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10.37885/220207555
RESUMO
Vivemos num país democrático onde o povo elege seus representantes por meio de
votos, na qual temos o direito de ir vir, a liberdade de expressão e comunicação de suas
ideias construtivistas. Está democracia é alvo de constante discussão e reflexões para
articular-se de forma ampla dentro das instituições, entre as instituições a escola espere
constantemente pela democratização em sua prática pedagógica. Refletindo nesta colo-
cação, o presente artigo teve como objetivo aprofundar o conhecimento quanto à gestão
democrática na educação pública brasileira, por meio das análises detalhadas dos estudos
bibliográficos já publicados sobre o tema. Trazendo como norteamento a construção da
democracia, as exigências do caráter democrático da gestão escolar, e principalmente
se os ambientes escolares cumprem a função educativa democratizada. O presente ar-
tigo constitui de um levantamento bibliográfico exploratório sobre a gestão democrática,
assim como sua aplicabilidade nos ambientes escolares. Para darmos embasamentos,
este estudo consistiu numa revisão da literatura especializada, mediante a busca eletrô-
nica de artigos indexados nas seguintes bases de dados: SCIELO, BIREME, CAPES e
MedLine, Google Acadêmico, bem como em banco de dados de universidades, com o
emprego de unitermos que possam remeter a publicações que tratem de assunto per-
tinentes ao “Gestão Democrática na Educação Pública Brasileira”. Entre os principais
resultados encontrados, denotamos que a busca por melhoria da qualidade da educa-
ção exige medidas não só no campo do ingresso e da permanência, mas também que
possam reverter a situação de baixa qualidade da aprendizagem na educação básica,
o que pressupõe, por um lado, identificar os condicionantes da política de gestão e, por
outro, refletir sobre a construção de estratégias de mudança do quadro atual. Acreditando
que uma pedagogia livre reflexiva poderá alcançar democratização das nossas ações e
atitudes em sociedade.
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Educação na Contemporaneidade: tensões e desafios - Volume 2
INTRODUÇÃO
Vivemos num país democrático onde o povo elege seus representantes por meio de
votos, na qual temos o direito de ir vir, a liberdade de expressão e comunicação de suas
ideias construtivistas. Desta maneira, ama das principais funções da democracia é a pro-
teção dos direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de religião, a
proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica, e cultural da
sociedade. Somos cidadãos com direitos expressos, e os deveres de participar no sistema
político que vai proteger seus direitos e sua liberdade.
METODOLOGIA
Procedimentos
1) Procura eletrônica nas bases de dados (online) e banco de dados das bibliotecas
de universidades sobre o tema pesquisado (Gestão Democrática na Educação Pú-
blica Brasileira), usando os seguintes unitermos: Democracia; Ambiente escolar;
Educação; Perspectivas da gestão escolar; Pedagogia autônoma.
2) Leitura dos resumos dos manuscritos científicos, visando uma primeira análise das
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Educação na Contemporaneidade: tensões e desafios - Volume 2
publicações encontradas;
3) Leitura na íntegra dos trabalhos (artigos, livros e produções acadêmicas) com vista
à análise que foi realizada para responder aos objetivos deste estudo;
4) Compilação e análise dos dados.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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em relação a democratização quando idealiza suas relações de forma fragmentada, manten-
do nossos trabalhos pedagógicos de forma dogmáticas sobre os nossos atos e resultados.
Interligando os dois parágrafos acima compreende-se que nossa sociedade vive des-
comedidas mudanças ideológicas sobre a forma como compreendem e movimentam a
sociedade que nos cerca, refletindo diretamente nas formas como construímos nossos
trabalhos. Formas estás, que quando concebido para organização escolar envolve um es-
forço na organização, articulação e preparação das competências humanas vitais para uma
aprendizagem significante (LUCK, 2000).
