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INSTITUTO PROMINAS

IVONE DE LOURDES FERREIRA

OS DIREITOS HUMANOS E A INCLUSÃO

BARÃO DE COCAIS - MG

2019
INSTITUTO PROMINAS

IVONE DE LOURDES FERREIRA

OS DIREITOS HUMANOS E A INCLUSÃO

Projeto Integrador apresentado ao


INSTITUTO PROMINAS, como requisito
parcial para a obtenção do título de
LICENCIADO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL.

BARÃO DE COCAIS - MG

2019
SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO........................................................................4
1.1 ÁREA QUE APLICARÁ O PROJETO.................................................................4
1.2 TÍTULO................................................................................................................4
1.3 NOME DO SEU IDEALIZADOR..........................................................................4

2 SITUAÇÃO GERADORA E JUSTIFICATIVAS..................................................4

3 OBJETIVOS........................................................................................................6
3.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................. 6
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................6

4 ABRANGÊNCIA E CONTEXTO.........................................................................6

5 PLANO DE AÇÃO, CRONOGRAMA E DESDOBRAMENTO DAS AÇÕES.....7

6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO..................................................................9

7 RESULTADOS..................................................................................................10

8 CONCLUSÃO................................................................................................... 12

REFERENCIAS.................................................................................................12
1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

1.1 Área que aplicará o Projeto


Educação Especial

1.2 Título do Projeto


Os direitos humanos e a inclusão

1.3 Nome do seu Idealizador


Ivone de Lourdes Ferreira

2 SITUAÇÃO GERADORA E JUSTIFICATIVAS

Os seres humanos são detentores de direitos que valorizam a dignidade


humana. Os alunos, tanto do ensino regular quanto aqueles que possuem
necessidades especiais devem ter assegurados seus direitos como cidadão, direitos
em relação à educação, a uma linguagem própria, a aprender, ou seja, ser um
cidadão comum e ter acesso à participação social.

Segundo Covre (2003, p.9), exercer a cidadania é confundido com o direito de


votar, enquanto o pleno exercício de cidadania vai além desse ato, precisa ser
acompanhado de determinadas condições no aspecto econômico, social, político e
cultural.

Desta forma, a autora afirma que

[...] Ser cidadão significa ter direitos e deveres, ser súdito e ser soberano.
Tal situação está escrita na Carta de Direitos da Organização das Nações
Unidas (ONU), de 1948, que tem suas primeiras matrizes marcantes nas
cartas dos Direitos Humanos dos Estados Unidos (1776) e da Revolução
Francesa (1798). Sua proposta mais funda de cidadania é a de que todos os
homens são iguais ainda que perante a lei, sem discriminação de credo ou
cor. E ainda: a todos cabe o domínio sobre seu corpo e sua vida, a
educação, a saúde, a habitação e o lazer. E mais, é direito de todos
poderem expressar-se livremente, militar em partidos políticos e sindicatos,
fomentar movimentos sociais, lutar por seus valores. Enfim, o direito de ter
uma vida digna de ser homem (COVRE, 2003, p.9).
Porém, sabe-se que numa concepção liberal, a referência de cidadania está
associada à noção que vincula a criação dos meios que asseguram esse direito. Os
alunos, ao terem seus direitos humanos fundamentais assegurados vivenciam
plenamente sua condição de cidadão no futuro.
Atualmente, a discussão envolvendo esses temas ganhou notoriedade na
sociedade. A efetivação dos Direitos Humanos é resultante de parcerias que se
estabelecem entre sujeitos atingidos diretamente pela questão, ou seja, pessoas que
sentem a violação de seus direitos e por sujeitos que se solidarizam.
Duas perguntas nortearam este estudo como, por exemplo, o que é educar
em direitos humanos? Como respeitar os direitos dos alunos portadores de
necessidades especiais?
Em primeiro lugar é preciso compreender que a educação deve focalizar
nas estruturas de poder, a origem das discriminações que calam as vozes de grupos
socioculturais em práticas pedagógicas voltadas a padrões culturais dominantes.
Nos espaços de Educação Fundamental, os alunos precisam de garantias
para que de fato aconteça a educação inclusiva, tais como, profissionais
especializados, estrutura física, materiais pedagógicos, cuidados com a alimentação,
tudo dentro de uma ótica de respeito como pessoa humana.
Nesse sentido, educar em direitos humanos é dialogar com grupos
culturais diversificados, trabalhando atentamente para reverter as injustiças e a
violência. A educação inclusiva em direitos humanos é dificultada quando não se
transpõe o vazio existente entre o dito e o realizado, quando se fala de algo, mas
não se pratica.
A inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais
vem mobilizando toda a comunidade escolar, remetendo uma inserção total desses
alunos e criando cada vez mais uma ruptura no modelo tradicional de ensino,
mostrando que todos os alunos, independente de portar ou não algum tipo de
deficiência, devem ser incluídos nas salas de aula do ensino regular.
Por isso, essas problemáticas e desafios precisam ser enfrentados e
superados para o bom funcionamento escolar e os direitos humanos juntamente
com os profissionais sérios têm buscado espaço para incluir, sem segregação, todos
os alunos e, assim, respeitar a diversidade.
3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral


