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Cangaíba

distrito da cidade de São Paulo

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Saiba mais

Cangaíba é um distrito está situado


na zona leste do município
brasileiro de São Paulo, com
151.538 habitantes, de acordo com
o Censo de 2010, é habitado em
geral por pessoas de classes média
e baixa.
Cangaíba

Área 16 km²

População (25°) 151.538 hab.


(2010)

Densidade 94,71 hab/ha

Renda média R$ 948,16

IDH 0,801 - elevado (73°)

Subprefeitura Penha

Região Leste
Administrativa
Área Geográfica 3 Nordeste

Distritos de São Paulo

Ao norte, faz divisa com o


município de Guarulhos, através do
Parque Ecológico do Tietê — região
muito movimentada devido ao
turismo ocasionado pelo parque e
por abranger parte da rodovia
Ayrton Senna, principal ligação da
capital paulista com o Vale do
Paraíba. Ao leste e ao sul, faz divisa
com o distrito da Penha e também
ao sul com a Ponte Rasa, mais a
leste faz divisa com Ermelino
Matarazzo, encerrando seu trajeto.
Bairros do Cangaíba: Jardim Jaú
(Parte); Vila Londrina; Vila
Mesquita; Vila Santo Henrique;
Jardim Otília; Vila Paz; Jardim
Gôndolo; Vila Dom Duarte
Leopoldo; Jardim de Lorenzo;
Chácara Cruz do Sul; Vila Pierina;
Vila Vidal; Vila Rui Barbosa; Vila
Araguaia; Vila Penteado; Chácara
Santo Antônio; Jardim Arizona;
Jardim Cangaíba; Jardim
Piratininga; Vila Fernando; Vila
Rufino; Jardim Paulistânia; Vila
Hilda; Vila Antenor; Vila Rica;
Jardim São Francisco; Vila Arruda;
Vila Sartori; Jardim Janiópolis;
Engenheiro Goulart; Vila Brasil; Vila
Buenos Aires; Jardim do Castelo;
Vila Franci; Vila Belo Horizonte; Vila
Libanesa; Parque Líbano; Vila Sílvia;
Jardim Danfer; Vila Amália; Jardim
Gonzaga; Vila São Jorge; Jardim
Penha; Jardim Aidar; Vila
Guaraciaba (Parte).

Etimologia
O termo Cangaíba vem do tupi-
guarani Cangaíva, da junção de caa
+ nga + iva, onde caa é mata, nga é
lugar e iva é fruta, do que se traduz
que as terras do Cangaíba eram um
"lugar na mata com frutas" ou um
"lugar frutífero na mata".[1]
História
O desenvolvimento do bairro
Cangaíba está interligado à
chegada dos primeiros
colonizadores no Brasil e à
fundação da cidade de São Paulo
de Piratininga, em 1554, por padres
jesuítas que ergueram pequenos
aldeamentos às margens dos rios
Tamanduateí e do Anhembi (Tietê),
onde viviam algumas tribos
indígenas.[2]

O encontro entre os colonizadores


portugueses e os índios paulistas,
nem sempre foram amistosos, mas
o Cacique Tibiriçá da tribo
Inhampuambuçu se une aos
jesuítas, tornando-se cristão. Seu
irmão, o Cacique Piquerobi,
descontente desta aliança que
ameaçava o seu povo, migrou com
sua tribo para para as margens
mais a leste do Anhembi, erguendo
o aldeamento Ururaí.[3]

Piquerobi se une a outras tribos


para expulsar os portugueses das
terras de São Paulo, no primeiro
grande conflito entre índios e
portugueses, a Guerra de
Piratininga, onde é assassinado por
seu irmão Tibiriçá, em 1562.
As terras de Ururaí iam desde o
antigo Vale do Ticoatira até São
Miguel de Ururaí (São Miguel
Paulista)[4], abrangendo as terras
do cerro do Cangaíba, margeadas
pelos rios Anhembi e Ticoatira, à
época, o território pertencia à
Nossa Senhora da Penha de
França.

Os índios estavam sob a proteção


dos jesuítas que buscavam
catequizá-los, mas a chegada dos
bandeirantes, no planalto paulista,
em busca de ouro[5], fez com que
passassem a aprisionar os índios,
ao mesmo tempo em que se
apossavam de suas terras.

