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Instituto de Educação Política - Politize!

Programa da Escola da Cidadania Ativa

A Politize! - Instituto de Educação Política é uma


organização sem fins lucrativos que tem como missão formar
uma geração de cidadãos conscientes e comprometidos com a
democracia. Através do Programa Escola da Cidadania Ativa,
levamos conhecimento sobre cidadania, democracia e liderança
para os estudantes do Ensino Fundamental e Médio brasileiro.
Atuamos através de apoio às secretarias estaduais de educação
no desenvolvimento de trilhas de aprendizagem, componentes
curriculares eletivos e formação de professores. Acesse nosso
<https://www.politize.com.br/educacao-basica> para mais
informações.

Diretor Geral
Gabriel Marmentini - Politize!

Gestora do Programa Escola da Cidadania Ativa


Kamila Nunes da Silva - Politize!

Autores da Eletiva
Adonias Calebe de Moraes
Bianca Ferreira Mesquita dos Santos

Revisores
Paula Samogin Campioni
Beatriz Souza Ramos dos Santos
Kamila Nunes da Silva
Lahís Cristina da Silva Belizário
Fernanda Asseff Menin

Data: Julho de 2022 - 4ª Edição.

CC BY-NC-SA
Os conteúdos originais deste caderno podem ser reproduzidos
total ou parcialmente para fins não comerciais, atribuindo o
devido crédito à Politize! - Instituto de Educação Política.
Plano da Eletiva “Entre o Direito e a Justiça”
Ementa

Título da Eletiva
Entre o Direito e a Justiça
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Carga horária semanal
2 horas/aula
Carga horária total
30 horas/aula
Etapa de ensino
Ensino Médio
Nome completo dos(as) autores(as)
Adonias Calebe de Moraes
Bianca Ferreira Mesquita dos Santos
Descrição da Ementa
A Eletiva tem como finalidade propor reflexões sobre a relação entre o Direito e a Justiça, a partir de
análises teóricas e práticas acerca dos conceitos de moral, ética, leis e do que é ou não justo,
incentivando os(as) estudantes a exercerem a empatia e desenvolverem processos de autocrítica a
respeito das próprias ações e como elas reverberam na coletividade, para que possam participar da vida
em sociedade de uma forma mais consciente e crítica. A Eletiva possibilita a investigação sobre a
relação de fatores externos com as tomadas de decisão e estruturação dos espaços de poder, visando
compreender a organização social como fator que permeia as decisões e os processos de formação de
opinião e julgamento. Ainda, promove habilidades e comportamentos essenciais para a compreensão e
convivência nos espaços sociais, em especial a necessidade de aprender a dialogar no espaço público e
a importância de construir argumentos fundamentados para a defesa de suas posições com autonomia.
Descrição sintética da Eletiva
“Certo ou errado? Justo ou injusto? Legal ou ilegal?” Todos esses questionamentos nos
acompanham e atravessam nossas reflexões sobre o nosso lugar no mundo. Esta Eletiva tem a
finalidade de analisar como as ideias de Justiça e de Direito se relacionam na sociedade e moldam a
nossa maneira de agir e viver. A sociedade está em constante desenvolvimento e é essencial que
estejamos preparados para refletir sobre as mudanças em curso. A partir de estudos de casos que
marcaram momentos importantes do Brasil e do mundo, escândalos de corrupção e impasses morais e
éticos, busca-se construir um repertório de conhecimentos que prepare o(a) estudante a tomar ações
individuais e coletivas de maneira crítica, consciente e participativa. Questionar as estruturas de poder e
compreender a formação do Estado é essencial para o(a) estudante se apropriar da sua condição de
cidadão e, assim, pensar em estratégias para transformar o contexto em que está inserido.
Tema
Direito e Justiça.

Módulos Temáticos
● Módulo 1 - Moral, ética, leis e justiça: Este módulo tem a finalidade de analisar os conceitos de
moral, ética, justiça e lei, visando compreender como eles se manifestam na prática, influenciam
e moldam muitas das decisões do convívio social. Desse modo, busca demonstrar a relação
entre esses quatro elementos desde o conceito até a forma que interagem entre si.

● Módulo 2 - Concepções do direito: Este módulo tem como objetivo o estudo do conceito de
Direito, a partir de correntes clássicas como o jusnaturalismo e juspositivismo. Ainda, busca-se
promover diálogos com os(as) estudantes para que compreendam a aplicabilidade de diferentes
perspectivas de direito e justiça em modelos distintos de sociedade enquanto contratos sociais.

● Módulo 3 - Conquista dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade: Este módulo
tem a finalidade de promover estudos sobre avanços e conquistas de direitos para grupos
minoritários, bem como propor diálogos e reflexões acerca da compreensão da justiça social e
sua aplicabilidade, a partir das distinções entre igualdade e equidade. Além disso, apresenta
como os marcadores sociais de diferença se manifestam na sociedade, em um contraste ao
perfil homogêneo nos espaços de poder ante a pluralidade existente na sociedade. Dessa forma,
objetiva-se que os(as) estudantes associem a importância de políticas de inclusão e diversidade
para representação de distintos grupos sociais.

● Módulo 4 - Discussão crítica do "Jeitinho brasileiro", cultura de conformidade ou não às leis:


Este módulo propõe a realização de debates acerca da noção de “jeitinho brasileiro” - tanto do
viés negativo, quanto positivo, sua origem, como ele se manifesta no cotidiano, através das
pequenas corrupções do dia a dia e como isso reflete na sociedade e na descredibilidade dos
governantes. Ainda, no decorrer das aulas, pauta-se a importância da democracia no combate à
corrupção e a valorização da participação popular na fiscalização do campo público e político.

● Módulo 5 - Direito administrativo (Princípios da administração pública e corrupção): Este


módulo visa instrumentalizar o(a) estudante para compreender a relação entre os princípios da
administração pública, previstos no artigo 37 da Constituição, com os principais casos de
corrupção noticiados nos meios de comunicação, bem como viabilizar reflexões sobre os
impactos na sociedade.

● Culminância: Como resultado final deste módulo, os(as) estudantes produzirão, em grupos, um
podcast, com cinco episódios que tratem de cada um dos subtemas estudados ao longo do
módulo, de modo que cada grupo fique responsável por um subtema. Para apoiar a produção
final do podcast, em cada aula será feita a proposta final de registro dos principais aprendizados
obtidos. Além disso, para divulgação do projeto com toda a comunidade escolar, sugere-se que
seja feito um evento de lançamento, em que os(as) estudantes terão oportunidade de
compartilhar os seus aprendizados e conversar com outras pessoas sobre os assuntos tratados
no podcast. Por fim, caso não seja possível a produção do podcast, sugere-se que se organize um
Feirão de Conhecimento, em que os(as) estudantes exponham os conhecimentos obtidos
durante as aulas e realizem debates sobre as reflexões realizadas durante o semestre - os
debates poderão ser feitos com a participação da comunidade escolar.
Objetivo geral
Relacionar conceitos de direito, justiça e suas formas de manifestação com os princípios da
administração pública, o “jeitinho brasileiro” e casos de corrupção.
Objetivos específicos
● Discutir como as nossas ações estão interligadas com os conceitos de moral, ética e justiça;
● Interpretar as formas de manifestação do Direito e da Justiça em contextos distintos;
● Articular os conceitos de democracia, liberdade de expressão, engajamento e participação
coletiva para construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos e todas;
● Apreciar de maneira crítica as informações e notícias apresentadas pela mídia, através de uma
visão ampla e sistêmica das camadas sociais;
● Valorizar o autoconhecimento e autocrítica através de conversas sobre ações e atitudes
individuais e coletivas do cotidiano.
Eixos Estruturantes dos Itinerários Formativos
A Eletiva está estruturada, sobretudo, no eixo de Investigação Científica. Além disso, contempla
determinadas habilidades dos eixos Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Habilidades dos Eixos Estruturantes dos Itinerários Formativos
Investigação científica:
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade,
atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para
criar ou propor soluções para problemas diversos.
(EMIFLGG01) Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de
enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um
ou mais campos de atuação social e considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido
de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um
ou mais campos de atuação social e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação
científica.
(EMIFLGG03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória,
de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre português brasileiro, língua(s) e/ ou
linguagem(ns) específicas, visando fundamentar reflexões e hipóteses sobre a organização, o
funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas
e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre
outras), identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o
cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o
uso de diferentes mídias.
(EMIFCHS01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza
histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
(EMIFCHS02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social,
econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens
adequados à investigação científica.
(EMIFCHS03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória,
de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza
histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o
cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o
uso de diferentes mídias.

Processos criativos:
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias
e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os
interlocutores pretendidos.
(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou
cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.

Mediação e Intervenção Sociocultural:


(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Objetos do Conhecimento (por unidade letiva)
● Moral, ética, leis e justiça:
● Concepções do direito;
● Conquista dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade;
● Discussão crítica do "Jeitinho brasileiro", cultura de conformidade ou não às leis;
● Direito administrativo (Princípios da administração pública e corrupção)
Metodologia
A Eletiva está pautada no uso de metodologias ativas que objetivam estimular nos(as) estudantes
um maior engajamento e participação nas aulas, visando desenvolver as habilidades necessárias para o
convívio em sociedade e exercício da cidadania. Assim, a Eletiva adota, além de metodologias que
trabalhem o lado reflexivo e crítico dos(as) estudantes, práticas ligadas ao mundo jovem, como jogos,
dinâmicas, desafios, quizzes e estudos de casos instigantes, a fim de desenvolver a capacidade de
identificação e resolução de situações problema de maneira colaborativa. Além disso, busca-se realizar
debates e rodas de conversa com o intuito de desenvolver a argumentação e capacidade de defender os
seus pontos de vista de maneira devidamente embasada, priorizando o trabalho em grupo e respeito às
opiniões diversas.
Produtos
O produto será um podcast, com 5 episódios, ou cartilhas, que tragam informações e reflexões a
respeito dos assuntos abordados em cada um dos subtemas do módulo. O produto será divulgado
através de evento de lançamento, em que cada um dos grupos se posicionem em zonas temáticas e
façam apresentação aos visitantes sobre os assuntos que abordaram em seu podcast ou cartilha, ou
outras formas de divulgação a critério d(a) Professor e dos(as) estudantes, garantindo a divulgação do
projeto para toda comunidade escolar e a troca de ideias entre os(as) estudantes e os(as) visitantes.
Processos avaliativos
As avaliações serão essencialmente processuais, não excluindo a possibilidade de fazer avaliações
diagnósticas na apresentação dos temas, por meio de técnicas de brainstorming e diálogos, a fim de
sondar os conhecimentos prévios dos(as) estudantes. A avaliação final da Eletiva observará a aplicação
dos conhecimentos adquiridos no decorrer das aulas e a capacidade de dialogar os conceitos
estudados com a realidade na qual o(a) estudante está inserido. Será avaliada a capacidade de trabalhar
colaborativamente e atender ao que for proposto em sala de aula.
Referências bibliográficas
Metodologia:

BACICH, Lilian; MORAN, José (orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem teórico-prática [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018. e-PUB;

BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISANI, Fernando de Mello (org.). Ensino Híbrido: personalização
e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015;

CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o
aprendizado ativo [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018. e-PUB;

LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2ª ed. Porto Alegre:
Penso, 2018.

COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto Alegre: Penso,
2017.

Moral, ética, leis e justiça:

FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, dominação, 4ª ed.,
São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 7; p. 356-358.

REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.

SANDEL, Michael J. Justiça: o que é fazer a coisa certa? [trad. de Heloísa Matias e Maria Alice Máximo].
6ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

Concepções do Direito:

NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. Cap. 37, 38 e 39; p.
373 - 389.

POLITIZE!. Direitos humanos: conheça as três gerações! 2017. Disponível em:


https://www.politize.com.br/tres-geracoes-dos-direitos-humanos/. Acesso em: 25 out. 2020.

Conquistas dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade:


AZEVEDO, Mário Luiz Neves de. Igualdade e equidade: qual é a medida da justiça social?. Avaliação
(Campinas), Sorocaba. V. 18, n. 1, p. 129-150, Mar. 2013. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-40772013000100008&lng=en&nrm=iso>.
acesso em 25 Oct. 2020.

POLITIZE!. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam? 2020. Disponível em:
https://www.politize.com.br/igualdade-equidade-e-justica-social/. Acesso em: 25 out. 2020.

Discussão crítica do “Jeitinho brasileiro”, cultura de conformidade ou não às leis:

BARROSO, Luís Roberto. Ética e jeitinho brasileiro: por que a gente é assim? Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/dl/palestra-barroso-jeitinho-brasileiro.pdf>. Acesso em 25 de outubro de
2020.

CONVERSA SOBRE POLÍTICA: Jeitinho Brasileiro. Entrevistadora: Verônica Lima. Entrevistado: Paulo
Vinicius Quintela. Rádio Câmara. Podcast. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/radio/programas/396170-jeitinho-brasileiro?pagina=16. Acesso em: 25 out.
2020.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.

POLITIZE!. Jeitinho brasileiro: da criatividade a corrupção. 2017. Disponível em:


https://www.politize.com.br/jeitinho-brasileiro/. Acesso em: 25 out. 2020.

Direito administrativo (Princípios da administração pública e corrupção)

POLITIZE!. Leis contra corrupção não faltam. Veja 10 exemplos. 2016. Disponível em:
https://www.politize.com.br/leis-contra-corrupcao-10-exemplos/. Acesso em: 25 out. 2020.

POLITIZE!. Conheça os 5 princípios da Administração Pública! 2017. Disponível em:


https://www.politize.com.br/principios-administracao-publica/. Acesso em: 25 out. 2020.

INTERNATIONAL MONETARY FUND. O combate à corrupção no governo. Disponível em:


https://www.imf.org/pt/News/Articles/2019/04/04/blog-fm-ch2-tackling-corruption-in-government.
Acesso em: 25 out. 2020.

CORTEZ, Luís Francisco Aguilar. O combate à corrupção e o Direito Administrativo. Cadernos Jurídicos -
Escola Paulista da Magistratura, São Paulo, v. 1, n. 47, p. 165-174, jan. 2019. Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_
produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/Cad-Juridicos_n.47.pdf. Acesso em: 25 out. 2020.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 32. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Combate à Corrupção. Disponível em:


http://combateacorrupcao.mpf.mp.br/. Acesso em: 25 out. 2020.
Introdução da Eletiva “Entre o Direito e a Justiça”

Prezado(a) Professor(a),

Esta Eletiva foi construída com a finalidade de propor reflexões sobre como as ideias de Justiça e
de Direito se relacionam na sociedade e moldam a nossa maneira de agir e viver, com a construção de
um repertório basilar e necessário para a compreensão dos fenômenos das esferas políticas, sociais e
jurídicas. Espera-se que os(as) estudantes desenvolvam, ao longo dos módulos, uma visão crítica e
sistêmica de toda estrutura que atravessa a convivência coletiva.

A Eletiva foi estruturada com carga horária total de 30 horas/aula, na área de conhecimento de
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a partir de cinco grandes subtemas, de modo que cada um deles
tenha como foco um aspecto específico da relação entre o Direito e a Justiça, o que culminará na
produção de um podcast ou de cartilhas pelos(as) estudantes, a serem apresentados à comunidade
escolar em um evento final de lançamento ou na culminância da eletiva.

No primeiro desses subtópicos, aborda-se os conceitos de moral, ética, justiça e lei, visando
compreender como eles se manifestam na prática, influenciam e moldam muitas das decisões do
convívio social. Desse modo, busca-se demonstrar a relação entre esses quatro elementos, desde o
conceito até a forma que interagem entre si.

Em sequência, o segundo subtópico tem a finalidade de analisar o conceito de Direito, a partir de


correntes clássicas como o jusnaturalismo e juspositivismo. Ainda, promove diálogos com os(as)
estudantes para que compreendam a aplicabilidade de diferentes perspectivas de direito e justiça em
modelos distintos de sociedade enquanto contratos sociais.

O terceiro subtópico tem como objetivo o estudo dos avanços e conquistas de direitos para
grupos minoritários, bem como propor diálogos e reflexões acerca da compreensão de justiça social e
sua aplicabilidade, a partir das distinções entre igualdade e equidade. Além disso, apresenta como os
marcadores sociais de diferença se manifestam na sociedade, em um contraste ao perfil homogêneo
nos espaços de poder ante a pluralidade existente na sociedade. Dessa forma, objetiva-se que os(as)
estudantes associem a importância de políticas de inclusão e diversidade para representação de
distintos grupos sociais.

Por sua vez, o quarto subtópico propõe a realização de debates acerca da noção de “jeitinho
brasileiro”, tanto do viés negativo, quanto positivo, sua origem, como ele se manifesta no cotidiano,
através das pequenas corrupções do dia a dia, e como isso reflete na sociedade e na descredibilidade
dos governantes. Ainda, no decorrer das aulas, pauta-se a importância da democracia no combate à
corrupção e a valorização da participação popular na fiscalização do campo público e político.

Por fim, o último subtópico visa instrumentalizar o(a) estudante para compreender a relação
entre os princípios da administração pública, previstos no artigo 37 da Constituição Federal, com os
principais casos de corrupção noticiados nos meios de comunicação, bem como viabilizar reflexões
sobre os impactos na sociedade.

Ao final de cada aula do módulo, será proposta uma atividade para sintetizar os aprendizados
adquiridos em sala e apoiar a construção da culminância - o podcast ou a cartilha. Após o estudo de
cada um dos tópicos elencados acima, será destinado um tempo para conduzir os(as) estudantes nessa
construção e organizar a divulgação do produto final.

Cumpre destacar que a Eletiva está estruturada, sobretudo, no eixo de Investigação Científica,
contemplando determinadas habilidades dos eixos de Processos Criativos e Mediação e Intervenção
Sociocultural. Ainda, adota metodologias ativas que trabalham o lado reflexivo e crítico dos(as)
estudantes, trazendo propostas como jogos, dinâmicas, desafios, quizzes e estudos de casos
instigantes, a fim de desenvolver a capacidade de identificação e resolução de situações problema de
maneira colaborativa. Além disso, propõe a realização de debates e rodas de conversa com o intuito de
desenvolver a argumentação e capacidade de defender os seus pontos de vista de maneira devidamente
embasada, priorizando o trabalho em grupo e respeito às opiniões diversas.

Toda a construção metodológica da presente Eletiva objetiva estimular nos(as) estudantes um


maior engajamento e participação nas aulas, visando o alcance de habilidades necessárias para o
convívio em sociedade e exercício da cidadania. Assim, espera-se proporcionar o enriquecimento do
repertório cultural e desenvolvimento da capacidade de comunicação, acesso e produção de
informações e conhecimentos, com respeito e tolerância, de modo que sejam capazes de estruturar
estratégias para transformar o contexto em que estão inseridos.

Em linhas gerais, a proposta é desenvolver protagonismo, liderança, trabalho colaborativo e


pensamento crítico e criativo, propiciando maneiras de articulação dos conceitos de democracia, justiça,
engajamento e participação coletiva para construção de uma sociedade mais solidária e igualitária para
todos e todas.

Ao final, este caderno da Eletiva apresenta orientações didáticas para o ensino remoto, munindo
o(a) Professor(a) de dicas e ferramentas para incorporar às aulas. Depois, segue-se com 6 aulas
adaptadas para o ensino remoto (extraídas das 15 totais do caderno presencial). O objetivo foi
selecionar aulas que desenvolvessem a espinha dorsal cognitiva da Eletiva, partindo do pressuposto de
que as aulas de forma remota, geralmente, têm menos tempo para serem aplicadas. Portanto,
acredita-se que as 6 aulas adaptadas conseguem manter a proposta pedagógica da jornada da Eletiva e
cumprir adequadamente com seu objetivo geral.
Sumário Aulas Presenciais

Módulo 01: Moral, ética, leis e justiça

● Aula 01 - Tema: Moral e ética.


● Aula 02 - Tema: Leis e Justiça.

Módulo 02: Concepções do Direito

● Aula 03 - Tema: Sociedade, Estado e Direito em perspectiva.


● Aula 04 - Tema: Justiça e Direito em perspectiva.

Módulo 03: Conquista de direitos e a ideia de justiça e equidade

● Aula 05 - Tema: Processos de conquista de direitos e garantias.


● Aula 06 - Tema: Diferença entre Igualdade e Equidade.
● Aula 07 - Tema: Hegemonia nos espaços de tomada de decisão.

Módulo 04: “Jeitinho brasileiro” e cultura de conformidade ou não às leis

● Aula 08 - Tema: Diferentes formas de corrupção.


● Aula 09 - Tema: Sociedade, Estado e Corrupção.

Módulo 05: Princípios da administração pública e corrupção

● Aula 10 - Tema: Finalidade do Direito Administrativo.


● Aula 11 - Tema: Princípios da administração pública.
● Aula 12 - Tema: Corrupção e princípios da administração pública.

Culminância:

● Aula 13: Estrutura composicional do podcast ou da cartilha e roteiro.


● Estrutura composicional do podcast ou da cartilha e roteiro
● Aula 14: Elaboração do podcast ou da cartilha.
● Aula 15: Divulgação e encerramento.

Sumário de Aulas Remotas

Módulo 01: Moral, ética, leis e justiça


● Aula 01 - Tema: Moral e ética.
● Aula 02 - Tema: Leis e Justiça.

Módulo 02: Concepções do Direito

● Aula 03 - Tema: Justiça e Direito em perspectiva.

Módulo 03: Conquista de direitos e a ideia de justiça e equidade

● Aula 04 - Tema: Hegemonia nos espaços de tomada de decisão

Módulo 04: “Jeitinho brasileiro” e cultura de conformidade ou não às leis

● Aula 05 - Tema: Diferentes formas de corrupção

Culminância:

● Aula 06 - Estrutura composicional do podcast ou da cartilha e roteiro. Estrutura composicional do


podcast ou da cartilha e roteiro
Planos de Aula Presenciais

Aula 1
Tema Moral e ética
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHS01; EMIFCHS02; EMIFCG07.
Objetivos
● Identificar, de uma forma geral, o conceito de moral e de ética.
● Reconhecer formas de manifestação dos conceitos de moral e de ética no cotidiano.
● Listar presunções a respeito das concepções de direitos, justiça e corrupção.
Perguntas Essenciais
● É possível viver harmonicamente em sociedade sem ajustar regras para a convivência?
● O ajuste de regras e costumes é suficiente para que haja convivência harmônica entre as
pessoas?
● Como definir quem será responsável pelos ajustes de regras e costumes?
● De que forma a ética e a moral influenciam as nossas tomadas de decisão (individuais e
coletivas)?
Compreensões Duradouras
● O julgamento a respeito de determinadas posturas pode variar de acordo com as circunstâncias
envolvidas ou a perspectiva de quem faz o julgamento.
● A ética diz respeito a um conjunto de valores e princípios, que norteiam o comportamento
humano, e que, portanto, está ligada à noção de certo e errado, justo ou injusto.
● A moral tem fundamento nos costumes e hábitos de uma sociedade e refletem a construção
social a respeito das ações e condutas que se considera adequada ou não.
● O sujeito ético é aquele que vive em plena consonância com sua cultura, com seus objetivos e
com os outros.
● A moral é construída a partir da coletividade e que todos(as) devem procurar agir de acordo com
essa moral e de forma ética, para que possam ter uma convivência equilibrada.
● Tanto a ética quanto a moral são responsáveis por guiar a conduta do ser humano e apoiam a
convivência em sociedade.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa; pincel/giz; materiais impressos; caderno, caneta, lápis, borracha e, caso seja possível e
preferível, projetor multimídia (para compartilhar textos com estudantes.)

Passo a passo:

1) Introdução: (20 min.)


Como se trata da aula introdutória do módulo, dedique o momento inicial da aula à uma breve
explanação sobre o que será trabalhado nesta disciplina “Entre o Direito e a Justiça”, destacando que:
Esta Eletiva tem como proposta promover reflexões sobre a relação entre o Direito e a
Justiça. Vamos refletir sobre os conceitos de moral, ética, leis e do que é ou não justo e
pensar, de forma mais aprofundada, sobre o exercício da empatia, repensar as nossas
próprias ações e sobre como elas reverberam na coletividade. Em resumo, vamos
refletir sobre a vida em sociedade, adquirindo consciência e criticidade a respeito das
questões que enfrentamos.

Nesse momento, é importante que fique claro para os(as) estudantes quais são os objetivos
principais da Eletiva, bem como a relevância dos temas que serão trabalhados, destacando-se que a
proposta é a de que eles(as) terminem o módulo com entendimento acerca de algumas concepções do
direito que os(as) apoiem a atuar no mundo de maneira mais consciente e crítica.
Conte à turma sobre a proposta para a culminância, prevista para ser implementada até o final do
módulo, em que serão produzidos podcasts ou cartilhas, com a exposição dos aprendizados obtidos ao
longo da Eletiva. Sugira também que seja feito um evento de lançamento do podcast ou da cartilha, para
divulgação para a comunidade escolar e realização de trocas de informações, conversas, com os(as)
visitantes.
Explique, então, que o gênero podcast é um texto oral, publicado virtualmente, em plataformas
digitais e funciona como se fosse uma espécie de programa em áudio, organizado em diversos
episódios, podendo abordar diversos assuntos e atingir públicos bastante variados. Conte que existem
várias plataformas de compartilhamento de podcasts - são os chamados agregadores de podcasts,
sendo que alguns são gratuitos, alguns são pagos e alguns oferecem uma versão gratuita e outra versão
paga. São exemplos: Spotify; Deezer; Castbox; SoundCloud; Google Podcasts; Spreaker.
Podcast é um gênero midiático que pode ser produzido com certa facilidade, já que não exige,
necessariamente, autorização prévia ou pagamento de licenças, além de depender de poucos recursos
tecnológicos para fazer a gravação do áudio - um celular, por exemplo, pode ser suficiente.
Esclareça que os podcasts podem conter entrevistas, podem ser feitos por uma pessoa só,
trazendo reflexões, podem ter o formato de contação de histórias, ou mesmo ser um bate-papo entre
algumas pessoas.
Avise aos(às) estudantes que ao longo da Eletiva irão ouvir alguns podcasts e outros serão
sugeridos, para que eles se familiarizem com o gênero. Para exemplificar sugira que, caso seja possível,
eles(as) ouçam o episódio “Voto nulo pode anular uma eleição. Mito ou verdade?”, do podcast “Educação
Política - de Politize!”, disponível nas plataformas Spotify e Spreaker e pesquisem outros exemplos de
podcasts que tratem de assuntos que são do interesse deles.
Caso a turma opte pela produção de cartilha, seja em razão da disponibilidade de recursos
tecnológicos, seja em razão da preferência, esclareça que a cartilha é um texto escrito, impresso e
distribuído para as pessoas com a finalidade de informá-las ou de conscientizá-las acerca de algum
assunto. As cartilhas também podem ser digitais e compartilhadas no meio virtual.
Para exemplificar e tornar a explanação mais clara, mostre aos(às) estudantes parte da cartilha
(até a página 04) disponibilizada pela SaferNet, sobre segurança digital (Anexo I). Explique que se trata
de uma cartilha elaborada para informar as pessoas sobre os riscos que envolvem o uso da internet e
medidas que podem ser tomadas para que esse uso seja feito de forma mais segura. Enquanto explica,
disponibilize a cartilha a um(a) estudante e peça que passe para o(a) colega que está ao seu lado, de
modo que a cartilha seja visualizada por toda a turma.

2) Atividade diagnóstica: (10 min.)


Apresente aos(às) estudantes a proposta de atividade em que deverão preencher um roteiro de
perguntas (Anexo II) relativas aos assuntos que serão vistos ao longo do módulo. Ressalte que as
questões devem ser respondidas de acordo com as convicções que possuem, naquele momento, sem se
preocuparem com o certo ou errado. Por fim, esclareça que, nos últimos dias de aula deste módulo, a
atividade será devolvida a eles(as), para que analisem as respostas que deram e avaliem se passaram
por mudanças de compreensões, ao longo do percurso.

3) Exposição dialogada: (10 min.)


Pergunte aos(às) estudantes, com a finalidade de atrair sua atenção e engajar a discussão oral,
“Quando uma pessoa passa à frente em uma fila, sua postura fere a moral ou a ética?” Registre na lousa
tanto as perguntas, quanto as respostas apresentadas pela turma.
Questione, então, se entendem a moral e a ética como sinônimos ou como conceitos distintos,
ainda coletando as respostas e deixando claro, em seus registros, aquelas respostas que evidenciam
divergências de opiniões ou contrariedades.
Por fim, esclareça que tanto a ética, quanto a moral interferem na maneira como se estabelecem
as convivências em sociedade e, portanto, esbarram na forma como se dá o comportamento humano.
No entanto, enquanto a ética está vinculada aos comportamentos individuais - ou os comportamentos
de grupos de pessoas específicos, como os de determinadas profissões, que seguem um código de ética
- considerados “certos e errados”, “justos ou injustos” dentro de uma coletividade, a moral está atrelada
aos valores de uma sociedade como um todo, construídos a partir de hábitos, costumes e conjunto de
crenças, de acordo com a cultura de um povo ou com o contexto em que a situação se dá.
Importante pontuar que a análise moral pode oscilar bastante, já que varia de acordo com o ponto
de vista que se elege para realizar o julgamento. A análise pela ótica da ética, porém, tende a ser mais
rígida, pois parte de pressupostos mais permanentes.
Volte para a pergunta disparadora e simule que a escola ofereça um lanche a todas as pessoas -
estudantes e funcionários - durante os intervalos das aulas. Logo na entrada do refeitório, há um aviso
acusando que “furar fila” é uma atitude incorreta. Inicialmente, quando a escola foi fundada, formava-se
uma fila para a distribuição do lanche, o que incluía, também, os(as) funcionários(as) da cozinha.
Contudo, culturalmente e com o passar dos meses, os(as) estudantes e demais funcionários passaram a
oferecer um lugar à frente aos(às) funcionários da cozinha.
Para esse exemplo simplificado, ceder o lugar para os(as) funcionários da cozinha, de acordo
com a regra prevista, é antiético, mas não imoral, pois a comunidade concebe a urgência e a
necessidade daquela decisão.

