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FACULDADE ARAGUAIA - FARA
1ª Edição - 2016
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 7
UNIDADE I - FUNDAMENTOS: O HOMEM E O DIREITO .................................................... 8
1. Introdução .......................................................................................................................... 8
2. Evolução da Sociedade, Cidadania e Direito ..................................................................... 9
3. As quatro gerações de direito .......................................................................................... 15
4. Os conceitos e a aplicabilidade da ética, moral e direito .................................................. 18
4.1 Ética............................................................................................................................... 19
4.2 A Moral e o Direito.......................................................................................................... 20
5. Resumo da Unidade ........................................................................................................ 23
6. Atividades ....................................................................................................................... 24
7. Material Complementar ................................................................................................. 25
8. Referências .................................................................................................................... 26
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APRESENTAÇÃO
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UNIDADE I - FUNDAMENTOS: O HOMEM E O DIREITO
1. Introdução
Vivemos em sociedade, certo? Uma sociedade é formada por pessoas de
diversas raças, estilos, preferências, gostos musicais, culinários, de diferentes
profissões.
Este trecho da música “Ninguém = Ninguém”, da banda Engenheiros do Hawaii,
ressalta que nossa sociedade é formada por uma multiplicidade de personalidades:
“Há tanta gente pelas ruas
Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
(ninguém = ninguém)”.
Se ninguém é igual a ninguém, podemos dizer que somos diferentes uns dos
outros e essas diferenças, algumas vezes, podem gerar conflitos. Para que possamos
viver em uma sociedade harmônica, em que os interesses conflitantes não atrapalhem
o bem comum, necessitamos de regras.
O filósofo Thomas Hobbes, em sua obra O Leviatã, afirmou que o “homem é
lobo do homem”, ou seja, o homem tem um instinto animal que o leva a realizar
medidas extremas para sobreviver, isso inclui matar um de seus semelhantes.
Portanto, para Hobbes, o homem deve ser submetido a um conjunto de regras e
sanções para que consiga viver pacificamente em sociedade e deixe de utilizar a
violência como forma de solução de conflitos.
Desse modo, os homens renunciariam a liberdade do estado de natureza, ou
seja, a vida desregrada e se submeteriam a uma estrutura central que seria a
responsável por ditar as regras do convívio em sociedade. O pacto entre os indivíduos
resolveria de vez as divergências e permitiria à sociedade evoluir.
Tem-se que, para solucionar os conflitos que podem surgir entre os homens,
surge a figura do Estado, esse artifício humano capaz de sanar as desordens da
sociedade. O Estado tem como objetivo o bem comum e a preservação da vida.
Nesta primeira unidade, antes de adentrarmos ao estudo do que é Estado e
para que ele serve, iremos investigar alguns conceitos primordiais para a nossa
caminhada na disciplina de Instituições de Direito. Estes conceitos são necessários
para que possamos compreender como funciona a estrutura jurídica brasileira e qual
a importância da mesma para os mais variados profissionais.
8
2. Evolução da Sociedade, Cidadania e Direito
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O número de cidadãos era pequeno, pois esta condição excluía, além dos
trabalhadores (comerciantes, artesãos), as mulheres, os escravos e os estrangeiros.
Praticamente apenas os proprietários de terras eram livres para ter o direito de se
expressar e decidir sobre o governo. Presumia-se que os trabalhadores do comércio
e artesanato não possuíam capacidade de reflexão e comunicação por passar a maior
parte do tempo trabalhando, o que impedia dedicação à educação. As mulheres
também não pertenciam a este espaço de discussões, uma vez que sua função era
administrar a casa e cuidar dos filhos. Assim não poderiam participar da vida política
da cidade. Tem-se que o exercício do direito de comunicação era o requisito para ser
aceito na Ágora e, portanto, ser considerado cidadão.
O dicionário Houaiss traz a concepção de cidadania na Grécia antiga:
“Indivíduo que desfrutava do direito de participar da vida política da cidade, o que era
vetado à mulher, ao estrangeiro e ao escravo”. A cidadania grega era compreendida
apenas por direitos políticos identificados com a participação nas decisões sobre a
coletividade.
