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seõçatona reV
CONHECENDO A DISCIPLINA
Caro aluno, seja bem-vindo à disciplina de Métodos Matemáticos. Nesta disciplina,
trabalharemos com os tópicos mais importantes da álgebra, cálculo numérico e
probabilidade. Inicialmente, abordaremos a Álgebra Linear, com a estrutura
algébrica conhecida por matriz e suas principais propriedades. Uma vez definido o
que é uma matriz, introduziremos as operações com essa estrutura algébrica e o
conceito de determinantes. Para entender melhor, alguns exemplos práticos
relacionados à engenharia serão considerados.
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MATRIZES
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.
CONVITE AO ESTUDO
Caro aluno, quando escutamos o termo “métodos matemáticos”, é natural que o
primeiro conceito que vem em nossa cabeça é a relação com a realização de
inúmeros cálculos, às vezes até sem-fim. Mas, será que estamos corretos sobre
esse conceito?
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Para exemplificar, suponha que você tem que lidar com um problema de
construção civil, cujo objetivo é avaliar a resistência das vigas. Para resolver essa
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questão, você, inicialmente, trabalhará com a experimentação da situação e
coletará os dados dela. A partir disso, montará a matriz com os dados. Com a
matriz em mãos, por meio de sistemas lineares e operações com matrizes, você
poderá validar a sua hipótese sobre a resistência das vigas. Esta, porém, não é a
única situação em engenharia que você pode utilizar tais conceitos. Existem muitas
outras, como predição de níveis de poluição atmosférica, na engenharia ambiental;
concentração de solventes, na engenharia química; relatórios financeiros
empresariais, no setor público ou privado; entre muitas outras aplicações. Já se
imaginou trabalhando com as matrizes e os sistemas lineares sob essa visão? Para
lhe auxiliar, aprenderemos, no decorrer desta unidade, um pouco mais sobre
esses objetos. Mãos à obra!
Vamos criar uma situação hipotética para exemplificar o uso de matrizes no dia a
dia de trabalho, especialmente em áreas relacionadas à engenharia.
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Imagine que você foi convocado e nomeado para realizar uma verificação do
último relatório bimestral de uma empresa de construção civil no ano de 2020 em
relação às vendas de cimento e cal. Os dados de venda da empresa são descritos
pela matriz:
0
1510 1960
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V = [ ]
1375 2015
1. Qual produto e em qual mês foi vendido menos sacos? Qual a maior diferença
de vendas entre os produtos nos meses correspondentes?
2. Qual foi a arrecadação bruta da empresa no bimestre com esses dois tipos de
produtos, se o pacote de cimento custa R$30,00 e o pacote de cal custa R$50,00?
Qual foi a arrecadação bruta de cada mês?
Que tal começar esse entendimento agora? Você será acompanhado em todo o
processo. Iniciaremos com os conceitos fundamentais de matrizes, para que você
possa entender a relação delas com a disposição de dados em tabelas e como
realizar operações.
CONCEITO-CHAVE
Ao estudar métodos matemáticos, deparamo-nos com diversos conceitos. Nesta
seção, abordaremos um conceito usual em muitas áreas do conhecimento, o
conceito de matrizes. As matrizes são essenciais para muitos problemas, não
apenas porque elas “ordenam e simplificam” mas também porque oferecem novos
métodos de resoluções e novos olhares sobre o problema.
Neste aspecto, entende-se por uma matriz uma tabela de elementos dispostos em
linhas e colunas. Por exemplo, ao coletarmos dados referentes às concentrações
de pH do rio Columbia no primeiro trimestre dos anos de 2013 a 2015, podemos
dispô-los na Tabela 1.1 a seguir.
Tabela 1.1 | Concentrações de pH do rio Columbia de acordo com a estação de monitoramento de água
Umatilla do estado de Washington, nos Estados Unidos, no período de 2013 a 2015
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Mês Período
0
Janeiro 8,12 7,97 8,01
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Fevereiro 8,10 8,12 8,02
⎣ ⎦
8,18 8,08 8,10
REFLITA
Uma questão que você pode estar se perguntando é: quais são os elementos que
as matrizes podem incorporar? Na primeira impressão, pode parecer que as
matrizes incorporam apenas números, porém elas podem incorporar muitos
outros elementos, por exemplo, funções, matrizes, números complexos etc. De
fato, considere a matriz:
3
2 − 7i 3x
[ ]
2
x + 2 − i
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A m×n =
⎢⎥
⎣
α
⎡ 11
termo [α
A =
B = [
… α 1n
⋮ ⋱ ⋮
α m1 ⋯ α mn
⎣
⎦
⎤
α m1 ⋯ α mn
ij ] mxn
8,01 8,10
8,12 8,02
⎦
7,12 7,97 8,01
8,10 8,12 8,02
⎦
= [α ij ]
m×n
disso, uma matriz é sempre escrita entre colchetes, parênteses ou duas barras.
ASSIMILE
A m×n =
⎣
α
⎡ 11
… α 1n
⋮ ⋱ ⋮
⎤
Cada entrada que compõe uma matriz chama-se de termo dessa matriz, e o
é dito termo geral dessa matriz.
EXEMPLIFICANDO
⎡
7,12 7,97
⎤
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0
Tabela 1.2 | Produção de materiais de construção (em milhões de toneladas) no primeiro ano
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Cimento Tijolo Cal Madeira
Tabela 1.3 | Produção de materiais de construção (em milhões de toneladas) no segundo ano
Suponha que nosso interesse seja descrever uma tabela que nos dê a produção
por material de construção e por região nos dois anos conjuntamente. Como
procederemos? Ora, neste caso, partimos da operação conhecida como adição de
matrizes. Para realizá-la, devemos verificar se ambas as tabelas têm o mesmo
número de linhas e de colunas. No nosso exemplo, essa condição é satisfeita.
Logo, basta somar os elementos correspondentes e teremos a resposta para nosso
objetivo! Assim:
3000 200 400 600 5000 50 200 0 8000 250 600 6
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡
A + B = 700 350 700 100 + 2000 100 300 300 = 2700 450 1000 4
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣
1000 100 500 800 2000 100 600 600 3000 200 1100 1
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Portanto, a produção por material de construção e por região nos dois anos
conjuntamente é descrita pela Tabela 1.4.
Tabela 1.4 | Produção de materiais de construção (em milhões de toneladas) nos dois anos
0
Produção de materiais de construção (em milhões de toneladas) nos dois
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anos
ASSIMILE
k
a uk b kv = a u1 b 1p + ⋯ + a un b nv .
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0
• Só podemos multiplicar duas matrizes A e B se o número de colunas de A for
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igual ao número de linhas de B.
⎣ ⎦
5 3
1 1
B = [ ]
0 4
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R =
[
1 1
2 3
0 0
2
]
⎢⎥
⎡
⎣
4 12
5 17
]
⎤
4. Matriz linha: é aquela matriz que é formada por apenas uma linha.
[3 − 1 2]
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saber quais são os tipos de matrizes que podemos encontrar em nossas situações-
problema. Dos tipos conhecidos de matrizes, destacaremos dez deles:
2. Matriz nula: é aquela matriz em que todos seus termos são nulos.
0 0
⎡
8 0 0
⎤
0 2 0
0 0 1
0 1
⎦
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⎢⎥
⎡
⎣
8 2 1
0 0 1
3 5 1
-1 0 1
A =
⎡
⎣
⎤
⎤
0 2 3
⎡
8 0 0
⎤
1 2 0
5 2 0
5 7
⎤
4 4
⎦
;A
t
4 1 5
]
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O que é determinante? Ora, quando nos referimos a esse termo, estamos nos
referindo a um número associado a uma matriz quadrada A. Esse número é
denotado como det(A) ou |A|. Mas, como encontra-se esse valor? Depende do
tamanho da nossa matriz. Nesta seção, trabalharemos com determinantes de
matrizes até a ordem . Vamos lá?
det [
a 11 a 12
a 21 a 22
] = a 11 ⋅ a 22 − a 12 ⋅ a 21
0
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det
⎜⎢⎥⎟
Para as matrizes , o cálculo é feito da mesma maneira? Não necessariamente.
⎝⎣
a
⎛ ⎡ 11
a 12 a 13
a 31 a 32 a 33
⎤⎞
a 21 a 22 a 23
⎦⎠
=
a
⎡ 11
Neste caso, utilizamos a regra de Sarrus para realizar o cálculo. Por esta regra,
adicionamos duas novas colunas na matriz inicial, repetindo os valores das duas
primeiras colunas. Agora temos três diagonais principais e três secundárias.
a 21 a 22 a 23
objetos. Tais conceitos serão de suma importância para orientar sua equipe no
⎦
Tratamento A
Tratamento B
Tratamento C
Tratamento D
2017
20
10
18
27
= a 11 ⋅ a 22 ⋅ a 33 + a 12 ⋅ a 23 ⋅ a 31 + a 13 ⋅ a 21 ⋅ a 32 − a 11 ⋅ a 23 ⋅ a 32 − a 12 ⋅ a 2
⋅ a 33 − a 13 ⋅ a 22 ⋅ a 31
2018
55
47
38
15
2019
50
20
70
15
0
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a. O tratamento mais eficiente no ano de 2019 foi o tratamento A, uma vez que a maior concentração
removida é descrita pelo elemento da matriz, que representa a tabela descrita no exercício.
0
b. O tratamento mais eficiente no ano de 2018 foi o tratamento C, uma vez que a maior concentração
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removida é descrita pelo elemento da matriz, que representa a tabela descrita no exercício.
c. O tratamento mais eficiente no ano de 2017 foi o tratamento B, uma vez que a maior concentração
removida é descrita pelo elemento da matriz, que representa a tabela descrita no exercício.
d. O tratamento mais eficiente no ano de 2018 foi o tratamento D, uma vez que a maior concentração
removida é descrita pelo elemento da matriz, que representa a tabela descrita no exercício.
e. O tratamento mais eficiente no ano de 2019 foi o tratamento C, uma vez que a maior concentração
removida é descrita pelo elemento da matriz, que representa a tabela descrita no exercício.
Questão 2
Após a conferência de um relatório financeiro de uma empresa, foi-lhe solicitado
um pedido de compra de material de construção civil. De acordo com seu chefe,
você deveria comprar: 40 toneladas do produto A, 50 toneladas do produto B e 60
toneladas do produto C. O custo dos produtos A, B, C é, por tonelada, R$ 5.000, R$
4.000 e R$ 2.500, respectivamente.
Questão 3
As aplicações de matrizes vão desde a física até a economia, ou até mesmo a
biologia. Partindo da natureza dessas aplicações, considere uma situação de
colisão entre dois carros. Assumindo um sistema de coordenadas cartesianas, as
posições desses carros são descritas pelos pontos A = (1,2) e B = (5, 1). Em termos
de física, para entender como ocorreu tal colisão, é necessário entender a
trajetória retilínea que passa pelos pontos A e B.
0
d. A trajetória em questão é descrita pela equação x-4y+15=0.
seõçatona reV
e. A trajetória em questão é descrita pela equação 15x+3y-9=0.
REFERÊNCIAS
BORGES, R. S.; SOUZA, L. F. M.; CRUZ, P. G. G.; VANCONCELOS, B. S. Aplicação de
matrizes no cotidiano de um engenheiro. In: COLÓQUIO ESTADUAL DE PESQUISA
MULTIDISCIPLINAR, III, 2018, Mineiros. Anais [...]. Mineiros, GO: UNIFIMES, 2018.
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Ricardo Puziol de Oliveira
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deve-se fazer a seguinte operação:
seõçatona reV
D = a21 - a11 = 1375 − 1510 = −135
Dessa forma, em novembro, foram vendidos 135 sacos de cimento a mais que
sacos de cal nessa empresa.
Por fim, para a última questão, temos duas operações a se fazer. A primeira delas é
somar o número de sacos de cal e de cimento, individualmente.
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cada mês, e ela é dada por:
seõçatona reV
[114050 159500]
AVANÇANDO NA PRÁTICA
Tabela 1.5 | Número de béqueres e bolsas plásticas para cada amostra de cada poluente
Nº béqueres 13 18 20
Nº bolsas plásticas 2 3 4
Você, como engenheiro ambiental, foi chamado para realizar tal coleta no último
bimestre de 2020. Para analisar a eficácia do tratamento, você dispôs, na tabela a
seguir, o número de amostras de cada poluente necessárias a serem coletadas:
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Novembro Dezembro
Poluente A 12 6
0
Poluente B 24 12
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Poluente C 12 9
RESOLUÇÃO
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0
foi feito para novembro, obtemos os valores do número de béqueres e bolsas
seõçatona reV
plásticas para dezembro, que são, respectivamente, 474 e 84. Portanto,
podemos dispor esses resultados em uma nova tabela (ou matriz), como
mostra a Tabela 1.7.
Novembro Dezembro
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SISTEMAS LINEARES
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Caro aluno, criaremos uma situação hipotética para exemplificar o uso de sistemas
lineares no dia a dia de trabalho, especialmente em áreas relacionadas à
engenharia.
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0
direções atribuídas a cada uma dessas correntes são arbitrárias, isto é, se uma
seõçatona reV
corrente tem valor negativo para sua intensidade, então sua direção real é inversa
à direção estipulada na situação considerada. Lembrando-se de que o fluxo de
corrente num ciclo é governado pelas leis de Kirchhoff (a soma algébrica das
quedas de voltagem em torno do ciclo é igual à soma algébrica das fontes de
voltagem na mesma direção desse ciclo), foi obtido o seguinte sistema linear para
o problema:
p
Q = { ; p, q ∈ Z, q ≠ 0}
q
Que tal começar esse entendimento agora? Você será acompanhado em todo o
processo. Iniciaremos com os conceitos fundamentais de sistemas lineares e suas
aplicações em engenharia química; em seguida, trabalharemos com métodos de
soluções desses sistemas, especialmente em forma de matrizes.
CONCEITO-CHAVE
Anteriormente, exploramos o conceito de matrizes e suas principais características.
Será que é somente esse tipo de estrutura que encontramos no nosso dia a dia?
Para responder a essa questão, consideraremos a situação em que você deseja,
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por exemplo, saber quantas moléculas de hidrogênio (H2) e de oxigênio (O2) são
necessárias para formar a água (H2O). Podemos escrever essa relação como:
0
Como encontramos os valores de x, y e z que satisfazem essa relação? Como os
seõçatona reV
átomos não são modificados, o número de cada elemento no início da reação deve
ser igual ao número de átomos no fim da reação. Assim, podemos escrever o
seguinte sistema de equações:
2x = 2z
{
2y = z
ASSIMILE
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EXEMPLIFICANDO
0
combustão completa da gasolina acontece quando reage com o gás
seõçatona reV
oxigênio, que resulta em gás carbônico e água, isto é,
⎧ 8x − w = 0
S : ⎨ 18x − 2z = 0
⎩
2y − 2w − z = 0
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⎪⎢⎥
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⎣
8
⋮
am1
18
0
a11x1 + a12x2 + … + a1nxn = b1
Em que A =
2
⋱
−1
−2
a1n
amn
⎣
⋮
amn
⎤
a11
am1
0 −2 0
−1
⋅
…
bm
⎡
⋯
x1
xn
⎤
⎦
=
a1n
amn
⎣
⎡
…
b1
bn
b1
bn
⎣
a11
am1
…
… …
a1n
…
b1
⎤
⎦
⎤
⎦
⎤
⎦
lddkls221_met_mat
Essa matriz é chamada de matriz ampliada do sistema. Nela, cada linha é apenas
uma representação abreviada da equação correspondente no sistema. Voltando
ao nosso exemplo, podemos reescrever o sistema da combustão de gasolina em
forma matricial como:
0
0
⎤
⎣
x1
xn
⎤
⎦
éa
0
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18
−
−
0 0
0 0 −2 0
9/4 −2 0
→
→
0
0
0
⎢⎥
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⎡
8
9/4 −2 0
⎣
0
−2 −1 0
⎣
0 2
0
2
9
−1
−2
−2
L1 + L2
−1
−1
0
, isto é,
0
0
⎦
⎤
⎦
L2→ −
L2↔L3
⎡
⎣
9
0
L1+L2
Veja que agora nossa matriz equivalente tem um aspecto mais simples para
obtermos a solução do sistema. Assim, podemos retornar para as equações do
sistema, reescrevendo-o de acordo com a matriz equivalente. Portanto,
4
8x − w = 0
⎨2y − 2w − z = 0
⎩ 9
4
w − 2z = 0
0
Observe que temos três equações para quatro variáveis. Neste caso, dizemos que
o sistema é possível (visto que nenhuma linha é do tipo, por exemplo, 2 = 0) e
⎡
⎣
8
−1
lddkls221_met_mat
9/4
indeterminado, ou seja, admite infinitas soluções, já que temos uma variável livre.
Seja w essa variável livre, logo, temos que:
9
w − 2z = 0 → z =
2y − 2w − z = 0 → 2y = 2w +
8x − w = 0 → x =
1
8
9
w
w
8
w → y =
0
−2
25
16
−1
−2
w
0
0
⎤
⎦
0
−1
0
0
⎤
0
seõçatona reV
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8
w,
25
16
w,
9
8
w, w), w ∈ R} . Portanto, o nosso balanceamento da
equação de combustão de gasolina pode ser escrito como:
0
xC8H18 + yO2 → wCO2 + zH2O
seõçatona reV
1 25 9
wC8H18 + wO2 → wCO2 + wH2O
8 16 8
REFLITA
3. Impossível (SI): quando não há variáveis livres e não é possível determinar uma
solução do sistema em questão.
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04/08/22, 09:22 lddkls221_met_mat
0
• O primeiro elemento não nulo de uma linha não nula é igual a 1.
seõçatona reV
• Cada coluna que contém o primeiro elemento não nulo de alguma linha tem
todos os seus outros elementos iguais a zero.
• Toda linha nula está sempre abaixo de todas as linhas não nulas.
• Se as linhas 1, ..., r são linhas não nulas e se o primeiro elemento não nulo da
linha i está na coluna ki, então k1<k2<...kr.
