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ITENS 01, 02 E 05
ITEM 02
No início apenas índios Tapes e Guaycanas habitavam a região onde hoje está
localizada nossa cidade. A natureza vasta e rica era cortada por um rio de águas claras e
cristalinas.
Por este rio ser entre as matas, era chamado pelos indígenas de rio “Caahy”, que
significa rio da mata. Por volta de 1800 começaram a chegar as primeiras famílias de
imigrantes luso-portugueses: família de Bernardo Mateus, Sr. Manoel dos Santos
Borges e sua esposa Perpétua. Estes últimos construíram sua chácara na margem
esquerda do rio. Isto data aproximadamente de 1806. Ao lugar chamavam simplesmente
de “Praia”.
Pouco depois chegaram Sr. José Elias Vieira e sua esposa Fortunata com seus dois
filhos José Elias e Francisco Elias. Estes foram residir mais adiante um pouco, onde
hoje é o bairro Vila Rica.
Por volta de 1808 uma terceira família chegava. Sr. .José Antônio Guimarães, capataz
de uma rica viúva. Guimarães teve quatro filhos: Inácio de Alencastro Guimarães,
Lourenço de Alencastro Guimarães, Pedro de Alencastro Guimarães (que anos mais
tarde seria vereador e cidadão muito ilustre da cidade) e Antônio Guimarães, este último
em 1850 viria adquirir muitos hectares de terra.
Pela importância desta família tão trabalhadora, o lugar passou então a chamar-se
“Porto dos Guimarães”. Por este porto escoavam produtos diversos de Caxias do Sul,
Porto Alegre e arredores. Casas de negócio por ali foram surgindo, às margens do rio.
Meados de 1848, os moradores discutiam sobre que santo poderia ser o padroeiro da
igreja que ali queriam construir. Tratava-se de uma igreja católica já que essa era a
religião da maioria dos moradores.
Os Irmãos Guimarães brigavam pela escolha do santo, um queria Santo Antônio, outro
queria São Bernardo. O então bispo da época, Dom Sebastião Dias Laranjeira acabou
com a briga sugerindo São Sebastião.
O povo aceitou e, de tão satisfeito, o bispo presenteou a comunidade com uma imagem
do santo esculpida em madeira, onde existe até hoje. Em 1864 é dada a benção à pedra
fundamental e iniciam-se as obras. As terras foram doadas por Francisco Mateus.
Em 1873, já com cerca de 1500 habitantes e 179 residências e chamando-se Vila de São
Sebastião do Caí (em homenagem ao santo e ao rio), o lugar atrai mais e mais pessoas.
A população era composta por brancos, maioria portugueses e alemães, negros e pardos,
estes típicos do povo do porto.
Início do século XX. Em 1934 a pedra fundamental do Hospital Sagrada Família e Asilo
é abençoada e iniciam-se as obras de um novo prédio (onde estão hoje). Antes, próximo
a igreja (hoje E.E. São Sebastião), o prédio servia mas já ficava pequeno. Houve
procissão da igreja matriz até o local e festejos populares.
Em 1937 já era inaugurado o novo prédio. A administração ficou a cargo das Irmãs de
Santa Catarina, no município desde 1909 fazendo um trabalho pelos necessitados.
Conta-se que três irmãs, em 1909 chegaram ao município de carroça.
Em 1944 os festeiros foram Sr. Mário Coelho e esposa. Ano de 1952 ocorre uma das
maiores Festas de São Sebastião. Os festeiros são Dr. Bruno Cassel e sua esposa Maria
das Mercês Rey Cassel (Dona Mercedes, como era conhecida.) Em fevereiro do mesmo
ano, a viúva Josefina Noronha faz um donativo para a compra dos vitrais da igreja
matriz.
Quando de sua inauguração, a igreja matriz ainda não era de fronte a uma praça, mas
simplesmente a um descampado. Mais tarde ali se criou uma praça que teve
inicialmente o nome de Praça 15 de Novembro e onde hoje é a biblioteca municipal era
o Clube 15 de Novembro.
Anos depois a praça passa a chamar-se Praça João Pessoa, e bem mais tarde para
homenagear o padre, que aqui ficou por 35 anos, é chamada de Praça Cônego Edvino
Puhl. O Rio Caí nasce no município de São Francisco de Paula com o nome de Santa
Cruz, e na altura do Arroio dos Macacos, passa a se chamar Caí.
São Sebastião do Caí está localizado as margens da rodovia RS 122, uma via de ligação
entre a capital e a serra gaúcha. Está apenas 60 km de Porto Alegre. Também a 60 km
aproximadamente das cidades de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Farroupilha. A 100
km estão Gramado e Canela e a 30 km ficam Novo Hamburgo e São Leopoldo.
FONTE: http://www.saosebastiaodocai.rs.gov.br/site/historia/
SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ RIO GRANDE DO SUL Monografia - Nova Série - nº 249 Ano: 1984
NOTAS HISTÓRlCAS
EM 1738, a região de Caí já contava com a presença lusitana, além dos índios, seus primeiros
habitantes. Os portugueses instalaram-se, principalmente, no local denominado Santana do
Rio dos Sinos, atual distrito de Capela de Santana.
O portugues espalhou-se pela área de Caí, plantando pouco, mas dedicando-se à criação de
gado, sem, no entanto, formar povoações.
Por Alvará de 15 de junho de 1814, foi criada a freguesia de Santana do Rio dos Sinos.
Posteriormente, outras colônias foram criadas no território. Assim, na antiga sesmaria do
Azevedo, em 1827, foi instalada a de São José do Hortêncio, abrigando colonos alemães,
chegados três anos antes.
Em 1848, foi criada a freguesia de São José do Hortêncio e, com isto, a colônia de mesmo
nome ganhava condições para tornar-se Sede do futuro Município.
Após a Revolução Farroupilha, o rio Caí era ótima via de escoamento da produção da região.
Um antigo sesmeiro, de nome Mateus, criou um porto, que recebeu seu nome. Por volta de
1850, o cidadão Antônio José da Silva Guimarães adquiriu grande propriedade nos arredores
da atual Cidade, com o que passou o porto a denominar-se 'do Guimarães'.
A sede da freguesia de São José do Hortêncio foi transferida para a povoação do Porto do
Guimarães, em 1873. Dois anos após, o Porto do Guimarães foi elevado à categoria de Vila,
compreendendo além da freguesia de São Sebastião do Caí, que passou a ser o nome da Vila,
as de São José do Hortêncio e de Santana do Rio dos Sinos.
Um relato histórico informa que no ano de 1920 a cidade foi atingida por uma enchente
considerável; que embora sem registros sobre o nível de água do rio nessa ocasião,
pode ser visualizada na imagem a seguir. Novamente em 1952 outro evento crítico
atingiu a cidade, quando o Rio Caí alcançou 13,80 metros.
D) LINHA TEMPORAL Projeção futura com base na evolução dos anos (analisado na
linha temporal).
E) EDIFICAÇÕES DE INTERESSE HISTÓRICO (família Koff – Oderich...)