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FACULDADE DE DIREITO
PARTIDOS POLITICOS
DISCENTES:
DOCENTE:
Introdução
No presente trabalho de investigação, pretendemos falar dos partidos políticos em Moçambique,
seu surgimento características, origem. Vamos ainda citar alguns partidos políticos que existem
em solo Moçambicano.
Moçambique caracteriza-se no sistema de governo presidencialista, o sistema em que o Chefe de
estado é um órgão decisivo, que exerce poderes importantes, e em que o execute não responde
politicamente perante o Parlamento, pelo menos no que respeita á possibilidade de o parlamento
demitir o Governo.
A democracia é o governo do povo. Implica, que a legitimação do poder político, em palavras
mais simples: o governo, deve sair do próprio povo. O número dos habitantes em Moçambique
não permite que todos possam estar presentes numa reunião. Por isso, os cidadãos elegem
representantes com a tarefa de exprimir a vontade do povo e, deste modo, governar o país. A
Constituição da República prevê que a população elege deputados para a Assembleia da
República, que são representantes do povo. Para a escolha dos representantes, arts. 73º e 135º da
Constituição da República exige eleições transparentes, livres e justas, onde todos os cidadãos
maiores de 18 anos têm o direitode participar (arts. 147 n.º 1 e 170º n.º 1 da Constituição da
República de Moçambique).
Partidos Políticos
São partidos políticos as organizações de cidadãos constituídas com objectivo fundamental de
participar democraticamente na vida política do país. Partidos políticos têm a finalidade de
concorrer de acordo com a Constituição da República e as leis, para a formação e expressão da
vontade política dos cidadãos. Partidos políticos intervêm, nomeadamente, no processo eleitoral,
mediante apresentação ou patrocínio de candidatura (art. 1º da Lei n.º 7/91 de 23 de Janeiro).
A entrada em um partido político não é obrigatória. É sempre voluntária e provém da liberdade
dos cidadãos se associarem em torno dos mesmos ideais políticos. Cada pessoa pode entrar
apenas num partido, podendo mudar de partido se quiser a qualquer momento. Basta a pessoa
não estar contente com a política do partido filiado, isto é, se, por exemplo, o nosso partido não
cumpriu com as promessas eleitorais. Concorrem para as eleições todos os partidos políticos,
isoladamente ou em coligação com outros partidos.
Dessas eleições surgem deputados que vão representar a vontade do povo na Assembleia da
República. Os partidos políticos expressam o pluralismo político, concorrem para a formação e
manifestação da vontade popular e são um instrumento fundamental para a participação
democrática dos cidadãos na governação do país (art. 74º n.º 1 da Constituição da República de
Moçambique).
Instituições políticas
Moçambique é um país de sistema político presidencialista, sendo o poder político dividido entre
os poderes executivo e legislativo. No tocante ao poder executivo, o Presidente da República
exerce os cargos de chefe de Estado e chefe de Governo (Constituição, arts. 146, no.s1-3 e 201,
no.1). Como chefe de Estado, ele preside o Conselho de Estado e é por este assessorado. Como
chefe de Governo, o Presidente da República preside ex oficio o Conselho de Ministros, que é,
nos termos da Constituição, responsável por governar Moçambique (art. 200). O poder
legislativo é representado pelos deputados eleitos e reunidos na Assembleia da República;
porém, como se discutirá mais adiante, o poder de legislar tem sido amplamente partilhado entre
os dois poderes.
Ao abrigo da Constituição vigente, o Presidente da República e os parlamentares que compõe a
Assembleia da República são eleitos simultaneamente (eleições gerais) por sufrágio universal,
directo, igual, secreto, pessoal e periódico (arts. 135, 147 e 170), para um mandato de cinco anos
(arts. 147, 171 e 184). A eleição para Presidente da República é maioritária art. 148), ao passo
que as eleições parlamentares são proporcionais.
No exercício de suas funções como chefe de Governo, o Presidente da República pode nomear,
exonerar ou demitir os integrantes do seu governo (ministros e primeiro-ministro) ad nutum
(Constituição, art. 160, no. 1, alínea b, no. 2, alínea a). A própria Assembleia da República pode
ser dissolvida pelo Presidente da República se aquela rejeitar o programa do Governo
(Constituição, art. 188).13 Enquanto chefe de Estado, os poderes presidenciais incluem, para
além dos já acima referidos: a) nomear, exonerar e demitir os altos comandos das Forças de
Defesa e Segurança, b) decidir pela realização de referendos, c) convocar eleições, d) nomear os
Presidentes do Conselho Constitucional, do Tribunal Supremo e do Tribunal Administrativo, o
Procurador-geral da República, os Reitores das Universidades Públicas, o Governador e Vice-
Governador do Banco Central, e) declarar a guerra, o estado de sítio e de emergência, f) celebrar
tratados de guerra e paz, celebrar tratados internacionais e usar o poder de veto sobre leis
aprovadas pela Assembleia da República (Constituição, arts. 159 a 163).
A arquitectura constitucional faz do Presidente da República a figura central da vida política
nacional. O Conselho de Ministros tem sua composição definida pelo Presidente da República, o
qual escolhe o Primeiro-ministro e os Ministros (Constituição, art. 201, no.1).
A função do Conselho de Ministros é assegurar a administração do país, garantir a integridade
territorial, velar pela ordem pública e pela segurança e estabilidade dos cidadãos, promover o
desenvolvimento económico, implementar a acção social do Estado, desenvolver e consolidar a
legalidade e realizar a política externa do país (Constituição, art. 203). Embora a figura do
Primeiro-ministro esteja constitucionalizada, este não têm nenhuma autonomia funcional e de
poder, aparecendo somente como auxiliar e conselheiro do Presidente da República na direcção
do Governo (Constituição, art. 205, no. 1).
A Assembleia da República é definida pela Constituição como sendo representativa de todos os
cidadãos e, nesta medida, cada um dos seus membros (deputados) representa todos os
moçambicanos, e não apenas o círculo eleitoral pelo qual foi eleito (Constituição, art. 168). A
Assembleia da República constitui-se no mais alto órgão legislativo do país, determinando as
normas que regem o funcionamento do Estado e a vida económica e social através de leis e
deliberações de carácter geral (Constituição, art. 169, no.s 1 e 2). Composta por 250 deputados.
O Estado existe para facilitar a vida dos cidadãos que vivem dentro dele. Para executar avontade
do povo dentro da democracia em Moçambique, o Estado precisa de órgãos, que trabalham
para ele e implementam aquilo que o povo através dos seus representantes decidiu.
Assim como o nosso corpo humano tem órgãos para lhe servir, o Estado tem órgãos para
interagir com terceiros, para actuar para fora. Portanto, são os órgãos, que vão aos encontros e
reuniões, escrevem e respondem cartas etc. Mas sempre em coordenação com o "corpo", neste
caso o povo moçambicano, porque os órgãos só têm a sua legitimidade da sua existência para
facilitar as actividades do Estado, que têm como elemento mais importante o povo. Assim, os
órgãos não podem ultrapassar os limites da autorização deles.