Portanto, o fato de ter nascido ou habitar uma dada cidade (polis) não
conferia necessariamente a uma pessoa a condição de cidadão, o que quer dizer que
nem todo citadino era cidadão. Assim desvincula-se a ideia de que cidadão é aquele
que nasce na cidade. Na Grécia, cidadão era aquele que se sentia pertencente a ela.
A cidadania estava ligada ao sentimento de pertença e participação em uma esfera
onde se discutia questões referentes à cidade.
Em Roma, a cidadania plena era mais abrangente do que na Grécia e
consistia no conjunto de direitos civis e políticos. Os direitos políticos permitiam a
participação na vida política, ou seja, votar e ser votado, já os direitos civis incluiriam
contrair matrimônio, realizar atos jurídicos e possuir terra. No entanto, assim como na
Grécia, essa condição era restrita apenas aos indivíduos nascidos e residentes no
território romano e seus descendentes. Os estrangeiros eram considerados bárbaros,
não tinham nenhum direito, o que os colocava à margem da sociedade.
Como podemos perceber, o significado da palavra cidadania na Idade
Antiga era extremamente restritivo. Além de situar apenas alguns indivíduos como
cidadãos, conferia a estes apenas direitos políticos e uma parcela de direitos civis. A
cidadania consistia no direito, conferido a uma parcela mínima da sociedade, de
participar de uma esfera pública onde eram discutidas questões referentes à cidade.
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Os demais, que eram a maioria da população, permaneciam em uma esfera privada,
sem direito de opinar ou mesmo de serem representados, eram considerados uma
parcela sem consciência ou capacidade de pensamento. No dizer de Dalmo Dallari:
A cidadania era uma espécie de título nobre que diferenciava as camadas sociais
existentes naquela época. A queda do império romano, que marca o início da Idade
Média, provoca profundas alterações nas estruturas sociais e no modo de organização
da sociedade. Neste período, a Igreja figura como a instituição que regula as relações
entre cidade e estado.
Na época medieval, nota-se o desaparecimento das cidades que são
substituídas por feudos, territórios constituídos por um castelo fortificado (residência
do nobre e sua família), vila camponesa (residência dos servos), área de plantio e
igreja. Nestes locais, é marcante a relação de dominação entre senhores feudais e
servos. O poder na sociedade feudal era descentralizado, ou seja, era divido entre os
senhores feudais e de acordo com a extensão de suas terras.
Neste período, a possibilidade de mobilidade social era praticamente inexistente,
a sociedade era fortemente hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais,
cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos
dos camponeses. Os servos eram camponeses e pequenos artesãos, que tinham
como dever o pagamento de várias taxas e tributos aos senhores feudais.
Em razão desta clara relação de subordinação entre as classes sociais, diluiu-
se o princípio da cidadania. Havia o conformismo das classes subalternas devido à
ideia de sociedade estamental. As classes não se agrupavam para reivindicar
melhores condições de trabalho aos senhores e acabavam por obedecer às suas
ordens sem contestação. A cidadania neste período foi reduzida ao extremo, pois
assim como nas sociedades clássicas, o poder de participação política e social era
restrito apenas às camadas superiores.
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O homem medieval, ou era servo ou senhor; jamais cidadão. Os princípios de
cidadania e de nacionalidade dos gregos e romanos, nesta época, foram suspensos
e seriam retomados apenas com a formação dos estados modernos.
O apogeu do sistema feudal ocorre entre os séculos VIII e XI quando a
produção agrícola registra um aumento significativo e surge a necessidade de
comercialização dos produtos excedentes. Os senhores feudais abandonam a
agricultura de subsistência e passam a produzir alimentos para comercialização, o
que provoca o renascimento do comércio, o aumento da circulação monetária e o
restabelecimento das cidades. As Cruzadas também contribuem para a consolidação
das cidades, uma vez que os feudos deixam de serem locais isolados do mundo. Os
servos encontram no comércio o caminho para deixarem de depender dos senhores
feudais.