Para que ocorra trabalho com mediação congruentes aos desafios da sociedade atual,
demarcada pela predominância a liberdade e não necessidades, precisamos nos adequar
as condições dos sujeitos em relação a dominação com os demais. Relações alicerçadas
sob a ótica do capitalismo, onde o trabalho é subordinado a regras do mercado produtor
de exercícios manipulativos, gerando ocupações de trabalho mecanizados. Diante desse
quadro, o tipo de trabalho que se apresenta aos nossos olhos fica inacessível de interceder
numa centralidade absoluta do trabalho enquanto a criação do homem e histórica desen-
volvimentista (FRIGOTTO, 1995).
Estamos denotamos as construções de uma democracia igualitária na qual o trabalho
pedagógico precisa se totalmente desconstruindo em muitas escolas da rede pública, até
mesmo as privadas. Afinal, vemos estimuladas participações desfreadas de uma pedago-
gia livre a autônoma, mas ao serem trabalhados no dia a dia das escolas, ficamos à mercê
denominações ao poder único, estabelecidos pelos próprios gestores, acreditando serem
possuidores do conhecimento centrais, assunto estes que discutiremos no próximo seção.
Está breve descrição do autor acima reflete ao cenário atual que permeio nossas
centralizações sobre as formas com denotamos a democratização na escola, afinal a mes-
ma passa a ser uma via de mão única, onde construímos falsa situações de “abertura” ou
indagamos a ditadura total, estipulando-nos detentores do poder. Trazendo das intuições
constituições por representações dos diferentes segmentos que compõem a comunidade
escolar, prevalecendo há visão geral de que essas instâncias organizadas buscam o bem
comum e não vantagens e benefícios para as facções representadas (MENDONCA, 2001).
Nas falas de Cury (2002) enquanto temática histórica da gestão democrática na educa-
ção, movemo-nos em duas direções nada condizentes com as idealizações. Estás direções
dos gestores se partem por um movimento paternalista e autoritária, sendo ambas formas
de pensar e agir sobre o outro, não reconhecendo como igual.
Quando centralizamos nossas forças normalizações do poder à somente uma pessoa,
ficamos vulneráveis as suas idealizações muitas vezes exacerbadas de forma retorcidas.
Desta maneira, as grandes discussões deste projeto estão sobre a utopias construídas
frente a democratizações supostamente divulgadas, que infelizmente ao serem exploradas
nas bibliografias, denotamos que precisamos quebrar constante paradigmas para construir
uma pedagogia libertadora.
Um dos paradigmas que temos hoje no sistema hierárquicos, é poder centralizado na
mão do diretor, sendo considerado a autoridade máxima, dando-lhe diretamente poder e
autonomia absoluta. Instalando ao mesmo tempo uma total responsabilidade para gestor
que necessitará exercer o cumprimento da Lei da Ordem na escola, pressionando constan-
temente que obtenha competências técnicas e métodos de atuações. Este cenário no remete
a perspectivas que se ocorrer uma impotência ou falta de autonomia do diretor, sintetizará
na falta de autonomia da própria escola e automaticamente na classe de trabalhos pedagó-
gicos, que permeia em constante cobrança (CURY, 2002).
Sabemos que ao denotarmos sobre os vieses da gestão centralizada apenas no diretor
escolar, ainda não produzirá reviravoltas nas escolas públicas, entretanto este projeto tem
como permissa relevarmos novos questionamentos sobre o modo de gestão, possibilitando
outros olhares. Entre estes olhares Cury (2002) revela que neste sentido há necessidade
das escolas estruturam-se democraticamente, objetivando e alcançando o objetivo de todos
envolvidos no processo. Indo de encontro ao papel social da escola que nada mais é, forma-
dora de cidadãos livres e críticos, que transforme os interesses próprios numa bem comum. 172
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Apenas para reafirmar as construções sobre a funcionalidade da escola, entendemo-la
neste artigo como instituição social, pautada na lógica organizativa e demarcadas pelos fins
político-pedagógicos que extrapolam o horizonte custo-benefício em sociedade. Produzindo
impacto direto no que se entende por idealização e desenvolvimento da educação e da escola
e, nessa expectativa, implica aprofundamento sobre a natureza das instituições educativas
e suas finalidades (DOURADO, 2007).
