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MATEMÁTICA E SUAS
TECNOLOGIAS
Odimar Navas Ferrite
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PRINCÍPIOS
Capítulo 1 Conjuntos e aplicações 2
Capítulo 2 Números: significados e aplicações 29
Capítulo 3 Equações 54
Capítulo 4 Médias, gráficos e diagramas 72
Retomar, reconhecer e expandir propriedades básicas da Matemática e de sua linguagem formal algébrica e lógica, bem como
formas de apresentação de dados e informações, para melhor fundamentação dos estudos dessa ciência no Ensino Médio.
1
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CONJUNTOS E
toc
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APLICAÇÕES
OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
Muitas atividades do cotidiano são realizadas por nós automaticamente, como que
► Explorar o raciocínio lógico-
por extinto. Algumas vezes agimos e reagimos a certos acontecimentos de acordo com
-matemático e aplicá-lo na
nossas experiências e outras vezes, por puro reflexo. No entanto, quando estamos plena-
resolução de situações-
mente conscientes de nossos atos, devemos usar uma ferramenta importante do nosso -problema.
ser: o pensamento.
► Resolver situações-problema
Quando pensamos sobre um assunto ou sobre uma atitude a ser tomada, podemos com o uso de diagramas
fazer suposições, buscar associações, padrões, generalizações, na tentativa de definir o e das propriedades e
que deve ser feito. operações entre conjuntos.
É importante considerar, no entanto, que é sempre necessário o conhecimento de cer- ► Reconhecer e aplicar as
tas propriedades, para que essas atitudes sejam bem definidas, para que elas possam ser propriedades dos conjuntos
mais do que simples associações. numéricos.
Observe, por exemplo, o cruzamento entre vias mostrado na imagem (e o mapa cor- Principais conceitos
respondente). Você sabe o nome da placa de trânsito que se pode ver do lado esquerdo? que você vai aprender:
O que realmente ela indica? ► Raciocínio lógico-
-matemático
João Prudente/Pulsar imagens
► Conjuntos: relações e
propriedades
► Conjuntos numéricos
+
Ð
• Procure explicar, com base na observação da foto, como deve ser o trânsito no local,
se as vias são de mão única ou dupla, quais são os sentidos possíveis de trânsito no
cruzamento, etc.
2
Racioc’nio l—gico-matem‡tico
A Lógica matemática é o ramo da disciplina que estuda o pensamento de modo estru-
turado, com base em proposições e análise de possibilidades e resultados.
Proposição
Chama-se proposição um conjunto de palavras, símbolos ou expressão matemática
que expressam um sentido completo; as proposições podem receber apenas um valor
lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).
Exemplos:
a) Boa tarde! d) 1 + 1 > 3
b) Estou bem assim? e) 2x + 1 é par
c) Marta está elegante hoje. f) 2 ? (3 + 4)
Os itens a, b e f apresentam expressões que claramente não apresentam sentido com-
pleto, pois não conseguiríamos classificá-las em verdadeiras ou falsas. O item e apresenta
uma expressão, cujo valor lógico depende do valor de x.
Os itens c e d são exemplos de proposições. A frase “Marta está elegante hoje” apresen-
ta sentido completo e é uma proposição à qual pode ser atribuído um valor lógico (V ou F).
Já a expressão 1 + 1 > 3 apresenta sentido completo e é uma proposição falsa.
Negação (~)
A partir de uma proposição p qualquer sempre é possível construir outra, denominada
“negação de p”, a qual é indicada por ~p.
Exemplos:
a) p: Amanhã é domingo. b) p: 1 + 1 . 3
~p: Amanhã não é domingo. ~p: 1 + 1 < 3 p ~p
Se a proposição p é verdadeira, então a proposição ~p é falsa, e vice-versa, como se V F
resume na tabela ao lado, chamada de tabela-verdade. F V
Quantificadores
São operadores lógicos que podem auxiliar na reorganização das sentenças abertas trans-
formando-as em proposições. São eles o quantificador universal, identificado pelo símbolo ∀
(lemos: “todo” ou “para todo”), e o quantificador existencial, indicado pelo símbolo ∃ (lemos:
“existe” ou “existe um” ou “existe pelo menos um” - são expressões equivalentes).
Exemplos:
a) Considere que a sentença aberta 2x + 1 é par. b) Considere que a sentença aberta 2x + 1 é par.
Usando o quantificador universal, temos: Usando o quantificador existencial, temos:
(∀x) (2x + 1) é par. (∃x) (2x + 1) é par.
Agora, temos uma proposição falsa. Agora temos uma proposição verdadeira (por exemplo, para x = 0,5).
c) A negação de p: “existe brasileiro goiano” (V) é ~p: “todo brasileiro não é goiano” (F). equivalente a dizer “nenhum
d) A negação de p: (∃x) x2 + 1 = 0 (F) é ~p: (∀x) x2 + 1 ± 0 (V). 1 brasileiro é goiano” (F).
3
Proposição composta – conectivos
Na Lógica matemática, os conectivos são símbolos lógicos que ligam as proposições,
formando outras, chamadas de compostas. São três os conectivos, como veremos a seguir.
Conjunção (∧)
Sendo p e q duas proposições, a nova proposição p ∧ q (lemos: p “e” q) é denominada
conjunção das sentenças p e q. Para entendermos como a conjunção funciona, vamos
considerar duas proposições cujos valores lógicos são conhecidos:
p: Cristiano Ronaldo é jogador de futebol. (V)
q: Cristiano Ronaldo é brasileiro. (F)
A conjunção p ∧ q equivale a Cristiano Ronaldo é jogador de futebol e brasileiro. (F)
Considere as proposições p e q dadas e use negações (quando necessário), para mon-
tar conjunções nas quais tenhamos (V) e (V), (F) e (V) e, por fim, (F) e (F). Em seguida, julgue o
valor lógico de cada uma dessas proposições compostas por conjunção.
Com base nos resultados que você encontrou, complete a tabela-verdade da conjunção:
p q p∧q
V V
V F F
F V
F F
Disjunção (∨)
Sendo p e q duas proposições, a nova proposição p ∨ q (lemos: p “ou” q) é denominada
disjunção das sentenças p e q.
Exemplos:
a) p: 5 > 5 (F) b) p: 5 = 5 (V) c) p: 2 é par (V) d) p: 12 é divisível por 5 (F)
q: 5 = 5 (V) q: 5 ± 5 (F) q: 2 é primo (V) q: 12 é divisível por 7 (F)
p ∨ q: 5 > 5 (V) p ∨ q: 5 = 5 ou 5 ± 5 (V) p ∨ q: 2 é primo ou par (V) p ∨ q: 12 é divisível por 5 ou por 7 (F)
Com base nos resultados anteriores, temos a tabela-verdade da disjunção:
p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F
Condicionais
Outro modo de construir novas proposições a partir de duas dadas é com o uso dos condi-
cionais, os quais podem ser representados pelos símbolos w (condicional) ou c (bicondicional).
Condicional (w)
Dadas duas proposições p e q, a nova proposição p w q, que se lê “se p, então q”, é
chamada de condicional, em que p é condição suficiente para que ocorra q e q é condição
necessária para que ocorra p.
4 CAPÍTULO 1
Devemos tomar cuidado para não confundir a disjunção
p q p q
Atenção
V V
1 Diferentemente do
V F
símbolo w, o símbolo s, em
F V
p s q, é usado para indicar que
F F p implica q, ou seja, expressa
que q decorre de p.
Uma condicional p w q só é falsa quando a proposição p for verdadeira ao mesmo Por exemplo:
tempo que q for falsa. 1 x2 = 9 s x2 - 9 = 0
Bicondicional (c)
Dadas duas proposições p e q, a nova proposição p c q, que se lê “p se, e somente se q”,
é chamada de bicondicional, em que p é condição necessária e suficiente para que ocorra
q e q é condição necessária e suficiente para que ocorra p. Por exemplo, vamos considerar
a seguinte condicional:
Rafael é paulista se, e somente se, nasceu no estado de São Paulo.
Veja que nascer no estado de São Paulo é uma condição necessária e suficiente para
que seja paulista, e vice-versa. Vamos considerar agora outra condicional, para analisar
MATEMÁTICA
5
Desse modo, temos quatro possibilidades:
· Não fui ao clube e choveu. (Falei a verdade.) · Fui ao clube e choveu. (Menti.) Observação
1 Repare que p c q é o mesmo
· Não fui ao clube e não choveu. (Menti.) · Fui ao clube e não choveu. (Falei a verdade.)
que (p w q) ∧ (q w p), ou seja,
Agora, considerando as proposições p: não ir ao clube e q: chover, observe os resulta- “Rafael é paulista se, e somente
dos anteriores e complete a tabela-verdade da bicondicional: se, nasceu no estado de São
Paulo” é equivalente a “Se
p q pcq
Rafael é paulista, então nasceu
V V no estado de São Paulo e Se
V F Rafael nasceu no estado de São
F V Paulo, então é paulista”.
Quando temos apenas resultados verdadeiros para uma tabela-verdade, então ela Atenção
é chamada de tautologia ou de proposição logicamente verdadeira. Do mesmo modo,
1 Diferentemente do
se a tabela-verdade apresentar apenas resultados falsos, teremos uma proposição
símbolo c, o símbolo g, em
logicamente falsa. 1
p g q, é usado para indicar
que p equivale a q, ou seja,
expressa que q decorre de p,
Contrapositiva assim como p decorre de q.
Agora que vimos sobre proposições equivalentes, vale a pena destacar uma pro- Exemplos:
priedade muito importante sobre a condicional. A condicional p w q é equivalente a) x2 = 9 g x = ±3
a ~q w ~p. Podemos escrever: b) Acabamos de ver que p c q é
equivalente a (p w q) ∧ (q w p);
p w q s ~q w ~p assim, podemos escrever:
p c q g (p w q) ∧ (q w p)
Isso significa dizer que as tabelas-verdade para essas duas proposições têm exata-
mente os mesmos resultados. Assim, por exemplo, a proposição “se chover, não irei ao
clube” é equivalente a “irei ao clube, se não chover”.
A contrapositiva é muito usada em Matemática para se fazerem demonstrações,
como veremos na seção mais à frente neste capítulo.
Exemplos:
a) Considere as proposições p: o número 2 é par e q: o número 2 é primo.
p ∧ q: o número 2 é par e é primo.
~(p ∧ q): o número 2 não é par ou não é primo, ou
~(p ∧ q): o número 2 é ímpar ou é composto.
b) Considere as proposições p: Lúcia é dentista e q: Marcelo não é professor.
p ∨ q: Lúcia é dentista ou Marcelo não é professor.
~(p ∨ q): Lúcia não é dentista e Marcelo é professor.
6 CAPÍTULO 1
Negação da condicional (w)
A negação da condicional entre p e q é a conjunção entre p e a negação de q. Em sím-
bolos, temos:
Observação
~(p w q) g p ∧ ~q 1 Repare que p e q são
expressões abertas e não
Exemplo: proposições (por isso, não têm
Considere as proposições p: x = -2 e q: x2 = -4 valor lógico). No entanto,
p w q é uma proposição falsa
p w q: Se x = -2, então x2 = -4 e sua negação, uma proposição
~(p w q): x = -2 e x2 ± -4 1 verdadeira (como se esperava).
Raciocínio lógico
O conhecimento lógico não se ensina de maneira direta, e sim é algo que se vai desen-
volvendo no indivíduo à medida que este interage com o meio. É uma ciência desprovida
do conteúdo clássico visto em livros e enciclopédias. O raciocínio lógico, apesar de infor-
mal, segue regras que devem ser cumpridas passo a passo para a resolução dos exercícios.
Uma das formas de desenvolver esse raciocínio é praticando.
Considere, então, o exercício resolvido a seguir, como forma de treino.
Lendo o enunciado
Decifrando o enunciado
Afirmação é verdadeira: Na
(Insper-SP) lógica proposicional (que se
afirmação é ver
Considere que a seguinte afirmação verdadeira: baseia em proposições), deve-
“Se uma pessoa é inteligente, então ela tem opiniões bem embasadas ou está disposta -se considerar o valor lógico
a ouvir os argumentos dos outros.” dado, o qual será essencial na
Uma pessoa está disposta a ouvir os argumentos dos outros. Então: construção da tabela-verdade.
a) ela é inteligente. Se ..., então: É muito
b) ela tem opiniões bem embasadas. importante estar atento ao
tipo de construção, para que se
c) se ela tiver opiniões bem embasadas, ela é inteligente.
possa construir a tabela-verdade
d) mesmo que tenha opiniões bem embasadas, pode não ser inteligente. ou consultar seus resultados
e) se ela não tiver opiniões bem embasadas, não é inteligente. prontos, na interpretação do
enunciado. Por exemplo, nesse
Resolução
caso temos uma condicional
Resposta: D
verdadeira.
As tabelas-verdade podem ser usadas para a observação de resultados prontos. Por exem-
Ou: Atenção que essa
plo, considerando p: uma pessoa é inteligente, r: tem opiniões embasadas e s: está dis-
condicional tem a segunda
posta a ouvir os argumentos dos outros, temos que a condicional dada é p w (r ∨ s). Assim,
proposição, composta por
como s deve ser verdadeira, temos: disjunção.
p r s (r ∨ s) p w (r ∨ s)
1) V V V V V
2) V F V V V
3) F V V V V
4) F F V V V
Veja que, para s verdadeira, a condicional dada também é verdadeira (como quere-
mos), independentemente dos valores lógicos de p e r. Portanto, uma pessoa está
disposta a ouvir os argumentos dos outros (s = V), mesmo que tenha opiniões bem
embasadas (r = V), pode não ser inteligente (r = V ou r = F), como podemos notar nas
linhas 1 e 3.
Conjuntos
O agrupamento de elementos que apresentam pelo menos uma mesma característi-
ca em comum está muito presente em nossa vida e de forma cotidiana. Ele permite que
MATEMÁTICA
7
Na Matemática, tais agrupamentos são chamados conjuntos e têm estrutura e
linguagem próprias.
fotos Shutterstock: Kiselev Andrey Valerevich, aslysun, Andresr, Yulia Mayorova, Dean Drobot,
Alex Nabokov, paultarasenko, Sabphoto, PathDoc, Pavel Kriuchkov, Tyler McKay, Charlotte Purdy
Carreiras
Grupo fechado
i Informações sobre carreiras, universidades e testes vocacionais.
536 membros
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Acontece aqui
Grupo fechado
i Fique sabendo tudo o que acontece na nossa cidade
e as programações para os fins de semana!
Nas redes sociais, os grupos
35.005 membros também são muito importantes
e têm as mesmas características
funcionais que na Matemática.
+ Participar do grupo Além disso, esses grupos podem
ter elementos comuns e/ou
distintos.
Notação e representação
Em geral, usaremos letras maiúsculas do alfabeto para a identificação de um conjunto Observações
(exceções feitas às retas e aos planos, por exemplo). 1 O símbolo 3 significa
“pertence”, | significa “tal que”
0 e < significa ”menor ou igual”.
5
9 2 Usamos ponto e vírgula para
4 facilitar a representação de con-
A 2 7
1 juntos numéricos que apresen-
3 tem decimais; por exemplo, o
6 8
conjunto que tem os números 2,3
e 5 como elementos: C = {2,3; 5}
A = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9} ou A = { x 3 ˜ | x < 9} 1 Quando listamos os elementos
de um conjunto, não devemos
A é o conjunto dos algarismos do sistema decimal de numeração. repetir elementos. Por exemplo,
Apresentaremos, a seguir, algumas formas comuns para a representação de um conjunto. os elementos 2, 2, 3, 3, 3, 3, 2, 2,
2 e 9 podem ser listados desta
Listagem dos elementos forma: D = {2; 3; 9}
Fazemos uma listagem dos elementos quando representamos todos os elementos,
entre chaves, separados por ponto e vírgula. 2
ta utt
na er
sh
ta sto
8 CAPÍTULO 1
Diagrama de Venn-Euler
Assim é a apresentação gráfica de um conjunto: construímos uma linha fechada e não
entrelaçada e, no interior dela, representamos (escrevemos) os elementos que formam o
conjunto. Vejamos, ainda, o conjunto dos algarismos pares.
2 4
E
6 8
Atenção
Relação de pertinência 1 Um elemento pode também
A relação de pertinência indica se um elemento pertence ou não pertence a determi- ser um conjunto. Ou, ainda, um
nado conjunto. Essas informações podem ser dadas por uma simbologia adequada. conjunto pode ser elemento de
outro conjunto.
Consideremos o conjunto A = {0; 2; 4; 6; 8}. Assim: 1
Exemplo:
Simbologia Tradução A = {2}
23A O elemento 2 pertence ao conjunto A. B = {1; {2}}
A é um conjunto que também
3#A O elemento 3 não pertence ao conjunto A.
é elemento de B. Assim, 1 3 B e
também {2} 3 B.
Relação de inclusão Observe que 2 3 A e 2 # B.
2 Se um conjunto A estiver
A relação de inclusão indica se determinado conjunto está contido ou não está con-
contido em um conjunto B,
tido em outro conjunto. Dizemos que um conjunto A está contido em um conjunto B se dizemos que A é subconjunto
todo elemento de A for também elemento de B. Basta um único elemento do primeiro de B. Dessa forma, A será
conjunto não pertencer ao segundo para que o primeiro conjunto não esteja contido subconjunto de B se, e somente
no segundo. se, todo elemento x de A for
também elemento de B.
Essas informações podem ser dadas por uma simbologia adequada.
A1B⇔
Simbologia Tradução ⇔ (todo x 3 A s x 3 B)
A1B O conjunto A está contido no conjunto B. 3 ∅ 1 A para qualquer que seja
9
Conjunto universo
É o conjunto que contém todos os elementos de determinado estudo. Imagine o con-
junto A1 dos alunos matriculados no 1o ano A de uma escola, que tem também as salas do
1o ano B, do 2o ano A e do 3o ano A. Nesse caso, o conjunto universo será o conjunto U, com
todos os alunos matriculados nessa escola.
1° A 1° B
2° A
U
3° A
Modelo
Em um hospital, os pacientes são separados por tipos de atendimento, em suas diferentes alas.
Assim, um conjunto com cinco elementos terá 25 elementos no seu conjunto de partes,
ou seja, 32 subconjuntos.
Igualdade de conjuntos
Dois ou mais conjuntos são iguais quando apresentam os mesmos elementos, em qual-
quer ordem, e elementos iguais, num mesmo conjunto, serão considerados uma única vez.
Assim, podemos afirmar que é verdadeira a igualdade dada por:
A = {1; 2; 3; 4} = {4; 3; 2; 1} = {1; 1; 1; 2; 2; 3; 4; 4; 4; 4; 4}
Outra maneira de apresentarmos a igualdade de dois conjuntos é dada pela seguin-
te relação:
A=B⇔A1BeB1A
10 CAPÍTULO 1
Atividades
1. Construa a tabela-verdade da proposição, sendo p, q e r 4. (ESPM-SP) Se o cachorro dorme, então o gato não mia. Se
sentenças: o pássaro não canta, então o cachorro dorme. Sabemos
(p ∧ ~q) w (q ∨ ~r) que o gato mia. Então é correto afirmar que:
a) o cachorro dorme e o pássaro canta.
b) o cachorro não dorme e o pássaro canta.
c) o cachorro não dorme e o pássaro não canta.
d) o cachorro dorme e o pássaro não canta.
e) não se pode saber se o pássaro canta ou não.
2. Considere as sentenças:
p: 35 é múltiplo de 7.
q: 10 é divisor de 11.
r: 25 é um número par.
Das afirmações seguintes, a única verdadeira é:
a) (p ∨ q) w r
b) (p ∨ r) w q
c) p w (q ∧ r)
d) (q ∧ r) w p
e) p w (q ∨ r)
11
6. (Insper-SP) Das afirmações a seguir, apenas uma é falsa. D = {todos números naturais que são múltiplos de 3, mas
I. André é mais velho do que Bruno; não são múltiplos de 20.}
II. Cláudio é mais novo do que Bruno; Temos que:
III. A soma das idades de Bruno e Cláudio é igual ao do- a) A 1 B e C = D d) A = B e D 1 C
bro da idade de André; b) A = B e C 1 D e) A = B e C = D
IV. Cláudio é mais velho do que André. c) A 1 B e C 1 D
V. Diego tem um ano a menos do que André.
Se todas as idades são números inteiros e duas pessoas
não têm a mesma idade, então, necessariamente:
a) André é o mais velho dos quatro.
b) Bruno é o mais novo dos quatro.
c) Diego é o mais novo dos quatro.
d) Bruno é mais velho do que Cláudio.
e) Bruno é mais velho do que Diego.
12 CAPÍTULO 1
Tarefa proposta
Complementares
1 a 19
13. Demonstre que a proposição p ∧ r s q ∨ r é sempre verdadeira. 15. (FGV-SP) Observe o diagrama com 5 organizações inter
governamentais de integração sul-americana.
14. (Insper-SP) As três afirmações abaixo, todas verdadeiras,
foram feitas por Luís para descrever o que pretendia fazer
em relação as suas economias e planos de viagem.
Reprodução/FGV, 2015.
• Se o preço do dólar cair no final do ano, então eu vou
investir em poupança e viajar para o exterior.
• Se eu viajar para o exterior, então vou comprar um
equipamento de esqui.
• Se eu alugar ou comprar um equipamento de esqui,
então vou esquiar em Bariloche.
A partir das três afirmações e da informação de que Luís
não esquiou em Bariloche, podem-se tirar algumas con-
Wikipedia
clusões que são, necessariamente, verdadeiras.
Dentre as conclusões abaixo, a única que não é, necessa- Dos 12 países que compõem esse diagrama integram
riamente, verdadeira é: exatamente 3 das organizações apenas:
a) 4 b) 5 c) 6 d) 7 e) 8
a) o preço do dólar não caiu no final do ano.
16. Numa classe de Ensino Médio, 48% são rapazes e 78% do
b) Luís não investiu em poupança.
total de alunos moram na cidade. Além disso, 75% dos ra-
c) Luís não viajou para o exterior. pazes moram na cidade. A porcentagem de moças que não
d) Luís não comprou um equipamento de esqui. moram na cidade em relação ao total de alunos é igual a:
e) Luís não alugou um equipamento de esqui. a) 12% b) 6% c) 9% d) 8% e) 10%
Uni‹o de conjuntos
A união de dois ou mais conjuntos é um novo conjunto formado por elementos que
pertencem a, pelo menos, um dos conjuntos envolvidos na união.
A B
Simbolicamente: A 5 B = {x | x 3 A ou x 3 B} 1
O termo ou é um conectivo que está relacionado à ideia de união. Dessa maneira, as- Observação
sim como visto em Lógica, indica que pode ocorrer apenas o primeiro, apenas o segundo 1 A 5 B l•-se: ÒA uni‹o BÓ.
MATEMÁTICA
ou ambos. Não se pode confundir com seu uso na linguagem comum, em que o termo ou
normalmente está relacionado à disjunção exclusiva “ou isso ou aquilo”.
13
Decifrando o enunciado Lendo o enunciado
50 candidatos: Fique atento a
Para o preenchimento de uma vaga de emprego, uma empresa pré-classificou 50 candi-
essa informação, pois é ela que
datos, os quais, em primeiro momento, tiveram de responder a duas perguntas. traz o número de elementos que
Estariam automaticamente reprovados àqueles que não acertassem nenhuma delas. compõem o conjunto universo.
Após a aplicação do teste, verificou-se que 15 candidatos acertaram as duas questões, Responder a duas perguntas:
25 acertaram a primeira e 31 acertaram a segunda. Essa informação é determinante
Dessa maneira, determine o número de candidatos desclassificados já nesse primeiro mo- para sabermos quantos conjuntos
mento. estão envolvidos no problema.
Nesse caso, dois. Isso auxilia na
Resolução construção do diagrama de Venn.
Construindo o diagrama de Venn, temos: Iniciando pela intersecção, temos: Não acertassem nenhuma de-
A B A B las: Aqui o enunciado está in-
formando em que região do
diagrama de Venn se encontra a
15 solução. Nesse caso, temos que a
região em que se encontra a so-
lução é fora de A 5 B.
Acertaram as duas questões:
Agora completamos as outras regiões de acordo com o enunciado. Temos que 25 acertaram Essa informação é fundamental
a primeira. Já visualizamos 15. Devemos, então, completar o espaço vazio do conjunto A para, na construção do diagra-
ma, saber-se que existe a inter-
com o restante, ou seja, 10.
secção entre os dois conjuntos
Temos que 31 acertaram a segunda. Da mesma maneira já visualizamos 15. Completa-
envolvidos e quantos elementos
mos, então, o espaço vazio do conjunto B com o restante, ou seja, 16. pertencem a ela.
Temos, então: Acertaram a primeira; acertaram
A B a segunda: Aqui, deve-se saber
que acertar a primeira pergunta
10 não significa que acertou apenas
15 a primeira; o candidato pode ter
16
acertado a segunda (intersecção
dos dois conjuntos).
Temos, assim, a visualização de 41 candidatos. Como são 50, conclui-se que 9 não res-
ponderam nenhuma das questões e foram desclassificados já nesse primeiro momento.
Intersec•‹o de conjuntos
A intersecção de dois ou mais conjuntos é um novo conjunto formado por elementos
que pertencem, simultaneamente, a todos os conjuntos envolvidos.
C D
Simbolicamente: C % D = {x | x 3 C e x 3 D} 1 Observação
1 C % D lê-se: “C intersecção D”
Quando a intersecção de dois conjuntos é o conjunto vazio, eles são chamados de con-
ou “C inter D”.
juntos disjuntos.
O termo e é um conectivo que está relacionado à ideia de intersecção e indica que
as duas expressões devem ocorrer simultaneamente. Na seção "Decifrando o enunciado",
usamos a intersecção ao representar os candidatos que acertaram as duas questões.
14 CAPÍTULO 1
Diferença de conjuntos
Dados dois conjuntos, F e G, a diferença (F - G) é dada pelos elementos que pertencem
F G
a F e não pertencem a G. Usamos essa ideia ao considerar os candidatos que acertaram
apenas a primeira questão ou apenas a segunda questão, no "Decifrando o enunciado".