4) Ética e moral na prática: (25 min.)


Explique aos(às) estudantes que eles(as) receberão um cartão (Anexo III) com a descrição de
situações com as quais provavelmente já se depararam, em algum momento da vida, e com algumas
perguntas, que deverão responder no caderno. As perguntas os(as) levarão a fazer a análise das
situações, sob o ponto de vista da moral e da ética. Oriente-os(as), portanto, para que leiam o texto antes
de iniciar a atividade. Caso os(as) estudantes tenham dificuldade em compreender o texto, considere a
leitura em voz alta com comentários pertinentes ao conteúdo disponibilizado.
Estabeleça um combinado com os(as) estudantes de que procurem sempre manter uma postura
aberta ao diálogo durante a realização da atividade. Este, assim como outros momentos ao longo da
disciplina, será um momento em que o debate estará presente e é muito importante que haja escuta
ativa, ou seja, atenta e respeitosa, para que todos(as) se sintam seguros(as) para apresentarem os seus
posicionamentos. Isso irá enriquecer as discussões, pois permitirá que ideias variadas apareçam.
Por fim, organize a turma em grupos de quatro a cinco estudantes, sendo que cada um dos
componentes do grupo exercerá uma função específica (mediador(a): mediar a conversa e estimular que
todos(as) participem e que estejam compreendendo os comandos da atividade, além de levar as
eventuais dúvidas do grupo ao(à) Professor(a) - nesse caso, deverá levantar a mão em silêncio e
aguardar que o(a) Professor(a) venha até o grupo; relator(a): coletar e registrar as respostas construídas
pelo grupo; orador(a): apresentar a produção do grupo para o restante da turma; cuco: controlar o tempo
da atividade e garantir que todos estejam se sentindo confortáveis e engajados), além de participar de
todas as discussões e construções necessárias para a realização da atividade, como um todo.

5) Socialização: (20 min.)


Após o fim do tempo destinado à realização da atividade, solicite que o(a) orador(a) de cada
grupo compartilhe com a turma, em aproximadamente 3 minutos, o caso analisado pelo grupo, as
respostas que deram às perguntas e as análises que fizeram para chegar a essas respostas.

6) Arremate: (5 min.)
Ao final das apresentações, peça que os(as) estudantes reflitam sobre, pelo menos, dois
aprendizados que tiveram com a aula e registrem esses aprendizados em seus cadernos. Esclareça que
esses registros feitos durante e ao final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a
construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha. Para garantir que todos(as), realmente,
façam esses registros, avise-os(as), antes de começarem a atividade, que irá sortear três pessoas para
analisar os registros que fizeram em seus cadernos. Enquanto realizam o registro, circule entre as
cadeiras para acompanhar o trabalho dos(as) estudantes.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Exposição dialogada: participação e exposição de ideias de maneira clara. Os(As) estudantes
demonstram conseguir aproveitar das suas próprias vivências para elaborar hipóteses a respeito
de conceitos supostamente novos.
● Ética e moral na prática: os(as) estudantes, durante as discussões nos grupos, foram capazes de
manter postura flexível, articular bem as suas ideias e contribuir para organizar os
posicionamentos apresentados e, assim, construir as conclusões do grupo.
● Compartilhamento das respostas e análises: os(as) estudantes mobilizam os seus
conhecimentos acerca de moral e de ética e, de acordo com as circunstâncias, apontam como
eles se aplicam às situações práticas.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I: Diálogo_Virtual_Low_Web_SN_Unicef_PFDC_CGI.pdf (safernet.org.br)
● Anexo II: Atividade introdutória - diagnose de compreensões acerca da proposta da ementa.
● Anexo III: Ética e moral na prática - cartões a serem distribuídos aos grupos

Para saber mais


● Ética e Moral
● Vídeo: Ética e Moral.
● RESUMÃO DE FILOSOFIA: Moral, ética, livre-arbítrio.
● Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula
Referencial Teórico:
● BURROUGHS, M.; LONE, J. Philosophy in Education: questioning and dialogue in schools.
Londres: Rowman & Littlefield, 2016.
● COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto Alegre:
Penso, 2017.
● FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, dominação,
4ª ed., São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 7; p. 356-358.
Aula 2
Tema Leis e Justiça
Tempo estimado 90 min (2 aulas de 45 minutos cada)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG02; EMIFCHS01.
Objetivos
● Compreender os conceitos de Lei e Justiça;
● Analisar como os conceitos de legal e justo se manifestam em diferentes contextos;
● Reconhecer a ideia de justiça como importante fundamento da organização social.
● Avaliar a maneira com que as ideias de Lei e Justiça guiam as decisões e o convívio em
sociedade.
Perguntas Essenciais
● Qual a compreensão de Justiça e quais são as suas principais formas de manifestação?
● Qual a importância das leis para manutenção da organização social?
Compreensões Duradouras
● A Justiça tem um conceito amplo e possui diversas formas de manifestação, pelo qual a análise
se algo é ou não justo demanda um processo de reflexão e entendimento do contexto.
● As leis fazem parte do cotidiano, tendo em conta que são responsáveis por manter a organização
social, estabelecer deveres e garantir direitos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Pincel, lousa, caderno, materiais impressos, folhas de sulfite A4 ou cartolinas e canetas coloridas
e dicionários.

Passo a passo:
1) Introdução: (5 min.)
Inicie a aula retomando os conceitos de moral e ética, questionando os(as) estudantes sobre o
enquadramento moral e ético do ato de furar fila. Após responderem verbalmente a pergunta anterior,
registre na lousa a seguinte pergunta: “Furar a fila é ilegal? E é injusto?”. Em sequência, selecione 3
estudantes para compartilharem suas reflexões com o restante da turma.

2) Entre estações: O que é Justiça? (25 min.)


A dinâmica está pautada na metodologia de Rotação por Estações de Aprendizagem, a qual
consiste em criar um esquema de circuito no espaço da sala de aula para que pequenos grupos de
estudantes façam um rodízio entre esses pontos, refletindo sobre questões distintas em cada estação.
Para tanto, organize quatro estações separadas e deixe um caso impresso (Anexo I), canetas e
uma folha A4 ou cartolina para que os(as) estudantes registrem suas respostas.
Divida os(as) estudantes em quatro grupos e oriente que eles(as) deleguem, entre si, as
seguintes funções: mediador(a): encarregado por mediar a conversa e estimular que todos participem e
que estejam compreendendo os comandos da atividade; relator(a): responsável pelo registro das
respostas; orador(a): apresenta a produção do grupo para o restante da turma; cuco: controla o tempo
da atividade; harmonizador(a): garante que todos estejam participando ativamente da discussão e de
maneira confortável.
Abaixo, está o problema geral que deverá constar na lousa para que, a partir dele, os(as)
estudantes compreendam as situações destacadas nas estações. Importante mencionar que essas
situações foram, em parte, baseadas na obra “Justiça: o que é fazer a coisa certa”, do autor Michael
Sandel.

Problema geral: Suponha que você seja o(a) motorista de um bonde desgovernado
avançando sobre os trilhos a quase 100 quilômetros por hora. Adiante, você vê cinco
operários em pé nos trilhos, com as ferramentas nas mãos. Você tenta parar, mas não
consegue. Os freios não funcionam. Você se desespera porque sabe que, se atropelar
esses cinco operários, todos eles morrerão.

Oriente que os(as) estudantes leiam o caso exposto em cada estação com calma e respondam a
pergunta em destaque na cartolina ou folha A4. A cada 5 minutos solicite que os grupos troquem de
estação até que todas sejam contempladas.

3) Exposição dialogada: (25 min.)


Agora é o momento de avaliar o resultado da atividade, em que os(as) oradores(as) dos grupos
compartilharão as conclusões dos debates realizados durante os ciclos, com base nos registros da folha
ou cartolina. Incentive a discussão a partir de perguntas como "Qual foi a decisão mais difícil?", “Foi uma
decisão unânime do grupo?”, “O grupo acredita que tomou as decisões mais justas? Por quê?” “Vocês
acham que a lei influencia na resolução desse caso?”.
Após essas reflexões, o(a) Professor(a) poderá relembrar que Lei é uma regra jurídica,
estabelecida por uma autoridade constituída, o legislador, com o intuito de prescrever a natureza e as
condições de existência de um Estado ou forma de governo.
Considerando a ideia que todos os(as) cidadãos(ãs) devem respeitar a lei, os(as) estudantes são
incentivados a pontuarem quais leis conhecem. Medie a tempestade de ideias para possibilitar que
compreendam que as leis garantem direito e deveres, desde o direito à educação, prevista na
Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB), até a punição estatal pelo cometimento de um crime por intermédio do Código Penal,
por exemplo. Além disso, aproveite esse momento para abordar quem são os(as) responsáveis pela
construção das leis no país, explicando que podem ser elaboradas em nível federal, estadual e municipal,
dependendo da matéria e do alcance.
Em sequência, apresente a definição de justiça e as diferentes formas de manifestação, como a
divisão feita por Aristóteles em justiça geral e particular e a maneira com que essa última pode se dividir
em distributiva e comutativa. Inclusive, no Para Saber Mais, existe um pequeno artigo sobre essa
temática. Assim, é possível tratar desde a ideia de Ulpiano, baseado em Platão e Aristóteles, que afirma:
“Justiça é a constante e firme vontade de dar a cada um o que é seu” até a concepção moderna de justiça
social que traz uma ideia de igualdade proporcional e que observa a necessidade de uns e a capacidade
de contribuir de outros.

4) Leitura compartilhada: (15 min.)


O(a) Professor(a) promoverá uma leitura compartilhada do fragmento da obra “A República” de
Platão, especificamente sobre a história do anel de Giges, conforme consta no Anexo II. Considerando a
existência de algumas palavras incomuns no cotidiano, o(a) Professor(a) poderá explorar o momento da
leitura para refletir o significado das palavras que os(as) estudantes não demonstrarem familiaridade,
tendo como apoio o quadro de definições ao final do texto. Após a leitura, questione o que os(as)
estudantes compreenderam da história e os instigue a refletir sobre o que fariam se encontrassem o
mesmo anel que Giges achou.

5) Arremate: (10 min.)


Após a leitura, os(as) estudantes deverão responder às seguintes perguntas:

❖ O texto traz a possibilidade de duas pessoas, uma justa e uma injusta, terem acesso a essa
relíquia. Como você acha que elas agiriam diante do poder decorrente do uso do anel?
❖ Qual o sentido da afirmação que “ninguém é justo por vontade própria, mas por obrigação”?
❖ Qual o papel que a lei desempenha para garantir que a justiça seja alcançada?

Após registrarem no caderno, convide e/ou selecione alguns(mas) estudantes para que
compartilhem suas reflexões.

6) Divisão da turma em grupos temáticos para a Culminância: (10 min.)


Esclareça aos(às) estudantes que serão produzidos 5 episódios de podcast (ou 5 cartilhas, a
depender da escolha feita para a culminância), sendo que cada um deles abordará 1 dos 5 grandes
subtemas trabalhados ao longo da Eletiva: 1) Moral, ética, leis e justiça; 2) Concepções do direito; 3)
Conquista dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade; 4) Discussão crítica do "Jeitinho
brasileiro", cultura de conformidade ou não às leis; 5) Direito administrativo - Princípios da administração
pública e corrupção.
Desse modo, a turma deverá se dividir em 5 grupos e a divisão dos temas poderá ser feita de
maneira autônoma, segundo a livre escolha dos(as) estudantes ou por meio de sorteio. Poderá, ainda,
ser feito sorteio para definição da ordem em que os grupos irão fazer a escolha de qual tema desejam
desenvolver.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Entre estações: O que é Justiça?: Os(as) estudantes demonstram a capacidade de trabalhar de
maneira harmônica em grupo, exercitando a escuta ativa e se posicionando de maneira coerente
e fundamentada.
● Exposição dialogada e leitura compartilhada: Os(as) estudantes participam ativamente das
discussões e expõem seu ponto de vista de maneira alinhada com a temática desenvolvida em
sala de aula, de modo que explicita a relação entre os conceitos de justiça e lei com as situações
apresentadas.
● Arremate: Os(as) estudantes conseguem sintetizar os tópicos e as teorias apresentadas e
relacionar com questões atuais e do cotidiano.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Casos para a atividade Entre Estações: O que é Justiça?
● Anexo II - Fragmento da obra “A República” de Platão com a história sobre o anel de Giges.
Para saber mais
● Escolas devem trabalhar o conceito de justiça desde o Ensino Infantil
● Justiça social: conceito e importância
● Entendendo a estrutura das leis
● Aristóteles (Ética a Nicômaco): justiça distributiva e justiça corretiva. Direito e Filosofia
Referencial Teórico:
● BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05.10.1988. Brasília, 1988. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 04 nov.
2020.
● BURROUGHS, M.; LONE, J. Philosophy in Education: questioning and dialogue in schools.
Londres: Rowman & Littlefield, 2016.
● SANDEL, Michael J. Justiça: o que é fazer a coisa certa? [trad. de Heloísa Matias e Maria Alice
Máximo]. 6ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
● NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Cap. 11. p. 105-116. Rio de Janeiro:
Forense, 2013.
Aula 3
Tema Sociedade, Estado e Direito em perspectiva.
Tempo estimado 90 min (2 aulas de 45 minutos cada)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCG03.
Objetivos
● Compreender o papel do contrato social ante o estado de natureza, a partir das teorias de
Hobbes, Locke e Rousseau;
● Relacionar distintos modelos de organização social com as teorias contratualistas e identificar o
papel do direito;
● Elaborar um contrato social com os combinados a serem aplicados em sala de aula.
Perguntas Essenciais
● Como os indivíduos e a coletividade se manifestam em seu estado natural?
● Como a sociedade se organizaria sem a existência de leis e regras gerais?
● Qual a importância de estabelecer um contrato social?
Compreensões Duradouras
● Existem diversas teorias que buscam explicar como é a sociedade em seu estado de natureza,
desde a ideia de uma constante guerra de todos contra todos até a concepção de harmonia e
solidariedade, em que o homem é incapaz de praticar o mal;
● A implementação de contratos que vinculam as ações dos indivíduos não devem ser impostas,
mas precisam passar por um processo de escuta e concordância dos envolvidos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Materiais impressos, canetas, folhas, cartolina, pincéis e lousa.

Passo a passo:
1) Introdução: (8 min.)
No início da aula, registre na lousa o seguinte questionamento: “Como seria uma sociedade sem
leis e regras?” e informe aos(às) estudantes que eles(as) têm 5 minutos para registrar no caderno um
parágrafo destrinchando como se daria a organização social, o trato entre os indivíduos e como cada
pessoa viveria e desempenharia suas funções. Em sequência, selecione 3 estudantes para
compartilharem suas reflexões com o restante da turma.

2) Exposição dialogada: (15 min.)


Inicie uma exposição dialogada sobre as principais distinções entre as teorias dos
contratualistas, que são pensadores que refletiram sobre os impactos da natureza humana na existência
de “contratos sociais”.
Para isso, traga que “estado de natureza” é o nome dado para o conjunto de características que
são inerentes a um indivíduo. Peça que os(as) estudantes levantem quais são as características que
eles(as) acreditam que nós possuímos desde que nascemos. “Todos nós nascemos.. Livres?
Independentes? Iguais? Bem-intencionados?”
Em seguida, traga que “contrato social” é forma de organização coletiva que, no caso, é tido
como o sistema político que o Estado adota. Questione qual seria o contrato social mais conveniente
considerando as características que os(as) estudantes levantaram sobre a natureza humana.
Por fim, aponte que essas duas definições foram objetos de estudo de três autores chamados
“contratualistas” e evidencie que cada um possui uma perspectiva distinta sobre elas. Aproveite para
dividir a lousa em três partes, contendo os nomes dos autores, e insira as palavras chaves, colocadas
em negrito, dos trechos seguintes:

● Hobbes se pauta em um ideal absolutista e observa o estado de natureza como um constante


período de medo, em que o homem é mau e movido por razões egoístas. Desse modo, Hobbes
compreende que deve haver a submissão das vontades de todos os homens a um único,
constituindo assim a sociedade civil, contudo, esta vontade é representativa, pois, a vontade do
Soberano é, ao mesmo tempo, a vontade de todos e de cada um. Neste estado, todos os cidadãos
devem total obediência ao Estado e em troca este, com um poder coercivo, lhes garante a paz.

● John Locke traz uma perspectiva liberal, em que o estado de natureza é pautado na ideia de que
todos os homens são iguais e possuem iguais direitos à vida, à liberdade e à propriedade.
Observa-se, ainda, que o homem é como uma tábula rasa, sem instintos bons ou ruins. Referente
ao Estado, Locke entende que essa organização serve para proteger a sociedade de injustiças e,
sobretudo, à propriedade.

● Rousseau se fundamenta em ideais democráticos, em que observa a soberania do povo em


detrimento do poder centralizado e analisa que o estado de natureza é um estado de bem-estar,
visto que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe - por meio da divisão do trabalho e da
propriedade privada. Para ele, o contrato social serve para preservar a liberdade civil e garantir a
soberania política da vontade coletiva.

Dica: Professor(a), caso queira se adentrar mais no tema, o Anexo I apresenta um compilado
de fragmentos do artigo “Os Contratualistas em questão: Hobbes, Locke e Rousseau”, de maneira
curta e adaptada, o qual pode servir como sua fonte de pesquisa.

A partir dessas reflexões, questione os(as) estudantes com qual das teorias mais se
identificaram e o porquê, momento em que devem evidenciar as distinções das teorias e relacionar com
questões observadas no cotidiano.

3) Quiz sobre os contratualistas: (15 min.)


Para garantir que os(as) estudantes compreenderam as três correntes acima apresentadas,
informe para a turma que haverá um quiz sobre os contratualistas. A atividade, disponível no Anexo II,
consiste em perguntas curtas com três opções de respostas - Hobbes, Locke e Rousseau - em que
os(as) estudantes devem assinalar qual a resposta correta. Para essa atividade, sugere-se o uso do
Kahoot, uma plataforma de aprendizado baseada em jogos, ou a plataforma Quizizz. Em ambos é
possível criar questionários interativos, possibilitando uma abordagem gamificada do conteúdo
trabalhado.
Caso não seja possível utilizar essas ferramentas digitais, solicite que respondam oralmente as
questões. Após a leitura do enunciado, peça para que os(as) estudantes que selecionaram a alternativa
“A” se manifestem, seguido pelas outras alternativas. Ao final, revele a resposta correta e peça para que
os(as) estudantes justifiquem a resposta.

4) Construção dos combinados/contrato social: (40 min.)


Com base na compreensão da importância de um contrato social para regular as relações e
manter uma convivência harmônica, agora é o momento dos(as) estudantes formularem o próprio
contrato social a ser aplicado dentro da sala de aula. Este documento deve estabelecer as regras de
convívio e os combinados a serem observados no cotidiano.
Esta atividade consistirá em dois momentos, um de reflexão individual e outro de discussão
coletiva. De maneira inicial, registre na lousa os seguintes questionamentos e peça que os(as)
estudantes respondam cada pergunta em tópicos curtos ou em um parágrafo, pontuando seus
argumentos para cada item:

❖ O que é importante que todos façam na escola?


❖ Quais posturas e comportamentos os(as) estudantes devem adotar? E quais devem ser evitadas?
❖ Quais posturas e comportamentos o(a) Professor(a) deve adotar? E quais devem ser evitadas?
❖ Quais condutas a sala de aula, de uma maneira coletiva, deveria apresentar? Que tipo de ambiente
não é saudável e devemos evitar?

Após os(as) estudantes finalizarem suas respostas, organize a sala no modelo meia-lua (ou em
U) para que todos consigam interagir diretamente entre si e visualizem a lousa, uma vez que será um
elemento de apoio. Aborde cada uma das perguntas e registre os principais pontos suscitados pelos(as)
estudantes durante o debate. Inclusive, destaque quais argumentos e ideias aparecem com maior
frequência.
A partir dessa chuva de ideias, apresente um cartaz em branco para os(as) estudantes e informe
que precisam entrar em um consenso para definir os combinados que guiarão o convívio em sala de
aula, sendo que este documento estará dividido em três partes: 1. Combinados para a sala de aula; 2.
Combinados para o estudante; 3. Combinados para o(a) Professor(a).
Frisa-se que inexiste um modelo geral e aplicável a todas as turmas porque essa atividade
demanda a compreensão do perfil da turma, uma construção coletiva dos combinados e, principalmente,
o consentimento de todos(as) os(as) envolvidos, o que gera um senso de responsabilidade e
compromisso.

5) Fixação dos combinados: (7 min.)


Após elencar os combinados atinentes aos 03 campos (sala de aula, Professor(a) e estudante),
peça para que os(as) estudantes leiam-os em voz alta e, em seguida, fixe o cartaz na sala de aula, em
lugar visível a todos(as). Lembre-se de sempre retomar esses combinados e se referir a eles caso os(as)
estudantes tenham condutas que não condizem com o que foi previamente estabelecido pela turma.
Por fim, peça para que os(as) estudantes respondam o seguinte questionamento: “Como é a sala
de aula em seu estado de natureza e qual a importância do contrato social que fizeram hoje?”. Após 03
minutos, convide e/ou selecione alguns(algumas) estudantes para que compartilhem suas reflexões.

6) Arremate: (5 min.)
Oriente os(as) estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
com a aula de hoje e que considerem mais importantes. Reforce que esses registros feitos durante e ao
final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo
- o podcast ou a cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus
cadernos.
Para garantir que todos(as) realmente façam esses registros, avise-os(as), antes de começarem
a atividade, que irá sortear três pessoas para socializarem os registros que fizeram em seus cadernos.
Enquanto eles(as) realizam o registro, circule entre as cadeiras para acompanhar o trabalho dos(as)
estudantes.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Exposição dialogada: Os(as) estudantes participam ativamente das discussões e expõem seus
pontos de vista de maneira alinhada com a temática desenvolvida em sala de aula, fazendo-se
valer dos conhecimentos prévios e os adquiridos por meio da exposição.
● Construção dos combinados/contrato social: Os(as) estudantes demonstram a capacidade de
trabalhar de maneira harmônica em grupo, exercitando a escuta ativa e se posicionando de
maneira coerente e fundamentada. Além disso, demonstram reflexão crítica sobre a atuação
enquanto estudante e analisam o papel desempenhado pelos demais, em que se mostram
capazes de compilar essas informações e traduzir em regras e combinados.
● Arremate: Os(as) estudantes conseguem sintetizar os tópicos e as teorias apresentadas e
relacionar com questões do seu entorno.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Fragmentos do artigo científico para leitura em pares
● Anexo II - Quiz sobre os contratualistas
Para saber mais
● Contrato Social: existe um acordo entre Estado e sociedade?
● O Estado de Natureza em Hobbes, Locke e Rousseau
● Como fazer os combinados com a classe?
Referencial Teórico:
● BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
● BURROUGHS, M.; LONE, J. Philosophy in Education: questioning and dialogue in schools.
Londres: Rowman & Littlefield, 2016.
● DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 27ª ed. São Paulo:
● Saraiva, 2007.
● RIBEIRO, Josuel Stenio da Paixão. Os Contratualistas em questão: Hobbes, Locke e Rousseau.
Prisma Jurídico, vol. 16, núm. 1, 2017, pp. 3-24. Universidade Nove de Julho São Paulo, Brasil.
Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=93453803002>. Acesso em 5 nov. 2020.
Aula 4
Tema Correntes do Direito
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHS01; EMIFCHS03.
Objetivos
● Identificar como se dá a compreensão do direito a partir da ótica do jusnaturalismo e do
positivismo jurídico.
● Relacionar as interpretações do direito pelo jusnaturalismo e pelo positivismo a diferentes
formas de se interpretar e aplicar a norma ao caso concreto.
Perguntas Essenciais
● O que é o direito natural?
● Existe uma justiça absoluta ou apenas um ideal de justiça?
● De que forma o jusnaturalismo e o juspositivismo explicam a formação e o desenvolvimento de
normas jurídicas?
Compreensões Duradouras
● Existem diversas teorias que explicam a razão para se ter criado regras, normas a serem
respeitadas por todos(as), e essas teorias variam bastante de acordo com o momento histórico
em que se encontrava quando foram criadas.
● De forma abreviada, pela ótica do jusnaturalismo, as normas jurídicas têm como base princípios
básicos, que são imutáveis e universais. E que pela ótica do juspositivismo, o direito só deve ser
considerado a partir do que está imposto pela lei.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa; pincel/giz; materiais impressos; caderno, caneta, lápis, borracha e, caso seja possível,
projetor multimídia, para compartilhar vídeos.

Passo a passo:
1) Introdução: (5 min.)
Registre na lousa a questão-problema: “Vocês concordam com a afirmação de que algumas
regras/normas existem desde sempre e em todo lugar? Contem por que concordam ou discordam.” Para
garantir o engajamento da turma, utilize a estratégia “virem e conversem” para coletar as respostas e
conduzir um debate inicial sobre o tema da aula.
Estratégia “virem e conversem”: informe aos(às) estudantes que eles(as) terão 2 minutos para
conversarem sobre a questão-problema com o(a) colega que está ao lado. Cada um(a) terá 1 minuto
para apresentar as suas ideias para o(a) colega. Reforce a instrução de que deverão conversar com
quem está sentado ao lado, evitando, assim, que se levantem, movimentem as cadeiras e, dessa forma,
percam a agilidade que a estratégia demanda. Informe que, logo que der o comando “virem e
conversem”, você começará a marcar o tempo e, assim que completar um minuto desde o começo da
dinâmica, você sinalizará para que a outra pessoa da dupla comece a compartilhar as suas ideias.
Ao final do tempo estipulado, peça que três estudantes compartilhem, de forma resumida, o que
discutiram e as conclusões que chegaram. Então, exponha o objetivo da aula.

2) Tempo de leitura e investigação: (25 min.)


Apresente aos(às) estudantes um pequeno texto (Anexo I) em que estão sendo explicadas, de
forma bastante sucinta, as concepções de jusnaturalismo e de juspositivismo (explicações também
trazidas no artigo e no vídeo sugeridos no campo “Para saber mais” - links aqui e aqui).
Oriente que leiam o texto com atenção, sublinhando as partes que considerarem importantes, e
registrando no caderno as informações principais. Peça que também registrem as dúvidas que
surgirem a partir da leitura, ressaltando que deverão transformar essas dúvidas em perguntas, para
evitar registros semelhantes a “não entendi nada”. Estimule-os(as) a partir daquilo que entenderam.
Esclareça que terão 5 minutos para completarem esta etapa da atividade.
Transcorrido o tempo estipulado, informe que irão, mais uma vez, compartilhar com o(a) colega
ao lado, em até 5 minutos, as informações que destacaram do texto e as dúvidas que tiveram, de forma
que um integrante da dupla tente ajudar o outro a esclarecer as dúvidas que aparecerem.
Passados os 5 minutos, peça que os(as) estudantes compartilhem as informações e ideias que
surgiram a partir da leitura e das conversas com os colegas e registrem-as na lousa.
Aproveite as ideias apresentadas pelos(as) estudantes para fazer uma breve exposição
dialogada a respeito das correntes do jusnaturalismo e do juspositivismo, esclarecendo que a primeira
corrente está diretamente ligada às teorias contratualistas vistas na aula anterior, já que parte do
princípio de que existe um direito natural, que é inteiramente justo, imutável, universal, até mesmo
transcendental e imposto pela natureza de forma igualitária a todos os seres. E que, segundo essa
concepção, foi a partir de transformações sociais e econômicas que os seres humanos passaram a
compreender o estado como uma instituição criada a partir de um contrato social, necessária para
assegurar a paz e a segurança. Para essa corrente do direito, aquilo que é injusto não pode nem
mesmo ser considerado como um fenômeno jurídico.
Já o juspositivismo é uma corrente que considera apenas aquilo que está previsto na lei,
imposta pelo Estado e aplicada pelas autoridades competentes, ou seja, autorizadas a exercerem esse
papel. A justiça, segundo essa ótica, advém das normas formais, escritas e impostas à sociedade,
tendo caráter racional e mutável - considerando que a sociedade está constantemente se
transformando. A aplicabilidade das normas, nesse caso, deve ser literal e afastada de juízos de valor
que passem pela análise moral e ética.

3) Debate pedagógico: (30 min.)


