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Processo de Emancipação:
Em 1922 pleiteou-se a elevação do distrito de Santa Rita de Jacutinga a categoria de
vila; título que, na ocasião, correspondia a cidade e não sede de comarca, apenas
sede municipal. Naquela época o município de Rio Preto, ao qual pertencia o distrito
de Santa Rita de Jacutinga, estava em débito com o governo estadual de Minas
Gerais. Segundo a legislação em vigor, nenhum município em débito com o estado
poderia se desmembrar. Ainda em 1922, seguiu para Belo Horizonte a comissão
pleiteadora que constituiu a pioneira do projeto de emancipação de Santa Rita de
Jacutinga. No entanto, circunstâncias dá época frustraram o intento. Dentre as
pessoas que compunham essa comissão estava Monsenhor Marciano.
Em 1938, organizou-se nova comissão liderada pelo Monsenhor Marciano, porém
novamente o pedido dos santa-ritenses em arquivado. Dr. Beneditino Quintino dos
Santos, então diretor do Departamento Geográfico da Secretaria da Viação e Obras
Públicas do Estado de Minas Gerais, era considerado o presidente nato das
comissões revisoras e administrativas mineiras. Sensibilizado pelo grande
desenvolvimento da então Vila noticiado em jornal, ele aconselhou ao Sr. José
Marinho de Araújo, numa palestra em Belo Horizonte no Departamento Geográfico da
Secretaria da Viação, a organização de um memorial composto por um arranjo
fotográfico que mostrasse o bom desenvolvimento da localidade, solicitando ao
Governador do Estado a elevação de Santa Rita de Jacutinga a cidade.
Segue uma nova comissão até Belo Horizonte, com a participação do Monsenhor
Marciano, que sentiu a necessidade de uma pessoa de prestígio junto ao governador
do Estado, sendo essa pessoa o senhor arcebispo de Belo Horizonte, Dom Antônio
dos Santos Cabral. Devido ao prestígio que o monsenhor tinha diante da pessoa do
arcebispo, após um encontro entre os clérigos, o arcebispo bispo alia-se à causa da
emancipação de Santa Rita de Jacutinga. A influência do arcebispo junto ao então
Governador de Minas Gerais, Dr. Benedito Valadares, vale a promessa desse de dar
continuidade ao processo de emancipação.
Assim, o distrito é desmembrado de Rio Preto pelo decreto-lei estadual nº 1058, de
31 de dezembro de 1943. Constitui-se desde então por dois distritos; a Sede e Itaboca.
Apesar da emancipação ter ocorrido em dezembro de 1943, o aniversário da cidade
é comemorado dia 22 de maio, em homenagem à padroeira municipal, Santa Rita de
Cássia.
Pós-emancipação:
Com o passar do tempo a agropecuária foi ganhando força no município, porém a
população da zona rural passou a concentrar-se no perímetro urbano em busca de
melhores condições de vida e renda. Algumas de suas fazendas construídos nos
séculos XIII e XIX viraram patrimônio histórico da cidade, conservando o estilo barroco
da época do desbravamento da região.