F - G = {x | x 3 F e x # G}
Conjunto complementar J
Dados os conjuntos H e J, se o conjunto H está contido no conjunto J, a diferença
H
(J - H) é chamada complementar de H em relação a J. Veja, na figura, a representação do
conjunto C, complementar de H em relação a J. C é representado por CHJ = J - H 1 2
Por fim, que dado da seção "Decifrando o enunciado" estava relacionado à ideia de
complementar? Explique.
n(A 5 B 5 C) =
MATEMÁTICA
15
Contextualize
Taxonomia dos seres vivos
Estima-se que existam na Terra milhões de diferentes tipos de organismos vivos compartilhando a biosfera. O reconhecimento
dessas espécies está intimamente relacionado à história do homem.
Num determinado momento da história evolutiva, o homem começou a utilizar animais e plantas para sua alimentação, cura de
doenças, fabricação de armas, objetos agrícolas e abrigo. A necessidade de transmitir as experiências adquiridas para os descen-
dentes forçou-o a denominar plantas e animais. O documento zoológico mais antigo de que se tem notícia é um trabalho grego
de Medicina, do século V a.C., que continha uma classificação simples dos animais comestíveis, principalmente peixes.
Assim, a classificação dos seres vivos surgiu com a própria necessidade do homem em reconhecê-los. O grande número de
espécies viventes levou-o a organizá-las de forma a facilitar a identificação e, consequentemente, seu uso.
[...]
O estudo descritivo de todas as espécies de seres vivos e sua classificação dentro de uma verdadeira hierarquia de grupamen-
tos constitui a sistemática ou taxonomia.
[...]
O reino é a maior unidade usada em classificação biológica. Entre o nível do reino e do gênero, entretanto, Lineu e taxono-
mistas posteriores adicionaram diversas categorias (ou taxa). Temos, então, os gêneros agrupados em famílias, as famílias em
ordens, as ordens em classes e as classes em filos (ou divisão, para os botânicos), seguindo um padrão hierárquico.
Essas categorias podem ser subdivididas ou agregadas em várias outras, menos importantes, como, por exemplo, os subgê-
neros e as superfamílias.
ARAÚJO, Ana Paula U.; e BOSSOLAN, Nelma R. S. Noções de taxonomia e classificação: introdução à Zoologia. Apostila, 2006. Disponível em:
<http://biologia.ifsc.usp.br/bio2/apostila/bio2_apostila_zoo_01.pdf>. Acesso em: out. 2017.
Kristina Vackova/Shutterstock
Reino
Filo
Classe
Ordem
Família
Gênero
Espécie
Mergulhadores encantam-se em recifes de coral, lugares cuja riqueza de formas de vida é notável, bem como a produti-
vidade de matéria orgânica. Diversos organismos podem ser observados, como os membros do conjunto a seguir.
Habitantes de recifes de coral = {algas; esponjas; corais; anelídeos; crustáceos; moluscos; equinodermos; peixes}
Nesse conjunto, podemos destacar alguns subconjuntos.
Por exemplo:
Seres fotossintetizantes = {algas}
Animais = {esponjas; coral; anelídeos; crustáceos; moluscos; equinodermos; peixes}
Invertebrados = {esponjas; corais; anelídeos; crustáceos; moluscos; equinodermos}
Considere os conjuntos observados pelos mergulhadores e pesquise para responder.
1. De acordo com o esquema hierárquico dos seres vivos apresentado anteriormente, em que nível o grupo “seres fotossin-
tetizantes” tem intersecção com o grupo “animais”? Represente matematicamente.
2. Em que nível o grupo “animais” tem intersecção com o grupo “invertebrados”. Represente matematicamente.
16 CAPÍTULO 1
Conjuntos numéricos
Reprodução/IBGE
Há muito tempo os números estão presentes no cotidiano das civilizações, sendo
inicialmente utilizados para contagem. Os modos de contar foram registrados em
ossos, nós em cipós, grupos de pequenas rochas, tablitas de argila, paredes rochosas
e papiros.
Com as primeiras civilizações tivemos o surgimento da agricultura e o consequente
desenvolvimento do comércio, que deram grande impulso às representações numéricas e
às operações aritméticas. Com isso, os números passaram a ser agrupados por afinidades,
surgindo os primeiros conjuntos numéricos.
Racional inteiro
Todo número inteiro pode se apresentar como uma fração de numerador inteiro igual
ao próprio número e denominador igual a 1. Exemplos:
6 25 17
6 = ; 25 = ; - 17 = -
1 1 1
Número decimal exato
Todo número inteiro que tem uma quantidade finita de casas decimais após a vírgula
é um número decimal exato e pode ser apresentado na forma de fração com numerador e
denominador inteiros. Exemplos: 12,5; –3,01; 0,0009.
Exemplos:
Número decimal periódico (dízima periódica)
2
Toda dízima periódica é resultado de uma divisão entre dois números inteiros. Logo, • 0, 6 = 0,666 =
3
ela pode ser colocada na forma de uma fração, chamada fração geratriz da dízima perió-
83
dica. E, por ser fração, com numerador e denominador inteiros, é um número racional. São • 2,51 = 2,515151 =
33
dois os tipos de dízimas periódicas: As simples, como os dois primeiros exemplos ao lado,
17
MATEMÁTICA
para as quais toda a parte decimal faz parte do período (repetição), e as compostas, como • 1,416 = 1,41666 =
12
o terceiro exemplo.
17
Determinação da fração geratriz
Para determinar a fração geratriz de qualquer dízima periódica, basta associar a dízi-
ma a um número x e tomar múltiplos de x que tenham a mesma parte periódica, para que
possamos eliminá-la, por subtração. Veja os exemplos.
Dízima periódica simples
Ao considerarmos a dízima x = 2,515151..., podemos tomar o múltiplo 100x = 251,515151...,
que tem a mesma parte periódica. Então, basta efetuar a subtração desses valores:
100x = 251,515151...
-
x = 2,515151...
99x = 249
249 83
Então, resolvendo a equação encontrada, temos: 99x = 249 s x = s x=
99 33
Dízima periódica composta
Ao considerarmos a dízima x = 1,41666..., primeiramente temos de considerar um múl-
tiplo que elimine a parte não periódica, então podemos tomar o múltiplo 100x = 141,666...
e o múltiplo 1 000x = 1 416,666..., que tem a mesma parte periódica. Então, basta efetuar a
subtração desses valores:
1000x = 1416,666...
-
100x = 141,666...
900x = 1275
1 275 17
Então, resolvendo a equação encontrada, temos: 900x = 1 275 s x = s x=
900 12
Devemos notar que o conjunto dos números inteiros está contido no conjunto dos nú-
meros racionais. Havendo o conhecimento do conjunto dos números racionais, como era
possível determinar a medida do lado de um quadrado de área 7? O conjunto dos números
irracionais foi a solução encontrada.
Origem
18 CAPÍTULO 1
Observe no eixo que 3 é maior que 1 (o 3 está à direita do 1), -1 é menor que 2 (o -1 está Observações
à esquerda do 2), -4 é menor que -2 (o -4 está à esquerda do -2). Dizemos que, quando 1 Para os conjuntos numéricos,
um ponto está muito distante da origem, ele deixa de representar um número e passa a podemos estabelecer a seguinte
representar uma ideia - a ideia de infinito. relação de inclusão:
O infinito não é um número, então não se pode efetuar uma operação matemática. ®
Devemos imaginar que o infinito está tão longe quanto seja necessário para que nunca œ
Ω
œ'
possamos atingi-lo. À direita da origem, temos o infinito positivo (+∞); à esquerda da ori-
gem, o infinito negativo (-∞). ˜
– +
x
–∞ 0 +∞
1 ˜1Ω1œ1®
Sendo œ’ o conjunto comple-
Intervalos reais mentar de œ (ou seja, nenhum
elemento pertence a œ), temos:
Na maioria das vezes, não usamos todo o conjunto dos números reais. Por esse motivo,
œ’ = ® - œ
veremos a seguir as notações e as constituições desses subconjuntos.
œ’ é o conjunto dos números ir-
®+ : conjunto dos números reais não negativos racionais.
®_ : conjunto dos números reais não positivos 2 A “bolinha fechada” (•)
indica que o extremo do
®+* : conjunto dos números reais positivos
intervalo pertence a ele.
®+* : conjunto dos números reais negativos
A “bolinha aberta” (s) indica
Representação Sentença que o extremo do intervalo não
Notações simbólicas
no eixo real matemática pertence a ele.
a b
O intervalo que tiver (+∞) ou
x 2 a<x<b ]a; b[ (a; b)
(-∞) como “extremo” sempre
será representado aberto nessa
a b a<x<b [a; b] [a; b] extremidade.
x
Desenvolva
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Calendários
Em 7 de setembro de 1822, dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil e, por essa razão, a data é um feriado
nacional. No ano de 2018, o dia 7 de setembro caiu numa sexta-feira, o que vai se repetir só em 2029. Os anos de 2020, 2024
e 2028 são bissextos, ou seja, há o dia 29 de fevereiro. A cada quatro anos, exceto naqueles múltiplos de 100 que não sejam
múltiplos de 400, acrescenta-se um dia aos 365 do calendário - o dia 29 de fevereiro - para ajustar o período de translação
da Terra ao redor do Sol: 365 dias e 6 horas. Com esse dia a mais (366) o ano é chamado bissexto.
1. Elabore uma tabela e, partindo de 7 de setembro de 2018, sem consultar um calendário, escreva a cada ano o dia da semana
correspondente a esse feriado, até 2029.
2. Conhecendo essa regularidade, fica mais fácil compreender a razão de os calendários se repetirem a cada 28 anos (quando
não há exceção de anos bissextos no período). Por exemplo, durante o século XXI, o calendário de 2019 poderá ser utilizado
novamente em quais anos?
3. Partindo do dia da semana em que cai o feriado de 7 de setembro no ano corrente, obtido na atividade 1 e com base no
MATEMÁTICA
MÁTICA
que foi visto no item anterior, determine em que dia da semana dom Pedro I soltou o grito da Independência.
19
Conexões
Demonstrações em Matemática
Em Matemática, demonstrações são muito importantes. Elas são os processos lógicos pelos quais se verifica a veraci-
dade de uma proposição condicional. Quando se evidencia, por demonstração, que uma proposição é sempre verdadeira,
ela recebe o título de teorema. Muitos dos teorema se apresentam na forma P s Q, ou seja, “se P, então Q”. Nesses casos, P
recebe o nome de hipótese e Q, de tese. Não existe um caminho único para se fazer uma demonstração. Também por isso
existem diversas situações em Matemática que ainda não foram demonstradas. Apesar de não haver receitas, existem
alguns métodos que podem ser seguidos. Veremos agora alguns deles: demonstração direta; demonstração por contra-
posição; demonstração por redução ao absurdo.
Demonstração direta
Nesse tipo de demonstração, partimos da hipótese (considerada verdadeira) e, por meio de argumentos válidos, con-
cluímos a tese.
Dr. Grigori Perelman, matemático russo, é autor da solução de um dos problemas do projeto
Millenium Prize Problems. O problema é conhecido como conjectura de Poincaré. Perelman foi
anunciado em 2010 como vencedor do prêmio de 1 milhão de dólares e de uma medalha Fields
(prêmio que a União Internacional de Matemática oferece a, no máximo, quatro matemáticos a
cada quatro anos). Dr. Perelman não só foi o único matemático, até hoje, a negar a medalha, como
também não aceitou a premiação em dinheiro.
Thomas Samson/Agência France Presse
Dr. Artur Avila Cordeiro de Melo, matemático brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, em 1979, foi o
primeiro cientista latino-americano a conquistar a medalha Fields, em 2014. Ele é diretor de centros de
pesquisa em Paris, na França, e no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Rio de Janeiro.
De acordo com o ele, “o matemático faz as coisas que o computador não faz, como a parte criativa
que não é repetitiva”.
Com os colegas, procure mostrar por demonstração direta o teorema de Pitágoras (antes, escreva-o na forma de uma
condicional, para que tenhamos hipótese e tese). Em seguida, demonstre pelo método da contrapositiva que, se um
quadrado perfeito é ímpar, então a sua raiz quadrada também o é.
20 CAPÍTULO 1
Atividades
a) c)
17. (Vunesp) Suponhamos que A 5 B = {a; b; c; d; e; f; g; h},
A % B = {d; e} e A - B = {a; b; c}. Então:
a) B = {f; g; h}
Reprodução/ESPM, 2015
b) B = {d; e; f; g; h}
b) d)
c) B = ∅
d) B = {d; e}
e) B = {a; b; c; d; e}
c)
Reprodução/Fatec, 2016.
a) C – (A % B)
b) (A % B) – C No diagrama, tem-se que:
c) (A 5 B) – C • U: representa o conjunto dos alunos da Fatec São Paulo;
d) A5B5C • M: conjunto dos alunos da Fatec São Paulo que cur-
e) A%B%C sam Tecnologia de Materiais;
• F: conjunto dos alunos da Fatec São Paulo que partici-
pam do curso de reforço de Física Aplicada;
• S: conjunto dos alunos do curso de Tecnologia de Mate-
riais da Fatec São Paulo que estão no segundo semestre.
Assim sendo, conclui-se que a região sombreada repre-
senta o conjunto dos alunos da Fatec São Paulo que, de
modo inequívoco, são caracterizados como:
a) alunos de Tecnologia de Materiais ou que participam
do curso de reforço de Física Aplicada, e que não estão
no segundo semestre.
b) alunos de Tecnologia de Materiais ou que participam
do curso de reforço de Física Aplicada, e que estão no
19. (ESPM-SP) Considere os seguintes subconjuntos de alunos segundo semestre.
de uma escola: c) alunos de Tecnologia de Materiais e que participam
A: alunos com mais de 18 anos. do curso de reforço de Física Aplicada, e que estão no
B: alunos com mais de 25 anos. segundo semestre.
C: alunos com menos de 20 anos. d) alunos de Tecnologia de Materiais e que participam do
MATEMÁTICA
Assinale a alternativa com o diagrama que melhor repre- curso de reforço de Física Aplicada, e que não estão no
senta esses conjuntos: segundo semestre.
21
e) alunos de Tecnologia de Materiais e que não partici- 23. (Uncisal) Em um supermercado, uma marca de chocolates
pam do curso de reforço de Física Aplicada, ou que realizou uma pesquisa sobre as preferências de tipos de
não estão no segundo semestre. chocolate e concluiu que:
I. 24 consumidores gostam de chocolate ao leite.
II. 22 consumidores gostam de chocolate branco.
III. 17 consumidores gostam de chocolate meio amargo.
IV. 5 consumidores gostam de chocolate ao leite e de
chocolate meio amargo.
V. 4 consumidores gostam de chocolate meio amargo e
de chocolate branco.
Se não houve entrevistado que declarasse preferência pe-
los chocolates ao leite e branco simultaneamente, qual o
21. Sabe-se que o conjunto A tem 15 elementos, A % B tem número de consumidores consultados?
5 elementos e A 5 B tem 24 elementos. Dessa maneira, o a) 49 b) 50 c) 54 d) 58 e) 72
número de elementos do conjunto B é:
a) 19 b) 16 c) 15 d) 14 e) 9
22 CAPÍTULO 1
(08) Mais do que 50% dos moradores não comprariam 26. Determine as frações geratrizes das seguintes dízimas pe-
os modelos A ou C. riódicas:
(16) O modelo C é o de maior preferência. a) 0,5555...
b) 0,131313...
c) 0,328328328...
d) 1,2222...
23
28. +Enem [H3] Uma escola de idiomas oferece apenas os
cursos de inglês, francês e espanhol.
Dos 75 alunos matriculados nessa escola, 44 estão no
curso de inglês, 53 no curso de francês, 47 no curso de
espanhol, 26 nos cursos de inglês e francês, 28 nos cursos
de espanhol e inglês, 35 nos cursos de francês e espanhol
e 20 nos três cursos.
A mensalidade de cada curso é de R$ 400,00. Se uma
pessoa faz simultaneamente dois cursos, consegue um
desconto de 5% na mensalidade de cada um deles e, se
a pessoa faz os três cursos, tem um desconto de 10% na
mensalidade de cada um deles.
Assim, o valor que essa escola arrecada com as mensali-
dades desses alunos está entre:
a) R$ 35 000,00 e R$ 42 000,00
b) R$ 42 000,000 e R$ 49 000,00
c) R$ 49 000,00 e R$ 56 000,00
d) R$ 56 000,00 e R$ 63 000,00
e) R$ 63 000,00 e R$ 70 000,00
Tarefa proposta 20 a 36
Complementares
29. O número 1,002222…. colocado sob a forma de uma fra- 32. Cinco amigos combinaram de ir a uma festa de formatura.
a Eram eles: Carlos, Hugo, Renata, Raquel e Adriana. Carlos
ção , irredutível, com a 3 Ω e b 3 Ω* tem a + b igual a:
b chegou às 22 h 30 min e ficou até as 4 h; Hugo chegou às 23 h
a) 901 c) 91 e) 1 090 e foi embora às 3 h 30 min; Renata chegou às 23 h 15 min
b) 910 d) 1 091 e ficou até às 2 h 30 min; Raquel chegou à 1 h 30 min e
ficou até às 4 h; Adriana chegou às 22 h e ficou até às 3 h.
30. Considere os seguintes conjuntos:
Representando, respectivamente, o tempo que cada amigo
˜ = {0; 1; 2; 3; 4; …}
ficou na festa, por meio de um intervalo real, e consideran-
P = {x 3 ˜| 6 < x < 20}
do que os submúltiplos da hora devem ter representações
A = {x 3 P | x é par}
adequadas (5 h 15 min deve ser representado por 5,25 h;
B = {x 3 P | x é divisor de 48}
8 h 30 min deve ser representado por 8,5 h), o intervalo
C = {x 3 P | x é múltiplo de 5}
de tempo em que todos ficaram juntos na festa poderia
O número de elementos de (A – B) % C é:
ser dado por:
a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6
a) [23,25 h; 3,5 h]
31. (Fuvest-SP) Durante uma viagem, choveu cinco vezes.
b) [1,5 h; 2,5 h]
A chuva caía pela manhã ou à tarde, nunca o dia todo.
Houve 6 manhãs e 3 tardes sem chuva durante a viagem. c) [22,5 h; 3 h]
Quantos dias durou a viagem? d) [23 h; 4 h]
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9 e) 10 e) [1,5 h; 3,5 h]
Tarefa proposta
1. (Fatec-SP) Um aluno da Fatec Cotia deve realizar cinco Assim sendo, o quarto trabalho a ser realizado:
trabalhos: A, B, C, D e E, que serão executados um de a) só pode ser o A. d) só pode ser o A ou o B.
cada vez. b) só pode ser o B. e) só pode ser o B ou o D.
Considerando o cronograma de entrega, ele estabeleceu
c) só pode ser o D.
as seguintes condições:
2. (Fatec-SP) Considere que:
• não é possível realizar o trabalho A antes do trabalho B;
• a sentença “Nenhum A é B” é equivalente a “Todo A
• não é possível realizar o trabalho A antes do trabalho D; é não B’’,
• o trabalho E só pode ser feito depois do trabalho C; e • a negação da sentença “Todo A é B’’ é “Algum A é
• o trabalho E deverá ser o terceiro a ser realizado. não B’’,
24 CAPÍTULO 1
• a negação da sentença “Algum A é B’’ é “Todo A é externa do quadriculado indicam a quantidade de edifícios
não B’’ que podem ser vistos por alguém que olha frontalmente
Assim sendo, a negação da sentença “Nenhum nefelibata para o quadriculado, na direção e sentido indicados pela
é pragmático” é: seta. O número 2 circulado indica que o edifício nesse
a) Todo nefelibata é não pragmático. quadrado tem 2 andares. As letras A, B e C, também cir-
b) Todo não nefelibata é pragmático. culadas, indicam os números de andares dos edifícios nos
c) Algum nefelibata é pragmático. respectivos quadrados em que estão.
d) Algum não nefelibata é pragmático.
e) Algum não nefelibata é não pragmático.
Reprodução/Insper-SP
3. (ESPM-SP) Sabe-se que, se x2 = 4, então y2 - 3y = 0.
Podemos afirmar que:
a) Se x = 2, então y = 0.
b) Se x = -2, então y = 3.
c) Se y = 2, então x ± 2 e x ± -2.
d) Se y = 2, então x ± 2 ou x ± -2.
e) Se y = 3, então x = 2 e x = -2.
Nas condições descritas, 3A + 4B + 2C é igual a:
4. (Fatec-SP) Proposição é uma frase declarativa que exprime
a) 15 c) 18 e) 24
um pensamento de sentido completo. Toda proposição
b) 17 d) 19
possui um único valor lógico: Falso (F) ou Verdadeiro (V).
Assinale a alternativa que apresenta uma proposição. 8. (Udesc) José e Luiz são dois espiões concorrentes tentando
a) Vamos estudar? descobrir banco e número da conta de um alto executivo.
1 1 2
d) + = Eles tiveram acesso a um documento com dez combinações
b) Parabéns! 3 2 5
de bancos e números de conta não identificadas, conforme
c) x + y . 3 e) x2 + 5x + 6
a lista abaixo, na qual estão os dados desse executivo.
5. (PUC-PR) Três amigos, João, Carlos e Renato, estão em uma Lista
fila. Sabe-se que João só fala a verdade, Renato só fala men- Banco A: contas 101 e 876.
tiras e Carlos às vezes mente e às vezes fala a verdade. Em Banco B: contas 101, 223 e 500.
uma conversa com eles, o primeiro ocupante da fila disse: Banco C: contas 223, 720 e 876.
— João está atrás de mim. Banco D: contas 314 e 500.
O ocupante da segunda posição da fila disse: Cada um dos espiões também teve acesso à metade de
— Meu nome é Carlos. um extrato bancário do executivo. Na metade do extrato
E o ocupante do final da fila disse: em poder de José havia o nome do banco e, na metade do
— Renato está na segunda posição da fila. de Luiz, o número da conta. Em tom de provocação, José
Dessa forma podemos concluir que estão na primeira, se- afirmou para Luiz: “Com os dados que tenho não consigo
gunda e terceira posição da fila, respectivamente: saber com certeza a informação completa, mas me consola
a) Carlos, Renato e João. d) Renato, João e Carlos. saber que você também não.” Com um sorriso nos lábios
b) Carlos, João e Renato. e) João, Renato e Carlos. Luiz responde: “Eu não sabia até agora, mas depois da sua
c) Renato, Carlos e João. afirmação eu sei.” José pensa por um minuto e conclui:
6. (ESPM-SP) Quanto ao estado civil das funcionárias de um “Agora também sei.” (adaptado de um enigma proposto
escritório, é verdade que: em uma competição de Matemática de uma escola secun-
dária da Cingapura que se tornou viral na internet)
• Ou Laura não é casada ou Maria é casada.
Com base no diálogo entre José e Luiz e nas informações
• Se Maria é casada, então Paula é divorciada.
da lista acima, sequencialmente, o banco e o número da
• Se Paula não é divorciada, então Laura é casada. conta do executivo são:
Com base no exposto, pode-se afirmar que:
a) B e 223. d) C e 223.
a) Laura é casada.
b) B e 500. e) D e 314.
b) Maria é solteira.
c) A e 876.
c) Paula é casada.
9. (FGV-RJ) Cinco amigos, Ayrton, Emerson, Felipe, Nelson
d) Laura é solteira.
e Rubens, disputaram uma corrida de kart, com somente
e) Paula é divorciada. cinco participantes. Após uma sessão para a “tomada de
7. (Insper-SP) O quadriculado representa uma região de edi- tempos”, eles largaram na ordem estabelecida por essa
fícios, sendo que, em cada um dos 16 quadrados, está sessão. Ao final da corrida e em relação às respectivas po-
localizado um único edifício. Em cada linha ou coluna, sições de largada, Ayrton melhorou uma posição, Emerson
MATEMÁTICA
dois edifícios quaisquer têm números diferentes de pisos, piorou duas posições, Felipe e Nelson trocaram de posição.
tendo de 1 a 4 andares. Os números que estão na borda Rubens ganhou a corrida.
25
Na largada, Rubens ocupava a posição de número: 15. A e B são dois conjuntos com m e m + 1 elementos, res-
a) 2 d) 4 pectivamente.
b) 1 e) 5 Se a é o número de subconjuntos de A e b o número de
c) 3 subconjuntos de B, é correto afirmar que:
a
10. Use o diagrama de Venn-Euler para representar os conjun- a) b =
2
tos A = {1; 2; 3; 4; 5; 6} e B = {2; 4; 6; 8; 10}, considerando b) b = 2a
que um mesmo elemento não pode ser escrito duas vezes. c) b = a + 2
11. (PUC-RJ) Sejam x e y números tais que os conjuntos {0; 7; 1} d) b = a + 4
e {x; y; 1} são iguais. Então, podemos afirmar que: e) b = a2
a) x = 0 e y = 5 d) x = 2 e y = 7
16. Se x e y são dois números inteiros, estritamente positivos
b) x + y = 7 e) x = y e consecutivos, qual dos números seguintes é necessaria-
c) x = 0 e y = 1 mente ímpar?
12. (Unitau-SP) Sabendo-se que um conjunto A possui 512 a) 2x + 3y d) 2xy + 2
subconjuntos, é correto afirmar que o número de elemen- b) 3x + 2y e) x + y + 1
tos de A é: c) xy + 1
a) 9 b) 15 c) 28 d) 36 e) 54
17. Numa sala de aula com 60 alunos, 11 jogam xadrez, 31
13. (UFMS) Acrescentando-se dois novos elementos a um con- são homens ou jogam xadrez e 3 mulheres jogam xadrez.
junto A, verificou-se que o número de subconjuntos de A Podemos concluir que:
teve um aumento de 384 elementos. Quantos elementos a) 31 são mulheres.
o conjunto A possuía, originalmente? b) 20 são homens.
14. (Ufla-MG) Um modo prático e instrutivo de ilustrar as rela- c) 29 mulheres não jogam xadrez.
ções entre conjuntos é por meio dos chamados diagramas d) 23 homens não jogam xadrez.
de linhas. Se A é um subconjunto de B, A 1 B, o diagrama é e) 9 homens jogam xadrez.