ASSIMILE
Dada uma matriz A de ordem mxn, seja uma matriz B de ordem mxn a
matriz-linha reduzida à forma escada linha equivalente a A. O posto de A,
denotado por p, é o número de linhas não nulas de B, e a nulidade de a é o
número n-p.
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04/08/22, 09:22 lddkls221_met_mat
Com isso, encerramos a primeira parte desta seção que lida com os sistemas
0
lineares. Agora, vamos à segunda parte, que é referente às matrizes inversas.
seõçatona reV
Para trabalhar com inversão de matrizes, lidaremos necessariamente com as
operações elementares e a forma matriz-linha reduzida à forma escada. Neste
aspecto, dizemos que uma matriz A é invertível se sua matriz-linha reduzida à
forma escada é a matriz identidade. Além disso, sendo A-1 a inversa de A, o
produto A . A-1 resulta na matriz identidade. Veremos como esse procedimento
funciona na prática. Como exemplo, considere a matriz A dada por:
2 1 0 0
⎡ ⎤
1 0 −1 1
A =
0 1 1 1
⎣ ⎦
−1 0 0 3
1 0 −1 1| 0 1 0 0
0 1 1 1| 0 0 1 0
⎣ ⎦
−1 0 0 3| 0 0 0 1
0 1 1 1| 0 0 1 0
⎣ ⎦
−1 0 0 3| 0 0 0 1
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⎢⎥
04/08/22, 09:22
A
1
isto é, L
⎣
1
Portanto,
−1
0
=
−1
−1
−1
−1
−1
⎣
2
= L2 − L3
−5
1
−2|
4|
−3|
1|
0|
0|
0|
1|
−3
−5
−1
1|
−2|
1|
4|
1|
−2|
3|
4|
−5
6
3
1
−1
1
1
0
−1
−3
−4
−1
:
2
−3
−5
−1
1
−2
−2
−1
−2
−1
6
2
−4
0
−3
−4
−1
1
0
−2
−1
−1
⎦
0
1
0
−4
1
⎤
1
⎤
⎦
lddkls221_met_mat
4 = L4 − 2L1;
3
L2 = L2 − 2L1
= (−1)L3 e, em
:
0
seõçatona reV
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04/08/22, 09:22
Como exercício, você pode verificar se, de fato, a matriz encontrada é a matriz
é a matriz identidade de ordem 4. Com isso, encerramos esta seção sobre sistemas
lineares e suas aplicações no cotidiano e o procedimento para inversão de
matrizes.
⎧ x + y + z = 1
⎨ x − y − z = 2
⎩
{
2x + y + z = 3
Com base nos conceitos aprendidos nesta seção, assinale a alternativa correta:
Questão 2
Suponha que você tenha como objetivo estimar o número médio de veículos em
quatro cruzamentos, a fim de ter uma ideia para um possível controle de poluição
no futuro. Para tal objetivo, você foi até a região comercial de uma determinada
cidade e obteve o seguinte sistema que rege o número de veículos:
10 + 10 + 10 + 30t 10
−1
=
⎢⎥
lddkls221_met_mat
⎣
−5
3
1
−3
−5
−1
6
−3
−4
−1
2 −4
2
1
⎤
⎦
, em que I4
0
seõçatona reV
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04/08/22, 09:22 lddkls221_met_mat
a. A solução do sistema é (10, 20, 30, 40), isto é, o número médio de veículos em cada cruzamento é
0
determinado.
seõçatona reV
b. A solução do sistema é (x, 2x, 3x, 4x), isto é, o número médio de veículos em cada cruzamento é
indeterminado.
c. A solução do sistema é (15, 15, 15, 15), isto é, o número médio de veículos em cada cruzamento é
determinado.
d. A solução do sistema é (-2+5z-y,y,z,1-2z), isto é, o número médio de veículos em cada cruzamento é
indeterminado.
e. A solução do sistema é (30, 15, 35, 75), isto é, o número médio de veículos em cada cruzamento é
determinado.
Questão 3
Em um determinado estudo de engenharia de alimentos, foram estudados três
tipos de alimentos a respeito das vitaminas A, B, e C contidas nesses alimentos.
Obteve-se a seguinte relação:
• O alimento III teve quatro unidades de vitamina A, três unidades de vitamina B e
1 uma unidade de vitamina C.
⎧ 5x + 2y + 2z = 11
⎧ 5x + 2y + 2z = 20
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04/08/22, 09:22
REFERÊNCIAS
BONAT, W. H. Sistemas de Equações Lineares. Curitiba, PR: UFPR, [s.d.].
Disponível em: https://bit.ly/3gouSbs. Acesso em: 15 fev. 2021.
RINCON, M.; FAMPA, M. Álgebra linear. Aula 13: método de eliminação de Gauss.
Rio de Janeiro, RJ: CEDERJ, [s.d.]. Disponível em: https://bit.ly/3835pjr. Acesso em: 4
abr. 2021.
⎪
lddkls221_met_mat
⎧5x + 3y + 4z = 20
⎩
2x + 4y + z = 9
⎧ 5x + 2y + 2z = 11
⎩
2x + y + 3z = 9
3x + y + 4z = 20
⎧ 5x + 3y + 4z = 11
2x + y + 3z = 9
2x + 4y + z = 20
.
0
seõçatona reV
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04/08/22, 09:22 lddkls221_met_mat
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0
Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.
⎧ 2I1 − I2 + I3 − I4 = 4
5I1 + I2 + I4 = 5
S : ⎨
I2 + I4 = 0
⎩
−2I4 = 4
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Nome da empresa
XXXXX
Problema
0
Intensidade e direções das correntes elétricas em quatro ciclos fechados de um
seõçatona reV
circuito elétrico.
Solução
Custo
XXXX
Assinatura
XXXX
AVANÇANDO NA PRÁTICA
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04/08/22, 09:22 lddkls221_met_mat
0
Sabendo que o fluxo de veículos é descrito no diagrama, foi-lhe solicitado estipular
seõçatona reV
a quantidade de veículos em cada um dos quatro cruzamentos e organizar tal
informação em forma de relatório, para apresentá-la aos seus superiores,
assumindo, posteriormente, que o valor de .
RESOLUÇÃO
Isto é:
⎧ x1 − x2 = 160
x2 − x3 = −40
S : ⎨
x3 − x4 = 210
⎩
x4 − x1 = −330
0 1 −1 0 −40
0 0 1 −1 210
⎣ ⎦
−1 0 0 1 −330
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⎢⎥
⎡
XXXX
1
Problema
0
0
0
0
−1
−1
−1
0
330
170
210
0
⎤
Nome
XXXX
Empresa
lddkls221_met_mat
Solução
Assinatura
XXXXX
0
seõçatona reV
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AUTOVALORES E AUTOVETORES
0
Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.
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04/08/22, 09:23 lddkls221_met_mat
0
Criaremos uma situação hipotética para exemplificar o uso das transformações
seõçatona reV
lineares em situações do cotidiano.
CONCEITO-CHAVE
Nas seções anteriores, exploramos os conceitos de matrizes e sistemas lineares
munidos das suas principais aplicações. Nesta seção, trabalharemos o conceito de
uma das estruturas algébricas mais importantes da álgebra linear: o espaço
vetorial.
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04/08/22, 09:23 lddkls221_met_mat
0
• V é um grupo Abeliano isto é, valem as propriedades:
seõçatona reV
Lei comutativa: v + w = w + v.
−u = (−1)u .
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04/08/22, 09:23 lddkls221_met_mat
0
quando W ⊂ V , tal que o ∈ W ; u + v ∈ W e au ∈ W .
seõçatona reV
Dentre os exemplos, faremos um destaque para o subespaço chamado de span,
isto é, se A é um conjunto de vetores em V, então o span(A) de A é o menor
subespaço de V que contém A. Ele pode ser construído tomando todas as
combinações lineares (ou seja, suponha que v 1, v 2 , … , v k ∈ V e
c 1 , c 2 , … , c k ∈ R . Então ∑ k
i = 1
ci vi é a combinação linear de v 1, v 2 , … , v k
Uma vez definido o que é subespaço vetorial, podemos trabalhar com o conceito
de base e dimensão abordado no exemplo sobre espectro de cores descrito
anteriormente. Neste aspecto, dizemos que uma base é uma coleção de vetores B
de um espaço vetorial V quando cada vetor em V pode ser escrito de uma maneira
única como combinação linear de elementos de B. As bases são precisamente os
conjuntos máximos independentes de vetores. As bases também são
precisamente os conjuntos de abrangência mínima de vetores e, em particular,
cada conjunto de abrangência pode ser reduzido a uma base. Vale lembrar
também que todo espaço vetorial tem uma base.
Definimos o que é base, mas e o que é dimensão? Para definir esse conceito, tome
quaisquer duas bases de V que têm o mesmo “tamanho”. Esse “tamanho” é
chamado de dimensão de V, e denotamos por dim(V).
EXEMPLIFICANDO
Por exemplo, dim (R n
) = n e dim (C [0,1]) = ∞. De fato, a base
elementar de R consiste nos n vetores e1=(1,0, ...,0), ..., ei=(0, ..., 0, 1, 0, ...,
n
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04/08/22, 09:23 lddkls221_met_mat
B = {(1,0), (0,1)} . Note que o vetor genérico dado pode ser escrito como
(x, y) = x(1,0) + y(0,1) para quaisquer que sejam os valores de x e y.
Logo, dim(R 2
) = 2 , e o resulto é análogo para R 3
,...,R
n
.
0
Agora, já sabemos o que é um espaço vetorial e o que é uma base, que são
seõçatona reV
ferramentas de suma importância para definir a nossa próxima estrutura de
trabalho, as transformações lineares. E o que é uma transformação linear?
Considere V e W dois espaços vetoriais sobre um corpo F. Uma transformação
linear de V em W é uma função T : V → W que satisfaz:
• T (v 1 + v 2 ) = T (v 1 ) + T (v 2 ) .
• I (v 1 + v 2 ) = v 1 + v 2 = I (v 1 ) + I (v 2 ) ;
EXEMPLIFICANDO
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04/08/22, 09:23 lddkls221_met_mat
0
Baseando-se nessas propriedades, podemos trabalhar com o conceito de base
seõçatona reV
também. Isto é, dados V e W dois espaços vetoriais sobre um corpo F e dada uma
base de V = { v 1 , … , v n } , sejam w 1, … , w n elementos arbitrários de W.
Existe uma única transformação linear T : V → W , tal que
T (v 1 ) = w 1 , … , T (v n ) = w n . De fato, dado v ∈ V , existe uma única n-upla
(x 1 , … , x n ) tal que v = x 1 v1 + … + xn vn e T (v) = x 1 w1 + … + x n w n .
Assim, T é uma aplicação bem definida que associa cada vetor v em V a um vetor
T (v) em W. Portanto, pela definição de T, é imediato que
T (v 1 ) = w 1 , … , T (v n ) = w n . Agora, precisamos verificar que, de fato, T é
linear. Para verificar que T é uma transformação linear, seja
u = y1 v1 + … + yn vn um vetor de V e α um escalar qualquer, temos que:
Então:
0
• A transformação T é injetora se, e somente se, Ker (T ) = {0}.
seõçatona reV
Definimos o núcleo e as condições para uma transformação ser injetora. Mas, e no
que diz respeito à imagem e à sobrejetividade? Ora, dados V e W dois espaços
vetoriais sobre um corpo F e T : V → W uma transformação linear. A imagem de
T é dada pelo seguinte subconjunto de W: I m (T ) = {w ∈ W ∣ T (v) = w} .
Para exemplificar esse conceito, seja T : R
3
→ R
3
uma transformação linear
definida por T (x, y, z) = (x, 2y, 0). Qual é a imagem da transformação T?
Neste caso, a imagem de T é dada por:
ASSIMILE
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0
então, pelo núcleo. Dizemos que um elemento (x, y, z) de R pertence ao núcleo de 3
seõçatona reV
T se:
⇒ 3 = 2 + dim(I m (T )
⇒ dim (I m (T )) = 3 − 2 = 1
REFLITA
ASSIMILE
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04/08/22, 09:23 lddkls221_met_mat
0
1 ), … , F (u n )
seõçatona reV
F (u 1 ) = α 11 v 1 + … + α m1 v m
F (u 2 ) = α 12 v 1 + … + α m2 v m
F (u n ) = α 1n v 1 + … + α mn v m
Ou simplesmente:
m
F (u j ) = ∑ α ij v j
i = 1
M =
⋮ … ⋮
⎣ ⎦
α m1 … a mn
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04/08/22, 09:23 lddkls221_met_mat
ASSIMILE
0
identidade de ordem .
seõçatona reV
Por exemplo, considere uma transformação linear que tem como matriz em
relação à base canônica de R a seguinte matriz: 2
0 1
A = ( )
1 0
Com base na definição de polinômio característico, temos que ele é dado por:
−k 1
2
p T (t) = det ( ) = k − 1
1 −k
As raízes são 1, -1 nos números reais. As raízes dos polinômios característicos são
conhecidas como autovalores de T, que é uma outra definição desse conceito. Uma
vez que sabemos o que é autovalor e autovetor, podemos definir o que é
diagonalização de operações, que é a definição final desta seção. Vamos lá?
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a. Dados V e W dois espaços vetoriais sobre um corpo F, uma transformação linear de V em W é uma
função T : V → W que satisfaz: T (v + v ) = T (v ) − T (v ) e T (αv) = α T (v) para todo
0
1 2 1 2
v , v , v ∈ V e todo escalar α ∈ F .
1 2
seõçatona reV
b. Dados V e W dois espaços vetoriais sobre um corpo F, uma transformação linear de V em W é uma
função T : V → W que satisfaz: T (v + v ) = T (v ) + T (v ) e T (αv) = −α T (v) para todo e
1 2 1 2
todo v , v , v ∈ V escalar α ∈ F .
1 2
c. Dados V e W dois espaços vetoriais sobre um corpo F, uma transformação linear de V em W é uma
função T : V → W que satisfaz: T (v + v ) = T (v ) + T (v ) e T (αv) = α T (v) para todo
1 2 1 2
v , v , v ∈ V e todo escalar α ∈ F .
1 2
d. Dados V e W dois espaços vetoriais sobre um corpo F, uma transformação linear de V em W é uma
função T : V → W que satisfaz: T (v − v ) = T (v ) − T (v ) e T (αv) = −α T (v) para todo
1 2 1 2
v , v , v ∈ V e todo escalar α ∈ F .
1 2
e. Dados V e W dois espaços vetoriais sobre um corpo F, uma transformação linear de V em W é uma
função T : V → W que satisfaz: T (v + v ) = T (v − v ) e T (αv) = α T (v) = −αT (v) para
1 2 1 2
Questão 2
Autovalores e autovetores são ferramentas que podemos utilizar amplamente em
diversas áreas. Por exemplo, suponha que você foi contratado para avaliar a
performance de algoritmos de busca, como o Google. Em suas análises, você se
deparou com a seguinte matriz de uma transformação linear:
2 −3 0
⎡ ⎤
A = −3 2 0
⎣ ⎦
1 −1 6
a. -1, 5, 5.
b. -1, 5, 6.
c. -1, 5, -1.
e. 1, -5, -6.
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Questão 3
Suponha que você foi contratado por uma empresa de engenharia mecânica para
avaliar motores de combustão de carros automáticos. O objetivo é determinar a
eficiência do motor, que é governada pelo autovetor v = (1,a) da matriz
0
0 1
A = [ ] associado ao maior dos autovalores de A, que é uma matriz de uma
1 1
seõçatona reV
transformação T originada das análises desse motor de combustão.
Com base nos conteúdos estudados nesta seção, assinale a alternativa que contém
o valor de a:
a. 1−√ 4
b. 1+√ 4
c. 1+√ 5
d. 1−√ 5
e. 1+√ 3
REFERÊNCIAS
FERNANDES, D. B. Álgebra Linear. São Paulo: Pearson, 2014.
R-PROJECT. The R Project for Statistical Computing. R-project, 2021. Disponível em:
https://www.r-project.org. Acesso em: 8 mar. 2021.
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0
Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.
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Isto é:
T (x1 + kx2, y1 + ky2) = (x1 + kx2, − y1 − ky2) = (x1, −y1) + (kx2, −ky2)
0
= (x1, −y1) + k (x2, −y2) = T (x1, y1) + kT (x2, y2) = T (v1) + kT (v2)
seõçatona reV
Ou seja:
AVANÇANDO NA PRÁTICA
MECANISMOS DE BUSCAS
Suponha que você tenha sido contratado por uma empresa de computação para
implementar um novo mecanismo de busca. Depois de muitas análises, você se
baseou no conceito de autovalor para aprimorar o sistema e definir seu
mecanismo de busca. Para tal, você associou uma transformação linear, em que a
sua matriz é dada por:
3 0 0
⎡ ⎤
A = 0 3 2
⎣ ⎦
0 −1 0
Para concluir o mecanismo, você precisa saber quais são os autovalores para,
futuramente, discutir as questões de diagonalização.
RESOLUÇÃO
det
∣⎜⎟
⎛
⎝
A − kI
²
(3 − k)(k −3k + 2) = 0
⎞
⎠
=
3 − k
0 −1
0
3 − k
−k
0
2 = 0
lddkls221_met_mat
0
seõçatona reV
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ZERO DE FUNÇÕES
0
Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
CONVITE AO ESTUDO
Caro aluno, o que vem à sua cabeça quando escuta o termo métodos numéricos?
Aproximações? Se sim, você está em uma linha de pensamento correta! O cálculo
numérico é um subtópico dos métodos matemáticos que envolvem aproximações
para zeros de funções, aproximações de cálculo de integrais que podem estar
relacionadas com a área de uma placa de metal, por exemplo.
Por fim, vamos estudar os métodos numéricos para aproximar o valor de uma
integral, que na prática é fundamental para o cálculo da área, especialmente
quando se trabalha com placas de metais em formatos diferentes de figuras
planas, por exemplo. Vamos ver cada um desses conceitos devagar no decorrer
desta unidade.
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tipos de erros podemos cometer quando trabalhamos com aproximações
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numéricas. Por fim, vamos trabalhar com os tipos de métodos numéricos que
temos para lidar com o problema de encontrar o zero (raíz) de uma função,
independente da forma dessa função.