O restabelecimento das cidades fez com que a comercialização de artesanatos
ou mesmo dos produtos da agricultura se tornasse o caminho da prosperidade para
muitos camponeses que, com a decadência do feudalismo e consequente perda de
poder dos senhores feudais, deixam os feudos e buscam refúgio nas cidades. Este
grupo começa a se estabelecer como força econômica, ao transformar os frutos das
produções em lucro. A consolidação das cidades marca o início da Idade Moderna,
onde o poder volta a ser centralizado nas mãos de um rei. No entanto, uma clara
segmentação social continua a ser a marca desta nova sociedade, dividida e
organizada em clero, nobreza e povo.
Já no final da Idade Moderna, observa-se um sério questionamento das
distorções e privilégios que a nobreza e clero insistiam em manter sobre o povo. É aí
que começam a despontar figuras que marcariam a história da cidadania, como
Rousseau, Montesquieu, Diderot, Voltaire e outros. Esses pensadores passam a
defender um governo democrático, com ampla participação popular e fim de privilégios
de classe, e ideais de liberdade e igualdade como direitos fundamentais do homem,
além da tripartição de poder.
O renascimento das cidades provoca o desenvolvimento do capitalismo e o
início da luta pela consolidação da noção moderna de cidadania. A burguesia se
posiciona como classe econômica dominante, mas sem direito à participação política.
Apesar de serem detentores de direitos civis, os burgueses ainda não eram aceitos
na esfera pública, ou seja, não participavam da vida política da cidade que era restrita
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à nobreza e ao clero. Este fato culminou em uma série de movimentos com o objetivo
de estender a condição de cidadão a toda população, independente da classe social.
Como consequência do longo processo de movimentos sociais, ocorre a
promulgação de documentos como a declaração inglesa Bill of Rights, de 1698, e a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, feita na França, em 1789. A
positivação dos desejos da população permitiu que a cidadania deixasse de ser
apenas um título das classes dominantes e fosse estendida a toda a população.
Percebe-se então que todos aqueles que vivem em um território definido devem
possuir os mesmos direitos e deveres e que a luta por novos direitos deve ser
constante, já que, com a evolução da sociedade, surgem novas necessidades.
Na Idade Contemporânea, período atual da história ocidental que teve início
com a Revolução Francesa em 1789, o significado de cidadania é ampliado e
consolida-se o conceito de Direito. Os direitos também passam a ser classificados em
civis, políticos, sociais e difusos, como veremos no próximo ponto deste capítulo.
Tem-se que atualmente a cidadania represente o conjunto dos direitos e
deveres de um cidadão.
Para PINSKY (2003), ser cidadão é
O quadro abaixo exemplifica como este conceito foi sendo moldado ao longo
dos tempos:
QUADRO 1
- Desaparecimento das
Grécia - Desenvolvimento de Consolidam-se os direitos civis
cidades e surgimento teorias que contribuíram (1ª geração), direitos políticos
dos feudos
Cidadãos: eram com a consolidação do (2ª geração), direitos sociais (3ª
considerados cidadãos Estado de Direito geração) e difusos (4ª geração).
- Diluição do princípio
apenas os homens com
de cidadania
mais de 21 anos, que
- Não
fossem há um poder
atenienses e
central que regule - Os filósofos iluministas
filhos de pais
direitos Em
e deveres. John Locke, Voltaire, Jean
atenienses. sua
Jacques Rousseau
maioria, aristocratas
- Relação de e
lançaram as bases para a
proprietários de terras.
subordinação entre as
percepção moderna da
classes sociais
Direitos: direito de relação entre Estado e
- A nobreza
propor e aprovarfeudal
leis. indivíduos ao conceber o
(senhores feudais, ser humano como um
cavaleiros,
Excluídos: condes,
comerciantes, indivíduo dotado de razão
duques, viscondes)
artesãos, mulheres, era e de direitos intrínsecos à
escravos e estrangeiros;e
detentora de terras
sua natureza (direitos
arrecadava impostos dos
estes não eram naturais) como o direito à
camponeses. Os servos
considerados cidadãos.e
eram camponeses vida, à liberdade e à
pequenos artesãos, que propriedade
Romatinham como dever o
pagamento de várias
Cidadãos:
taxas eapenas
tributos osaos
patrícios
senhores(descendentes
feudais. - Surge o Estado de
dos povos fundadores). Direito.