18. (Unirio-RJ) Um engenheiro, ao fazer o levantamento do
da forma quadro de pessoal de uma fábrica, obteve os seguintes
dados:
• 28% dos funcionários são mulheres;
1
• dos homens são menores de idade;
6
• 85% dos funcionários são maiores de idade.
Uma outra forma de expressar tais relações é o diagra- Qual é a porcentagem dos menores de idade que são mu-
ma de Venn-Euler. Nas opções abaixo, cada diagrama de lheres?
Venn-Euler está relacionado a um diagrama de linhas. As- a) 30% c) 25% e) 20%
sinale a opção incorreta.
b) 28% d) 23%
a)
19. +Enem [H5] Uma empresa produz balas de três sabo-
res diferentes, que designaremos por meio do conjunto
A = {caramelo, morango, uva}. Para divulgá-las aos con-
sumidores em um supermercado, a empresa as distribui
Reprodu•‹o/UFLA, MG
26 CAPÍTULO 1
a) c) 25. (PUC-RJ) Em uma pesquisa, constatou-se que, das 345 pes-
soas de um determinado local, 195 jogavam tênis, 105 jo-
gavam tênis e vôlei, e 80 não jogavam nem vôlei nem tênis.
Reprodução/PUC-MG
(04) N . 60 (08) (B % D) 1 C
(08) 5 alunos erraram as duas questões. (16) ® - B = ]-∞; 0[
27
32. +Enem [H4] Cada elemento de um grupo de estudantes 33. (Insper-SP) Em um grupo de 2 000 pessoas, 70,0% pos-
foi classificado em categorias. suem geladeira, 85,0% possuem aparelho celular e 45,2%
Tiveram classificação A aqueles que estudam diariamente. possuem automóvel.
Os que gostam de biblioteca tiveram a classificação B e os O menor número possível de pessoas desse grupo que pos-
que gostam de silêncio tiveram a classificação C. suem geladeira, aparelho celular e automóvel é igual a:
Ficou constatado nesse grupo que todos que estudam a) 4 b) 6 c) 8 d) 10 e) 12
diariamente gostam de biblioteca e silêncio. 34. Apresentando os resultados da notação simbólica, no eixo
Para representar essa afirmação, um diagrama será con- real, e usando sentença matemática, determine os seguin-
feccionado para simbolizar o grupo. tes conjuntos:
O diagrama que melhor se ajusta à frase é:
a) ® – [2; +∞[
a) d) b) ® – [–∞; 1[
A
C A B 35. Sendo os conjuntos A = {x 3 ® | –1 < x < 3} e
B C B = {x 3 ® | 2 < x < 5}, determine A % B e A 5 B. Apre-
sente as respostas em notação de conjunto e em notação
de intervalo.
2
b) e) 36. Se -4 < x < -1 e 1 < y < 2, então xy e estão no intervalo:
C x
a) ]−7; −1[
C A B
A B b) ]−2; −1[
1
c) –2; –
2
c) 1
B d) -8; -
2
C A
1
e) -1; -
2
Interação
A Lógica formal ou Silogística (cujo raciocínio dedutivo é desencadeado por proposições) foi criada por Aristóteles (na abertu-
ra do capítulo temos a foto de uma moeda grega em homenagem ao filósofo), no século IV a.C., e é estudada na Filosofia com
o intuito de se determinar se uma conclusão pode ou não ocorrer dadas certas premissas, em um raciocínio dedutivo. Além
disso, por meio da Lógica, podemos avaliar se uma conclusão é consistente com base em verdades mais fundamentais, identi-
ficando falhas argumentativas ou falácias. Desse modo, podem-se melhorar argumentos e validar teorias filosóficas. De outro
modo, pode-se dizer que a Lógica aristotélica tem o cuidado de verificar se uma conclusão é, de fato, derivada de proposições
anteriores, sendo uma ferramenta para o exame do rigor de argumentos em diferentes áreas.
Vá em frente
Leia
História da Matemática, de Carl B. Boyer (São Paulo: Edgar Blucher, 1996). De especial interesse para o aprofundamento
do capítulo 1, o livro apresenta detalhes sobre o conceito de infinito, desde os gregos Zenão, Eudoxo e Arquimedes até o
período moderno.
O livro dos números: uma história ilustrada da Matemática, de Peter Bentley (Rio de Janeiro: Zahar, 2008). Livro muito bem
ilustrado que apresenta de maneira simples a descoberta e o desenvolvimento dos números nas diferentes civilizações.
Acesse
<https://pt.khanacademy.org/math/algebra/rational-and-irrational-numbers/proofs-concerning-irrational-numbers/v/
proof-that-square-root-of-2-is-irrational>. (acesso em: jan. 2018)
Neste link há a demonstração, por redução ao absurdo (completando os três tipos citados na seção "Conexões" deste
capítulo), que 2 é um número irracional. Essa demonstração também é interessante para fechar a ideia desse conjunto
numérico que foi estudado anteriormente.
Autoavalia•‹o:
Vá até a página 103 e avalie seu desempenho neste capítulo.
28 CAPÍTULO 1
2
Va
dim
Sa
do
vs
k
i/S
hutt
ers
NÚMEROS: SIGNIFICADOS
to c
k
E APLICAÇÕES
OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
Independentemente das motivações, boatos e fofocas se propagam exponencialmente: dois
se tornam quatro, quatro se transformam em oito e assim por diante. Por isso, a melhor ma- ► Resolver potenciações e
neira de amenizar o efeito de um diz-que-diz é divulgar de pronto um desmentido ou a versão radiciações aplicando as
oficial da história. Se for possível identificar a fonte, vá direto a ela para esclarecer a situação. principais propriedades.
Agir com transparência evita rumores. Tente não alimentar comportamentos ambíguos que ► Interpretar números em
gerem desconfiança ou mal-estar alheio. Em suma: boatos e fofocas vicejam no silêncio oficial, notação científica.
na falta de clareza de quem detém a boa informação. ► Aplicar, em situações-
Contribui para o boato tanto quem o compra quanto quem o vende. “A melhor tática -problema, importantes
de defesa seria checar todas as informações, mesmo aquelas vindas de fontes confiáveis, propriedades dos números
mas é praticamente impossível no dia a dia”, diz Paulo Bahia. Há boatos que, de tão inteiros.
poderosos, acabam criando fatos. O fenômeno se chama “profecia autorrealizável”. O Principais conceitos
rumor sobre a quebra de um banco pode assustar os correntistas, que tentam sacar seu que você vai aprender:
dinheiro o mais rápido possível. Com todo mundo sacando ao mesmo tempo, o banco ► Potenciação
quebra mesmo.
► Radiciação
Disponível em: <https://super.abril.com.br/
► Múltiplos e divisores
historia/boatos-e-fofocas-ouvi-dizer-que>. Acesso em: out. 2017.
► Na infografia do capítulo,
você vai conhecer detalhes
pathdoc/Shutterstock do Sol para fazer cálculos de
distâncias astronômicas (UA)
MATEMÁTICA
29
Potenciação
Imagine que, iniciado um boato, a partir de uma pessoa, a cada minuto, uma pessoa
que tenha contato com ele o repasse para duas diferentes. Quantas pessoas terão contato
com o boato em 5 minutos? E em 30 minutos? E em n minutos?
Para estudarmos esse comportamento, podemos criar a seguinte tabela:
Tempo decorrido
Quantidade de Representação de
após o início do Resultado
pessoas potência
boato (min)
0 1 20 1
1 2 21 2
2 2∙2 22 4
3 2∙2∙2 23 8
4 2∙2∙2∙2 24 16
5 2∙2∙2∙2∙2 25 32
... ... ... ...
2
⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2
⋅ 2
⋅ 2 ⋅ … ⋅
2
n n vezes
2n ...
30 CAPÍTULO 2
Propriedade 2 – Quociente de potências de bases iguais
Para dividirmos potências de mesma base, devemos conservar a base e subtrair os
expoentes.
an
= an−m
am
Justificativa
n fatores
an a ⋅ a ⋅ a ⋅…⋅ a an
m
= a ⋅…
= a ⋅ a⋅ ⋅a s = an−m
a a ⋅ a⋅a ⋅…
⋅ a (n−m) fatores am
m fatores
Exemplo Realmente
2 7
27 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2
= 27−4 = 23 = = 8 e 27 – 4 = 23 = 8
24 24 2⋅2⋅2⋅2
Da propriedade 1, temos:
m parcelas
6447448
(an )m = a + n + n + ... + n =
n an · m
Exemplo Realmente
(2 ) = 2
3 2 3·2
=2 6
(23)2 = 82 = 64 e 23 · 2 = 26 = 64
Exemplo Realmente
(2 · 3)3 = 23 · 33 (2 · 3)3 = 63 = 216 e 23 · 33 = 8 · 27 = 216
a n an
= n
b b
b b b b b b b ⋅b
⋅b⋅… ⋅b bn 3 3 3 3 3 3 27 3
3 3 ⋅ 3 ⋅ 3 27
n fatores n fatores
31
Potência de expoente negativo Curiosidade
1 A potência 00 é uma
A princípio, como mostra a definição, a operação potenciação foi estabelecida de tal indeterminação matemática
maneira que o expoente indicava a quantidade de vezes que o fator (base) deveria ser
Como podemos garantir que
multiplicado por ele mesmo. Por isso, expoente negativo sugeria uma situação estranha.
essa afirmação é verdadeira?
Vejamos o desenvolvimento a seguir. Vamos acompanhar o raciocínio
Sendo a um número real não nulo, temos: a seguir. 1o passo: Na divisão
do número não nulo 6 pelo
a0 1 1 n
a−n = a0−n = = = número não nulo 2, o quociente
an an a é 3, pois, ao multiplicarmos 2
n por 3, o resultado é igual a 6.
1 1
Assim: a −n = = 6
an a = 3 s 6 = 2⋅ 3
2
Ou seja, para calcularmos uma potência de expoente negativo, podemos inverter a Podemos, assim, concluir que
base da potência e trocar o sinal do expoente. 1 a divisão entre números não
nulos é sempre possível. 2o passo:
Admitindo que o quociente da
Modelo divisão do número não nulo 6 pelo
zero seja igual a k, o produto do
2x +1 + 2x +3 número k por zero seria igual a 6.
Simplificar a expressão:
2x 6
Resolução = k s 6 = 0 ⋅k
0
Como não existe k nessas
2x +1 + 2x +3 2x ⋅ 2 + 2x ⋅ 23 2x ⋅ (2 + 23 )
x
= x
= = 10 condições, concluímos que
2 2 2x não existe divisão por zero.
Acabamos de observar que
existe a divisão entre números
Radiciação não nulos e que não existe
divisão por zero, mas como
Certa caixa-d’água, para ser a mais econômica possível em sua fabricação, deve ter o
seria a divisão de zero por zero?
formato de um cubo e, para suas finalidades, deve armazenar 8 mil litros de água. Como
Vamos admitir que o quociente
determinar o comprimento da aresta dessa caixa-d’água de formato cúbico para que sa- da divisão de zero por zero seja
tisfaça as condições de uso desejadas? igual a p. Sendo assim, teríamos
Para isso, será necessária uma operação matemática que percorra o caminho contrá- que o produto do número p por
rio da potenciação. zero seria igual a zero.
0
As operações matemáticas são apresentadas aos pares: adição/subtração, multiplica- = p s 0 = 0 ⋅p
0
ção/divisão, de tal modo que uma é a operação inversa da outra. Assim, a operação poten-
Como, para qualquer que seja o
ciação tem, também, sua operação inversa: a radiciação.
valor de p, a sentença ficará
verdadeira, então 0 é uma
Nomenclatura 0
indeterminação matemática. Por
Sendo a e b números reais e n um número natural não nulo, definimos: que uma potência de base não
n
a = b g bn = a nula e expoente zero é igual a 1?
Na indicação n a , a é o radicando, n é o índice, é o radical e n a é a raiz. Vejamos um exemplo numérico:
2 9 32
Quando o índice é omitido, subentende-se raiz quadrada: 3= 3 = 1 s 2 = 1 s 32 – 2 = 1 s 30 = 1
9 3
Observe: Como podemos usar qualquer
· Para o número real 2, temos: 22 = 2 base a não nula, temos a0 = 1.
Façamos, agora, o seguinte
· Para o número real (−2), temos: (−2)2 = 2
desenvolvimento:
Assim: x2 = x , em que |x| é o módulo do número real x. 0n 0
00 = 0n − n = =
0n 0
Condição 1
0
Se o índice n for um número ímpar, o radicando a poderá ser um número real qualquer, Considerando que é uma
0
e o resultado b também será um número real qualquer. indeterminação matemática, por
extensão, o mesmo ocorre com 00.
Condição 2 Conclusão: 00 e
0
0
Se o índice n for um número par, o radicando a deverá ser um número real não ne-
representam indeterminações
gativo, e o resultado b será um número real não negativo. Assim, evitamos erros como
matemáticas.
4 = ± 2,quando o correto é 4 = 2.
32 CAPÍTULO 2
Potência de expoente racional
Sendo a um número real positivo, n um número natural não nulo e m, inteiro,
m
n
definimos: a n = am
Justificativa
Considerando a e b números não negativos, n um número natural não nulo e m um
m
número inteiro qualquer, temos: b = a n (com b real positivo)
= (a )
n
m m m
⋅n n n n n
b n n s bn = a n s bn = am s bn = am s b = am ∴a n = am
Propriedades da radiciação
Assim como na potenciação, na radiciação também temos algumas propriedades que
facilitam as operações entre as raízes. Garantidas as condições de existência das raízes,
temos as propriedades a seguir.
Exemplo Realmente
3 3 3 3
8 ⋅ 27 = 8 ⋅ 27 3
8 ⋅ 3 27 = 2 ⋅ 3 = 6 e 8 ⋅ 27 = 3 216 = 6
= (a )
m
1 1 m
(n a ) (n a ) (n a ) (n a )
m m m m
n
n s = (am )n s = an s = am
Exemplo
( 3 8 ) = ( 3 82 )
2
Realmente
MATEMÁTICA
( 3 8 ) = ( 3 23 )
2 2
3 3
= (2)2 = 4 e 82 = 3 64 = 43 = 4
33
Propriedade 4 – Raiz de outra raiz
Para determinarmos uma raiz de outra raiz, devemos conservar o radicando e multi-
plicar os índices.
nm ⋅
a = nm a
Justificativa
1
nm
a= ( )1 n
am s nm
1 1
⋅
a = an m s nm
a = a nm
⋅ s
1
nm ⋅
a = nm a
Exemplo
2 3
64 = 2⋅3 64
Realmente
2⋅3 6
2 3 3
64 = 2 4 3 = 2 4 = 22 = 2 e
2
64 = 26 = 2
Realmente
3 3 6 6
8 = 23 = 2 e 82 = 6 (23 )2 = 26 = 2
Modelo
3 5
Colocar, no mesmo índice, os seguintes radicais: a, b e c
Resolu•‹o
1o passo: Determinar o MMC dos números 2, 3 e 5 (índices): MMC(2; 3; 5) = 30
2o passo: Colocar, usando a propriedade 5, todas as raízes com índice 30.
2 ⋅ 15 1 ⋅ 15
• a = a = 30 a15
• 3
b =
3 ⋅ 10 1 ⋅ 10
b = 30 10
b
• 5
c =
5 ⋅ 6 1⋅ 6
c = 30 6
c
Racionalização de denominadores
Racionalizar um denominador significa transformar um denominador irracional em
racional.
Operações de adição ou subtração entre frações que têm denominadores irracionais
ficam complicadas, pois, para essas operações, precisamos do MMC desses denominado-
res e, se pelo menos um deles for irracional, teremos um cálculo difícil de ser executado.
Vamos resolver o problema.
Considerando que uma fração não se altera se multiplicarmos o seu numerador e o
seu denominador por uma mesma constante não nula, vamos aproveitar essa proprie-
dade e faremos a constante ser de tal forma que o denominador passe a ser racional.
A constante usada para esse propósito será chamada fator racionalizante.
34 CAPÍTULO 2
Iremos considerar, basicamente, três situações.
1o caso: O denominador irracional é dado por uma raiz quadrada. O fator racionalizante é a própria raiz.
5 5⋅ 3 5⋅ 3 5⋅ 3
= = =
3 3⋅ 3 32 3
2o caso: O denominador irracional é dado por uma raiz do tipo n am . O fator racionalizante é n
a(n − m) .
8 8 8
3 3 ⋅ 25 3 ⋅ 25 3 ⋅ 25 3 ⋅ 8 32
= = = =
8
23
8
23 ⋅ 25
8 8
23+5
8
28 2
3o caso: O denominador irracional é dado por uma expressão irracional do tipo a ± b. O fator racionalizante é a ex-
pressão conjugada. Se o denominador é a + b, o fator racionalizante é a − b; se o denominador é a − b, o fator
racionalizante é a + b.
9 9 ⋅ ( 17 + 11 ) 9 ⋅ ( 17 + 11 ) 9 ⋅ ( 17 + 11 ) 9 ⋅ ( 17 + 11 ) 3 ⋅ ( 17 + 11 )
= = = = =
( 17 − 11 ) ( 17 − 11 ) ⋅ ( 17 + 11 ) (
2
17 ) − ( 11 )
2
17 − 11 6 2
Contextualize
Padrões
Padrão é uma coisa tão importante que todo mundo quer ter o seu! Dessa forma, o que deveria ser universal passa a
ser apenas de alguns poucos. A necessidade de medir é uma característica marcante da espécie humana: Há registros
de medições de comprimentos, superfícies, capacidades de reservatórios, do passar do tempo e de quantidade de massa
desde as primeiras civilizações. Em sua maioria, as unidades de medidas utilizadas faziam referência às partes do corpo
humano: polegadas, pés, palmos, braças, milhas, etc. Esse padrão facilitava a utilização dos instrumentos de medição (o
próprio corpo) e o intercâmbio de medições entre as diferentes culturas. Com o desenvolvimento científico surgiram novas
grandezas e com elas unidades de medidas complexas e diversificadas: quantidade de memória (bit), de corrente elétrica
(ampère), de luminosidade (lux), de energia (joule), de aceleração (m/s2), da capacidade de processamento (FLOPS), etc.
Uma das primeiras tentativas de unificar as unidades de medidas visando desenvolver o comércio entre o Ocidente e
o Oriente foi proposta por Carlos Magno, no início do século IX. Mas a natureza egoísta e conquistadora dos povos, que
teimavam em impor suas próprias regras, levou o projeto ao fracasso. No século XIII, o monarca inglês João Sem Terra
impôs, por decreto, os “padrões de pesos e medidas”. A proposta foi bem aceita e durou mais de 600 anos. Os problemas
surgiam com a imprecisão e a variação das medidas: Uma jarda real tinha exatamente três pés, mas o tamanho do pé mudava
a cada novo soberano.
No fim do século XIX, o sistema métrico decimal, que já era
Pesquise o que muda a partir de maio de 2019 sobre a definição do padrão do quilograma.
35
INFO ENEM +
O SOL
O centro do Sol é uma fonte de luz e calor. Essa energia é produzida pela fusão de
núcleos atômicos de hidrogênio, gerando, assim, núcleos de hélio. A energia que emana
do Sol viaja pelo espaço e é recebida em primeiro lugar pelos corpos
que formam o Sistema Solar. O Sol brilha graças a esse mecanismo de fusão
termonuclear, e continuará realizando-o enquanto houver reservas de hidrogênio,
porém elas se esgotarão em 6 ou 7 bilhões de anos.
MUITO GASOSO
O Sol é uma gigantesca bola de gases com densidade e tempera-
tura bastante altas. Seus principais componentes são hidrogê-
nio (90%) e hélio (9%). Completam sua massa total resquícios de
1.
elementos como carbono, nitrogênio e oxigênio, entre outros.
Devido às condições extremas de temperatura e pressão, esses CHOQUE
elementos se encontram em estado de plasma.
NUCLEAR
Dois núcleos de hidrogênio
(dois prótons) se chocam e
permanecem unidos. Um se
transforma em nêutron, e se
forma o deutério, liberando
CARACTERÍSTICAS um neutrino, um pósitron e
ZONA DE CONVECÇÃO muita energia.
Símbolo planetário
convencional Estende-se da base da fotos-
fera até uma profundidade
de 15% do raio solar. Aqui a
Dados principais energia é transportada para o
150 milhões alto através de correntes (de
Dist. média à Terra convecção) de gás.
de km
Próton Pósitron
Diâmetro no 1 391 milhões
equador de km
Velocidade orbital 12 600 km/seg ZONA DE IRRADIAÇÃO
Massa* 332 900 Esta porção do Sol é atra- Nêutron
Gravidade* 28 vessada por irradiação das Neutrino
partículas provenientes do
Densidade 0,255 g/cm3
núcleo. Um próton pode de-
Temperatura média 5 500 °C morar 1 milhão de anos para
Atmosfera Densa atravessar esta zona.
Deutério
8 000 000 °C
Luas Não
FUSÃO NUCLEAR
DE HIDROGÊNIO
A extraordinária temperatura do Fóton
coração nuclear ajuda a fazer Deutério 1
com que os núcleos de hidro-
gênio se unam. Em condições
menos enérgicas se repelem, mas
2.
as características do centro solar
conseguem vencer as forças de
repulsão, produzindo a fusão
FÓTONS
nuclear. Cada quatro núcleos de O deutério formado colide com um
hidrogênio formam um núcleo próton. Desse choque é liberado um
de hélio. Núcleo fóton de raios gama. O fóton é rico
de hélio em energia e precisa de 30 mil anos
para chegar à fotosfera.
3. NÚCLEOS
DE HÉLIO
O grupo de dois pró-
tons e um nêutron
Deutério 2
Próton 1
chocam-se entre si.
Forma-se um núcleo
de hélio, liberando
um par de prótons.
Próton 2
36 CAPÍTULO 2
Acesse a questão Info + Enem e mais conteúdos do exame
utilizando seu celular. Saiba mais em <www.plurall.net>.
SUPERFÍCIE E ATMOSFERA
A porção visível do Sol é uma “esfera de luz” ou fotosfera que está constituída por fases em
ebulição provenientes do núcleo solar. As erupções de gás formam um plasma que atravessa
©Sol 90 Images
essa camada. Depois chegam a uma vasta camada de gases que se chama atmosfera solar.
Essa camada diminui sua densidade em direção à sua zona mais externa. Nela se sobrepõem
dois estratos: a cromosfera e a coroa. A energia gerada no núcleo se desloca através da super-
fície da fotosfera e a atmosfera durante milhares de anos em busca da saída para o espaço.
FOTOSFERA
É a superfície visível do Sol, uma maré de UMBRA
gases espessa e em ebulição, em estado
Região central.
de plasma. Em seu estrato mais externo, É a parte mais
a densidade é diminuída e a transpa- fria e escura.
rência, aumentada. Assim, a radiação
solar escapa para o espaço extrassolar
como luz. O estudo desta camada com
espectrógrafos permitiu aos cientistas a
confirmação de que os principais compo- CROMOSFERA
500 000 °C
nentes do Sol são o hidrogênio e o hélio. Acima da fotosfera e com
15 000 000 °C
MACROESPÍCULAS
Essas ejeções verticais são semelhantes às
espículas, porém costumam alcançar até
40 000 km de altura.
COROA
Localiza-se sobre a cromosfera. Sua
impressionante extensão alcança
milhões de quilômetros no espaço e
alcança também temperaturas que
rondam os 2 000 000 °C. Apresenta
alguns buracos ou regiões de baixa
densidade por onde passam os gases
em direção ao vento solar.
VENTO SOLAR
Consiste em um fluxo de íons emitidos
pela atmosfera solar. A composição é
semelhante à da coroa. O Sol perde aproxi-
madamente 800 kg de matéria por segun-
PROEMINÊNCIAS do, em forma de vento solar.
SOLARES
Nuvens e camadas de gás
provenientes da cromosfera
percorrem milhares de quilô-
metros até alcançar a coroa.
Adotam forma de arco ou de
onda devido à ação exercida
pelos campos magnéticos
sobre elas.
37
Atividades
1. Calcule o valor das seguintes potências:
−2 −2 −5 −3
a) 24 b) −
5 2
b) (−2)4
c) −24
i) (2 ⋅ 3)3
7 35 0
Reprodução/UEMA, 2015.
k)
11
l) (−0,25)3
38 CAPÍTULO 2
5. (Unisc-RS) As distâncias no espaço são tão grandes que a) menos de 8 horas.
seria muito difícil gerenciar os números se fossem medi- b) entre 8 horas e 10 horas.
das em quilômetros. Então, os astrônomos criaram uma c) entre 10 horas e 12 horas.
medida padrão, o ano-luz, que é uma medida de compri- d) mais de 12 horas.
mento. Ela corresponde ao espaço percorrido pela luz em
um ano no vácuo, o que representa, aproximadamente,
9,5 trilhões de quilômetros.
A Nasa anunciou recentemente que encontrou o primeiro
planeta rochoso com características similares à Terra.
Chamado de Kepler-186f, o novo planeta é 10% maior
do que a Terra, completa sua órbita em 130 dias e a dis-
tância que o separa de nós é de, aproximadamente, 500
anos-luz. Com base nesses dados, é correto afirmar que
8. Determine o valor das raízes:
o número que melhor representa a distância aproximada,
3
em quilômetros, entre a Terra e o Kepler-186f é: a) 27
a) 47,5 ⋅ 1015 d) 6,5 ⋅ 1015
b) 475 ⋅ 1015 e) 65 ⋅ 1015
c) 4,75 ⋅ 10 15 b) 3
−8
5
c) 0, 00001
d) 3
−0, 064
2
c)
3⋅ 33
39
1 2n+ 4 + 2n−2 − 2n−1 31+n
e) 11. Sendo A = eB= n , com n 3 ÷*,
1+ 2 2 2n−2 + 2n+1 31−n
então o valor de A + B é igual a:
2 n
a)
3
b) 2n
10. +Enem [H1] A pele que recobre o corpo dos animais
c) 4
tem participação ativa na manutenção da temperatura
corporal, na eliminação de substâncias tóxicas geradas d) 16
pelo próprio metabolismo do corpo e na proteção contra
as agressões do meio exterior.
A expressão algébrica A = k ⋅ 3 m2 relaciona a massa m,
em kg, de um animal com a sua medida A de superfície
corporal, em m2, e k é uma constante real.
