPÍTULO I por parte das empresas responsáveis, sem prejuízo das atribuições de
DA QUALIDADE AMBIENTAL E DO CONTROLE DA POLUIÇÃO fiscalização da SMARH;

V - integração dos equipamentos de monitoramento da qualidade do ar,


Art. 132. É vedado o lançamento e a liberação nas águas, no ar ou no solo, numa única rede, de forma a manter um sistema adequado de informações;
de toda e qualquer forma de matéria ou energia, que cause poluição e
degradação ambiental, acima dos limites previstos em Lei. VI - proibição de implantação ou expansão de atividades que possam
resultar em violação dos padrões fixados;
Art. 133. Sujeitam-se ao disposto neste Código todas as atividades, em-
preendimentos, processos, operações, dispositivos móveis ou imóveis, VII - seleção de áreas mais propícias à dispersão atmosférica para a im-
meios de transportes, que, direta ou indiretamente, causem ou possam plantação de fontes de emissão, quando do processo de licenciamento, e a
causar poluição ou degradação do meio ambiente. manutenção de distâncias mínimas em relação a outras instalações urba-
nas, em particular hospitais, creches, escolas, residências e áreas naturais
Art. 134. O Poder Executivo, através da SMARH, tem o dever de determi- protegidas.
nar medidas de emergência a fim de evitar episódios críticos de poluição ou
degradação do meio ambiente ou impedir sua continuidade, em casos de Art. 139. Deverão ser respeitados, entre outros, os seguintes procedimen-
grave ou iminente risco para a saúde pública e o meio ambiente, observado tos gerais para o controle de emissão de material particulado:
a legislação vigente.
I - na estocagem a céu aberto de materiais que possam gerar emissão por
§ 1º Em caso de episódio crítico e durante o período em que esse estiver transporte eólico:
em curso poderá ser determinada a redução ou paralisação de quaisquer
atividades nas áreas abrangidas pela ocorrência, sem prejuízo da aplicação a) disposição das pilhas feita de modo a tornar mínimo o arraste eólico;
das penalidades cabíveis. b) umidade mínima da superfície das pilhas, ou cobertura das superfícies
por materiais ou substâncias selantes ou outras técnicas comprovadas que
§ 2º A SMARH dará especial atenção ao flagelo persistente das invasões impeçam a emissão visível de poeira por arraste eólico;
de terrenos urbanos. c) a arborização das áreas circunvizinhas compatíveis com a altura das
pilhas, de modo a reduzir a velocidade dos ventos incidentes sobre as
Art. 135. A SMARH é o órgão competente do Poder Executivo Municipal mesmas.
para o Exercício do Poder de Polícia nos termos e para os efeitos deste
Código, cabendo-lhe, dentre outras: II - as vias de tráfego interno das instalações comerciais e industriais deve-
rão ser pavimentadas, ou lavadas, ou umectadas com a frequência neces-
I - estabelecer exigências técnicas relativas a cada empreendimento ou sária para evitar acúmulo de partículas sujeitas a arraste eólico;
atividade efetiva ou potencialmente poluidora ou degradadora;
III - as áreas adjacentes às fontes de emissão de poluentes atmosféricos,
II - fiscalizar o atendimento às disposições deste Código, seus regulamen- quando descampadas, deverão ser objeto de programa de reflorestamento
tos e demais normas dele decorrentes, especialmente às resoluções do e/ou arborização, por espécies e manejos adequados;
COMAN;
IV - sempre que tecnicamente possível, os locais de estocagem e transfe-
III - aplicar as penalidades pelas infrações às normas ambientais; rência de materiais que possam estar sujeitos ao arraste pela ação dos
ventos, deverão ser mantidos sob cobertura, ou enclausurados ou outras
IV - dimensionar e quantificar o dano, visando a responsabilizar o agente técnicas comprovadas;
poluidor ou degradador.
V - as chaminés, equipamentos de controle de poluição do ar e outras
Art. 136. Não será permitida a implantação, ampliação ou renovação de instalações que se constituam em fontes de emissão deverão ser construí-
quaisquer licenças ou alvarás municipais de empreendimentos ou ativida- das ou adaptadas para permitir o acesso de técnicos encarregados de
des em débito com o Município, em decorrência da aplicação de penalida- avaliações relacionadas ao controle da poluição.
des por infrações à legislação ambiental, com trânsito em julgado.
Art. 140. Ficam vedadas:
Art. 137. As revisões periódicas dos critérios e padrões de lançamentos de

Legislação municipal 103 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
I - a queima ao ar livre de materiais que comprometam de alguma forma o b) a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
meio ambiente ou a sadia qualidade de vida, sem a autorização do órgão c) em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o
ambiental competente; consumo humano e a dessedentação de animais;
d) a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo
II - a emissão de fumaça preta acima de 20% (vinte porcento) da Escala das águas;
Ringelman, em qualquer tipo de processo de combustão, exceto durante os e) a bacia hidrográfica é a unidade territorial para a implementação da
2 (dois) primeiros minutos de operação, para os veículos automotores, e até Política de Recursos Hídricos, e atuação do Sistema Nacional de Gerenci-
5 (cinco) minutos de operação para outros equipamentos; amento de Recursos Hídricos;
f) a gestão dos recursos hídricos deve sempre compatibilizar os usos
III - a emissão visível de poeiras, névoas e gases, fora dos padrões estabe- múltiplos das águas com a proteção à fauna e flora.
lecidos;
II - por objetivos:
IV - a emissão de odores que possam criar incômodos à população;
a) assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de
V - a emissão de substâncias tóxicas, conforme enunciado em legislação água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;
específica; b) a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o trans-
porte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;
VI - a transferência de materiais que possam provocar emissões de poluen- c) a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem
tes atmosféricos acima dos padrões estabelecidos pela legislação. natural ou decorrente do uso inadequado dos recursos naturais;
d) a preservação da fauna e da flora integrantes dos corpos hídricos, com
Parágrafo Único - O período de 5 (cinco) minutos referidos no inciso II valores éticos ambientais e como forma de manutenção da atividade pes-
poderá ser ampliado até o máximo de 10 (dez) minutos, nos casos de queira e extrativista;
justificada limitação tecnológica dos equipamentos. e) a promoção da integração das políticas municipais de saneamento
básico e do meio ambiente, com as políticas federal e estadual de recursos
Art. 141. As fontes de emissão de substâncias potencialmente poluidoras hídricos.
serão objeto, a critério da SMARH, de relatórios periódicos de medição,
com intervalos não superiores a 1 (um) ano, dos quais deverão constar os III - por diretrizes:
resultados dos diversos parâmetros ambientais, a descrição da manuten-
ção dos equipamentos, bem como a representatividade destes parâmetros a) a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspec-
em relação aos níveis de produção. tos de quantidade e qualidade;
b) a adequação da gestão dos recursos hídricos às diversidades físicas,
§ 1º Deverão ser utilizadas metodologias de coleta e análise estabelecidas bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT ou pela SMARH, do Município;
homologadas pelo COMAN. c) a integração da gestão dos recursos hídricos com a gestão ambiental;
d) a articulação da gestão de recursos hídricos com a do uso do solo;
§ 2º Todos os equipamentos de inspeção, medição e ensaios devem ser e) a integração da gestão das bacias hidrográficas com a dos sistemas
calibrados por organizações credenciadas à Rede Brasileira de Calibração estuarinos e zonas costeiras;
ou órgão exterior equivalente. f) mapear as faixas marginais de proteção dos principais corpos hídricos
com o objetivo de identificar as atuais ocupações;
Art. 142. São vedadas a instalação e ampliação de atividades que não g) as nascentes e as margens dos cursos d`água deverão ser consideradas
atendam às normas, critérios, diretrizes e padrões estabelecidos por esta prioritárias para projetos de preservação, recuperação e/ou renaturalização
Lei. de ecossistemas aquáticos e de transição, caracterizados pela flora e fauna
de áreas ciliares;
Parágrafo Único - Toda fonte de emissão existente no Município deverá se h) as orlas das lagunas deverão ser consideradas prioritárias para objetos
adequar ao disposto neste Código, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses a de preservação, recuperação e/ou renaturalização dos ecossistemas aquá-
partir da vigência desta Lei. ticos e de transição, caracterizados pela vegetação e a fauna local.

Art. 143. A SMARH, baseada em parecer técnico, procederá à elaboração Art. 146. As diretrizes deste Código aplicam-se a lançamentos de quais-
periódica de revisão dos limites de emissão previstos neste Código, sujeito quer efluentes líquidos provenientes de atividades efetiva ou potencialmen-
à aprovação do COMAN, de forma a incluir outras substâncias e adequá-los te poluidoras instaladas no Município de Niterói, em águas superficiais ou
aos avanços das tecnologias de processo industrial e controle da poluição. subterrâneas, diretamente ou através de quaisquer meios de lançamento,
incluindo redes de coleta e emissários.
Parágrafo Único - O estudo periódico que produza alterações nos limites de
emissão e/ou inclusões de novas substâncias, uma vez apreciado e apro- Parágrafo Único - Os proprietários de embarcações fluviais serão respon-
vado pelo COMAN, será encaminhado à Câmara Municipal, na forma de sabilizados pela emissão de quaisquer poluentes destas, dentro dos limites
Anteprojeto de Lei. de competência do Município.

Art. 147. Os critérios e padrões estabelecidos em legislação deverão ser


CAPÍTULO III atendidos, também, por etapas ou áreas específicas do processo de produ-
DOS RECURSOS HÍDRICOS ção ou geração de efluentes, de forma a impedir a sua diluição e assegurar
a redução das cargas poluidoras totais.

Art. 144. A Política Ambiental, respeitadas as competências da União e do Art. 148. Os lançamentos de efluentes líquidos não poderão conferir aos
Estado, tem por objetivo a recuperação, a preservação e a conservação do corpos receptores características em desacordo com os critérios e padrões
meio ambiente, dos recursos hídricos e a melhoria da qualidade de vida de qualidade de água em vigor, ou que criem obstáculos ao trânsito de
dos habitantes do Município. espécies migratórias, exceto na zona de mistura.

Art. 145. A Política Municipal de Recursos Hídricos terá: Art. 149. Serão consideradas, de acordo com o corpo receptor, com crité-
rios estabelecidos pelo COMAN, as áreas de mistura fora dos padrões de
I - por fundamento: qualidade.

a) a água é um bem de domínio publico; Art. 150. Os responsáveis pelas atividades efetivas ou potencialmente

Legislação municipal 104 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
poluidoras ou degradadoras, executarão programas de monitoramento de Art. 155. Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase de seu
efluentes e da qualidade ambiental em suas áreas de influência, previa- desenvolvimento, que vivem naturalmente fora de cativeiro, constituindo a
mente estabelecidos ou aprovados pela SMARH, integrando tais programas fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são
ao SIGA. de interesse do Município, sendo vedada sua utilização, perseguição,
comercialização, destruição, caça ou apanha, respeitada a legislação
§ 1º A coleta e análise dos efluentes líquidos deverão ser baseadas em federal.
metodologias da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, ou por
outras que o COMAN considerar. § 1º O Poder Público Municipal deverá cooperar com os órgãos federal e
estadual de meio ambiente, visando à efetiva proteção da fauna dentro de
§ 2º Todas as avaliações relacionadas aos lançamentos de efluentes seu território.
líquidos deverão ser feitas para as condições de dispersão mais desfavorá-
veis, sempre incluída a previsão de margens de segurança. § 2º Os responsáveis pelos empreendimentos serão obrigados a apresentar
um plano de resgate e monitoramento dos animais, quando solicitarem
§ 3º Os técnicos da SMARH terão acesso a todas as fases do monitora- licença para suas atividades.
mento que se refere o caput deste artigo, incluindo procedimentos laborato-
riais.
CAPÍTULO VI
Art. 151. A critério da SMARH, as atividades efetivas ou potencialmente DA FLORA
poluidoras deverão implantar bacias de acumulação ou outro sistema com
capacidade de armazenar as águas de drenagem, de forma a assegurar o
seu tratamento adequado. Art. 156. As florestas e demais formas de vegetação natural ou plantada no
território municipal, reconhecida de utilidade às terras que revestem, são
Parágrafo Único - O disposto no caput deste artigo aplica-se às águas de bens de interesse comum a todos os habitantes, exercendo-se os direitos
drenagem correspondente à precipitação de um período de chuvas a ser de propriedade com as limitações estabelecidas pela legislação em geral e,
definido em função das concentrações e das cargas de poluentes. especialmente, por esta Lei.

§ 1º Depende de autorização da SMARH a poda, o transplante ou a su-


CAPÍTULO IV pressão de espécimes arbóreos em áreas de domínio público ou privado,
DO SOLO, DO SUBSOLO E DOS RESÍDUOS SÓLIDOS podendo ser exigida a reposição dos espécimes suprimidos, conforme esta
Lei.

Art. 152. A proteção do solo no Município visa: § 2º As exigências e providências para a poda, corte e/ou remoção de
vegetação serão estabelecidas pelos artigos seguintes.
I - garantir o uso racional do solo urbano, através dos instrumentos de
gestão competentes, observadas as diretrizes ambientais contidas no Plano § 3º É estipulada a porcentagem de dez, vinte ou trinta porcento de preser-
Diretor Urbano; vação de floresta, de acordo com o tamanho do empreendimento imobiliá-
rio.
II - garantir a utilização do solo cultivável, através de adequado planejamen-
to, desenvolvimento, fomento e disseminação de tecnologias e manejos; Art. 157. As solicitações de autorização para corte de árvore e/ou remoção
de vegetação, motivadas por construção, modificação com acréscimo e
III - priorizar o controle da erosão, a contenção de encostas, proteção da parcelamento do solo serão submetidas à aprovação da SMARH, que se
orla fluvial e o reflorestamento das áreas degradadas; dará mediante a emissão de parecer técnico conclusivo, nas condições a
seguir:
IV - priorizar o manejo e uso da matéria orgânica, bem como a utilização de
controle biológico de pragas; I - em áreas particulares;

§ 1º Qualquer intervenção que dificulte ou impossibilite a dinâmica da II - em áreas públicas legalmente protegidas, inseridas ou limítrofes a
infiltração da água no solo, será considerada impermeabilizante. Unidades de Conservação Ambiental.

§ 2º Para se estabelecer a Taxa de Impermeabilização do Solo, deverá ser § 1º Caberá ao Departamento de Parques e Jardins avaliar as solicitações
considerado o tipo de solo e as formas do relevo. de corte de árvore e/ou remoção de vegetação em situações não contem-
pladas no caput deste artigo.
Art. 153. O Município deverá implantar adequado sistema de coleta, trata-
mento e destinação dos resíduos sólidos urbanos, excetuando os resíduos § 2º Serão ouvidos os demais setores da Secretaria Municipal de Meio
industriais, incentivando a coleta seletiva, segregação, reciclagem, com Ambiente e Recursos Hídricos nos casos em que a vegetação analisada
postagem e outras técnicas que promovam a redução do volume total dos estiver diretamente relacionada à atividade ou projeto desenvolvido pelos
resíduos sólidos gerados. mesmos.

Parágrafo Único - Em conformidade com a Lei nº 1.212 de 21 de setembro Art. 158. Para efeito desta Lei, considera-se:
de 1993 e todos os seus substitutivos.
I - árvore - toda planta lenhosa que, quando adulta, tenha altura mínima de
Art. 154. A empresa municipal de coleta de lixo deverá executar ações no três metros e apresente divisão nítida entre copa, tronco e/ou estipe;
Município para cadastramento dos geradores de resíduos dos serviços de
saúde, bem como para descaracterização dos mesmos, tornando-os pró- II - árvore isolada - aquela que não forma dossel ou cobertura contínua de
prios para coleta especial neste segmento, bem como a disposição final, copas;
em célula diferenciada no aterro municipal.
III - massa arbórea - conjunto de árvores formando dossel com copas
interligadas, com ou sem sub-bosque;
CAPÍTULO V
DA FAUNA IV - arbusto - o vegetal variando de um a três metros, apresentando, ou
não, divisão nítida entre copa e tronco;

Legislação municipal 105 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
V - herbácea - planta com altura inferior a um metro e sem as característi- ca.
cas de árvore ou arbusto;
Art. 162. A determinação do quantitativo da medida compensatória será
VI - massa arbustiva ou herbácea - conjunto de indivíduos florísticos com elaborada levando-se em consideração o DAP e/ou a área vegetada e o
porte arbustivo e/ou herbáceo, exóticos ou nativos; valor ecológico das espécies, conforme o que se segue.

VII - medida compensatória - aquela destinada a compensar impacto ambi- I - árvores isoladas: para corte de uma árvore exótica ou nativa por motivo
ental negativo, neste caso à supressão de vegetação. de construção serão doadas 150 (cento e cinquenta) mudas de Mata Atlân-
tica conforme lista estabelecida pela SUMAC, provinda de horto idôneo.
Art. 159. Os requerimentos de autorização que dispõe o art. 167 deverão
ser autuados na SMARH, em processo administrativo exclusivo para este II - fragmentos florestais: caso se faça necessário a supressão de fragmen-
fim, devendo a solicitação ser instruída com os seguintes documentos: tos florestais, deve preceder um censo florístico (identificação e quantifica-
ção) de indivíduos arbóreos com Diâmetro a Altura do Peito (DAP) igual a
I - formulário de solicitação de autorização para corte de árvore e/ou remo- 5cm (cinco centímetros) a 1,30m (um metro e trinta centímetros) de reflo-
ção de vegetação, devidamente preenchido; restamento ecológico em dimensão duplicada da área a ser suprimida em
área definida e conforme o projeto técnico da SMARH.
II - cópia do título de propriedade;
Art. 163. As solicitações de autorização para corte de árvore, decorrente de
III - cópia do IPTU pago; risco de queda natural, tanto em área pública como em área privada, terão
prioridade no atendimento.
IV - cópia do RG ou registro profissional e CIC do responsável pelo corte de
árvores e/ou remoção de vegetação; Art. 164. A indicação do local para implantação da medida compensatória
será definida pela SMARH, e deverá ser implantada, sempre que possível,
V - cópia do protocolo do processo de licenciamento, ou da licença de no mesmo local onde se deu o corte de árvore e/ou remoção de vegetação
obras, caso o motivo do corte e/ou supressão seja construção ou parcela- ou ainda, na sua respectiva micro-bacia, podendo também ser implantada
mento do solo; em projeto de reflorestamento de encosta do Município.

VI - cópia da planta cadastral (aerofotogramétrica) indicando o lote ou a Parágrafo Único - O Departamento de Parques e Jardins será responsável
área em questão; pelo acompanhamento da execução de plantio em arborização pública,
incluindo os logradouros e praças.
VII - declaração sobre o destino final do material proveniente do corte de
árvore e/ou remoção de vegetação; Art. 165. O corte de árvore e/ou remoção de vegetação só poderá ser
executado dentro do prazo estipulado na licença emitida pelo órgão compe-
VIII - planta de situação, em duas vias e em escala, indicando: tente, quando for o caso.

a) curvas de nível e corpos hídricos caso existam; Art. 166. A fiscalização de corte de árvore, remoção de vegetação, injúria
b) localização de todas as edificações existentes e/ou a serem implantadas, ou poda danosa de elemento vegetal de qualquer natureza, sem as licen-
inclusive subsolo; ças e/ou aprovações legalmente exigíveis, em áreas públicas e privadas é
c) localização das árvores existentes no passeio correspondente à testada competência comum do Departamento de Parques e Jardins e SMARH.
do lote;
d) representação gráfica da cobertura vegetal existente no lote, figurando Parágrafo Único - Fica incumbido de promover os procedimentos adminis-
em amarelo o que se pretende retirar, obedecendo aos seguintes critérios: trativos cabíveis, o primeiro órgão que verificar a infração de que trata o
1 - árvores isoladas - indicar todas as espécies existentes, numerando as caput deste artigo, devendo o mesmo comunicar o ocorrido ao outro setor.
mesmas, sequencialmente, em planta e em campo, e discriminar em tabela
o DAP (Diâmetro do caule a Altura do Peito), espécie, altura e condições Art. 167. A autorização para corte de árvore e/ou remoção de vegetação
fito-sanitárias, além de levantamento fotográfico. será emitida pela SMARH, e deverá especificar, dentre outros, o número de
2 - massa arbórea, massa arbustiva e/ou herbácea - plotar a área de cober- árvores e/ou área vegetada a ser removida, conforme indicadas em planta
tura vegetal e dimensioná-la em metros quadrados, discriminando em visada pela SMARH, que se tornará parte integrante da autorização, e o
tabela, ou inventário, as espécies nativas e exóticas existentes. número de árvores a serem plantadas como medida compensatória.

§ 1º Poderão ser exigidos outros documentos e informações complementa-


res que visem a total compreensão do requerido, tais como corte longitudi- CAPÍTULO VII
nal, indicando o perfil natural do terreno e o imóvel a ser construído, inclusi- DA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS
ve subsolo, bem como laudo técnico de profissional legalmente habilitado
para caracterização precisa da cobertura vegetal existente.
Art. 168. A extração de bens minerais sujeitos ao regime de licenciamento
§ 2º No caso da exigência de apresentação de inventário, o mesmo deverá mineral será regulada, licenciada, fiscalizada e/ou monitorada pela SMARH,
seguir os procedimentos de apresentação de inventário de cobertura vege- observada a legislação federal pertinente a esta atividade.
tal, conforme órgão municipal ambiental.
Art. 169. A realização de obras, instalação, operação e ampliação de
Art. 160. Somente poderá ser autorizado o corte de árvore e/ou remoção extração de substâncias minerais não constantes do artigo anterior, depen-
de vegetação, para construção ou parcelamento do solo, desde que: derão de prévia manifestação da SMARH.

I - comprovada a impossibilidade de sua manutenção e/ou transplante; Art. 170. Quando do licenciamento, será obrigatória a apresentação de
projeto de recuperação da área degradada pelas atividades de lavra.
II - o responsável pelo corte de árvore e/ou supressão de vegetação apre-
sente proposta de execução de cumprimento de medida compensatória,
conforme art. 162, a ser aprovada pela SMARH. CAPÍTULO VIII
DO CONTROLE DA EMISSÃO DE RUÍDOS
Art. 161. Poderá ser exigida mudança no projeto arquitetônico, dentro dos
parâmetros urbanísticos vigentes, com o objetivo de preservar espécimes
significativos ou elemento de relevância ambiental, paisagística ou científi- Art. 171. O controle da emissão de ruídos no Município visa garantir o

Legislação municipal 106 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sossego e bem-estar público, evitando sua perturbação por emissões de pressão permitidos para ambientes externos, em dB(A), conforme previ-
excessivas ou incômodas de sons de qualquer natureza ou que contrariem são dos Planos Urbanísticos Municipais.
os níveis máximos fixados em lei ou regulamento.
Parágrafo Único - Para as regiões do Município não abrangidas por legisla-
Art. 172. Ficam instituídas no Município de Niterói as condições básicas de ção municipal que defina níveis máximos de pressão sonora, serão adota-
proteção à população, na forma desta Lei, que proíbe perturbar o sossego dos os parâmetros mais restritivos dentre os estabelecidos nas legislações
e o bem-estar público com ruídos, e sons excessivos ou incômodos de federal e municipal.
qualquer natureza, produzidos por qualquer forma, que contrariem os níveis
máximos de pressão sonora fixados nos planos urbanísticos. Art. 175. Se o ruído de fundo for superior aos valores estabelecidos nos
PUR`S para as áreas e horários em questão, o nível de pressão sonora
Art. 173. Para fins de aplicação deste Código, serão consideradas as assumirá o valor do ruído de fundo.
seguintes definições:
Art. 176. O nível de pressão sonora para ambientes internos, será o nível
I - decibel (dB) - unidade de medida da intensidade sonora; indicado nos Planos Urbanísticos com correção de - 10 dB(A) para janelas
abertas e - 15 para janelas fechadas.
II - período diurno 1 (PD1) - o tempo compreendido entre as 7 (sete) e 22
(vinte e duas) horas, dos dias úteis; Art. 177 A emissão de sons e/ou ruídos em decorrência de quaisquer
atividades industriais, comerciais, turísticas, sociais, religiosas ou recreati-
III - período noturno (PN) - o tempo compreendido entre 22 (vinte e duas) vas e outros, no Município de Niterói, obedecerá aos padrões, critérios e
horas de um dia e 7 (sete) horas do dia seguinte, salvo aos sábados do- diretrizes estabelecidos neste Código.
mingos e feriados, quando o término deverá ser as 9 (nove) horas;

IV - o período diurno e noturno estará definido nos Planos Urbanísticos SEÇÃO II


Regionais; DA MEDIÇÃO SONORA

V - poluição sonora - qualquer alteração das propriedades físicas do meio


ambiente causada por som ou ruído que direta ou indiretamente, seja Art. 178. O procedimento de medição dos níveis de intensidade sonora
nocivo à saúde, à segurança ou bem-estar da população; deverá ser executado por profissional credenciado pela SMARH, bem
como, na aprovação de projeto de tratamento e/ou isolamento acústico,
VI - som - toda e qualquer vibração ou onda mecânica que se propaga em com utilização de equipamento adequado, do tipo 0, 1 ou 2, seguindo o
meio elástico, dentro da faixa de 16Hz a 20kHz, capaz de produzir no estabelecido na NBR 10151 da ABNT ou as que lhe sucederem.
homem uma sensação auditiva;
Art. 179. Condições gerais:
VII - ruído - qualquer som que cause ou possa causar perturbações ao
sossego público ou gerar efeitos psicológicos e/ou fisiológicos negativos em I - na ocorrência de reclamações, as medições devem ser efetuadas nas
seres humanos; condições e locais indicados pelo reclamante, observando os artigos 180 e
181 desta Lei;
VIII - tratamento acústico - processo pelo qual se procura conferir a um
recinto condições de permanência aceitável, viável e, principalmente, II - para observar uma melhor avaliação do incômodo à comunidade são
confortável para as pessoas; necessárias correção nos valores medidos dos níveis de pressão sonora,
se o ruído apresentar características especiais, nos termos do artigo 182
IX - isolamento acústico - processo pelo qual se procura estabelecer barrei- desta Lei;
ras acústicas através de materiais isolantes fazendo com que diminua
suficientemente a radiação sonora para o meio exterior; III - todos os valores medidos do nível de pressão sonora devem ser apro-
ximados ao valor inteiro mais próximo;
X - ruído de fundo - todo e qualquer ruído que esteja sendo emitido durante
o período de medições, que não aquele objeto das medições; IV - não devem ser efetuadas medições na existência de interferências
audíveis advindas de fenômenos da natureza, como trovões, chuvas fortes
XI - ruído com caráter impulsivo - ruído que contém impulsos, que são picos etc;
de energia acústica com duração menor que 1s (um segundo) e que se
repetem a intervalos maiores que 1s (por exemplo, marteladas, bate esta- V - o tempo de medição deve ser escolhido de forma a permitir a caracteri-
cas, tiros e explosões); zação do ruído, podendo a medição envolver uma única amostra ou uma
sequência de amostras.
XII - ruído com componentes tonais - ruído que contém tons puros, como o
som de apitos e zumbidos; Art. 180. Os procedimentos para medição no exterior de edificações obser-
varão o seguinte:
XIII - nível de pressão sonora equivalente (Leq) na curva de ponderação "A"
- dB(A) - o valor médio e eficaz das flutuações da pressão atmosférica I - prevenir o efeito de ventos sobre o microfone com o uso de protetor,
causadas pela passagem das ondas sonoras, medida através de um filtro conforme instruções do fabricante;
eletrônico contido nos medidores de níveis sonoros, relativos à curva de
ponderação "A", realizando as devidas correções, quando necessário; II - as medições no exterior de edificações que contêm a fonte devem ser
efetuadas em pontos afastados aproximadamente de 1,2 metros (um metro
XIV - música ambiente - Utilizada para promover um ambiente agradável e vinte centímetros) do piso e pelo menos 2 metros (dois metros) do limite
em locais públicos, permitindo a dissimulação das conversas e cujo nível da propriedade e de quaisquer outras superfícies refletoras, como muros,
não ultrapasse os descritos nos Planos Urbanísticos. paredes e etc., sendo que, na impossibilidade de atender alguma destas
recomendações deverá a descrição da situação medida constar do relató-
rio;
SEÇÃO I
DOS NÍVEIS MÁXIMOS PERMISSÍVEIS III - caso o reclamante indique algum ponto de medição que não atenda as
condições do inciso II, o valor medido deverá constar do relatório.

Art. 174. Para os fins previstos neste Código, serão estabelecidos os níveis Art. 181. Os procedimentos para medição no interior de edificações obser-

Legislação municipal 107 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
varão o seguinte:
SEÇÃO III
I - as medições em ambientes internos devem ser efetuadas a uma distân- DAS PERMISSÕES
cia de no mínimo 1m (um metro) de quaisquer superfícies como paredes,
teto, pisos e móveis;
Art. 187. São permitidos, observados o disposto no artigo 185 deste Códi-
II - os níveis de pressão sonora em interiores devem ser o resultado da go, os sons e/ou ruídos que provenham:
média aritmética dos valores medidos em pelo menos três posições distin-
tas, sempre que possível afastada entre si em pelo menos 0,5 metros I - de sinos de igrejas ou templos, bem como instrumentos litúrgicos utiliza-
(cinquenta centímetros); dos no exercício de cultos ou cerimônias religiosas, celebrados no recinto
das respectivas sedes das associações religiosas, no período de
III - caso o reclamante indique algum ponto de medição que não atenda as 07h00minh as 22h00minh, exceto em datas religiosas de expressão popu-
condições do item II, o valor medido neste ponto também deverá constar no lar, quando será livre o horário, desde que previamente autorizado pela
relatório; SMARH;

IV - as medições devem ser efetuadas nas condições de utilização normal II - de sirenes ou aparelhos semelhantes, que assinalem o início, intervalos
do ambiente, isto é, com janelas abertas ou fechadas de acordo com a e fim da jornada de trabalho e horário escolar, desde que funcionem dentro
indicação do reclamante. dos limites permitidos e que o sinal não se alongue por mais de 15 (quinze)
segundos e seja acionada nos dias úteis no período de 07h00minh as
Art. 182. Correções para ruído com características especiais: 22h00minh;

I - o nível corrigido para ruído sem caráter impulsivo e sem componentes III - de sinaleiras ou aparelhos semelhantes, que assinalem a entrada e
tonais é determinado pelo nível de pressão sonora equivalente; saída de veículos, desde que funcionem dentro dos limites permitidos e que
o sinal sonoro não se alongue por mais de 30 (trinta) segundos, observan-
II - o nível corrigido com características impulsivas ou de impacto é deter- do ainda que o dispositivo emissor de som e/ou ruído poderá ser atenuado
minado pelo valor máximo medido com o medidor de pressão sonora diariamente no período de 22h00minh as 07h00minh, mantendo, no entanto
ajustado para resposta rápida, acrescido de 5 dB(A); um piscar luminoso contínuo e silencioso;

III - O nível corrigido para ruído com componentes tonais é determinado IV - de procissões, cortejos, grupos religiosos em logradouro público, previ-
pelo Leq acrescido de 5 dB(A); amente autorizado pela SMARH, respeitando o horário previamente autori-
zado;
IV - o nível corrigido para ruído que apresente simultaneamente caracterís-
ticas impulsivas e componentes tonais, deverá ser determinado aplicando- V - de salão de festa em condomínios residenciais e/ou comercias.
se os procedimentos de item II e III, tomando-se como resultado o maior
valor. Art. 188. São permitidos os sons e ruídos, que provenham:

Art. 183. O relatório de medição sonora deverá conter: I - de máquinas e equipamentos usados em obras, no período de
08h00minh as 17h00minh nos dias úteis, salvo quando se tratar de obra
I - marca tipo ou classe e número de série de todos os equipamentos de pública com caráter emergencial, o que deve ser expressamente justificado
medição utilizados; a SMARH, onde o documento deve permanecer na obra para apresentação
a fiscalização e desde que atenda as seguintes delimitações:
II - data e número do último certificado de calibração de cada equipamento;
a) de cravação de estacas a percussão, do uso de perfuratrizes, rompedo-
III - desenho esquemático e/ou descrição detalhada dos pontos de medi- res, britadeiras, compressores e similares, nas obras em geral, que deverá
ção; obedecer ao horário entre 10h00minh e 17h00minh em dias úteis;
b) do uso de explosivos em demolições ou obras em geral, que deverá
IV - horário e duração das medições do ruído; obedecer ao horário entre 10h00minh e 15h00minh nos diais úteis;

V - nível de pressão sonora corrigido, indicando as condições aplicadas; II - de sirenes ou aparelhos semelhantes, quando usados por batedores
oficiais, em ambulâncias ou veículos de serviços urgentes;
VI - nível de ruído de fundo;
III - de escola de samba durante o carnaval e nos 30 (trinta) dias que o
VII - valor do nível sonoro aplicado para a área e o horário da medição; antecedam, desde que destinados exclusivamente a divulgar músicas
carnavalescas, sem propaganda comercial e com prévia autorização da
VIII - referência a este Código. SMARH;

Art. 184. O resultado das medições deverá ser público, e registrado quando IV - de banda de músicas, em desfiles ou apresentações nas praças, jar-
for o caso, na presença do reclamante prioritariamente ou de testemunhas. dins públicos e áreas livres devidamente autorizados pela SMARH;

Parágrafo Único - A solicitação de medição sonora deverá ser feita median- V - de alto-falantes, utilizados para propaganda eleitoral, durante o horário
te requerimento, com o recolhimento da taxa prevista na Tabela III do artigo entre 7h (sete) e 22h (vinte e duas) e época estabelecida pela Justiça
214 desta Lei. Eleitoral;

Art. 185. No caso da fonte produtora da poluição sonora e a propriedade VI - de eventos socioculturais ou recreativos e festas folclóricas ou de
onde se dá o suposto incômodo localizarem-se em diferentes áreas, será manifestação popular, de caráter coletivo ou comunitário, em logradouros
considerado o menor valor. ou áreas públicas e com prévia autorização da SMARH, que definirá a data,
duração, local e horário máximo para o término, justificando no ato adminis-
Art. 186. Se o medidor de pressão sonora utilizado, não dispuser de recur- trativo, as decisões tomadas;
so automático para determinação do nível de pressão sonora equivalente
(Leq) ponderado em "A", deverá ser adotado um método alternativo para VII - de sons e/ou ruídos que provenham de alarmes sonoros para segu-
determinação do Leq, utilizando os procedimentos contidos no Anexo A. rança em imóveis de qualquer natureza;

Legislação municipal 108 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
VIII - de atividades recreacionais em clubes, colégios e afins, no período especial ou da aparelhagem nele prevista.
entre 9 (nove) horas e 20 (vinte) horas, desde quando não sejam utilizados
equipamentos sonoros com alto falantes; § 2º Os estabelecimentos existentes de que trata este artigo deverão se
adequar às normas contidas nesta Lei no prazo de 24 meses (dois anos), a
IX - de obras em geral, realizadas em edifícios comerciais no período de partir de sua publicação.
07h (sete) até 22h (vinte e duas).
Art. 195. Os locais tais como: canil, granjas, clínicas veterinárias e congê-
Art. 189. Poderão ser solicitadas medidas alternativas mitigadoras do ruído, neres sem abrigo adequado nos quais haja indícios de atividades econômi-
quando a fonte for passível de confinamento, e observada a melhor tecno- cas, deverão dispor, quando necessário, de isolamento acústico que impe-
logia disponível. ça a propagação de som e/ou ruídos para o exterior.

Art. 190. Os equipamentos de difícil substituição, geradores de ruído,


considerados não permitidos na forma deste Código, terão seu funciona- SEÇÃO VI
mento tolerado em dias úteis, e por prazo determinado, quando limitados à DAS PENALIDADES E DE SUAS APLICAÇÕES
jornada contínua ou descontínua, perfazendo um total máximo de 8 (oito)
horas de operação, dentro do período de 08h00minh as 16h00minh.
Art. 196. Verificada a ocorrência da infração às disposições deste Código,
seguir-se-á o seguinte procedimento:
SEÇÃO IV
DAS PROIBIÇÕES I - notificação: o infrator será informado de acordo com o disposto neste
Código;

Art. 191. Independente de medições sonoras de qualquer natureza, são II - intimação: o infrator será intimado a cessar a atividade no prazo de 24
expressamente proibidos os ruídos e/ou sons: horas;

I - produzidos por veículos de qualquer tipo, particular ou serviços de em- III - multa: será aplicada no caso de permanência da infração; caso reinci-
presas, com equipamentos sonoros para propaganda, comercialização de dente, a multa será aplicada em dobro;
bens e/ou serviços que caracterizem atividade comercial, exceto para
atividades sindicais com prévia autorização da SMARH; IV - embargo parcial: persistindo o fato gerador da intimação, a fonte produ-
tora de som e/ou ruído será embargada até o efetivo cumprimento das
II - produzidos por pregões, anúncios ou propaganda, em logradouro públi- disposições regulamentares pertinentes;
co, para ele dirigido ou ainda nele ouvido, de viva voz ou por meio de
aparelhos, ou instrumentos de qualquer natureza; V - apreensão: caso o infrator desconsidere o item IV, todos os equipamen-
tos geradores de sons e ruídos serão apreendidos;
Parágrafo Único - Nos casos previstos nos incisos I e II do presente artigo o
contratado e o contratante serão considerados infratores. VI - embargo total: caso de reposição de qualquer equipamento, o estabe-
lecimento deverá ser lacrado, até a solução total do fato ocorrido;

SEÇÃO V VII - cassação: será considerado sem condições de funcionamento e con-


DA ADEQUAÇÃO SONORA sequentemente sujeito à cassação do alvará de funcionamento, aquele
estabelecimento em relação ao qual as aplicações das penalidades previs-
tas anteriormente, se revelarem inócuas para fazer cessar o som e/ou
Art. 192. Deverão dispor de proteção, instalação ou meios adequados ao ruído;
tratamento e/ou isolamento acústico que não permitam a propagação de
sons e/ou ruídos para o ambiente exterior, acima do descrito no artigo 176, VIII - as multas serão lavradas em nome do estabelecimento, quando o
devendo esta restrição constar no alvará de funcionamento para estabele- mesmo for legalizado junto ao Município, e em nome do responsável ou
cimento, as seguintes atividades: proprietário, quando se tratar de estabelecimentos informais, e quando por
trabalhador autônomo, ser-lhe-á apreendida a respectiva licença. Caso não
I - os estabelecimentos recreativos, culturais, educacionais, filantrópicos, possua licença será apreendido o equipamento, que somente será liberado
religiosos, industriais, comerciais ou de prestação de serviços, geradores mediante pagamento da multa;
de sons e/ou ruídos;
IX - a devolução da fonte produtora de som apreendida se dará mediante
II - toda e qualquer instalação de máquinas ou equipamentos; constatação da adequação aos níveis permitidos, comprovação do paga-
mento da multa e cumprimento das demais disposições aplicáveis.
III - os estabelecimentos com atividade de música ao vivo e/ou mecânica.
Art. 197. As sanções estabelecidas neste Código não eximem o infrator da
Art. 193. Nas áreas de parques, bosques, reservas e praças municipais, só responsabilidade civil ou criminal em que houver incorrido.
poderão ser utilizados equipamentos sonoros, alto-falantes e instrumentos
musicais, mediante autorização prévia da SMARH. Art. 198. As multas por infrações aos dispositivos deste Código são gradu-
adas em valores de referência constantes do Anexo III, reajustáveis anual-
Art. 194. Nos estabelecimentos com a atividade de venda de discos e nos mente de acordo com o índice estipulado por lei para a atualização dos
de gravação de som, bem como em estúdios de gravadoras e ensaios Créditos Tributários do Município, conforme a seguinte Tabela:
musicais, os trabalhos que produzam som deverão ser feitos em cabines ou
salas especiais, cujo isolamento acústico impeça a propagação do som ____________________________________________________________
para o exterior dos locais onde está sendo produzido, ou mediante o em- |Nível excedente de som e/ou ruído em relação ao| Valor da |
prego de aparelhagem de uso individual (fones), vedadas, em ambas as | máximo permitido | Multa |
hipóteses, ligações com amplificadores ou alto-falantes que lancem o som |===============================================|=========
para o ambiente externo, devendo estas restrições constar nos respectivo ===|
alvará de funcionamento. |Até 05 dB(A) |MA10 |
|-----------------------------------------------|------------|
§ 1º Não será concedida licença para localização de novos estabelecimen- |Acima de 05 dB(A) e até 10 dB(A) |MA20 |
tos do ramo de que trata este artigo, que não disponham de cabine, sala |-----------------------------------------------|------------|

Legislação municipal 109 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
|Acima de 10 dB(A) e até 15 dB(A) |MA40 | Art. 203. As taxas de expediente relativas aos requerimentos de aprovação
|-----------------------------------------------|------------| de projeto e medições sonoras serão cobradas de acordo com o disposto no
|Acima de 15 dB(A) e até 20 dB(A) |MA80 | Código Tributário do Município.
|-----------------------------------------------|------------|
|Acima de 20 dB(A) e até 25 dB(A) |MA120 |
|-----------------------------------------------|------------| SEÇÃO VIII
|Acima de 25 dB(A) e até 30 dB(A) |MA160 | DOS ÓRGÃOS FISCALIZADORES E SUAS ATRIBUIÇÕES
|-----------------------------------------------|------------|
|Acima de 30 dB(A) e até 35 dB(A) |MA200 |
|-----------------------------------------------|------------| Art. 204. Caberá a SMARH a execução das normas e aplicações das san-
|Acima de 35 dB(A) e até 40 dB(A) |MA240 | ções previstas neste Código, assim como:
|-----------------------------------------------|------------|
|Acima de 40 dB(A) |MA300 | I - estabelecer o programa de controle de ruídos urbanos, exercendo direta-
|_______________________________________________|____________| mente, o poder de controle e fiscalização das fontes de poluição sonora;

§ 1º O valor da multa poderá ser reduzido em até 75% (cinquenta porcento) II - exigir das pessoas físicas ou jurídicas, responsáveis por qualquer fonte
quando o infrator comparecer ao órgão fiscalizador no prazo de 72h00min de poluição sonora, projeto de tratamento acústico ou medida alternativa
(setenta e duas) horas após infração, comprometendo-se a cessar ou ade- eficazes, que minimizem o incômodo dependendo de cada caso.
quar-se aos níveis permitidos por este Código e pagar a multa no prazo a
ser estabelecido, podendo chegar a um período máximo de 60 (sessenta) Parágrafo Único - Serão aceitas medidas alternativas ao tratamento acústi-
dias. co, se as mesmas minimizarem o incômodo em caráter provisório.

§ 2º Em caso de reincidência, o infrator perderá o direito à redução da multa Art. 205. Caberá, ainda, a SMARH a análise e a aprovação dos projetos de
prevista no § 1º deste artigo. tratamento e/ou isolamento acústico, que deverão verificar a possibilidade
de implantação de estabelecimentos industriais, fábricas, oficinas, serrari-
Art. 199. A ninguém é lícito, por ação ou omissão, dar causa ou contribuir as/serralharias ou outros que produzam ou possam vir a produzir sons e/ou
para a ocorrência de qualquer som e/ou ruído, determinado neste Código. ruídos fora dos limites estabelecidos neste Código.

Parágrafo Único - Esta análise e aprovação de projeto acústico deverá ser


SEÇÃO VII realizada por profissional credenciado pela SMARH, bem como a medição
DA AUTORIZAÇÃO E APROVAÇÃO DE PROJETO de nível pressão sonora como descrito no artigo 178 desta Lei.

Art. 206. Compete a SMARH:


Art. 200. Para aprovação de projeto de tratamento e/ou isolamento acústico
a faz-se necessário a apresentação de: I - coordenar o licenciamento e a fiscalização do cumprimento do disposto
neste Código;
I - requerimento conforme o constante no Anexo B devidamente preenchido
e com taxa de expediente paga; II - aplicar as penalidades pelas infrações verificadas;

II - taxas pagas de acordo com o Código Tributário de Município; III - organizar programas de educação ambiental para a conscientização da
população;
III - fotocópia do registro de imóvel e/ou contrato de locação;
IV - exigir a adequação da atividade às normas contidas neste Código, como
IV - fotocópia do alvará de funcionamento e CNPJ; condição para modificação no alvará de funcionamento;

V - fotocópia do RG, CPF, CREA e ART (paga) do requerente e do profis- V - toda arrecadação proveniente de taxas e multas estabelecidas por este
sional; Código será revertida ao FMCA, (Fundo Municipal de Conservação Ambien-
tal), criado pelo artigo 8º desta Lei.
VI - planta do projeto acústico em 3 (três) vias, contendo planta baixa e de
cortes com detalhes e assinada pelo profissional;
CAPÍTULO IX
VII - memorial descritivo do projeto, incluindo as características acústicas DO CONTROLE DAS ATIVIDADES PERIGOSAS
dos materiais utilizados;

VIII - capacidade ou lotação máxima do estabelecimento; Art. 207. É dever do Poder Público controlar e fiscalizar a produção a esto-
cagem, o transporte, a comercialização e a utilização de substâncias ou
IX - o projeto deverá ser executado em um prazo de 30 (trinta) dias, sendo produtos perigosos, bem como as técnicas, os métodos e as instalações que
prorrogável; comportem risco efetivo ou potencial para a sadia qualidade de vida e do
meio ambiente.
X - para obtenção de aprovação definitiva, após a obra executada, o reque-
rente deverá solicitar um relatório técnico de medição;
SEÇÃO I
XI - somente serão aceitos responsáveis técnicos das áreas de arquitetura, DO TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS
engenharia civil ou profissional com especialização na área.

Art. 201. Mesmo o estabelecimento em período de adequação, não poderá Art. 208. As operações de transporte, manuseio e armazenagem de cargas
realizar quaisquer atividades que possam causar sons e/ou ruídos. perigosas, no território do Município, serão reguladas pelas disposições
deste Código e da norma ambiental pertinente.
Art. 202. Caso o projeto mesmo depois de aprovado, venha a apresentar
vazamento de sons e/ou ruídos, o mesmo deverá sofrer novas adaptações Art. 209. São consideradas cargas perigosas, para os efeitos deste Código,
de forma a sanar o problema. aquelas constituídas por produtos ou substâncias efetiva ou potencialmente
nocivas à população, aos bens e ao meio ambiente, assim definidas e

Legislação municipal 110 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
classificadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, e norma ambiental;
outras que o COMAN considerar.
X - interdição: é a limitação, suspensão ou proibição do uso de construção,
Art. 210. Os veículos, as embalagens e os procedimentos de transporte de exercício de atividade ou condução de empreendimento;
cargas perigosas devem seguir as normas pertinentes da ABNT e a legisla-
ção em vigor, e encontrar-se em perfeito estado de conservação, manuten- XI - intimação: é a ciência ao administrado da infração cometida, da sanção
ção e regularidade e sempre devidamente sinalizados. imposta e das providências exigidas, consubstanciada no próprio auto ou em
edital;
Art. 211. O transporte de cargas perigosas dentro do Município de Niterói
será precedido de autorização expressa do Corpo de Bombeiros e da XII - poder de polícia: é a atividade da administração que, limitando ou
SMUC, que estabelecerão os critérios especiais de identificação e as medi- disciplinando direito, interesse, atividade ou empreendimento, regula a
das de segurança que se fizerem necessárias em função da periculosidade. prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concer-
nente à proteção, controle ou conservação do meio ambiente e a melhoria
da qualidade de vida no Município de Niterói;
TÍTULO II
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS E DO PODER DE POLÍCIA AMBI- XIII - reincidência: é a perpetração de infração da mesma natureza ou de
ENTAL natureza diversa, pelo agente anteriormente autuado por infração ambiental.
No primeiro caso trata-se de reincidência específica e no segundo de reinci-
dência genérica. A reincidência observará um prazo máximo de 5 (cinco)
Art. 212. Toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, anos entre uma ocorrência e outra.
promoção, conservação, preservação e recuperação do meio ambiente, é
considerada infração administrativa ambiental, e será punida com as san- Art. 216. No exercício da ação fiscalizadora, serão assegurados aos agen-
ções do presente diploma legal, sem prejuízo de outras previstas na legisla- tes fiscais o livre acesso e a permanência, pelo tempo necessário, nos
ção vigente. estabelecimentos públicos ou privados.

Art. 213. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática das infrações Art. 217. O fiscal da SMARH poderá, sempre que necessário, solicitar força
administrativas, incide nas sanções a elas cominadas, na medida da sua policial no exercício da ação fiscal.
culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e
de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa Art. 218. À SMARH compete:
jurídica que, sabendo da conduta ilícita de outrem, deixar de impedir a sua
prática, quando poderia agir para evitá-la. I - efetuar vistorias, levantamentos e avaliações;

II - verificar a ocorrência da infração e lavrar o auto correspondente, forne-


CAPÍTULO I cendo cópia ao autuado;
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
III - elaborar laudos ou relatórios técnicos;

Art. 214. A fiscalização do cumprimento das disposições deste Código e das IV - intimar ou notificar os responsáveis pelas fontes de poluição a apresen-
normas regulamentares será exercida pela SMARH. tarem documentos ou esclarecimentos em local e data previamente determi-
nados;
Art. 215. Consideram-se para os fins deste Capítulo os seguintes conceitos:
V - prestar atendimentos a acidentes ambientais, encaminhando providên-
I - apreensão: ato material decorrente do poder de polícia e que consiste no cias no sentido de sanar os problemas ambientais ocorridos;
privilégio do poder público de assenhorear-se de animais, produtos e sub-
produtos da fauna e flora, apetrechos, instrumentos, equipamentos ou VI - exercer atividade orientadora, visando à adoção de atitude ambiental
veículos de qualquer natureza utilizados na infração; positiva.

II - auto: instrumento de assentamento que registra, mediante termo circuns- Art. 219. São consideradas circunstâncias atenuantes:
tanciado, os fatos que interessam ao exercício do poder de polícia;
I - arrependimento eficaz do infrator, manifestado pela espontânea repara-
III - auto de infração: registra o descumprimento de norma ambiental e ção do dano, em conformidade com normas, critérios e especificações
consigna a sanção pecuniária cabível; determinadas pela SMARH;

IV - auto de notificação: instrumento pelo qual a administração dá ciência ao II - comunicação prévia do infrator às autoridades competentes, em relação
infrator ou àquele que está na iminência de uma prática infratora, das provi- a perigo iminente de degradação ambiental;
dências exigidas pela norma ambiental, consubstanciada no próprio auto;
III - colaboração com os agentes e técnicos encarregados do controle ambi-
V - demolição: destruição forçada de obra incompatível com a norma ambi- ental;
ental;
IV - o infrator não ser reincidente e a falta cometida ser de natureza leve;
VI - embargo: é a suspensão ou proibição da execução de obra ou implanta-
ção de empreendimento; V - quando decorrente de ato involuntário;

VII - fiscalização: toda e qualquer ação de agente fiscal credenciado visando VI - a localização, o tipo e o porte do empreendimento.
ao exame e verificação do atendimento às disposições contidas na legisla-
ção ambiental, neste Código e nas normas deles decorrentes; Art. 220. São consideradas circunstâncias agravantes:

VIII - infração: é o ato ou omissão contrário à legislação ambiental, a este I - cometer o infrator reincidência específica ou infração continuada;
Código e às normas deles decorrentes;
II - ter cometido a infração para obter vantagem pecuniária;
IX - infrator: é a pessoa física ou jurídica cujo ato ou omissão, de caráter
material ou imaterial, provocou ou concorreu para o descumprimento da III - coagir outrem para a execução material da infração;

Legislação municipal 111 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
com os valores correspondentes a atualização dos índices constantes do
IV - ter a infração produzida consequência grave ao meio ambiente; Anexo I.

V - deixar o infrator de tomar as providências ao seu alcance, quando tiver Art. 227. Os responsáveis pela infração ficam sujeitos às seguintes sanções,
conhecimento do ato lesivo ao meio ambiente; que poderão ser aplicadas independentemente:

VI - ter o infrator agido com dolo; I - advertência;

VII - ter a infração atingida áreas sob proteção legal; II - multa simples, diária ou cumulativa;

VIII - a localização, o tipo e o porte do empreendimento; III - apreensão de produtos e subprodutos da fauna e flora silvestres, instru-
mentos, apetrechos e equipamentos de qualquer natureza utilizados na
IX - atingir a infração aos corpos hídricos e suas áreas de influência. infração;

Art. 221. Havendo concurso de circunstâncias atenuante e agravante, a IV - embargo ou interdição temporária de atividade até correção da irregula-
pena será aplicada levando-as em consideração, bem como o conteúdo da ridade;
vontade do autor.
V - cassação de alvarás e licenças, e a consequente interdição definitiva do
Art. 222. O processo administrativo para apuração de infração, deve obser- estabelecimento autuado, a serem efetuadas pelos órgãos competentes do
var os seguintes prazos a partir do recebimento da notificação: Executivo Municipal, em cumprimento a parecer técnico homologado pelo
titular da SMARH;
I - dez dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra a notifica-
ção; VI - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo
Município;
II - vinte dias para o órgão competente analisar e julgar a notificação;
VII - reparação, reposição ou reconstituição do recurso ambiental danificado,
III - trinta dias para o infrator recorrer da decisão condenatória. de acordo com suas características e com as especificações definidas pela
SMARH;
Parágrafo Único - O processo administrativo que resultarem ato condenató-
rio, após recurso do infrator, obriga-o ao pagamento de multa no prazo de 2 VIII - demolição.
(dois) dias da data do recebimento da decisão final.
§ 1º Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais infrações,
Art. 223. As infrações a esta Lei, exceto aquelas com penalidades específi- ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.
cas, ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas,
sem prejuízo das de natureza cível e penal: § 2º A aplicação das penalidades previstas neste Código não exonera o
infrator das cominações cíveis e penais cabíveis.
I - notificação;
§ 3º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o
II - multa; infrator obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou
recuperar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por
III - suspensão temporária de atividade; sua atividade.

IV - cassação de licença para funcionamento; Art. 228. A advertência será aplicada por ato formal quando se tratar de
primeira infração de natureza leve, definida no artigo 234 deste Código.
V - apreensão de material;
Parágrafo Único - O não cumprimento das determinações expressas no ato
VI - retirada de equipamentos, caso o licenciamento seja cancelado. da advertência, no prazo estabelecido pelo órgão ambiental competente,
sujeitará o infrator à multa.
VII - imposição de medida de recuperação dos danos causados.
Art. 229. A multa é a imposição pecuniária singular, diária ou cumulativa, de
Parágrafo Único - Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais natureza objetiva a que se sujeita o administrado em decorrência da infração
infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas comi- cometida e classifica-se em leves, graves, muito graves e gravíssimas.
nadas.
§ 1º A pena de multa simples consiste no pagamento dos seguintes valores:

CAPÍTULO II I - nas infrações leves, do valor de referência MA6 até o valor de referência
DAS PENALIDADES MA120, ambos os valores constantes do Anexo III;

II - nas infrações graves, do valor de referência MA150 até 100 (cem) vezes
Art. 224. Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração o valor de referência MA120, ambos os valores constantes do Anexo III;
ambiental serão revertidas ao Fundo Municipal de Conservação Ambiental.
III - nas infrações muito graves, de 101 (cento e uma) vezes o valor de
Art. 225. A avaliação da infração terá por base a unidade, hectare, metro referência MA120 até 5.000 (cinco mil) vezes o valor de referência MA120,
cúbico, quilograma ou outra medida pertinente, de acordo com o objeto ambos os valores constantes do Anexo III;
jurídico lesado.
IV - nas infrações gravíssimas, de 5.001 (cinco mil e uma) vezes o valor de
Art. 226. Os valores das multas tratadas nesse Capítulo terão como referên- referência MA120 até 5.000 (cinco mil) vezes o valor de referência MA120,
cia os valores listados na Tabela do Anexo I, que serão atualizados moneta- ambos os valores constantes do Anexo III.
riamente utilizando-se o mesmo índice empregado pelo Município para
correção monetária dos créditos tributários. § 2º O agente autuante, ao lavrar o auto de infração, indicará a multa previs-
ta para a conduta, bem como, se for o caso, as demais sanções estabeleci-
Parágrafo Único - Fica o Poder Executivo autorizado a publicar tabela anual das neste Código, observando:

Legislação municipal 112 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Municipal de Meio Ambiente.
I - as circunstâncias atenuantes e agravantes;
Art. 233. As penalidades poderão incidir sobre:
II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas consequências à qualidade
ambiental e a capacidade de recuperação do meio ambiente; I - o autor material;

III - os antecedentes do infrator quanto às normas ambientais; II - o mandante;

IV - a capacidade econômica do infrator. III - quem de qualquer modo concorra à prática ou dela se beneficie.

