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C APÍTULO 1

O Desenvolvimento da Democracia
Participativa

A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes


objetivos de aprendizagem:

33Mapear os termos políticos e administrativos utilizados historicamente para


definir democracia participativa e suas implicações pedagógicas.

33Constatar as ações políticas e administrativas da gestão pública e as


repercussões na ação pedagógica.
Organização e Desafios da Gestão Escolar

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Capítulo 1 O Desenvolvimento da Democracia Participativa

Contextualização
Caro Pós-Graduando,

Você certamente já ouviu muitas vezes em discursos e textos o termo


democracia participativa. Mas o que significa democracia participativa?

Muitas vezes utilizamos determinadas palavras e não temos noção do


que elas realmente significam etimológica e culturalmente falando. A palavra
democracia tem sua origem na Grécia e é constituída a partir dos vocábulos
“demos” que significa povo e “kratós” que é poder, governo. Isto é: poder
popular ou governo do povo. A evolução histórica do conceito de democracia
ocorreu como resultado dos diferentes tipos de governo que eram ou se
declaravam democráticos.

Uma definição mais recente de democracia é a forma de governo e de


organização política de uma sociedade, onde o poder reside na vontade da
totalidade dos participantes.

Quando a democracia foi pensada pelos filósofos gregos defendia três


direitos essenciais: igualdade, liberdade e participação, sem distinção de
grupos ou classes sociais. Uma sociedade pode considerar-se realmente
democrática, quando institui direitos e não apenas supre necessidade,
carência ou interesse específicos de determinados grupos ou indivíduos, pois
estes são tantos, quantos os grupos sociais representados no país. Direito é,
portanto geral e universal, válido para todos os indivíduos, independentes de
grupos e classes sociais.

É por isso, que a democracia é um termo difícil de ser definido, pois está
fundamentado na noção de que toda pessoa tem o direito de participar do
processo político, de discutir e decidir as ações políticas de forma igualitária.
Chauí (1994) nos diz que, na prática, a democracia tem uma verdade ideológica
quase sempre invisível para a grande maioria da população, ou seja, temos
uma democracia formal e não concreta.

No Brasil a democracia foi implantada na década de 1930, por Getúlio


Dorneles Vargas e vem avançando, segundo Mafra Filho (s.d., p.3) na busca
da opinião das pessoas que estão na base na implementação das políticas
dos municípios, universidades e empresas públicas, estabelecendo-se a
democracia participativa.

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Organização e Desafios da Gestão Escolar

As mudanças no Em virtude do movimento de redemocratização ocorrido no Brasil após


quadro político, o regime militar de 1964-1985, a Constituição Brasileira (1988) e outras leis
econômico e social “apresentam dispositivos relativos direta ou indiretamente à democracia
ocorridas a partir da participativa.” (MAFRA FILHO, s.d., p.3). As mudanças no quadro político,
década de 1980 e, econômico e social ocorridas a partir da década de 1980 e, particularmente, de
particularmente, de
1990 alteraram os conceitos e objetivos da educação brasileira.
1990 alteraram os
conceitos e objetivos
da educação brasileira.

Você sabe por quê?

Qual a relação entre política, economia e educação?

Saiba que todas as ações e mudanças planejadas para um determinado


campo influenciam direta ou indiretamente outras áreas. Neste capítulo,
iremos iniciar uma caminhada em busca de elementos para fundamentar a
ação pedagógica, numa concepção de gestão democrática. Entender alguns
conceitos, reafirmar outros, para possibilitar a você, assumir seu papel de
líder competente que busca a participação da comunidade escolar, para
efetivamente fazer parte do movimento de educação escolar.

Etimologia - palavra vinda do grego e parte da gramática que


estuda a história e a origem das palavras. Além disso, as palavras
mudam o significado, nos diferentes espaços e nos diversos
tempos históricos.