A constante k varia de animal para animal, segundo a
tabela seguinte:
Tarefa proposta 1 a 10
Complementares
13. (Enem) A cor de uma estrela tem relação com a tempera- Se tomarmos uma estrela que tenha temperatura 5 vezes
tura em sua superfície. Estrelas não muito quentes (cerca maior que a temperatura do Sol, qual será a ordem de
de 3 000 K) nos parecem avermelhadas. Já as estrelas grandeza de sua luminosidade?
amarelas, como o Sol, possuem temperatura em torno dos a) 20 000 vezes a luminosidade do Sol.
6 000 K; as mais quentes são brancas ou azuis porque sua b) 28 000 vezes a luminosidade do Sol.
temperatura fica acima dos 10 000 K. A tabela apresenta c) 28 850 vezes a luminosidade do Sol.
uma classificação espectral e outros dados para as estrelas d) 30 000 vezes a luminosidade do Sol.
dessas classes.
e) 50 000 vezes a luminosidade do Sol.
Estrelas da sequência principal 14. Carlos Alberto desenvolveu um aplicativo que transforma
Classe Tempera- Luminosi- um número dado de tal forma que, ao digitar CTRL M,
Massa Raio
espectral tura dade extrai a raiz quadrada do número e, ao acionar CTRL D, de-
saparece o algarismo da dezena. Sua amiga Bárbara, muito
O5 40 000 5 ⋅ 105 40 18
curiosa, resolveu testar o aplicativo e digitou o número 97
B0 28 000 2 ⋅ 104 18 7
344, posteriormente acionou CTRL M, depois CTRL D e,
A0 9 900 80 3 2,5
finalmente, CTRL M. Sabendo-se que o aplicativo funcio-
G2 5 770 1 1 1
nou, o número encontrado por ela foi:
M0 3 480 0,06 0,5 0,6
a) 4 2 c) 2 2
Temperatura em Kelvin; Luminosidade, massa e raio, tomando o Sol como unidade.
Disponível em: www.zenite.nu. Acesso em: 1 maio 2010 (adaptado). b) 3 2 d) 2
40 CAPÍTULO 2
15. Coloque em ordem crescente de valor os números irracionais de cada item.
(Dado: 8 8 1, 3 )
3 6 3 2 2
a) 2; 3; 6 b) ; ;
3 8 25 3 + 2
317 − 316
16. (UPF-RS) Simplificando-se a expressão 5
, obtém-se o valor:
6
17 16
3
d) 3 − 3
5 1 5 5 3
a) 27 b) c) 5 e)
2 2 6 2
Modelos
1. Sejam x, y e z algarismos que satisfazem a equação z ∙ (100x + 10y + z) = 2 151.
Quanto vale x + y + z?
Resolu•‹o
Como x, y e z são algarismos, temos que 100x + 10y + z é um número cujo algarismos da
unidade valem z.
Então, veja que z ∙ z resulta em um número terminado em 1.
Assim, z = 1
ou z = 9.
Se z fosse 1, então o resultado do produto seria um número de três algarismos.
Então, z = 9 e, como 2 151 : 9 = 239, temos:
z ∙ (100x + 10y + z) = 2 151
MATEMÁTICA
9 ∙ (100 ∙ 2 + 10 ∙ 3 + 9) = 2 151
∴ x + y + z = 2 + 3 + 9 = 14
41
2. Ao digitar o valor que queria sacar, em um caixa eletrônico, João inverteu os algarismos
da centena e da dezena. Com isso, João acabou sacando 360 reais a mais do que pretendia.
Sabendo que João queria sacar menos de 250 reais, quanto João sacou?
Resolução
Vamos considerar que João queria sacar 100x + 10y + z, sendo x, y e z algarismos e x ≠ 0.
Invertendo os algarismos da centena e da dezena, João sacou 100y + 10x + z. De acordo
com os dados do problema, temos: 100x + 10y + z − (100y + 10x + z) = 360 s
s 100x − 100y + 10y − 10x = 360 s 90x − 90y = 360 s x − y = 4
Como x e y são algarismos, as possibilidades são, respectivamente: 1 e 5; 2 e 6; 3 e 7; 4 e
8; 5 e 9.
Como queria sacar algo menor que 250 reais, João queria sacar 150 e sacou 510, sendo
360 reais a mais.
Os computadores são escritos numa linguagem chamada de binária, pois se baseia em agrupamentos de 2 em 2, diferentemente
do nosso sistema de numeração, em que os números são formados por agrupamentos de 10 em 10. Por isso, são programados por
sequências de “0” e “1”.
Isso se justifica pelo fato de que os circuitos dos computadores não leem esses códigos de maneira convencional. Ele só interpreta
por onde passa e por onde não passa corrente − 0 indica que não está passando corrente e 1 indica que está.
E se fosse possível programar um computador na base 10 ou na base 16, por exemplo?
Mœltiplos e divisores
É certo que qualquer aluno seria capaz, baseado nos seus conhecimentos anteriores, de
dizer se o número 15 é ou não um múltiplo do número 3 ou se 7 é ou não um divisor de 42,
mas é preciso mais que isso: o que é ser um múltiplo de outro número? O que significa, mate-
maticamente, ser divisor ou fator de certo número? Vamos dar respostas a essas perguntas.
Dados os números inteiros m e n, se n é múltiplo de m, então m é divisor ou fator de n. que seja o número inteiro k, o
número 0 é múltiplo de todo
Assim: número inteiro. O número 0 é
· 15 é múltiplo de 3, então 3 é divisor ou fator de 15; um múltiplo universal.
· 72 é múltiplo de 9, então 9 é divisor ou fator de 72; Sendo n = 1 · n para qualquer
que seja o número inteiro n,
· 77 é múltiplo de 7, então 7 é divisor ou fator de 77;
o número 1 é divisor de todo
· 35 não é múltiplo de 6, então 6 não é divisor ou fator de 35. 1 número inteiro. O número 1 é
um divisor universal.
Propriedades dos múltiplos e dos divisores O número 0 somente é fator do
As principais propriedades dos múltiplos e dos divisores estão associadas à operação próprio 0.
de divisão, pois, exceção feita ao zero, quando um número é múltiplo de outro, ele é divi- O número 1 somente é múltiplo
sível por esse outro, ou seja, ter um número como divisor ou fator é ser divisível por ele. dele mesmo.
42 CAPÍTULO 2
Para as propriedades 1 e 2, que veremos a seguir, para N e d naturais, considere o algoritmo:
N d
r q
Propriedade 1
(N – r) é múltiplo de d, ou seja, d é um divisor de (N – r). Assim, (N – r) é o maior número,
menor que N, múltiplo de d.
Justificativa
Com base na divisão apresentada anteriormente, temos: N = d · q + r
Assim: N = d · q + r s N – r = d · q
Logo:
(N – r) é um múltiplo de d.
Exemplo
Na divisão de 258 por 11, temos quociente 23 e resto igual a 5.
De fato, (258 – 5), cujo resultado é 253, é divisível por 11.
Propriedade 2
(N – r + d) é múltiplo de d, ou seja, d é um divisor de (N – r + d). Assim, (N – r + d) é o menor
número, maior que N, múltiplo de d.
Justificativa
Da divisão apresentada anteriormente, temos:
N=d·q+r
Assim: N = d · q + r s N – r = d · q
Nessa igualdade, somando membro a membro o divisor d, temos: N – r + d = d · q + d
E então: N – r + d = d(q +1)
Logo:
(N – r + d) é um múltiplo de d.
Exemplo
Na divisão de 258 por 11, temos quociente 23 e resto igual a 5.
De fato, (258 – 5 + 11), cujo resultado é 264, é divisível por 11.
Propriedade 3
Numa sequência de n números inteiros, um deles é múltiplo do número n.
Justificativa
Vamos considerar a sequência dos números naturais não nulos:
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, …
Podemos observar que os múltiplos do número 3 aparecem de três em três e, assim,
em qualquer grupo com três números consecutivos dessa sequência, um deles será um
múltiplo do número 3. Essa ideia pode ser extrapolada (estendida) para todos os números
naturais, e, dessa maneira, confirmamos a propriedade.
É importante lembrar que ela é válida não somente para os números naturais não nu-
los, mas para todos os números inteiros.
MATEMÁTICA
Verifique em uma sequência com o zero (não esqueça que ele é múltiplo de todo nú-
mero inteiro).
43
Paridade dos números inteiros
Podemos dizer que número par é aquele número inteiro que tem na sua unidade um Curiosidade
algarismo par. Os algarismos pares são 0, 2, 4, 6 e 8. Todo número par é, portanto, divisível 1 O número 0 é um número
por 2. Todo número par tem o número 2 como um dos seus divisores. Assim, o número in- par, pois 0 é múltiplo de 2, ou
teiro a é par se, e somente se, ele pertence ao conjunto dos múltiplos de 2, logo: seja: 0 = 2 · 0
a = 2 · k, com k 3 Ω 1
Um número inteiro, quanto à paridade, só tem duas classificações: ele é par ou ele
é ímpar. Não tendo as características de número par, o número consequentemente será
considerado ímpar.
Assim, o número inteiro b é ímpar se, e somente se, ele não pertence ao conjunto dos
números inteiros múltiplos de 2, logo:
Observações
b = 2 · k + 1, com k 3 Ω 1
1 b = 2 · k − 1, com k 3 Ω,
também será sempre um
número ímpar.
Modelo
2 Por simplificação, usaremos a
Mostrar que a soma de três números pares consecutivos é sempre um múltiplo de 3. notação ±6 para indicarmos +6 e
−6. Não confunda ±6 com valor
Resolução
“aproximadamente igual a 6”,
Sejam a = 2k, b = 2k + 2 e c = 2k + 4 três números pares consecutivos, em que k é
ou seja, “mais ou menos 6”.
um número inteiro: a + b + c = 2k + 2k + 2 + 2k + 4 = 6k + 6 = 3 · 2(k + 1), que é um
Os números inteiros 1 e −1 têm
múltiplo de 3.
apenas dois divisores inteiros:
±1. Por esse motivo, 1 e −1 não
Números primos e números compostos são primos nem compostos.
Qual é a “matéria-prima” usada para se “fazer” o número 6? De que é composto o nú- O número 2 é o único número
mero 6? O número 6 é composto de dois números primos: o 2 e o 3, pois 2 · 3 = 6. natural par que é primo, pois é
o único número natural par com
Um número primo é aquele que vem primeiro, que é empregado para se obter um nú-
apenas quatro divisores inteiros:
mero composto. O número inteiro p é primo se, e somente se, na relação dos seus diviso-
±1; ±2
res inteiros, há exatamente quatro divisores.
n[D(p)] = 4
Logo:
· o número 5 é primo, pois ele tem apenas quatro divisores inteiros: ±1; ±5
· o número 6 não é primo, pois ele tem mais que quatro divisores inteiros: ±1; ±2; ±3; ±6
O número inteiro a é composto se, e somente se, na relação de seus divisores inteiros,
há mais que quatro divisores.
n[D(a)] > 4
Logo:
· o número 6 é composto, pois ele tem mais que quatro divisores inteiros: ±1; ±2; ±3; ±6
· o número 2 não é composto, pois ele tem apenas quatro divisores inteiros: ±1; ±2 2
Fatoração
Todo número composto pode ser fatorado (decomposto) numa multiplicação de nú-
meros primos. Obter os números primos que, multiplicados, resultam em determinado
Atenção
número composto é fatorar esse número composto. Se os fatores primos forem colocados
1 Quando um número está
em ordem crescente e escritos na forma de potenciação, essa decomposição é chamada
escrito na forma de sua
de única. Assim:
decomposição única, o produto
72 = 2 · 2 · 2 · 3 · 3 = 23 · 32 1 dos consecutivos dos expoentes
de seus fatores primos é igual
Os números primos são importantes, pois são eles que, pela multiplicação, geram to- à quantidade total de divisores
dos os outros números. desse número.
44 CAPÍTULO 2
Desenvolva
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
A atividade que resolveremos logo mais é um exemplo de como pode ser cobrada uma das maiores competências da matriz
de referência do Enem. A competência 1 − construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais − tem cinco
habilidades relacionadas ao trabalho e raciocínio numéricos.
Essas habilidades podem aparecer no exame com atividades que cobrem todos os conteúdos relacionados a números, dos
quais podemos destacar: múltiplos, divisores, representações e bases numéricas e raciocínio lógico, além de outros que estuda-
remos em anos posteriores, como fatoriais, análise combinatória, progressões, etc. O primordial na resolução dessas atividades
é sempre observar os padrões e verificar as propriedades numéricas. Você poderá se surpreender ao perceber que algumas
atividades parecem bem desafiadoras, mas muitas vezes são apenas um belo exercício de atenção.
Para uma gincana escolar, foram colocadas lâmpadas apagadas e numeradas, na sequência dos números inteiros estrita-
mente positivos: 1; 2; 3; 4; 5; ...
Foi proposto um jogo no qual o primeiro aluno corria apertando os interruptores das lâmpadas cujos números eram divisí-
veis por 1 (acendendo-as); o segundo corria apertando os interruptores das lâmpadas cujos números eram divisíveis por 2
(apagando-as); o terceiro corria apertando os interruptores das lâmpadas cujos números eram divisíveis por 3 (acendendo
as apagadas e apagando as acesas); e assim por diante, até o último aluno.
Sendo o número de lâmpadas igual ao número de alunos, considerando que todos os alunos participaram do jogo uma
única vez, sem errar e sem que nenhuma lâmpada queimasse, quais lâmpadas permaneceram acesas ao final?
Modelo
Determinar o menor número natural formado pelos fatores primos 2 e 3, cujos expoentes,
que são diferentes de zero, têm soma igual a 5.
Resolu•‹o
Devemos ter para o fator 2 o maior expoente e para o fator 3 o menor expoente. Assim, o
número será: 24 · 31 = 48
MDC(24; 36) = 12
MMC(24; 36) = 72
45
Dados dois ou mais números inteiros, o MDC (máximo divisor comum) é o maior divisor
positivo comum a todos os números dados, e o MMC (mínimo múltiplo comum) é o menor
múltiplo positivo comum a todos os números. Dados dois ou mais números inteiros, para que
se obtenham o MDC e o MMC deles, devem-se fatorar esses números, como veremos a seguir.
MDC
Produto dos fatores comuns às decomposições com os menores expoentes com os
quais eles se apresentarem nas fatorações.
MMC
Produto de todos os fatores, comuns ou não, com os maiores expoentes com os quais
eles se apresentarem nas fatorações.
Propriedades
São válidas as propriedades a seguir. 1 Observação
1 Dois números são primos
Propriedade 1 entre si quando não têm
MDC(a; b) · MMC(a; b) = |a · b| nenhum fator primo em
Justificativa comum, ou seja, quando o MDC
deles é igual a 1.
Para calcularmos o MDC de dois números, usamos os fatores comuns a suas decompo-
Dois números inteiros
sições com os menores expoentes e, para o MMC, usamos todos os fatores com os maiores
consecutivos são primos entre si.
expoentes.
Tomemos o fator a, que apresenta, no primeiro número, o expoente α e, no segundo
número, o expoente β.
· Se α > β, usaremos α no MMC e β no MDC.
· Se α < β, usaremos α no MDC e β no MMC.
Ao multiplicarmos os números, o fator a terá como expoente a soma α + β. E esse tam-
bém será o expoente do fator a quando da multiplicação do MDC pelo MMC dos números.
Com essa mesma análise para todos os outros fatores, chegamos à conclusão de que:
MDC(a; b) · MMC(a; b) = |a · b|
Propriedade 2
Os múltiplos comuns a dois ou mais números são os múltiplos do MMC desses números.
Propriedade 3
Os divisores comuns a dois ou mais números são os divisores do MDC desses números.
Propriedade 4
O MMC de dois números primos entre si é igual ao produto deles.
Agora podemos responder à intrigante questão do início deste tópico. Para isso, deve-
mos calcular o MMC(365; 687). Curiosidade
Vamos decompor simultaneamente os períodos dos dois planetas em seus fatores 1 O fenômeno do alinhamento
46 CAPÍTULO 2
Decifrando o enunciado Lendo o enunciado
40 tábuas de 540 cm, 30 de
(Enem)
810 cm e 10 de 1 080 cm:
Um arquiteto está reformando uma casa. De modo a contribuir com o meio ambiente, de- Verifique sempre se essas
cide reaproveitar tábuas de madeira retiradas da casa. Ele dispõe de 40 tábuas de 540 cm, medidas já se encontram numa
30 de 810 cm e 10 de 1 080 cm, todas de mesma largura e espessura. Ele pediu a um car- mesma unidade de comprimento.
pinteiro que cortasse as tábuas em pedaços de mesmo comprimento, sem deixar sobras, Pedaços de mesmo
e de modo que as novas peças ficassem com o maior tamanho possível, mas de compri- comprimento: Isso nos remete
mento menor que 2 m. Atendendo o pedido do arquiteto, o carpinteiro deverá produzir: aos assuntos de múltiplos e
a) 105 peças. c) 210 peças. e) 420 peças. divisores.
b) 120 peças. d) 243 peças. Maior tamanho possível: Observe
que vamos dividir as peças em
Resolução tamanhos iguais, de maior
Resposta: E comprimento possível. Temos,
MDC(540, 810, 1 080) = 2 ⋅ 33 ⋅ 5 = 270 cm então, de procurar o maior
O comprimento de cada tábua deverá ser divisor de 270 cm. dos divisores comuns entre as
O maior comprimento de cada tábua seria então de 270, porém precisamos que cada uma medidas das tábuas originais, ou
tenha comprimento menor que 2 m, ou seja, 200 cm. seja, procuramos o MDC (540,
Temos, então, que o comprimento de cada tábua, segundo o enunciado, é de 270 = 135 cm. 810, 1 080).
2 Comprimento menor que 2 m:
Dessa maneira, a quantidade de tábuas produzidas pelo carpinteiro é dada por:
Atenção: A condição imposta
40 ⋅ 540 + 30 ⋅ 810 + 10 ⋅ 1080 21 600 + 24 300 + 10 800 56 700 pelo problema está em metros,
= = = 420 peças
135 135 135 enquanto as medidas das tábuas,
em centímetros.
Atividades
17. (Obmep) O contrário de um número de 2 algarismos, am- 19. (Uece) Maria observou que suas férias, naquele ano, termi-
bos diferentes de zero, é o número obtido trocando-se a nariam no dia 27 de julho, uma segunda-feira, e agendou
ordem de seus algarismos. Por exemplo, o contrário de 25 uma reunião com seus amigos no primeiro feriado do se-
é 52 e o contrário de 79 é 97. Qual dos números abaixo gundo semestre, que no caso era o dia 7 de setembro. A
não é a soma de um número de dois algarismos com seu reunião foi agendada para um(a):
contrário? a) sábado. d) terça-feira.
a) 44 d) 165 b) domingo. e) sexta-feira.
b) 99 e) 181 c) segunda-feira.
c) 121
47
21. Todo número primo é um número inteiro que tem exata- 23. (PUC-PR) Determinar o número de divisores de um número
mente quatro divisores, sendo dois deles divisores positi- natural pode ser bastante útil, como exemplo podemos
vos: o número 1 e o próprio número. Por exemplo, 2 e 5 citar a resolução de equações algébricas. Em alguns ca-
são primos, mas 1 (tem somente o 1 como divisor positivo) sos, conhecendo-se a quantidade de divisores é possí-
e 4 (veja que 1, 2 e 4 são os seus divisores positivos) não vel determinar um número. Considere então o número
são primos. Julgue (V ou F) as afirmações a seguir. N = 9 · 10m e sabendo-se que N admite 27 divisores natu-
( ) A soma de quaisquer dois números primos é um nú- rais, o valor de N é:
mero primo. a) 9
( ) A soma dos quadrados de quaisquer dois números b) 90
primos é um número primo. c) 900
( ) O produto de dois números naturais consecutivos d) 9 000
pode ser um número primo. e) 90 000
( ) A soma de três números primos quaisquer nunca é
um número primo.
( ) O produto de dois números primos quaisquer pode
ser um número primo.
48 CAPÍTULO 2
26. (UPE) Três colegas caminhoneiros, Santos, Yuri e Belmiro, 27. A editora de um livro infantil recebeu os seguintes pedidos,
encontraram-se numa sexta-feira, 12 de agosto, em um de três livrarias:
restaurante de uma BR, durante o almoço. Santos disse
Livraria A B C
que costuma almoçar nesse restaurante de 8 em 8 dias,
Yuri disse que almoça no restaurante de 12 em 12 dias, Pedido 3 000 1 250 2 500
e Belmiro, de 15 em 15 dias. Considere as seguintes afir- A editora deseja remeter os três pedidos em n pacotes
mativas, a respeito do texto anterior. iguais, de forma que n seja o menor possível. Calcule n.
I. Os três caminhoneiros voltarão a se encontrar nova-
mente no dia 13 de dezembro.
II. O dia da semana em que ocorrerá esse novo encontro
é uma sexta-feira.
III. Santos e Yuri se encontrarão quatro vezes antes do
novo encontro dos três colegas.
Está correto o que se afirma, apenas, em:
a) I. c) III. e) II e III.
b) II. d) I e II.
Tarefa proposta 11 a 36
Complementares
29. (ESPM-SP) Dividindo-se o número natural N por 13, obtém- a) Decomponha os números 200 e 120 em fatores primos.
-se quociente Q e resto R. Aumentando 2 unidades no di- b) Determine o número máximo de caixas, com o mes-
videndo e mantendo-se o divisor, o quociente aumenta de mo conteúdo, que o organizador conseguirá formar,
1 unidade e a divisão é exata. Sabendo-se que Q + R = 16, usando todos os chaveiros e camisetas disponíveis.
podemos afirmar que os divisores primos de N são: 31. (ESPM-RJ) Os números naturais m e n são escritos, na base
a) 2 e 19 c) 3 e 17 e) 5 e 11 10, com os mesmos dois algarismos, porém em posições
b) 2, 3 e 13 d) 3, 5 e 7 invertidas. A diferença entre o maior e o menor é uma
30. (Vunesp) Durante um evento, o organizador pretende distri- unidade a menos que o menor deles.
buir, como brindes, a alguns dos participantes, caixas (kits), Podemos afirmar que o valor de m + n é:
MATEMÁTICA
49
32. (Udesc) Câmeras de vídeo funcionam basicamente tirando II. Após 10 segundos de filmagem, as três câmeras ge-
uma sequência de fotografias (chamadas de“quadros”) ram o segundo quadro idêntico.
em alta velocidade, em intervalos regulares, e quando es-
III. Após 1 segundo de filmagem, as câmeras do padrão
sas imagens são exibidas rapidamente nossos olhos perce-
TV PAL e cinema gerarão o segundo quadro idêntico.
bem-nas como objetos em movimento. Existem 3 padrões
principais de vídeo no mundo: as câmeras de cinema, que IV. Após uma hora de filmagem, as câmeras de TV de pa-
fazem 24 quadros por segundo; as câmeras de TV NTSC drão PAL e NTSC irão gerar 18 001 quadros idênticos.
(padrão americano), que fazem 30 quadros por segundo; V. As três câmeras nunca irão gerar um segundo quadro
e as TV PAL (padrão europeu), que fazem 25 quadros por idêntico.
segundo. Supondo que três câmeras, uma de cada padrão Das proposições tem-se exatamente:
mencionado, comecem a filmar exatamente no mesmo
a) quatro corretas.
instante, gerando o primeiro quadro idêntico, analise as
proposições. b) uma correta.
1 c) duas corretas.
I. Após de segundo de filmagem, as câmeras do
6 d) três corretas.
padrão de cinema e de TV NTSC geram o segundo
quadro idêntico. e) cinco corretas.
Tarefa proposta
1. (ESPM-SP) A expressão numérica 2 ∙ 813 + 3 ∙ 96 + 4 ∙ 274 necessário para se conseguir massa igual à da baleia
equivale a: encalhada é:
a) 315 b) 97 c) 274 d) 321 e) 912 a) 240 c) 2 400 e) 24 000
2. (Cefet-MG) Sejam x = 1,333…, y = 0,25, z = 0,1, b) 480 d) 4 800
(x −1 − y 2 ) ⋅ z−1 6. Racionalize os denominadores:
t = −0,1 e h = .
t3 1 2
O valor de h é: a) d)
2 7 −1
a) −11 ∙ 54 c) 2 ∙ 32
b) −3 ∙ 25 d) 12 ∙ 33 2+ 3 6
b) e)
2 3− 2
3. (Fuvest-SP) Se 416 · 525 = α · 10n, com 1 < α < 10, então n
é igual a: 2
c) 7
a) 24 b) 25 c) 26 d) 27 e) 28 4
4. +Enem [H14] 7. Demonstre que: 4 + 2 3 = 1 + 3
A Escherichia coli é uma espécie de bactéria muito co- 3 3
mum e uma das mais antigas a se relacionar com o ser 8. Qual o valor da expressão 3 − : 3 + ?
4 4
humano, em cujo intestino ela existe em grande número.
Para avaliar o tamanho da célula de Escherichia coli, basta 9. Levando em consideração as propriedades de potenciação
considerar que ela tem formato cilíndrico, comprimento e radiciação, responda cada um dos itens, justificando-os:
de 2 · 10–6 m e 8 · 10–7 m de diâmetro. Podemos, ainda, com- a) A expressão 9 + 16 = 25 é verdadeira ou falsa?
pará-la com um fio de cabelo cujo diâmetro é de, aproxi- Justifique sua resposta.
madamente, 1 · 10–4 m.
b) Qual é a metade de 222?
Disponível em: <www.who.int/topics/escherichia_coli_infections/en>.
Acesso em: fev. 2018. c) Que número se obtém ao simplificar a expressão:
240
Comparando-se um fio de cabelo com uma célula de ?