§ 3º A autoridade competente deve de ofício ou mediante provocação, Art. 234. Considera-se infração leve:
independentemente do recolhimento da multa aplicada, majorar, manter ou
minorar o seu valor, respeitados os limites estabelecidos nos artigos infringi- I - obstruir passagem superficial de águas pluviais;
dos, observando os incisos do § 1º deste artigo.
II - podar ou transplantar árvores de arborização urbana, sem causar danos
Art. 230. A multa simples será aplicada sempre que o infrator, por negligên- às mesmas, sendo tais serviços atribuição do Município;
cia ou dolo:
III - riscar, colar papéis, pintar, fixar cartazes ou anúncios em arborização
I - advertido, por irregularidades, que tenham sido praticadas, deixar de urbana;
saná-las, no prazo assinalado pela SMARH;
IV - efetuar queima ao ar livre, de materiais que comprometam de alguma
II - opuser embaraço a fiscalização da SMARH. forma o meio ambiente ou a sadia qualidade de vida;

§ 1º A multa simples pode ter seu valor reduzido, quando o infrator, por V - depositar resíduos inertes de forma inadequada, ou em local não permi-
termo de compromisso aprovado pela autoridade competente, obrigar-se à tido;
adoção de medidas específicas, para fazer cessar ou corrigir a degradação
ambiental ou prestar serviços de preservação, melhoria e recuperação da VI - lançar quaisquer efluentes líquidos, em águas superficiais ou subterrâ-
qualidade ambiental, através da elaboração de um Plano de Ação. neas, diretamente ou através de quaisquer meios de lançamento, incluindo
redes de coleta e emissários, em desacordo com os padrões fixados e que
§ 2º A correção do dano de que trata este artigo será feita mediante a apre- coloquem em risco à saúde, à flora, à fauna, provoquem alterações sensí-
sentação de projeto técnico de reparação do dano. veis do meio ambiente ou danos aos materiais;

§ 3º A autoridade competente pode dispensar o infrator de apresentação de VII - executar serviços de limpeza de fossas, filtros e redes de drenagem
projeto técnico, na hipótese em que a reparação não o exigir. pluvial, sem prévio cadastramento junto a SMARH ou mediante a utilização
de veículos e equipamentos sem o Código de Cadastro;
§ 4º O pedido de conversão da multa simples em serviços de preservação,
melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, será apreciado pela VIII - permitir a permanência de animais de criação ou domésticos nas áreas
autoridade julgadora, que deverá considerar a ocorrência das circunstâncias verdes públicas e particulares com vegetação relevante ou florestada ou
atenuantes previstas neste Código. áreas de preservação permanente, que possam causar algum dano à vege-
tação e à fauna silvestre;
§ 5º Na hipótese de interrupção do cumprimento das obrigações de cessar e
corrigir a degradação ambiental quer seja por decisão da autoridade ambien- IX - emitir odores, poeira, névoa e gases visíveis, em desacordo com os
tal ou por culpa do infrator, o valor da multa será proporcional ao dano não padrões fixados e que não coloquem em risco a saúde, a flora, a fauna, nem
reparado. provoquem alterações sensíveis ao meio ambiente ou danos aos materiais;

§ 6º Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, a multa X - executar serviços de terraplanagem, desmonte, aterros e/ou escavação,
será reduzida em até noventa porcento do seu valor. definidos nesta Lei, sem licença ou execução do serviço em desacordo com
o projeto licenciado;
§ 7º Os valores apurados nos parágrafos 5º e 6º deste artigo serão recolhi-
dos no prazo de quinze dias corridos, contados a partir da data do recebi- XI - emitir ruídos, em desacordo com os padrões fixados e que coloquem em
mento da notificação. risco à saúde e o bem-estar;

Art. 231. A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração XII - suprimir, podar ou transplantar vegetação arbórea e arbustiva em
se prolongar no tempo, até a sua efetiva cessação ou regularização da propriedade particular sem prévia autorização da SMARH.
situação mediante a celebração, pelo infrator, de Termo de Compromisso de
Reparação do Dano. Art. 235. Considera-se infração grave:

Art. 232. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instru- I - emitir odores, poeira, névoa e gases, em desacordo com os padrões
mentos, lavrando-se os respectivos autos. fixados e que coloquem em risco à saúde, à flora, à fauna, ou provoquem
danos sensíveis ao meio ambiente ou aos materiais;
§ 1º Os animais serão entregues a jardins zoológicos, fundações ou entida-
des assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos II - depositar resíduos da limpeza de galerias de drenagem em local não
habilitados e posteriormente libertados em seu habitat. permitido;

§ 2º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados III - lançar quaisquer efluentes líquidos, em águas superficiais ou subterrâ-
e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins neas, diretamente ou através de quaisquer meios de lançamento, incluindo
beneficentes. redes de coleta e emissários, em desacordo com os padrões fixados e que
coloquem em risco à saúde, à flora, à fauna, ou provoquem danos sensíveis
§ 3º Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou ao meio ambiente ou aos materiais;
doados a instituições científicas, culturais ou educacionais.
IV - permitir a permanência de animais de criação ou domésticos nas Unida-
§ 4º Os casos omissos serão resolvidos pelo plenário do COMAN - Conselho des de Conservação que possuem esta restrição;

Legislação municipal 113 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

V - danificar, suprimir ou sacrificar árvores nas áreas verdes públicas e XII - utilizar agrotóxicos ou biocidas em desacordo com as recomendações
particulares com vegetação relevante ou florestada, nas encostas, nas técnicas vigente, que venham a causar dano ao meio ambiente e à saúde;
praias, na orla fluvial, nos afloramentos rochosos e nas ilhas do Município de
Niterói; XIII - usar ou instalar, operar, ampliar obras, aterrar ou realizar atividades de
médio potencial poluidor ou degradador, sem licenciamento ambiental ou em
VI - danificar, suprimir ou sacrificar árvores da arborização urbana; descumprimento de condicionantes e prazos ou em desacordo com a legis-
lação e normas vigentes;
VII - lançar esgotos "in natura" em corpos d`água ou na rede de drenagem
pluvial; XVII - aterrar, ou depositar qualquer tipo de material ou praticar ações que
causem degradação ou poluição nos corpos hídricos;
VIII - depositar resíduos provenientes do sistema de tratamento de esgoto
doméstico, individual ou coletivo, em locais não permitidos; XVIII - danificar, suprimir, sacrificar árvores declaradas imunes de cortes;

IX - utilizar veículos e equipamentos, apresentando extravasamentos que XIX - explorar jazidas de substâncias minerais sem licenciamento ou em
sujem as vias logradouros públicos; descumprimento de condicionantes e prazos;

X - instalar, operar ou ampliar obras ou atividades de baixo potencial polui- XX - emitir efluentes atmosféricos em desacordo com os limites fixados pela
dor ou degradador, sem licenciamento ambiental ou em descumprimento de legislação e normas específicas;
condicionantes e prazos ou em desacordo com legislação e normas vigen-
tes; XXI - lançar esgotos "in natura" em corpos d`água ou rede de drenagem
pluvial, provenientes de edificações;
XI - deixar de cumprir parcial ou totalmente, "Notificações" firmadas pela
SMARH; XXII - praticar ações ou atividades que possam provocar direta ou indireta-
mente erosão ou desestabilização de encosta;
XII - matar, perseguir, caçar, apanhar, praticar ato de abuso, maus tratos,
ferir ou mutilar animais constantes da lista oficial da fauna brasileira. XXIII - depositar no solo quaisquer resíduos, sem a comprovação de sua
degradação e da capacidade de autodepuração;
Art. 236. Considera-se infração muito grave:
XXV - comercializar espécimes de fauna e flora nativa sem prévia autoriza-
I - destruir, danificar, suprimir ou sacrificar vegetação relevante ou florestada ção e em desacordo com a legislação e normas vigentes;
nas áreas verdes públicas e particulares, nas encostas, nas praias, na orla e
nas margens dos corpos hídricos, nos afloramentos rochosos e nas ilhas do XXVI - provocar, ocasionalmente, poluição ou degradação de elevado im-
Município de Niterói, áreas de preservação permanente e nas Unidades de pacto ambiental, que apresente iminente risco para a saúde pública e o meio
Conservação; ambiente;

II - extrair de áreas de proteção ambiental, sem prévia autorização, rochas, XXVII - deixar de cumprir, parcial ou totalmente, "Termo de Compromisso"
argila, areia ou qualquer espécie de mineral; firmado com a SMARH;

III - desrespeitar as normas estabelecidas para Unidades de Conservação e XXVIII - obstruir ou dificultar a ação de controle ambiental da SMARH;
outras áreas protegidas por legislação específica;
XXIX - sonegar dados ou informações ao agente fiscal;
IV - penetrar nas áreas de preservação permanente ou Unidades de Con-
servação, conduzindo armas, substâncias ou instrumentos próprios para XXX - prestar informações falsas ou modificar dado técnico solicitado pela
caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais; SMARH;

V - utilizar ou provocar fogo que cause destruição das formações vegetais XXXI - deixar de cumprir, parcial ou totalmente, atos normativos da SMARH;
não consideradas de preservação permanente, nas áreas verdes públicas e
particulares com vegetação relevantes ou florestadas, nas encostas, nas XXXII - cortar ou suprimir espécies vegetais nativas raras ou ameaçadas de
praias, na orla e nas margens dos corpos hídricos, nos afloramentos rocho- extinção e que contribuam com a manutenção da biodiversidade;
sos e nas ilhas do Município de Niterói;
XXXIII - matar, perseguir, caçar, apanhar, praticar ato de abuso, maus
VI - podar árvores declaradas imunes de corte sem autorização especial; tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados,
nativos ou exóticos.
VII - assentar ou instalar obras, atividades, empreendimentos e objetos que
limitem a visualização pública de monumento natural e de atributo cênico do Art. 237. Considera-se infração gravíssima:
meio ambiente natural ou criado, sem prévia autorização do poder público;
I - emitir odores, poeira, névoa e gases, em desacordo com os padrões
VIII - realizar a extração mineral de saibro, areia, argilas e terra vegetal, sem fixados e que provoquem danos irreversíveis à saúde, à flora, à fauna ou
licenciamento ou em descumprimento de condicionantes e prazos ou em aos materiais;
desacordo com as normas ambientais;
II - transportar, manusear e armazenar cargas perigosas no território do
IX - incinerar resíduos inertes ou não inertes sem licença; Município, em desacordo com as normas da ABNT, a legislação e normas
vigentes;
X - emitir fumaça preta acima do padrão 02 da Escala de Reingelmann, em
qualquer tipo de processo de combustão, exceto durante os 02 (dois) primei- III - destruir ou danificar remanescentes florestais mesmo em processo de
ros minutos de operação do equipamento para veículos automotores e até formação e demais formas de vegetação, nas áreas de preservação perma-
05 (cinco) minutos para outras fontes; nente e nas Unidades de Conservação;

XI - obstruir drenos ou canais subterrâneos que sirvam de passagem às IV - praticar ações que causem poluição ou degradação ambiental, em áreas
águas pluviais, bem como tubulações que se constituam em rede coletora de preservação permanente e Unidades de Conservação;
de esgoto;

Legislação municipal 114 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
V - provocar fogo para destruição de remanescentes florestais, mesmo em IV - a situação econômica do infrator.
processo de formação, em áreas de preservação permanente e nas Unida-
des de Conservação; Art. 241. Na lavratura do auto, as omissões ou incorreções não acarretarão
nulidade, se do processo constar elementos suficientes para determinação
VI - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, total ou parcial, da infração e do infrator.
ainda que momentânea da população;
Art. 242. A assinatura do infrator ou seu representante não constitui formali-
VII - contribuir para que o ar atinja níveis ou categoria de qualidade inferior dade essencial à validade do auto, nem implica em confissão, nem a recusa
aos fixados em lei ou ato normativo; constitui agravante.

VIII - lançar quaisquer efluentes líquidos, em águas superficiais ou subterrâ- Art. 243. Do auto será intimado o infrator:
neas, diretamente ou através de quaisquer meios de lançamento, incluindo
redes coletoras e emissários, em desacordo com os padrões fixados e que I - pelo autuante, mediante assinatura do infrator;
provoquem danos irreversíveis à saúde e ao meio ambiente.
II - por via postal ou fax, com prova de recebimento;

CAPÍTULO III III - por edital, nas demais circunstâncias.


DO PROCESSO E RECURSO
Parágrafo Único - O edital será publicado uma única vez, em órgão de
imprensa oficial, ou em jornal de grande circulação.
Art. 238. A fiscalização e a aplicação de penalidades de que tratam este
Código dar-se-ão por meio de: Art. 244. São critérios a serem considerados pelo autuante na classificação
de infração:
I - auto de notificação;
I - a maior ou menor gravidade;
II - auto de constatação;
II - as circunstâncias atenuantes e as agravantes;
III - auto de infração;
III - os antecedentes do infrator.
IV - auto de apreensão;
Art. 245. As infrações à legislação ambiental serão apuradas em processo
V - auto de embargo; administrativo próprio, iniciado com a lavratura do auto de infração, observa-
dos o rito e prazos estabelecidos nesta Lei.
VI - auto de interdição;
Art. 246. O autuado que apresentar defesa ou impugnação deverá mencio-
VII - auto de demolição. nar:

Parágrafo Único - Os autos serão lavrados em três vias destinadas: I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;

I - a primeira, ao autuado; II - a qualificação do impugnante;

II - a segunda, ao processo administrativo; III - os motivos de fato e de direito em que se fundamentar;

III - a terceira, ao arquivo. IV - os meios de provas a que o impugnante pretenda produzir, expostos os
motivos que as justifiquem.
Art. 239. Constatada a irregularidade, será lavrado o auto correspondente
contendo: Art. 247. Oferecida a defesa ou impugnação, o processo será encaminhado
ao fiscal autuante ou servidor designado pela SMARH, que sobre ela se
I - o nome da pessoa física ou jurídica autuada, com respectivo endereço; manifestará, no prazo de 10 (dez) dias, dando ciência ao autuado.

II - o fato constitutivo da infração e o local, hora e data respectivos; Art. 248. Fica vedado reunir em uma só petição, impugnação ou recurso
referente a mais de uma infração administrativa, ainda que versem sobre
III - o fundamento legal da autuação; assunto da mesma natureza e alcancem o mesmo infrator.

IV - o prazo para correção da irregularidade; Art. 249. O processo administrativo para apuração de infração ambiental
deve observar os seguintes prazos máximos:
V - a penalidade aplicada, quando for o caso;
I - cinco dias para a autoridade competente, à qual está subordinado o
VI - nome, função e assinatura do autuante; autuante, manifestar-se quanto ao auto de infração;

VII - prazo para apresentação da defesa. II - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de
infração, contados da data da ciência da autuação;
Art. 240. O auto de constatação deverá ser precedido de relatório de consta-
tação, observando a gravidade dos fatos, tendo em vista: III - trinta dias para o Secretário da SMARH julgar o auto de infração, conta-
dos da data da sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
I - os motivos da infração;
IV - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória ao Conselho
II - suas consequências para a saúde pública e para o meio ambiente; Municipal do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - COMAN;

III - os antecedentes do infrator, quanto ao cumprimento da legislação de V - cinco dias para o cumprimento da sanção, contados da data do recebi-
interesse ambiental; mento da notificação da decisão do COMAN.

Legislação municipal 115 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
§ 1º Se o processo depender de diligência, este prazo passará a ser contado LEI Nº 2624, DE 29/12/2008 - Pub. A Tribuna, de 30/12/2008
a partir da conclusão daquela.

§ 2º Fica facultado ao autuante e ao autuado juntar provas no decorrer do INSTITUI O NOVO CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO DE NITERÓI
período em que o processo estiver em diligência. E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

§ 3º Os recursos interpostos da decisão configurada no inciso III serão A CÂMARA MUNICIPAL DE NITERÓI DECRETA E EU SANCIONO E
encaminhadas ao COMAN e terão efeitos suspensivos relativamente ao PROMULGO A SEGUINTE LEI:
pagamento da penalidade pecuniária, não impedindo a imediata exigibilida-
de do cumprimento da obrigação subsistente, salvo para as penas de inutili-
zação ou destruição de matérias primas ou produtos de demolição. TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 250. Não sendo cumprida, nem impugnada a sanção fiscal, será decla-
rada a revelia e permanecerá o processo na SMARH, pelo prazo de 30
(trinta) dias para cobrança amigável de crédito constituído. Art. 1º Esta Lei tem a denominação de Código de Posturas do Município de
Niterói e dispõe sobre o Exercício do Poder de Polícia da Administração
§ 1º A autoridade competente poderá discordar da exigência não impugna- Pública Municipal dentro do seu peculiar interesse e define atos que consti-
da, em despacho fundamentado, o qual será submetido ao Secretário da tuem infrações e quais as consequências para quem os pratica.
SMARH.
Art. 2º Todas as funções referentes à execução desta Lei, bem como a
§ 2º Esgotado o prazo de cobrança amigável, sem que tenha sido pago o aplicação das sanções nela previstas, serão exercidas por órgãos da Admi-
crédito constituído, o órgão competente declarará o sujeito passivo devedor nistração Municipal cuja competência estará definida neste Código e em
omisso e encaminhará o processo à Secretaria Municipal de Fazenda, para Leis Complementares.
inscrição do débito em dívida ativa e promoção de cobrança executiva pela
Procuradoria Geral. Parágrafo Único - É obrigação de toda pessoa física ou jurídica que esteja
sujeita às normas deste Código apresentar à fiscalização, sempre que esta o
solicitar, licenças e autorizações concedidas pela Administração Municipal,
TÍTULO III bem como plantas, projetos, croquis e outros documentos julgados essenci-
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ais à ação fiscalizadora.

Art. 3º Os casos omissos ou as dúvidas suscitadas serão resolvidos pelo


Art. 251. O Poder Executivo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias conta- órgão competente, que deverá, na reincidência, desenvolver estudos com o
dos da data de publicação desta Lei, sem prejuízo daqueles legalmente intuito de elaborar atos normatizando o assunto, no prazo de 90 (noventa)
auto-aplicáveis, mediante decreto, regulamentará os procedimentos neces- dias, a contar de sua ocorrência.
sários para implementação do presente Código.

Art. 252. Serão aplicadas, subsidiariamente, as disposições constantes das TÍTULO II


legislações estadual e federal. DA HIGIENE PÚBLICA

Parágrafo Único - Ficam estendidos os mesmos direitos e obrigações previs- CAPÍTULO I


tas nas Leis Estaduais 2.393/1995 e 3.192/1999, às populações tradicionais DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
residentes nas zonas ambientais do Município, nos espaços territoriais
especialmente protegidos e nas unidades de conservação, em conformidade
com o § 1º do artigo 215 e os incisos I e II do artigo 216 da Constituição da Art. 4º Compete à Administração Municipal de Niterói zelar pela higiene e
República Federativa do Brasil. saúde públicas em todo o território do Município, visando à melhoria da
ambiência urbana, da saúde pública e do bem-estar da população, de acor-
Art. 253. Fica o Poder Executivo autorizado a determinar a medida de do com as disposições deste Código, legislação municipal complementar e
emergência a fim de enfrentar episódios críticos de poluição ambiental, em as demais normas estaduais e federais.
casos de graves e eminentes riscos para a vida humana ou bens materiais
de alta relevância econômica, bem como nas hipóteses de calamidade Art. 5º Para assegurar a melhoria das condições de higiene pública, compe-
pública ou de degradação violenta do meio ambiente. te à Administração Municipal fiscalizar:

Art. 254. Fica o Secretário Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos I - a higiene dos passeios e logradouros públicos;
autorizado a expedir as normas, deliberações técnicas, padrões e critérios
aprovados no COMAN, destinadas melhor compreensão desta Lei e de seu II - a higiene dos prédios residenciais ou de habitações coletivas;
regulamento.
III - guarda e coleta de lixo;
Art. 255. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário e em especial o inciso I e suas alíneas "a e b", IV - a limpeza dos terrenos;
inciso II, IV, V, VI e a alínea "a" do inciso IX do art. 1º e o art. 3º da
Lei 2.571 de 03 de julho de 2008. V - a limpeza e a desobstrução dos cursos de águas e valas.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI, 02 DE OUTUBRO DE 2008. Art. 6º Em cada inspeção em que for constatada irregularidade, o agente
fiscal competente procederá à intimação do responsável pela irregularidade,
GODOFREDO PINTO determinando a adoção das providências necessárias à sua regularização.
PREFEITO
§ 1º Sempre que a irregularidade constatada decorrer de aspecto de res-
8. Código de Posturas do Município de Niterói (Lei Municipal n.º ponsabilidade da Administração Pública Municipal, o agente fiscal apresen-
2.624, de 29 de dezembro de 2008). tará relatório circunstanciado à chefia imediata, sugerindo medidas e solici-
tando providências para sua regularização.

§ 2º Quando as providências necessárias forem da alçada de Órgão Federal

Legislação municipal 116 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ou Estadual, a Administração Pública Municipal remeterá ao órgão compe- tor responsável providenciará para que o leito do logradouro público, no
tente cópia do relatório acompanhada da respectiva intimação, indicando a trecho compreendido pelas obras, seja mantido, permanentemente, em
adoção das providências necessárias à sua regularização. perfeito estado de limpeza.

§ 1º Fica proibida pelas empresas de concretagem, a limpeza de seus


CAPÍTULO II equipamentos em vias públicas, assim como o despejo desse material na
DA HIGIENE E LIMPEZA DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS E DEMAIS rede pluvial.
BENS DE USO COMUM
§ 2º Caso seja constatado o entupimento de galeria de águas pluviais,
deverá ser realizada vistoria técnica pelo órgão municipal responsável pela
Art. 7º É dever de cada cidadão cooperar com a Administração Municipal na manutenção de galerias, para fins de aferição da causa do entupimento.
conservação e limpeza da Cidade.
§ 3º Em sendo constatada a responsabilidade de particulares, deverá o
Parágrafo Único - É proibido prejudicar, de qualquer forma, a limpeza dos responsável ser intimado a realizar as obras necessárias, em prazo coerente
passeios, dos logradouros públicos e demais bens de uso comum, ou per- com a urgência e necessidade pública.
turbar a execução dos serviços dessa limpeza.
§ 4º Caso não sejam efetuadas as obras no prazo assinalado, deverá o
Art. 8º A fim de preservar a higiene dos passeios, logradouros públicos e respectivo relatório de vistoria ser encaminhado à Procuradoria Geral do
demais bens de uso comum, é proibido: Município, para ajuizamento de ação própria à aferição judicial e imparcial
desta responsabilidade, para que a municipalidade realize as obras neces-
I - despejar ou atirar detritos, impurezas e objetos sobre os passeios e sárias, apropriando os respectivos custos para posterior ajuizamento de
logradouros públicos; ação própria ao ressarcimento devido.

II - bater roupa e sacudir tapetes, ou quaisquer outras peças, nas janelas e Art. 15. Quando da carga e descarga de veículos, o responsável deverá
portas que dão para via pública ou praças; adotar todas as precauções para evitar que o asseio do logradouro público
fique prejudicado.
III - lavar roupa em chafarizes ou fontes situados nas vias públicas;
Art. 16. Não é lícito, a quem quer que seja, sob qualquer pretexto, impedir
IV - despejar sobre os logradouros públicos as águas de lavagem ou quais- ou dificultar o livre escoamento das águas por canalizações, valas ou sarje-
quer outras águas servidas das residências ou dos estabelecimentos em tas dos logradouros públicos, danificando-os ou obstruindo-os, bem como
geral; através de construções junto aos rios.

V - deixar animais soltos em logradouros públicos. Art. 17. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão sujeitos
às seguintes penalidades:
Parágrafo Único - Postos de gasolina, oficinas mecânicas, garagens de
ônibus, caminhões e estabelecimentos congêneres ficam proibidos de deixar I - infração às determinações contidas no parágrafo único do art. 13 e o § 1º
resíduos graxosos nos logradouros públicos. do artigo 14.

Art. 9º O proprietário, inquilino ou ocupante deverá manter a limpeza dos Multa - Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei 2.597/08.
passeios públicos e das sarjetas fronteiriças ao imóvel, observadas as
seguintes normas: II - infração às demais determinações previstas neste Capítulo;

I - a varredura do passeio público e da sarjeta será efetuada em hora conve- Multa - Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei 2.597/08.
niente e de pouco trânsito;
Parágrafo Único - A aplicação das penalidades acima elencadas não exime
II - na varredura do passeio público serão tomadas as necessárias precau- das penalidades em relação às condutas e atividades lesivas ao meio ambi-
ções para impedir o levantamento de poeira, sendo obrigatório recolher os ente nos termos da Lei Federal nº 9.605 de 12/02/1998, Lei Estadual nº
detritos resultantes da varredura ao depósito próprio no interior do prédio; 4.191 de 30/09/2003 e Lei Municipal nº 2.602 de 14/10/2008 e demais
legislações pertinentes.
III - é proibido, em qualquer caso, varrer o lixo ou os detritos sólidos de
qualquer natureza para as "bocas-de-lobo" dos logradouros públicos.
CAPÍTULO III
Art. 10. Poderá ser permitida a lavagem do passeio fronteiriço aos prédios, DA HIGIENE DAS HABITAÇÕES E DOS ESTABELECIMENTOS EM GE-
preferencialmente com águas de reuso e/ou de captação de chuva, e ainda, RAL
a lavagem de pavimento térreo de edifícios, que será escoada para o logra-
douro público, desde que não haja prejuízo para a limpeza da Cidade.
Art. 18. Os proprietários de prédios residenciais ou de habitações coletivas,
Art. 11. Não existindo sistema de drenagem de águas pluviais no logradouro bem como de estabelecimentos em geral, deverão manter a sua conserva-
público, as águas de lavagem ou quaisquer outras águas servidas serão ção, promovendo a respectiva pintura ou caiação regularmente.
canalizadas pelo proprietário ou ocupante, para sistema próprio de capta-
ção, conforme legislação específica. Art. 19. O resíduo sólido urbano caracterizado como estritamente de origem
domiciliar deverá ser adequadamente acondicionado em recipientes apropri-
Art. 12. É proibida a ligação de esgotos na rede de águas pluviais. ados, providos de tampas, para serem recolhidos pela Companhia Municipal
de Limpeza Urbana de Niterói - CLIN ou por seus contratados, em conformi-
Art. 13. É proibido descartar detritos ou resíduos de qualquer natureza nos dade com a Lei Municipal nº 1.212 de 21/09/1993.
logradouros públicos, praças, jardins, nos canais e nos demais cursos de Parágrafo único - Os demais resíduos sólidos urbanos não caracterizados
água. como estritamente de origem domiciliar, como por exemplo: restos de mate-
riais de construção, entulhos decorrentes de demolição, resíduos de fábricas
Parágrafo Único - Poderão ser apreendidos os veículos flagrados despejan- e oficinas, palhas, terras, folhas e galhos originários de limpeza em quintais
do resíduos ou entulhos na forma do caput deste artigo. e jardins, e outros, deverão ser removidos para a devida destinação final
ambientalmente adequada, a expensas de seus geradores e/ou proprietá-
Art. 14. Durante a execução de edificação de qualquer natureza, o constru- rios, na forma da legislação vigente.

Legislação municipal 117 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Art. 19. O acondicionamento e a disposição dos resíduos para coleta resi-


dencial em prédios multifamiliares, deverão ser feitos em recipientes plásti- Art. 26. É proibido no Município de Niterói:
cos com tampa, de duas rodas, de 240 (duzentos e quarenta) litros, na cor
azul escuro, ou em sacos plásticos de 100 (cem) litros, na cor preta, em I - o acesso e a permanência de animais em cinemas, teatros, repartições
conformidade com as normas da ABNT, referência NBR 10004:2004 Classe públicas, piscinas e praias, salvo os cães adestrados para a condução de
II A e II B e NBR 9191:2002. pessoas com deficiência visual;

§ 1º O acondicionamento e a disposição do resíduo sólido urbano para II - a exibição e o trânsito de animais mordedores bravios, ainda que domes-
coleta comercial e outros afins, deverão ser feitos obrigatoriamente em ticados, em locais de livre acesso ao público, salvo se devidamente contidos
recipiente plástico com tampa, de duas rodas, de 120 (cento e vinte) litros, por coleiras, guias e focinheira;
de 240 (duzentos e quarenta) litros ou 1200 (mil e duzentos) litros, na cor
verde escuro, em conformidade com as normas da ABNT, referência NBR III - o trânsito de cães nos Logradouros Públicos, salvo se estiverem conti-
10004:2004 Classe II A e II B. Somente será permitido o uso de sacos dos por coleiras e guia, conduzidos por pessoa com idade e força suficientes
plásticos, na cor preta, para eliminar o contato do resíduo com o recipiente para controlar seus movimentos, ou ainda se forem cães adestrados para a
plástico, referência ABNT- NBR 9191:2002. condução de pessoas com deficiência visual;

§ 2º As unidades geradoras de resíduos que optarem pela gestão própria ou IV - manter animais bravios em locais inapropriados e que não ofereçam
a contratação de empresa especializada para a coleta e destinação final dos segurança à população.
resíduos excedentes/extraordinários e resíduos de serviços de saúde,
deverão obrigatoriamente se cadastrar na Companhia Municipal de Limpeza Art. 27. É proibido o comércio de animais nos logradouros públicos e nos
Urbana de Niterói - CLIN. demais bens de uso comum.

§ 3º A Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói - CLIN poderá Art. 28. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão sujeitos
autorizar, a título precário, a unidade geradora de resíduos e/ou empresa à multa no Valor de Referência M2 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
especializada a realizar a coleta dos resíduos excedentes/extraordinários,
desde que esteja em conformidade com as normas da Companhia Municipal
de Limpeza Urbana de Niterói - CLIN. TÍTULO III
DAS FEIRAS LIVRES E OUTRAS
§ 4º O resíduo sólido urbano caracterizado como estritamente de origem
domiciliar, gerado por unidades unifamiliares, deverá ser adequadamente
acondicionado em recipientes apropriados, providos de tampas ou em sacos Art. 29. As feiras livres do Município de Niterói têm por finalidade o abaste-
plásticos. (Redação dada pela Lei nº2688/2009) cimento suplementar de verduras, legumes, frutas, pescados, aves abatidas,
flores, biscoitos e outros produtos.
Art. 20. Os estabelecimentos comerciais com área superior a 100,00m²
(cem metros quadrados), incluindo-se os instalados em shopping centers ou Art. 30. Caberá à Administração Municipal fixar critérios e normas relativos
em galerias e centros comerciais, deverão possuir banheiros masculino e ao funcionamento das feiras livres.
feminino, inclusive adaptados para pessoas com deficiência, e bebedouros,
para atendimento dos que utilizam os seus serviços. Art. 31. Somente pessoas físicas matriculadas e autorizadas pela Secretaria
Municipal de Fazenda poderão comerciar nas feiras livres.
Art. 21. Não será permitida a presença de plantas reconhecidamente dano-
sas em cercas vivas, muros, tapumes e na arborização de pátios. Art. 32. Fica instituído o Cartão de Autorização para funcionamento das
feiras livres e outras, expedido pela Secretaria Municipal de Fazenda.
Art. 22. Competem aos proprietários de terrenos atravessados por cursos de
águas, valas, córregos, riachos, etc., canalizados ou não, a sua conservação Art. 33. Do Cartão de Autorização deverá constar:
e limpeza, nos trechos compreendidos pelas respectivas divisas, de forma
que suas seções de vazão mantenham-se sempre desimpedidas. I - nome do titular com fotografia;

Art. 23. Além destas normas, as habitações em geral ficam sujeitas aos II - localização, dia e horário de funcionamento;
dispositivos regulados no Código Sanitário Municipal - Lei nº 2.564de
26/06/2008. III - número da matrícula;

Art. 24. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão sujeitos IV - número do processo de autorização;
à multa no Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
V - mercadoria autorizada para a venda;

CAPÍTULO IV VI - quantidade de tabuleiros;


DA COLETA DO LIXO
VII - nomes dos auxiliares; e

Art. 25. O Município, através da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói - VIII - restrições, se for o caso.
CLIN, deverá implantar adequado sistema de coleta, tratamento e destina-
ção dos resíduos sólidos urbanos, excetuando os resíduos industriais e Parágrafo Único - O Cartão de Autorização e o comprovante de pagamento
perigosos, incentivando a coleta seletiva, segregação, reciclagem, compos- da taxa deverão ser mantidos na barraca durante a realização da feira, em
tagem e outras técnicas que promovam a redução do volume total dos local visível, e apresentado à fiscalização quando solicitado.
resíduos sólidos gerados, em conformidade com a Lei Municipal nº 1.212 de
21/09/1993 e alterações posteriores, e Resoluções Técnicas Normativas Art. 34. A matrícula e as consequentes autorizações para o exercício de
expedidas pela CLIN. atividade nas feiras livres serão concedidas a título precário, podendo ser
cassadas ou canceladas, a critério exclusivo do órgão municipal competen-
te.
CAPÍTULO V
DAS MEDIDAS REFERENTES AOS ANIMAIS Art. 35. As mercadorias, veículos e tudo o mais que for apreendido nas

Legislação municipal 118 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
feiras livres, em virtude de infração, será recolhido ao depósito público. à multa no Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº2.597/08.

Art. 36. Sem prejuízo de outras medidas legais cabíveis, a matrícula e a


autorização poderão ser cassadas quando constatada qualquer das seguin- CAPÍTULO II
tes infrações: DOS INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

I - venda de mercadorias deterioradas;


Art. 43. A comercialização de inflamáveis e explosivos será regulamentada
II - agressão física ou moral ao agente fiscal ou ao consumidor; por legislação específica.

III - exercício por pessoa não devidamente credenciada; Art. 44. É vedado o depósito ou exposição comercial de inflamáveis ou
explosivos nos passeios e logradouros públicos, sob pena de apreensão e
IV - atitude atentatória à moral e aos bons costumes; multa.

V - sonegação de mercadorias ou de tributos; Art. 45. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão sujeitos
à multa no Valor de Referência M5 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
VI - fraude nos pesos, medidas e balanças; e/ou

VII - fornecimento de mercadorias a vendedores clandestinos. CAPÍTULO III


DOS ELEVADORES, ESCADAS ROLANTES E TELEFÉRICOS
Art. 37. A Administração Municipal poderá cancelar a matrícula do feirante
reincidente no descumprimento de suas obrigações fiscais.
Art. 46. O funcionamento de elevadores, escadas-rolantes, montacargas e
Art. 38. A Administração Municipal adotará as medidas necessárias ao teleféricos, quando de uso público ou privado, dependerão de assistência e
cumprimento e complemento das disposições do presente Título, bem como responsabilidade técnica de empresa instaladora, registrada no Conselho
disciplinará o funcionamento de feiras especiais, entendidas como aquelas Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).
destinadas a fomentar atividades culturais, artesanais, regionais, folclóricas
e turísticas. Parágrafo Único - A instalação de teleféricos deverá ser precedida de con-
sulta prévia de viabilidade técnica locacional, junto aos órgãos municipais
Art. 39. Os infratores das disposições previstas neste Título estão sujeitos competentes.
às seguintes penalidades:
Art. 47. Fica o funcionamento desses aparelhos condicionado à vistoria
I - infração às determinações estabelecidas nos incisos II ou VI, do art. 36. semestral nos prédios comerciais ou mistos, e anuais nos prédios residenci-
ais, devendo o pedido ser instruído com certificado expedido pela empresa
Multa - Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº 2.597/08. instaladora ou conservadora, em que se declarem as perfeitas condições de
funcionamento, a realização de testes e a obediência às disposições legais
II - infração às demais determinações previstas neste Título; vigentes.

Multa - Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº 2.597/08. Art. 48. Junto aos equipamentos e à vista do público, deverá haver uma
ficha de inspeção a ser rubricada pela empresa responsável por sua conser-
vação.
TÍTULO IV
DA SEGURANÇA PÚBLICA § 1º Em edificações que tenham portaria ou recepção, é facultada a guarda
da ficha de inspeção.
CAPÍTULO I
DO TRÂNSITO PÚBLICO § 2º Da ficha constará, no mínimo, a denominação do edifício ou local da
instalação, o número do elevador, escada-rolante, monta-carga ou teleférico,
sua capacidade, firma ou denominação da empresa conservadora, com
Art. 40. É proibido nos logradouros públicos: endereço e telefone, data da inspeção, resultados e assinatura do responsá-
vel pela inspeção.
I - danificar ou retirar placas e outros meios de sinalização, colocados nos
logradouros para advertência de perigo ou impedimento de trânsito; § 3º O laudo de inspeção será objeto de regulamentação própria.

II - pintar faixas de sinalização de trânsito, símbolo ou qualquer identificação, § 4º É obrigatória à instalação de placa de capacidade no interior dos eleva-
mesmo que junto ao rebaixo do meio-fio, sem prévia autorização da Admi- dores, bem como indicador de posição e luz de emergência.
nistração Municipal;
Art. 49. Os proprietários ou responsáveis pelo edifício ou local da instalação
III - inserir quebra-molas, redutores de velocidades ou quaisquer objetos e as empresas conservadoras responderão perante o Município, pela con-
afins, no leito das vias públicas, sem autorização prévia da Administração servação, bom funcionamento e segurança do equipamento.
Municipal;
Parágrafo Único - A empresa conservadora deverá comunicar à fiscalização,
IV - depositar contêineres, caçambas, cones ou similares, sem autorização por escrito, a recusa do proprietário ou responsável pelo prédio em mandar
prévia do órgão competente na forma da Lei. efetuar os reparos para a correção de irregularidade ou defeitos na instala-
ção que possam vir a prejudicar seu funcionamento ou comprometer sua
Art. 41. O veículo encontrado em estado de abandono em quaisquer vias ou segurança.
logradouros públicos será apreendido pela Niterói Transporte e Trânsito S.A.
- NITTRANS e transportado ao depósito da Administração Municipal, da Art. 50. Nenhum edifício comercial, no todo ou em parte, poderá, salvo
Polícia Militar, Pátio Legal ou conveniada com a Administração Pública, motivo de força maior devidamente comprovada, retirar de uso ou paralisar
respondendo seu proprietário pelas respectivas despesas, sem prejuízo das seus elevadores, mesmo que momentaneamente, em detrimento dos usuá-
demais sanções previstas na legislação vigente. rios, no período compreendido entre as 7h (sete horas) e às 20h (vinte
horas) dos dias úteis.
Art. 42. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão sujeitos

Legislação municipal 119 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 51. É proibido fumar ou conduzir acesos cigarros ou semelhantes no DA ORDEM PÚBLICA
elevador.

Art. 52. Os elevadores dos edifícios residenciais, comerciais e mistos, Art. 62. É dever de a Administração Municipal zelar pela manutenção da
localizados no Município de Niterói, que possuam o funcionamento com ordem, da moralidade e do sossego público em todo o território do Municí-
portas automáticas ficam obrigados a instalar, quanto à segurança, as pio, de acordo com as disposições da legislação municipal e das normas
barras de proteção eletrônica com os respectivos sensores em uma altura adotadas pelo Estado e pela União.
máxima de 0,50m (cinquenta centímetros).
Art. 63. No interior dos estabelecimentos que vendam ou não bebidas
Parágrafo Único - Entende-se por barras de proteção eletrônica e sensores alcoólicas, os proprietários, gerentes ou equivalentes serão responsáveis
os dispositivos que evitam que as portas dos elevadores fechem-se sobre os pela manutenção da ordem e da moralidade.
usuários.
Parágrafo Único - As desordens, algazarras ou barulhos, porventura verifi-
Art. 53. Os elevadores dos edifícios residenciais, comerciais e mistos, cados no interior dos referidos estabelecimentos, sujeitarão os proprietários
localizados no Município de Niterói, deverão ser equipados com interfones à multa, podendo ser cassada, na reincidência, a licença para seu funcio-
que possibilitem a comunicação com a portaria ou com responsável de namento, fechando-se de imediato o estabelecimento.
plantão.
Art. 64. Os infratores das disposições previstas neste Título estão sujeitos à
Parágrafo Único - Será fixado no interior dos elevadores, aviso alertando multa no Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
sobre o procedimento a ser adotado em caso de emergência.

Art. 54. Além da aplicação de multas, serão interditados os elevadores, CAPÍTULO I


monta-cargas, escadas rolantes e teleféricas que não atendam ao presente DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Capítulo.

Art. 55. A interdição só será suspensa após os devidos reparos e mediante Art. 65. É livre o funcionamento dos estabelecimentos do comércio varejista
pedido escrito da empresa instaladora ou conservadora, sob cuja responsa- em geral, observados os preceitos previstos neste Código.
bilidade passará a funcionar os aparelhos após novo certificado de funcio-
namento. Parágrafo Único - A Administração Municipal, nos casos de perturbação da
ordem e sossego público, poderá limitar o horário de funcionamento dos
Art. 56. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão sujeitos estabelecimentos comerciais.
à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
Art. 66. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão sujeitos
à multa no Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
CAPÍTULO IV
DA SEGURANÇA NO TRABALHO
SEÇÃO I
DO PLANTÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS
Art. 57. As edificações de estabelecimentos industriais, comerciais e presta-
dores de serviços deverão obedecer a requisitos técnicos que garantam
perfeita segurança dos que nelas trabalham, na conformidade da legislação Art. 67. A Administração Municipal, para atender ao interesse público,
federal específica e das estadual e municipal. poderá definir em norma regulamentar horário de plantão de farmácias e
drogarias.
Art. 58. Durante os serviços e obras de construção de edificações de qual-
quer natureza, bem como de demolição, o construtor responsável e o propri-
etário deverão tomar as providências que se fizerem necessárias à proteção CAPÍTULO II
e segurança dos trabalhadores e de terceiros, inclusive dos imóveis vizi- DOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOS
nhos, mediante a rigorosa observância das exigências da legislação munici-
pal e das prescrições de segurança de trabalho nas atividades da constru- SEÇÃO I
ção civil, normatizadas pela legislação federal vigente. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Parágrafo Único - As serras dos tipos adotadas em construção de edifica-


ções só poderão operar em recintos devidamente protegidos contra ruídos. Art. 68. O funcionamento de casas e locais de diversões públicas depende
de licença prévia da Administração Municipal.
Art. 59. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão sujeitos
à multa no Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº2.597/08. Parágrafo Único - Incluem-se nas exigências do presente artigo as seguintes
casas e locais:

CAPÍTULO V I - teatros e cinemas;


DAS ANTENAS DE TELECOMUNICAÇÕES E TELEFONIA
II - circos e parques de diversões;

Art. 60. A instalação de equipamentos de Rádio Base de Telecomunicações III - auditórios de emissoras de rádio e televisão;
e micro células para reprodução de sinal e equipamentos afins dependerá
de autorização prévia junto ao órgão competente, na forma de regulamenta- IV - salões de conferências, salões de bailes e boates;
ção própria.
V - pavilhões e feiras particulares;
Art. 61. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão sujeitos
à multa no Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº2.597/08. VI - campos de esporte e piscinas;

VII - ringue;
TÍTULO V

Legislação municipal 120 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
VIII - clubes de diversões noturnas; Art. 73. Ficam as administrações das casas de espetáculo e locais de
reunião obrigadas a sinalizar ao público, de forma verbal ou gestual e gráfi-
IX - quermesses; ca, as saídas de emergência, a localização e a maneira de utilização dos
equipamentos de segurança, antes do início de cada sessão ou evento.
X - quaisquer outros locais de divertimento público.
Parágrafo Único - Para efeito deste artigo são considerados locais de reuni-
Art. 69. O processo de licenciamento para a exploração dos divertimentos ão:
públicos será iniciado na Secretaria Municipal de Fazenda, instruído com a
documentação exigida pela legislação vigente para os estabelecimentos I - auditórios;
comerciais em geral, além das que forem exigidas pelos Órgãos Policiais
competentes, em especial o Certificado de Aprovação do Corpo de Bombei- II - cinemas;
ros, da Defesa Civil e da Niterói Transporte e Trânsito S.A. - NITTRANS, que
verificará as implicações de trânsito para o local, através do Sistema Viário. III - teatros;

Parágrafo Único - O pedido de autorização para eventos em logradouros IV - restaurantes com música ao vivo;
públicos deverá ser dirigido à Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle
Urbano com antecedência mínima de 30 (trinta) dias. V - bares com música ao vivo;

Art. 70. Em toda casa de diversão ou sala de espetáculo deverá ser fran- VI - estádios e ginásios esportivos; e
queado o livre acesso às autoridades municipais encarregadas da fiscaliza-
ção, no estrito cumprimento de suas funções. VII - salões de bailes e boates.

Art. 71. As condições mínimas de segurança, higiene, conforto, acessibili- Art. 74. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
dade para pessoas com deficiências e comodidade das casas e locais de às seguintes penalidades:
diversões deverão ser periódica e obrigatoriamente inspecionadas pelo
órgão competente da Administração Municipal. I - infração às determinações previstas no artigo 70.

§ 1º Conforme o resultado da inspeção, o órgão competente da Administra- Multa - Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
ção Municipal poderá exigir:
II - infração às determinações contidas no artigo 68.
I - a apresentação do laudo de vistoria técnica sobre a segurança e a estabi-
lidade do edifício e das respectivas instalações e ART (Anotação de Res- Multa - Valor de Referência M20 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
ponsabilidade Técnica) assinada por profissional legalmente habilitado; e
III - infração às determinações estabelecidas nos demais artigos previstos
II - a realização de obras ou de outras providências consideradas necessá- nesta Seção.
rias.
Multa - Valor de Referência M5 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
§ 2º No caso de não serem atendidas as exigências do órgão competente da
Administração Municipal, no prazo por este fixado, não será permitido ao
estabelecimento continuar funcionando. SEÇÃO II
DOS CINEMAS, TEATROS E AUDITÓRIOS
Art. 72. Os responsáveis pelo funcionamento de cinemas, teatros, auditó-
rios, boates, salas de conferências, casas de diversões noturnas, salões de
esportes, salões de bailes e outros locais onde se reúna grande número de Art. 75. Nos cinemas, teatros e auditórios, inclusive nos estabelecimentos
pessoas ficam obrigados a apresentar, anualmente, à Administração Munici- destinados a outros espetáculos públicos, em ambiente fechado, deverão
pal, laudo de vistoria técnica acompanhada do respectivo ART, referente à ser atendidas as seguintes exigências:
segurança e estabilidade do edifício e das respectivas instalações, assinado
por engenheiro ou arquiteto inscrito no CREA. I - ter sempre a pintura interna e externa em boas condições;

§ 1º É obrigatório constar do laudo de vistoria técnica, que foram cuidado- II - conservar, permanentemente, a aparelhagem de refrigeração ou de
samente inspecionados, os elementos construtivos do edifício, os muros, os renovação de ar em perfeito estado de funcionamento;
pisos, as saídas de emergências, cobertura e a acessibilidade para pessoas
com deficiências, bem como as respectivas instalações, tendo em vista a III - manter as salas de entrada e as de espetáculos rigorosamente assea-
utilização do imóvel. das e desinsetizadas e desratizadas;

§ 2º É facultado à Administração Municipal o direito de exigir a apresentação IV - assegurar rigoroso asseio nos mictórios e vasos sanitários, lavando-os e
de plantas, detalhes e cálculos que justifiquem o laudo apresentado. desinfetando-os diariamente;

§ 3º No caso de não apresentação do laudo de vistoria técnica, a Adminis- V - manter as cortinas e tapetes em bom estado de conservação.
tração Municipal poderá suspender imediatamente a licença de funciona-
mento e interditar o local. Art. 76. Nos cinemas, teatros, auditórios e demais casas de diversão deve-
rão ser observados, além do laudo do Corpo de Bombeiros, os seguintes
§ 4º Caso sejam constatados defeitos ou deficiências, a Administração requisitos:
Municipal poderá exigir laudo complementar em prazo não superior a 10
(dez) dias, sob pena de cassar imediatamente a licença de funcionamento e I - colocação de avisos de que é proibido fumar na sala de espetáculo,
interditar o local de diversões, sem prejuízo das penalidades cabíveis aos mesmo durante os intervalos;
profissionais que tenham assinado o referido laudo.
II - ter bebedouros automáticos de água filtrada;
§ 5º Quando o laudo de vistoria técnica apontar indícios de deficiência na
estrutura ou nas instalações, a licença será suspensa e o local interditado III - não ter cadeiras soltas ou colocadas em percursos que possam entravar
até serem sanadas as causas do perigo. a livre saída das pessoas;

Legislação municipal 121 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
IV - ter o percurso de saída indicado obrigatoriamente por meio de setas de tração Municipal; e
cor vermelha;
II - localização a uma distância de 500,00m (quinhentos metros), no mínimo,
V - ter as portas de saída encimadas com a palavra "SAÍDA" na cor verme- de hospitais, casas de saúde e estabelecimentos congêneres.
lha, legível à distância, luminosa quando se apagarem as luzes da sala de
espetáculos; Parágrafo Único - Na localização de circos e de parques de diversões, a
Administração Municipal deverá ter em vista a necessidade de proteger a
VI - ter as portas de saída com as folhas abrindo para fora, no sentido do paisagem e a estética urbana.
escoamento das salas;
Art. 82. As dependências do circo e a área dos parques de diversões deve-
VII - ter as portas movimentadas por dobradiças de mola, vedada à utiliza- rão ser obrigatoriamente, mantidas em permanente estado de limpeza e
ção de fechos de qualquer espécie; higiene.

VIII - ter os corredores de acesso às saídas permanentemente livres, duran- Parágrafo Único - O lixo deverá ser colocado em recipiente fechado.
te toda a programação;
Art. 83. Para efeito deste Código, os teatros do tipo portátil e desmontável
IX - ter portas de socorro ou emergência, vedada à utilização de fechos de serão equiparados aos circos.
qualquer espécie.
Art. 84. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos à
Parágrafo Único - Todas as precauções necessárias para evitar incêndios multa no Valor de Referência M5 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
deverão ser tomadas, sendo obrigatória a existência de aparelhos apropria-
dos em locais visíveis e de fácil acesso.
CAPÍTULO III
Art. 77. Nos cinemas não poderá existir, em depósito, no próprio recinto, DO USO E OCUPAÇÃO DOS LOGRADOUROS E DEMAIS BENS DE USO
nem nos compartimentos anexos, maior número de películas que as neces- COMUM
sárias para as exibições do dia.

Parágrafo Único - As películas deverão ficar sempre em estojos metálicos, Art. 85. Todo exercício de atividade transitória ou permanente, de caráter
hermeticamente fechados, não podendo ser abertos por mais tempo do que festivo, esportivo, comercial ou de serviço publicitário, que utilize qualquer
o indispensável ao serviço. forma de construção, instalação, uso de equipamento, perfurações ou ações
similares, inclusive as realizadas em veículos, sobre o logradouro público,
Art. 78. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos necessitarão de autorização específica da Administração Municipal, atendi-
às seguintes penalidades: das no que couber, as disposições deste Capítulo.

I - infração às determinações previstas no inciso IX do artigo 76; Art. 86. A invasão de logradouros públicos será punida de acordo com a
legislação vigente.
Multa - Valor de Referência M20 do Anexo I da Lei 2.597/08.
§ 1º Verificada a ocupação de logradouros ou quaisquer bens públicos de
II - infração às determinações estabelecidas nos demais artigos previstos uso comum do povo, por construção ou equipamentos de caráter permanen-
nesta Seção. te ou definitivo, não autorizados, a Administração Municipal promoverá,
observado o devido processo legal, sua retirada ou demolição.
Multa - Valor de Referência M5 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
§ 2º Providência idêntica à referida no parágrafo anterior deverá ser tomada
pelo órgão competente da Administração Municipal, no caso de invasão do
SEÇÃO III leito de cursos de água ou valas, de desvio não autorizado dos mesmos
DAS CASAS NOTURNAS E OUTROS ESTABELECIMENTOS DE DIVER- cursos de água ou valas e de redução indevida de secção da respectiva
SÕES vazão.

§ 3º Em qualquer caso, não será permitida a utilização ou obstrução do


Art. 79. Nas casas noturnas e outros estabelecimentos de diversão, é obri- passeio público, por obstáculos de qualquer natureza, ressalvados os casos
gatória a observância, no que lhes forem aplicáveis, dos requisitos fixados previstos em regulamento.
neste Código para cinemas e auditórios, quanto às condições de segurança,
higiene, comodidade e conforto. § 4º Qualquer obstáculo de caráter provisório que esteja irregularmente
instalado sobre o logradouro público poderá ser removido de imediato pela
Parágrafo Único - Qualquer estabelecimento mencionado no presente artigo Administração Municipal.
terá sua licença de funcionamento cassada pela Administração Municipal,
quando se tornar nocivo à ordem, ao decoro e ao sossego públicos. Art. 87. A depredação de pavimentação, meios-fios, passeios, pontes,
galerias, canais, bueiros, muralhas, balaustradas, bancos, postes, lâmpadas
Art. 80. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos à e quaisquer obras ou dispositivos existentes nos logradouros públicos será
multa no Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº2.597/08. punida na forma da legislação em vigor.

Parágrafo Único - Os infratores do presente artigo ficam obrigados a indeni-


SEÇÃO IV zar a Administração Municipal das despesas que esta fizer, após aferição
DOS CIRCOS E DOS PARQUES DE DIVERSÕES judicial de responsabilidade.

Art. 88. Os estabelecimentos comerciais ou de prestadores de serviços que


Art. 81. Na localização e instalação de circos e de parques de diversões, realizam entregas domiciliares, sofrerão sanção imediata, independentemen-
deverão ser observadas, além do laudo do Corpo de Bombeiros, as seguin- te de intimação prévia, caso os veículos sejam flagrados trafegando no
tes exigências: passeio público.

I - instalação exclusivamente em terrenos adequados em locais que ofere- Parágrafo Único - Os estabelecimentos deverão identificar os veículos de
çam segurança, facilidade de acesso e parqueamento, a critério da Adminis- entrega com o nome e o endereço do respectivo estabelecimento com letras

Legislação municipal 122 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de 0,10m (dez centímetros), no mínimo. arame farpado ou similar, no alinhamento frontal, a menos de 2,00m (dois
metros) de altura em referência ao nível do passeio.
Art. 89. É expressamente proibido preparar alimentos nos logradouros
públicos, utilizando churrasqueiras, fogões, assadeiras ou outros equipa- Art. 96. Sempre que o nível de qualquer terreno, edificado ou não, for supe-
mentos similares. rior ao nível do logradouro em que o mesmo se situe, a Administração
Municipal exigirá do proprietário, quando for o caso, de acordo com as
Art. 90. O Poder Público Municipal poderá apreender qualquer equipamento necessidades técnicas e o que dispuser o Código de Obras de Niterói, a
sonoro ou qualquer fonte produtora de som ou ruído no logradouro público, execução de obras de contenção.
quando não observadas às normas estabelecidas neste Código.
Parágrafo Único - Na ocorrência do disposto no caput deste artigo, a Admi-
Art. 91. Ficam as agências de compra, venda, consignação ou aluguel de nistração Municipal poderá exigir ainda, do proprietário do terreno, a cons-
veículos, oficinas mecânicas e estabelecimentos congêneres, proibidos de trução de sarjetas ou drenos, para desvio de águas pluviais ou de infiltra-
estacionar ou expor automóveis, motocicletas, bicicletas e quaisquer equi- ções que causem prejuízos ou danos ao logradouro público, aos proprietá-
pamentos ou itens de transporte nas calçadas, bainhas de estacionamento, rios vizinhos ou transeuntes.
e outras parcelas das vias públicas fronteiriças da edificação ou nas situadas
nas vizinhanças. Art. 97. Em caso de urgência comprovada por motivo de saúde pública,
segurança e outras, os proprietários ou ocupantes que forem intimados pela
Art. 92. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão sujeitos Administração Municipal a executar o fechamento de terrenos ou outras
à multa no Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº2.597/08. obras necessárias, e que não atenderem à intimação, ficarão sujeitos, além
da multa correspondente, ao ressarcimento dos custos dos serviços realiza-
dos pela Administração Municipal através da medida judicial cabível.
SEÇÃO I
DOS PASSEIOS, MUROS, CERCAS E MURALHAS DE SUSTENTAÇÃO Art. 98. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos à
multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.

Art. 93. Compete, obrigatoriamente, ao proprietário do imóvel, ou ao seu


ocupante, a execução e conservação de passeios, muros, cercas e mura- SEÇÃO II
lhas de sustentação. DA ARBORIZAÇÃO PÚBLICA

§ 1º Nas vias pavimentadas será obrigatória ainda, a execução e manuten-


ção pelos proprietários ou seus ocupantes, de passeios em toda a extensão Art. 99. Não será permitida a utilização da arborização pública para colocar
das respectivas testadas dos terrenos. cartazes, anúncios e faixas ou afixar cabos e fios, nem para suporte e apoio
a instalações de qualquer natureza ou finalidade.
§ 2º Os passeios serão executados de acordo com especificações técnicas
fornecidas pelo setor competente da Administração Municipal, nos quais Parágrafo Único - Excetua-se da proibição deste artigo:
será aplicado, obrigatoriamente, o uso de material liso e antiderrapante no
seu leito, sem obstáculos de qualquer natureza, exceto os indispensáveis e I - a decoração natalina de iniciativa da Administração Municipal; e
de utilidade pública, previstos na legislação federal, estadual ou municipal.
II - a decoração utilizada em desfiles de caráter público, executados ou
§ 3º Toda a calçada deverá ser nivelada evitando o aclive e o declive, e as autorizados pela Administração Municipal.
rampas de acesso à garagem devem ser construídas a partir do meio-fio,
avançando no máximo 0,40m (quarenta centímetros) da calçada e obede- Art. 100. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
cendo a uma inclinação de até 45º (quarenta e cinco graus). à multa no Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº2.597/08.

§ 4º Deverá permanecer livre a área compreendida entre o alinhamento e a


fachada, vedada, sob qualquer pretexto, a utilização do afastamento ou SEÇÃO III
passeio público, para instalação de quaisquer equipamentos de gás, energi- DO USO DAS PRAÇAS
a, água, esgoto, compressores e similares, fixos ou móveis.

§ 5º A instalação de gradis de segurança no limite do alinhamento, poderá Art. 101. Nas praças ou logradouros públicos é proibido, sob pena de multa
ser autorizada a título precário, pela Administração Pública, conforme regu- e reparo do dano causado:
lamento específico.
I - danificar a vegetação e caminhar sobre os gramados e canteiros, colher
§ 6º Os responsáveis pelos terrenos enquadrados no caput deste artigo, que flores ou tirar muda de plantas;
possuírem passeios deteriorados, sem a adequada manutenção, serão
intimados a, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, executar os serviços II - danificar o pavimento ou remover, sem autorização, qualquer equipamen-
determinados, e se não atenderem à intimação, ficarão sujeitos, além da to instalado; e
multa correspondente, ao ressarcimento dos custos dos serviços realizados
pela Administração Municipal através da medida judicial cabível. III - armar barracas, coretos, palanques, brinquedos ou similares ou fazer
ponto de venda e propaganda, sem prévia autorização da Administração
§ 7º Ficará a cargo da Administração Municipal a reconstrução ou conserto Municipal.
de passeios ou muros, afetados por alterações do nivelamento e do meio fio
por estragos ocasionados pela arborização dos logradouros públicos. Art. 102. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
às seguintes penalidades:
Art. 94. Nos terrenos, edificados ou não, será obrigatória a execução de
muros de alvenaria frontais, laterais e de fundos. I - infração às determinações previstas no inciso I, do art. 101.

Parágrafo Único - Os fechos e/ou muros divisórios de propriedades deverão Multa - Valor de Referência M2 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
respeitar a altura padrão do muro de 1,80m (um metro e oitenta centíme-
tros). II - infração à determinação contida nos incisos II ou III do art. 101.

Art. 95. É proibida a colocação, na área urbana do Município, de cerca de Multa - Valor de Referência M5 do Anexo I da Lei nº 2.597/08 e apreensão

Legislação municipal 123 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
imediata.
Art. 105. A veiculação de anúncios publicitários no mobiliário urbano depen-
derá de prévia autorização da Administração Municipal.
CAPÍTULO IV
DO MOBILIÁRIO URBANO Art. 106. As concessionárias de serviços públicos de telefonia são obrigadas
a colocar ressalto de concreto, ou similar, na base dos telefones públicos,
SEÇÃO I como forma de sinalização para os deficientes visuais.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 107. Os elementos do mobiliário urbano não poderão:

Art. 103. A instalação de qualquer mobiliário urbano dependerá de autoriza- I - ocupar ou estar projetados sobre o leito carroçável das vias;
ção prévia da Administração Municipal.
II - obstruir a circulação de pedestres ou configurar perigo ou impedimento à
Art. 104. São considerados como mobiliário urbano de uso e Utilidade locomoção de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida;
Pública os seguintes elementos, dentre outros:
III - obstruir o acesso a faixas de travessias de pedestres, escadas rolantes
I - abrigo de parada de transporte público de passageiro; ou entradas e saídas de público, sobretudo as de emergência ou para
pessoas com deficiência e mobilidade reduzida;
II - totem indicativo de parada de ônibus;
IV - estar localizados em ilhas de travessia, exceto os previstos nos incisos I,
III - sanitário público; II, VII, VIII, IX, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX e XXI do art. 104, pontos de
ônibus e relógios/termômetros digitais;
IV - cabines telefônicas e orelhões;
V - estar localizados em esquinas, viadutos, pontes e belvederes, salvo os
V - postes de iluminação pública; mobiliários previstos nos incisos VII, XVI do artigo 104 e os equipamentos de
informação básica ao pedestre.
VI - painel informativo institucional;
Parágrafo Único - A instalação do mobiliário urbano nos passeios públicos
VII - placas e unidades identificadoras de vias e logradouros públicos; deverá necessariamente observar uma faixa de circulação de, no mínimo,
metade de sua largura, nunca inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centí-
VIII - totem de identificação de espaços e edifícios públicos; metros); nos calçadões, a faixa de circulação terá 4,50m (quatro metros e
cinquenta centímetros) de largura.
IX - cabine de segurança pública;
Art. 108. É expressamente proibido depredar, pichar, quebrar ou fazer mau
X - quiosque para informações culturais ou turísticas; uso dos elementos urbanos, sob pena de sofrer sanções previstas neste
Código, além das sanções penais.
XI - bancas de jornal e revistas;
Art. 109. É proibida a instalação de caixas de som e alto-falantes nos postes
XII - bicicletários; e na arborização pública.

XIII - estrutura para disposição de sacos plásticos de lixo destinada à reci- Art. 110. Os logradouros públicos reconhecidos oficialmente, pela Adminis-
clagem; tração Municipal como de interesse turístico, cultural ou gastronômico,
poderão ter tratamento especial quanto à ocupação e uso do mobiliário
XIV - grade de proteção de terra ao pé de árvores; urbano, conforme regulamentação específica.

XV - protetores de árvores; Parágrafo único - A Avenida Quintino Bocaiúva em São Francisco e o entor-
no da Praça Leoni Ramos em São Domingos, ficam definidos na forma do
XVI - gradil de proteção e orientação; caput deste artigo, e o Poder Executivo fica autorizado a criar, por decreto,
novo local de interesse turístico, cultural ou gastronômico.
XVII - papeleiras e contêineres;
Parágrafo Único - A Avenida Quintino Bocaiúva em São Francisco, o entorno
XVIII - relógio (tempo, temperatura e poluição); da Praça Leoni Ramos em São Domingos, a Rua Nóbrega no trecho com-
preendido entre a Rua Cinco de Julho e Avenida Sete de Setembro e a Rua
XIX - estrutura de suporte para terminal de Rede Pública de Informação e Dr. Leandro Mota, no trecho compreendido entre a Rua Presidente João
Comunicação; Pessoa e Rua Nóbrega, em Icaraí, ficam definidos na forma do caput deste
artigo, e o Poder Executivo fica autorizado a criar, por decreto, novos locais
XX - suportes para afixação gratuita de pôster para eventos culturais; de interesse turístico, cultural ou gastronômico. (Redação dadapela Lei
nº 2898/2011)
XXI - painéis de mensagens variáveis para uso exclusivo de informações de
trânsito; Art. 111. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
à multa no Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
XXII - chuveiros;

XXIII - estações de transferência de transporte público; SEÇÃO II


DAS MESAS E CADEIRAS
XXIV - abrigos para pontos de táxi;

XXV - suportes para a instalação do "cuca fresca"; Art. 112. Os passeios dos logradouros, bem como as áreas de afastamento
frontal, poderão ser ocupados para a colocação de módulos, por hotéis,
XXVI - pórticos; bares, restaurantes, quiosques, delicatessen e similares, desde que obede-
cido o disposto nesta Seção e nas demais normas pertinentes, no que
XXVII - caixas coletoras de correspondências. couber.

Legislação municipal 124 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
I - atividades que, por sua natureza, ensejem a produção de ruídos, aglome-
Parágrafo Único - Considera-se módulo o conjunto de uma mesa e até rações e incômodos à vizinhança;
quatro cadeiras.
II - práticas musicais e emissões sonoras ou visuais em geral, ainda que
Art. 113. A ocupação referida no artigo anterior dependerá de autorização a conste no alvará de licença ou de autorização do estabelecimento a ativida-
ser fornecida a título precário, pela Secretaria Municipal de Urbanismo e de de atrações musicais ou similares;
Controle Urbano, devendo ser vinculada e posterior à licença de funciona-
mento do estabelecimento. III - a prática de jogos e apostas;

Art. 114. Somente serão aprovadas as autorizações quando atendidas as IV - o uso de equipamentos para preparação de alimentos na calçada, entre
seguintes condições: eles churrasqueiras e assadeiras;

I - não implicar a realização da obra ou construção de piso, muretas, gradis V - a colocação de cercas ou outros equipamentos removíveis destinados a
e jardineiras, nem a fixação de estruturas e peças na calçada; demarcações.

II - ocupar calçada com largura mínima de 4,00m (quatro metros); Art. 117. A área autorizada para a ocupação das mesas e cadeiras deverá
ser demarcada com uma faixa de cor amarela de 0,10m (dez centímetros)
III - ocupar no máximo 50% (cinquenta porcento) da largura da calçada, de largura.
mantendo o restante para o trânsito dos pedestres;
Parágrafo Único - A faixa de que trata o caput deste artigo deverá ser manti-
IV - ocupar no máximo a faixa do comprimento da calçada correspondente da permanentemente em perfeito estado de conservação.
aos limites laterais da testada do imóvel;
Art. 118. A autorização para a ocupação de logradouro público com mesas e
V - manter livre a faixa perpendicular da calçada correspondente à entrada cadeiras poderá ser restringida através de limitação de horários para sua
de garagem, entrada social e de serviço acrescida de 1,00m (um metro) de utilização conforme motivo de conveniência, oportunidade ou interesse
cada lado do vão de acesso; público, nos termos do regulamento.

