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1. ORIGEM E FORMAÇÃO
A Bahia foi escolhida, no século XVII, para sediar o Governo Geral de
Portugal no Brasil. Isso favoreceu as condições de povoamento e prosperidade
econômica permitindo emparelhar a Bahia com Pernambuco e São Vicente.
Nas áreas litorâneas (Salvador, Recôncavo, Ilhéus e Porto Seguro) havia
diversas atividades econômicas.
Faltava povoar e explorar o “Sertão da Bahia” e o “Sertão de São
Francisco”. Isso se deu, primeiro, com o movimento jesuítico para a catequese
indígena, ou por outra, amansá-los; depois com as fazendas de gado (currais).
Portugal precisava povoar as terras para que garantisse de vez sua
posse. Dos chamados desbravadores do sertão do Nordeste, o mais famoso foi
Garcia D’Ávila, fundador da dinastia dos Senhores da Casa da Torre, numa
fortaleza em forma de torre, a treze léguas a norte de Salvador.
Seus domínios, doados pelo Governador Geral, começava no litoral,
entrando pelo sertão, Jeremoabo, sertão de Canudos, Itapicuru, Pombal,
chegando ao Rio São Francisco, alcançando Pernambuco, Paraíba, Rio
Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão, numa área superior a países
europeus, como Espanha ou Inglaterra.
O Vasto Sertão baiano estava habitado por numerosas tribos indígenas.
Na região de Pombal viviam os índios Kiriris (ou Cariris), pertencentes ao
tronco Jê, chamados Tapuias.
Os jesuítas localizaram-se em aldeias, para a catequese, sertão adentro
e próximos às entradas que iam de Salvador ao Rio São Francisco, dentre
elas, a meio caminho Canabrava (hoje Ribeira do Pombal) e Saco dos
Morcegos (Mirandela). Os jesuítas Jacob Rolando e João de Barros lideraram
as missões, que a partir de 1666, construíram a igreja em Saco dos Morcegos,
denominada Igreja da Ascensão do Senhor. Depois daí erigindo uma vila, com
o nome de Mirandela, pois se tratavam de padres portugueses da região de
Miranda.
Em Canabrava edificaram outra igreja, réplica de Mirandela, com o
nome de Igreja de Santa Tereza. A partir de então, passou a chamar-se aldeia
de Canabrava de Santa Tereza de Jesus dos Kiriris. Essa passou a ser a maior
aldeia Kiriri conhecida. A região continuou também com as aldeias, seguidas
da povoação dos não índios em Cumbe, Natuba, Tucano, Jeremoabo, Olindina,
Bom Conselho, Itapicuru, etc.
Mas a família Garcia D’Ávila, considerava os índios propriedades suas
(para a escravidão), por estarem estes em “suas” terras, chegando a terríveis
impasses junto aos padres, que os consideravam “propriedades” da igreja.
Esse impasse chegou à guerra, onde num ato de covardia o Sr. Garcia D’Ávila
matou quatrocentos índios já rendidos. Os índios homens, sobreviventes, foram
levados para Salvador, como escravos.
A partir desse episódio, os Kiriris, sentindo-se próximos demais do
perigo que vinha pela estrada, aos poucos foram se mudando para a aldeia
vizinha, Mirandela, onde a população cresceu bastante.
A região de Pombal, por estar no meio do caminho entre Salvador e o
Rio São Francisco, rota de tropeiros, aventureiros e outros viajantes, servia de
parada para repouso, principalmente a aldeia de Canabrava. A ocupação da
região foi feita por frentes pastoris e inúmeras fazendas de gado, instaladas a
começar das margens dos rios. Verificava-se o confronto entre os índios e os
posseiros de maneira violenta em constantes massacres de ambos os lados,
por gerações seguidas.
