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Origem na Taquara em Jacarepaguá

Jacarepaguá é um bairro de classe média da Zona Oeste do Rio de Janeiro, no Brasil.


Localiza-se na Baixada de Jacarepaguá, entre o Maciço da Tijuca e a Serra da Pedra
Branca.
No entanto, é um bairro em processo de desmembramento, pois importantes áreas do que
sempre se entendeu historicamente como a parte principal de Jacarepaguá, com o tempo
foram se desmembrando e tornando-se bairros próprios, como é o caso dos bairros Anil,
Curicica, Cidade de Deus, Freguesia, Gardênia Azul, Pechincha, Praça Seca, Tanque e
Taquara, que junto com Vila Valqueire e o próprio Jacarepaguá, fazem parte da XVI
Região Administrativa (R.A.) - Jacarepaguá - do município do Rio de Janeiro.
O que restou do antigo bairro de Jacarepaguá hoje são inúmeras localidades com
nomenclaturas próprias, em geral loteamentos ainda recentes e que não foram ainda
oficializados como bairros pela prefeitura, além da área onde está o Autódromo e o
Riocentro.
"Jacarepaguá" é um termo tupi que significa "enseada do mar de jacaré", através da
junção dos termos îakaré ("jacaré"), pará ("mar") e kûá ("enseada").

A História de Jacarepaguá começou em 1567, dois anos após a fundação da cidade do


Rio de Janeiro, quando Salvador Correia de Sá assumiu o cargo de primeiro governador
da nova cidade e concedeu a dois auxiliares da administração, Jerônimo Fernandes e
Julião Rangel, as terras de Jacarepaguá. Porém, Jerônimo e Julião nunca tomaram posse
da Sesmarias concedidas. Mais tarde, em 1594, o governador Salvador Correia de Sá
revogou o ato anterior e doou as Sesmarias para seus filhos Gonçalo e Martim. A data da
carta da concessão é de 09 de setembro de 1594. Os dois irmãos iniciaram a colonização
de Jacarepaguá, principalmente Gonçalo. Martim dedicou-se mais à política. Foi
governador do Rio de Janeiro, em dois períodos, no início do século XVII. Martim casou-se
com a espanhola Maria de Mendonza e Benevides. Desta união surgiu a dinastia Sá e
Benevides de grande importância na história de Jacarepaguá, principalmente seus
sucessores: os Viscondes de Asseca.
Nas primeiras décadas do século XVII, Gonçalo fundou o engenho do Camorim e dentro
do engenho a capela de São Gonçalo do Amarante, que ainda existe nos dias de hoje. No
mesmo período, surgiram outras edificações na atual Freguesia que perduram até hoje: a
Sede do Engenho D’Água e a Igreja de Nossa Senhora da Pena, no alto da Pedra do
Galo. Na época, essa região de Jacarepaguá, já possuía razoável povoamento, em virtude
dos diversos arrendamentos feitos pelos Correia de Sá.
Jacarepaguá era a região da cidade com mais engenhos de açúcar da época colonial. Os
principais eram o Engenho da Taquara, o Engenho Novo (atual Colônia Juliano Moreira),
Engenho do Camorim, Engenho D’Água, Engenho da Serra (atual da estrada do Pau Ferro
e as encostas da serra da atual Estrada Grajaú-Jacarepaguá) e Engenho de Fora (atual
região da Praça Seca).
Durante todo o período imperial, os meios de transportes eram as carroças, carruagens,
tropas de cargas e montaria individual a cavalo. Os habitantes de Jacarepaguá tinham que
enfrentar a poeirenta Estrada Real de Santa Cruz, para alcançar a cidade. Em 1858, o
trem chegou à Cascadura, logo depois, em 1875, o Bonde puxado a burro ligava
Cascadura, Freguesia e Taquara. Foi a maior revolução para o povo de Jacarepaguá. A
distância entre a região e a cidade diminuiu bastante. O trem, movido a carvão, (a famosa
Maria-Fumaça), tinha velocidade espantosa para a época.
O século XX chegou quando a República tinha onze anos. Jacarepaguá continuava
agrícola. Mas o café perdia completamente o seu domínio. A atividade granjeira iniciava a
sua presença em Jacarepaguá juntamente com o novo século. As chácaras se
multiplicavam a cada ano para abastecer o mercado do Centro e das outras partes
próximas da cidade, que, na época, já possuíam aspectos bem urbanos. Jacarepaguá,
apesar de ser bastante rural, não abdicava de acolher as novidades do progresso.
A transformação do Bairro de Jacarepaguá, mudando completamente a fisionomia agrícola
que vinha dos tempos coloniais começou a acontecer a partir da década de 1970, com a
formação de grandes indústrias. Surgiram os enormes conjuntos residenciais e os
loteamentos legais e clandestinos. Assim, a população cresceu demasiadamente, fazendo
Jacarepaguá uma cidade grande dentro de outra cidade, com todos os problemas
inerentes dos intensos centros populacionais.
Apesar da brusca mudança, Jacarepaguá não perdeu a elegância dos tempos remotos. Há
ainda lugares, como a Vargem Pequena e Vargem Grande, que servem de amostra da
época agrícola do bairro. Há também rico patrimônio de construções do Rio de Janeiro
colonial: igrejas, sedes de engenhos e um aqueduto. Tudo isso ainda dentre nossas
responsabilidades com o futuro está a de valorizar e conservar instalações que contribuem
para a vida material e cultural da cidade: os Mananciais nas Serras Limítrofes, o
Aeroporto, o Autódromo, o Rio Centro e um Horto Municipal. Junto às escolas, praças dos
condomínios, centros comunitários, de importância local, são estes os legados que oferece
a região para que se reconstrua o significado de ser carioca por épocas que estão por vir.