Explique aos(às) estudantes que receberão uma cartela com algumas afirmações, dispostas em
linhas, e ao lado de cada afirmação haverá uma lacuna em branco. Eles(as) deverão ler a afirmação e
decidir se é uma afirmação verdadeira ou falsa, refletindo sobre a justificativa para a decisão que
tomarem. Explique, ainda, que terão 100 pontos (imaginários) para fazerem suas colocações. Em cada
lacuna em branco, deverão escrever qual quantidade de pontos irão colocar pela resposta que deram,
considerando que o somatório de todos os valores postos (para cada afirmação) deverá ser de 100
pontos.
Disponha, então, a turma em grupos de até 5 pessoas e distribua as cartelas (Anexo II) entre os
grupos. Após receberem as cartelas, verifique se compreenderam as regras do jogo e dê 30 minutos
para realizarem as análises e colocações.

4) Correção e verificação da pontuação: (15 min.)


Faça a correção de cada uma das afirmativas (Anexo III - Gabarito), coletando as respostas que
cada grupo deu. Peça que uma pessoa de cada grupo diga se consideram a afirmativa verdadeira ou
falsa e o porquê disso. Os grupos que acertarem a resposta, somam ao valor inicial de 100 reais a
quantia apostada. Os grupos que errarem a resposta, diminuem do valor inicial de 100 reais a quantia
apostada. Ao final da correção, verifique qual grupo ficou com a maior quantia de dinheiro fictício.
5) Arremate: (5 min.)
Escreva as perguntas na lousa: “Qual das duas correntes do direito você acredita que é mais
aplicada no nosso dia-a-dia? Por quê?” Peça que algum(a) estudante se voluntarie para responder a
pergunta na lousa - caso não apareçam voluntários, faça sorteio pelo número na lista de chamada ou
pedindo para que algum estudante ou funcionário da escola aponte, de olhos fechados, para algum(a)
estudante.
Após o registro da resposta na lousa, pergunte à turma o que pensaram de diferente do que foi
respondido pelo(a) colega e o porquê disso. Oriente-os(as), então, a registrarem, de forma resumida, as
reflexões que foram levantadas a respeito da pergunta presente no quadro, de modo que essas
anotações apoiem a construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha. Reforce que essa
anotação será muito importante para os ajudar, depois, com essa produção final.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução: É importante observar se os(as) estudantes atenderam aos comandos iniciais,
ficaram atentos(as) às marcações de tempo e concentraram a discussão na reflexão proposta
pelo(a) Professor(a).
● Tempo de leitura e investigação: As informações compartilhadas pelos(as) estudantes e as
contribuições que deram ao longo da exposição dialogada indicam que compreenderam as
principais acepções acerca das correntes jusnaturalista, segundo a qual as normas jurídicas
têm como base princípios básicos, que são imutáveis e universais, e juspositivista, que
compreende o direito a partir do que está imposto pela lei.
● Debate pedagógico: Os(as) estudantes fazem contribuições significativas para a resolução da
atividade, respeitando o turno de fala de cada um dos integrantes do grupo, demonstrando
disponibilidade para a escuta atenta e para o sucesso do grupo.
● Arremate: Os(as) estudantes acertaram boa parte da atividade e demonstraram que
compreenderam as questões que erraram, após a correção. Além disso, conseguiram aplicar, de
maneira resumida, os aprendizados que tiveram ao longo da aula, incluindo nessa construção
as compreensões duradouras previstas para a aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio

Anexos
● Anexo I - texto para o momento de “leitura e investigação”
● Anexo II - cartela para “Disputa pedagógica”
● Anexo III - Gabarito
Para saber mais
● Caso haja recursos tecnológicos suficientes, compartilhe com os(as) estudantes os vídeos que
trazem mais explicações sobre os conceitos de jusnaturalismo e de juspositivismo, de maneira
bastante didática.
● Jusnaturalismo e Juspositivismo
● Escolas do Direito
Referencial Teórico:
● LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2ª ed. Porto
Alegre: Penso, 2018. Cap. 9; p. 265 - 274.
● NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. Cap. 37,
38 e 39; p. 373 - 389.
● REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.
Aula 5
Tema Processos de conquistas de direitos e garantias.
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCHS01; EMIFCG06; EMIFCG07.
Objetivos
● Reconhecer direitos atualmente sedimentados, que foram conquistados a partir de lutas por
uma sociedade mais justa e equânime.
● Identificar a evolução histórica das garantias de direitos que visam promover isonomia.
● Compreender a necessidade de se garantir direitos, em leis, a pessoas e grupos historicamente
minoritários, para que a sociedade caminhe para um cenário de efetiva igualdade.
Perguntas Essenciais
● Somos todos iguais? Temos os mesmos direitos?
● Vocês consideram a sociedade atual justa?
● O que significa o termo “injustiça social”?
● Vocês consideram que a sociedade atual é mais justa, em alguns aspectos, do que
antigamente? Por quê?
● A criação de algumas leis podem ter ajudado a sociedade a se tornar mais igualitária? Quais
leis?
Compreensões Duradouras
● As injustiças sociais afetam o cenário social como um todo, portanto, há necessidade de
intervenção do direito para que cenários mais justos sejam alcançados.
● Alguns direitos que hoje são sedimentados (como direitos trabalhistas e direitos civis às
mulheres), nem sempre foram garantidos a todos(as) e que isso afeta todo o arranjo social, em
vários aspectos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa, pincel, material para leitura, material impresso, caderno, lápis, borracha e caneta.

Passo a passo:
1) Introdução - leitura deleite e roda de conversa: (25 min.)
Disponha os(as) estudantes sentados em roda e inicie uma breve discussão, norteada pelas
perguntas: “Os direitos são iguais para todas as pessoas? Nós somos todos iguais? O direito a trabalhar e
administrar o próprio dinheiro sempre foi garantido a todas as pessoas?”
Conte, então, que irá trazer dados de um artigo escrito em 2017 por Bruno Carazza, que aponta 5
índices sobre a eleição de mulheres em cargos políticos (utilize o infográfico do artigo como ilustração
da sua fala). Leve para a discussão o fato de que, quando se fala sobre o direito das mulheres ao
trabalho em cargos políticos, outras desigualdades como raça, renda e escolaridade devem ser levadas
em consideração. Dependendo do contexto em que a mulher está, o acesso ao meio político pode ser
mais oportunizado ou não.

Tendo essas considerações em mente, pergunte aos(às) estudantes:

- Esses dados revelaram alguma informação nova para vocês? Tem algum fato ou reflexão sobre a
realidade das mulheres que vocês não conheciam ou ainda não haviam parado para pensar? O
quê?

Continue a roda de conversa com os(as) estudantes, trazendo-os(as) para reflexões acerca das
mudanças ocorridas no cenário social, necessárias para que as mulheres pudessem passar a figurar no
território político. Utilize as perguntas disparadoras a seguir:

- Quais foram as mudanças que vocês acreditam que precisaram começar a acontecer para que as
mulheres pudessem exercer cargos políticos? De que forma vocês acreditam que o Direito
contribuiu com isso?De que forma vocês acreditam que a presença de mulheres na política pode
contribuir para fomentar transformações nas vidas das mulheres?
- Quais outras conquistas de direitos, de uma forma geral, vocês reconhecem que promoveram
mudanças no cenário social?

Importante levar para os estudantes a informação que só foi permitido às mulheres votarem e
serem votadas em 1932. E mesmo assim, o voto feminino só foi considerado obrigatório, como o dos
homens, em 1946. As leis, no entanto, surgem sempre como resposta e para acompanhar as alterações
de concepções que acometem a sociedade (primeiro a sociedade muda, essa mudança acarreta certo
incômodo - à sociedade em geral, ou mesmo ao judiciário e aos teóricos jurídicos - e, diante do
reconhecimento de inadequação das leis que estão postas naquele momento, propõe-se alterações).
Nesse sentido, muito antes da publicação das leis que garantiam a participação das mulheres
na política, as mulheres já estavam se movimentando e lutando em favor disso. Chegaram a criar, em
1910, o Partido Republicano Feminino. E em 1928, Celina Guimarães Viana, professora nascida em
Mossoró/RN conseguiu ser a primeira mulher a votar no Brasil.
A presença de mulheres na política - votando e sendo votadas - é que garante que importantes
políticas públicas voltadas para a vida digna e igualitária da mulher sejam colocadas em pauta.
É interessante que a conversa leve os(as) estudantes a iniciarem reflexões sobre a existência de
desigualdades sociais, sobre como elas interferem na constituição da sociedade, de uma maneira geral,
assim como sobre como ocorre o processo histórico da conquista de direitos, de forma que estejam, ao
final da conversa, envolvidos na discussão.

2) Construção de linha do tempo: (35 min.)


Oriente os(as) estudantes a fazerem a leitura do texto que será distribuído a eles(as) (Anexo II),
sublinhando e/ou fazendo registros em tópicos nos cadernos das informações e fatos mais
importantes, assim como das indicações das datas em que os fatos ocorreram. Depois do estudo do
texto, deverão discutir quais fatos consideram mais relevantes e o porquê disso, para, em seguida,
planejarem a construção de uma linha do tempo, colocando os fatos que considerem mais relevantes
em ordem cronológica com os colegas. Por fim, deverão preparar uma pequena apresentação (de
aproximadamente 3 minutos) da linha do tempo aos demais colegas da turma.
A turma deverá ser organizada em grupos de quatro a cinco estudantes, sendo que cada um dos
componentes do grupo exercerá uma função específica (mediador(a): mediar a conversa e estimular
que todos(as) participem e que estejam compreendendo os comandos da atividade, além de levar as
eventuais dúvidas do grupo ao(à) Professor(a) - nesse caso, deverá levantar a mão em silêncio e
aguardar que o(a) Professor(a) venha até o grupo; relator(a): coletar e registrar as respostas construídas
pelo grupo; orador(a): apresentar a produção do grupo para o restante da turma; cuco: controlar o
tempo da atividade e garantir que todos(as) estejam se sentindo confortáveis e engajados(as)), além de
participar de todas as discussões e construções necessárias para a realização da atividade, como um
todo.

3) Apresentação das linhas do tempo: (25 min.)


Após o fim do tempo destinado à realização da atividade, solicite que o(a) orador(a) de cada
grupo apresente para a turma a linha do tempo que construíram, explicando cada fato presente na linha
do tempo, a sua importância e o contexto histórico em que ocorreu.

4) Arremate: (5 min.)
Ao final das apresentações, peça que os(as) estudantes reflitam sobre, pelo menos, dois
aprendizados que tiveram com a aula de hoje e registrem esses aprendizados em seus cadernos,
relembrando-os(as) que esse registro será utilizado como apoio para a construção do produto final do
módulo - o podcast (ou a cartilha). Para garantir que todos(as) realmente façam esses registros,
avise-os(as), antes de começarem a atividade, que irá sortear três pessoas para analisar os registros
que fizeram em seus cadernos. Enquanto eles(as) realizam o registro, circule entre as cadeiras para
acompanhar o trabalho dos(as) estudantes.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Leitura e roda de conversa: Os(as) estudantes mantiveram escuta ativa e reflexiva, assim como
participaram de maneira respeitosa e crítica dos diálogos promovidos.
● Construção da linha do tempo: Os(as) estudantes, durante o momento de estudo coletivo e as
discussões nos grupos, foram capazes de se manterem concentrados na proposta de atividade,
fazendo as leituras e anotações recomendadas, bem como discutindo com o grupo as ideias
que tiveram acerca do texto lido e da maneira como acreditam que deveriam construir a linha do
tempo.
● Apresentações das linhas do tempo: Os(as) estudantes articularam as ideias que levantaram,
durante a realização da atividade, e apresentaram à turma de maneira organizada e lógica,
demonstrando que compreenderam a importância dos fatos que destacaram e o momento
histórico em que esses fatos ocorreram. Além disso, no momento da apresentação dos outros
grupos, os(as) estudantes se mantiveram atentos(as), procurando aprender com as exposições
dos colegas e estabelecendo relações entre todos os fatos discutidos e apresentados, ao longo
da aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I
● Anexo II (texto de apoio para a construção das linhas do tempo)
Para saber mais
● Cotas de gênero em eleições proporcionais: como funcionam? (politize.com.br)
● Voto da mulher — Tribunal Superior Eleitoral (tse.jus.br)
● CartilhaMulheresnaPoltica180920.pdf (www.gov.br)
● Direitos Trabalhistas no Brasil- História e Evolução
● O que é interseccionalidade? | Politize!
● A precarização do Trabalho da Mulher Negra Brasileira
Referencial Teórico:
● FUCHINA, Rosimeri; LUZ, Alex Faverzani. A evolução histórica dos direitos da mulher sob a ótica
do direito do trabalho. Anais do II Seminário Nacional de Ciência Política da UFRGS. Disponível
em: <Artigo_A Evolução Histórica dos (ufrgs.br)>. Acesso em: 13 dez. 2020.
● HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
● WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Tradução de Vera Ribeiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2019.
Aula 6
Tema Diferença entre Igualdade e Equidade.
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG02; EMIFLGG03; EMIFCHS02.
Objetivos
● Diferenciar os conceitos de igualdade e equidade;
● Identificar como os marcadores sociais de diferença se manifestam na sociedade;
● Relacionar a importância e as formas de garantir direitos aos indivíduos com os conceitos de
igualdade e equidade.
Perguntas Essenciais
● Igualdade e equidade possuem o mesmo significado?
● Como as desigualdades sociais afetam no acesso aos direitos supostamente garantidos a
todos os indivíduos?
● A equidade e a igualdade são pressupostos para viabilizar a Justiça Social?
Compreensões Duradouras
● Igualdade e equidade, embora pareçam conceitos sinônimos, apresentam distinções, sobretudo
no sentido que a ideia de igualdade pressupõe um tratamento uniforme à coletividade, enquanto
a equidade leva em consideração as desigualdades entre os indivíduos para assegurar um
tratamento justo.
● A igualdade e a equidade são valores necessários para combater as desigualdades existentes
dentro da sociedade e, assim, viabilizar a Justiça Social.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Materiais impressos, pincel e lousa.

Passo a passo:

1) Introdução (5 min.)
Para o início desta aula, solicite que os(as) estudantes retomem o tema da aula anterior e digam
quais foram os principais aprendizados. Faça um resumo geral das contribuições apresentadas, com
enfoque especial na ideia que diversos direitos foram criados para corrigir desigualdades e garantir que
todos os indivíduos recebam o mesmo tratamento. Em sequência, apresente aos(às) estudantes que o
objetivo desta aula é refletir sobre a diferença entre a ideia de igualdade e equidade e a forma com que
as desigualdades sociais se relacionam com esses conceitos.

2) Solta a voz: (20 min.)


A partir da análise do Anexo I, que contém um fragmento do artigo da Politize! e parte do artigo
5º da Constituição Federal, proponha que os(as) estudantes respondam o seguinte questionamento:
“Na prática, existe igualdade entre as pessoas?”.
Traga uma reflexão profunda sobre os processos de desigualdades no país, que apresentam o
cotidiano de violência e preconceito e infligem, sobretudo, a população periférica e com menor renda.
Por outro lado, consta parte do artigo 5º da Constituição Federal, o qual dispõe diversos direitos e
garantias aos indivíduos, sem qualquer tipo de distinção. É com base nesse contraponto que os(as)
estudantes devem refletir que a ideia de igualdade pode se manifestar de maneiras divergentes na
prática e na teoria, gerando a reflexão se a afirmação que “todos são iguais” realmente é possível de ser
aferida na realidade.
Para esse momento, instigue os(as) estudantes a pensarem sobre o questionamento central, a
partir de perguntas disparadoras como: “Ser igual ao outro é poder fazer as mesmas coisas?”, “Todas as
pessoas têm acesso aos mesmos direitos e oportunidades?”, “A realidade retratada no trecho é comum
no dia a dia?” e “Vocês sentem que tem todos aqueles direitos descritos no artigo 5º?”.
Solicite que os(as) estudantes registrem as respostas em um parágrafo no caderno e possibilite
que os(as) estudantes compartilhem suas anotações e reflexões sobre o questionamento apresentado.

3) De olho no texto: (25 min.)


Separe a sala em grupos de três estudantes e entregue o Anexo II, que diz respeito a um texto
que retrata a desigualdade sob o marcador de raça. Após a divisão aleatória dos grupos, informe que
terão 15 minutos para analisarem as informações apresentadas e responderem os seguintes
questionamentos:

❖ As informações evidenciam algum tipo de desigualdade?


❖ Na sua concepção, quais são os motivos para que exista esse tipo de desigualdade?

Decorrido o prazo estipulado para que os(as) estudantes respondam as perguntas acima,
organize um momento de compartilhamento e correção das respostas. Em seguida, questione se é
necessário uma política de igualdade ou equidade para resolver esse problema. É muito provável que
os(as) estudantes não saibam a distinção entre esses termos, motivo pelo qual você solicitará que
eles(as) retomem seus lugares e avise que explicará a diferença entre esses conceitos.

4) Exposição dialogada: (20 min.)


Pontue com os(as) estudantes que igualdade e equidade, apesar de parecerem sinônimas, são
palavras que possuem significados distintos. Igualdade é a divisão de algo nas mesmas proporções,
dimensões e naturezas. Traz mais o senso de uniformidade e paridade, ou seja, é a concepção de tratar
as coisas de forma igual. Inclusive, esse termo assume distintas noções quando abordada de maneira
filosófica, jurídica ou na perspectiva da construção dos Direitos Humanos. Cite que a ideia de igualdade
foi um marco filosófico para a Revolução Francesa, servindo como um princípio contra a opressão e
como uma ferramenta para a ampla participação política dos(as) cidadãos(ãs). Já no campo dos
Direitos Humanos, a igualdade constituiu a primeira geração desses direitos, com o objetivo de garantir
dignidade para todos os indivíduos. Por fim, a concepção jurídica reforça a ideia de que “todos(as) são
iguais perante a lei”, contudo, o uso indiscriminado dessa afirmação pode perpetuar injustiças, visto
que nem todas pessoas estão na mesma condição de igualdade.
Em seguida, após pontuar que Equidade é uma atitude ou fato que levanta o senso de justiça,
não necessariamente se manifestando como repartição igual entre as partes, apresente o conceito de
Aristóteles para explicar a ideia de equidade, com base no fragmento abaixo:

[...] qualidade que nos permite dizer que uma pessoa está predisposta a fazer,
por sua própria escolha, aquilo que é justo, e, quando se trata de repartir alguma
coisa entre si mesma e a outra pessoa, ou entre duas pessoas, está disposta a
não dar demais a si mesma e muito pouco à outra pessoa do que é nocivo, e sim
dar a cada pessoa o que é proporcionalmente igual, agindo de maneira idêntica
em relação a duas outras pessoas (ARISTÓTELES, 1999, p. 101).
A partir disso, pontue com os(as) estudantes que o princípio da equidade exige o
reconhecimento das desigualdades existentes entre os indivíduos para assegurar o tratamento desigual
aos desiguais na busca da igualdade. Há, então, uma necessidade de conferir a determinados grupos
uma proteção especial e particular em face de sua própria vulnerabilidade.
Evidencie que a igualdade foca no que é justo para o grupo, a coletividade, enquanto a equidade
destaca o que é justo para o indivíduo, observando suas necessidades. Um outro exemplo possível é a
ideia que o ensino público é importante tanto para o indivíduo quanto para a coletividade, motivo pelo
qual todos os(as) estudantes precisam ter acesso igualitário ao ensino de qualidade e, dentro do
espaço escolar, é necessário que ofereçam ferramentas e um suporte equitativo para que todos se
desenvolvam, considerando suas necessidades.
Aproveite para retomar a ideia de Justiça Social apresentada na Aula 02, apontando aos(às)
estudantes que a igualdade e a equidade são pilares para a estruturação de políticas públicas que
buscam a promoção desse modelo de Justiça.

5) Parte II: De olho nos dados (15 min.)


Para garantir que os(as) estudantes compreenderam como os dois conceitos se relacionam,
solicite que consultem o texto apresentado anteriormente e, individualmente, escolham uma situação
envolvendo o marcador de raça para ideação de uma proposta de resolução para diminuir ou erradicar a
problemática selecionada.
Enfatize que as propostas devem explicitar qual a situação-problema, a maneira de atuação e se
estão pautadas em ideais de igualdade e/ou equidade, justificando suas respostas. Por fim, convide ou
selecione alguns(algumas) estudantes para que compartilhem suas reflexões com enfoque na relação
entre igualdade e equidade.

1) Arremate: (5 min.)
Oriente os(as) estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
com a aula de hoje e que considerem mais importantes. Reforce que esses registros feitos durante e ao
final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo
- o podcast ou a cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus
cadernos.

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Solta a voz: O(A) estudante relaciona distintos gêneros, textuais e audiovisuais, para construir
comparações e identificar os pontos de convergência e divergência. Ainda, é capaz de
interpretar informações e relacionar com situações contemporâneas.
● De olho nos dados: O(A) estudante demonstra a capacidade de trabalhar de maneira harmônica
em grupo, exercitando a escuta ativa e se posicionando de maneira coerente e fundamentada.
Além disso, é capaz de identificar e interpretar dados e gráficos, bem como relacionar causa e
efeito.
● Parte II: De olho nos dados: O(A) estudante consegue sintetizar os tópicos e as teorias
apresentadas no decorrer da aula e relacionar com questões atuais e do cotidiano, a fim de criar
soluções tangíveis para a situação selecionada.
● Arremate: O(A) estudante consegue extrair de todas as atividades e discussões feitas durante a
aula as compreensões duradouras desejadas.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Atividade para o Faça Agora
● Anexo II - Desigualdade Racial no Brasil
Para saber mais
● A desigualdade de renda no Brasil é alta.
Referencial Teórico:
● Azevedo, Mário Luiz Neves de. Igualdade e equidade: qual é a medida da justiça social?.
Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 18(1), 129-150. Disponível
em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-40772013000100008>.
Acesso em 13 nov. 2020.
● ZENI, Bruno. O negro drama do rap: entre a lei do cão e a lei da selva. Estud. av., São Paulo , v.
18, n. 50, p. 225-241, Abr. 2004 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000100020&lng=en&n
rm=iso>. Acesso em 13 Nov. 2020.
● ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. 3. ed. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1999.
● Politize!. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam?. Disponível em:
<https://www.politize.com.br/igualdade-equidade-e-justica-social/>. Acesso em 13 nov. 2020.
● Dicionário Oxford. Disponível em <https://www.oed.com/>. Acesso em 21 de Jun. de 2021.
Aula 7
Tema Hegemonia nos espaços de tomada de decisão.
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG02; EMIFCG08; EMIFCHSA06;
Objetivos
● Identificar as distintas estruturas de poder que guiam as tomadas de decisão e influenciam na
vida do indivíduo;
● Analisar o perfil homogêneo nos espaços de poder com a pluralidade existente na sociedade;
● Associar a importância de políticas de inclusão e diversidade para representação de distintos
grupos sociais.
Perguntas Essenciais
● O que se entende por espaços de poder e tomada de decisão?
● Existe um perfil majoritário que ocupa esses espaços?
● Há uma explicação para o descompasso entre a multiplicidade de identidades e perfis na
sociedade e a hegemonia dentro dos espaços de tomada de decisão?
● Como garantir que os recortes de raça, gênero e condição socioeconômica sejam
contemplados e representados nos principais cargos existentes?

Compreensões Duradouras
● Existem diversas estruturas de poder que influenciam - direta e indiretamente - nas ações e
possibilidades do indivíduo;
● Os espaços de tomada de decisão precisam ser reflexo de toda a estrutura social, motivo pelo
qual é necessário que distintos perfis integrem esses cargos de liderança.
● Não há equidade de gênero e raça nos espaços de poder, sendo necessária a implementação e
manutenção de políticas de inclusão e acesso para garantir a diversidade nesses espaços.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula:
● Materiais impressos, pincel e lousa.

Passo a passo:
2) Introdução: (20 min.)
Indique aos(às) estudantes que a temática central da aula será compreensão da hegemonia nos
espaços de tomada de decisão e que o primeiro momento da aula será destinado para a construção de
um mapa das relações de influência e dependência que existem na sociedade. Para isso, registre no
centro da lousa a palavra “Educação” e, a partir das perguntas disparadoras destinadas aos(às)
estudantes, crie conexões com as respostas apresentadas por eles(as) no decorrer da atividade.
Para guiar esse momento, questione os(as) estudantes: “Quem determina e os influencia a
estarem na escola?”. É provável que informem o papel da família, que a sociedade cria uma pressão
para isso, que a escola acompanha a frequência dos(as) estudantes, dentre outros. Registre na lousa
as instituições e agentes indicados por eles(as) (escola, família, sociedade, etc.).
Em sequência, pergunte: “Quem define o que vocês aprendem na escola?”. Caso apresentem
dificuldades em criar conexões com instituições e agentes que fazem essa delimitação, pontue que os
conteúdos apresentados em sala de aula não são selecionados de forma aleatória e facilite o caminho
de reflexão que há atuação de Poder Legislativo na elaboração de diretrizes e normas gerais, da
Secretarias de Educação na construção do referencial curricular, da escola na sistematização do seu
currículo e do(a) Professor(a) na seleção dos conteúdos e na estruturação do planejamento. Repita o
procedimento de registrar as respostas na lousa, fazendo conexões com a palavra central.
Por fim, apresente o seguinte questionamento: “Quem garante que você tenha direito à
educação? E quem fiscaliza para que não seja violado?”. Guie o debate para que os(as) estudantes
reflitam sobre o papel do Poder Legislativo - em nível federal, estadual e municipal - para a criação de
leis que possibilitem o acesso à educação, da importância do Poder Executivo para o cumprimento
dessas determinações legais e a ação do Poder Judiciário para fiscalizar e garantir que esse direito
seja garantido e para solucionar determinados impasses e conflitos de direitos, como a garantia de
vaga nas instituições de ensino, adequação do espaço escolar para atender estudantes com
deficiência, dentre outras situações.
Com as principais respostas na lousa, evidencie aos(às) estudantes que existem diversas
estruturas, agentes e sistemas que influem, de forma direta e indireta, a nossa vida, sendo que a
educação é apenas um exemplo, visto que é possível verificar essas relações em diversos outros
campos. Nesse sentido, os(as) congressistas, deputados(as) e vereadores(as), por exemplo, compõem
espaços de poder e tomada de decisão que determinam os rumos da Educação, na mesma proporção
que Presidente(a), Governador(a) e Prefeito(a) decidem as melhores formas de execução da lei e de
seus projetos, além da atuação dos Tribunais de Justiça e do Ministério Público no julgamento e
fiscalização de demandas nessa área.

3) Dinâmica: Qual a chance? (30 min.)


Explique que os(as) estudantes receberão um jogo em que assumirão a posição de um
personagem fictício e acompanharão todas as possibilidades de decisões e caminhos até chegarem no
grande sonho final, após passarem por quatro estágios. Para realização dessa atividade, separe a
turma em grupos de, aproximadamente, 6 estudantes, sendo que 5 serão participantes e um(a)
conduzirá a dinâmica, sendo denominado(a) como Mestre(a) do Tempo.
O Anexo I contém as informações do jogo, os cards com as situações de cada etapa e os
números de 1 a 5. Além disso, é importante que cada grupo tenha uma pequena urna ou caixa para que
os números sejam sorteados em cada rodada, pois se trata de um jogo de sorte. Cada uma das etapas
se refere a uma fase da vida de João, o personagem principal, desde a adolescência até a escolha de
carreira após a graduação.
Após a divisão dos grupos, é entregue ao(à) estudante designado(a) como Mestre(a) do Tempo
a urna para sorteio, além dos casos e números contidos no Anexo I. Peça para que ele(a) recorte os
números e os coloque dentro da urna para que sejam sorteados a cada rodada.
Em cada rodada, o(a) Mestre(a) do Tempo deverá ler a situação apresentada no campo contexto
do card e passar a urna para que cada participante escolha um número de 1 até 5, que são
correspondentes às alternativas de decisões contidas na folha. É importante que o(a) estudante pegue
o número de maneira aleatória, isto é, sem ver antes, e devolva na urna após o(a) Mestre(a) do Tempo
registrar qual foi a opção atribuída. Todos os(as) estudantes terão acesso às cinco opções e não há
problemas se dois ou mais estudantes seguirem pela mesma trajetória no jogo.
Cada situação contém a informação se o participante prossegue para a próxima rodada. Os(as)
estudantes que não prosseguirem devem permanecer assistindo o jogo até que o(a) último(a)
participante alcance o grande sonho ou seja eliminado(a). Finalizada a atividade, peça para que os(as)
estudantes retornem para seus lugares na organização originária da sala.

4) Exposição dialogada: (25 min.)


