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XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.

UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

CADERNO DE RESUMOS
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

COMISSÃO ORGANIZADORA
Docentes/UESC Discentes História/UESC

André Luiz Rosa Ribeiro Ana Beatriz Andrade Guimarães


Carlos Alberto de Oliveira Alan Kennedy
Carlos Gustavo Nóbrega Itamar da Hora Moreira
Cristina Ferreira de Assis Layla Brito Silva
Laila Brichta Lee Davidson Ferreira Cardim
Teresinha Marcis Marlon Sampaio Santana
Thiago Vinicius Mantuano da Fonseca Victória Regina Dantas Silva

COORDENAÇÃO DE SESSÕES, PALESTRAS, EXPOSIÇÕES - Docentes Uesc/Dfch/Ppgh

André Luiz Rosa Ribeiro


Carlos Alberto de Oliveira
Carlos Gustavo Nóbrega
Cristina Ferreira de Assis
Diádiney Helena de Almeida
Flávio Gonçalves dos Santos
Janete Ruiz de Macêdo
Kátia Vinhático Pontes
Laila Brichta
Luiz Henrique dos Santos Blume
Marcelo da Silva Lins
Marcelo Henrique Dias
Rosana dos Santos Lopes
Thiago Vinicius Mantuano da Fonseca
Natânia Silva Ferreira - (DCEC-UESC)

MINISTRANTES MINICURSOS E OFICINAS – mestrandos e mestrandas – PPGH/UESC


Maria Luísa dos Santos Gomes
Lucas de Jesus Santos
Emanuelle Silva Fonseca
Jaciane Aparecida Jesus da Cruz

PALESTRANTES CONVIDADOS

Gilsonei Rodrigues Santos - Mestre Nei do Terreiro Matamba Tombenci Neto


José Sinval Teixeira de Magalhães - Cacique Sussuarana da Aldeia Igalha.
Ivaneide Almeida da Silva - IFBA
Patrícia Verônica Pereira dos Santos - UFRB

MONITORIA – discentes do curso de História - UESC

Alexsander Nascimento de Santana Jullyana Costa dos Santos Marcus Vinicius dos Santos Andrade
Barbara Sampaio da Silva Kamila Silva Messias Maria Eduarda Silva Nascimento
Êmilly Mendes Barbosa Laura Vitória Tolentino da Silva Mateus Ramos Ribeiro
Filipe França Neves de Oliveira Larissa Rodrigues Nascimento Milena Santos da Silva
Geisiane Raquel Oliveira da Cruz Lavínia Edite Bastos Gonçalves Natália Meireles Silva
Glauber Silva Batista Leandro Ferreira Souza Lima Yago Santos Valete
Itamar da Hora Moreira Leonardo Silva Rodrigues de Souza Zilma dos Santos Félix Vasconcelos
Jomárya Almeida de Queiroz Letícia Calhau Sampaio
Jonatas Joaquim Bezerra Filho Lorena Oliveira Martins

UESC - DFCH
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)


Departamento de Filosofia e Ciências Humanas - DFCH
Programa de Pós-Graduação em História do Atlântico e da Diáspora Africana –
PPGH
Colegiado de História da UESC

Caderno de resumos

Diagramação e organização dos textos


Discentes
Itamar da Hora Moreira
Layla Brito Silva
Lee Davidson Ferreira Cardim
Marlon Sampaio Santana
Victória Regina Dantas Silva
Teresinha Marcis – docente - UESC

Designe Gráfico do cartaz

André Luiz Rosa Ribeiro

Observação: a adequação técnico-linguística dos textos é de responsabilidade dos autores.

XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia:


Territorialidades e Liberdades. (Ilhéus: Bahia: UESC/DFCH, 13 a 17 de novembro de
2023). CADERNO DE RESUMOS. Ilhéus-BA. 2023. 67 p.
Página do evento: https://www.instagram.com/ceh.uesc/

ISBN: 978-85-7455-414-3.
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

APRESENTAÇÃO

XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia:


Territorialidades e Liberdades, evento de extensão de ação continuada “Ciclo de Estudos
Históricos” do DFCH/UESC. Foi realizado no período de 13 a 17 de novembro de 2023 (exceto no
feriado de 15 de novembro) na Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC. O ciclo é um evento
acadêmico tradicional do curso de Licenciatura em História e do PPGH – Pós-Graduação em História
do Atlântico e Diáspora Africana. Tem se firmado como espaço de discussão a respeito dos vários
aspectos que envolvem a formação dos profissionais de história na educação, na pesquisa e na
promoção cultural. Propõe o debate de temas pertinentes, com a participação de historiadores/as,
doutores/as e mestres, professores/as, discentes da graduação e da pós-graduação e tem se constituído
em um espaço de reflexão e diálogo nas sessões de apresentação de trabalho e nas demais atividades
integrantes da programação, a possibilidade de trocarem experiências e apresentarem resultados de
suas pesquisas.
A programação contou com a participação das convidadas Ms. Patrícia Verônica Pereira dos
Santos, docente da UFRB e doutoranda em História pela UFBA que ministrou a conferência de
abertura “As Ilhas da Baia de Todos os Santos na Guerra de Independência da Bahia: os caminhos da
Pesquisa”, e da Dra. Ivaneide Almeida da Silva – IFBA com a palestra “A Independência Exposta”:
orientação, elaboração e montagem de exposições virtuais sobre o Bicentenário da Independência do
Brasil na Olimpíada Nacional de História do Brasil. Em diálogo sobre “Democracia e cidadania”
participaram como convidados as Lideranças: Mestre Nei –Terreiro Matamba Tombenci Neto e
Cacique Sussuarana- Aldeia Igalha. O encerramento dos trabalhos foi conduzido pelos docentes da
UESC, Luiz Henrique Blume com a exposição e lançamento de sua tese de doutorado, publicada em
livro, e o Dr. Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus marcando o encerramento com a palestra “História,
memória, patrimônio e os 200 anos de Independência na Bahia”. A programação contou com
Exposição Fotográfica - Tema: “Caminhada Tupinambá” (cordel) e Exposição: 200 anos da
Independência da Bahia com a Curadoria: Janete Ruiz Macedo alusivas à temática. Vale destacar a
participação especial dos docentes, mestrandos e mestrandas do PPGH-UESC que promoveram
oficinas e minicursos.
O Ciclo também se consolida como espaço e oportunidade para os discentes e docentes da
graduação e pós-graduação apresentarem oralmente os projetos e resultados de pesquisa e de
atividades práticas sob a orientação dos docentes dos componentes curriculares da prática de ensino
nos Laboratórios ofertados no curso de História. Nessa edição foram 93 inscrições de resumos para
apresentação oral e alocados nas 14 sessões de Apresentação de Trabalhos.
Acreditamos que o esforço conjunto de docentes, monitores, coordenadores, funcionários
administrativos, estudantes de graduação e pós-graduação e de egressos dos cursos de História
permitiu a concretização plena dos objetivos apresentados na proposta do XXVII Ciclo de Estudos
Históricos de 2023. Agradecemos aos mais de 250 participantes e convidados.