Taquara
Taquara é um bairro da região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do município do Rio de
Janeiro, no Brasil. Habitado por populações indígenas até o século XVI, seu povoamento
de origem europeia começou no fim do século XVIII com a criação de chácaras, mas sua
urbanização começou efetivamente nos anos 1970, até em 1993 ser oficialmente separado
de Jacarepaguá como um bairro autônomo de classe média.
Possui, atualmente, 102 mil moradores espalhados numa área de 13 quilômetros
quadrados que se dividem nos sub-bairros Colônia, Distrito Industrial, Rio Grande, Jardim
Boiúna, Largo da Taquara e Pau da Fome. Seu índice de desenvolvimento humano (IDH),
no ano 2000, era de 0,876, o 36º melhor do município do Rio de Janeiro, dentre 126
bairros avaliados, sendo considerado alto.
Entre suas maiores qualidades, está a área verde ao longo do bairro, bem como sua
vizinhança tranquila e seu relevo, cercado por montanhas. Isso se deve à presença do
Parque Estadual da Pedra Branca, que fica nos seus arredores. Já como pontos
negativos, o principal é o trânsito caótico ao longo da Avenida Nelson Cardoso e da
Estrada dos Bandeirantes (centro do bairro).
A região da Taquara foi uma área de guerra entre duas tribos indígenas no século XV.
Logo após a chegada do Império, esses indígenas foram mortos e escravizados para
trabalhar nas grandes plantações de uva imperial, as quais eram cuidadosamente
plantadas para serem transformadas em um vinho, o favorito de Dom Pedro.

História
O nome do bairro é originário de uma espécie de bambu utilizado para fabricar cestos,
outrora existente em grande quantidade na região, onde foi erguida a sede da Fazenda da
Taquara, em 1757, propriedade da família do Barão de Taquara, existente até hoje. Possui
uma expressiva quantidade de imigrantes portugueses, que se instalaram na região desde
a época do império do Brasil, implantando, então, os primeiros estabelecimentos
comerciais do local.
A Taquara faz parte da maioria dos programas de governo dos candidatos nas eleições.
Por conta disso, vem sofrendo significativas alterações em sua estrutura. Assim, pode-se
dizer que melhorou consideravelmente, tanto para os comerciantes quanto para os
residentes do bairro. Apesar disso, só em 2005 a Companhia Estadual de Gás (CEG)
começou a fazer instalações para levar o gás encanado além do centro comercial do
bairro. Na Estrada Meringuava, se localizavam os antigos estúdios da Cinédia, onde a
Rede Globo de Televisão gravou o famoso seriado Malhação entre os anos de 1995 e
1998, quando a trama ainda se passava em uma fictícia academia de ginástica. Na trama,
todos pensavam que a academia se localizava em frente ao mar, na Barra da Tijuca. Em
2010, os estúdios foram demolidos, dando lugar atualmente a um condomínio de
apartamentos.

