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Introducao
A palavra “fonte” possui vários significados. Pode ser entendida como uma nascente de água,
como um texto original de uma obra, um princípio, a origem de algo ou causa de onde
provem efeitos físicos ou morais.
A fonte de uma coisa é o lugar de onde surge essa coisa. O lugar de onde ela nasce. Assim, a
fonte do Direito é aquilo que o produz, é algo de onde nasce o Direito. Para que se possa
dizer o que é fonte do Direito é necessário que se saiba de qual direito. Se cogitarmos do
direito natural, devemos admitir que sua fonte é a natureza humana. Aliás, vale dizer, é a
fonte primeira do Direito sob vários aspectos.
Conforme o exposto acima, fonte constitui o lugar de onde surge o direito, ou seja, sempre
que se tratar de fonte do direito deve-se entender o seu ponto de partida, o seu início. Se num
determinado povo, por exemplo, as pessoas costumam fazer algo que venha a culminar numa
lei, a sua fonte é entendida como o costume daquele determinado povo, pois o diferencia dos
outros povos e, sem esse costume, essa lei não surgiria.
Fonte de direito in genere é a natureza humana, ou seja, o espírito que reluz na consciência
individual, tornando-se capaz de compreender a personalidade alheia, graças à própria. Desta
fonte se deduzem os princípios imutáveis da justiça e do Direito Natural.
Assim, pode-se entender que os princípios e valores morais que atingem um dado povo é
fonte do direito, partindo da consciência individual de cada pessoa, sendo que cada povo
possui a sua cultura e seus costumes.
As fontes do direito estão previstas no artigo 4.º da Lei de Introdução ao Código Civil que
estabelece: "Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito". Assim, o intérprete é obrigado a integrar o sistema
jurídico, ou seja, diante da lacuna (a ausência de norma para o caso concreto), ele deve
sempre encontrar uma solução adequada. Basta analisar o verbo “decidirá” para entender que
o sistema jurídico ordena a decisão do caso concreto.
O artigo já mencionado estabelece uma hierarquia entre as fontes, pois só autoriza o juiz a
valer-se de outras fontes quando houver omissão na lei e impossibilidade de aplicação da
analogia, buscando resoluções legais para casos semelhantes. Assim, a lei é uma fonte
principal, sendo fontes secundárias a analogia, os costumes, os princípios gerais do direito, a
doutrina e a jurisprudência.
2.1 – Lei
A lei tem por objetivo resolver o problema da antinomia, ou seja, o problema do conflito e da
contradição das normas, hipótese em que mais de uma norma incide sobre o caso concreto.
Mas, quanto à aplicação da lei, devem seguir uma hierarquia, sendo a Constituição Federal a
lei maior, as leis complementares e ordinárias abaixo e da Constituição Federal e os decretos,
portarias e demais atos administrativos por último. Sendo assim, as leis de menor grau devem
obedecer às de maior grau.
2.2 – Analogia
Analogia é fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade de integração da lei, ou
seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, ante a ausência de normas
que regulem o caso concretamente apresentado à apreciação jurisdicional, a que se denomina
anomia.
2.3 – Costumes
O costume no direito é considerado uma norma aceita como obrigatória pela consciência do
povo, sem que o Poder Público a tenha estabelecido. Segundo RIZZATTO, “o costume
jurídico é norma jurídica obrigatória, imposta ao setor da realidade que regula, possível de
imposição pela autoridade pública e em especial pelo poder judiciário.”4 Nesse sentido, os
costumes de um dado povo é fonte do direito, pois pode ser aplicado pelo poder judiciário,
uma vez que o próprio costume constitui uma imposição da sociedade.
2.4 – Doutrina
2.5 – Jurisprudência
A jurisprudência é uma função atípica da jurisdição, considerada também como uma fonte do
direito. MACHADO assim explica a jurisprudência:
Entende-se, então, que os princípios gerais de direito são a última salvaguarda do intérprete,
pois este precisa se socorrer deles para integrar o facto ao sistema.
2. Classificação das Fontes do Direito
2.1 Fontes históricas: Para Paulo Nader e Pablo Stolze as fontes históricas são fontes do
Direito. Segundo Paulo Nader (2004) as fontes históricas são “conjuntos de fatos ou
elementos das modernas instituições jurídicas: á época, local, as razões que determinaram a
sua formação”. Em contrapartida Miguel Reale (2003), não considera as fontes históricas
como fontes do direito, pois trata-se de um estudo filosófico e sociológico dos motivos éticos
ou dos fatos econômicos, estudo de outra ciência.