Comissão organizadora
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

TURNO MATUTINO - 07h:30 às 12h00

13/11/2023 14/11/2019 16/11/2023 17/11/2023


Palestra:
CREDENCIAMENTO Sessões de Sessões de A Independência Exposta”:
ABERTURA Apresentações Apresentações orientação, elaboração [...] Dra.
de trabalhos: de trabalhos: Ivaneide Almeida da Silva - IFBA
Mesa de abertura oficial do Evento Onde: salas de Onde: salas de Mediadora: Cristina de Assis -
aula: aula: UESC
CONFERÊNCIA Programação Programação
“As Ilhas da Baia de Todos os Santos na divulgada divulgada Performance Cultural
Guerra de Independência da Bahia: os separadamente separadamente Cartas do Renascer: A
caminhos da Pesquisa” Conjuração Baiana
Profa. Ma. Patrícia Verônica Pereira dos Direção: Kátia Vinhático Pontes
Santos (UFRB) Autores:
Mediadora: Teresinha Marcis – UESC Discentes de História
Onde: Auditório Paulo Souto Onde: Auditório Jorge Amado

TURNO: VESPERTINO - Minicursos e Oficinas


13/11/2023 14/11/2019 16/11/2023 17/11/2023
14h00 às 17h30 14h00 às 17h30 14h00 às 16h30 14h00 às 16h30

Minicurso: Minicurso:
Oficina: “História & Oficina: “História &
“História dos “História dos Música Popular Cinema” – com a
Transportes, Transportes, Brasileira” – com a Mestranda Emanuelle
Mobilidade e Mobilidade e Mestranda Maria Luísa Silva Fonseca (PPGH-
Logística” – Logística” – dos Santos Gomes UESC)
com o com o (PPGH-UESC)
Prof. Dr. Thiago V. Prof. Dr. Thiago V. Onde: Sala de reuniões do
Mantuano da Fonseca V. Mantuano da Fonseca V. Onde: Sala de reuniões DFCH
Mantuano da Fonseca Mantuano da Fonseca do DFCH
(UESC), (UESC),
Profa. Dra. Kátia Profa. Dra. Kátia 16h00 às 18h00 16h00 às 18h00
Vinhático Pontes Vinhático Pontes
(UESC) e a (UESC) e a Oficina: Oficina:
Doutoranda Luciana Doutoranda Luciana “História & Segurança “História & Urbanização”
Baldoino (PPGH- Baldoino (PPGH- Pública” – com o – com a
UFF) UFF) Mestrando Lucas de Mestranda Jaciane
Jesus Santos (PPGH- Aparecida Jesus da Cruz
Onde: Sala de Onde: Sala de UESC) (PPGH-UESC)
reuniões do DFCH reuniões do DFCH Onde: Sala de reuniões Onde: Sala de reuniões do
do DFCH DFCH

TURNO NOTURNO - 18h30-22h


13/11/2023 14/11/2019 16/11/2023 17/11/2023
MESA REDONDA Sessões de Sessões de Lançamento de Livro:
“Democracia e cidadania” Apresentações de Apresentações Prof. Dr. Luiz H. Blume
com as Lideranças: Gilsonei trabalhos: de trabalhos: Conferência de encerramento
Rodrigues Santos - Mestre Nei do Onde: salas de Onde: salas de “História, memória, patrimônio e os
Terreiro Matamba Tombenci Neto e aula: aula: 200 anos de Independência na
José Sinval Teixeira de Magalhães - Programação Programação Bahia” Dr. Carlos Gustavo Nóbrega
Cacique Sussuarana da Aldeia divulgada divulgada de Jesus
Igalha. separadamente separadamente Mediador: André Luiz Rosa Ribeiro
Mediadora: Diádynei Helena de - UESC
Almeida
Onde: Auditório Paulo Souto

Programação cultural - Exposição Fotográfica - Tema: “Caminhada Tupinambá” (cordel)


Exposição: 200 anos da Independência da Bahia – Curadoria: Janete Ruiz Macedo
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
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SESSÕES DE APRESENTAÇÃO DE
TRABALHOS

