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Faculdade de Minas
Sumário
1 - ORGANIZAÇÃO DO ESTADO – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ............. 4
2 - A FEDERAÇÃO ...................................................................................... 6
2.1 - Características da federação ............................................................... 6
2.2 - Classificação das federações .............................................................. 9
3 - A FEDERAÇÃO BRASILEIRA .............................................................. 12
3.1 - União.................................................................................................. 12
3.2- Estados ............................................................................................... 13
3.3 - Distrito Federal................................................................................... 19
3.4 - Municípios .......................................................................................... 21
3.5- Territórios Federais ............................................................................. 26
4- ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA DA FEDERAÇÃO ............................. 28
4.1- Formação dos Estados ....................................................................... 28
4.2- Formação dos Municípios ................................................................... 30
5 - VEDAÇÕES FEDERATIVAS ................................................................ 32
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................... 34
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A confederação não é uma forma de estado propriamente dita, mas sim uma reunião
de Estados soberanos. O vínculo é estabelecido entre esses Estados soberanos com
base em um tratado internacional, o qual pode ser denunciado (dissolvido). Ao
contrário da federação, portanto, a confederação se forma a partir de um vínculo
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2 - A FEDERAÇÃO
2.1 - Características da federação
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Não existe homogeneidade entre as federações; ao contrário, cada uma delas possui
características peculiares. Isso levou a doutrina a estabelecer diferentes
classificações para as federações:
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3 - A FEDERAÇÃO BRASILEIRA
O art. 18, § 1º, CF/88 determina que Brasília é a capital federal. Brasília não se
confunde com o Distrito Federal, ocupando apenas parte do seu território.
3.1 - União
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A União é o ente federativo que atua em nome da federação. No que diz respeito à
sua competência legislativa, pode editar leis nacionais (às quais se submetem todos
os habitantes do território nacional) ou leis federais (que alcançam apenas aqueles
que estão sob a jurisdição da União, como é o caso dos servidores públicos federais).
Como exemplo de lei federal, citamos a Lei nº 8.112/90, que trata do regime jurídico
dos servidores públicos federais.
Segundo o art.18, § 2º, os Territórios Federais integram a União; eles não são dotados
de autonomia política, sendo considerados meras descentralizações administrativas.
Por isso, são considerados pela doutrina autarquias territoriais da União. Atualmente,
não existe nenhum Território Federal.
3.2- Estados
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Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal,
exceto para: (...)
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde.
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Segundo o STF, “se é certo que a nova Carta Política contempla um elenco menos
abrangente de princípios constitucionais sensíveis, a denotar, com isso, a expansão
de poderes jurídicos na esfera das coletividades autônomas locais, o mesmo não se
pode afirmar quanto aos princípios federais extensíveis e aos princípios
constitucionais estabelecidos, os quais, embora disseminados pelo texto
constitucional, posto que não é tópica a sua localização, configuram acervo
expressivo de limitações dessa autonomia local, cuja identificação – até mesmo pelos
efeitos restritivos que deles decorrem – impõe-se realizar (STF, Pleno, ADI no
216/PB, RTJ 146/388).”
Segue esquema para fixar melhor quais são os princípios constitucionais sensíveis:
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Os deputados estaduais são eleitos para mandatos de quatro anos, pelo sistema
proporcional. Seu número é determinado pela regra estabelecida no art. 27, “caput”,
da Carta Magna:
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Mesmo diante dessa regra, os Estados-membros podem adotar um limite diverso para
Legislativo, Executivo e Judiciário, um teto único. É o que determina o art. 37, §12, da
Constituição:
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A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar
estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de
Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de
Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes
(art. 125, § 3º, CF/88).
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No ano de 2013, o STF julgou Ação Direta de Inconstitucionalidade que versava sobre
a criação da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e a Microrregião dos Lagos. Na
oportunidade, o Tribunal considerou que:
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Além disso, não pode organizar nem manter o Judiciário nem o Ministério Público,
nem as polícias civil e militar e o corpo de bombeiros. Todos esses órgãos são
organizados e mantidos pela União, cabendo a ela legislar sobre a matéria. Nesse
sentido, determina a Súmula Vinculante nº 39 que “compete privativamente à União
legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal”.
3.4 - Municípios
Os Municípios são entes autônomos, sendo sua autonomia alçada, pela Constituição
Federal, à condição de princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII, “c”). Essa
autonomia baseia-se na capacidade de auto-organização, autolegislação,
autogoverno e autoadministração.
Nos Municípios, ao contrário do que acontece nos demais entes da federação, não
há Poder Judiciário. O Poder Legislativo, assim como nos Estados-membros, é
unicameral.
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Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos,
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:
(...)
(...)
