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Introdução.............................................................................................................................................1
Obectivos...............................................................................................................................................1
Objectivo Geral......................................................................................................................................1
Objectivos Especificos...........................................................................................................................1
Metodoligia usada.................................................................................................................................1
Origem dos sistemas.............................................................................................................................2
Classificação dos sistemas ou constituição............................................................................................2
Quanto ao conteúdo.............................................................................................................................2
Quanto à forma.....................................................................................................................................3
Quanto ao modo de elaboração............................................................................................................3
Quanto à origem....................................................................................................................................3
Quanto à extensão................................................................................................................................4
Quanto à estabilidade...........................................................................................................................4
O modo de actuação na actualidade.....................................................................................................5
Desempenho e o Alcance......................................................................................................................5
Âmbito Jurisdicional..............................................................................................................................5
Âmbito administrativo...........................................................................................................................6
Conclusão..............................................................................................................................................7
Bibliografia............................................................................................................................................8
Introdução
O Constitucionalismo de Moçambique deve ser entendido pela análise da sua evolução
histórico-política.
A atual Constituição da República de Moçambique de 2004 aprofunda o programa político-
constitucional da República, correspondendo à sua plenitude, sendo notórios como traços
fundamentais do Constitucionalismo Moçambicano, observando o texto constitucional
vigente, os princípios fundamentais de um Estado de Direito, republicano, unitário e
autárquico, democrático e social.
A jurisdição constitucional, nasce com o fim do absolutismo e o triunfo do
constitucionalismo, com a consequente preocupação de limitação e democratização do poder
político e tutela dos direitos fundamentais dos cidadãos, isto é, protecção da dignidade da
pessoa humana.
Segundo J. Rwals, “a justiça é a virtude das instituições sociais, tal como a verdade o é para
os sistemas de pensamento”. Uma teoria, por mais elegante ou parcimoniosa que seja, deve
ser rejeitada ou alterada se não for verdadeira, da mesma forma, as leis e as instituições, não
obstante a serem eficazes e bem concebidas, devem ser reformadas ou abolidas se foram
injustas.
Estas palavras do eminente pensador americano caracterizam bem a justiça constitucional,
enquanto expressão máxima da garantia da observância das regras e princípios
constitucionais pelas leis e demais actos normativos do poder público, em suma como
garantia do respeito da ordem de valores condensada na Lei Fundamental do Estado.
Obectivos
Objectivo Geral:
Compreender os sistemas constitucionais de matriz Moçambicana.
Objectivos Especificos:
Definir o conceito de sistemas constitucionais;
Caracterizar os sistemas constitucionais de matriz Moçambicana;
Relacionar os sistemas constitucionais de matriz Moçambicana na actualidade.
Metodoligia usada
Para a elaboração deste trabalho recorreu-se aos seguintes métodos: revisão bibliográfica,
artigos publicados na internet que debruçam de forma objectiva sobre o tema, análise de
resultados e a sistematização das informações.
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Origem dos sistemas
A origem do Direito Constitucional remonta às revoluções liberais do século XVIII
(americana em 1776 e francesa em 1789). Dessas revoluções, resultaram as constituições
escritas (americana em 1787 e francesa em 1791) como forma de limitação de poder.
No dia 26 de setembro de 1791, a Assembleia Constituinte da França determinou que as
universidades francesas começassem a ministrar a disciplina de Direito Constitucional. A
primeira cadeira de Direito Constitucional é reconhecida na Itália, em 1797, com o
constitucionalista Pellegrino Rossi.
A primeira Constituição data de 1822. Foi aprovada em Cortes na sequência da Revolução
de 1820 e jurada pelo rei D. João VI. Apesar do seu curto tempo de vigência, esta
Constituição foi marcante pelo seu espírito liberal: consagrava determinados direitos dos
cidadãos e o princípio da separação dos poderes; instituía um Parlamento unicameral, eleito
de dois em dois anos; sobretudo, constituía uma manifestação de soberania da nação perante
o rei - é da nação que emana a autoridade real e a nação, através do seu órgão legislativo que
são as Cortes, pode mesmo impor ao rei as leis do Estado e as opções de governo.