VI - para a Avenida Quintino Bocaiúva em São Francisco deverá ser preser- Art. 119. Fica instituído o Cartão de Autorização para Instalação de Módu-
vada uma faixa livre de passeio de no mínimo de 4,00m (quatro metros) a los, no qual constarão:
partir do meio-fio;
I - nome ou razão social;
VI - para a Avenida Quintino Bocaiúva, em São Francisco, deverá ser pre-
servada uma faixa livre de passeio de no mínimo de 4,00m (quatro metros) a II - número da inscrição municipal;
partir do meio-fio, não se aplicando, no entanto, a restrição contida no inciso
III deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 2671/2009) III - endereço do estabelecimento;

VII - não impedir ou dificultar o trânsito de pedestres, o acesso de veículos e IV - número do processo de aprovação;
a visibilidade dos motoristas, sobretudo em esquinas;
V - área autorizada para a ocupação em m²;
VIII - não alterar o calçamento e quaisquer elementos de mobiliário urbano,
entre os quais postes da rede de energia elétrica, postes de sinalização, VI - horário permitido para utilização do espaço concedido para a instalação
hidrantes, orelhões, caixas de correio, cestos de lixo e abrigos de pontos de dos módulos.
ônibus, sem prévia autorização da Secretaria Municipal de Urbanismo e
Controle Urbano.; Art. 120. O Cartão de Autorização, o projeto aprovado e o comprovante de
pagamento da taxa de ocupação de solo, prevista no Código Tributário
IX - não prejudicar ou incomodar o sossego e o bem-estar da vizinhança, Municipal, deverão ser mantidos no estabelecimento, em local visível, e
sobretudo por emissão de gases e odores, produção de ruídos e vibrações e apresentados à fiscalização quando solicitados.
veiculação de música.
Art. 121. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
Art. 115. Os estabelecimentos responsáveis pela colocação de mesas e às seguintes penalidades:
cadeiras ficam obrigados a:
I - infração à determinação contida no inciso I do art. 115.
I - respeitar os limites físicos e horários para ocupação estabelecidos na
autorização; Multa - Valor de Referência M1 do Anexo I da Lei 2.597/08, por módulo
irregular.
II - providenciar a retirada diária dos equipamentos ao encerramento da
atividade, vedado o seu depósito na calçada, ainda que desmontados, entre II - infração à determinação prevista no art. 113.
um dia e outro;
Multa - Valor de Referência M2 do Anexo I da Lei nº 2.597/08, por módulo
III - impedir o deslocamento dos equipamentos por parte dos usuários para irregular.
além da área de ocupação autorizada;
III - infração às determinações contidas nos incisos II, III, IV, V do art. 115.
IV - manter, durante todo o horário de funcionamento, um serviço de limpeza
das calçadas e das áreas próximas, utilizando para tal utensílios apropriados Multa - Valor de Referência M2 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
para a remoção dos detritos;
IV - infração às determinações previstas nos arts. 116, 117 ou 120.
V - varrer e limpar as calçadas e as áreas de areia nas praias ocupadas,
imediatamente após o término do funcionamento diário, vedado o lançamen- Multa - Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
to de detritos na pista de rolamento do logradouro.

Art. 116. Ficam vedados na área ocupada pelas mesas e cadeiras: SEÇÃO III
DOS TOLDOS

Legislação municipal 125 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pela legislação específica;
b) lixeiras em seu interior.
Art. 122. Toldo é o mobiliário acrescido à fachada da edificação, instalado
sobre porta, janela ou vitrine e projetado sobre o afastamento ou o passeio, § 2º Fica proibida a veiculação de mensagens publicitárias de qualquer
com estrutura leve e cobertura em material flexível, como a lona ou o plásti- forma de cigarros e congêneres bem como de bebidas alcoólicas nas ban-
co, ou translúcido, como o policarbonato, passível de ser removido sem cas de jornal e revistas.
necessidade de obra de demolição, ainda que parcial, de acordo com regu-
lamento. Art. 127. Fica proibida a afixação e a exposição de publicações cuja venda
seja proibida a menores de idade no exterior de bancas de jornal, assim
Art. 123. A colocação de toldo depende de autorização prévia da Secretaria consideradas pela legislação municipal, estadual ou federal pertinente, o
Municipal de Urbanismo e Controle Urbano, devendo ser mantidos no esta- mesmo se aplicando a todo tipo de publicidade daquelas publicações.
belecimento o projeto aprovado e a taxa devida, e apresentados à fiscaliza-
ção quando solicitados. § 1º As publicações referidas no artigo anterior só poderão ser comercializa-
das no interior das bancas de jornal e deverão estar acondicionadas em
Parágrafo Único - A colocação de ombrelone e guarda-sol dependem de embalagens plásticas opacas e lacradas, em conformidade com a legislação
autorização prévia da Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle Urbano, municipal, estadual e federal pertinente em vigor.
e só serão autorizados desde que obedeça a padronização e regras estabe-
lecidas em regulamento específico. § 2º É expressamente proibida à exposição de material de propaganda
política partidária nas bancas de jornal.
Art. 124. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
à multa no Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº2.597/08. Art. 128. A instalação de bancas de jornal e revistas em áreas públicas será
objeto de outorga através de Termo de Permissão de Uso celebrado pelo
órgão competente da Administração Municipal, obedecido a processo licita-
SEÇÃO IV tório regular.
DAS BANCAS DE JORNAL E REVISTAS
Parágrafo Único - Como remuneração pelo uso do bem (passeio público)
SUBSEÇÃO I afetado à municipalidade será cobrado preço público.
DA PERMISSÃO DE USO
Art. 129. As bancas de jornal e revistas não poderão ser localizadas:

Art. 125. As bancas de jornal e revistas serão instaladas de acordo com as I - a menos de 2,00m (dois metros) das esquinas;
normas do presente Código e a legislação complementar e o Termo de
Permissão de Uso. II - nos pontos que possam perturbar a visão dos motoristas;

Art. 126. Nas bancas de jornal e revistas só poderão ser vendidos: III - em passeio fronteiriço a monumentos e prédios públicos ou tombados
pela União, Estado e Município ou junto a estabelecimentos militares, esta-
I - jornais, revistas, livros, publicações, fascículos, almanaques, guias, belecimentos bancários e órgãos de segurança.
mapas da Cidade e diários oficiais;
Art. 130. A concessão para instalação de bancas de jornal e revistas deverá
II - álbuns e figurinhas, quando editadas por casas editoras de jornais e obedecer aos seguintes critérios quanto ao zoneamento:
revistas que não promovam sorteio ou distribuição de prêmios, salvo se
devidamente legalizados pelos órgãos competentes; I - serão definidas pela Secretaria de Urbanismo e Controle Urbano as áreas
para a instalação no Município com número máximo determinado de unida-
III - bilhetes de loterias, títulos de capitalização devidamente legalizados des instaladas por área;
pelos órgãos competentes;
II - a Secretaria de Urbanismo e Controle Urbano regulamentará o distanci-
IV - qualquer publicação periódica de sentido cultural, artístico ou científico; amento entre as bancas de jornal e revistas por áreas.

V - selos de empresa de correios e telégrafos, cartões telefônicos, cartões Art. 131. Será objeto de regulamentação própria à localização, o funciona-
postais e comemorativos de eventos, papel de cartas, envelopes, adesivos e mento e a padronização das bancas de jornal e revistas:
bótons;
§ 1º É vedada à colocação em passeio público com largura inferior a 4,00m
VI - faixas, bandeirolas, galhardetes, balões infláveis e flâmulas, desde que (quatro metros);
acondicionados em envelopes ou sacos plásticos;
§ 2º Poderão ocupar no máximo 50% (cinquenta porcento) da largura da
VII - cigarros, fósforos, isqueiros, canetas, chaveiros, pilhas, filmes fotográfi- calçada;
cos, fitas de vídeo, dvd`s e cd`s quando acompanhados de publicações;
§ 3º As bancas de jornal e revistas terão a dimensão máxima de 6,00m (seis
VIII - ingressos para espetáculos esportivos, teatrais e musicais; metros) de frente, 3,00m (três metros) de largura e 3,00m (três metros) de
altura.
IX - preservativos;
Art. 132. No Alvará de Autorização Temporária deverão constar:
X - balas, confeitos e doces embalados, refrigerantes e sorvetes quando
armazenados em compartimento frigorífico compatível com o espaço interno I - nome do titular;
da banca de jornal;
II - localização, dimensões e área da banca;
XI - bijuterias, artesanatos, acessórios e cabos para telefone celular. (Reda-
ção acrescida pela Lei nº 2978/2012) III - número do processo do Termo de Permissão de uso e prazo de valida-
de; e
§ 1º As bancas de jornal e revistas deverão manter:
IV - número da inscrição municipal.
a) caixa coletora de pilhas e baterias, cujo destino final será determinado

Legislação municipal 126 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Parágrafo Único - O Alvará de Autorização Temporária deverá ser mantido
na banca, em local visível e exibido à fiscalização quando solicitado. Art. 144. O licenciamento para bancas de chaveiros em áreas públicas será
feito pelo órgão competente da Administração Municipal.
Art. 133. A requerimento do titular junto a Secretaria Municipal de Fazenda,
o trabalho nas bancas poderá ser exercido conjuntamente com um ou mais Art. 145. Para esta modalidade o serviço de chaveiro será prestado em
auxiliares, devidamente cadastrados. bancas instaladas nos passeios públicos.

Art. 134. A banca deverá ser instalada e iniciar o seu funcionamento dentro Art. 146. No Alvará de Autorização Temporária deverão constar:
de 30 (trinta) dias, contados da data da concessão do Termo de Permissão
de Uso, sob pena de caducidade da respectiva outorga. I - nome do titular e, se for o caso, o nome dos auxiliares;

Art. 135. Só será concedida uma outorga por pessoa física ou jurídica. II - localização, dimensões e área da banca;

Art. 136. A outorga será concedida em caráter pessoal e intransferível. III - número do processo do Termo de Permissão de Uso e prazo de valida-
de; e
Art. 137. As bancas funcionarão obrigatoriamente em todos os dias da
semana, por um período mínimo e contínuo de 6 (seis) horas diárias. IV - número da inscrição municipal.

Parágrafo Único - O Alvará de Autorização Temporária deverá ser mantido


SUBSEÇÃO II na banca, em local visível, e exibido à fiscalização quando solicitado.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 147. A requerimento do titular, o trabalho nas bancas poderá ser exerci-
do conjuntamente com um ou mais auxiliares cujos nomes deverão constar
Art. 138. A banca de jornal e revista instalada sem autorização, ou em no Alvará de Autorização Temporária.
desacordo com o modelo aprovado, poderá ser removida para o depósito
público e somente será liberada após o pagamento da multa prevista e das Art. 148. A banca deverá ser instalada e iniciar o seu funcionamento dentro
despesas com a remoção. de 30 (trinta) dias, contados da data da concessão do Termo de Permissão
de Uso, sob pena de caducidade da respectiva outorga.
Parágrafo Único - As mercadorias encontradas nas bancas, cuja venda não
seja autorizada, serão apreendidas, ficando a devolução condicionada à Art. 149. Só será concedida uma outorga por pessoa física ou jurídica.
comprovação de propriedade ou à posse legítima dos materiais e ao paga-
mento da eventual multa incidente e, quando a venda constituir infração Art. 150. O licenciamento será concedido em caráter pessoal e intransferí-
penal, poderá ser cancelada a outorga da banca de jornal e revistas obede- vel.
cidas ao devido processo legal, independentemente da aplicação das pena-
lidades previstas neste Código.
SUBSEÇÃO II
Art. 139. Nas bancas de jornal e revistas somente serão permitidas as DA AUTORIZAÇÃO
seguintes formas de publicidade:

I - a publicidade de jornais, revistas e demais periódicos comercializados, Art. 151. A autorização para o serviço de chaveiro poderá ser concedida
não devendo o seu tamanho exceder o de uma página de cada publicação para veículos, equipados especialmente para este fim, estacionados nas
e, somente, ser exposta nas vitrines; vias públicas.

II - a publicidade na fachada posterior da banca, dentro dos limites desta e Art. 152. O pedido da autorização será instruído com os seguintes docu-
com espessura máxima de 0,10m (dez centímetros); mentos:

Parágrafo Único - O requerimento de publicidade previsto no inciso II poderá I - requerimento dirigido ao Secretário Municipal de Urbanismo e Controle
ser feito, pela empresa cadastrada no órgão de licenciamento e fiscalização Urbano;
de publicidade do Município, desde que haja anuência do titular.
II - cópia do documento de identidade do requerente;
Art. 140. Poderá ser requerida a alteração do modelo da banca ao órgão
concedente, desde que obedeça ao padrão definido pela Secretaria de III - cópia do CPF do requerente e de seus auxiliares, quando houver;
Urbanismo e Controle Urbano.
IV - comprovante de residência do requerente e de seus auxiliares, quando
Art. 141. Não serão permitidos caixotes, prateleiras e afins que visem a houver;
aumentar o local de exposição das mercadorias das bancas de jornal e
revistas, inclusive na área de projeção da cobertura. V - certidões negativas de antecedentes criminais, estadual e federal, do
requerente e de seus auxiliares;
Art. 142. Fica obrigatória a pintura da inscrição municipal na parte superior
da face lateral externa da banca na cor preta com altura da fonte mínima de VI - planta de situação, em 3 (três) vias, indicando o local onde veículo será
0,10m (dez centímetros). estacionado; as dimensões do veículo; a localização dos prédios mais
próximos com as respectivas numerações; a localização de postes, árvores,
Art. 143. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos bancas de jornal, entradas de garagem, distância da esquina e outros pon-
à multa no Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº2.597/08. tos de amarração, configurando, inclusive, a distância do chaveiro mais
próximo;

SEÇÃO V VII - autorização do proprietário ou locatário do imóvel residencial ou comer-


DAS BANCAS E VEÍCULOS DE CHAVEIROS cial fronteiriço à área onde será estacionado o veículo;

SUBSEÇÃO I VIII - documentação atualizada do veículo emplacado no Município em nome


"DAS BANCAS" do requerente, e comprovante de vistoria da Secretaria Municipal de Servi-
ços Públicos, Trânsito e Transportes atestando o bom estado de conserva-

Legislação municipal 127 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ção do veículo e regularidade com as obrigações definidas no Código Brasi-
leiro de Trânsito, inclusive quanto ao pagamento do IPVA e a quitação de VI - no interior de praças, parques e jardins públicos;
multas que porventura incidam sobre o mesmo;
VII - em locais que comprometam a estética e a paisagem a critério da
IX - cópia do documento de habilitação do titular. administração;

Art. 153. A requerimento do titular, o trabalho no veículo poderá ser exercido VIII - nos passeios fronteiriços a monumentos e prédios tombados pela
conjuntamente com um ou mais auxiliares cujos nomes deverão constar no União, Estado ou Município, nem junto a estabelecimentos bancários, milita-
Cartão de Autorização. res ou Órgãos de Segurança Pública;

Art. 154. Fica instituído o Cartão de Autorização para o Funcionamento de IX - em locais onde for proibido parar ou estacionar, para o caso de veículos.
chaveiros em veículos estacionados nas vias públicas, que será emitido pela
Secretaria Municipal de Fazenda. Art. 161. O serviço de chaveiro funcionará livremente em todos os dias da
semana, sem limites de horário, podendo, inclusive, funcionar em regime de
Art. 155. Devem constar do Cartão de Autorização: 24h (vinte e quatro horas), desde que não produza ruídos ou incomode a
vizinhança, sendo obrigatório o funcionamento por período mínimo e contí-
I - nome, CPF e identidade do autorizado e, se for o caso, de seu auxiliar ou nuo de 6h (seis horas) diárias de segunda a sábado.
auxiliares;
Art. 162. As bancas e veículos de chaveiros obedecerão ao padrão estabe-
II - localização marca tipo, cor, placa e número do RENAVAM do veículo; lecido em regulamento.

III - número do processo de autorização. Art. 163. O prestador do serviço de chaveiro, bem como seus auxiliares,
deverão se apresentar convenientemente trajados e calçados, obrigando-se
Parágrafo Único - O Cartão de Autorização deverá ser mantido no veículo, a atender o público com urbanidade, sob pena de suspensão de suas ativi-
em local visível, acompanhado do comprovante de pagamento da respectiva dades por até 30 (trinta) dias, por ato do Secretário Municipal de Fazenda,
taxa de ocupação de solo e comércio eventuais e exibidos à fiscalização de acordo com a gravidade da infração, a qual, em caso de reincidência,
quando solicitado. acarretará a automática revogação da autorização.

Art. 156. Os veículos adaptados para o serviço de chaveiro deverão ser do Art. 164. Nas bancas e veículos autorizados serão permitidos exclusivamen-
tipo furgão, de pequeno porte e na cor branca. te a publicidade de marcas de chaves e dos serviços ali prestados.

Parágrafo Único - Os veículos licenciados para o serviço de chaveiro serão § 1º A indicação exclusiva do serviço de chaveiro, do nome do profissional,
vistoriados anualmente pela Secretaria de Serviços Públicos, Trânsito e do telefone e outras formas de contato não será taxada como publicidade.
Transportes, que atestará o bom estado de conservação do veículo e regula-
ridade com as obrigações definidas no Código Brasileiro de Trânsito, inclusi- § 2º No caso de propaganda de terceiros, será cobrada a respectiva taxa de
ve quanto à quitação de multas que porventura incidam sobre o mesmo. publicidade.

Art. 157. Somente será concedida autorização para funcionamento de Art. 165. No caso de autorizações para veículos, deverá ser ouvida também
veículo de chaveiros a uma única pessoa, em caráter pessoal e intransferí- a autoridade municipal de trânsito que, após a autorização, providenciará
vel. portaria e placa apropriada indicando a reserva de vaga para o serviço
licenciado.
Parágrafo Único - O serviço deverá ser implantado dentro de 30 (trinta) dias,
contados da data da autorização, sob pena de caducidade da respectiva Art. 166. As bancas e veículos utilizados nos serviços de chaveiros deverão
autorização. apresentar bom estado de conservação.

Parágrafo Único - Aplica-se às bancas e veículos de chaveiro, no que cou-


SUBSEÇÃO III ber, as disposições relativas à autorização para banca de jornal e revistas.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 167. Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle Urbano, no prazo
máximo de 180 (centro e oitenta) dias, estabelecerá limites no quantitativo
Art. 158. O serviço de chaveiro destina-se exclusivamente à prestação dos de licenças em cada Bairro ou Região da Cidade.
serviços de confecção de chaves, aberturas emergenciais de fechaduras e
cadeados, serviços de cutelaria, confecção de carimbos, plastificação e à Art. 168. Fica obrigatória a pintura da inscrição municipal na parte superior
venda de fechaduras, cadeados e chaveiros. da face lateral externa da banca na cor preta com altura da fonte mínima de
0,10m (dez centímetros).
Art. 159. Serão objeto de regulamentação própria à localização, o funciona-
mento e a padronização das bancas e veículos de chaveiros. Art. 169. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
à multa no Valor de Referência M3 da Lei nº 2.597/08.
Art. 160. As bancas ou veículos de chaveiro não poderão ser localizados ou
estacionados:
SEÇÃO VI
I - em locais que prejudiquem o trânsito de veículos ou de pedestres; DAS BARRACAS

II - a menos de 2,00m (dois metros) das esquinas, medidos a partir do


alinhamento das testadas dos Lotes; Art. 170. É proibida a autorização para localização de barracas para fins
comerciais, nos passeios e nos leitos dos logradouros públicos, salvo as
III - em pontos que possam prejudicar a visão dos motoristas; exceções previstas neste Código.

IV - a menos de 200,00m (duzentos metros) de outra banca, veículo ou Parágrafo Único - As prescrições do presente artigo não se aplicam às
estabelecimento que preste serviço similar; barracas móveis, quando instaladas nos dias e horários determinados pela
Administração Municipal.
V - em passeios com menos de 3,00m (três metros) de largura;

Legislação municipal 128 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 171. As barracas, cuja instalação seja permitida, conforme as prescri- logradouros públicos mediante autorização prévia da Administração Munici-
ções deste Código, e mediante autorização da Administração Municipal, pal e desde que os responsáveis pelos comícios políticos, pelas festividades
solicitada pelos interessados, deverão apresentar bom aspecto estético. religiosas, cívicas ou de caráter popular assinem, no órgão competente, um
termo de compromisso do qual conste a sua responsabilidade por danos que
§ 1º As barracas de que trata o presente artigo deverão obedecer às especi- porventura possam ser causados aos bens públicos ou a terceiros e pela
ficações técnicas estabelecidas pela Administração Municipal. sua retirada no prazo constante da autorização.

§ 2º A instalação de barracas deverá obedecer às seguintes exigências: § 1º A remoção do palanque ou coreto deverá ocorrer no prazo máximo de
24h (vinte e quatro horas), contadas a partir do término dos festejos ou das
I - ficar fora da faixa de rolamento do logradouro público e não prejudicar o solenidades.
estacionamento de veículos;
§ 2º Não sendo cumprido o disposto no parágrafo anterior, a Administração
II - não prejudicar o trânsito de pedestres, quando localizada no passeio; Municipal, através de seus órgãos, promoverá a sua apreensão, correndo
por conta do responsável todas as despesas decorrentes do desmonte,
III - não ser localizada em áreas ajardinadas; transporte e depósito.

IV - manter durante todo o horário de funcionamento, e até a desocupação Art. 183. Nenhum material poderá permanecer no logradouro público, salvo
da área, um serviço de limpeza das calçadas e das áreas ocupadas e pró- aqueles cuja descarga não possa ser feita diretamente no interior do imóvel,
ximas, utilizando para tais utensílios apropriados para a remoção dos detri- sendo a estes toleradas a permanência no logradouro público por um perío-
tos. do de tempo não superior às 24h (vinte e quatro horas) e desde que não
haja interrupção de trânsito.
Art. 172. Nas festas de caráter público ou religioso poderão ser instaladas
barracas provisórias para divertimentos. § 1º A descarga de material que por suas condições obrigue a uma interrup-
ção do uso do logradouro público, só poderá se processar após a autoriza-
§ 1º As barracas deverão funcionar exclusivamente no horário e no período ção do órgão competente da municipalidade.
fixado para a festa para a qual foram autorizadas.
§ 2º Excetuam-se às vedações do caput deste artigo os resíduos da Cons-
§ 2º Quando destinadas à venda de alimentos e bebidas as barracas deve- trução Civil e as caçambas estacionárias, que deverão obedecer a Lei
rão ter autorização expedida pela autoridade sanitária competente. Municipal nº 1.212 de 21/09/1993 e suas alterações posteriores e Resolu-
ções Técnicas Normativas expedidas pela CLIN.
Art. 173. Nos festejos juninos e eventos congêneres poderão ser instaladas
barracas provisórias para venda de artigos relativos à época. Art. 184. É expressamente proibida a utilização do passeio público ou área
de afastamento, limitado a partir da soleira dos acessos dos estabelecimen-
Art. 174. Nas festas de Natal e Ano Novo e nos festejos carnavalescos, será tos comerciais, para guarda, depósito, exposição ou demonstração de
permitida a instalação de barracas para venda de artigos próprios aos referi- mercadorias.
dos períodos, bem como de alimentos e bebidas.
Art. 185. É proibida a colocação ou uso, no passeio público ou área de
Art. 175. A barraca instalada sem autorização ou em desacordo com esta afastamento, de engenho que possa causar dano ou acidente ao transeunte,
poderá ser apreendida, bem como os equipamentos e mercadorias utiliza- bem como aqueles que possam impedir o livre trânsito ou possam provocar
dos pelo infrator. acidentes às pessoas com deficiência física e mental, salvo as permitidas
por este Código.
Art. 176. É proibida a comercialização de bebidas em garrafas de vidro.
Art. 186. É proibida a utilização de contenções ou proteções metálicas
Art. 177. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos pontiagudas, tubos rígidos verticais e outros que, de alguma forma, impeçam
à multa no Valor de Referência M2 do Anexo I da Lei nº2.597/08. o trânsito ou ofereçam risco ou perigo iminente a pedestres nos passeios
públicos ou proximidades destes.

SEÇÃO VII Art. 187. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
DO EMPACHAMENTO DAS VIAS PÚBLICAS às seguintes penalidades:

I - infração às determinações contidas no art. 180.


Art. 178. A ninguém é lícito empachar a via pública sob qualquer pretexto,
salvo nas exceções previstas por este Código. Multa - Valor de Referência M2 Anexo I da Lei nº 2.597/08.

Parágrafo Único - A autorização para interdição de logradouro público para II - infração às determinações estabelecidas nos arts. 178, 179, 180, 181,
realização de eventos far-se-á através de processo regular dirigido ao órgão 182, 183, 184 ou 185.
competente.
Multa - Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
Art. 179. Os tapumes provisórios exigidos nas construções e demolições
não poderão ultrapassar a metade dos passeios, nem estorvar a iluminação III - infração às determinações previstas no art. 186.
pública e a visibilidade das placas designativas de ruas, de aparelhos ou
outros instrumentos de sinalização. Multa - Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.

Art. 180. Os andaimes e tapumes não poderão causar danos às árvores


públicas, iluminação, sinalização e redes de distribuição de energia e telefo- SEÇÃO VIII
nia. DAS JARDINEIRAS E FRADES

Art. 181. Deverão ser retirados os andaimes e tapumes nas paralisações de


obras por mais de 30 (trinta) dias, ficando o responsável pela obra obrigada Art. 188. As jardineiras e os frades colocados nos passeios públicos depen-
a desimpedir a via pública, sob pena de multa. dem de autorização prévia da Administração Municipal e deverão respeitar
os modelos e medidas aprovadas pelo órgão competente da Administração
Art. 182. Os coretos e palanques provisórios só poderão ser armados em Municipal.

Legislação municipal 129 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
vidro.
Art. 189. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
à multa no Valor de Referência M2 do Anexo I da Lei nº2.597/08. Parágrafo Único - As bebidas somente poderão ser servidas, quando for o
caso, em copos descartáveis.

SEÇÃO IX Art. 199. A autorização para o uso de módulos (mesas e cadeiras) será
DOS QUIOSQUES objeto de regulamentação própria.

Art. 200. O não cumprimento das normas estabelecidas neste Capítulo


Art. 190. Esta Seção tem por finalidade disciplinar o comércio em quiosques poderá sujeitar o infrator às seguintes penalidades:
em logradouros públicos do Município de Niterói.
I - multa;
Art. 191. A Administração Municipal definirá os locais onde poderão ser
instalados os quiosques, os modelos e o tipo de comércio a ser praticado. II - apreensão de mercadorias e equipamentos;

Art. 192. O licenciamento de quiosques em áreas públicas será feito pelo III - suspensão da atividade por 30 (trinta) dias; e
órgão competente da Administração Municipal.
IV - cassação do Alvará, quando ocorrer reincidência de infração às normas
Art. 193. No Alvará de Autorização Temporária deverão constar: deste Código.

I - nome ou razão social do titular; Art. 201. Havendo reincidência de infração, o permissionário será intimado a
desocupar o quiosque no prazo de 30 (trinta) dias.
II - CPF ou CNPJ do titular;
§ 1º Após o trigésimo dia descumprida a intimação, a Fiscalização de Postu-
III - localização, dimensões e área a ser ocupada; ras procederá à retirada das mercadorias recolhendo-as ao depósito público,
com a lavratura do competente auto de apreensão.
IV - horário de funcionamento;
§ 2º A devolução do material apreendido será feita por decisão da autorida-
V - número da inscrição municipal; de competente, mediante processo de recurso requerido pelo titular da
permissão até o prazo de 10 (dez) dias contados da data da apreensão.
VI - número do processo de concessão do Alvará;
Art. 202. Só será concedida uma licença por pessoa física ou jurídica.
VII - atividades a serem exercidas;
Art. 203. A outorga será concedida em caráter pessoal e intransferível.
VIII - quantidade de módulos autorizados;
Art. 204. É proibida qualquer alteração nas características originais dos
IX - restrições se forem o caso; e quiosques, salvo autorização expressa da Administração Municipal.

X - prazo de validade da licença. Art. 205. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
às seguintes penalidades:
Parágrafo Único - O Alvará de Autorização Temporária deverá ser mantido
no quiosque, em local visível, e exibido à fiscalização quando solicitado. I - infração à determinação contida no art. 192.

Art. 194. Os funcionários que trabalharem nos quiosques deverão manter-se Multa - Valor de Referência M20 Anexo I da Lei nº 2.597/08.
devidamente trajados e calçados, conforme legislação própria.
II - infração às demais determinações estabelecidas nesta Seção.
Art. 195. O local e as adjacências dos quiosques deverão ser mantidos
sempre limpos, com o correto acondicionamento dos resíduos, em perfeitas Multa - Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
condições de higiene pelo permissionário, responsabilizando-se o mesmo
por quaisquer danos que causar ao logradouro público, ao mobiliário urbano
e às áreas verdes. TÍTULO VI
DO USO ADEQUADO DAS PRAIAS
Parágrafo Único - Os quiosques deverão ter recipientes adequados destina-
dos ao depósito do lixo. CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 196. É proibido ao permissionário:

I - o uso de qualquer processo ruidoso na área externa do quiosque; Art. 206. A utilização da Orla Marítima, considerada como o trecho compre-
endido entre a água e o calçadão contíguo às edificações, bem como a
II - a utilização de caixas, caixotes ou similares, na área externa; utilização dos rios, lagos e lagoas do Município, para o exercício das ativida-
des abaixo discriminadas, obedecerão, além das exigências da legislação
III - instalar ou colocar objetos no solo seja qual for à finalidade; e complementar, às disposições deste Código e, quando necessário será
submetida à autorização prévia da União ou do Estado.
IV - a utilização ainda que momentânea, das áreas destinadas a jardins,
fontes, chafarizes, estátuas, monumentos, árvores, postes e demais mobiliá-
rios urbanos. CAPÍTULO II
DAS ATIVIDADES DESPORTIVAS E RECREATIVAS
Art. 197. A Fiscalização de Posturas atuará periodicamente verificando a
regularização e o funcionamento dos quiosques.
Art. 207. A exploração de atividades esportivas ou recreativas na Orla
Art. 198. O comércio das bebidas será permitido em frascos plásticos e Marítima, nos rios, lagos e lagoas, ficam sujeitas à autorização prévia da
latas, sendo expressamente vedada sua comercialização em recipientes de Secretaria Municipal de Esportes, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Legislação municipal 130 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e Recursos Hídricos e da Secretaria Municipal de Fazenda.

§ 1º Os autorizados responderão exclusivamente por eventuais danos Art. 215. É proibida a presença de animais na areia das praias do Município,
sofridos pelos usuários nas respectivas atividades, e por danos causados ao exceto os cães guias, considerando-se infrator o proprietário ou o condutor
patrimônio público e ao meio ambiente. do animal.

§ 2º O autorizado deverá apresentar garantia a fim de assegurar as eventu- § 1º Caberá ao Centro de Controle de Zoonoses zelar pelo fiel cumprimento
ais reparações referidas no parágrafo anterior, para a concessão de autori- da norma, de ordem pública, estabelecida no caput, através de determina-
zação. ção legal aos infratores condutores dos animais, advertindo-os sobre a
obrigação de retirada do animal do local, sob pena de condução coercitiva
Art. 208. O pedido de autorização para o exercício da atividade, deverá ser do responsável à Delegacia Policial.
protocolado na Secretaria Municipal de Fazenda, e instruído com os docu-
mentos abaixo relacionados e ficará sujeito a anuência da Secretaria de § 2º Os agentes do Centro de Controle de Zoonoses poderão solicitar apoio
Esportes: a Guarda Municipal ou a Polícia Militar sempre que necessário, para o fiel
cumprimento de suas determinações.
I - ficha de consulta prévia de local;
§ 3º Os animais que estiverem sem responsável serão retirados da praia
II - cartão do CNPJ ou CPF; pelo Centro de Controle de Zoonoses.

III - comprovante de inscrição no Cadastro da Secretaria Municipal de Fa- Art. 216. É obrigatório o uso de coleiras em cães, atreladas às guias, nos
zenda; logradouros públicos, em especial nas calçadas contíguas às areias das
praias.
IV - autorização da Secretaria de Patrimônio da União, quando for o caso;
Art. 217. É obrigatório o recolhimento, pelo responsável, das fezes deixadas
V - da Capitania dos Portos, quando for o caso; por seus animais no logradouro público.

VI - comprovação de capacidade técnica do responsável pela atividade, Art. 218. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
quando for o caso. à multa no Valor de Referência M2 do Anexo I da Lei nº2.597/08.

Art. 209. Da autorização constarão o local, o horário e a modalidade esporti-


va ou recreativa autorizada, não sendo permitida a alteração destes dados SEÇÃO IV
sem o consentimento da Secretaria de Esportes. DOS EVENTOS

SEÇÃO I Art. 219. A realização de eventos na Orla Marítima dependerá de prévia


DOS JET-SKIS, BANANA BOAT E SIMILARES autorização da Secretaria de Patrimônio da União, e da Administração
Municipal, na forma definida em regulamentação específica.

Art. 210. A atividade de locação de equipamentos flutuantes puxados a Parágrafo Único - A autorização prévia da Secretaria de Patrimônio da União
barco a motor, como banana boat e similares, e a de jet-ski e similares, só é aplicável nas praias de sua responsabilidade.
dependem de autorização prévia da Administração Municipal e da Captania
dos Portos. Art. 220. Em nenhuma hipótese poderá ser totalmente impedida à circulação
na faixa da areia.
Art. 211. Nas lagoas e lagos de parques do Município só serão permitidos
pedalinhos e barcos de pequeno porte sem motor, com até 3,50m (três Art. 221. A realização de eventos na Orla Marítima sem a devida autoriza-
metros e cinquenta centímetros) de comprimento e em pontos previamente ção acarretará a aplicação de multas, pela Fiscalização de Posturas, além
autorizados. da interdição imediata do evento e apreensão dos equipamentos.

Parágrafo Único - É vedada a utilização de pedalinhos e congêneres em mar Art. 222. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
aberto. às seguintes penalidades:

Art. 212. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos I - infração à determinação contida no art. 220.
à multa no Valor de Referência M5 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
Multa - Valor de Referência M10 Anexo I da Lei nº 2.597/08.

SEÇÃO II II - infração à determinação estabelecida no art. 219.


DAS ESCOLINHAS DE ESPORTES
Multa - Valor de Referência M20 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.

Art. 213. Consideram-se escolinhas de esporte os serviços de ensino de


modalidades esportivas e recreativas prestados nas areias das praias, como SEÇÃO V
vôlei, futebol, "futevôlei", ginástica, surf, remo, vela e similares. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Parágrafo Único - As atividades relacionadas no caput dependem de autori-


zação prévia. Art. 223. É proibida a colocação de qualquer meio de publicidade ou exibi-
ção de anúncio nas areias das praias, salvo disposição em contrário.
Art. 214. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
à multa no Valor de Referência M5 do Anexo I da Lei nº2.597/08. Art. 224. A colocação de mesas e cadeiras nas areias das praias depende
de autorização prévia da Administração Municipal, que será objeto de regu-
lamentação própria.
SEÇÃO III
DOS ANIMAIS § 1º A colocação de cadeiras e mesas nas areias das praias fica limitada ao

Legislação municipal 131 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
horário diurno, devendo obrigatoriamente, ser retiradas no período noturno. engenho;

§ 2º É proibida a instalação de mesas e cadeiras nas praias de Itacoatiara e IV - altura máxima do engenho - diferença entre a cota do ponto mais alto do
do Sossego. engenho e a cota do meio fio que lhe é fronteiriço;

Art. 225. A utilização irregular das praias sujeitará o infrator à apreensão de V - altura mínima do engenho - diferença entre a cota do ponto mais baixo
mercadorias e equipamentos. do engenho e a cota do meio fio que lhe é fronteiriço;

Art. 226. A devolução do material apreendido será feita mediante processo VI - anúncio - qualquer manifestação que, por meio de palavras, imagens,
regular, requerido pelo titular, até o prazo de 10 (dez) dias contados da data efeitos luminosos ou sonoros, divulguem ideias, marcas, produtos ou servi-
da apreensão, junto ao órgão responsável pela apreensão. ços, identificando ou promovendo estabelecimentos, instituições, pessoas ou
coisas, assim como oferta de benefícios;
Art. 227. Os infratores das disposições previstas nesta Seção estão sujeitos
às seguintes penalidades: VII - área de exposição - superfície disponível para a colocação do anúncio;

I - infração à determinação contida no art. 223. VIII - área do anúncio - área da superfície do menor paralelogramo que
contém o anúncio;
Multa - Valor de Referência M5 Anexo I da Lei nº 2.597/08.
IX - área total do anúncio - soma das áreas das superfícies que contém o(s)
II - infração à determinação estabelecida no art. 224. anúncio(s);

Multa - Valor de Referência M2 do Anexo I da Lei nº 2.597/08, por módulo X - busdoor - todo tipo de veiculação de publicidade no vidro traseiro do
irregular. ônibus;

XI - empena cega - fachada(s) que não apresenta(m) vão(s) ou abertura(s);


TÍTULO VII
DOS MEIOS DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA XII - envelopamento - mensagem veiculada em veículos através da pintura
ou aplicação de adesivo em toda ou parcial carroceria;
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS XIII - evento de curta duração - aquele com duração máxima de 10 (dez)
dias;

Art. 228. No que compete preservar a paisagem urbana das agressões XIV - galeria - espaço de livre acesso público, destinado à circulação de
visuais, considerando que o ordenamento e a disciplina das condições em pedestres, em área externa ou interna das edificações;
que se autoriza a instalação de engenhos publicitários e a necessidade de
se dotar os órgãos de urbanismo, controle do meio ambiente, tributários e XV - grafismo artístico - painel mural contendo ilustração artística elaborada
fiscais dos mecanismos capazes de regulamentar esta atividade, fica esta- por artista renomado ou profissional qualificado;
belecido as exigências e normas a serem geridas pela Administração Muni-
cipal. XVI - local exposto ao público - qualquer área, construção ou edificação
pública ou privada, onde sejam visualizados anúncios;
Art. 229. A divulgação de mensagens, por qualquer meio, em logradouros
públicos e em locais expostos ao público, somente será realizada em con- XVII - marca registrada - título, nome ou logomarca registrado no INPI -
formidade com as normas estabelecidas nesta legislação. Instituto Nacional de Propriedade Industrial;

Art. 230. São diretrizes para o ordenamento da publicidade na paisagem do XVIII - meio - canal ou veículo utilizado para transmissão de uma mensa-
Município: gem;

I - assegurar a compatibilidade entre os interesses individuais e os interes- XIX - mensagem - é o uso organizado de sinais que servem de suporte à
ses da coletividade; comunicação, sendo transmitida através de anúncio;

II - garantir condições de segurança e conforto de pedestres, veículos e XX - outdoor - é o engenho destinado a colagem de folhas de papel ou
edificações; fixação de lona vinil;

III - preservar valores paisagísticos, naturais, históricos e culturais da Cida- XXI - painel backlight - é o painel iluminado internamente, por trás da men-
de; sagem;

IV - contribuir para o bem-estar físico e mental da população; XXII - painel frontlight - é o painel iluminado externamente, pela frente da
mensagem;
V - estabelecer o equilíbrio dos diversos agentes atuantes no Município,
incentivando a cooperação de organizações e cidadãos na melhoria da XXIII - publicidade ou propaganda - é qualquer forma de propagação de
paisagem do Município. ideias, marcas, produtos, mercadorias ou serviços;

Art. 231. Para fins desta legislação, entende-se por: XXIV - quadro - superfície disponível para a colocação de anúncio;

I - afastamento entre engenhos - medida linear, em projeção horizontal, XXV - totem - peça especial, monolítica em sua aparência, destinada exclu-
entre bordas laterais de dois engenhos; sivamente à identificação do estabelecimento ou do produto através da sua
logomarca;
II - agrupamento de engenhos - conjunto de dois engenhos do tipo outdoor
ou painel, com afastamento máximo de 3,00m (três metros) entre engenhos XXVI - triface - painel composto de um conjunto de prismas (triedros), que
contíguos; giram em torno de seus eixos longitudinais, formando três mensagens
distintas e em sequência.
III - altura do engenho - diferença entre as alturas máximas e mínimas do

Legislação municipal 132 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 232. Para cumprimento das diretrizes estabelecidas no artigo 230 desta para sustentação dos anúncios.
Lei, fica proibida a colocação de qualquer meio publicitário, propaganda ou
exibição de anúncio, seja qual for sua finalidade, forma ou composição nos Art. 236. A apresentação é a característica que diz respeito ao aspecto
seguintes casos: como a mensagem é mostrada:

I - quando deprecie a paisagem urbana e/ou natural; I - não iluminado - meio que não dispõe de qualquer fonte de iluminação;

II - em inscrições, pintura ou colagem na pavimentação das ruas, meio-fio e II - luminoso - meio dotado de iluminação a partir de fonte própria (interna);
calçadas, muros, colunas e postes da rede elétrica, cais, balaustradas,
muralhas, grade de praças públicas e bancos públicos, exceto nas situações III - iluminado - meio dotado de iluminação a partir de fonte externa ou
previstas nesta Lei; projetada.

III - quando prejudique a iluminação ou a ventilação da edificação em que Art. 237. A mobilidade é a característica que se relaciona com o desloca-
estiver instalado ou das edificações vizinhas; mento:

IV - quando, devido às suas dimensões, formas, cores, luminosidade ou por I - fixo - meio que não pode ser deslocado;
qualquer outro motivo, prejudique a perfeita visibilidade e compreensão dos
sinais de trânsito e de combate a incêndio, a numeração imobiliária, a de- II - móvel - meio que pode ser deslocado em bases móveis.
nominação dos logradouros e outras mensagens destinadas à orientação do
público; Art. 238. A animação é a característica relativa à movimentação das men-
sagens:
V - nas partes internas e externas de cemitérios, exceto o letreiro identifica-
dor; I - estático - meio cujas mensagens não são dotadas de qualquer movimen-
to;
VI - nas margens de rios, lagoas, e praias;
II - dinâmico - meio que apresenta alguma forma de movimento mecânico,
VII - em posição que venha obstruir a visualização de engenhos já existen- elétrico, eletrônico, eólico ou hidráulico.
tes;
Art. 239. A complexidade diz respeito às características técnico funcionais
VIII - anúncios explorados por empresas de publicidade nas áreas comuns dos meios:
de grupos de lojas, centros comerciais e shopping centers;
I - simples - meio de menor complexidade técnico funcional;
IX - nos muros frontais, mesmo para fixação de faixas provisórias ou pintura;
II - especial - meio de maior complexidade técnico funcional, apresentando
X - nos postes da rede de iluminação pública exceto as institucionais e em uma das seguintes características:
árvores;
a) disponha de área de exposição por face superior a 50,00m² (cinquenta
XI - nas Zonas de Proteção Integral, Zonas de Preservação da Vida Silvestre metros quadrados);
e Áreas de Preservação Permanente; b) possua dispositivos mecânicos, elétricos, eletrônicos, eólicos ou hidráuli-
cos, com exceção da iluminação;
XII - nos viadutos e a 50,00m (cinquenta metros) das entradas e saídas dos c) utilize gás no seu interior;
túneis. d) possua acréscimos laterais, frontais ou com animação dinâmica durante o
período de exibição do anúncio;
Art. 233. Os meios publicitários caracterizam-se segundo a mensagem, o e) esteja instalado em cobertura, telhado ou em empena cega.
suporte, a duração, a apresentação, a mobilidade, a animação e a complexi-
dade. Art. 240. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão
sujeitos à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
Art. 234. A mensagem pode ser:

I - identificadora - aquela que identifica o nome e/ou a atividade principal CAPÍTULO II


exercida no local de funcionamento do estabelecimento; DAS CONDIÇÕES GERAIS

II - publicitária - aquela que divulga exclusivamente propaganda;


Art. 241. Não é permitido o uso de publicidade nas fachadas das edificações
III - indicativa ou orientadora - aquela que contém orientações ou serviços coletivas estritamente residenciais, salvo em empenas cegas.
das instituições públicas ou privadas, podendo ser indicadores de logradou-
ros, direção de bairros, parada de coletivos, hora e temperatura, localização Art. 242. Quando, num único imóvel, existir mais de um engenho, os demais
de estabelecimentos e outros; devem estar agrupados de modo a constituir conjunto harmonioso e, para
tanto, deve haver concordância em suas faces superiores e inferiores.
IV - institucional - aquela que transmite informações do poder público, orga-
nismos culturais, entidades beneficentes e similares, sem finalidade comer- Art. 243. O pedido de exibição de publicidade em cobertura, telhado ou
cial; empena cega, deve ser instruído com fotografias do local, em tamanho
0,13m x 0,18m (treze por dezoito centímetros), além do projeto do engenho
V - mista - aquela que transmite mensagem orientadora, institucional ou que deve estar assinado por profissional responsável, engenheiro ou arqui-
identificadora associada à mensagem publicitária. teto, pela sua colocação e segurança.

Art. 235. O suporte pode ser: § 1º Nas edificações residenciais coletivas ou mistas a exibição desse tipo
de publicidade depende de autorização do respectivo condomínio, na forma
I - preexistente - são as superfícies existentes que podem ser utilizadas com da Lei, registrada no Cartório de Títulos e Documentos;
a função de sustentação dos anúncios;
§ 2º Os engenhos publicitários de que trata o caput deste artigo sujeitam-se
II - autoportante - são estruturas autônomas, construídas especialmente à análise especial.

Legislação municipal 133 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
res, afixados em estruturas autoportantes.
§ 3º Nas empenas cegas, só é permitido um único anúncio, que não pode
ultrapassar os limites da mesma, deve estar instalado sempre no mesmo § 1º Os painéis podem ser do tipo simples pintado ou lona, luminoso (backli-
plano da empena e sua projeção horizontal não deve ultrapassar o limite de ght), iluminado (frontlight), triface, eletrônico publicitário dinâmico.
0,30m (trinta centímetros).
§ 2º Quando o painel for luminoso ou iluminado, toda a instalação elétrica
Art. 244. Para instalação de engenhos publicitários em Zonas de Conserva- interna deve ser embutida em tubulação apropriada e a externa no padrão
ção da Vida Silvestre, em Zonas de Restrição à Ocupação, em Unidades de da concessionária de energia elétrica.
Conservação e em Áreas de Especial Interesse Ambiental, até sua regula-
mentação, deverá ser consultada a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e § 3º O engenho do tipo painel deve dispor de:
Recursos Hídricos.
I - altura máxima do engenho de 20,00m (vinte metros), com área total do
Art. 245. Para instalação de engenho em Áreas de Preservação do Ambien- anúncio máxima de 30,00m² (trinta metros quadrados) por face, para painéis
te Urbano (APAU) e nas proximidades de bens tombados deverá ser consul- apoiados em estrutura constituída em um único tubo;
tada a Secretaria Municipal de Cultura.
II - todo painel, exceto aqueles com mensagem estritamente identificadora,
Art. 246. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão deve conter, obrigatoriamente, a identificação da empresa exibidora, bem
sujeitos à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº2.597/08. como o número do processo que originou a autorização, em letras de 0,30m
(trinta centímetros) de altura, na cor preta em tipologia Helvética ou similar
(letra sem serifa ou fantasiosa), em fundo branco aplicado numa faixa de no
CAPÍTULO III mínimo 0,40m (quarenta centímetros) de altura imediatamente abaixo da
DOS ENGENHOS PUBLICITÁRIOS área de exposição do anúncio, sempre voltado para a via.

SEÇÃO I § 4º Todos os engenhos publicitários do tipo painel deverão ser confeccio-


DOS PAINÉIS E OUTDOORS nados exclusivamente com estrutura metálica. As empresas terão o prazo
de 12 (doze) meses a contar da publicação desta legislação para se enqua-
drarem no formato.
Art. 247. Outdoor é o engenho publicitário que pode divulgar mensagens
publicitárias, institucionais ou mistas, constituído de materiais duráveis, com Art. 251. Ao painel eletrônico publicitário dinâmico, enquadrado, conforme o
estrutura de sustentação exclusivamente metálica e dimensões padroniza- artigo 239, como especial quanto à complexidade aplicam-se as normas
das de três metros de altura por nove metros de comprimento, destinado à estabelecidas nos artigos anteriores desta Seção e sujeita-se à análise
colagem de cartazes substituíveis em folhas de papel ou fixação de lona especial.
vinil, devendo observar as seguintes características:
Art. 252. Fica proibida, com exceção dos anúncios contidos em mobiliários
I - deve dispor de molduras retas, sem recortes, cantos em meia esquadria, urbanos, a instalação de engenhos publicitários em todas as suas formas,
com largura padronizada em 0,25m (vinte e cinco centímetros), pintada na em terrenos, muros, calçadas e viadutos ao longo dos seguintes logradouros
cor característica de cada empresa; e bairros:

II - deve dispor de altura máxima do engenho de 6,50m (seis metros e I - Avenida Jornalista Alberto Francisco Torres;
cinquenta centímetros) em relação à cota de implantação, salvo nos terrenos
em declive, quando a altura máxima do engenho deve ser medida em rela- II - Avenida Quintino Bocaiúva;
ção ao meio fio que lhe for fronteiriço;
III - Avenida Prefeito Silvio Picanço;
III - todo e qualquer outdoor deve conter, obrigatoriamente, a identificação
da empresa exibidora, bem como o número do processo que originou a IV - Avenida Carlos Ermelindo Marins;
autorização, em letras de 0,11m (onze centímetros) de altura na cor preta na
tipologia Helvética ou similar (letra sem serifa ou fantasiosa), em fundo V - Avenida Gal. Milton Tavares de Souza;
branco, aplicado na parte superior externa da moldura, sempre voltado para
a via. VI - Avenida Visconde do Rio Branco (lado par);

Art. 248. Mediante a evolução dos meios de divulgação externa fica estabe- VII - Avenida Presidente Franklin Roosevelt;
lecido que todos os engenhos publicitários do tipo outdoor deverá se enqua-
drar na padronização especificada abaixo no prazo máximo de 24 (vinte e VIII - no Caminho Niemeyer;
quatro) meses a contar da publicação desta legislação:
IX - Estrada Leopoldo Fróes;
I - deve dispor de toda sua estrutura inclusive a de sustentação exclusiva-
mente metálica; X - Praia de Piratininga - Avenida Almirante Tamandaré (trecho do DPO até
a Rua General Cristóvão Barcelos);
II - deve dispor de molduras retas, sem recortes, cantos em meia esquadria,
com largura padronizada entre 0,10m (dez centímetros) e 0,20m (vinte XI - Bairro de Camboinhas;
centímetros), pintada na cor característica de cada empresa;
XII - Bairro de Itacoatiara;
III - o material de veiculação da publicidade deverá ser exclusivamente em
lona vinil. XIII - Estrada da Florália;

Art. 249. As empresas que não cumprirem a determinação de que trata o XIV - Avenida Rui Barbosa;
artigo anterior dentro do prazo estabelecido, terão as autorizações cancela-
das e seus engenhos publicitários incontinentemente recolhidos ao depósito XV - Orla da Lagoas;
público.
XVI - Praia de Itaipú;
Art. 250. Painel é o engenho publicitário que pode divulgar mensagens
identificadoras, publicitárias, institucionais ou mistas, com superfícies regula- XVII - Rua General Cristóvão Barcelos (Prainha de Piratininga);

Legislação municipal 134 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

XVIII - Praia das Flechas (Praia João Caetano); Art. 257. Os letreiros são permitidos nas fachadas das edificações e sobre e
sob as marquises, respeitadas as restrições nas áreas para onde houver
XIX - Avenida Engenheiro Martins Romeo; legislação específica e observadas as seguintes condições:

XX - Avenida Benjamin Sodré; I - nos letreiros enquadrados como mistos, a publicidade associada ao nome
do estabelecimento não pode ultrapassar 1/3 (um terço) da área do anúncio
XXI - Rua Alexandre Moura; e deve se referir exclusivamente aos produtos e serviços correlatos com a
atividade principal do estabelecimento;
XXII - Estrada General Eurico Gaspar Dutra;
II - o letreiro apoiado sobre marquise não pode ultrapassar o comprimento
XXIII - Estrada do Forte Imbuí; desta e deve respeitar a altura do engenho limite de 1,00m (um metro);

XXIV - Avenida Central Ewerton Xavier da Rua Georgina da Conceição III - nenhum letreiro com projeção horizontal superior a 0,20m (vinte centí-
(antiga Rua A) até Rua Ministro Geraldo Bezerra de Menezes (antiga Rua metros) pode fixar-se em altura inferior a 2,50m (dois metros e cinquenta
Itália); centímetros) em relação ao nível do passeio;

XXV - Estrada Francisco da Cruz Nunes (trecho entre o retorno da vertente IV - o ponto máximo de afastamento da projeção horizontal dos letreiros
da Estrada até a confluência desta Estrada com a Estrada Engo. Manoel colocados de forma inclinada ou perpendicular ao plano da fachada é de
Pacheco de Carvalho) e no trecho da Rótula da entrada de Itacoatiara até a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), não podendo, entretanto, ultra-
Praia de Itaipú; passar a largura da marquise, devendo manter uma distância de, no mínimo,
0,60m (sessenta centímetros) do meio fio;
XXVI - Estrada Engo. Manoel Pacheco de Carvalho (trecho entre a vertente
da Estrada até a confluência desta Estrada com a Estrada Francisco da V - nas edificações comerciais ou mistas, cada anúncio não pode exceder os
Cruz Nunes); limites da fachada de cada unidade comercial;

XXVII - Estrada Caetano Monteiro no trecho compreendido entre o número VI - no interior de galerias, tanto públicas quanto privadas, os letreiros nas
857 a Rua Uruguai. fachadas devem estar afixados na posição paralela a estas, vedada a fixa-
ção de engenhos publicitários no teto, exceto quando regulamentado em
Parágrafo Único - Inclui-se nesta proibição a instalação de engenhos publici- projeto especial;
tários em outras vias cuja visualização se dê, propositalmente a partir das
vias relacionadas nos incisos anteriores. VII - os totens utilizados como letreiros devem ter a projeção horizontal
contida em um círculo de 1,20m (um metro e vinte centímetros) de diâmetro;
Art. 253. Em terrenos privados, edificados ou não, a projeção do engenho
do tipo outdoor e painel deve respeitar o alinhamento adotado para a cons- VIII - é vedada a pintura de letreiros nas portas de estabelecimentos comer-
trução, se existente, nos lotes contíguos, estabelecimento comercial. ciais;

Art. 254. Os engenhos do tipo outdoor ou painel deverão ser conservados IX - a exibição de letreiros em toldos será restrita ao nome, telefone, logotipo
em boas condições, preservados os aspectos estéticos e de segurança, e atividade principal do estabelecimento e a área total do anúncio não pode-
devendo ser mantido fundo branco quando não houver mensagem anuncia- rá ser superior a 10% (dez porcento) da área do toldo.
da, observadas ainda, as seguintes disposições:
Art. 258. Nos grandes Centros Comerciais (Shopping Centers), os suportes
I - quando instalados ao longo das estradas municipais, estaduais e federais, correspondentes às fachadas ficam restritos à identificação do empreendi-
admite-se o agrupamento de engenhos publicitários, composto de no máxi- mento Shopping Centers e dos estabelecimentos neles contidos, admitindo-
mo 2 (duas) unidades, sendo que o afastamento entre agrupamentos e/ou se a colocação de mais de um engenho publicitário.
entre engenhos do tipo outdoor e painel não pode ser inferior a 100,00m
(cem metros); Parágrafo Único - Painel ou totem podem ser utilizados exclusivamente para
a identificação do empreendimento, com a logomarca do Shopping Centers.
II - quando instalados ao longo das demais vias admite-se o agrupamento de
engenhos, composto de, no máximo, 2 (duas) unidades, sendo que o afas- Art. 259. Para postos de abastecimento, revendas e concessionárias de
tamento entre agrupamentos e/ou engenhos não pode ser inferior a 50,00m veículos, o letreiro instalado em suporte autoportante do tipo bandeira ou
(cinquenta metros); totem, deve conter exclusivamente a logomarca identificadora do estabele-
cimento ou do produto e sua instalação deve respeitar o alinhamento de
III - nos casos onde o engenho ou agrupamento de engenhos, do tipo out- testada enquanto que os demais letreiros, inclusive os obrigatórios por lei,
door ou painel, estiver instalado de tal forma que só seja visualizado, em um devem respeitar o alinhamento de construção.
sentido da via, poderá ser instalado outro engenho ou agrupamento, com
distância inferior às definidas pelos incisos I e II, desde que a visualização Parágrafo Único - Para as lojas de conveniência, aplicam-se os dispositivos
deste se dê, somente pelo sentido contrário da mesma via. desta Lei, referentes a letreiros afixados em estabelecimentos comerciais.

Art. 255. Os responsáveis pela instalação de engenhos do tipo outdoor ou Art. 260. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão
painel ficam obrigados a manter em perfeito estado de limpeza e conserva- sujeitos à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
ção, nos limites do terreno, enquanto durar a autorização, a área definida
por uma linha distante de 4,00m (quatro metros) de cada extremidade do
engenho e pela faixa entre esta área e o alinhamento de testada do imóvel. CAPÍTULO IV
DOS ANÚNCIOS NAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE UR-
BANO (APAU)
SEÇÃO II
DOS LETREIROS
Art. 261. Compete à Comissão de Análise das APAU examinar e deliberar
sobre a colocação de anúncios nas APAU.
Art. 256. Letreiro é o engenho basicamente de mensagem identificadora do
estabelecimento, podendo também se apresentar com mensagem mista. Art. 262. Ficam definidos os seguintes tipos de suporte de anúncios:

Legislação municipal 135 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

I - letreiros paralelos à fachada; I - não deverão interceptar elementos decorativos nas fachadas;

II - letreiros perpendiculares à fachada e a elas aplicados; II - não deverão ressaltar do plano da fachada mais de 0,10m (dez centíme-
tros);
III - letreiros na forma de painéis perpendiculares à fachada em postes
apoiados no solo e fora da área pública, em terrenos privados; III - nos imóveis de interesse para preservação, não exceder 0,50m (cin-
quenta centímetros) de altura.
IV - letras pintadas ou aplicadas diretamente sobre a fachada;
Art. 270. Os letreiros em letras pintadas deverão respeitar as seguintes
V - murais artísticos sobre empenas cegas; determinações:

VI - letras pintadas ou aplicadas sobre vidros; I - somente serão admitidos em imóveis de interesse para preservação;

VII - galhardetes perpendiculares à fachada e a ela aplicados. II - as letras serão pintadas sobre alvenaria revestida de argamassa pintada,
não comportando pintura sobre cantaria;
Parágrafo Único - Somente será permitida a instalação de um único tipo de
suporte por fachada. III - não impedir a visualização de elementos decorativos.

Art. 263. Fica proibida a instalação de anúncio cujo suporte prejudique a Parágrafo Único - Nos imóveis passíveis de renovação são proibidos os
visibilidade dos elementos decorativos dos imóveis de interesse para a letreiros em letras pintadas diretamente sobre a fachada, admitidos apenas
preservação das APAU. nas superfícies de vidros das esquadrias.

Parágrafo Único - Em qualquer caso, fica proibida a colocação de anúncios Art. 271. Os letreiros referidos nos artigos 269 e 270 podem localizar-se nos
sobre a marquise. pavimentos superiores, desde que cada pavimento comporte uma única
atividade.
Art. 264. Fica proibida a instalação de engenhos publicitários tipo outdoor e
painel na APAU. Art. 272. Todos os letreiros poderão ser iluminados ou luminosos, com luz
fixa.
Art. 265. A superfície total dos suportes paralelos à fachada em cada pavi-
mento e por fachada não poderá exceder a área equivalente à largura da Art. 273. Nas lojas e sobrelojas dos imóveis da APAU - Centro dotados de
fachada do estabelecimento multiplicada por 0,50m (cinquenta centímetros). galerias de pedestres ficam liberadas a largura e comprimento dos letreiros
paralelos à fachada, excetuada sua localização em vãos respeitada, ainda, a
Parágrafo Único - As bordas de toldos no pavimento térreo poderão conter o espessura máxima de 0,20m (vinte centímetros) e proibida a iluminação
nome do estabelecimento ou atividade as que correspondem independen- intermitente.
temente do estabelecido no caput deste artigo.
Art. 274. Nas galerias de pedestres da APAU - Centro fica proibida a insta-
Art. 266. Para os imóveis passíveis de renovação, os letreiros paralelos à lação de letreiros perpendiculares ao plano da fachada.
fachada serão permitidos somente abaixo da cota da laje de cobertura do
térreo, não podendo exceder à espessura de 0,20m (vinte centímetros). Art. 275. Os imóveis situados na Av. Visconde do Rio Branco, entre a Av.
Amaral Peixoto e Av. Badger da Silveira, poderão receber letreiros lumino-
Parágrafo Único - Quando colocadas sobre portas e outros vãos de acesso, sos sobre a cobertura, paralelos à fachada voltada para a Baía de Guanaba-
os letreiros paralelos à fachada deverão permitir uma altura livre mínima de ra, limitados em sua espessura a 0,50m (cinquenta centímetros), com exce-
2,20m (dois metros e vinte centímetros), medidas da soleira à sua face ção dos imóveis tombados e seu entorno e imóveis preservados. A altura
inferior. desses letreiros será definida pela Secretaria Municipal de Cultura.

Art. 267. Para os imóveis de interesse para preservação, os letreiros parale- Art. 276. As empenas cegas poderão receber murais com interpretação
los à fachada deverão: artística da mensagem publicitária, a critério da Secretaria Municipal de
Cultura.
I - encaixar-se nos vãos das portas ou vitrines, faceando a parte inferior das
vergas, sem projetar-se além do plano da fachada; Art. 277. Em caráter excepcional, outras formas de anúncio que venham a
contribuir para a revitalização e valorização dos ambientes urbanos preser-
II - permitir uma altura livre de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) no vados, poderão ser aprovadas pela Secretaria Municipal de Cultura.
caso de portas, medidas da soleira à face inferior do letreiro;
Art. 278. Os processos apresentados para aprovação da instalação ou
III - não exceder em altura 0,50m (cinquenta centímetros) a espessura renovação de publicidade deverão conter desenhos em escala com repre-
máxima de 0,20m (vinte centímetros). sentação completa de planta, corte, fachada e fotografia do estabelecimento,
com suporte assinalado, obedecidas as normas técnicas da ABNT.
Art. 268. Os letreiros perpendiculares à fachada deverão:
Art. 279. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão
I - ser fixados na fachada do pavimento térreo; sujeitos à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº2.597/08.

