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Área 16 km²
Subprefeitura Penha
Região Leste
Administrativa
Área Geográfica 3 Nordeste
Etimologia
O termo Cangaíba vem do tupi-
guarani Cangaíva, da junção de caa
+ nga + iva, onde caa é mata, nga é
lugar e iva é fruta, do que se traduz
que as terras do Cangaíba eram um
"lugar na mata com frutas" ou um
"lugar frutífero na mata".[1]
História
O desenvolvimento do bairro
Cangaíba está interligado à
chegada dos primeiros
colonizadores no Brasil e à
fundação da cidade de São Paulo
de Piratininga, em 1554, por padres
jesuítas que ergueram pequenos
aldeamentos às margens dos rios
Tamanduateí e do Anhembi (Tietê),
onde viviam algumas tribos
indígenas.[2]
Fundação
A teoria aponta que a data mais
antiga localizada informando as
antigas paragens do Cangaíba, se
deu em torno da Carta de Sesmaria
doada pelo Rei de Portugal, D.
Fernando, ao Aldeamento Ururaí,
que tinha 6.000 léguas, indo do
antigo Vale do Ticoatira, próximo à
desembocadura do Rio Tietê, até
São Miguel de Ururaí (São Miguel
Paulista), datada de 12 de outubro
de 1580.
As vilas do Cangaíba
O Cangaíba do século XIX era uma
longínqua vila da Freguesia da
Penha de França que de tudo
carecia, mas que se desenvolveu
tão rapidamente que, atualmente, é
um distrito que possui dezenas de
vilas e uma extensa rede de
comércio e serviços em toda a
região.
Cabe-nos recordar que toda a
cidade se desenvolveu a partir dos
mesmos fenômenos históricos-
sociais, os antigos sítios e
chácaras dos séculos XVIII e XIX
passaram a ser loteados, a partir da
industrialização do centro da
cidade, que fez com que as vilas ao
redor se tornassem dormitórios do
imenso fluxo de moradores que
buscaram a região para morarem
próximas da área do trabalho ou
para iniciarem um pequeno
comércio, como padarias,
açougues, bares, mercearias e
casas de materiais de construção,
que com o tempo, diversificaram
em magazines, salões de
cabeleireiros, calçados, móveis,
roupas, restaurantes, docerias,
escolas particulares, bancos e
outros serviços.
Emancipação Política
O Cangaíba esteve vinculado à
histórica Freguesia da Penha de
França, tanto por ser caminho
obrigatório do vai e vem dos
habitantes da região, como por sua
formação política e administrativa
que esteve subordinada à Penha,
até que, em 28.02.1964, a
Assembleia Legislativa promulgou
a Lei 8.092 que criou centenas de
municípios no Estado e novos
subdistritos, declarando em seu
Anexo I do Quadro Geral da Divisão
Territorial do Estado de São Paulo
em Comarcas, Municípios e
Distritos, a criação do 41º
Subdistrito- Cangaíba- com
território desmembrado do 3º
Subdistrito- Penha de França do
Distrito de São Paulo.
Em 11 de março de 1997, é
aprovado o Projeto de Lei que
institui o Dia do Aniversário do
Cangaíba, a ser comemorado,
anualmente, no dia 28 de fevereiro,
integrando-o no calendário oficial
da cidade de São Paulo. A data
escolhida é em alusão à Lei 8.092
de 28 de fevereiro de 1964, data do
desmembramento do novo bairro
da Penha de França.
A passagem de viajantes e
personalidades importantes como
D. Pedro I e D. Pedro II, registrados
como visitantes da Penha de
França, em momentos decisivos
para o país, também passaram
pelas estradas do Cangaíba para
seguirem para o Rio de Janeiro;
O maior conflito bélico da cidade de
São Paulo, motivado pelo
descontentamento dos militares
com a crise econômica e a
concentração de poder nas mãos
de políticos de São Paulo e Minas
Gerais, a Revolução de 1924, fez
com que o Presidente Carlos de
Campos se refugiasse na Penha,
em 9 de julho, instalando-se em um
vagão adaptado na estação de
trem Guaiaúna, à época, um
presídio foi instalado no Cangaíba
para prenderem os revoltosos.
As mesmas atividades agrícolas,
cujo excedente abastecia a
incipiente cidade paulista;
As primeiras indústrias da região,
as olarias, que se espalhavam pelo
Rio Tietê, graças à matéria-prima
que jazia nas várzeas do rio, foram
usadas na construção da cidade;
A rápida urbanização com a
chegada do trem na região;
A onda imigratória que jamais
cessou na região, mudando apenas
a composição dos grupos
nacionais ou estrangeiros que
buscam novas oportunidades no
entorno da Penha de França:
primeiro chegaram os portugueses
em diferentes períodos e maior
número, depois os espanhóis,
seguidos dos italianos e japoneses,
em menor número; atualmente há a
presença de bolivianos na região e
refugiados africanos.