Sendo vice-rei D. Marcos de Noronha e Brito, 6º Conde dos Arcos,
parente por afinidade do Marquês de Pombal, 1º Ministro de Portugal, em 1758
por carta Régia de 08 de maio, extinguiram todos os aldeamentos por entrar
em conflito com os jesuítas, criando em seu lugar a Vila Canabrava de Santa
Tereza de Jesus dos Kiriris, após a lei de 08 de maio passou a chamar Vila de
Pombal. O nome de Vila de Pombal foi dado em homenagem ao célebre 1º
Ministro, Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Conde de Oeiras (1759), já
conhecido por Pombal e mais tarde Marquês de Pombal (1769) que extinguiu
todos os aldeamentos com uma lei que ficou conhecida como Lei de Pombal.
A Carta Régia de 08 de maio de 1758, assinada pelo vice-rei D. Marcos
de Noronha e Brito, 6º conde dos Arcos, criou a Vila e, posteriormente, o
município de Pombal, data comemorativa da publicação do alvará com força de
lei, que tornou extensiva a todos os estados do Brasil a liberdade concedida
aos índios do Grão Pará e Maranhão, estabelecida pelos alvarás de 06 e 07 de
junho de 1756, da legislação Pombalina.
O mesmo diploma que criou a Vila de Pombal, em 1758, instituiu o
município no mesmo ano, cuja instalação procedeu-se do Ouvidor de Sergipe,
Miguel de Aires Lobo de Carvalho.
Até 1760, a antiga aldeia de Saco dos Morcegos, pertencia ao município
de Pombal, até que uma lei ignora-se a data, criou a Vila e depois o município
de Mirandela. Em 1837, a lei Provincial nº 51 de 21 de março, extinguiu a Vila e
o município de Mirandela, anexando, novamente o seu território ao município
de Pombal.
No ano de 1848, a capela de Nossa Senhora do Amparo de Ribeira do
Pau Grande, que pertencia ao município de Pombal, foi elevada à categoria de
freguesia, pela lei Provincial nº 251 de 09 de maio, posteriormente, o ato
Estadual de 31 de outubro de 1890 elevou essa freguesia a Vila, criando
seguidamente o município como o mesmo nome, desmembrando seu território
de Pombal.
Em 1931, os Decretos Estaduais nº 7.455 e 7.479 de 08 e 23 de junho
respectivamente, extinguiram o município de Pombal, sendo seu território
anexado ao de Caldas de Cipó, criado pelos mesmos decretos. Pombal deixou
de ser município e foi criada uma subprefeitura, até que o Decreto Lei Estadual
nº 8.643 de 19 de setembro de 1933, corrigiu a aberração cometida pelos
políticos, emancipando o município, preservando o mesmo nome, sendo seu
território desmembrado do de Cipó. A reinstalação verificou-se em 10 de
outubro do mesmo ano.
Em 31 de dezembro de 1943, por força do Decreto Lei Estadual nº 141,
ratificado pelo Decreto Lei Estadual nº 12.978 de 01 de junho de 1944, o
município teve seu nome alterado e passou a ser denominado Ribeira do
Pombal.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
O município de Ribeira do Pombal se localiza no Brasil – no
estado da Bahia.
Gravura 01 – Localização do Município no Mapa do Brasil
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bahia_Municip_RibeiradoPombal.svg
População
População estimada [2021] 54.097 pessoas
Trabalho e Rendimento
Economia
Saúde
O município possui o Hospital Regional Santa Tereza que, em 2018 teve sua
configuração administrativa alterada para passar a ser um hospital regional
gerida por um consórcio de municípios da região Nordeste II, nordeste da
Bahia.
Território e Ambiente
CULTURA
Reisado do Alexandrino
Filarmônica XV de Outubro
Quadrilhas Juninas
Banda de Pífano
A cidade conta com cerca de três bandas de Pífano sendo uma situada no
bairro da sede (Pombalzinho), uma na fazenda Curralinho e outra no Povoado
Boca da Mata.