Infraestrutura
É o maior polo econômico de Jacarepaguá, seguido da Freguesia,onde estão localizadas
importantes lojas como Casas Bahia, Ponto Frio, Ricardo Eletro, Casa & Vídeo, O
Boticário, Leader, Lojas Americanas, Tele-Rio, e Citycol, assim como agências bancárias e
outros estabelecimentos comerciais ao longo da Avenida Nelson Cardoso, Estrada dos
Bandeirantes, Rua Apiacás e Estrada do Tindiba. Destacando: no ramo de fast-food
McDonald's, Habib's, Ravi´s, Domino's, Oficina do Sabor, Hamburgaria Carioca, Froog´s,
Bob's, Spoleto, Koni Store e Dois Subway, além do Mercadão de Jacarepaguá, Motel
Mirante, e dos laboratórios Merck, Roche e da fábrica da Coca-Cola. A partir do ano de
2013, um grande crescimento de bares e restaurantes aconteceu na região da Taquara,
transformando o bairro em um grande polo gastronômico. Bares como: Barril 8000, Bar da
Bud, Facebar, Espetto Carioca, Beer e Bier Café, MixTure, Sbórnia, Taberna do Chopp,
Papo Sadio Choperia, UTI do Chopp, Pit Stop, Galeto Cara Pintada, Piratas Bar, Choperia
Granfinalle, Baixo Taquara, Burburinho, Bar do Cabral, Bar da Feirinha, Boteco Petisco
dos Mananciais e Art Pub Chopp campeão do comida de boteco 2015. Além dos
restaurantes Azimut, Sushi da Praça, Big Batata, Sushi Loko, Subasta, Giló na Manteiga,
Bosque da Praça, Rei do Gado, Villa Italiana, Domino's Pizza, Cavalino, Laço de Ouro,
Cara Pintada, Carioca Churrascaria, La Bonne, ShushiLândia, Bar do Cabral, Boteco
Petisco dos Mananciais, 100% Churrasco, Galeteria Carioca, Rancho da Boiuna, Viena
Rio, Rancho do Peixe, Spoleto, Koni Store, Gourmet Grill, Pimentão Carioca, Praça da
Pizza, Experimenta Pizzaria, Sabor Caipira, Paddoca, Fugu Temakeria, Pizzaria
Mananciais, Racho das Morangas, Porto das Pizzas, Innamorate e China in Box.
Funciona como ponto de referência para algumas localidades do Vale de Jacarepaguá,
como Curicica. A Taquara é conhecida por seu trânsito caótico. Seus habitantes sonhavam
com uma linha de metrô para amenizar a situação do trânsito local, porém, dada a
necessidade urgente de uma solução rápida e mais barata (uma vez que devia-se
melhorar a situação antes da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016), o bairro
viu a criação de dois corredores expressos de ônibus BRTs, Transcarioca (em 2014) e
Transolímpica (em 2016), por parte da prefeitura, sofrendo, então, diversas alterações,
como criações de pontes, passarelas, alargamentos de ruas, inversão de mãos em
importantes vias, entre outros.
O corredor expresso de ônibus (BRT) Transcarioca, que liga o Aeroporto Internacional
Tom Jobim e a Ilha do Fundão ao Terminal Alvorada na Barra da Tijuca, foi inaugurado em
junho de 2014 para facilitar a mobilidade e passa por duas das vias mais importantes do
bairro: Avenida Nelson Cardoso e Estrada dos Bandeirantes. Possui seis estações no
bairro: Aracy Cabral, Taquara, André Rocha, Merck, Santa Efigênia e Divina Providência
(As estações Merck e Santa Efigênia funcionam como duas metades de uma estação
Expressa. Estando separadas apenas por uma via e em local de curva, na primeira param-
se apenas ônibus paradores, e na segunda apenas ônibus expressos: logo, antes de se
adentrar em uma, deve-se ter em mente qual dos dois modais utilizará. A estação Taquara
aparece com o nome de Bandeira Brasil em alguns mapas da prefeitura, devido ao nome
do Terminal de ônibus ao lado da Estação). Este corredor facilitou a integração de
moradores às linhas de trem (Madureira) e metrô (Vicente de Carvalho).
A TransOlímpica, inaugurada em meados de 2016, além de possuir um corredor de BRT
ligando Deodoro ao Recreio dos Bandeirantes, passando pela Taquara, também possui
pistas para carros de passeio, com pedágio em ambos os sentidos, como no caso da
Linha Amarela, porém com um valor tarifário superior. Moradores do bairro em um certo
raio de um dos acessos da via, ganham isenção do pedágio nas cabines de cobrança na
alça de acesso na Estrada do Rio Grande. Próximo a estação de Rio 2 existe integração
com o corredor TransCarioca, permitindo que usuários troquem de uma linha para a outra
de graça. A ideia é que a via desafogue o trânsito na Estrada do Catonho, que liga
Jacarepaguá à Sulacap. Aumenta ainda a integração dos moradores com as linhas de
trem da Supervia, através das Estações São José de Magalhães Bastos e Vila Militar,
além da futura estação de Deodoro. A TransOlímpica também garante acesso dos
moradores do bairro à diversos pontos da Zona oeste, principalmente na Barra da Tijuca e
Recreio dos Bandeirantes. Além disso é uma opção para o acesso ao sistema de Metrô
carioca através da Estação Jardim Oceânico.
Para o futuro, projeta-se sua integração com outra linha de BRT, a TransBrasil, que ligará
Deodoro ao Centro da cidade, passando pela Rodoviária Novo Rio, tornando, assim, o
bairro ainda mais integrado, com seus moradores podendo ir com apenas o sistema de
BRT ao Centro da cidade. A TransBrasil também será integrada com o sistema de VLT,
que interligará o Centro da cidade, passando inclusive pela estação das Barcas e no
Aeroporto Santos Dumont.
O bairro conta ainda com diversas linhas de ônibus com diversos destinos, por estar
próxima ao bairro da Freguesia de Jacarepaguá, que possui acesso à Linha Amarela e a
Autoestrada Grajau-Jacarepaguá, Linhas para a cidade de Duque de Caxias, entre outros
destinos nas zonas Oeste, Norte e Central da capital.
Há, ainda, o serviço de Vans (através de linhas Licitadas pela prefeitura) legalizadas, que
utilizam o sistema do Bilhete Único, para fazer o transporte de curtas distâncias entre o
centro do bairro e os diversos sub-bairros mais afastados, complementando o serviço de
ônibus.