II - permitir altura livre de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros)


medida do passeio à borda inferior do letreiro; CAPÍTULO V
DOS ANÚNCIOS EM IMÓVEIS EM CONSTRUÇÃO
III - não exceder a 0,50m² (cinquenta decímetros quadrados) por face e
0,20m (vinte centímetros) de espessura;
Art. 280. São considerados anúncios, para efeito desta Lei, aqueles veicula-
IV - manter visível todos os elementos decorativos da fachada. dos nos imóveis em construção, excluídos os obrigatórios por legislação
federal, estadual ou municipal.
Art. 269. Os letreiros em letras aplicadas diretamente sobre a fachada
deverão respeitar as seguintes determinações: § 1º São permitidos engenhos simples ou luminosos estáticos, afixados ou

Legislação municipal 136 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pintados no tapume, em toda sua extensão, sem projetar-se sobre o passei- Art. 287. Nos veículos utilizados como táxi fica proibido o anúncio em qual-
o, exceto nos casos de empachamento autorizado, somente permitidas quer parte da carroceria.
mensagens que mencionem o empreendimento imobiliário, local e pessoas
físicas ou jurídicas a ele diretamente vinculados. § 1º Na carroceria só é permitida a pintura oficial do táxi e o número/marca
identificadora da cooperativa e associações nas dimensões máximas de
§ 2º Os anúncios devem respeitar a altura máxima do engenho de 10,00m 0,50m x 0,25m (cinquenta centímetros por vinte e cinco centímetros);
(dez metros) a contar do nível do meio fio.
§ 2º A veiculação do anúncio deve ser efetuada em elemento próprio, insta-
§ 3º Após a retirada do tapume, pode ser autorizada a colocação de um lado exclusivamente no teto do veículo;
painel simples com área máxima de 30,00m² (trinta metros quadrados) com
altura máxima do engenho de 10,00m (dez metros) referente ao empreen- § 3º A veiculação de publicidade no vidro traseiro do táxi fica sujeita às
dimento realizado no local. normas estabelecidas pelo CONTRAN.

§ 4º Uma vez concedido o aceite de obras, a autorização para exibir ou Art. 288. Ao ônibus é permitida a veiculação de mensagens publicitárias
manter o painel pode ser estendida até o prazo máximo de 90 (noventa) através de película não refletiva no vidro traseiro, sem prejuízo das informa-
dias, após a concessão do aceite, condicionada a nova autorização com o ções obrigatórias.
pagamento da respectiva taxa.
Art. 289. A publicidade em embarcações marítimas e faixas rebocadas por
Art. 281. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão avião, enquadrados como meios extraordinários sujeitam-se à análise espe-
sujeitos à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº2.597/08. cial.

Art. 290. O envelopamento é permitido para todos os veículos, com exceção


CAPÍTULO VI dos ônibus das concessionárias de transportes urbano, táxi, veículos de
DOS ANÚNCIOS EM MOBILIÁRIO URBANO transporte escolar, comunitário e alternativo.

Art. 291. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão


Art. 282. Os mobiliários urbanos em que é permitida a utilização para veicu- sujeitos à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
lação de mensagem publicitária são os previstos no art. 104, exceto os
incisos XV e XXVI.
CAPÍTULO VIII
Art. 283. As mensagens veiculadas nos meios de que trata o artigo anterior DA DISTRIBUIÇÃO DE PROSPECTOS E FOLHETOS DE PROPAGANDA
podem ser dos tipos publicitários, institucionais, orientadores ou mistos,
devendo observar as seguintes condições:
Art. 292. A veiculação de propaganda, através da distribuição de prospec-
I - postes de rede elétrica só podem veicular mensagens orientadoras ou tos, tablóides, panfletos, folhetos, encartes, brindes, sacos plásticos e outros
indicativas a critério exclusivo da municipalidade de caráter institucional; impressos necessitam de autorização prévia da Secretaria Municipal de
Fazenda, que será concedida por um período determinado e em locais pré-
II - a autorização para a instalação de publicidade em gradil depende de estabelecidos para distribuição.
parecer favorável da entidade de Engenharia de Tráfego do Município e só
poderá ser explorada com 30% (trinta porcento) de publicidade do total de § 1º As autorizações serão expedidas mediante a apresentação dos seguin-
grades. tes documentos:

Art. 284. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão a) cópia do Alvará de Licença de Localização da contratante e contratada;
sujeitos à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº2.597/08. b) cópia do CNPJ da contratante e contratada;
c) localização e forma de distribuição;
d) tiragem do material que será distribuído;
CAPÍTULO VII e) modelo do material publicitário a ser distribuído;
DOS ANÚNCIOS EM VEÍCULOS f) datas da distribuição;
g) nome da empresa responsável pela distribuição com indicação do CNPJ.

Art. 285. Somente é permitida a utilização para a veiculação de mensagens § 2º É vedada a participação de menores de 14 (quatorze anos) na distribui-
em: ção do material publicitário.

I - caminhão, caminhonete, reboque e similares e veículos leves; § 3º Ficam dispensados de autorização a distribuição de panfletos institucio-
nais, eleitorais e de divulgação de teatro e cinema exclusivamente brasileiro.
II - táxis;
Art. 293. Todo material publicitário deverá conter:
III - ônibus;
I - número do CNPJ da contratante e contratada;
IV - embarcações;
II - razão social da gráfica que confeccionou o material;
V - aviões;
III - número da nota fiscal de serviço relativo à confecção do material;
VI - bicicletas, motocicletas e triciclos.
IV - data da confecção deste material;
Art. 286. Nos veículos tipo caminhão, caminhonete, reboque e similares e
veículos leves o anúncio só pode ser instalado no espaço correspondente à V - quantidade de material confeccionado;
carroceria.
VI - numeração do material confeccionado;
Parágrafo Único - Películas autoadesivas, pinturas ou quadros só podem ser
utilizados com no máximo 0,03m (três centímetros) de espessura. VII - número da autorização e sua data de expedição;

Legislação municipal 137 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
VIII - nome da empresa responsável pela distribuição com a indicação do serem utilizados e cópia de quitação do IPVA dos veículos e nos demais
CNPJ; veículos a apresentação da cópia do IPVA do exercício pago e contrato de
locação do veículo com a empresa requerente;
IX - possuir os dizeres: "Não jogue este impresso na via pública - mantenha
a Cidade limpa - RECICLÁVEL" em letras de no mínimo 0,005m (meio IX - quando se tratar de outdoor ou painel publicitário em imóvel privado,
centímetros). declaração do proprietário ou possuidor do imóvel, que autorizou com a
respectiva comprovação da propriedade ou posse e cópia do contrato entre
Art. 294. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão as partes;
sujeitos às seguintes penalidades:
X - cópia da carteira do CREA do profissional responsável pela instalação e
I - infração às determinações contidas no art. 292. segurança, para engenhos com mais de 50,00m² (cinquenta metros quadra-
dos) de área total de anúncio;
Multa - Valor de Referência M20 Anexo I da Lei nº 2.597/08.
XI - para o pedido de instalação de engenhos e outros meios enquadrados
II - infração às determinações estabelecidas no art. 293. como especial aplicam-se, no que couber, as exigências desta Lei e poderão
ser exigidos pareceres técnicos dos Órgãos Públicos competentes, quando
Multa - Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº 2.597/08. for o caso, como Aeronáutica, Marinha, Serla, DNIT e DER dentre outros
solicitados pela Secretaria de Urbanismo e Controle Urbano e termo de
compromisso para manutenção.
CAPÍTULO IX
DAS AUTORIZAÇÕES Art. 299. A renovação da autorização deverá ser feita, mediante solicitação,
pelo prazo de um ano, com o pagamento da taxa anual até a data do venci-
mento.
Art. 295. A colocação ou veiculação de quaisquer anúncios e engenhos
publicitários, ainda que localizados em áreas de domínio privado, fica sujeita Art. 300. O requerimento de renovação será protocolizado na Secretaria de
à aprovação prévia da Secretaria de Urbanismo e Controle Urbano e ao Urbanismo e Controle Urbano, instruído com os seguintes documentos:
pagamento de taxa que será calculada de acordo com o Código Tributário
do Município. I - requerimento com a taxa de expediente paga e comprovada com a auten-
ticação mecânica bancária;
Art. 296. A autorização para a instalação de engenhos do tipo outdoor ou
painel publicitário será concedida quando requerida por pessoa jurídica e II - cópia da guia de recolhimento do ano anterior, relativa ao pagamento da
explorada por empresa de publicidade previamente cadastrada na Secreta- Taxa de Autorização para Exibição de Publicidade (TAEP) ou da Taxa de
ria Municipal de Fazenda e na Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle Vistoria (TV);
Urbano.
III - cópia do projeto aprovado quando se tratar de letreiros;
Art. 297. A autorização para a instalação de engenhos permanentes será
concedida pelo prazo máximo de 1 (um) ano e a renovação deverá ser IV - quando se tratar de engenhos publicitários:
requerida anualmente.
a) a relação dos números de processos que originaram as aprovações de
Art. 298. A solicitação de autorização para instalação de engenhos e de cada engenho;
outros meios deverá ser instruída com os seguintes documentos: b) prova de regularização do IPTU do Exercício corrente, exceto nos casos
de posse.
I - requerimento ao Secretário de Urbanismo e Controle Urbano devidamen-
te preenchido e com a comprovação do pagamento da taxa de expediente Parágrafo Único - Excetua-se da obrigação contida neste artigo os letreiros
através da autenticação mecânica bancária e prova de cadastro junto a com mensagens exclusivamente identificadoras instaladas no próprio local.
Secretaria Municipal de Fazenda;
Art. 301. Os pedidos de autorização, de outdoor e painel, após o pagamento
II - cópia do Alvará de Localização ou prova de cadastro junto a Secretaria dos tributos devidos na Secretaria Municipal de Fazenda, retornarão à
Municipal de Fazenda; Secretaria de Urbanismo e Controle Urbano para verificação, no local, se o
engenho foi colocado de acordo com as especificações constantes da planta
III - cópia do comprovante de pagamento e taxa de aprovação de projeto ou aprovada.
licença de obras do empreendimento quando se tratar de instalação em
canteiro de obras; Art. 302. Qualquer alteração nas características físicas dos engenhos, a sua
substituição por outro, mudança de local de instalação assim como a trans-
IV - em áreas comuns de edifícios, deverá ser apresentada autorização dos ferência de proprietário a qualquer título, implicará sempre nova autorização.
proprietários ou dos condôminos, nos termos definidos na convenção do
condomínio; § 1º A retirada e colocação de papéis colados nos outdoors, lona vinil, bem
como a substituição das mensagens nos painéis, não estão sujeitas à exi-
V - comprovante de inscrição do IPTU, exceto nos casos de posse; gência prevista no caput deste artigo.

VI - 2 (duas) cópias do projeto em formato padrão da Secretaria de Urba- § 2º Após o pedido de baixa de publicidade, a empresa solicitante só poderá
nismo e Controle Urbano, com planta de situação ou localização, planta obter nova autorização para instalação de engenho publicitário, no mesmo
baixa e corte, croqui do engenho com suas cotas, descrição e, quando se local, mediante apresentação de prova de regularidade de pagamento do
tratar de letreiro, o teor da mensagem; IPTU.

VII - para letreiro em centros comerciais ou grupo de lojas em um mesmo Art. 303. Independem de aprovação e autorização, os seguintes anúncios:
imóvel será exigida fotografia em tamanho 0,13m x 0,18m (treze por dezoito
centímetros) da fachada de todo o prédio, para visualização dos letreiros I - provisórios indicativos do tipo: Precisa-se de empregados, vende-se,
vizinhos; aluga-se, aulas particulares, matrículas abertas e similares, desde que
exibidos no próprio local de exercício da atividade e não ultrapasse a área
VIII - em veículos de transporte coletivo, deverá ser apresentado autorização do anúncio de 0,50m² (cinquenta decímetros quadrados);
da empresa permissionária com firma reconhecida e o número de veículos a

Legislação municipal 138 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
II - os logotipos ou logomarcas de postos de abastecimento e serviços,
quando veiculados nos equipamentos próprios do mobiliário obrigatório, II - pelo não pagamento da taxa devida, até a data do vencimento;
como bombas, densímetros e similares;
III - por infringência a qualquer disposição legal.
III - as denominações de prédios e condomínios;
Art. 305. Todo e qualquer engenho publicitário, colocado sem a devida
IV - os que contenham referências que indiquem lotação, capacidade e os autorização, será incontinentemente retirado e recolhido ao depósito público.
que recomendem cautela ou indiquem perigo, desde que sem qualquer
legenda, dístico ou desenho de valor publicitário; Art. 306. A exploração de publicidade em espaços públicos deverá ser
precedida de procedimento licitatório, exceto nos casos previstos nesta Lei.
V - os que contenham mensagens obrigatórias por legislação federal, esta-
dual ou municipal; Art. 307. A Administração Municipal publicará no Diário Oficial do Município,
em sua página na internet, a relação das autorizações concedidas, fazendo
VI - os que contenham mensagens indicativas de cooperação com o Poder constar a razão social, o endereço de veiculação das publicidades, o número
Público Municipal, Estadual ou Federal, ou divulgação exclusiva de imagem do processo e o prazo.
positiva da Cidade de Niterói;
Art. 308. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão
VII - os que contenham mensagens indicativas de órgãos da Administração sujeitos à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
Direta e Indireta;

VIII - os que contenham indicação de monitoramento de empresas de segu- CAPÍTULO X


rança com área máxima de 0,04m² (quatro decímetros quadrados); DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

IX - aqueles instalados em áreas de proteção ambiental ou no acesso a elas,


que contenham mensagens institucionais com patrocínio; Art. 309. É proibida a utilização de equipamentos sonoros fixos ou móveis
como meio de publicidade.
X - os que contenham as bandeiras dos cartões de crédito aceitos nos
estabelecimentos comerciais, desde que não ultrapassem a área total de Art. 310. As autorizações para exibição de publicidade anteriormente con-
0,09m² (nove decímetros quadrados); cedidas à publicação desta Lei serão mantidas até o final do Exercício
vigente, devendo ser observadas as disposições desta Lei no Exercício
XI - os banners ou pôsteres indicativos dos eventos culturais que serão seguinte.
exibidos na própria edificação, para museu ou teatro, desde que não ultra-
passem 10% (dez porcento) da área total de todas as fachadas. Art. 311. Os casos omissos serão submetidos à análise especial da Secreta-
ria de Urbanismo e Controle Urbano.
XII - os anúncios em vitrines e mostruários, excetuando-se aqueles aplica-
dos diretamente no vedo e que não estejam elencados neste artigo; Art. 312. Todo anúncio deverá observar, dentre outras, as seguintes nor-
mas:
XIII - painéis orientadores, tais como as placas de sinalização viária e de
trânsito, turística e outras placas indicativas consideradas como de interesse I - oferecer condições de segurança ao público;
público pela municipalidade;
II - ser mantido em bom estado de conservação, no que tange a estabilida-
XIV - anúncios colocados no interior do estabelecimento, a partir de 1,00m de, resistência dos materiais e aspecto visual;
(um metro) de qualquer abertura ou vedo transparente que se comunique
diretamente com o exterior; III - receber tratamento final adequado em todas as suas superfícies, inclusi-
ve na sua estrutura;
XV - os painéis exigidos pela legislação própria e afixados nos locais das
obras de construção civil no período de sua duração; IV - atender as normas técnicas pertinentes à segurança e estabilidade de
seus elementos;
XVI - as placas indicativas das atividades exercidas em salas comerciais,
desde que expostas para o corredor interno da edificação comercial; V - atender as normas técnicas emitidas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT, pertinentes às distâncias das redes de distribui-
XVII - os engenhos publicitários com até 1,00m² (um metro quadrado) de ção de energia elétrica, ou a parecer técnico emitido pelo Órgão Público
área e 0,20m (vinte centímetros) de espessura, desde que exibidos no Estadual ou empresa responsável pela distribuição de energia elétrica;
próprio local do exercício da atividade e contenham apenas a identificação
do estabelecimento, endereço, telefone, endereço eletrônico e atividades VI - respeitar a vegetação arbórea significativa definida por normas específi-
exercidas; instalados no sentido paralelo da fachada a pelo menos 2,50m cas;
(dois metros e cinquenta centímetros) de altura, limitado a um por empresa,
exceto nas áreas da APAU; VII - não prejudicar a visibilidade de sinalização de trânsito ou outro sinal de
comunicação institucional, destinado à orientação do público, bem como a
XVIII - os painéis de indicação de programação de cinemas e teatros insta- numeração imobiliária e a denominação dos logradouros;
lados no próprio local;
VIII - não provocar reflexo, brilho ou intensidade de luz que possa ocasionar
XIX - as indicações de horário de atendimento dos estabelecimentos; ofuscamento, prejudicar a visão dos motoristas, interferir na operação ou
sinalização de trânsito ou, ainda, causar insegurança ao trânsito de veículos
XX - as indicações de preços de combustíveis e o quadro de aviso previstos e pedestres, quando utilizar dispositivo elétrico ou película de alta reflexivi-
na Portaria ANP nº 116, de 5 de julho de 2000, referentes aos postos de dade;
abastecimento e serviços.
IX - não prejudicar a visualização de bens de valor cultural.
Art. 304. A autorização para a instalação de engenho publicitário e outros
meios será cancelada, anulada ou cassada, nos seguintes casos: Art. 313. Para os efeitos deste Código, considera-se como engenho publici-
tário todo suporte físico sobre o qual há a veiculação ou a possibilidade de
I - não instalado no prazo de 1 (um) ano, exceto em empena cega; veiculação de mensagem publicitária.

Legislação municipal 139 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
imóveis tombados.
Art. 314. Para os efeitos deste Código são considerados igualmente infrato-
res em caráter subsidiário: Art. 324. Ao ser constatado, através de perícia técnica, que um prédio
oferece risco de ruir, o órgão competente da Administração Municipal adota-
I - pessoas físicas ou jurídicas que se beneficiarem diretamente da publici- rá as seguintes providências:
dade;
I - interdição do prédio;
II - terceiros responsáveis pela exibição da publicidade, quando identifica-
dos; e II - intimará o proprietário a iniciar, no prazo mínimo de 48 (quarenta e oito)
horas, os serviços de consolidação ou demolição, caso de bem não tomba-
III - proprietários dos imóveis onde estão instalados os engenhos publicitá- do.
rios.
Parágrafo Único - Quando a intimação não for atendida, a Administração
Art. 315. A inobservância das disposições deste Código sujeitará os infrato- Municipal adotará as medidas legais, necessárias à pronta execução de sua
res, às seguintes penalidades: decisão.

I - multa; Art. 325. Ao ser verificado perigo iminente de ruína, a Administração Munici-
pal, após a competente vistoria, providenciará a evacuação do prédio.
II - cancelamento imediato da autorização;
§ 1º No caso a que se refere o presente artigo, a Administração Municipal
III - remoção do engenho publicitário. executará os serviços necessários à consolidação do prédio ou à sua demo-
lição, se for o caso.
Art. 316. Compete à Fiscalização de Posturas apurar as infrações deste
Título, lavrando as notificações, intimações, autos de infração e de apreen- § 2º As despesas decorrentes da execução dos serviços, a que se refere o
são, bem como a retirada dos equipamentos irregulares. parágrafo anterior, serão cobradas do proprietário.

Art. 317. A aplicação das multas não exime o infrator do pagamento da taxa Art. 326. A competência exclusiva para a verificação do cumprimento das
devida pelo período de veiculação do anúncio. exigências deste Título é da Coordenação Municipal de Defesa Civil, caben-
do à Fiscalização de Posturas intimarem os infratores à tomada das provi-
Art. 318. O consentimento dado por terceiros para o uso do local onde se dências cabíveis, além de aplicar as devidas sanções.
instalará o engenho implicará, obrigatoriamente, autorização para o acesso
a ele pelas autoridades, sempre que se fizer necessário ao cumprimento das Art. 327. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão
disposições deste Código. sujeitos à multa no Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº2.597/08.

Art. 319. A autorização para exibição de publicidade, o projeto aprovado, e o


comprovante de pagamento da taxa deverão ser mantidos no estabeleci- CAPÍTULO II
mento onde estiver instalada a publicidade e apresentados à fiscalização, DA EXPOSIÇÃO DE ARTIGOS E OBJETOS
quando solicitado.

Art. 320. O responsável pela distribuição de prospectos, panfletos e simila- Art. 328. É proibida a exposição, ainda que transitória, de roupas, colchões,
res, quando autorizados, deverá conservar o logradouro público limpo num tapetes, vasos ou objetos de uso doméstico, nas portas, janelas, pátios,
raio de até 20,00m (vinte metros) do local da distribuição. varandas, terraços, muros, telhados e outros locais semelhantes voltados
para o logradouro público, ou quando possa oferecer perigo à segurança
Art. 321. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão pública.
sujeitos à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
Art. 329. É igualmente proibida nos estabelecimentos comerciais ou indus-
triais, a exposição de quaisquer mercadorias nas ombreiras, janelas, mar-
TÍTULO VIII quises, fachadas ou vãos de portas que abram para a via pública ou para as
DAS EDIFICAÇÕES galerias de prédios, constituindo ou não servidão pública, ou no passeio
fronteiro à loja, inclusive na área de afastamento.
CAPÍTULO I
DA SEGURANÇA E PRESERVAÇÃO ESTÉTICA Parágrafo Único - Se a aplicação da multa prevista neste Código revelar-se
insuficiente para fazer cessar a infração mencionada no caput, poderá ser
apreendida a mercadoria e, em instância final, interditada e/ou cassada à
Art. 322. Os edifícios suas marquises, fachadas e demais dependências licença do estabelecimento infrator.
deverão ser convenientemente conservados pelos respectivos proprietários
ou inquilinos em especial quanto à estética, estabilidade, higiene e seguran- Art. 330. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão
ça, para que não sejam comprometidas a paisagem urbana e a segurança e sujeitos às seguintes penalidades:
a saúde dos ocupantes, vizinhos e transeuntes.
I - infração às determinações contidas no art. 328.
Parágrafo Único - É vedada a instalação de equipamentos de ar condiciona-
do, exaustores e similares apoiadas diretamente sobre as marquises. Multa - Valor de Referência M2 Anexo I da Lei nº 2.597/08.

Art. 323. Aos proprietários dos prédios em ruínas será concedido pela II - infração às determinações estabelecidas no art. 329.
Administração Municipal prazo para reformá-los e colocá-los de acordo com
o Código de Obras e Planejamento Urbano do Município. Multa - Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.

§ 1º Para atendimento às exigências do presente artigo, será feita a neces-


sária intimação. CAPÍTULO III
DOS APARELHOS DE AR CONDICIONADO
§ 2º No caso de os serviços não serem executados no prazo fixado na
intimação, o proprietário deverá proceder à demolição do imóvel, exceto os

Legislação municipal 140 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 331. Ficam obrigados os proprietários de aparelhos de ar condicionado nados aos maiores de 60 (sessenta) anos, gestantes, pessoas com deficiên-
a instalar coletores para recolher a água proveniente da condensação resul- cia física e pessoas com crianças de colo também será realizado através de
tante do uso do referido aparelho. senha numérica e oferta mínima de quinze assentos com encosto.

Parágrafo Único - Esses coletores devem impedir que a água proveniente da Art. 338. Na prestação de serviços oriundos de celebração de convênios,
condensação seja despejada em vias públicas ou em construções vizinhas. não poderá haver discriminação entre clientes e não clientes, nem serem
estabelecidos nas dependências, locais e horários de atendimento diversos
Art. 332. Os aparelhos de ar condicionado deverão ser instalados com altura daqueles previstos para as demais atividades.
mínima de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) do passeio público.
Art. 339. Caberá à Coordenadoria de Defesa do Consumidor da Câmara, ao
Art. 333. Para os efeitos deste Capítulo, são considerados infratores o Procon e aos Órgãos de Fiscalização da Secretaria Municipal de Fazenda
proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor do imóvel, conforme o fiscalizar o cumprimento dos dispositivos no presente Título.
caso.
Art. 340. Os infratores das disposições previstas neste Título estão sujeitos
Art. 334. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão às seguintes penalidades:
sujeitos à multa no Valor de Referência M2 do Anexo I da Lei nº2.597/08.
I - infração às determinações contidas no inciso I ou caput do art. 335.

TÍTULO IX Multa - correspondente ao Valor de Referência M5 do Anexo I da Lei


DAS AGÊNCIAS BANCÁRIAS nº 2.597/08 acrescido do valor correspondente ao Valor de Referência M1
do Anexo I da Lei nº 2.597/08, por cada minuto de atraso excedente.

Art. 335. As agências bancárias são obrigadas a atender os seus usuários, II - infração às determinações estabelecidas no inciso II do art. 335.
clientes ou não, nos setores de caixa e em outros atendimentos, em até 15
(quinze) minutos; Multa - correspondente ao Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei
nº 2.597/08 acrescido do valor correspondente ao Valor de Referência M2
I - em vésperas de feriados, nos 10 (dez) primeiros e nos 3 (três) últimos do Anexo I da Lei nº 2.597/08, por cada minuto de atraso excedente.
dias úteis de cada mês, o atendimento será em até 30 (trinta) minutos;
III - infração às determinações previstas nos arts. 336 ou 338.
II - o atraso no atendimento em tempo superior ao dobro do permitido impli-
cará no aumento da penalidade; Multa - Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.

III - a ordenação do atendimento será realizada através de senha numérica, IV - infração às determinações previstas no inciso III do art. 335, ou no art.
que deverá conter: 337.

a) nome do banco; Multa - Valor de Referência M5 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.


b) número da agência;
c) data e a hora da emissão;
d) hora do início do atendimento; TÍTULO X
DOS POSTOS DE SERVIÇOS E ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS
IV - a senha numérica deverá ser devolvida ao usuário após o atendimento.

Parágrafo Único - Para o tempo máximo aceitável de atendimento, conside- Art. 341. O comércio varejista de combustíveis e lubrificantes será exercido
ram-se as condições técnicas normais de funcionamento dos equipamentos no estabelecimento denominado "Posto de Serviços e Revenda de Combus-
e sistemas, e a ocorrência de qualquer anormalidade técnica não justificará tíveis e Lubrificantes".
demora superior ao dobro do tempo preceituado no presente artigo.
Art. 342. O Posto de Serviço e Revenda de Combustíveis e Lubrificantes é o
Art. 336. As agências bancárias deverão afixar cartazes em locais visíveis, estabelecimento que se destina:
nas portas de acesso, informando o seguinte: "O tempo máximo previsto em
lei municipal para atendimento ao consumidor é de quinze minutos. Nas I - à venda no varejo de combustíveis e lubrificantes, aí compreendidos:
vésperas de feriados, nos dez primeiros e nos três últimos dias úteis de cada
mês, o atendimento será em até trinta minutos. Faça valer seu direito". a) gasolina automotiva;
b) álcool etílico e metílico;
Parágrafo Único - O cartaz de que trata o caput do artigo deverá ser impres- c) gás nas seguintes modalidades: gás natural, "biogás";
so com Fonte Arial, corpo 120, vazada em branco com fundo preto. d) querosene iluminante;
e) óleo diesel e óleos lubrificantes automotivos;
Art. 337. Ficam as agências bancárias obrigadas a: f) aditivos.

I - instalar, no mínimo, quinze assentos com encosto para os usuários na fila II - ao atendimento de outras atividades suplementares, aí compreendidos:
de atendimento;
a) suprimento de água e ar;
II - disponibilizar aos usuários, gratuitamente, água própria para consumo no b) serviços de troca de óleos lubrificantes automotivos;
local, de forma visível e de fácil acesso; c) lavagem e lubrificação de veículos;
d) guarda e estacionamento de veículos;
III - possuir banheiros privativos, masculino e feminino, com instalações e) serviços de alinhamento de direção, balanceamento de rodas e de regu-
próprias e adequadas para deficientes físicos; lagem eletrônica de motores automotivos;
f) comércio de acessórios e peças de pequeno porte e fácil reposição;
IV - instalar rampas de acesso ao estabelecimento bancário obedecendo às g) comércio de utilidades relacionadas com a higiene, segurança, conserva-
normas pertinentes da Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle Urba- ção e aparência dos veículos;
no. h) comércio de pneus, câmaras de ar e prestação de serviços de borrachei-
ro;
Parágrafo Único - O atendimento preferencial e exclusivo dos caixas desti- i) venda de jornais, revistas, mapas e roteiros turísticos, artigos de artesana-

Legislação municipal 141 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
to, suvenires, cigarros, cafés, gelo, refrigerantes, bebidas alcoólicas não co.
fracionadas, sorvetes e confeitos;
j) locação e venda de aparelhos eletrônicos, de fitas e filmes de vídeo, Art. 348. Nos postos de serviço de abastecimento de veículos não serão
discos, filmes fotográficos e fitas cassete; e permitidos reparos, pintura e desamassamento de veículos, exceto peque-
k) venda de flores e plantas naturais e artificiais. nos consertos.

Art. 343. É permitido ao Posto de Serviços e Revenda de Combustíveis e Art. 349. Os postos de serviços e revenda de combustíveis e lubrificantes
Lubrificantes o exercício de outras atividades econômicas não elencadas no não poderão ser localizados em locais considerados impróprios pelas nor-
artigo anterior, desde que atendidas as normas gerais do licenciamento das mas de segurança contra incêndios e pânico em vigor.
respectivas atividades.
Art. 350. Os postos de serviços e revenda de combustíveis e lubrificantes
Parágrafo Único - As atividades a que se refere o caput deste artigo deverão são obrigados a manter:
constar obrigatoriamente do Alvará de Licença para Estabelecimento.
I - extintores e demais equipamentos de prevenção de incêndio, em quanti-
Art. 344. É permitido a terceiros o exercício das atividades suplementares dades suficientes e convenientemente localizadas, sempre em perfeitas
elencadas no inciso II do art. 342 deste Código, bem como de outras ativi- condições de funcionamento, observadas as prescrições do Corpo de Bom-
dades, desde que observadas às condições estabelecidas no artigo anterior beiros, para cada caso em particular;
e mediante licenciamento específico.
II - perfeitas condições de funcionamento, higiene e limpeza do estabeleci-
Art. 345. É vedada a venda de medicamentos, bem como, servir bebidas mento.
alcoólicas nos estabelecimentos de que trata este Título.
Art. 351. O estabelecimento comercial (Posto de Gasolina ou não) que for
Parágrafo Único - Aplica-se às denominadas "lojas de conveniências" a flagrado, por teste da Agência Nacional de Petróleo - ANP, Instituto Brasilei-
vedação disposta no caput deste artigo. ro de Petróleo e Gás - IBP, IPEM-RJ ou INMETRO, adquirindo, estocando
ou revendendo combustíveis e seus derivados em desconformidade com as
Art. 346. Os postos de serviço e revenda de combustíveis e lubrificantes de especificações estabelecidas pelo órgão regulador competente, ou seja,
veículos deverão apresentar, obrigatoriamente: adulterados, terá suas dependências e bombas interditadas, sem prejuízo da
aplicação de multa, e, através de processo administrativo instaurado pela
I - aspecto interno e externo, inclusive a pintura, em condições satisfatórias Secretaria Municipal de Fazenda, terá seu Alvará de funcionamento cassa-
de limpeza; do.

II - perfeito estado de funcionamento das instalações de abastecimento de § 1º Estabelecimento interditado ficará fechado aguardando a tramitação do
combustíveis, de água para veículos e de suprimento de ar para pneumáti- procedimento administrativo e/ou policial que será instaurado até a sua
cos, estes com indicação de pressão; decisão final.

III - perfeitas condições de funcionamento dos encanamentos de água, de § 2º Poder Executivo Municipal divulgará através do Diário Oficial do Municí-
esgoto e das instalações elétricas; pio de Niterói, da sua página na internet e na imprensa, a relação dos esta-
belecimentos comerciais penalizados com base neste artigo, fazendo cons-
IV - calçadas e pátios de manobras em perfeitas condições e inteiramente tar o respectivo alvará, razão social, nome fantasia, bandeira e o endereço
livres de detritos, tambores, veículos sem condições de funcionamento e de funcionamento.
quaisquer objetos estranhos ao respectivo comércio;
Art. 352. Os infratores das disposições previstas neste Título estão sujeitos
V - pessoal de serviço adequadamente uniformizado. às seguintes penalidades:

§ 1º Os inflamáveis para abastecimento do posto deverão ser transportados I - infração às determinações previstas no art. 351.
em recipientes apropriados, hermeticamente fechados.
Multa - Valor de Referência M20 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
§ 2º A alimentação dos depósitos metálicos subterrâneos será feita por meio
de mangueira ou tubo, de modo que os inflamáveis passem diretamente do II - infração às demais determinações estabelecidas neste Título.
interior dos caminhões-tanques para o interior dos depósitos, não sendo
permitido que se faça a alimentação por intermédio de funis ou pela descar- Multa - Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
ga dos recipientes para os depósitos.

§ 3º Para o abastecimento de veículos, serão utilizados, obrigatoriamente, TÍTULO XI


dispositivos dotados de indicador que marque, pela simples leitura, a quanti- DAS OFICINAS DE CONSERTO E LAVAGEM DE VEÍCULOS
dade de combustível fornecida, devendo o referido indicador ficar em posi-
ção facilmente visível, iluminado à noite e mantido sempre em condições de
perfeito estado de funcionamento. Art. 353. A execução de serviços mecânicos em vias públicas somente será
tolerada nos casos de evidente emergência, para socorro de eventuais
§ 4º Nos postos, é obrigatória a colocação de anúncios bem legíveis, de que defeitos no funcionamento de automotores.
é proibido fumar e acender ou manter fogo dentro de suas áreas.
Art. 354. A execução de serviços profissionais de qualquer natureza em
§ 5º É obrigatória à comprovação documental da destinação final ambien- veículos, em especial a troca de pneus ou a lavagem em logradouro público,
talmente adequada dos resíduos de óleos, graxas, lubrificantes e combustí- ressalvado a situação admitida na forma do artigo anterior, é expressamente
veis advindos dos serviços (troca e/ou lubrificação) e vendas realizadas nos proibida em todo o território do Município de Niterói, sob pena de apreensão
postos de serviço e revenda de combustíveis e lubrificantes de veículos, imediata dos equipamentos.
conforme legislação ambiental vigente.
Art. 355. Nas oficinas de consertos de veículos, os serviços de pintura
Art. 347. Os serviços de limpeza, lavagem e lubrificação de veículos só deverão ser executados em compartimentos apropriados, de forma a evitar a
poderão ser realizados nos recintos apropriados, sendo estes obrigatoria- dispersão de tinta e derivados para as demais seções de trabalho, conforme
mente dotados de instalações destinadas a evitar a acumulação de água e normas da ABNT e licenciados no Órgão Ambiental.
resíduos de lubrificantes no solo ou seu escoamento para logradouro públi-

Legislação municipal 142 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 356. Se a aplicação da multa revelar-se incapaz de fazer cessar a equipamentos e veículos, utilizados irregularmente no Logradouro Público,
infração poderão ser apreendidos, os objetos, as peças, ou as ferramentas através da Guarda Municipal.
que tenham dado origem à infração, assim como a apreensão e remoção de
veículos, podendo, inclusive, ser cassado o Alvará de Licença para Estabe- § 1º É proibida a autorização para instalação do Comércio Ambulante nas
lecimento. áreas de segurança bancária.

Art. 357. Os infratores das disposições previstas neste Título estão sujeitos § 2º A autorização referida neste artigo será concedida na forma de regula-
à multa no Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº 2.597/08. mento específico do Poder Público Municipal.

Art. 367. Fica instituído o Cartão de Autorização para o Comércio Ambulan-


TÍTULO XII te, no qual constará:
DO COMÉRCIO AMBULANTE
I - nome do titular;

Art. 358. Comércio Ambulante é a atividade profissional temporária exercida II - número da inscrição municipal;
por pessoa física em logradouro público ou não, na forma e condições
definidas na legislação própria, individualmente, sem estabelecimento, III - número da identidade e CPF;
instalações ou localização fixa.
IV - número do processo de concessão;
Parágrafo Único - Comerciante ambulante ou camelô é a pessoa física que
exerce essa atividade profissional por sua conta e risco, com ou sem em- V - local autorizado;
prego de tabuleiro ou outro apetrecho permitido neste Código ou legislação
complementar, apregoando suas mercadorias. Subordinam-se os comerci- VI - horário permitido;
antes ambulantes ou camelôs às disposições deste Código, além das legis-
lações específicas. VII - produtos comercializados;

Art. 359. Não se considera comerciante ambulante, para os fins deste VIII - restrição se for o caso.
Código, aquele que exerce sua atividade em condições que caracterizem a
existência de vínculo empregatício com fornecedor de mercadoria comercia- § 1º Cabe a Secretaria Municipal de segurança a expedição do cartão de
lizada. Autorização previsto no caput.

Art. 360. Os ambulantes que descumprirem os dispositivos legais estarão § 2º Cabe a Secretaria Municipal de Fazenda a expedição da guia de paga-
sujeitos à apreensão de bens, mercadorias, equipamentos e veículos, con- mento das taxas devidas para o exercício do comércio ambulante.
forme prescrição na legislação própria.
Art. 368. É obrigatória a inscrição do comerciante ambulante autorizado
Art. 361. Os comerciantes ambulantes deverão portar sempre os seguintes como segurado da previdência social na categoria de autônomo.
documentos:
Art. 369. As penalidades correspondentes às infrações dos dispositivos
I - original do Cartão de Autorização para o exercício da atividade; constantes deste Título ou estabelecidos em legislação complementar
específica do comércio ambulante poderão ser aplicadas cumulativamente,
II - comprovante de pagamento da taxa devida; e serão as seguintes:

III - carteira de identidade ou carteira profissional; I - advertência;

IV - nota fiscal de aquisição da mercadoria à venda, exceto os vendedores II - suspensão da autorização;


de amendoim, pipocas, algodão doce, angu, milho verde, coco e os produtos
artesanais de fabricação própria. III - cassação da autorização;

Art. 362. Os vendedores ambulantes deverão afixar a tabela de preços dos IV - apreensão de bens e equipamentos.
produtos comercializados.
§ 1º A aplicação das penalidades de suspensão ou cassação será objeto de
Art. 363. O comerciante ambulante deverá respeitar os modelos previamen- regulamento próprio, garantida a ampla defesa.
te aprovados de equipamentos, pelo órgão competente da Administração
Municipal, mantendo em perfeito estado de conservação e limpeza o local e § 2º Para o ambulante não autorizado aplicar-se-á de imediato a sanção
os equipamentos utilizados para a comercialização e respeitando o local prevista no inciso IV deste artigo.
designado para a sua autorização.
Art. 370. Fica proibido o licenciamento para a instalação e funcionamento de
Art. 364. As concessionárias de serviços públicos ficam proibidas de instalar atividades comerciais exercidas em trailers no logradouro público em todo o
os seus serviços em logradouros públicos onde o comércio não seja autori- âmbito do Município de Niterói.
zado e nos locais proibidos pela municipalidade.
Parágrafo Único - A autorização para as atividades comerciais exercidas em
Art. 365. Compete à Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle Urbano trailers em áreas particulares residenciais, comerciais ou industriais será
a definição do local, horários e modelos de equipamentos utilizados para o objeto de regulamento próprio.
comércio ambulante, conforme regulamento específico.
Art. 371. Os estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de
Parágrafo Único - Fica proibido o comércio ambulante em veículos e trailers, serviços que vierem a armazenar, guardar ou ocultar mercadorias ou equi-
nas vias e logradouros públicos em toda a Cidade, exceto aqueles autoriza- pamentos provenientes do comércio ambulante clandestino, sofrerão multa
dos por Lei específica. no Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.

Art. 366. Compete à Secretaria Municipal de segurança a autorização para o Parágrafo Único - Em caso de reincidência o Alvará poderá ser cassado.
exercício do comércio ambulante, a verificação do efetivo cumprimento da
autorização concedida, bem como a apreensão de bens, mercadorias,

Legislação municipal 143 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
TÍTULO XIII hipótese do inciso I, desde que não implique a introdução de novo uso que
DO LICENCIAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS EM GERAL requeira edificação de uso exclusivo.

CAPÍTULO I Art. 376. Os Alvarás conterão, entre outras, as seguintes informações:


DISPOSIÇÕES GERAIS
I - nome da pessoa física ou jurídica e seu nome fantasia;

Art. 372. A localização e o funcionamento de estabelecimentos comerciais, II - endereço do estabelecimento;


prestadores de serviços, industriais, agrícolas, pecuários e extrativistas, bem
como de sociedades, instituições e associações de qualquer natureza, III - relação das atividades licenciadas;
pertencentes a quaisquer pessoas físicas e jurídicas, no Município de Nite-
rói, estão sujeitos a licenciamento prévio na Secretaria Municipal de Fazen- IV - número da inscrição municipal;
da, observado o disposto neste Código e nas demais legislações pertinen-
tes. V - número do CNPJ ou CPF;

§ 1º Considera-se estabelecimento o local onde quaisquer pessoas físicas VI - número do processo de concessão ou de alteração;
e/ou jurídicas desenvolvam quaisquer atividades econômicas, de modo
permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissio- VII - data do licenciamento;
nal, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial,
agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou VIII - restrições, quando for o caso.
contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas.
Art. 377. A concessão de Alvará de Licença para Estabelecimento produzirá
§ 2º A obrigação imposta neste artigo se aplica também ao exercício de efeitos permanentes, mas não importará:
atividades:
I - o reconhecimento de direitos e obrigações concernentes a relações
I - no interior de residências; jurídicas de direito privado;

II - em locais ocupados por estabelecimentos já licenciados; II - a quitação ou prova de regularidade do cumprimento de obrigações
administrativas ou tributárias.
III - por período determinado.
Art. 378. Os estabelecimentos serão fiscalizados a qualquer tempo, a fim de
§ 3º Independentemente de isenção das taxas, os partidos políticos, os se verificar a manutenção das condições que possibilitaram o licenciamento,
templos religiosos e os condomínios ficam obrigados a requererem o Alvará bem como o cumprimento das obrigações tributárias.
de identificação, para fins de controle cadastral.
Parágrafo Único - O Fiscal de Posturas poderá solicitar documentos do
Art. 373. Compete à Secretaria Municipal de Fazenda através da Fiscaliza- estabelecimento comercial para examiná-los, quando julgar necessário e
ção de Posturas, a concessão de licença ou autorização para funcionamento essencial ao perfeito desempenho de suas atribuições funcionais.
de estabelecimento, mediante a expedição de um dos seguintes documen-
tos: Art. 379. Fica obrigatória à publicação em Diário Oficial do Município e na
internet através da página oficial da Secretaria Municipal de Fazenda, a
I - alvará de licença para estabelecimento, válido por prazo indeterminado; relação de todos os Alvarás de Licença ou de autorização concedidos por
esta Secretaria, devendo conter as seguintes informações: número do
II - alvará de autorização provisória, válido por prazo de 180 (cento e oitenta) Processo de Concessão, tipo de alvará, nome da razão social, nome fanta-
dias prorrogável a pedido, por até 180 dias, uma única vez; (Vide prorroga- sia, endereço, inscrição municipal, CNPJ ou CPF e pendências quando for o
ção - Lei nº 2972/2012) caso.

III - alvará de autorização precária, válido por prazo indeterminado;


CAPÍTULO II
IV - alvará de autorização temporária, válido por prazo determinado; DA APROVAÇÃO PRÉVIA DE LOCAL

V - alvará de identificação.
Art. 380. O requerimento de qualquer alvará ou a sua alteração de endereço
Parágrafo Único - Compete ao Diretor da Fiscalização de Posturas a prorro- ou de atividade será precedido pela apresentação do formulário consulta
gação do prazo do Alvará de autorização provisória, mediante requerimento prévia de local, no qual o interessado fará constar as informações básicas
protocolado na Secretaria Municipal de Fazenda. sobre a atividade a ser desenvolvida.

Art. 374. Será obrigatório o requerimento de Alvarás diversos sempre que Art. 381. A Secretaria Municipal de Fazenda, por intermédio da Fiscalização
se caracterizarem estabelecimentos distintos, considerando-se como tais: de Posturas, apreciará e devolverá a consulta prévia de local, deferida ou
indeferida, baseada nas informações constantes do cadastro de zoneamen-
I - os que, embora no mesmo imóvel ou local, ainda que com atividade to.
idêntica, pertençam a diferentes pessoas físicas ou jurídicas;
§ 1º Em caso de deferimento, será assinalada no verso da consulta prévia
II - os que, embora com atividades idênticas e pertencentes à mesma pes- de local toda a documentação exigida para a concessão do licenciamento.
soa física ou jurídica, estejam situados em prédios distintos ou em locais
diversos. § 2º Em caso de indeferimento da consulta prévia de local, caberá recurso
ao Subsecretário Tributário.
Art. 375. Fica permitido nas edificações de uso exclusivo:

I - o licenciamento de atividades afins, complementares, semelhantes ou CAPÍTULO III


idênticas à principal, ainda que exercidas por contribuintes distintos; DO ALVARÁ DE LICENÇA PARA ESTABELECIMENTO

II - o licenciamento de quaisquer atividades que não se enquadrem na

Legislação municipal 144 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 382. O Alvará de Licença para Estabelecimento será concedido após a
apresentação dos seguintes documentos: XVI - Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e Estudo Prévio de Impacto
de Vizinhança (EIV), quando for o caso;
I - consulta prévia de local aprovada;
XVII - outros documentos julgados necessários.
II - requerimento padrão;
§ 1º Nos casos de alteração societária que não compreenda alteração de
III - registro público de pessoa jurídica ou de firma individual no órgão com- atividade, nem de local, entre os quais, alteração de razão social, fusão,
petente, quando for o caso; incorporação e cisão, serão exigidos somente os documentos referidos nos
incisos II, III, V e VI.
IV - documento de identidade e CPF dos sócios da pessoa jurídica ou de
firma individual; § 2º Para as atividades elencadas no inciso X deste artigo deverá ser apre-
sentado o estudo de impacto no Sistema Viário aprovado pela Secretaria
V - registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do Ministério Municipal de Serviços Públicos, Trânsito e Transportes.
da Fazenda;
Art. 383. Entende-se por ponto de referência o endereço fornecido por
VI - prova de inscrição no fisco estadual, para atividades que compreendam pessoa jurídica como domicílio fiscal em que não haja estabelecimento
circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interesta- comercial, sendo vedado o atendimento a clientes, o estoque de mercadori-
dual e intermunicipal e de comunicação; as e a colocação de placa contendo mensagem publicitária ou meramente
identificadora da empresa ou da sociedade empresária por ela responsável.
VII - documento de aprovação do Corpo de Bombeiros, quando for o caso;
Parágrafo Único - Nos casos de concessão para ponto de referência, serão
VIII - documento de aprovação da Secretaria Municipal de Saúde ou da exigidos somente os documentos referidos nos incisos I, II, III, IV, V, VI e XV
Secretaria Estadual de Saúde, quando for o caso; do art. 382.

IX - certidão da Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle Urbano de


aceitação de transformação de uso, quando for o caso; CAPÍTULO IV
DO ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO PROVISÓRIA
X - certidão da Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle Urbano de
aceitação das instalações comerciais, para as atividades de alto risco,
abaixo relacionadas: Art. 384. O Alvará de Autorização Provisória será concedido temporariamen-
te quando não puderem ser satisfeitas todas as exigências para a obtenção
a) assistência médica com internação; do Alvará de Licença para Localização.
b) aeroporto e heliporto;
c) cinema, teatro, boate e casas de festas; § 1º Para as atividades listadas no inciso X do art. 382 deste Código, bem
d) casas de shows e espetáculos e clubes; como outras definidas em Lei, não será concedido o Alvará de Autorização
e) atividades que impliquem o armazenamento de produtos inflamáveis, Provisória.
químicos e explosivos;
f) atividades que impliquem a extração mineral e/ou vegetal; § 2º Equiparam-se à Autorização Provisória os procedimentos descritos no §
g) estabelecimentos de ensinos: pré-escolar, fundamental, médio e superior, 1º, do art. 407.
inclusive creches;
h) atividades industriais e usinas de energia; Art. 385. Para a concessão do Alvará de Autorização Provisória deverão ser
i) portos e terminais de carga, inclusive aqueles destinados à carga e des- apresentados, no mínimo, os seguintes documentos:
carga de minério, petróleo e seus derivados e produtos químicos;
j) aterros sanitários e usinas de tratamento de lixo, referente ao sistema de I - consulta prévia de local aprovada;
destino final de resíduos sólidos;
k) oleodutos, gasodutos e minerodutos; II - requerimento padrão;
l) processamento e destino final de resíduos tóxicos e perigosos;
m) captação, reservação e adução-tronco, referentes ao abastecimento de III - registro público de pessoa jurídica ou de firma individual no órgão com-
água; petente, quando for o caso;
n) serviços de lanternagem e pintura de veículos automotores;
o) serviços de serralheria e marmorarias; IV - registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou no Cadas-
p) supermercados e hipermercados; tro de Pessoas Físicas (CPF) do Ministério da Fazenda;
q) lojas de departamento;
r) hotéis, motéis e pousadas com mais de 30 (trinta) unidades de hospeda- VII - comprovante de endereço;
gens;
s) ginásio e similares que são utilizados para feiras e convenções. VIII - termo de opção do simples nacional, quando for o caso.

XI - documento de aprovação da Secretaria Municipal de Educação, Secre- Art. 386. Do Alvará de Autorização Provisória constará a relação dos docu-
taria Estadual de Educação ou Ministério da Educação, conforme cada caso, mentos pendentes para a obtenção do Alvará de Licença para Estabeleci-
para as atividades previstas na alínea "g" do inciso X; mento.

XII - quaisquer documentos de registro, controle e fiscalização de atividade, Art. 387. O Alvará de Autorização Provisória deverá ser obrigatoriamente
sempre que lei assim o exigir; substituído pelo Alvará de Licença para Estabelecimento, até o prazo previs-
to no inciso II do art. 373 desta Lei, sob pena de multa, mediante requeri-
XIII - prova de direito ao uso do local; mento com a apresentação dos documentos pendentes.

XIV - declaração que autorize a realização das diligências fiscais em decor- Art. 388. Qualquer órgão público de registro, fiscalização e controle de
rência do exercício do Poder de Polícia, em caso de licenciamento de ativi- atividade econômica ou de vigilância das condições dos estabelecimentos
dade em imóvel residencial; poderá solicitar à Secretaria Municipal de Fazenda a cassação do Alvará de
Autorização Provisória, caso constate irregularidades técnicas e inobservân-
XV - certidão de quitação do IPTU; cia de preceitos legais que causem danos, prejuízos, incômodos ou ponham

Legislação municipal 145 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
em risco a segurança, o sossego, a saúde e a integridade física da vizinhan- Art. 395. Será concedido um único Alvará de Autorização Precária para
ça e da coletividade. cada estabelecimento onde se instalarem equipamentos previstos nos
incisos II e III do art. 392, aplicando-se a definição constante do art. 374,
Parágrafo Único - A solicitação de que trata o caput deste artigo deverá ser independentemente:
adequadamente instruída, para que fique perfeitamente caracterizada e
comprovada a irregularidade. I - do número de equipamentos;

Art. 389. A concessão de Alvará de Autorização Provisória não importará no II - da colocação de tipos distintos de equipamentos;
reconhecimento de regularidade do estabelecimento quanto a quaisquer
normas aplicáveis ao seu funcionamento, especialmente as de proteção da III - do exercício de atividades distintas.
saúde, condições da edificação, instalação de máquinas e equipamentos,
prevenção contra incêndios e exercício de profissões. Art. 396. Não será necessária a obtenção de Alvará de Autorização Precária
na hipótese de o responsável pelos equipamentos definidos nos incisos II e
Art. 390. Fica criada a Comissão de Análises de Licenciamento de Autoriza- III do art. 392 já se encontrar licenciado, no próprio endereço de instalação,
ção Provisória - CALAP, com intuito de avaliar as pendências e suas regula- desde que as atividades já licenciadas compreendam a venda das mercado-
rizações. rias ou a prestação dos serviços a ser exercida por meio daqueles.

§ 1º A CALAP será formada por servidores dos seguintes Órgãos: Art. 397. A instalação de equipamentos definidos nos incisos II e III do art.
392 em áreas particulares externas a lojas, salas e outras unidades de
I - Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle Urbano. edificação de uso não exclusivo não poderá ser licenciada por meio da
ampliação de endereço constante de Alvará de Licença para Estabelecimen-
II - Secretaria Municipal de Fazenda; to ou Alvará de Autorização Provisória que o responsável já apresente.

III - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos;


CAPÍTULO VI
IV - Vigilância Sanitária de Niterói; DO ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO TEMPORÁRIA

§ 2º O Poder Executivo regulamentará o funcionamento da CALAP no prazo


de 90 (noventa) dias contados a partir da promulgação desta Lei. Art. 398. O Alvará de Autorização Temporária será concedido nos seguintes
casos:

CAPÍTULO V I - funcionamento de feiras de qualquer natureza em áreas particulares;


DO ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO PRECÁRIA
II - funcionamento de estande de venda em empreendimento imobiliário;

Art. 391. O Alvará de Autorização Precária será concedido sempre que III - realização de exposição, feira promocional, congresso, encontro e
determinado tipo de licenciamento for considerado precário em decorrência simpósio, bem como de atividades festivas, recreativas, desportivas, cultu-
da natureza da ocupação ou da atividade. rais e artísticas e eventos análogos;

Art. 392. Incluem-se entre os usos e atividades sujeitos à concessão de IV - instalação de funcionamento de circos e parques de diversões;
Alvará de Autorização Precária:
V - os estabelecimentos comerciais ou prestadores de serviços que se
I - atividades realizadas com utilização de equipamentos removíveis, situa- encontrem instalados de forma temporária nas dependências de seus con-
dos em área pública; tratantes ou de terceiros;

II - quiosques, cabines, estandes e quaisquer unidades removíveis para VI - ocupação de espaço público para atividades econômicas mediante
prática de pequeno comércio ou prestação de serviço, situados em áreas processo licitatório ou similar com prazo fixado de ocupação;
particulares;
VII - quando o funcionamento da atividade estiver vinculado a um contrato
III - instalação e funcionamento, no interior de estabelecimentos, de máqui- ou permissão de uso por prazo determinado.
nas, módulos e quaisquer equipamentos que se destinem, por meios auto-
máticos ou semiautomáticos, a vender mercadorias ou prover serviços; Parágrafo Único - A realização dos eventos previstos nos incisos I e III será
licenciada por meio da emissão de um único alvará, em nome do responsá-
IV - instalação de equipamentos de Rádio Base de Telecomunicações e vel, organizador ou promotor.
micro células para reprodução de sinal e equipamentos afins.
Art. 399. O Alvará de Autorização Temporária será concedido após a apre-
Art. 393. Aplicam-se à concessão de Alvará de Autorização Precária as sentação, conforme cada caso, dos seguintes documentos:
exigências previstas no art. 382, no que couber.
I - consulta prévia de local aprovada;
Art. 394. A concessão de Alvará de Autorização Precária nas hipóteses
previstas nos incisos II e III do art. 392 observará os seguintes procedimen- II - cópia do Alvará do requerente, quando se tratar de contribuinte licencia-
tos: do no Município de Niterói;

I - a autorização de máquina automática ou semiautomática, conforme a III - registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou no Cadas-
definição do inciso III será efetuada mediante a concessão de inscrição tro de Pessoas Físicas (CPF) do Ministério da Fazenda, quando se tratar de
municipal própria, devendo ser utilizados, para fins de controle cadastral, a contribuinte não licenciado no Município de Niterói;
inscrição municipal e demais documentos de registro do responsável;
IV - prova de direito ao uso do local;
II - a autorização de equipamento previsto no inciso II será efetuada por
meio de concessão de inscrição municipal própria ou por meio do procedi- V - documento de aprovação do Corpo de Bombeiros, para atividades reali-
mento descrito no inciso I deste artigo, conforme convenha ao contribuinte. zadas em locais fechados previstas nos incisos I e III, e para atividades
previstas no inciso IV do art. 398;

Legislação municipal 146 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
juntando-se ao requerimento os documentos que deram causa a modifica-
VI - termo de responsabilidade civil da empresa responsável pela montagem ção.
de circo, parque de diversões, arquibancada, palanque ou quaisquer outras
estruturas que exijam medidas de proteção e segurança adequadas. Art. 407. As atividades econômicas serão exercidas nos limites estabeleci-
dos no Alvará e nenhum estabelecimento poderá exercer atividades não
Art. 400. O Alvará de Autorização Temporária será expedido após o deferi- licenciadas ou não autorizadas pelo Município.
mento do pedido e a comprovação do pagamento da taxa devida.
§ 1º A Fiscalização de Posturas poderá autorizar provisoriamente alterações
Art. 401. O Alvará de Autorização Temporária terá prazo de validade igual de atividades ou endereço, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, quando o
ao da duração da atividade. interessado, por sua própria iniciativa ou mediante notificação, iniciar o
processo de licenciamento de atividade, não havendo, entretanto, promovido
§ 1º O prazo máximo de validade do Alvará de Autorização Temporária será as devidas alterações no seu contrato social e desde que a atividade seja
de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias nas hipóteses previstas nos permitida no local.
incisos I, II, III, IV e V do art. 398.
§ 2º As disposições do parágrafo anterior não se aplicam as atividades
§ 2º O Alvará de Autorização Temporária não poderá ser prorrogado, de- listadas no inciso X do art. 382.
vendo o particular requerer nova autorização, na hipótese de pretender
estender o exercício da atividade além do período inicialmente previsto. Art. 408. A transferência ou venda de estabelecimento ou encerramento de
atividade deverá ser comunicado à Secretaria Municipal de Fazenda, medi-
ante requerimento, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir da ocorrên-
CAPÍTULO VII cia do fato.
DA CONCESSÃO DE ALVARÁ DE IDENTIFICAÇÃO
Parágrafo Único - Na comunicação de que trata o caput deste artigo deverá
ser apresentado o distrato ou alteração contratual que estabeleça a transfe-
Art. 402. O Alvará de Identificação será concedido nos seguintes casos: rência para outro Município.

I - funcionamento de partidos políticos; Art. 409. Os estabelecimentos não poderão funcionar para atendimento ao
público com obras em suas instalações comerciais, quando as suas ativida-
II - funcionamento de templos religiosos; des compreendam a manipulação de alimentos.

III - funcionamento de condomínios; Art. 410. O Alvará será cassado se:

IV - ponto de referência; e I - for exercida atividade não permitida no local ou no caso de se dar ao
imóvel destinação diversa daquela para a qual foi concedido o licenciamen-
V - estabelecimentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos to;
Municípios, bem como as autarquias, as missões diplomáticas e os orga-
nismos internacionais reconhecidos pelo Governo Brasileiro; II - forem infringidas quaisquer disposições referentes aos controles de
poluição, ou se o funcionamento do estabelecimento causar danos, prejuí-
VI - outros previstos em legislação complementar. zos, incômodos, ou puser em risco, por qualquer forma, a segurança, o
sossego, a saúde e a integridade física da vizinhança ou da coletividade;
Art. 403. O Alvará de Identificação será concedido após a apresentação,
conforme cada caso, dos seguintes documentos: III - houver cerceamento às diligências necessárias ao exercício do Poder de
Polícia autorizado nos termos do inciso XIV do art. 382;
I - consulta prévia de local aprovada;
IV - ocorrer prática reincidente de infrações à legislação aplicável.
II - registro no cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ) ou no Cadastro
de Pessoas Físicas (CPF) do Ministério da Fazenda; Art. 411. O Alvará será anulado se:

III - prova de direito ao uso do local; I - o licenciamento tiver sido concedido com inobservância de preceitos
legais ou regulamentares;
IV - documento de aprovação do Corpo de Bombeiros, quando for o caso;
II - ficar comprovada a falsidade ou a inexatidão de qualquer declaração ou
V - quaisquer documentos de registro, controle e fiscalização de atividade, documento.
sempre que decreto ou lei do Município estabelecer a exigência para fins de
concessão de Alvará ou aprovação de uso. Art. 412. Compete ao Secretário Municipal de Fazenda cassar ou anular o
Alvará.
Art. 404. O Alvará de Identificação será expedido após o deferimento do
pedido. § 1º O Alvará poderá ser cassado ou alterado ex-offício, mediante decisão
fundamentada.

CAPÍTULO VIII § 2º Será assegurado ao contribuinte, nos termos do que dispõe a Constitui-
DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ção Federal, artigo 5º, inciso LV, o direito ao contraditório e à ampla defesa,
sempre que ocorrer a propositura de anulação, cassação ou alteração ex-
offício do Alvará.
Art. 405. O original do cartão do Alvará concedido deve ser mantido em bom
estado e em local visível e de fácil acesso à fiscalização. Art. 413. Compete ao Secretário Municipal de Fazenda determinar a interdi-
ção ou embargo de estabelecimentos.
Art. 406. O Alvará deverá ser obrigatoriamente substituído quando houver
qualquer alteração de suas características.
CAPÍTULO IX
Parágrafo Único - A modificação do Alvará deverá ser requerida no prazo de DOS PROCEDIMENTOS PARA CASSAÇÃO
30 (trinta) dias, contado a partir da data em que se verificar a alteração,

Legislação municipal 147 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
exigência de documentos específicos para a concessão de Alvará, para fins
Art. 414. Verificando a autoridade fiscal a ocorrência de qualquer das hipó- de uniformização de procedimentos administrativos.
teses previstas no artigo 410, intimará o responsável para que promova a
regularização, o que, não atendido no prazo legal, ensejará abertura de Art. 428. Para garantir o efetivo cumprimento do embargo ou da interdição a
procedimento visando à cassação do Alvará. Fiscalização de Posturas, no uso do Poder de Polícia, poderá realizar a
apreensão nos estabelecimentos que não respeitarem tais procedimentos,
Art. 415. Após a instauração do procedimento de cassação do Alvará, o sempre com parecer prévio da Procuradoria Geral do Município.
infrator será notificado dando-lhe ciência do início do procedimento e de
todos os elementos pertinentes, concedendo-lhe prazo de 10 (dez) dias a Art. 429. Os infratores das disposições previstas neste Título estão sujeitos
contar do primeiro dia útil após sua ciência, para interposição de recurso. à multa no Valor de Referência M4 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.

Parágrafo Único - No caso de recusa de recebimento da notificação, a


mesma será publicada em Diário Oficial e o prazo terá início no dia seguinte TÍTULO XIV
à publicação. DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 416. Findo o prazo e não havendo a apresentação de recurso, será CAPÍTULO I
publicado o Edital de Cassação e será notificado o infrator para que cesse DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
imediatamente as atividades cassadas.