Democracia e Educação
Entendendo-se educação como prática social, a escola como uma
O planejamento e o instituição social, tem sua organização e suas finalidades demarcadas pelos
desenvolvimento da fins político-pedagógicos que vão além das demandas econômicas, como
educação e da escola acontece nas empresas. O planejamento e o desenvolvimento da educação
nessa perspectiva e da escola nessa perspectiva implica diretamente sobre a natureza e
implica diretamente finalidade das unidades escolares. As prioridades institucionais, os processos
sobre a natureza de participação e decisão, em âmbito nacional, nos sistemas de ensino e nas
e finalidade das
escolas refletem esta especificidade.
unidades escolares.

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Capítulo 1 O Desenvolvimento da Democracia Participativa

No campo educacional, a luta de educadores e dos movimentos sociais No seu art. 206, a lei
por uma educação de qualidade social e democrática, frente às mudanças estabelece princípios
sociais e econômicas, nos anos 1980 e intensificadas na década de 1990, para a educação
advindas do processo de globalização resultaram na inclusão do princípio de brasileira, dentre
gestão democrática participativa na educação, na Constituição Federal (1988). eles: obrigatoriedade,
No seu art. 206, a lei estabelece princípios para a educação brasileira, dentre gratuidade, liberdade,
igualdade e gestão
eles: obrigatoriedade, gratuidade, liberdade, igualdade e gestão democrática,
democrática, sendo
sendo esses regulamentados através de leis complementares.
esses regulamentados
através de leis
complementares.

Caro Pós – Graduando, para aprofundar seus estudos sobre


a democracia e a educação sugerimos o livro FERREIRA, Naura
SyriaCarapeto (Org.). Gestão democrática da educação: atuais
tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 2011.

Atividade de Estudos:

A educação como prática social, a escola como uma instituição


social, tem sua organização e suas finalidades demarcadas pelos
fins político-pedagógicos que vão além das demandas econômicas,
como acontece nas empresas.

1) Sintetize em poucas palavras, por que a educação é uma


prática social diferente de uma empresa ou fábrica?
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Organização e Desafios da Gestão Escolar

A globalização é um fenômeno social que tem na área


econômica o principal responsável pelas mudanças ocorridas.
“A globalização econômica significa unificação econômica, mas
também significa uma crescente fragmentação econômica, social
e política que se reflete tanto uma quanto a outra, em toda a
população terrestre, afetando as mentes e os corações dos seres
humanos, desde os que têm acesso aos bens culturais como os
que deles são privados tornando-se cada vez mais excluídos”
(FERREIRA, 2004, p.1228).

Desafios, Limites e Possibilidades


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96), lei
complementar da educação, estabelece e regulamenta as diretrizes gerais para
a educação e seus respectivos sistemas de ensino. O art. 214 da Constituição
Federal (1988), dispõe sobre a elaboração do Plano Nacional de Educação –
PNE (art. 9º), que mantemos princípios determinados pela lei maior, inclusive,
o da gestão democrática do ensino público.
O PNE, aprovado
em 2001 - Lei nº
O PNE, aprovado em 2001 - Lei nº 10.172/2001, conforme os textos legais,
10.172/2001, conforme
tem como objetivo apontar e desvelar os problemas referentes à qualidade do
os textos legais,
tem como objetivo ensino e à gestão democrática decorrentes das diferenças socioeconômicas,
apontar e desvelar os políticas e regionais. Traz diagnósticos, diretrizes e metas para serem
problemas referentes à discutidas, avaliadas e implementadas tendo em vista a democratização
qualidade do ensino e da educação nacional. O PNE, também diz respeito aos diferentes níveis
à gestão democrática e modalidades da educação escolar, da gestão, do financiamento e dos
decorrentes profissionais da educação.
das diferenças
socioeconômicas, Figura 1 - Plano Nacional de Educação
políticas e regionais.

Fonte: Disponível em:<http://www.blogeducacao.org.br/plano-nacional-de-


educacao-dobra-verba-do-pib-destinada-ao-setor/>. Acesso em: 06 jul. 2012.

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Capítulo 1 O Desenvolvimento da Democracia Participativa

A LDB nº 9.394/96 estabelece alguns princípios para a gestão democrática.


No art. 3 sinaliza que o ensino será ministrado com base em diversos princípios
e, entre eles, encontra-se a gestão democrática do ensino público, seguindo
os preceitos dessa lei e da legislação dos sistemas de ensino.