Já nas palavras de Luck (2002) encontramos uma total ampliação sobre a definição de
sistema educacional, enquadrando ao posicionamento descritos acima, são eles:
Este mesmo autor também traz colocações significantes sobre as novas formas de
olhares precisos dentro do ambiente escolar, ações e dos processos sociais nelas ocorrentes,
caracterizada pela diversificação e superioridade de interesses que envolvem. Neste dinâmica
das interações precisamos que os personagens percorram nos problemas de aprendizagem
numa dinâmica recorrentes. Assumindo e não desconsiderando à falta de orientação de
seu processo e dinamização da energia social necessária para promovê-lo (LUCK, 2002).
Em outras palavras as novas formas de trabalho têm que ser pensadas em um contexto
de tensão, de correlação de forças. Nascendo e sendo construída coletivamente na própria
escola, sem trata-las adotarmos simplesmente um modelo pronto e acabado, comprome-
tendo assim à administração da escola. E sim, viabilizar inovações pedagógicas planejadas
em conjunto através da ação de cada personagem da escola, sejam alunos, professores,
funcionários e comunidade. Para que isto ocorra, haverá necessidade de mudanças na
própria lógica de organização e de comportamento das instâncias superiores, em relação
às escolas. É essencial que sejam propiciadas condições aos alunos, professores e funcio-
nários que lhes permitam aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico da forma mais
efetiva e crítica.
Essa forma de organização do trabalho pedagógico da escola que facilita a busca de
melhoria da qualidade de ensino, denomina-se no Projeto Político Pedagógico (PPP), que
tem como princípio norteador a consagração na Constituição, abrangendo as dimensões
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pedagógicas, administrativa e financeira a gestão democrática. Ela inclui a ampla partici-
pação dos representantes da comunidade escolar nas decisões de ações administrativo e
pedagógicas percorridas. Implica também na construção de um projeto de enfrentamento
da exclusão social, da reprovação e da não permanência na sala de aula. A socialização do
poder pela pratica da participação coletiva, diminuindo o individualismo, a reciprocidade, a
descriminação e reforçando a autonomia (GADOTTI, 2000).
Como mencionado Morreto (2005), a escola que se pauta na “preparação do cidadão
para sua inserção na sociedade, na qual viverá como cidadão e como profissional de alguma
área da atividade humana. Necessita que seu projeto de educação, considere os alunos
como seres pensantes e que trazem uma história de vida, a ser desenvolvido nas escolas,
além disso, tem que estar pautado na realidade, visando sua transformação, na medida em
que se compreende que este não é algo pronto e acabado.
O Projeto Político – Pedagógico da escola também tem que estar equilibrado com a
organização da sociedade. A escola deve ser vista como uma instituição social, inserida na
sociedade, e sujeita às determinações e contradições dessa sociedade. Ou seja, o mesmo
deve-se pautar na busca pela:
A educação no sentido restrito é uma prática social que tem como objetivo direta e in-
tencionalmente, no processo de construção do conhecimento que nos darão reconstruções e
reflexões sobre o mundo que nos cerca. Ou seja, os profissionais da escola são mediadores
no construto do conhecimento, permeando em ações profissionais que trabalhe subsistemas
diferenciados, evoluindo de forma dinâmica e articulada. Necessitamos de formas diferen-
ciadas e flexíveis de gestão (MARTINO, 2004).
O conhecimento aqui por nos abordada parte das construções históricas, sociais e
culturais acumuladas pela humanidade, na qual são e transmitidas e trabalhadas dentro
das principais instituições educativas, que são, família e escola. Mas, para a construção do
conhecimento ocorrer é necessário que acontece de forma coletiva, interativa e interpes-
soal, possibilitando modelos participativo e democrático. Desta maneira, acreditamos que o
conteúdo, as informações, o saber historicamente acumulado pela humanidade devem ser
trabalhados e não decorados.