2.2 Fontes Materiais: As fontes materiais do Direito são todas as autoridade, pessoas, grupos
e situações que influenciam na criação do direito em determinada sociedade. Ou seja, fonte
material é aquilo que acontece no âmbito social, nas relações comunitárias, familiares,
religiosas, políticas, que servem de fundamento para a formação do Direito. Assim, fonte
material é de ONDE vem o direito (GARCIA 2015).
2.3 Fontes formais: Por outro lado, as fontes formais, o meio pelo qual as normas jurídicas se
exteriorizam, tornam-se conhecidas. São, portanto, os canais por onde se manifestam as
fontes materiais (GARCIA 2015).
3 Subdivisões das fontes formais: Existem diversas classificações para as fontes formais,
quais sejam, ESTATAIS: são produzidas pelo poder público e correspondem à lei e à
jurisprudência E NÃO ESTATAIS: decorrem diretamente da sociedade ou de seus grupos e
segmentos, sendo representadas pelo costume, doutrina e os negócios jurídicos; ESCRITAS:
codificadas, NÃO ESCRITAS: decorrentes do comportamento, NACIONAIS: são as criadas
no BRASIL E INTERNACIONAIS: as que tem origem na norma estrangeira (GARCIA
2015).
A classificação mais utilizada é a que classifica as fontes formais em DIRETAS,
IMEDIATAS OU PRIMÁRIAS E INDIRETAS, MEDIATAS OU SECUNDÁRIAS.
3.1 Fontes formais diretas: Sendo a fonte direta, imediata ou primária do direito aquela que
revela imediatamente o direito positivo e basta por si mesma, sendo esta a LEI – normas
jurídicas escritas provenientes do estado. Até mesmo porque, adotamos no BRASIL o sistema
do CIVIL LAW, que é uma estrutura jurídica em que a aplicação do direito se dá a partir da
interpretação da LEI.
3.1.1 Lei: Leis são preceitos (normas de conduta) normalmente de caráter geral e abstrato, ou
seja, voltam- se “a todos os membros da coletividade”. Sendo esta a fonte mais importante
para o nosso ordenamento jurídico. Podendo se classificar em Lei em sentido amplo: que é
uma referência genérica que atinge à lei propriamente, à medida provisória e ao decreto e em
Lei em sentido estrito: Emanada do poder legislativo no âmbito de sua competência – lei
ordinária, lei complementar e lei delegada (GARCIA 2015).
Além disso, no entendimento de Hans Kelsen (2009) as leis podem se dividir quanto a sua
hierarquia em: a) Leis Constitucionais: São as normas mais importantes do ordenamento
jurídico nacional, sendo o fundamento de validade das demais normas de Direito, limitando o
poder, organizando o Estado e definindo os direitos e garantias fundamentais; b) Leis
Infraconstitucionais: são aquelas previstas no art.59 da CF, as leis complementares, as leis
ordinárias, as leis delegadas e as medidas provisórias são hierarquicamente inferiores,
devendo, por isso, ser produzidas de acordo com o devido processo legislativo, bem como ter
o seu conteúdo em consonância com a Constituição; c)Tratados e convenções internacionais:
Os tratados provêm de acordos firmados entre as vontades dos Estados, e as convenções
através de organismos internacionais.
3.1.2 Precedentes: Contudo, com o passar dos anos, vêm se admitindo também como FONTE
FORMAL PRIMÁRIA DO DIREITO os PRECEDENTES, que são decisões judiciais
reiteradas que possuem efeitos vinculantes. Os precedentes ganharam essa força a partir da
EC 45/2004 que criou as súmulas vinculantes que se tornaram de observância obrigatórias
aos julgadores, assemelhando-se, neste aspecto ao sistema COMMON LAW, onde a
aplicação do direito se dá pelo uso de precedentes e do costume.
Cabe dizer que, a doutrina moderna cita ainda, o Novo CPC como uma indicativa da força de
fonte formal primária dos precedentes, eis que o referido diploma legal no art. 927
determinou a observância dos julgados na aplicação da Lei. Entretanto, este é ainda um tema
controvertido, uma vez que o Brasil, por ser o país com uma Constituição rígida exige a
subordinação da decisão à LEI e aos princípios éticos sociais.