Nos artigos 14 e 22 da (LDB nº 9.394/96), assim como no Plano Nacional


de Educação, está expresso que os sistemas de ensino definirão as normas da
gestão democrática do ensino público na educação básica com a participação
dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola
e organizando a comunidade escolar e segmentos da sociedade local em
conselhos escolares. Contudo, a democracia nas unidades escolares precisa
estar vinculada a democratização dos vários segmentos sociais existentes, o
que quase sempre é uma tarefa difícil.

Figura 2 - Organizando a participação da comunidade escolar

Fonte: Disponível em:<http://www.leandrofranceschini.


com.br/>. Acesso em: 13 jul. 2012.

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Organização e Desafios da Gestão Escolar

Atividade de Estudos:

1) Relacione a coluna 1 com a coluna 2.

Coluna 1 Coluna 2
1. Participação ( ) definida na LDB nº 9394/96, requer mudan-
ças de concepção para além de reorganiza-
ções burocráticas estruturais.
( ) A sua elaboração requer a participação de
2. Democracia toda a comunidade escolar (pais, alunos,
professores, funcionários equipe gestora e
comunidade local).
( ) é a forma de governo e de organização polí-
3. Gestão Democrática tica de uma sociedade, onde o poder reside
na vontade da totalidade dos participantes.
( ) Segundo Libâneo (p. 102, 2004), “[...] é
o principal meio de assegurar a gestão
4. Projeto Político democrática da escola, possibilitando o
Pedagógico envolvimento de profissionais e usuários no
processo de tomada de decisões e no funcio-
namento da organização escolar.
A gestão democrática
posta na LDB nº
9394/96, requer
mudança de
A gestão democrática posta na LDB nº 9394/96, requer mudança de
concepção para além
concepção para além de reorganizações burocráticas estruturais. Rupturas
de reorganizações
burocráticas acentuadas, com um novo ‘olhar’ em relação à educação escolar, possibilitando
estruturais. a construção coletiva de uma proposta pedagógica e a efetiva participação no
processo educacional.

Figura 3 - Construção Coletiva do Projeto Político


Pedagógico da Unidade Escolar

Fonte: Disponível em: <http://educadorasdeexcelencias.blogspot.com.


br/2011/04/livro-i-conselhos-escolares.html>. Acesso em: 20 mai. 2012.
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Capítulo 1 O Desenvolvimento da Democracia Participativa

Nos artigos 12 e 13, a LDB 9394/96 incentiva o trabalho coletivo, articulado


e dialógico e Cury (2002) acrescenta a necessidade de intensificação das
novas relações que devem ser estabelecidas, entre as instâncias de poder
quando nos diz:

Mas por implicar tanto as unidades escolares como os


sistemas de ensino, a gestão vai além do estabelecimento e
se coloca como um desafio de novas relações (democráticas)
de poder entre o Estado, o sistema educacional e os agentes
deste sistema nos estabelecimentos de ensino (CURY, 2002,
p. 173).

Regina Vinhaes Gracindo (2007) amplia o ‘olhar’ quando sinaliza, que o


texto contido na LDB 9394/96, fala somente da gestão democrática da escola
e não dos sistemas de ensino, mas

[...] se entendemos que o ensino público envolve tanto as


escolas, como os sistemas de ensino, isto é, as redes e
Secretarias de Educação, então, podemos falar também
em gestão dos sistemas de ensino. E é assim que aqui
encaramos o processo de gestão democrática: nas escolas
e nos sistemas de ensino (GRACINDO, 2007, p.12).

O Ministério da Educação - MEC apresenta um conjunto de


programas (alimentação, transporte escolar, PDDE/Programa
Dinheiro Direto na Escola etc.) e disponibiliza a todas as escolas ou
redes de ensino do Brasil previstos em lei ou em medida provisória.
Todos os outros programas não obrigatórios, por força da norma
legal de serem cumpridos, podem ter seu acesso condicionado
à elaboração do Plano de Ações Articuladas - PAR. Assim, os
estados e municípios somente terão a assistência técnica e
financeira envolvendo os programas de transferência voluntária do
MEC, via PAR.