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ao término do mandato dos que devem suceder. No caso de Municípios com mais de
200.000 eleitores, a eleição de Prefeito e Vice-Prefeito ocorrerá pelo sistema
majoritário de 2 turnos; caso o número de eleitores seja inferior a 200.000, haverá
apenas 1 (um) turno de votação.
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processo e julgamento das infrações penais comuns contra o Prefeito Municipal. Não
se admite a extensão interpretativa para se considerar a existência de foro privilegiado
para as ações populares, ações civis públicas e demais ações de natureza cível. Essa
proibição também vale para as ações de improbidade administrativa, por ausência de
previsão constitucional específica.
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A Constituição Federal não outorgou foro especial aos Vereadores perante o Tribunal
de Justiça.
Dispõe, ainda, a Carta Magna, em seu art. 29-A, § 1º, que a Câmara Municipal não
gastará mais de 70% (setenta por cento) de sua receita com folha de pagamento,
incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. Segundo o art. 29, VII, o total
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Apesar de não existir, atualmente, nenhum Território Federal, estes poderão ser
criados a qualquer tempo. Para a criação dos Territórios Federais, é necessária lei
complementar. Apesar de não serem entes federativos, os Territórios poderão ser
divididos em Municípios.
O Poder Executivo nos Territórios Federais é chefiado pelo Governador, que não é
eleito pelo povo. O Governador do Território é nomeado pelo Presidente da
República, com nome aprovado previamente, por voto secreto, após arguição pública
pelo Senado Federal. Compete privativamente à União legislar sobre a organização
administrativa dos Territórios (art. 22, XVII).
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Sim, existe. Pois o Poder Legislativo nos Territórios é exercido pela Câmara
Territorial. Segundo o art. 33, §3º, CF/88, a lei disporá sobre as eleições da Câmara
Territorial e sua competência legislativa. A Câmara Territorial exercerá apenas a
função típica de legislar; a função de controle externo da administração dos territórios
é exercida pelo Congresso Nacional, com o auxílio do TCU.
O Poder Judiciário, nos Territórios Federais, é organizado e mantido pela União. Com
efeito, a União tem a competência privativa para organizar e manter o Poder Judiciário
do Distrito Federal e Territórios. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições
cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.
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A federação é cláusula pétrea do texto constitucional, ou seja, não pode ser objeto de
emenda constitucional que seja tendente à sua abolição. Entretanto, a federação
poderá sofrer alterações em sua estrutura. As alterações na estrutura dos Estados
ocorrerá nos termos do art. 18, § 3º, CF/88:
(...)
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E quais são os requisitos para que sejam realizadas essas alterações na estrutura
dos Estados?
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a população do (s) Estado (s) afetado (s), e não apenas a população da área a ser
desmembrada, incorporada ou subdividida.
Observe que a formação dos Territórios obedece aos mesmos requisitos necessários
para a incorporação, subdivisão e desmembramento de Estado.
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Ressalta-se, que de 1988 até 1996, a criação de Municípios era bem simples. As
restrições não eram tão grandes e, como consequência disso, multiplicaram-se os
Municípios. Na tentativa de moralizar a criação de Municípios, foi promulgada a EC
nº 15/1996, cujas regras estão válidas até hoje.
Tendo em vista que, até hoje, o Congresso Nacional não editou lei complementar
dispondo sobre o período dentro do qual poderão ocorrer alterações na estrutura de
Municípios, conclui-se que, atualmente, esses entes federativos não podem ser
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Como não poderia ser diferente, o STF foi chamado a apreciar o problema na ADIN
nº 3.682/MT. Na oportunidade, a Corte reconheceu a mora do Congresso Nacional,
que deu “ensejo à conformação e à consolidação de estados de
inconstitucionalidade”. Foi atestada a inconstitucionalidade da criação dos
Municípios. Todavia, em nome da segurança jurídica, o STF “passou a bola” para o
Congresso Nacional; não poderia o STF, da noite para o dia, determinar a extinção
de Municípios.
5 - VEDAÇÕES FEDERATIVAS
A Constituição estabelece, em seu art. 19, algumas vedações aos entes federados.
São as chamadas vedações federativas.
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No que se refere ao inciso I, observa-se que o Brasil é um Estado laico, leigo ou não
confessional, não adotando qualquer religião oficial. Entretanto, admite-se a
colaboração de interesse público com os cultos religiosos ou igrejas, na forma da lei.
Seria o caso em que, após uma enchente, o Município solicita a uma igreja que
abrigue as pessoas desabrigadas por aquele desastre natural.
Por fim, o inciso III também reforça o pacto federativo, ao vedar que os entes da
federação criem preferências entre si ou entre brasileiros, em função de sua
naturalidade. Assim, é vedado, por exemplo, que um concurso público estabeleça que
somente os naturais de Minas Gerais poderão concorrer a determinada vaga.
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BIBLIOGRAFIA
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