A plantação nativa foi se


transformando sob o comando dos
portugueses, dando lugar às
sesmarias, extensas porções de
terras doadas pelo Rei de Portugal
para a exploração, assim, surgiram
os primeiros sítios e pastos da
região e as primeiras cabeças de
gado foram trazidas por Tomé de
Souza, surgindo o maior rebanho
que a América possuiria naquele
tempo.[6]
Em fins do século XIX, o país sofreu
profundas transformações com a
libertação dos escravos, a
Proclamação da República e a
chegada de novos imigrantes de
diferentes etnias.

A cidade de São Paulo, em paralelo


a esses acontecimentos,
prosperava com o início da
industrialização, nas regiões leste
do Brás e da Moóca, é neste
contexto que surgirão os primeiros
loteamentos urbanos das regiões
periféricas da cidade, surgindo
dezenas de vilas em um curto
espaço de tempo, ao redor do
núcleo primitivo da Penha de
França, é neste contexto que se
desenvolverá o bairro Cangaíba e
suas dezenas de vilas, nos moldes
urbanos da cidade, a partir da
venda dos lotes das antigas
fazendas e chácaras.[7]

Fundação
A teoria aponta que a data mais
antiga localizada informando as
antigas paragens do Cangaíba, se
deu em torno da Carta de Sesmaria
doada pelo Rei de Portugal, D.
Fernando, ao Aldeamento Ururaí,
que tinha 6.000 léguas, indo do
antigo Vale do Ticoatira, próximo à
desembocadura do Rio Tietê, até
São Miguel de Ururaí (São Miguel
Paulista), datada de 12 de outubro
de 1580.

A data de fundação do bairro


Cangaíba, no entanto, a partir do
colonizador é datada de 1667,
quando bandeirantes solicitaram
sesmarias na Penha de França e
seu entorno, à época da descoberta
do ouro, sendo invadidas, pouco a
pouco, as terras indígenas da
região.

O treslado de uma Carta de Datas


de 25 de novembro de 1667 aos
oficiais da Câmara, informa que o
bandeirante Pantalião Pedroso,
morador na Vila de São Paulo,
suplica uns "alagadiços" no
"Cangá", uma corruptela de
Cangaíva, para pastos de suas
criações, gado e cavalgaduras, em
terras indígenas. A súplica foi
atendida, dando o título de
fundador do bairro à Pantalião
Pedroso que transformou a mata
nativa em plantio para a
subsistência e pastos.

Nos séculos seguintes a região


cairá em abandono, sendo
recrutados os índios escravizados
para desbravar outros sertões e
surge um novo ciclo do ouro em
Minas Gerais, alterando o foco da
migração dos colonizadores.

As vilas do Cangaíba
O Cangaíba do século XIX era uma
longínqua vila da Freguesia da
Penha de França que de tudo
carecia, mas que se desenvolveu
tão rapidamente que, atualmente, é
um distrito que possui dezenas de
vilas e uma extensa rede de
comércio e serviços em toda a
região.
Cabe-nos recordar que toda a
cidade se desenvolveu a partir dos
mesmos fenômenos históricos-
sociais, os antigos sítios e
chácaras dos séculos XVIII e XIX
passaram a ser loteados, a partir da
industrialização do centro da
cidade, que fez com que as vilas ao
redor se tornassem dormitórios do
imenso fluxo de moradores que
buscaram a região para morarem
próximas da área do trabalho ou
para iniciarem um pequeno
comércio, como padarias,
açougues, bares, mercearias e
casas de materiais de construção,
que com o tempo, diversificaram
em magazines, salões de
cabeleireiros, calçados, móveis,
roupas, restaurantes, docerias,
escolas particulares, bancos e
outros serviços.

Neste contexto, desenvolveram-se


as vilas que se formaram ao longo
das principais avenidas, as que se
formaram às margens do Tiquatira,
no sentido Penha de França a
Ermelino Matarazzo com quem faz
divisa são: Jardim Jaú, Vila
Londrina, Chácara Cruzeiro do Sul,
Vila Rui Barbosa, Vila Pierina, Vila
Antenor, Jardim Arizona, Vila
Araguaia, Vila Buenos Aires, Jardim
Penha, Vila Libanesa e Parque
Boturussu.

As que se formaram a partir do


topo do Cerro do Cangaíba, sentido
Avenida Doutor Assis Ribeiro ou ao
contrário, fixaram-se às margens da
várzea do Tietê e demarcaram suas
divisas no topo do cerro são: Vila
Mesquita, Jardim Piratininga,
Jardim Paulistânia, Engenheiro
Goulart, Vila Sílvia, Jardim Danfer e
Vila Cisper.

