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Índice

0.0. Introdução.............................................................................................................................3
0.1. Objectivos.........................................................................................................................3
0.1.1. Objectivo Geral..........................................................................................................3
0.1.2. Objectivos específicos...............................................................................................3
0.2. Metodologia......................................................................................................................3
1.0. Fontes de Direito...................................................................................................................4
2.0. Classificação das Fontes de Direito......................................................................................4
2.1. Fontes históricas:...............................................................................................................4
2.2. Fontes Materiais:...............................................................................................................5
2.3. Fontes formais:..................................................................................................................5
2.3.1. Subdivisões das fontes formais:.................................................................................6
3.0. Princípios gerais do direito:..................................................................................................8
3.1. Doutrina:...........................................................................................................................8
3.2. Jurisprudência:..................................................................................................................9
3.3. Equidade:..........................................................................................................................9
3.4. Negócios jurídicos:...........................................................................................................9
3.5. Brocardos jurídicos:........................................................................................................10
4.0. Conclusão........................................................................................................................11
5.0. Referencias bibliográficas..................................................................................................12
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0.0. Introdução.

O presente trabalho ira debruçar sobre as Fontes de Direito, onde iremos aprofundar mais
sobre a temática, contextualizando a sua origem. Ainda nesta senda iremos abordar pontos
como as características das fontes de direito. Iremos descrever também os princípios do
direito, detalhando cuidadosamente cada um deles.

0.1. Objectivos
0.1.1. Objectivo Geral
 Estudar as fontes do direito.
0.1.2. Objectivos específicos.
 Definir fontes de direito;
 Classificar as fontes de direito;
 Mencionar os princípios de direito.
0.2. Metodologia.

Para a elaboração deste trabalho recorremos a pesquisa bibliográfica, que consistiu na leitura e
interpretação de manuais, e recorremos a pesquisa na internet.
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1.0. Fontes de Direito

O termo “fonte de direito” é empregado metaforicamente, pois em sentido próprio Fonte é a


nascente de onde brota corrente de água. Justamente por ser uma expressão figurativa tem
mais de um sentido.

“Fonte Jurídica” seria a origem primaria do direito, com confundindo-se com o problema de
génese do direito. Trata-se da fonte real ou material do direito, ou seja, dos factores reais que
condicionaram o aparecimento da norma jurídica.

Emprega-se também o termo “fonte de direito” como equivalente ao fundamento de validade


da ordem jurídica.

A Lei, o Costume, a Jurisprudência, a Equidade e a Doutrina.

Actualmente, tem sido defendido também que os princípios fundamentais de Direito


constituem fonte de Direito.

Fonte de Direito é de onde provem o Direito, a origem, nascente, motivação, a causa das
varias manifestações do direito.

Nas palavras de Miguel Real (2003), Fontes de Direito são “processos ou meios em virtude
dos quais as regras jurídicas se positivam com legitimas forcas obrigatórias”.

Já para Hans Kelsen (2009) é “o fundamento da validade da norma jurídica, decorre de uma
norma superior, valida “.

2.0. Classificação das Fontes de Direito.

Diante disso, classifica-se as fontes do direito em:

 Fontes Históricas;
 Fontes Materiais;
 Fontes Formais.
2.1. Fontes históricas:

Para Paulo Nader e Pablo Stolze as fontes históricas são fontes do Direito.
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Segundo Paulo Nader (2004) as fontes históricas são “conjuntos de factos ou elementos das
modernas instituições jurídicas: á época, local, as razões que determinaram a sua formação”.
Em contrapartida Miguel Reale (2003), não considera as fontes históricas como fontes do
direito, pois trata-se de um estudo filosófico e sociológico dos motivos éticos ou dos fatos
econômicos, estudo de outra ciência.

2.2. Fontes Materiais:

As fontes materiais do Direito são todas as autoridade, pessoas, grupos e situações que
influenciam na criação do direito em determinada sociedade. Ou seja, fonte material é aquilo
que acontece no âmbito social, nas relações comunitárias, familiares, religiosas, políticas, que
servem de fundamento para a formação do Direito. Assim, fonte material é de onde vem o
direito (GARCIA 2015).

2.3. Fontes formais:

Por outro lado, as fontes formais, o meio pelo qual as normas jurídicas se exteriorizam,
tornam-se conhecidas. São, portanto, os canais por onde se manifestam as fontes materiais
(GARCIA 2015).

As fontes formais estão classificadas em:

 ESTATAIS: são produzidas pelo poder público e correspondem à lei e à


jurisprudência;
 NÃO ESTATAIS: decorrem diretamente da sociedade ou de seus grupos e segmentos,
sendo representadas pelo costume, doutrina e os negócios jurídicos;
 ESCRITAS: codificadas;
 NÃO ESCRITAS: decorrentes do comportamento;
 NACIONAIS: são as criadas em Moçambique;
 INTERNACIONAIS: as que tem origem na norma estrangeira.
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2.3.1. Subdivisões das fontes formais:

Fontes formais diretas:

Sendo a fonte direta, imediata ou primária do direito aquela que revela imediatamente o direito
positivo e basta por si mesma, sendo esta a LEI – normas jurídicas escritas provenientes do
estado.