SUMÁRIO
SESSÃO 01: HISTÓRIAS DA INDEPENDÊNCIA NA BAHIA
PEDRO CALMON SOBRE O "DOIS DE JULHO": DISCURSOS SOBRE A INDEPENDÊNCIA DA
BAHIA NOS IMPRESSOS .......................................................................................................................................... 10
RECRIANDO BOLETINS SEDICIOSOS DA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA A OFICINA "RECRIANDO
BOLETINS SEDICIOSOS DA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA" ....................................................................... 10
RECONSTRUINDO A PARTICIPAÇÃO FEMININA NA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA:
DESVENDANDO ALÉM DAS FIGURAS DE CENTRAIS .................................................................................. 11
REVOLUÇÃO FRANCESA E A INFLUÊNCIA DELA NA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA ...................... 11
UM APRENDIZADO COM O TCG: A INDEPENDÊNCIA DA BAHIA E OS LIBERTADORES
BAIANOS (1823)......................................................................................................................................................... 12
POESIA DE LINO GUEDES COMO EXPRESSÃO DA IDENTIDADE NEGRA NO PÓS-ABOLIÇÃO .. 12

SESSÃO 02: RELIGIOSIDADE E HERANÇA CULTURAL


UMA OPOSIÇÃO NO CAMINHO DA TRADIÇÃO: O CASO DO PADRE AUXÊNCIO EM CAMACÃ-BA
(1973-1976)................................................................................................................................................................. 13
PROJETO PEDAGÓGICO: ELEMENTOS SIMBÓLICOS DA CULTURA DO POVO TUPINAMBÁ DE
OLIVENÇA EM PERSPECTIVA DE ANÁLISE DE FONTES HISTÓRICAS, PENSADOS PARA O
ENSINO DA TEMÁTICA INDÍGENA ..................................................................................................................... 13
AS TRANSFORMAÇÕES NAS INDUMENTÁRIAS DO CANDOMBLÉ DE ANGOLA SOB A
INFLUÊNCIA DE JOÃOZINHO DA GOMÉIA (1930-1970)........................................................................... 14
EXPERIÊNCIAS DO FLUXO CULTURAL DA DIÁSPORA AFRICANA NA FESTA DA PADROEIRA
DE VALENÇA-BA, NOSSA SENHORA DO AMPARO ....................................................................................... 14
TRANSANDO COM DEUS E O LOBISOMEM: DIÁSPORA AFRICANA NA MÚSICA BREGA ............. 15

SESSÃO 03: ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO (1)


O PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO NACIONAL NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E
INDUSTRIALIZAÇÃO DA BAHIA - 1969 Á 1977 ............................................................................................ 16
CONTRIBUIÇÕES DA ECONOMIA SUL AFRICANA PARA O CAPITALISMO MUNDIAL NA ÉPOCA
DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1870 – 1929).......................................................................... 16
A CACAUICULTURA NA REGIÃO UESQUIANA-ILHEENSE ........................................................................ 17
HISTORICIZANDO A CIDADE: INTERVENÇÕES URBANAS NAS GESTÕES DE MÁRIO PESSOA E
EUSÍNIO LAVIGNE (ILHÉUS, 1924-1943) ........................................................................................................ 17

SESSÃO 04: REIMAGINANDO O PASSADO: TRAMAS, ESTRATÉGIAS E


FICÇÃO
POLÍBIO E O IMPERIALISMO ROMANO NA PRIMEIRA GUERRA PÚNICA ......................................... 19
ANÁLISE DOCUMENTAL: CERCO DE TIRO ...................................................................................................... 19
O ROMANCE DE ALEXANDRE: ENTRE FICÇÃO E HISTÓRIA ................................................................... 20
ANÁLISE DE DOCUMENTO: “BATALHA DE LADE: TOMADA DE MILETO PELOS PERSAS”........ 20
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
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ESTRATÉGIAS DE LEITURA PARA FONTES HISTÓRICAS ESCRITAS NO ENSINO DA HISTÓRIA


ANTIGA........................................................................................................................................................................... 21
ANÁLISE DOCUMENTAL DE AUTORES FONTES........................................................................................... 21

SESSÃO 05: ENSINO DE HISTÓRIA: DESAFIOS E RENOVAÇÕES (1)


JOGOS LÚDICOS: A UTILIZAÇÃO DO "PERFIL HISTÓRICO" NO ENSINO DE HISTÓRIA................ 22
A PERCEPÇÃO DA TURMA DO 8º ANO DO ESCOLA MUNICIPAL SÃO PEDRO, DO MUNICÍPIO DE
ILHÉUS ACERCA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E DA BAHIA ........................................................... 22
OS LIVROS DIDÁTICOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: O PANORAMA DA INDEPENDÊNCIA DO
BRASIL NA BAHIA, O EPISTEMICÍDIO E AS FIGURAS APAGADAS NESSE PROCESSO .................. 23
O APAGAMENTO DA POPULAÇÃO NEGRA NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO. A PRESENTE
COMUNICAÇÃO É PARTE DA PESQUISA REALIZADA NA DISCIPLINA “HISTÓRIA DA
EDUCAÇÃO” .................................................................................................................................................................. 23
OFICINA DE JOGOS INDÍGENAS ........................................................................................................................... 24
CONSCIÊNCIA NEGRA .............................................................................................................................................. 25
CONHECIMENTOS SOBRE O QUILOMBO DO PORTO DE TRÁS............................................................... 25

