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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES


INTERNACIONAIS

Trabalho de Campo da Disciplina de Introdução ao Direito

Tema: A teoria clássica das fontes do Direito e a sua


superação.

Nome do(a) Estudante:


Samuel Raimundo Cristo

Nome do Tutor(a):
Neusa Rodriguês

Chimoio, Maio de 2023


Índice

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

1.1. Problematização ........................................................................................................... 2

2. Objectivos............................................................................................................................ 3

2.1. Geral ............................................................................................................................. 3

2.2. Especifico..................................................................................................................... 3

3. Metodologia ........................................................................................................................ 3

5. FUNDAMENTO TEÓRICO............................................................................................... 4

5.1. Teoria clássica das fontes do Direito ........................................................................... 4

5.1.1. Conceitos básicos ................................................................................................. 4

5.1.2. Fontes imediatas ou directas do Direito ............................................................... 4

5.1.2.1. A Lei .............................................................................................................. 4

5.1.2.2. O Costume ..................................................................................................... 4

5.1.2.3. O Tratado Internacional ................................................................................ 6

5.1.3. Fontes mediatas ou indiretas do Direito ............................................................... 7

5.1.3.1. A Doutrina ..................................................................................................... 7

5.1.3.2. A Jurisprudência ............................................................................................ 7

5.1.4. Princípios gerais de Direito .................................................................................. 7

5.1.5. Importância das fontes de Direito ......................................................................... 8

5.1.6. Influência da teoria clássica das fontes do direito na história do pensamento


jurídico………………………………………………………………………………....….9

6. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 10

7. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 11
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1. INTRODUÇÃO

Na introdução deste trabalho com tema teoria clássica das fontes de direito, onde irá falar-se
dos conceitos básicos, classificação, sua importância e a influência que esta exerce sobre o
pensamento jurídico. Sobre a sua origem, a sua formação e revelação na sociedade. Falaremos
das fontes de Direito como forma de compreender os modos de formação e revelação da norma
jurídica dentro da sociedade. A teoria clássica das fontes de direito é uma abordagem dentro do
campo da ciência jurídica que busca definir as principais fontes de onde as leis e normas
jurídicas emanam.

Esta teoria, que surgiu na Europa no século XIX e teve grande influência na formação dos
sistemas jurídicos ocidentais, estabelece uma lista hierarquizada das fontes de direito, definindo
quais têm maior ou menor importância. De acordo com a teoria clássica das fontes de direito,
são consideradas fontes primárias do direito a Constituição, as leis, os regulamentos e a
jurisprudência, e as fontes secundárias incluem a doutrina e os costumes. Essa abordagem visa
proporcionar uma clareza e uma organização para o universo jurídico, permitindo que as
pessoas entendam como o direito é produzido e aplicado Larenz, Karl,1997).

Apesar de a teoria clássica das fontes de direito ainda ser amplamente respeitada e utilizada em
muitos países, ela tem sido questionada nos últimos anos por aqueles que buscam uma
abordagem mais flexível e adaptável do direito, levando em consideração mudanças sociais,
políticas e tecnológicas. Porém, a teoria clássica das fontes de direito continua a ser uma base
importante para a compreensão do sistema jurídico de muitos países e é fundamental para
qualquer estudante ou profissional que queira compreender melhor o funcionamento do direito.
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1.1.Problematização

Um problema que pode ser abordado no contexto da teoria clássica das fontes de direito é a
falta de clareza e consenso em relação à hierarquia das fontes de direito. Embora a teoria
clássica defina as principais fontes de direito como a constituição, as leis, os regulamentos e a
jurisprudência, não há uma definição clara de como essas fontes se relacionam e se
hierarquizam.

Por exemplo, em alguns países a jurisprudência é considerada a fonte mais importante de


direito, enquanto em outros a Constituição é vista como a fonte suprema. Além disso, surgem
problemas quando há conflitos entre diferentes fontes de direito, como o que acontece quando
uma lei é considerada inconstitucional.

Esse problema pode ser analisado por meio de estudos comparativos de diferentes sistemas
jurídicos, bem como por meio do debate teórico em torno da hierarquia das fontes de direito.
Uma possível solução seria estabelecer uma hierarquia clara e universalmente aceita de fontes
de direito, por exemplo, dando à Constituição a posição mais alta na hierarquia. Outra opção
seria permitir que diferentes fontes de direito tenham diferentes graus de importância
dependendo do contexto e da situação em questão.