 Lei: Leis são preceitos (normas de conduta) normalmente de carácter geral e abstrato,
ou seja, voltam- se “a todos os membros da coletividade”. Sendo esta a fonte mais
importante para o nosso ordenamento jurídico. Podendo se classificar em Lei em
sentido amplo: que é uma referência genérica que atinge à lei propriamente, à medida
provisória e ao decreto e em Lei em sentido estrito: Emanada do poder legislativo no
âmbito de sua competência.

Além disso, no entendimento de Hans Kelsen (2009) as leis podem se dividir quanto a sua
hierarquia em:

1) Leis Constitucionais: São as normas mais importantes do ordenamento jurídico nacional,


sendo o fundamento de validade das demais normas de Direito, limitando o poder,
organizando o Estado e definindo os direitos e garantias fundamentais;
2) Leis Infraconstitucionais: as leis complementares, as leis ordinárias, as leis delegadas e
as medidas provisórias são hierarquicamente inferiores, devendo, por isso, ser produzidas
de acordo com o devido processo legislativo, bem como ter o seu conteúdo em
consonância com a Constituição;
3) T+: Os tratados provêm de acordos firmados entre as vontades dos Estados, e as
convenções através de organismos internacionais.
 Precedentes: Contudo, com o passar dos anos, vêm se admitindo também como
FONTE FORMAL PRIMÁRIA DO DIREITO os PRECEDENTES, que são decisões
judiciais reiteradas que possuem efeitos vinculantes.  Os precedentes ganharam essa
força a partir da EC 45/2004 que criou as súmulas vinculantes que se tornaram de
observância obrigatórias aos julgadores, assemelhando-se, neste aspecto ao sistema
COMMON LAW, onde a aplicação do direito se dá pelo uso de precedentes e do
costume.
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Fontes formas indiretas:

No que diz respeito às fontes indiretas, mediatas e secundárias, que são aquelas que suprem a
falta de LEI, a Lei de Introdução ao Direito Brasileiro, previu três delas, quais sejam: a
analogia, costumes e princípios gerais do direito, sendo que a doutrinas majoritárias ainda trata
de outras, quais sejam: jurisprudência, doutrina, negócio jurídico, equidade e brocardos
jurídicos.

 Analogia: iniciaremos, tratando da ANALOGIA, analogia significa aplicar ao caso em


concreto uma solução já aplicada a um caso semelhante. Alguns consideram que a
analogia não seria uma fonte do direito mas apenas uma forma de integração da norma
nos casos de lacuna da lei pois ela não cria norma, apenas aplica uma norma já
existente a outro caso concreto. Todavia, Pablo Stolze (2012), entre outros, assegura
que a analogia pode ser considerada fonte do direito.

A analogia se subdivide em:

 Legal: aquela que utiliza outra lei para casos semelhantes;


 Analogia jurídica: aquela que utiliza outras fontes do direito que não a lei.

Para a aplicação da analogia exige-se três requisitos:

 Que o fato em questão não seja regulado de forma específica e expressa pela lei;
 Que a lei regule hipótese similar;
 Que a semelhança essencial entre a situação não prevista e aquela prevista na lei
tenham a mesma razão jurídica (GARCIA 2015).

Costumes:

Já os COSTUMES consistem na prática de uma determinada forma de conduta, repetida de


maneira uniforme e constante pelos membros da comunidade. A doutrina costuma exigir a
concorrência de dois elementos para a caracterização do costume jurídico. O elemento
objetivo corresponde à prática, universal, de uma determinada forma de conduta. O elemento
subjetivo consiste no consenso, na convicção da necessidade social daquela prática. (GARCIA
2015, citando a teoria da convicção jurídica de Savigny).
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Com relação a lei, três são as espécies de costumes:

 Secundum legem: está previsto na lei, que reconhece sua eficácia obrigatória.
 Praeter legem: quando se reveste de caráter supletivo, suprindo a lei nos casos
omissos, preenchendo lacunas, Ex.: Parar para um pedestre atravessar onde não existe
faixa de segurança é um costume em diversas cidades e ainda que não possua lei é por
todos condutores obervado.
 Contra legem: é aquele que se forma em sentido contrário ao da lei. Embora não
revogue a lei pode fazer com que ela entre em desuso, Ex.: a função natural do cheque
é ser um meio de pagamento a vista. Entretanto, muitas pessoas vêm, reiteradamente,
emitindo-o não como uma mera ordem de pagamento, mas como garantia de dívida,
para desconto futuro. (GARCIA 2015).
3.0. Princípios gerais do direito:

São ideias jurídicas gerais que sustentam, dão base ao ordenamento jurídico e não
necessariamente precisam estar escritos para serem válidos. Logo, tratam-se de preceitos
essenciais, que fundamentam o Direito ou certos ramos do Direito, sendo o entendimento atual
de que os princípios gerais do direito possuem força normativa.