Quanto ao conteúdo
Material: materialmente, identifica-se como as normas que regulam a estrutura do
Estado, a sua organização e os direitos fundamentais. Só os temas atinentes a esse
escopo são constitucionais.
Desta forma, as regras que fossem materialmente constitucionais, codificadas ou não
em um mesmo documento, seriam essencialmente constitucionais. Tudo o mais que
constar da Constituição e que a isso não se refira não será matéria constitucional.
Aquilo que não atinasse materialmente com tema constitucional poderia ser
reformado pela legislatura ordinária.
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carreando toda a doutrina no sentido de considerar materialmente constitucional tudo
o que formalmente nela se contiver. Isso porquanto com o alargamento das
responsabilidades, funções e atuação do Estado, as constituições passaram a tratar de
vários outros assuntos que ortodoxamente não seriam objeto dela.
Mista: essa classificação ainda é polêmica, não sendo adotada por alguns
doutrinadores. É a Teoria do Bloco da Constitucionalidade, através da qual não é
constitucional apenas o que está na constituicao, mas toda e qualquer regra de
natureza constitucional. Portanto, para alguns, nosso sistema é o misto.
Quanto à forma
Escrita: é constituição consistente num código, num documento único sistematizado.
É o sistema usual no continente europeu e, consequentemente, em toda a América
Latina.
Quanto à origem
Democráticas\populares\promulgadas: são as constituições elaboradas por um
órgão constituinte previamente escolhido pelo povo para o fim de elaborar a
constituição.
Outorgadas: são impostas unilateralmente por quem detenha, no momento da
imposição, o poder político, a força suficiente para tanto, sem participação popular.
na verdade, foi imposta, utilizando-se o detentor da força de interpostos órgãos, no
caso o Congresso submetido, essa constituição é, rigorosamente, do tipo outorgada,
ditatorial.
Cesarista: são outorgadas mas dependem de ratificação popular através do
referendo.
Pactuada: decorre de um acordo entre dois grupos sociais, havendo mais de um
titular do poder constituinte.
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Quanto à extensão
Sintéticas: preveem somente princípios e normas gerais, organizando e limitando o
poder do Estado apenas com diretrizes gerais, mínimas, firmando princípios, não
detalhes. É concisa, breve, sucinta.
Analíticas: abrangem todos assuntos que entende relevantes. São amplas, extensas,
prolixas, detalhas, como a nossa Constituição.
Quanto à estabilidade
Imutáveis: Constituições nas quais é vedada qualquer alteração. Essa imutabilidade
pode ser relativa, como nos casos em que há uma limitação temporal em que não
podem ocorrer mudanças.
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O modo de actuação na actualidade
A Constituição é um termo jurídico, talvez o mais importante dos conceitos do direito, e
significa, do ponto de vista jurídico, a norma superior a todas as outras e que regula o modo
como todas as leis serão feitas, assim como todas decisões judiciais e atos administrativos,
enfim regula a condução de todo o Direito.
Num contexto actual, a Constituição como conhecemos hoje foi uma conquista da Revolução
Francesa, que pretendia eliminar as desigualdades, características do antigo regime.“ela
surgiu como uma ferramenta que auxilia na organização do Estado e da sociedade, criando
um ambiente onde não existam pessoas inferiores nem superiores, mas sim no mesmo nível,
merecendo tratamentos iguais perante a lei, além do direito de participação na vida social”.
Por ser também uma ferramenta de regulamentação da vida em sociedade, a Constituição, por
vezes, é considerada extensa e com disposições que dificilmente são seguidas. “Mas essa é
uma característica tanto dela como do Direito de uma forma geral, não porque espelha a
realidade Mocambicana, mas porque visa proporcionar o respaldo para um projeto de
aprimoramento da vida justa para todos. É extremamente necessário tamanha abrangência,
afinal, a garantia da igualdade é uma premissa a ser seguida à risca.
Dessa forma, a efetivação da constituição passa por um processo vagaroso e paciente, que
deve ser construído por ações de cidadania de todos os membros da sociedade e justamente
por envolver tantas pessoas, é preciso que cada um encontre seu tempo para trabalhar na
diminuição das desigualdades.