Apartir do exposto surge a seguinte questão de partida: Como podemos conciliar a rigidez da
teoria clássica das fontes de direito, que estabelece hierarquia e validade por normas
superiores, com a crescente demanda por flexibilidade e adaptação do Direito aos novos
desafios sociais e tecnológicos?
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2. Objectivos
2.1.Geral
 Conhecer a teoria clássica das fontes do Direito e a sua
superação;

2.2.Especifico
 Identificar as principais fontes de Direito;
 Descrever as fontes de Direito;
 Saber sua importância e influência da teoria clássica das fontes do direito na
história do pensamento jurídico

3. Metodologia

Para a realização deste trabalho contou-se com apoio de seguinte material um computador,
manuais diversos, que foram selecionados para posterior leitura e organização de uma ficha de
leitura devidamente citada, onde em seguida selecionou se o conteúdo de relevância ao tema
que compilou o trabalho desta cadeira em andamento. Pois a pesquisa caracteriza-se por ser de
natureza bibliográfica, o que consistiu na seleção e organização e conclusões de referenciais
teóricos.
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5. FUNDAMENTO TEÓRICO
5.1.Teoria clássica das fontes do Direito
5.1.1. Conceitos básicos

Fontes de Direito são os meios pelos quais se formam ou se revelam as normas jurídicas.
Segundo preleciona Washington de Barros Monteiro, são várias as classificações das fontes do
Direito. "A mais importante divide-as em fontes directas ou imediatas e fontes indirectas ou
mediatas. Fontes directas ou imediatas são aquelas que, por si sós, pela sua própria força, são
suficientes para gerar a regra jurídica”. São a lei, o Costume e o tratado Internacional. Fontes
indirectas ou mediatas são as que não têm tal virtude, porém encaminham os espíritos, mais
cedo ou mais tarde, à elaboração da norma (Júnior, F. P. B. David, 2017).

5.1.2. Fontes imediatas ou directas do Direito


5.1.2.1.A Lei

Para dirimir uma questão submetida à apreciação do Poder Judicial, a primeira fonte de que se
lança mão é a lei. Em países como o nosso, em que o Direito é escrito, a lei assume papel de
suma importância, figurando como a principal fonte do Direito. "Lei é uma regra geral, que,
emanando de autoridade (estadual) competente, é imposta, coactivamente, à obediência de
todos". Com efeito, ela caracteriza-se por ser um conjunto de normas dotadas de generalidade,
isto é, que se dirigem a todos os membros da colectividade, sem exclusão de ninguém. A lei é
ainda provida de coacção, com o objectivo tornar induzir os indivíduos a não violar os seus
preceitos. Regra jurídica sem coacção, disse Jhering, é uma contradição em si, um fogo que não
queima, uma luz que não ilumina. A mais importante das Leis é a Constituição, que contém as
normas jurídicas superiores, às quais se subordinam as normas contidas em leis e outros actos
legislativos e normativos. A Lei, em sentido restrito, é aprovada pelo Parlamento, órgão
legislativo por excelência em Cabo Verde. No entanto, em sentido corrente, tomam a
designação de lei os actos legislativos do Governo, nomeadamente os decretos-leis e decretos-
legislativos (Júnior, F. P. B. David, 2017).

5.1.2.2.O Costume

Norma não escrita que resulta de prática reiterada e habitual, acompanhada da consciência ou
convicção colectiva acerca do seu carácter obrigatório. Na verdade, as leis escritas não
compreendem todo o Direito. Há normas costumeiras, também chamadas consuetudinárias, que
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obrigam, igualmente, ainda que não constem de preceitos votados por órgãos competentes.
Realmente, havendo lacuna na lei, não se segue que a ordem jurídica seja lacunar, e então a
questão será resolvida mediante recursos aos costumes, a segunda fonte imediata do Direito. A
obediência a uma conduta por parte de uma colectividade configura um uso. A reiteração desse
uso forma o costume, que, na lição de Vicente Ráo, vem a ser a regra de conduta criada
espontaneamente pela consciência comum do povo, que a observa por modo constante e
uniforme, e sob a convicção de corresponder a uma necessidade jurídica. Ou, como observa
João Franzen de Lima, é o produto de uma elaboração entre os homens (Júnior, F. P. B. David,
2017).