De maneira inicial, solicite que os(as) estudantes compartilhem como se sentiram em relação à
última atividade, especialmente aqueles(as) que foram eliminados logo no início da atividade.
Questione o porquê de somente poucos(as) estudantes conseguirem alcançar o objetivo almejado pelo
personagem. Além disso, peça que respondam se o sucesso do personagem dependia, de maneira
exclusiva, da sua ação individual ou existiam outras questões que poderiam criar barreiras para isso.
Com base nas respostas da última pergunta, retome para a primeira atividade e demonstre
aos(às) estudantes que existe uma extensa e complexa estrutura por trás das nossas ações e que se
relacionam com as diversas áreas da vida. É o momento de demonstrar a centralidade que os espaços
de tomada de decisão e poder detêm na sociedade, em que assumem a função de nortear as
possibilidades de caminhos a serem trilhados. Nesse ponto, questione os(as) estudantes quem são as
pessoas que ocupam esses espaços, qual o perfil majoritário e as características socioeconômicas.
Em sequência, com a finalidade de demonstrar a intencionalidade da dinâmica, explique aos(as)
estudantes que, na primeira fase da dinâmica, o objetivo era refletir o levantamento feito pelo IBGE em
2018, o qual demonstrava que a taxa de conclusão do ensino médio da população preta ou parda
estava em 61,8%. Ou seja, esse dado foi traduzido na dinâmica no sentido de que o personagem só
tinha 3 das 5 opções selecionáveis para concluir o ensino médio, em um total equivalente a 60% das
chances, similar ao que acontece na realidade.
Referente ao ingresso no ensino superior previsto na 2ª rodada, observa-se uma distância entre
as taxas de pessoas negras e brancas no acesso a esse nível de ensino. Em 2018, conforme o IBGE, a
taxa de ingresso era de 35,4% na população preta ou parda e de 53,2% na população branca. Por essa
razão, na dinâmica, o personagem só tinha 40% de chances de entrar na Universidade, o que seria
equivalente a duas situações para avançar no nível educacional e continuar no jogo.
A terceira fase reflete dados do nível de desemprego, em que, conforme levantamento realizado
em 2019 pelo IBGE, a média nacional era de 11,9%, sendo que a taxa de desocupação foi de 9,3% para
brancos e 13,6% para pretos ou pardos. Em razão disso, o personagem somente tinha 80% de chances
de conseguir um emprego, após a conclusão do curso superior. Essa fase encaminhava o personagem
para trilhar distintos caminhos, cada qual refletindo a porcentagem de eventual sucesso compassada
com a realidade.
Na rodada destinada para a carreira de magistratura, em que o personagem tem o desejo de se
tornar juiz, apenas uma das opções levava para esse objetivo, uma vez que apenas 18% dos juízes
brasileiros são pardos ou pretos, conforme relatório do perfil sociodemográfico dos magistrados
brasileiros de 2018 realizado pelo Conselho Nacional de Justiça.
A rodada da carreira política retrata que, após as eleições de 2018, apenas 24,36% da
Composição da Câmara dos Deputados eram de deputados federais negros, o que justifica o porquê
apenas uma das opções da dinâmica resultavam na eleição do personagem. Inclusive, conforme a
Agência Câmara de Notícias, homens, brancos, casados e com curso superior formam o perfil
dominante entre os candidatos à Câmara.
Por fim, a rodada atinente ao Setor Privado evidencia que, conforme dados de 2018 do IBGE,
apenas 29,9% dos cargos gerenciais eram ocupados por pretos ou pardos, enquanto 68,6% eram
ocupados por brancos. Com o objetivo de aproximar da realidade, o personagem somente tinha 20% de
chances, isto é, apenas uma situação, em que ele conseguiria o cargo gerencial almejado.
Pontue com os(as) estudantes que esses dados evidenciam a sub-representação de pretos e
pardos, mesmo compondo 56% da população brasileira. Esse processo de reflexão e análise também
pode ser associado aos níveis de representação de mulheres, LGBTs, pessoas com deficiência, dentre
outros recortes, nos espaços de poder e tomada de decisão.

5) Qual a chance? - Parte II: (15 min.)


Informe aos(às) estudantes que existe uma missão extra para a dinâmica realizada e eles(as)
precisam pensar em novas estratégias e soluções para garantir que João alcance seu grande sonho.
Eles(as) deverão, individualmente, responder de que forma é possível aumentar as chances do
personagem em cada uma das etapas e quem seria o agente responsável por executar essa ideia.
Para tanto, precisam elaborar uma solução para cada uma das rodadas e registrar as respostas
no caderno. Retome cada uma das situações com a turma e peça para que cada estudante reflita de
que forma as chances do João poderiam ser aumentadas e, principalmente, como e por quem isso
seria posto em prática.
Após 10 minutos, peça para que os(as) estudantes compartilhem suas respostas. Encaminhe a
discussão no sentido de garantir que os(as) estudantes estejam sugerindo ideias factíveis, isto é, que
sejam possíveis de serem postas em prática, ainda que em um futuro distante. Além disso, ao
mencionarem quem seria o responsável pela execução da ideia proposta, é importante que observem a
existência de uma estrutura complexa de poder, que envolve os três poderes e toda a sociedade.
Por fim, peça para que reflitam se seria mais provável que essas ideias já existissem se os
espaços de tomada de decisão fossem compostos de uma maneira que representasse a diversidade
da sociedade e compreendessem as dificuldades enfrentadas por diversos grupos da população.

6) Arremate: (5 min.)
Oriente os(as) estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
com a aula de hoje e que considerem mais importantes. Reforce que esses registros feitos durante e
ao final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a construção do produto final do
módulo - o podcast ou a cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em
seus cadernos.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução e exposição dialogada: O(A) estudante participa ativamente das discussões e expõe
seu ponto de vista de maneira coerente e alinhada com a temática desenvolvida em sala de
aula. Além disso, traz contribuições pautadas em seu repertório sociocultural e apresenta uma
visão crítica em relação aos temas abordados.
● Dinâmica: Qual a chance?: O(A) estudante demonstra a habilidade de trabalhar de maneira
harmônica em grupo, exercitando a escuta ativa e sua capacidade de colaboração. Ainda, o(a)
estudante designado(a) como Mestre(a) do Tempo desenvolve a atividade de maneira
coordenada e é capaz de seguir as instruções estabelecidas.
● Qual a chance? - Parte 02: O(A) estudante demonstra reflexão crítica sobre as questões
apresentadas, propondo intervenções estratégicas e visando a solução do caso, de maneira
embasada nas discussões evidenciadas durante a aula.
● Arremate: O(A) estudante consegue extrair as compreensões duradouras desejadas de todas
as atividades e discussões feitas durante a aula .
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I: Dinâmica - Qual a chance?
Para saber mais
● Por que o índice de negros em cargos políticos é baixo?
● Número de deputados negros cresce quase 5%.
● Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil.
● Podcast “Qual vai ser?”.
Referencial Teórico:
● Conselho Nacional de Justiça. Perfil Sociodemográfico dos Magistrados Brasileiros 2018:
Relatórios por Tribunal. Disponível em:
<https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2011/02/5d6083ecf7b311a56eb12a6d9b79c625.p
df>. Acesso em 26 nov. 2020
● NERI, Marcelo C. A Escalada da Desigualdade - Qual foi o impacto da crise sobre a distribuição
de renda e a pobreza?. Rio de Janeiro: FGV Social, 2019. Disponível em:
<https://cps.fgv.br/desigualdade>. Acesso em 26 nov. 2020.
Aula 8
Tema Diferentes formas de corrupção
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCG02; EMIFCG07; EMIFCG08.
Objetivos
● Reconhecer o conceito de corrupção.
● Identificar ações comumente presentes no cotidiano brasileiro e que, apesar de terem passado
por processo de naturalização, podem ser consideradas corrupções.
● Identificar a noção estereotipada acerca do conceito de “jeitinho brasileiro”.
Perguntas Essenciais
● Você conhece os diferentes tipos de corrupção?
● Existe corrupção também fora do âmbito político?
● O que significa a expressão “jeitinho brasileiro”? É algo bom ou ruim?
● De onde vem a cultura do “jeitinho brasileiro” e o que ela revela sobre a nossa história e nosso
jeito de resolver problemas?
● Quais tipos de prejuízos a sociedade sofre com as “pequenas corrupções” do dia-a-dia?
Compreensões Duradouras
● Condutas corruptas são aquelas transgressões realizadas com objetivo de obter vantagem
privada e que ocasionam prejuízos à sociedade, de uma maneira geral.
● A corrupção não está limitada ao âmbito político.
● As “pequenas corrupções” do dia-a-dia também geram forte impacto na sociedade.
● A cultura de tolerância a pequenas corrupções acaba legitimando as corrupções de escala
maior.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa; pincel/giz; materiais impressos; caderno; caneta ou lápis e borracha; caso seja possível,
computador ou celular que viabilize a reprodução de podcast e caixa de som.

Passo a passo:
1) Introdução: (10 min.)
Oriente os(as) estudantes a refletirem, em pares, sobre as questões: “Se você precisasse explicar
para um extraterrestre o que significa corrupção, como explicaria? Quais exemplos você daria para
explicar o conceito?”. Utilize a estratégia “virem e conversem” para os(as) engajar nesse momento
inicial da aula, e para garantir que todos(as) realizem o exercício de reflexão proposto.
Estratégia “virem e conversem”: informe aos(às) estudantes que eles(as) terão 2 minutos para
conversarem com o(a) colega que está ao seu lado sobre as questões apresentadas. Cada um(a) terá 1
minuto para apresentar as suas ideias para o(a) colega. Reforce a instrução de que deverão conversar
com quem está sentado ao lado, evitando, assim, que se levantem, movimentem as cadeiras e, dessa
forma, percam a agilidade que a estratégia demanda. Informe a que, logo que der o comando “virem e
conversem”, você começará a marcar o tempo e, assim que completar um minuto desde o começo da
dinâmica, você sinalizará para que a outra pessoa da dupla comece a compartilhar as suas ideias.
Ao final do tempo estipulado, peça que a dupla elabore uma resposta escrita para a pergunta “o
que é corrupção?” e a registre em seus cadernos. Esclareça que farão investigações durante a aula
sobre o conceito, sobre exemplos práticos de corrupção e sobre os impactos da corrupção na
sociedade. Assim, essas respostas serão verificadas no final da aula, para que eles(as) façam a
autoavaliação das que elaboraram.

2) Debate interativo: (60 min. - 20 minutos de leitura prévia e 40 minutos de compartilhamento)


Para o momento de Debate interativo é importante que haja uma preparação prévia da turma
para a vivência. Assim, reforce o combinado de que, nesse momento de diálogo, é ainda mais
importante que todos(as) mantenham postura respeitosa e estejam disponíveis para escutar os
argumentos e opiniões do(a) outro(a), permitindo que todos(as) usufruam do seu turno de fala. Além
disso, reforce que, para que a atividade realmente funcione e consigam alcançar os objetivos do dia, é
muito importante que todos(as) se sintam confortáveis para participar do momento de discussão.
Nessa aula, o papel do(a) Professor(a) será o de moderador(a), garantindo a participação
igualitária de todos(as), sem a interferência nas discussões levantadas pelos(as) estudantes ou a
exposição de temas ou conteúdos.
Esclareça, então, que deverão se sentar em trios e fazer a leitura de texto que será distribuído a
eles(as) (Anexo I). Após a leitura, cada um irá escolher, ao menos, um trecho do texto que mais tenha
chamado a sua atenção e registrar no caderno as razões pelas quais gostou ou não do trecho lido. Por
fim, passarão a compartilhar com os(as) colegas do trio os registros que fizeram e, caso as falas
dos(as) colegas tenham feito com que o grupo chegue a novas conclusões ou reflexões, todos(as) irão
registrar também essas reflexões no caderno. Diga aos(às) estudantes que terão 20 minutos para fazer
a leitura, os registros e as discussões.
Transcorrido esse tempo, disponha a turma em uma grande roda e pergunte quem gostaria de
compartilhar as suas reflexões. Anote, na lousa ou em um papel, a lista de pessoas que pediram a
palavra. Esclareça que essa parte da atividade deverá ser finalizada em até 40 minutos, razão pela qual,
para que a maior quantidade de estudantes consiga falar, é preciso que sejam concisos(as) em suas
falas e respeitem o turno de fala de cada um.
Peça ao(à) primeiro(a) da lista que leia o trecho escolhido e apresente os argumentos para a
escolha que fez. Instigue os(as) estudantes a não apenas dizer se gostaram ou não do trecho, mas
também a trazerem argumentos, expondo o porquê das suas escolhas.
Após a exposição feita pelo(a) primeiro(a) da lista, abra espaço para comentários, perguntando
se alguém também quer falar sobre o trecho que acabou de ser lido ou sobre a fala do(a) colega, e
anote, em uma segunda lista, o nome dos(as) inscritos(as) para fazer comentários - interessante firmar
um limite de até 3 estudantes, para que não seja ultrapassado o tempo previsto para a atividade.
Passe, então, para o segundo nome da lista de pessoas que desejavam compartilhar as
reflexões sobre os trechos do texto que chamaram a sua atenção e siga o mesmo protocolo anterior,
até que todos os inscritos tenham compartilhado as suas ideias ou até que se esgote o tempo previsto
para a atividade.
Observação: esta atividade poderá ser feita, caso haja recursos suficientes (caixa de som e
computador ou celular para reproduzir o áudio), com o apoio de podcast (Anexo II), em substituição ao
texto lido pelos(as) estudantes. Nesse caso, os(as) estudantes poderão escutar o podcast sentados em
seus lugares, sem a necessidade de se dividirem em trios. Caso não seja viável compartilhar o podcast
durante a aula, deixe como sugestão para que, se possível, os(as) estudantes escutem em casa,
reforçando que é muito importante que se familiarizem com o gênero e as possíveis formas de ser
planejado e estruturado.

3) Corrupção na prática: (15 min.)


Mantenha os(as) estudantes sentados em círculo e peça que passem entre eles(as) as imagens
que serão entregues a um(a) estudante - Anexo III. Explique que se trata de uma campanha idealizada
pela Controladoria-Geral da União em 2013, com o objetivo de provocar reflexões acerca de atitudes
que, apesar de serem bastante comuns e consideradas pouco graves ou até mesmo aceitáveis, são
antiéticas e, em alguns casos, ilegais.
Pergunte, então, aos(às) estudantes: “Vocês concordam que esses são exemplos de corrupção?
Alguém, na atividade inicial da aula, utilizou um desses exemplos para falar de corrupção? Esses
exemplos se encaixam no conceito que vocês deram sobre corrupção, no começo da aula?”

4) Arremate: (5 min.)
Peça que os(as) estudantes retomem as anotações que fizeram em seus cadernos durante a
atividade inicial, fazendo as alterações ou acréscimos que agora, após o momento de estudo e
discussão, entendam ser necessários. Reforce que essas anotações vão servir de apoio para a
construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha -, e que, portanto, é muito importante
que eles realizem a atividade com seriedade.
Peça que 3 estudantes compartilhem com a turma as alterações que fizeram - caso não
apareçam voluntários(as), faça sorteio pelo número na lista de chamada ou pedindo para que algum
estudante ou funcionário da escola aponte, de olhos fechados, para algum(a) estudante.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução: é importante observar se os(as) estudantes atenderam aos comandos iniciais,
ficaram atentos(as) às marcações de tempo e concentraram a discussão na reflexão proposta
pelo(a) Professor(a).
● Debate interativo: os(as) estudantes mantiveram-se concentrados(as) durante o momento de
leitura silenciosa (ou de escuta do podcast) e conseguiram fazer reflexões acerca do que leram
ou ouviram, traçando paralelos entre as informações novas e os seus conhecimentos ou
vivências anteriores.
● Corrupção na prática: os(as) estudantes conseguiram relacionar as discussões realizadas ao
longo da aula às situações práticas apresentadas a eles(as), reconhecendo nessas atitudes,
corrupções capazes de reforçar estereótipos e cultura que geram grandes malefícios à
sociedade.
● Arremate: os(as) estudantes foram capazes de realizar autocrítica com relação às concepções
que inicialmente carregavam a respeito do conceito de corrupção e das condutas que
correspondiam a esse conceito, de modo que, sem intervenção direta do(a) Professor(a),
avaliaram as respostas que deram no começo da aula e fizeram alterações e acréscimos
suficientes para incluir em suas anotações ideias que contemplem as compreensões
duradouras esperadas para a presente aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - "Jeitinho brasileiro: da criatividade à corrupção"
● Anexo II - Podcast - #058 - O jeitinho brasileiro
● Anexo III - Campanha Controladoria-Geral da União (Pequenas Corrupções - Diga Não!)
Para saber mais
● CONVERSA SOBRE POLÍTICA: Jeitinho Brasileiro.
● “Pequenas” corrupções, grandes impactos.
Referencial Teórico:
● BARROSO, Luís Roberto. Ética e jeitinho brasileiro: por que a gente é assim? Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/dl/palestra-barroso-jeitinho-brasileiro.pdf>. Acesso em 25 de
outubro de 2020.
● Comunidade de Aprendizagem. Tertúlia Dialógica - 7 atuações de êxito. Disponível em:
<https://www.comunidadedeaprendizagem.com/uploads/materials/6/580d15e17ff1060840d2c
6606046dc28.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2020.
● Escola de Formação de Educadores do Recife Professor Paulo Freire. TERTÚLIA DIALÓGICA:
resumo teórico e sugestões de atividades para professoras/res que atuam nos Anos Inicias.
Disponível em: <TEXTO 3 -TERTÚLIA_DIALÓGICA_Resumo_Teórico_Sugestões_de_Atividades (4)
(1).pdf (recife.pe.gov.br)>. Acesso em: 13 dez. 2020.
● HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
Aula 9
Tema Corrupção e política
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFLGG02; EMIFCHS01.
Objetivos
● Identificar os sentidos do "jeitinho brasileiro" e observar que pode ser abordado de maneira
positiva.
● Investigar como a ideia de corrupção e jeitinho brasileiro afetam a política.
● Associar a importância da democracia no combate à corrupção.
● Avaliar a importância da participação e fiscalização ativa no campo político.
Perguntas Essenciais
● O conceito de “jeitinho brasileiro” está associado somente com práticas corruptas e ilegais?
● Como o Estado e os agentes políticos podem atuar no combate à corrupção?
● É importante participar e acompanhar o que acontece no campo político? Por quê?
Compreensões Duradouras
● A ideia de “jeitinho brasileiro” pode estar associada com a capacidade de demonstrar a
criatividade. Ainda, pode caracterizar o traço solidário e conciliador brasileiro.
● É importante fortalecer as instituições democráticas para garantir um combate efetivo à
corrupção, em que distintos atores precisam trabalhar conjuntamente, sobretudo no campo
político, para diminuir os índices de corrupção.
● É importante manter uma postura ativa perante à política, acompanhando e fiscalizando a
atuação dos representantes políticos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Materiais impressos; cartolina; canetas coloridas; blocos de notas adesivas; pincel e lousa.

Passo a passo:

1) Introdução: (15 min.)


Retome o que foi apresentado na última aula, que a corrupção existe em diferentes níveis e que
existe a construção de um “jeitinho brasileiro” no imaginário popular. A partir disso, proponha aos(às)
estudantes os seguintes questionamentos: “Só há um lado negativo na ideia de jeitinho brasileiro? Quais
outras ações e características é possível enquadrar em uma visão positiva?” e colha algumas respostas.
Em sequência, registre na lousa o seguinte silogismo: “Os humanos são políticos/ Os corruptos
são humanos/ Logo, os corruptos são políticos”. Explique que a estrutura apresentada é de um
silogismo, método utilizado por Aristóteles ao desenvolver seus estudos no campo da argumentação,
em que, a partir de duas proposições (premissas), é possível obter, por dedução, uma terceira
(conclusão).
Peça para que os(as) estudantes que concordam com a conclusão levantem a mão e selecione
alguns(algumas) estudantes para compartilharem as razões que os(as) fazem acreditar na veracidade
daquele silogismo. Em sequência, do mesmo modo, solicite aos(às) estudantes que discordam dessa
afirmação para que se manifestem e exponham suas opiniões em relação à conclusão apresentada.
2) World Café: (45 min.)
Com algumas adaptações, propõe-se o modelo de dinâmica conhecido como World Café, uma
metodologia pautada na troca em grupos e que visa evidenciar a inteligência coletiva. Para tanto,
organize 3 mesas de conversas e separe a turma em grupos. Deixe nas mesas uma cartolina em branco,
canetas coloridas e blocos de notas adesivas para que registrem as ideias e insights.
Após os(as) estudantes se acomodarem nas mesas, informe que eles(as) precisam escolher
um(a) anfitrião(ã), que permanecerá fixo(a) na mesa, enquanto os(as) outros(as) entrarão no esquema
de rodízio de mesas, denominados(as) como “viajantes”. A(O) anfitrião(a) é responsável por viabilizar o
debate na mesa e atualizar os(as) novos(as) viajantes que chegam sobre quais foram os pontos
abordados anteriormente. Cabe, assim, ao(à) anfitrião(ã) conectar as ideias apresentadas pelos grupos
anteriores com as discussões suscitadas pelo grupo presente. Os temas das mesas serão os
seguintes:

❖ Mesa 01: O lado positivo do jeitinho brasileiro (Anexo 1);


❖ Mesa 02: Democracia e percepção sobre a corrupção (Anexo 2);
❖ Mesa 03: Mecanismos de acompanhamento da atuação dos agentes públicos (Anexo 3).

Cada rodada terá duração de 15 minutos, sendo que os primeiros 5 minutos serão destinados
para a reflexão da pergunta disparadora da respectiva mesa, a qual está em destaque no Anexo. Em
sequência, os(as) estudantes terão acesso ao Anexo da mesa com as leituras indicadas. Após
todos(as) os(as) viajantes lerem as informações disponibilizadas, o(a) anfitrião(ã) retomará a pergunta
disparadora para que os(as) estudantes discutam as principais informações do texto e como se
relaciona com a pergunta disparadora.
Encoraje que os(as) estudantes registrem suas reflexões e ideias na cartolina, por meio de
frases, rabiscos e até desenhos. Além de um registro da construção coletiva do grupo, serve para que,
tanto o grupo quanto o(a) anfitrião(ã)) façam conexões com ideias de viajantes anteriores.

3) Momento de troca: (25 min.)


Para viabilizar a troca e o debate dos principais pontos da atividade anterior, organize a sala em
círculo ou em meia lua (modelo U), formas de organização de espaço que facilitam a discussão entre
os(as) estudantes.
Solicite que os(as) estudantes designados como anfitriões(ãs) contem quais foram os principais
pontos levantados durante as discussões, bem como se houve algum padrão entre as respostas e
reflexões apresentadas pelos grupos. Encoraje para que os(as) viajantes contem como foi a experiência
e quais foram os principais aprendizados. Inclusive, solicite que façam relações com os temas
estudados nas aulas anteriores. Este é um momento para sintetizar as descobertas e analisar a
efetivação do conhecimento coletivo desenvolvido no decorrer da atividade.

4) Arremate: (5 min.)
Oriente os(as) estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
com a aula de hoje e que considerem mais importantes. Reforce que esses registros feitos durante e ao
final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo
- o podcast ou a cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus
cadernos.

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução: O(A) estudante demonstra a capacidade de defender seu ponto de vista de maneira
coerente e com propriedade.
● World Café: O(A) estudante demonstra participação colaborativa, exercitando a escuta ativa e
com ponderações que agregam para o debate. Além de evidenciar a capacidade de trabalhar em
grupo, o(a) estudante apresenta posições que fogem do senso comum e se relacionam com os
materiais de apoio e com os conhecimentos adquiridos nas aulas anteriores.
● Arremate: A partir das discussões pautadas nos distintos grupos, o(a) estudante consegue
sistematizar os principais aprendizados no decorrer das atividades, no sentido das
compreensões duradouras desejadas para esta aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo 1: Mesa 01 - O lado positivo do “jeitinho brasileiro”.
● Anexo 2: Mesa 02 - Democracia e percepção sobre a corrupção.
● Anexo 3: Mesa 03 - Mecanismos de acompanhamento da atuação dos agentes públicos.
Para saber mais
● Controle Social: o que você tem a ver com isso?
● Medindo a corrupção: conheça o ranking da Transparência Internacional
● Controle Social
Referencial Teórico:
● BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro - a arte de ser mais igual que os outros. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 1992.
● Barros Filho, Clóvis de. Corrupção: Parceria degenerativa/Clóvis de Barros Filho, Sérgio Praça.–
Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2014.
● BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
● LEAL, Rogério Gesta. Estado, democracia e corrupção: equações complexas. Revista de
Investigações Constitucionais, Curitiba, vol. 6, n. 1, p. 91-106, jan./abr. 2019
Aula 10
Tema Finalidade do Direito Administrativo
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG03; EMIFCHS03; EMIFCG08.
Objetivos
● Compreender a definição de Estado e as suas atribuições específicas.
● Identificar as finalidades principais do Direito Administrativo, estabelecendo comparativo entre
as diretrizes que pautam o setor público e o setor privado.
Perguntas Essenciais
● O que é o Estado? Qual é a diferença entre “estado” e “Estado”?
● Qual é o papel fundamental do Estado?
● Por que não é viável administrar uma cidade da mesma forma como se administra uma
empresa privada?
● Qual é a importância de garantir que, em determinados momentos, os interesses da
coletividade se sobreponham a interesses individuais?
● Qual é o ramo do Direito que regula a atuação do Estado na sociedade?
Compreensões Duradouras
● O Estado é o conjunto de instituições que cuidam, administram e controlam uma nação e seu
conjunto de normas.
● A finalidade do Estado é zelar pelo bem da coletividade.
● A Administração Pública se difere da Privada principalmente porque naquela os interesses da
coletividade se sobrepõem aos interesses privados.
● O Direito Administrativo é o ramo do direito que trata das normas jurídicas às quais estão
submetidas a Administração Pública.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa; pincel/giz; materiais impressos; folha A4; caderno, caneta ou lápis, borracha e, caso seja
viável, projetor multimídia.

Passo a passo:
1) Introdução: (15 min.)
Destine esse momento inicial para fazer um levantamento das concepções prévias dos(as)
estudantes acerca dos conceitos que serão tratados ao longo da aula, sobretudo o conceito de Direito
Administrativo, investigando por meio de perguntas disparadoras, como: “Do que vocês acreditam que
o Direito Administrativo cuida? Com o que parece a palavra ‘administrativo’? E a Administração Pública,
para o que acreditam que serve?”. Registre na lousa, em tópicos, as ideias compartilhadas pelos(as)
estudantes.

2) Mapa mental: (30 min.)


Esclareça aos(às) estudantes que deverão ler o texto que será distribuído a eles(as) (Anexo I),
destacando as palavras-chave e as informações que considerem mais importantes. Em seguida,
deverão elaborar na folha A4, que irão receber, um mapa mental com as principais informações e
conceitos presentes no texto lido.
Esclareça que o mapa mental deverá ser construído da seguinte forma: no centro da folha
deverá estar representado, por desenhos, símbolos ou palavras-chave, aquilo que os(as) estudantes
consideram que é o mais importante dentre todos os conceitos e informações presentes nos textos. A
esse centro deverão estar ligadas as informações e os conceitos que considerem que são derivados
ou menos relevantes. Oriente também que usem estratégias visuais, como utilizar as linhas que
conectam as informações com traçado mais fino ou mais grosso, para dar ênfase ou fazer
associações em seu mapa mental. Reforce que são apenas exemplos e que eles não precisam ficar
presos a nenhum desses modelos, desde que sigam a lógica do mapa mental.
A turma deverá ser organizada em grupos de quatro a cinco estudantes, sendo que cada um
dos componentes do grupo exercerá uma função específica (mediador(a): mediar a conversa e
estimular que todos(as) participem e que estejam compreendendo os comandos da atividade, além de
levar as eventuais dúvidas do grupo ao(à) Professor(a)(a) - nesse caso, deverá levantar a mão em
silêncio e aguardar que o(a) Professor(a)(a) venha até o grupo; relator(a): coletar e registrar as
respostas construídas pelo grupo; orador(a): apresentar a produção do grupo para o restante da turma;
cuco: controlar o tempo da atividade e garantir que todos estejam se sentindo confortáveis e
engajados), além de participar de todas as discussões e construções necessárias para a realização da
atividade, como um todo.

3) Análise e intervenções: (20 min.)


Recolha os mapas mentais construídos pelos(as) estudantes e explique que eles(as) irão
receber um mapa mental construído por outro grupo. Assim, deverão analisar o mapa mental que
receberam e discutir sobre os pontos que considerem de mais destaque, assim como aquelas
informações que não compreenderam ou que discordam. Feita essa análise e discussão, deverão
realizar intervenções no mapa mental para incluir as considerações que acreditem que precisam ser
feitas, seja para reforçar ideias já presentes no mapa, para acrescentar informações ou seja para
apresentar reflexões críticas sobre algo. Reforce o combinado de manifestar as suas opiniões de
maneira respeitosa, sem desmerecer ou anular as opiniões divergentes.

4) Compartilhamento de ideias: (20 min.)


Peça que os(as) estudantes organizem-se e apresentem para a turma, de maneira bastante
sucinta (em, aproximadamente, 2 minutos) as informações que consideraram mais importantes ao
elaborar o seu próprio mapa mental e as reflexões que tiveram, ao analisar o mapa mental dos(as)
colegas, compartilhando e justificando as intervenções que fizeram.