SESSÃO 06: EXPERIÊNCIAS, IDENTIDADE E PRODUÇÕES CULTURAIS


O IMAGINÁRIO REVOLUCIONÁRIO NA LITERATURA EM CUBA ........................................................... 26
A FESTA DE DÍA DE MUERTOS COMO ELEMENTO DA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
MEXICANA .................................................................................................................................................................... 26
DO PACÍFICO AO ATLÂNTICO: O CONSUMO DA CULTURA POP JAPONESA NO BRASIL
ATRAVÉS DE CAVALEIROS DO ZODÍACO (1994-1996) ............................................................................. 27
REPRESENTAÇÕES CULTURAIS DA AMÉRICA ANDINA E MESOAMÉRICA NOS JOGOS SHADOW
OF TOMB RIDER E ASSASSIN’S CREED – BLACK FLAG .............................................................................. 28
OS 150 ANOS DA INDEPENDÊNCIA E A DITADURA: A MÁQUINA DE PROPAGANDA E A
SIMPATIA PELO AUTORITARISMO NA CHEGADA DOS RESTOS MORTAIS DE DOM PEDRO I.. 28
TRAJES E ADORNOS DOS ORIXÁS ....................................................................................................................... 29

SESSÃO 07: HISTÓRIA DO BRASIL: MEMÓRIAS E INDEPENDÊNCIAS


ATIVISMO POLÍTICO E ANTIRRACISMO: O OLODUM NO CARNAVAL DE SALVADOR (1980-
1989) ............................................................................................................................................................................... 30
INDEPENDÊNCIA DA BAHIA E OS PERSONAGENS AFRO-BRASILEIROS: UMA JORNADA DE
RESISTÊNCIA E LIBERDADE ................................................................................................................................. 30
RELEITURA DO QUADRO “INDEPENDÊNCIA OU MORTE” DE PEDRO AMÉRICO .......................... 31
O SURGIMENTO DO PRESÍDIO ARISTON CARDOSO EM ILHÉUS-BA E SEUS IMPACTOS SOCIAIS
NA REGIÃO NOS ANOS DE 1990 Á 2000 .......................................................................................................... 31
VACINAÇÃO ANTIVARIÓLICA EM SALVADOR NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX ............ 32

SESSÃO 08: ARTES E REPRESENTAÇÃO


FUI AO CINEMA E PEGUEI AIDS”: FILADÉLFIA , UM CASO DE RECEPÇÃO DOS FILMES DE AIDS.
A REPRESENTAÇÃO DA RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA NAS HISTÓRIAS EM
QUADRINHOS 'CONTOS DOS ORIXÁS ................................................................................................................ 33
TEATRO NEGRO NO LITORAL SUL DA BAHIA - DA CHEGADA DE MÁRIO GUSMÃO A ILHÉUS,
EM 1981, À SUA INFLUÊNCIA PARA O DEBATE ÉTNICO-RACIAL NAS ARTES CÊNICAS DA
REGIÃO. .......................................................................................................................................................................... 34
CAPOEIRA UESC ......................................................................................................................................................... 35
PESQUISAS SOBRE HISTÓRIA, ARTE E CULTURA NA AMÉRICA LATINA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA NO ÂMBITO DA UESC, 2020-23 ............................................................................................. 35
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

A CAPOEIRA COMO RECREAÇÃO PARA JOVENS DE BAIRROS PERIFÉRICOS DO MUNICÍPIO DE


UBAITABA-BA ............................................................................................................................................................. 36
A ORIGEM E OS RESULTADOS DA BATALHA DE RIMA NO BRASIL ..................................................... 37
COMPREENDENDO O VODU FORA DAS PERCEPÇÕES ETNOCÊNTRICAS ......................................... 37

SESSÃO 09: HISTÓRIA DO BRASIL: MEMÓRIAS E INDEPENDÊNCIAS


A DITADURA CIVIL-MILITAR E SEUS IMPACTOS NA CIDADE DE MEDINA-MG.............................. 39
IDENTIFICAÇÃO, REPRESSÃO E RACISMO CIENTÍFICO NA BAHIA (1889-1945).......................... 39
O SETE DE SETEMBRO NA DITADURA DO ESTADO NOVO, EM 1940. ................................................ 40
A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL ATRAVÉS DE DUAS
CONJUNTURAS:1934 E 2019 ................................................................................................................................ 40
O SETE DE SETEMBRO 37 ANOS DEPOIS – COMO O BRASIL SE ENCONTRAVA QUASE 4
DÉCADAS APÓS O GRITO DE INDEPENDÊNCIA ............................................................................................ 41
02 DE JULHO: A DATA DA VERDADEIRA INDEPENDÊNICIA DO BRASIL .......................................... 42

SESSÃO 10: ENSINO DE HISTÓRIA: DESAFIOS E RENOVAÇÕES (2)


UM NOVO OLHAR SOBRE O ENGENHO DE SANTANA: VOZES E RESISTÊNCIAS ABORDADAS
EM SALA DE AULA ..................................................................................................................................................... 43
A PRODUÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO PARA O ENSINO DA HISTÓRIA DAS AMÉRICAS: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA ..................................................................................................................................... 43
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL NA DÉCADA DE 50 ................................................... 44
O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DO ALINHAMENTO DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO
DIDÁTICO (PNLD) COM O NOVO ENSINO MÉDIO ........................................................................................ 45
JOGO DIDÁTICO “BINGO DE HISTÓRIA” ........................................................................................................... 45
O USO DE JOGOS LÚDICOS PARA O APRENDIZADO E ENSINO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA APLICAÇÃO EM UMA ESCOLA PÚBLICA DA ZONA
SUL DE ILHÉUS ........................................................................................................................................................... 46

SESSÃO 11: ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO (2)