Vamos criar uma situação hipotética para exemplificar o uso dos métodos
numéricos no dia a dia de trabalho, especialmente em áreas relacionadas com a
Engenharia.
Imagine que você foi convocado para implementar um método numérico para
resolver o problema de maximização de lucro de uma dada empresa de software
no ano de 2020. O método que a empresa definiu para a implementação no
software matemático Maple foi o método do ponto fixo descrito pelos passos:
2. k = 1.
3. x k = φ(xk−1) .
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5. x k−1 = xk .
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que ele fosse útil para a empresa? Além disso, a partir dessa implementação,
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calcule o valor do lucro máximo quando a função que determina o lucro é dada
por f (x) = e x−2
assumindo uma aproximação inicial de 0.1 e uma precisão de
1%.
Viu como os métodos numéricos são fundamentais? Que tal começar a entender
como funcionam agora? Você será acompanhado em todo o processo no decorrer
da seção! Vamos iniciar então com algo mais simples, mas que é base para todo o
resto dos métodos numéricos: os sistemas numéricos.
CONCEITO-CHAVE
Você já parou para pensar no que são métodos numéricos? Como utilizamos um
sistema numérico? Nesta unidade, nosso foco será trabalhar com métodos
numéricos e é importante destacar que, quando falamos de uma solução
numérica, não estamos falando de uma solução exata, e sim de uma solução
aproximada. E como estamos falando de aproximações, estamos falando
necessariamente de precisão numérica, que é sujeita a erros. Assim, vamos
começar nossos estudos definindo o que é um sistema de ponto flutuante.
y = ± (
d1
β
1
+
d2
β
2
+
d3
β
3
+ … +
dt
β
t
)β
e
= ±(. d1d2d3...dt)β
e
onde
0 ≤ di < β, i = 1, 2, . . . , t . Isto é, esse sistema se caracteriza por quatro
componentes: a base β (que pode ser binária, decimal, hexadecimal, etc.); a
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ASSIMILE
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Todo sistema computacional utiliza algum sistema de aritmética de ponto
flutuante para trabalhar com números em que os resultados, em geral, são
apresentados em base 10. Esses sistemas são conhecidos como sistemas
numéricos de base 10.
Agora, vamos entender como funciona esse sistema. Começamos com a mantissa,
ela deve ser fracionária nessa representação, isto é, deve ser menor do que 1 para
que possamos trabalhar com a unicidade para a representação para cada y ∈ F .
Mas como fazemos isso? Ora, devemos trabalhar com o que chamamos de
normalização. Essa normalização deve ser feita de forma que d 1 ≠ 0 para y ≠ 0
para garantir a representação do sistema de ponto flutuante.
Mas temos um problema quando fazemos essa normalização. Você deve estar se
perguntando qual e lhe digo que é a questão do zero. Mas como assim? Veja que a
normalização no sistema de ponto flutuante exige que d 1 ≠ 0 , para obter
unicidade na representação, mas infelizmente essa restrição torna impossível
representar o zero de modo a adicioná-lo ao sistema. Então, como podemos
representar o zero nesse sistema? Nesse caso, uma maneira natural de
representar o zero é com o menor expoente possível, usando: 0,1 × β emin
.
ASSIMILE
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Uma vez definido o que é um sistema de aritmética de ponto flutuante, resta saber
se é um conjunto finito. De acordo com a definição do sistema de ponto flutuante
(ANDRADE, 2012), podemos notar que a quantidade de números normalizados é
definida pela expressão:
0
t−1
2(β − 1)β (emax − emin + 1) + 1,
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uma vez que existem dois caminhos para o sinal, isto é, β − 1 escolhas para o
dígito d , β escolhas para os t − 1 dígitos restantes da mantissa,
1
Então, sabemos que precisamos trabalhar com uma quantidade finita de dígitos,
mas sabemos também que os números irracionais, por exemplo, têm quantidades
infinitas de dígitos. Como procedemos para descartar os dígitos a fim de deixar
esse número “finito”? Ora, existem duas maneiras de se fazer isso:
arredondamento simétrico ou truncamento. Mas antes de definir o que são
ambos, vamos ressaltar que tanto o computador quanto a calculadora trabalham
com representação numérica discreta, isto é, dado um número x ≠ 0 no sistema
de aritmética de ponto flutuante de base 10, então x é escrito como:
e
x = ± 0,a1a2...atat+1...an × 10 ,
e
x = ± (0,a1a2...at) + 0,000 … 0at+1...an) × 10 ,
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e e−t
x = ± 0,a1a2...at × 10 + ±0,at+1...an × 10 ,
Ou ainda,
e e−t
x = f × 10 + g × 10
0
Em que
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f = ± 0,a1a2 . . . at, 0 < |f | < 1
EXEMPLIFICANDO
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EAx = |x − x|
¯ e o erro relativo por:
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|x−x|
¯
ERx = , x ≠ 0.
|x|
Em geral, o valor exato de não é sempre conhecido. Nesse caso, o cálculo do erro
relativo não seria possível, no entanto, podemos utilizar a seguinte expressão do
erro relativo quando o valor exato não é conhecido:
¯
|x−x|
¯
ERx = , x ≠ 0.
|x|
¯
EXEMPLIFICANDO
e
EAy 0.1 −1
ERy = < ≈ 0.14 × 10
|y |
¯ 7.2
0
retângulo tenha hipotenusa medindo √20 cm. Se utilizarmos um instrumento de
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medida, como uma régua, vemos a medida ficar entre 4,47 e 4,48.
REFLITA
Para responder essa questão, podemos trabalhar com a relação entre os conceitos
de erro relativo e de dígitos significativos por meio da seguinte proposição: se o
erro relativo do valor aproximado de um número não excede 0.5 × 10 , então −n
esse valor tem n dígitos significativos (ANDRADE, 2012). Assim, dizemos que x̄
aproxima com x dígitos significativos se d é o maior inteiro positivo, tal que:
¯
|x−x| 1 −d
< × 10
¯
|x| 2
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vamos considerar f : [a, b] → R contínua, tal que f (a)f (b) < 0. Seja m o
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ponto médio de [a, b]. Observe que se f (a)f (m) < 0, então, pelo teorema do
valor intermediário, temos uma raiz no intervalo [a, m]. Por outro lado, se
f (a)f (m) > 0 , então temos que
f (a)f (m)f (a)f (b) = [f (a)] f (m)f (b) < 0
2
, pois [f (a)]² > 0. Assim, segue
que f (m)f (b) < 0 e, portanto, a raiz está localizada no intervalo [m, b]. Dessa
forma, chamando a 0 = a e b 0 = b e aplicando-se diversas vezes a bissecção,
teremos os intervalos [a k, bk] e pontos médios m . Logo, segue que: k
b−a
|bk − ak| = bk − ak = k
2
Certo, vimos uma maneira de resolver f (x) = 0. Vamos agora trabalhar sob outro
enfoque, o método do ponto fixo. Como trabalhamos com esse método? Ora,
inicialmente, dizemos que c é um ponto fixo para f se f (c) = c. Agora, seja
f (x) = 0 tal que escrevemos φ(x) = x e seja x aproximação inicial e ε > 0 0
para o erro aceitável (ou tolerância para o erro admitindo o método), seguimos os
passos (ANDRADE, 2012):
2. k = 1.
3. x k = φ(xk−1) .
5. x k−1 = xk .
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funções! Tais conceitos serão de suma importância para orientar sua equipe no
trabalho e também para resolver problemas relativos à modelagem que envolva
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métodos numéricos.
a. O erro absoluto é a diferença entre o valor exato de um número e seu valor aproximado. Já o erro relativo
é a razão entre o erro absoluto e o valor aproximado.
b. O erro absoluto é a soma entre o valor exato de um número e seu valor aproximado. Já o erro relativo é a
razão entre o erro absoluto e o valor aproximado.
c. O erro absoluto é a soma entre o valor exato de um número e seu valor aproximado. Já o erro relativo é a
diferença entre o erro absoluto e o valor exato.
d. O erro absoluto é a soma entre o valor exato de um número e seu valor aproximado. Já o erro relativo é a
razão entre o erro absoluto e o valor exato.
e. O erro absoluto é a soma entre o valor exato de um número e seu valor aproximado. Já o erro relativo é a
diferença entre o erro absoluto e o valor aproximado.
Questão 2
O método de Newton-Rhapson é um dos métodos numéricos mais populares em
muitas aplicações. Ele pode ser utilizado para muitas coisas, dentre elas, o cálculo
aproximado de raízes quadradas. Para isso, toma-se uma função auxiliar
f (x) = x
2
− N em que N é o número que desejamos calcular a raiz quadrada.
Com base nessa ideia, assinale a alternativa que contém o valor aproximado da
i d d d 7 l é d d N Rh
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a. 2,645752048.
b. 2,744521548.
0
c. 3,211654899.
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d. 2,541545832.
e. 2,610414105.
Questão 3
Suponha que você foi contratado por uma empresa de engenharia de software
para implementar métodos numéricos computacionalmente. O método escolhido
foi o da bissecção. Seu supervisor ficou com dúvidas em duas linhas que faltam
preencher e foi solicitar sua ajuda. A implementação que deve ser completada é
descrita pelo código a seguir e as linhas que faltam estão em lacunas:
metodobissec:=proc(f::procedure,epsilon::positive,a0::numeric,b0::numeric) local
err,m, a, b, A, B, n;
A:='A': B:='B':
____________________
err:=evalf(abs(a[n]-b[n]));
____________________
a[n+1]:=a[n];
b[n+1]:=m[n]
else
a[n+1]:=m[n];
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b[n+1]:=b[n]
fi:
0
od:
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end:
a. As linhas de código que faltam para completar a implementação são, respectivamente, dadas por:
m[n]:=evalf((a[n]+b[n])/4): e if evalf(f(a[n])*f(m[n]))<=0 then.
b. As linhas de código que faltam para completar a implementação são, respectivamente, dadas por:
m[n]:=evalf((a[n]+b[n])/3): e if evalf(f(a[n])*f(m[n]))>=0 then.
c. As linhas de código que faltam para completar a implementação são, respectivamente, dadas por:
m[n]:=evalf((m[n]+b[n])/3): e if evalf(f(a[n])*f(m[n]))<=0 then.
d. As linhas de código que faltam para completar a implementação são, respectivamente, dadas por:
m[n]:=evalf((a[n]+m[n])/2): e if evalf(f(b[n])*f(a[n]))>=0 then.
e. As linhas de código que faltam para completar a implementação são, respectivamente, dadas por:
m[n]:=evalf((a[n]+b[n])/2): e if evalf(f(a[n])*f(m[n]))<=0 then.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, D. Cálculo Numérico. In: NOTAS de aula. [S. l.], 2012.
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Nosso problema aqui é implementar o método do ponto fixo utilizando o software
Maple. Note que uma implementação computacional pode ser feita de várias
formas diferentes e ainda assim gerar o mesmo resultado. O que vai mudar entre
uma e outra é somente a eficiência e visualização do algoritmo. Então, como
sugestão dessa implementação, podemos fazer:
x[0]:=x0;
ErrAbs:=1;
tol:=0;
x[k+1]:=evalf(g(x[k]));
ErrAbs:=evalf(abs(x[k+1]-x[k]));
ErrRel:=evalf(ErrAbs/abs(x[k+1])):
tol:=evalf(epsilon*abs(x[k+1]));
od;
end:
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AVANÇANDO NA PRÁTICA
seõçatona reV
VALOR MÁXIMO DA CONCENTRAÇÃO DE UM DADO POLUENTE
Suponha que uma certa área fluvial foi contaminada por uma empresa local com
um determinado agente tóxico. Sabendo que a concentração desse agente tóxico
varia de acordo com a função:
x
f (x) = 4cos(x) − e
RESOLUÇÃO
Dado , vamos escrever , tal que seja uma aproximação inicial e tolerância.
Então:
2. k = 1.
3. x k = φ(xk−1) .
5 xk 1 = xk
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5. x k−1 = xk .
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passos do método, temos:
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k xk f (xk) f ′(xk) |xk − xk−1|
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INTERPOLAÇÃO
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Caro aluno, nesta seção iremos entender o conceito de interpolação polinomial,
que consiste em aproximar uma função usando polinômios. Para isso, dois
métodos serão considerados: o método de Lagrange e o método de Newton. A
vantagem do uso da interpolação polinomial, por exemplo, é que se uma dada
função com forma complexa puder ser aproximada por um polinômio, então o
nosso trabalho na modelagem facilita bastante, pois os polinômios são mais
flexíveis para se trabalhar.
Que tal começar esse entendimento agora? Você será acompanhado em todo o
processo! Iniciaremos com os conceitos fundamentais de interpolação polinomial.
Em seguida, trabalharemos com métodos de interpolação, especialmente o mais
popular, que é o de Newton!
CONCEITO-CHAVE
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pontos distintos x 0, x 1 , . . . , x n , que iremos chamar de “nós”, e que os pontos
seõçatona reV
y 0 , y 1 , . . . , y n foram obtidos por meio de alguma função f desconhecida, isto
é, y i = f (x i ), i = 0, 1, . . . , n . Queremos, então, conhecer ou estimar
f (x r ) para algum valor x que não seja necessariamente tabelado. Um modo de
r
fazer isso é interpolar f por uma função polinomial, uma vez que, em geral, temos
conhecimento apenas dos pares de pontos (x i, f (x i )) e não da expressão de f
em si.
n n−1
⎧ an x + a n−1 x + … + a 1 x 0 = f (x 0 )
0 0
⎨ …
⎩ n n−1
a n x n + a n−1 x n + … + a 1 x n = f (x n )
Com base nos conceitos de Álgebra Linear, podemos reescrever o sistema anterior
em forma de matriz como:
n
1 x0 … x a0 f (x 0 )
⎡ 0 ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
… … … … ⋅ … = …
⎣ n ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
1 xn … x an f (x n )
n
n
1 x0 … x
⎡ 0 ⎤
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ASSIMILE
seõçatona reV
Matematicamente, uma matriz é dita matriz de Vandermonde se todos os
termos de cada uma de suas linhas formam uma progressão geométrica.
Iniciemos, então, com o método de Lagrange. Para esse método, vamos considerar
dados (n + 1) pontos distintos x 0, x 1 , . . . , x n e
y i = f (x i ), i = 0, 1, . . . , n . Para cada k = 0, 1, . . . , n seja:
(x − x 0 )(x − x 1 ). . . (x − x k−1 )(x − x k+1 ). . . (x − x n )
L k(x) =
(x k − x 0 )(x k − x 1 ). . . (x k − x k−1 )(x k − x k+1 ). . . (x k − x n )
Ou resumidamente,
n x−x i
L k (x) = ∏ , k = 0,1, … , n.
i=0,i≠k x k −x i
a. L k (x k ) = 1 ,
b. L k (x j ) = 0, j ≠ k ,
onde:
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n x−x i
L k (x) = ∏ , k = 0,1, … , n.
i=0,i≠k x k −x i
EXEMPLIFICANDO
0
polinômio que interpola os pontos
seõçatona reV
(x k , y k ) = { (−1,0), (0,1), (1,2), (2,7)} . Assim, pelo método de
Lagrange, obtemos:
(x−x 1 )(x−x 2 )(x−x 3 ) −x(x−1)(x−2)
L 0 (x) = =
(x 0 −x 1 )(x 0 −x 2 )(x 0 −x 3 ) 6
3
x
3
+
1
3
x + 1 .
Assim, o erro para o polinômio de Lagrange é dado pela diferença |f (x) − p n (x)| .
1 > restart;
arguments’;
<> 2 then
6 ERROR(‘o argumento não é um ponto do R^2’, pt) else pt fi;
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j = 1..i-1) * product((x-pts[k][1])/(pts[i][1]-pts[k][1]), k=
9 print(polin);
0
10 > gr1 := plot(polin, x = 0..pts[nops(pts)][1];
seõçatona reV
12 > plots[display]({gr1, gr2});
13 >end:
14 # Exemplo
no sistema. Por quê? Note que ao usar esse método, adicionar um novo ponto
implica que devemos recalcular todos os polinômios
L k (x), i = 0, 1, . . . , n + 1 . Como resolver essa questão? Bem, trabalhamos
com o método de Newton (ou método das diferenças divididas).
f [x 0 ] = f (x 0 ), (ordem zero)
f [x 1 ]− f [x 0 ] f (x 1 )− f (x 0 )
f [x 0 , x 1 ] = = , (ordem 1)
x 1 – x 0 x 1 – x 0
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x0 f [x 0 ]
0
f [x 0 , x 1 ]
seõçatona reV
x1 f [x 1 ] f [x 0 , x 1 , x 2 ]
f [x 1 , x 2 ] f [x 0 , x 1 , x 2 , x 3 ]
x2 f [x 2 ] f [x 1 , x 2 , x 3 ]
f [x 2 , x 3 ]
x3 f [x 3 ]
x0 f [x 0 ]
f [x 0 , x 1 ]
x1 f [x 1 ] f [x 0 , x 1 , x 2 ]
… … f [x 0 , x 1 , … , x n ]
… … f [x n−2 , x n−1 , x n ]
f [x n−1 , x n ]
xn f [x 3 ]
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f [x]− f [x 0 ] f (x)− f (x 0 )
f [x 0 , x] = = ,
x – x 0 x – x 0
tal que:
0
onde p 0 (x) = f (x 0 ) . Então, chamaremos E 0 (x) = f (x) − p 0 (x) de erro ao se
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aproximar f (x) por p 0 (x) . Agora, seja p 1 (x) o polinômio de grau menor do que 1
que interpola f (x) em x e x . Temos que: 0 1
tal que:
f (x) = f (x 0 ) + … + (x − x 0 ) … (x − x n−1 )f [x 0 , … , x n ] + (x − x 0 ) … (x − x n )f [x 0 , …
, onde
p n (x) = f (x 0 ) + (x − x 0 )f [x 0 , x 1 ] + … + (x − x 0 ) … (x − x n−1 )f [x 0 , … , x n ]
ASSIMILE
A forma de Newton para o polinômio p n (x) que interpola f (x) em pontos
distintos é dada por
p n (x) = d 0 + d 1 (x − x 0 ) + ⋅ ⋅ ⋅ + d n (x − x 0 ) ⋅ ⋅ ⋅ (x − x n−1 )
(ANDRADE, 2012).