Localização
Localiza-se na região geográfica da Baixada de Jacarepaguá, e limita-se com
Jacarepaguá, Curicica, Cidade de Deus, Pechincha, Tanque, Jardim Sulacap e Realengo.

Administração
Faz parte da região administrativa de Jacarepaguá.

Valorização imobiliária
Dos 39 bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro, a Taquara possui o nono metro quadrado
mais valorizado, segundo um levantamento realizado pelo Centro de Pesquisa e Análise
da Informação (Cepai), do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-Rio). Fica atrás apenas
de Joá, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá, Vargem Pequena,
Freguesia, Itanhangá e Vargem Grande.

Educação
 Institutos de ensinos primário, fundamental e médio: E.M Noel Nutels, Colégio
Saber, Centro Educacional Santo André, Ícone Colégio e Curso, Colégio
Nacional, Colégio Estadual Stella Matutina, Colégio CEOM, Colégio Santa
Mônica, SETA - Sociedade Educacional da Taquara, Tamandaré,
Ressurreição, Ação 1, Sistema Elite de Ensino, Baronesa, Centro Educacional
Rio, Colégio João de Barro, Colégio GPI, Colégio e Curso Aplicação, Centro
Educacional Souza Madeira, Colégio Salesiano, Colégio e Curso Daltro Netto e
Futuro Vip. Além de diversas instituições de Ensino de Idiomas e
Profissionalizantes.
 Institutos de ensino superior: Estácio de Sá (UNESA) e UNISUAM.

Religião
A maior parte de seus moradores declaram-se os chamados "Católicos não praticantes", e
há quatro paróquias no bairro: de Nossa Senhora do Rosário de Fátima e Santo Antônio
de Lisboa, Sagrada Família, Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, e a Igreja Nossa
Senhora da Conceição (mais conhecida como Capela do Rio Grande).
Os protestantes são um grupo marcante, por possuírem um grande número de igrejas
pequenas e médias, como a Congregação Cristã no Brasil.
São seguidos dos umbandistas, também com vários terreiros e lojas de conveniências
religiosas por ruas principais. Minoritariamente, estão: ateus; espíritas, que frequentam o
conhecido Centro Espírita Lar de Frei Luiz; Testemunhas de Jeová, que também possuem
um pequeno Salão do Reino no bairro; Messiânicos, que também possuem um pequeno
Johrei Center; e Santos dos últimos dias, que são, frequentemente, vistos fazendo
evangelização porém que não possuem um templo Mórmon no bairro, mas sim nos
vizinhos Freguesia e Tanque.

Meio Ambiente
Possui a entrada do Parque Estadual da Pedra Branca, no Pau da Fome, local amplo, com
animais, trilhas e cascatas ótimo para fazer caminhadas junto à natureza.

Cultura
O bairro abriga o Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea.
Igreja Nossa Senhora dos Remédios, na Colônia.

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