COMPANHIAS AÉREAS E SUAS LIGAÇÕES COM O EIXO E ALIADOS .................................................... 47
O DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO NA REGIÃO CACAUEIRA: A CONSTRUÇÃO DO HOTEL
TRANSAMÉRICA NOS ANOS DE 1984-1989 ................................................................................................... 47
A FEIRA DO LARGO DO UNHÃO E OS IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS EM ILHÉUS 1960-1984
........................................................................................................................................................................................... 48
ALMADINA: DE VILA À MUNICÍPIO.................................................................................................................... 48
BRASIL E ALEMANHA OCIDENTAL ENTRE 1960 E 1990: A INDÚSTRIA ALEMÃ TIRANDO
PROVEITOS ................................................................................................................................................................... 49
AS RELAÇÕES DA MULHER NEGRA NO CENÁRIO ECONÔMICO TRABALHISTA (PRESENTE E
PASSADO)...................................................................................................................................................................... 49
O LEGADO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA: INTEGRAÇÃO, DESAFIOS, E CONTRIBUIÇÕES NA
CIDADE DE UNA-BAHIA NA DÉCADA DE 1950 ............................................................................................. 50

SESSÃO 12: PESQUISANDO O PASSADO: ACERVOS E FONTES


A HISTORICIDADE LEGISLATIVA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ........ 51
ORGANIZAÇÃO DOS INVENTÁRIOS E DOS ACERVOS ARQUEOLÓGICOS DO NÚCLEO DE
ESTUDOS E PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS DA BAHIA (NEPAB/UESC) .............................................. 51
OS ACERVOS ARQUEOLÓGICOS DO NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS DA
BAHIA (NEPAB/UESC): ORGANIZAÇÃO DOS INVENTÁRIOS E DAS COLEÇÕES DEPOSITADAS
NO ‘CAIS CONSCIÊNCIA ........................................................................................................................................... 52
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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

O OBELISCO DE 2 DE JULHO: PRESERVAÇÃO HISTÓRICA E PATRIMÔNIO PÚBLICO. ............. 53


A SAGRAÇÃO DO AUTOR: JÚLIO VERNE E O CAMPO CULTURAL FRANCÊS DO SÉCULO XIX. . 53

SESSÃO 13: HISTÓRIA DO BRASIL: MEMÓRIAS E INDEPENDÊNCIAS (2)


O CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA EM DUAS CONJUNTURAS HISTÓRICAS, NA BAHIA DE
1920 E NO RIO DE JANEIRO DE 1922 ............................................................................................................... 55
TERREIRO DE MATAMBA TOMBENCI NETO: ALGUMAS ABORDAGENS SOBRE A INFÂNCIA E
JUVENTUDE DE DONA HILSA RODRIGUES (MAMETO MUKALÊ) ......................................................... 55
CONCEPÇÕES E CONJUNTURAS DO 7 DE SETEMBRO DE 1892 NO RIO DE JANEIRO E O 2 DE
JULHO DE 2021 NA BAHIA ..................................................................................................................................... 56
A IMPRENSA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL NA BAHIA ..................................................................... 57
DESFILE DE 07/09/1970, O DIA DA PÁTRIA ................................................................................................. 57
O SETE DE SETEMBRO NO RIO DE JANEIRO-RJ: INDEPENDÊNCIA OU MORTE – DIREITO,
JUSTIÇA E MORALIDADE EM 1856 .................................................................................................................... 58

SESSÃO 14: EXPERIÊNCIAS, IDENTIDADE E PRODUÇÕES CULTURAIS (2)


OFICINA DE CONFECÇÃO DAS BONECAS DE PANO ABAYOMI............................................................... 59
ENCANTARTE: NEGRAS PERFUMADAS ........................................................................................................... 59
LAZER E SOBREVIVÊNCIA: O INÍCIO DA FILARMÔNICA .......................................................................... 60
O ACARAJÉ: ENTRE A TRADIÇÃO CULTURAL E A EXPRESSÃO RELIGIOSA ..................................... 60
MEMÓRIA E ARTE: AS REPRESENTAÇÕES DOS SUJEITOS DA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA .... 61
O OFÍCIO DAS BAIANAS DE ACARAJÉ ............................................................................................................... 61

PERFORMANCE CULTURAL: CARTAS DO RENASCER (A CONJURAÇÃO


BAIANA) 62

OFICINAS
HISTÓRIA & MÚSICA POPULAR BRASILEIRA ................................................................................................ 63
HISTÓRIA & SEGURANÇA PÚBLICA ................................................................................................................... 64
HISTÓRIA & CINEMA ................................................................................................................................................ 64
HISTÓRIA & URBANIZAÇÃO .................................................................................................................................. 65

EXPOSIÇÃO
“CAMINHADA TUPINAMBÁ” ................................................................................................................................. 66
200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA .................................................................................................... 66
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SESSÃO 01: HISTÓRIAS DA INDEPENDÊNCIA NA BAHIA


Dia: 14.11.2023 (terça-feira) – Horário: 08h às 11h:30
Sala: 2204 – Adonias Filho – 2ºandar
COORDENAÇÃO: ANDRÉ LUIZ ROSA RIBEIRO E BERENALDO NETO SILVA –
UESC/DFCH

PEDRO CALMON SOBRE O "DOIS DE JULHO": DISCURSOS SOBRE A


INDEPENDÊNCIA DA BAHIA NOS IMPRESSOS
Autora: Luaní Argolo Silva
Orientadora: Cristina Ferreira de Assis - DFCH/UESC
Pesquisa: Iniciação Científica