Em outras palavras o aluno compreenda, construa o seu saber, desenvolva as suas
competências para exercer o seu direito de se pronunciar. Assim, a construção do conheci-
mento acontece de forma coletiva, interativa e interpessoal, tornando o educando participa-
tivo e democrático. Segundo COLL (2002), o ato pedagógico é a relação interpessoal, entre
profissionais de educação e educandos, com o objetivo de intervir no processo da formação
humana. Portanto, a compreensão do conhecimento é fundamental e determinante para o
ato pedagógico e para a administração da escola. Ou nas falas Freire (1992), o educador
que limita a curiosidade do educando através da memorização mecânica do ensino dos
conteúdos, proibi a liberdade do educando, a sua capacidade de aventurar-se. E o homem
e a mulher são os únicos seres capazes de aprender com alegria e esperança, na convicção
de que a mudança é possível.
A gestão democrática é parte do projeto de construção da democratização da sociedade
brasileira. Nesse sentido, a construção do projeto político-pedagógico, a participação em
conselhos, a eleição para diretores, a autonomia financeira, são processos pedagógicos de
aprendizagem da democracia, tanto para a comunidade escolar, quanto para a comunidade
em geral, porque a participação, depois de muitos e muitos anos de ditadura, é um longo
processo de construção (PERONI, 2012).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acreditamos em uma educação construída através de uma ação coletiva com o propó-
sito de formar cidadãos honestos e responsáveis prontos para participar de todas as formas
do meio social que frequentam, sendo e escola um dos percussores centrais para nesta
construção. Desta maneira, as colocações sobre a Gestão Democrática compartilhadas neste
artigo, conquista ideais que uma autonomia escolar poderá valorizar os profissionais enga-
jados, alunos, família e própria comunidade. Garantindo novas opções que venham elevar o
conhecimento de nossos alunos, valorizando ações e ideias humanizados, compreendendo
as diferenças e priorizando o bem de todos que frequentam a escola.
Em outras palavras pensa em políticas e a gestão da educação no Brasil, sobretudo
a partir da defesa de uma amostra de qualidade socialmente referenciada, nos insere na
provocação de pensar a lógica centralizada e imperial que tem permeado as políticas edu-
cacionais para todos os níveis de ensino, particularmente para a educação básica. Esse
nível de ensino, composto pela educação infantil, ensino fundamental e médio, possui es-
truturação complexa e heterogênea, fortemente balizada por múltiplas formas de regulação
e controle, incluindo a ação do MEC, dos sistemas de ensino e das escolas, caracterizadas
como espaço de regulação importante na materialização das políticas.
Sabemos que existem grande considerações sobre o tema proposto, sendo está esti-
mulado aos demais autores ou pesquisadores da área educacional, que possivelmente con-
traíram reflexões sobre o tema, e principalmente estimularam a democratização na escola,
construindo novas pontes de conhecimento. Acreditamos que neste artigo muitos assuntos
foram menos explorados, entretanto tentamos compactar as informações de modo que
percebemos a educação como um processo de produção histórica da existência humana,
acreditando que somos quem somos como resultado de nossa educação, do processo his-
tórico concreto de nossa própria produção. Além disso, trazemos como construção final que
uma pedagogia igualitária e autônoma, trará resultamos insaciáveis na escola, tendo como
meta central o trabalho pedagógico sem ameaças do autoritarismo ou dominação do poder
absoluta que perpassam no âmbito de nossas relações.
REFERÊNCIAS
1. BOBBIO, Noberto; NOGUEIRA, Marco Aurélio (Trad). O futuro da democracia: uma defesa
das regras do jogo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
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10. LÜCK, Heloísa. Perspectivas da gestão escolar e implicações quanto à formação de seus
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11. ___________ . Gestão educacional: estratégia para a ação global e coletiva no ensino.
In: FINGER, Almeri. Educação: caminhos e perspectivas. Curitiba: Champagnat, 1996.
13. MARTINO, M. Desafios para a gestão escolar com o uso de novas tecnologias. São Paulo,
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17. PARO, Vitor Henrique. Parem de preparar para o trabalho!!! Reflexões acerca dos efeitos
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18. PERONI, Vera Maria Vidal. A gestão democrática da educação em tempos de parceria
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