O emprego de uma determinada regra para regular determinada situação, desde que se repita
reiteradamente, quando igual situação se apresente de novo, constitui uma prática, um uso, cuja
generalização através do tempo leva a todos os espíritos a convicção de que se trata de uma
regra de Direito. Esse hábito que adquirem os homens de empregar a mesma regra sempre que
se repete a mesma situação, e de segui-la como legítima e obrigatória, é que constitui o costume.
Nestas condições, e como pondera Ricardo Teixeira Brancato, "algumas normas há em nossa
sociedade que, embora não escritas, são obrigatórias. Tais normas são ditadas pelos usos e
costumes e não pode deixar de ser cumpridas, muito embora não estejam gravadas numa lei
escrita. Aliás, mais cedo ou mais tarde determinados costumes acabam por ser cristalizados em
uma lei, passando, pois, a integrar a legislação do país (Júnior, F. P. B. David, 2017).

Exemplo de norma costumeira que, não obstante não estar consagrada em lei escrita nem por
isso deixa de ser obrigatório, é a chamada "fila", seja para tomar autocarros, seja para ingresso
no Cinema, na Escola, no Supermercado ou em qualquer lugar. Assim, no caso exemplificado,
preserva-se, com carácter obrigatório, o direito de precedência dos que chegam primeiro, de
acordo com os costumes tradicionais. Para que um costume seja reconhecido como fonte de
Direito deve reunir determinados requisitos.

Assim, é preciso:

 Que seja contínuo (factos esporádicos, que se verificam vez por outra não são
considerados costumes);
 Que seja constante (a repetição dos factos deve ser efectiva, sem dúvidas, sem
alteração);
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 Que seja moral (o costume não pode contrariar a moral ou os bons hábitos, não pode ser
imoral);
 Que seja obrigatório, isto é, que não seja facultativo, sujeito a vontade das partes
interessadas".

O Direito criado pelo costume, como já vimos, chama-se consuetudinário. Era ele muito
importante na antiguidade, antes do Direito escrito. Hoje, esta fonte perdeu em grande parte sua
importância, sendo aplicado somente por excepção, em determinados casos de omissão da lei.
Enquanto o Costume é espontâneo e se expressa oralmente, a Lei dimana de um órgão do
Estado, através de um processo próprio de elaboração, e se expressa por fórmula escrita. São
essas as principais diferenças entre eles.

Os Costumes podem classificar - se do seguinte modo, segundo Ascensão (1993):

 Secundum Legem: (segundo a lei) é o costume que está previsto na lei, a qual reconhece
a sua eficácia obrigatória. A lei se reporta expressamente a ele reconhecendo sua
obrigação.
 Praeter Legem: (além da lei) é aquele que intervém na falta ou omissão da lei. Nesses
casos ele pode ser invocado, embora não mencionado pela legislação, tendo carácter
supletivo.
 Contra Legem: (contra a lei) aquele que se forma em sentido contrário ao da lei.

5.1.2.3.O Tratado Internacional

O Tratado Internacional é o acordo de vontades entre estados e outros sujeitos internacionais36.


Por força constitucional, os tratados fazem parta da ordem jurídica cabo-verdiana. Para tanto,
devem ser aprovados (a aprovação pode ser, consoante os casos, da competência do Governo
ou da Assembleia) e ratificados (confirmados) pelo Presidente da República. Há diferentes tipos
de Tratados: tratados normativos (que definem normas ou regras de Direito), tratados-contratos
(que visam a realização de uma operação concreta, extinguindo-se os seus efeitos com o término
dessa operação), tratados colectivos (que envolvem mais do que dois estados) e tratados
particulares ou bilaterais (que envolvem dois estados) (Júnior, F. P. B. David, 2017).
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5.1.3. Fontes mediatas ou indiretas do Direito


5.1.3.1.A Doutrina

Conjunto de opiniões, estudos e pareceres jurídicos elaborados por professores e técnicos de


Direito de reconhecida competência sobre a forma adequada e correcta de aplicar, articular e
interpretar as normas jurídicas. Não possui carácter vinculativo; Esta fonte indirecta do Direito
resulta de investigações e reflexões teóricas e de princípios metodicamente expostos, analisados
e sustentados pelos autores, tratadistas, jurisconsultos, no estudo das leis. Como salienta Caio
Mário da Silva Pereira, "em determinadas fases da cultura jurídica sobressaem escritores, a
cujos trabalhos todos recorrem de tal forma que as suas opiniões se convertem em preceitos.
(Júnior, F. P. B. David, 2017).