5) Arremate: (5 min.)
Escreva as perguntas na lousa: “Qual é a importância de garantir que, em determinados
momentos, os interesses da coletividade se sobreponham a interesses individuais? E de que forma o
Estado pode garantir isso?”. Peça que algum(a) estudante se voluntarie para responder uma delas na
própria lousa - caso não apareçam voluntários, faça sorteio através do número na lista de chamada ou
pedindo para que algum(a) estudante ou funcionário(a) da escola aponte, de olhos fechados, para
algum(a) estudante.
Após o registro da resposta na lousa, pergunte à turma o que pensaram de diferente do que foi
respondido pelo(a) colega e o porquê disso. Oriente-os(as), então, a registrarem, de forma resumida, as
reflexões que foram levantadas a respeito da pergunta presente no quadro, de modo que essas
anotações apoiem a construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha. Reforce que essa
anotação será muito importante para os(as) ajudar, depois, com essa produção final.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução: os(as) estudantes participaram do momento de conversação oral, compartilhando
as suas concepções prévias e respeitando o turno de fala do outro.
● Mapa mental: os(as) estudantes mantiveram-se concentrados(as) durante o momento de
leitura, participaram ativamente das discussões promovidas em seu grupo, assim como da
construção do mapa mental. Aqui, é importante avaliar se os(as) estudantes destacaram as
informações mais importantes dos textos lidos, demonstrando que compreenderam o conceito
de Estado, de Direito Administrativo e as suas finalidades respectivas.
● Compartilhamento de ideias: os(as) estudantes mantiveram postura crítica-reflexiva, de modo
que conseguem autonomamente fazer apontamentos sobre o trabalho dos(as) colegas,
reforçando a avaliação do entendimento dos conhecimentos duradouros previstos para a aula.
● Arremate: os(as) estudantes conseguiram extrair de todas as atividades e discussões feitas
durante a aula as compreensões duradouras desejadas para esta aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Texto de apoio
Para saber mais
● Estado: entenda o que é esse conceito! (politize.com.br)
● Estado, país ou nação? Entenda as diferenças | Politize!
● Exemplos de Mapas Mentais
Referencial Teórico:
● BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
● REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.
Aula 11
Tema Princípios da administração pública
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCHS01; EMIFCHS02.
Objetivos
● Identificar que existem princípios que regem a atuação da Administração Pública;
● Reconhecer a existência dos princípios expressamente previstos no artigo 37, caput, da
Constituição Federal;
● Diferenciar os princípios do artigo 37 da Constituição Federal e listar as funções e
características.
Perguntas Essenciais
● O que rege as ações dos agentes na administração pública?
● Qual a importância dos princípios previstos no artigo 37 da Constituição Federal para a
manutenção do Estado? É importante respeitar esses princípios?
● Quais as principais características e funções de cada um dos princípios explícitos da
Administração Pública?
Compreensões Duradouras
● As ações dos agentes públicos e de toda máquina estatal é balizada por princípios previstos na
Constituição Federal.
● Cada princípio explicitado no artigo 37 da Constituição Federal possui uma finalidade distinta e
que sua observância vincula todo o Estado.
● A não observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência fere toda a administração pública e pode significar o cometimento de um crime.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Materiais impressos; cartolina; lápis; canetas coloridas; lousa; pincel.

Passo a passo:
1) Introdução (10 min.)
Inicie esta aula questionando se os(as) estudantes sabem o que é a Constituição Federal e qual
a finalidade deste documento. Retome que a Constituição Federal é a lei mais importante do país e
responsável por reger toda a atuação do Estado, visto que contém regras sobre como devem ser feitas
as leis e como devem funcionar os três Poderes, além de diversos outros temas importantes.
Registre na lousa o seguinte fragmento do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, contido no
capítulo sobre a Administração Pública:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
[...]

Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>.
Acesso em 18 de Jun de 2021.
Peça para que os(as) estudantes, a partir das reflexões da aula anterior, pontuem o que
entendem por Administração Pública. Em seguida, explique que esta aula é destinada para explicar
cada um desses princípios e o porquê da administração pública obedecê-los.

2) Quebra-cabeça: (20 min.)


Para realização desta atividade, organize cinco estações com os respectivos textos contidos no
Anexo I, sendo que cada uma será destinada para um dos princípios da Administração Pública
(legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). Em seguida, separe a turma em
grupos de cinco estudantes, sendo que cada um(a) deverá ser nomeado com uma dessas letras: L - I -
M - P - E. Por exemplo, o grupo 01 será composto pelos(as) estudantes 1L, 1I, 1M, 1P e 1E, já o grupo 2
será formado pelos(as) estudantes 2L, 2I, 2M, 2P e 2E, assim sucessivamente.
Após a organização dos grupos, solicite que os(as) estudantes se dirijam para a estação em que
a primeira letra do princípio corresponda à sua letra de identificação, de forma que, quem tem L após os
números, deve ir para a estação do princípio da Legalidade; os(as) com a letra I devem ir para estação
da Impessoalidade; com a letra M, devem se dirigir para o princípio da Moralidade; os(as) estudantes
com a letra P se referem ao princípio da Publicidade; e, por fim, aqueles(as) com a letra E devem ir até a
estação do princípio da Eficiência.
Com os(as) estudantes em suas respectivas estações, solicite que leiam os textos disponíveis,
discutam e cheguem a um consenso. Todos os membros do grupo recebem a missão de se
apropriarem do correspondente princípio da Administração Pública. Informe que os grupos terão 15
minutos para leitura, discussão e anotação das compreensões.

3) Juntando as peças: (30 min.)


Finalizado o tempo disponibilizado na atividade anterior, os(as) estudantes retomam aos seus
grupos originários. Neste momento, cada estudante deverá socializar as informações apresentadas nas
estações e, em sequência, o grupo deverá construir um produto final com as informações coletadas.
Dessa forma, os(as) estudantes terão acesso a todas as peças, o que resultará na compreensão geral
dos princípios da Administração Pública.
Entregue uma cartolina para cada grupo e informe que deverão escolher um(a) estudante como
harmonizador(a), responsável por garantir que todos tenham espaço para compartilhar as
compreensões das respectivas estações.
O(A) harmonizador(a) deverá conduzir um momento inicial de troca entre os(as) estudantes, em
que deverão expor os principais pontos suscitados nas estações, suas anotações e as compreensões
resultantes. Sequencialmente, o grupo deverá sistematizar todas essas informações na cartolina que
receberam. Encoraje os(as) estudantes a utilizarem abordagens criativas, em que poderão construir
mapas mentais e conceituais, infográficos, cartazes com lettering, entre outras possibilidades.

4) Socializando os resultados: (15 min.)


Solicite para que cada grupo apresente qual foi o produto final elaborado para o restante da
turma. Os grupos deverão expor, de maneira breve, o que entenderam de cada princípio e qual foi a
estratégia de sistematização utilizada na cartolina, como mapa mental, organização em tópicos,
colunas, infográfico etc.
Além disso, os grupos poderão pontuar quais são as principais dúvidas em relação ao tema, a
fim de encontrar respostas a partir do debate com o restante da turma e com o(a) Professor(a). Para
esta atividade, é interessante que a organização da sala esteja em meia lua, no modelo U, para que
todos(as) os(as) estudantes estejam voltados para a lousa e, ainda, seja propício para o debate.
5) Arremate: (5 min.)
Oriente os(as) estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
com a aula de hoje e que considerem mais importantes. Reforce que esses registros feitos durante e ao
final de cada aula do módulo serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo
- o podcast ou a cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus
cadernos.

6) Atividade para casa: Pesquisa para a culminância (10 min.)


Considerando a proximidade da fase de produção da culminância - podcast ou cartilha -, informe
aos(às) estudantes que eles(as) deverão realizar pesquisas em relação aos temas que serão
explorados na atividade final desta Eletiva. Os grupos, cuja divisão ocorreu na aula 02, deverão
responder as respectivas perguntas contidas no Anexo VI. Nesse documento, constam perguntas que
sintetizam os principais elementos trabalhados no decorrer da Eletiva e apresentam reflexões que
os(as) estudantes já tiveram contato anteriormente.
Reforce que essa pesquisa é essencial para o desenvolvimento dos próximos passos da
culminância, pois será a principal fonte de informações para a elaboração do roteiro e a posterior
gravação do podcast ou a escrita da cartilha. Por esse motivo, destaque que as respostas precisam ser
bem elaboradas e devidamente embasadas por meio do uso de referenciais confiáveis.
Leia as instruções contidas no Anexo e, caso haja tempo, pontue quais questionamentos foram
designados para cada grupo. Em sequência, solicite que os grupos façam essa atividade em casa ou,
se possível, na escola durante o contraturno, e tragam para a próxima aula, visto que será de grande
importância para o processo de construção do esboço de roteiro que será exigido na aula 12.

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Quebra-cabeça: Além de evidenciar a capacidade de trabalhar em grupo, o(a) estudante
apresenta posições que se relacionam com os materiais de apoio e com os conhecimentos
adquiridos nas aulas anteriores.
● Juntando as peças: O(a) estudante demonstra participação colaborativa, exercitando a escuta
ativa e com ponderações que agregam para o debate. Ainda, demonstra a capacidade de
articular os conhecimentos adquiridos de maneira coordenada e criativa.
● Arremate: A partir das discussões pautadas nos distintos grupos, o(a) estudante consegue
sistematizar os principais aprendizados no decorrer das atividades, no sentido das
compreensões duradouras desejadas para esta aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I: Estação 01 - Princípio da Legalidade
● Anexo II: Estação 02 - Princípio da Impessoalidade
● Anexo III: Estação 03 - Princípio da Moralidade
● Anexo IV: Estação 04 - Princípio da Publicidade
● Anexo V: Estação 05 - Princípio da Eficiência
● Anexo VI: Instruções para pesquisa - Culminância
Para saber mais
● Princípios Básicos da Administração Pública: Poderes, Deveres, Direitos e Responsabilidades do
Servidor.
Referencial Teórico:
● DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 19.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
● MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 1990, São Paulo: R. dos Tribunais.
● OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Princípios do Direito Administrativo. 2ª ed., São Paulo:
Método, 2013.
● Conheça os 5 princípios da Administração Pública!. Disponível em:
https://www.politize.com.br/principios-administracao-publica/. Acesso em 26 de Dez de 2020.
Aula 12
Tema Corrupção e princípios da administração pública
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCG02; EMIFCG03; EMIFLGG01.
Objetivos
● Identificar diferentes tipos de corrupção relativos à atuação no setor público.
● Associar casos de corrupção noticiados na mídia à violação de Princípios da Administração
Pública.
● Analisar os impactos causados na sociedade pela não observância dos Princípios da
Administração Pública.
● Organizar um rascunho para o roteiro do podcast ou da cartilha, a serem produzidos pelos(as)
estudantes e apresentados na culminância da Eletiva.
Perguntas Essenciais
● De quais formas o Direito cuida de evitar que atos de corrupção, prejudiciais à sociedade,
aconteçam?
● Quais prejuízos a sociedade sofre em decorrência de atos de corrupção?
● É possível que os prejuízos causados por atos de corrupção gerem impactos somente isolados,
ou seja, a apenas um ou outro setor da sociedade? Por quê?
● De que forma os Princípios da Administração Pública orientam as condutas dos agentes
públicos?
Compreensões Duradouras
● Os Princípios da Administração Pública são norteadores para as definições legais de combate
à corrupção.
● Uma mesma conduta corrupta pode ser rechaçada por mais de uma lei, a depender da ótica
que se analisa o caso.
● Os atos de corrupção geram largos impactos na sociedade, podendo abalar a economia do
país, aumentar desigualdades e injustiças, assim como afastar a população do cenário de
decisão política, em razão do descrédito existente em torno dos governantes e agentes
públicos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Lousa; pincel/giz; materiais impressos; caderno, caneta ou lápis e borracha; cartolina; fita
adesiva (para expor os cartazes ao final); caneta hidrográfica.

Passo a passo:
1) Introdução: (5 min.)
Registre na lousa a seguinte proposta: escolha um dos Princípios da Administração Pública
estudados na aula anterior e escreva no seu caderno por que considera importante que ele seja
observado na administração da escola. De que maneira a rotina de todos que fazem parte da escola é
impactada pela observância desse Princípio?
Peça que os(as) estudantes reflitam sobre a questão exposta e elaborem uma breve resposta
em seus cadernos, em até 3 minutos. Em seguida, convide um(a) estudante a fazer a leitura do
pequeno texto que escreveram e abra espaço para que os(as) demais estudantes comentem os textos
do(a) colega, em um breve momento de discussão.
2) Breve exposição dialogada: (10 min.)
Comece esse momento de exposição dialogada pedindo que levante a mão quem acha que a
corrupção é um grave problema visto no Brasil. Em seguida, peça que levante a mão quem acha que a
corrupção é o problema mais grave enfrentado no Brasil. Conte então à turma que, em 2015, foi feita
uma pesquisa pelo Datafolha, que revelou que os brasileiros consideram a corrupção o maior problema
do país, superando outras questões, como educação, saúde, violência, etc.
Explique que existem diversas leis que estipulam medidas de combate à corrupção. Algumas
leis prevêem penalidades/sanções de caráter penal, ou seja, com a aplicação de pena de restrição de
liberdade e multa, enquanto outras buscam a reparação civil dos danos gerados pela conduta corrupta.
Assim, o Código Penal imputa como crimes alguns atos, como: 1) o de oferecer vantagem a
funcionário público, para benefício próprio - corrupção ativa; 2) o ato do servidor público que recebe ou
solicita, em razão de sua função, vantagem indevida - corrupção passiva; 3) o de influenciar ato de
servidores públicos, para benefício próprio ou de outras pessoas - tráfico de influência; 4) o ato do
servidor público que se apropria de dinheiro ou bem público que está em sua posse, em razão da
função que exerce - peculato; 5) o de exigir quaisquer vantagens, para si ou para outrem, em razão da
função que exercem - concussão, dentre outros. Existem outras leis, além do Código Penal, que
também prevêem pena de prisão por atos corruptos, como é o caso Lei de licitações, da Lei de
lavagem de dinheiro, Lei das Organizações Criminosas, etc.
Acrescente que existem, também, normas que preveem a reparação civil, ou seja, o pagamento,
pelo(a) corruptor(a), de valor suficiente para reparar os danos causados pela conduta corrupta. São
leis como o Código de Defesa do Consumidor, a Lei de Improbidade Administrativa, a Lei Anticorrupção
e o próprio Código Civil.
O Ministério Público Federal criou um portal que apresenta os diferentes tipos de corrupção
existentes e para os quais são previstas penalizações em lei, com a indicação de exemplos práticos
para cada um deles.
Por fim, questione aos(às) estudantes por que acreditam que existem tantas leis para tentar
combater a corrupção. O que entendem que há de problemático com a corrupção? Por que é vista
como um problema tão grave?

3) Mapeamento de consequências: (25 min.)


Esclareça aos(às) estudantes que irão receber um caso de corrupção que foi bastante
divulgado nas mídias. Eles(as) deverão ler o caso e analisar quais Princípios da Administração Pública
foram feridos por meio das condutas noticiadas. Além disso, deverão fazer um mapa de
consequências, registrando no centro de uma cartolina qual foi o caso de corrupção que receberam e
qual é o principal problema relacionado a esse caso (exemplos: rombo nos cofres públicos; abuso de
poder; abuso de informação, etc) e relacionar a esse caso e a esse problema principal possíveis
consequências negativas imputadas para a sociedade em razão dele. Oriente os(as) estudantes que
devem tentar refletir e buscar não apenas as consequências mais diretas, que atingem aquelas
pessoas que estão estreitamente ligadas ao fato ocorrido, mas todos os âmbitos da sociedade, de
uma forma geral.
A ideia é desenhar um modelo simples de mapa de consequências, em formato de diagrama.
Peça, então, que os(as) estudantes se dividam em grupos de, no mínimo, 3 e, no máximo, 5 pessoas, e
cumpram essa primeira etapa da atividade, que consiste em leitura, discussão e construção do mapa
de consequências mental em 20 minutos.
Para tanto, distribua um cartão, contendo o relato de um caso de corrupção, por grupo (Anexo
I). Relembre-os(as) que cada um dos componentes do grupo deverá exercer uma função específica
(mediador(a): mediar a conversa e estimular que todos(as) participem e que estejam compreendendo
os comandos da atividade, além de levar as eventuais dúvidas do grupo ao(à) Professor(a) - nesse
caso, deverá levantar a mão em silêncio e aguardar que o(a) Professor(a) venha até o grupo; relator(a):
coletar e registrar as respostas construídas pelo grupo; orador(a): apresentar a produção do grupo para
o restante da turma; cuco: controlar o tempo da atividade e garantir que todos estejam se sentindo
confortáveis e engajados), além de participar de todas as discussões e construções necessárias para
a realização da atividade, como um todo.

4) Análise e intervenções: (20 min.)


Após a realização da primeira etapa da atividade, recolha os mapas de consequências
construídos pelos(as) estudantes e os respectivos cartões. Explique a eles(as) que irão receber um
novo caso de corrupção, bem como um mapa de consequências construído por outro grupo. Assim,
deverão ler e discutir o novo caso, bem como analisar o mapa que receberam. Irão acrescentar outras
consequências que ainda não estavam presentes no mapa e realizar intervenções, reforçando ideias
ou mesmo apresentando reflexões críticas sobre alguma consequência inserida pelos colegas do
grupo anterior. Reforce o combinado de manifestar as suas opiniões de maneira respeitosa, sem
desmerecer ou anular as opiniões divergentes. Explique que terão 10 minutos para completar essa
etapa da atividade.
Repita o procedimento até que toda a turma faça a leitura de três dos casos de corrupção e
faça intervenções em 2 respectivos mapas mentais .

5) Exposição e análise das versões finais dos mapas mentais: (10 min.)
Recolha todos os mapas de consequências e redistribua-os, entregando aos grupos aqueles
mapas que construíram inicialmente. Oriente os(as) estudantes a analisarem as ideias apresentadas
pelos(as) colegas, registrando no caderno as sugestões e interferências que mais chamaram a
atenção deles(as) e, em seguida, compartilhando com o seu grupo as anotações que fizeram,
contando por que acharam aquela interferência interessante e o que mais chamou a sua atenção.
Esclareça que terão 10 minutos para realizar essa etapa final da atividade.

6) Arremate: (5 min.)
Escreva as perguntas na lousa: “É possível que os prejuízos causados por atos de corrupção
geram impactos somente isolados, ou seja, a apenas um ou outro setor da sociedade? Por quê?” Peça
que algum(a) estudante se voluntarie para responder a pergunta na lousa - caso não apareçam
voluntários, faça sorteio pelo número na lista de chamada ou pedindo para que algum(a) estudante ou
funcionário da escola aponte, de olhos fechados, para algum(a) estudante.
Após o registro da resposta na lousa, pergunte à turma o que pensaram de diferente do que foi
respondido pelo(a) colega e o porquê disso. Oriente-os(as), então, a registrarem, de forma resumida, as
reflexões que foram levantadas a respeito da pergunta presente no quadro, de modo que essas
anotações apoiem a construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha. Reforce que essa
anotação será muito importante para os(as) ajudar, depois, com essa produção final.

7) Elaboração do rascunho do roteiro - para podcast ou cartilha: (15 min.)


Destine esse período final da aula ao início da produção do podcast ou da cartilha, a ser
apresentada no dia da culminância. Desse modo, faça uma breve exposição dialogada acerca do
passo a passo necessário para essa produção. Feita a divisão dos grupos e a distribuição dos temas
na aula 02, bem como tendo sido os(as) estudantes orientados(as) a iniciarem pesquisa a respeito do
tema que irão trabalhar, este é o momento de elaborarem um primeiro rascunho do roteiro do podcast
ou da cartilha, que será revisado e finalizado na aula seguinte.
Caso a turma tenha optado por produzir um podcast, é importante esclarecer a que tal gênero
pode ter diferentes formatos e estilos. Assim, um podcast pode ter um tom de um bate-papo sobre
determinado assunto, pode conter entrevistas ou pode ser a construção mais firmemente
pré-estabelecida de uma reflexão aprofundada sobre a temática abordada.

Esclareça, então, que, até o final da aula, deverão ter:

1) definido qual será o público-alvo do podcast ou da cartilha;


2) listado os tópicos que irão abordar;
3) planejada a maneira como irão abordar os assuntos (se no podcast haverá trechos de
entrevistas, se será um bate-papo, se apenas uma ou mais pessoas apresentarão reflexões, se irão
construir uma história para tratar do assunto. Caso optem pela cartilha, precisarão também definir
como será a construção do texto);
4) organizado e elaborado um rascunho para roteiro do podcast ou da cartilha.

Para apoiá-los(as) na escolha dos assuntos a serem trabalhados, distribua, entre os grupos, um
cartão com com a descrição dos temas distribuídos a cada grupo (Anexo II). Além disso,
oriente-os(as) a retomar as anotações que fizeram no caderno, ao longo do semestre, principalmente
aqueles registros feitos ao final de cada aula, assim como as pesquisas que fizeram em casa.
Passe pelos grupos durante a aula, para verificar como está o andamento do trabalho, bem
como as dificuldades que os(as) estudantes estão encontrando. É possível que os(as) encontrem
certa dificuldade para esboçar a estrutura do roteiro.

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução: Os(As) estudantes mantiveram-se concentrados(as) durante o momento de escrita,
demonstrando que refletiram sobre a questão proposta pelo(a) Professor(a). Além disso, foi
possível perceber, por meio dos pequenos textos compartilhados e pelas contribuições orais
dos(as) estudantes, que compreenderam a importância e aplicabilidade dos Princípios da
Administração Pública estudados na aula anterior.
● Mapeamento de consequências: Os(As) estudantes mantiveram-se concentrados(as) durante o
momento de leitura, participaram ativamente das discussões promovidas em seu grupo, assim
como da construção do mapa de consequências, momento em que demonstram que
conseguem resgatar, de suas percepções e vivências prévias, possíveis impactos sociais
causados pelos casos de corrupção que leram.
● Exposição e análise das versões finais dos mapas mentais: Os(As) estudantes mantiveram
postura crítica-reflexiva, de modo que conseguem autonomamente fazer apontamentos sobre o
trabalho dos(as) colegas, reforçando a avaliação do entendimento dos conhecimentos
duradouros previstos para a aula.
● Arremate: Os(As)estudantes conseguiram extrair as compreensões duradouras desejadas de
todas as atividades e discussões feitas durante a aula.
● Elaboração do rascunho do roteiro: Os(As) estudantes fizeram bom uso do tempo e se
engajaram na tarefa de começarem as discussões acerca da elaboração do roteiro para o
podcast ou para a cartilha. Ouviram ativamente as ideias apresentadas pelos(as) colegas e
fizeram o registro das propostas elaboradas neste momento.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - cartões com casos de corrupção emblemáticos.
● Anexo II - cartões de apoio para a elaboração do rascunho do roteiro.
Para saber mais
● 10 leis contra a corrupção no Brasil (jusbrasil.com.br)
● Portal de Combate à Corrupção (mpf.mp.br)
● Datafolha: Corrupção lidera, pela primeira vez, pauta de problemas do país
● Artigo sobre podcasts
● Construção de cartilhas
Referencial Teórico:
● MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 1990, São Paulo: R. dos Tribunais.
● Datafolha. Corrupção lidera pela primeira vez pauta de problemas do país. Disponível em
<https://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2015/11/1712972-corrupcao-lidera-pela-pri
meira-vez-pauta-de-problemas-do-pais.shtml>. Acesso em 18 de Jun de 2021.
Aula 13
Estrutura composicional do podcast ou da cartilha e
Tema roteiro
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFLGG03; EMIFCG06.
Objetivos
● Revisar o roteiro do podcast ou da cartilha e elaborar a sua versão final.
● Gravar o podcast ou a escrever a cartilha.
Perguntas Essenciais
● Como é feita a produção de um podcast ou cartilha?
● O que torna um podcast ou uma cartilha interessantes?
● Quais tópicos ou abordagens não podem faltar no podcast ou na cartilha produzida por vocês?
● Quais ferramentas são necessárias para a gravação do podcast ou a escrita da cartilha?
Compreensões Duradouras
● Reconhecer a importância de planejar a produção de um texto, escrito ou oral, antes da sua
produção, propriamente dita.
● Podcast é um gênero oral, publicado nos meios digitais, normalmente composto por diversos
episódios, semelhantes a programas de rádio.

Ou, caso seja feita a opção pela elaboração da cartilha:

● A cartilha é um texto impresso de caráter educativo ou instrutivo, que tem por finalidade
apresentar informações aos leitores, acerca do tema abordado na cartilha.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Caderno, lápis, caneta; caixa de som (caso tenham optado pela produção do podcast); material
impresso (caso tenham optado pela produção da cartilha).

Passo a passo:

No fim, deixamos essa aula para produção da versão final do roteiro e começo das gravações.
1) Finalização e revisão da versão final do roteiro: (40 min.)
Comece a aula explicando aos(às) estudantes que, durante os primeiros 40 minutos da aula,
irão finalizar e revisar o roteiro da cartilha ou do podcast. E que, após esse tempo, irão iniciar a
gravação ou escrita de seus produtos finais. Assim, oriente-os(as) a fazerem a divisão dos grupos e a
retomarem os trabalhos que iniciaram na aula anterior. Passe pelos grupos para acompanhar o
desenvolvimento dos trabalhos e para esclarecer eventuais dúvidas.
Decorridos os 40 minutos destinados à finalização e revisão dos roteiros, caso opte por produzir
o podcast, siga normalmente para o próximo passo. Caso sua escolha seja pela cartilha, siga para o
passo 3 deste plano.

2) Gravação do podcast: (50 min.)


A produção de um podcast demanda itens tecnológicos básicos, sendo indispensável um
celular ou computador e um microfone, o qual pode ser externo ou embutido no celular ou nos fones de
ouvido. Além disso, é necessário um software ou aplicativo de edição de áudio, mas esse ponto será
trabalhado no tópico seguinte.
É importante que a gravação ocorra em espaços com poucos ruídos e interferências externas,
então, caso seja possível, possibilite que os grupos se organizem em distintos espaços da escola ou
estabeleça turnos de gravação para cada grupo na sala de aula, sendo que, neste momento, os demais
estudantes não podem fazer barulhos ou deverão se retirar da sala. Uma dica é fechar as portas e as
janelas para diminuir os sons externos.
Sugere-se que cada episódio do podcast tenha no máximo 15 minutos de duração, sendo um
para cada sequência didática. De toda forma, considerando que o produto passará por edição, os(as)
estudantes podem gravar áudios mais longos, desde que seja viável o corte de partes, mas com a
manutenção do sentido dos elementos dialogados.
No momento da gravação, acompanhe os(as) estudantes para verificar a entonação, dicção, a
forma e os usos de expressão, a fim de garantir que mantenham uma linguagem clara e adequada para
o público-alvo.
Uma sugestão é padronizar a vinheta de abertura para todos os episódios, o que corrobora para
a construção de uma identidade única para esta culminância. Alinhe com os(as) estudantes uma forma
interessante para iniciar cada episódio, seja com uma música, uma chamada oral, um jingle, dentre
outras possibilidades.
Ao final do tempo destinado para a realização desta atividade, informe a turma que, na próxima
aula, haverá mais 20 minutos para a finalização das gravações. Inclusive, faculte aos(às) estudantes
para que, caso se mostre viável e necessário, deem continuidade na atividade em casa ou na escola
durante o contraturno, caso essa última opção seja autorizada.

3) Produção da cartilha: (50 min.)


Após a construção do roteiro de elaboração da cartilha, agora é momento de efetivamente
construí-la. Alguns pontos devem ser observados na elaboração da cartilha como a utilização de
linguagem clara e objetiva, adequação ao público-alvo definido anteriormente e o uso de referências
confiáveis. Se possível, leve exemplos físicos ou digitais de cartilhas para que os(as) estudantes
utilizem como forma de inspiração, tanto para o processo de criação do conteúdo quanto para a fase
de edição.
Pontue que o roteiro previamente elaborado serve como um guia para execução do projeto, mas
que é passível de alterações e reorganizações. Alguns pontos elaborados no processo de ideação, na
prática, deixam de fazer sentido ou é inexequível, sendo que isso faz parte do processo de construção
da culminância.
Os(as) estudantes devem definir quais serão os tópicos abordados e, em sequência, produzir o
texto informativo relativo aquela parte da cartilha. Considerando a finalidade desse gênero, mencione
que é recomendado evitar que as abordagens sejam extensas e muito detalhistas, visto que o foco é
garantir acesso fácil à informação. Circule nos grupos para verificar se a abordagem e o uso da
linguagem estão compatíveis com a finalidade da cartilha e, caso seja necessário, auxilie os grupos
para adequar ou alinhar o texto com a ideia da culminância.
Além disso, é importante pensar em qual será o título da cartilha. Para tanto, os(as) estudantes
devem refletir sobre qual título faz mais sentido ante todo o trabalho desenvolvido e que seja capaz de
dar uma noção geral de qual é a temática abordada.
Ao final do tempo destinado para a realização desta atividade, informe aos(as) estudantes que,
na próxima aula, haverá mais 20 minutos para a finalização da produção da cartilha. Inclusive, faculte
aos(as) estudantes para que, caso se mostre viável e necessário, deem continuidade à atividade em
casa ou na escola, durante o contraturno, caso essa última opção seja autorizada.