Este estudo objetiva analisar as representações formuladas pelo educador e intelectual Pedro
Calmon acerca do 02 de julho. Discute-se a abordagem histórica da Independência da Bahia
elaborada por Calmon presente tanto em seu discurso como político, quanto em seus escritos
acadêmicos, literários e didáticos. As balizas cronológicas deste debate se debruçam sobre a
Bahia entre a década de 1920 e 1930, período no qual o intelectual e educador Pedro Calmon
escreveu para crianças do ensino primário, além de difundir suas concepções sobre História
da Bahia durante a atuação como político. Nesse cenário se destacam as fontes como os
impressos, sendo eles: periódicos e o próprio livro didático escrito pelo autor. Diante disso,
buscou-se encontrar concepções expressas por Calmon, observando o caráter moralista e
educativo presente em ambas as fontes, sendo elas diferentes veículos de divulgação de
informação e cultura. Nesse sentido, destaca-se o papel atribuído ao conhecimento histórico, e
especialmente a História como disciplina escolar, de educar as crianças através dos exemplos
morais e da evocação de um passado glorioso (FONSECA, 2017). Em vista disso, a escolha
de fontes como o livro História da Bahia é consequência de sua significação como artefato
que apresenta o conhecimento histórico escolar. Assim, tendo em vista as disputas ideológicas
de que a História foi alvo (MOREIRA, 2011), a pesquisa realizada concentrou esforços na
análise dos discursos expostos nos impressos. Neste sentido, como resultados foram
encontradas as concepções de Pedro Calmon em escrever uma História voltada para a difusão
de valores e ideias do nacionalismo e patriotismo, exaltando figuras que lutaram pela
Independência da Bahia e colocando-as como exemplos a serem seguidos pelos alunos e
demais leitores dos impressos.
Palavras-chave: Pedro Calmon; Independência da Bahia; impressos.

RECRIANDO BOLETINS SEDICIOSOS DA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA


A OFICINA "RECRIANDO BOLETINS SEDICIOSOS DA
INDEPENDÊNCIA DA BAHIA"
Autores: Maria Luiza Benevides Farias, Raabe Salim da Silva Costa, Yasmim Barbosa
Oliveira Santos
Orientadora: Kátia Vinhático Pontes - DFCH/UESC
Pesquisa: Pesquisa livre

Tem como objetivo proporcionar aos participantes uma experiência prática e criativa acerca
da história da Independência da Bahia. Durante a oficina, os participantes serão convidados a
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

recriar boletins sediciosos da época, com intuito de familiarizar os participantes com os


eventos desse período e incentivá-los a expressar sua compreensão por meio de um método
criativo e artístico. A metodologia da oficina conta com uma introdução histórica,
contextualizando todos sobre a Independência da Bahia e a importância dos boletins
sediciosos nesse cenário. Após a produção da atividade, será promovida a discussão em
grupo, na qual os participantes compartilham seus trabalhos e compreensões acerca do tema.
Seus recursos serão: papel envelhecido, canetas, tintas e pincéis para escrever textos e criar as
ilustrações, além de referências históricas impressas, livros e imagens de referência para guiar
os participantes durante a atividade. O objetivo da oficina é estimular uma reflexão sobre
como os boletins sediciosos contribuíram com a história e como sua recriação possibilitou um
melhor entendimento sobre a Independência da Bahia, e alguns de seus documentos
produzidos na época. Dessa forma, demonstrando ainda a importância das fontes para
transcrição e ensino da História do Brasil.

Palavras-chave: Boletins; Artístico; Recriar; Bahia; Independência.

RECONSTRUINDO A PARTICIPAÇÃO FEMININA NA INDEPENDÊNCIA


DA BAHIA: DESVENDANDO ALÉM DAS FIGURAS DE CENTRAIS
Autores: Êmilly Mendes Barbosa; Leandro Ferreira Souza Lima
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV, Laboratório de Ensino V

O presente trabalho tem como objetivo discutir sobre o papel feminino na Independência da
Bahia, além das figuras principais. Além disso, busca analisar o progresso da participação das
mulheres na construção histórica, bem como a desconstrução do conceito de “homem
universal” na historiografia; apontar a importância do papel feminino na produção de uma
nova historiografia, considerando elementos de gênero, raça e classe; explorar a discussão em
torno de figuras de mulheres notáveis como um fenômeno que pode contribuir para o
apagamento da classe feminina. Foi utilizado como metodologia a análise de produções
históricas, como livros e periódicos, com destaque para obras de mulheres, a fim de trazer
para debate a compreensão da perspectiva feminina na historiografia. As discussões acerca
dos assuntos de gênero, trazendo a intersecção de raça e classe são se suma importância nos
estudos da Independência da Bahia, mostra uma outra face da participação popular e formas
não convencionais de apoio da população na revolta.

Palavras-chave: Independência da Bahia; Gênero; Apagamentos.

REVOLUÇÃO FRANCESA E A INFLUÊNCIA DELA NA INDEPENDÊNCIA


DA BAHIA
Autores: Maria Suélia Nascimento Barbosa; Guilherme Teles Barreto Santana; Gleidson
Santos; Filipe França Neves de Oliveira; Clifton Rosec Rocha Gomes
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV

O presente trabalho que apresentaremos neste ciclo tem como temática abordar a Revolução
francesa e a influência dela para a independência da Bahia. Separamos tópicos que são de
suma importância para entendermos os ideais revolucionários que, instigaram revoltas e
aquelas que tiveram influências externas. O contexto social que os baianos estavam inseridos,
os ideais franceses, revoltas que culminaram à independência, a revolta do dois de julho e
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personagens importantíssimos para memória dos duzentos anos da independência da Bahia.


Usamos como método, pesquisas e análises de documentos digitalizados na biblioteca
nacional, periódicos que tratam desses fatos e pesquisas bibliográficas. Teremos o objetivo
expor os processos históricos fundamentais dos ideais revolucionários e a marcha da
independência.