Brasão do Cangaíba
O brasão e a bandeira do Cangaíba
se desenvolveram a partir do
resgate histórico da pesquisadora e
historiadora Adriana Lopes,
considerando o estudo da heráldica
e a contribuição dos povos
indígenas na formação da cidade
de São Paulo.
A Coroa mural é o símbolo de
emancipação política portuguesa,
construída com tijolos homenageia
as primeiras indústrias do bairro
Cangaíba, as olarias, existentes às
margens do Rio Tietê, no fim do
século XIX. O escudo em chefe, em
campo blau (azul) representa a
justiça, a perseverança e o zelo dos
cangaibenses; trazendo ao centro a
igreja com a cruz universal,
simboliza a catequização dos índios
pelos jesuítas e a Igreja Bom Jesus
do Cangaíba, bem como todas as
instituições religiosas do bairro.
O escudo é transpassado pela
espada dos bandeirantes
portugueses que desbravaram a
região desde o século XVI, em
conflito com os índios Guaianá das
aldeias Ururaí, antigos habitantes,
representados pela flecha.
Lazer e Cultura
Religiosidade
O Cangaíba possui de acordo com
o Censo de 2010 mais de 150 mil
habitantes, migrantes e imigrantes,
comungando a fé em acordo com
suas tradições e sua prática e a
diversidade religiosa existente nos
aponta a pluralidade cultural que há
no território e o convívio
harmonioso entre os moradores da
região.
Religião de Matriz
Africana
As religiões de matriz africana
ingressaram no país junto com os
negros africanos, originando
diversas formas de manifestação
sagrada, as mais tradicionais são o
candomblé e a umbanda. Entre os
que cultuavam o candomblé se
destacavam: os bantos, vindos do
Congo, Angola e Moçambique e os
sudaneses, que vinham da Nigéria,
conhecidos como iorubás ou nagôs
e o povo do Benim, conhecidos
como jejes.
Candomblé
Organização Religiosa Beneficente
Ilê Funfum Axé Iá Omim - Pai Enéas
Axé Ebé Odé Ofá Laió- Pai Rodrigo
Girão
Umbanda
Comércio
A Avenida Cangaíba é o maior
centro comercial do distrito, onde é
possível encontrar tudo o que se
precisa, escolas públicas e
particulares, mercados, farmácias,
bancos, padarias, açougues, bares,
restaurantes e uma extensa rede de
serviços. Cada vila pertencente ao
distrito possui suas vias
comerciais, como é o caso das
ruas Pastoril de Itapetinga e Careiro
no Jardim Danfer e as ruas Colônia
Leopoldina e Olho D'água do
Borges, na Vila Sílvia.
Transporte
O distrito é atendido pelas linhas
12–Safira e 13–Jade do Trem
Metropolitano de São Paulo, com a
Estação Engenheiro Goulart.
Ver também
Lista de distritos de São Paulo
População dos distritos de São
Paulo (Censo 2010)
Área territorial dos distritos de São
Paulo (IBGE)
Telecomunicações em São Paulo
Referências
1. LOPES, Adriana (2020). Cangaíva,
terra entre rios: dos Guaianá de
Ururaí a um bairro. São Paulo: [s.n.]
Ligações externas
Relatos históricos sobre o distrito
do Cangaíba (http://www.saopaulo
minhacidade.com.br/list.asp?ID=20
39)
Dados demográficos do distrito (htt
p://www.prefeitura.sp.gov.br/cidad
e/secretarias/subprefeituras/subpr
efeituras/dados_demograficos/ind
ex.php?p=12758)
Mais informações sobre o bairro
Cangaíba (http://www.encontracan
gaiba.com.br/cangaiba/)
[1] (https://pt.calameo.com/read/0
05372733268d4a8f6cbc) Não é
Cangaíba é Cangaíva
[2] (http://www.prefeitura.sp.gov.br/cid
ade/secretarias/cultura/dec/teatros/fl
avio_imperio) Prefeitura de São Paulo
[3] (https://issuu.com/gazetapenhe
nse/docs/2417_gape) Cangaíba é
o nome errado do bairro
[4] (https://www.infoleste.com.br/e
dicoes/2019-12-dezembro-extra.pd
f) Projeto inédito do bairro
Cangaíva chega à Brasília
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