EXEMPLIFICANDO
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-1 0
0
1−0
= 1
0−(−1)
seõçatona reV
0 1
2−0−(1−(−1))⋅1
= 0
(1−(−1))(1−0)
1 2
1 2 2
2 7
2
= (x + 1) + (x + 1)x(x − 1)
3
REFLITA
Com isso, finalizamos a nossa seção sobre polinômio interpolador, que é um dos
objetos fundamentais quando trabalhamos aproximações numéricas.
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0
interpolação, destacam-se dois deles: o método de Lagrange e o método de
Newton.
seõçatona reV
Sobre o método de Lagrange, assinale o que for correto.
Questão 2
Uma das grandes desvantagens do método de Lagrange é que a adição de mais
um ponto nos obriga a realizar todos os cálculos dos novos polinômios L, o que
pode ser um grande problema caso tenhamos muitos pontos. Porém, usando o
método de Newton, não temos esse problema.
a. No método de Newton para o polinômio interpolador, com diferenças divididas, podemos acrescentar ou
retirar pontos, uma vez que esse método faz uma construção recursiva simples utilizando um operador de
produto da diferença.
b. No método de Newton para o polinômio interpolador, com diferenças divididas, podemos acrescentar ou
retirar pontos, uma vez que esse método faz uma construção discursiva simples utilizando um operador de
diferença dividida.
c. No método de Newton para o polinômio interpolador, com diferenças divididas, podemos acrescentar ou
retirar pontos, uma vez que esse método faz uma construção recursiva simples utilizando um operador de
diferença dividida.
d. No método de Newton para o polinômio interpolador, com diferenças aumentadas, podemos
acrescentar ou retirar pontos, uma vez que esse método faz uma construção recursiva simples utilizando
um operador de produto da diferença dividida.
e. No método de Newton para o polinômio interpolador, com somas divididas, podemos acrescentar ou
retirar pontos, uma vez que esse método faz uma construção discursiva complexa utilizando um operador
de diferença subtraída.
Questão 3
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0
Esse fenômeno é chamado de fenômeno Runge.
seõçatona reV
Sobre o fenômeno Runge, assinale o que for correto.
a. Por definição, o fenômeno Runge é: o erro é maior na zona central do intervalo e menor nos extremos.
Para evitar esse fenômeno, podemos considerar pontos não igualmente espaçados juntamente com
polinômios ortogonais, splines ou aproximação por mínimos quadrados.
b. Por definição, o fenômeno Runge é: o erro é menor na zona central do intervalo e maior nos extremos.
Para evitar esse fenômeno, podemos considerar pontos igualmente espaçados juntamente com polinômios
ortonormais, splines ou aproximação por mínimos quadrados.
c. Por definição, o fenômeno Runge é: o erro é maior na zona central do intervalo e menor nos extremos.
Para evitar esse fenômeno, podemos considerar pontos não igualmente espaçados juntamente com
polinômios ortonormais, splines ou aproximação por mínimos quadrados.
d. Por definição, o fenômeno Runge é: o erro é menor na zona central do intervalo e maior nos extremos.
Para evitar esse fenômeno, podemos considerar pontos não igualmente espaçados juntamente com
polinômios ortogonais, splines ou aproximação por mínimos quadrados.
e. Por definição, o fenômeno Runge é: o erro é menor na zona central do intervalo e maior nos extremos.
Para evitar esse fenômeno, podemos considerar pontos não igualmente espaçados juntamente com
polinômios concorrentes, regressão linear ou aproximação por máximos quadrados.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, D. Cálculo numérico. In: NOTAS de aula. [S. l.], 2012.
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Pensando em como resolver o problema usando o método de Lagrange para
determinar o polinômio que interpola os pontos
(xk, yk) = {(0,0), (1,3), (2,1), (3,3), (4,0)} , você buscou em seus ensinamentos
de cálculo numérico, para relembrar, como era feito tal método sem apoio
computacional. Assim, depois de muito esforço, você obteve, pelo método de
Lagrange, as equações:
(x−x1)(x−x2)(x−x3)(x−x4) (x−1)(x−2)(x−3)(x−4)
L0(x) = =
(x0−x1)(x0−x2)(x0−x3)(x0−x4) (0−1)(0−2)(0−3)(0−4)
(x−x0)(x−x2)(x−x3)(x−x4) (x−0)(x−2)(x−3)(x−4)
L1(x) = =
(x1−x0)(x1−x2)(x1−x3)(x1−x4) (1−0)(1−2)(1−3)(1−4)
(x−x0)(x−x1)(x−x3)(x−x4) (x−0)(x−1)(x−3)(x−4)
L2(x) = =
(x2−x0)(x2−x1)(x2−x3)(x2−x4) (2−0)(2−1)(2−3)(2−4)
(x−x0)(x−x1)(x−x2)(x−x4) (x−0)(x−1)(x−2)(x−4)
L3(x) = =
(x3−x0)(x3−x1)(x3−x2)(x3−x4) (3−0)(3−1)(3−2)(3−4)
(x−x0)(x−x1)(x−x2)(x−x3) (x−0)(x−1)(x−2)(x−3)
L4(x) = =
(x4−x0)(x4−x1)(x4−x2)(x4−x3) (4−0)(4−1)(4−2)(4−3)
4
x
4
³
+ 6x −
61
4
²
x +13x
POLUIÇÃO SONORA
A prefeitura de uma cidade X teve diversos relatos com problemas relacionados à
poluição sonora. Você, como um funcionário exemplar, salvou cada reclamação de
barulho em um banco de dados contendo a hora do acontecido e o nível de ruído
medido pelos equipamentos posicionados estrategicamente após as denúncias.
Analisando os dados, você notou que era possível avaliar o comportamento do
ruído usando interpolação polinomial e foi aos seus superiores falar sobre a
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04/08/22, 09:24 lddkls221_met_mat
descoberta. No entanto, você usou muitos termos técnicos e eles não entenderam
nada sobre o problema. Então, você pensou em maneiras de escrever a
informação resumindo a questão da interpolação do polinômio usando o método
de Newton, em que apresentaria a tabela das diferenças divididas e o polinômio
0
final. Descreva então como você realizaria essa apresentação sabendo que o
seõçatona reV
polinômio interpolador passa pelos pontos
(0,1), (0.5,1.649), (1,2.718), (1.5,4.482), (2,7.389) .
RESOLUÇÃO
0 1
1.298
2.138 0.36667
3.5280 0.5973
5.814
2 7.389
Após uma álgebra básica, você concluiu que o polinômio interpolador, segundo
o método de Newton, é dado por:
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seõçatona reV
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INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
0
Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Caro aluno, nesta seção vamos trabalhar basicamente com dois tópicos: regra dos
trapézios e regra de Simpson. Ambos os tópicos são ferramentas para aproximar o
valor de uma integral, consequentemente de uma área, usando métodos
numéricos. Essas ferramentas são importantes, pois, na prática, raramente temos
figuras regulares ou até mesmo funções bem-comportadas. A maioria dos
problemas são resolvidos usando métodos numéricos devido à versatilidade
desses métodos. Imagine só ter que lidar com a modelagem do crescimento
populacional ou até mesmo o aumento dos casos de Covid-19 sem fazer o uso de
métodos numéricos. Seria extremamente complexo!
no intervalo de 0,2 até 0,8 horas. Uma vez que ele tiver a área abaixo dessa curva e
sabendo que essa função tem certos padrões de repetição, ele conseguirá estimar
a área total para mais do que 0,6 horas, considerada em seu experimento para
avaliar a qualidade do marca-passo. Então, baseando-se nos conceitos de
integração numérica, como você calcularia a área abaixo da função dada
assumindo uma margem de erro de no máximo 1%?
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CONCEITO-CHAVE
Já vimos anteriormente como trabalhar com os erros de aproximações e também
com formas de resolver a equação f (x) = 0. Agora, nos interessa saber como
resolver numericamente as integrais, uma vez que elas, assim como a equação
0
f (x) = 0 , têm diversas aplicações em Engenharia, como no cálculo aproximado da
seõçatona reV
área de placas de metais em construção civil. Nesse aspecto, a ideia da integração
numérica consiste, basicamente, na aproximação da função integranda f por um
polinômio em que a escolha desse polinômio e dos pontos usados em sua
determinação vai resultar nos diversos métodos numéricos de integração.
os pesos. Então, para iniciar nossos estudos, nesta seção vamos considerar apenas
as fórmulas fechadas, isto é, os extremos de integração coincidem com x e x . 0 n
Dessa forma, dada uma função f : [a, b] → R, seja n um número natural e
h =
b – a
n
, dizemos que os pontos x j = x 0 + j h , j = 0, 1, . . . , n são
igualmente espaçados (ANDRADE, 2012). Assim, seja P n (x) o polinômio de grau
nh =
b – a
n
que interpola os pontos (x i, f (x i )), i = 0, 1, . . . , n . Pelo
método de interpolação de Lagrange, sabemos que:
n
P n (x) = ∑ f (x i )L i (x)
i=0
e o erro:
f (n+1)(α)
f (x) − P n(x) = (x − x 0 )(x − x 1 ). . . (x − x n ),
(n + 1)!
onde α = α(x) é um ponto em (a, b). Assim, integrando em (a, b), obtemos
que:
b n b b f (n+1)(α)
∫ f (x)dx = ∑ f (x i ) ∫ L i (x)dx + ∫ (x − x 0 )(x − x 1 ) . . . (x − x n
a i=0 a a (n + 1)!
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04/08/22, 09:25 lddkls221_met_mat
b n b f (n+1)(α)
∫ f (x)dx = ∑ ω i f (x i ) + ∫ (x − x 0 )(x − x 1 ) . . . (x − x n )dx
a i=0 a (n + 1)!
0
caso particular dessa fórmula, obtemos as famosas fórmulas dos trapézios e de
Simpson, que são estabelecidas com polinômios de grau 1 e grau 2,
seõçatona reV
respectivamente. Vamos iniciar então com a fórmula dos trapézios, ou regra dos
trapézios.
x1 x − x 0
ω1 = ∫
x0 x 1 − x 0
Para uma melhor visualização dessa ideia, vamos trabalhar com o gráfico exposto
na Figura 2.1.
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04/08/22, 09:25 lddkls221_met_mat
,
x1 h h
0
∫ f (x)dx = f (x 0 ) + f (x 1 ) + erro
x0 2 2
seõçatona reV
1 x0 ′′
ET = ∫ f (α)(x − x 0 )(x − x 1 )dx,
2 x1
,
x1 h h f (β)h
∫ f (x)dx = f (x 0 ) + f (x 1 ) −
x0 2 2 12
REFLITA
Como você acha que fica a fórmula dos trapézios se for aplicada diversas
vezes sobre subintervalos de um intervalo geral [a, b]?
2
, e b = x . Assim, o polinômio interpolador de grau 2 é
2
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04/08/22, 09:25 lddkls221_met_mat
0
Fonte: elaborada pelo autor.
seõçatona reV
Dessa forma, a partir dos polinômios de Lagrange, obtemos os pesos da fórmula
de Simpson:
x2 (x − x 1 )(x−x 2 ) h
ω0 = ∫ dx =
x0 (x 0 − x 1 )(x 0 −x 2 ) 3
x2 (x − x 0 )(x−x 2 ) h
ω1 = ∫ dx =
x0 (x 1 − x 0 )(x 1 −x 2 ) 3
x2 (x − x 0 )(x−x 1 ) h
ω2 = ∫ dx =
x0 (x 2 − x 0 )(x 2 −x 1 ) 3
,
x2 h
∫ f (x)dx = [f (x 0 ) + 4f (x 1 ) + f (x 2 )] + erro
x0 3
REFLITA
Como você acha que fica a fórmula de Simpson se for aplicada diversas
vezes sobre subintervalos de um intervalo geral [a, b]?
ASSIMILE
pois podemos deixar o problema ainda mais complexo. A alternativa mais usada é
subdividir o intervalo de integração e aplicar fórmulas simples repetidas vezes,
obtendo-se as fórmulas compostas. Vamos começar com a regra dos trapézios
composta.
0
Nesse caso, de acordo com Andrade (2012), dado o intervalo [a, b] dividindo-o em
seõçatona reV
n subintervalos de comprimento h = b – a
n
e fazendo x 0 ,
= a x i = x 0 + ih ,
i = 0, 1, . . . , n e x n = b , obtemos:
b n xi
∫ f (x)dx = ∑ ∫ f (x)dx
a i=1 x i−1
x1 x2 xn
= ∫ f (x)dx + ∫ f (x)dx + … + ∫ f (x)dx
x0 x1 x n−1
h h h
≈ [f (x 0 ) + f (x 1 )] + [f (x 1 ) + f (x 2 )] + … + [f (x n−1 ) + f (x n )]
2 2 2
h n−1
≈ [f (x 0 ) + 2 ∑ f (x i ) + f (x n )].
2 i=1
que é chamada de fórmula composta para a regra dos trapézios. Nesse caso, o
erro final dessa fórmula tem como base os erros parciais da fórmula simples dos
trapézios que são dados por:
3
h
− f ′′(β i )
12
Isto é,
3
h ′′
|E T c | ≤ (b − a) sup{|f (x)|; x ∈ [a, b]}
12
E para a regra de Simpson, como procedemos? Nesse caso, dado o intervalo [a, b]
dividindo-o em n subintervalos de comprimento h = b – a
n
e fazendo x 0 = a ,
x i = x 0 + ih, i = 0, 1, . . . , n e x n = b , obtemos:
b x2 x4 xn
∫ f (x)dx = ∫ f (x)dx + ∫ f (x)dx + … + ∫ f (x)dx
a x0 x2 x n−2
h h
≈ [f (x 0 ) + 4f (x 1 ) + f (x 2 )] + … + [f (x n−2 ) + 4f (x n−1 ) + f (x n )]
3 3
n n−2
h 2 2
≈ [f (x 0 ) + 4 ∑ f (x 2i−1 ) + 2 ∑ f (x 2i ) + f (x n )
3 i=1 i=1
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04/08/22, 09:25
|E Sc | ≤ (b − a)
ASSIMILE
EXEMPLIFICANDO
pois sup|f
n > 40,8
pois max
an =
h
1
f
′′
> 5,08
h
180
4
(x)| ≤ 2
(4)
12
−4
180
< 12
∣ (4)
Começamos então com a regra dos Trapézios. Nesse caso, o erro total é
dado por:
|E T c | ≤ (b − a)
h
3
sup{|f
′′
lddkls221_met_mat
nulo, isto é, a regra de Simpson é exata para polinômios de grau menor que
3 (ANDRADE, 2012).
exp(−x )dx
|E Sc | ≤ (b − a)
h
4
max{ f
(4)
2
12
−4
h
2
< 10
−2
12
180
−4
e, portanto,
−1
4
< 10
e então
Sc |
−4
é
0
seõçatona reV
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04/08/22, 09:25 lddkls221_met_mat
0
aplicações bem específicas para seu uso em algumas áreas, como Topografia e
Engenharia.
seõçatona reV
Com base em aplicações de integração numérica, assinale a alternativa que
contém exemplos dessas aplicações na área de Topografia e Engenharia.
a. O cálculo da força resultante devido a um vento não uniforme soprando contra a lateral de um arranha-
céu que, geometricamente, simboliza um cálculo de área (Topografia); área de um campo delimitado por um
córrego sinuoso e duas estradas (Engenharia Urbana).
b. Área entre duas curvas que representam as veias próximas ao coração (Topografia); o cálculo da força
resultante de um corpo em trajetória oblíqua, isto é, a área abaixo da trajetória (Engenharia Química).
c. Área de um campo delimitado por um córrego sinuoso e duas estradas (Topografia); o cálculo da força
resultante devido a um vento não uniforme soprando contra a lateral de um arranha-céu que,
geometricamente, simboliza um cálculo de área (Engenharia Estrutural).
d. Área de um campo delimitado por um córrego sinuoso e duas estradas (Topografia); área da seção
transversal de um rio (Engenharia Civil).
e. Área da seção transversal de um rio (Topografia); o cálculo da força resultante devido a um vento não
uniforme soprando contra a lateral de um arranha-céu que, geometricamente, simboliza um cálculo de área
(Engenharia Mecânica).
Questão 2
Quando trabalhamos com áreas que, em geral, são estimadas por integrais,
devemos levar em conta que nem sempre é possível obter o valor exato dessa
integral, fazendo-se assim os métodos numéricos necessários para a solução do
problema. Nesse aspecto, há duas situações que é impossível encontrar o valor
exato de uma integral.
a. A primeira situação decorre do fato de que, para usar o Teorema Fundamental do Cálculo, precisamos
conhecer uma antiderivada de f e às vezes isso é impossível. E a segunda situação ocorre quando a função é
determinada a partir de um experimento científico ou dados coletados.
b. A primeira situação decorre do fato de que, para usar o Teorema Fundamental do Cálculo, precisamos
conhecer uma antiderivada de f e isso é sempre possível. E a segunda situação ocorre quando a função é
determinada a partir de um experimento científico ou dados coletados.
c. A primeira situação decorre do fato de que, para usar o Teorema Fundamental do Cálculo, precisamos
conhecer uma antiderivada de f e às vezes isso é impossível. E a segunda situação ocorre quando a função é
determinada a partir de um experimento aleatório ou dados pré-definidos.
d. A primeira situação decorre do fato de que, para usar o Teorema Fundamental do Cálculo, não
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04/08/22, 09:25 lddkls221_met_mat
e. A primeira situação decorre do fato de que, para usar o Teorema Fundamental do Cálculo, não
precisamos conhecer uma antiderivada de f e isso é sempre possível. E a segunda situação ocorre quando a
função é determinada a partir de um experimento casual ou dados definidos.
0
seõçatona reV
Questão 3
Antes de aplicar uma das regras de integração numérica, é fundamental que
encontremos o número de subintervalos a serem considerados para a aplicação de
cada uma das regras. Para entender melhor esse conceito, considere a integral:
π
∫ sen(x)dx
0
REFERÊNCIAS
ANDRADE, D. Cálculo numérico. In: NOTAS de aula. [S. l.], 2012.