Palavras-chave: Revolução Francesa; Ideias Revolucionárias; Independência da Bahia.

UM APRENDIZADO COM O TCG: A INDEPE NDÊNCIA DA BAHIA E OS


LIBERTADORES BAIANOS (1823)
Autor: Layla Brito Silva; Marlon Sampaio Santana – Graduandos de História, UESC.
Orientadora: Katia Vinhático - DFCH/UESC
Pesquisa: Laboratório de Ensino V, Pesquisa livre

O presente trabalho tem como objetivo apresentar um jogo de TCG (Trading Card Game) que
aborda o período histórico referente à Independência da Bahia (1823). Dessa forma, esse
produto conduzirá os jogadores (que tem como público-alvo os estudantes) ao processo da
independência, apresentando-os aos personagens históricos, localidades e elementos da
economia que compunham esse momento. É de grande importância o desenvolvimento de
materiais pedagógicos que promovam o despertar ao interesse dos alunos, também que os
auxiliem na compreensão da formação histórica, cultural e social da Bahia. A partir disso, a
abordagem dessa disciplina considerada monótona e pouco atrativa integrará os educandos ao
cenário histórico e de forma lúdica promover o conhecimento. Nesse sentido, o uso de
metodologias e recursos pedagógicos inovadores, como os jogos, pode ser uma alternativa
para tornar o ensino de história mais dinâmico e interessante para os estudantes.

Palavras-chave: Independência da Bahia; Jogo Didático; Ensino de História.

POESIA DE LINO GUEDES COMO EXPRESSÃO DA IDENTIDADE


NEGRA NO PÓS-ABOLIÇÃO
Autor: Jósimo Jesus dos Santos
Orientador: Luiz Henrique dos Santos Blume - DFCH/UESC
Pesquisa: Trabalho de Conclusão de Curso

A presente comunicação pretende apresentar algumas notas de pesquisa em andamento sobre


os conflitos e anseios da comunidade negra, bem como sua inserção social e valorização
moral no pós-abolição. Para isso, examinaremos a poesia de Lino Guedes, no período que
abrange os anos de 1927 à 1951, quando ele publicou seus livros que desempenhou um papel
significativo ao dar voz às experiências e aspirações da comunidade negra durante esse
período crítico da história, contribuindo assim para a compreensão mais profunda das
complexas dinâmicas sociais e culturais da época. O poeta, no contexto analisado, assume o
papel de porta-voz da comunidade negra, tornando sua produção literária uma expressão
coletiva que ecoa os anseios e conflitos dos silenciados buscando ser um mensageiro do povo
negro, falando em nome e para esse grupo.

Palavras-chave: Lino Guedes; Poesia negra; Pós-abolição; Escritores negros brasileiros .


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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

SESSÃO 02: RELIGIOSIDADE E HERANÇA CULTURAL


Dia: 14.11.2023 (terça-feira) – Horário: 08h às 11h:30
Sala: 2206 – Adonias Filho – 2o andar
Coordenação: FLÀVIO GONÇALVES DOS SANTOS – DFCH/UESC

UMA OPOSIÇÃO NO CAMINHO DA TRADIÇÃO: O CASO DO PADRE


AUXÊNCIO EM CAMACÃ-BA (1973-1976)
Autor: Renato Zumaeta Costa dos Santos
Secretaria de Educação do Estado da Bahia
Pesquisa: Dissertação de Mestrado

As eleições de 1972, em Camacã-BA, foram marcadas pela inédita vitória do grupo de


oposição aos políticos tradicionais. Articulada por uma outra elite, a sublegenda ARENA 2
escolheu como candidato o padre Auxêncio Costa Alves e, assim, venceu o processo por uma
diferença de apenas 53 votos. Governando Camacã sem maioria na Câmara de Vereadores, o
Pe. Auxêncio enfrentou ataques dos edis e da imprensa, especialmente do periódico Tabu.
Nas eleições seguintes, de 1976, a ARENA 1 retomou o poder municipal reelaborando
estratégias através de uma guinada subjetiva: a construção imagética-discursiva, em torno do
seu grupo político, com a criação da Festa Camacã e o Cacau.

Palavras-chave: Política; Poder; Discurso; Camacã.

PROJETO PEDAGÓGICO: ELEMENTOS SIMBÓLICOS DA CULTURA DO


POVO TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA EM PERSPECTIVA DE ANÁLISE DE
FONTES HISTÓRICAS, PENSADOS PARA O ENSINO DA TEMÁTICA
INDÍGENA
Autoras: Joseane Oliveira Santos; Isabele Maria Baraúna dos Santos; Jamille Ariane Almeida de Queiroz
Pesquisa: Laboratório de Ensino II; Lab. IV e V.

Este trabalho tem como objetivo analisar e explicar a proposta de projeto pedagógico de uma
oficina, com o propósito de destacar as possibilidades de estudo relacionadas ao ensino da
temática indígena, sob uma perspectiva histórica. Isso será alcançado através da exposição e
desmistificação de aspectos históricos e culturais dos povos indígenas, com foco especial no
Povo Tupinambá de Olivença, sendo relevante notar que a Bahia abriga a segunda maior
concentração de povos indígenas no Brasil. Consideraremos, sobretudo, a sua socio
diversidade, que pode ser notada a partir dos elementos simbólicos que compõem suas
identidades. A partir do entendimento de que a descolonização é, idealmente, o principal
objetivo da educação, existe a possibilidade de “codificar novos indivíduos capazes de
oferecer diferentes perspectivas ao mundo e administrar diversas formas de coexistência”
(RUFINO, 2021, p. 13). Portanto, esta ação está em conformidade com a Lei nº 11.645,
promulgada em março de 2008, que exige a inclusão do ensino das Histórias e Culturas Afro-
Brasileiras e Indígenas nos currículos escolares da Educação Básica, tanto na rede pública
quanto na privada, como resultado das lutas e resistência promovidas por movimentos sociais.
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

Palavras-chave: Tupinambá de Olivença; História da Bahia; História Indígena; Ensino da


temática indígena.