3.2. Fontes formas indiretas: No que diz respeito às fontes indiretas, mediatas e secundárias,
que são aquelas que suprem a falta de LEI, a Lei de Introdução ao Direito Brasileiro, no
art.4º, previu três delas, quais sejam: a analogia, costumes e princípios gerais do direito,
sendo que a doutrina majoritárias ainda trata de outras, quais sejam: jurisprudência, doutrina,
negócio jurídico, equidade e brocardos jurídicos.
Para a aplicação da analogia exige-se três requisitos: 1) que o fato em questão não seja
regulado de forma específica e expressa pela lei; 2) que a lei regule hipótese similar; 3) que a
semelhança essencial entre a situação não prevista e aquela prevista na lei tenham a mesma
razão jurídica (GARCIA 2015).
Com relação a lei, três são as espécies de costumes: secundum legem, praeter legem e contra
legem. O costume secundum legem está previsto na lei, que reconhece sua eficácia
obrigatória, Ex.: art. 13 do cc. O costume é praeter legem quando se reveste de caráter
supletivo, suprindo a lei nos casos omissos, preenchendo lacunas, Ex.: Parar para um pedestre
atravessar onde não existe faixa de segurança é um costume em diversas cidades e ainda que
não possua lei é por todos condutores observado. O costume contra legem é aquele que se
forma em sentido contrário ao da lei. Embora não revogue a lei pode fazer com que ela entre
em desuso, Ex.: a função natural do cheque é ser um meio de pagamento a vista. Entretanto,
muitas pessoas vêm, reiteradamente, emitindo-o não como uma mera ordem de pagamento,
mas como garantia de dívida, para desconto futuro. (GARCIA 2015).
3.2.3 Princípios gerais do direito: São ideias jurídicas gerais que sustentam, dão base ao
ordenamento jurídico e não necessariamente precisam estar escritos para serem válidos.
Logo, tratam-se de preceitos essenciais, que fundamentam o Direito ou certos ramos do
Direito, sendo o entendimento atual de que os princípios gerais do direito possuem força
normativa, Ex. principio da dignidade da pessoa humana.
3.2.4 Doutrina: Maria Helena DINIZ (2008) tratando A DOUTRINA como fonte formal
indireta a conceitua como fonte decorrente da atividade científico-jurídica, isto é, dos estudos
científicos realizados pelos juristas, na análise e sistematização, interpretação, elaboração das
normas jurídicas, facilitando e orientando a tarefa de aplicar o direito, e na apreciação da
justiça ou conveniência dos dispositivos legais, adequando-os aos fins que o direito deve
perseguir.
Por outro lado, Miguel Reale (2003) e Paulo de Barros Carvalho entendem que a doutrina não
altera a estrutura do direito apenas ajuda a compreende-lo e portanto seria uma forma de
interpretação do direito e não uma fonte.
3.2.6 Equidade: Neste ponto, considera-se que a equidade poderá ser tanto fonte do direito
como fonte de integração da norma, será fonte do direito quando a própria lei prevê a
possibilidade de sua aplicação pelo juiz no momento do julgamento ( art. 140, parágrafo
único do CPC, art. 8ºda CLT) , por outro lado será integração da norma quando houver uma
lacuna da lei e se fizer necessária a integração pelo uso da equidade.
A teoria clássica, mais tradicional, não inclui o negócio jurídico entre as fontes jurídicas,
destacando ser restrito ao caso em concreto, não tendo, assim, caráter abstrato. No entanto, na
realidade, o Direito não se restringe às normas genéricas e abstratas, mas dele também fazem
parte normas particulares e individualizadas. (GARCIA 2015).
A doutrina jurídica não se apresenta uniforme quanto ao estudo das fontes do Direito. Entre
os doutrinadores do Direito, há uma grande diversidade de opiniões quanto ao presente tema,
principalmente em relação ao elenco das fontes. Fonte provém do latim e significa nascente
de água.
b) Fontes materiais: Por fontes materiais ou genéticas entendemos os fatores que criam
o direito (Executivo, Legislativo, Judiciário, etc...), dando origem aos dispositivos válidos.