As escolas estão se organizando buscando a participação de toda a


comunidade escolar desde a elaboração do Projeto Político Pedagógico, até
a constituição do Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Associação de Pais e
Professores etc. e a sua efetiva atuação, junto aos outros conselhos ligados
direta ou indiretamente a unidade escolar. Libâneo (2004, p. 102) reforça
esta necessidade, pois “A participação é o principal meio de assegurar a
gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de profissionais
e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da
organização escolar”.

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Organização e Desafios da Gestão Escolar

E isto, segundo o referido autor citado anteriormente, só é possível com


um trabalho de equipe. Esta forma de gestão que

[...] por meio da distribuição de responsabilidades, da


cooperação, do diálogo, do compartilhamento de atitudes
e modos de agir, favorece a convivência, possibilita
encarar as mudanças necessárias, rompe com as práticas
individualistas e leva a produzir melhores resultados de
aprendizagem dos alunos (LIBÂNEO, 2004, p.103).
Na lógica da
participação se
Nesse movimento, não é apenas o aluno que aprende. Todos aprendem,
aprende, porque a
pois “Na lógica da participação se aprende, porque a própria participação é
própria participação
é um processo um processo de vivência e aprendizagens coletivas” (WITTMANN; NAVARRO;
de vivência e DOURADO; AGUIAR e GRACINDO, 2006, p. 16).
aprendizagens
coletivas (WITTMANN; O panorama da educação brasileira demonstra um quadro em transição
NAVARRO; na busca da superação das dificuldades e na procura de caminhos alternativos
DOURADO; AGUIAR requerendo o envolvimento dos educadores e, sobretudo, da sociedade em
e GRACINDO, geral. As Secretarias de Educação devem organizar a sua participação junto
2006, p. 16). aos diferentes conselhos da comunidade local e também propiciar e incentivar
o envolvimento das escolas para que haja efetiva participação de toda a
comunidade escolar (pais, alunos, profissionais da educação e comunidade
local) na delimitação das políticas de educação que se desenvolvem em
ambos os locais – escolas e sistemas (NÓVOA, 1999, p. 27).

A participação na educação escolar segundo Lück (2008, p. 29),

[...] caracteriza-se por uma força de atuação consciente


pela qual os membros de uma unidade social reconhecem
e assumem seu poder de exercer influência na
determinação da dinâmica dessa unidade, de sua cultura
e de seus resultados, poder esse resultante de sua
competência e vontade de compreender, decidir e agir
sobre questões que lhe são afetas, dando-lhe unidade,
vigor e direcionamento firme.

A ação pedagógica desenvolvida no espaço escolar nessa perspectiva


está diretamente vinculada à formação humana, ao exercício da democracia
(com a gestão democrática) e consequentemente à democratização da
sociedade e “[...] à universalização das condições objetivas de educação”
(WITTMANN, et. al., 2006, p.12).

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Capítulo 1 O Desenvolvimento da Democracia Participativa

Atividade de Estudos:

1) Relendo o texto assinale as alternativas corretas nas frases abaixo:

( ) Na perspectiva de uma gestão democrática, todos têm a


possibilidade de participar da ação educacional escolar, mas
somente os alunos é que aprendem.

( ) A ação pedagógica desenvolvida no espaço escolar, na


perspectiva apontada neste texto, contribui diretamente com a
formação humana do coletivo escolar.

( ) O exercício da democracia é possibilitado à sociedade somente


no período eleitoral.

( ) A efetiva participação da comunidade escolar é um exercício


de democracia.

Para saber mais sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional acesse o site - Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/
CCIVIL_03/LEIS/L9394.htm>. Acesso em: 20 jun. 2012.

Naura Syrya Carapeto Ferreira (2004), nos seus escritos em “Repensando


e ressignificando a gestão democrática na “cultura globalizada” nos diz:
Não é tarefa fácil,
Não é tarefa fácil, mas necessária! É um compromisso de mas necessária! É
quem toma decisões – a gestão –, de quem tem consciência um compromisso de
do coletivo – democrática –, de quem tem a responsabilidade quem toma decisões
de formar seres humanos por meio da educação. Assim se
configura a gestão democrática da educação que necessita
– a gestão –, de quem
ser pensada e ressignificada na “cultura globalizada”, tem consciência do
imprimindo-lhe um outro sentido (2004, p.1241). coletivo – democrática
–, de quem tem a
responsabilidade de
formar seres humanos
por meio da educação.