- O homem
Direitos: direitosmedieval, ou
era servo ou senhor;
políticos, que permitiam
jamais cidadão. Os
a participação
princípios de na cidadania
vida e
política e direitos
de nacionalidade civis,dos
quegregos
incluiriam contrairnesta
e romanos,
época, foram
matrimônio, suspensos e
realizar
atosseriam
jurídicosretomados
e possuirapenas
com a formação dos
terra.
estados modernos.
Excluídos: estrangeiros,
considerados bárbaros.
14
3. As quatro gerações de direito
15
imprensa, pensamento e fé, o direito à propriedade e de concluir direitos válidos, e o
direito à justiça. No setor econômico, o direito civil básico era o direito a trabalhar, que
é positivado pelo direito consuetudinário. O autor afirma que a história dos direitos
civis é marcada pela aquisição gradativa de novos direitos. Desse modo, ser cidadão
é o mesmo que ser livre.
A segunda é a cidadania política, que tem como princípio básico o direito à
comunicação — ainda não reconhecido como tal — e que significa participar do
exercício do poder público tanto de forma direta, pelo governo, quanto indiretamente,
pelo voto. Marshall explica que é neste momento em que a cidadania deixa de ser
uma condição conferida a poucos e passa a ser uma obrigação do Estado para com
a sociedade.
Os direitos políticos são consolidados pela doação de velhos direitos, como o
direito ao voto, a novos setores da população. Antes deste “presente”, os indivíduos
não pertencentes à nobreza ou ao clero, apesar de terem liberdade para expressar
suas opiniões, não possuíam o direito de participar da esfera pública, ou seja, da vida
política da cidade. Desse modo, o exercício dos direitos civis era inviável, só se
tornando possível com o fim do monopólio dos direitos de segunda geração.
A terceira é a cidadania social, que tem como princípio básico a Justiça Social
e significa a participação na riqueza coletiva por meio do direito à educação, à saúde,
ao emprego, a um salário justo e à comunicação. Inicialmente, estes direitos eram
conferidos aos excluídos da sociedade, que não possuíam condições para se
sustentarem, e só passam a integrar o conceito de cidadania com o desenvolvimento
de políticas públicas que objetivaram garantir a todos o acesso aos direitos sociais.
Atualmente, o conceito de cidadania é composto por uma quarta dimensão de
direitos, os chamados direitos difusos ou de 4ª geração. Fatos históricos ocorridos
nos séculos XX e XXI como as duas guerras mundiais, bem como o acelerado
crescimento econômico de alguns países, trouxeram uma grande sensação de
insegurança à população que necessitava então de um instrumento para proteger
futuras lesões e garantir uma vida digna. Exigia-se a criação de mecanismos eficazes
que protegessem os direitos fundamentais do homem nos diversos Estados nacionais.
Para atender a esta demanda da sociedade universal, a Organização das
Nações Humanas publica, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos do Homem
que consolida os direitos difusos, que são aqueles que: “englobam o direito a um meio
16
ambiente equilibrado, a uma saudável qualidade de vida, ao progresso, à paz, à
autodeterminação dos povos e a outros direitos difusos” (MORAES, 2005, p. 27).
Ou ainda, como ensina Comparato:
17
QUADRO 2
3ª Geração: Direitos sociais (direitos que asseguram uma participação igualitária dos
membros da sociedade nos padrões básicos de vida, como saúde, segurança, educação,
lazer, cultura, assistência). Foram conquistados posteriormente no século XX.