São fontes materiais todas as autoridades, pessoas, grupos e situações que influenciam a
criação do direito em determinada sociedade. O Direito não é um produto arbitrário da
vontade do legislador, mas uma criação que se lastreia no querer social. É a sociedade, como
centro de relações de vida, como sede de acontecimentos que envolvem o homem, quem
fornece ao legislador os elementos necessários à formação dos estatutos jurídicos. Como
causa produtora do Direito, as fontes materiais são constituídas pelos fatos sociais, pelos
problemas que emergem na sociedade e que são condicionados pelos chamados fatores do
Direito, como a Moral, a Economia, a Geografia etc.
c) Fontes Formais: O Direito Positivo apresenta-se aos seus destinatários por diversas
formas de expressão, notadamente pela lei e costume. Fontes formais são os meios de
expressão do Direito, as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, tornam-se
conhecidas. Para que um processo jurídico constitua fonte formal é necessário que tenha o
poder de criar o Direito. Criar o Direito significa introduzir no ordenamento jurídico, novas
normas jurídicas. Quais são os órgãos que possuem essa capacidade de criar regras de
conduta social? O elenco das fontes formais varia de acordo com os sistemas jurídicos e
também em razão das diferentes fases históricas.
a) LEI: A lei é a forma moderna de produção do Direito Positivo. É ato do Poder Legislativo,
que estabelece normas de acordo com os interesses sociais. Não constitui, como outrora, a
expressão de uma vontade individual, pois traduz as aspirações coletivas. Apesar de uma
elaboração intelectual que exige técnica específica, não tem por base os artifícios da razão,
pois se estrutura na realidade social. A sua fonte material é representada pelos próprios fatos
e valores que a sociedade oferece
a.1) Classificações:
o jusscriptum. É uma referência genérica que atinge à lei propriamente, à medida provisória e
ao decreto.
normas de conduta social que definem os direitos e deveres das pessoas, em suas relações de
vida. As leis relativas ao Direito Civil, Penal, Comercial, normalmente são dessa natureza.
Lei adjetiva ou formal consiste em um agrupamento de regras que definem os procedimentos
a serem cumpridos no andamento das questões forenses. Exemplos: leis sobre Direito
Processual Civil, Direito Processual Penal. As leis que reúnem normas substantivas e
adjetivas são denominadas institutos unos. Exemplo: Lei de Falências. A lei substantiva é,
naturalmente, a lei principal, que deve ser conhecida por todos, enquanto que a adjetiva é de
natureza apenas instrumental e o seu conhecimento é necessário somente àqueles que
participam nas ações judiciais: advogados, juízes, promotores.
• Sanção: É o ato de punir por uma norma infringida, quem não obedece ao comando
primário das normas jurídicas. Sanção jurídica uma consequência jurídica estatuída numa
norma que se impõe a quem infringir determinada regra. É uma consequência desfavorável
normativamente prevista para o caso de violação de uma regra, e pela qual se reforça a
imperatividade desta.
• Coerção: É o efeito psicológico da sanção e que tem função preventiva. Age sobre o
destinatário como um aviso: se ele não cumprir a norma jurídica, poderá sofrer os efeitos
concretos da sanção. Coerção é o ato de induzir, pressionar ou compelir alguém a fazer algo
pela força, intimidação ou ameaça.
vontade do agente que descumpriu a norma. A coerção e a coação estão diretamente ligadas
com a sanção, pois, ambas visam , no seu interim , a punição, a aplicação de uma pena para
quem descumpre “ordens”.
iii) Lei complementar: é uma lei que tem como propósito complementar, explicar,
adicionar algo à constituição. A lei complementar diferencia-se da lei ordinária desde o
quorum para sua formação.
vi) Decreto: Um decreto é uma ordem emanada de uma autoridade superior ou órgão
(civil, militar, leigo ou eclesiástico) que determina o cumprimento de uma resolução. No
sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência dos chefes
dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos).Decreto é a forma de que se
revestem do atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder executivo Presidente da
República, Governador e Prefeito.
vii) Decreto legislativo: é a norma jurídica que vem abaixo das emendas a Constituição,
leis complementares, leis ordinárias e medidas provisórias. Ele é destinado a veicular matéria
de competência do Congresso Nacional prevista basicamente no artigo 49 da CF/88.
viii) Lei Delegada: é um ato normativo elaborado pelo Presidente do Brasil com a
autorização do Congresso Nacional do Brasil, para casos de relevância e urgência, quando a
produção de uma lei ordinária levaria muito tempo para dar uma resposta à situação. O
Presidente solicita a autorização, e o Congresso, julgando adequado o período, fixa os limites
da lei delegada. Depois de criada a lei pelo Presidente, ela é remetida ao Congresso para
avaliação e aprovação.
ix) Decretos Regulamentares: Na verdade não são leis no sentido estrito da palavra,
mas sim atos do Poder Executivo, com a finalidade de prover situações previstas na lei em
sentido técnico, para explicitá-la e dar-lhe execução.
x) Normas Internas: Assim como os decretos regulamentares também não são leis no
sentido estrito da palavra, mas têm por finalidade disciplinar situações específicas,
notadamente na Administração Público. Ex. Despachos, Estatutos, Regimentos internos...