As vilas que surgiram entre as


antigas várzeas do Rio Tietê e a
linha férrea do Trem Metropolitano,
são: Jardim Flávio, Jardim
Piratininga (citado acima) na parte
abaixo da linha férrea, Jardim São
Francisco e Jardim Keralux.

Algumas vilas não tem seu


perímetro delimitado, são elas: Vila
Paz, Jardim do Castelo, Jardim
Janiópolis, Vila Franci, Vila Amália
(próxima ao Jardim Danfer), Vila
Arruda, Vila Belo Horizonte, Vila
Ilda, Vila Rica, Vila Rufino, Vila São
Pedro, Vila São Jorge, Vila do Sapo,
Jardim Flavio, Jardim São
Francisco e Vila Sampaio.
Algumas regiões do bairro
sofreram invasões, formando
extensas favelas, como é o caso
das mais conhecidas: Caixa d'Água
(chamada anteriormente de Santa
Rita), em Engenheiro Goulart;
Arizona, no Jardim Arizona; Danfer,
no Jardim Danfer; atrás da linha do
trem, a Vila do Sapo e a do Pira, no
Jardim Piratininga, e Bato e Morro
da Fé.

Emancipação Política
O Cangaíba esteve vinculado à
histórica Freguesia da Penha de
França, tanto por ser caminho
obrigatório do vai e vem dos
habitantes da região, como por sua
formação política e administrativa
que esteve subordinada à Penha,
até que, em 28.02.1964, a
Assembleia Legislativa promulgou
a Lei 8.092 que criou centenas de 
municípios no Estado e novos
subdistritos, declarando em seu
Anexo I do Quadro Geral da Divisão
Territorial do Estado de São Paulo
em Comarcas, Municípios e
Distritos, a criação do 41º
Subdistrito- Cangaíba- com
território desmembrado do 3º
Subdistrito- Penha de França do
Distrito de São Paulo.
Em 11 de março de 1997, é
aprovado o Projeto de Lei que
institui o Dia do Aniversário do
Cangaíba, a ser comemorado,
anualmente, no dia 28 de fevereiro,
integrando-o no calendário oficial
da cidade de São Paulo. A data
escolhida é em alusão à Lei 8.092
de 28 de fevereiro de 1964, data do
desmembramento do novo bairro
da Penha de França.

À época do povoamento dos


bairros da Penha de França e de
São Miguel Paulista, é importante
entender que os bairros eram
povoações contíguas, isto é, sem
divisas, o que dificulta a
compreensão do desenvolvimento
do bairro do Cangaíba, a partir de
documentos que registram os fatos
históricos a partir da Penha, assim,
há que haver um esforço para
inferir que os mesmos
acontecimentos se davam também,
no Cangaíba:

A passagem de viajantes e
personalidades importantes como
D. Pedro I e D. Pedro II, registrados
como visitantes da Penha de
França, em momentos decisivos
para o país, também passaram
pelas estradas do Cangaíba para
seguirem para o Rio de Janeiro;
O maior conflito bélico da cidade de
São Paulo, motivado pelo
descontentamento dos militares
com a crise econômica e a
concentração de poder nas mãos
de políticos de São Paulo e Minas
Gerais, a Revolução de 1924, fez
com que o Presidente Carlos de
Campos se refugiasse na Penha,
em 9 de julho, instalando-se em um
vagão adaptado na estação de
trem Guaiaúna, à época, um
presídio foi instalado no Cangaíba
para prenderem os revoltosos.
As mesmas atividades agrícolas,
cujo excedente abastecia a
incipiente cidade paulista;
As primeiras indústrias da região,
as olarias, que se espalhavam pelo
Rio Tietê, graças à matéria-prima
que jazia nas várzeas do rio, foram
usadas na construção da cidade;
A rápida urbanização com a
chegada do trem na região;
A onda imigratória que jamais
cessou na região, mudando apenas
a composição dos grupos
nacionais ou estrangeiros que
buscam novas oportunidades no
entorno da Penha de França:
primeiro chegaram os portugueses
em diferentes períodos e maior
número, depois os espanhóis,
seguidos dos italianos e japoneses,
em menor número; atualmente há a
presença de bolivianos na região e
refugiados africanos.