Desempenho e o Alcance
A Constituição da República estabelece no seu artigo 167, o tipo de tribunais com existência
legal na República de Moçambique e afasta expressamente a constituição de tribunais
destinados ao julgamento de certas categorias de crimes.
Como se pode observar naquele comando, os tribunais foram escalonados atendendo à sua
especialização. O Tribunal Supremo e outros tribunais judiciais aparecem como um tipo
especifico. A referência do nº 1 do art. 168 "Tribunal Supremo e demais tribunais
estabelecidos na lei" abriu caminho para a criação de outros tribunais judiciais por via da lei
ordinária. E de facto, a Lei da Organização Judiciária ao escalonar os tribunais judiciais no
seu nº 1 do artigo 19, caminhando naquele mesmo sentido permite de forma expressa a
criação de tribunais judiciais de competência especializada (nº 2 do artº 19).
Âmbito Jurisdicional
Como órgãos de soberania que são, os Tribunais visam assegurar as atribuições que o Estado
se propõe, sejam, garantir e reforçar a legalidade como instrumento da estabilidade jurídica,
garantir o respeito pelas leis, assegurar os direitos e liberdades dos cidadãos, assegurar os
interesses jurídicos dos diferentes órgãos e entidades com existência legal, da Constituição).
Para prosseguir aqueles objectivos com isenção e imparcialidade o legislador constituinte
estabeleceu regrasou princípios essenciais ao exercício da magistratura, que vão desde a
irresponsabilidade do juiz no exercício de funções até à sua inamovibilidade. Fundamental e
de base são as normas contidas (proibição de constituição de tribunais especiais a
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prevalência das decisões judiciais sobre as de outras autoridades) e a regra contida no que
funciona como um limite do exercício da magistratura e como plena garantia da liberdade de
interpretação e da aplicação do Direito pelos magistrados.
Dos pressupostos referidos decorre que os tribunais são independentes quer em relação aos
demais poderes ou órgãos do Estado quer na relação entre sí.
Âmbito administrativo
Estes tribunais hierarquizam-se para efeitos de recurso das suas decisões e de organização do
aparelho judicial o que deixa a descoberto a existência de uma hierarquia não apenas na área
jurisdicional, mas também no âmbito organizativo.
De facto, esta hierarquia organizativa, digamos, administrativa, segue a Lei da Organização
Judiciária. A hierarquia administrativa manifesta-se de forma mais ampla .O Tribunal
Supremo e os tribunais judiciais de província podem emitir instruções e directivas de carácter
organizativo e metodológico, de cumprimento obrigatório para os tribunais de escalão
inferior, a fim de assegurar a sua operacionalidade e a eficiência na administração da justiça.
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Conclusão
A jurisdição constitucional em Moçambique é relativamente nova. Ela surge com a
Constituição de 1990, com a consagração do Estado de Direito Democrático.
A intervenção da jurisdição constitucional ainda é bastante reduzida na tutela dos direitos
fundamentais. O Conselho Constitucional, órgão de soberania especializado na administração
da justiça constitucional, funciona mais como um Tribunal Superior eleitoral de recurso, pois
seu protagonismo faz-se sentir durante os anos eleitorais.
Com vista a sua melhor configuração jurídica, em sede da próxima revisão constitucional, o
Conselho Constitucional deveria ser formalmente transformado em Tribunal Constitucional,
conferindo-lhe expressamente os poderes e estatuto condizente.
As principais fragilidades da jurisdição constitucional na tutela dos direitos
fundamentais resultam dos seguintes factores: A inexistência da fiscalização da
inconstitucionalidade por omissão legislativa;
A inexistência do recurso extraordinário de inconstitucionalidade, ou da reclamação
constitucional ou ainda queixa Constitucional;
O Conselho Constitucional só fiscaliza e declara a inconstitucionalidade de actos
normativos dos órgãos de Estado, deixando de fora os actos não normativos, e os
actos normativos de entidades privadas, ainda que violem os direitos fundamentais,
embora estes sejam de aplicação imediata e vinculem a todas entidades públicas e
privadas.
A falta de uma extensão formal expressa ou por analogia do regime dos direitos, liberdades e
garantias individuais aos direitos económicos, sociais e culturais.
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Bibliografia
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/113/Classificacao-das-Constituicoes. (n.d.). Retrieved
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