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Finalização e revisão da versão final do roteiro: Os(As) estudantes mantiveram-se engajados,
participando ativamente das discussões e construções promovidas em seu grupo,
demonstrando que conseguem resgatar os aprendizados obtidos ao longo da Eletiva.
● Gravação do Podcast e Produção da Cartilha: Além de evidenciar a capacidade de trabalhar em
grupo, o(a) estudante consegue executar os pontos elaborados no roteiro com autonomia e
propriedade da temática. Demonstra a capacidade de se posicionar de maneira crítica e
consciente, a partir de argumentos robustos e embasados, visando a produção da culminância
definida.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Não possui.
Para saber mais
● Agregadores de podcast:
- Spotify: <https://www.spotify.com/br/>
- Deezer: <https://www.deezer.com/br/>
- Castbox: <https://castbox.fm/>
- Soundcloud: <https://soundcloud.com/>
- Podcasts Google: <https://podcasts.google.com/>
Referencial Teórico:
● CUNHA, Juliana Andrade Cunha; NEJM, Rodrigo. Preocupado com o que acontece na Internet?
Quer conversar? SaferNet Brasil, 2015. Disponível em:
<Diálogo_Virtual_Low_Web_SN_Unicef_PFDC_CGI.pdf (safernet.org.br)>. Acesso em: 13 dez.
2020.
● Nova Escola. Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula. Disponível em: <Chegou a hora de
inserir o podcast na sua aula (novaescola.org.br)>. Acesso em: 13 dez. 2020.
Aula 14
Tema Elaboração do podcast ou da cartilha.
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHS01; EMIFCHS02; EMIFCG09.
Objetivos
● Esquematizar as ferramentas necessárias para a gravação do podcast ou para a produção da
cartilha.
● Aplicar a gravação do podcast ou a escrita da cartilha.
● Editar o material produzido com o uso das ferramentas disponíveis.
Perguntas Essenciais
● O que é necessário observar na gravação do podcast ou na escrita da cartilha?
● Quais ferramentas são necessárias para a produção da culminância?
● Como garantir que o roteiro seja executado na produção do podcast ou da cartilha?
Compreensões Duradouras
● Reconhecer a importância do planejamento prévio para viabilizar a produção de um produto
final, no caso a cartilha ou o podcast;
● Compreender os passos necessários para a produção de um podcast ou de uma cartilha, desde
a elaboração até o processo de edição e revisão.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Roteiros manuscritos ou digitados; celular ou computador; papel; caneta.

Passo a passo:

1) Gravação do podcast: Parte II (20 min.)


Informe, através da plataforma de contato, que os(as) estudantes devem concluir o processo de
gravação e verificação de qualidade do áudio. Assim, após o momento de gravação, peça que enviem
os áudios para você. É importante ouvir os áudios para verificar se foram captados corretamente e se
não existem interferências que prejudiquem a construção do produto final.
Caso seja necessário, os(as) estudantes devem regravar a parte prejudicada para substituir
durante a edição. É importante destacar que a má qualidade do áudio ou a existência de interferências
ou ruídos consideráveis pode inviabilizar que as pessoas consumam o material produzido pelo grupo,
motivo pelo qual é extremamente importante se atentar a esses detalhes durante o momento de
revisão.

2) Edição do podcast: (55 min.)


Existem diversos aplicativos e softwares de uso gratuito e que podem funcionar como
instrumentos de gravação e edição dos episódios do podcast, conforme exemplos abaixo:

❖ Audacity: é um programa gratuito que pode ser usado para editar, gravar, importar e exportar
diversos formatos diferentes de arquivos de áudio. Com uma interface intuitiva, o audacity é um
software de fácil uso.
❖ Spreaker Podcast Studio: é um aplicativo para celulares que possibilita a gravação e edição de
áudios. Disponível gratuitamente para android e iOS.
❖ CutMP3: uma plataforma online que permite cortar trechos de um arquivo de áudio. Apesar das
funcionalidades limitadas, o CutMP3 é uma boa ferramenta para ações básicas de tratamento
do arquivo.

Além desses, conta-se com a disponibilidade de diversas outras ferramentas que podem ser
utilizadas. Apesar dos vários programas de edição se mostrarem intuitivos, é importante se apropriar
das funcionalidades básicas para garantir o sucesso da atividade, motivo pelo qual tanto os(as)
estudantes quanto os(as) Professores(as) devem pesquisar tutoriais de como utilizar o software ou
aplicativo escolhido.
Na fase de edição, é necessário ter como principal foco minimizar os ruídos e aumentar o som
da gravação. Isto é, é importante que eventuais ruídos e inadequações das falas das pessoas sejam
tratados, bem como é importante garantir que o volume da fala das pessoas estejam compatíveis.
Vale se atentar para garantir que a trilha e os efeitos sonoros não se sobressaiam em relação à
voz dos apresentadores. O principal foco é garantir que o episódio apresente um áudio de qualidade e
agradável. De modo geral, será por meio da edição que os(as) estudantes terão a possibilidade de
cortar partes dos áudios, adicionar vinheta, trilha sonora, diminuir os ruídos e adequar ao tempo
indicado para cada episódio.

3) Produção da cartilha: Parte II (20 min.)


Informe os(as) estudantes, através da plataforma de contato, que devem concluir o processo de
produção da cartilha. É um momento importante para se atentar se todos os tópicos e elementos
apresentados no roteiro foram devidamente contemplados na cartilha, bem como se todas as ideias
foram apresentadas de uma forma que seja compatível com o público-alvo estabelecido previamente.
Ainda, é de suma importância a revisão ortográfica, se atentar para os elementos de grafia,
ortografia, coesão e coerência do texto construído, sobretudo para garantir que a mensagem seja
repassada conforme planejado e que sejam removidos e/ou alterados elementos que atrapalhem a
posterior leitura e interpretação do produto final desta Eletiva.

4) Edição da cartilha: (55 min.)


Além da parte escrita, há a fase de edição do conteúdo produtivo. É neste momento que as
imagens, desenhos, mapas mentais, gráficos devem ser introduzidos. Existem diversos aplicativos,
plataformas e softwares de uso gratuito e que podem funcionar como instrumentos de edição da
cartilha, conforme exemplos abaixo:

❖ Word, google docs, libreoffice, etc: Há uma pluralidade de programas que funcionam como
editores de texto, em que é possível escrever os textos, dividir os tópicos, incluir imagens,
construir infográficos, dentre outras funcionalidades. Além disso, existem versões online que
permitem que diversas pessoas trabalhem simultaneamente no mesmo documento, sem a
necessidade de baixar qualquer programa.
❖ PowerPoint e Google Slides: São programas de apresentação em que é possível incluir textos,
imagens e definir o layout. Essas ferramentas usualmente são utilizadas apenas para
apresentações, mas é possível construir a cartilha e salvar na extensão .pdf para posterior
impressão. Existem versões online e para dispositivos móveis.
❖ Canva: É uma plataforma de design gráfico que permite aos usuários criar gráficos de mídia
social, apresentações, infográficos, pôsteres e outros conteúdos visuais. Está disponível online
e em dispositivos móveis
Lembre os(as) estudantes que uma cartilha demanda um visual leve, atraente e de fácil
compreensão, motivo pelo qual precisam estudar a melhor forma de dispor os textos e imagens, além
de refletirem qual a melhor combinação de cores, fontes e layout. Existem diversas indicações de
paletas de cores na internet que facilitam a escolha harmônica das eventuais cores que farão parte dos
trabalhos desenvolvidos.

5) Revisão e hospedagem: (15 min.)


Neste ponto da aula, espera-se que a culminância esteja finalizada, demandando apenas
pequenos ajustes. Após todo o processo de produção e edição, peça para que os(as) estudantes
façam um processo de revisão para analisar se existem falhas que demandam correção. Circule pela
sala para analisar o produto final elaborado pelos(as) estudantes e, caso julgue necessário, faça os
apontamentos pertinentes para melhoria da atividade.
Em relação ao podcast, os(as) estudantes devem observar a qualidade da gravação, no sentido
de verificar se há clareza das falas e dos sons; a eventual existência de ruídos que atrapalhem
substancialmente o episódio; se o volume, tanto das falas quanto da trilha sonora, está harmônico e,
ainda, se o conteúdo e a linguagem se mostram adequados para a finalidade e para o público-alvo.
Por sua vez, em relação à cartilha, os(as) estudantes precisam verificar se é visualmente
agradável; se a leitura parece fluida e atende ao propósito comunicativo; a existência de falhas de
digitação; a existência de coesão e coerência; o uso de linguagem clara e objetiva e, por fim, avaliação
se está adequada para o público-alvo.
Finalizada a revisão, os(as) estudantes devem hospedar a culminância para posterior
divulgação.
No caso do podcast, sugere-se o uso do SoundClound que possui a opção para armazenamento
gratuito de até 3 horas de áudio, o Anchor que é uma plataforma gratuita para criação de podcast, o
Spreaker que também serve como plataforma de hospedagem de podcasts, dentre outros. Em
sequência, é possível publicar os arquivos nas plataformas como Spotify, Google Podcast, Deezer, etc.
Já no caso da cartilha, a hospedagem depende do tipo de divulgação escolhida pela turma.
Caso optem por produzir cartilhas físicas, basta salvar o arquivo e imprimir no formato das cartilhas.
Caso optem por compartilhar pelas redes sociais, é possível salvar o documento em uma extensão de
imagem (.jpg, jpeg) ou de arquivo (.pdf). Além disso, existem possibilidades de disponibilização online,
como a plataforma Issuu, que faz a hospedagem de documentos e revistas eletrônicas.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Gravação do Podcast e Produção da Cartilha: Além de evidenciar a capacidade de trabalhar em
grupo, o(a) estudante consegue executar os pontos elaborados no roteiro com autonomia e
propriedade da temática. Demonstra a capacidade de se posicionar de maneira crítica e
consciente, a partir de argumentos robustos e embasados, visando a produção da culminância
definida.
● Edição do Podcast ou da Cartilha: O(a) estudante demonstra participação colaborativa e a
capacidade de articular os conhecimentos adquiridos de maneira coordenada e criativa. Além
disso, apresenta atenção aos detalhes e engajamento na utilização de novas tecnologias
digitais.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Aplicativos e plataformas:
● Audacity. Disponível em: <https://www.audacityteam.org/>
● Spreaker Podcast Studio. Disponível em: <https://www.spreaker.com/download>
● CutMP3. Disponível em: <https://mp3cut.net/pt/>
● Canva. Disponível em: <https://www.canva.com/>
● SoundCloud. Disponível em: <https://soundcloud.com/>
● Anchor. Disponível em: <https://anchor.fm/>
● Spotify. Disponível em: <https://www.spotify.com/br/>
● Google Podcast. Disponível em: <https://podcasts.google.com/>
● Deezer. Disponível em: <https://www.deezer.com/br/>
Para saber mais
● Podcast: o que é e como criar um de qualidade em 5 passos.
● Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula.
● Criar um livreto ou um livro no Word
● Como fazer panfleto online.
Referencial Teórico:
● FREIRE, Eugênio Paccelli Aguiar. Podcast na educação brasileira: natureza, potencialidades e
implicações de uma tecnologia da comunicação. 2013. 338 f. - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Natal, 2013. Disponível em:
<https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/14448> . Acesso em 01 dez. 2020.
Aula 15
Tema Divulgação e encerramento
Tempo estimado 90 minutos (2 aulas de 45 minutos)
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHS03; EMIFCG06; EMIFCG08.
Objetivos
● Apresentar para a comunidade escolar o produto final desta Eletiva - cartilha ou podcast;
● Dialogar e debater sobre os temas abordados nos episódios do podcast ou nos tópicos da
cartilha;
● Refletir e avaliar a trajetória de aprendizagem dentro da Eletiva, tanto individual quanto coletiva.
Perguntas Essenciais
● Quais são as melhores formas de expor os resultados da Eletiva?
● Como traduzir os principais pontos da culminância em cartazes para o evento de divulgação?
● Quais foram os principais aprendizados da Eletiva?
● Quais são os pontos de destaque e os de melhoria da Eletiva e da atuação dos estudante e do(a)
Professor(a)?
Compreensões Duradouras
● Avaliar os impactos que a Eletiva teve no seu processo de formação, sobretudo no sentido de
despertar a consciência crítica em relação aos temas abordados e de possibilitar uma atuação
cidadã ativa.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula
● Cartolinas; canetas coloridas; caixas de som (caso opte pelo podcast); materiais impressos (caso
a cartilha seja física).

Passo a passo:
1) Introdução: (20 min.)
A última aula tem dupla finalidade: divulgar a culminância elaborada e proceder o encerramento
da Eletiva. Para realização do evento de divulgação da cartilha ou do podcast, sugere-se que o espaço da
sala de aula seja organizado por ilhas temáticas, ou seja, que cada grupo fique responsável por uma
parte do espaço da sala de aula, em que deverá apresentar a sua cartilha ou episódio.
Encoraje os(as) estudantes para que produzam cartazes, infográficos, mapas conceituais e
outras formas de comunicação para ilustrarem a produção realizada na culminância e decorar as ilhas
temáticas.

2) Evento de divulgação da culminância: (40 min.)


Após a organização do espaço da sala de aula, chegou a hora de divulgar os trabalhos elaborados
durante a Eletiva. Converse com a turma para analisar qual a melhor forma de realizar o evento. Por
exemplo, pode ser um momento para que os pais e responsáveis compareçam na escola para conhecer
a culminância ou dedicada para que os(as) estudantes das outras turmas passem pelas ilhas temáticas.
Os(As) estudantes devem aproveitar esse momento para explicar o conteúdo trabalhado, contar
os detalhes do processo de construção da cartilha ou culminância, realizar indicações de fontes de
aprofundamento, dentre outros pontos.
Caso a culminância esteja disponível digitalmente, sugere-se a utilização de um gerador de
QR-Code, disponível em diversos sites, para que os(as) participantes do evento consigam acessar a
culminância de maneira ágil por meio do aparelho móvel.

3) Roda de encerramento: (30 min.)


Para finalizar a Eletiva, após o evento de divulgação, organize a sala em círculo para possibilitar
um momento de troca entre toda a turma. Explique que será um momento de reflexão sobre os principais
aprendizados que obtiveram durante as aulas e quais foram as principais contribuições práticas da
Eletiva.
Inicialmente, devolva aos(às) estudantes o roteiro de perguntas da primeira aula, referente à
atividade diagnóstica, em que precisavam responder determinadas perguntas com base nos
conhecimentos prévios. Questione se existiram alterações das percepções em relação aos temas
apresentados e de que forma a disciplina teve papel nesse processo de mudança de compreensão.
Em seguida, pergunte para a turma quais são as principais compreensões que a Eletiva
proporcionou para cada um(a), quais foram os melhores momentos das aulas, bem como quais são os
pontos de atenção e melhoria. Além disso, aproveite para questionar como essa Eletiva impactará suas
vidas a longo prazo, por exemplo, na escolha da profissão ou na vida adulta.
Não se esqueça de registrar esse encerramento tão especial por meio de fotos e vídeos. Por fim,
agradeça a participação de todos e, se for pertinente, aproveite esse momento para conceder e receber
feedbacks sobre o desempenho dos(as) estudantes e do(a) Professor(a) no decorrer das atividades.
Além disso, aproveite para compartilhar com a comunidade escolar e com a sua rede de Professores(as)
as fotos desse momento e a sua experiência com a Eletiva.

Mensagem da Politize!
Professor(a), esse material cumpriu com a função de dar suporte
para sua prática pedagógica em cidadania? Conta para a gente! Sua
voz é importante! Acesse esse link e avalie sua experiência. Você
também pode enviar esse outro link para seus(suas) estudantes
avaliarem este material (a gente sabe que para que a educação
aconteça, dois ingredientes são essenciais: afeto e sentido.
Esperamos conseguir contribuir com ambos!).

Essas avaliações são semestralmente analisadas para gerar avanços


pedagógicos no material, como reescrita de aulas e adição de
materiais novos. A ideia é que todo(a) e qualquer Professor(a) se
sinta capaz de ensinar cidadania em suas turmas com as
contribuições de quem já aplicou!

Fase 3 - Evidências para avaliação


Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Evento de divulgação da culminância: Os(as) estudantes demonstram a capacidade de articular
com propriedade os tópicos abordados no decorrer da Eletiva e materializados na culminância.
Além disso, mostram-se capazes de desenvolver as atividades de maneira colaborativa e mantém
uma postura aberta na interlocução com distintos públicos.
● Roda de encerramento: Os(as) estudantes conseguem indicar quais foram os principais
benefícios da Eletiva, bem como os pontos de atenção, tanto individuais quanto coletivos. Ainda,
observa-se que eles(as) conseguem realizar a avaliação da progressão em seu processo de
aprendizagem ao analisar as respostas concedidas no início da Eletiva e a percepção atual em
relação aos temas indicados.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Avaliação Professor - Politize!
● Avaliação Estudante - Politize!
Para saber mais
● Seis dicas para organizar eventos com a comunidade escolar.
● Roda de conversa: como usar essa estratégia na sala de aula
Referencial Teórico:
● FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra, 2005.
CADERNO DE AULAS REMOTAS
Orientações didáticas para o Ensino Remoto

Professor(a), é sugerido que, antes de iniciar a Eletiva, se faça um diagnóstico com a turma,
perguntando quais, dentre as plataformas digitais disponíveis, são mais utilizadas e acessíveis para
ela . Desta forma, você consegue analisar quais possibilidades fazem mais sentido para o contexto.
Além disso, é importante mencionar aqui que é possível adaptar aulas de acordo com a realidade de
horários de cada escola.
Neste documento, há instruções de ferramentas digitais acessíveis e de uso mais simples. Há
também alguns conceitos presentes ao longo de todas as aulas planejadas, cujas definições
encontram-se a seguir:

● Aula síncrona: É necessária a participação do(a) estudante e Professor(a) no mesmo instante


e no mesmo ambiente virtual, logo, ambos devem se conectar no mesmo momento e interagir
entre si de alguma forma para concluírem o objetivo da aula.
● Aula assíncrona: É a aula desconectada do momento real e/ou atual, ou seja, não é necessário
que os(as) estudantes e professores(as) estejam conectados(as) ao mesmo tempo para que
as tarefas sejam concluídas e o aprendizado seja atingido.
● Plataforma: É o meio pelo qual há a interação entre o(a) Professor(a) e os(as) estudantes.
Exemplo: Google Sala de Aula.
● Ferramenta: É o recurso digital utilizado dentro da atividade proposta. Exemplo: Site Padlet.
Orientações gerais para a preparação das aulas

O que fazer antes de uma síncrona

● Criar e deixar salvo um link para a reunião.


● Disponibilizar o link para os(as) estudantes. No Google Sala de Aula, é possível criar um link do
Google Meet para a turma, que fica disponível logo abaixo do nome da turma e pode ser usado
para todas as aulas.
● Preparar as ferramentas digitais que serão utilizadas.
● Alinhar com a turma as expectativas e enviar instruções para aula.
● Enviar para os(as) estudantes todos os materiais que irão utilizar durante a aula.
● Lembrar que, para cada nova ferramenta utilizada, é necessário designar um tempo da aula
para instruções/testagem/dúvidas. Esse tempo é estratégico para garantir a eficácia da
metodologia daquela aula e das seguintes.
● Preparar um Google Formulário com questões reflexivas sobre os aprendizados, erros e
contribuições que a aula gerou para o(a) estudante, além de perguntas que possam fornecer
dados para o(a) Professor(a), como: “Quais são os meios de comunicação mais usados por
você? Cite três.” Esse Google Formulário pode estar atrelado à atividade final da aula, chamada
no plano de aula de “arremate.”

O que fazer antes de uma assíncrona

● Preparar link e ferramentas digitais que serão utilizadas.


● Preparar textos e outros materiais usados como atividades, como vídeos e áudios.
● Alinhar com a turma as expectativas e enviar instruções para aula.Preparar um Google
Formulário com questões reflexivas sobre os aprendizados, erros e contribuições que a aula
gerou para o(a) estudante, além de perguntas que possam fornecer dados para o(a)
Professor(a), como: “Quais são os meios de comunicação mais usados por você? Cite três.”
Esse Google Formulário pode estar atrelado à atividade final da aula, chamada no plano de aula
de “arremate.”

O que fazer após uma aula assíncrona ou síncrona

● Colher os dados fornecidos pelas ferramentas digitais aplicadas.


● Avaliar a eficiência das ferramentas utilizadas para sua reutilização ou buscar novas
ferramentas.
● Dar devolutivas, de preferência individuais, aos estudantes sobre as atividades.

Sugestões de ferramentas digitais

Ferramentas do Google (Gsuite)

● Google Documentos: criação de documentos interativos e compartilhados. Os estudantes


podem trabalhar e editar um mesmo documento simultaneamente.
● Google Apresentação: criação de apresentações interativas e compartilhadas. Os estudantes
podem produzir e editar uma mesma apresentação simultaneamente. Você pode criar uma
dinâmica em que cada estudante elabora um slide, por exemplo.
● Google Formulário: criação de formulários. Pode ser usado para que os estudantes criem os
seus formulários para alguma atividade que requer criação de gráficos, por exemplo, ou para
que você possa coletar dados sobre seus estudantes e elaborar questionários sobre o
conteúdo.
● Google Meet: um serviço de comunicação por videoconferência.
● Google Sala de Aula: um sistema de gerenciamento de conteúdo para escolas, em que é
possível a criação, a distribuição e a avaliação de trabalhos.

Ferramentas de gravação de vídeo

● Loom: para gravar vídeos de sua tela, câmera ou ambos (Site em inglês).
● Screencastify: uma extensão do Google Chrome que possibilita gravar a tela do computador
(Site em inglês).
● Para Windows 10, clique na tecla com desenho de janela + G e abrirá a opção de gravar a tela
pelo computador.
● CamStudio: uma ferramenta semelhante às demais, mas que, segundo análises, é bem simples
(Site em inglês).

Ferramentas para a construção de murais e mapas mentais

● Vídeo sobre como utilizar (em inglês, mas possui legendas).


● Padlet: plataforma para a criação de murais interativos(site simples e em português). Vídeos
sobre como utilizar.
● Jamboard: uma extensão do Google Chrome, que é uma lousa digital interativa. Tem
compatibilidade para colaboração online. Vídeo sobre como utilizar (em inglês, mas possui
legenda).
● Mind Map: uma ferramenta gratuita para a elaboração de mapas mentais. Vídeos sobre como
utilizar.

● Mentimeter: uma ferramenta que cria apresentações com feedback em tempo real, como, por
exemplo, nuvens de palavras, enquetes, gráficos de respostas etc. Vídeos sobre como utilizar.
Ferramentas para edição de áudio e vídeo

● ADV Gravador de Tela: Aplicativo disponível para Android e IOS.


● Shotcut: programa disponível para computadores.

Ferramentas para sorteio e formação de grupos

● Sorteador: site muito simples para sortear números.


● Excelendo: um site que gera cartas com números diversos, muito funcional para sortear
grupos.

Sugestões de trabalhos em grupos remoto (de forma síncrona)

Em momentos de realização de atividades em grupos, os(as) estudantes devem receber as


informações de forma bem clara, isto é, comandos breves e diretos. Os grupos, no geral, serão de
quatro ou cinco integrantes. Para formar grupos, existem duas possibilidades: a primeira é separá-los
por salas temáticas dentro da mesma reunião.No Google Meet, isso é possível através do ícone
Atividades , que fica no canto superior direito. A segunda é separar os grupos em reuniões
diferentes. Nesse caso, é importante deixar uma pessoa do grupo responsável por criar o link e ser
o(a) anfitriã(o) da nova reunião do Google Meet. Essa mesma pessoa deve enviar o link para o(a)
Professor(a), pois a turma toda vai sair da sala principal do Google Meet e criar outras reuniões para
realizarem a atividade.
É interessante também que os grupos sejam separados por funções, por exemplo, uma pessoa
será o(a) redator(a), que vai anotar as opiniões de cada um(a), uma pessoa será o cuco, controlando o
tempo da atividade e fazendo a ponte de comunicação direta com o(a) Professor(a) e, por fim, alguém
que irá mediar a discussão para deixá-la mais organizada e proveitosa. Antes de dividir os grupos,
explique como será a atividade e a sua duração. Ao final do tempo determinado, todos(as) devem
voltar para a sala principal, sem atrasos, para discutir e encerrar a aula. Para esta dinâmica, reserve, ao
menos, 5 minutos para passar todas as instruções aos(às) estudantes.
Sobre o acompanhamento pedagógico dos grupos, é importante que o(a) Professor(a)
acompanhe cada grupo por alguns minutos em cada sala criada do Google Meet. É importante saber
como cada grupo está realizando a atividade e orientar em caso de dúvidas.

Planos de aula Remotos


Aula 1
Tema Moral e ética
Tempo estimado 80 minutos (2 aulas de 40 minutos)
Formato da aula Síncrona
Plataforma de ensino Google Meet, WhatsApp
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHS01; EMIFCHS02; EMIFCG07.
Objetivos
● Identificar, de uma forma geral, os conceitos de moral e de ética.
● Reconhecer formas de manifestação dos conceitos de moral e de ética no cotidiano.
● Listar presunções a respeito das concepções de direitos, justiça e corrupção.
Perguntas Essenciais
● É possível viver harmonicamente em sociedade, sem ajustar regras para a convivência?
● O ajuste de regras e costumes é suficiente para que haja convivência harmônica entre as
pessoas?
● Como definir quem será responsável pelos ajustes de regras e costumes?
● De que forma a ética e a moral influenciam as nossas tomadas de decisão (individuais e
coletivas)?
Compreensões Duradouras
● O julgamento a respeito de determinadas posturas pode variar de acordo com as
circunstâncias envolvidas ou a perspectiva de quem faz o julgamento.
● A ética diz respeito a um conjunto de valores e princípios, que norteiam o comportamento
humano, e que, portanto, está ligada à noção de certo e errado, justo ou injusto.
● A moral tem fundamento nos costumes e hábitos de uma sociedade e refletem a construção
social a respeito das ações e condutas que se considera adequada ou não.
● O sujeito ético é aquele que vive em plena consonância com sua cultura, com seus objetivos e
com os outros.
● A moral é construída a partir da coletividade e que todos(as) devem procurar agir de acordo
com essa moral e de forma ética, para que possam ter uma convivência equilibrada.
● Tanto a ética quanto a moral são responsáveis por guiar a conduta do ser humano e apoiam a
convivência em sociedade.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula/ferramentas para aula:
● Ferramentas para a aula: Google Formulário e Google Documentos.
● Materiais para a aula: caderno, caneta, lápis e borracha.

Passo a passo:
1) Introdução: (15 min.)
Como se trata da aula introdutória do módulo, dedique o momento inicial da aula a uma breve
explanação sobre o que será trabalhado nesta disciplina “Entre o Direito e a Justiça”, destacando que:
Esta Eletiva tem como proposta promover reflexões sobre a relação entre o Direito e
a Justiça. Vamos refletir sobre os conceitos de moral, ética, leis, sobre o que é ou
não justo, e pensar, de forma mais aprofundada, sobre o exercício da empatia.
Vamos também repensar as nossas próprias ações e pensar sobre como elas
reverberam na coletividade. Em resumo, vamos refletir sobre a vida em sociedade,
adquirindo consciência e criticidade a respeito das questões que enfrentamos.

Nesse momento, é importante que fique claro para os(as) estudantes quais são os objetivos
principais da Eletiva, bem como a relevância dos temas trabalhados, destacando-se que a proposta é
a de que eles(as) terminem o módulo com entendimento acerca de algumas concepções do direito
que os(as) apoiem a atuar no mundo de maneira mais consciente e crítica.
Conte à turma sobre a proposta para a culminância, prevista para ser implementada até o final
do módulo, em que serão produzidos podcasts ou cartilhas, com a exposição dos aprendizados
obtidos ao longo da Eletiva. Sugira também que seja feito um evento online de lançamento do podcast
ou da cartilha, para divulgação para a comunidade escolar e realização de trocas de informações e
conversas com os(as) visitantes.
Explique, então, que o gênero podcast é um texto oral, publicado virtualmente, em plataformas
digitais e funciona como se fosse uma espécie programa em áudio, organizado em diversos
episódios, podendo abordar diversos assuntos e atingir públicos bastante variados. Conte que
existem várias plataformas de compartilhamento de podcasts - são os chamados agregadores de
podcasts, sendo que alguns são gratuitos, alguns são pagos e alguns oferecem uma versão gratuita e
outra versão paga. São exemplos: Spotify; Deezer; Castbox; SoundCloud; Google Podcasts; Spreaker.
É um gênero midiático que pode ser produzido com certa facilidade, já que não exige,
necessariamente, autorização prévia ou pagamento de licenças, além de depender de poucos
recursos tecnológicos para fazer a gravação do áudio - um celular, por exemplo, pode ser suficiente.
Esclareça que os podcasts podem conter entrevistas, podem ser feitos por uma pessoa só,
trazendo reflexões, podem ter o formato de contação de histórias, ou mesmo ser um bate-papo entre
algumas pessoas.
Avise aos(às) estudantes que, ao longo da Eletiva, irão ouvir alguns podcasts e outros serão
sugeridos para se familiarizar com o gênero. Para exemplificar, sugira que, caso seja possível,
eles(as) ouçam o episódio “Voto nulo pode anular uma eleição. Mito ou verdade?”, do podcast
“Educação Política - de Politize!”, disponível nas plataformas Spotify e Spreaker, e pesquisem outros
exemplos de podcasts que tratem de assuntos do interesse deles(as).
Caso a turma opte pela produção de cartilha, seja em razão da disponibilidade de recursos
tecnológicos, seja em razão da preferência, esclareça que a cartilha é um texto escrito, impresso e
distribuído para as pessoas, com a finalidade de informá-las ou conscientizá-las acerca de algum
assunto. As cartilhas também podem ser digitais e compartilhadas no meio virtual.
Para exemplificar e tornar a explanação mais clara, mostre aos(às) estudantes, através do
compartilhamento de tela, parte da cartilha (até a página 04) disponibilizada pela SaferNet, sobre
segurança digital (Anexo I). Explique que se trata de uma cartilha elaborada para informar as pessoas
sobre os riscos que envolvem o uso da internet e medidas que podem ser tomadas para que esse uso
seja feito de forma mais segura. Enquanto explica, disponibilize a cartilha a um(a) estudante e peça
que passe para o(a) colega que está ao seu lado, de modo que a cartilha seja visualizada por toda a
turma.