Brasão do Cangaíba
O brasão e a bandeira do Cangaíba
se desenvolveram a partir do
resgate histórico da pesquisadora e
historiadora Adriana Lopes,
considerando o estudo da heráldica
e a contribuição dos povos
indígenas na formação da cidade
de São Paulo.
A Coroa mural é o símbolo de
emancipação política portuguesa,
construída com tijolos homenageia
as primeiras indústrias do bairro
Cangaíba, as olarias, existentes às
margens do Rio Tietê, no fim do
século XIX. O escudo em chefe, em
campo blau (azul) representa a
justiça, a perseverança e o zelo dos
cangaibenses; trazendo ao centro a
igreja com a cruz universal,
simboliza a catequização dos índios
pelos jesuítas e a Igreja Bom Jesus
do Cangaíba, bem como todas as
instituições religiosas do bairro.
O escudo é transpassado pela
espada dos bandeirantes
portugueses que desbravaram a
região desde o século XVI, em
conflito com os índios Guaianá das
aldeias Ururaí, antigos habitantes,
representados pela flecha.

A parte inferior do escudo em


campo sinopla (verde) representa
as antigas terras do Cerro do
Cangaíva; a alegria e amizade entre
os moradores; a abundância e a
esperança de nossos campos; as
matas primitivas e o caráter rural do
passado dando vida ao Parque
Ecológico Tietê e ao Parque Linear
Tiquatira, extensas áreas verdes
recreativas.

Ao centro, na parte inferior, a


máscara do teatro grego,
representando o Teatro Flavio
Império.

Ao centro, cruzando os campos, a


chegada do progresso representada
pela roda do comércio: a ferrovia
representando as Estações de
Trem Engº Trindade e Engº Goulart,
em paralelo à estrada,
representando as principais
avenidas do bairro: Cangaíba,
 Dr.Assis Ribeiro e Governador
Carvalho Pinto (Tiquatira),
propulsoras do crescimento do
bairro.

Às margens do Cangaíba, cruzando


todo o bairro, temos duas faixas
brancas, símbolo da pureza das
águas dos Rios Tietê e Tiquatira.

Na parte inferior do escudo está a


data de fundação do bairro, 25 de
novembro de 1667, a partir da
primeira sesmaria doada a um
bandeirante nas antigas terras do
Cangaíva.

O brasão foi apresentado às


associações e moradores da
região, em 2019, no Auditório do
Colégio Machado de Assis, um dos
principais da região do Cangaíba e
da Penha, com apoio do Sub
Prefeito Thiago Della Volpi da Sub
Prefeitura da Penha, buscando
contribuir com a identidade
histórica do bairro.

Lazer e Cultura

Parque Ecológico do Tietê

O distrito abriga o Parque Ecológico


do Tietê como subproduto das
obras de retificação do rio Tietê,
uma proposta urbanística para a
preservação da fauna e flora da
várzea do rio.

O parque foi inaugurado, em 1982,


através do Decreto Estadual de
7.868/76 e possui um Centro de
Educação Ambiental; Cultural;
Museu do Tietê; Biblioteca e Centro
de Recepção de Animais Silvestres,
tendo capacidade para abrigar
animais apreendidos ou doados.[8]

O parque está situado na Rodovia


Parque, 8054 e abrange uma
extensa faixa de 14 milhões m²,
desde a região de Engenheiro
Goulart, no Cangaíba, até um
pequeno trecho da Vila Jacuí,
especificamente 171 mil m²,
proporcionando aos
frequentadores, atividades
culturais, educacionais, recreativas,
esportivas e de lazer, recebendo,
em torno de 330 mil visitantes por
mês.

O parque tem fácil acesso,


podendo utilizar a Linha 3–
Vermelha, a Linha 12–Safira e as
linhas de ônibus: 2582-10, 2718-10
e 271A-51.2.
Parque Linear Tiquatira

O Parque do Tiquatira foi criado


pela Prefeitura de São Paulo em
parceria com a Sabesp, a partir do
plantio de milhares de árvores por
Hélio Silva, conhecido como "o
plantador de árvores". Desde 2003,
sr. Hélio vem plantando árvores, às
margens do Ribeirão Tiquatira, em
4,5 km de extensão, inicialmente,
plantou sozinho 5 mil árvores e,
atualmente, o Parque tem 26,5 mil
árvores com cerca de 150 espécies
nativas da Mata Atlântica, sendo
algumas frutíferas para atrair
pássaros, graças à generosa
iniciativa de preservação da antiga
várzea do ribeirão , sendo
instaladas pela prefeitura pistas de
cooper; caminhada; skate e
bicicross, também foram
construídos quiosques e quadras
de futebol, em comunhão com a
natureza.