Art. 417. No caso de descumprimento, o infrator estará sujeito à interdição Art. 430. Constitui infração toda ação ou omissão contrária às disposições
do estabelecimento, além das medidas judiciais cabíveis. deste Código ou de outras leis, decretos, resoluções ou atos normativos que
disciplinam o Poder de Polícia.
Art. 418. Interposto o recurso no prazo legal, o Secretário Municipal de
Fazenda apreciará as razões expostas e decidirá no prazo de até 5 (cinco) Art. 431. Será considerado infrator todo aquele que: cometer, mandar,
dias pela procedência ou não do procedimento de cassação. constranger, induzir, coagir ou auxiliar alguém a praticar infração.

Parágrafo Único - Da decisão não caberá recurso. Art. 432. Sem prejuízo das sanções de natureza civil e/ou penais cabíveis e
independentemente das que possam estar previstas no Código Tributário
Art. 419. O procedimento de cassação de Alvará poderá ser cumulativo com Municipal, as infrações aos dispositivos deste Código serão punidas com
a aplicação de multa. penalidades que, além de impor a obrigação de fazer, não fazer ou desfazer,
serão pecuniárias e consistirão alternada ou cumulativamente em multa,
Art. 420. Aplicam-se, no que couberem, os mesmos dispositivos constantes apreensão de material, produto ou mercadoria e ainda interdição ou embar-
deste Capítulo no procedimento de anulação do Alvará. go de atividades, observados os limites máximos estabelecidos neste Códi-
go.
Art. 421. Na página oficial da internet da Secretaria Municipal de Fazenda
deverão constar os estabelecimentos embargados, interditados e os Alvarás Art. 433. A multa, imposta de forma regular e pelos meios hábeis, será
cassados ou anulados, mencionando as seguintes informações: número do inscrita em dívida ativa e judicialmente executável, se o infrator se recusar a
processo, razão social, nome fantasia, endereço, inscrição municipal e o satisfazê-la no prazo legal.
motivo.
Parágrafo Único - Os infratores que estiverem inscritos na dívida ativa em
razão de multa de que trata o caput, não poderão participar de licitações,
CAPÍTULO X celebrar contratos ou termos de qualquer natureza, ou transacionar a qual-
DISPOSIÇÕES FINAIS quer título com a Administração Municipal.

Art. 434. A aplicação das multas não exime o infrator da obrigação de


Art. 422. Qualquer pessoa, entidade ou órgão público poderá solicitar à cumprir as determinações decorrentes do preceito violado, nem das demais
Secretaria Municipal de Fazenda a cassação ou a anulação do Alvará, em cominações.
caso de configuração do disposto nos artigos 410 e 411.
Art. 435. As autorizações previstas neste Código serão sempre a título
Parágrafo Único - A solicitação de que trata o caput deste artigo deverá ser precário podendo a Administração Municipal determinar sua cassação, a
adequadamente instruída, para que fique perfeitamente caracterizada a qualquer tempo, visando preservar o interesse público.
irregularidade em processo regular.
Parágrafo Único - Os documentos fiscais ou cópias que comprovem as
Art. 423. Aquele que tiver o seu Alvará cassado sujeitar-se-á às mesmas autorizações concedidas pelo Poder Público Municipal deverão permanecer
exigências referentes ao licenciamento inicial, da atividade cassada caso nos locais das atividades para serem apresentados à fiscalização, quando
pretenda voltar a exercê-la. solicitados.

Art. 424. É vedado o exercício da profissão ou do ofício no local, a coloca- Art. 436. Para efeitos deste Código, entende-se por:
ção de publicidade e estoque de mercadorias para as autorizações concedi-
das como ponto de referência. I - Poder de Polícia: atividade da administração pública que limita ou discipli-
na direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção, em
Art. 425. O Secretário Municipal de Fazenda poderá impor restrições às razão de interesse público concernente à higiene, à segurança, aos costu-
atividades dos estabelecimentos já licenciados ou autorizados, no resguardo mes, ao sossego público, à estética da Cidade e às atividades dependentes
do interesse público e a partir de fundamentação técnica, mediante repre- de licença e/ou autorização do Poder Público;
sentação das autoridades competentes.
II - notificação: documento fiscal lavrado para dar notícia ou ciência ao
Art. 426. Ficam criados modelos de cartões de Alvará de Licença para interessado, de algum ato ou fato administrativo de seu interesse ou de que
Estabelecimento, Alvará de Autorização Provisória, Alvará de Autorização deva ter conhecimento, em função de ação fiscal ou processo administrativo;
Precária, Alvará de Autorização Temporária, Alvará de Identificação, bem
como de formulário de requerimento de Consulta Prévia de Local. III - intimação: documento fiscal lavrado quando for necessário impor obriga-
ção de fazer, não fazer ou desfazer, disposto em lei; da intimação constarão
Art. 427. A Fiscalização de Posturas disporá as normas que disciplinem a dispositivos legais a cumprir e os prazos dentro dos quais os mesmos deve-

Legislação municipal 148 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
rão ser cumpridos. Os prazos para cumprimento das disposições legais não
deverão ser superiores a 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogados por igual Art. 439. No exercício da fiscalização fica assegurada ao agente fiscal a
período; entrada em qualquer dia e hora e a permanência pelo tempo que se fizer
necessário em qualquer local público ou privado, respeitando-se os direitos
IV - vistoria: ato administrativo que tem por objetivo a inspeção, ou o exame constitucionais.
necessário à comprovação de certos fatos relativos ao estado ou à situação
das coisas; Parágrafo Único - Excepcionalmente, nos casos em que haja exibição de
publicidade não autorizada, será permitido o ingresso do agente fiscal em
V - auto de infração: documento fiscal que objetiva configurar e registrar as imóveis não edificados caracterizados como local privado, para a retirada de
violações às normas legais, identificar o infrator e aplicar as penalidades engenhos publicitários irregulares.
pecuniárias;
Art. 440. No exercício de suas funções fica assegurado ao agente fiscal o
VI - auto de apreensão: documento fiscal lavrado para caracterizar a apre- uso gratuito de vagas em estacionamentos explorados, direta ou indireta-
ensão de bens decorrente da infração; mente, por órgãos ou empresas da municipalidade, bem como a gratuidade
nos transportes coletivos municipais, mediante simples identificação funcio-
VII - termo de orientação: documento destinado a prestar informações gerais nal.
aos interessados, pelo fiscal de posturas;

VIII - termo de consulta: documento que se destina a prestação de orienta- CAPÍTULO II


ção específica solicitado pelo interessado sobre o procedimento de legaliza- DAS MULTAS
ção ou quaisquer outros pertinentes ao Código de Posturas, relativo a um
caso concreto apresentado;
Art. 441. As multas de que tratam este Código poderão ser aplicadas diari-
IX - autorização: ato discricionário e precário do Poder Público que pode ser amente até o cumprimento da obrigação de fazer, não fazer ou desfazer.
revisto a qualquer tempo, em virtude de ilegalidade ou interesse da Adminis-
tração; Art. 442. O mesmo ato infracional poderá ser penalizado com mais de uma
sanção.
X - logradouro público: espaço livre destinado pela municipalidade à circula-
ção, parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, Art. 443. Nas infrações aos dispositivos deste Código para os quais não
tais como: Avenidas, Ruas, Travessas, Ruas de vilas, becos, escadarias, estejam previstas sanções específicas, aplicar-se-á multa de Valor de Refe-
recuos, túneis, Viadutos, estradas, caminhos, calçadas, calçadões, Áreas de rência M3 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
Lazer, parques, praças e praias;

XI - passeio público: parte do logradouro público destinada ao trânsito exclu- CAPÍTULO III
sivo de pedestre, limitado a partir da soleira dos acessos das edificações; DA APREENSÃO DE BENS E MERCADORIAS

XII - local público: são considerados, no concernente à aplicação deste


Código, os logradouros públicos e os locais de acesso ou trânsito de pesso- Art. 444. A apreensão consiste na retenção de coisa que constitui prova
as nos estabelecimentos utilizados publicamente como áreas de circulação material de infração aos dispositivos estabelecidos neste Código e demais
(galerias, etc.); normas pertinentes.

XIII - pista de rolamento: parte do logradouro público destinada ao trânsito Art. 445. A apreensão de bens, em consequência de infrações, implicará
de veículos; seu recolhimento ao depósito público municipal, mediante lavratura de auto
de apreensão com a descrição da coisa apreendida.
XIV - alinhamento: linha projetada para marcar o limite entre o terreno e o
logradouro público ao longo de uma determinada via; Art. 446. A apreensão poderá ser efetuada nos seguintes casos:

XV - afastamento: distância que separa os planos de fachadas da testada do I - quando houver bens e mercadorias instalados ou expostos no logradouro
terreno ou dos alinhamentos projetados; público, se não portarem, no ato da fiscalização, a respectiva autorização;

XVI - recuo: incorporação ao Logradouro Público de parte da área de um II - se o detentor de mercadorias não exibir à fiscalização documento que
lote a ele adjacente, a fim de recompor o seu alinhamento, que passa ao comprove a origem destas e quando, por lei ou regulamento, deva este
domínio do Município quando o lote ou a edificação nele existentes sofrer documento acompanhar aquelas mercadorias;
acréscimo ou transformação;
III - no caso em que haja desrespeito à ordem de embargo ou interdição.
XVII - mobiliário urbano: conjunto de elementos que podem ocupar o espaço
público, implantados, direta ou indiretamente, pela Administração Municipal, Art. 447. O prazo para reclamação das mercadorias, não perecíveis, é de 10
com as seguintes funções urbanísticas: (dez) dias, as mercadorias perecíveis terão a destinação indicada no inciso I
do art. 449, não podendo ser reclamadas.
a) circulação e transporte;
b) ornamentação da paisagem e ambientação urbana; Art. 448. No caso de não serem retiradas no prazo de 30 (trinta) dias, após
c) descanso e lazer; o deferimento do pedido, as mercadorias apreendidas deverão ser vendidas
d) serviços de utilidade pública; em hasta pública pela Administração Municipal ou ter uma das destinações
e) comunicação e publicidade; elencadas no art. 449.
f) atividade comercial;
g) acessórios à infraestrutura. § 1º A devolução de coisa apreendida só será feita após o pagamento da
multa prevista e das despesas de transporte e depósito da coisa apreendida.
Art. 437. A Secretaria Municipal de Fazenda regulamentará os modelos de
Termos de Consulta e Orientação. § 2º Ultrapassado o prazo previsto no caput do art. 447 sem que as merca-
dorias sejam reclamadas, aplicar-se-á o art. 449.
Art. 438. Na lavratura dos documentos fiscais, a identificação do fiscal de
posturas será acompanhada de carimbo funcional. Art. 449. As mercadorias apreendidas terão a seguinte destinação:

Legislação municipal 149 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ne pública.
I - quando se tratar de mercadorias "in natura", de fácil deterioração, e os
produtos que não possam ser conservados no depósito por falta de local ou Art. 454. A interdição não exime o infrator do pagamento das taxas pertinen-
equipamento adequado, estas poderão ser doados imediatamente às institu- tes, nem de multas que lhe forem aplicadas, na forma da Lei.
ições educacionais, filantrópicas e de assistência social, mediante recibo,
não cabendo ao infrator indenização alguma sob qualquer fundamento; Art. 455. A interdição somente se processará através da Fiscalização de
Posturas da Secretaria Municipal de Fazenda, após autorização expressa do
II - no caso de objetos sem apreciável valor econômico ou em precário Diretor do Departamento de Fiscalização de Posturas.
estado de conservação, após decisão da autoridade competente, em pro-
cesso que os relacione, indicando os números dos documentos de apreen- Art. 456. O Edital de Interdição terá o modelo oficial aprovado pelo Secretá-
são, serão destruídos ou inutilizados e entregues à CLIN, desde que não rio Municipal de Fazenda, e será expedido em 4 (quatro) vias, em ordem
reclamados dentro do prazo disposto no artigo 447; numérica sequencial, preenchido de forma legível, sem emendas, rasuras ou
borrões, devendo ser assinado pelo Diretor da Fiscalização de Posturas e
III - mercadorias ou objetos não perecíveis cujo pequeno valor não comporte pelo fiscal interditante, os quais deverão identificar-se, mediante a aposição
as despesas com hasta pública, não tendo sido reclamadas pelo titular em de nome, cargo e matrícula, ou seu carimbo funcional.
tempo hábil, serão, a critério da autoridade competente, destruídos, inutiliza-
dos ou entregues às instituições de que trata o inciso I; Parágrafo Único - As vias do Edital de Interdição terão o seguinte destino:

IV - as mercadorias deterioradas apreendidas, assim como os objetos im- I - 1ª via: será afixada no local da infração;
próprios para distribuição, serão inutilizadas e encaminhadas à CLIN, la-
vrando-se termo em livro próprio; II - 2ª via: será remetida ao titular do Departamento de Fiscalização de
Posturas, para ciência;
V - quando se tratar de mercadorias originárias do exterior do país com
procedência não comprovada ou oriunda de descaminho, contrabando ou III - 3ª via: permanecerá arquivada no órgão interditante, após o "visto" da
outra origem não especificada, serão encaminhadas ao órgão federal com- chefia; e;
petente;
IV - 4ª via: permanecerá em poder do autuante.
VI - as mercadorias apreendidas, perecíveis ou não, presumivelmente
nocivas à saúde ou ao bem-estar público, após o seu relacionamento, Art. 457. Os atos necessários ao cumprimento da interdição se darão no
deverão sofrer inspeção de agentes do Órgão Municipal de Saúde que fará período de 5 (cinco) dias contados da data da expedição do Edital de Inter-
relatório circunstanciado relativo às mercadorias, indicando a sua destina- dição.
ção;
§ 1º O responsável administrativo extrairá, da 3ª Via do Edital de Interdição,
VII - incorporação a Órgãos da Administração Pública Direta ou Indireta os dados para lançamento no livro "Registro de Interdições", onde serão,
Municipal, dotados de personalidade jurídica de direito público, em confor- posteriormente, anotadas as datas da interdição e a do seu cancelamento e,
midade com o art. 450. bem assim, quaisquer outros elementos relacionados com o assunto.

Art. 450. Para os efeitos deste Código, entende-se por incorporação a § 2º Quaisquer impedimentos, que obstem o cumprimento da interdição,
transferência dos bens, destinados pela autoridade competente, para a conforme dispõe este artigo, deverão constar de termo circunstanciado,
administração da entidade ou órgão beneficiário, os quais passarão a consti- ficando a critério do titular da chefia, analisar avaliar e aceitar ou não as
tuir bem patrimonial da entidade ou órgão, ou bem de consumo a ser utiliza- justificativas apresentadas pelo agente da fiscalização.
do em suas atividades rotineiras, especiais ou de representação.
§ 3º Quando as justificativas não forem suficientemente válidas, a chefia
§ 1º A incorporação de que trata o caput é decorrente da avaliação, pela deverá enquadrar o servidor na legislação específica, determinando a exe-
autoridade competente, de sua oportunidade e conveniência, relativamente cução da interdição por outro servidor.
à escolha de outra forma de destinação, objetivando alcançar, mais rapida-
mente, benefícios administrativos, econômicos e sociais. Art. 458. O Diretor do Departamento de Fiscalização de Posturas diligencia-
rá no sentido de que a pessoa física ou jurídica interditada fique permanen-
§ 2º A incorporação referida no caput dependerá de formalização do pedido temente sob fiscalização, para impedir o desrespeito à interdição, recorren-
por parte do órgão interessado ou de determinação de autoridade competen- do, se necessário, à força policial, através dos meios competentes.
te.
Parágrafo Único - Caso se mostre ineficaz as medidas de interdição, o
§ 3º Cabe aos beneficiários das incorporações à responsabilidade pela Município poderá bloquear o acesso do estabelecimento interditado, utili-
adequada utilização dos bens, na forma da legislação pertinente, de modo a zando-se de blocos de concreto, muro de alvenaria ou similar.
atender ao interesse público ou social.

Art. 451. Não serão liberados, sob qualquer pretexto, os objetos apreendi- CAPÍTULO V
dos que não tiverem comprovação aceitável das respectivas procedências DA DEMOLIÇÃO
ou quando requeridos após o vencimento do prazo de recurso.

Art. 459. Além dos casos previstos no Código de Obras, poderá ocorrer a
CAPÍTULO IV demolição, total ou parcial, de imóvel ou construção nas seguintes hipóte-
DA INTERDIÇÃO ses:

I - quando as obras ou imóveis forem considerados em risco, na sua segu-


Art. 452. Interdição é o ato do qual se vale a autoridade competente para rança, estabilidade ou resistência, por laudo de vistoria, e o proprietário,
impedir totalmente o exercício de atividade da pessoa física ou jurídica que profissional ou firma responsável se negar a adotar as medidas de seguran-
não esteja legalmente licenciada no Município. ça ou a fazer as reparações necessárias;

Art. 453. A interdição será sempre precedida de intimação expedida ao II - quando deixarem de ser cumpridas as exigências determinadas no laudo
infrator, dando-lhe o prazo de até 10 (dez) dias para a cessação da atividade de vistoria do imóvel; e
não licenciada, salvo em caso de comprometimento da segurança ou higie-

Legislação municipal 150 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
III - quando for constatada a existência de obra irregular em logradouro X - quando, em decorrência de cargas e descargas em estabelecimentos
público, no leito e faixas marginais dos rios e lagoas, nas praias e dunas e comerciais, ocorrerem transtornos ao Sistema Viário local, à circulação de
nas áreas de preservação permanente. veículos ou à mobilidade urbana, mesmo que tais transtornos sejam causa-
dos por terceiros, de forma reiterada ou na hipótese de descumprimento de
§ 1º Se o proprietário, profissional ou firma responsável se recusar a execu- ordem do agente competente; (Redação acrescida pela Lei nº 2780/2010)
tar a demolição, a Procuradoria Geral do Município, por solicitação do Secre-
tário Municipal de Fazenda e determinação expressa do Prefeito, solicitará a XI - quando, em decorrência da operação de estacionamentos privados,
tutela jurisdicional, nos termos da Lei Processual Civil, requerendo as medi- ocorram reiteradamente filas de espera, prejudicando o Sistema Viário local,
das cautelares necessárias. a circulação de veículos ou a mobilidade urbana.(Redação acrescida pela
Lei nº 2780/2010)
§ 2º As demolições referidas nos incisos I, diante de ameaça de iminente
desmoronamento, e no inciso III poderão ser executadas pela Administração Art. 462. Lavrado o auto de embargo, em 4 (quatro) vias, a primeira via será
Municipal, ouvida previamente a Procuradoria Geral do Município e a Secre- afixada no local do embargo; a segunda será remetida à Secretaria Munici-
taria de Urbanismo e Controle Urbano. pal de Fazenda, para ciência; a terceira ficará na Fiscalização de Posturas
após o visto da chefia; e a quarta permanecerá com o fiscal embargante,
§ 3º Quando a demolição for executada pela Administração Municipal, o procedendo-se à intimação e a publicação de Edital.
proprietário, profissional ou a firma responsável terá de pagar os custos dos
serviços, na forma da legislação em vigor. Art. 463. Quando ocorrer desrespeito à ordem de embargo ou interdição, o
infrator estará sujeito à medida prevista no inciso III do art. 446, podendo a
§ 4º Os valores devidos em função do disposto no parágrafo anterior, se não Administração Municipal erigir muro ou barreira de alvenaria ou concreto na
forem pagos no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data do térmi- entrada do estabelecimento, para o seu efetivo cumprimento, além de requi-
no da demolição, serão inscritos em dívida ativa. sitar reforço policial.

§ 5º É obrigatória à consulta prévia a Secretaria Municipal de Meio Ambiente Parágrafo Único - Se o responsável se recusar a cumprir a determinação
e Recursos Hídricos e a Companhia de Limpeza Urbana - CLIN, a fim de legal, a Procuradoria Geral do Município, por solicitação do Secretário
possibilitar a minimização dos impactos ambientais decorrentes da demoli- Municipal de Fazenda e determinação expressa do Prefeito, solicitará a
ção, bem como, adequada destinação final dos resíduos, na forma da legis- tutela jurisdicional, nos termos da Lei Processual Civil e ou Penal, requeren-
lação ambiental vigente. do as medidas cautelares necessárias, após a busca e apreensão realizada.

Art. 464. A suspensão do embargo somente poderá ser autorizada mediante


CAPÍTULO VI requerimento do interessado ao Secretário Municipal de Fazenda depois de
DO EMBARGO sanada a causa que o motivou.

Parágrafo Único - Se a atividade embargada não for legalizável, só poderá


Art. 460. O embargo administrativo consiste no impedimento da prática de se verificar o levantamento do embargo depois de sanadas às determina-
ato contrário ao interesse público, proibido por lei ou regulamento, sem ções solicitadas pela fiscalização.
prejuízo da aplicação de penalidade estabelecida neste Código.

Art. 461. O embargo poderá ocorrer nos seguintes casos: TÍTULO XV


DA FISCALIZAÇÃO
I - quando o estabelecimento estiver funcionando:
CAPÍTULO I
a) com atividade diferente daquela para a qual foi concedido o Alvará; DA DENÚNCIA
b) sem os Alvarás exigidos por este Código devidamente atualizados.

II - como medida de segurança da população ou do próprio pessoal empre- Art. 465. Qualquer pessoa poderá comunicar à Administração Municipal a
gado nos serviços do estabelecimento; existência de ato ou fato que constitua infração às normas de Poder de
Polícia, preservando-se a integridade física e moral do denunciante.
III - para preservação da higiene pública;
Art. 466. A comunicação da infração deverá ser apresentada constando a
IV - para evitar a poluição do meio ambiente; indicação do ato ou fato que constitua infração, nome e domicílio do infrator
ou denominação do estabelecimento, e sempre que possível documentos
V - para suspender a execução de qualquer ato ou fato, desde que contrário comprobatórios dos fatos indicados da infração.
ou prejudicial ao interesse coletivo;
Art. 467. Apurada a procedência da infração, serão adotadas as medidas
VI - quando se verificar falta de obediência a limites, restrições ou condições legais e administrativas cabíveis.
determinadas no Alvará para exploração de jazidas minerais ou funciona-
mento de equipamento mecânico e de divertimentos;
CAPÍTULO II
VII - quando não for atendida a intimação da Administração Municipal refe- DA NOTIFICAÇÃO
rente ao cumprimento de dispositivos deste Código;

VIII - nas hipóteses relativas ao exercício de atividades informais em logra- Art. 468. Notificação é o ato pelo qual se dá notícia ou ciência, ao interessa-
douro público, quando caracterizado o descumprimento de normas legais do, de algum ato ou fato administrativo de seu interesse ou de que deva ter
específicas; conhecimento, lavrado na sede da repartição competente ou no local do
interessado, independente de testemunhas, pelo servidor responsável.
IX - quando, sem prévia e específica autorização da Administração Pública,
em decorrência de seu funcionamento excepcional, na forma da regulamen- Art. 469. A notificação obedecerá ao modelo aprovado pela Secretaria
tação própria, ocorrerem transtornos ao Sistema Viário local, à circulação de Municipal de Fazenda, será lavrada em 4 (quatro) vias, de forma clara,
veículos ou à mobilidade urbana, mesmo que tais transtornos sejam causa- sintética e legível, não podendo conter entrelinhas, emendas, rasuras ou
dos por terceiros; (Redação acrescida pela Lei nº 2780/2010) borrões, e será assinada pelo notificante.

Legislação municipal 151 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 470. O notificante é obrigado, sempre, a por, sob sua assinatura, carim- o dispositivo legal violado e, quando for o caso, referência da intimação;
bo contendo seu nome, cargo e matrícula.
IV - o valor da multa a ser paga pelo infrator;
Art. 471. A notificação será lavrada, quando pertinente, no estabelecimento
ou no local onde se verificar a fiscalização. V - o prazo de que dispõe o infrator para efetuar o pagamento da multa ou
apresentar sua defesa e suas provas;
Art. 472. Aplicam-se à notificação as disposições prescritas para a intima-
ção. VI - nome, matrícula e assinatura do agente fiscal que lavrou o auto de
infração.
Art. 473. A notificação poderá ser enviada por via postal com aviso de
recebimento, nos casos em que o fiscal julgar necessário ou quando as § 1º As omissões ou incorreções do Auto de Infração não acarretarão sua
circunstâncias para a sua lavratura não forem adequadas. nulidade quando dele constarem elementos suficientes para a determinação
do infrator e da infração.

CAPÍTULO III § 2º A assinatura do infrator não constitui formalidade essencial à validade


DA INTIMAÇÃO do Auto de Infração, sua aposição não implicará confissão e nem tampouco
sua recusa agravará a pena.

Art. 474. Intimação é o documento fiscal lavrado com objetivo de impor ao § 3º Se o infrator, ou quem o represente, não puder ou não quiser assinar o
intimado obrigação de fazer, não fazer ou desfazer, lavrado na sede da Auto de Infração far-se-á menção de tal circunstância em ato publicado no
repartição competente ou no local do intimado, independente de testemu- Diário Oficial do Município.
nhas, pelo servidor responsável.
Art. 479. O Auto de Infração poderá ser lavrado cumulativamente com o de
§ 1º O intimado será identificado através dos seguintes documentos em apreensão de bens ou outras sanções aplicáveis.
ordem de preferência:
Art. 480. O Auto de Infração poderá ser retificado, em seu verso, mesmo
I - inscrição do imóvel, no caso de obrigação em função da propriedade do após a sua impugnação para suprir omissões, irregularidades ou mudança
imóvel; de sujeito passivo, dando-se ciência ao autuado para que se manifeste no
prazo da Lei, devolvendo-se a ele, novo prazo para impugnação, através de
II - inscrição do CNPJ ou CPF, conforme o caso; notificação específica.

III - inscrição estadual; Art. 481. O fiscal autuante assume inteira responsabilidade pelos autos que
emite, sendo passível de punição por falta grave, em caso de omissão de
IV - inscrição de documento de identidade. informações imprescindíveis, erros ou excessos.

§ 2º Da intimação constarão os dispositivos deste Código infringidos e os § 1º O Auto de Infração não poderá ser lavrado em consequência de requi-
prazos dentro dos quais deverão ser cumpridas as exigências. sição ou despacho, sendo sua lavratura precedida de constatação, salvo nos
casos em que haja comprovação técnica oficial da infração por órgão muni-
§ 3º Em geral, os prazos para o cumprimento de disposições deste Código cipal.
não deverão ser superiores a 30 (trinta) dias corridos.
§ 2º O Auto de Infração poderá ser enviado por via postal com aviso de
§ 4º Decorrido o prazo fixado e no caso de não cumprimento da intimação, recebimento, nos casos em que o fiscal autuante julgar necessário ou quan-
será aplicada a penalidade cabível. do as circunstâncias para a sua lavratura não forem adequadas.

§ 5º Mediante requerimento, poderá ser dilatado o prazo para cumprimento Art. 482. Não caberá intimação, devendo o infrator ser imediatamente
da intimação, uma única vez em período igual ao anteriormente fixado. autuado:

Art. 475. A intimação poderá ser enviada por via postal com aviso de rece- I - quando for pego em flagrante;
bimento, nos casos em que o fiscal julgar necessário ou quando as circuns-
tâncias para a sua lavratura não forem adequadas. II - nas infrações deste Código que possam ensejar risco à segurança, à
higiene pública, ao meio ambiente e à saúde pública;

CAPÍTULO IV III - quando a prática da infração não for passível de regularização ou for
DO AUTO DE INFRAÇÃO expressamente proibida;

IV - quando o infrator for reincidente;


Art. 476. Auto de Infração é o documento fiscal que objetiva configurar e
registrar as violações às normas legais, identificar o infrator e aplicar as V - quando houver desacato ou agressão ao agente fiscal;
penalidades pecuniárias.
VI - quando houver obstrução à ação fiscal.
Art. 477. O Auto de Infração será lavrado na sede da repartição competente
ou no local em que for verificada a infração, pelo servidor que a houver
constatado, independente de testemunhas, com precisão e clareza e sem CAPÍTULO V
rasuras. DA VISTORIA FISCAL ADMINISTRATIVA

Art. 478. Do Auto de Infração deverão constar:


Art. 483. As vistorias fiscais administrativas, que se fizerem necessárias
I - dia, mês e ano, hora e local de sua lavratura; para o cumprimento de dispositivos deste Código ou a legislação urbanísti-
ca, serão realizadas por intermédio de Comissão Especial designada para
II - o nome do infrator ou denominação que o identifique; esse fim, após esgotados todos os meios ordinários de fiscalização.

III - o fato que constitui a infração e as circunstâncias pertinentes, bem como Art. 484. A Comissão de Vistoria Administrativa deverá comparecer ao local

Legislação municipal 152 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
da infração e descrever minuciosamente a irregularidade, instruindo, se
possível, com fotos, plantas, mapas, estudo topográfico, ou outros elemen- § 1º A intimação considerar-se-á feita:
tos úteis ao objetivo da vistoria.
I - na data da ciência do intimado, se pessoalmente;
Parágrafo Único - Não será necessária a vistoria administrativa caso já
exista laudo conclusivo da Defesa Civil determinando a demolição de obra II - na data aposta no aviso de recebimento pelo destinatário ou por quem,
com risco iminente de desmoronamento ou ruína. em seu nome, receber a intimação, se por via postal ou telegráfica;

Art. 485. Constarão do laudo de vistoria administrativa a localização, a III - na data da publicação do Edital.
descrição do local com a respectiva planta de Loteamento de Zoneamento
Urbano, os fatos circunstanciados e os fundamentos da infração. § 2º Omitida a data do aviso de recebimento a que se refere o inciso II do
parágrafo anterior, considerar-se-á feita à intimação:
Parágrafo Único - Após a realização da vistoria administrativa, o laudo será
submetido à apreciação superior para decisão definitiva. I - 10 (dez) dias após sua entrega na agência postal;

Art. 486. A vistoria deverá ser realizada, preferencialmente, na presença do II - na data constante do carimbo da agência postal que proceder a devolu-
proprietário ou de seu representante legal, e far-se-á em dia e hora previa- ção do aviso de recebimento, assinado pelo infrator ou por quem recebeu
mente marcados, salvo nos casos julgados de risco iminente. em seu nome a intimação.

§ 1º Se o local a ser vistoriado for encontrado fechado, no dia e hora marca- Art. 493. A intimação conterá obrigatoriamente:
dos para a vistoria, far-se-á sua interdição.
I - a qualificação do intimado;
§ 2º No caso de existir suspeita de iminente desmoronamento ou ruína, a
comissão especial do órgão competente da Administração Municipal deverá II - a finalidade da intimação;
efetuar imediata vistoria, mesmo que seja necessário realizar o arromba-
mento do imóvel, ouvido previamente o órgão jurídico da municipalidade. III - dispositivo legal em que se fundamenta;

Art. 487. Lavrado o laudo de vistoria e proferida a decisão superior, o órgão IV - o prazo e o local para seu atendimento;
competente da Administração Municipal deverá fazer, com urgência, a
necessária intimação do interessado, a fim de tomar imediato conhecimento V - a assinatura do funcionário, a indicação do seu cargo ou função e o
do laudo e para cumprimento da decisão no prazo de 10 (dez) dias. número de matrícula.

Parágrafo Único - Não sendo cumpridas as determinações do laudo de Art. 494. A intimação poderá ser processada eletronicamente, caso em que
vistoria, no prazo fixado, a Administração Municipal executará os serviços e será dispensada a assinatura do funcionário competente.
obras necessárias, que serão posteriormente cobrados ao respectivo propri-
etário ou responsável.
CAPÍTULO II
Art. 488. Dentro do prazo fixado na intimação resultante do laudo de vistoria, DOS PRAZOS
o interessado poderá apresentar recurso à autoridade competente, por meio
de requerimento.
Art. 495. Os prazos são contínuos e peremptórios, excluindo-se, em sua
Art. 489. Quando, após a vistoria, ficar apurada a prática de infração da qual contagem, o dia do início e incluindo-se o do vencimento.
resulte risco à população, além da aplicação da penalidade a que o respon-
sável estiver sujeito, será assinalado prazo para cumprimento da obrigação Art. 496. Os prazos somente se iniciam ou se vencem em dia de expediente
de fazer, não fazer ou desfazer, no sentido de eliminar o risco. normal da repartição em que tramita o processo em que deva ser praticado
o ato.
Art. 490. Os infratores das disposições previstas neste Capítulo estão
sujeitos à multa no Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº2.597/08. Art. 497. Os prazos terminados em sábado, domingo ou feriado serão,
sempre, prorrogados para o dia útil imediato.

TÍTULO XVI Art. 498. O prazo para prática de ato de responsabilidade do interessado
DO PROCESSO FISCAL será de 10 (dez) dias, salvo determinação legal ou regulamentar em contrá-
rio.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 499. Os prazos, a critério da autoridade competente, poderão ser pror-
rogados, por uma única vez, por prazo nunca superior ao anteriormente
concedido, mediante requerimento fundamentado, entregue no órgão com-
Art. 491. Verificada violação de qualquer dispositivo de lei ou regulamento petente, antes do vencimento do prazo original.
do Poder de Polícia Municipal, o processo terá início por:
Art. 500. Nos casos de interesse público poderá ser exigido cumprimento
I - intimação; ou imediato das obrigações previstas neste Código e nas demais legislações
pertinentes.
II - auto de infração.

Art. 492. O infrator será intimado: CAPÍTULO III


DA DEFESA
I - pessoalmente, provada com a sua assinatura, ou de seu mandatário ou
preposto; ou
Art. 501. O autuado apresentará defesa, no prazo de 10 (dez) dias, a contar
II - por via postal ou telegráfica, com prova de recepção; ou da data da intimação ou 30 (trinta) dias, a contar da data do auto de infra-
ção, por petição, no protocolo do órgão por onde foi iniciado o processo
III - por Edital, publicado uma vez no Diário Oficial do Município. fiscal, mediante comprovante de entrega.

Legislação municipal 153 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Art. 502. A petição de defesa deverá conter os seguintes requisitos: Art. 507. O autuado será notificado da decisão:

I - quando pessoa física: I - pessoalmente, mediante entrega de cópia da decisão proferida e contra
recibo; ou
a) nome completo do requerente;
b) cópia do documento de identidade e CPF; II - por carta, acompanhada de cópia da decisão e com Aviso de Recebi-
c) cópia do comprovante de residência; mento; ou
d) procuração, se for o caso;
e) a contestação e seus fundamentos legais; III - por Edital publicado no Diário Oficial do Município; ou
f) quaisquer outros documentos que achar conveniente;
g) cópia da intimação ou auto de infração impugnado. IV - pelo correio eletrônico (e-mail), com confirmação de recebimento.

II - quando for pessoa jurídica: Art. 508. O autuado deverá indicar em sua impugnação correio eletrônico (e-
mail), sendo de sua exclusiva responsabilidade a manutenção/atualização
a) nome completo da empresa; do mesmo.
b) cópia do estatuto social ou contrato social atualizado;
c) cópia do cartão do CNPJ; Art. 509. O prazo de pagamento da penalidade pecuniária é de 30 (trinta)
d) cópia do Alvará de Licença/Autorização ou cartão de inscrição municipal; dias, a contar da ciência da decisão final, após o valor será inscrito em
e) nome do sócio ou representante legal; dívida ativa.
f) cópia do documento de identidade e CPF do sócio ou representante legal;
g) procuração, se for o caso;
h) a contestação e seus fundamentos legais; CAPÍTULO IV
i) quaisquer outros documentos que achar conveniente; DAS NULIDADES
j) cópia da intimação ou auto de infração impugnado.

§ 1º Na defesa, o autuado alegará de uma só vez a matéria que entender Art. 510. São nulos:
útil, indicando ou requerendo as provas que pretende produzir, juntando,
desde logo, as que possuir. I - os atos e termos lavrados por pessoa incompetente;

§ 2º A petição será indeferida, de plano, quando manifestamente inepta ou II - as intimações que não contiverem os elementos essenciais ao cumpri-
quando a parte for ilegítima, sendo, contudo, vedado, a qualquer servidor, mento de suas finalidades;
recusar seu recebimento.
III - os despachos e decisões preferidos por autoridade incompetente ou
§ 3º É proibido reunir, na mesma petição, defesa ou recurso relativo a mais com cerceamento do direito de defesa;
de um infrator ou autuação, lançamento ou decisão.
IV - o Auto de Infração que não contenha elementos suficientes para deter-
Art. 503. O recurso interposto não terá efeito suspensivo. minar, com segurança, a infração ou o infrator.

§ 1º Decorrido o prazo sem que tenha apresentado defesa, o autuado será Art. 511. A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele
considerado revel. diretamente dependam, ou seja, consequências.

§ 2º Dentro do prazo para defesa ou recurso, será facultado ao autuado ou Art. 512. Ao declarar nulidade, a autoridade julgadora indicará os atos
seu mandatário vistas ao processo, no recinto da repartição. atingidos, ordenando as providências necessárias ao prosseguimento do
processo.
§ 3º Os documentos que instruírem o processo poderão ser restituídos, em
qualquer fase, a requerimento do infrator, desde que a medida não prejudi- Art. 513. As incorreções, as omissões e as inexatidões materiais não impor-
que a instrução e deles fique cópia autenticada no processo. tarão nulidade e poderão ser sanadas através da retificação na forma previs-
ta no artigo 480.
Art. 504. Apresentada a defesa, o autuante terá prazo de 10 (dez) dias, a
contar do recebimento do processo, para se pronunciar, quando necessário. Parágrafo Único - A falta de intimação estará sanada desde que o infrator
compareça para praticar o ato ou alegar omissão, considerando-se a intima-
§ 1º O prazo fixado neste artigo poderá ser prorrogado, por igual período, a ção realizada a partir deste momento.
critério do responsável pelo órgão específico por onde correr o processo.

§ 2º No caso de impedimento legal do autuante ou ausência do pronuncia- CAPÍTULO V


mento referido neste artigo, no prazo estabelecido, o processo fiscal será DOS RECURSOS
distribuído a outro fiscal que se pronunciará sobre a defesa, contando-se o
novo prazo. SEÇÃO I
DO RECURSO VOLUNTÁRIO
Art. 505. Contestada a defesa, a autoridade julgadora terá prazo de 10 (dez)
dias, a contar do recebimento do processo, para exarar despacho decisório.
Art. 514. Da decisão de primeira instância cabe recurso voluntário, dentro do
§ 1º Não se considerando, ainda, habilitado a decidir, a autoridade julgadora prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da ciência da decisão.
poderá converter o processo em diligência, determinando a produção de
novas provas, ou submetê-lo a parecer. § 1º A autoridade julgadora, por decisão fundamentada, poderá dar efeito
suspensivo ao recurso.
§ 2º Para cumprimento da diligência ou emissão de parecer será fixado
prazo não superior a 30 (trinta) dias. § 2º O recurso será interposto perante a autoridade prolatora da decisão.

Art. 506. A decisão será proferida por escrito, com simplicidade e clareza, § 3º É vedado reunir em uma só petição recursos referentes a mais de uma
concluindo pela procedência ou improcedência da impugnação. decisão, salvo quando proferidas em um mesmo processo fiscal.

Legislação municipal 154 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

§ 4º Julgado improcedente o recurso, será intimado o recorrente para, no Art. 523. Toda pessoa física ou jurídica é obrigada, quando solicitada, a
prazo de 10 (dez) dias a contar do recebimento da intimação, dar cumpri- prestar, à autoridade administrativa, as informações relativas a qualquer ato
mento à decisão. ou fato que tenha conhecimento desde que sejam indispensáveis ao Exercí-
cio do Poder de Polícia.
Art. 515. Das decisões do Conselho de Contribuintes caberá recurso volun-
tário para o Prefeito, através do Secretário Municipal de Fazenda, somente Art. 524. A autoridade fiscalizadora poderá requisitar o auxílio das Polícias
quando houver decisão manifestamente contrária a Lei ou quando houver Federal e Estadual, bem como da Guarda Municipal, no caso de cerceamen-
impedimento ou suspeição dos Membros do Conselho e do representante da to do exercício de suas funções ou quando necessária à efetivação de
Fazenda. medidas previstas neste Código.

Art. 525. À fiscalização cabe orientar a população em geral e as empresas


SEÇÃO II quanto à obediência das leis e regulamentos do Poder de Polícia Municipal.
DO RECURSO DE OFÍCIO
Art. 526. Os infratores das disposições previstas neste Título estão sujeitos
à multa no Valor de Referência M3 do Anexo I da Lei nº 2.597/08.
Art. 516. A autoridade de primeira instância recorrerá, obrigatoriamente, de
ofício, sem efeito suspensivo, ao Conselho de Contribuintes, sempre que
julgar procedente a impugnação do Auto de Infração. TÍTULO XVIII
DAS COMPETÊNCIAS
§ 1º O recurso de Ofício será interposto mediante simples declaração no
próprio despacho decisório;
Art. 527. O Município exercerá seu Poder de Polícia dentro de seu território,
§ 2º A decisão sujeita a recurso de ofício não se torna definitiva na instância através de ações promovidas por seus órgãos, bem como por entidades
administrativa enquanto o mesmo não for julgado. encarregadas especialmente para isto, de acordo com a competência des-
tes.

CAPÍTULO VI § 1º A determinação da competência mencionada no caput obedecerá aos


DOS EFEITOS DA DECISÃO seguintes critérios:

I - além das atribuições previstas nesta Lei, caberá exclusivamente à Fiscali-


Art. 517. As decisões definitivas serão cumpridas: zação de Posturas as ações de controle do uso do solo urbano através da
concessão de Alvarás de Licença ou Autorização para estabelecimento; a
I - pelo infrator autuado para, no prazo de 30 (trinta) dias, pagar a multa; inserção dos dados cadastrais dos contribuintes no cadastro da Secretaria
Municipal de Fazenda de todas as atividades econômicas e outras, explora-
II - pela intimação ao autuado para vir receber importância recolhida indevi- das por pessoas físicas ou jurídicas; a fiscalização dos meios de publicidade
damente como multa, quando for o caso; e do uso de áreas públicas;

III - pela suspensão da interdição; II - caberá ao Órgão de Vigilância Sanitária as ações de controle de higiene
pública nas habitações e estabelecimentos comerciais e de saúde;
IV - pela liberação dos bens apreendidos;
III - caberá à Guarda Municipal as ações de promoção da segurança nos
V - pela inscrição na dívida ativa do Município; Logradouros Públicos, bens de uso comum do povo, e nos imóveis públicos
em geral, garantindo a proteção ao bem-estar individual e coletivo nestes
VI - em processo do qual resulte a aplicação de outra penalidade, ainda que locais, apoio as operações de controle animal, além do controle de todas as
cumulativa, no prazo estabelecido pela autoridade julgadora. atividades de comércio ambulante, inclusive com a apreensão de quaisquer
equipamentos, veículos, materiais e mercadorias utilizadas para esta finali-
Art. 518. Quando o processo for encaminhado para inscrição do débito em dade;
dívida ativa, aplicar-se-ão, no que couber, as formalidades previstas no
Código Tributário do Município. IV - caberá ao Órgão de Trânsito do Município o controle das ações referen-
tes ao trânsito público.

CAPÍTULO VII § 2º Para efeito do disposto no inciso III do parágrafo anterior, equipara-se a
DAS AUTORIDADES PROCESSUAIS comércio ambulante toda atividade realizada em trailers e outros equipa-
mentos cujo uso seja vedado para o exercício de atividades econômicas em
área pública.
Art. 519. Em primeira instância é competente para decidir o processo à
autoridade competente a que estiver subordinado o fiscal autuante.
TÍTULO XIX
Art. 520. Em segunda instância é competente para julgar o processo o DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Conselho de Contribuintes, definido em Lei específica.

Art. 521. Em terceira instância, o contribuinte poderá recorrer da decisão Art. 528. No interesse do bem-estar público, compete a qualquer munícipe
para o Prefeito, através do Secretário Municipal de Fazenda. colaborar na fiscalização ao fiel cumprimento dos dispositivos deste Código.

Art. 529. A Secretaria Municipal de Fazenda deverá manter cadastro atuali-


TÍTULO XVII zado de todas as categorias dos contribuintes sujeitos à fiscalização deste
DO PODER DE POLÍCIA Código.

Art. 530. Os procedimentos administrativos em que figure como parte pes-


Art. 522. A fiscalização será exercida sobre todas as pessoas físicas ou soa física com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos terão prioridade
jurídicas que violem as normas deste Código e legislação complementar. na tramitação de todos os atos e diligências em qualquer instância, desde

Legislação municipal 155 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
que o interessado requeira o benefício em sua primeira manifestação pro- Guarda Municipal terão mais ferramentas para levar o respeito e fazer valer
cessual. os direitos dos cidadãos e do meio ambiente.
Diversas normas tratam do uso regular e da quantidade de ruídos e sons
Art. 531. Os Shopping Centers com mais de 30 (trinta) lojas, as estações e para a convivência saudável do ambiente, sendo eles ( Código de Trânsito
terminais rodoviários e marítimos, os supermercados, os magazines e as Brasileiro), Constituição Federal (art. 225) até leis Municipais nos seus
lojas de departamento com área comercial igual ou superior a 500,00m² códigos de posturas.
(quinhentos metros quadrados) devem disponibilizar, no mínimo, 2 (duas) Assim, este breve texto tecerá alguns comentários dentro da legislação
cadeiras de rodas para uso de pessoas com deficiência ou por pessoas relacionada com o uso de instrumentos ou aparelhos que produzam a
circunstancialmente necessitadas deste equipamento. emissão irregular de ruídos ou sons, transbordando desde a infração admi-
nistrativa de trânsito, passando pela contravenção penal e chegando ao
Art. 532. Os estabelecimentos elencados no artigo anterior deverão, ainda, crime de poluição sonora.
manter a disposição dos frequentadores, banheiro familiar, dotado inclusive
de fraldário, separado dos banheiros feminino e masculino, para que os pais O direto ao sossego é correlato ao direito de vizinhança e está ligado
possam conduzir os seus filhos. também à garantia de um meio ambiente sadio, pois envolve a poluição
sonora. A legislação brasileira é bastante clara em estipular esse direito
Art. 533. Os condomínios possuidores de elevadores que contenham os que envolve uma série de transtornos já avaliados e julgados pelo Poder
dispositivos mencionados nos artigos 52 e 53 que estiverem em altura Judiciário.
superior ao disposto nesta Lei, terão o prazo máximo de 180 (cento e oiten- A audição é nosso sentido mais valioso. Ela carrega para dentro de nós
ta) dias, contados a partir da data da publicação deste Código, para a devida tudo o que está acontecendo ao nosso redor, mesmo que esteja fora de
regularização. nosso campo visual. Não ponha em risco este órgão tão precioso e delica-
do!
Art. 534. As concessionárias de serviços públicos terão o prazo de 120
(cento e vinte) dias para cumprir a determinação contida no artigo 106,
contados da data da publicação desta Lei. O Judiciário já considerou que viola o direito ao sossego: a) o barulho
produzido por manifestações religiosas, no interior de templo, causando
Art. 535. As concessionárias de serviços públicos terão o prazo de 60 perturbações aos moradores de prédios vizinhos; b) os ruídos excessivos
(sessenta) dias, após a publicação deste Código, para a retirada dos pontos oriundos de utilização de quadra de esportes; c) a utilização de heliporto
irregulares porventura instalados nos logradouros públicos. em zona residencial; d) o movimento de caminhões que faziam carga e
descarga de cimento, no exercício de atividade comercial em zona residen-
Art. 536. Os dispositivos deste Código aplicam-se no sentido estrito, excluí- cial; e) os ruídos excessivos feito por estabelecimento comercial instalado
das as analogias e interpretações extensivas. em condomínio residencial; f) os latidos incessantes de cães; g) a produção
de som por bandas que tocam ao vivo em bares, restaurantes, boates e
Art. 537. Competirá a Fiscalização de Posturas as ações do controle de lixo discotecas; o mesmo vale para som produzidos eletronicamente etc.
e poluição sonora, na forma das Leis Municipais números 2.602de O abuso sonoro reconhecido nas ações judiciais, independe do fato de ter
14/10/2008 e 1.212 de 21/09/1993, até a efetiva implantação dos quadros da sido autorizado pela autoridade competente. Em caso em que se conside-
fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. rou excessivo o, havia aprovação da planta pela Prefeitura e seus órgãos
técnicos; num outro em que se constatou que a quadra de esportes produ-
Art. 538. As atuais permissões e autorizações concedidas para o uso do zia excessivo barulho, a Prefeitura também tinha aprovado sua construção.
solo urbano por bancas de jornal e revistas, chaveiros e quiosques, perma- Shows produzidos em estádios de futebol e que violam o direito ao sossego
necerão válidas, dentro dos limites da Lei, até a realização dos processos dos vizinhos são, como regra, autorizados pela Prefeitura local. Alguns
licitatórios previstos neste Código. shows, inclusive, varam a noite e a madrugada, numa incrível violação
escancarada.
Art. 539. Os infratores das disposições previstas neste Título estão sujeitos . A Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei nº 3.688/1941) no seu artigo
à multa no Valor de Referência M10 do Anexo I da Lei nº2.597/08. 42, estabelece pena de prisão para aquele que “perturbar o trabalho ou o
sossego alheios: com gritaria ou algazarra; exercendo profissão incômoda
Art. 540. O Poder Executivo expedirá os decretos, portarias circulares, ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais; abusando de instru-
ordens de serviços e outros atos administrativos que se fizerem necessários mentos sonoros ou sinais acústicos; provocando ou não procurando impe-
à fiel observância das disposições deste Código. dir barulho produzido por animal de que tem a guarda”.
Muitas vezes, o latido de cães mantidos em casa pode caracterizar outro
Art. 541. Este Código entra em vigor na data de sua publicação, revogadas delito, previsto já no art. 3º do antigo Decreto-Lei 24.645/1934 que dispõe
as disposições em contrário, especialmente as que “Consideram-se maus tratos: I - Praticar ato de abuso ou crueldade em
Leis: 140/78;240/80; 506/84; 511/84; 512/84; 519/84; 579/85; 842/90; 1.000/ qualquer animal;II - Manter animais em lugares anti-higiênicos ou que lhes
91; 1.032/91; 1.255/93; 1.380/95; 1.415/95; 1.687/98; 1.699/98; 1.700/98;1.7 impeçam a respiração, o movimento ou o descanso, ou os privem de ar ou
48/99; 1.806/00; 2.002/02; 2.212/05; 2.229/05; 2.278/05; 2.312/06; 2.380/06; luz”. Essa antiga norma foi, posteriormente, incorporada na nossa legisla-
2.500/07; 2.524/07; 2.525/07; 2.530/08; 2.580/08; 2.614/08 e os Decre- ção ambiental, que é, sem dúvida, uma das mais modernas do mundo.
tos 3.269/79; 3.537/81; 3.548/81; 4.156/84; 4.867/86; 5.055/87; 5.089/87; 7.1 A lei de Crimes Ambientais (Lei 9605/98) estebelece, no seu art. 32, prisão
98/95; 7.280/95; 7.562/97; 7.563/97; 7.571/97; 7.621/97;8.074/99; 8.122/99; para quem “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais
8.123/99; 8.124/99; 9.179/03 e 9.813/06. silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”
É essa mesma lei ambiental que pune severamente com pena de prisão o
PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI, 29 DE DEZEMBRO DE 2008. crime de poluição sonora. Seu art. 54 diz:
“Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou
GODOFREDO PINTO possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortan-
PREFEITO dade de animais ou a destruição significativa da flora”

E o novo Código Civil Brasileiro, que entrou em vigor em janeiro de 2003,


Perturbação do Sossego e Guardas Municipais garante o direito ao sossego no seu art. 1277 ao dispor: “O proprietário ou o
GCM Carlinhos Silva possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências
prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provo-
cadas pela utilização de propriedade vizinha”.
Cabe aos aplicadores da lei tanto no ambito Federal, Estadual e Municipal Nesse ponto, para a caracterização do delito penal de perturbação do
fazer cumprir a legislação. Os municípios onde não possuem legislação sossego, a lei não exige demonstração do dano à saúde. Basta o mero
especificas sobre o tema deverão edita-las, onde os fiscais de postura e a transtorno, vale dizer, a mera modificação do direito ao sossego, ao des-

Legislação municipal 156 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
canso e ao silêncio de que todas as pessoas gozam, para a caracterização Muita gente não consegue ficar em paz com o barulho nas ruas. Carros,
do delito. Apenas no crime de poluição sonora é que se deve buscar aferir serestas, bares, carros de propaganda e até buzinas são os maiores vilões
o excesso de ruído. Na caracterização do sossego basta a perturbação em que intranqüilizam o sossego alheio. Ao serem solicitados, muitos Agentes
si. se sentem inseguros para coibir a prática por não haver na lei a conduta
prevista como crime.
Evidente que os danos causados são, primeiramente, de ordem moral, pois
atingem a saúde e a tranqüilidade das pessoas, podendo gerar danos de O que fazer se a Lei do Silêncio prevê 70 decibéis e o agente não tem o
ordem psíquica. Além disso, pode também gerar danos materiais, como aparelho aferidor?
acontece quando a vítima, não conseguindo produzir seu trabalho em Em princípio, a Lei do Silêncio que muita gente comenta é norma muni-
função da perturbação, sofre perdas financeiras. cipal e tem cidades em que ainda não se editou nenhuma lei especifica.
Se você está sofrendo esse tipo de dano, saiba que pode se defender,
fazendo uma reclamação na Delegacia de Polícia, indicando o nome e Em tela vejamos o que nos diz o Decreto-Lei 3688/41, Lei das Contraven-
endereço do infrator ou pode, também, propor ação judicial para impedir a ções Penais — LCP:
produção do barulho, para o que deverá procurar um advogado de confian- Perturbação do trabalho ou do sossego alheios
ça. Nessa ação pode ser requerido que o barulho cesse, sob pena de Art. 42 - Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios:
fixação de multa e pode ser pedida também a fixação de indenização pelos I - com gritaria ou algazarra;
danos morais já causados até aquele momento II - exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as pres-
crições legais;
Tentando identificar um conceito para poluição sonora, José de Sena III - abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
Pereira Jr., entende como sendo "a emissão de sons e ruídos em níveis IV - provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal
que causam incômodos às pessoas e animais e que prejudica, assim, a de que tem guarda:
saúde e as atividades humanas, enquadra-se perfeitamente no conceito de Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa.
poluição legalmente aceito no Brasil, o qual é, também, de consenso no Como o elemento subjetivo da conduta é o dolo, o infrator precisa ter a
meio técnico." (PEREIRA JR. 2002, p. 04) vontade consciente de perturbar o sossego alheio para que se considere
uma infração penal.
Num aspecto mais singular, no combate à poluição sonora, a proteção E não é isso que normalmente acontece com um motorista, por exemplo,
jurídica do meio ambiente e da saúde humana é regulada pela já citada que aumenta o som de seu carro para beber num bar. Mas ele assume o
Resolução do CONAMA 001, de 08 de março de 1990, que considera um risco, então teve dolo eventual. Ao homem médio, é natural se concluir que
problema os níveis excessivos de ruídos bem como a deterioração da aquele volume de som pode causar incômodo a alguém. Portanto o agente
qualidade de vida causada pela poluição. policial realmente determinará ao dono do veículo que cesse o ruído, infor-
Também referente ao assunto da poluição sonora, a Res. 02/90 do CONA- mando-lhe sobre o incômodo que o som está provocando.
MA, as resoluções citadas utilizam os padrões estabelecidos pela ABNT
(NBR 10.151 e 10.152) Havendo insistência do condutor, há o cometimento da contravenção e
As contravenções penais, o autor do fato que pratique a contravenção de agora do crime de desobediência, Art. 330 do Código Penal, já que a
perturbar o trabalho ou o sossego alheio, na forma do inciso III, pode rece- ordem do servidor foi legal.
ber uma pena de prisão simples de 15 dias a 03 meses ou multa. O proce-
dimento é pelo juizado especial criminal e, em caso bem raro de ocorrer, Na prática, é apenas solicitado ao dono que abaixe ou desligue o som. Não
não aceite eventual composição civil (art. 74 da Lei 9.099/95), não aceite a é a medida esperada pela lei. Cessado o ruído perturbador, não cessam
transação penal (art. 76 da Lei 9.099/95), bem como não tenha sua pena seus efeitos. O Agente policial não deve mensurar a ofensividade do bem,
substituída (art. 44 do Código Penal) ou suspensa (art. 11 da LCP) ou concluindo que se refere a uma infração de menor potencial ofensivo, pois
recebido o livramento condicional (art. 11, fine, da LCP), recebendo a pena já fez isso o legislador, que até o momento não revogou o dispositivo que
privativa de liberdade e não a de multa, começaria a cumprir a pena no ainda vige.
regime semi-aberto ou aberto, sem caracterizar a reincidência em eventual Então a condução à delegacia é a medida que se espera do agente aplica-
crime posterior. dor da lei para que se previna a infração, que se responsabilize o seu autor
e que o bem jurídico tutelado, o sossego alheio, recupere a lesão sofrida.
Entretanto, existindo a configuração do tipo penal do artigo 54, da lei E o solicitante, aquele mesmo que chamou a guarnição, tem o direito de
9.605/98, que no caso de emissão de ruídos ou sons de veículos, a forma exigir o cumprimento da lei.
culposa é a mais comum, mas, dependendo do caso concreto, não impos-
sibilita a conduta dolosa (direta ou indireta), na qual o delito enseja maior Pouco importa se a Prefeitura Municipal concedeu ou não alvará para a
repressão estatal. prática de algum evento ou funcionamento de algum bar ou casa noturna.
A forma culposa deste crime prevê pena de detenção de 06 (seis) meses O âmbito aqui é penal. Cabe aos proprietários de seus bares e de suas
até (01) ano e multa, que ensejaria processamento pelo Juizado Especial casas noturnas impedir a saída do som para a parte externa de seus esta-
Criminal, com a confecção de termo circunstanciado, quando ocorrer o belecimentos. A existência de prova técnica que ateste a quantidade de
flagrante e apreensão dos instrumentos do crime, ou seja, do próprio veícu- decibéis é de grande importância e facilitador da aplicação da lei porém não
lo quando de equipamentos que dependam do veículo para funcionarem ou impede as medidas do aplicador da lei .
dos acessórios que são os instrumentos do delito ambiental (aparelhagem Vejamos a jurisprudência:
de som, alto-falantes), permanecendo à disposição do Juízo criminal até a 34005115 – CONTRAVENÇÃO PENAL – PERTURBAÇÃO DO TRABALHO
decisão final, podendo ocorrer a perda dos equipamentos. OU DO SOSSEGO ALHEIOS – POLUIÇÃO SONORA – PROVA – ALVARÁ
Este aspecto (do confisco dos instrumentos do crime) ventila indagações – O abuso de instrumentos sonoros, capaz de perturbar o trabalho ou o
mais profundas, passando este ensaio à margem deste propósito. Entretan- sossego alheios, tipifica a contravenção do art. 42, III, do Decreto-lei nº
to, cabe expressar que, embora a apreensão dos instrumentos do crime e a 3688/41, sendo irrelevante, para tanto, a ausência de prova técnica para
perda (confisco) sejam institutos jurídicos diversos no nosso ordenamento aferição da quantidade de decibéis, bem como a concessão de alvará de
penal básico, a lei ambiental dá o mesmo tratamento, i.é., não apresenta funcionamento, que se sujeita a cassação ante o exercício irregular da
dualidade dos institutos. atividade licenciada ou se o interesse público assim exigir. (TAMG – Ap
0195398-4 – 1ª C.Crim. – Rel. Juiz Gomes Lima – J. 27.09.1995)
A apreensão, de uma forma geral, está regulamentada pelo artigo 118 do
CPP: 34005370 – CONTRAVENÇÃO PENAL – PERTURBAÇÃO DO TRABALHO
Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreen- OU SOSSEGO ALHEIOS – SERESTA – PROVA PERICIAL – A promoção
didas não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo. de serestas sem a devida proteção acústica, configura a infração prevista
Mas nesta área específica, dos delitos ambientais, a apreensão e o confis- no art. 42 do Decreto-lei nº 3688/41, sendo desnecessária a prova pericial
co dos instrumentos estão regulados nos artigo 25 e 72, IV, da Lei para comprovar a sua materialidade. (TAMG – Ap 0198218-3 – 1ª C.Crim. –
9.605/98, bem como pelo decreto 3.179/99, no seu artigo 2º, § 6º. Rel. Juiz Sérgio Braga – J. 29.08.1995)

Legislação municipal 157 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que produ-
34004991 – CONTRAVENÇÃO PENAL – PERTURBAÇÃO DO TRABALHO za sons e ruído que perturbem o sossego público, em desacordo com
OU SOSSEGO ALHEIOS – CULTO RELIGIOSO – POLUIÇÃO SONORA – normas fixadas pelo CONTRAN:
A liberdade de culto deve ater-se a normas de convivência e regras demo- Infração - média;
cráticas, tipificando a contravenção prevista no art. 42, I, do Decreto-lei nº Penalidade - multa e apreensão do veículo;
3688/41 os rituais que, através de poluição sonora ou do emprego de Medida administrativa - remoção do veículo.
admoestações provocantes dirigidas aos vizinhos, perturbem a tranqüilida- Em vigor desde Novembro/2006, a Resolução 204 do Conselho Nacional
de destes. (TAMG – Ap 0174526-8 – 1ª C.Crim. – Rel. Juiz Sérgio Braga – de Trânsito (Contran), que regulamenta o artigo 228 do Código de Trânsito
J. 14.02.1995) (RJTAMG 58-59/443) Brasileiro de competência do municipio , alerta para o alto volume de som
O bem jurídico Sossego Público não é um bem irrelevante. O silêncio é um em carros no trânsito e estabelece a metodologia que deverá ser adotada
direito do cidadão. O agente é obrigado a coibir essa prática desrespeitosa pelos agentes e autoridades de trânsito na medição.
e promover a paz pública. Segundo a resolução, a utilização de equipamento que produza som só
será permitida, nas vias públicas, quando o nível de pressão sonora não for
Não esqueçamos ainda que a poluição sonora é crime disposto no artigo 54 superior a quantidade de decibéis definidas pelo Contran.
da Lei 9605/98, Lei de Crimes Ambientais: No entanto, de acordo com o Contran, sem a medição do decibelímetro
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem devidamente regulamentado e aferido no prazo de 12 meses pelo imetro, a
ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mor- multa não tem validade.
tandade de animais ou a destruição significativa da flora:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. Escapamento de motos e carros geram irritação.
Se o crime é culposo: Mesmo proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro, motos sem a peça que
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa. reduz o ruído do motor circulam normalmente, principalmente à noite e nos
Não se trata de revogação da contravenção, já que é norma posterior que finais de semana.
trata da mesma matéria. Pois o objeto jurídico tutelado na LCP é o sossego Um estampido provoca um sobressalto, interrompendo o já agitado sono
ou trabalho de alguém sem o caráter difuso, coletivo, como na LCA. nas calorosas noites de verão.
A poluição sonora constitui-se em ruído capaz de produzir incômodo ao É assim que muitas pessoas logo percebem que o estrondo não passa do
bem-estar, ao sossego ou malefícios à saúde humana. barulho de escapamento aberto ou modificado de alguma moto que passou
Estudos mais acurados revelam que um indivíduo submetido diariamente à na rua.
poluição sonora, pode apresentar sérios problemas de saúde como distúr- Retirar o miolo do silencioso, peça que reduz o ruído do motor da moto, ou
bios neurológicos, cardíacos e até mesmo impotência sexual daí a evolu- furar o escapamento, é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
ção dessas discussões em assuntos ambientais. Apesar disso, motocicletas com escapamento modificado percorrem diari-
amente as ruas da cidade perturbando e tirando o sono dos moradores.
O aplicador as lei então deve atuar coercitivamente, promovendo a tranqüi- O barulho dos escapamentos das motos também prejudica atividades
lidade social, a paz coletiva, e atender à ocorrência de perturbação do comuns do dia-a-dia como falar ao telefone, assistir televisão e conversar
sossego, seja o solicitante que for. com pessoas dentro de casa. A adulteração no escapamento é feita apenas
O cidadão tem o direito de viver sem perturbações, e a força do Estado é o por questões estéticas.
Poder de Polícia, sob pena de cometimento do crime de prevaricação ou Apesar do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proibir a circulação de
até mesmo de crime omissivo impróprio, respondendo pelas lesões causa- motocicleta sem miolo do silencioso e com o escapamento furado, não é
das dos ruídos. esta a realidade nas ruas.
Logo, cidadão, se você se sente incomodado em seu sossego, chame um A infração, também enquadrada na Resolução 204 do Contran, é conside-
agente da lei e exija seus direitos. rada grave e punível com multa de R$ 127,69, mais perda de cinco pontos
O solicitante pode se recusar a acompanhar a guarnição para a Delegacia na carteira.
o cidadão que noticia o Estado acerca de uma infração penal não comete Além disso, o código prevê que o veículo deve ser retirado para regulariza-
ato ilícito para lhe gerar uma obrigação, antes exerce seu direito e não ção. Como o conserto não pode ser realizado na hora, a medida é reter o
pode ter sua liberdade mitigada por isso. Acontece sempre, pois os vizinhos documento e liberar a moto para o reparo. Depois de consertada, o proprie-
realmente não gostam de ser identificados para causar um problema inter- tário deve comprovar o reparo e retirar o documento no Departamento
pessoal com o infrator. Nada impede porém, que ele forneça seus dados Estadual de Trânsito (Detran).
para a autoridade via telefone a fim de serem arrolados no procedimento Lei 9605/98, Lei de Crimes Ambientais:Art. 25 da
investigatório. A guarnição não deve obrigá-lo a acompanhá-la, mas precisa CAPÍTULO III
pegar os dados e constar em relatório. DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO
A penalidade para a perturbação do sossego alheio é a prisão por período ADMINISTRATIVA OU DE CRIME
de 15 dias a 3 meses, ou multa e, confirmando a emissão do som em níveis Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instru-
que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana (Decreto mentos, lavrando-se os respectivos autos.
6.514 de 22 de Julho de 2008), é configurada Poluição Sonora e para este § 1º Os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins
crime as multas variam de R$ 5 mil a R$ 50 mil. zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob
a responsabilidade de técnicos habilitados.
DAS INFRAÇÕES NO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. § 2º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avalia-
dos e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com
Pelo conteúdo conceitual, podemos entender ruídos como sendo o "som fins beneficentes.
provocado pela queda de um corpo, som confuso e/ou prolongado, qual- § 3° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos
quer som" e por som como sendo "fenômeno acústico, propagação de ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais.
ondas sonoras produzidas por um corpo que vibra em meio material elásti- § 4º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos,
co, som musical". O nosso legislador, ao editar o Código de Trânsito Brasi- garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem.
leiro, certamente preocupado com o prejuízo ocasionado à segurança viária Art. 72 da Lei 9605/98: As infrações administrativas são punidas com as
e, especialmente, à saúde humana, indicou diversas condutas relacionadas seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º:
com a emissão de ruídos ou sons. I - advertência;
No capítulo das infrações (capítulo XV), os artigos 227, 228 e 229 inicia o II - multa simples;
subgrupo relacionado com a emissão de ruídos e sons: III - multa diária;
Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume ou freqüência IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora,
que não sejam autorizados pelo CONTRAN: Infração - grave; instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza
Penalidade - multa; multa de R$ 127,69, cinco pontos na CNH utilizados na infração;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. Lembrem-se: O som vai ser apreendido de qualquer jeito, no momento da
constatação da infração. (vide artigo 25 acima).

