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CONCLUSÃO PSICOPATOLOGIA

Em virtude do que foi mencionado, o momento atual apresenta outra questão


muito importante que faz parte da condição humana, o luto. Em um contexto
pandêmico é imprescindível levar em consideração que o sofrimento está
presente e, portanto, muitas pessoas perderam e têm perdido alguém que
ocupa um lugar significativo em suas vidas. Ressalta-se que tanto a morte
quanto o luto são processos naturais que afetam a todos de alguma forma e,
por isso, podem variar conforme a pessoa ou a cultura.

Em tempos de COVID-19 e outras crises, a morte torna-se frequente e


inesperada. É essencial enfatizar que o luto não se trata necessariamente da
morte física, mas, por exemplo, o fim de um relacionamento, a perda de um
emprego, entre outros. Os transtornos psicológicos gerados pelo luto
potencializam o risco de piorar o sofrimento psíquico.

Muitas vezes, durante o processo de luto, o sujeito sente dificuldade em se


adaptar ao novo cenário em detrimento da fixação do contexto anterior. Algo
muito comum nessas ocasiões é o Transtorno de Adaptação, uma desordem
em que o sujeito começa a apresentar um comportamento disfuncional em
relação às novas mudanças.

Outro aspecto a ser analisado é se tal processo de luto caminha em


comorbidade com outros transtornos como quadros de depressão. O trabalho
da Psicologia frente a isso é realmente avaliar a presença de alguma disfunção
e a resposta sendo sim, o tratamento será direcionado a esse transtorno.

E, não menos importante, deve-se investigar se o que acomete o sujeito é um


luto patológico, ou seja, é um processo constante, que acontece por mais
tempo e com mais fixação e verificar a que nível esse movimento psíquico
pode ocasionar em suicídio.

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