O objetivo deste projeto é apontar que a educação na atualidade possui
um grande desafio, transformar a exclusão em inclusão e, estando apoiada nos
direitos humanos, atenda às diferenças e torne possível a igualdade para todos.

3.2 Objetivos Específicos


Identificar o papel dos direitos humanos alinhados à educação de portadores
de necessidades educacionais especiais;
Compreender a importância do profissional da educação efetivamente
capacitado para atender a este público específico;
Evidenciar os desafios que envolvem o processo de inclusão, caracterizando
como deve ser o perfil pedagógico e ajustes sociais que são necessários para que
aconteça a inclusão nas escolas.

4 ABRANGÊNCIA E CONTEXTO

O referido projeto fora aplicado na Escola Estadual Padre Heitor, localizada


na Rua Conceição Caldeira, nº 22, bairro São José, na cidade de Barão de
Cocais/MG, no período vespertino na Sala de Recursos AEE (Atendimento
Educacional Especializado), com alunos do Ensino Fundamental I e II, com foco
principal na garantia de educação para todos.

5 PLANO DE AÇÃO, CRONOGRAMA E DESDOBRAMENTO DAS AÇÕES

Este projeto foi pensado para ser trabalhado por quatro meses, justamente
para verificar a identificação da escola e quais seriam os resultados após esse
período.
Primeiramente, convocou-se uma reunião com uma coordenadora para
apresentar o projeto e suas contribuições para a escola, o convite foi aceito e a partir
de então iniciou o seu desenvolvimento.
Houve um trabalho de sensibilização dos docentes e funcionários expondo
os pontos mais importantes sobre a educação inclusiva e os direitos humanos
envolvidos, pedindo o apoio destes para implantação do projeto.
Com a aprovação principalmente dos coordenadores, passou-se para uma
etapa de discussões, cujo foco era despertar nas crianças e professores tanto do
ensino regular quanto do ensino especial, a solidariedade, afetividade e a
importância de auxiliar o próximo, pois tratar as pessoas com dignidade ainda é a
melhor maneira de desenvolver o respeito.
Logo após o período de discussões, foi possível contar com a presença de
três convidados da esfera da educação e justiça para palestrarem e sanar as
dúvidas dos professores, alunos e demais funcionários da escola. O primeiro
convidado foi um advogado que trouxe informações pertinentes aos direitos
garantidos por lei aos alunos com necessidades especiais e as possíveis punições
que quem os transgride. A segunda convidada foi uma assistente social que ficou
encarregada de discursar sobre o papel da prefeitura e do Estado como um todo em
relação ao tratamento adequado para os alunos especiais. E, por último, uma
professora aposentada para compartilhar suas experiências em sala com o ensino
especial. Foram palestras muito produtivas, intercaladas em três dias e com duração
de aproximadamente duas horas cada.
Num segundo momento, foram realizadas oficinas de conhecimento para os
alunos do Fundamental II sobre os direitos humanos e as leis que protegem os
alunos com necessidades educacionais especiais. Com os alunos do Fundamental I,
brincadeiras e oficinas artísticas foram propostas e os resultados extrapolaram a
imaginação da idealizadora do projeto.
E por fim, incentivo para os professores do ensino regular trabalhar com os
alunos especiais através de trocas semanais entre os professores dos dois ensinos.
Isto gerou muita comoção e vontade por parte dos professores que trabalham com
turmas regulares sentirem na pele um pouco de como é atender a um público ao
qual não estão acostumados a trabalhar e incentivá-los a se especializarem para
trabalhar com os alunos de turmas especiais.
Nestes três meses não foi possível ainda iniciar o trabalho das atividades
com os alunos com deficiência somente. Se tratando de um projeto recente à escola,
optou-se por dar um passo de cada vez e respeitar o tempo dos alunos, professores
e da escola em geral.
De forma geral, o “feedback” foi positivo e deixou um sabor mais que
especial. A escola demonstrou o desejo de continuar com o projeto e abranger ainda
mais pessoas a ele para que essa interação e aprendizado se perpetuem e tornem a
escola um lugar para todos.