Escherichia coli, pode-se estimar que o diâmetro de um 234 + 237
fio de cabelo é quantas vezes o diâmetro da bactéria? 10. (PUC-SP) Considere x, y e z reais positivos tais que x = 20153 ,
a) 10 000 vezes d) 250 vezes 3
y 2 = 20154 e z3 = 2 0156.
b) 1 000 vezes e) 125 vezes
1
c) 500 vezes A expressão vale:
x⋅y⋅z
5. A baleia-azul é considerada o maior animal do mundo.
Recentemente uma dessas baleias apareceu encalhada a) 2 015−7 c) 2 015−17 e) 2 0157
nos Açores, um arquipélago no oceano Atlântico, e mor- b) 2 015−13 d) 2 0155
reu. A massa dessa baleia era de 1,68 · 105 kg. 11. (Fatec-SP) Seja N um número natural de dois algarismos não
Tomando-se como base a massa de um homem mediano nulos. Trocando-se a posição desses dois algarismos, obtém-
igual a 70 kg, o número de homens (com essa massa) -se um novo número natural M de modo que N – M = 63.
50 CAPÍTULO 2
A soma de todos os números naturais N que satisfazem 18. (Obmep) Quantos são os números naturais n tais que
as condições dadas é: 5n − 12
é também um número natural?
a) 156 c) 173 e) 198 n−8
b) 164 d) 187 a) 4
12. (Fuvest-SP) Um número natural N tem três algarismos. b) 5
Quando dele subtraímos 396 resulta o número que é ob- c) 6
tido invertendo-se a ordem dos algarismos de N. Se, além d) 7
disso, a soma do algarismo das centenas e do algarismo e) 8
das unidades de N é igual a 8, então o algarismo das
19. (Obmep) Uma piscina com fundo e paredes retangulares
centenas de N é:
está totalmente revestida com azulejos quadrados iguais,
a) 4 c) 6 e) 8 todos inteiros. O fundo da piscina tem 231 azulejos e as
b) 5 d) 7 quatro paredes têm um total de 1 024 azulejos. Qual é,
13. (FGV-SP) Um número de dois algarismos é tal que o alga- em número de azulejos, a profundidade da piscina?
3 a) 15
rismo das dezenas é igual a do algarismo das unidades.
4 b) 16
Se os algarismos forem permutados entre si, obtém-se um
c) 18
número que é 9 unidades maior do que o primeiro. Então,
a soma dos dois algarismos é: d) 20
a) 8 c) 6 e) 7 e) 21
b) 5 d) 9 20. +Enem [H01] Desde que se apaixonaram, Júlia e Matheus
começaram a observar o horário em que pegam ônibus
14. (UPE) Em um dos lados de um parque em formato retan-
na saída do trabalho. Eles podem pegar ônibus no mesmo
gular de uma cidade, existem 19 árvores plantadas em
ponto.
linha reta e igualmente espaçadas umas das outras. Se a
A partir das 18 h, o ônibus de Júlia passa de 12 em 12
distância entre a terceira e a sexta árvore é de 750 metros,
minutos e o de Matheus, de 15 em 15 minutos. Se ambos
qual a distância entre a primeira e a última árvore?
perderem o ônibus das 18 h, qual o primeiro horário em
a) 3 500 metros
que Matheus deve pegar o ônibus, neste ponto, se pre-
b) 4 000 metros tende fazê-lo no mesmo horário que Júlia?
c) 4 500 metros a) 18 h 40 min
d) 4 750 metros b) 18 h 50 min
e) 5 000 metros c) 19 h
15. Dividindo-se o número natural n por 13, obtém-se resto 9. d) 19 h 20 min
Assinale a alternativa correspondente a um número múl- e) 19 h 30 min
tiplo de 13.
21. Qual o menor número que se deve somar a 13, para que
a) n + 4
o MMC entre esse número e 40 seja 360?
b) n + 9
22. (Unicamp-SP) Numa linha de produção, certo tipo de ma-
c) n + 13
nutenção é feito na máquina A a cada 3 dias, na máquina
d) n + 18 B a cada 4 dias e na máquina C a cada 6 dias. Se, no dia 2
e) n + 22 de dezembro, foi feita a manutenção das três máquinas,
16. (Fuvest-SP) Sejam a e b dois números inteiros positivos. a próxima vez em que a manutenção das três ocorreu no
Diz-se que a e b são equivalentes se a soma dos divi- mesmo dia foi:
sores positivos de a coincide com a soma dos divisores a) 5 de dezembro.
positivos de b. b) 6 de dezembro.
Constituem dois inteiros positivos equivalentes: c) 8 de dezembro.
a) 8 e 9. d) 14 de dezembro.
b) 9 e 11. e) 26 de dezembro.
c) 10 e 12. 23. (ESPM-SP) Um número natural n, quando dividido por 18
d) 15 e 20. ou por 15, deixa o mesmo resto r. Se r é o maior possível
e) 16 e 25. e n o menor possível, o valor de (n + r) é:
17. (Obmep) Isabel escreveu em seu caderno o maior número a) 98
de três algarismos que é múltiplo de 13. Qual é a soma b) 121
dos algarismos do número que ela escreveu? c) 100
MATEMÁTICA
a) 23 c) 25 e) 27 d) 105
b) 24 d) 26 e) 118
51
24. O estoque de um depósito atacadista de cereais está nesse • para cada entrega, o volume da caçamba deve-
momento com 8 sacas de arroz contendo 60 kg em cada; rá estar totalmente ocupado pelo tipo de caixa
9 sacas de trigo com 64 kg em cada e 6 sacas de milho transportado.
com 72 kg em cada. Esses cereais devem ser colocados Atendendo a essas condições, o proprietário optou pela
em embalagens menores, todas de massas iguais, mas de compra de caminhões com caçamba do tipo:
maneira que essas massas sejam as maiores possíveis em a) II c) III e) V
cada embalagem e sem que haja mistura de cereais nelas. b) IV d) I
Após fazer essa redistribuição e considerando não haver
26. (OBM) Uma professora tem 237 balas para dar a seus 31
perdas de grãos, a quantidade de embalagens que irão
alunos. Qual é o número mínimo de balas a mais que ela
acondicionar todos esses produtos é:
precisa conseguir para que todos os alunos recebam a
a) 35 c) 31 e) 24 mesma quantidade de balas, sem sobrar nenhuma para
b) 33 d) 30 ela?
25. (Vunesp) Uma empresa de cerâmica utiliza três tipos de a) 11 c) 21 e) 41
caixas para embalar seus produtos, conforme mostram as b) 20 d) 31
figuras.
27. (Obmep) Somando 1 a um certo número natural, obtemos
um múltiplo de 11. Subtraindo 1 desse mesmo número,
obtemos um múltiplo de 8. Qual é o resto da divisão do
quadrado desse número por 88?
a) 0 c) 8 e) 80
Reprodução/UNESP, 2013.
b) 1 d) 10
28. (Udesc) A quantidade de números naturais que são di-
visores do mínimo múltiplo comum entre os números
a = 540, b = 720 e c = 1 800 é igual a:
a) 75 c) 30 e) 60
b) 18 d) 24
29. (Fuvest-SP) No alto de uma torre de uma emissora de te-
levisão, duas luzes “piscam” com frequências diferentes.
A primeira “pisca” 15 vezes por minuto e a segunda “pis-
Essa empresa fornece seus produtos para grandes cida- ca” 10 vezes por minuto. Se em certo instante as luzes
des, que, por sua vez, proíbem o tráfego de caminhões “piscam” simultaneamente, após quantos segundos elas
de grande porte em suas áreas centrais. Para garantir a voltarão a “piscar” simultaneamente?
entrega nessas regiões, o proprietário da empresa deci- a) 12 c) 20 e) 30
diu adquirir caminhões com caçambas menores. A tabe- b) 10 d) 15
la apresenta as dimensões de cinco tipos de caçambas 30. (UTFPR) Tenho 24 jogos de computador. Quantas são as
encontradas no mercado pelo proprietário. possibilidades existentes (número máximo) para se dividirem
esses jogos em grupos com quantidades iguais de jogos?
Tipo de Compri- Largura
caçamba mento (m) (m)
Altura (m) a) 2 c) 6 e) 12
b) 4 d) 8
I 3,5 2,5 1,2
II 3,5 2,0 1,0 31. (Fuvest-SP) Duas rodas-gigantes começam a girar, num
III 3,0 2,2 1,0 mesmo instante, com uma pessoa na posição mais baixa
IV 3,0 2,0 1,5 em cada uma. A primeira dá uma volta em 30 segundos
V 3,0 2,0 1,0 e a segunda dá uma volta em 35 segundos.
As duas pessoas estarão juntas novamente na posição
Sabe-se que:
mais baixa após:
• a empresa transporta somente um tipo de caixa por
a) 1 minuto e 10 segundos.
entrega.
b) 3 minutos.
• a empresa deverá adquirir somente um tipo de
c) 3 minutos e 30 segundos.
caçamba.
d) 4 minutos.
• a caçamba adquirida deverá transportar qualquer tipo
de caixa. e) 4 minutos e 20 segundos.
• as caixas, ao serem acomodadas, deverão ter seu 32. (Uerj) Dois sinais luminosos fecham juntos num determi-
“comprimento, largura e altura” coincidindo com os nado instante. Um deles permanece 10 segundos fechado
mesmos sentidos do “comprimento, largura e altura” e 40 segundos aberto, enquanto o outro permanece 10
da caçamba. segundos fechado e 30 segundos aberto.
52 CAPÍTULO 2
O número mínimo de segundos necessários, a partir da- na outra pista, dá 15 voltas em 1 minuto e 15 segundos.
quele instante, para que os dois sinais voltem a fechar Se os dois carrinhos partirem juntos, do mesmo ponto,
juntos outra vez é de: para dar 20 voltas cada um, pergunta-se:
a) 150 b) 160 c) 190 d) 200
33. (Unicamp-SP) Uma sala retangular medindo 3 m por 4,25 m
deve ser ladrilhada com ladrilhos quadrados iguais.
Supondo que não haja espaço entre ladrilhos vizinhos,
pergunta-se:
a) Qual deve ser a dimensão máxima, em centímetros,
de cada um desses ladrilhos para que a sala possa ser
ladrilhada sem cortar nenhum ladrilho? Partida
b) Quantos desses ladrilhos são necessários? a) Qual o tempo mínimo que levarão para que estejam
novamente juntos, no ponto de partida?
34. Sejam n e m dois números naturais, não primos entre si,
cujo produto é 420. Determine o máximo divisor comum b) Depois de 6 minutos e 5 segundos do momento da
desses números. largada, quantas voltas completas terá dado cada
carrinho?
35. Sobre duas pistas circulares e concêntricas de um
c) Depois de 6 minutos e 5 segundos do momento da
autorama, dois carrinhos, A e B, andam a velocidades
largada, qual é a distância presumível entre eles?
constantes. Sabe-se que a primeira pista tem 2,1
metros de diâmetro e a segunda, 2 metros de diâmetro. 36. (Obmep) Para quantos conjuntos {a; b; c} de três números
O carrinho A, que está na primeira pista, dá 10 voltas em naturais é verdade que a ⋅ b ⋅ c = 2 310?
1 minuto e 40 segundos, enquanto o carrinho B, que está a) 24 b) 30 c) 32 d) 36 e) 40
Boatos [...] estão presentes em todas as sociedades do planeta e envolvem, na sua propagação, indivíduos de qualquer idade
e estrato social. O conteúdo, a dimensão e as consequências da mensagem variam segundo as condições do momento em que
ela circula. Se um boato se espalha é porque encontra eco nos ouvintes, ou seja, para eles, naquele instante, a história faz algum
sentido – não soa como mentira, mas sim como algo crível. Os pesquisadores que estudam o tema não têm dúvidas: trata-se de um
fenômeno universal, permanente e necessário para a organização social.
Disponível em: <https://super.abril.com.br/historia/boatos-e-fofocas-ouvi-dizer-que>. Acesso em: nov. 2017
O professor e pesquisador em comunicação e semiótica na Universidade Católica de Brasília (UCB-DF), Luiz Carlos Iasbeck, afirma
que todo boato tem a ver com o imaginário coletivo, e o boato espalhado no "boca a boca" reforça a confiança que uma pessoa tem em
quem lhe passou informação. “Boato usa esta força da cumplicidade social, da credibilidade que uma pessoa tem com a outra. Espalham
no nível da confidencialidade, dá sensação de credibilidade. E o movimento, se todo mundo vai eu também vou”, afirmou Iasbeck.
“São os medos, valores, temores das pessoas que compartilham entre si em grupos afins. O pavor de cada um, quando reuni-
dos, vira pânico, gerado por uma informação que não se sabe de onde surgiu.”
Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/05/matematica-explica-como-boato-do-bolsa-familia-
se-espalha-tao-rapido.html>. Acesso em: nov. 2017
Espalhar boatos é muito perigoso e pode trazer diversas consequências negativas. Temos de ser muito conscientes e éticos no mo-
mento de difundir uma informação. E se fosse possível usar o poder da disseminação de boatos para o bem de todos?
Vá em frente
Leia
Matemágica − história, aplicações e jogos matemáticos, de Fausto A. Sampaio (Campinas: Papirus, 2005).
Livros (dois volumes) com várias situações cotidianas e jogos envolvendo apenas as quatro operações: adição, subtração,
multiplicação e divisão.
Os números − a grande história de uma grande invenção, de Georges Ifrah (Rio de Janeiro: Globo, 1992).
Para saber mais sobre o surgimento do algarismo zero, leia o capítulo 8.
O último teorema de Fermat, de Simon Singh (Rio de Janeiro: Record, 1998).
Este livro conta uma curiosidade sobre certa relação existente entre os números primos e alguns insetos.
Autoavalia•‹o:
MATEMÁTICA
53
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EQUAÇÕES
OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
O Código de Defesa do Consumidor determina que o valor da multa por atraso no pa-
► Resolver equações do
gamento de financiamentos, cartões de crédito, prestações da casa própria ou leasing,
1o grau.
bem como mensalidades escolares, convênios médicos ou serviços essenciais, não pode
► Resolver equações do
exceder 2% do valor da conta. Já as multas de mensalidades de clubes e cursos, por exem-
2o grau.
plo, devem constar em contrato assinado entre as partes. Nesse caso, não há valores má-
► Modelar e resolver
ximos definidos por lei para essa cobrança, no entanto a multa não pode ser abusiva ou
colocar o consumidor em desvantagem. situações-problema que
recaiam em equações do
Caso se sinta prejudicado, o consumidor deve procurar um órgão de defesa do consu- 1o grau (ou sistema de
midor. Quando os valores das multas ou moras não são descritos em contratos ou boletos equações) ou equações do
de cobranças, podem-se determinar seus valores compondo e resolvendo equações. 2o grau.
Denise e Marcos esqueceram-se de fazer o pagamento de dois boletos da academia Principais conceitos
que frequentam, um no valor de R$ 210,00 e o outro, de R$ 350,00. Quando perceberam a que você vai aprender:
falha, 7 dias após o vencimento, pediram os boletos com valores atualizados. Os novos ► Equação do 1o grau
boletos indicavam, respectivamente R$ 226,80 e R$ 375,90, indicando haver a cobrança de
► Sistemas de equações do
multa sobre o valor original e mora diária.
1o grau
WAYHOME studio/Shutterstock ► Equação do 2o grau
► Equações irracionais e
biquadradas
54
Equa•‹o
Toda sentença matemática com a presença de uma ou mais variáveis é chamada
sentença matemática aberta.
Ela pode se tornar verdadeira ou falsa, dependendo do valor que atribuímos a essas
variáveis.
• 2x – 7 = 9, que é uma sentença matemática aberta, é uma sentença verdadeira para
x = 8 e é uma sentença falsa para qualquer outro valor atribuído à variável x.
As sentenças abertas que apresentam igualdade são chamadas equações, e as que
apresentam desigualdade, inequações. Neste capítulo, estudaremos as equações.
Conjunto universo
Numa sentença matemática aberta, o conjunto de todos os valores que podemos atri-
buir à variável é chamado conjunto universo.
Sua representação será feita pela letra U.
Raiz ou solução
Raiz ou solução de uma equação é o valor da variável que torna a sentença verdadeira.
Resolver uma equação é obter todas as suas raízes.
Operações equivalentes
As operações que podemos fazer com os dois membros de uma igualdade sem que
isso altere a relação de igualdade são chamadas de equivalentes.
Operação 1
Numa igualdade podemos adicionar ou subtrair uma mesma constante, nos dois
membros, sem que a relação de igualdade seja alterada.
a=bsa+c=b+c
a=bsa–c=b–c
Consequência
a+b=csa+b–b=c–b
∴a+b=csa=c–b
Operação 2
Uma igualdade pode ser multiplicada ou dividida, membro a membro, por uma mesma
constante não nula sem que a relação de igualdade seja alterada.
a = b s a · c = b · c, com c ≠ 0
a b
a=bs = , com c ≠ 0
c c
Consequência
a⋅c b
a·c=bs = , com c ≠ 0 Observação
c c
MATEMÁTICA
1 Se a = b, então b = a.
b
∴a·c=bsa= , com c ≠ 0 1 Se a = b e b = c, então a = c.
c
55
Equação polinomial do 1o grau
No restaurante “Kilo Light” um suco de laranja custa R$ 3,00 e o quilo do alimento ser-
vido no almoço custa R$ 40,00. Cláudia, que tem apenas R$ 15,00 para gastar em sua refei-
ção, deseja tomar um suco de laranja.
Qual é a expressão matemática que relaciona a quantidade de alimento que Cláudia
poderá desfrutar em seu almoço com os recursos que tem para isso? Quanto Cláudia po-
deria comer em seu almoço (em gramas)?
Responder a essas perguntas é o mesmo que equacionar esse problema e resolver a
equação.
Chamando de x a quantidade (em gramas) de alimento que Cláudia poderá comer no
almoço, teremos:
Preço do alimento (em gramas) × quanto se pode comer + preço do suco = R$ disponível
40 40
⋅ x + 3 = 15 s ⋅ x = 12 s
1 000 1 000
12 000
s 40 ⋅ x = 12 000 s x = s x = 300 gramas
40
Para facilitar o estudo das equações, agruparemos as sentenças semelhantes, criare-
mos modelos que as representem, resolveremos os modelos e, consequentemente, tere-
mos a resolução de todas as equações semelhantes ao modelo.
Nesse caminho, a primeira equação a ser estudada é a equação do 1o grau.
Forma geral
ax + b = 0, com a ≠ 0
Nesse modelo, a e b são duas constantes quaisquer, com uma restrição à constante a,
que deve ser diferente de zero, e x é a variável para a qual podemos adotar qualquer valor
real, tornando a sentença verdadeira ou falsa.
Resolu•‹o
Resolver uma equação significa determinar o(s) valor(es) para o(s) qual(is) a equação Atenção
se torna verdadeira.
1 Perceba que as equações
Nesse caso, o(s) termo(s) literal(is) passa(m) a ser chamado(s) de incógnita(s) em vez de encontradas na abertura do
variável(is). capítulo, apesar de terem as
Para resolvermos a equação do 1o grau, com base no modelo, ou seja, usando a forma incógnitas x e y com expoente
1 (uma equação do 1o grau),
geral, valemo-nos das operações equivalentes, na intenção de isolar a incógnita. 1
não são equações polinomiais
Considere a equação do 1o grau dada: do 1o grau, pois têm mais de
ax + b = 0 uma incógnita e não podem ser
Vamos acrescentar, membro a membro, a constante –b: reduzidas à forma ax + b = 0.
ax + b – b = –b s ax = –b
Podemos agora dividir, membro a membro, a igualdade por a, que é uma constante não nula:
ax −b
= s
a a
−b
s x=
a
Isolada a incógnita x, temos a raiz e, com ela, terminamos a resolução da equação.
Agora, apresentamos o conjunto solução:
−b
S = , com a ≠ 0
a
56 CAPÍTULO 3
Decifrando o enunciado Lendo o enunciado
O custo de fabricação de uma
(FGV-SP)
xícara de café é de R$ 0,80: Existe
Uma cafeteria vende exclusivamente café a um preço de R$ 3,00 por xícara. um custo variável que depende da
O custo de fabricação de uma xícara de café é R$ 0,80 e o custo fixo mensal da quantidade de xícaras fabricadas.
cafeteria é R$ 3 800,00.
O custo fixo mensal da cafeteria é
Para que o lucro mensal seja no mínimo R$ 5 000,00, devem ser fabricadas e vendidas, R$ 3 800,00: Independentemente
no mínimo, x xícaras por mês; x pertence ao intervalo: da quantidade de xícaras fabricadas,
a) [3 100; 3 300] esse custo sempre permanece o
b) [3 300; 3 500] mesmo.
c) [3 500; 3 700] O lucro mensal seja no mínimo
d) [3 700; 3 900] R$ 5 000,00: O lucro (L) é obtido
da diferença entre o preço de
e) [3 900; 4 100]
venda (V) e o preço de custo (C).
Resolução Assim: L = V − C.
Resposta: E Pertence ao intervalo:
Para a fabricação de x xícaras de café, temos: A quantidade de xícaras
O custo C de fabricação igual a R$ 3 800,00 + R$ 0,80 ⋅ x. produzidas não será dada
O preço de venda V igual a R$ 3,00 ⋅ x. diretamente, e sim por meio de
um intervalo.
Temos que o lucro L com a venda de x xícaras de café é:
L=V−C
Assim, temos:
5 000 = 3x − (3 800 + 0,8x) s
s 5 000 = 3x − 3 800 − 0,8x s
s 8 800 = 2,2x s x = 4 000
4 000 3 [3 900; 4 100]
I. Método aditivo
Eliminamos uma das incógnitas, quando houver termos opostos, recaindo em uma
equação do 1o grau com uma incógnita.
2x + y = 8 4x + 2y = 16
s s 9x = 27 ∴ x = 3 e y = 2
5x − 2y = 11 5x − 2y = 11
S = {(3; 2)}
5x − 2(8 − 2x) = 11 s 5x − 16 + 4x = 11 s 9x = 27 ∴ x = 3 e y = 2
S = {(3; 2)}
57
III. Método da comparação
Isolamos a mesma incógnita na 1a e na 2a equações e igualamos as duas expressões
encontradas.
2x + y = 8 s y = 8 − 2x 5x − 11
sy =
5x − 2y = 11 s 5x − 11 = 2y 2
5x − 11
Então: 8 − 2x = s 16 − 4x = 5x − 11 s
2
s 16 + 11 = 5x + 4x s 9x = 27 ∴ x = 3 e y = 2
S = {(3; 2)}
Sistemas equivalentes
Dois sistemas de equações são ditos equivalentes se tiverem o mesmo conjunto solução.
Observe os dois sistemas:
x + 2y = 5 3x + 2y = 7
I. II.
3x − y = 1 x − y = −1
Temos que o par ordenado (1; 2) é solução para os dois sistemas. Vejamos:
1 + 2 ⋅ 2 = 5 3 ⋅ 1 + 2 ⋅ 2 = 7
I. II.
3 ⋅ 1 − 2 = 1 1 − 2 = −1
Portanto, os sistemas de equações I e II são equivalentes.
Atividades
1. Resolva as seguintes equações em ¨: x − 1
f) ·3=2
a) 5x – 11 = 14 2 − x
b) 2x – (2 – x) = 1
2. O número inteiro que mais se aproxima da solução da
2x − 3 x x ⋅ (x − 3)
equação − = é:
(x + 1) (x + 3) (x + 1) ⋅ (x + 3)
c) x – (2x + 1) = 2 – (3x – 1)
a) −2 d) 1
b) −1 e) 2
c) 0
d) 4x – (2 + x) = 3x – 2
e) 3x + 1 = x – 2 · (2 – x)
58 CAPÍTULO 3
x 2 x2 − 5 No terceiro dia visitou as últimas 36 casas que faltavam.
3. Em relação à equação + = , no
x − 3 x − 1 (x − 1) ⋅ (x − 3) Assim, o total de casas que Ana Paula visitou nos três
conjunto universo ¨, temos que: dias foi:
a) sua solução é um número par menor que 5. a) 180 c) 150 e) 90
b) sua solução é um número ímpar menor que 5. b) 165 d) 135
c) sua solução é um número par maior que 5.
d) sua solução é um número ímpar maior ou igual a 5.
e) ela não possui solução nos reais.
2
do dia visitou das casas que ainda não havia visitado.
3
59
9. Resolva no conjunto dos números reais os seguintes siste- x
mas de equações: 210 ⋅ 1 + + 7y = 226, 8
d) 100 ; e determine os
2x − y = 10
a) , pelo método aditivo. 350 ⋅ 1 + x
+ 7y = 375, 9
3x + 2y = 8 100
valores da multa e mora da atividade da abertura do
capítulo.
3x − 2y = 4
b) , pelo método da substituição.
2x + 3y = 7
60 CAPÍTULO 3
12. (UFRN) Uma instituição pública recebeu n computadores a) Quantos computadores a instituição recebeu?
do governo federal. A direção pensou em distribuir esses
computadores em sete salas colocando a mesma quanti-
dade em cada sala, mas percebeu que não era possível,
pois sobrariam três computadores.
Tentou, então, distribuir em cinco salas, cada sala com a
mesma quantidade de computadores, mas também não
foi possível, pois sobrariam quatro computadores.
Sabendo que, na segunda distribuição, cada sala ficou b) É possível distribuir esses computadores em quantida-
com três computadores a mais que cada sala da primeira des iguais? Justifique.
distribuição, responda:
Tarefa proposta
Complementares
1 a 16
13. (Univag-MT) Bento e Manoel são churrasqueiros e prestam 15. (UFG-GO) Uma loja vende Q caixas de um certo tipo de
serviço em confraternizações. Bento cobra R$ 6,00 por buchas plásticas por R$ 480,00. Para acabar com o es-
pessoa além de R$ 125,00 por evento; já Manoel cobra toque dessas buchas, a loja anuncia um desconto de R$
apenas o valor de R$ 7,50 por pessoa. O preço do serviço 8,00 no preço de cada caixa, de modo que o preço de (Q
cobrado por Bento é inferior ao preço cobrado por Manoel + 2) caixas dessas buchas ainda é R$ 480,00. Diante do
para uma festa cujo número de pessoas é, no mínimo: exposto, calcule o valor de Q.
a) 90 c) 96 e) 84
16. Resolva os itens a seguir.
b) 80 d) 100
a) Em um sítio, há vários cercados para guardar certo
14. (Enem) As curvas de oferta e de demanda de um produto número de filhotes de cachorro. Se pusermos quatro
representam, respectivamente, as quantidades que ven-
cachorros em cada cercado, sobrarão dois cachorros;
dedores e consumidores estão dispostos a comercializar
se pusermos seis cachorros em cada cercado, dois
em função do preço do produto. Em alguns casos, essas
cercados ficarão vazios. Quantos cachorros e quantos
curvas podem ser representadas por retas. Suponha que
cercados há?
as quantidades de oferta e de demanda de um produto
sejam, respectivamente, representadas pelas equações: b) Em um quintal, há porcos e galinhas, num total de 100
QO = –20 + 4P; pés e 30 cabeças. Uma maneira alternativa de resolver
QD = 46 – 2P esse problema é imaginar todos os porcos “em pé”,
em que QO é quantidade de oferta, QD é a quantidade apoiados sobre as duas patas traseiras, e contar quan-
de demanda e P é o preço do produto. A partir dessas tos pés de animais há no solo do quintal (60, uma vez
equações, de oferta e de demanda, os economistas en- que todos os 30 animais estão apoiados sobre um par
contram o preço de equilíbrio de mercado, ou seja, quan- de pernas). Se “sobram” 40 pés “no ar”, é porque há
do QO e QD se igualam. Para a situação descrita, qual o 20 porquinhos (cada um com dois dos pés levanta-
valor do preço de equilíbrio? dos). Monte o sistema e resolva o problema dos porcos
a) 5 b) 11 c) 13 d) 23 e) 33 e galinhas em seu modelo mais tradicional.