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Pela definição de área sobre a curva, poderíamos calcular a área exata usando a
integração comum dada por:
0,8
12,8237
⋅ 100 ≅ 0,498% que é menor que 1%.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
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RESOLUÇÃO
seõçatona reV
Pela definição da regra de Simpson e com passo de integração h = 0,25, temos
que:
b−a 1−0
m = = = 4
h 0,25
I xi yi
0 0 1
1 0,25 0,9412
2 0,5 0,8
3 0,75 0,64
4 1 0,5
Logo,
0,25
I = (1 + 4 × 0,9412 + 2 × 0,8 + 4 × 0,64 + 0,5) = 0,7854
3
4I = 4 × 0,7854 = 3,1416
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
CONVITE AO ESTUDO
Caro aluno, o que você pensa quando escuta o termo probabilidade? E o termo
estatística? Seria algo como sendo a chance de conseguir alguma coisa, como a
chance de vencer em um jogo de videogame ou a chance de ter sucesso com sua
startup? Se você pensa dessa forma, você pensa de maneira estatística!
Algo que você pode estar se perguntando é: mas como utilizamos a estatística e a
probabilidade em áreas como Engenharia? Para exemplificar, suponha que você
trabalha com energia solar e seu objetivo seja criar tipos de telhados que
proporcionem o uso desse tipo de energia. Nesse caso, você irá realizar um
experimento para avaliar se sua proposta traz algum tipo de vantagem para a
produção do telhado. Só pelo fato de realizar um experimento, você já está
trabalhando com estatística e, posteriormente, para avaliar os resultados desse
experimento, você irá precisar de métodos estatísticos e probabilísticos para trazer
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PRATICAR PARA APRENDER
seõçatona reV
Caro aluno, nesta seção iremos entender o conceito de estatística e de
probabilidade e como aplicar esses conceitos na prática. Com isso, você
compreenderá a importância do papel da estatística quando se trata de dados
dispostos em tabelas e como realizar operações com esses dados.
Que tal começar esse entendimento agora? Você será acompanhado em todo o
processo! Iniciaremos com os conceitos de probabilidade e de estatística e, depois,
passaremos para amostragem e aplicações!
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CONCEITO-CHAVE
seõçatona reV
Você já parou para pensar em como as coisas ao nosso redor acontecem de forma
aleatória? Por exemplo, o cair de uma fruta de uma árvore, uma batida de carro, a
queda de um avião, a subida/descida da bolsa de valores, etc. Poucas coisas são,
de fato, determinísticas. Nesta seção, vamos explorar esses conceitos e definir o
que chamamos de probabilidade, que se faz uma ferramenta mais do que
fundamental atualmente e nas mais diversas áreas de trabalho.
No que tange ao contexto histórico, acredita-se que essa teoria teve seu início com
os matemáticos franceses Blaise Pascal (1623-1662) e Pierre Fermat (1601-1665),
quando eles conseguiram derivar probabilidades exatas para determinados
problemas de jogos envolvendo dados. Atualmente, essa teoria é aplicada em
diversas áreas de estudo como hidrologia, medicina, farmacologia, engenharia,
química, educação, dentre outras.
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representar todas as plantas que produzem O . Nesse caso, Ω = {Todas as plantas 2
seõçatona reV
que produzem O } que define as características comuns aos membros do
2
3. Complementar: A c
= {x ∈ Ω, x ∉ A} .
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nA
P (A) = lim n→∞
n
seõçatona reV
EXEMPLIFICANDO
EXEMPLIFICANDO
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igual a 3 e a probabilidade de ocorrência do evento A é dada por:
seõçatona reV
N (A) 3
P (A) = =
N (Ω) 6
EXEMPLIFICANDO
Suponha que uma moeda é lançada uma vez. Uma pessoa sem informação
especial sobre a moeda ou a maneira que ela é jogada, pode considerar
que uma cara e uma coroa têm resultados igualmente prováveis.
Entretanto, a pessoa que está jogando a moeda pode sentir que uma cara é
muito mais provável de ser obtida do que uma coroa e atribuir uma
probabilidade diferente.
Agora que sabemos como interpretar uma probabilidade, vamos definir mais dois
conceitos importantes: população e amostra. No que tange a esses conceitos, uma
população pode ser definida como “grupo de indivíduos com característica(s) em
comum”. Já uma amostra, podemos definir como “parte da população”, isto é, uma
porção de indivíduos que usaremos para inferir respostas sobre a população. No
que tange à seleção de uma amostra, ela pode ser feita de diversas maneiras,
porém, em muitos casos, depende exclusivamente dos recursos disponíveis para a
coleta dos dados.
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¯
Xd amostra; P a proporção da amostra e a diferença de médias são estatísticas. Já
seõçatona reV
um parâmetro pode ser definido como uma medida usada com finalidade de
descrever uma característica da população e, diferente da amostra, é representado
por uma letra grega. São exemplos de parâmetros: μ (média populacional); π
(proporção populacional); σ (desvio-padrão populacional) e μ (diferença de d
REFLITA
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Agora, para encerrar nosso conteúdo da seção, vamos lidar com a amostragem,
que é uma das principais ferramentas da estatística. Como vimos nos exemplos
anteriores, um pesquisador trabalha apenas com a amostra, visto que, em muitos
casos, trabalhar com a população toda é impossível. A maneira como é selecionada
0
uma amostra é de extrema importância, pois é através dos dados amostrais que
seõçatona reV
estimamos os parâmetros da população para fazer inferências sobre ela. Existem
diversas formas/técnicas de se realizar uma amostragem, porém, nesta seção,
iremos nos limitar a trabalhar com a amostragem aleatória simples para o uso das
técnicas estatísticas aqui apresentadas.
Então, podemos definir a amostragem aleatória simples como sendo uma técnica
em que todos os indivíduos de uma dada população têm a mesma probabilidade
de serem selecionados para a amostra. Em outras palavras, seria análogo à ideia
de um sorteio de números como na Mega-Sena, em que temos 60 números na
“população” e escolhemos 6 desses números. A escolha de cada um dos 6 números
tem a mesma probabilidade.
1. Definir a população-alvo.
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3. Os métodos estatísticos, para lidar com esse tipo de amostragem, são mais
simples.
0
No entanto, as desvantagens desse tipo de amostragem são:
seõçatona reV
1. Não se utiliza o conhecimento do pesquisador sobre a população.
Por outro lado, porém, a obtenção de uma amostra verdadeiramente aleatória vai
depender muito da situação da população de interesse. Frequentemente, não é
possível obter uma amostra aleatória, pois, muitas vezes, não há recursos de
pesquisa suficientes para utilizar tal técnica. Por exemplo, se temos por interesse
tratar uma doença (como a Covid-19) em seres humanos através de um dado
medicamento, então os seres humanos que formam a amostra são os acessíveis
em hospitais, visto que não há como saber quem está com a doença fora do
hospital. Isso nos leva ao conceito de amostragem não probabilística, que, em
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geral, é feita por conveniência devido a recursos disponíveis ou até mesmo não
tem necessariamente um critério para a amostragem. Dentre esse tipo de
amostragem, destacam-se dois tipos principais: julgamento e cotas.
0
A amostragem por julgamento é simplesmente feita pelo julgamento do próprio
pesquisador em que ele irá buscar por indivíduos com características definidas
seõçatona reV
anteriormente para a sua amostra. Já a amostragem por cotas é o tipo de
amostragem utilizado para pesquisa de mercado, pesquisa eleitoral e opinião
pública. Para se trabalhar com esse tipo de amostragem, devemos determinar as
características gerais de estudo e fazer os questionários; a partir disso, faz-se um
filtro das características mais importantes e tem-se a amostra. A grande
desvantagem desses tipos de amostragem é a chance de se obter viés na pesquisa
ou resultados tendenciosos ou, ainda, inválidos.
x 1 , … , x k
¯
¯ 1. é denominado de distribuição amostral das médias.
3. s 2
1
, … , s
2
k
é denominado de distribuição amostral das variâncias.
¯
¯
x d1 , … , x dk 4. é denominado de distribuição amostral das diferenças de média.
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¯ 74,0 + 76,0 + 77,5 +… + 87,0
μ
¯ = = 79,75kg
X 16
seõçatona reV
2 2
σ = 26,09(kg)
¯
X
σ
¯ = 5,11kg
X
ASSIMILE
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Chegamos então ao fim de nossa seção sobre alguns conceitos básicos de
seõçatona reV
Estatística que irão, no futuro, orientar sua equipe no trabalho e para resolver
problemas relativos à modelagem que envolva análise estatística.
a. Uma população pode ser definida como um grupo de indivíduos que possuem características iguais,
enquanto uma amostra pode ser definida como parte de uma população.
b. Uma população pode ser definida como um grupo de indivíduos que possuem características diferentes,
enquanto uma amostra pode ser definida como complemento de uma população.
c. Uma população pode ser definida como um grupo de indivíduos que possuem características iguais,
enquanto uma amostra pode ser definida como complemento de uma população.
d. Uma população pode ser definida como um grupo de indivíduos que possuem características diferentes,
enquanto uma amostra pode ser definida como parte de uma população.
e. Uma população pode ser definida como um grupo de indivíduos que possuem características diferentes,
que formam um subconjunto de amostra que contém todos os tipos de indivíduos.
Questão 2
Suponha que você tenha que coletar amostras de um determinado rio. Sabendo
que se pode ter 10 tipos de amostras (A, B, C, D, E, F, G, H, I, K), foi solicitado a você
escolher uma amostra ao acaso. Qual a probabilidade de a amostra escolhida ser
uma amostra descrita por uma vogal?
a. 9/10
b. 2/10
0
c. 3/10
seõçatona reV
d. 5/10
e. 6/10
Questão 3
Dentre os tipos de amostragem, a mais famosa é a amostragem aleatória simples,
que é uma técnica em que todos os indivíduos de uma dada população têm a
mesma probabilidade de serem selecionados para a amostra. Esse tipo de
amostragem tem certos tipos de vantagens, porém também tem suas
desvantagens.
a. A principal vantagem desse tipo de amostragem é não utilizar o conhecimento do pesquisador sobre o
tema, e a principal desvantagem é que a probabilidade de seleção de um indivíduo é a mesma para todos os
indivíduos.
b. A principal vantagem desse tipo de amostragem é utilizar o conhecimento do pesquisador sobre o tema,
e a principal desvantagem é a probabilidade de seleção de um indivíduo não ser a mesma para todos os
indivíduos.
c. A principal vantagem desse tipo de amostragem é não utilizar o conhecimento do pesquisador sobre o
tema, e a principal desvantagem é a probabilidade de seleção de um indivíduo não ser a mesma para todos
os indivíduos.
d. A principal vantagem desse tipo de amostragem é a probabilidade de seleção de um indivíduo não ser a
mesma para todos os indivíduos, e a principal desvantagem é não utilizar o conhecimento do pesquisador
sobre o tema.
e. A principal vantagem desse tipo de amostragem é a probabilidade de seleção de um indivíduo ser a
mesma para todos os indivíduos, e a principal desvantagem é não utilizar o conhecimento do pesquisador
sobre o tema.
REFERÊNCIAS
MAGALHÃES, M. N.; LIMA, A. C. P. Noções de probabilidade e estatística. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002.
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https://www.researchgate.net/publication/342052263_Introducao_ao_Aplicacoes_Fl
orestais. Acesso em: 24 jun. 2021.
seõçatona reV
THE R Project for Statistical Computing. Disponível em: https://www.r-project.org.
Acesso em: 12 abr. 2021.
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Em primeiro lugar, você deve mapear a área para saber exatamente com quantos
rios você lidará para realizar a amostragem. Dado que você deve ter a mesma
probabilidade de escolha para cada um dos rios, então, naturalmente, você irá
considerar um plano de amostragem baseado em amostragem aleatória simples.
Sua população-alvo são os rios, e devido aos seus recursos, você não pode ter uma
amostra muito grande. O segundo passo é fazer a proporção de instrumentos e
pessoas para a coleta da amostra após a seleção aleatória de uma quantidade
amostral dos rios, visto que não há recursos para se trabalhar com todos. Definida
essa proporção, com base na extensão dos rios selecionados, você fará o cálculo
das probabilidades a fim de determinar o tamanho da amostra necessária para
fazer análises estatísticas sobre a população de rios considerada. Embora não seja
seu melhor plano de amostragem (a amostragem simples), é a melhor maneira de
usar com mais eficiência os recursos disponíveis. Após escrever o plano, você ainda
pode se reunir com o prefeito e sugerir uma amostragem por estratificação, em
que os estratos são as regiões em que se localizam os rios.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
GERMINAÇÃO DE SEMENTES
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você deve calcular a probabilidade de germinação sob três óticas: frequentista,
seõçatona reV
clássica e subjetiva, uma vez que essas óticas podem lhe trazer uma visão melhor
do que está acontecendo, de fato, no experimento. Como você faria tais cálculos
supondo que foram realizados 100 vezes o experimento e em 50 deles as
sementes germinaram?
RESOLUÇÃO
Que nos diz que essa probabilidade é de 50%. Por outro lado, sob o ponto de
vista clássico, tal probabilidade é dada por:
N (A) 50
P (A) = =
N (Ω) 100
Que também nos dá 50% de probabilidade. Por fim, sob o ponto de vista
subjetivo, pode-se implicar duas coisas. A primeira é que nos foi afirmado que
metade germinou, logo a probabilidade de germinação é, de fato, 50%. A
segunda é que podemos pensar que, a cada falha, uma semente germinava. E
como foram realizados 100 experimentos, então obtivemos 50 sucessos, isto é,
50% das chances. Embora as interpretações sejam diferentes, chegamos ao
mesmo resultado. Então, no seu relatório final, você pode dizer que,
independentemente da abordagem, a probabilidade de as sementes
germinarem é de 50%.
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Caro aluno, nesta seção iremos entender o conceito das medidas de tendência
central ou posição e também as medidas de dispersão. Tais medidas são
fundamentais para você compreender a importância delas nos trabalhos
científicos e no dia a dia de sua profissão.
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Tabela 3.1 | Concentrações de pH fornecidas pela empresa
seõçatona reV
Mês Período
1º Ano 2º Ano
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seõçatona reV
CONCEITO-CHAVE
Em situações práticas, no geral, descrevemos os dados por quantidades,
denominadas medidas resumo, que resumem todos os dados do conjunto bruto
de dados. Por exemplo, em uma fazenda podemos estar interessados em um valor
que descreve o mais típico tipo de árvore; ou o número de árvores presente em
25% da fazenda. Tais medidas são denominadas medidas de tendência central (de
posição).
População: uma população pode ser definida como um grupo de indivíduos que
possuem característica(s) em comum.
ASSIMILE
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Bom, vamos então dar início ao nosso conteúdo. Iniciaremos com a primeira
medida de posição: a média aritmética. Tal medida é a de posição mais popular
que temos e trabalhamos em muitos estudos. Ela pode ser calculada em duas
situações: amostra e população.
0
Média populacional: a média populacional é simplesmente calculada somando-se
seõçatona reV
todos os valores obtidos para população e dividindo o resultado pelo total de
elementos da população (MAGALHÃES, 2002). Em outras palavras, a média
populacional é dada por:
x 1 + …+ x N
μ =
N
EXEMPLIFICANDO
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seõçatona reV
Em termos de simplificação de notação, iremos fazer o uso da notação ∑ n
i
xi
ASSIMILE
¯
xp Média ponderada: A média aritmética ponderada de uma amostra
x 1 , x 2 , … , x n com frequência absoluta f 1, f 2 , … , f n é dada por:
n
∑ x i f i
i = 1
xp =
¯ n
∑ fi
i = 1
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em que x i =
I i + L i
2
para uma tabela de frequência que divida em classes (
Ii é dito limite inferior da classe e L é dito limite superior da classe).
i
EXEMPLIFICANDO
0
Considere a tabela a seguir com a distribuição do número de testes
seõçatona reV
hidráulicos diários realizados por 79 engenheiros a respeito de uma
avalição da instalação hidráulica de um determinado veículo.
Tabela 3.2 | Número de testes hidráulicos realizados por 79 engenheiros a respeito de uma
instalação hidráulica
5 3 3,8
10 23 29,1
15 43 54,4
20 10 12,7
Total 79 100
Número de testes (x ) i
Número de engenheiros (f ) i % xi fi
5 3 3,8 15
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Número de testes (x ) i
Número de engenheiros (f ) i % xi fi
10 23 29,1 230
0
15 43 54,4 645
seõçatona reV
20 10 12,7 200
REFLITA
Certo, vimos como a mediana funciona. Mas será que existe outra medida de
posição que se faz importante? Sim, a moda. Essa medida desempenha um papel
fundamental em estudos ambientais quando o intuito, por exemplo, é saber qual
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Moda: é a medida representada pelo valor na amostra que ocorre com maior
frequência. A moda não é única, uma vez que podemos ter empate de frequências.
seõçatona reV
A rigor de notação, denotamos moda por x . m
Para complementar uma boa análise das estatísticas descritivas de uma amostra,
além das medidas de posição citadas anteriormente, necessitamos de mais
algumas medidas de posição que se fazem importantes: máximo, mínimo e quartil.
Essas medidas são fundamentais para algumas técnicas gráficas como o boxplot.
0
dos dados centrais).
seõçatona reV
Amplitude geral: dado o conjunto de dados ordenado:
X (1) ≤ X (2) ≤ … ≤ X (n) , a amplitude geral R dos dados é dada por:
R = X (n) − X (1) .
R = Q3 − Q1 .
A amplitude geral não é uma medida muito útil da variação dos dados, uma vez
que ela não nos diz coisa alguma sobre a dispersão dos valores entre os dois
extremos. Considere os três conjuntos de concentração de um determinado
efluente a seguir:
Note que a amplitude de cada um dos conjuntos é a mesma e igual a 13, mas suas
dispersões entre o primeiro e o último valor são totalmente diferentes. Assim,
necessitamos de uma nova medida para lidar com esses dados, que é a variância.