Tabela 1 – Plano de Ação/Desdobramento

Ações Atividade Responsável

Sensibilização Sensibilização dos docentes, gestores, estudantes e Ivone de Lourdes Ferreira


demais funcionários da escola

Discussões Discussões a respeito da causa, neste caso, inclusão Ivone de Lourdes Ferreira
e direitos humanos

Palestras Presença de três convidados capacitados para Ivone de Lourdes Ferreira


discursarem sobre leis, direitos, cotidiano e inclusão
de alunos com necessidades educacionais especiais

Oficinas Oficinas artísticas e de conhecimento envolvendo Ivone de Lourdes Ferreira


vários alunos da escola

Incentivo Encorajamento dos professores do ensino regular que Ivone de Lourdes Ferreira
nunca trabalharam com alunos especiais a se
mobilizarem pela causa
Fonte: Ivone de Lourdes Ferreira, 2019
Tabela 2 – Cronograma de Atividades

2019

ATIVIDADE

Fevereiro
Janeiro

Março

Maio
Abril
Planejamento individual para execução do
projeto a partir de fevereiro/2019 X

Rodas de conversa envolvendo o assunto:


direitos humanos, inclusão, ensino regular e
especial, educação básica e medidas de
X
conscientização sobre a educação para
portadores de necessidades educacionais
especiais.

Palestra com profissionais da


educação/justiça sobre aspectos básicos
X
dos direitos humanos e inclusão para o
entendimento da educação especial

Oficinas didáticas para fixar melhor a ideia


X
que fora proposta.

Estimular e incentivar os professores do


ensino regular a se envolverem com a
educação especial também, por meio de
cartazes espalhados pela escola, X
mensagens em grupos de whatsapp,
informações apregoados em painéis e
lugares estratégicos da escola.
Fonte: Ivone de Lourdes Ferreira, 2019

6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Após a apresentação do projeto e início das atividades propostas, houve um


ótimo engajamento de todos os participantes sendo eles, professores,
coordenadores, alunos dos ensinos regular e especial e demais funcionários.
Nos quatro meses, fevereiro, março, abril e maio a escola experimentou que
há urgência em trabalhar o tema com todos os componentes. Ficou bem explícito
que o processo é longo, demorado e exige colaboração de cada um para que a
educação se torne acessível a todos.
Os professores e coordenadores entenderam esta nova proposta para se
pensar dentro da escola, puderam compreender melhor a importância estratégica da
educação especial e seus efeitos dentro e fora do contexto escolar. Por meio de
palestras, reuniões, conversas até mesmo informais começaram a surgir outras
idéias e informações pertinentes ao assunto e mostraram-se interessados a levar
este plano adiante.
Foram quatro meses de muito aprendizado, a escola estava comovida com o
assunto, houve muito empenho e dedicação dos profissionais do ensino regular para
com a proposta, os professores estavam sempre ouvindo a respeito quando era
abordados ou convidados a participar de alguma reunião e convictos de que, com
certeza, o projeto traria muitas melhorias para o espaço escolar.