61
Em linguagem matemática, temos:
Perímetro: 2 · (medida do comprimento + medida da largura) = 48 m
Área: medida do comprimento × medida da largura = 128 m2
2 ⋅ (C + L) = 48 (I)
Considerando C a medida do comprimento e L a medida da largura, temos:
C ⋅ L = 128 (II)
De (I), temos: C + L = 24 s C = 24 – L
Substituindo em (II), vem: (24 – L) · L = 128 s 24 · L – L2 = 128 s L2 – 24 · L + 128 = 0
(equação polinomial do 2o grau)
As soluções dessa equação são L1 = 8 e L2 = 16.
Como o problema está associado a uma equação do 2o grau, apresentará sempre
duas soluções:
• Para L1 = 8, temos: C1 = 16
• Para L2 = 16, temos: C2 = 8
Portanto, a região cercada da piscina do avô de Maria Antônia deverá ter a forma de
um retângulo de 8 m por 16 m.
Forma geral
ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0
Nesse modelo, a, b e c são constantes quaisquer, com uma restrição à constante a, que
deve ser diferente de zero, e x é a variável para a qual podemos adotar qualquer valor,
tornando a sentença verdadeira ou falsa.
Interação
Saber representar situações-problema algebricamente (criar um modelo matemático) e
manipular as expressões resultantes é tão importante que uma das sete competências de
Matemática e suas tecnologias (C5) avaliadas pelo exame do Enem, composta de cinco
habilidades (H19-H23), trata exclusivamente disso. O motivo é a infinidade de aplicações
cotidianas, em situações e áreas diversas. As equações e sistemas aparecem, por exemplo,
na Química, no balanceamento de reações, e na Física, nas equações dos movimentos uni-
forme e uniformemente variados.
Resolu•‹o
Dada a equação do 2o grau ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0, a intenção é transformar essa
sentença num trinômio quadrado perfeito. Para isso, faremos com que o primeiro termo da
expressão passe a ser um quadrado perfeito. Assim, multiplicaremos toda a sentença por 4a.
ax2 + bx + c = 0 ⋅ (4a)
→ 4a2x2 + 4abx + 4ac = 0
−b ± ∆
(2ax + b)2 = ∆ s 2ax + b = ≠ ∆ s 2ax = −b ≠ ∆ s x =
2a
que é a fórmula resolutiva da equação do 2o grau.
62 CAPÍTULO 3
Modelo
Resolver a equação 2x2 – 5x + 2 = 0.
Resolução
a = 2; b = –5; c = 2
∆ = b2 – 4ac s ∆ = (–5)2 – 4 · 2 · 2 = 9 s ∆ =3
−b ± ∆ 5±3 1
x= sx= sx= ou x = 2
2a 4 2
∴S =
1
2{ }
; 2
Aplicação
Seja a equação do 2o grau ax2 + bx + c = 0.
ax2 bx c 0
Dividindo a igualdade, membro a membro, por a, temos: + + =
a a a a
−b b c
Observando que = S e, portanto, = − S e que ainda = P, ficamos com:
a a a
MATEMÁTICA
x2 – Sx + P = 0
que é a equação do 2o grau apresentada em função da soma e do produto de suas raízes. 2
63
Relações entre coeficientes e raízes
Vimos como podemos resolver uma equação do 2o grau sem precisar usar a fórmula
geral. Isso não significa dizer que essa fórmula será abandonada − apenas aprendemos
mais um “caminho” para a resolução da equação do 2o grau.
Esse “caminho” é conveniente quando o coeficiente do termo do 2o grau é igual a 1, e
rapidamente “descobrimos” números que tenham aquela soma e aquele produto.
Treine bastante, pois é um “caminho” muito prático.
Modelo
Apresentar uma equação do 2o grau cujas raízes sejam 2 e 7.
Resolu•‹o
Tendo as raízes da equação, podemos determinar a soma e o produto dessas raízes e, com
esses valores, construímos a equação: S = 2 + 7 = 9 e P = 2 · 7 = 14
Portanto, uma equação pode ser: x2 – 9x + 14 = 0
Equação irracional
Equação irracional é a equação que apresenta variável no radicando.
Vamos resolver a seguinte equação irracional:
5
= 2, ∀x > 0
x+ 1
s 2x – 5 x + 3 = 0
Fazendo x = t , teremos:
5± 1
2t2 – 5t + 3 = 0 s t =
4
6 3
∴t= = ou t = 1 (Não convém porque tornaria falsa a sentença inicial.)
4 2
3 9
Assim, t = e, portanto, x = .
2 4
II. Utilizando a propriedade do equilíbrio da igualdade
5 3
= 2 s 5 = 2 ( x + 1) s 2 x = 5 – 2 s x =
x +1 2
9
∴x=
4
III. Raciocínio dedutivo
5
Para que a fração seja igual a 2, deve-se ter o numerador igual ao dobro do
denominador. x +1
64 CAPÍTULO 3
Modelo Observação
1 A verificação pode ser
suprimida se conseguirmos
Resolver a equação: x −1+ x = 3
obter a condição de existência
Resolução da equação. Acompanhe a
1a etapa: Isolar, em um dos membros, o radical (caso haja mais de um, isolar um deles) e equação do exercício resolvido:
elevar, membro a membro, ao quadrado: x − 1 = 3 − x s ( x − 1) = (3 − x)2 s
2
x −1+ x = 3 s
s x – 1 = 9 – 6x + x2 s x2 – 7x +10 = 0 s x −1 = 3 − x
Caso a equação ainda apresente radical, devemos repetir essa etapa até que não haja mais radicais. Note que a igualdade é
2a etapa: Resolver a equação e verificá-la para os resultados obtidos: verdadeira para 3 − x > 0, pois
S = 7 e P = 10 s x = 2 ou x = 5 é o resultado de uma raiz
• Para x = 2, tem-se: 2 − 1 + 2 = 3 (V) quadrada.
• Para x = 5, tem-se: 5 − 1 + 5 = 3 (F) 3−x>0sx<3
A verificação é necessária toda vez que elevamos uma igualdade, membro a membro, a Concluímos, assim, que o
um expoente par, pois expoente par não reconhece os efeitos do sinal na base da potência. resultado x = 5 não convém.
Observe que –2 ≠ 2, porém (–2)2 = 22. Nem toda equação, porém,
∴ S = {2} apresentará essa facilidade;
Não será necessária a verificação das raízes se o índice for ímpar. 1 portanto, fazer a verificação
é a maneira mais segura de
garantirmos a resolução correta.
Mudan•a de vari‡vel
Algumas equações, mesmo não sendo do 2o grau, podem ser resolvidas com o auxílio
dos processos resolutivos da equação do 2o grau. Basta, para isso, que façamos uma mu-
dança conveniente de variável. Melhor observar em um exercício resolvido.
Modelo
Resolver, em ®, a equação x4 – 2x2 – 8 = 0.
Resolução
Considerando-se que x4 = (x2)2, se x2 = m, então x4 = m2. Assim, a equação passará a ser
m2 – 2m – 8 = 0, cujas raízes são m = –2 e m = 4. Logo: x2 = –2 s ∃ x 3 ® ou x2 = 4 s x = ≠2
∴ S = {–2; 2}
Evidentemente, não é toda equação que, pela mudança de variável, pode ser transfor-
mada em equação do 2o grau. Esse procedimento somente é possível para equações que
apresentarem uma de suas expressões com variável igual ao quadrado de outra expres-
são presente na mesma equação, ou seja, para equações na forma:
ax2n + bxn + c = 0, com a ≠ 0 e n 3 ˜
Quando n = 2, a equação é chamada de biquadrada.
Atividades
17. Resolva em ® as seguintes equações: c) x2 + 5x + 7 = 0
a) 2x2 + 5x − 3 = 0
d) 13x2 + 8x = 0
b) −x2 + 4x − 2 = 0
e) 2x2 − 18 = 0
MATEMÁTICA
65
18. Determine os valores da constante real m, para que a 21. (ESPM-SP) A solução da equação
equação 2x2 − 5x + 3m − 1 = 0 não possua raízes reais. x−2 3 1 x
1 2 5 1 2
x 11 x −1 x −1 x −1
pertence ao intervalo:
a) [−3; −1[ c) [1; 3[ e) [5; 7[
b) [−1; 1[ d) [3; 5[
x 1 3 3x 1 1
20. (ESPM-SP) As soluções da equação 5 são
x −1 x13
dois números:
a) primos. c) negativos. e) ímpares.
b) positivos. d) pares.
66 CAPÍTULO 3
24. Um grupo de pessoas faz, em um restaurante, uma des- 26. Resolva, em ®, a equação x – 3 = 2x 1 2.
pesa de R$ 1 200,00 que deveria ser repartida em partes
iguais. Na hora de se efetuar tal pagamento, três pessoas
do grupo disseram que não possuíam dinheiro, obrigando
cada uma das pessoas a pagar além de suas partes um
adicional de R$ 90,00. Dessa maneira, podemos afirmar
corretamente que o número original de pessoas no grupo
que estavam no restaurante é:
a) 12 c) 9 e) 5
b) 11 d) 8
b) 2 ⋅ x 2 − 3x + 3 = x
c) x+2 = 3x − 5 − 1
MATEMÁTICA
67
Tarefa proposta 17 a 36
Complementares
29. (Vunesp) Um grupo de x estudantes se juntou para comprar são dados pelas funções V1(t) = 250t3 − 100t + 3 000 e
um computador portátil (notebook) que custa R$ 3 250,00. V2(t) = 150t3 + 69t + 3 000. Depois de aberta cada torneira,
Alguns dias depois, mais três pessoas se juntaram ao grupo, o volume de leite de um reservatório é igual ao do outro
formando um novo grupo com (x + 3) pessoas. Ao fazer a no instante t = 0 e, também, no tempo t igual a:
divisão do valor do computador pelo número de pessoas a) 1,3 h c) 10,0 h e) 16,9 h
que estão compondo o novo grupo, verificou-se que cada b) 1,69 h d) 13,0 h
pessoa pagaria R$ 75,00 a menos do que o inicialmente
31. (UTFPR) O conjunto solução S da equação x + 3 = x − 3 é:
programado para cada um do primeiro grupo. O número x
a) S = {6} d) S = ∅
de pessoas que formavam o primeiro grupo é:
b) S = {1; 6} e) S = {4}
a) 9 b) 10 c) 11 d) 12 e) 13
c) S = {3}
30. (Enem) Um laticínio possui dois reservatórios de leite.
Cada reservatório é abastecido por uma torneira acopla- 32. (Facesp) O conjunto solução, em ¨, da equação
da a um tanque resfriado. O volume, em litros, desses z4 – 13z2 + 36 = 0 é:
reservatórios depende da quantidade inicial de leite no a) S = {−3; −2; 0; 2; 3} d) S = {0; 2; 3}
reservatório e do tempo t, em horas, em que as duas b) S = {−3; −2; 2; 3} e) S = {2; 3}
torneiras ficam abertas. Os volumes dos reservatórios c) S = {−2; −3}
Tarefa proposta
1. Determine o valor de x nas seguintes equações, no con- 4. (Uerj) Na imagem da etiqueta, informa-se o valor a ser
junto dos números reais: pago por 0,256 kg de peito de peru.
a) 2x − 8 = 3x + 7
Reprodução/UERJ, 2015.
b) 5(x − 2) = 3x + 8
x 3 2
c) − 2 = + 2x −
3 5 3
x x −5
d) − =8
3 2
2. Determine os valores de x e de y nos sistemas a seguir. O valor, em reais, de um quilograma desse produto é
2x + 3y = 20 igual a:
a)
x − y = 5 a) 25,60 b) 32,76 c) 40,00 d) 50,00
x + 3y = 2x − 15 + y 5. Tiago tinha pressa em chegar à rodoviária e perguntou a
b) um taxista como ele cobraria a corrida. O taxista respon-
2x − y = 7
deu que, como não havia trânsito naquele horário nem
2x + 5y = 42 semáforos no percurso, o preço seria o da bandeirada,
c)
3x + 4y = 28 R$ 3,50, mais R$ 0,50 por quilômetro rodado por completo.
Tiago, que tinha apenas R$ 8,50 no bolso, perguntou ao
3. (UEFS-BA) Uma herança de 80 milhões de reais deveria taxista qual era a distância do local onde estavam até a
ser repartida pelo patriarca, entre os herdeiros da família, rodoviária. O taxista estimou a distância em 8 quilôme-
constituída por sua filha, que estava grávida, e a prole tros, aproximadamente.
resultante dessa gravidez, de modo que, cada criança nas-
a) Se a estimativa do motorista estiver correta, o dinheiro
cida receberia o dobro do que caberia à mãe, se fosse do
de Tiago será suficiente para ir até a rodoviária de táxi?
sexo masculino, e o triplo do que caberia à mãe, se fosse Justifique.
do sexo feminino.
b) Imagine que a distância tenha sido estimada para me-
Nasceram trigêmeos, sendo dois meninos e uma menina.
nos. Até que distância Tiago terá condições de pagar
Nessas condições, pode-se afirmar que, pela divisão da
pela corrida de táxi?
herança, em milhões, entre mãe, cada menino e a meni-
na, couberam, respectivamente: 6. +Enem [H23] A dose de remédio que é aplicada a uma
a) 15, 15 e 35 criança é menor que aquela aplicada a um adulto. Uma
b) 15, 20 e 25 das fórmulas que os médicos usam para relacionar a dose
c) 10, 20 e 30 dC de uma criança e a dose dA de um adulto é:
d) 5, 25 e 25 d ⋅i
dC = A , em que i é a idade da criança, em anos.
e) 5, 30 e 15 i 1 12
68 CAPÍTULO 3
Um médico receitou uma dose de 6 mg a uma criança de A massa de um cubo laranja supera a de um cubo azul
8 anos. Para um adulto, a dose a ser receitada seria de: em exato:
a) 10 mg c) 15 mg e) 20 mg a) 1,3 kg c) 1,2 kg e) 1,6 kg
b) 12 mg d) 18 mg b) 1,5 kg d) 1,4 kg
7. (ESPM-SP) Uma senhora foi ao shopping e gastou a metade 14. (Uerj)
do dinheiro que tinha na carteira e pagou R$ 10,00 de
estacionamento. Ao voltar para casa parou numa livraria e
comprou um livro que custou a quinta parte do que lhe ha-
via sobrado, ficando com R$ 88,00. Se ela tivesse ido apenas
à livraria e comprado o mesmo livro, ter-lhe-ia restado:
a) R$ 218,00 c) R$ 154,00 e) R$ 120,00
Reprodução/UERJ, 2015.
b) R$ 186,00 d) R$ 230,00
8. (Fatec-SP) Sabe-se que (a + b – 3)2 + (c – 5)2 = 0, com
a 3 ®, b 3 ® e c 3 ®. Então é verdade que a + b + c é
igual a:
a) 3 b) 5 c) 6 d) 7 e) 8
9. (Udesc) No caixa de uma loja havia somente cédulas de 50 e
20 reais, totalizando R$ 590,00. Após receber o pagamento,
integralmente em dinheiro, de uma venda de R$ 940,00, o
comerciante da loja notou que a quantidade inicial de cédu-
las de 50 reais triplicara e a quantidade inicial de cédulas de
Adaptado de: <mundinhoinfantil.blogspot.com.br>.
20 reais duplicara, sem que houvesse notas ou moedas de
outros valores. Dessa forma, a quantidade total de cédulas De acordo com os dados do quadrinho, a personagem
disponíveis inicialmente no caixa da loja era igual a: gastou R$ 67,00 na compra de x lotes de maçã, y melões
a) 16 b) 22 c) 25 d) 19 e) 13 e quatro dúzias de bananas, em um total de 89 unidades
de frutas.
10. (FAL) Numa reunião havia 60 pessoas, entre homens e mu-
Desse total, o número de unidades de maçãs comprado
lheres. Quando 12 homens saíram, o número de mulheres
foi igual a:
passou a ser o triplo do número de homens.
Quantas mulheres estavam na reunião? a) 24 c) 36
a) 15 b) 20 c) 36 d) 28 e) 24 b) 30 d) 42
11. (Fuvest-SP) Um casal tem filhos e filhas. Cada filho tem o 15. (Epcar-MG) O dono de uma loja de produtos seminovos
número de irmãos igual ao número de irmãs. adquiriu, parceladamente, dois eletrodomésticos.
2
Cada filha tem o número de irmãos igual ao dobro do nú- Após pagar do valor dessa compra, quando ainda devia
mero de irmãs. Qual é o total de filhos e filhas do casal? 5
R$ 600,00, resolveu revendê-los. Com a venda de um dos
a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 e) 7 eletrodomésticos, ele conseguiu um lucro de 20% sobre
12. (Uece) O pagamento de uma dívida da empresa AIR. o custo, mas a venda do outro eletrodoméstico represen-
PORT foi dividido em três parcelas, nos seguintes termos: tou um prejuízo de 10% sobre o custo. Com o valor total
a primeira parcela igual a um terço do total da dívida; a apurado na revenda, ele pôde liquidar seu débito existen-
segunda igual a dois quintos do restante, após o primei- te e ainda lhe sobrou a quantia de R$ 525,00.
ro pagamento, e a terceira, no valor de R$ 204 000,00. A razão entre o preço de custo do eletrodoméstico mais
Nestas condições, pode-se concluir acertadamente que o caro e o preço de custo do eletrodoméstico mais barato,
valor total da dívida se localiza entre: nessa ordem, é equivalente a:
a) R$ 475 000,00 e R$ 490 000,00 a) 5
b) R$ 490 000,00 e R$ 505 000,00 b) 4
c) R$ 505 000,00 e R$ 520 000,00 c) 3
d) R$ 520 000,00 e R$ 535 000,00 d) 2
13. (Unesp-SP) Três cubos laranjas idênticos e três cubos azuis 16. (Uerj) O proprietário de uma lanchonete vai ao supermer-
idênticos estão equilibrados em duas balanças de pratos, cado comprar sardinha e atum enlatados.
também idênticas, conforme indicam as figuras. Cada lata de sardinha pesa 400 g; e cada lata de atum,
Reprodução/UNESP, 2017.
69
17. Quais são as raízes das equações a seguir? 24. +Enem [H12] Na cidade onde Paulo reside, um dos im-
a) x2 − 3x + 2 = 0 postos cobrados pela prefeitura está relacionado à área
b) 5x2 − 4x = 8x + 4x(x − 3) + 20 dos terrenos localizados na área urbana.
c) 6x2 − x − 1 = 0 É cobrado anualmente R$ 1,25 por m 2 de área do ter-
reno, independentemente de haver área construída
d) x2 + 4 x + 1 = 0
ou não.
18. Respeitando as condições de existência, determine o valor No terreno onde Paulo tem sua residência, foi construída
de x que satisfaz cada uma das equações a seguir. uma faixa de largura constante para o plantio de peque-
1 10 nas árvores e hortaliças, conforme a figura.
a) +x=
x 3 20 m
2 3 19
b) − +2=
x +1 x −1 12
c) x + 2 = x − 10
30 m
d) x − 15x2 − 16 = 0
4
1 1 1
19. (ESPM-SP) A soma das raízes da equação − = é
x x +1 6
igual a:
a) 1
b) 4 A área do terreno não ocupada por essa faixa tem
c) –3 20 m de comprimento por 30 m de largura e Paulo paga
d) 0 o imposto referido acima no valor de R$ 880,00 anuais.
e) –1 Com isso, a largura da faixa destinada ao plantio das ár-
20. (Ifal) Determine o valor de k na equação x2 – 12x + k = 0, vores e hortaliças no terreno de Paulo:
de modo que uma raiz seja o dobro da outra: a) é menor que 70 cm.
a) 12 b) está entre 70 cm e 1,2 m.
b) 18 c) está entre 1,2 m e 2,3 m.
c) 24 d) está entre 2,3 m e 2,9 m.
d) 28 e) é maior que 2,9 m.
e) 32 25. (Mackenzie-SP) Sejam a e b raízes reais da equação
21. (Cesgranrio-RJ) Sobre a equação 1 983x – 1 984x – 1 985 = 0
2 x2 – 3kx + k2 = 0, na incógnita x, tal que a2 + b2 = 1,75.
a afirmação correta é: O valor de k2 é:
a) Não tem raízes reais. a) (1,75)2
b) Tem duas raízes reais e distintas. b) 17,5
c) Tem duas raízes simétricas. c) 175
d) Tem duas raízes positivas. d) 0,5
e) Tem duas raízes negativas e) 0,25
26. (FGV-RJ) Na resolução de um problema que recaía em uma
22. (Fuvest-SP) Sejam x 1 e x 2 as raízes da equação
equação do 2o grau, um aluno errou apenas o termo inde-
10x2 + 33x – 7 = 0. O número mais próximo do número
pendente da equação e encontrou como raízes os números
5x1x2 + 2(x1 + x2) é:
2 e –14. Outro aluno, na resolução do mesmo problema,
a) –33
errou apenas o coeficiente do termo de primeiro grau e
b) –10 encontrou como raízes os números 2 e 16. As raízes da
c) –7 equação correta eram:
d) 10 a) –2 e –14
e) 33 b) –4 e –8
23. (Uece) Considere a equação x2 + px + q = 0, em que p e q c) –2 e 16
são números reais. Se as raízes desta equação são dois d) –2 e –16
números inteiros consecutivos, positivos e primos, então e) 4 e 14
o valor de (p + q)2 é igual a:
27. A quantia de R$ 1 200,00 deveria ser distribuída entre
a) 4 certo número de pessoas, mas, na hora da distribuição,
b) 1 nove pessoas não compareceram, fazendo com que as
c) 16 presentes recebessem R$ 27,00 a mais do que receberiam.
d) 9 Quantas pessoas havia inicialmente?
70 CAPÍTULO 3
28. (Fuvest-SP) A diferença entre os quadrados de dois núme- 33. A soma dos quadrados das raízes reais da equação
ros naturais é 21. Um dos possíveis valores da soma dos x4 – 5x2 + 4 = 0 é igual a:
quadrados desses dois números é: a) 18 d) 10
a) 29 c) 132 e) 252 b) 5 e) 0
b) 97 d) 184 c) 4
29. (IFSC) Considerando-se a equação 34. (Epcar-MG) A equação x 5 3x 1 a2 1 3a , em que x é a
E = ( x − 7x + 12 = 2 3 ) ,
2 incógnita e a 3 ® tal que a < −3, possui conjunto solução S,
sendo U = ®, é correto afirmar que o seu conjunto S 1 ®. Sobre S são feitas as seguintes proposições:
solução será: I. Possui exatamente dois elementos.
a) S = {7} c) S = {0} e) S = {2; 3} II. Não possui elemento menor que 2.
b) S = {0; –7} d) S = {0; 7} III. Possui elemento maior que 3.
30. Determine o valor de x que torna a equação: Sobre as proposições dadas, são verdadeiras:
x + 2 + x − 3 = 5 verdadeira. a) apenas I e II.
31. O conjunto das soluções inteiras da equação b) apenas I e III.
4x 1 1 = 2x − 1 é dado por: c) apenas II e III.
1
a) {2} d) 0; d) I, II e III.
2
b) {0; 2}
e) ∅ 35. Resolva, em ®, a equação: (x2 + 1)2 – 7(x2 + 1) + 10 = 0
c) {0} 36. O produto de todas as raízes reais da equação
32. Seja S o conjunto dos números reais que são soluções da (x2 – 5x + 6)3 – (x2 – 5x + 6) = 0 é:
equação irracional 2x − 7 1 x 51. Assim: a) −24 d) 6
a) S = {2; 18} c) S = {18} e) S = {–18} b) −12 e) 30
b) S = {2} d) S = ∅ c) 0
Vá em frente
Acesse
<www.impa.br> (acesso em: jan. 2018)
Neste site do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), você encontrará uma relação de publicações e
DVDs ligados ao ensino da Matemática, alguns deles disponíveis no próprio site.
Autoavalia•‹o:
MATEMÁTICA
71
4
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MÉDIAS, GRÁFICOS E
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DIAGRAMAS
OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
Em pesquisas eleitorais, não é viável perguntar a todos os eleitores do país a respeito
► Efetuar cálculos de médias.
de suas intenções de voto, pois levaria muito tempo e custaria muito caro. Dessa forma,
para que se possam obter informações sobre as tendências eleitorais, as instituições res- ► Ler e interpretar
ponsáveis pelas pesquisas determinam um pequeno grupo de pessoas − a amostra − que representações gráficas.
deverá representar o conjunto todo de eleitores. A escolha de uma amostra representativa ► Resolver situações-problema
depende de critérios que a tornem imparcial e significativa. Uma amostra representativa com dados apresentados em
deve ser isenta de quaisquer tendências e selecionar os entrevistados aleatoriamente, de gráficos e tabelas.
forma que qualquer pessoa na área pesquisada tenha chance de ser entrevistada. Dentro Principais conceitos
desses padrões, o tamanho da amostra está associado à margem de erro. que você vai aprender:
No Brasil há mais de 144 milhões de eleitores (dados de 2017) e as pesquisas eleitorais ► Média aritmética
têm um índice de acerto muito grande. Desse modo, reflita sobre as questões a seguir. ► Média geométrica e
• Você conhece alguém que já tenha sido entrevistado? harmônica
► Gráficos e tabelas
• Como pode uma pequena amostra de eleitores representar a opinião de tantas pessoas?