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0
ASSIMILE
seõçatona reV
É importante fixar que ao trabalhar com a variância amostral, iremos
perder 1 grau de liberdade quando comparada à variância populacional
devido ao uso da média amostral como estimador.
EXEMPLIFICANDO
2 2 2 2 2
(42 − 38,6) + (43 − 38,6) + (36 − 38,6) + (32 − 38,6) + (40 − 38,6)
=
5
= 20,8
amostras contaminadas.
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2
n (x i −μ)
√
σ = ∑
i = 1 N
0
i = 1 n−1
seõçatona reV
conjunto de dados se baseia nas disposições dos dados em torno da média, isto é,
quanto mais “afastados” da média, mais disperso é o conjunto de dados. Esse
conceito nos leva ao último conceito de nossa seção: o Teorema de Tchebichev e o
coeficiente de variação.
Para finalizar, podemos definir o coeficiente de variação, que é uma das medidas
utilizadas quando nosso interesse é analisar a dispersão em termos relativos a seu
valor médio, mas sem levar em conta a influência da ordem de grandeza da
variável. Tal medida é definida como:
s
CV =
x̄
É importante salientar que o coeficiente de variação está entre 0 e 1, mas pode ser
escrito também em porcentagem, multiplicando-se o valor do CV por 100. E com
isso encerramos nossa seção sobre medidas de dispersão e tendência central.
Deixo também como encerramento a questão: onde podemos utilizar o Teorema
de Tchebichev?
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a. Em casos que a média se torna sensível para representar determinado conjunto de dados, fazemos o uso
da mediana por esta ser mais representativa, uma vez que não é sensível a valores extremos.
b. Em casos que a média se torna sensível para representar determinado conjunto de dados, fazemos o uso
0
da moda por esta ser mais representativa, uma vez que não é sensível a valores extremos.
seõçatona reV
c. Em casos que a média se torna sensível para representar determinado conjunto de dados, fazemos o uso
do quartil por este ser mais representativo, uma vez que não é sensível a valores extremos.
d. Em casos que a média se torna sensível para representar determinado conjunto de dados, fazemos o uso
do mínimo por este ser mais representativo, uma vez que não é sensível a valores extremos.
e. Em casos que a média se torna sensível para representar determinado conjunto de dados, fazemos o uso
do máximo por este ser mais representativo, uma vez que não é sensível a valores extremos.
Questão 2
suponha que você tenha que estimar a concentração média de nitrogênio líquido
para refrigerar um sistema industrial. Foi lhe fornecida a seguinte amostra de
concentrações de nitrogênio líquido: 15, 14.1, 17.2, 20, 10.2, 28.2, 30.
a. 12.01
b. 15.22
c. 20.81
d. 17.32
e. 19.24
Questão 3
Suponha que você precise calcular a variância de uma amostra de ferro de um
certo ferro-velho para saber a variabilidade aproximada da distribuição dos pesos
de ferro. Para seu estudo, foi considerada a seguinte amostra de pesos de ferro
em toneladas: 15, 14.1, 17.2, 20, 10.2, 28.2, 30, 50, 32.
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Com base nessa amostra, assinale a alternativa que contém o valor da variância
dos pesos de ferro.
a. 160.23
0
b. 142.23
seõçatona reV
c. 153.16
d. 167.13
e. 114.12
REFERÊNCIAS
MAGALHÃES, M. N.; LIMA, A. C. P. Noções de probabilidade e estatística. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002.
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
No contexto apresentado e para a amostra considerada, podemos calcular a média
e a variância por meio das expressões dadas, respectivamente, por:
1 n
¯
X = ∑ x i (m dia amostral)
n i=1
é
e
1 n 2
¯
s = ∑
2
(x i − x) (vari ncia amostral)
n−1 i=1
â
Medida Ano
1º 2º
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Medida Ano
0
Máximo 8,23 11,86
seõçatona reV
Mínimo 1,98 2,97
AVANÇANDO NA PRÁTICA
RESOLUÇÃO
n
¯
X =
1
∑ x i (m dia amostral)
n i=1
é
0
n 2
¯
s = ∑ (x i − x) (vari ncia amostral)
2
n−1
1
i=1
â
seõçatona reV
Logo, temos que a média é, aproximadamente, 15,64 e a variância é,
aproximadamente, 43,85. Isto é, a concentração média de CO nesse estudo é 2
de, aproximadamente, 15,64 mg/L, que está um pouco alta para os padrões. Já
a variabilidade gira em torno de 43,85 mg/L², que nos mostra uma dispersão
muito grande dos valores de concentração de CO . Talvez sejam necessárias 2
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Caro aluno, nesta seção iremos entender os conceitos de dispersão, correlação e
regressão. Com esses conceitos em mente, você entenderá que boa parte dos
resultados é baseada nesses conceitos. Como exemplo dessa abordagem, você
pode considerar um estudo que deseja avaliar a resistência de uma viga de acordo
com o tipo de material. Para atingir tal objetivo, você irá trabalhar com o que
chamamos de modelo de regressão, que lhe trará todas as conclusões necessárias
a respeito do seu experimento com as vigas, permitindo um melhor entendimento
e a interpretação do experimento em questão.
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Que tal começar esse entendimento agora? Você será acompanhado em todo o
seõçatona reV
processo! Iniciaremos com os conceitos de dispersão e correlação, que são
necessários para a construção do modelo de regressão, objetivo principal desta
seção!
CONCEITO-CHAVE
Você já parou para pensar em como podemos visualizar a relação entre dados?
Não? Ora, para isso, podemos utilizar diagramas de dispersão. Mas o que é um
diagrama de dispersão? Podemos dizer que diagrama ou gráfico de dispersão é
uma ferramenta estatística que indica a existência, ou não, de relações entre
variáveis. Em geral, esse tipo de gráfico é utilizado quando desejamos saber o que
acontece com uma variável quando a outra se altera, como uma espécie de causa
e efeito.
Figura 3.1 | Diagrama de dispersão do consumo de combustível de acordo com o tipo de transmissão
do veículo
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seõçatona reV
Fonte: elaborada pelo autor.
Assim, podemos concluir que, sem nenhum tipo de inferência estatística, os carros
manuais parecem ser mais econômicos. É claro que somente o tipo de transmissão
não é suficiente para determinar o consumo, isto é, precisamos de uma análise
mais detalhada para tal. Esse exemplo serve para reforçar que devemos ter muito
cuidado ao analisar informações, dado que muitas delas são necessárias para
chegar a uma conclusão e não apenas um olhar superficial, considerando o
mínimo de informações.
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podemos escrever o coeficiente da correlação de Pearson da seguinte forma:
seõçatona reV
s xy
r =
sx sy
em que
¯
¯
∑ x i y i − nxy
s xy =
n − 1
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0
que é simplesmente definido como sendo R 2
= ρ
2
, isto é, o coeficiente de
seõçatona reV
determinação é o quadrado do coeficiente de correlação. Esse coeficiente é útil,
em particular, para explicar a proporção da nossa variável resposta, dada a
variabilidade das outras variáveis, chamadas de preditoras.
ASSIMILE
Esta é uma frase importante que devemos ter em mente: não é porque
duas variáveis estão relacionadas que uma é a causa da outra. Por
exemplo, vamos considerar o número de pessoas que praticam esporte,
tipo corrida, e a quantidade de suplementos esportivos consumidos são
altamente correlacionados. Porém, isso não significa que a prática de
corrida causa necessariamente a compra de suplementos esportivos. Em
geral, é complicado estabelecer relações causais considerando apenas
dados observacionais, é necessário também a realização de experimentos
para essa finalidade.
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Agora temos todas as ferramentas para o prato principal da nossa seção: o modelo
de regressão linear. Mas antes, vamos entender a origem desse modelo. Em um
estudo para trabalhar a relação entre a altura dos pais e dos filhos (X e Y ), a fim i i
de verificar como a altura do pai influenciava a altura do filho, Galton deu origem,
0
no século XIX, ao que conhecemos hoje como teoria de regressão. O termo
seõçatona reV
regressão veio pelo fato de que no experimento de Galton as medidas estudadas
tendiam a regredir à média. De modo geral, os modelos de regressão têm como
objetivos:
E(Y X) = β 0 + β 1 X
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q
; p, q ∈ Z, q ≠ 0} e
Q = {
p
q
; p, q ∈ Z, q ≠ 0} são constantes desconhecidas. Quando X = 0, β 0
representa o ponto onde a reta corta o eixo dos Ys. Esse parâmetro é chamado de
intercepto. Por outro lado, β é chamado coeficiente de regressão ou declive da
0
1
seõçatona reV
que E(Y ∣ X) aumenta β unidades”.
1
Y i = β 0 + β 1 X i + ϵ i , i = 1,2, … , n
2
V ar(ϵ i ) = E(ϵ )– [E(ϵ i )] = E(ϵ ) = σ
i
2 2
i
2
, o que implica que
V ar(Y i ) = E[Y i –E(Y i X i )] = E(ϵ ) = σ
2 2
i
2
.
modelo. Para isso, trabalhamos com o método dos mínimos quadrados, que é
baseado em um minimizar o comprimento do vetor ϵ = c(ϵ 1, … , ϵ n )′ . Pela
definição da norma Euclidiana, temos que:
2 n 2 n 2 n 2
Z = ||ϵ|| = ∑ ϵ = ∑ [Y i − E(Y i X i )] = ∑ [Y i − β 0 − β 1 X i ]
i = 1 i i = 1 i = 1
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Deseja-se, portanto, estimar β e β , tal que Z seja mínimo. Esse método é
0 1
0
∂Z n
= − 2 ∑ [Y i − β 0 − β 1 X i ]
∂β 0 i = 1
seõçatona reV
∂Z n
= − X i ∑ [Y i − β 0 − β 1 X i ]
∂β 1 i = 1
∑
n
i = 1
ˆ ∑ n
Xi Yi = β 0 i = 1
ˆ ∑ n
Xi + β 1 i = 1
X
2
i
.
¯
¯
ˆ = Y − β
β 0
ˆX
1 de onde tiramos que . Por outro lado, substituindo a expressão
de β
ˆ no sistema das equações normais, obtemos que o estimador de β é dado
0 1
por:
n
¯
¯
∑ (X i − X )(Y i − Y )
i = 1
ˆ =
β 1 n
2
¯
∑ (X i − X )
i = 1
EXEMPLIFICANDO
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0
seõçatona reV
Fonte: elaborada pelo autor.
1 n
2
¯
∑ (X i − X )
i = 1
e
ˆ
¯
¯ ˆ
β0 = Y − β1 X
Declive - β
ˆ = −5,3445 indica que, em cada unidade em que o peso
1
peso do veículo é igual a zero, as milhas por galão são, em média, 37,2851
mpg. Perceba que essa interpretação, na prática, é impossível de acontecer
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dado que qualquer veículo tem um peso mínimo. Essa impossibilidade nos
mostra que, na ausência de mais informação, a validade de uma relação
linear não pode ser extrapolada para longe dos valores observados de x.
0
E com isso encerramos nossa seção sobre análise de regressão, viu como é
seõçatona reV
importante essa ferramenta? Deixo também como encerramento a seguinte
reflexão.
REFLITA
a. O uso de um modelo de regressão linear tem por objetivos: determinação, seleção de variáveis,
estimação de parâmetros, circunferência.
b. O uso de um modelo de regressão linear tem por objetivos: predição, seleção de cofatores, estimação de
erro, inferência.
c. O uso de um modelo de regressão linear tem por objetivos: probabilidade, seleção de variáveis,
estimação de parâmetros, referência.
d. O uso de um modelo de regressão linear tem por objetivos: predição, seleção de variáveis, estimação de
parâmetros, inferência.
e. O uso de um modelo de regressão linear tem por objetivos: previsão, predição, estimação de erro,
normalidade dos dados.
Questão 2
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0
Com base na definição de coeficiente de correlação, assinale a alternativa correta.
seõçatona reV
a. O coeficiente de determinação igual a 0,97 indica que 97% da variabilidade da produção de uvas não é
explicada pela taxa de irrigação. Além disso, o coeficiente de correlação entre as variáveis é de 0,984, que
indica uma correlação positiva e fraca entre a produção de uva e a taxa de irrigação.
b. O coeficiente de determinação igual a 0,97 indica que 97% da variabilidade da produção de uvas é
explicada pela taxa de irrigação. Além disso, o coeficiente de correlação entre as variáveis é de 0,984, que
indica uma correlação positiva e forte entre a produção de uva e a taxa de irrigação.
c. O coeficiente de determinação igual a 0,97 indica que 97% da variabilidade da produção de uvas não é
explicada pela taxa de irrigação. Além disso, o coeficiente de correlação entre as variáveis é de 0,984, que
indica uma correlação positiva e forte entre a produção de uva e a taxa de irrigação.
d. O coeficiente de determinação igual a 0,97 indica que 97% da variabilidade da produção de uvas é
explicada pela taxa de irrigação. Além disso, o coeficiente de correlação entre as variáveis é de 0,984, que
indica uma correlação negativa e forte entre a produção de uva e a taxa de irrigação.
e. O coeficiente de determinação igual a 0,97 indica que 97% da variabilidade da produção de uvas é
explicada pela taxa de irrigação. Além disso, o coeficiente de correlação entre as variáveis é de 0,984, que
indica uma correlação negativa e fraca entre a produção de uva e a taxa de irrigação.
Questão 3
Suponha que Y seja uma variável relacionada com velocidade e X uma variável
relacionada com distância percorrida. Foi admitido um modelo de regressão linear
¯
¯
Y = 15,4 X = 42,98 os dados gerados por essas variáveis, tal que , , e
ˆ = 0,1656
β 1 .
a. β
ˆ = 8,2839. Esse valor significa que quando a distância percorrida está no marco zero quilômetro, a
0
b. β
ˆ
0 = 4,2839. Esse valor significa que quando a distância percorrida está no marco zero quilômetro, a
c. β
ˆ = 8,2839. Esse valor significa que quando a velocidade do veículo é de 0 km/h, a distância percorrida
0
ˆ
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d. β
ˆ
0 = 2,2839. Esse valor significa que quando a distância percorrida está no marco zero quilômetro, a
e. β
ˆ = 1,2839. Esse valor significa que quando a velocidade do veículo é de 0 km/h, a distância percorrida
0
0
REFERÊNCIAS
seõçatona reV
AMARAL, G. D.; SILVA, V. L.; REIS, E. A. Análise de Regressão Linear no Pacote R.
Relatório Técnico Série Ensino RTE 001/2009. Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte, 2009. Disponível em:
http://www.est.ufmg.br/portal/arquivos/rts/RT-SE-2009.pdf. Acesso em: 12 abr.
2021.
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Dado que trabalhamos com análise de regressão linear simples nesta seção, então
um modelo sugerido é um que só tem uma variável preditora. Nesse caso,
podemos trabalhar com o modelo:
Ozonio = β 0 + β 1 T emperatura
1 n
2
¯
∑ (X i − X )
i = 1
e
ˆ
¯
¯ ˆ
β0 = Y − β1 X
Declive - β
ˆ = 2,429 indica que, em cada unidade em que a temperatura
1
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Dessa forma, concluímos que o modelo linear talvez não seja o melhor modelo
para trabalhar com os dados da nossa amostra sobre poluição atmosférica.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
0
SÉPALAS DE PLANTAS
seõçatona reV
Suponha que um certo engenheiro genético tenha lhe contratado para avaliar as
sépalas de plantas. O interesse é saber o que acontece com o tamanho da sépala
quando mexemos com o tamanho da pétala. O engenheiro não sabia como
descrever isso em um modelo matemático e solicitou sua ajuda. Sabendo que os
dados dessa pesquisa se encontram no banco de dados “iris” do software R, como
você montaria o modelo matemático para ajudá-lo? Além disso, como você
estimaria esse modelo? E as interpretações dos resultados obtidos? Discorra sobre
essas questões a fim de dar uma resposta ao engenheiro.
RESOLUÇÃO
Dado que trabalhamos com análise de regressão linear simples nesta seção,
então um modelo sugerido é um que só tem uma variável preditora. Nesse
caso, podemos trabalhar com o modelo:
é
S pala = β 0 + β 1 P étala
1 2
n
¯
∑ (X i − X )
i = 1
e
ˆ
¯
¯ ˆ
β0 = Y − β1 X
Declive - β
ˆ
= 0,4089 indica que, em cada unidade em que o tamanho da
1
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0
Além disso, calculando a correlação entre as variáveis, obtemos que o
seõçatona reV
coeficiente de correlação é de 0,87, que indica uma associação linear positiva e
forte, justificando nosso modelo. Então, podemos responder ao engenheiro
que, de fato, o tamanho da sépala é influenciado pelo tamanho da pétala e as
taxas de variação são as taxas descritas anteriormente para os parâmetros do
modelo.
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ESTATÍSTICA DESCRITIVA
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
CONVITE AO ESTUDO
Caro aluno, você sabia que uma das melhores maneiras de representar dados é
com gráficos e tabelas? E fazendo esse tipo de representação, você está
trabalhando com estatística? Nesta unidade, vamos trabalhar com os principais
conceitos de estatística, iniciando-se com a estatística descritiva e os principais
tipos de gráficos. Logo em seguida, vamos revisar algumas definições de população
e amostra, além dos conceitos de probabilidade. No entanto, nosso foco será
trabalhar com resumo de dados e cálculos de probabilidades condicionais que são
amplamente utilizados em testes de diagnósticos e também para encontrar o
padrão-ouro, que é fundamental para comparação de parâmetros. Por fim, vamos
entender os testes de hipóteses, que são fundamentais quando o assunto é tomar
uma decisão. Vamos entender todos os fatores que afetam uma tomada de
decisão e como decidir, estatisticamente falando.
Algo que você pode estar se perguntando é: mas como utilizamos a estatística em
áreas como a Engenharia? Para exemplificar, suponha que você trabalhe com
energia eólica e seu patrão te faça tomar uma decisão se este tipo de energia é útil
e se vai gerar lucros e ser sustentável. O que você faria? Naturalmente, você
coletaria dados e elaboraria uma hipótese que seria validada por métodos
estatísticos para apresentar seus resultados e apresentaria gráficos. Viu como a
estatística é importante nesse aspecto? Para lhe auxiliar, vamos, no decorrer desta
unidade, aprender um pouco mais sobre ela! Então, mãos à obra!