Legislação municipal 158 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Deve-se observar também que é da competência do Juizado Especial As Guardas devem estar integradas com a fiscalização de posturas, meio
Penal, isso, por ser considerado crime de pequeno potencial ofensivo. No ambiente e outros órgãos, devem ser bem treinadas, uniformizadas, hierar-
Juizado o procedimento é mais benéfico e menos severo do que o proce- quizadas e com método de seleção exigente, com capacidade técnica,
dimento normal dos crimes. Lembrem-se que outra vantagem é que no física, conhecimentos jurídicos e com boa redação.
Juizado, o máximo que pode acontecer, é você pagar cestas básicas ou ter O prefeito precisa governar a Cidade, onde se faz necessário a sua própria
que comparecer todo mês perante ao juiz para assinar uma folha de pre- produção de segurança, tomando como exemplo a ocupação desse espaço
sença. de atuação pelas Guardas Municipais.
Assim, nesse link vocês devem consultar também as seguintes Resoluções,
em que pode-se encontrar p. ex: “A cada intervenção da Guarda Municipal uma vidraça a menos é quebrada
- A distância do microfone para averiguação dos decibéis; no município”.
- A necessidade de calibração pelo INMETRO do microfone; Mauricio Maciel, Ex. Cmt da Guarda Municipal de varginha, desenvolvedor
E muitas outras coisas: e criador do site www.gcmbrasil.com promotor de polícia comunitária pela
1 - Poluição Sonora Resolução CONAMA 01/90 de 08.03.90 61 : (SENASP), Instrutor e coordenador do curso de formação de Guardas
http://www.ibamapr.hpg.ig.com.br/0190RC.htm Municipais, Direitos Humanos pelo 24º (BPMMG), Uso progressivo da
2 - Poluição Sonora Resolução CONAMA 02/90 de 08.03.90 : força, Planejamento estratégico em Segurança Pública, Resgate
http://www.ibamapr.hpg.ig.com.br/0290RC.htm 9º(BCBMMG), Capacitação em Educação Para o Trânsito, Utilização de
http://www.ibama.gov.br/ armas menos letais (SENASP), Sistema e Gestão em Segurança Pública,
Na legislação municipal de Varginha a LEI Nº 2.974 temos, no Art. 5º - Planejamento Estratégico, Gestão Pública, Pós Graduado em Segurança
Cabe a Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação em parceria Pública e Comando de Guardas Municipais.
com o CODEMA - Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio
Ambiente, implementar os objetivos e instrumentos da Política Municipal do VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
Meio Ambiente fazendo cumprir a presente Lei, competindo-lhe: ABREU, Waldyr de. Código de Trânsito Brasileiro. 1998. Ed. Saraiva, São
IV - executar a fiscalização ambiental; Paulo.
VI - estabelecer padrões de qualidade ambiental relativos a poluição atmos- MITIDIERO, Nei Pires. Comentários ao Código de Trânsito Brasileiro. 2005.
férica, hídrica, sonora, visual e outras; Ed. Forense, 2ª ed. Rio de Janeiro.
IX - exercer Poder de Polícia; PEREIRA JR., José de Sena. Legislação federal sobre poluição sonora
X - interditar temporariamente qualquer atividade que comprovadamente urbana. 2002. Nota técnica. Consultoria legislativa. Câmara dos Deputados.
esteja causando dano à saúde humana e/ou ao meio ambiente; Brasil.
Art. 55 - Para a realização da fiscalização ambiental, o CODEMA - Conse- BRASIL, Lei 6.803/80. Dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamen-
lho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente poderá utilizar- to industrial nas áreas críticas de poluição, e dá outras providências. Dispo-
se de entidades e órgãos públicos ou privados, mediante convênios. nível em: http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 06 out. 2003.
Art. 56 - São atribuições da fiscalização ambiental: BRASIL, Decreto-lei 3.688/41, de 03 de outubro de 1941. Institui a Lei das
l- realizar levantamentos, vistorias e avaliações; Contravenções Penais. Disponível
ll- efetuar medições e coletas de amostras para análise técnica e controle; em:http://www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm. Acesso em: 09 out.
III - proceder inspeções e visitas de rotina, bem como, apuração de irregula- 2003.
ridades e infrações; BRASIL. CONAMA. Resolução 001/90, de 08 de março de 1990. Dispõe
IV - verificar a observância das normas e padrões ambientais vigentes; sobre critérios e padrões de emissão de ruídos, das atividades industriais.
V - lavrar Notificação e Auto de Infração. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm. Acesso em:
Parágrafo Único - No exercício da ação fiscalizadora, estes terão a entrada 08 out. 2003.
franqueada nas dependências das fontes poluidoras localizadas, ou a se BRASIL, CONAMA. Resolução 002/90, de 08 de março de 1990. Dispõe
instalarem no Município, onde poderão permanecer pelo tempo que se fizer sobre o Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora –
necessário. SILÊNCIO. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm.
Acesso em: 08 out. 2003.
CONCLUSÃO. http://www.gcmbrasil.com/
Idealizador Mauricio Maciel
O presente ensaio abordou alguns aspectos jurídicos referentes à emissão
de ruídos e sons, relacionados com a utilização de equipamentos ou apare- A perturbação do sossego e a qualidade de vida.
lhagem nos veículos, verificando as formas de combate desde as infrações
administrativas tipificadas nos artigos 227, 228 e 229 do Código de Trânsito A Secretaria de Meio Ambiente em reunião com o Ministério Público, Polícia
Brasileiro, com ventilação sucinta pelos art. 42, III, da Lei de Contravenções
Penais e o art. 54 da Lei 9.605/98 (crime de poluição). Interessante a Militar e Secretaria de Ordem Pública construiu e publicou o decreto nº.
observação por parte dos agentes aplicador da lei quanto a resolução 11.542/2013 que regulamenta a emissão de ruídos em via pública, praças,
204 do CONTRAN referente a trânsito e procedimento de medição confor- quiosques, estacionamentos, carros, postos de gasolina, etc. O controle de
me norma NBR 10151. poluição feito pela Secretaria tem diligências freqüentes e diversos autos de
. Do todo, percebe-se que o bem jurídico maior visado em todas as legisla- infração e embargos, além do caráter educativo. O decreto acima se torna
ções citadas é a saúde humana, passando pela segurança viária, pelo um instrumento imprescindível pelo fato de tornar possível a apreensão e
sossego do trabalho e descanso e pelo essencial direito do meio ambiente arrecadação de qualquer bem para guarda no depósito até a retirada pelo
equilibrado. proprietário. Dessa forma acabamos com a perturbação de sossego no
Entretanto, dentro do contexto vivido nos centros urbanos, é notório o momento do flagrante livrando os munícipes do constrangimento no ato!
aumento de condutas a ensejar as infrações de trânsito descritas até a Vamos em frente!
caracterização da poluição sonora, colocando em perigo a qualidade de
vida proclamada pelas diversas normas citadas neste ensaio, e demons- A perturbação do sossego é, dentro da legislação brasileira, é u-
tram a necessidade de uma atuação mais efetiva dos órgãos fiscalizadores ma contravenção penal que consiste em perturbar o sossego alheio com as
para o respeito aos direitos dos cidadãos e do meio ambiente, fica claro ações mencionadas nos incisos do artigo 42 da Lei das Contravenções
que as prefeituras municipais muito Penais. , tais como :
pode fazer tanto usando sua Guarda Municipal para fiscalização e o legisla- gritaria ou algazarra;
tivo municipal fazendo leis de interesse local. exercício de profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescri-
ções legais;
A audição é nosso sentido mais valioso. Ela carrega para dentro de nós abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
tudo o que está acontecendo ao nosso redor, mesmo que esteja fora de provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de
nosso campo visual. Não ponha em risco este órgão tão precioso e delica- que tem a guarda:
do!

Legislação municipal 159 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A expressão lei do silêncio faz referência a diversas leis federeais, esta- perturbação do sossego (Art. 42 da Lei nº. 3.688/41) ou perturbação da
duais ou municipais que estabelecem restrições objetivas para a geração tranquilidade (Art. 65 da Lei nº. 3.688/41), dependendo de cada conduta.
de ruídos durante dia e noite, em especial no caso de bares e casas notur-
nas. Sons em volume elevado são danosos à saúde humana e de outros Se a polícia não toma providências a fim de sanar tal tipo de conduta, você
animais e a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o início pode enviar denúncia (anônima ou não) ao Representante do Ministério
do estresse auditivo se dá sob exposições de 55 dB.1 Público local, redija uma carta e envie ao endereço do Fórum de sua Co-
marca encaminhando ao "Gabinete da Promotoria", relatando, principal-
No Brasil, as diversas leis do silêncio partem da contravenção penal conhe- mente, a inércia da autoridade policial em atender aos pedidos de provi-
cida como perturbação do sossego, dos direitos de vizinhança presentes dências.
no Código Civil, das normas estabelecidas pela ABNT2 (Normas 10.151 e
10.152) e do Programa Nacional de Educação e Controle de Poluição Há, ainda, a possibilidade de exigir que os vizinhos parem e pedir indeniza-
Sonora Silêncio, estabelecendo restrições objetivas para a geração de ção por pedir perdas e danos na esfera civil, para isso precisa de algumas
ruídos durante dia e noite, em especial no caso de bares e casas noturnas. provas, como por exemplo: testemunhas.
Em cidades atrasadas onde a legislação ainda não prevê limites e sanções,
a solução para os problemas relacionados à poluição sonora ainda depen- Leciona o Prof. Rafael de Meneses: "Sanções para o infrator - o vizinho que
de do registro de boletins de ocorrência e/ou da notificação do promotor de perturba a saúde, o sossego e a segurança dos outros deverá ser conde-
justiça. nado a uma indenização por danos materiais e morais (...). Vejam que a
A Lei nº 126, de 10 de maio de 1977, do Estado do Rio de Janeiro, é questão é civil, podendo resolver-se nos Juizados Especiais Cíveis, então
conhecida como Lei do Silêncio. não sobrecarreguem a polícia com brigas com seus vizinhos."
Desde sua promulgação, os interessados em “badernas sonoras” têm dado
a ela a interpretação que mais lhes convém, com o beneplácito de autori- Os artigos referentes a perdas e danos são os Artigos 186, 187 e 927 do
dades municipais do Rio de Janeiro, em especial daquelas da Subprefeitura Código Civil.
da Zona Sul.
Interpretam que o limite das 22 horas é um direito para emissões sonoras Se residir em condomínio pode requerer verificar a Convenção de Condo-
até aquele horário, mesmo para seus eventos poluidores, como quaisquer mínio, nelas geralmente há punições para este tipo de conduta, e exigir que
tipos de festas, batucadas, ensaios de blocos carnavalescos, manifesta- o síndico aplique tais penalidades.
ções de torcidas, etc., em ambiente fechadoou ao ar livre. Segundo moradores do Centro, barulho das máquinas não para nem
Interpretação errada, sem amparo no art. 42 da Lei de Contravenções durante a madrugada. Até mesmo a Polícia Militar foi acionada pela
Penais, nem no art. 4º da Lei do Silêncio do Estado do Rio de Janeiro, pelo população que se sente incomodada
qual as permissões nos períodos entre 7 e 22 horas aplicam-se a alguns Por: Guilherme Bernard 29/03/2013
casos, entre os quais não estão compreendidas as tais festas, batucadas,
ensaios de blocos, manifestações, etc. Moradores do Centro de Niterói querem mover uma ação contra o Plaza
As permissões previstas naquele artigo da Lei do Silêncio são as seguintes: Shopping. O motivo seria o barulho causado pela obras de expansão do
“Art. 4º – São permitidos – observado o disposto no art. 2º desta Lei – os shopping, durante a madrugada. Denúncias dão conta de que as obras não
ruídos que provenham: são interrompidas nas madrugadas e até a Polícia Militar já foi chamada
I – de sinos de igrejas ou templos e, bem assim, de instrumentos litúrgi- para contornar a situação.
cos…, no período de 7 ás 22 horas, ….;
……………………………………………………………………………………… De acordo com a estudante de direito, de 23 anos, Sinara Rodrigues,
………………… possivelmente uma ação será movida contra o shopping. “É uma falta de
VI – de explosivos empregados em pedreiras, rochas e demolições no respeito total conosco. Época de prova, a gente querendo estudar à noite, e
período das 7 às 22 horas; eles fazendo esse barulho. Uma amiga minha já saiu às duas da manhã
VII – de máquinas e equipamentos utilizados em construções, demolições e para pedir para desligarem as máquinas. Estamos pensando em mover
obras em geral, no período compreendido entre 7 e 22 horas; uma ação contra eles”, falou Sinara.
VIII – de máquinas e equipamentos necessários à preparação ou conserva- Segundo o pintor de paredes, José Figueira da Silva Filho, de 65 anos, os
ção de logradouros públicos, no período de 7 às 22 horas; barulhos não são novidade. O idoso trabalha no Edifício União, na Rua
IX – de auto-falantes utilizados para propaganda eleitoral durante a época Almirante Tefé, há 12 anos e diz que não há respeito com a população. “É
própria determinada pela Justiça Eleitoral, e no período compreendido entre incrível como são barulhentos. Nas madrugas eles ligam suas máquinas e
7 e 22 horas.” ninguém mais dorme. Algumas pessoas já chamaram a polícia, mas quan-
Aí está a origem do “Mito das 22 Horas”. do os policiais vão embora tudo fica como antes. Durante o dia o som é
Conclusão: infelizmente este é o “mito” que as referidas autoridades têm abafado pelo trânsito. Mas à noite é muito complicado”, disse José.
levado em consideração, para permitir o que deviam coibir.
Alfredo F. Piragibe Jr Um funcionário das obras que não quis se identificar confirmou que os
trabalhos acontecem durante a madrugada. Ele disse que sabe que é
A Lei do silêncio foi criada para controlar os decibéis, pois tem um certo errado, mas apenas cumpre ordens.
limite aceitável pela nossa audição, acima deste limite é prejudicial.
Ela é usada para punir os infratores, mas raramente é aplicada.
Lei – No estado do Rio de Janeiro uma lei, conhecida popularmente por Lei
Em cada município a Prefeitura é responsável pelo cumprimento dela, no do Silêncio, estabelece que, no período entre 22h e 7h, são considerados
seu Código de Posturas, fala sobre ela como deve ser aplicada, até que prejudiciais à saúde, à segurança ou ao sossego públicos quaisquer ruídos
horário e dia da semana é permitido a quantidade de decibéis, ela é mais que atinjam, no ambiente exterior ao recinto em que tem origem, nível
aplicada em estabelecimentos noturnos que ultrapassam os decibéis permi- sonoro superior aos considerados normais pela Associação Brasileira de
tidos se este estabelecimento não cumprir é fechado, pois a Prefeitura Normas Técnicas. A Lei Orgânica estabelece que o silêncio é uma obriga-
recebe um abaixo assinados dos moradores e manda um funcionário medir ção do município e o estabelecimento que infringi-la pode ter sua licença
os decibéis em horários diferentes. cassada.
A "Lei do Silêncio" é Lei Municipal (ou seja, alguns municípios têm, outros “Precisamos de uma solução o quanto antes. Já fiquei quatro dias filmando
não, necessário seria saber onde você mora para definir que está ou não essas obras. É realmente muito barulho para o horário. Não dá para dor-
em vigor Lei neste sentido). mir”, afirmou o farmacêutico Leandro Luca, de 30 anos.

Todavia, havendo ou não Lei específica neste sentido, você pode exigir A prefeitura de Niterói, através de sua assessoria de imprensa, informa que
seus direitos. a Secretaria Municipal de Meio Ambiente enviará uma equipe ao local para
verificar as denúncias.
As condutas que você descreveu tratam-se de contravenção penal de

Legislação municipal 160 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O Plaza Shopping esclarece que reforçou o procedimento para que as Pena prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzen-
obras aconteçam na parte da manhã. Além disso, diz que está intensifican- tos mil réis a dois contos de réis.
do junto aos lojistas as regras estipuladas para obras.
O artigo 65 do mesmo estatuto também possui norma semelhante, quando
O FLUMINENSE institui a contravenção penal de perturbação da tranqüilidade, a saber:
LEI DO SILÊNCIO E EXAGERO SONORO: EXIBIÇÃO CABOTINA OU Art. 65. Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou
EXÓTICA PREFERÊNCIA MUSICAL por motivo reprovável:
Publicado por Nova Criminologia (extraído pelo JusBrasil) Pena prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa, de duzen-
tos mil réis a dois contos de réis.
A violação que se torna mais visível é do artigo 42, inciso III, da LCP, ou
Muito se tem discutido nos dias atuais sobre a Lei do Silêncio, principal- seja,abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos, quando
mente nas grandes cidades, onde a incidência é bem maior, sem olvidar, é alguns esquizofrênicos saem por aí exibindo suas idiotas preferências
claro, que o direito costuma proteger a todas as pessoas, sem escolher a culturais.
quem, e sem determinar o lugar dessa tutela. Há casos de mortes registra-
das, cuja motivação é justamente a perturbação de sossego. Neste breve É comum, nas grandes cidades, alguns motoristas de automóveis dirigirem
ensaio, vamos procurar traçar em termos técnicos a chamada Lei do Silên- seus veículos durante a madrugada, com alto volume de som, perturbando
cio. o sono de pessoas, e ainda praticando constrangimento ilegal, arti-
go 146 do CP, ao imporem a audição de um verdadeiro e insofismável lixo
É importante salientar que toda afirmação em Direito passa, necessaria- cultural, com músicas sem letras, repetitivas, evasivas, e que constituem
mente pela visão de conteúdo constitucional. Assim, relevante citar o arti- atentado em pudor público ambiental.
go 5º, da CF/88, que garante vários direitos fundamentais, dentre eles, o da
A contravenção penal aqui se configura conforme sólidas decisões de
livre expressão da atividade intelectual e artística, como também o da
nossos Tribunais Superiores:
inviolabilidade da vida privada e da intimidade, surgindo, destarte, um
conflito positivo de direitos, prevalecendo, neste jogo, aquele direito que 34005115 CONTRAVENÇAO PENAL PERTURBAÇAO DO TRABALHO
atende ao interesse público, indubitavelmente, a paz social. OU DO SOSSEGO ALHEIOS POLUIÇAO SONORA PROVA ALVARÁ O
abuso de instrumentos sonoros, capaz de perturbar o trabalho ou o sosse-
Primeiro, é importante salientar que em Minas Gerais, existe a Lei 7.302/78,
go alheios, tipifica a contravenção do art. 42, III, do Decreto-lei nº 3688/41,
intitulada Lei do Silêncio que logo no seu artigo 1º, define aquilo que se
sendo irrelevante, para tanto, a ausência de prova técnica para aferição da
chama de ruído, como sendo o som puro ou mistura de sons com dois ou
quantidade de decibéis, bem como a concessão de alvará de funcionamen-
mais tons, capaz de prejudicar a saúde, a segurança, ou o sossego públi-
to, que se sujeita a cassação ante o exercício irregular da atividade licenci-
cos.
ada ou se o interesse público assim exigir. (TAMG Ap 0195398-4 1ª
O Artigo 3º da mesma lei proíbe, independentemente de medição de nível C.Crim. Rel. Juiz Gomes Lima J. 27.09.1995)
sonoro, os ruídos produzidos por veículos com equipamentos de descarga
34005370 CONTRAVENÇAO PENAL PERTURBAÇAO DO TRABALHO
aberto ou silencioso adulterado ou defeituoso, poduzidos por aparelhos ou
OU SOSSEGO ALHEIOS SERESTA PROVA PERICIAL A promoção de
instrumentos de qualquer natureza utilizados em pregões, anúncios ou
serestas sem a devida proteção acústica, configura a infração prevista no
propagandas em vias públicas para ela dirigidos, produzidos por buzinas,
ou por pregões, anúncios ou propagandas, à viva voz, nas vias públicas em art. 42 do Decreto-lei nº3688/41, sendo desnecessária a prova pericial para
local considerado pela autoridade competente como zona de silêncio, comprovar a sua materialidade. (TAMG Ap 0198218-3 1ª C.Crim. Rel. Juiz
produzidos em edifícios de apartamentos, vilas e conjuntos residenciais ou
Sérgio Braga J. 29.08.1995)
comerciais por animais, instrumentos musicais, aparelhos de rádio ou
televisão, reprodutores de sons, ou ainda, de viva voz, de modo incomodar 34004991 CONTRAVENÇAO PENAL PERTURBAÇAO DO TRABALHO
a vizinhança, provocando o desassossego, a intranqüilidade ou o descon- OU SOSSEGO ALHEIOS CULTO RELIGIOSO POLUIÇAO SONORA A
forto, proveniente de instalações mecânicas, bandas ou conjuntos musicais, liberdade de culto deve ater-se a normas de convivência e regras democrá-
e de aparelhos ou instrumentos produtores ou amplificadores de som ou ticas, tipificando a contravenção prevista no art. 42, I, do Decreto-lei
ruído quando produzidos em vias públicas, provocados por bombas, mortei- nº 3688/41 os rituais que, através de poluição sonora ou do emprego de
ros, foguetes, rojões, fogos de estampidos e similares e provocados por
ensaios de escolas de samba ou qualquer outra entidade similar, no perío- admoestações provocantes dirigidas aos vizinhos, perturbem a tranqüilida-
do compreendido entre 0 (zero) e 7 (sete) horas, salvo aos domingos, nos de destes. (TAMG Ap 0174526-8 1ª C.Crim. Rel. Juiz Sérgio Braga J.
dias feriados e nos 30 (trinta) dias que antecedem o tríduo carnavalesco, 14.02.1995) (RJTAMG 58-59/443)
quando o horário será livre.
O bem jurídico Sossego Público não é um bem irrelevante. Recebe a tutela
Mas a lei do silêncio de Minas Gerais não possui aplicação de sanção estatal por ser bem juridicamente relevante, enquadrando-se naquilo que
penal, considerando que somente a União possui legitimidade para legislar se chama de tipicidade material. O silêncio é um direito do cidadão. O
sobre direito penal, artigo 22, I, da CF/88, sem desprezar a possibilidade agente policial é obrigado a coibir essa prática desrespeitosa e promover a
jurídica de o estado federado tratar-se de temas específicos, quando auto- paz pública.
rizado por lei complementar. Segundo, torna-se imperioso destacar o
artigo 42 do Decreto-Lei 3688/41, conhecido por Lei das Contravencoes Além disso, a Lei 9605/98, lei dos crimes ambientais pune, severamente,
Penais, que prevê a infração penal de perturbação de sossego ou trabalho com pena de prisão o crime de poluição sonora. Diz o art. 54 diz:
alheios, in verbis: Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem
Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios: ou possam resultar em danos à saúde humana , ou que provoquem a
mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.
I com gritaria ou algazarra;
Não desconsidere, que o novo Código Civil Brasileiro, que entrou em vigor
II exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as em janeiro de 2003, garante o direito ao sossego no seu art. 1277 ao dis-
prescrições legais; por:
III abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer
cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à
IV provocando ou não procurando impedir barulho produzido por
saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade
animal de que tem a guarda:
vizinha .

Legislação municipal 161 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O nosso legislador, ao editar o Código de Trânsito Brasileiro, também Art. 4º – São permitidos – observado o disposto no art. 2º desta Lei – os
preocupado com o prejuízo ocasionado à segurança viária e, especialmen- ruídos que provenham:
te, à saúde humana, indicou persas condutas relacionadas com a emissão
de ruídos ou sons. I – de sinos de igrejas ou templos e, bem assim, de instrumentos litúrgicos
utilizados no exercício de culto ou cerimônia religiosa, celebrados no recinto
Agora, em se tratando de Direito penal, configurada a infração penal, deve das respectivas sedes das associações religiosas, no período de 7 às 22
a autoridade policial apreender os instrumentos utilizados na prática da horas, exceto aos sábados e na véspera dos dias feriados e de datas
contravenção penal, no caso em tela, dos instrumentos sonoros, arti- religiosas de expressão popular, quando então será livre o horário;
go 6º do CPP, liberando o veículo ao condutor, caso o infrator esteja em dia II – de bandas-de-música nas praças e nos jardins públicos em desfiles
com o pagamento dos tributos legais, devendo o criminoso suportar as oficiais ou religiosos;
conseqüências legais em virtude de sua conduta delituosa.
III – de sirenes ou aparelhos semelhantes usados para assinalar o início e o
Conclui-se que todo cidadão tem inafastável direito a livre escolha musical, fim da jornada de trabalho, desde que funcionem apenas nas zonas apro-
como expressão maior de sua atividade artística, aliás, direito fundamental, priadas, como tais reconhecidas pela autoridade competente e pelo tempo
mas é preciso respeitar a paz pública. Ninguém goza de um direito em estritamente necessário;
detrimento de outro direito, também assegurado por lei. Quem quiser curtir
seu lixo cultural, que o faça respeitando a supremacia do interesse público. IV – de sirenas ou aparelhos semelhantes, quando usados por batedores
oficiais ou em ambulâncias ou veículos de serviço urgente, ou quando
Lei do Silêncio empregados para alarme e advertência, limitado o uso ao mínimo necessá-
rio;
LEI Nº 126, DE 10 DE MAIO DE 1977 V – de alto-falantes em praças públicas ou em outros locais permitidos
Dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora, estendendo, a todo o pelas autoridades, durante o tríduo carnavalesco e nos 15 (quinze) dias que
Estado do Rio de Janeiro, o disposto no Decreto-Lei nº 112, de 12 de o antecedem, desde que destinados exclusivamente a divulgar músicas
agosto de 1969, do ex-Estado da Guanabara, com as modificações que carnavalescas sem propaganda comercial;
menciona. VI – de explosivos empregados em pedreiras, rochas e demolições no
O Governador do Estado do Rio de Janeiro, faço saber que a Assembléia período das 7 às 22 horas;
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte VII – de máquinas e equipamentos utilizados em construções, demolições e
Lei: obras em geral, no período compreendido entre 7 e 22 horas;
TÍTULO I VIII – de máquinas e equipamentos necessários à preparação ou conserva-
DAS PROIBIÇÕES ção de logradouros públicos, no período de 7 às 22 horas.
Art. 1º – Constitui infração, a ser punida na forma desta Lei, a produção de IX – de alto-falantes utilizados para propaganda eleitoral durante a época
ruído, como tal entendido o som puro ou mistura de sons, com dois ou mais própria, determinada pela Justiça Eleitoral, e no período compreendido
tons, capaz de prejudicar a saúde, a segurança ou o sossego público. entre 7 e 22 horas.
Art. 2º – Para os efeitos desta Lei, consideram-se prejudiciais à saúde, à Parágrafo único – A limitação a que se referem os itens VI, VII e VIII deste
segurança ou ao sossego público quaisquer ruídos que: artigo não se aplica quando a obra for executada em zona não residencial
I – atinjam, no ambiente exterior ao recinto em que têm origem, nível sono- ou em logradouro público, nos quais o movimento intenso de veículos e, ou
ro superior a 85 (oitenta e cinco) decibéis, medidos no cursor C do “Medidor pedestres, durante o dias, recomende a sua realização à noite.
de Intensidade de Som”, de acordo com o método MB-268, prescrito pela TÍTULO III
Associação Brasileira de Normas Técnicas; DAS PENALIDADES E DA SUA APLICAÇÃO
II – alcancem, no interior do recinto em que têm origem, níveis de sons Art. 5º – Salvo quando se tratar de infração a ser punida de acordo com lei
superiores aos considerados normais pela Associação Brasileira de Normas federal, o descumprimento de qualquer dos dispositivos desta Lei sujeita o
Técnicas; infrator às penalidades estabelecidas pelo Poder Executivo.
III – produzidos por buzinas, ou por pregões, anúncios ou propaganda, à Art. 6º – Na ocorrência de repetidas reincidências, poderá a autoridade
viva voz, na via pública, em local considerado pela autoridade competente competente determinar, a seu juízo, a apreensão ou a interdição da fonte
como “zona de silêncio”; produtora do ruído.
IV – produzidos em edifícios de apartamentos, vila e conjuntos residenciais Art. 7º – Tratando-se de estabelecimento comercial ou industrial, a respec-
ou comerciais, em geral por animais, instrumentos musicais ou aparelhos tiva licença para localização poderá ser cassada, se as penalidades referi-
receptores de rádio ou televisão ou reprodutores de sons, tais como vitro- das nos artigos 5º e 6º desta Lei se revelarem inócuas para fazer cessar o
las, gravadores e similares, ou ainda de viva voz, de modo a incomodar a ruído.
vizinhança, provocando o desassossego, a intranqüilidade ou desconforto;
Art. 8º – As sanções indicadas nos artigos anteriores não exoneram o
V – provenientes de instalações mecânicas, bandas ou conjuntos musicais infrator das responsabilidades civis e criminais a que fique sujeito.
e de aparelhos ou instrumentos produtores ou amplificadores de som ou
ruído, tais como radiolas, vitrolas, trompas, fanfarras, apitos, tímpanos, TÍTULO IV
campainhas, matracas, sereias, alto-falantes, quando produzidos na via DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
pública ou quando nela sejam ouvidos de forma incômoda; Art. 9º – Qualquer pessoa que considerar seu sossego perturbado por sons
VI – provocados por bombas, morteiros, foguetes, rojões, fogos de estam- ou ruídos não permitidos poderá solicitar ao órgão competente providências
pido e similares; destinadas a fazê-los cessar.

VII – provocados por ensaio ou exibição de escolas-de-samba ou quaisquer Art. 10 – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
outras entidades similares, no período de 0 hora às 7 horas, salvo aos disposições em contrário.
domingos, nos feriados e nos 30 (trinta) dias que antecedem o tríduo car-
navalesco, quando o horário será livre.
Mitos e verdades sobre a lei do silêncio

TÍTULO II Amanda Navarro


DAS PERMISSÕES

Legislação municipal 162 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
códigos de conduta de cada município. Desta forma, esta lei pode variar
muito de estado para estado.
Em Belo Horizonte, por exemplo, a lei que proíbe a perturbação do sossego
alheio é a n° 9.505, de 23 de janeiro de 2008. Esta lei orgânica regulamen-
ta outra existente no Código de Posturas do Município. Entre suas disposi-
ções preliminares, encontramos:
A emissão de ruídos, sons e vibrações em decorrência de atividades
exercidas em ambientes confinados ou não, no Município, obedecerá
aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos por esta Lei.
Esta lei é clara ao delimitar os limites de ruídos permitidos durante todo o
dia:
Art. 4º – A emissão de ruídos, sons e vibrações provenientes de fon-
tes fixas no Município obedecerá aos seguintes níveis máximos fixa-
dos para suas respectivas imissões, medidas nos locais do suposto
incômodo:
É sábado e a noite está uma delícia. A bebida está boa, o lugar está cheio
I – em período diurno (7h às 19h): 70 dB(A); II – em período vesperti-
de pessoas bonitas e você diz: “Esta festa será demais”. Você começa a
no (19h às 22h): 60 dB(A); III – em período noturno (22h às 7h): 50
conversar, dar gargalhas e, quando vê, todos os convidados estão se
dB, até às 23:59 h, e 45 dB(A), a partir da 0:00 h.
divertindo também. Para finalizar, alguém coloca “aquela” música do mo-
§ 1º – Às sextas-feiras, aos sábados e em vésperas de feriados, será
mento.
É o que faltava para que todos pensem que não vão sair dali tão cedo. Mas admitido, até às 23:00 h, o nível correspondente ao período vesperti-
de repente toca a campainha. Sem escalas, vem uma pessoa em direção no.
ao som e abaixa o volume pela metade. Por último, o anfitrião aparece e Na cidade de São Paulo também foi criado o programa “Silêncio Urbano
diz: “Pessoal, temos que fazer menos barulho, pois o vizinho chamou a (PSIU)”, instituído pelo Decreto 34.569 de 06 de outubro de 1994, e rees-
polícia”. truturado pelo Decreto 35.928 de 06 de março de 1996. A proposta do
Como pedir aos seus convidados para fazer silêncio? Como promover um PSIU é limitar sons ou ruídos estridentes que possam provocar o incômodo
evento sem nenhum barulho? Lembre-se barulho não é só música. No seu e interferir na saúde e no bem-estar das pessoas. Porém esta lei não é
evento certamente terá pessoas que vão conversar em um tom de voz mais totalmente eficaz na medida em que não leva em consideração ruídos
alto, dar gargalhadas, usar o microfone, deixar um copo cair. Tenha muito produzidos dentro de domicílios. De acordo com a legislação, o PSIU está
autorizado a fiscalizar apenas locais confinados, como bares, boates,
cuidado para não “queimar o seu filme” com eles e nem com os vizinhos. restaurantes, salões de festas, templos religiosos, indústrias e até mesmo
Para se garantir, conheça seus direitos e deveres obras.
Por menos barulhento que o seu evento possa ser é sempre bom você se
“O órgão trabalha com base em duas leis: a da 1 hora e a do ruído. A
prevenir contra os vizinhos que não suportam ruídos. Ao organizar um
evento, procure um local fora de bairros estritamente residenciais e veja se primeira determina que, para funcionarem após à 1 hora da manhã,
o ambiente tem uma acústica com vedação sonora (paredes, teto e até os bares e restaurantes devem ter isolamento acústico, estaciona-
janelas costumam ter materiais especiais para barrar o som) mesmo du- mento e segurança. Antes desse horário, a Lei do Ruído controla a
rante o dia. quantidade de decibéis emitidos pelos estabelecimentos, a qualquer
Independentemente se a vizinhança vai reclamar ou não, é importante que hora do dia ou da noite.”
você conheça os seus direitos e os seus limites. Não só para a hora do Saiba o que fazer ao receber uma “visita” da polícia
evento, mas também para a divulgação, caso você use carros de sons e Na maioria das vezes, cabe à Polícia Militar do Estado o dever de fiscalizar
alto falantes para anunciar. o cumprimento da lei. Por isso, se sua festa estiver extrapolando no barulho
O que a lei diz ou se você exagerou no som para divulgar o evento, certamente receberá a
Diferente do que muitos acreditam, a Lei do Silêncio não está prevista no
“visita” de um policial militar que irá solicitar que os ruídos sejam diminuí-
Código Civil. O artigo que mais se aproxima do assunto no CC é o
art.1.277, que diz: O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito dos.
de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à De acordo com o Memorando nº 32.276.3/09-EMPM, elaborado pelo Esta-
saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizi- do-Maior da Polícia Militar, o primeiro procedimento policial é o de orientar o
nha. possível contraventor, no sentido de que se faça cessar a perturbação, sob
Já a Lei de Contravenção Penal (LCP) é mais incisiva ao abordar o tema. O pena de tomada de medidas mais rigorosas.
artigo de número 42 tipifica a contravenção – Perturbar alguém o trabalho “Confirmado a perturbação do trabalho ou do sossego alheios:
ou o sossego alheios:
I – com gritaria ou algazarra; a) orientar o responsável a proceder ao encerramento da perturbação,
sob pena de prisão pelo crime de desobediência, apreensão dos ins-
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as
trumentos do crime e lavratura do Boletim de Ocorrência;
prescrições legais; b) no caso do delito de perturbação do sossego alheio cometido em
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; residência particular, o policial militar deverá advertir o proprietário da
residência sobre a perturbação causada por gritaria, algazarra, ins-
IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal trumentos sonoros ou sinais acústicos, latidos de cães, fazendo com
de que tem a guarda: que cesse a perturbação. Persistindo a perturbação, o policial militar
Mais um mito é acreditar que você tem o direito de fazer barulho até às deverá efetuar a prisão do infrator pelo crime de desobediência, LA-
22h. Saiba que mesmo durante o dia, os ruídos não podem ultrapassar um VRAR o BO, efetuar a APREENSÃO do objeto causador da perturba-
limite que incomode o sossego da população – 70 decibéis (segundo lei ção, se necessário;
municipal de Belo Horizonte), o equivalente ao ruído de trânsito intenso. Ou c) no caso de perturbação de sossego provocado por veículos auto-
seja, fazer barulho durante o dia também é uma contravenção e, como motores, após advertir o responsável, caso este não silencie, proceda
toda, está sujeito à pena. a APREENSÃO dos veículos envolvidos, aplicando-se multa ao seu
Mas quem regulamenta o limite do barulho? proprietário quando constatado abuso na emissão de sons, vibrações
A chamada popularmente Lei do Silêncio é exercida e legislada pelos e ruídos em logradouros públicos, conforme o disposto no artigo 229
órgãos municipais, sendo encontradas nas leis orgânicas municipais e nos do Código de Trânsito Brasileiro, como também deverá ser lavrada o

Legislação municipal 163 A Opção Certa Para a Sua Realização


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BO sobre a perturbação, procedendo-se da mesma forma descrita a- Dr. Marco Antônio: Conforme elucidado acima, legislações locais específi-
cima e a condução do infrator agora pelo crime de desobediência, Art. cas determinam horários e quantidade de dispersão de som ou ruído, por
330 do Código Penal, já que a ordem do servidor foi legal.” exemplo, bares com música ao vivo, no período compreendido entre as
07:00horas e 20horas devem emitir no máximo 70 decibéis, entre às 20:00h
Outras penalidades que podem decorrer da infração da lei é advertência,
e 22 horas são 60dB e após às 22:00h até às 07:00h o nível máximo não
multa, cassação da licença/alvará de funcionamento e pedidos de indeniza-
deverá elastecer 50dB, segundo a legislação municipal de Uberlândia/MG.
ção.
Evite problemas! Em seu planejamento, esteja atento às leis do seu MeuAdvogado: Como a Lei caracteriza um barulho ou ruído como poluição
munícipio quanto a perturbação do sossego alheio, procure um local fora de sonora? Quais são as condições para que isto ocorra?
bairros residenciais e pense em alternativas para minimizar os ruídos (caso
necessário, procure especialistas em vedação). Se a reclamação aconte- Dr. Marco Antônio: Ruído deve ser entendido como uma qualidade aplica-
cer, o melhor a fazer é respeitar a ordem da Polícia Militar e diminuir os da ao som, danosa, por sua vez, ao meio ambiente se ultrapassados os
ruídos para evitar maiores problemas no futuro. parâmetros definidos pela ABNT, NBR 10.151 ou pelas legislações especí-
Não deixe que um barulho prejudique sua festa e sua carreira! ficas. Em suma, ruído não é quantificação de som, ao contrário de barulho,
e sim qualificação. O ruído é indesejável, prejudicial, danoso. As condições
Para utilizar som mecânico ou ao vivo em estabelecimento comercial, o para se adjetivar um som ou um barulho como ruído é analisar os fatores
proprietário deve requerer licença mediante a Administração Regional. Para de sua condição, como por exemplo, a possibilidade de perturbação, envol-
isso, ele deve apresentar um laudo que comprove isolamento acústico no vendo a saúde física e psíquica do receptor (no caso, o ser humano ou
local. Nesse caso, durante o dia o volume de som permitido é de 60 deci- animal). Barulho, tal como som, é a vibração do ar capaz de promover
béis (dB) e à noite é de 55 (dB). Já em indústrias, o número varia de 70 dB sensação auditiva, tão somente. Para caracterizar a poluição sonora é
diurnamente e 60 dB noturnamente. necessário que haja não apenas mero incomodo passageiro do som ruido-
O volume máximo permitido para áreas residenciais, hospitalares e escola- so, mas, também, danos a saúde ainda que potencialmente.
res é de 50 dB durante o dia e 45 dB à noite. Essa determinação se enqua- MeuAdvogado: É comum ouvir pessoas relatando que chamam a polícia
dra tanto para emissão de som em veículos comerciais e particulares, para conter o barulho ocasionado por outro, mas que após a saída da
quanto para som mecânico e/ou ao vivo dentro de residências. Já em áreas polícia, o barulho é retomado. Nesse caso, como o cidadão deve proceder?
rurais, sítios e fazendas, os volumes máximos permitidos são 40 dB durante
o dia e 35 dB à noite. Dr. Marco Antônio: Primeiro deve se ter em mente duas situações distin-
O desrespeito às normas acarretará ao responsável uma advertência por tas. A vítima está sendo incomodada, perturbada pelo ato praticado pelo
escrito, primeiramente. Caso haja reincidência, será expedida uma multa, vizinho ou é constante o som produzido em limite não permitido em lei? No
com penalidade de interdição do local ou apreensão do veículo. primeiro caso, poderíamos vislumbrar contravenção penal e não crime. No
“É proibido perturbar o sossego e o bem-estar público da população pela segundo, evidente que não se trata de contravenção penal, mas de polui-
emissão de sons e ruídos por quaisquer fontes ou atividades que ultrapas- ção sonora, prevista como crime pela lei de Crimes Ambientais.
sem os níveis máximos de intensidade” Na primeira hipótese, a vítima deve procurar o órgão responsável pela
Poluição Sonora: Um mal que afeta cada vez mais brasi- medição e fiscalização (postura municipal ou policia militar) que informará
leiros as medidas necessárias, comparecerá in loco e realizará a autuações que o
caso exigir (por exemplo, bar sem alvará, flagrantes, etc), Se o ruído vier de
Bares e restaurantes devem respeitar limites estabelecidos por Leis residência não há a possibilidade da policia ou agente de posturas adentrar
Nos dias atuais, é cada vez mais comum ouvir reclamações de pessoas na residência posto que essa é inviolável. As punições podem ser de mul-
sobre altos provindos de casas noturnas, bares e até mesmo de vizinhos. tas, apreensão de objetos sonoros, etc. Não resolvendo a situação, não há
Porém, para esses casos a Lei deve ser obedecida, pois ela estabelece imediatismo. O ideal é que com o TCO lavrado a vítima procure o Ministério
limites de decibéis. Público em caso de poluição sonora constante, determinada pela Lei de
Crimes Ambientais ou ingresso na Justiça exigindo aplicação das penas
Mesmo com a falta de Leis mais rígidas para conter tal problema, o proble- aplicáveis e danos morais, caso se constate.
ma é tratado pela Lei de Crimes Ambientais e poderá causar severas
punições aos autores dessas poluições sonoras. MeuAdvogado: Em sua opinião, falta alguma Lei mais severa para conter
os excessivos barulhos ocasionados por sons automotivos?
A fim de compreender melhor quais são essas Leis e o que o cidadão pode
fazer para se proteger de tal problema, conversamos com o Dr. Marco Dr. Marco Antônio: Sim. De fato o artigo 229 do CTB proíbe ruído automo-
Antônio de Figueiredo, autor do artigo "O Silêncio de Outrora", que trata tivo acima de 80dB e o artigo 228 impõe multa e medida administrativa
justamente sobre esse tema: (apreensão do veículo) e infração gravíssima para quem usa equipamento
de som emitindo frequência além do permitido pelo CONTRAN. A medida
MeuAdvogado: Há um limite de decibéis estabelecido pela Lei e que deve administrativa representa, sem olvidar, um importante passo para impedir
ser respeitado, independente da hora em que o som/música/barulho esteja que os motoristas provoquem poluição sonora, entretanto, a fiscalização
ocorrendo? não é eficiente e os meios de defesa são amplos e eficazes. Assim, para
que a apreensão e a punição do motorista poluidor seja efetivada é neces-
Dr. Marco Antônio: A legislação acerca de poluição sonora é tratada pelo
sário não apenas a policia militar na fiscalização mas a presença da polícia
artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais, Lei nº 9.605/98. Todavia, a referida
civil e peritos para atestarem com laudos os níveis de ruídos e fazerem o
lei é extremamente genérica no sentido de não retratar especificamente a
encaminhamento necessário. Toda essa burocracia é excessiva e impede o
poluição sonora tampouco o nível de ruído tolerado. Entretanto, o CONA-
bom desempenho no combate a esse tipo de poluição.
MA, pela Resolução 01/1990, instituiu níveis toleráveis para poluição sono-
ra com base na NBR 10.151 e 10.152, em que foi definido, por exemplo, O Dr. Marco Antônio de Figueiredo é advogado em Uberaba-MG e atua nas
que é aceitável limite de tolerância de 50 dB em restaurantes e congêneres. áreas de: Direito Civil, Direito do Consumidor, Direito do Trabalho, Direito
Contudo, são as legislações municipais e estaduais que definem o limite de Penal, Direito Processual Civil
decibéis toleráveis/permissivos. Analogicamente, a NR 15 estabelece, por
exemplo, que o limite máximo tolerável, independente de horários pré- * Colaborou ativamente com a entrevista a Dra. Juliane Sallun de Resende
estabelecido são 85dB em exposição no máximo de oito horas consecuti- DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR E DA REVISÃO
vas. A falta de uniformidade nos valores referenciais e uma legislação
específica e federal impedem o estabelecimento de regras claras e objeti- Art. 214. Poder disciplinar é a faculdade conferida ao Administrador Público
vas, ficando a critério do legislativo local estabelecer horários e níveis com o objetivo de possibilitar a prevenção e repressão de infrações funcio-
permitidos. nais e seus subordinados, no âmbito interno da Administração.
MeuAdvogado: Já quanto às casas noturnas ou bares, há um horário limite
em que estes podem exibir um conteúdo sonoro de alto volume? Art. 215. Constitui infração disciplinar toda ação ou omissão do funcionário
capaz de comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir a

Legislação municipal 164 A Opção Certa Para a Sua Realização


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disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à através de comunicado à autoridade competente, das medidas acautelató-
Administração Pública. rias previstas no Capítulo I deste Título.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se ao ocupante de cargo
em comissão ainda que não ocupante de cargo efetivo. Art. 224. Se, no curso da apuração sumária, ficar evidenciada falta punível
com pena de suspensão superior a 30 (trinta) dias ou multa corresponden-
CAPÍTULO I - DA PRISÃO ADMINISTRATIVA E DA SUS- te, o responsável pela apuração fará imediata comunicação à autoridade
PENSÃO PREVENTIVA competente para o fim de ser instaurado o necessário processo administra-
tivo disciplinar.
Art. 216. Cabe ao Chefe do Poder Executivo ordenar a prisão administrati-
va de todo e qualquer responsável pelos dinheiros e valores pertinentes à Art. 225. Por se tratar de apuração sumária, as declarações do servidor
Fazenda Municipal ou que se acharem sob a guarda desta, nos casos de suspeito serão recebidas também como defesa, dispensada a citação para
alcance, desvio, remissão ou omissão em efetuar as entradas e entregas tal fim, assegurada, porém, a juntada pelo mesmo, no prazo de 5 (cinco)
nos devidos prazos, ou ainda, a dos que, sendo ou não funcionários públi- dias, de quaisquer documentos que considere úteis.
cos, hajam contribuído material ou intelectualmente para a execução ou
ocultação desses crimes. Art. 226. A falta punível com pena de advertência, repreensão ou suspen-
§ 1º Decretada a prisão, a mesma autoridade comunicará, imediatamen- são inferior a 30 (trinta) dias será aplicada pelo Secretário Municipal ou
te, o fato à autoridade judiciária competente e providenciará no sentido de Procurador Geral a que pertencer o funcionário, assegurando-se-lhe ampla
ser realizado, com urgência, o processo de tomada de contas. defesa.
§ 2º A prisão administrativa não excederá a 90 (noventa) dias, e será
cumprida em estabelecimento especial. CAPÍTULO III - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCI-
§ 3º A prisão administrativa será relaxada tão logo seja efetuada a reposi- PLINAR
ção do "quantum" relativo ao alcance ou desfalque verificado.
Art. 227. A aplicação das penas de suspensão acima de 30 (trinta) dias,
Art. 217. A suspensão preventiva até 30 (trinta) dias será ordenada pelas destituição de função, demissão ou cassação de aposentadoria ou de
autoridades mencionadas no artigo 212, desde que o afastamento do disponibilidade serão sempre precedidas de processo administrativo disci-
funcionário seja necessário para que este não venha a influir na apuração plinar.
da falta.
Art. 228. Cabe ao Secretário Municipal de Administração a instauração do
Art. 218. A suspensão de que trata este artigo poderá, ainda, ser ordenada processo administrativo disciplinar, com a designação de comissão com-
pelo Secretário Municipal de Administração, no ato de instauração do posta de, no mínimo, 3 (três) membros, integrantes da COPAD - Comissão
processo administrativo disciplinar, e estendida até 90 (noventa) dias, Permanente de Inquérito Administrativo, indicados pelo Presidente.
findos os quais cessarão automaticamente os efeitos da mesma, ainda que § 1º O ato de designação indicará, desde logo, o presidente da comissão
o processo não esteja concluído. temporária, que deverá ser, Procurador do Município ou Bacharel de Direi-
§ 1º O funcionário, suspenso preventivamente, poderá ser administrati- to.
vamente preso. § 2º Os atos de designação dos membros da comissão e de seu Secretá-
§ 2º Não estando preso administrativamente, o funcionário que responder rio, serão publicados no órgão oficial.
por malversação ou alcance de dinheiro ou valores públicos será sempre
suspenso preventivamente e seu afastamento se prolongará até a decisão Art. 229. Se, de imediato, ou no curso do processo administrativo discipli-
final do processo administrativo disciplinar. nar, ficar evidenciado que a irregularidade cometida envolve fato punível
como crime, o Presidente da Comissão o descreverá remetendo cópia do
Art. 219. A prisão administrativa e a suspensão preventiva são medidas processo à Procuradoria Geral do Município, a fim de comunicar à Polícia
acautelatórias e não constituem penas. da jurisdição em que ela se verificou, para que seja providenciada a instau-
ração do competente inquérito.
Art. 220. O funcionário afastado em decorrência das medidas acautelató-
rias referidas no artigo anterior terá direito: Art. 230. A comissão poderá dedicar todo o tempo de expediente aos
I - à diferença de vencimento e à contagem do tempo de serviço relativo trabalhos do processo; ficando seus membros e o Secretário dispensados
ao período de afastamento, quando do processo não resultar punição ou do serviço da repartição, sem prejuízo de qualquer vantagem.
esta se limitar às penas de advertência, multa ou repreensão;
II - à diferença do vencimento e à contagem do período de afastamento Art. 231. Caberá ao Presidente da Comissão a designação de um funcioná-
que exceder ao prazo de suspensão disciplinar aplicada. rio ou pelo Chefe, salvo motivo relevante a critério do Secretário Municipal
§ 1º Quando a pena disciplinar aplicada for superior ao período de afas- de Administração.
tamento o funcionário restituirá o que recebeu indevidamente.
§ 2º Será computado, na duração da pena de suspensão disciplinar Art. 232. O processo administrativo disciplinar deverá estar concluído no
imposta, o período de afastamento decorrente de medida acautelatória. prazo de 90 (noventa) dias, contados da data em que os autos chegarem à
comissão, prorrogáveis, sucessivamente, por períodos de 30 (trinta) dias,
CAPÍTULO II - DA APURAÇÃO SUMÁRIA DE IRREGULA- até o máximo de 3 (três), em caso de força maior e a juízo do Secretário
RIDADE Municipal de Administração.
§ 1º A não observância dos prazos referidos neste artigo não acarretará
Art. 221. Qualquer autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço nulidade do processo, importante em responsabilidade administrativa dos
público é obrigada a provocar a sua apuração imediata, por meios sumários membros da comissão, ou de quem haja dado causa ao descumprimento.
ou por intermédio de processo administrativo. § 2º O sobrestamento do processo administrativo disciplinar só ocorrerá
em caso de absoluta impossibilidade de prosseguimento, a juízo do Secre-
Art. 222. A apuração de irregularidade, mediante sindicância, não terá tário Municipal de Administração.
forma processual definitiva, nem ficará adstrita ao rito determinado no § 3º A comissão procederá a todas as diligências necessárias, recorren-
Capítulo III, para o processo administrativo disciplinar, constituindo-se em do, inclusive a técnicos e peritos.
simples averiguação.
Parágrafo único. A critério da autoridade que instaurar, e segundo a Art. 233. Os órgãos municipais, sob pena de responsabilidade de seus
importância maior ou menor do evento, a sindicância poderá ser realizada titulares, atenderão, com máxima presteza, às solicitações da comissão,
por um único funcionário ou por uma comissão de 3 (três) servidores, devendo comunicar prontamente a impossibilidade de atendimento, em
preferivelmente efetivos. caso de força maior.

Art. 223. A instauração de sindicância não impede a adoção, imediata, Art. 234. A autoridade instauradora do processo providenciará, com a

Legislação municipal 165 A Opção Certa Para a Sua Realização


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devida urgência e, mediante requisição do presidente da comissão, os § 2º Não decidido o processo, no prazo deste artigo, o indiciado reassu-
meios materiais, inclusive os de locomoção ou transporte que se fizerem mirá automaticamente o exercício do cargo, se deste estiver afastado, até o
necessários. julgamento final.

Art. 235. A comissão assegurará, no processo administrativo disciplinar, o Art. 244. Quando a autoridade instauradora considerar que os fatos não
sigilo necessário à elucidação do fato ou o exigido pelo interesse da Admi- foram devidamente apurados, promoverá o retorno do processo à Comis-
nistração. são para cumprimento das diligências expressamente determinadas, consi-
deradas indispensáveis a sua decisão.
Art. 236. Será admitida a acareação entre acusado e testemunhas e entre
testemunhas, sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou Art. 245. O funcionário só poderá ser exonerado ou licenciado para tratar
circunstâncias relevantes. de interesses particulares, a pedido, após a conclusão do processo admi-
Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados; para que expli- nistrativo disciplinar a que responder, desde que reconhecida a sua inocên-
quem os pontos de divergência, reduzindo-se a termo o ato de acareação. cia ou cumprida a decisão imposta.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo quando o proces-
Art. 237. Para assistir pessoalmente aos atos processuais, fazendo-se so administrativo disciplinar tiver por objeto apurar abandono do cargo ou
acompanhar de defensor, se assim o quiser, o acusado será sempre inti- faltas intercaladas, quando se permitirá exoneração a pedido, a juízo do
mado, e poderá, nas inquirições, levantar contradita, formular perguntas e Chefe do Poder Executivo e não sendo o funcionário reincidente.
reinquirir testemunhas; nas perícias, apresentar assistente e formular
quesitos cujas respostas integrarão o laudo; e fazer juntadas de documen- Art. 245-A. Nas infrações disciplinares, o Presidente da Comissão
tos em qualquer fase do processo. Processante da COPAD, no momento da instauração do processo adminis-
Parágrafo único. Se, nas perícias, o assistente divergir dos resultados, trativo disciplinar ou da apuração sumária a que se refere o art. 221 desta
poderá oferecer observações escritas que serão examinadas no relatório Lei, nos casos de apuração de falta sujeita às penas de advertência, repre-
final e na decisão. ensão, multa ou suspensão, deverá propor a suspensão do processo
disciplinar - SUSPAD, pelo prazo de 1 a 5 anos, conforme a gravidade da
Art. 238. No interrogatório do acusado, seu defensor não poderá intervir de falta, e desde que o servidor não tenha sido condenado por outra infração
qualquer modo nas perguntas e nas respostas. disciplinar nos últimos 5 anos.
§ 1º Aceita a proposta, o Presidente da Comissão Processante especifi-
Art. 239. Antes de indiciado, o funcionário intimado a prestar declarações à cará as condições a que fica subordinada a suspensão, desde que ade-
Comissão poderá fazer-se acompanhar de advogado, que, entretanto, quadas ao fato e à situação pessoal do servidor, incluída a reparação do
observará o disposto no artigo anterior. dano, se houver.
Parágrafo único. Não se deferirá, nessa fase, qualquer diligência reque- § 2º A suspensão será revogada se, no curso de seu prazo, o beneficiário
rida. vier a ser processado por outra falta disciplinar ou se descumprir condições
estabelecidas na forma do § 1º, prosseguindo-se, nestes casos, os proce-
Art. 240. O Secretário da Comissão, a quem o Presidente fará a entrega de dimentos disciplinares cabíveis.
todos os documentos, que lhe forem confiados pela autoridade instaurado- § 3º Expirado o prazo da suspensão e cumprindo o beneficiário as condi-
ra, autuá-los-á mediante termos datados e assinados. ções, o Presidente da Comissão Processante recomendará a extinção da
punibilidade, caso em que será apreciada pelo Secretário Municipal de
Art. 241. Ultimada a instrução, será feita, no prazo de 3 (três) dias; a cita- Administração.
ção do indiciado, para a apresentação de defesa, no prazo de 10 (dez) § 4º O beneficiário da SUSPAD fica impedido de gozar o mesmo benefí-
dias, sendo-lhe facultado vista do processo durante todo esse período, na cio durante o seu curso e durante o dobro do prazo da suspensão, contado
sede da comissão. a partir da declaração de extinção da punibilidade, na forma do parágrafo
§ 1º Havendo dois ou mais indicados, o prazo para defesa será comum e anterior.
de 20 (vinte) dias. § 5º Não ocorrerá a prescrição durante o prazo da SUSPAD.
§ 2º Achando-se o indiciado em lugar incerto ou não sabido, será citado § 6º Não se aplica o benefício previsto no "caput" deste artigo às infra-
por edital, publicado em órgão oficial de imprensa, durante 8 (oito) dias ções disciplinares que correspondam a crimes contra a Administração
consecutivos, contando-se o prazo para a defesa da data da última publica- Pública, a crimes aos quais seja cominada pena mínima igual ou superior a
ção. 1 ano, a atos de improbidade administrativa tipificados no art. 9º e 10 da Lei
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligên- 8.429, de 2 de junho de 1992, e nos caos de abandono de cargo ou empre-
cias consideradas imprescindíveis, mediante requerimento do interessado e go.
a critério do Presidente da Comissão. § 7º O Prefeito expedirá normas complementares necessárias à aplicação
§ 4º Nenhum acusado será julgado sem defesa, que poderá ser produzi- deste dispositivo, inclusive para aplicação da SUSPAD nos procedimentos
do em causa própria. disciplinares em curso.