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Organização e Desafios da Gestão Escolar

Ferreira (2004) acrescenta que

tudo se globalizou e continua a se globalizar: capital,


tecnologia, gestão, informação, mercados internos,
terrorismo, racismo e violência, crueldade, competição,
coisificação, banalização, ocasionando, em extensividade
e em intensividade, uma revolução no mundo do trabalho e
na sua organização, na produção de bens e serviços, nas
relações internacionais e nas culturas locais, transformando
o próprio princípio das relações humanas e da vida social
(FERREIRA, 2004, p.1230).

Assim, a instituição de ensino, nos tempos atuais de globalização -


econômica, cultural, social, tecnológica etc., necessita assumir-se como espaço
social procurando, propiciar as crianças e jovens uma educação intencional de
qualidade social, investindo na formação humana e possibilitando o sucesso,
não para poucos, mas para todos.

Algumas Considerações
Prezado Pós-Graduando, neste primeiro capítulo iniciamos a discussão
sobre a Gestão Escolar abordando um dos princípios básicos definidos na
Constituição Nacional (1988), a democracia participativa e também a gestão
escolar democrática preceito firmado na Lei de Diretrizes e Bases – LDB nº
9394/96 e no Plano Nacional de Educação - PNE.

Sabemos que essa nova perspectiva de educação escolar é um processo


e, por isso, está em mudanças constantes e que exige dos profissionais da
educação conhecimento, comprometimento e responsabilidade, para que de
fato esse preceito seja cumprido. A participação de toda a comunidade escolar
é fator imprescindível para uma gestão democrática no espaço institucional da
educação possibilitando a formação humana para todos.

O exercício da democracia nas instituições de ensino, buscando a


participação da comunidade escolar, permite que, atentos às mudanças
sociais, as pessoas ampliem esse movimento, atuando de forma responsável
também na sociedade como cidadãos conscientes.

No capítulo a seguir, vamos a partir da conceituação de gestão democrática


escolar, apresentar a organização e ordenamento da educação nacional, tendo
como suporte, os preceitos legais da educação brasileira, que estabelecem o
regime de colaboração que é a base na organização dos sistemas de educação
nacional, nos seus diferentes níveis.

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Capítulo 1 O Desenvolvimento da Democracia Participativa

Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em
5 de outubro de 1998. Disponível em: <www.mec.gov.br/legis/default.shtm>.
Acesso em: 20 mai. 2012.

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20 mai. 2012.

_____. Lei nº. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional


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10. jan. 2001. Seção 1, p. 01. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>. Acesso em: 12 ago. 2012.

_____. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Conselho


Escolar como espaço de formação humana: círculo de cultura e qualidade
da educação. WITTMANN, Lauro Carlos; NAVARRO, Ignez Pinto; DOURADO,
Luiz Fernandes; AGUIAR, Márcia Ângela da Silva; GRACINDO, Regina
Vinhaes. Brasília: MEC, 2006. Disponível em: <www.mec.gov.br/seb/arquivos/
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CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1994.

CURY, Carlos Roberto Jamil. Gestão Democrática da Educação: exigência


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FERREIRA, Naura Syrya Carapeto. REPENSANDO E RESSIGNIFICANDO


A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO NA “CULTURA
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LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e Prática.


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LÜCK, Heloísa. A GESTÃO PARTICIPATIVA NA ESCOLA. Petrópolis, RJ:


Editora Vozes, 2008.

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Organização e Desafios da Gestão Escolar

MAFRA FILHO, Francisco de Salles. A Constituição e a Democracia


Participativa: plebiscito, referendo e iniciativa popular.[s.d.]. Disponível
em:<http://sisnet.aduaneiras.com.br/lex/doutrinas/arquivos/plebiscito.pdf>.
Acesso em: 25 jun. 2012.

NÓVOA, António. Para uma análise das instituições escolares. In. NÓVOA,
António. (Coord.). As organizações escolares em análise. Lisboa:
Publicações Dom Quixote, 1999.

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