O parque está situado ao longo da


Avenida Governador Carvalho
Pinto[9], tendo início na região do
Jaú, a partir do viaduto General
Milton Tavares de Souza, em
direção às vilas do Cangaíba,
finalizando na Avenida São Miguel.
Teatro Flavio Império

O Teatro Municipal do Cangaíba


Flavio Império[10] foi inaugurado em
1992, mas esteve fechado por 10
anos para a revitalização do
espaço, sendo entregue aos
moradores com uma área verde de
10.000 m², contendo parque infantil
e pista esportiva.

O teatro está situado na Rua


Professor Alves Pedroso, nº 600, as
programações são gratuitas e
diversificadas e importantes para
levar o lazer e a cultura aos
moradores do bairro e aos
visitantes.

O bairro do Cangaíba é um dos


únicos da cidade a ter dois grandes
parques preservando as antigas
áreas de várzea dos rios e um
teatro, mostrando o crescimento do
bairro.

Religiosidade
O Cangaíba possui de acordo com
o Censo de 2010 mais de 150 mil
habitantes, migrantes e imigrantes,
comungando a fé em acordo com
suas tradições e sua prática e a
diversidade religiosa existente nos
aponta a pluralidade cultural que há
no território e o convívio
harmonioso entre os moradores da
região.

Igreja Bom Jesus do Cangaíba- A


primeira capela do bairro se
posicionava à frente da atual e foi
demolida pela família que comprou
o terreno, acredita-se que tenha
sido construída no início do século
XX, pois o jornal Estadão noticiou
uma missa na "Capella do
Cangaíva", em 1904. Transferida
para a Praça Barra D'Ouro, a capela
no topo do Cerro do Cangaíba,
compunha o cenário das grandes
chácaras da região e a chegada de
imigrantes portugueses, espanhóis
e italianos, em sua maioria
católicos.
Igreja Santo Onofre- A Igreja de
Santo Onofre de Engº Goulart teve
sua pedra fundamental e o cruzeiro
lançados no final da antiga Rua dos
Industriários (atual Goma de
Olíbano), aos pés do morro onde
hoje está a Comunidade da Caixa
D'Água, por volta de 1948, o
cruzeiro permaneceu no local por
muitos anos, sendo retirado por
volta de 1980, após a invasão do
morro e a igreja foi construída no
início da rua Goma Olíbano, onde
se encontra até hoje.

As igrejas católicas citadas e as do


entorno são as mais antigas e
tradicionais do Cangaíba, em
virtude da colonização europeia
com fortes laços com o
cristianismo, sendo erguidas em
pontos de destaque, porém, as vilas
que surgiram também possuem a
significativa participação de Igrejas
Evangélicas:

Congregação Cristã no Brasil,


Evangelho Quadrangular,
Pentecostal, Brasil para Cristo,
Adventista, Metodista, Universal do
Reino de Deus, tem expressiva
participação da comunidade.

Outros moradores comungam do


cristianismo através dos Centros
Espíritas:

Centro Espírita Caminheiros da


Fraternidade, Fraternidade da Luz
do Evangelho.

Religião de Matriz
Africana
As religiões de matriz africana
ingressaram no país junto com os
negros africanos, originando
diversas formas de manifestação
sagrada, as mais tradicionais são o
candomblé e a umbanda. Entre os
que cultuavam o candomblé se
destacavam: os bantos, vindos do
Congo, Angola e Moçambique e os
sudaneses, que vinham da Nigéria,
conhecidos como iorubás ou nagôs
e o povo do Benim, conhecidos
como jejes.

O sincretismo do candomblé com o


cristianismo, religião oficial do
Brasil, à época do Brasil- colônia,
originou a umbanda, fundada
oficialmente em 1908, no subúrbio
do Rio de Janeiro.

Candomblé
Organização Religiosa Beneficente
Ilê Funfum Axé Iá Omim - Pai Enéas
Axé Ebé Odé Ofá Laió- Pai Rodrigo
Girão

Cristo também se manifesta


através da Umbanda, religião de
matriz africana enraizada no Brasil,
em sincretismo com os santos
católicos.