Art. 242. Em caso de revelia, o Presidente da Comissão designará, de CAPÍTULO IV - DO PROCESSO POR ABANDONO DE
oficio, defensor dativo, preferentemente bacharel em direito. CARGO
§ 1º A Constituição de defensor independerá de instrumento de mandato,
se o indiciado o indicar por ocasião do interrogatório. Art. 246. Caracterizado o abandono do cargo, o Chefe da repartição onde
§ 2º O defensor do acusado, quando designado pelo Presidente da tenha exercício o funcionário ou órgão pagador comunicará o fato à Secre-
comissão, não poderá abandonar o processo, senão por motivo imperioso, taria Municipal de Administração, que providenciará a instauração do pro-
sob pena de responsabilidade. cesso administrativo disciplinar.
§ 3º A falta de comparecimento de defensor do indiciado mesmo motiva-
da, não determinará o adiamento de ato algum do processo, devendo o Art. 247. Instaurado o processo administrativo disciplinar, a Comissão fará
Presidente da Comissão, no caso do defensor, designar substituto "ad hoc". publicar, por 3 (três) dias, na imprensa oficial, edital de chamada do acusa-
do, para que, no prazo máximo de 20 (vinte) dias, a contar da última publi-
Art. 243. Concluída a defesa, a comissão remeterá o processo à autoridade cação, apresente sua defesa.
competente, e com relatório onde será exposta a matéria de fato e de § 1º Findo o prazo do artigo anterior e não havendo manifestação do
direito, concluindo pela inocência ou responsabilidade do indiciado, apon- faltoso, ser-lhe-á designado defensor, pelo Presidente da Comissão de
tando, no último caso, as disposições legais transgredidas e a pena que Processo administrativo Disciplinar.
julgar cabível. § 2º O defensor diligenciará na apuração das causas determinantes da
§ 1º Recebido o processo, o Chefe do Poder Executivo proferirá a deci- ausência ao serviço, tomando as providências necessárias à defesa sob
são no prazo de 20 (vinte) dias, à vista dos fatos apurados pela comissão, seu encargo, tendo 10 (dez) dias para apresentá-la, contados da data de
não ficando, entretanto, vinculado às conclusões do relatório. sua designação.

Legislação municipal 166 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
filhos ou parentes até segundo grau, observada a ordem aqui estabelecida.
Art. 248. A Comissão de Processo Administrativo, recebida a defesa, fará a
sua apreciação e encaminhará, à autoridade instauradora, parecer conclu- Art. 145. A parte poderá constituir Advogado legalmente habilitado para
sivo, que será submetido à decisão do Chefe do Poder Executivo. acompanhar os termos dos procedimentos disciplinares de seu interesse.

Art. 249. O processo administrativo disciplinar de abandono de cargo § 1º Nos procedimentos de exercício da pretensão punitiva, se a parte não
observará, no que couber, às disposições do Capítulo III deste Título. constituir Advogado ou for declarada revel, ser-lhe-á dado defensor, na
pessoa de Procurador do Município de Niterói, que não terá poderes para
CAPÍTULO V - DA REVISÃO receber citação e confessar.

Art. 250. Poderá ser requerida a revisão do processo administrativo de § 2º A parte poderá, a qualquer tempo, constituir Advogado, hipótese em
que haja resultado pena disciplinar, quando forem aduzidos fatos ou cir- que se encerrará de imediato, a representação do defensor dativo.
cunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do funcionário punido.
§ 1º Tratando-se de funcionário falecido, desaparecido ou incapacitado de § 3º Ser-lhe-á dado também defensor dativo quando, notificada de que seu
requerer, a revisão poderá ser solicitada por qualquer pessoa. Advogado constituído não praticou atos necessários, a parte não tomar
§ 2º A revisão processar-se-á em apenso ao processo originário. qualquer providência no prazo de 03 (três) dias.
§ 3º Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de
injustiça de penalidade. Da Comunicação dos Atos das Citações
§ 4º O requerimento, devidamente instruído, será dirigido ao Chefe do
Poder Executivo que decidirá sobre o pedido, após ouvir a COPAD. Art. 146. Todo servidor que for parte em procedimento disciplinar de exercí-
§ 5º Deferida a revisão, o Secretário Municipal de administração designa- cio a pretensão punitiva será citado, sob pena de nulidade do procedimento,
rá outra Comissão para processá-la. para dele participar e defender-se.

Art. 251. Na inicial, o requerimento pedirá dia e hora para inquirição das Parágrafo Único - O comparecimento espontâneo da parte ou qualquer outro
testemunhas que arrolar. ato formal que implique ciência inequívoca a respeito da instauração do
Parágrafo único. Será considerada informante a testemunha que, resi- procedimento administrativo supre a necessidade de realização de citação.
dindo fora do Município, prestar depoimento por escrito.
Art. 147. A citação far-se-á, no mínimo, 72 (setenta e duas) horas antes da
Art. 252. Concluído o encargo da Comissão, em prazo não excedente a 30 data do interrogatório designado, da seguinte forma:
(trinta) dias, será o processo, com o respectivo relatório, encaminhado ao
Chefe do Poder Executivo, para julgamento. I - por entrega pessoal do mandado ou por meio da Divisão Técnica de
§ 1º O prazo para julgamento será de 30 (trinta) dias, podendo, antes, a Recursos Humanos da respectiva Pasta;
autoridade determinar diligências.
§ 2º No caso de serem determinadas diligências, o prazo será contado da II - por correspondência;
data da sua conclusão.
III - por edital.
Art. 253. Julgada procedente a revisão, será tornada sem efeito a penali-
dade imposta, restabelecendo-se todos os direitos pela mesma atingidos. Art. 148. A citação por entrega pessoal far-se-á sempre que o servidor
estiver em exercício de suas funções.
Das Normas Gerais sobre o Procedimento Disciplinar
Das Modalidades de Procedimentos Disciplinares Art. 149. Far-se-á a citação por correspondência quando o servidor não
estiver em exercício ou residir fora do Município, devendo o mandado ser
Art. 142. São procedimentos disciplinares: encaminhado, com aviso de recebimento, para o endereço residencial
constante do cadastro de sua unidade de lotação.
I - de preparação e investigação:
Art. 150. Estando o servidor em local incerto e não sabido, ou não sendo
a) o relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos; encontrado, por duas vezes, no endereço residencial constante do cadastro
b) a sindicância. de sua unidade de lotação, promover-se-á sua citação por editais, com
prazo de 15 (quinze) dias, publicados na Imprensa Oficial do Município de
II - do exercício da pretensão punitiva: Niterói durante 03 (três) edições consecutivas.

a) aplicação direta da penalidade; Art. 151. O mandado de citação conterá a designação de dia, hora e local
b) o processo sumário; para interrogatório e será acompanhado da cópia da denúncia administrati-
c) inquérito administrativo. va, que dele fará parte integrante e complementar.

III - a exoneração em período probatório. Das Intimações

Da Parte e De Seus Procuradores Art. 152. A intimação de servidor em efetivo exercício será feita por corres-
pondência e publicação no Órgão Oficial para publicações dos Atos Oficiais
Art. 143. São considerados parte, nos procedimentos disciplinares de exer- da Prefeitura Municipal de Niterói.
cício da pretensão punitiva, o servidor integrante dos Quadros da Guarda
Civil Municipal de Niterói efetivo ou admitido e o titular de cargo em comis- Parágrafo Único - O Inspetor-Geral da Guarda Municipal deverá diligenciar
são. para que o servidor tome ciência da publicação.

Art. 144. Os servidores incapazes temporária ou permanentemente, em Art. 153. O servidor que, sem justa causa, deixar de atender à intimação
razão de doença física ou mental, serão representados ou assistidos por com prazo marcado, terá, por decisão do Presidente da Comissão Proces-
seus pais, tutores ou curadores, na forma da Lei Civil. sante, suspenso o pagamento de seus vencimentos ou proventos, até que
satisfaça a exigência.
Parágrafo Único - Inexistindo representantes legalmente investidos, ou na
impossibilidade comprovada de trazê-los ao procedimento disciplinar, ou, Parágrafo Único - Igual penalidade poderá ser aplicada à chefia do Setor de
ainda, se houver pendências sobre a capacidade do servidor, serão convo- Pessoal que deixar de dar ciência da publicação ao servidor intimado.
cados como seus representantes os pais, o cônjuge ou companheiro, os

Legislação municipal 167 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 154. A intimação dos Advogados e do defensor dativo será feita por reproduzidos verbalmente em audiência.
intermédio de publicação na Imprensa Oficial do Município de Niterói, de-
vendo dela constar o número do processo, o nome dos Advogados e da Art. 163. Servem também à prova dos fatos o telegrama, o radiograma, a
parte. fotografia, a fonografia, a fita de vídeo e outros meios lícitos, inclusive os
eletrônicos.
§ 1º Dos atos realizados em audiência reputam-se intimados, desde logo, a
parte, o Advogado e o defensor dativo. Art. 164. Caberá à parte que impugnar a prova produzir a perícia necessária
à comprovação do alegado.
§ 2º Quando houver somente um defensor dativo designado no processo, o
cartório encaminhar-lhe-á os autos por carga, diretamente, independente- Da Prova Testemunhal
mente de intimação ou publicação, devendo ser observado, na sua devolu-
ção, o prazo legal cominado para a prática do ato. Art. 165. A prova testemunhal é sempre admissível, podendo ser indeferida
pelo Presidente da Comissão Processante:
Dos Prazos
I - se os fatos sobre os quais serão inquiridas as testemunhas já foram
Art. 155. Os prazos são contínuos, não se interrompendo nos feriados e provados por documentos ou confissão da parte;
serão computados excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do
vencimento. II - quando os fatos só puderem ser provados por documentos ou perícia.

Parágrafo Único - Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil, se Art. 166. Compete à parte entregar na repartição, no tríduo probatório, o rol
o vencimento cair em final de semana, feriado, ponto facultativo municipal ou das testemunhas de defesa, indicando seu nome completo, endereço e
se o expediente administrativo for encerrado antes do horário normal. respectivo código de endereçamento postal - CEP.

Art. 156. Decorrido o prazo, extingue-se para a parte, automaticamente, o § 1º Se a testemunha for servidor municipal, deverá a parte indicar o nome
direito de praticar o ato, salvo se esta provar que não o realizou por evento completo, unidade de lotação e o número de matrícula e ou registro funcio-
imprevisto, alheio à sua vontade ou a de seu procurador, hipótese em que o nal.
Presidente da Comissão Processante permitirá a prática do ato, assinalando
prazo para tanto. § 2º Depois de apresentado o rol de testemunhas, a parte poderá substituí-
las até a data da audiência designada, com a condição de ficar sob sua
Art. 157. Não havendo disposição expressa nesta Lei e nem assinalação de responsabilidade levá-las à audiência.
prazo pelo Presidente da Comissão Processante, o prazo para a prática dos
atos no procedimento disciplinar, a cargo da parte, será de 48 (quarenta e § 3º O não comparecimento da testemunha substituída implicará desistência
oito) horas. de sua oitiva pela parte.

Parágrafo Único - A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusi- Art. 167. Cada parte poderá arrolar, no máximo, 04 (quatro) testemunhas.
vamente a seu favor.
Art. 168. As testemunhas serão ouvidas, de preferência, primeiramente as
Art. 158. Quando, no mesmo procedimento disciplinar, houver mais de uma da Comissão Processante e, após, as da parte.
parte, os prazos serão comuns, exceto para as razões finais, quando será
contado em dobro, se houver diferentes Advogados. Art. 169. As testemunhas deporão em audiência perante o Presidente da
Comissão Processante, os comissários e o defensor constituído e, na sua
§ 1º Havendo no processo até 02 (dois) defensores, cada um apresentará ausência, o defensor dativo.
alegações finais, sucessivamente, no prazo de 10 (dez) dias cada um.
§ 1º Se a testemunha, por motivo relevante, estiver impossibilitada de com-
§ 2º Havendo mais de 02 (dois) defensores, caberá ao Presidente da Co- parecer à audiência, mas não de prestar depoimento, o Presidente da Co-
missão Processante conceder, mediante despacho nos autos, prazo para missão Processante poderá designar dia, hora e local para inquiri-la.
vista fora da repartição, designando data única para apresentação dos
memoriais de defesa na repartição. § 2º Sendo necessária a oitiva de servidor que estiver cumprindo pena
privativa de liberdade, o Presidente da Comissão Processante solicitará à
autoridade competente que apresente o preso em dia e hora designados
CAPÍTULO XII para a realização da audiência.
DAS PROVAS
§ 3º O Presidente da Comissão Processante poderá, ao invés de realizar a
DISPOSIÇÕES GERAIS audiência mencionada no parágrafo anterior, fazer a inquirição por escrito,
dirigindo correspondência à autoridade competente, para que tome o depoi-
mento, conforme as perguntas formuladas pela Comissão Processante e, se
Art. 159. Todos os meios de prova admitidos em direito e moralmente for o caso, pelo Advogado de defesa, constituído ou dativo.
legítimos são hábeis para demonstrar a veracidade dos fatos.
Art. 170. Incumbirá à parte levar à audiência, independentemente de intima-
Art. 160. O Presidente da Comissão Processante poderá limitar e excluir, ção, as testemunhas por ela indicadas que não sejam servidores municipais,
mediante despacho fundamentado, as provas que considerar excessivas, decaindo do direito de ouvi-las, caso não compareçam.
impertinentes ou protelatórias.
Parágrafo Único - As chefias imediatas diligenciarão para que sejam dispen-
Da Prova Fundamental sados os servidores no momento das audiências, devendo para tanto serem
informadas a respeito da designação da audiência com 72 (setenta e duas)
Art. 161. Fazem a mesma prova que o original as certidões de processos horas de antecedência.
judiciais e as reproduções de documentos autenticadas por Oficial Público,
ou conferidas e autenticadas por servidor público para tanto competente. Art. 171. Antes de depor, a testemunha será qualificada, indicando nome,
idade, profissão, local e função de trabalho, número da cédula de identidade,
Art. 162. Admitem-se como prova as declarações constantes de documento residência, estado civil, bem como se tem parentesco com a parte e, se for
particular, escrito e assinado pelo declarante, bem como depoimentos servidor municipal, o número de seu registro funcional e ou matrícula.
constantes de sindicâncias, que não puderem, comprovadamente, ser

Legislação municipal 168 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 172. A parte cujo Advogado não comparecer à audiência de oitiva de
testemunha será assistida por um defensor designado para o ato pelo Presi- § 2º Não sendo possível realizar a citação, o intimador certificará os motivos
dente da Comissão Processante. nos autos.

Art. 173. O Presidente da Comissão Processante interrogará a testemunha, Art. 184. A revelia deixará de ser decretada ou, se decretada, será revogada
cabendo, primeiro aos comissários e depois à defesa, formular perguntas quando verificado, a qualquer tempo, que, na data designada para o interro-
tendentes a esclarecer ou complementar o depoimento. gatório:

Parágrafo Único - O Presidente da Comissão Processante poderá indeferir I - a parte estava legalmente afastada de suas funções por licença-
as perguntas, mediante justificativa expressa no termo de audiência. maternidade ou paternidade, licença-gala, em gozo de férias, presa, proviso-
riamente ou em cumprimento de pena, ou em licença-médica se impossibili-
Art. 174. O depoimento, depois de lavrado, será rubricado e assinado pelos tada de prestar depoimento, podendo a Comissão realizar audiência em
membros da Comissão Processante, pelo depoente e defensor constituído domicílio ou no lugar onde se encontre o servidor;
ou dativo.
II - a parte comprovar motivo de força maior que tenha impossibilitado seu
Art. 175. O Presidente da Comissão Processante poderá determinar de comparecimento tempestivo.
ofício ou a requerimento:
Parágrafo Único - Revogada a revelia, será realizado o interrogatório, reini-
I - a oitiva de testemunhas referidas nos depoimentos; ciando-se a instrução, com aproveitamento dos atos instrutórios já realiza-
dos, desde que ratificados pela parte, por termo lançado nos autos.
II - a acareação de 02 (duas) ou mais testemunhas, ou de alguma delas com
a parte, quando houver divergência essencial entre as declarações sobre Art. 185. Decretada a revelia, dar-se-á prosseguimento ao procedimento
fato que possa ser determinante na conclusão do procedimento. disciplinar, designando-se defensor dativo para atuar em defesa da parte.

Da Prova Pericial Parágrafo Único - É assegurado ao revel o direito de constituir Advogado em


substituição ao defensor dativo que lhe tenha sido designado.
Art. 176. A prova pericial consistirá em exames, vistorias e avaliações e será
indeferida pelo Presidente da Comissão Processante, quando dela não Art. 186. A decretação da revelia acarretará a preclusão das provas que
depender a prova do fato. deveriam ser requeridas, especificadas e/ou produzidas pela parte em seu
interrogatório, assegurada a faculdade de juntada de documentos com as
Art. 177. Se o exame tiver por objeto a autenticidade ou falsidade de docu- razões finais.
mento, ou for de natureza médico-legal, a Comissão Processante requisita-
rá, preferencialmente, elementos junto às autoridades policiais ou judiciais, Parágrafo Único - Ocorrendo a revelia, a defesa poderá requerer provas no
quando em curso investigação criminal ou processo judicial. tríduo probatório.

Art. 178. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade de letra ou firma, Art. 187. A parte revel não será intimada pela Comissão Processante para a
o Presidente da Comissão Processante, se necessário ou conveniente, prática de qualquer ato, constituindo ônus da defesa comunicar-se com o
poderá determinar à pessoa à qual se atribui a autoria do documento, que servidor, se assim entender necessário.
copie ou escreva, sob ditado, em folha de papel, dizeres diferentes, para fins
de comparação e posterior perícia. § 1º Desde que compareça perante a Comissão Processante ou intervenha
no processo, pessoalmente ou por meio de Advogado com procuração nos
Art. 179. Ocorrendo necessidade de perícia médica do servidor denunciado autos, o revel passará a ser intimado pela Comissão, para a prática de atos
administrativamente, o órgão pericial da municipalidade dará à solicitação da processuais.
Comissão Processante caráter urgente e preferencial.
§ 2º O disposto no parágrafo anterior não implica revogação da revelia nem
Art. 180. Quando não houver possibilidade de obtenção de elementos junto elide os demais efeitos desta.
às autoridades policiais ou judiciais e a perícia for indispensável para a
conclusão do processo, o Presidente da Comissão solicitará ao titular do Dos Impedimentos e Da Suspeição
órgão municipal de segurança, a contratação de perito para esse fim.
Art. 188. É defeso aos membros da Comissão Processante exercer suas
Das Audiências e Do Interrogatório da Parte funções em procedimentos disciplinares:

Art. 181. A parte será interrogada na forma prevista para a inquirição de I - de que for parte;
testemunhas, vedada a presença de terceiros, exceto seu Advogado.
II - em que interveio como mandatário da parte, defensor dativo ou testemu-
Art. 182. O termo de audiência será lavrado, rubricado e assinado pelos nha;
membros da Comissão, pela parte e, se for o caso, por seu defensor.
III - quando a parte for seu cônjuge, parente consanguíneo ou afim em linha
Da Revelia e De Suas Consequências reta, ou na colateral até segundo grau, amigo íntimo ou inimigo capital;

Art. 183. O Presidente da Comissão Processante decretará a revelia da IV - quando em procedimento estiver postulando como Advogado da parte
parte que, regularmente citada, não comparecer perante a Comissão no dia seu cônjuge ou parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na colate-
e hora designados. ral, até segundo grau;

§ 1º A regular citação será comprovada mediante juntada aos autos: V - quando houver atuado na sindicância que precedeu o procedimento do
exercício de pretensão punitiva;
I - da contrafé do respectivo mandado, no caso de citação pessoal;
VI - na etapa da revisão, quando tenha atuado anteriormente.
II - das cópias dos 03 (três) editais publicados na Imprensa Oficial do Muni-
cípio de Niterói, no caso de citação por edital; Art. 189. A arguição de suspeição de parcialidade de alguns ou de todos os
membros da Comissão Processante e do defensor dativo precederá qual-
III - do Aviso de Recebimento (AR), no caso de citação pelo Correio. quer outra, salvo quando fundada em motivo superveniente.

Legislação municipal 169 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 195. Na ocorrência de infração disciplinar envolvendo servidores da
§ 1º A arguição deverá ser alegada pelos citados no caput deste artigo ou Guarda Civil Municipal de Niterói de mais de uma unidade da Guarda Civil
pela parte, em declaração escrita e motivada, que suspenderá o andamento Municipal de Niterói caberá à chefia imediata com responsabilidade territorial
do processo. sobre a área onde ocorreu o fato elaborar relatório circunstanciado sobre a
irregularidade e remetê-lo à Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de
§ 2º Sobre a suspeição arguida, o Corregedor Geral da Guarda Municipal de Niterói para o respectivo processamento.
Niterói:
Art. 196. Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes, ambas
I - se a acolher, tomará as medidas cabíveis, necessárias à substituição com competência disciplinar sobre o infrator, conhecerem da infração disci-
do(s) suspeito(s) ou à redistribuição do processo; plinar, caberá à de maior hierarquia instaurar e encaminhar à Corregedoria
Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói o relatório circunstanciado e
II - se a rejeitar, motivará a decisão e devolverá o processo ao Presidente da conclusivo sobre os fatos.
Comissão Processante, para prosseguimento.
Da Extinção da Punibilidade e Do Procedimento Disciplinar

CAPÍTULO XIII Art. 197. Extingue-se a punibilidade:


DA COMPETÊNCIA
I - pela morte da parte;

Art. 190. A decisão nos procedimentos disciplinares será proferida por II - pela prescrição;
despacho devidamente fundamentado da autoridade competente, no qual
será mencionada a disposição legal em que se baseia o ato. III - pela anistia.

Art. 191. Compete ao Prefeito a aplicação da pena de demissão, na hipóte- Art. 198. O procedimento disciplinar extingue-se com a publicação do des-
se prevista nos casos de demissão a bem do serviço público. pacho decisório pela autoridade administrativa competente.

Art. 192. Compete ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Nite- Parágrafo Único - O processo, após sua extinção, será enviado à unidade de
rói: lotação do servidor infrator, para as necessárias anotações no prontuário e
arquivamento, se não interposto recurso.
I - determinar a instauração:
Art. 199. Extingue-se o procedimento sem julgamento de mérito, quando a
a) das sindicâncias em geral; autoridade corregedora competente para proferir a decisão acolher proposta
b) dos procedimentos de exoneração em estágio probatório; da Comissão Processante, nos seguintes casos:
c) dos processos sumários;
d) dos inquéritos administrativos. I - morte da parte;

II - aplicar suspensão preventiva; II - ilegitimidade da parte;

III - aplicar suspensão; III - quando a parte já tiver sido demitida, dispensada ou exonerada do
serviço público, casos em que se farão as necessárias anotações no prontu-
IV - decidir, por despacho, os processos de inquérito administrativo, nos ário para fins de registro de antecedentes;
casos de:
IV - quando o procedimento disciplinar versar sobre a mesma infração de
a) absolvição; outro, em curso ou já decidido;
b) desclassificação da infração ou abrandamento de penalidade de que
resulte a imposição de pena de repreensão ou de suspensão; V - anistia.
c) aplicação da pena de suspensão.
Art. 200. Extingue-se o procedimento com julgamento de mérito, quando a
V - decidir aberturas de sindicâncias; autoridade corregedora a proferir decisão:

VI - decidir os procedimentos de exoneração em estágio probatório; I - pelo arquivamento da sindicância, ou pela instauração do subsequente
procedimento disciplinar de pretensão punitiva;
VII - decidir os processos sumários;
II - pela absolvição ou imposição de penalidade;
VIII - deliberar sobre a remoção temporária de servidor integrante do Quadro
dos Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói. III - pelo reconhecimento da prescrição.

§ 1º A competência estabelecida neste artigo abrange as atribuições para


decidir os pedidos de reconsideração, apreciar e encaminhar os recursos e CAPÍTULO XIV
os pedidos de revisão de inquérito ao Prefeito. DOS PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES

§ 2º Será delegada ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói


competência para instauração de procedimento especial de exoneração em Do Procedimento Disciplinar de Preparação e Investigação
estágio probatório.
Do Relatório Circunstanciado e Conclusivo sobre os Fatos
Art. 193. Compete ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Nite-
rói, além das competências lhe atribuídas desta Lei, também a de determi-
nar o cancelamento da punição. Art. 201. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público
é obrigada a tomar providências objetivando a apuração dos fatos e respon-
Art. 194. Compete ao Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói a sabilidades.
aplicação das sanções disciplinares de advertência, repreensão.
§ 1º As providências de apuração terão início imediato após o conhecimento

Legislação municipal 170 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dos fatos e serão adotadas na unidade onde estes ocorreram, consistindo infrator, que descreverá os fatos que constituem a irregularidade a ele
na elaboração de relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos e imputada e o dispositivo legal infringido, conferindo-lhe o prazo de 05 (cinco)
encaminhado à Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói para dias para a apresentação de defesa.
a instrução, com a oitiva dos envolvidos e das testemunhas, além de outras
provas indispensáveis ao seu esclarecimento. Parágrafo Único - A defesa deverá ser feita por escrito, podendo ser elabo-
rada pessoalmente pelo servidor ou por defensor constituído na forma da lei,
§ 2º A apuração será cometida a funcionário ou grupo de funcionários. e será entregue contrarrecibo, à autoridade que determinou a citação.

§ 3º A apuração deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias, findo o Art. 210. Aplicada a penalidade na forma prevista neste Capítulo, encerra-se
qual os autos serão enviados ao Corregedor, que determinará: a pretensão punitiva da Administração, ficando vedada a instauração de
qualquer outro procedimento disciplinar contra o servidor apenado com base
I - a aplicação de penalidade, nos termos do artigo 108, quando a responsa- nos mesmos fatos.
bilidade subjetiva pela ocorrência encontrar-se definida, porém a natureza
da falta cometida não for grave, não houver dano ao Patrimônio Público ou § 1º Aplicada a penalidade dar-se-á ciência à Corregedoria Geral da Guarda
se este for de valor irrisório; Civil Municipal de Niterói, com relatório instruído com cópia da notificação
feita ao servidor, da intimação e eventual defesa por ele apresentada, bem
II - o arquivamento do feito, quando comprovada a inexistência de respon- como cópia da fundamentação da decisão e respectiva publicação na Im-
sabilidade funcional pela ocorrência irregular investigada; prensa Oficial do Município de Niterói.

III - a instauração do procedimento disciplinar cabível e a remessa dos autos § 2º O Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói manterá ca-
ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói, para a respectiva dastro atualizado e controlará um banco de dados sobre a vida funcional dos
instrução quando: servidores integrantes do Quadro de Profissionais da Guarda Civil.

a) a autoria do fato irregular estiver comprovada; Do Processo Sumário


b) encontrar-se perfeitamente definida a responsabilidade subjetiva do
servidor pelo evento irregular; Art. 211. Instaura-se o Processo Sumário quando a falta disciplinar, pelas
c) existirem fortes indícios de ocorrência de responsabilidade funcional, que proporções ou pela natureza, ensejar pena de suspensão superior a 05
exijam a complementação das investigações mediante sindicância. (cinco) dias.

Da Sindicância Art. 212. O Processo Sumário será instaurado pelo Presidente da Comissão
Processante, com a ciência dos comissários, e deverá ter toda a instrução
Art. 202. A sindicância é o procedimento disciplinar de preparação e investi- concentrada em audiência.
gação, instaurado pelo Presidente da Comissão Processante por determina-
ção do Corregedor Geral da Guarda Municipal, quando os fatos não estive- Art. 213. O termo de instauração e intimação conterá, obrigatoriamente:
rem definidos ou faltarem elementos indicativos da autoria.
I - a descrição articulada da falta atribuída ao servidor;
Parágrafo Único - O Presidente da Comissão Sindicante, quando houver
notícia de fato tipificada como crime, enviará a devida comunicação à autori- II - os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a penalidade
dade competente, se a medida ainda não tiver sido providenciada. aplicável;

Art. 203. A sindicância não comporta o contraditório, devendo, no entanto, III - a designação cautelar de defensor dativo para assistir o servidor, se
serem ouvidos todos os envolvidos nos fatos. necessário, na audiência concentrada de instrução;

Parágrafo Único - Os depoentes poderão fazer-se acompanhar de Advoga- IV - designação de data, hora e local para interrogatório, ao qual deverá o
do, que não poderá interferir no procedimento. servidor comparecer, sob pena de revelia;

Art. 204. Se o interesse público o exigir, o Corregedor Geral da Guarda Civil V - ciência de que poderá o sumariado comparecer à audiência acompanha-
Municipal de Niterói decretará, no despacho instaurador, o sigilo da sindi- da de defensor de sua livre escolha, regularmente constituído;
cância, facultado o acesso aos autos exclusivamente às partes e seus
patronos. VI - intimação para que o servidor apresente, na audiência concentrada de
instrução, toda prova documental que possuir bem como suas testemunhas
Art. 205. É assegurada vista dos autos da sindicância, nos termos do artigo de defesa, que não poderão exceder a 04 (quatro);
5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal.
VII - notificação de que, na mesma audiência, serão produzidas as provas
Art. 206. Quando recomendar a abertura de procedimento disciplinar de da Comissão, devidamente especificadas;
exercício da pretensão punitiva, o relatório da sindicância deverá apontar os
dispositivos legais infringidos e a autoria apurada. VIII - nomes completos e registros funcionais dos membros da Comissão
Processante.
Art. 207. A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias,
prorrogável, a critério do Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Art. 214. No caso comprovado de não ter o sumariado tomado ciência do
Niterói, mediante justificativa fundamentada. inteiro teor do termo de intimação, ser-lhe-á facultado apresentar suas
testemunhas de defesa no prazo determinado pela Presidência, sob pena de
Dos Procedimentos Disciplinares de Exercício da Pretensão Punitiva decadência.

Da Aplicação Direta de Penalidade Art. 215. Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa para apresentação
de razões finais, no prazo de 05 (cinco) dias.
Art. 208. As penas de advertência, repreensão poderão ser aplicadas dire-
tamente pelo titular do órgão municipal de segurança e pelo Inspetor-Geral Art. 216. Após a defesa, a Comissão Processante elaborará relatório, en-
da Guarda Civil Municipal de Niterói, que tiverem conhecimento da infração caminhando-se o processo para decisão da autoridade administrativa com-
disciplinar. petente.

Art. 209. A aplicação da pena será precedida de citação por escrito do Do Inquérito Administrativo

Legislação municipal 171 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Parágrafo Único - A defesa será intimada de todas as provas e diligências
Art. 217. Instaurar-se-á Inquérito Administrativo quando a falta disciplinar, determinadas, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas,
por sua natureza, puder determinar a suspensão, a dispensa dos servidores sendo-lhe facultada a formulação de quesitos, quando se tratar de prova
admitidos, estáveis ou não, a demissão, a demissão a bem do serviço pericial, hipótese em que o prazo de intimação será ampliado para 05 (cinco)
público. dias.

Parágrafo Único - No Inquérito Administrativo é assegurado o exercício do Art. 225. Realizadas as provas da Comissão Processante, a defesa será
direito ao contraditório e à ampla defesa. intimada para indicar, em 03 (três) dias, as provas que pretende produzir.

Art. 218. São fases do Inquérito Administrativo: Art. 226. Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defensor para apresenta-
ção, por escrito e no prazo de 05 (cinco) dias úteis, das razões de defesa do
I - instauração e denúncia administrativa; denunciado.

II - citação; Art. 227. Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão Processante


elaborará o parecer conclusivo, que deverá conter:
III - instrução, que compreende o interrogatório, a prova da Comissão Pro-
cessante e o tríduo probatório; I - a indicação sucinta e objetiva dos principais atos processuais;

IV - razões finais; II - análise das provas produzidas e das alegações da defesa;

V - relatório final conclusivo; III - conclusão, com proposta justificada e, em caso de punição, deverá ser
indicada a pena cabível e sua fundamentação legal.
VI - encaminhamento para decisão;
§ 1º Havendo consenso, será elaborado parecer conclusivo unânime e,
VII - decisão. havendo divergência, será proferido voto em separado, com as razões nas
quais se funda a divergência.
Art. 219. O Inquérito Administrativo será conduzido por uma Comissão
Processante, presidida obrigatoriamente por servidor da Guarda Civil Muni- § 2º A Comissão deverá propor, se for o caso:
cipal com título de Bacharel em Direito.
I - a desclassificação da infração prevista na denúncia administrativa;
Art. 220. O Inquérito Administrativo será instaurado pelo Presidente da
Comissão, no prazo de 05 (cinco) dias, contados do recebimento dos autos II - o abrandamento da penalidade, levando em conta fatos e provas conti-
pela Comissão Processante. das no procedimento, a circunstância da infração disciplinar e o anterior
comportamento do servidor;
Art. 221. A denúncia administrativa deverá conter obrigatoriamente:
III - outras medidas que se fizerem necessárias ou forem do interesse públi-
I - a indicação da autoria; co.

II - os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a penalidade Art. 228. O Inquérito Administrativo deverá ser concluído no prazo de 90
aplicável; (noventa) dias, que poderá ser prorrogado, a critério do Corregedor Geral da
Guarda Civil Municipal de Niterói, mediante justificativa fundamentada.
III - o resumo dos fatos;
Parágrafo Único - Nos casos de prática das infrações previstas no artigo 51,
IV - a ciência de que a parte poderá fazer todas as provas admitidas em ou quando o funcionário for preso em flagrante delito ou preventivamente, o
Direito e pertinentes à espécie; Inquérito Administrativo deverá ser concluído no prazo de 60 (sessenta)
dias, contados da citação válida do indiciado, podendo ser prorrogado, a
V - a ciência de que é facultado à parte constituir Advogado para acompa- juízo da autoridade que determinou a instauração, mediante justificação,
nhar o processo e defendê-la, e de que, não o fazendo, ser-lhe-á nomeado pelo prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
defensor dativo;
Art. 229. Com o parecer conclusivo os autos serão encaminhados ao Corre-
VI - designação de dia, hora e local para o interrogatório, ao qual a parte gedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói para manifestação e, na
deverá comparecer, sob pena de revelia; sequência, ao titular do órgão municipal de segurança, para decisão ou
manifestação e encaminhamento ao Prefeito, quando for o caso.
VII - nomes completos e registro funcional dos membros da Comissão
Processante. Do Julgamento

Art. 222. O servidor acusado da prática de infração disciplinar será citado Art. 230. A autoridade competente para decidir não fica vinculada ao pare-
para participar do processo e se defender. cer conclusivo da Comissão Processante, podendo, ainda, converter o
julgamento em diligência para os esclarecimentos que entender necessário.
§ 1º A citação deverá ser feita com antecedência de, no mínimo, 48 (quaren-
ta e oito) horas da data designada para o interrogatório. Art. 231. Recebidos os autos, o Corregedor da Guarda Civil Municipal,
quando for o caso, julgará o Inquérito Administrativo em 30 (trinta) dias,
Art. 223. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo prorrogáveis, justificadamente.
pessoalmente, desde que o faça com urbanidade, e de intervir, por seu
defensor, nas provas e diligências que se realizarem. Parágrafo Único - A autoridade competente julgará o Inquérito Administrati-
vo, decidindo, fundamentadamente:
Art. 224. Regularizada a representação processual do denunciado, a Co-
missão Processante promoverá a tomada de depoimentos, acareações, I - pela absolvição do acusado;
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova e, quando
necessário, recorrerá a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa II - pela punição do acusado;
elucidação dos fatos.
III - pelo arquivamento, quando extinta a punibilidade.

Legislação municipal 172 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Art. 238. Na ocorrência de mais de uma infração, sem conexão entre si,
Art. 232. O acusado será absolvido, quando reconhecido: serão aplicadas as sanções correspondentes isoladamente.

I - estar provada a inexistência do fato; Do Cumprimento das Sanções Disciplinares

II - não haver prova da existência do fato; Art. 239. A autoridade responsável pela execução da sanção imposta a
subordinado que esteja a serviço ou à disposição de outra unidade fará a
III - não constituir o fato infração disciplinar; devida comunicação para que a medida seja cumprida.

IV - não existir prova de ter o acusado concorrido para a infração disciplinar; Da Exoneração no Estágio Probatório

V - não existir prova suficiente para a condenação; Art. 240. Instaurar-se-á procedimento especial de exoneração em estágio
probatório, nos seguintes casos:
VI - a existência de quaisquer das seguintes causas de justificação:
I - inassiduidade;
a) motivo de força maior ou caso fortuito;
b) legítima defesa própria ou de outrem; II - ineficiência;
c) estado de necessidade;
d) estrito cumprimento do dever legal; III - indisciplina;
e) coação irresistível.
IV - insubordinação;
Da Aplicação das Sanções Disciplinares
V - desídia;
Art. 233. Na aplicação da sanção disciplinar serão considerados os motivos,
circunstâncias e consequências da infração, os antecedentes e a personali- VI - conduta moral ou profissional que se revele incompatível com suas
dade do infrator, assim como a intensidade do dolo ou o grau da culpa. atribuições;

Art. 234. São circunstâncias atenuantes: VII - por irregularidade administrativa grave;

I - estar classificado, no mínimo, na categoria de bom comportamento, VIII - pela prática de delito doloso, relacionado ou não com suas atribuições.
conforme disposição prevista no artigo 116, inciso II, desta Lei;
Art. 241. O chefe mediato ou imediato do servidor formulará representação,
II - ter prestado relevantes serviços para a Guarda Civil Municipal de Niterói; preferencialmente, pelo menos 04 (quatro) meses antes do término do
período probatório, contendo os elementos essenciais, acompanhados de
III - ter cometido a infração para preservação da ordem ou do interesse possíveis provas que possam configurar os casos indicados no artigo anteri-
público. or e o encaminhará ao Corregedor Geral, que apreciará o seu conteúdo,
determinando, se for o caso, a instauração do procedimento de exoneração.
Art. 235. São circunstâncias agravantes:
Parágrafo Único - Sendo inviável a conclusão do procedimento de exonera-
I - mau comportamento, conforme disposição prevista no artigo 116, inciso ção antes de findo o estágio probatório, o Corregedor poderá convertê-lo em
IV, desta Lei; Inquérito Administrativo, prosseguindo-se até final decisão.

II - prática simultânea ou conexão de 02 (duas) ou mais infrações; Art. 242. O procedimento disciplinar de exoneração de funcionário em
estágio probatório será instaurado pelo Presidente da Comissão Processan-
III - reincidência; te, com a ciência dos comissários, e deverá ter toda a instrução concentrada
em audiência.
IV - conluio de 02 (duas) ou mais pessoas;
Art. 243. O termo de instauração e intimação conterá, obrigatoriamente:
V - falta praticada com abuso de autoridade.
I - a descrição articulada da falta atribuída ao servidor;
§ 1º Verifica-se a reincidência quando o servidor cometer nova infração
depois de transitar em julgado a decisão administrativa que o tenha conde- II - os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a tipificação legal;
nado por infração anterior.
III - a designação cautelar de defensor dativo para assistir o servidor, se
§ 2º Dá-se o trânsito em julgado administrativo quando a decisão não com- necessário, na audiência concentrada de instrução;
portar mais recursos.
IV - a designação de data, hora e local para interrogatório, ao qual deverá o
Art. 236. Em caso de reincidência, as faltas graves serão puníveis com servidor comparecer, sob pena de revelia;
repreensão e as gravíssimas com suspensão.
V - a ciência ao servidor de que poderá comparecer à audiência acompa-
Parágrafo Único - As punições canceladas ou anuladas não serão conside- nhada de defensor de sua livre escolha, regularmente constituído;
radas para fins de reincidência.
VI - a intimação para que o servidor apresente, na audiência concentrada de
Art. 237. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercí- instrução, toda prova documental que possuir, bem como suas testemunhas
cio irregular de suas atribuições, sendo responsável por todos os prejuízos de defesa, que não poderão exceder a 04 (quatro);
que, nessa qualidade, causar à Fazenda Municipal, por dolo ou culpa,
devidamente apurados. VII - a notificação de que, na mesma audiência, serão produzidas as provas
da Comissão Processante, devidamente especificadas;
Parágrafo Único - As cominações civis, penais e disciplinares poderão
cumular-se, sendo independentes entre si, assim como a instância civil, VIII - os nomes completos e registros funcionais dos membros da Comissão
penal e administrativa. Processante.

Legislação municipal 173 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Parágrafo Único - No caso comprovado de não ter o servidor tomado ciência ção de injustiça da decisão, cabendo ao recorrente o ônus da prova de suas
do inteiro teor do termo de instauração e intimação, ser-lhe-á facultado alegações.
apresentar suas testemunhas de defesa no prazo determinado pela Presi-
dência, sob pena de decadência. Da Revisão

Art. 244. Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa para apresentação Art. 255. A revisão será recebida e processada mediante requerimento
de razões finais, no prazo de 05 (cinco) dias. quando:

Art. 245. Após a defesa, a Comissão Processante elaborará relatório con- I - a decisão for manifestamente contrária a dispositivo legal ou à evidência
clusivo, encaminhando-se o processo para decisão da autoridade adminis- dos autos;
trativa competente.
II - a decisão se fundamentar em depoimentos, exames periciais, vistorias
Art. 246. Se no curso do procedimento disciplinar por faltas consecutivas ou ou documentos comprovadamente falsos ou eivados de erros;
intercaladas ao serviço, for apresentado pelo servidor pedido de exoneração
ou de dispensa, o Presidente da Comissão Processante encaminhará o III - surgirem, após a decisão, provas da inocência do punido.
processo imediatamente à apreciação do titular do órgão municipal de
segurança. Parágrafo Único - Não constitui fundamento para a revisão a simples alega-
ção de injustiça da penalidade.
Art. 247. O titular do órgão municipal de segurança poderá:
Art. 256. A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, será sempre
I - acolher o pedido, considerando justificadas ou injustificadas as faltas; dirigida ao Prefeito, que decidirá quanto ao seu processamento.

II - não acolher o pedido, determinando, nesse caso, o prosseguimento do Art. 257. Estará impedida de funcionar no processo revisional a Comissão
procedimento disciplinar. Processante que participou do processo disciplinar originário.

Dos Recursos e Da Revisão das Decisões em Procedimentos Disciplinares Art. 258. Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de revisão poderá ser
formulado pelo cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau.
Art. 248. Das decisões nos procedimentos disciplinares caberão:
Art. 259. No processo revisional, o ônus da prova incumbirá ao requerente e
I - pedido de reconsideração; sua inércia no feito, por mais de 60 (sessenta) dias, implicará o arquivamen-
to do feito.
II - recurso hierárquico;
Art. 260. Instaurada a revisão, a Comissão Processante deverá intimar o
III - revisão. recorrente a comparecer para interrogatório e indicação das provas que
pretende produzir.
Art. 249. As decisões em grau de recurso e revisão não autorizam a agrava-
ção da punição do recorrente. Parágrafo Único - Se o recorrente for ex-servidor, fica vedada a designação
de defensor dativo pela Procuradoria.
Parágrafo Único - Os recursos de cada espécie previstos no artigo anterior
poderão ser interpostos apenas uma única vez, individualmente, e cingir-se- Art. 261. Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determina-
ão aos fatos, argumentos e provas, cujo ônus incumbirá ao recorrente. rá a redução, o cancelamento ou a anulação da pena.

Art. 250. O prazo para interposição do pedido de reconsideração e do Parágrafo Único - As decisões proferidas em grau de revisão serão sempre
recurso hierárquico é de 15 (quinze) dias, contados da data da publicação motivadas e indicarão, no caso de provimento, as retificações necessárias e
oficial do ato impugnado. as providências quanto ao passado, dispondo sobre os efeitos retroativos à
data do ato ou da decisão impugnada e não autorizam a agravação da pena.
Parágrafo Único - Os recursos serão processados em apartado, devendo o
processo originário segui-los para instrução. Do Cancelamento da Punição

Art. 251. As decisões proferidas em pedido de reconsideração, representa- Art. 262. O cancelamento de sanção disciplinar consiste na eliminação da
ção, recurso hierárquico e revisão serão sempre motivadas e indicarão, no respectiva anotação no prontuário do servidor da Guarda Civil Municipal de
caso de provimento, as retificações necessárias e as providências quanto ao Niterói, sendo concedido de ofício ou mediante requerimento do interessado,
passado, dispondo sobre os efeitos retroativos à data do ato ou decisão quando este completar, sem qualquer punição:
impugnada.
I - 04 (quatro) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de
Do Pedido de Reconsideração suspensão;

Art. 252. O pedido de reconsideração deverá ser dirigido à mesma autorida- II - 02 (dois) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de
de que houver expedido o ato ou proferido a decisão e sobrestará o prazo advertência ou repreensão.
para a interposição de recurso hierárquico.
Art. 263. O cancelamento das anotações no prontuário do infrator e no
Art. 253. Concluída a instrução ou a produção de provas, quando pertinen- banco de dados da Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói
tes, os autos serão encaminhados à autoridade para decisão no prazo de 30 dar-se-á por determinação do Corregedor Geral, em 15 (quinze) dias, a
(trinta) dias. contar da data do seu pedido, registrando-se apenas o número e a data do
ato administrativo que formalizou o cancelamento.
Do Recurso Hierárquico
Art. 264. Concedido o cancelamento, o conceito do servidor da Guarda Civil
Art. 254. O recurso hierárquico deverá ser dirigido à autoridade imediata- Municipal será considerado tecnicamente primário, podendo ser reclassifica-
mente superior àquela que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, em do.
última instância, ao Prefeito.
Da Prescrição
Parágrafo Único - Não constitui fundamento para o recurso a simples alega-

Legislação municipal 174 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 265. Prescreverá:
Art. 275. Os casos omissos e as alterações do presente Estatuto serão
I - em 06 (seis) meses a falta que sujeite à pena de advertência e repreen- resolvidos pelo Chefe do Executivo Municipal.
são;
Art. 276. As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta das dota-
II - em 02 (dois) anos a falta que sujeite à pena de repreensão e suspensão; ções orçamentárias próprias.

III - em 05 (cinco) anos, a falta que sujeite à pena de demissão a bem do Art. 277. Esta Lei entra em vigor após a data de sua publicação, revogadas
serviço público, demissão ou dispensa. as disposições em contrário.

Parágrafo Único - A infração também prevista como crime na Lei Penal


prescreverá juntamente com este, aplicando-se ao procedimento disciplinar,
neste caso, os prazos prescricionais estabelecidos no Código Penal ou em Processo administrativo no âmbito da Guarda Civil Municipal de
leis especiais que tipifiquem o fato como infração penal, quando superiores a Niterói.
05 (cinco) anos.
DAS INFRAÇÕES À DISCIPLINA
Art. 266. A prescrição começará a correr da data em que a autoridade tomar
conhecimento da existência de fato, ato ou conduta que possa ser caracteri-
zada como infração disciplinar.
Art. 106. Entende-se como infração à disciplina qualquer ofensa aos princí-
pios éticos e aos deveres do Guarda Civil Municipal, estabelecidos nesta
Art. 267. Interromperá o curso da prescrição o despacho que determinar a
Lei, e na legislação pertinente.
instauração de procedimento de exercício da pretensão punitiva.
Art. 107. Constituem infrações à disciplina, entre outras hipóteses, sem
Parágrafo Único - Na hipótese do "caput" deste artigo, todo o prazo começa
prejuízo das sanções cíveis e penais aplicáveis à espécie:
a correr novamente por inteiro da data do ato que a interrompeu.
I - deixar de punir o transgressor da disciplina;
Art. 268. Se, depois de instaurado o procedimento disciplinar houver neces-
sidade de se aguardar o julgamento na esfera criminal, o feito poderá ser
II - não levar a falta ou irregularidade que presenciar, ou de que tiver ciên-
sobrestado e suspenso o curso da prescrição até o trânsito em julgado da
cia e não lhe couber reprimir, ao conhecimento da autoridade para isso
sentença penal.
competente, e no mais curto prazo;
Das Disposições Finais
III - deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas regulamentares na esfera
das suas atribuições;
Art. 269. Após o julgamento do Inquérito Administrativo é vedado à autori-
dade julgadora avocá-lo para modificar a sanção aplicada ou agravá-la.
IV - não ser cumprida qualquer ordem de autoridade competente, ou para
que seja retardado, esquivar-se de providenciar a respeito de ocorrência do
Art. 270. Durante a tramitação do procedimento disciplinar, fica vedada aos
âmbito de suas atribuições, salvo o caso de suspensão ou impedimento, o
órgãos da Administração Municipal a requisição dos respectivos autos, para
que comunicará a tempo;
consulta ou qualquer outro fim, exceto àqueles que tiverem competência
legal para tanto.
V - deixar de comunicar ao superior imediato qualquer informação que tiver
sobre a boa marcha do serviço;
Art. 271. Os procedimentos disciplinados nesta Lei, terão sempre tramitação
em autos próprios, sendo vedada sua instauração ou processamento em
VI - deixar de dar a informação que lhe competir nos processos que lhe
expedientes que cuidem de assuntos diversos da infração a ser apurada ou
forem encaminhados, exceto nos casos de suspeição ou impedimento, ou
punida.
absoluta falta de elementos, hipótese em que essas circunstâncias serão
fundamentadas;
§ 1º Os processos acompanhantes ou requisitados para subsidiar a instru-
ção de procedimentos disciplinares serão devolvidos à unidade competente
VII - apresentar, sem fundamento, representação contra ordem recebida;
para prosseguimento, assim que extraídos os elementos necessários, por
determinação do Presidente da Comissão Processante.
VIII - dificultar ao subordinado a apresentação de queixa ou representação;
§ 2º Quando o conteúdo do acompanhante for essencial para a formação de
IX - retardar, sem justo motivo, a execução de qualquer ordem;
opinião e julgamento do procedimento disciplinar, os autos somente serão
devolvidos à unidade após a decisão final.
X - aconselhar ou concorrer para a sua execução;
Art. 272. O pedido de vista de autos em tramitação, por quem não seja parte
XI - não cumprir, por negligência, a ordem recebida;
ou defensor, dependerá de requerimento por escrito e será cabível para a
defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal.
XIII - trabalhar mal, intencionalmente, ou por falta de atenção, em qualquer
serviço ou instrução;
Parágrafo Único - Poderá ser vedada a vista dos autos até a publicação da
decisão final, inclusive para as partes e seus defensores, quando o processo
XIV - deixar de participar a tempo a impossibilidade de comparecer à repar-
se encontrar relatado.
tição ou a qualquer ato de serviço, em que seja obrigado a tomar parte ou a
que tenha de assistir (salvo por motivo de força maior);
Art. 273. Fica atribuída ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de
Niterói competência para apreciar e decidir os pedidos de certidões e forne-
XV - faltar ou chegar atrasado, sem justo motivo, a qualquer ato ou serviço
cimento de cópias reprográficas, referentes a processos administrativos que
em que deva tomar parte ou a que deva assistir;
estejam em andamento na Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de
Niterói.
XVI - permutar o serviço sem autorização da autoridade competente;
Art. 274. O Diretor da Guarda Civil Municipal, sem qualquer alteração na
XVII - abandonar o posto de serviço para que tenha sido designado;
forma de provimento do cargo ou respectiva remuneração, será doravante
denominado Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói.
XVIII - afastar-se de qualquer lugar em que se deva encontrar por força de

Legislação municipal 175 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
disposição legal ou de ordem; XLII - receber estipêndio de firmas fornecedoras ou de entidades fiscaliza-
das, mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou
XIX - deixar de apresentar-se, sem motivo justificado, nos casos de ter sido fiscalização de qualquer natureza;
escalado para serviço extraordinário;
XLIII - exercer comércio entre os companheiros de serviço, dentro da
XX - não se apresentar, sem justo motivo, ao fim da licença, férias ou repartição;
dispensa do serviço;
XLIV - ofender, provocar, desafiar ou responder de maneira desatenciosa a
XXI - fazer, diretamente, ou por intermédio de outrem, transações pecuniá- superior ou colegas no exercício de função de supervisão (Inspetores);
rias, envolvendo assunto de serviço, bens da Fazenda Municipal, artigos de
uso proibidos nas repartições, ou agiotagem; XLV - ofender, provocar, desafiar seu igual e ou superiores, com palavras,
gestos ou ações;
XXII - tomar parte em jogos proibidos, ou jogar a dinheiro, dentro da reparti-
ção; XLVI - travar disputa, rixa, ou luta corporal com seu igual;

XXIII - andar armado sem estar de serviço sem o devido porte da autorida- XLVII - portar-se de maneira inconveniente na repartição, na rua ou alhu-
de competente para isso; res, faltando aos preceitos de boa educação;

XXIV - usar armamento diferente daquele que lhe tenha sido distribuído XLVIII - publicar, sem permissão ou ordem da autoridade competente,
para o serviço; documentos oficiais, embora não reservados, ou fornecer dados para a sua
publicação;
XXV - disparar a arma sem necessidade e andar armado em estado de
embriaguez em locais públicos com grande aglomeração de pessoas; XLIX - introduzir material inflamável ou explosivo na repartição;

XXVI - espalhar falsas notícias em prejuízo da boa ordem civil ou do bom L - embriagar-se ou concorrer para que outrem se embriague quando em
nome da Guarda Municipal; serviço;

XXVII - usar de violência desnecessária no ato de efetuar prisão em fla- LI - introduzir na repartição bebidas alcoólicas ou entorpecentes;
grante;
LII - não ter o devido zelo com objetivos da Fazenda Municipal, estejam ou
XXVIII - maltratar preso sob sua guarda; não sob sua responsabilidade direta.

XXIX - apresentar-se em público com o uniforme desabotoado, desfalcado Das Penalidades Disciplinares e Da Sua Aplicação
de peças, sujo, rasgado ou alterado;
Art. 108. São penas disciplinares:
XXX - deixar de exibir, quando de serviço, o documento competente, exigi-
do pelo supervisor em serviço de ronda; I - advertência;

XXXI - transitar pelos logradouros públicos sem a respectiva carteira de II - repreensão;


identidade funcional, estando ou não uniformizado;
III - multa;
XXXII - entrar ou sair da repartição por lugares que não sejam para isso
designado; IV - suspensão;

XXXIII - penetrar, sem autorização, em aposento destinado à superior, bem V - destituição de função;
como em qualquer outro lugar cuja entrada lhe seja vedada;
VI - demissão;
XXXIV - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da repartição, fora das
horas do expediente, desde que não seja o respectivo chefe e sem a com- VII - demissão a bem do serviço público.
petente ordem escrita deste ou da autoridade superior, com a expressa
declaração do motivo; Parágrafo Único - Após 2 advertências poderá ser aplicada a repreensão,
após 2 repreensões ou conforme a gravidade da falta o profissional da
XXXV - contrariar as regras de trânsito previstas pelas repartições compe- Guarda Civil Municipal será encaminhada para a análise julgadora da
tentes; Corregedoria da Guarda Civil Municipal.

XXXVI - guiar veículo oficial sem estar para isso habilitado; Art. 109. As penas previstas serão sempre registradas no prontuário indivi-
dual do funcionário.
XXXVII - desrespeitar as convenções sociais nos lugares públicos;
Parágrafo Único - As anistias implicam no cancelamento do registro de
XXXVIII - desconsiderar a autoridade civil ou militar, desrespeitar medidas qualquer penalidade que servirá para apreciação da conduta do funcioná-
gerais de ordem policial judiciária ou administrativa, ou embaraçar sua rio, nele se averbará que, por virtude de anistia a pena deixou de produzir
execução; os efeitos legais.

XXXIX - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer Art. 110. Fica criada no âmbito do órgão municipal de segurança, a Corre-
documento ou objeto existente na repartição; gedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói.

XL - empregar material do serviço público em serviço particular; Parágrafo Único - O Cargo de Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal
de Niterói, será de livre nomeação e exoneração, porém, será ocupado,
XLI - constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante exclusivamente por funcionários da Guarda Civil Municipal e Bacharel em
qualquer repartição pública, exceto quando se tratar de interesses de Direito.
parentes até segundo grau;
Art. 111. Compete à Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de

Legislação municipal 176 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Niterói: Art. 117. O Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói deverá
elaborar relatório anual de avaliação disciplinar do seu efetivo a ser enviado
I - apurar as infrações disciplinares atribuídas aos servidores integrantes do ao titular do órgão municipal de segurança.
Quadro dos Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói;
§ 1º Os critérios de avaliação terão por base a aplicação deste Regulamen-
II - realizar visitas de inspeção e correções extraordinárias em qualquer to.
unidade da Guarda Civil Municipal de Niterói;
§ 2º A avaliação deverá considerar a totalidade das infrações punidas, a
III - apreciar as representações que lhe forem dirigidas relativamente à tipificação e as sanções correspondentes, o cargo do infrator e a localidade
atuação irregular de servidores integrantes do Quadro dos Profissionais da do cometimento da falta disciplinar.
Guarda Civil Municipal de Niterói;
Art. 118. Do ato do Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói que
IV - promover investigação sobre o comportamento ético, social e funcional reclassificar os integrantes da Corporação, caberá Recurso de Reclassifi-
dos candidatos a cargos na Guarda Civil Municipal de Niterói, como dos cação do Comportamento dirigido ao Corregedor Geral da Guarda Civil
ocupantes desses cargos em estágio probatório e dos indicados para o Municipal de Niterói.
exercício de chefias, observadas as normas legais e regulamentares apli-
cáveis. Parágrafo Único - O recurso previsto no caput deste artigo deverá ser
interposto no prazo de 05 (cinco) dias, contados da data da publicação
Da Competência Disciplinar oficial do ato impugnado e terá efeito suspensivo.

