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Índice

Introdução..........................................................................................................................2

Conceito Direito Administrativo.......................................................................................3

As fontes do direito administrativo no ordenamento jurídico moçambicano....................4

Lei......................................................................................................................................4

O costume..........................................................................................................................4

A jurisprudência................................................................................................................5

A doutrina..........................................................................................................................5

Os princípios gerais do direito...........................................................................................5

Metodologia.......................................................................................................................7

Conclusão..........................................................................................................................8

Referencia bibliográfica....................................................................................................9
Introdução

O presente trabalho do campo, visa trazer informações, referente as fontes do direito


administrativo no ordenamento jurídico moçambicano.

Diz-se fonte à origem, lugar de onde provém algo. No caso, de onde emanam as regras
do Direito Administrativo. São quatro as principais fontes, lei, jurisprudência,
doutrina e costumes.

Muitos têm sido os critérios propostos para distinguir as duas fontes principais do
Direito. Mas, como o diz o Professor caetano (2010) a diferença resulta apenas do grau
de consciência que os membros da Sociedade tenham acerca da origem da
obrigatoriedade da norma. Lembrar, que os modos de formação das normas jurídicas.
As segundas são os modos de revelação das normas jurídicas. A lei e o costume são
fontes imediatas do Direito; a jurisprudência e a doutrina são fontes mediatas.

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Conceito Direito Administrativo

O Direito Administrativo, Segundo o Mello (2006) , é muito mais do que um conjunto


de normas definidoras dos poderes da Administração. Constitui-se em um sistema
jurídico que, em defesa do cidadão, impõe limites à atuação dos administradores
públicos.

 Direito administrativo é o conjunto de princípios jurídicos que regem a actividade


administrativa, as entidades, os órgãos e os agentes públicos, objectivando o perfeito
atendimento das necessidades da colectividade e dos fins desejados pelo Estado. Ou
seja, o Direito administrativo é um ramo autónomo do direito público interno que se
concentra no estudo da Administração Pública e da actividade de seus integrantes. Tal
disciplina tem por objecto os órgãos, entidades, agentes e actividades públicos, e a sua
meta é a sistematização dos fins desejados pelo Estado, ou seja, o interesse público,
regrado pelo princípio da legalidade.

Carvalho (2011) refere o Direito Administrativo como um conjunto de normas e


princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as
pessoas e órgãos do Estado e entre este e as colectividades a quem devem servir”

No entender do Prof. Dr. Caetano (1999) o Direito Administrativo pode ser definido
como um ramo do direito público constituído pelo sistema de normas jurídicas que
regulam a organização e o funcionamento da Administração Pública, bem como as
relações estabelecidas entre ela e os particulares no exercício da actividade
administrativa de gestão.

Ora, ressalvar que as noções e/ou definições acima apresentadas não são comuns em
todos os países, ou seja, cada país apresenta a sua própria definição.

Em França, Rivero (1981) dá outra definição « é o conjunto de regras jurídicas distintas


do direito privado que regulam a actividade de pessoas públicas». (pag.20).

Em Espanha, Garcia (2019) considera-o como « um direito de natureza estatuária,


enquanto se dirige à regulação das espécies singulares de sujeitos que se agrupam sob
denominação de Administrações Públicas, subtraindo esses sujeitos singulares do direito
comum».(pag.32).

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Com base nas definições é possível perceber que quando se fala em administração
pública, tem-se presente todo um conjunto de necessidades coletivas cuja satisfação é
assumida como tarefa fundamental pela coletividade, através de serviços por esta
organizados e mantidos. Assim, onde quer que exista e se manifeste com intensidade
suficiente uma necessidade coletiva, aí surgirá um serviço público destinado a satisfazê-
la, em nome e no interesse da coletividade.

As fontes do direito administrativo no ordenamento jurídico moçambicano.


As fontes principais do Direito são a lei e o costume, isto é, os modos como as normas
jurídicas se formam são a lei e o costume.

Como fontes do Direito em sentido técnico-jurídico são comummente referidas a lei, o


costume, a jurisprudência e doutrina.

Lei

Fonte primária e principal do Direito Administrativo. Vai desde A Constituição da


Republica, até os demais atos normativos expedidos como, por exemplo, decretos,
resoluções e regimentos. Assim, a lei como fonte do Direito Administrativo é a lei em
seu sentido amplo, ou seja, a lei feita pelo Parlamento e também atos normativos
expedidos pela Administração.

O costume

O Costume é fonte imediata do Direito, embora em alguns ordenamentos jurídicos seja


bastante menos importante do que a lei.

 O costume pode ser entendido como a prática social reiterada acompanhada da


convicção da sua obrigatoriedade.

No costume podem, assim, distinguir-se dois elementos:

 O elemento objectivo, o uso, traduzido na prática repetida de determinada


conduta;
 O elemento subjectivo, que se concretiza na convicção de que aquela conduta é
obrigatória, a opinião júris, necessitais.

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Para a existência de um costume não basta a prática reiterada e até uniforme do certo
comportamento. É também necessário que os membros da Sociedade em causa tenham
a consciência de que deve ser assim, de que aquela prática é obrigatória.