Sugestão de atividade assíncrona: (10 min.)


Como essa é aula inaugural, seria muito importante estabelecer um contato mais próximo
dos(as) estudantes, por isso, se não for possível um encontro por videoconferência, grave um
vídeo curto para ser enviado aos(às) estudantes pelo WhatsApp ou outra ferramenta de contato,
explicando qual será o objetivo da Eletiva, o que se espera dos(as) estudantes e sua culminância.
2) Atividade diagnóstica: (10 min.)
Apresente aos(às) estudantes a proposta de atividade em que deverão preencher um roteiro
de perguntas, que será enviado um link do Google Formulário - pelo chat da videoconferência e pelo
WhatsApp (Anexo II) relativo aos assuntos. Caso não seja possível a atividade por meio de formulário,
peça que os(as) estudantes registrem as respostas no caderno e encaminhem fotos para um mural
de registros de atividades no Padlet. Ressalte que as questões devem ser respondidas de acordo com
as convicções que possuem, naquele momento, sem se preocuparem com o certo ou errado. Por fim,
esclareça que, nos últimos dias de aula deste módulo, o formulário será revisitado para que analisem
as respostas que deram e avaliem se passaram por mudanças de compreensões, ao longo do
percurso.

3) Exposição dialogada: (10 min.)


Pergunte aos(às) estudantes, com a finalidade de atrair sua atenção e engajar a discussão
oral, “Quando uma pessoa passa à frente em uma fila, sua postura fere a moral ou a ética?”. Peça para
que os(as) estudantes registrem suas opiniões no caderno e depois escolham 3 colegas para
compartilhar o que registraram. Estimule os(as) demais estudantes a compartilhar suas opiniões e se
concordam ou não com os colegas.
Registre, em tempo real e em um slide, tanto as perguntas, quanto as respostas apresentadas
pela turma.
Questione, então, se entendem a moral e a ética como sinônimos ou como conceitos distintos,
ainda coletando as respostas e deixando claro, em seus registros, aquelas respostas que evidenciam
divergências de opiniões ou contrariedades.
Por fim, esclareça que tanto a ética, quanto a moral interferem na maneira como se
estabelecem as convivências em sociedade e, portanto, esbarram na forma como se dá o
comportamento humano. No entanto, enquanto a ética está vinculada aos comportamentos
individuais - ou os comportamentos de grupos de pessoas específicos, como os de determinadas
profissões, que seguem um código de ética - considerados “certos e errados”, “justos ou injustos”
dentro de uma coletividade, a moral está atrelada aos valores de uma sociedade como um todo,
construídos a partir de hábitos, costumes e conjunto de crenças, de acordo com a cultura de um povo
ou com o contexto em que a situação se dá.
Importante pontuar que a análise moral pode oscilar bastante, já que varia de acordo com o
ponto de vista que se elege para realizar o julgamento. A análise pela ótica da ética, porém, tende a
ser mais rígida, pois parte de pressupostos mais permanentes.
Volte para a pergunta disparadora e simule que a escola ofereça um lanche a todas as pessoas
- estudantes e funcionários - durante os intervalos das aulas. Logo na entrada do refeitório, há um
aviso acusando que “furar fila” é uma atitude incorreta. Inicialmente, formava-se uma fila para a
distribuição do lanche, o que incluía, também, os(as) funcionários(as) da cozinha. Contudo,
culturalmente e com o passar dos meses, os(as) estudantes e demais funcionários passaram a
oferecer um lugar à frente aos(às) funcionários da cozinha.
Para esse exemplo simplificado, ceder o lugar para os(as) funcionários da cozinha, de acordo
com a regra prevista, é antiético, mas não imoral, pois a comunidade concebe a urgência e a
necessidade daquela decisão.

Sugestão para atividade assíncrona: (15 min.)


A exposição pode ser feita de maneira assíncrona, através de um vídeo gravado pelo(a)
Professor(a) e enviado pela plataforma de interação com os(as) estudantes. O vídeo pode ser
feito mostrando o rosto do(a) Professor(a) ou a tela do computador com os slides. Também
existem programas, como o CamStudio, em que é possível gravar a tela do computador e
sobrepor com a imagem da webcam em um canto. É importante que exista interação com os(as)
estudantes no fórum ou comentários da plataforma, assim a exposição se torna mais dialogada.

4) Ética e moral na prática: (25 min.)


Explique aos(às) estudantes que eles(as) receberão um cartão (Anexo III) com a descrição de
situações com as quais, provavelmente, já se depararam em algum momento da vida e com algumas
perguntas, que deverão responder no caderno. As perguntas os(as) levarão a fazer a análise das
situações, sob o ponto de vista da moral e da ética.
Para registro da atividade, peça que os(as) estudantes enviem para um mural de registros do
no Padlet as respostas referente ao Anexo lll.

Sugestão para atividade assíncrona: (25 min.)


A atividade pode ser trabalhada no Google Formulário ou no caderno. Não se esqueça de pedir
para que os(as) estudantes enviem fotos de suas respostas.

5) Socialização: (15 min.)


Depois de registrarem as suas respostas no caderno, é hora de compartilhar com os(as)
colegas para debate. Estimule o debate para que todos(as) os(as) estudantes participem, pedindo
para que três a cinco estudantes respondam a primeira pergunta pelo chat. Depois, provoque
outros(as) três estudantes para que respondam a segunda pergunta pelo microfone.
Estabeleça um combinado com os(as) estudantes de que procurem sempre manter uma
postura aberta ao diálogo durante a realização da atividade. Este, assim como outros momentos ao
longo da disciplina, será um momento em que o debate estará presente e é muito importante que haja
escuta atenta e respeitosa, para que todos(as) se sintam seguros(as) para apresentarem os seus
posicionamentos. Isso irá enriquecer as discussões, pois permitirá que ideias variadas apareçam.
O(a) Professor(a) deve pedir para que alguns estudantes compartilhem com a turma, em
aproximadamente 3 minutos, suas respostas e as análises que fizeram.

Sugestão de atividade assíncrona: (15 min.)


Uma alternativa é criar um mural na ferramenta Miro, plataforma de chuva de ideias e criação de
mapas conceituais, onde os(as) estudantes poderão registrar suas opiniões e interagir com
os(as) colegas.

6) Arremate: (5 min.)
Ao final das apresentações, peça que os(as) estudantes reflitam sobre, pelo menos, dois
aprendizados que tiveram com a aula de hoje,registrem esses aprendizados em seus cadernos e
posteriormente, compartilhem o registro de suas anotações no mural do Padlet. Este mural será
alimentado com os registros dos(as) estudantes ao longo da Eletiva, tendo subdivisões referentes a
cada atividade realizada. Esclareça que esses registros, feitos durante e ao final de cada aula do
módulo, serão utilizados como apoio para a construção do produto final do módulo - o podcast ou a
cartilha. Peça que três estudantes socializem os registros que fizeram em seus cadernos.
Fase 3 - Evidências para avaliação
● Exposição dialogada: participação e exposição de ideias de maneira clara. Os(As) estudantes
demonstram conseguir aproveitar das suas próprias vivências para elaborar hipóteses a
respeito de conceitos supostamente novos.
● Ética e moral na prática: os(as) estudantes foram capazes de articular bem as suas ideias e
contribuir para organizar os seus posicionamentos.
● Socialização: os(as) estudantes mobilizam os seus conhecimentos acerca de moral e de ética
e, de acordo com as circunstâncias, apontam como eles se aplicam às situações práticas.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Diálogo_Virtual_Low_Web_SN_Unicef_PFDC_CGI.pdf (safernet.org.br)
● Anexo II - Atividade introdutória - diagnose de compreensões acerca da proposta da ementa.
● Anexo III - Ética e moral na prática - cartões a serem distribuídos aos grupos
● Anexo IV - AULA 01 - Apresentação
Para saber mais
● Ética e Moral
● Vídeo "Ética e Moral".
● RESUMÃO DE FILOSOFIA: Moral, ética, livre-arbítrio.
● Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula
Referencial Teórico:
● BURROUGHS, M.; LONE, J. Philosophy in Education: questioning and dialogue in schools.
Londres: Rowman & Littlefield, 2016.
● COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto Alegre:
Penso, 2017.
● FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão,
dominação, 4ª ed., São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 7; p. 356-358.
Aula 2
Tema Leis e Justiça
Tempo estimado 80 min (2 aulas de 40 minutos cada)
Formato da aula Síncrona
Plataforma de ensino Google Meet, WhatsApp
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG02; EMIFCHS01.
Objetivos
● Compreender os conceitos de Lei e Justiça;
● Analisar como os conceitos de legal e justo se manifestam em diferentes contextos;
● Reconhecer a ideia de justiça como importante fundamento da organização social.
● Avaliar a maneira com que as ideias de Lei e Justiça guiam as decisões e o convívio em
sociedade.
Perguntas Essenciais
● Qual a compreensão de Justiça e quais são as suas principais formas de manifestação?
● Qual a importância das leis para manutenção da organização social?
Compreensões Duradouras
● A Justiça tem um conceito amplo e possui diversas formas de manifestação, pelo qual a
análise se algo é ou não justo demanda um processo de reflexão e entendimento do contexto.
● As leis fazem parte do cotidiano, tendo em conta que são responsáveis por manter a
organização social, estabelecer deveres e garantir direitos.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula/ferramentas para aula:
● Ferramentas para a aula: Google Formulário, Google Documentos, Padlet, Miro, Jamboard,
Slido e Excelendo.
● Material para a aula: caderno, caneta, lápis e borracha.

Passo a passo:
1) Introdução: (8 min.)
Inicie a aula retomando os conceitos de moral e ética, questionando os(as) estudantes sobre o
enquadramento moral e ético do ato de furar fila. Após responderem verbalmente a pergunta anterior,
registre em um slide e apresente para os(as) estudantes a seguinte pergunta: “Furar a fila é ilegal? E é
injusto?” Em sequência, compartilhe um link do Slido com as perguntas para que os(as) estudantes
registrem as suas opiniões e, por fim, selecione 3 estudantes para compartilharem suas reflexões
com o restante da turma. Como pode ser a primeira vez que os(as) estudantes estarão em contato
com essa ferramenta, é importante que o(a) Professor(a) reserve os minutos iniciais da atividade para
explicar essa ferramenta para os(as) estudantes.

2) Entre estações: O que é Justiça? (30 min.)


Para início da aula, reúna os(as) estudantes em uma conferência do Google Meet. A dinâmica
está pautada na metodologia de Rotação por Estações de Aprendizagem, a qual consiste em criar um
esquema de circuito para que pequenos grupos de estudantes façam um rodízio entre esses pontos
elencados, refletindo sobre questões distintas em cada estação.
Para começar a atividade, divida os(as) estudantes em grupos aleatórios com, no mínimo,
cinco integrantes, por meio de sorteio no site Excelendo. Em seguida, apresente aos(às) estudantes,
por meio de slide ou arquivo pdf, o problema geral para que, a partir dele, compreendam as situações
destacadas. Importante mencionar que essas situações foram, em parte, baseadas na obra “Justiça:
o que é fazer a coisa certa”, do autor Michael Sandel.

Problema geral: Suponha que você seja o(a) motorista de um bonde desgovernado
avançando sobre os trilhos a quase 100 quilômetros por hora. Adiante, você vê cinco
operários(as) em pé nos trilhos, com as ferramentas nas mãos. Você tenta parar,
mas não consegue. Os freios não funcionam. Você se desespera porque sabe que,
se atropelar esses(as) cinco operários, todos eles(as) morrerão.

Utilizando a ferramenta Google Apresentações, crie um quadro dividido em quatro slides e, em


cada slide, coloque um caso do Anexo I. Oriente que os(as) estudantes leiam o caso exposto em cada
slide com calma e respondam a pergunta em destaque, agregando um comentário com o número
correspondente do seu grupo. A cada 6 minutos, solicite que troquem de slide até que todas sejam
contempladas. Para isso, eleja um(a) estudante que assuma a função de compartilhar o material e
contabilizar o tempo.

Sugestão para atividade assíncrona: (15 min.)


Os(As) estudantes podem ser divididos(as) em grupos de forma assíncrona (prévia e
intencionalmente selecionados pelo(a) Professor(a)), ler os casos e fazer comentários sobre
cada um dentro do Google Apresentações. Cada grupo deve ter, pelo menos, um(a) redator(a),
responsável por organizar as respostas individuais e consolidá-las em uma só.

3) Exposição dialogada: (15 min.)


Agora é o momento de avaliar o resultado da atividade. O(A) Professor(a) deve reunir
novamente todos(as) os(as) estudantes pelo Google Meet no link inicial da aula e apresentar em sua
tela a ferramenta utilizada na atividade anterior - Google Apresentações. Para cada estação, escolha
um comentário de um grupo e questione se os(as) demais estudantes concordam com a opinião
registrada. Incentive a discussão a partir de perguntas como: “Qual foi a decisão mais difícil?", “Foi
uma decisão unânime do grupo?”, “O grupo acredita que tomou as decisões mais justas? Por quê?”
“Vocês acham que a Lei influencia na resolução desse caso?”.
Após essas reflexões, o(a) Professor(a) poderá relembrar que “Lei” é uma regra jurídica,
estabelecida por uma autoridade constituída, o legislador, com o intuito de prescrever a natureza e as
condições de existência de um Estado ou forma de governo.
Considerando a ideia que todos(as) os(as) cidadãos(ãs) devem respeitar a lei, os(as)
estudantes são incentivados(as) a pontuarem quais leis conhecem. Fazendo uso da ferramenta
Mentimeter, medie a tempestade de ideias para possibilitar que compreendam que as leis garantem
direito e deveres, desde o direito à educação, prevista na Constituição Federal, no Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), até a punição estatal pelo
cometimento de um crime por intermédio do Código Penal, por exemplo. Além disso, aproveite esse
momento para abordar quem são os(as) responsáveis pela construção das leis no país, explicando
que podem ser elaboradas em nível federal, estadual e municipal, dependendo da matéria e do
alcance.
Sugestão para atividade assíncrona: (15 min.)
Considerando que a atividade já está ocorrendo em um Google Jamboard, o(a) Professor(a)
pode deixar já expostas as perguntas em um outro quadro e explicar as atividades para que
os(as) estudantes respondam às questões por meio de áudios do WhatsApp de até 1 minuto.

4) Leitura compartilhada: (13 min.)


O(a) Professor(a) promoverá uma leitura compartilhada do fragmento da obra “A República” de
Platão, especificamente sobre a história do anel de Giges, conforme consta no Anexo II (o texto pode
ser encaminhado no formato pdf ou slide para os(as) estudantes). Considerando o uso de algumas
palavras incomuns no cotidiano, o(a) Professor(a) poderá explorar o momento da leitura para refletir
sobre o significado das palavras que os(as) estudantes não demonstraram familiaridade, elaborando
um glossário, listando-as e colocando seus significados ao final do texto. Após a leitura, questione o
que os(as) estudantes compreenderam da história e os(as) instigue a refletir sobre o que fariam se
encontrassem o mesmo anel que Giges achou.

Sugestão para atividade assíncrona: (13 min.)


Incentive a leitura com um olhar bem atencioso, instigando a compartilhar o que fariam se
encontrassem o mesmo anel que Giges encontrou. Os(As) estudantes podem interagir criando
um Gif sobre a sua ação e argumentando por meio de áudios no WhatsApp.

5) Arremate: (8 min.)
Após a leitura, os(as) estudantes deverão responder às seguintes perguntas, por meio de um
Google Formulário:

❖ O texto traz a possibilidade de duas pessoas, uma justa e uma injusta, terem acesso a essa
relíquia. Como você acha que elas agiriam diante do poder decorrente do uso do anel?
❖ Qual o sentido da afirmação que “ninguém é justo por vontade própria, mas por obrigação”?
❖ Qual o papel que a lei desempenha para garantir que a justiça seja alcançada?

Convide e/ou selecione alguns(mas) estudantes para que compartilhem suas reflexões.

Sugestão para atividade assíncrona: (8 min.)


As perguntas podem ser respondidas no Google Sala de Aula, em um Padlet ou no site Kialo, em
que você pode pedir para que os(as) estudantes comentem e rebatam, pelo menos, dois
argumentos de outros colegas.

6) Divisão da turma em grupos temáticos para a Culminância: (8 min.)


Esclareça aos(às) estudantes que serão produzidos 5 episódios de podcast (ou 5 cartilhas, a
depender da escolha feita para a culminância), sendo que cada um deles abordará 1 dos 4 grandes
subtemas trabalhados ao longo da Eletiva: 1) Moral, ética, leis e justiça; 2) Concepções do direito; 3)
Conquista dos direitos e sua relação com a ideia de justiça e equidade; 4) Discussão crítica do
"Jeitinho brasileiro", cultura de conformidade ou não às leis. Desse modo, a turma deverá se dividir em
5 grupos e a divisão dos temas poderá ser feita de maneira autônoma, segundo a livre escolha
dos(as) estudantes ou por meio de sorteio. Poderá, ainda, ser feito sorteio para definição da ordem
em que os grupos irão fazer a escolha de qual tema desejam desenvolver.
É importante deixar claro para os(as) estudantes que este grupo será para a culminância e não
um grupo fixo, ou seja, durante outras atividades em grupo, a formação poderá ser diferente.
Fase 3 - Evidências para avaliação
● Entre estações: O que é Justiça?: Os(As) estudantes demonstram a capacidade de trabalhar
de maneira harmônica em grupo, exercitando a escuta ativa e se posicionando de maneira
coerente e fundamentada.
● Exposição dialogada e leitura compartilhada: Os(As) estudantes participam ativamente das
discussões e expõem seu ponto de vista de maneira alinhada com a temática desenvolvida em
sala de aula, de modo que explicita a relação entre os conceitos de justiça e lei com as
situações apresentadas.
● Arremate: Os(As) estudantes conseguem sintetizar os tópicos e as teorias apresentadas e
relacionar com questões atuais e do cotidiano.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos:
● Anexo I - Casos para a atividade Entre Estações: O que é Justiça?
● Anexo II - Fragmento da obra “A República”, de Platão, com a história sobre o anel de Giges.
● Anexo III - AULA 02 - Apresentação
Para saber mais:
● Escolas devem trabalhar o conceito de justiça desde o Ensino Infantil
● Justiça social: conceito e importância
● Entendendo a estrutura das leis
● Aristóteles (Ética a Nicômaco): justiça distributiva e justiça corretiva. Direito e Filosofia
Referencial Teórico:
● BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05.10.1988. Brasília, 1988.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso
em: 04 nov. 2020.
● BURROUGHS, M.; LONE, J. Philosophy in Education: questioning and dialogue in schools.
Londres: Rowman & Littlefield, 2016.
● SANDEL, Michael J. Justiça: o que é fazer a coisa certa? [trad. de Heloísa Matias e Maria Alice
Máximo]. 6ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
● NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Cap. 11. p. 105-116. Rio de Janeiro:
Forense, 2013.
● Dicionário Michaelis. Disponível em <https://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em 21 de Jun. de
2021.
Aula 3
Tema Correntes do Direito
Tempo estimado 80 minutos (2 aulas de 40 minutos)
Formato da aula Assíncrona
Plataforma de ensino Google classroom, WhatsApp
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCHS01; EMIFCHS03.
Objetivos
● Identificar como se dá a compreensão do direito, a partir da ótica do jusnaturalismo e do
positivismo jurídico.
● Relacionar as interpretações do direito pelo jusnaturalismo e pelo positivismo a diferentes
formas de se interpretar e aplicar a norma ao caso concreto.
Perguntas Essenciais
● O que é o direito natural?
● Existe uma justiça absoluta ou apenas um ideal de justiça?
● De que forma o jusnaturalismo e o juspositivismo explicam a formação e o desenvolvimento
de normas jurídicas?
Compreensões Duradouras
● Existem diversas teorias que explicam a razão para se ter criado regras, normas a serem
respeitadas por todos(as), e essas teorias variam bastante de acordo com o momento
histórico em que se encontrava quando foram criadas.
● De forma abreviada, pela ótica do jusnaturalismo, as normas jurídicas têm como base
princípios básicos, que são imutáveis e universais. E que pela ótica do juspositivismo, o
direito só deve ser considerado a partir do que está imposto pela lei.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula/ferramentas para aula:
● Materiais para aula: caderno, lápis e textos para a leitura.
● Ferramentas para aula: Miro/Kialo, Google Formulário, Padlet..

Passo a passo:
1) Introdução: (5 min.)
A ideia é que os(as) estudantes façam uma reflexão prévia, através da seguinte questão:
"Vocês concordam com a afirmação de que algumas regras/normas existem desde sempre e em todo
lugar? Contem por que concordam ou discordam.”. A questão pode ser enviada para eles(as) através
de ferramentas digitais de debate, em que um(a) estudante pode ver e comentar a resposta do outro,
como: Miro ou Kialo, ou de forma mais individualizada através de um Google Formulário.
Caso seja o primeiro contato dos(as) estudantes com essas ferramentas, o(a) Professor(a)
deve tirar um tempinho para explicar o uso das ferramentas para os(as) estudantes.

2) Tempo de leitura e investigação: (25 min.)


Envie para os(as) estudantes, pelo WhatsApp ou pela outra ferramenta de contato, um
pequeno texto em PDF (Anexo I) em que estão sendo explicadas, de forma bastante sucinta, as
concepções de jusnaturalismo e de juspositivismo.
Oriente que leiam o texto com atenção, sublinhando as partes que considerarem importantes,
e registrando no caderno as informações principais. Peça que também registrem as dúvidas que
surgirem a partir da leitura, ressaltando que deverão transformar essas dúvidas em perguntas, para
que evitem registros semelhantes a “não entendi nada”. Estimule-os(as) a partir daquilo que
entenderam. Peça que compartilhem as dúvidas através do fórum ou nos comentários da atividade.
Aproveite as ideias apresentadas pelos(as) estudantes para fazer uma breve exposição
dialogada no fórum a respeito das correntes do jusnaturalismo e do juspositivismo, esclarecendo
que a primeira corrente está diretamente ligada às teorias contratualistas vistas na aula anterior, já
que parte do princípio de que existe um direito natural, que é inteiramente justo, imutável, universal,
até mesmo transcendental e imposto pela natureza de forma igualitária a todos os seres. E que,
segundo essa concepção, foi a partir de transformações sociais e econômicas que os seres
humanos passaram a compreender o Estado como uma instituição criada a partir de um contrato
social, necessária para assegurar a paz e a segurança. Para essa corrente do direito, aquilo que é
injusto não pode nem mesmo ser considerado como um fenômeno jurídico.
Já o juspositivismo é uma corrente que considera apenas aquilo que está previsto na lei,
imposta pelo Estado e aplicada pelas autoridades competentes, ou seja, autorizadas a exercerem
esse papel. A justiça, segundo essa ótica, advém das normas formais, escritas e impostas à
sociedade, tendo caráter racional e mutável - considerando que a sociedade está constantemente se
transformando. A aplicabilidade das normas, nesse caso, deve ser literal e afastada de juízos de valor
que passem pela análise moral e ética.

Sugestão para atividade síncrona: (25 min.)


Se o(a) Professor(a) optar por uma aula síncrona, pode trabalhar com estratégias de leituras
coletivas, em que cada estudante lê um trecho do texto. Também pode pedir que as perguntas s
sejam feitas de maneira oral e aproveitá-las para fazer a exposição dialogada.

3) Disputa Pedagógica/Questionário: (25 min.)


Envie aos(às) estudantes um formulário, feito através do Google Formulário, com um
questionário de verdadeiro e falso (Anexo II) e peça para que adicionem eventuais dúvidas nos
comentários das atividades.

4) Correção: (10 min.)


Faça a correção, através de um vídeo ou áudio, e envie para os(as) estudantes pelo WhatsApp
ou outra plataforma de contato com os(as) estudantes. (Anexo III - chave de respostas).

Sugestão para atividade síncrona: (35 min.)


Tanto o questionário quanto a correção podem ser feitos de maneira síncrona. Nesse caso, dê
um tempo para os(as) estudantes responderem o questionário e faça a correção de forma oral.

5) Arremate: (5 min.)
Através do Google Sala de Aula, abra um fórum para que os(as) estudantes respondam a
seguinte pergunta: “Qual das duas correntes do direito você acredita que é mais aplicada no nosso
dia-a-dia? Por quê?”. Além de responderem as perguntas, os(as) estudantes devem comentar nas
respostas dos(as) colegas, concordando ou discordando do ponto de vista apresentado.
Peça também que registrem em seus cadernos tudo que acharem importante sobre as
atividade (e encaminhe imagens de registro do caderno para o mural do Padlet), relembrando-os(as)
que esse registro será utilizado como apoio para a construção do produto final do módulo - o
podcast ou a cartilha.

Sugestão para atividade síncrona: (5 min. )


Peça que os(as) estudantes respondam a pergunta do Arremate e que algum(a) estudante se
voluntarie para responder a pergunta de forma oral. Peça também que registrem em seus
cadernos tudo que acharem importante sobre as atividade (e encaminhem imagens de registro
do caderno para o mural do Padlet), relembrando-os(as) que esse registro será utilizado como
apoio para a construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha.

Fase 3 - Evidências para avaliação


● Introdução: é importante observar se os(as) estudantes atenderam aos comandos iniciais e
concentraram a discussão na reflexão proposta pelo(a) Professor(a).
● Tempo de leitura e investigação: as informações compartilhadas pelos(as) estudantes e as
contribuições que deram no fórum, ou nos comentários, indicam que compreenderam as
principais acepções acerca das correntes jusnaturalista, segundo a qual as normas jurídicas
têm como base princípios básicos, que são imutáveis e universais, e juspositivista, que
compreende o direito a partir do que está imposto pela lei.
● Questionário: os(as) estudantes conseguiram acertar as questões e deixaram contribuições
importantes nos comentários da atividade.
● Arremate: os(as) estudantes acertaram boa parte da atividade e demonstraram compreender
as questões que erraram, após a correção. Além disso, conseguiram aplicar, de maneira
resumida, os aprendizados que tiveram ao longo da aula, incluindo as compreensões
duradouras previstas para a aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos:
● Anexo I - texto para o momento de “leitura e investigação”
● Anexo II - cartela para “Disputa pedagógica”
● Anexo III - chave de respostas
● Anexo IV - AULA 03 - Apresentação
Para saber mais:
● Jusnaturalismo e Juspositivismo
● Escolas do Direito
Referencial Teórico:
● LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2ª ed. Porto
Alegre: Penso, 2018. Cap. 9; p. 265 - 274.
● NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. Cap. 37,
38 e 39; p. 373 - 389.
● REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.

Aula 4
Tema Hegemonia nos espaços de tomada de decisão.
Tempo estimado 80 minutos (2 aulas de 40 minutos)
Formato da aula Síncrona
Plataformas de ensino Google Meet, Whats App
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG02; EMIFCG08; EMIFCHSA06;
Objetivos
● Identificar as distintas estruturas de poder que guiam as tomadas de decisão e influenciam na
vida do indivíduo;
● Analisar o perfil homogêneo nos espaços de poder com a pluralidade existente na sociedade;
● Associar a importância de políticas de inclusão e diversidade para representação de distintos
grupos sociais.
Perguntas Essenciais
● O que se entende por espaços de poder e tomada de decisão?
● Existe um perfil majoritário que ocupa esses espaços?
● Há uma explicação para o descompasso entre a multiplicidade de identidades e perfis na
sociedade e a hegemonia dentro dos espaços de tomada de decisão?
● Como garantir que os recortes de raça, gênero e condição socioeconômica sejam
contemplados e representados nos principais cargos existentes?

Compreensões Duradouras
● Existem diversas estruturas de poder que influenciam - direta e indiretamente - nas ações e
possibilidades do indivíduo;
● Os espaços de tomada de decisão precisam ser reflexo de toda a estrutura social, motivo pelo
qual é necessário que distintos perfis integrem esses cargos de liderança.
● Não há equidade de gênero e raça nos espaços de poder, sendo necessária a implementação
e manutenção de políticas de inclusão e acesso para garantir a diversidade nesses espaços.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula/ferramentas para aula:
● Materiais para aula: caderno, lápis, textos para dinâmica.
● Ferramentas para aula: Google Slides/PowerPoint Online, Jamboard, Sorteador e Padlet.