4ª Geração: Direitos Difusos (são demandas relacionadas a temas heterogêneos como por
exemplo: o respeito por etnias, pelos direitos da mulher, dos idosos, das crianças, dos
homosexuais, do meio ambiente e da humanidade como um todo. Direitos de grupos sociais, de
povos e de um meio ambiente saudável).
18
deontologia. O conhecimento do significado destes conceitos nos auxilia a tomar a
decisão certa diante de um desafio pessoal ou mesmo profissional.
4.1 Ética
Para Reale (2002, p.35), toda norma ética expressa um juízo de valor, ao qual
se liga uma sanção, isto é, uma forma de garantir-se a conduta que, em função
daquele juízo, é declarada permitida, determinada ou proibida.
Um comportamento ético é necessário para a vida em sociedade. Práticas
éticas garantem o bem social. Para Mario Sérgio Cortella (2008), ética é o conjunto
de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida:
(1) quero?; (2) devo?; (3) posso?
Nem tudo que eu quero, posso; nem tudo que eu posso, devo; e nem tudo que
eu devo, quero.
Cortella cita algumas aplicações da ética em nosso cotidiano:
Tem a ver com fidelidade na sua relação de casamento, tem a ver com
a sua postura como motorista no trânsito; quando você pensa duas
vezes se atravessa um sinal vermelho ou não, se você ocupa uma
vaga quando vê à distância que alguém está dando sinal de que ele
vai querer entrar; quando você vai fazer a sua declaração de Imposto
de Renda; quando você vai corrigir provas de um aluno ou de um
orientando seu; quando você vai cochilar depois do almoço,
imaginando que tem uma pia de louça que talvez seja lavada por outra
pessoa, e como você sabe que ela lava mesmo, e que se você não
fizer o outro faz, você tem a grande questão ética que é: devo, posso,
quero? Por exemplo, quando se fala em bioética: podemos lidar com
clonagem? Podemos, sim. Devemos? Não sei. Queremos? Sim.
19
Clonagem terapêutica, reprodutiva? É uma escolha. Posso eu fazer
um transplante intervivos? Posso. Devo, quero? Tem coisa que eu
devo, mas não quero; aliás, a área de Saúde, de Ciência e Medicina é
recheada desses dilemas éticos. Tem muita coisa que você quer, mas
não pode; muita coisa que você deve, mas não quer.2
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Como, por exemplo, a lei diz que, se o indivíduo subtrair algo que não é seu,
ele será preso pelo crime de furto, podendo pegar até quatro anos de prisão.
Desse modo, o Direito estabelece normas que devem ser cumpridas para a
garantia da paz social e, caso essas normas sejam desrespeitadas, haverá algum tipo
de penalidade.
Direito significa tanto o ordenamento jurídico, ou seja, o sistema de normas ou
regras jurídicas que traça aos homens determinadas formas de comportamento e
confere a eles possibilidades de agir, como o tipo de ciência que o estuda. Para que
você não esqueça as diferenças entre ética, direito e moral, atente-se ao quadro
abaixo:
QUADRO 3
MORAL ÉTICA DIREITO
5. Resumo da Unidade
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6. Atividades
3ª atividade – Reflexão
A tirinha abaixo é do argentino Quino, famoso pela criação da personagem Mafalda.
Ele também é o responsável pela criação do personagem Manolito que, na série de
histórias da brilhante Mafalda, é filho de um pequeno comerciante, dono de um
açougue, e cujas preocupações são sempre a expansão do seu negócio e o lucro
máximo. Com base no que foi estudado nesta unidade, faça um texto de, no mínimo,
15 linhas e responda: o que essa imagem representa para você?
24
7. Material Complementar
Aqui você encontra alguns links que podem auxiliar na compreensão dos itens
desta unidade:
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8. Referências
MORAES, Alexandre de. Direitos humanos fundamentais. 9. ed. São Paulo: Atlas,
2005.
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