7 RESULTADOS

7.1 Resultados Esperados


A prática escolar irá exigir muito mais de todos os envolvidos nesse
processo e, é bem verdade, que necessitará de uma atenção específica sobre este
assunto que, por vezes, polêmico precisa deixar de lado a parcialidade e focar
realmente no que mais interessa, ou seja, a educação de todas as crianças
matriculadas.
A escola passa por muitas transformações, ficou visível numa proposta de
educação inclusiva, o currículo e os objetivos são os mesmos para alunos sem
necessidades educacionais especiais, o currículo deve sofrer ajustes e
modificações, envolvendo objetivos específicos, conteúdos, didática e metodologia
que propiciem o desenvolvimento da aprendizagem desses alunos.
Considerando o tema deste projeto, houve muitas dificuldades no durante o
percurso do projeto que precisam ser vencidas dia a dia, não acontecerá de uma
hora para outra, mas começando com pequenas mudanças que impactarão a vida
da escola como um todo.
Aqueles que não quiseram engajar no projeto e não apresentaram desejo
algum de conhecer mais um pouco sobre o tema, fica registrado que nunca é tarde
para começar do zero e reconhecer a importância de se trabalhar algo que é tão
significante para o crescimento da escola e da sociedade propriamente dita.
É papel da escola saber lidar com essa situação, desmistificar a ideia de que
pessoas portadoras de alguma deficiência não são capazes de realizar qualquer
tarefa com as habilidades que possuem, quebrar estereótipos traduzidos nos
apelidos, chacotas e ridicularizações. É muito mais fácil quando todos trabalham
juntos e auxiliam uns aos outros no entendimento de que existe algo em comum
entre todos e isso precisa ser respeitado independentemente de qualquer situação.

7.2 Resultados Obtidos


Durante todo o processo do projeto, sensibilização sobre o assunto,
conscientização, mobilização da escola estratégias usadas, chegou-se a conclusão
que o melhor a se fazer num primeiro momento é iniciar com pequenas metas,
começar com mudanças simples para que se possa avançar gradativamente rumo à
melhoria da educação especial e da escola como um todo.
O projeto foi ouvido por muitos profissionais e alunos, alguns abraçaram a
causa, outros apenas elogiaram a iniciativa, outros ainda nem se dispuseram a
participar das atividades propostas, mas de uma forma ou de outra, todos puderam
conhecer por algum momento um pouco melhor sobre este tema que é tão
importante para o crescimento da escola.
Trabalhou-se a forma pela qual é abordado este assunto dentro da escola,
as inúmeras maneiras de agir em favor dos direitos desses novos estudantes e
como dar continuidade ao projeto buscando mais informações e falando mais
também sobre isso, seja através de palestras, reuniões entre professores de
educação especial com o intuito de compartilhar uns com os outros experiências,
vivências e aprendizados oriundos de dentro da sala de aula.
A consciência e a busca pelo entendimento precisam vir de cada um dos
que compõem a escola, o retorno após a apresentação do projeto, num primeiro
momento, foi muito significativo e produtivo, tanto pela novidade de se abrir espaço
quanto pela novidade do assunto a ser trabalhado.
8 CONCLUSÃO

Desta forma, pode-se concluir que os artefatos legais que legitimam os


direitos dos alunos trazem a evidência de como as normas legais devem ser
aplicadas e como devem fazer parte do conhecimento das pessoas em geral, para
que a sociedade possa fiscalizar e denunciar ao poder judiciário situações que são
submetidos os alunos que não condizem com as leis.
Focalizou-se na discussão em pauta a importância da educação baseada nos
direitos humanos como proposta que se constrói no dia a dia, ou seja, como um
diálogo de grupos diversificados.
Foi possível considerar também que o desafio da inclusão nas instituições é
algo que vai além da presença do aluno na escola de ensino regular. É necessária
em primeira instância a capacitação dos profissionais, pois é através dela que a
realidade educacional se transformará. E é dever e compromisso das instituições
oferecer a melhor educação para cada aluno, garantindo o acesso e contando com o
apoio de todo o sistema educacional.
Não cabe as escolas fechar os olhos para as diferenças que as cercam. É
preciso remodelar as exigências e inovar suas práticas pedagógicas e atuar de
forma transformadora. Portanto, os alunos que necessitam da educação especial
devem ser tratados da mesma forma que os estudantes do ensino regular e os
profissionais devem ser capacitados suficientemente para tal função.

REFERÊNCIAS

COVRE, Maria de Lourdes Manzini. O que é cidadania. 3ª ed. São Paulo:


Brasilience, 2003. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/plug in file . php / 389 69
71/mod_resource/content/1/L.aula2_grupo5_O_que_e_cidadania.pdf. Acesso em: 02
ago. 2019.

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