Alamy/Fotoarena
72
Informações para o sucesso
Organização Análise e
Planejamento Coleta de dados interpretação
dos dados desses dados
A organização dos dados pode ser feita de duas formas básicas: tabelas e gráficos.
Os gráficos acrescentam um visual bastante agradável aos dados e agilizam interpretações.
MATEMÁTICA
As médias aritméticas são medidas estatísticas importantes e usadas para análise e interpretação de
resultados de uma pesquisa em virtude de seu caráter de “regularidade“.
73
Tipos de médias
Média aritmética
Denise conversa muito com suas amigas pelo celular. Ela acessa um aplicativo de men-
Média aritmética :
sagens instantâneas para smartphones a toda hora. n xi
De segunda a sexta, em média, ela troca 20 mensagens por dia. E esse número triplica
x= ∑
i 51 n
nos fins de semana. Dessa forma, quantas mensagens Denise troca por dia, em média?
O símbolo S significa
Sejam x1, x2, x3, …, xn uma coleção de n números reais. somatório.
Chama-se média aritmética entre esses números a soma deles dividida por n.
Ou seja:
Observação
x1 + x2 + x3 + + xn
x= 1 1 x é a notação mais comum
n para média ou “x médio”.
Portanto, a quantidade média de mensagens enviadas por Denise, por dia, é dada por: Atenção
20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 60 + 60 1 Repare que não há
x= 31, 43 1
7 informações dizendo que
Denise tenha trocado 31
mensagens pelo celular. Além
Média aritmética ponderada disso, não é possível trocar 0,43
mensagem.
Podemos resumir as operações realizadas no cálculo da média de mensagens de Denise.
A média aritmética é um
Acompanhe: número que “tenta”, que
20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 60 + 60 “pretende” representar todos
x= s e cada um dos valores de
7
determinado conjunto.
5 ⋅ 20 + 2 ⋅ 60
sx= s Repare que o texto disse que,
5+2
de segunda a sexta, Denise
s x 31, 43
envia, em média, 20 mensagens
A expressão que resume os dados repetidos no cálculo da média aritmética é conhe- por dia. Isso não significa que
cida como média aritmética ponderada. A quantidade de vezes que cada valor se repete ela mande necessariamente
essa quantidade diária − talvez
é chamada de “peso”.
ela nunca tenha enviado 20
Sejam x1, x2, x3, …, xn uma coleção de n números racionais de modo que cada um deles mensagens −, esse é um valor
esteja sujeito a um peso p1, p2, p3, …, pn respectivamente. representativo do intervalo.
Chama-se média ponderada desses n números a soma dos produtos de cada um deles
pelo seu respectivo peso, dividida pela soma desses pesos.
Exemplo:
A média anual das notas de um aluno de determinado colégio é obtida da seguinte
maneira: as notas do primeiro bimestre têm peso 1, as do segundo e terceiro bimestres
têm peso 2, e as do quarto bimestre têm peso 3.
Qual é a média anual, em Matemática, de um aluno que estuda nesse colégio se suas
notas, nessa disciplina, foram 3,0 no primeiro bimestre, 5,0 no segundo bimestre, 4,0 no
terceiro bimestre e 7,0 no quarto bimestre?
Resolu•‹o
1o bimestre: 3 · 1
2o bimestre: 5 · 2
3o bimestre: 4 · 2
A ciência pode ser uma grande
4o bimestre: 7 · 3 aliada na tomada de decisões.
Gráficos e tabelas podem ser
Média ponderada:
indicadores de tendências
3 ⋅ 1 + 5 ⋅ 2 + 4 ⋅ 2 + 7 ⋅ 3 3 + 10 + 8 + 21 confiáveis e saber escolher a
xp = = = 5, 25 melhor ferramenta pode ser a
1+2+2+3 8
diferença no caminho para o
Portanto, a média anual em Matemática desse aluno é de 5,25. sucesso.
74 CAPÍTULO 4
Decifrando o enunciado Lendo o enunciado
Média ponderada: Aqui já fica
(Unioeste-PR)
indicado o que irá ser usado
Uma universidade aplica exame final de uma disciplina para alunos e leva em conta que a para a resolução do problema.
média final é uma média ponderada entre a média anual obtida pelo aluno (com peso A média aritmética ponderada
de 60) e a média da nota na prova do exame final (com peso de 40). É considerado apro- leva em consideração o peso de
vado o aluno após o exame final se sua média final, conforme descrita acima for igual ou cada informação e é calculada
superior a 60. Suponha que um aluno obteve média anual 50 em uma disciplina e teve por meio do somatório das
que fazer a prova de exame. multiplicações entre valores e
Então, para ser aprovado nessa disciplina, é correto afirmar que este aluno terá que obter pesos divididos pelo somatório
no exame final, pelo menos, a nota: dos pesos.
Média geométrica
Imagine que certo produto tenha sofrido, um ano após seu lançamento, um aumento
Média geométrica :
de 20% em seu preço P e, ao término do segundo ano, um aumento de 50%. Assim:
n
• Após o primeiro ano, seu preço era: 1,2P xG = n ∏ xi
i 51
• Após o segundo ano, seu preço era: 1,2 · 1,5P = 1,8P
O símbolo P significa
Se usássemos a média aritmética, chegaríamos à conclusão de que o produto sofreu produtório.
um aumento médio de 35% ao ano, o que não é verdade, pois: 1,35 · 1,35 · P = 1,8225P (au-
mento 2,25% maior).
Para esses cálculos devemos utilizar uma média geométrica.
Sejam x1, x2, x3, …, xn uma coleção de n números reais não negativos.
Chama-se média geométrica, a qual denominaremos xG, entre esses n números a raiz
enésima do produto desses números.
Usando a média geométrica no problema proposto anteriormente, temos:
n n
xH = xH = n
1 1 1 1
+ + + 1 ∑
x1 x2 xn i 51 x i
75
Modelo
Sascha Burkard/Shutterstock
Um automóvel fez um percurso de 200 km em duas etapas, sendo de 100 km cada uma delas.
Na primeira etapa, ele desenvolveu uma velocidade média de 90 km/h e, na segunda, uma velo-
cidade média de 110 km/h. Qual foi a velocidade média desse automóvel durante todo o trajeto?
Resolução
∆s1 ∆s ∆s2 ∆s2 ∆s1 + ∆s2
Da Física, sabemos que: v1 = s ∆t1 = 1 v2 = s ∆t 2 = vm =
∆t1 v1 ∆t 2 v2 ∆t1 + ∆t 2
2∆s
Do enunciado, temos ∆s1 = ∆s2: ∴ vm =
∆t1 + ∆t 2
∆s1 ∆s2
Substituindo ∆t1 e ∆t2 por e respectivamente, temos:
v1 v2
2∆s 2∆s 2
vm = = =
∆s ∆s 1 1 1 1
+ ∆s + +
v1 v2 v1 v2 v1 v2
que é a média harmônica entre as duas velocidades. Substituindo os valores de v1 e v2, temos:
2 2 2 ⋅ 90 ⋅ 110
vm = = = = 99 km / h Velocidade e tempo são grandezas
1 1 110 + 90 200
+ inversamente proporcionais. Por
90 110 90 ⋅ 110 isso, usar a média aritmética em
Portanto, diferentemente do que se poderia pensar, a velocidade média no percurso todo é questões que envolvam essas
grandezas pode não ser a melhor
de 99 km/h, e não de 100 km/h. escolha.
Conexões
Cuidado com a Bolsa
A "bolsa" em questão é a Bolsa de Valores, local onde acontecem as movimentações financeiras de ações ou opções de em-
presas − privadas ou públicas − que têm seu capital aberto ao público. É na Bolsa de Valores que são realizadas as operações de
compra e venda das frações dessas empresas e a sua finalidade é organizar, administrar e informar as variações de índices que
refletem os preços das empresas no mercado, mantendo transparência e clareza num ambiente tão oscilante e delicado. No
Brasil, a principal Bolsa de Valores é a BM&FBovespa, em São Paulo. Investir na Bolsa de Valores − o que equivale a participar desse
mercado, comprando e vendendo ações de empresas − passou a ser algo corriqueiro no Brasil. Tão corriqueiro quanto perigoso; é
um investimento de risco, pois, assim como se pode ganhar muito dinheiro, perder tudo é uma possibilidade assustadora.
Na tentativa de ter mais ganhos que perdas, surgiram diferentes técnicas para estudar esse mercado. Uma delas é par-
ticularmente interessante: A análise técnica ou análise gráfica. Nela são analisadas as variações das cotações históricas −
com períodos que podem ser de um momento do dia até muitos anos − em gráficos que apresentam indicadores que vão
sustentar as decisões dos investidores. Eles acreditam que as variações das cotações não são aleatórias, seguindo determi-
nadas tendências, e se importam apenas com o “quanto”, não com o “porquê”. Assim como outras linhas de estudo, a análise
gráfica apresenta vantagens e desvantagens. Entre as vantagens está a crença no conceito de tendência, o que pode indicar
a curto e médio prazo o que deve acontecer com determinada ação. Outra vantagem é que os gráficos podem apresentar
claramente os limites que o investidor pode ou não sustentar em momentos de perda. Há gráficos mostrando que algumas
ações nunca baixaram de determinado patamar e, se isso for suportável para um investidor, o negócio passa a apresentar
menor risco. Esses patamares são também uma ótima referência para a decisão de iniciar as atividades naquele mercado.
Quando uma ação está em seus limites mínimos, em geral, é hora de comprá-las. A desvantagem da análise 100% gráfica é o
abandono da análise fundamental, que considera as condições políticas, sociais e econômicas do ambiente global em que
a empresa está envolvida. Como tudo na vida, a melhor solução é o equilíbrio entre as várias alternativas.
Uma das ferramentas usadas pelos bancos para incentivar o cliente a investir em seus produtos é o identificador de perfil do
cliente investidor. Faça com os pais, os professores ou os amigos um levantamento do perfil de investidor, colhendo dados
como idade; por quanto tempo pretende investir; que parte dos rendimentos pretende reinvestir; qual seria a reação se, num
primeiro momento, o investimento apresentasse perdas de capital; se investiria na Bolsa de Valores, etc. De posse dessas infor-
mações, classifique o entrevistado como conservador, moderado ou arrojado. Crie e exponha os critérios para a classificação.
76 CAPÍTULO 4
Atividades
1. Calcule a média aritmética (x), a média geométrica (xG) e Qual é o tipo de média indicado para cada um dos casos?
a média harmônica (xH) entre os valores x1 = 4 e x2 = 9. Calcule-as.
240 km 240 km
77
5. A média aritmética das idades dos 100 funcionários de 7. Para passar para a segunda fase de um concurso, um candi-
uma empresa é 30 anos. dato precisar ter uma média ponderada maior que ou igual
Dez novos funcionários foram contratados por ela, fazen- a 6,0. Ele já sabe as notas das três primeiras provas, que são
do com que a média das idades de todos os funcionários 3,0; 5,0 e 7,0. Sabendo que os pesos das provas são:
caísse para 29,6 anos. 1a prova: peso 1,0
Levando em consideração essas informações, encontre a 2a prova: peso 2,0
média de idade desses 10 novos funcionários. 3a prova: peso 2,0
4a prova: peso 4,0
Dessa maneira, determine a nota mínima que esse candi-
dato precisa tirar na 4a prova para que ele consiga passar
para a segunda fase do concurso.
78 CAPÍTULO 4
9. O quadro a seguir mostra os principais indicadores da 11. (Fuvest-SP) Um veículo viaja entre dois povoados da serra
maior empresa de saneamento do Brasil. da Mantiqueira, percorrendo a primeira terça parte do tra-
jeto à velocidade média de 60 km/h, a terça parte seguinte
A Sabesp em números: os principais
a 40 km/h e o restante do percurso a 20 km/h. O valor
indicadores da maior empresa de saneamento
do Brasil (dados de 2000) que melhor aproxima a velocidade média do veículo nessa
viagem, em km/h, é:
Participação
Faturamento estatal a) 32,5
6,7 bilhões de reais 50,3% b) 35
c) 37,5
Funcionários
Lucro d) 40
1,3 bilhão de reais 16 100 e) 42,5
Cidades
Investimento atendidas
1,7 bilhão de reais 366
Fonte: Econom‡tica.
79
Tarefa proposta
Complementares
1 a 20
13. (Ifsul-MG) Numa pesquisa realizada, foi constatado que com as notas dadas à prova de Cálculo I (com peso 4), à
a média salarial dos 9 (nove) funcionários da empresa X prova de Física I (com peso 3), à prova de Química (com
era R$ 2 500,00. Sabendo que nenhum destes salários foi peso 2) e à prova de Algoritmo (com peso 2). Levando
alterado e que a empresa contratou um 10o funcionário em consideração a situação mencionada, qual dos alunos
com salário de R$ 1 500,00, a média salarial entre os fun- abaixo foi premiado?
cionários desta empresa passará a ser: a) Aluno 1:
a) R$2 000,00 c) R$3 200,00 Cálculo I 9,0
b) R$2 400,00 d) R$4 000,00 Física I 8,0
Química 7,0
14. Júlio decidiu aplicar na Nossa Companhia e comprou 1 000
Algoritmo 6,0
ações por mês, durante dois meses. No primeiro mês, as
b) Aluno 2:
ações custavam R$ 12,00 cada uma e, no segundo mês,
R$ 18,00 cada uma. Célio decidiu investir nas mesmas Cálculo I 8,0
Gráficos e diagramas
Em geral, um levantamento estatístico trabalha com grandes quantidades de infor-
mações e pretende, com base em cálculos e análises dessas informações, fazer previsões,
apontar tendências e orientar decisões. Nesse processo, quando se deseja uma visão ge-
ral, uma exposição ampla dos dados, que permita a interpretação rápida das informações,
é comum o uso de representações gráficas. Essas representações gráficas devem ter as-
pectos agradáveis e modernos, sem congestionamentos de informações, e ser de fácil lei-
tura e rápida compreensão. Observe os gráficos a seguir.
• Preferências musicais
Rock 58%
Pop 29%
Techno 6%
Rap 6%
MPB 5%
Música Podemos observar que a maioria
18%
internacional
das pessoas entrevistadas (58%)
Clássica 2% preferiu rock como gênero
0 10 20 30 40 50 60 musical.
80 CAPÍTULO 4
• Médias históricas
26,0
25,7
25,3
25,0 25,0
24,9
Distribuição
Origem
Veículos (46,2%)
Queima de combustíveis (27,3%)
Resíduos industriais (15,0%)
Outros (9,0%)
Resíduos sólidos não industriais (2,5%)
II. Nos gráficos seguintes, foram dispostas duas informações importantes para a Geo-
grafia: índice pluviométrico (quantidade de chuva) e variação de temperatura, em
duas regiões distintas.
O índice pluviométrico é representado por barras verticais, e seus valores estão lis-
tados em uma escala à esquerda; a variação de temperatura é indicada por uma linha
sinuosa contínua, e seus valores estão à direita. Observa-se que, em Roma (Itália), o ve-
MATEMÁTICA
rão é pouco chuvoso (meses de junho, julho e agosto) e que, em Luziânia (Brasil), o verão
é úmido (meses de dezembro, janeiro e fevereiro). Com relação à temperatura, Luziânia
tem variação mais regular que Roma (note que foram consideradas as médias térmicas
de cada região).
81
Luziânia (GO) – Brasil Roma – Itália
mm °C mm °C
375 29 375 22
350 28 350 21
325 27 325 20
300 26 300 19
275 25 275 18
250 24 250 17
225 23 225 16
200 22 200 15
175 21 175 14
150 20 150 13
125 19 125 12
100 18 100 11
75 17 75 10
50 16 50 9
25 15 25 8
0 14 0 7
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
III. Apenas com a análise gráfica conseguimos responder à questão seguinte, de uma prova de Química.
O suco extraído do repolho roxo pode ser utilizado como indicador do caráter ácido (pH entre 0 e 7) ou básico (pH entre 7
e 14) de diferentes soluções. Misturando-se um pouco de suco de repolho e da solução testada, a mistura passa a apresentar
diferentes cores, segundo sua natureza ácida ou básica, de acordo com a escala a seguir.
pH 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Algumas soluções foram testadas com esse indicador, produzindo os seguintes resultados:
Material Cor
I – Amoníaco Verde
II – Leite de magnésia Azul
III – Vinagre Vermelho
IV – Leite de vaca Rosa
De acordo com esses resultados, as soluções I, II, III e IV têm, respectivamente, caráter:
a) ácido – básico – básico – ácido
b) ácido – básico – ácido – básico
c) básico – ácido – básico – ácido
d) ácido – ácido – básico – básico
e) básico – básico – ácido – ácido
Observe que não necessitamos de nenhum conhecimento específico de Química, pois todas as informações de que
precisamos são dadas no enunciado − basta analisarmos a tabela de soluções testadas e verificarmos em que faixa de pH se
enquadram, de acordo com a cor que a mistura assume em presença do suco de repolho.
Note que a solução de amoníaco fica verde e a de leite de magnésia fica azul; portanto, ambas apresentam caráter bási-
co. Inferindo da mesma maneira, o vinagre (vermelho) e o leite de vaca (rosa) apresentam caráter ácido. Assim, a alternativa
que satisfaz o teste é a e.
82 CAPÍTULO 4
Gráfico I Gráfico II
2 200 2 200
2 150
linhas telefônicas
Número total de
2 050
2 000
2 100
Gráfico cartesiano
Você vai encontrar em seu estudo da Matemática, e no estudo de praticamente todas
y
as disciplinas, referências ao gráfico cartesiano.
Ele será muito útil em nosso curso para o estudo da Geometria analítica.
Esse sistema de representação gráfica com eixos numéricos perpendiculares já era
utilizado pelos antigos egípcios, mas foi aperfeiçoado e difundido por dois matemáticos
franceses: Pierre Fermat e René Descartes.
Apesar de ser um estudo de ambos, a denominação cartesiano é uma homenagem a
Descartes, que assinava, em latim, Cartesius.
O x
Neste capítulo, interpretamos algumas situações representadas numericamente por
gráficos cartesianos e, agora, vamos traçar um desses gráficos. A intersecção dos dois eixos
A situação a ser representada é a seguinte: será a origem de nosso sistema,
representada pelo ponto O. Essas
Uma corrida de táxi é cobrada levando-se em consideração a bandeirada (valor fixo) duas retas assim representadas
e o preço de cada quilômetro rodado. Em certa cidade, a bandeirada custa R$ 4,00 e cada determinam o plano cartesiano.
quilômetro rodado, R$ 0,50.
Primeiramente, construímos duas retas perpendiculares entre si (usualmente, temos
uma vertical e uma horizontal).
O eixo horizontal será denominado eixo dos x (ou eixo x) e o eixo vertical, eixo dos y
(ou eixo y).
Observação
Graduamos os eixos em uma escala conveniente. No caso do gráfico cartesiano, con- 1 Para graduarmos os eixos
vencionou-se chamar as graduações do eixo horizontal de abscissas e as graduações do
MATEMÁTICA
83
Ao trabalharmos com um plano cartesiano, temos duas grandezas, que, no nosso
exemplo, são:
a) quilômetros rodados;
b) preço cobrado.
Construímos uma pequena tabela de valores. y (R$)
10,00
Quilômetros rodados Preço cobrado (R$)
9,00
0 4,00 8,00
1 4,50 7,00
2 5,00 6,00 Para 0 km rodado,
3 5,50 5,00 o preço cobrado será R$ 4,00.
6 7,00 4,00
3,00
Agora, vamos plotar os valores listados na tabela (cada uma das grande- 2,00
zas é representada em um dos eixos coordenados): os pares de valores cor- 1,00
0
respondem às coordenadas dos pontos, abscissa e ordenada, nessa ordem. 1 2 3 4 5 6 x (km)
Traçamos uma reta paralela ao eixo das ordenadas passando pelo ponto y (R$)
que representa a distância de 6 km, no eixo das abscissas, e uma reta parale- 10,00
la ao eixo das abscissas passando pelo ponto que representa o preço R$ 7,00, 9,00
no eixo das ordenadas. 8,00
7,00
A intersecção dessas retas é o ponto (6; 7,00), que é a representação grá- 6,00
fica do valor cobrado pelo taxista para os 6 km rodados. Continuamos plo- 5,00
tando os demais valores que se encontram na tabela. Depois, “ligamos” os 4,00
pontos para melhor visualização do que ocorre com a cobrança. Note que, 3,00
nesse exemplo, a reta não deve ser “traçada” antes do eixo das ordenadas, 2,00
1,00
pois o menor valor que teremos, nessa situação, é 0 km, ou seja, o táxi está
0
saindo e, nesse momento, está sendo cobrada a bandeirada de R$ 4,00. 1 2 3 4 5 6 x (km)
Atividades
17. A figura mostra um tabuleiro de xadrez e pode ser asso- a) (b; 6) d) (c; 7)
ciada ao plano cartesiano, em que, no eixo das abscissas b) (b; 4) e) (g; 4)
(horizontal), são marcadas as letras de a a h e, no das or- c) (e; 2)
denadas (vertical), os números de 1 a 8, formando, assim,
64 “casas”, sendo 32 claras e 32 escuras.
8
7
h
6
g
5 f
4 e
3 d
2 c
1 b
a
84 CAPÍTULO 4
18. Beatriz usa uma jarra no formato da figura para servir água 19. (UEL-PR) Uma dose inicial de um certo antibiótico é inge-
durante as refeições. Ao encher uma jarra com água do rida por um paciente e, para que seja eficaz, é necessária
filtro, observa que a altura da água no interior da jarra uma concentração mínima. Considere que a concentração
aumenta mais rapidamente em alguns momentos e mais do medicamento, durante as 12 primeiras horas, medida
lentamente em outros, apesar de a vazão da torneirinha do em miligramas por litro de sangue, seja dada pela função
filtro ser constante. cujo gráfico é apresentado a seguir:
Reprodução/UEL, 2009.
Coprid/Shutterstock
c)
h
85
21. (Enem) O gráfico fornece os valores das ações da empresa XPN, (02) O índice Bovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo,
no período das 10 às 17 horas, num dia em que elas oscilaram mostra que investir em ações não foi uma boa op-
acentuadamente em curtos intervalos de tempo. ção de aplicação financeira nesse mês.
(04) A caderneta de poupança teve rendimento mensal
inferior aos fundos DI.
Reprodução/ENEM, 2012.
b) e)
Bovespa 6,77
Fundos RF (média líquida) 0,92 c)
Fundos DI (média líquida) 0,81
CDB líq. (acima de 100 mil) 0,75
Caderneta 0,67
CDB líq. (R$ 5 mil) 0,63
Fundos de RF (3% de taxa, líquida) 0,59
Inflação IGP-M 0,04
Dólar paralelo –5,00
Dólar comercial –5,40
Ouro –5,48
86 CAPÍTULO 4
24. +Enem [H25] Cinco amigos, Antônio, Benedito, Caio, De acordo com as informações do texto e as contidas no
Danilo e Eduardo, dispostos a fazer uma reeducação gráfico, assinale as sentenças a seguir em V (se ela for
alimentar, procuraram a ajuda de um nutricionista que verdadeira) ou F (se ela for falsa).
primeiramente aferiu a massa de cada um deles. a) De 2006 a 2011 sempre houve crescimento dos voos.
Foi somada a massa de todos eles e a porcentagem em b) O número de voos diminuiu entre 2007 e 2008.
relação ao total foi colocada no gráfico seguinte, de acor- c) Entre 2006 e 2007 praticamente não houve aumento
do com a massa de cada um deles. no número de voos.
Massa (%) d) No período mostrado pelo gráfico, 2008 foi o ano em
que havia o menor número de voos.
21% 20% e) De 2010 para 2011 houve um crescimento de mais de
15% no número de voos.
Eduardo
19% 23%
Benedito
Antônio
Caio 17%
Danilo
17,6%
12,3% 11,9%
7,4%
MATEMÁTICA
87
27. (OBM) O gráfico a seguir apresenta informações sobre o 28. Um grupo composto de x pessoas participou, em 2017,
impacto causado por 4 tipos de monocultura ao solo. Para de uma pesquisa eleitoral sobre qual dos candidatos
cada tipo de monocultura, o gráfico mostra a quantidade (A, B, C ou D) teria seu voto nas eleições municipais de
de água, em litros, e a de nutrientes (nitrogênio, fósforo e 2012. Após a eleição, em 2018, essas x pessoas foram
potássio), em quilogramas, consumidos por hectare para novamente contatadas e divulgaram em quem realmente
a produção de 1 kg de grãos de soja ou 1 kg de milho ou votaram. O gráfico I traz informações sobre o número de
1 kg de açúcar ou 1 kg de madeira de eucalipto. Sobre pessoas que participaram dessa pesquisa, em 2017, e em
essas monoculturas, pode-se afirmar que: qual candidato pretendiam votar na ocasião. O gráfico II
apresenta o percentual dos votos contabilizados na eleição
de 2018.
Gráfico I Gráfico II
Reprodução/OBM
%
40
B
10%
C A
750 pessoas 25
D
10
1 50% 6
a) O eucalipto precisa de cerca de da massa de nutrientes
3
necessários de que a cana-de-açúcar precisa para se 0 A B C D
desenvolver.
Com base nessas informações, é correto afirmar que:
b) O eucalipto é a que mais seca e empobrece o solo,
a) foram entrevistadas 2 400 pessoas.
causando desequilíbrio ambiental.
b) mais de 1 000 pessoas entrevistadas mantiveram seus
c) A soja é a cultura que mais precisa de nutrientes.
votos, segundo as pesquisas de 2017 e 2018.
d) O milho precisa do dobro do volume de água de que
c) 19,5% dos entrevistados em 2017 mantiveram seus
precisa a soja.
votos em 2018.
e) A cana-de-açúcar é a que necessita do ambiente mais
d) 625 pessoas que participaram da entrevista em 2017
úmido para crescer.
votaram no candidato D.
e) das 500 pessoas que tinham intenção de votar no can-
didato A (e participantes da pesquisa), somente 225
mantiveram o voto.