B) JURISPRUDÊNCIA:
matéria. A jurisprudência não vincula o juiz, mas acaba prevalecendo na maioria dos casos,
principalmente, em virtude da tendência que se tem à sua uniformização, o que não implica
dizer, todavia, que o juiz deva tabelar suas decisões, pois ao contrário disso, deve o
magistrado analisar cada caso em concreto para aplicar o direito da forma mais adequada. A
jurisprudência expressa nas sentenças e acórdãos, estabelecendo um entendimento a respeito
da norma a ser subsumida ao caso "sub judice", é assim fonte por meio da qual se manifesta o
Direito, em sua aplicação prática e real. A Constituição e as leis só valem, verdadeiramente,
através desse significado que lhes empresta a jurisprudência. Apesar da Jurisprudência não
ter a mesma força que a lei, não se pode estudar qualquer assunto jurídico, desvinculando-o
das manifestações do Poder Judiciário, especialmente da jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, que no desempenho de sua missão constitucional de árbitro da Federação, guardião
da Constituição e uniformizador da jurisprudência, manifesta- se a respeito dos mais diversos
temas jurídicos.
C) DOUTRINA:
considerar este ou aquele Estado, este ou aquele momento histórico, poderá uma dessas
fontes ser preponderante em relação à outra. Não há negar, contudo, a precedência histórica
do costume, a mais espontânea fonte do Direito e, de certa forma, também a mais normal,
consubstanciada nessas normas de conduta, oriundas dos usos e costumes, em decorrência da
necessidade de regulamentação da convivência humana em sociedade.
B) ANALOGIA
Alguns doutrinadores como, por exemplo, Pablo Stolze Gagliano, admitem que a analogia, os
princípios gerais de direito e a eqüidade, também possa ser considerada fonte, apesar de
constar como meio de integração das lacunas (espaços) da lei. Usar a analogia significa
aplicar ao caso em concreto uma solução já aplicada a um caso semelhante (um caso que
possui mais semelhanças do que divergências).
São postulados que procuram fundamentar todo o sistema jurídico, não tendo
necessariamente uma correspondência positivada equivalente. São ideias jurídicas gerais que
sustentam, dão base ao ordenamento jurídico e não necessariamente precisam estar escritos
para serem válidos.
D) EQUIDADE
4 – Considerações finais
A principal reflexão a ser feita ao final deste trabalho, é a ciência da utilização das fontes do
direito como preenchimento de lacunas para a adequada solução do caso concreto. A análise
da norma à aplicação ao caso concreto gera, para o intérprete, um processo metodológico que
lhe permite encontrar lacunas e, consequentemente, supri-las. Assim, o uso das fontes do
direito constitui a garantia da solução do processo, ainda que a lei seja omissa, evitando a
suspensão por respaldo legal.
Nestes termos, é dada a importância ao estudo das fontes do direito, porque, como exposto no
correr do texto, contribui ao intérprete à solução do processo com o suprimento das lacunas
encontradas a partir da análise e interpretação da norma para o caso concreto.
Por fim, conclui-se que as Fontes do Direito são de suma importância para a aplicação do
direito no caso em concreto, sendo a Lei insuficiente, é possível a busca de outras fontes para
a solução do caso.
5 - Referências
DEL VECCHIO, George. Lições de Filosofia do Direito. Trad. Antonio José Brandão. 4. E.
Coimbra: Arménio Amado, 1972.
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução ao Estudo do Direito. 15. E. São Paulo:
Saraiva. 2003.
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2000.
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa Introdução ao estudo do direito: teoria geral do direito – 3.
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GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. 19. ed. rev., atual. e aum. por Edvaldo Brito e
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KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8.ed. São Paulo: Martins fontes, 2009.
NADER, Paulo, Introdução ao estudo do direito, 24 ed. atual. Rio de Janeiro: Forense, 2004.
GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil. Parte
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REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2003.