Passo a passo:
1) Introdução: (20 min.)
Indique aos(às) estudantes que a temática central da aula será a compreensão da hegemonia
nos espaços de tomada de decisão e que o primeiro momento da aula será destinado à construção
de um mapa das relações de influência e dependência que existem na sociedade. Para isso, registre
no centro da lousa digital a palavra “Educação” e, a partir das perguntas disparadoras destinadas
aos(às) estudantes, crie conexões com as respostas apresentadas por eles(as) no decorrer da
atividade. Para substituir a lousa física no espaço virtual, pode-se usar o Jamboard, que é uma
extensão do Google Chrome que pode ser compartilhada, ou ferramentas de apresentação de Slides
como o Google Apresentação ou PowerPoint Online.
Para guiar esse momento, questione os(as) estudantes: “Quem determina e os(as) influencia a
estarem na escola?”. É provável que informem o papel da família, que a sociedade cria uma pressão
para isso, que a escola acompanha a frequência dos(as) estudantes, dentre outros. Registre na lousa
digital as instituições e agentes indicados pelos(as) estudantes (escola, família, sociedade, etc.).
Em sequência, pergunte “Quem define o que vocês aprendem na escola?”. Caso apresentem
dificuldades em criar conexões com instituições e agentes que fazem essa delimitação, pontue que
os conteúdos apresentados em sala de aula não são selecionados de forma aleatória e facilite o
caminho de reflexão de que há atuação de Poder Legislativo na elaboração de diretrizes e normas
gerais, das Secretarias de Educação na construção do referencial curricular, da escola na
sistematização do seu currículo e do(a) Professor na seleção dos conteúdos e na estruturação do
planejamento. Repita o procedimento de registrar as respostas na lousa digital, fazendo conexões
com a palavra central.
Por fim, apresente o seguinte questionamento: “Quem garante que você tenha direito à
educação? E quem fiscaliza para que não seja violado?”. Guie o debate para que os(as) estudantes
reflitam o papel do Poder Legislativo - em nível federal, estadual e municipal - para a criação de leis
que possibilitem o acesso à educação, da importância do Poder Executivo para o cumprimento
dessas determinações legais e a ação do Poder Judiciário para fiscalizar e garantir que esse direito
seja garantido e para solucionar determinados impasses e conflitos de direitos, como a garantia de
vaga nas instituições de ensino, adequação do espaço escolar para atender estudantes com
deficiência, dentre outras situações.
Com as principais respostas na lousa digital, evidencie aos(às) estudantes que existem
diversas estruturas, agentes e sistemas que influem, de forma direta e indireta, a nossa vida, sendo
que a educação é apenas um exemplo, visto que é possível verificar essas relações em diversos
outros campos. Nesse sentido, os(as) congressistas, deputados(as) e vereadores(as), por exemplo,
compõem espaços de poder e tomada de decisão que determinam os rumos da Educação, na mesma
proporção que o Presidente, Governador e Prefeito decidem as melhores formas de execução da lei e
de seus projetos, além da atuação dos Tribunais de Justiça e do Ministério Público no julgamento e
fiscalização de demandas nessa área.

Sugestão para atividade assíncrona: (20 min.)


Para enviar as questões norteadoras para os(as) estudantes, é sugerido o Mentimeter, uma
ferramenta de criação de nuvens de palavras, de enquetes, de questionário em que as respostas
vão aparecendo em tempo real. Após obter as principais respostas, é importante enviar uma
contextualização como está sugerido acima, para isso, pode ser enviado um texto ou vídeo
através da plataforma.

2) Dinâmica: Qual a chance? (30 min.)


Explique que os(as) estudantes receberão um jogo em que assumirão a posição de um
personagem fictício e acompanharão todas as possibilidades de decisões e caminhos até chegarem
no grande sonho final, após passarem por quatro estágios. Para realização dessa atividade, separe a
turma em grupos de, aproximadamente, 6 estudantes, sendo que 5 serão participantes e um(a)
conduzirá a dinâmica, o(a) qual será denominado(a) como Mestre(a) do Tempo. A divisão pode ser
feita através de salas temáticas no Google Meet.
O Anexo I contém as informações do jogo, os cartões com as situações de cada etapa e os
números de 1 a 5. Além disso, é importante que cada grupo tenha uma ferramenta para a realização
de sorteios, pois se trata de um jogo de sorte. Recomenda-se o site Sorteador, mas também pode ser
realizado de maneira física pelo(a) estudante designado(a) como Mestre(a) do Tempo. Cada uma das
etapas se refere a uma fase da vida de João, o personagem principal, desde a adolescência até a
escolha de carreira após a graduação.
Após a divisão dos grupos, envie ao(à) estudante designado(a) como Mestre(a) do Tempo um
link contendo os casos e números contidos no Anexo I. Peça para que ele(a) compartilhe a tela com
os(as) demais para que todos(as) possam visualizar os casos.
Em cada rodada, o(a) Mestre(a) do Tempo deverá ler a situação apresentada no campo
contexto do card e passar a vez do sorteio para que cada participante escolha um número de 1 até 5,
que são correspondentes às alternativas de decisões contidas na folha. É importante que o(a)
estudante diga o número sorteado para que o(a) Mestre(a) do Tempo registre e leia qual foi a opção
atribuída.
Cada situação contém a informação se o(a) participante prossegue para a próxima rodada,
aqueles(as) que não prosseguirem devem permanecer assistindo o jogo até que o(a) último(a)
participante alcance o grande sonho ou seja eliminado. Finalizada a atividade, feche as salas
interativas e traga todos(as) os(as) estudantes de volta à sala principal do Google Meet.

Sugestão para atividade assíncrona: (30 min.)


Para funcionar de maneira assíncrona, essa atividade deve ser feita de maneira individual, o(a)
estudante vai sorteando e lendo o caminho traçado por si só. Para aumentar a interação entre
os(as) estudantes, é possível criar um fórum ou uma atividade para que compartilhem o
resultado do seu personagem e as suas impressões sobre o jogo.

3) Exposição dialogada: (25 min.)

De maneira inicial, solicite que os(as) estudantes compartilhem como se sentiram em relação
à última atividade, especialmente aqueles(as) que foram eliminados(as) logo no início da atividade.
Questione o porquê somente poucos(as) estudantes conseguiram alcançar o objetivo almejado pelo
personagem. Além disso, peça que respondam se o sucesso do personagem dependia, de maneira
exclusiva, da sua ação individual ou existiam outras questões que poderiam criar barreiras para isso.
Com base nas respostas da última pergunta, retome para a primeira atividade e demonstre
aos(às) estudantes que existe uma extensa e complexa estrutura por trás das nossas ações e que se
relacionam com as diversas áreas da vida. É o momento de demonstrar a centralidade que os
espaços de tomada de decisão e poder detêm na sociedade, em que assumem a função de nortear
as possibilidades de caminhos a serem trilhados. Nesse ponto, questione os(as) estudantes quem
são as pessoas que ocupam esses espaços, qual o perfil majoritário e as características
socioeconômicas.
Em sequência, com a finalidade de demonstrar a intencionalidade da dinâmica, explique
aos(às) estudantes que na primeira fase da dinâmica, o objetivo era refletir o levantamento feito pelo
IBGE em 2018, o qual demonstrava que a taxa de conclusão do ensino médio da população preta ou
parda estava em 61,8%. Ou seja, esse dado foi traduzido na dinâmica no sentido de que o
personagem só tinha 3 das 5 opções selecionáveis para concluir o ensino médio, em um total
equivalente a 60% das chances, similar ao que acontece na realidade.
Referente ao ingresso no ensino superior previsto na 2ª rodada, observa-se uma distância
entre as taxas de pessoas negras e brancas no acesso a esse nível de ensino. Em 2018, conforme o
IBGE, a taxa de ingresso era de 35,4% na população preta ou parda e de 53,2% na população branca.
Por essa razão, na dinâmica, o personagem só tinha 40% de chances de entrar na Universidade, o que
seria equivalente a duas situações para avançar no nível educacional e continuar no jogo.
A terceira fase reflete dados do nível de desemprego, em que, conforme levantamento
realizado em 2019 pelo IBGE, a média nacional era de 11,9%, sendo que a taxa de desocupação foi de
9,3% para brancos e 13,6% para pretos ou pardos. Em razão disso, o personagem somente tinha 80%
de chances de conseguir um emprego, após a conclusão do curso superior. Essa fase encaminhava o
personagem para trilhar distintos caminhos, cada qual refletindo a porcentagem de eventual sucesso
compassada com a realidade.
Na rodada destinada para a carreira de magistratura, em que o personagem tem o desejo de
se tornar juiz, apenas uma das opções levava para esse objetivo, uma vez que apenas 18% dos juízes
brasileiros são pardos ou pretos, conforme relatório do perfil sociodemográfico dos magistrados
brasileiros de 2018, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça.
A rodada da carreira política retrata que, após as eleições de 2018, apenas 24,36% da
Composição da Câmara dos Deputados eram de deputados federais negros, o que justifica o porquê
apenas uma das opções da dinâmica resultavam na eleição do personagem. Inclusive, conforme a
Agência Câmara de Notícias, homens, brancos, casados e com curso superior formam o perfil
dominante entre os candidatos à Câmara.
Por fim, a rodada atinente ao Setor Privado evidencia que, conforme dados de 2018 do IBGE,
apenas 29,9% dos cargos gerenciais eram ocupados por pretos ou pardos, enquanto 68,6% eram
ocupados por brancos. Com o objetivo de aproximar da realidade, o personagem somente tinha 20%
de chances, isto é, apenas em uma situação ele conseguiria o cargo gerencial almejado.
Pontue com os(as) estudantes que esses dados evidenciam a sub-representação de pretos e
pardos, mesmo compondo 56% da população brasileira. Esse processo de reflexão e análise também
pode ser associado aos níveis de representação de mulheres, LGBTs, pessoas com deficiência, dentre
outros recortes, nos espaços de poder e tomada de decisão.

Sugestão para atividade assíncrona: (25 min.)


A exposição pode ser feita de maneira assíncrona, através de um vídeo gravado pelo(a)
Professor e enviado pela plataforma de interação com os(as) estudantes. O vídeo pode ser
feito mostrando o rosto do(a) Professor(a) ou a tela do computador com os slides. Também
existem programas como o CamStudio, em que é possível gravar a tela do computador e
sobrepor com a imagem da webcam em um canto. É importante que exista interação com
os(as) estudantes no fórum ou comentários da plataforma, assim a exposição se torna mais
dialogada possível.

4) Arremate: (5 min.)
Ao final, peça para que os(as) estudantes registrem nos comentários da atividade os
principais aprendizados que tiveram a respeito do conteúdo. Peça também que registrem em seus
cadernos tudo que acharem importante sobre as atividade (e encaminhe imagens de registro do
caderno para o mural do Padlet), relembrando-os(as) que esse registro será utilizado como apoio para
a construção do produto final do módulo - o podcast ou a cartilha.
Fase 3 - Evidências para avaliação
Evidências de que os(as) estudantes compreendem
● Introdução e exposição dialogada: O(A) estudante participa ativamente das discussões e
expõe seu ponto de vista de maneira coerente e alinhada com a temática desenvolvida em
sala de aula. Além disso, traz contribuições pautadas em seu repertório sociocultural e
apresenta uma visão crítica em relação aos temas abordados.
● Dinâmica: Qual a chance?: O(A) estudante demonstra a habilidade de trabalhar em grupo de
maneira harmônica, exercitando a escuta ativa e sua capacidade de colaboração. Ainda, o(a)
estudante designado(a) como Mestre(a) do Tempo desenvolve a atividade de maneira
coordenada e é capaz de seguir as instruções estabelecidas.
● Arremate: O(A) estudante consegue extrair as compreensões duradouras desejadas de todas
as atividades e discussões feitas durante a aula .
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos
● Anexo I - Dinâmica - Qual a chance?
● Anexo II - AULA 04 - Apresentação
Para saber mais:
● Por que o índice de negros em cargos políticos é baixo?
● Número de deputados negros cresce quase 5%.
● Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil.
● Podcast “Qual vai ser?”.
Referencial Teórico:
● Conselho Nacional de Justiça. Perfil Sociodemográfico dos Magistrados Brasileiros 2018:
Relatórios por Tribunal. Disponível em:
<https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2011/02/5d6083ecf7b311a56eb12a6d9b79c625
.pdf>. Acesso em 26 nov. 2020
● NERI, Marcelo C. A Escalada da Desigualdade - Qual foi o impacto da crise sobre a
distribuição de renda e a pobreza?. Rio de Janeiro: FGV Social, 2019. Disponível em:
<https://cps.fgv.br/desigualdade>. Acesso em 26 nov. 2020.
Aula 5
Tema Diferentes formas de corrupção
Tempo estimado 80 minutos (2 aulas de 40 minutos)
Formato da aula Síncrona
Plataforma de ensino Google Meet, WhatsApp
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFCG01; EMIFCG02; EMIFCG07; EMIFCG08.
Objetivos
● Reconhecer o conceito de corrupção.
● Identificar ações comumente presentes no cotidiano brasileiro e que, apesar de terem passado
por processo de naturalização, podem ser consideradas corrupções.
● Identificar a noção estereotipada acerca do conceito de “jeitinho brasileiro”.
Perguntas Essenciais
● Você conhece os diferentes tipos de corrupção?
● Existe corrupção também fora do âmbito político?
● O que significa a expressão “jeitinho brasileiro”? É algo bom ou ruim?
● De onde vem a cultura do “jeitinho brasileiro” e o que ela revela sobre a nossa história e nosso
jeito de resolver problemas?
● Quais tipos de prejuízos a sociedade sofre com as “pequenas corrupções” do dia-a-dia?
Compreensões Duradouras
● Condutas corruptas são aquelas transgressões realizadas com objetivo de obter vantagem
privada e que ocasionam prejuízos à sociedade, de uma maneira geral.
● A corrupção não está limitada ao âmbito político.
● As “pequenas corrupções” do dia-a-dia também geram forte impacto na sociedade.
● A cultura de tolerância a pequenas corrupções acaba legitimando as corrupções de escala
maior.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem
Materiais para aula/ferramentas para aula:
● Ferramentas: Google apresentação, Padlet e Excelendo.
● Material para a aula: caderno, caneta, lápis e borracha.

Passo a passo:
1) Introdução: (15 min.)
Oriente os(as) estudantes a refletirem, sobre as questões: “Se você precisasse explicar para um
extraterrestre o que significa corrupção, como explicaria? Quais exemplos você daria para explicar o
conceito?” O(a) Professor(a) deve deixar expostas as questões, através do compartilhamento de tela.
Os(As) estudantes terão cinco minutos para refletir e responder no chat da conferência. Depois,
convide dois(duas) estudantes para dizer seu posicionamento pelo microfone. Utilizando recursos
variados para interação, o(a) Professor(a) garante que mais estudantes participem da aula.
Após a interação, peça para que elaborem uma resposta escrita para a pergunta: “O que é
corrupção?” e a registrem em seus cadernos. Esclareça que farão investigações durante a aula sobre o
conceito, sobre exemplos práticos de corrupção e sobre os impactos da corrupção na sociedade.
Assim, essas respostas serão verificadas no final da aula, para que façam a autoavaliação das
respostas que elaboraram.

2) Debate Interativo: (50 min. - 15 minutos de leitura prévia e 35 minutos de compartilhamento)


Para o momento de Debate Interativo é importante que haja uma preparação prévia da turma
para a vivência. Assim, reforce com a turma o combinado de que, nesse momento de diálogo, é ainda
mais importante que todos(as) mantenham postura respeitosa e estejam disponíveis para escutar os
argumentos e opiniões dos(as) outros(as), permitindo que eles(as) usufruam do seu turno de fala.
Nessa aula, o papel do(a) Professor(a) será o de moderador(a), garantindo a participação
igualitária de todos(as), sem a interferência nas discussões levantadas pelos(as) estudantes ou a
exposição de temas ou conteúdos.

Etapa assíncrona:
Para este momento, organize os(as) estudantes em trio - recomenda-se que use a ferramenta
Excelendo. Sugere-se que nomeie um(a) representante de cada grupo para que este(a) fique responsável
por criar um link separado para uma nova conferência do Google Meet e compartilhar com os(as)
colegas de seu trio e com o(a) Professor(a), além de ser responsável por cuidar do tempo.

Esclareça, então, que deverão se reunir por videoconferência em trios e fazer a leitura de texto
que será encaminhado a eles(as) pelo WhatsApp (Anexo I). Após a leitura, cada um(a) irá escolher, ao
menos, um trecho do texto que mais tenha chamado a sua atenção e registrar no caderno as razões
pelas quais gostou ou não do trecho lido. Por fim, passarão a compartilhar com os(as) colegas do trio
os registros que fizeram e, caso as falas dos(as) colegas tenham feito com que o grupo chegue a
novas conclusões ou reflexões, todos(as) irão registrar também essas reflexões no caderno. Diga
aos(às) estudantes que terão 15 minutos para fazer a leitura, os registros e as discussões.
Transcorrido esse tempo, oriente os(as) estudantes a se reunirem no link da videoconferência
do Google Meet compartilhado pelo(a) Professor(a) e inicie o momento de troca, perguntando quem
gostaria de compartilhar as suas reflexões. Lembre aos(às) estudantes que estão em um ambiente
seguro e de respeito. Compartilhe com os(as) estudantes um slide em branco e vá anotando o nome
daqueles(as) que pediram a palavra. Esclareça que essa parte da atividade deverá ser finalizada em
até 35 minutos, razão pela qual, para que a maior quantidade de estudantes consiga falar, é importante
pedir aos(às) estudantes que sejam concisos(as) em suas falas e respeitem o turno de fala de cada
um(a).
Peça ao(à) primeiro(a) da lista que leia o trecho que escolheu e apresente os argumentos para
a escolha que fez. Instigue os(as) estudantes a não apenas dizer se gostou ou não do trecho, mas
também a trazer argumentos, expondo o porquê das suas escolhas.
Após a exposição feita pelo(a) primeiro(a) da lista, abra espaço para comentários, perguntando
se alguém também quer contribuir sobre o trecho que acabou de ser lido ou sobre a fala do(a) colega,
e anote, em uma segunda lista, o nome dos(as) inscritos(as) para fazer comentários - interessante
considerar um limite de até dois(duas) estudantes, para que não seja ultrapassado o tempo previsto
para a atividade.
Passe, então, para o segundo nome da lista de pessoas que desejavam compartilhar as
reflexões sobre os trechos do texto que chamaram a sua atenção, e siga o mesmo protocolo anterior,
até que todos(as) os(as) inscritos(as) tenham compartilhado as suas ideias ou até que se esgote o
tempo previsto para a atividade.

Sugestão de atividade assíncrona: (50 min.)


Caso o acesso a internet seja um limitador, esta atividade poderá ser feita de forma assíncrona
com o apoio de podcast (Anexo II), em substituição ao texto lido pelos(as) estudantes. Nesse
caso, os(as) estudantes poderão escutar o podcast, sem a necessidade de se dividirem em trios.

3) Corrupção na prática: (10 min.)


Apresente aos(às) estudantes, por meio do compartilhamento de tela, a imagem do Anexo III.
Explique que se trata de uma campanha idealizada pela Controladoria-Geral da União em 2013,
com o objetivo de provocar reflexões acerca de atitudes que, apesar de serem bastante comuns e
consideradas pouco graves ou até mesmo aceitáveis, são antiéticas e, em alguns casos, ilegais.
Pergunte, então, à turma: “Vocês concordam que esses são exemplos de corrupção? Alguém, na
atividade inicial da aula, utilizou um desses exemplos para falar de corrupção? Esses exemplos se
encaixam no conceito que vocês deram sobre corrupção, no começo da aula?”

Sugestão de atividade assíncrona: (10 min.)


É importante que haja uma interação entre os(as) estudantes, então, como alternativa, podeeria
usar uma ferramenta como o Mural ou o Padlet. O(a) Professor(a) colocaria a imagem em
exposição e as perguntas norteadoras para que os(as) estudantes debatessem.

4) Arremate: (5 min.)
Peça que os(as) estudantes retomem as anotações que fizeram em seus cadernos durante a
atividade inicial, fazendo as alterações ou acréscimos que agora, após o momento de estudo e
discussão, entendam ser necessários. Peça que 3 estudantes compartilhem com a turma as
alterações que fizeram - posteriormente, encaminhando imagens deste registro no mural do Padlet.
Fase 3 - Evidências para avaliação
● Introdução: é importante observar se os(as) estudantes atenderam aos comandos iniciais,
ficaram atentos(as) às marcações de tempo e concentraram a discussão na reflexão proposta
pelo(a) professor(a).
● Debate interativo: Os(As) estudantes mantiveram-se concentrados(as) durante o momento de
leitura compartilhada (ou de escuta do podcast) e conseguiram fazer reflexões acerca do que
leram ou ouviram, traçando paralelos entre as informações novas e os seus conhecimentos ou
vivências anteriores.
● Corrupção na prática: os(as) estudantes conseguiram relacionar as discussões realizadas ao
longo da aula às situações práticas apresentadas a eles, reconhecendo nessas atitudes,
corrupções capazes de reforçar estereótipos e cultura que geram grandes malefícios à
sociedade.
● Arremate: os(as) estudantes foram capazes de realizar autocrítica com relação às concepções
que inicialmente carregavam a respeito do conceito de corrupção e das condutas que
correspondiam a esse conceito, de modo que, sem intervenção direta do(a) Professor(a),
avaliaram as respostas que deram no começo da aula e fizeram alterações e acréscimos
suficientes para incluir em suas anotações ideias que contemplem as compreensões
duradouras esperadas para a presente aula.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos:
● Anexo I - "Jeitinho brasileiro: da criatividade à corrupção"
● Anexo II - Podcast - #058 - O jeitinho brasileiro
● Anexo III - Campanha Controladoria-Geral da União (Pequenas Corrupções - Diga Não!)
● Anexo IV - AULA 05 - Apresentação
Para saber mais:
● CONVERSA SOBRE POLÍTICA: Jeitinho Brasileiro.
● “Pequenas” corrupções, grandes impactos.
Referencial Teórico:
● BARROSO, Luís Roberto. Ética e jeitinho brasileiro: por que a gente é assim? Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/dl/palestra-barroso-jeitinho-brasileiro.pdf>. Acesso em 25 de
outubro de 2020.
● Comunidade de Aprendizagem. Tertúlia Dialógica - 7 atuações de êxito. Disponível em:
<https://www.comunidadedeaprendizagem.com/uploads/materials/6/580d15e17ff1060840d2
c6606046dc28.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2020.
● Escola de Formação de Educadores do Recife Professor Paulo Freire. TERTÚLIA DIALÓGICA:
resumo teórico e sugestões de atividades para professoras/res que atuam nos Anos Inicias.
Disponível em: <TEXTO 3 -TERTÚLIA_DIALÓGICA_Resumo_Teórico_Sugestões_de_Atividades
(4) (1).pdf (recife.pe.gov.br)>. Acesso em: 13 dez. 2020.
● HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
Aula 6
Estrutura composicional do podcast ou da cartilha e
Tema roteiro
Tempo estimado 80 minutos (2 aulas de 40 minutos)
Formato da aula Assíncrona
Plataforma de ensino Google Classroom, WhatsApp.
Fase 1 - Resultados Desejados
Habilidades dos eixos estruturantes e BNCC
● EMIFLGG03; EMIFCG06.
Objetivos
● Revisar o roteiro do podcast ou da cartilha e elaborar a sua versão final.
● Aplicar a gravação do podcast ou a escrita da cartilha.
Perguntas Essenciais
● Como é feita a produção de um podcast ou cartilha?
● O que torna um podcast ou uma cartilha interessantes?
● Quais tópicos ou abordagens não podem faltar no podcast ou na cartilha produzida por vocês?
● Quais ferramentas são necessárias para a gravação do podcast ou a escrita da cartilha?
Compreensões Duradouras
● Reconhecer a importância de planejar a produção de um texto, escrito ou oral, antes da sua
produção, propriamente dita.
● Podcast é um gênero oral, publicado nos meios digitais, normalmente composto por diversos
episódios, semelhantes a programas de rádio.

Ou, caso seja feita a opção pela elaboração da cartilha:

● A cartilha é um texto impresso de caráter educativo ou instrutivo, que tem por finalidade
apresentar informações aos leitores, acerca do tema abordado na cartilha.
Fase 2 - Plano de Aprendizagem

Materiais para aula/ferramentas para aula:


● Materiais para aula: roteiros; celular ou computador; papel e caneta.
● Ferramentas para aula: gravadores digitais (Use o aplicativo que os(as) estudantes já usaram
ou têm costume de usar)

Passo a passo:

1) Finalização e revisão da versão final do roteiro: (30 min.)


Envie para os(as) estudantes, através da plataforma de contato, que eles(as) terão um tempo
destinado à finalização e revisão do roteiro da cartilha ou do podcast. Após esse tempo, irão iniciar a
gravação ou escrita de seus produtos finais. Assim, oriente-os(as) a fazerem a divisão dos grupos pelo
Google Meet e a retomarem os trabalhos que iniciaram na aula anterior. É importante que você esteja
disponível para acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos e para esclarecer eventuais dúvidas.
Caso opte por produzir o podcast, siga normalmente para o próximo passo. Caso sua escolha seja pela
cartilha, siga para o passo 3 deste plano.

2) Gravação do Podcast: (50 min.)


A produção de um podcast demanda itens tecnológicos básicos, sendo indispensável um
celular ou computador e um microfone, o qual pode ser externo ou embutido no celular e/ou nos fones
de ouvido. Além disso, é necessário um software ou aplicativo de edição de áudio, mas esse ponto será
trabalhado no tópico seguinte.
Instrua os(as) estudantes, através da plataforma online, que é importante que a gravação ocorra
em espaços com poucos ruídos e interferências externas, então, devem procurar espaços silenciosos
dentro de casa. Uma dica é fechar as portas e as janelas para diminuir os sons externos.
Sugere-se que cada episódio do podcast tenha 15 minutos de duração, sendo um quinto para
cada sequência didática. De toda forma, considerando que o produto passará por edição, os(as)
estudantes podem gravar áudios mais longos, desde que seja viável o corte de partes, mas com a
manutenção do sentido dos elementos dialogados.
No momento da gravação, peça que os(as) estudantes enviem prévias dos áudios para verificar
a entonação, dicção, a forma e os usos de expressão, a fim de garantir que mantenham uma linguagem
clara e adequada para o público-alvo.
Uma sugestão é padronizar a vinheta de abertura para todos os episódios, o que corrobora para
a construção de uma identidade única para esta culminância. Alinhe com os(as) estudantes uma forma
interessante de iniciar cada episódio, seja com uma música, uma chamada oral, um jingle, dentre outras
possibilidades.
Após o momento de gravação, é importante ouvir os áudios para verificar se foram captados
corretamente e se não existem interferências que prejudiquem a construção do produto final. Caso seja
necessário, os(as) estudantes devem regravar a parte prejudicada para substituir durante a edição.

3) Produção da cartilha: (50 min.)


Após a construção do roteiro de elaboração da cartilha, agora é momento de efetivamente
construí-la. Alguns pontos devem ser observados na elaboração da cartilha, como a utilização de
linguagem clara e objetiva, adequação ao público-alvo definido anteriormente e o uso de referências
confiáveis. Se possível, envie mais exemplos digitais de cartilhas para que os(as) estudantes utilizem
como forma de inspiração, tanto para o processo de criação do conteúdo quanto para a fase de edição.
Pontue com os(as) estudantes, através da plataforma, que o roteiro previamente elaborado
serve como um guia para execução do projeto, mas que é passível de alterações e reorganizações.
Alguns pontos elaborados no processo de ideação, na prática, deixam de fazer sentido ou é inexequível,
sendo que isso faz parte do processo de construção da culminância.
Os(As) estudantes devem definir quais serão os tópicos abordados e, em sequência, produzir o
texto informativo relativo àquela parte da cartilha. Considerando a finalidade desse gênero, mencione
que é recomendado evitar que as abordagens sejam extensas e muito detalhistas, visto que o foco é
garantir acesso fácil à informação. Circule nos grupos para verificar se a abordagem e o uso da
linguagem estão compatíveis com a finalidade da cartilha e, caso seja necessário, auxilie os grupos a
adequar ou alinhar o texto com a ideia da culminância.
Além disso, é importante pensar em qual será o título da cartilha. Para tanto, os(as) estudantes
devem refletir sobre qual título faz mais sentido ante todo o trabalho desenvolvido e que seja capaz de
dar uma noção geral de qual é a temática abordada.

Sugestão para atividade síncrona: (50 min.)


O(a) Professor(a) pode marcar uma reunião síncrona com os membros dos grupos para tirar
dúvidas e passar as orientações acima. Além disso, é interessante marcar um horário para estar
disponível pela plataforma de contato ou pelo WhatsApp para auxiliar os(as) estudantes.
Fase 3 - Evidências para avaliação
● Finalização e revisão da versão final do roteiro: os(as) estudantes mantiveram-se
engajados(as), participando ativamente das discussões e construções promovidas em seu
grupo, demonstrando que conseguem resgatar os aprendizados obtidos ao longo da Eletiva.
● Gravação do Podcast e Produção da Cartilha: além de evidenciar a capacidade de trabalhar em
grupo, o(a) estudante consegue executar os pontos elaborados no roteiro com autonomia e
propriedade da temática. Demonstra a capacidade de se posicionar de maneira crítica e
consciente, a partir de argumentos robustos e embasados, visando a produção da culminância
definida.
Fase 4 - Materiais de Apoio
Anexos:
● Anexo I - AULA 06 - Apresentação
Para saber mais
● Agregadores de podcast:
- Spotify: <https://www.spotify.com/br/>
- Deezer: <https://www.deezer.com/br/>
- Castbox: <https://castbox.fm/>
- Soundcloud: <https://soundcloud.com/>
- Podcasts Google: <https://podcasts.google.com/>
Referencial Teórico:
● CUNHA, Juliana Andrade Cunha; NEJM, Rodrigo. Preocupado com o que acontece na Internet?
Quer conversar?. SaferNet Brasil, 2015. Disponível em:
<Diálogo_Virtual_Low_Web_SN_Unicef_PFDC_CGI.pdf (safernet.org.br)>. Acesso em: 13 dez.
2020.
● Nova Escola. Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula. Disponível em: <Chegou a hora de
inserir o podcast na sua aula (novaescola.org.br)>. Acesso em: 13 dez. 2020.

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