88 CAPÍTULO 4
Tarefa proposta 21 a 36
Complementares
29. (Uniceub-DF) d) Em 2013, a taxa de natalidade decresceu, aproxima-
damente, 1,67%, em relação a 2012.
e) A taxa de natalidade de 2008 foi superior em, aproxi-
Reprodução/UNICEUB, 2015.
100
90
261 Ma
Porcentagem de extinção
80
70 445 Ma
60 203 Ma 65 Ma
376 Ma
De acordo com os dados acima, assinale a alternativa in-
50
correta.
40
a) A taxa de natalidade anual, em relação ao ano ante- 30
rior, sempre diminuiu, de 2009 a 2013. 20
b) A partir de 2009, a taxa de natalidade anual é inferior 10
à taxa do ano anterior em 0,03. 0 C O S D Ca P Tr J Cr T
MATEMÁTICA
89
Evolução das extinções de espécies ao longo da história II. Uma grande extinção quase sempre dá início a um
da Terra – as cinco grandes extinções estão sendo assina- novo período geológico.
ladas com setas. A sigla Ma significa “milhões de anos”, III. Em parte do período Cambriano e do Ordoviciano,
e as letras abaixo das colunas indicam os períodos Cam- aconteceram outras extinções significativas.
briano (C), Ordoviciano (O), Siluriano (S), Devoniano (D),
É correto o que se afirma em:
Carbonífero (Ca), Permiano (P), Triássico (Tr), Jurássico (J),
Cretáceo (Cr) e Terciário (T). a) I, apenas.
Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. b) I e II, apenas.
I. A mais recente grande extinção marca o limite entre os c) I, II e III.
períodos Cretáceo e Terciário, e nela desapareceram mais d) II e III, apenas.
de 50% das espécies existentes, inclusive os dinossauros. e) III, apenas.
Tarefa proposta
1. Determine as médias aritmética, geométrica e harmônica 7. (Fuvest-SP) Sabe-se que a média aritmética de cinco núme-
dos seguintes números: 3, 12 e 48. ros inteiros distintos, estritamente positivos, é 16. O maior
2. O conjunto de números reais 2 e x tem a média aritmética valor que um desses inteiros pode assumir é:
de seus termos igual à média geométrica. Encontre o valor a) 16 c) 50 e) 100
de x. b) 20 d) 70
3. (FGV-SP) A média aritmética de 20 números reais é 30, 8. (UEG-GO) Um artesão fabrica certo tipo de peças a um
e a média aritmética de 30 outros números reais é 20. custo de R$ 10,00 cada e as vende no mercado de arte-
A média aritmética desses 50 números é: sanato com preço variável que depende da negociação
a) 27 b) 26 c) 25 d) 24 e) 23 com o freguês. Num certo dia, ele vendeu 2 peças por
4. (UTFPR) Um aluno realizou cinco provas em uma disciplina, R$ 25,00 cada, 4 peças por R$ 22,50 cada e mais 4 peças por
obtendo as notas 10, 8, 6, x e 7. Sabe-se que a média R$ 20,00 cada. O lucro médio do artesão nesse dia foi de:
aritmética simples destas notas é 8. Assinale qual a nota a) R$22,50 c) R$19,20 e) R$12,00
da prova representada por x. b) R$22,00 d) R$12,50
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9 e) 10 9. (IFSP) Na tabela abaixo constam informações sobre as no-
5. (IFPE) O professor de Matemática decidiu bonificar com tas em uma prova de Matemática de uma turma.
um ponto na prova aqueles alunos que acertassem mais Nota No de alunos
questões que a média de acertos dos alunos da turma em
5,0 2
um exercício aplicado em sala. O exercício com 10 ques-
6,0 7
tões foi aplicado entre os 20 alunos da turma e o número
de acertos foi o mostrado na tabela a seguir. 7,0 17
8,0 7
Número de acertos Número de alunos
9,0 5
0 2
1 4 10,0 2
90 CAPÍTULO 4
Feitas as correções, a média aritmética, em metros, dos Assim, a idade do funcionário que se demitiu é de:
saltos válidos feitos pelo atleta foi de: a) 50 anos. c) 54 anos. e) 58 anos.
a) 7,036 d) 7,36 b) 48 anos. d) 56 anos.
b) 7,03 e) 7,063 13. (UPE) Um professor de Matemática costuma aplicar, duran-
c) 7,3 te o ano letivo, quatro provas para seus alunos, sendo uma
11. (Unicamp-SP) O peso médio (média aritmética dos pesos) prova com um peso por cada bimestre. A tabela abaixo
dos 100 alunos de uma academia de ginástica é igual a 75 kg. representa as notas com seus respectivos pesos, obtidas
O peso médio dos homens é 90 kg e o das mulheres é por um determinado aluno nos quatro bimestres. Se o
65 kg. aluno foi aprovado com média anual final igual a 7,0 (sete),
a) Quantos homens frequentam a academia? a nota obtida por esse aluno na prova do I bimestre foi de:
b) Se não são considerados os 10 alunos mais pesados,
Provas Nota Peso
o peso médio cai de 75 kg para 72 kg. Qual é o peso
I bimestre ? 1
médio desses 10 alunos?
II bimestre 7,3 2
12. (UFMS) Uma empresa tem 18 funcionários. Um deles pede
III bimestre 7,5 3
demissão e é substituído por um funcionário de 22 anos
IV bimestre 6,5 2
de idade. Com isso, a média das idades dos funcionários
diminui dois anos. a) 5,3 b) 5,9 c) 6,2 d) 6,7 e) 7,0
14. (UFG-GO) O quadro a seguir apresenta as notas de um boletim incompleto de um aluno.
História 6,6
10 20
a) 0,5 b) 2 c) d) e) 3
9 9
91
16. (FGV-SP) A média das alturas das 6 jogadoras em quadra de a) Consumo (L) d) Consumo (L)
um time de vôlei é 1,92 m. Após substituir 3 jogadoras por
outras, a média das alturas do time passou para 1,90 m.
Nessas condições, a média, em metros, das alturas das
jogadoras que saíram supera a das que entraram em:
a) 0,03 d) 0,09 t (s) t (s)
b) 0,04 e) 0,12
c) 0,06 b) Consumo (L) e) Consumo (L)
c) 44,5 km/h 93
d) 45 km/h 70
e) 48,5 km/h 52
41
20. A média aritmética de três números naturais a, b e c é 30; o
maior deles excede o termo médio em 5 unidades e o menor
deles é 8 unidades menor que o termo médio. A qual dos
intervalos a seguir pertence a média geométrica entre esses 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050
números?
a) Entre 10 e 15. População brasileira de 0 a 14 anos
b) Entre 15 e 20. em milhões de habitantes
c) Entre 20 e 25. 84,8 83
80
d) Entre 25 e 30. 75
70
21. Ao acordar, uma pessoa abre a torneira, faz um bochecho
e molha a escova de dentes já com o creme dental. Em
seguida, fecha a torneira e continua seu procedimento
para escovar os dentes, usando a escova. Para enxaguar a
boca, abre a torneira o mesmo que antes e aproveita tam-
bém para lavar a escova de dentes, fechando novamente
a torneira. Sendo assim, o gráfico que melhor representa 1980 1990 2000 2010 2020
o consumo total de água durante essa escovação é: Fonte: IBGE.
92 CAPÍTULO 4
De acordo com as informações do texto, em 2020, a por- b) A variação de “menor preço” do instante 2 ao instan-
centagem da população brasileira de 0 a 14 anos será te 5 foi maior que a variação de “menor preço” do
mais próxima de: instante 5 para o instante 6.
a) 74% da população. d) 36% da população. c) No momento da consulta o “menor preço” é o maior
b) 48% da população. e) 32% da população. do período.
c) 42% da população. d) O mais alto “menor preço” do período supera em
23. (Colégio Pedro II) Uma das medidas ainda muito utiliza- mais de 10% o mais baixo “menor preço” do período.
das para avaliar o peso de uma pessoa é o IMC (Índice 25. Para uma promoção, um supermercado decidiu avaliar a
de Massa Corporal), obtido dividindo-se seu peso (em preferência dos clientes entre duas marcas de sabão em
quilogramas) pelo quadrado da sua altura (em metros). pó. Os resultados obtidos são dados pelo gráfico adiante.
Essa medida é usada, por exemplo, para determinar em Observando-se o gráfico, excetuando aqueles que não
que categoria de peso a pessoa avaliada se encontra: souberam responder ou que não têm preferência por essas
abaixo do peso, peso normal, sobrepeso ou obesidade. marcas, a marca A ficou com que percentual?
Foi feita uma pesquisa sobre o IMC em um grupo de
240 pessoas e os resultados obtidos são apresentados
no gráfico a seguir. Nenhum (12%)
Não soube (8%)
Reprodução/Colégio Pedro II, 2016.
Marca A (48%)
Marca B (32%)
c)
Reprodução/CEFET, 2017.
d)
93
27. (UFJF-MG) Observe os dois gráficos a seguir. O primeiro c) abaixo, abaixo e abaixo da média.
deles mostra o percentual de população urbana que habita d) abaixo, abaixo e acima da média.
cada região, considerado em relação ao total de habitantes e) acima, abaixo e acima da média.
dessa mesma região. O segundo mostra o percentual de
29. (UFRGS-RS) As estimativas para o uso da água pelo homem,
habitantes em cada região, considerado em relação ao
nos anos 1900 e 2000, foram, respectivamente, de 600 km3
total de habitantes do planeta.
e 4 000 km3 por ano. Em 2025, a expectativa é que sejam
População urbana por região em 2001 (%) usados 6 000 km3 por ano de água na Terra. O gráfico abaixo
representa o uso da água em km3 por ano de 1900 a 2025.
80
60
Reprodução/UFJF
Percentual
Reprodução/UFRGS, 2017.
40
20
0
Ásia América África Europa Oceania
Região
Distribuição da população mundial em 2001 (%) Com base nos dados do gráfico, é correto afirmar que:
Total de habitantes: 6,2 bilhões
a) de 1900 a 1925, o uso de água aumentou em 100%.
b) de 1900 a 2000, o uso da água aumentou em mais de
Ásia (60%) Europa (12%)
600%.
América (14%) Oceania (1%) c) de 2000 a 2025, mantida a expectativa de uso da
África (13%)
água, o aumento será de 66,6%.
d) de 1900 a 2025, mantida a expectativa de uso da
água, o aumento será de 900%.
Considerando-se os dados apresentados, pode-se afirmar e) de 1900 a 2025, mantida a expectativa de uso da
que a população urbana na Ásia em 2001, em milhões, era água, o aumento será de 1 000%.
de, aproximadamente: 30. (PUC-RS) A matriz abaixo apresenta a distribuição das ma-
a) 0,14 b) 1,4 c) 14 d) 140 e) 1 400 trículas, por níveis, nas escolas de Porto Alegre.
28. +Enem [H24] Um posto de combustível abastece os veí- Nível Matrículas
culos de seus clientes por meio de três bombas, A, B e C.
Pré-Escola 25 007
O gráfico seguinte apresenta a quantidade acumulativa
Fundamental 159 162
de litros de combustível usados para abastecer os veí-
culos provenientes da bomba A durante uma semana Médio 45 255
inteira.
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e
8 000 7 470 Pesquisas Educacionais - (Inep). Censo educacional 2015.
7 000 6 470
Se esses dados forem organizados em um gráfico de seto-
6 000
4 970 res, o ângulo central correspondente ao nível Fundamen-
5 000
3 770
tal será de, aproximadamente:
4 000
3 190
3 000
2 090
2 000
1 250
1 000
Reprodução/PUC-RS, 2017.
0
Domingo Segunda- Terça- Quarta- Quinta- Sexta- Sábado
-feira -feira -feira -feira -feira
94 CAPÍTULO 4
31. (Enem) A diretoria de uma empresa de alimentos resolve c) O transplante de fígado é o que apresenta maior di-
apresentar para seus acionistas uma proposta de novo pro- ferença percentual entre o número de transplantes
duto. Nessa reunião, foram apresentadas as notas médias realizados e o número de pessoas que aguardavam
dadas por um grupo de consumidores que experimenta- transplante.
ram o novo produto e dois produtos similares concorrentes d) O número de transplantes de fígado realizados até
(A e B). julho de 2015 é 288% maior do que o número de
transplantes de pulmão realizados no mesmo período.
e) O transplante de córneas é o que tem a menor quan-
tidade de pessoas aguardando transplante.
Reprodução/ENEM, 2016.
10
9
8
7
6
QD
A característica que dá a maior vantagem relativa ao pro- 5
duto proposto e que pode ser usada pela diretoria para 4
mento.
d) 6 crianças foram vacinadas no quarto dia de atendi-
mento.
e) a quantidade de crianças atendidas nos dias 3 e 6
foi a mesma.
34. (Unicamp-SP) O gráfico, em forma de pizza, representa
as notas obtidas em uma questão pelos 32 000 candida-
tos presentes à primeira fase de uma prova de vestibular.
Ele mostra, por exemplo, que 32% desses candidatos
tiveram nota 2 nessa questão.
0 (10%)
Reprodução/UNICAMP
1 (20%)
Nele estão retratados o número de transplantes realizados 2 (32%)
no Rio Grande do Sul, até julho de 2015, e a quantidade 3 (16%)
de pessoas que aguardam na fila por um transplante no 4 (12%)
5 (10%)
estado, no mês de julho de 2015. Assinale a alternativa
que está de acordo com as informações do gráfico.
a) Mais de 50% dos transplantes realizados no RS, até
julho de 2015, foram transplantes de córnea. Pergunta-se:
b) O percentual de pessoas que aguardavam transplante a) Quantos candidatos tiveram nota 3?
MATEMÁTICA
de pulmão em julho de 2015 era 70% do total de b) É possível afirmar que a nota média foi menor ou igual
pessoas na fila de espera por transplantes. a 2, nessa questão? Justifique sua resposta.
95
35. (EBMSP) • a temperatura mínima, nesses meses, for superior a 15 °C;
• ocorrer, nesse período, um leve aumento não superior
a 5 °C na temperatura máxima.
Um floricultor, pretendendo investir no plantio dessa flor
Reprodução/EBM, 2017.
Reprodução/ENEM, 2016.
O gráfico ilustra o número percentual de pessoas que,
atendidas em um posto de saúde, em determinado perío-
do, apresentou problemas cardíacos. Com base nos da-
dos do gráfico e considerando-se M o número de mulhe-
res e H o número de homens atendidos, nesse período, é
correto afirmar:
a) H = M − 10 d) H = M + 10
b) H = M e) H = 2M
c) H = M + 5 Com base nas informações do gráfico, o floricultor veri-
36. (Enem) O cultivo de uma flor rara só é viável se do mês do ficou que poderia plantar essa flor rara. O mês escolhido
plantio para o mês subsequente o clima da região possuir para o plantio foi:
as seguintes peculiaridades: a) janeiro. d) novembro.
• a variação do nível de chuvas (pluviosidade), nesses b) fevereiro. e) dezembro.
meses, não for superior a 50 mm; c) agosto.
Vá em frente
Leia
Construindo gráficos, de G. E. Shilov (São Paulo: Atual, 1999).
O livro traz situações do cotidiano que envolvem a construção de gráficos e suas interpretações.
Acesse
<www.ibge.gov.br> (acesso em: jan. 2018)
Neste site você pode saber mais sobre levantamentos estatísticos oficiais no Brasil. Pode ainda encontrar informações
sobre economia, população, geociência, além de gráficos e estatísticas.
<http://rived.mec.gov.br/atividades/matematica/decifrando_mapas> (acesso em: jan. 2018)
Página da Rede Interativa Virtual de Educação (Seed/MEC), cujo título é “Decifrando mapas, tabelas e gráficos”.
Autoavaliação:
Vá até a página 103 e avalie seu desempenho neste capítulo.
96 CAPÍTULO 4
Gabaritoo
Capítulo 1 7 11. c
d) 12. c
Complementares 330
13. e
13. Demonstração. 30.
11 14. c
14. b 3 15. a
15. d 31. Soma = 06 (02 + 04) 16. e
16. e 32. d 17. c
29. a 33. a 18. d
30. a 34. a) ]−∞; 2[ ou {x3® | x < 2} 19. b
31. b b) [1; +∞[ ou {x3® | x >1} 20. c
32. b 35. A ∩ B = {x3® | 2 < x < 3} = ]2; 3] 21. 5
Tarefa proposta A ∪ B = {x3® | −1 < x < 5} = ]−1; 5] 22. d
36. d 23. e
1. e
24. c
2. c
Capítulo 2 25. e
3. c
Complementares 26. a
4. d
27. b
5. a 13. a
28. e
6. e 14. a
29. a
7. b 15. a) 6
6 < 2< 3
3 30. d
8. c
2 2 3 31. c
9. a b) < <
3+ 2 8
25 3 32. d
10.
16. a 33. a) 25 cm
A B 29. a b) 204
1
2 8 30. a) 23 ⋅ 3 ⋅ 5 34. 2
3
4 b) 40 35. a) A = 1 volta; B = 2 voltas
31. e b) A = 36 voltas completas; B = 73
6 10
5 32. d voltas completas
c) 2,05 m
Tarefa proposta
11. b 36. e
1. b
12. a
2. a Capítulo 3
13. 7
3. d
14. b Complementares
4. e
15. b
5. c 13. e
16. c
2 14. b
17. c 6. a)
2 15. Q = 10
18. e
2+ 6 16. a) k = 18; c = 5
19. b b) b) p = 20; g = 10
20. e 2
29. b
21. b c) 7
25
30. a
22. b
7 +1 31. a
23. c d)
3 32. b
24. Soma = 12 (04 + 08)
25. a e) 3 2 + 2 3 Tarefa proposta
26. c 1. a) x = −15
7. Demonstração.
27. a b) x = 9
28. a 19 − 8 3
8. 19
777 13 c) x = −
LÍNGUA PORTU-
GUESA
29. a) 25
1 000 9. a) Falsa. d) x = −33
7 b) 221 2. a) x = 7; y = 2
b)
MATEMÁTICA
9 8
c) 1 23
113 b) x = − ;y = −
c) 3 3 3
99 10. a c) x = −4; y = 10
97
3. c 24. c 7. d
4. d 25. e 8. e
5. a) Sim. 26. b 9. e
b) 10 27. 25 pessoas 10. a
6. c 28. a 11. a) H = 40
7. a 29. d b) P = 102
8. e 30. x = 7 12. e
9. d 31. a 13. b
10. c 32. c 14. V – F – F – F
11. e 33. d
15. e
12. c 34. c
16. b
13. d 35. S = {−2; −1; 1; 2}
17. x = 5
14. c 36. e
18. d
15. c 19. c
16. 19 Capítulo 4
20. d
17. a) x1 = 2; x2 = 1 Complementares 21. a
b) x1 = 20; x 2 = − 20 13. b 22. d
14. Júlio: 15; Célio: 14,4 23. d
1 1 15. b 24. d
c) x1 = ; x2 = −
2 3 16. a 25. b
d) x1 = −2 + 3 ; x 2 = −2 − 3 29. F – V 26. e
30. b 27. e
1
18. a) x1 = 3; x 2 = 31. d 28. e
3
32. c 29. d
13
b) x1 = 5; x 2 = − Tarefa proposta 30. e
5
c) x = 14. 48 31. d
1. xA = 21; xG = 12; xH = 32. a
d) x1 = 4; x2 = −4 7
19. e 2. x=2 33. c
20. e 3. d 34. a) 5 120 candidatos
21. b 4. d b) 2,3
22. b 5. b 35. b
23. b 6. c 36. a
98
1-2 REVISÃO
Nome: Data:
Escola: Turma:
Matemática – Princípios
Capítulo 1 – Conjuntos e aplicações
Capítulo 2 – Números: significados e aplicações
b) Determinado bufê realiza eventos somente às sextas-feiras, sábados e domingos e, para isso, dispõe de um grupo de 6
garçons (André, Roberto, Luiz, Fábio, Fernando e Amaral) para trabalhar nessas ocasiões. André e Roberto trabalham
apenas nos domingos; Luiz trabalha apenas na sextas-feiras; Fábio trabalha somente nas sextas-feiras e nos sábados;
Fernando e Amaral trabalham nos três dias.
Considere A o conjunto dos garçons que trabalham nas sextas-feiras, B o dos que trabalham aos sábados e C o dos que
trabalham no domingo.
O bufê não paga os salários dos garçons todos num mesmo dia.
Por exemplo, no dia 10 de cada mês recebem os garçons que pertencem ao conjunto (A − C) % (B − C).
De acordo com essas informações, construa o diagrama de Venn apresentando essa situação com os respectivos nomes
dos garçons nas regiões apropriadas e o nome ou os nomes de quem receberá no dia 10.
99
H3 Resolver situa•‹o-problema envolvendo conhecimentos numŽricos.
2. Determinado bairro de uma cidade é servido por três linhas de ônibus de empresas diferentes, cada um com capacidade
para transportar 48 pessoas sentadas. Todos os ônibus começam a operar às 6 horas da manhã a partir do centro da cidade
rumo ao bairro e a última partida é à meia-noite. Sendo as linhas A, B e C, sabe-se que os ônibus da linha A partem do
centro rumo ao bairro de 20 em 20 minutos, os da linha B de 30 em 30 minutos e os da linha C de 45 em 45 minutos.
Suponha que, às 19 horas de determinado dia, um grupo de 360 pessoas esteja reunido no ponto do centro da cidade e
pretenda pegar um desses ônibus (não importando a linha) com a condição de todos saírem no mesmo horário.
Sabe-se que todos os ônibus, antes de partirem do centro, estão inicialmente vazios e, para atenderem o grupo nas con-
dições do enunciado, transportarão o mesmo número de passageiros, todos eles sentados (não sobrando passageiros no
ponto). Para isso, alguns ônibus extras deverão ser disponibilizados, sempre cumpridos os horários habituais de partida.
Sob essas condições, determine o horário em que os ônibus sairão para atender o grupo e a menor quantidade possível de
ônibus que deverá ser usada.
100
3-4 REVISÃO
Nome: Data:
Escola: Turma:
Matemática – Princípios
Capítulo 3 – Equações
Capítulo 4 – Médias, gráficos e diagramas
Dessa maneira, encontre a quantidade de camisetas e bonés adquirida pela loja nas duas entregas.
101
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
2. Um grupo de jovens entre 10 e 16 anos, alunos de uma escolinha de futebol, será dividido por idade para que o treinador
possa montar equipes segundo a faixa etária.
O gráfico a seguir apresenta o número de alunos separados por idade.
14
12
12
11
10 10
10
8
7
0
10 anos 12 anos 14 anos 15 anos 16 anos
De acordo com essas informações, faça o que se pede nos itens.
a) Um novo aluno foi matriculado nessa escolinha e a média aritmética das idades de todos eles aumentou 0,03647 ano.
Dessa maneira, encontre a idade desse novo aluno (em valor inteiro mais próximo).
b) Encontre a média geométrica e a média harmônica entre a idade do aluno mais velho e a do mais novo.
c) Represente por meio de um gráfico de setores circulares as informações contidas no gráfico de barras verticais do enun-
ciado, destacando a medida do ângulo central de cada setor representado.
102
Autoavaliação
Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir.
Escala de desempenho
Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala:
4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim.
Conjuntos e aplicações
4 3 2 1 Compreendeu o que é uma proposição?
4 3 2 1 Conseguiu fazer uso da tabela-verdade na resolução de situações-problema da lógica pro-
posicional?
4 3 2 1 Interpretou corretamente as situações-problemas com conjuntos, aplicando representações do dia-
grama de Venn quando necessário?
Equações
4 3 2 1 Compreendeu os conceitos de equação, coeficientes, raiz e conjunto solução?
4 3 2 1 Interpretou corretamente os enunciados de situações-problema envolvendo equações de 1o grau?
4 3 2 1 Interpretou corretamente os enunciados de situações-problema envolvendo equações de 2o grau?
Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifique seu desempenho geral no caderno e a
recomendação feita a você.
Entre 48 e 36 pontos, seu desempenho é satisfatório. Se julgar necessário, reveja alguns
conteúdos para reforçar o aprendizado.
Entre 35 e 25 pontos, seu desempenho é aceitável, porém você precisa rever conteúdos
cujos objetivos tenham sido pontuados com 2 ou 1.
Entre 24 e 12 pontos, seu desempenho é insatisfatório. É recomendável solicitar a ajuda do
professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais.
MATEMÁTICA
Procure refletir sobre o próprio desempenho. Somente assim você conseguirá identificar seus erros e corrigi-los.
103
Conclus‹o
Revise seu trabalho com este caderno. Com base em
Direção geral: Guilherme Luz
sua autoavaliação, anote abaixo suas conclusões: aqui- Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas
lo que aprendeu e pontos em que precisa melhorar. Gestão de projetos editoriais: João Carlos Puglisi (ger.), Renato Tresolavy,
Thaís Ginícolo Cabral, João Pinhata
Edição e diagramação: Texto e Forma
Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga
Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Adjane Oliveira,
Carlos Eduardo de Macedo, Mayara Crivari
Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.),
Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Brenda T. de Medeiros Morais,
Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Celina I. Fugyama,
Gabriela M. de Andrade e Texto e Forma
Arte: Daniela Amaral (ger.), Leandro Hiroshi Kanno (coord.),
Daniel de Paula Elias (edição de arte)
Iconografia: Sílvio Kligin (ger.), Claudia Bertolazzi (coord.), Denise Durand Kremer (coord.),
Roberto Silva (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto (pesquisa iconográfica)
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Cristina Akisino (coord.),
Liliane Rodrigues, Thalita Corina da Silva (licenciamento de textos), Erika Ramires e
Claudia Rodrigues (analistas adm.)
Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin
Ilustrações: Flavio Ribeiro
Cartografia: Eric Fuzii (coord.), Mouses Sagiorato (edit. arte),
Ericson Guilherme Luciano
Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Aurélio Camilo (proj. gráfico)
Bibliografia.
18-12933 CDD-510.7
2019
ISBN 9788557162822 (AL)
Código da obra 2149652
1a edição
1a impressão
Impressão e acabamento
Uma publicação
625264
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