A partir daqui as próximas fontes que iremos ver são tratadas por alguns como fontes formais
indiretas do direito e por outros como forma de interpretação da norma. Vejamos:  

3.1. Doutrina:

Maria Helena DINIZ (2008) tratando A DOUTRINA como fonte formal indireta a conceitua
como fonte decorrente da atividade científico-jurídica, isto é, dos estudos científicos
realizados pelos juristas, na análise e sistematização, interpretação, elaboração das normas
jurídicas, facilitando e orientando a tarefa de aplicar o direito, e na apreciação da justiça ou
conveniência dos dispositivos legais, adequando-os aos fins que o direito deve perseguir.

A Doutrina, assim, exerce função de relevância na elaboração, reforma e aplicação do Direito,


influenciando a legislação e a jurisprudência, bem como o ensino ministrado nos cursos
jurídicos.
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Por outro lado, Miguel Reale (2003) e Paulo de Barros Carvalho entendem que a doutrina não
altera a estrutura do direito apenas ajuda a compreende-lo e, portanto, seria uma forma de
interpretação do direito e não uma fonte.

3.2. Jurisprudência:

A jurisprudência pode ser entendida como o conjunto de decisões uniformes e constantes dos
tribunais, proferidas para a solução judicial de conflitos, envolvendo casos semelhantes, não
vinculam julgadores mas serve como orientação para o julgamento. Há aqui uma corrente que
embora reconheça a importância da jurisprudência entende que esta não é fonte do direito uma
vez que ao juiz cabe julgar de acordo com a lei, não podendo, portanto, criar o direito
(ORLANDO GOMES, 2014). Entretanto, outra corrente entende que a atividade
jurisprudencial é fonte do direito consuetudinário uma vez que a uniformização de
entendimento positiva o “costume judiciário” (MARIA HELENA DINIZ, 2008). Esta fonte do
direito, em Moçambique vem ganhando força pois a jurisprudência exerce o importante papel
de atualizar as disposições legais tornando-as compatíveis com a evolução social.

3.3. Equidade:

Neste ponto, considera-se que a equidade poderá ser tanto fonte do direito como fonte de
integração da norma, será fonte do direito quando a própria lei prevê a possibilidade de sua
aplicação pelo juiz no momento do julgamento, por outro lado será integração da norma
quando houver uma lacuna da lei e se fizer necessária a integração pelo uso da equidade.

3.4. Negócios jurídicos:

Ao ser firmado um contrato, cria-se no ordenamento, direitos e obrigações que não existiam
até então e o Estado, por sua vez, se compromete a assegurar o cumprimento desses novos
direitos e obrigações contraídas. Isso se dá pelo reconhecimento da autonomia da vontade pelo
ordenamento jurídico, dando a possibilidade de cada um de agir ou omitir nos limites da lei.
Por isso, diz que o contrato faz lei entre as partes.

A teoria clássica, mais tradicional, não inclui o negócio jurídico entre as fontes jurídicas,
destacando ser restrito ao caso em concreto, não tendo, assim, caráter abstrato. No entanto, na
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realidade, o Direito não se restringe às normas genéricas e abstratas, mas dele também fazem
parte normas particulares e individualizadas. (GARCIA 2015).

3.5. Brocardos jurídicos:

São ditados jurídicos consagrados, que se consubstanciam em ideias ou máximas que


sintetizam orientações ou ensinamentos a respeito de certas matérias.
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4.0. Conclusão.
Apos a realização do presente trabalho constatamos que Fonte de Direito é de onde provem o
Direito, a origem, nascente, motivação, a causa das varias manifestações do direito.
Observamos também que as fontes de direito classificam-se em Históricas, Matérias e
Formais, onde cada uma dessas classificações tem as suas características e formas de
apresentação.
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5.0. Referencias bibliográficas.

DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução à ciência do direito. 19. ed. São Paulo:
Saraiva, 2008. p. 283-284.

GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Introdução ao estudo do direito: teoria geral do direito –
3. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: MÉTODO,2015.

GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2014.

GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. 19. ed. rev., atual. e aum. por Edvaldo Brito e
Reginalda Paranhos de Brito. Rio de Janeiro: Forense, 2007. p. 43.

KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8.ed. São Paulo: Martins fontes, 2009.

NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. 24 ed. atual. Rio de Janeiro: Forense, 2004.

GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil. Parte
Geral. 14 ed. São Paulo. Saraiva, 2012. p. 56-57.

REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2003.

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