Art. 112. O Corregedor é a autoridade competente para aplicar todas as Das Infrações e Sanções Disciplinares
penalidades previstas no artigo 108, com vistas aos órgãos competentes.
Da Definição e Classificação das Infrações Disciplinares
Art. 113. Ao Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal compete a aplicação
das penalidades de advertência e repreensão submetendo-se, porém, à Art. 119. Infração disciplinar é toda a violação aos deveres funcionais
apreciação do titular do órgão municipal de segurança. previstos neste Regulamento pelos servidores integrantes da Guarda Civil
Municipal de Niterói.
Art. 114. O Inspetor-Geral não poderá delegar o subordinado a sua compe-
tência para punir. Art. 120. As infrações, quanto à sua natureza, classificam-se em:

Do Comportamento do Servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói I - leves;

Art. 115. Ao ingressar no Quadro dos Profissionais da Guarda Civil Munici- II - médias;
pal de Niterói, o servidor será classificado no comportamento bom.
III - graves;
Parágrafo Único - O atual integrante do Quadro dos Profissionais da Guar-
da Civil Municipal de Niterói, na data da publicação desta Lei, será igual- IV - gravíssimas.
mente classificado no bom comportamento exceto os que não estiverem no
efetivo exercício da função. Art. 121. São infrações disciplinares de natureza leve:

Art. 116. Para fins disciplinares e para os demais efeitos legais, o compor- I - deixar de comunicar ao superior, tão logo possível, a execução de ordem
tamento do servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói será considerado: legal recebida;

I - excelente, quando nos últimos 36 (trinta e seis) meses não tiver sofrido II - chegar atrasado, sem justo motivo, a ato ou serviço;
qualquer punição;
III - permutar serviço sem permissão da autoridade competente;
II - bom, quando nos últimos 24 (vinte e quatro) meses não tiver sofrido
qualquer punição; IV - usar uniforme incompleto, contrariando as normas respectivas, ou
vestuário incompatível com a função, ou, ainda, descurar-se do asseio
III - regular, quando no período de 12 (doze) meses tiver sofrido advertên- pessoal ou coletivo;
cia ou repreensão;
V - negar-se a receber uniforme, equipamentos ou outros objetos que lhe
IV - insuficiente, quando no período de 12 (doze) meses tiver sofrido pena sejam destinados ou devam ficar em seu poder;
de suspensão;
VI - conduzir veículo da instituição sem autorização da unidade competente
V - para a reclassificação de comportamento, 02 (duas) advertências equi- da Guarda Civil Municipal de Niterói.
valerão a 01 (uma) repreensão e 02 (duas) repreensões a 01 (uma) sus-
pensão; Art. 122. São infrações disciplinares de natureza média:

VI - a reclassificação do comportamento dar-se-á, anualmente, ex-officio, I - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na sua ausência, a outro
por ato de uma Comissão formada pela Guarda Civil Municipal de Niterói, superior, informação sobre perturbação da ordem pública, logo que dela
de acordo com os prazos e critérios estabelecidos neste artigo; tenha conhecimento;

VII - o conceito atribuído ao comportamento do servidor da Guarda Civil II - deixar de dar informações em processos, quando lhe competir;
Municipal de Niterói, nos termos do disposto neste artigo, será considerado
para; III - deixar de encaminhar documento no prazo legal;

VIII - submissão à participação em programa reeducativo na Academia de IV - encaminhar documento a superior hierárquico comunicando infração
Formação da Guarda Civil Municipal de Niterói, nas hipóteses dos incisos III disciplinar inexistente ou instaurar procedimento administrativo disciplinar
e do caput deste artigo, se a soma das penas de suspensão aplicadas for sem indícios de fundamento fático;
superior a 60 (sessenta dias).
V - desempenhar inadequadamente suas funções, por falta de atenção;

Legislação municipal 177 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Civil Municipal de Niterói os princípios de liberdade de expressão previstos
VI - afastar-se, momentaneamente, sem justo motivo, do local em que deva na Constituição Federal e dos princípios norteadores de disciplina e hierar-
encontrar-se por força de ordens ou disposições legais; quia inscritos no artigo 3º desta Lei;

VII - deixar de apresentar-se, nos prazos estabelecidos, sem motivo justifi- XV - retirar ou empregar, sem prévia permissão da autoridade competente,
cado, nos locais em que deva comparecer; qualquer documento, material, objeto ou equipamento do serviço público
municipal, para fins particulares;
VIII - representar a instituição em qualquer ato sem estar autorizado;
XVI - retirar ou tentar retirar, de local sob a administração da Guarda Civil
IX - assumir compromisso pela unidade da Guarda Civil Municipal de Niterói Municipal de Niterói, objeto, viatura ou animal, sem ordem dos respectivos
que comanda ou em que serve, sem estar autorizado; responsáveis;

X - sobrepor ao uniforme, insígnias de sociedades particulares, entidades XVII - extraviar ou danificar documentos ou objetos pertencentes à Fazenda
religiosas ou políticas ou, ainda, usar indevidamente medalhas desportivas, Pública, provocar danos a veículos pertencentes a Guarda Civil Municipal
distintivos ou condecorações; sem a devida comunicação e autorização; adquiridos com recursos próprios ou recebidos por doações ou convênios;

XI - entrar ou sair de qualquer unidade da Guarda Civil Municipal de Niterói, XVIII - deixar de cumprir ou retardar serviço ou ordem legal;
ou tentar fazê-lo, com arma não letal da Corporação, sem prévia autoriza-
ção da autoridade competente; XIX - descumprir preceitos legais durante a prisão ou a custódia de preso;

XII - dirigir veículo da Guarda Civil Municipal de Niterói com negligência, XX - usar expressões jocosas ou pejorativas que atentem contra a raça, a
imprudência ou imperícia e sem possuir CNH ou ainda com a mesma fora religião, o credo ou a orientação sexual;
da data de validade;
XXI - aconselhar ou concorrer para o descumprimento de ordem legal de
XIII - deixar de zelar pela economia do material do Município e pela conser- autoridade competente;
vação do que for confiado à sua guarda ou utilização;
XXII - dar ordem ilegal ou claramente inexequível.
XIV - executar ou determinar manobras perigosas com viaturas;
Art. 124. São infrações disciplinares de natureza gravíssima:
XV - andar com a arma não letal, estando em trajes civis, sem o cuidado de
ocultar a mesma; I - referir-se depreciativamente em informações, parecer, despacho, pela
imprensa, ou por qualquer meio de divulgação, às ordens legais;
XVI - disparar arma não letal por descuido.
II - determinar a execução de serviço não previsto em lei ou regulamento;
Art. 123. São infrações disciplinares de natureza grave:
III - valer-se ou fazer uso do cargo ou função pública para praticar assédio
I - faltar com a verdade; sexual ou moral;

II - desempenhar inadequadamente suas funções, de modo intencional; IV - violar ou deixar de preservar local de crime;

III - simular doença para esquivar-se ao cumprimento do dever; V - procurar a parte interessada em ocorrência policial, para obtenção de
vantagem indevida;
IV - suprimir a identificação do uniforme ou utilizar-se de meios ilícitos para
dificultar sua identificação; VI - deixar de tomar providências para garantir a integridade física de
pessoa detida;
V - deixar de punir o infrator da disciplina;
VII - liberar pessoa detida ou dispensar parte da ocorrência sem atribuição
VI - dificultar ao servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói em função legal;
subordinada a apresentação de recurso ou o exercício do direito de petição;
VIII - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta;
VII - abandonar o serviço para o qual tenha sido designado;
IX - publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos ou documentos
VIII - fazer, com a Administração Municipal Direta ou Indireta contratos ou afetos à Guarda Civil Municipal de Niterói que possam concorrer para
negócios de natureza comercial, industrial ou de prestação de serviços com comprometer a segurança;
fins lucrativos, por si ou como representante de outrem;
X - deixar de assumir a responsabilidade por seus atos ou pelo ato pratica-
IX - usar armamento, munição ou equipamento não autorizado; do por servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói em função subordina-
da, que agir em cumprimento de sua ordem;
X - praticar violência, em serviço ou em razão dele, contra servidores ou
particulares, salvo se em legítima defesa; XI - omitir, em qualquer documento, dados indispensáveis ao esclarecimen-
to dos fatos;
XI - maltratar pessoa detida, ou sob sua guarda ou responsabilidade;
XII - transportar na viatura que esteja sob seu comando ou responsabilida-
XII - contribuir para que presos conservem em seu poder objetos não de, pessoal ou material, sem autorização da autoridade competente;
permitidos;
XIII - ameaçar, induzir ou instigar alguém a prestar declarações falsas em
XIII - abrir ou tentar abrir qualquer unidade da Guarda Civil Municipal de procedimento penal, civil ou administrativo;
Niterói, sem autorização;
XIV - participar de gerência, administração de empresas, bancárias, indus-
XIV - ofender, provocar ou desafiar autoridade ou servidores da Guarda triais e de sociedades comerciais que mantenham relações comerciais com
Civil Municipal de Niterói que exerça função superior, igual ou subordinada, o Município seja por estas subvencionadas ou estejam diretamente relacio-
com palavras, gestos ou ações, resguardando-se ao servidor da Guarda nadas com a finalidade da unidade ou serviço em que esteja lotado;

Legislação municipal 178 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
poderá ser exonerado a pedido, depois de ocorrida absolvição ou após o
XV - acumular ilicitamente cargos públicos, se provada a má-fé; cumprimento da penalidade que lhe houver sido imposta.

XVI - deixar de comunicar ato ou fato irregular de natureza grave que Da Demissão a Bem do Serviço Público
presenciar, mesmo quando não lhe couber intervir;
Art. 132. Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao
XVII - faltar, sem motivo justificado, a serviço de que deva tomar parte servidor que:
causando prejuízos à municipalidade;
I - praticar, em serviço ou em razão dele, atos atentatórios à vida e à inte-
XVIII - trabalhar em estado de embriaguez ou sob efeito de substância gridade física de qualquer pessoa, salvo se em legítima defesa;
entorpecente;
II - praticar crimes hediondos previstos na Lei nº 8.072, de 25 de julho de
XIX - disparar arma não letal de forma que venha resultar morte ou lesão à 1990, alterada pela Lei Federal nº 8.930, de 06 de setembro de 1994,
integridade física de outrem; crimes contra a Administração Pública, a fé pública, a ordem tributária e a
segurança nacional, bem como, de crimes contra a vida, salvo se em
XX - deixar de comunicar os danos ocorridos nos veículos da Guarda Civil legítima defesa, mesmo que fora de serviço;
Municipal de Niterói, sob sua direção ou responsabilidade.
III - lesar o Patrimônio ou os cofres públicos;
Das Sanções Disciplinares
IV - conceder vantagens ilícitas, valendo-se da função pública;
Da Advertência
V - praticar insubordinação gravíssima;
Art. 125. A advertência, forma mais branda das sanções, será aplicada às
faltas de natureza leve, por até duas vezes e constará do prontuário indivi- VI - receber ou solicitar propinas, comissões ou vantagens de qualquer
dual do infrator e será levada em consideração para os efeitos do disposto espécie, diretamente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas
no artigo 116 deste Estatuto. funções, mas em razão delas;

Da Repreensão VII - exercer a advocacia administrativa;

Art. 126. A pena de repreensão será aplicada, ao servidor quando na VIII - praticar ato de incontinência pública e escandalosa, ou dar-se ao vício
prática de infrações de naturezas médias, e terá publicidade na Imprensa de jogos proibidos, quando em serviço.
Oficial do Município de Niterói e no Boletim Interno da Corporação, deven-
do, igualmente, ser averbada no prontuário individual do infrator para os Da Remoção Temporária
efeitos do disposto no artigo 116 deste Estatuto.
Art. 133. Nos casos de apuração de infração de natureza gravíssima que
Da Suspensão possam ensejar a aplicação das penas de demissão ou demissão a bem do
serviço público, o titular do órgão municipal de segurança poderá determi-
Art. 127. A pena de suspensão, será aplicada às infrações de natureza nar, cautelarmente, a remoção temporária do servidor para que desenvolva
grave, terá publicidade na Imprensa Oficial do Município de Niterói e no suas funções em outro setor, até a conclusão do procedimento administra-
Boletim Interno da Corporação, devendo ser averbada no prontuário indivi- tivo disciplinar instaurado, por despacho devidamente fundamentado.
dual do infrator para os fins do disposto no artigo 116 deste Estatuto.
Parágrafo Único - A remoção temporária não implicará na perda das vanta-
Parágrafo Único - A pena de suspensão sujeitará o infrator, a resgatar e gens e direitos decorrentes do cargo e nem terá caráter punitivo, sendo
fixar os valores morais e sociais da Corporação. cabível somente quando presentes indícios suficientes de autoria e materia-
lidade da infração.
Art. 128. Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspen-
são poderá ser convertida em multa, sendo o funcionário, nesse caso, Da Suspensão Preventiva
obrigado a permanecer em exercício, sem prejuízo das suas vantagens.
Art. 134. O servidor poderá ser suspenso preventivamente, até 90 (noven-
Art. 129. As infrações de natureza gravíssima terão publicidade na Impren- ta) dias, desde que o seu afastamento seja necessário para a apuração da
sa Oficial do Município de Niterói e no Boletim Interno da Corporação, infração a ele imputada ou para inibir a possibilidade de reiteração da
devendo ser averbada no prontuário individual do infrator para os fins do prática de irregularidades, por decisão devidamente fundamentada.
disposto no artigo 116 deste Estatuto.
§ 1º A suspensão preventiva poderá ser aplicada nos seguintes momentos
Da Demissão procedimentais:

Art. 130. Será aplicada a pena de demissão nos casos de: I - quando se tratar de sindicância, após a oitiva do funcionário intimado
para prestar esclarecimentos;
I - abandono de cargo, quando o servidor faltar ao serviço por mais de 30
(trinta) dias consecutivos; II - quando se tratar de procedimento de investigação da Corregedoria
Geral da Guarda Civil Municipal, após a oitiva do funcionário a ser suspen-
II - faltas ao serviço, sem justa causa, por mais de 60 (sessenta) dias so;
intercalados durante 12 meses;
III - quando se tratar de procedimento disciplinar de exercício da pretensão
III - procedimento irregular e infrações de natureza gravíssima; punitiva, após citação do indiciado.

IV - ineficiência. § 2º Se, após a realização dos procedimentos previstos nos incisos I e II do


§ 1º deste artigo persistir as condições previstas no caput por ocasião da
Parágrafo Único - A pena de demissão por ineficiência no serviço só será instauração de procedimento disciplinar de exercício da pretensão punitiva,
aplicada quando verificada a impossibilidade de readaptação. a suspensão preventiva poderá ser novamente aplicada respeitado o prazo
máximo de 90 (noventa) dias.
Art. 131. Uma vez submetido a inquérito administrativo, o servidor só

Legislação municipal 179 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
§ 3º Findo o prazo da suspensão, cessarão os seus efeitos, ainda que o
inquérito administrativo não esteja concluído. Art. 139. Compete ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de
Niterói:
Art. 135. Os procedimentos disciplinares em que haja suspensão preventi-
va de servidores terão tramitação urgente e preferencial, devendo ser I - manifestar-se, decidir sobre assuntos de natureza disciplinar que devam
concluídos no prazo referente ao afastamento preventivo dos envolvidos, ser submetidos à apreciação da Corregedoria, bem como indicar a compo-
salvo justificativa fundamentada. sição das Comissões Processantes e Sindicantes;

§ 1º O Presidente da Comissão Processante providenciará para que os II - dirigir, planejar, coordenar e supervisionar as atividades, assim como
autos desses procedimentos disciplinares sejam submetidos à apreciação distribuir os serviços da Corregedoria Geral da Guarda;
do Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói até, pelo menos,
72 (setenta e duas) horas antes do término do período da suspensão III - apreciar e encaminhar as representações que lhe forem dirigidas relati-
preventiva. vamente à atuação irregular de servidores integrantes do Quadro dos
Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói, bem como propor a
§ 2º Não havendo prazo assinalado, as unidades solicitadas a prestar instauração de sindicâncias administrativas e de procedimentos disciplina-
informações nesses procedimentos deverão atender às requisições da res, para a apuração de infrações administrativas atribuídas aos referidos
Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói no prazo de 24 servidores;
(vinte e quatro) horas.
IV - avocar, excepcional e fundamentadamente, processos administrativos
Art. 136. Durante o período da suspensão preventiva, o funcionário terá disciplinares e sindicâncias administrativas instauradas para a apuração de
direito: infrações administrativas atribuídas a servidores integrantes do Quadro dos
Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói;
I - à diferença dos vencimentos e à contagem do tempo de serviço relativo
ao período da suspensão preventiva, quando do processo não resultar V - responder as consultas formuladas pelos órgãos da Administração
punição ou esta se limitar à pena de advertência ou repreensão; Pública sobre assuntos de sua competência;

II - à diferença de vencimentos e à contagem de tempo de serviço corres- VI - determinar a realização de correições extraordinárias nas unidades da
pondente ao período do afastamento excedente ao prazo de suspensão Guarda Civil Municipal, remetendo, sempre, relatório reservado ao Inspetor-
efetivamente aplicada. Geral da Guarda;

Parágrafo Único - Na decisão final que aplicar pena de suspensão será VII - remeter ao Inspetor-Geral da Guarda relatório circunstanciado sobre a
computado o período de suspensão preventiva, determinando-se os acer- atuação pessoal e funcional dos servidores integrantes do Quadro dos
tos pecuniários cabíveis, nos termos do disposto neste artigo. Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói em estágio probatório,
propondo, se for o caso, a instauração de procedimento especial, observa-
da a legislação pertinente;
CAPÍTULO X
DAS RECOMPENSAS DOS SERVIDORES DA GUARDA CIVIL MUNICI- VIII - submeter ao Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal relatório cir-
PAL cunstanciado e conclusivo sobre a atuação pessoal e funcional de servidor
integrante do Quadro dos Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói
indicado para o exercício de chefias observada a legislação aplicável;
Art. 137. As recompensas constituem-se em reconhecimento aos bons
serviços, atos meritórios e trabalhos relevantes prestados pelos servidores IX - praticar todo e qualquer ato ou exercer quaisquer das atribuições e
da Guarda Civil Municipal de Niterói. competências das unidades ou dos servidores subordinados;

Art. 138. São formas de recompensa, da Guarda Civil Municipal de Niterói: XI - proceder, pessoalmente, às correições nas Comissões Sindicante e
Processante que lhe são subordinadas;
I - condecorações por serviços prestados;
XII - aplicar penalidades, na forma prevista em lei;
II - elogios;
XIII - julgar os recursos de classificação ou reclassificação de comporta-
III - louvores. mento dos servidores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda
Civil Municipal de Niterói.
§ 1º As condecorações: constituem-se em referências, honrosas e insígnias
conferidas aos integrantes da Guarda Civil Municipal de Niterói, por institui- Art. 140. Fica criada, junto à Corregedoria, uma Comissão Sindicante e
ções e entidades civis ou não e por sua atuação em ocorrências de relevo uma Comissão Processante, ambas a serem compostas por 5 Guardas
na preservação da vida, da integridade física e do Patrimônio Municipal, Municipais cada, nomeados livremente pelo Corregedor.
podendo, ser formalizadas independentemente da classificação de compor-
tamento, com a devida publicidade na Imprensa Oficial do Município de Art. 141. Cada uma das Comissões a que se refere o artigo anterior terá
Niterói, em Boletim Interno da Corporação e registro em prontuário. um Presidente que será nomeado, pelo Corregedor sendo este Inspetor.

§ 2º Elogio é o reconhecimento formal da Administração às qualidades Das Normas Gerais sobre o Procedimento Disciplinar
morais e profissionais do servidor da Guarda Civil Municipal de Niterói, com
a devida publicidade na Imprensa Oficial do Município de Niterói e em Das Modalidades de Procedimentos Disciplinares
Boletim Interno da Corporação e registro em prontuário.
Art. 142. São procedimentos disciplinares:
§ 3º As recompensas previstas neste artigo serão conferidas por determi-
nação do Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói. I - de preparação e investigação:

a) o relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos;


CAPÍTULO XI b) a sindicância.
DA COMPETÊNCIA DO CORREGEDOR GERAL DA GUARDA CIVIL
II - do exercício da pretensão punitiva:

Legislação municipal 180 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Niterói durante 03 (três) edições consecutivas.
a) aplicação direta da penalidade;
b) o processo sumário; Art. 151. O mandado de citação conterá a designação de dia, hora e local
c) inquérito administrativo. para interrogatório e será acompanhado da cópia da denúncia administrati-
va, que dele fará parte integrante e complementar.
III - a exoneração em período probatório.
Das Intimações
Da Parte e De Seus Procuradores
Art. 152. A intimação de servidor em efetivo exercício será feita por corres-
Art. 143. São considerados parte, nos procedimentos disciplinares de pondência e publicação no Órgão Oficial para publicações dos Atos Oficiais
exercício da pretensão punitiva, o servidor integrante dos Quadros da da Prefeitura Municipal de Niterói.
Guarda Civil Municipal de Niterói efetivo ou admitido e o titular de cargo em
comissão. Parágrafo Único - O Inspetor-Geral da Guarda Municipal deverá diligenciar
para que o servidor tome ciência da publicação.
Art. 144. Os servidores incapazes temporária ou permanentemente, em
razão de doença física ou mental, serão representados ou assistidos por Art. 153. O servidor que, sem justa causa, deixar de atender à intimação
seus pais, tutores ou curadores, na forma da Lei Civil. com prazo marcado, terá, por decisão do Presidente da Comissão Proces-
sante, suspenso o pagamento de seus vencimentos ou proventos, até que
Parágrafo Único - Inexistindo representantes legalmente investidos, ou na satisfaça a exigência.
impossibilidade comprovada de trazê-los ao procedimento disciplinar, ou,
ainda, se houver pendências sobre a capacidade do servidor, serão convo- Parágrafo Único - Igual penalidade poderá ser aplicada à chefia do Setor de
cados como seus representantes os pais, o cônjuge ou companheiro, os Pessoal que deixar de dar ciência da publicação ao servidor intimado.
filhos ou parentes até segundo grau, observada a ordem aqui estabelecida.
Art. 154. A intimação dos Advogados e do defensor dativo será feita por
Art. 145. A parte poderá constituir Advogado legalmente habilitado para intermédio de publicação na Imprensa Oficial do Município de Niterói,
acompanhar os termos dos procedimentos disciplinares de seu interesse. devendo dela constar o número do processo, o nome dos Advogados e da
parte.
§ 1º Nos procedimentos de exercício da pretensão punitiva, se a parte não
constituir Advogado ou for declarada revel, ser-lhe-á dado defensor, na § 1º Dos atos realizados em audiência reputam-se intimados, desde logo, a
pessoa de Procurador do Município de Niterói, que não terá poderes para parte, o Advogado e o defensor dativo.
receber citação e confessar.
§ 2º Quando houver somente um defensor dativo designado no processo, o
§ 2º A parte poderá, a qualquer tempo, constituir Advogado, hipótese em cartório encaminhar-lhe-á os autos por carga, diretamente, independente-
que se encerrará de imediato, a representação do defensor dativo. mente de intimação ou publicação, devendo ser observado, na sua devolu-
ção, o prazo legal cominado para a prática do ato.
§ 3º Ser-lhe-á dado também defensor dativo quando, notificada de que seu
Advogado constituído não praticou atos necessários, a parte não tomar Dos Prazos
qualquer providência no prazo de 03 (três) dias.
Art. 155. Os prazos são contínuos, não se interrompendo nos feriados e
Da Comunicação dos Atos das Citações serão computados excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do
vencimento.
Art. 146. Todo servidor que for parte em procedimento disciplinar de exer-
cício a pretensão punitiva será citado, sob pena de nulidade do procedi- Parágrafo Único - Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil,
mento, para dele participar e defender-se. se o vencimento cair em final de semana, feriado, ponto facultativo munici-
pal ou se o expediente administrativo for encerrado antes do horário nor-
Parágrafo Único - O comparecimento espontâneo da parte ou qualquer mal.
outro ato formal que implique ciência inequívoca a respeito da instauração
do procedimento administrativo supre a necessidade de realização de Art. 156. Decorrido o prazo, extingue-se para a parte, automaticamente, o
citação. direito de praticar o ato, salvo se esta provar que não o realizou por evento
imprevisto, alheio à sua vontade ou a de seu procurador, hipótese em que o
Art. 147. A citação far-se-á, no mínimo, 72 (setenta e duas) horas antes da Presidente da Comissão Processante permitirá a prática do ato, assinalan-
data do interrogatório designado, da seguinte forma: do prazo para tanto.

I - por entrega pessoal do mandado ou por meio da Divisão Técnica de Art. 157. Não havendo disposição expressa nesta Lei e nem assinalação
Recursos Humanos da respectiva Pasta; de prazo pelo Presidente da Comissão Processante, o prazo para a prática
dos atos no procedimento disciplinar, a cargo da parte, será de 48 (quaren-
II - por correspondência; ta e oito) horas.

III - por edital. Parágrafo Único - A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusi-
vamente a seu favor.
Art. 148. A citação por entrega pessoal far-se-á sempre que o servidor
estiver em exercício de suas funções. Art. 158. Quando, no mesmo procedimento disciplinar, houver mais de uma
parte, os prazos serão comuns, exceto para as razões finais, quando será
Art. 149. Far-se-á a citação por correspondência quando o servidor não contado em dobro, se houver diferentes Advogados.
estiver em exercício ou residir fora do Município, devendo o mandado ser
encaminhado, com aviso de recebimento, para o endereço residencial § 1º Havendo no processo até 02 (dois) defensores, cada um apresentará
constante do cadastro de sua unidade de lotação. alegações finais, sucessivamente, no prazo de 10 (dez) dias cada um.

Art. 150. Estando o servidor em local incerto e não sabido, ou não sendo § 2º Havendo mais de 02 (dois) defensores, caberá ao Presidente da
encontrado, por duas vezes, no endereço residencial constante do cadastro Comissão Processante conceder, mediante despacho nos autos, prazo
de sua unidade de lotação, promover-se-á sua citação por editais, com para vista fora da repartição, designando data única para apresentação dos
prazo de 15 (quinze) dias, publicados na Imprensa Oficial do Município de memoriais de defesa na repartição.

Legislação municipal 181 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
privativa de liberdade, o Presidente da Comissão Processante solicitará à
autoridade competente que apresente o preso em dia e hora designados
CAPÍTULO XII para a realização da audiência.
DAS PROVAS
§ 3º O Presidente da Comissão Processante poderá, ao invés de realizar a
DISPOSIÇÕES GERAIS audiência mencionada no parágrafo anterior, fazer a inquirição por escrito,
dirigindo correspondência à autoridade competente, para que tome o depo-
imento, conforme as perguntas formuladas pela Comissão Processante e,
Art. 159. Todos os meios de prova admitidos em direito e moralmente se for o caso, pelo Advogado de defesa, constituído ou dativo.
legítimos são hábeis para demonstrar a veracidade dos fatos.
Art. 170. Incumbirá à parte levar à audiência, independentemente de inti-
Art. 160. O Presidente da Comissão Processante poderá limitar e excluir, mação, as testemunhas por ela indicadas que não sejam servidores muni-
mediante despacho fundamentado, as provas que considerar excessivas, cipais, decaindo do direito de ouvi-las, caso não compareçam.
impertinentes ou protelatórias.
Parágrafo Único - As chefias imediatas diligenciarão para que sejam dis-
Da Prova Fundamental pensados os servidores no momento das audiências, devendo para tanto
serem informadas a respeito da designação da audiência com 72 (setenta e
Art. 161. Fazem a mesma prova que o original as certidões de processos duas) horas de antecedência.
judiciais e as reproduções de documentos autenticadas por Oficial Público,
ou conferidas e autenticadas por servidor público para tanto competente. Art. 171. Antes de depor, a testemunha será qualificada, indicando nome,
idade, profissão, local e função de trabalho, número da cédula de identida-
Art. 162. Admitem-se como prova as declarações constantes de documento de, residência, estado civil, bem como se tem parentesco com a parte e, se
particular, escrito e assinado pelo declarante, bem como depoimentos for servidor municipal, o número de seu registro funcional e ou matrícula.
constantes de sindicâncias, que não puderem, comprovadamente, ser
reproduzidos verbalmente em audiência. Art. 172. A parte cujo Advogado não comparecer à audiência de oitiva de
testemunha será assistida por um defensor designado para o ato pelo
Art. 163. Servem também à prova dos fatos o telegrama, o radiograma, a Presidente da Comissão Processante.
fotografia, a fonografia, a fita de vídeo e outros meios lícitos, inclusive os
eletrônicos. Art. 173. O Presidente da Comissão Processante interrogará a testemunha,
cabendo, primeiro aos comissários e depois à defesa, formular perguntas
Art. 164. Caberá à parte que impugnar a prova produzir a perícia necessá- tendentes a esclarecer ou complementar o depoimento.
ria à comprovação do alegado.
Parágrafo Único - O Presidente da Comissão Processante poderá indeferir
Da Prova Testemunhal as perguntas, mediante justificativa expressa no termo de audiência.

Art. 165. A prova testemunhal é sempre admissível, podendo ser indeferida Art. 174. O depoimento, depois de lavrado, será rubricado e assinado pelos
pelo Presidente da Comissão Processante: membros da Comissão Processante, pelo depoente e defensor constituído
ou dativo.
I - se os fatos sobre os quais serão inquiridas as testemunhas já foram
provados por documentos ou confissão da parte; Art. 175. O Presidente da Comissão Processante poderá determinar de
ofício ou a requerimento:
II - quando os fatos só puderem ser provados por documentos ou perícia.
I - a oitiva de testemunhas referidas nos depoimentos;
Art. 166. Compete à parte entregar na repartição, no tríduo probatório, o rol
das testemunhas de defesa, indicando seu nome completo, endereço e II - a acareação de 02 (duas) ou mais testemunhas, ou de alguma delas
respectivo código de endereçamento postal - CEP. com a parte, quando houver divergência essencial entre as declarações
sobre fato que possa ser determinante na conclusão do procedimento.
§ 1º Se a testemunha for servidor municipal, deverá a parte indicar o nome
completo, unidade de lotação e o número de matrícula e ou registro funcio- Da Prova Pericial
nal.
Art. 176. A prova pericial consistirá em exames, vistorias e avaliações e
§ 2º Depois de apresentado o rol de testemunhas, a parte poderá substituí- será indeferida pelo Presidente da Comissão Processante, quando dela
las até a data da audiência designada, com a condição de ficar sob sua não depender a prova do fato.
responsabilidade levá-las à audiência.
Art. 177. Se o exame tiver por objeto a autenticidade ou falsidade de do-
§ 3º O não comparecimento da testemunha substituída implicará desistên- cumento, ou for de natureza médico-legal, a Comissão Processante requisi-
cia de sua oitiva pela parte. tará, preferencialmente, elementos junto às autoridades policiais ou judici-
ais, quando em curso investigação criminal ou processo judicial.
Art. 167. Cada parte poderá arrolar, no máximo, 04 (quatro) testemunhas.
Art. 178. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade de letra ou firma,
Art. 168. As testemunhas serão ouvidas, de preferência, primeiramente as o Presidente da Comissão Processante, se necessário ou conveniente,
da Comissão Processante e, após, as da parte. poderá determinar à pessoa à qual se atribui a autoria do documento, que
copie ou escreva, sob ditado, em folha de papel, dizeres diferentes, para
Art. 169. As testemunhas deporão em audiência perante o Presidente da fins de comparação e posterior perícia.
Comissão Processante, os comissários e o defensor constituído e, na sua
ausência, o defensor dativo. Art. 179. Ocorrendo necessidade de perícia médica do servidor denunciado
administrativamente, o órgão pericial da municipalidade dará à solicitação
§ 1º Se a testemunha, por motivo relevante, estiver impossibilitada de da Comissão Processante caráter urgente e preferencial.
comparecer à audiência, mas não de prestar depoimento, o Presidente da
Comissão Processante poderá designar dia, hora e local para inquiri-la. Art. 180. Quando não houver possibilidade de obtenção de elementos junto
às autoridades policiais ou judiciais e a perícia for indispensável para a
§ 2º Sendo necessária a oitiva de servidor que estiver cumprindo pena conclusão do processo, o Presidente da Comissão solicitará ao titular do

Legislação municipal 182 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
órgão municipal de segurança, a contratação de perito para esse fim.
Art. 188. É defeso aos membros da Comissão Processante exercer suas
Das Audiências e Do Interrogatório da Parte funções em procedimentos disciplinares:

Art. 181. A parte será interrogada na forma prevista para a inquirição de I - de que for parte;
testemunhas, vedada a presença de terceiros, exceto seu Advogado.
II - em que interveio como mandatário da parte, defensor dativo ou teste-
Art. 182. O termo de audiência será lavrado, rubricado e assinado pelos munha;
membros da Comissão, pela parte e, se for o caso, por seu defensor.
III - quando a parte for seu cônjuge, parente consanguíneo ou afim em linha
Da Revelia e De Suas Consequências reta, ou na colateral até segundo grau, amigo íntimo ou inimigo capital;

Art. 183. O Presidente da Comissão Processante decretará a revelia da IV - quando em procedimento estiver postulando como Advogado da parte
parte que, regularmente citada, não comparecer perante a Comissão no dia seu cônjuge ou parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na
e hora designados. colateral, até segundo grau;

§ 1º A regular citação será comprovada mediante juntada aos autos: V - quando houver atuado na sindicância que precedeu o procedimento do
exercício de pretensão punitiva;
I - da contrafé do respectivo mandado, no caso de citação pessoal;
VI - na etapa da revisão, quando tenha atuado anteriormente.
II - das cópias dos 03 (três) editais publicados na Imprensa Oficial do Muni-
cípio de Niterói, no caso de citação por edital; Art. 189. A arguição de suspeição de parcialidade de alguns ou de todos os
membros da Comissão Processante e do defensor dativo precederá qual-
III - do Aviso de Recebimento (AR), no caso de citação pelo Correio. quer outra, salvo quando fundada em motivo superveniente.

§ 2º Não sendo possível realizar a citação, o intimador certificará os moti- § 1º A arguição deverá ser alegada pelos citados no caput deste artigo ou
vos nos autos. pela parte, em declaração escrita e motivada, que suspenderá o andamen-
to do processo.
Art. 184. A revelia deixará de ser decretada ou, se decretada, será revoga-
da quando verificado, a qualquer tempo, que, na data designada para o § 2º Sobre a suspeição arguida, o Corregedor Geral da Guarda Municipal
interrogatório: de Niterói:

I - a parte estava legalmente afastada de suas funções por licença- I - se a acolher, tomará as medidas cabíveis, necessárias à substituição
maternidade ou paternidade, licença-gala, em gozo de férias, presa, provi- do(s) suspeito(s) ou à redistribuição do processo;
soriamente ou em cumprimento de pena, ou em licença-médica se impossi-
bilitada de prestar depoimento, podendo a Comissão realizar audiência em II - se a rejeitar, motivará a decisão e devolverá o processo ao Presidente
domicílio ou no lugar onde se encontre o servidor; da Comissão Processante, para prosseguimento.

II - a parte comprovar motivo de força maior que tenha impossibilitado seu


comparecimento tempestivo. CAPÍTULO XIII
DA COMPETÊNCIA
Parágrafo Único - Revogada a revelia, será realizado o interrogatório,
reiniciando-se a instrução, com aproveitamento dos atos instrutórios já
realizados, desde que ratificados pela parte, por termo lançado nos autos. Art. 190. A decisão nos procedimentos disciplinares será proferida por
despacho devidamente fundamentado da autoridade competente, no qual
Art. 185. Decretada a revelia, dar-se-á prosseguimento ao procedimento será mencionada a disposição legal em que se baseia o ato.
disciplinar, designando-se defensor dativo para atuar em defesa da parte.
Art. 191. Compete ao Prefeito a aplicação da pena de demissão, na hipóte-
Parágrafo Único - É assegurado ao revel o direito de constituir Advogado se prevista nos casos de demissão a bem do serviço público.
em substituição ao defensor dativo que lhe tenha sido designado.
Art. 192. Compete ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de
Art. 186. A decretação da revelia acarretará a preclusão das provas que Niterói:
deveriam ser requeridas, especificadas e/ou produzidas pela parte em seu
interrogatório, assegurada a faculdade de juntada de documentos com as I - determinar a instauração:
razões finais.
a) das sindicâncias em geral;
Parágrafo Único - Ocorrendo a revelia, a defesa poderá requerer provas no b) dos procedimentos de exoneração em estágio probatório;
tríduo probatório. c) dos processos sumários;
d) dos inquéritos administrativos.
Art. 187. A parte revel não será intimada pela Comissão Processante para
a prática de qualquer ato, constituindo ônus da defesa comunicar-se com o II - aplicar suspensão preventiva;
servidor, se assim entender necessário.
III - aplicar suspensão;
§ 1º Desde que compareça perante a Comissão Processante ou intervenha
no processo, pessoalmente ou por meio de Advogado com procuração nos IV - decidir, por despacho, os processos de inquérito administrativo, nos
autos, o revel passará a ser intimado pela Comissão, para a prática de atos casos de:
processuais.
a) absolvição;
§ 2º O disposto no parágrafo anterior não implica revogação da revelia nem b) desclassificação da infração ou abrandamento de penalidade de que
elide os demais efeitos desta. resulte a imposição de pena de repreensão ou de suspensão;
c) aplicação da pena de suspensão.
Dos Impedimentos e Da Suspeição

Legislação municipal 183 A Opção Certa Para a Sua Realização


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V - decidir aberturas de sindicâncias; autoridade corregedora a proferir decisão:

VI - decidir os procedimentos de exoneração em estágio probatório; I - pelo arquivamento da sindicância, ou pela instauração do subsequente
procedimento disciplinar de pretensão punitiva;
VII - decidir os processos sumários;
II - pela absolvição ou imposição de penalidade;
VIII - deliberar sobre a remoção temporária de servidor integrante do Qua-
dro dos Profissionais da Guarda Civil Municipal de Niterói. III - pelo reconhecimento da prescrição.

§ 1º A competência estabelecida neste artigo abrange as atribuições para


decidir os pedidos de reconsideração, apreciar e encaminhar os recursos e CAPÍTULO XIV
os pedidos de revisão de inquérito ao Prefeito. DOS PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES

§ 2º Será delegada ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de


Niterói competência para instauração de procedimento especial de exone- Do Procedimento Disciplinar de Preparação e Investigação
ração em estágio probatório.
Do Relatório Circunstanciado e Conclusivo sobre os Fatos
Art. 193. Compete ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de
Niterói, além das competências lhe atribuídas desta Lei, também a de
determinar o cancelamento da punição. Art. 201. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público
é obrigada a tomar providências objetivando a apuração dos fatos e res-
Art. 194. Compete ao Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói a ponsabilidades.
aplicação das sanções disciplinares de advertência, repreensão.
§ 1º As providências de apuração terão início imediato após o conhecimen-
Art. 195. Na ocorrência de infração disciplinar envolvendo servidores da to dos fatos e serão adotadas na unidade onde estes ocorreram, consistin-
Guarda Civil Municipal de Niterói de mais de uma unidade da Guarda Civil do na elaboração de relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos e
Municipal de Niterói caberá à chefia imediata com responsabilidade territo- encaminhado à Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói
rial sobre a área onde ocorreu o fato elaborar relatório circunstanciado para a instrução, com a oitiva dos envolvidos e das testemunhas, além de
sobre a irregularidade e remetê-lo à Corregedoria Geral da Guarda Civil outras provas indispensáveis ao seu esclarecimento.
Municipal de Niterói para o respectivo processamento.
§ 2º A apuração será cometida a funcionário ou grupo de funcionários.
Art. 196. Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes,
ambas com competência disciplinar sobre o infrator, conhecerem da infra- § 3º A apuração deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias, findo o
ção disciplinar, caberá à de maior hierarquia instaurar e encaminhar à qual os autos serão enviados ao Corregedor, que determinará:
Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói o relatório circuns-
tanciado e conclusivo sobre os fatos. I - a aplicação de penalidade, nos termos do artigo 108, quando a respon-
sabilidade subjetiva pela ocorrência encontrar-se definida, porém a nature-
Da Extinção da Punibilidade e Do Procedimento Disciplinar za da falta cometida não for grave, não houver dano ao Patrimônio Público
ou se este for de valor irrisório;
Art. 197. Extingue-se a punibilidade:
II - o arquivamento do feito, quando comprovada a inexistência de respon-
I - pela morte da parte; sabilidade funcional pela ocorrência irregular investigada;

II - pela prescrição; III - a instauração do procedimento disciplinar cabível e a remessa dos


autos ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói, para a
III - pela anistia. respectiva instrução quando:

Art. 198. O procedimento disciplinar extingue-se com a publicação do a) a autoria do fato irregular estiver comprovada;
despacho decisório pela autoridade administrativa competente. b) encontrar-se perfeitamente definida a responsabilidade subjetiva do
servidor pelo evento irregular;
Parágrafo Único - O processo, após sua extinção, será enviado à unidade c) existirem fortes indícios de ocorrência de responsabilidade funcional, que
de lotação do servidor infrator, para as necessárias anotações no prontuá- exijam a complementação das investigações mediante sindicância.
rio e arquivamento, se não interposto recurso.
Da Sindicância
Art. 199. Extingue-se o procedimento sem julgamento de mérito, quando a
autoridade corregedora competente para proferir a decisão acolher propos- Art. 202. A sindicância é o procedimento disciplinar de preparação e inves-
ta da Comissão Processante, nos seguintes casos: tigação, instaurado pelo Presidente da Comissão Processante por determi-
nação do Corregedor Geral da Guarda Municipal, quando os fatos não
I - morte da parte; estiverem definidos ou faltarem elementos indicativos da autoria.

II - ilegitimidade da parte; Parágrafo Único - O Presidente da Comissão Sindicante, quando houver


notícia de fato tipificada como crime, enviará a devida comunicação à
III - quando a parte já tiver sido demitida, dispensada ou exonerada do autoridade competente, se a medida ainda não tiver sido providenciada.
serviço público, casos em que se farão as necessárias anotações no pron-
tuário para fins de registro de antecedentes; Art. 203. A sindicância não comporta o contraditório, devendo, no entanto,
serem ouvidos todos os envolvidos nos fatos.
IV - quando o procedimento disciplinar versar sobre a mesma infração de
outro, em curso ou já decidido; Parágrafo Único - Os depoentes poderão fazer-se acompanhar de Advoga-
do, que não poderá interferir no procedimento.
V - anistia.
Art. 204. Se o interesse público o exigir, o Corregedor Geral da Guarda
Art. 200. Extingue-se o procedimento com julgamento de mérito, quando a Civil Municipal de Niterói decretará, no despacho instaurador, o sigilo da

Legislação municipal 184 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sindicância, facultado o acesso aos autos exclusivamente às partes e seus
patronos. VI - intimação para que o servidor apresente, na audiência concentrada de
instrução, toda prova documental que possuir bem como suas testemunhas
Art. 205. É assegurada vista dos autos da sindicância, nos termos do artigo de defesa, que não poderão exceder a 04 (quatro);
5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal.
VII - notificação de que, na mesma audiência, serão produzidas as provas
Art. 206. Quando recomendar a abertura de procedimento disciplinar de da Comissão, devidamente especificadas;
exercício da pretensão punitiva, o relatório da sindicância deverá apontar
os dispositivos legais infringidos e a autoria apurada. VIII - nomes completos e registros funcionais dos membros da Comissão
Processante.
Art. 207. A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias,
prorrogável, a critério do Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Art. 214. No caso comprovado de não ter o sumariado tomado ciência do
Niterói, mediante justificativa fundamentada. inteiro teor do termo de intimação, ser-lhe-á facultado apresentar suas
testemunhas de defesa no prazo determinado pela Presidência, sob pena
Dos Procedimentos Disciplinares de Exercício da Pretensão Punitiva de decadência.

Da Aplicação Direta de Penalidade Art. 215. Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa para apresentação
de razões finais, no prazo de 05 (cinco) dias.
Art. 208. As penas de advertência, repreensão poderão ser aplicadas
diretamente pelo titular do órgão municipal de segurança e pelo Inspetor- Art. 216. Após a defesa, a Comissão Processante elaborará relatório,
Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói, que tiverem conhecimento da encaminhando-se o processo para decisão da autoridade administrativa
infração disciplinar. competente.

Art. 209. A aplicação da pena será precedida de citação por escrito do Do Inquérito Administrativo
infrator, que descreverá os fatos que constituem a irregularidade a ele
imputada e o dispositivo legal infringido, conferindo-lhe o prazo de 05 Art. 217. Instaurar-se-á Inquérito Administrativo quando a falta disciplinar,
(cinco) dias para a apresentação de defesa. por sua natureza, puder determinar a suspensão, a dispensa dos servido-
res admitidos, estáveis ou não, a demissão, a demissão a bem do serviço
Parágrafo Único - A defesa deverá ser feita por escrito, podendo ser elabo- público.
rada pessoalmente pelo servidor ou por defensor constituído na forma da
lei, e será entregue contrarrecibo, à autoridade que determinou a citação. Parágrafo Único - No Inquérito Administrativo é assegurado o exercício do
direito ao contraditório e à ampla defesa.
Art. 210. Aplicada a penalidade na forma prevista neste Capítulo, encerra-
se a pretensão punitiva da Administração, ficando vedada a instauração de Art. 218. São fases do Inquérito Administrativo:
qualquer outro procedimento disciplinar contra o servidor apenado com
base nos mesmos fatos. I - instauração e denúncia administrativa;

§ 1º Aplicada a penalidade dar-se-á ciência à Corregedoria Geral da Guar- II - citação;


da Civil Municipal de Niterói, com relatório instruído com cópia da notifica-
ção feita ao servidor, da intimação e eventual defesa por ele apresentada, III - instrução, que compreende o interrogatório, a prova da Comissão
bem como cópia da fundamentação da decisão e respectiva publicação na Processante e o tríduo probatório;
Imprensa Oficial do Município de Niterói.
IV - razões finais;
§ 2º O Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói manterá
cadastro atualizado e controlará um banco de dados sobre a vida funcional V - relatório final conclusivo;
dos servidores integrantes do Quadro de Profissionais da Guarda Civil.
VI - encaminhamento para decisão;
Do Processo Sumário
VII - decisão.
Art. 211. Instaura-se o Processo Sumário quando a falta disciplinar, pelas
proporções ou pela natureza, ensejar pena de suspensão superior a 05 Art. 219. O Inquérito Administrativo será conduzido por uma Comissão
(cinco) dias. Processante, presidida obrigatoriamente por servidor da Guarda Civil
Municipal com título de Bacharel em Direito.
Art. 212. O Processo Sumário será instaurado pelo Presidente da Comis-
são Processante, com a ciência dos comissários, e deverá ter toda a instru- Art. 220. O Inquérito Administrativo será instaurado pelo Presidente da
ção concentrada em audiência. Comissão, no prazo de 05 (cinco) dias, contados do recebimento dos autos
pela Comissão Processante.
Art. 213. O termo de instauração e intimação conterá, obrigatoriamente:
Art. 221. A denúncia administrativa deverá conter obrigatoriamente:
I - a descrição articulada da falta atribuída ao servidor;
I - a indicação da autoria;
II - os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a penalidade
aplicável; II - os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a penalidade
aplicável;
III - a designação cautelar de defensor dativo para assistir o servidor, se
necessário, na audiência concentrada de instrução; III - o resumo dos fatos;

IV - designação de data, hora e local para interrogatório, ao qual deverá o IV - a ciência de que a parte poderá fazer todas as provas admitidas em
servidor comparecer, sob pena de revelia; Direito e pertinentes à espécie;

V - ciência de que poderá o sumariado comparecer à audiência acompa- V - a ciência de que é facultado à parte constituir Advogado para acompa-
nhada de defensor de sua livre escolha, regularmente constituído; nhar o processo e defendê-la, e de que, não o fazendo, ser-lhe-á nomeado

Legislação municipal 185 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
defensor dativo;
Art. 229. Com o parecer conclusivo os autos serão encaminhados ao
VI - designação de dia, hora e local para o interrogatório, ao qual a parte Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói para manifestação e,
deverá comparecer, sob pena de revelia; na sequência, ao titular do órgão municipal de segurança, para decisão ou
manifestação e encaminhamento ao Prefeito, quando for o caso.
VII - nomes completos e registro funcional dos membros da Comissão
Processante. Do Julgamento

Art. 222. O servidor acusado da prática de infração disciplinar será citado Art. 230. A autoridade competente para decidir não fica vinculada ao pare-
para participar do processo e se defender. cer conclusivo da Comissão Processante, podendo, ainda, converter o
julgamento em diligência para os esclarecimentos que entender necessário.
§ 1º A citação deverá ser feita com antecedência de, no mínimo, 48 (qua-
renta e oito) horas da data designada para o interrogatório. Art. 231. Recebidos os autos, o Corregedor da Guarda Civil Municipal,
quando for o caso, julgará o Inquérito Administrativo em 30 (trinta) dias,
Art. 223. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo prorrogáveis, justificadamente.
pessoalmente, desde que o faça com urbanidade, e de intervir, por seu
defensor, nas provas e diligências que se realizarem. Parágrafo Único - A autoridade competente julgará o Inquérito Administrati-
vo, decidindo, fundamentadamente:
Art. 224. Regularizada a representação processual do denunciado, a
Comissão Processante promoverá a tomada de depoimentos, acareações, I - pela absolvição do acusado;
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova e, quan-
do necessário, recorrerá a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa II - pela punição do acusado;
elucidação dos fatos.
III - pelo arquivamento, quando extinta a punibilidade.
Parágrafo Único - A defesa será intimada de todas as provas e diligências
determinadas, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, Art. 232. O acusado será absolvido, quando reconhecido:
sendo-lhe facultada a formulação de quesitos, quando se tratar de prova
pericial, hipótese em que o prazo de intimação será ampliado para 05 I - estar provada a inexistência do fato;
(cinco) dias.
II - não haver prova da existência do fato;
Art. 225. Realizadas as provas da Comissão Processante, a defesa será
intimada para indicar, em 03 (três) dias, as provas que pretende produzir. III - não constituir o fato infração disciplinar;

Art. 226. Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defensor para apresenta- IV - não existir prova de ter o acusado concorrido para a infração disciplinar;
ção, por escrito e no prazo de 05 (cinco) dias úteis, das razões de defesa
do denunciado. V - não existir prova suficiente para a condenação;

Art. 227. Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão Processan- VI - a existência de quaisquer das seguintes causas de justificação:
te elaborará o parecer conclusivo, que deverá conter:
a) motivo de força maior ou caso fortuito;
I - a indicação sucinta e objetiva dos principais atos processuais; b) legítima defesa própria ou de outrem;
c) estado de necessidade;
II - análise das provas produzidas e das alegações da defesa; d) estrito cumprimento do dever legal;
e) coação irresistível.
III - conclusão, com proposta justificada e, em caso de punição, deverá ser
indicada a pena cabível e sua fundamentação legal. Da Aplicação das Sanções Disciplinares

§ 1º Havendo consenso, será elaborado parecer conclusivo unânime e, Art. 233. Na aplicação da sanção disciplinar serão considerados os moti-
havendo divergência, será proferido voto em separado, com as razões nas vos, circunstâncias e consequências da infração, os antecedentes e a
quais se funda a divergência. personalidade do infrator, assim como a intensidade do dolo ou o grau da
culpa.
§ 2º A Comissão deverá propor, se for o caso:
Art. 234. São circunstâncias atenuantes:
I - a desclassificação da infração prevista na denúncia administrativa;
I - estar classificado, no mínimo, na categoria de bom comportamento,
II - o abrandamento da penalidade, levando em conta fatos e provas conti- conforme disposição prevista no artigo 116, inciso II, desta Lei;
das no procedimento, a circunstância da infração disciplinar e o anterior
comportamento do servidor; II - ter prestado relevantes serviços para a Guarda Civil Municipal de Nite-
rói;
III - outras medidas que se fizerem necessárias ou forem do interesse
público. III - ter cometido a infração para preservação da ordem ou do interesse
público.
Art. 228. O Inquérito Administrativo deverá ser concluído no prazo de 90
(noventa) dias, que poderá ser prorrogado, a critério do Corregedor Geral Art. 235. São circunstâncias agravantes:
da Guarda Civil Municipal de Niterói, mediante justificativa fundamentada.
I - mau comportamento, conforme disposição prevista no artigo 116, inciso
Parágrafo Único - Nos casos de prática das infrações previstas no artigo 51, IV, desta Lei;
ou quando o funcionário for preso em flagrante delito ou preventivamente, o
Inquérito Administrativo deverá ser concluído no prazo de 60 (sessenta) II - prática simultânea ou conexão de 02 (duas) ou mais infrações;
dias, contados da citação válida do indiciado, podendo ser prorrogado, a
juízo da autoridade que determinou a instauração, mediante justificação, III - reincidência;
pelo prazo máximo de 60 (sessenta) dias.

Legislação municipal 186 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
IV - conluio de 02 (duas) ou mais pessoas; sante, com a ciência dos comissários, e deverá ter toda a instrução concen-
trada em audiência.
V - falta praticada com abuso de autoridade.
Art. 243. O termo de instauração e intimação conterá, obrigatoriamente:
§ 1º Verifica-se a reincidência quando o servidor cometer nova infração
depois de transitar em julgado a decisão administrativa que o tenha conde- I - a descrição articulada da falta atribuída ao servidor;
nado por infração anterior.
II - os dispositivos legais violados e aqueles que preveem a tipificação legal;
§ 2º Dá-se o trânsito em julgado administrativo quando a decisão não
comportar mais recursos. III - a designação cautelar de defensor dativo para assistir o servidor, se
necessário, na audiência concentrada de instrução;
Art. 236. Em caso de reincidência, as faltas graves serão puníveis com
repreensão e as gravíssimas com suspensão. IV - a designação de data, hora e local para interrogatório, ao qual deverá o
servidor comparecer, sob pena de revelia;
Parágrafo Único - As punições canceladas ou anuladas não serão conside-
radas para fins de reincidência. V - a ciência ao servidor de que poderá comparecer à audiência acompa-
nhada de defensor de sua livre escolha, regularmente constituído;
Art. 237. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exer-
cício irregular de suas atribuições, sendo responsável por todos os prejuí- VI - a intimação para que o servidor apresente, na audiência concentrada
zos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Municipal, por dolo ou culpa, de instrução, toda prova documental que possuir, bem como suas testemu-
devidamente apurados. nhas de defesa, que não poderão exceder a 04 (quatro);

Parágrafo Único - As cominações civis, penais e disciplinares poderão VII - a notificação de que, na mesma audiência, serão produzidas as provas
cumular-se, sendo independentes entre si, assim como a instância civil, da Comissão Processante, devidamente especificadas;
penal e administrativa.
VIII - os nomes completos e registros funcionais dos membros da Comissão
Art. 238. Na ocorrência de mais de uma infração, sem conexão entre si, Processante.
serão aplicadas as sanções correspondentes isoladamente.
Parágrafo Único - No caso comprovado de não ter o servidor tomado ciên-
Do Cumprimento das Sanções Disciplinares cia do inteiro teor do termo de instauração e intimação, ser-lhe-á facultado
apresentar suas testemunhas de defesa no prazo determinado pela Presi-
Art. 239. A autoridade responsável pela execução da sanção imposta a dência, sob pena de decadência.
subordinado que esteja a serviço ou à disposição de outra unidade fará a
devida comunicação para que a medida seja cumprida. Art. 244. Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa para apresentação
de razões finais, no prazo de 05 (cinco) dias.
Da Exoneração no Estágio Probatório
Art. 245. Após a defesa, a Comissão Processante elaborará relatório
Art. 240. Instaurar-se-á procedimento especial de exoneração em estágio conclusivo, encaminhando-se o processo para decisão da autoridade
probatório, nos seguintes casos: administrativa competente.

I - inassiduidade; Art. 246. Se no curso do procedimento disciplinar por faltas consecutivas


ou intercaladas ao serviço, for apresentado pelo servidor pedido de exone-
II - ineficiência; ração ou de dispensa, o Presidente da Comissão Processante encaminhará
o processo imediatamente à apreciação do titular do órgão municipal de
III - indisciplina; segurança.

IV - insubordinação; Art. 247. O titular do órgão municipal de segurança poderá:

V - desídia; I - acolher o pedido, considerando justificadas ou injustificadas as faltas;

VI - conduta moral ou profissional que se revele incompatível com suas II - não acolher o pedido, determinando, nesse caso, o prosseguimento do
atribuições; procedimento disciplinar.

VII - por irregularidade administrativa grave; Dos Recursos e Da Revisão das Decisões em Procedimentos Disciplinares

VIII - pela prática de delito doloso, relacionado ou não com suas atribui- Art. 248. Das decisões nos procedimentos disciplinares caberão:
ções.
I - pedido de reconsideração;
Art. 241. O chefe mediato ou imediato do servidor formulará representação,
preferencialmente, pelo menos 04 (quatro) meses antes do término do II - recurso hierárquico;
período probatório, contendo os elementos essenciais, acompanhados de
possíveis provas que possam configurar os casos indicados no artigo III - revisão.
anterior e o encaminhará ao Corregedor Geral, que apreciará o seu conte-
údo, determinando, se for o caso, a instauração do procedimento de exone- Art. 249. As decisões em grau de recurso e revisão não autorizam a agra-
ração. vação da punição do recorrente.

Parágrafo Único - Sendo inviável a conclusão do procedimento de exonera- Parágrafo Único - Os recursos de cada espécie previstos no artigo anterior
ção antes de findo o estágio probatório, o Corregedor poderá convertê-lo poderão ser interpostos apenas uma única vez, individualmente, e cingir-
em Inquérito Administrativo, prosseguindo-se até final decisão. se-ão aos fatos, argumentos e provas, cujo ônus incumbirá ao recorrente.

Art. 242. O procedimento disciplinar de exoneração de funcionário em Art. 250. O prazo para interposição do pedido de reconsideração e do
estágio probatório será instaurado pelo Presidente da Comissão Proces- recurso hierárquico é de 15 (quinze) dias, contados da data da publicação

Legislação municipal 187 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
oficial do ato impugnado. e as providências quanto ao passado, dispondo sobre os efeitos retroativos
à data do ato ou da decisão impugnada e não autorizam a agravação da
Parágrafo Único - Os recursos serão processados em apartado, devendo o pena.
processo originário segui-los para instrução.
Do Cancelamento da Punição
Art. 251. As decisões proferidas em pedido de reconsideração, representa-
ção, recurso hierárquico e revisão serão sempre motivadas e indicarão, no Art. 262. O cancelamento de sanção disciplinar consiste na eliminação da
caso de provimento, as retificações necessárias e as providências quanto respectiva anotação no prontuário do servidor da Guarda Civil Municipal de
ao passado, dispondo sobre os efeitos retroativos à data do ato ou decisão Niterói, sendo concedido de ofício ou mediante requerimento do interessa-
impugnada. do, quando este completar, sem qualquer punição:

Do Pedido de Reconsideração I - 04 (quatro) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de
suspensão;
Art. 252. O pedido de reconsideração deverá ser dirigido à mesma autori-
dade que houver expedido o ato ou proferido a decisão e sobrestará o II - 02 (dois) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de
prazo para a interposição de recurso hierárquico. advertência ou repreensão.

Art. 253. Concluída a instrução ou a produção de provas, quando pertinen- Art. 263. O cancelamento das anotações no prontuário do infrator e no
tes, os autos serão encaminhados à autoridade para decisão no prazo de banco de dados da Corregedoria Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói
30 (trinta) dias. dar-se-á por determinação do Corregedor Geral, em 15 (quinze) dias, a
contar da data do seu pedido, registrando-se apenas o número e a data do
Do Recurso Hierárquico ato administrativo que formalizou o cancelamento.

Art. 254. O recurso hierárquico deverá ser dirigido à autoridade imediata- Art. 264. Concedido o cancelamento, o conceito do servidor da Guarda
mente superior àquela que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, Civil Municipal será considerado tecnicamente primário, podendo ser re-
em última instância, ao Prefeito. classificado.

Parágrafo Único - Não constitui fundamento para o recurso a simples Da Prescrição


alegação de injustiça da decisão, cabendo ao recorrente o ônus da prova
de suas alegações. Art. 265. Prescreverá:

Da Revisão I - em 06 (seis) meses a falta que sujeite à pena de advertência e repreen-


são;
Art. 255. A revisão será recebida e processada mediante requerimento
quando: II - em 02 (dois) anos a falta que sujeite à pena de repreensão e suspen-
são;
I - a decisão for manifestamente contrária a dispositivo legal ou à evidência
dos autos; III - em 05 (cinco) anos, a falta que sujeite à pena de demissão a bem do
serviço público, demissão ou dispensa.
II - a decisão se fundamentar em depoimentos, exames periciais, vistorias
ou documentos comprovadamente falsos ou eivados de erros; Parágrafo Único - A infração também prevista como crime na Lei Penal
prescreverá juntamente com este, aplicando-se ao procedimento disciplinar,
III - surgirem, após a decisão, provas da inocência do punido. neste caso, os prazos prescricionais estabelecidos no Código Penal ou em
leis especiais que tipifiquem o fato como infração penal, quando superiores
Parágrafo Único - Não constitui fundamento para a revisão a simples alega- a 05 (cinco) anos.
ção de injustiça da penalidade.
Art. 266. A prescrição começará a correr da data em que a autoridade
Art. 256. A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, será sempre tomar conhecimento da existência de fato, ato ou conduta que possa ser
dirigida ao Prefeito, que decidirá quanto ao seu processamento. caracterizada como infração disciplinar.

Art. 257. Estará impedida de funcionar no processo revisional a Comissão Art. 267. Interromperá o curso da prescrição o despacho que determinar a
Processante que participou do processo disciplinar originário. instauração de procedimento de exercício da pretensão punitiva.

Art. 258. Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de revisão poderá Parágrafo Único - Na hipótese do "caput" deste artigo, todo o prazo começa
ser formulado pelo cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau. a correr novamente por inteiro da data do ato que a interrompeu.

Art. 259. No processo revisional, o ônus da prova incumbirá ao requerente Art. 268. Se, depois de instaurado o procedimento disciplinar houver ne-
e sua inércia no feito, por mais de 60 (sessenta) dias, implicará o arquiva- cessidade de se aguardar o julgamento na esfera criminal, o feito poderá
mento do feito. ser sobrestado e suspenso o curso da prescrição até o trânsito em julgado
da sentença penal.
Art. 260. Instaurada a revisão, a Comissão Processante deverá intimar o
recorrente a comparecer para interrogatório e indicação das provas que Das Disposições Finais
pretende produzir.
Art. 269. Após o julgamento do Inquérito Administrativo é vedado à autori-
Parágrafo Único - Se o recorrente for ex-servidor, fica vedada a designação dade julgadora avocá-lo para modificar a sanção aplicada ou agravá-la.
de defensor dativo pela Procuradoria.
Art. 270. Durante a tramitação do procedimento disciplinar, fica vedada aos
Art. 261. Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determi- órgãos da Administração Municipal a requisição dos respectivos autos, para
nará a redução, o cancelamento ou a anulação da pena. consulta ou qualquer outro fim, exceto àqueles que tiverem competência
legal para tanto.
Parágrafo Único - As decisões proferidas em grau de revisão serão sempre
motivadas e indicarão, no caso de provimento, as retificações necessárias Art. 271. Os procedimentos disciplinados nesta Lei, terão sempre tramita-

Legislação municipal 188 A Opção Certa Para a Sua Realização


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ção em autos próprios, sendo vedada sua instauração ou processamento _______________________________________________________
em expedientes que cuidem de assuntos diversos da infração a ser apura-
da ou punida. _______________________________________________________
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§ 1º Os processos acompanhantes ou requisitados para subsidiar a instru-
ção de procedimentos disciplinares serão devolvidos à unidade competente _______________________________________________________
para prosseguimento, assim que extraídos os elementos necessários, por _______________________________________________________
determinação do Presidente da Comissão Processante.
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§ 2º Quando o conteúdo do acompanhante for essencial para a formação
de opinião e julgamento do procedimento disciplinar, os autos somente
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serão devolvidos à unidade após a decisão final. _______________________________________________________

Art. 272. O pedido de vista de autos em tramitação, por quem não seja _______________________________________________________
parte ou defensor, dependerá de requerimento por escrito e será cabível _______________________________________________________
para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse
pessoal. _______________________________________________________
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Parágrafo Único - Poderá ser vedada a vista dos autos até a publicação da
decisão final, inclusive para as partes e seus defensores, quando o proces- _______________________________________________________
so se encontrar relatado.
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Art. 273. Fica atribuída ao Corregedor Geral da Guarda Civil Municipal de ______________________________________________________
Niterói competência para apreciar e decidir os pedidos de certidões e
fornecimento de cópias reprográficas, referentes a processos administrati- _______________________________________________________
vos que estejam em andamento na Corregedoria Geral da Guarda Civil _______________________________________________________
Municipal de Niterói.
_______________________________________________________
Art. 274. O Diretor da Guarda Civil Municipal, sem qualquer alteração na
forma de provimento do cargo ou respectiva remuneração, será doravante
_______________________________________________________
denominado Inspetor-Geral da Guarda Civil Municipal de Niterói. _______________________________________________________

Art. 275. Os casos omissos e as alterações do presente Estatuto serão _______________________________________________________


resolvidos pelo Chefe do Executivo Municipal. _______________________________________________________
Art. 276. As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta das dota- _______________________________________________________
ções orçamentárias próprias.
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Art. 277. Esta Lei entra em vigor após a data de sua publicação, revogadas _______________________________________________________
as disposições em contrário.
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Legislação municipal 189 A Opção Certa Para a Sua Realização


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