Contrariamente ao que se passa com a lei, verifica-se no costume uma criação


inorgânica das normas jurídicas. Elas vão surgindo fruto de determinados
comportamento genericamente assumido em certa Sociedade, a que se junta a convicção
da sua obrigatoriedade.

Não existe um órgão, de qualquer natureza, incumbido de criar o costume, nem o seu
aparecimento é fruto de um processo mais ou menos normal. Voltando para o elemento
objectivo do costume, sublinho que o uso é a repetição socialmente aceite de uma
conduta.

A jurisprudência

A jurisprudência, enquanto fonte do Direito, é o conjunto das orientações que resultam


da aplicação das normas jurídicas ao caso concreto feita pelos órgãos com competência
para tal, em especial os tribunais. A jurisprudência já é uma fonte mediata do Direito.
Ela não cria regras jurídicas, apenas revela o seu conteúdo. As decisões jurisprudenciais
apenas são vinculativas no âmbito do processo em que se inserem.

A doutrina

A doutrina é outra fonte mediata do Direito. A doutrina precede ao estudo teórico do


Direito, sendo um elemento de fundamental importância na compreensão e revelação
das normas jurídicas. As opiniões emitidas pelos cientistas do Direito não vinculativas.
A sua relevância é tanto maior quanto maior for o mérito reconhecido ao seu autor.
Doutrina – é um conjunto de princípios que servem de base a um sistema jurídico (ou
religioso, político, filosófico, militar, científico, entre outros).

Os princípios gerais do direito

Os princípios gerais do Direito, - classificados como princípios monovalentes segundo


Miguel Real em seu livro “Lições preliminares de Direito” - são enunciações
normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do
ordenamento jurídico em sua aplicação e integração ou mesmo para a elaboração de
novas normas. Os princípios gerais do direito são os alicerces do ordenamento jurídico,
informando o sistema independentemente de estarem positivados em norma legal.
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São exemplos:

 Falar e não provar é o mesmo que não falar;


 Ninguém pode causar dano, e quem o causar terá que indemnizar;
 Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza;
 Ninguém deve ser punido por seus pensamentos;
 Ninguém é obrigado a citar os dispositivos legais nos quais ampara sua
pretensão, pois se presume que o juiz os conheça.

Em outras ciências Princípios são valores que devem nortear as políticas e as acções das
organizações públicas. Fornecem os parâmetros em relação ao que deve ou não deve ser
feito e em relação ao modos de faze. Os valores são o reflexo das expectativas culturais
de um grupo ou da Sociedade sobre como os seus membros devem comportar-se.
Representam factores impulsionadores, bem como um referencial abstracto de natureza
moral da conduta humana.

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Metodologia

Para a este trabalho foi usada o método de pesquisa bibliográfica que é uma das mais
comuns entre os estudantes, sendo obrigatória em todos os trabalhos científicos. Com
ela, é feito uma coleta de dados a partir de artigos, livros e revistas científicas para
utilizar como citações.

Para Lima e Mioto (2007), “a pesquisa bibliográfica implica em um conjunto ordenado


de procedimentos de busca por soluções, atento ao objeto de estudo, e que, por isso, não
pode ser aleatório”.

Portanto, esse é um dos métodos de pesquisa que serve como embasamento para todos
os assuntos pesquisados, analisando variáveis que um problema pode ter, comparando
as opiniões e teses de diferentes autores que falem sobre o mesmo assunto. Depois
disso, o aluno faz as suas análises e conclusões sobre o tema.

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Conclusão

Depôs de tantas pesquisas feitas, livros e manual da UCM visto para a elaboração deste
trabalho. Seria impossível falar das fontes de direito administrativo, sem falar do
manual de direitos administrativos da autoria do Fernando Gil Noé. A sua contribuição
foi fundamental para que saibamos a respeito dos direitos administrativos e as suas
respetivas fontes.

Nesta perspetiva faz-me perceber que para haver Direito Administrativo, é necessário
que se verifiquem duas condições:

1. Que a Administração Pública e a actividade administrativa sejam regulados por


normas jurídicas propriamente ditas, isto é, por normas de carácter obrigatório;
2. Que essas normas jurídicas sejam distintas daquelas que regulam as relações
privadas dos cidadãos entre si.

Existem duas principais fontes de direitos administrativos no manual, que são a Lei e o
Custume. Mais também, existem outras fontes de Direitos. Lembrar que alguns autores
incluem, nesse conjunto, os Princípios Gerais do Direito como fonte. Entretanto, estas
quatro fontes do Direito não apresentam igual natureza e importância. Importa distinguir
as fontes imediatas do Direito, ou fontes júris estendi, das fontes mediatas do Direito, ou
fontes júris cognoscendi.

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Referencia bibliográfica

CAETANO, Marcelo. (1991). Manual de Direito Administrativo.(10 ed).Coimbra.


Portugal.

CAETANO, M. (1996). Princípios fundamentais do direito administrativo. (1ª ed).


Coimbra. Portugal, Livraria Almedina.

FILHO, C.(2011). Manual de Direito Administrativo. (24. Ed). Rio de Janeiro. Brasil.

Garcia, W.(2019). Manual copleto do direito administrativo.(4.ed). Rio de Janeiro.


Brasil.

MELLO, C.(2006). Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros.

RIVERO, J. (1981). Direito Administrativo. Coimbra. Portugal. Livraria Almedina.

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