Com efeito, é de grande valor o trabalho dos doutrinadores na elaboração e na aplicação do


direito objectivo, já que, analisando criticamente as diferentes opções jurídicas, apontando as
falhas, os inconvenientes e defeitos da lei vigente, ajuda o legislador na feitura de lei mais
perfeita e o aplicador do direito na procura das soluções mais adequadas aos casos em apreço
(Júnior, F. P. B. David, 2017).

5.1.3.2.A Jurisprudência

Esta é uma fonte indirecta do Direito, a Jurisprudência é o resultado da actividade jurisdicional,


atribuída aos magistrados por força da jurisdição (juris + diccio - dizer o direito = poder legal
dos magistrados de conhecer e julgar os litígios). A Jurisprudência evidencia-se, pois, através
de regras gerais que se extraem das reiteradas decisões de tribunais (em geral, de maior
hierarquia) numa mesmo sentido, numa mesma direcção interpretativa. Sempre que uma
questão é decidida reiteradamente no mesmo modo surge a jurisprudência. Como fonte
indirecta do Direito, não vincula o juiz, mas costuma dar a este importantes subsídios na solução
de cada caso (Júnior, F. P. B. David, 2017).

5.1.4. Princípios gerais de Direito

A Ciência Jurídica costuma enunciar ainda como Fonte de Direito os chamados Princípios
Gerais do Direito, que são os pressupostos lógicos que em que se baseiam as diferentes normas
jurídicas. No seu livro “Lições preliminares de Direito”, Miguel Real considera que os
princípios gerais do Direito são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e
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orientam a compreensão do ordenamento jurídico em sua aplicação e integração ou mesmo para


a elaboração de novas normas. Podem considerar-se como os alicerces do ordenamento jurídico,
informando o sistema independentemente de estarem formalizados na norma legal. Assim,
admitem-se como princípios gerais:

 Não condenar alguém se não se pode provar sua culpa;


 A ninguém é permitido causar dano a outrem e, se o fizer, deverá indemnizá-lo;
 Não se pode punir ninguém pelos seus pensamentos;
 Ninguém pode ser obrigado a citar os dispositivos legais em que se apoia a sua
pretensão, pois parte-se do pressuposto de que o julgador os conhece;
 A ninguém é obrigado fazer o impossível;
 Não há crime nem criminoso se não houver lei anterior que o prescreva como tal.

Assim, a justiça, a igualdade, a equidade, a liberdade, a legalidade, o direito à vida, à defesa e


à resistência contra a opressão – tais são alguns desses princípios cuja relevância na
configuração e na realização do Direito é indiscutível, mas que, no entendimento de muitos
autores, não constituem mais uma fonte de Direito, porquanto: não constituem propriamente
uma via pela qual o direito “nasce” ou “se dá a conhecer”; eles estão ligados, de forma
indissolúvel, às demais fontes que devem (Júnior, F. P. B. David, 2017).

5.1.5. Importância das fontes de Direito

A Teoria clássica das fontes do direito teve grande importância na história do pensamento
jurídico, pois contribuiu para o entendimento da relação entre o Estado e as normas jurídicas.
A valorização do poder estatal na elaboração e aplicação do direito foi um importante marco na
evolução do pensamento jurídico, tendo em vista que delega ao Estado um papel fundamental
na construção de um sistema jurídico eficiente (Ferraz Jr., Tercio Sampaio, 1994).

Entretanto, a Teoria clássica das fontes do direito apresentou limitações e críticas relevantes,
principalmente pela falta de participação democrática da sociedade na construção do direito.
Essa limitação foi superada pela valorização da participação da sociedade na formação do
direito, permitindo que a construção das normas jurídicas se dê através de um processo
democrático e inclusivo (Ferraz Jr., Tercio Sampaio, 1994).
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Dessa forma, a importância da Teoria clássica das fontes do direito está relacionada à sua
contribuição no pensamento jurídico em relação à relação entre o Estado e o direito. Por outro
lado, a superação dessa abordagem permitiu a construção de um modelo mais democrático,
inclusivo e amplo, no qual a sociedade e as instituições também possuem um papel importante
na construção do sistema jurídico. Em resumo, a Teoria clássica das fontes do direito e sua
superação são importantes marcos na evolução do pensamento jurídico, uma vez que valorizam
a relação entre o Estado e a sociedade no estabelecimento das normas jurídicas, resultando em
um sistema jurídico mais justo, eficiente e democrático (Júnior, F. P. B. David, 2017).