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Nesta seção, iremos entender como construir gráficos e tabela e como trabalhar
com isso na prática. Esses conceitos são fundamentais, uma vez que são úteis para
resumir informações e gerar apresentações a comitês sobre os resultados.
0
Como exemplo dessa abordagem, podemos considerar que você tenha interesse
em lançar um serviço no mercado. Para isso, você deve realizar um experimento
seõçatona reV
que irá gerar dados e você deve organizá-los em tabelas e gráficos para poder
fazer um resumo dos seus resultados para a apresentação em um determinado
comitê para aprovação do seu serviço. Viu como é importante entender essa
questão? Gráficos bem detalhados e corretos te dão uma boa visão do que está
ocorrendo em determinado setor e também é útil para mostrar à empresa as
projeções.
Que tal começar esse entendimento agora? Você será acompanhado em todo o
processo! Iniciaremos com os conceitos de tabelas e, depois, passaremos para os
gráficos e uso do Excel!
CONCEITO-CHAVE
Quando falamos de dados e o que eles mostram, estamos falando de estatística,
mas o que é estatística? Como podemos definir esse conceito? Em termos gerais,
podemos definir estatística como um conjunto de técnicas e métodos para
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ASSIMILE
seõçatona reV
População: dizemos que um conjunto de elementos é uma população se
tais elementos têm pelo menos uma característica em comum. Como
exemplo de populações, temos árvores de uma determinada espécie,
poluentes atmosféricos, pessoas que têm olhos de cor clara, etc.
Certo, agora que sabemos o que é uma população e uma amostra, que são as
bases dos trabalhos de estatística, vamos introduzir um novo conceito que nos
auxilia a construir métodos estatísticos no futuro. Esse conceito é o conceito de
variável.
ASSIMILE
É importante lembrar que as variáveis, em geral, têm natureza diferente, o que nos
leva à classificá-las em dois grupos: quantitativas e qualitativas. Como definimos
esses conceitos? Vamos começar com as variáveis quantitativas. Tais variáveis
dizem respeito a características que podem ser medidas ou contadas, por
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ou medida, mas podendo ser observada, por exemplo, o nível educacional, a cor
seõçatona reV
dos olhos, o sexo de um animal, etc.
REFLITA
Certo, agora que sabemos o que é uma variável e suas classificações, vamos
trabalhar com a exposição de dados. Em geral, representamos os dados por
tabelas de frequência, que consiste, basicamente, em listar os valores possíveis da
variável, numéricos ou não, e fazer a contagem na tabela de dados brutos do
número de suas ocorrências (VIRGILITO, 2017). De acordo com Magalhães (2002),
são componentes de uma tabela de frequência:
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0
correspondente e a soma das frequências (total observado), isto é, f ri =
fi
∑ fj
j
seõçatona reV
3. Frequência percentual (p ): é obtida multiplicando a frequência relativa por
i
100%.
EXEMPLIFICANDO
20 4 26,67
21 3 20,00
22 5 33,33
23 1 06,67
24 2 13,33
Total 15 100,00
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0
i
seõçatona reV
classe podem ser representados das seguintes maneiras (MAGALHÃES, 2002):
xi =
li + Li
2
. Certo, mas como definimos a quantidade de intervalos de classe que
vamos utilizar? Nesse caso, utilizamos a regra de Sturges para obter o número de
intervalos de classes, isto é, k = 1 + 3,3 log n, em que k é o número de intervalos
de classe e n é o tamanho do conjunto de dados.
EXEMPLIFICANDO
Tabela 4.2 | Precipitações diárias (em mm) em uma cidade X em agosto de 2020
150 ⊢ 220 3 20
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0
290 ⊢ 360 2 13,33
seõçatona reV
360 ⊢ 430 4 26,67
Total 15 100
4. Devem ser construídos numa escala que não implique outros tipos de
interpretações.
6. Quando os dados não são próprios, deve-se citar a fonte de origem dos dados
do gráfico.
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04/08/22, 09:27 lddkls221_met_mat
Vamos então trabalhar com alguns tipos de gráficos, iniciando-se com o gráfico de
barras. O gráfico de barras apresenta dados categorizados em barras retangulares
em que cada barra é proporcional ao número de observações naquela categoria da
variável (NETO, 2006). Utilizamos esse tipo de gráfico, em geral, para realizar
0
comparações entre as categorias de uma variável qualitativa ou quantitativa
seõçatona reV
discreta. E como fazemos esse gráfico em um software como o Excel? Ora, nesse
caso, digitamos os nossos dados na planilha e vamos em Inserir > Gráficos > Barra.
Como exemplo, vamos considerar o gráfico de barras feito no Excel exposto na
Figura 4.1.
Figura 4.1 | Gráfico de barras correspondente à precipitação total (em mm) de 1 ano em quatro cidades
diferentes
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Figura 4.2 | Precipitação (mm) em 15 cidades no mês de agosto
seõçatona reV
Fonte: elaborada pelo autor (2021).
Vimos então como lidar com gráficos de barras e com o histograma. No entanto,
temos um terceiro tipo de gráfico que é de suma importância para variáveis
qualitativas nominais, que é o gráfico de setores. Esse tipo de gráfico é a
representação gráfica da frequência relativa (percentagem) de cada categoria da
variável qualitativa (NETO, 2006). E no Excel, como fazemos esse tipo de gráfico?
Ora, trabalhamos como nos anteriores, Inserir > Gráfico > Pizza 2D, nesse caso.
Como exemplo, vamos considerar a representação dos dados de duas espécies de
plantas descritos na Tabela 4.3 a seguir.
Tabela 4.3 | Dados relativos a duas espécies de plantas e suas respectivas porcentagens em um dado
estudo biológico
Plantas Amostras %
Carnívoras 250 25
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Plantas Amostras %
0
Total 1000 100
seõçatona reV
Fonte: elaborada pelo autor (2020).
Figura 4.3 | Gráfico de setores do número de plantas de espécies carnívoras e não carnívoras em uma
determinada região
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seõçatona reV
Fonte: elaborada pelo autor (2021).
Figura 4.5 | Boxplot das concentrações de chumbo no sangue de pacientes após um acidente de
trabalho em uma mina
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Fonte: elaborada pelo autor (2021).
seõçatona reV
E com isso encerramos nossa seção sobre tabelas e gráficos, que são as
ferramentas essenciais quando trabalhamos com estatística. Lembre-se sempre de
usá-los quando você estiver atuando em sua área de trabalho!
Tipo de gráfico que exibe informações de uma série temporal em que os valores
do eixo x representam a escala de tempo e os valores do eixo y os dados
observados. Os pontos são ligados por segmentos de reta (MAGALHÃES, 2002).
Questão 2
Suponha que você deseja avaliar as concentrações de um dado composto químico.
Por rigor empresarial, você deve apresentar os resultados em forma de gráfico a
partir de uma tabela de frequência dividida em intervalos de classe e assumindo
que os dados são exposto em escala contínua.
a. O gráfico necessário para trabalhar com esses dados é o gráfico de dispersão.
b. O gráfico necessário para trabalhar com esses dados é o gráfico de linha.
c. O gráfico necessário para trabalhar com esses dados é o gráfico de setores.
0
d. O gráfico necessário para trabalhar com esses dados é o histograma.
seõçatona reV
e. O gráfico necessário para trabalhar com esses dados é o gráfico de barras.
Questão 3
Suponha que as concentrações de sódio em um determinado alimento produzido
anualmente sejam descritas pelo seguinte gráfico de linhas exposto na Figura 4.8.
Suponha também que nos interessa saber como interpretar esse gráfico para tirar
conclusões acerca do sódio desse alimento em anos diferentes da sua produção.
a. No período entre 2013 e 2015, houve uma alta da concentração de sódio no alimento, atingindo o pico
máximo em 2015. Entre 2015 e 2017, houve uma queda da concentração de sódio, tendo-se como mínimo o
valor de concentração em 2017.
b. No período entre 2013 e 2015, houve uma queda da concentração de sódio no alimento, atingindo o pico
0
máximo em 2015. Entre 2015 e 2017, houve uma alta da concentração de sódio, tendo-se como máximo o
valor de concentração em 2017.
seõçatona reV
c. No período entre 2015 e 2017, houve uma alta da concentração de sódio no alimento, atingindo o pico
máximo em 2015. Entre 2013 e 2015, houve uma queda da concentração de sódio, tendo-se como mínimo o
valor de concentração em 2017.
d. No período entre 2005 e 2015, só houve alta da concentração de sódio no alimento, atingindo o pico
máximo em 2015. Entre 2015 e 2020, houve uma queda da concentração de sódio, tendo-se como mínimo o
valor de concentração em 2017.
e. No período entre 2005 e 2010, houve uma alta da concentração de sódio no alimento, atingindo o pico
máximo em 2005. Entre 2017 e 2020, houve uma queda da concentração de sódio, tendo-se como mínimo o
valor de concentração em 2017.
REFERÊNCIAS
HENRIQUES, C. Análise de regressão linear simples e múltipla. Departamento
de Matemática. Escola Superior de Tecnologia de Viseu. Portugal, 2011.
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Visto que a natureza da variável é quantitativa contínua, devemos pensar em
gráficos relacionados com essa variável. Uma outra coisa deve ser levada em conta
também, a escala temporal. Isto é, a ideia é avaliar as vendas do último trimestre
nos últimos 10 anos da empresa, então temos uma escala temporal de 10 anos,
uma observação por ano. Isso nos define um tipo de gráfico chamado gráfico de
linha, que nos traz a informação de uma variável quantitativa contínua em escala
temporal, como podemos ver, por exemplo, na Figura 4.6.
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considerado na análise. Voltou a crescer em 2019, chegando próximo ao valor do
seõçatona reV
lucro obtido no ano de 2010 somente no ano de 2020, após a queda de 2018.
AVANÇANDO NA PRÁTICA
porém, para fazer isso, ela precisa avaliar as concentrações de CO emitidas nos 2
últimos anos para ter uma ideia do que está acontecendo, a fim de reduzir essa
emissão. Para isso, é necessário um tipo de gráfico bem especial para lidar com
escalas temporais. Sabendo que as concentrações dos últimos 15 anos são (em
mg/L): 10, 20, 15, 12, 11, 15, 12, 10, 12, 15, 30, 45, 50, 12, 15, 15; descreva que tipo
de gráfico você utilizaria para mostrar à empresa e como você interpretaria tal
gráfico.
RESOLUÇÃO
Visto que temos uma escala temporal, no caso de 15 anos, o gráfico sugerido
para esse tipo de análise é um que lide com esse tipo de escala. Após
pesquisas, o gráfico indicado é o de linhas, que, para essa situação, é descrito
na Figura 4.7.
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seõçatona reV
Fonte: elaborada pelo autor (2021).
emissão e nos 3 anos seguintes passa por uma redução. Nesse aspecto, como
sugestão, a empresa deve averiguar as condições de emissão para evitar um
novo pico, que possivelmente acontecerá em 2021.
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PROBABILIDADE
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
PRATICAR PARA APRENDER
Caro aluno, nesta seção iremos entender o conceito de probabilidade e o que são
as distribuições de probabilidade. Tais conceitos são fundamentais quando
trabalhamos, por exemplo, com modelagem ou, até mesmo, previsão de lucros de
uma empresa.
Como exemplo dessa abordagem, imagine que você tenha interesse em saber, em
média, quanto tempo irá demorar para o seu maquinário falhar para saber quando
será necessário trocar e se programar com o orçamento. Para fazer isso, você deve
considerar a distribuição de probabilidade do tempo de falhar e trabalhar com a
média dessa distribuição. Percebe a importância desse conteúdo?
Que tal começar esse entendimento agora? Você será acompanhado em todo o
processo! Iniciaremos com os conceitos básicos de probabilidade e, depois,
passaremos para as distribuições de probabilidade.
CONCEITO-CHAVE
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dados, em que o objetivo era determinar a probabilidade exata (NETO, 2006).
seõçatona reV
De acordo com Magalhães (2002), na literatura, há três interpretações do conceito
de probabilidade: a frequentista, a clássica e a subjetiva. O enfoque e os detalhes
de cada uma dessas interpretações nós estudamos na Unidade 3, assim, daremos
sequência assumindo que estamos todos familiarizados com tais conceitos. Ele é
válido para o conceito de experimentos, que são classificados em aleatórios e
determinísticos.
Certo, uma vez que temos esses conhecimentos prévios, estamos com todas as
ferramentas para definir o que é, de fato, uma probabilidade. Matematicamente,
dizemos que uma função P definida em uma σ-álgebra Λ de subconjuntos de um
espaço amostral Ω e imagem restrita ao intervalo [0,1], é uma probabilidade se
satisfaz os seguintes axiomas de Kolmogorov (MAGALHÃES, 2002):
1. P (Ω) = 1.
ASSIMILE
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preliminares que são de suma importância, como a regra da adição.
seõçatona reV
Regra da adição (MAGALHÃES, 2002): sejam A, B ∈ Λ. Então
P (A ∪ B) = P (A) + P (B) − P (A ∩ B) . Por outro lado, se A e B são
eventos mutuamente exclusivos, a probabilidade P (A ∪ B) se reduz a
P (A ∪ B) = P (A) + P (B) .
EXEMPLIFICANDO
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Bom, definimos a nossa primeira regra, a regra da adição, que foi base para a
0
probabilidade condicional. Será que existem outras regras que são bases para
seõçatona reV
outros tipos de probabilidade? A resposta é sim. Vamos trabalhar com a regra da
multiplicação, que é base do famoso teorema de Bayes.
i=1
A i ) > 0 , então a regra da
multiplicação de probabilidades é definida como:
n
P (∩ A i ) = P (A 1 )P (A 2 |A 1 ) … P (A n ∣ A 1 ∩ … ∩ A n−1 )
i=1
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REFLITA
Em que outras situações você acha que o teorema de Bayes pode ser
aplicado? Existe condições especiais para essa aplicação?
0
Bom, fizemos então um resumo dos principais conceitos de probabilidade que
seõçatona reV
necessitamos para trabalhar com nossas distribuições de probabilidade. No
entanto, ainda falta uma ferramenta essencial: a variável aleatória. O que é uma
variável aleatória? No que consiste a ideia desse conceito? Basicamente, a ideia de
variáveis aleatórias consiste no conceito de que é possível associar um número real
a cada resultado no espaço amostral Ω. Matematicamente, podemos definir uma
variável aleatória como:
[X ≤ x] = {ω ∈ Ω, X(ω) ≤ x)
[X ≤ x] ∈ Λ, ∀x ∈ R
Certo, agora sim temos todas as ferramentas necessárias para lidar com as
distribuições de probabilidade. Mas antes, vamos primeiro classificar as variáveis
aleatórias. Lembra-se de que tínhamos dois tipos de dados quantitativos, discretos
ou contínuos? Pois então, temos a mesma classificação para variáveis aleatórias.
De acordo com Neto (2006), dizemos que uma variável aleatória X será discreta se
seu domínio/suporte for o conjunto R x = 0, 1, … , m . Caso o domínio dessa
variável aleatória seja o conjunto R x = {x ∈ R, a < x < b} , dizemos que essa
variável aleatória é contínua.
Agora que sabemos as classificações, vamos então dar início aos conceitos de
distribuições de probabilidade. Inicialmente, vamos começar com a definição do
que é uma função de distribuição acumulada. Isto é, seja X é uma variável aleatória
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04/08/22, 09:28 lddkls221_met_mat
definida em (Ω, Λ, P ), de acordo com Neto (2006), sua função de distribuição
acumulada é escrita na forma:
0
e obedece às seguintes propriedades:
seõçatona reV
1. Se x → − ∞, então F x (x) → 0 . E se x → +∞, então F x (x) → 1 .
Uma vez que sabemos o que é uma função de distribuição acumulada, podemos
calcular a função densidade de probabilidade. No entanto, devemos tomar cuidado
com essa função já que ela possui definições diferentes dependendo da natureza
da nossa variável aleatória. Por exemplo, se X é uma variável aleatória discreta,
então a função de probabilidade é definida como P (X = x) = F (x) − F (x + 1)
. Por outro lado, se X é uma variável aleatória contínua, então a função densidade
de probabilidade é descrita como f (x) = − ∂
∂x
F (x) . É importante destacar
também que o nome “função densidade de probabilidade” muda de acordo com a
natureza da variável aleatória justamente para diferenciar as duas, tudo bem?
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x: Sucesso, se x = 1
x: Fracasso, se x = 0
0
x 1−x
P (x) = ρ (1 − ρ)
seõçatona reV
A distribuição de probabilidade de X é conhecida como distribuição de Bernoulli
com parâmetro e função de probabilidade dada pela expressão anterior. Se
X~Bernoulli(ρ) , então E(X) = ρ e V ar(X) = 1 − ρ, em que E(X)
representa a média da distribuição e Var(X) a variância da distribuição.
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0
x
P (x) = ρ(1 − ρ) , 0 < ρ < 1
seõçatona reV
Se X~Geo(ρ), então E(X) = e V ar(X) = .
1−ρ 1−ρ
ρ ρ2
Por fim, a última distribuição discreta que vamos abordar neste texto é a
distribuição de Poisson. Em comparação às outras três, a distribuição de Poisson
não lida com fracasso e sucesso, mas sim com número de eventos em um dado
intervalo de tempo. Matematicamente, essa distribuição pode ser definida como:
2 12
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podemos definir a distribuição beta como:
seõçatona reV
Distribuição beta (MAGALHÃES, 2002): dizemos que uma variável aleatória
contínua X segue uma distribuição beta com parâmetros a > 0 e b > 0 se sua
função densidade de probabilidade é dada por:
1 a−1 b−1
f x(x) = x (1 − x) , 0 < x < 1
β(a,b)
a+b
e
V ar(X) = 2
(a+b) (a+b+1)
ab
.