Umbanda

Tenda de Umbanda Cabocla Jacira


e Pai Ogum Matinata e Mãe Oxum-
Mãe Nivânia e Pai Erick
Família Bem e Fé
Sete Flechas da Mata Virgem
Caboclo Assobiador
Irmandade Umbanda Luz da Estrela
Guia Caboclo 7 Espadas
e outros terreiros tradicionais como
da D. Jovina e da Mãe Caçulinha

Comércio
A Avenida Cangaíba é o maior
centro comercial do distrito, onde é
possível encontrar tudo o que se
precisa, escolas públicas e
particulares, mercados, farmácias,
bancos, padarias, açougues, bares,
restaurantes e uma extensa rede de
serviços. Cada vila pertencente ao
distrito possui suas vias
comerciais, como é o caso das
ruas Pastoril de Itapetinga e Careiro
no Jardim Danfer e as ruas Colônia
Leopoldina e Olho D'água do
Borges, na Vila Sílvia.

Transporte
O distrito é atendido pelas linhas
12–Safira e 13–Jade do Trem
Metropolitano de São Paulo, com a
Estação Engenheiro Goulart.

A Estação Engenheiro Goulart foi


inaugurada em 1.º de janeiro de
1934 e oficialmente reinaugurada
em 4 de agosto de 2017, após o fim
das reformas para implantação da
Linha 13–Jade, que passou a ser
ponto de partida para a Estação
Aeroporto–Guarulhos, sendo
administrada desde 1994 pela
CPTM.

Possui linhas de ônibus nas


principais avenidas Cangaíba, Assis
Ribeiro e Governador Carvalho
Pinto que seguem para o centro da
cidade ou para a Estação Tatuapé,
além de micro-ônibus urbanos,
espalhados pelos bairros do distrito
que seguem para a Estação Penha.

Ver também
Lista de distritos de São Paulo
População dos distritos de São
Paulo (Censo 2010)
Área territorial dos distritos de São
Paulo (IBGE)
Telecomunicações em São Paulo

Referências
1. LOPES, Adriana (2020). Cangaíva,
terra entre rios: dos Guaianá de
Ururaí a um bairro. São Paulo: [s.n.]

2. LEITE, Aureliano (1944). História da


Civilização Paulista. São Paulo:
Livraria Martins

3. MONTEIRO, John M. (1998). Negros


da terra. Índios e bandeirantes nas
origens de São Paulo. São Paulo:
Companhia das Letras

4. BOMTEMPI, Sylvio (1970). O bairro


de São Miguel Paulista. São Paulo:
Secretaria de Educação e Cultura

5. FRANCO, Francisco de Assis


Carvalho (1964). História das minas
de São Paulo. Administradores
gerais e provedores (séculos XVI e
XVII). Coleção História. São Paulo:
Conselho Estadual de Cultura de São
Paulo

6. LANGENBUCH, Juergen Richard


(1971). A estruturação da grande
São Paulo. São Paulo: IBGE
7. DAMIANI,, Amélia Luísa (2000). A
metrópole e a indústria: reflexões
sobre uma urbanização crítica. São
Paulo: Terra Livre

8. MORCELLI, Danilo da Costa (2013).


Paisagens paulistanas, memória e
patrimônio às margens do Rio Tietê.
São Paulo: USP

9. «Google Maps Governador Carvalho


Pinto» (https://www.google.com.br/
maps/@-23.5141663,-46.532647,3a,
75y,255.38h,90t/data=!3m6!1e1!3m
4!1sls4EiiNetV3WB4WtkPlv0Q!2e0!7i
13312!8i6656) . Consultado em 24
de fevereiro de 2020
10. «Teatro Flavio Império» (https://ww
w.facebook.com/teatroflavioimperi
o/posts/2869180243093219) .
Consultado em 24 de fevereiro de
2020

Ligações externas
Relatos históricos sobre o distrito
do Cangaíba (http://www.saopaulo
minhacidade.com.br/list.asp?ID=20
39)
Dados demográficos do distrito (htt
p://www.prefeitura.sp.gov.br/cidad
e/secretarias/subprefeituras/subpr
efeituras/dados_demograficos/ind
ex.php?p=12758)
Mais informações sobre o bairro
Cangaíba (http://www.encontracan
gaiba.com.br/cangaiba/)
[1] (https://pt.calameo.com/read/0
05372733268d4a8f6cbc) Não é
Cangaíba é Cangaíva
[2] (http://www.prefeitura.sp.gov.br/cid
ade/secretarias/cultura/dec/teatros/fl
avio_imperio) Prefeitura de São Paulo
[3] (https://issuu.com/gazetapenhe
nse/docs/2417_gape) Cangaíba é
o nome errado do bairro
[4] (https://www.infoleste.com.br/e
dicoes/2019-12-dezembro-extra.pd
f) Projeto inédito do bairro
Cangaíva chega à Brasília
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