5.1.6. Influência da teoria clássica das fontes do direito na história do pensamento


jurídico

De acordo com esta teoria, a fonte do direito é o lugar onde o mesmo é encontrado. Ou seja, os
tribunais e autoridades judiciais são os principais responsáveis pela criação e implementação
do direito. Essa teoria predominou durante muitos anos, até que surgiu uma nova abordagem
para o estudo da formação do direito.

A superação da teoria clássica das fontes do direito está relacionada com a evolução do
pensamento jurídico, que passou a buscar um entendimento mais amplo do papel das
instituições e da sociedade na formação do direito. Essa abordagem surgiu a partir da
constatação de que a sociedade e as instituições têm um grande poder na construção e aplicação
das normas jurídicas (Barcellos, Ana Paula de., 2002).

Uma das principais críticas à teoria clássica das fontes do direito é a sua visão limitada e
centralizada no papel do Estado na criação e aplicação das normas jurídicas. A superação dessa
abordagem se deu pela valorização da participação da sociedade na construção do direito,
entendendo que as normas jurídicas devem ser fruto de um processo democrático de tomada de
decisão, que envolve a participação da sociedade civil (Brcellos, Ana Paula de., 2002).

Essa nova abordagem valoriza a participação da sociedade na construção do direito, entendendo


que a sociedade é a principal responsável pela criação e aplicação das normas jurídicas. Desta
forma, a superação da teoria clássica das fontes do direito passa pela valorização de uma
abordagem mais democrática e participativa dos cidadãos na construção do direito (Barcellos,
Ana Paula de., 2002).
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6. CONCLUSÃO

Após discutir o tema neste trabalho, o mesmo deu a compreender que a teoria clássica das
fontes do direito é uma abordagem que teve grande influência no pensamento jurídico, na qual
se afirma que a fonte do direito é o lugar onde o mesmo é encontrado, ou seja, as principais
responsáveis pela criação e implementação do direito são os tribunais e autoridades judiciais.
Essa teoria imperou por muito tempo, todavia, com o tempo, ela teve de ser superada devido à
sua centralização no poder estatal e à sua limitação.

Por conseguinte, a superação da teoria clássica das fontes do direito representa uma valorização
da participação da sociedade na construção do direito, através de mecanismos democráticos e
participativos. Essa abordagem ajuda a entender de que forma a sociedade pode influenciar na
criação e aplicação das normas jurídicas, tornando-se, assim, uma abordagem mais democrática
e ampla. Nesse sentido, esse trabalho tem como objetivo apresentar a teoria clássica das fontes
do direito, bem como sua superação, destacando a importância desse avanço no pensamento
jurídico atual.

Em suma, a Teoria clássica das fontes do direito teve grande influência no pensamento jurídico,
principalmente por se concentrar na centralização do poder estatal na criação e aplicação das
normas jurídicas. Entretanto, essa abordagem acabou perdendo espaço devido às críticas
relacionadas à falta de participação da sociedade na construção do direito. A superação dessa
abordagem se deu através da valorização da participação democrática e participativa da
sociedade na construção das normas jurídicas. Essa nova abordagem reconhece a importância
do papel das instituições e da sociedade no estabelecimento das normas jurídicas, trazendo um
pensamento mais amplo e democrático.

Desta forma, podemos concluir que a superação da Teoria clássica das fontes do direito foi um
importante avanço no pensamento jurídico, que reconheceu a importância da participação da
sociedade na construção e aplicação das normas jurídicas. Assim, essa abordagem se mantém
atual e fundamental para a construção de um sistema jurídico mais justo, igualitário e
democrático.
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7. BIBLIOGRAFIA

Barcellos, Ana Paula de., (2002). A reconstrução democrática do direito público no Brasil.
São Paulo: Saraiva.

Ferraz Jr., Tercio Sampaio (1994). Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão,
dominação. São Paulo: Atlas.

Júnior, F. P. B. David, (2017). Manual de Introdução ao Direito Curso de Licenciatura em


Administração Pública, Universidade Superior de Ciências e Educação a Distância
(UniSCED), Ponta Gea Beira – Moçambique, 47-58 p.

Larenz, Karl, (1997). Metodologia da ciência do direito. Lisboa: Fundação Calouste


Gulbenkian.

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