Para encerrar nossos estudos sobre distribuições contínuas, vamos trabalhar com
três distribuições que são muito famosas, especialmente no contexto de teste de
hipóteses, que são as distribuições qui-quadrado, t de Student e normal. Essas
distribuições têm seus valores tabelados (que chamamos de Tabela da Normal,
Tabela do Qui-Quadrado, Tabela t de Student), o que facilita o cálculo das
probabilidades dessas distribuições. Mas o maior interesse nelas é, justamente,
quando lidamos com testes de hipóteses em que precisamos decidir sobre uma
hipótese (veremos mais sobre esses conceitos na Seção 3 desta unidade). Essas
distribuições são definidas, matematicamente, como:
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ν+1
ν+1 −( )
Γ( ) 2 2
2 x
f x (x) = ν
(1 + )
√νπΓ( ) ν
2
0
densidade de probabilidade for dada por:
seõçatona reV
x−μ 2
1
1 − ( )
f x (x) = e 2 σ
√ 2πσ 2
√ 2π
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Questão 2
seõçatona reV
Seja X uma variável aleatória que representa a concentração de chumbo no sangue
para uma determinada população de homens no Brasil. Supondo que essa variável
tem distribuição normal com média de 129 mg/L, desvio-padrão de 19,8 mg/L e
que nosso interesse seja calcular a proporção de homens nessa população que
têm concentração de chumbo no sangue maior ou igual a 150 mg/L.
a. Nessa população, cerca de 19,5% dos homens têm concentração de chumbo no sangue maior ou igual a
150 mg/L.
b. Nessa população, cerca de 14,5% dos homens têm concentração de chumbo no sangue maior ou igual a
150 mg/L.
c. Nessa população, cerca de 4,5% dos homens têm concentração de chumbo no sangue maior ou igual a
150 mg/L.
d. Nessa população, cerca de 34,5% dos homens têm concentração de chumbo no sangue maior ou igual a
150 mg/L.
e. Nessa população, cerca de 24,5% dos homens têm concentração de chumbo no sangue maior ou igual a
150 mg/L.
Questão 3
Suponha que você tenha interesse em investigar a probabilidade de um
trabalhador ser infectado por um agente tóxico e defina Y a variável aleatória que
corresponde a ser ou não infectado. Sabe-se que 30% dos trabalhadores expostos
a agentes tóxicos foram infectados, tal que P (Y = 1) = 0,30 e P (Y = 0) = 0,70
, em que 1 significa infectado e 0 significa não infectado. Suponha agora que temos
n observações para avaliar a probabilidade de sucesso e que nós selecionamos
uma amostra de 5 trabalhadores da população exposta ao agente tóxico.
0
c. A probabilidade de 2 desses trabalhadores estarem infectados é de 0,209.
seõçatona reV
d. A probabilidade de 2 desses trabalhadores estarem infectados é de 0,409.
REFERÊNCIAS
HENRIQUES, C. Análise de regressão linear simples e múltipla. Departamento
de Matemática. Escola Superior de Tecnologia de Viseu. Portugal, 2011.
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
Veja que o problema em questão envolve contagem e tempo, visto que são
acidentes anuais. Naturalmente, esse problema seria trabalhar com a questão de
sofrer ou não um acidente que remete à distribuição binomial, porém ela pode se
tornar complexa devido ao grande número de funcionários. Nesse caso,
trabalhamos com a aproximação da distribuição binomial para a distribuição de
Poisson, em que tiramos que o parâmetro λ é estimado por:
λ = np
λ = 100000 ⋅ 0,00024 = 24
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AVANÇANDO NA PRÁTICA
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TESTE DE DIAGNÓSTICO
seõçatona reV
Suponha que você tenha sido contratado por uma empresa médica para avaliar a
eficácia de testes de diagnósticos de câncer de mama. Naturalmente, o interesse
da empresa é entender a probabilidade de uma mulher testar positivo para o
câncer quando ela realmente tem a doença e entender a questão do falso
negativo. Nesse aspecto, a empresa desenvolveu um novo tipo de teste e precisa
lidar com essas questões, mas eles não têm ideia de como começar e é aí que você
entra. Como você desenvolveria uma forma de avaliar a questão da mulher, de
fato, testar positivo quando ela tem câncer? Qual seria a base para sua fórmula?
RESOLUÇÃO
Logo, essa fórmula iria descrever à empresa a relação entre os falsos positivos
e falsos negativos, com base no teorema de Bayes. Como exemplo de aplicação
da fórmula, podemos considerar P (A) = 0,2; P (B) = 0,8, tal que
P (T A) = 0,75; P (T B) = 0,25 . Logo, a probabilidade de a paciente ter câncer,
dado que o exame é positivo, é dada por:
0,2⋅0,75
P (AT ) = = 0,4286
0,2⋅0,75+0,8⋅0,25
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
MÉTODOS DE TOMADA DE DECISÃO
Caro aluno, nesta seção iremos entender como fazemos para tomar uma decisão
com embasamento estatístico. Este é um dos tópicos mais importantes que você
irá estudar nesta unidade, visto que a tomada de decisões faz parte do nosso
cotidiano.
Como exemplo dessa abordagem, considere que você precisa decidir sobre a
eficácia de uma vacina. Após realizações de experimentos, você chega à seguinte
hipótese: “a vacina é eficaz?”. Para saber como responder essa pergunta, você deve
se basear em métodos estatísticos para fundamentar sua resposta, pois é com
base nessa experimentação que você vai decidir se a vacina é ou não eficaz.
Que tal começar esse entendimento agora? Você será acompanhado em todo o
processo! Iniciaremos com os conceitos de hipóteses e, depois, passaremos para
os métodos estatísticos para a tomada de decisões.
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CONCEITO-CHAVE
Você já imaginou como são feitas as tomadas de decisões acerca de um
medicamento? De um júri? Ou até mesmo de um material de construção? Não?
Pois então, nesta seção iremos trabalhar com os métodos que fundamentam a
0
tomada de decisões com base em experimentação. Vamos começar com um
seõçatona reV
pequeno exemplo antes de definir as condições para tomar uma decisão.
Suponha que um certo indivíduo está sendo julgado por um certo crime.
Naturalmente, o júri precisa decidir sobre a culpa ou não desse indivíduo, com
base em fatos, testemunhas e leis. Nesse caso, então, duas hipóteses podem ser
formuladas:
A decisão por cada uma das hipóteses está sujeita a erros, é claro. Por exemplo, ao
tomar a decisão por H0, o júri pode cometer um erro, uma vez que o indivíduo
pode ser inocente. O mesmo vale se for tomada a decisão por H1. No entanto, na
prática, uma das decisões deve ser tomada, mesmo com essa possibilidade de se
cometer um erro. Então, sabendo das condições de erro, como fazemos para
tomar a decisão mais coerente? Antes de responder essa questão, vamos a
algumas definições importantes.
0
hipótese H1 como verdadeira e X é o espaço amostral associado à amostra
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X 1 , … , X n (CASELLA; BERGER, 2010).
ASSIMILE
EXEMPLIFICANDO
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Logo, podemos escrever a região de rejeição (ou crítica) para esse teste de
hipóteses como:
A 1 = {(x 1 , x 2 , x 3 ); x 1 + x 2 + x 3 ≥ 2}
0
de modo que a região de aceitação seja:
seõçatona reV
A 0 = {(x 1 , x 2 , x 3 ); x 1 + x 2 + x 3 < 2}.
Agora sim podemos trabalhar com a função de risco. Nesse caso, a função de risco
que determina a probabilidade dos erros do tipo I e II, com base na função de
perda, é dada por:
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Certo, vimos muitas componentes sobre os testes de hipóteses, mas ainda faltam
0
duas que são as mais usuais de aparecerem nos trabalhos científicos e nos
seõçatona reV
trabalhos diários envolvendo testes de hipóteses: o nível de significância nominal e
o nível descritivo do teste (ou p-valor). Vamos entender esses conceitos pelas
definições a seguir:
por:
p = p(X) = inf {α : X ∈ R α }
Definição (CASELLA; BERGER, 2010): o poder do teste com região crítica A para 1
π(θ 1 ) = P H 1 (X ∈ A 1 ) = P (X ∈ A 1 ∣ θ 1 ) = 1 − β
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EXEMPLIFICANDO
0
distribuição da variável aleatória X~ N (μ, 1). Suponha que você tem
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interesse em testar as hipóteses H 0 : μ = 0 e H 1 : μ = 1, tal que a região
A 1 = {x : x ≥ c}
¯ n = 16 α = 0,05 crítica seja . Sabendo que e , como
encontramos o valor de c? Nesse caso, podemos encontrar o valor de c pela
equação:
¯
0,05 = P H 0 (X ≥ c) = P (Z ≥ c√n)
H 0 : θ = θ 0 ; H 1 : θ = θ 1
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0
distribuição de probabilidade (ver Casella; Berger, 2010), podemos definir o
conceito de teste ótimo.
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Teste ótimo (CASELLA; BERGER, 2010): considere o teste com região crítica
descrita por:
* L 1 (x) a
A = {x; ≥ }
1 L 0 (x) b
em que L 1 (x) = ∏
n
i = 1
f (x i θ 1 ), L 0 (x) = ∏
n
i = 1
f (x i ∣ θ 0 ) , a e b > 0 são
especificados. Então, para qualquer outro teste com região crítica A , tem-se que: 1
* *
aα(A 1 ) + bβ(A 1 ) ≤ aα(A 1 ) + bβ(A 1 )
L 0 (x)
necessariamente pequena.
em que L . Então A é a
n n *
1 (x) = ∏ i = 1
f (x i θ 1 ), L 0 (x) = ∏
i = 1
f (x i ∣ θ 0 )
1
1
) 0
α(A 1 ) ≤ α .
Encerramos então a nossa primeira parte desta seção, que era a parte teórica a
respeito dos testes de hipóteses. Agora, vamos trabalhar com alguns testes
comuns na prática. O primeiro que iremos trabalhar é o teste Z.
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0
¯
x− μ 0
Z calc =
σ/√n
seõçatona reV
para testar a hipótese H 0 : μ = μ contra H 1 : μ ≠ μ (teste bicaudal) ou
1 1
O teste Z é um dos testes mais simples que temos para fazer comparação de
médias, porém ele pode ser ruim quando trabalhamos com amostras muito
pequenas e não aplicável quando não conhecemos o valor do desvio-padrão
populacional. E como resolvemos se isso acontecer? Ora, nesse caso, temos um
teste análogo ao teste Z, que é o teste t baseado na distribuição t de Student. Esse
teste é utilizado, em geral, quando não conhecemos o valor do desvio-padrão
populacional e a amostra é pequena. A estatística do teste é dada por:
x− μ 0
¯
t calc =
s/√n
Além disso, podemos testar os mesmos tipos de hipóteses anteriores para o teste
bicaudal e unicaudal. E quando temos duas médias, podemos trabalhar também
com o teste t? Sim, podemos, porém há uma diferença em relação ao teste Z.
Nesse caso, temos duas considerações: variâncias iguais e variâncias diferentes. No
caso em que elas são iguais, a estatística do teste é dada por:
¯
¯
(X − Y )−(μ 1 −μ 2 )
T calc =
1 1
sp √ +
n n
1 2
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¯
¯
(X − Y )−(μ 1 −μ 2 )
T calc =
2 2
s s
√ 1
+
2
n n
1 2
Agora já sabemos como testar a média. Mas esse é o único tipo de teste que pode
0
ser feito? Não, podemos trabalhar também com testes de proporção, além de
outras medidas. Neste texto, nosso foco serão os testes de média e de proporção.
seõçatona reV
Então, para encerrar nossa seção, vamos considerar o teste para proporção, que é
baseado no teorema central do limite e no teste Z, com estatística de teste dada
por:
p̂−p
Z calc =
p(1−p)
√
n
Como exemplo de aplicação desse teste, podemos testar hipóteses do tipo “um
engenheiro garante que 95% dos seus projetos estão de acordo com as normas da
ABNT” ou “uma empresa garante que é responsável por apenas 10% da
contaminação de um determinado lago”, e assim por diante. E para duas
proporções, também conseguimos trabalhar com esse teste? Sim, nesse caso, a
estatística do teste é dada por:
ˆ
p 1 −ˆ
p2
Z calc =
p̂(1−p̂) p̂(1−p̂)
√ −
n n
1 2
n 1ˆ
p 1 +n 2 ˆ
p2
p̂ =
n 1 +n 2
REFLITA
Com isso fechamos o nosso conteúdo sobre testes de hipóteses, que são
ferramentas fundamentais para lidar com a tomada de decisões. Agora é hora de
colocar a mão na massa e trabalhar com esses conceitos.
Questão 1
Suponha que a concentração média de nitrogênio amoniacal encontrado em um
determinado lago brasileiro no ano passado seja de 15,4 mg/L. Em uma amostra
de tamanho 35, isto é, 35 observações das concentrações de nitrogênio amoniacal
0
nesse ano do mesmo lago, a concentração média de nitrogênio amoniacal foi de
seõçatona reV
14,6 mg/L. Sabendo que o desvio-padrão da população seja de 2,5 mg/L e o nível
de significância 0,05, temos interesse em achar o p-valor para saber se rejeitamos
ou não a hipótese nula.
Questão 2
Em uma determinada cidade pequena, um surto de uma determinada doença
afetou os níveis de hemoglobina no sangue, que reduziu a resposta imunológica
do corpo no combate à doença. Os cientistas mediram o nível de hemoglobina em
nove pacientes selecionados aleatoriamente naquela cidade. Os níveis (em NMP/g)
foram os seguintes: 0.593, 0.142, 0.329, 0.691, 0.231, 0.793, 0.519, 0.392, 0.418.
Com base nesses dados, existe evidência de que o nível médio de hemoglobina no
sangue é igual a 0,7 NMP/g ao nível de significância de 5% nessa população?
a. Com o p-valor, p = 0,089 > 0,05, não rejeitamos H0, concluindo assim que não há evidências de que o
nível médio de hemoglobina no sangue dessa população é igual a 0,7 NMP/g.
b. Com o p-valor, p = 0,089 > 0,05, não rejeitamos H0, concluindo assim que há evidências de que o
nível médio de hemoglobina no sangue dessa população é igual a 0,7 NMP/g.
c. Com o p-valor, p = 0,089 > 0,05, rejeitamos H0, concluindo assim que não há evidências de que o
nível médio de hemoglobina no sangue dessa população é igual a 0,7 NMP/g.
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d. Com o p-valor, p = 0,089 > 0,05, rejeitamos H0, concluindo assim que não há evidências de que o
nível médio de hemoglobina no sangue dessa população é igual a 0,7 NMP/g.
e. Com o p-valor, p = 0,089 > 0,05, não rejeitamos H0, concluindo assim que há evidências de que o
nível médio de hemoglobina no sangue dessa população é igual a 0,7 NMP/g.
0
seõçatona reV
Questão 3
Suponha que você tem dois tipos de ferragens para a construção de um prédio e
que teu objetivo seja comparar a altura das ferragens, visando a economia na
compra do material e assumindo um nível de significância de 5%. O tipo (A)
consiste em ferragem de cobre, com variância da população igual a 5 cm, e o grupo
(B) consiste em ferragem de aço, com variância da população igual a 8,5 cm.
Selecionando duas amostras, você obteve as seguintes alturas (em cm):
Grupo A: 175, 168, 168, 190, 156, 181, 182, 175, 174, 179
Grupo B: 185, 169, 173, 173, 188, 186, 175, 174, 179, 180
Sabendo que será utilizado o teste Z para isso, assinale a alternativa correta.
a. O valor da estatística z para o teste de comparação de duas médias é z = −1,9263.
b. O valor da estatística z para o teste de comparação de duas médias é z = 2,9263.
c. O valor da estatística z para o teste de comparação de duas médias é z = −2,9263.
d. O valor da estatística z para o teste de comparação de duas médias é z = 1,9263.
e. O valor da estatística z para o teste de comparação de duas médias é z = −3,9263.
REFERÊNCIAS
CASELLA, G.; BERGER, R. L. Inferência Estatística. São Paulo: Cengage Learning
Brasil, 2010.
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0
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002.
seõçatona reV
NETO, P. L. O. C. Estatística. São Paulo: Blucher, 2006.
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Ricardo Puziol de Oliveira
seõçatona reV
SEM MEDO DE ERRAR
A primeira coisa que devemos analisar é se o teste será unicaudal ou bicaudal. Na
situação exposta, notemos que o nível médio de colesterol da subpopulação de
hipertensos e fumantes pode ser maior ou menor do que o nível médio de
colesterol considerado na hipótese de teste, então, nossa hipótese alternativa é
descrita por:
H 1 = μ ≠ 211 mg/ml
Nesse caso, como Z segue a distribuição normal padrão, temos que o p-valor, ao
nível de significância de 5% e com base na tabela da distribuição normal para teste
bicaudal, é igual a 0,652. Como esse valor é maior do que 0,05, não rejeitamos a
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AVANÇANDO NA PRÁTICA
seõçatona reV
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Suponha que você foi convidado por uma empresa para trabalhar com níveis de
gases poluentes em uma determinada cidade. Sabendo que o principal gás
poluente é o CO2 e que o desvio-padrão populacional é de 0,85 mg/L, a empresa
deseja saber se a concentração média de CO2 é maior ou igual à concentração
média dos gases poluentes descrita por 12,29 mg/L, considerando uma amostra de
tamanho 74 com média igual a 10,6 mg/L e um nível de significância de 5%. Sendo
assim, qual teste de hipóteses você utilizaria para essa situação? E como você
apresentaria seus resultados à empresa?
RESOLUÇÃO
H 0 : μ ≥ 12,29 mg/L
H 1 : μ < 12,29 mg/L
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0,85/√ 74
Como o teste é unicaudal, vamos trabalhar com a área à esquerda de z calc que,
nesse caso, é menor do que 0,001. Isto é, assumindo nosso nível de
significância de 5%, temos que o p-valor é dado por e, portanto, rejeitamos H0.
0
Assim, concluímos que que o nível médio de CO é menor que o nível médio 2
seõçatona reV
dos gases poluentes. Em outras palavras, na conclusão para a empresa,
podemos apresentar que não há evidências de que o nível médio de CO seja 2
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