AS TRANSFORMAÇÕES NAS INDUMENTÁRIAS DO CANDOMBLÉ DE


ANGOLA SOB A INFLUÊNCIA DE JOÃOZINHO DA GOMÉIA (1930 -1970)
Autor: Roger Cristian Gonçalves Reis
Pesquisa: Laboratório de Ensino V, Trabalho de Conclusão de Curso

A presente pesquisa tem como objeto de estudo a trajetória de vida e as influências de


Joãozinho da Goméia nas indumentárias de Candomblé de Angola. Além de sua condução
religiosa nos terreiros da Baixada Fluminense, esse pai-de-santo teve amplo convívio nos
barracões de escolas de samba, fato que promoveu uma circulação de elementos estéticos e
simbólicos entre esses círculos de expressão cultural negra. Portanto terá como finalidade
análise da ritualística do Candomblé de Angola de acordo com as vivências no espaço
religioso de matriz africana e as influências proporcionadas por Joãozinho da Goméia na
transformação das indumentárias no interior dos terreiros e nos espaços de circulação da
cultura do candomblé. Nesse trânsito entre o Candomblé e o Carnaval, o Mestre promoveu
influências mútuas nos estilos das vestimentas, com particular impacto na indumentária do
Candomblé de Nação Angola, do qual fazia parte. Contextualizando e identificando que
mudanças ocorreram e quais seus impactos na ritualística religiosa, na valorização das
práticas culturais africanas no Brasil e na popularização do Candomblé.

Palavras-chave: Candomblé; Angola; Goméia; Indumentária.

EXPERIÊNCIAS DO FLUXO CULTURAL DA DIÁSPORA AFRICANA NA


FESTA DA PADROEIRA DE VALENÇA-BA, NOSSA SENHORA DO
AMPARO
Autor: Paulo Vitor Souza da Luz
Pesquisa: Dissertação de Mestrado

Apesar de a diáspora negra ter sido um resultado traumático da opressão colonial e da


escravidão, ela também gerou diálogos culturais ricos e complexos que transcendem as
fronteiras geográficas. Uns dos resultados dessas trocas culturais diaspóricas podem ser vistas
nas festas populares religiosas na Bahia. As manifestações das religiosidades populares não
apenas refletem os costumes, mas também encontraram uma janela para a compreensão da
cosmovisão de um povo em seu contexto histórico. Um exemplo dessas experiências culturais
diaspóricas está na festa de Nossa Senhora do Amparo no município de Valença, no Baixo Sul
da Bahia. A santa é cultuada na região desde o século XVIII e ao longo dos anos sempre
esteve voltada para as classes populares. A festividade passou por diversas (re)configurações
com inserções de diversas expressões culturais como as lavagens, o Candomblé Elétrico, a
Zambiapunga, os blocos de rua, as charangas, as barracas e parques, dentre outras práticas
culturais. O próprio catolicismo manifestado pelos devotos se apresenta através de um
pluralismo cultural, comportamento comum nas festividades religiosas baianas. Um exemplo
está na procissão da padroeira, momento considerado o êxtase da festa. Nesse contexto, o
trabalho busca compreender como a festa de Nossa Senhora do Amparo está inserida no fluxo
cultural da diáspora africana, identificando os pontos de diálogos com outras festividades
populares religiosas. Caberá ainda caracterizar as práticas que constroem a identidade dos
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festejos a padroeira de Valença-BA. Para alcançar esses objetivos, o estudo utiliza fontes
iconográficas, documentais, textuais e fontes orais.

Palavras-chave: Cultura; Diáspora Africana; Festas; Religiosidades.

TRANSANDO COM DEUS E O LOBISOMEM: DIÁSPORA AFRICANA NA


MÚSICA BREGA
Autor: Magno Freitas de Sousa
Pesquisa: Dissertação de Mestrado

A música brega carrega elementos melódicos, rítmicos e discursivos que denunciam a sua
característica afro. A minha tese visa estudar a música brega através da obra de Odair José,
Nelson Ned, Roberto Carlos, Waldick Soriano e Raul Seixas. Esses artistas carregam em sua
obra elementos do samba, rock, samba-canção, jazz e lundu. Criando assim uma estética que
vai além da identificação de “música romântica”. Esses artistas receberam o rótulo de “brega”
ou “cafona” justamente por serem herdeiros de sons e atitudes vistas de forma marginal pela.
mídia e pela crítica “especializada” em música.

Palavras-chave: Brega; Música Popular; Preconceito; Classe.


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SESSÃO 03: ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO (1)


Dia: 14.11.2023 (terça-feira) – Horário: 08h às 11h:30
Sala: 2208 – Adonias Filho – 2o andar
Coordenação: NATÂNIA SILVA FERREIRA - (DCEC-UESC)

O PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO NACIONAL NO PROCESSO DE


DESENVOLVIMENTO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA BAHIA - 1969 Á 1977
Autora: Gabriele Gois de Jesus
Orientadora: Katia Vinhático Pontes - DFCH/UESC
Pesquisa: Dissertação de Mestrado, Pesquisa ou Estudo Livre

Essa pesquisa analisará os impactos e investimentos do Programa de Integração Nacional -


PIN, executado pelo Governo do general Emilio Garrastazu Médici (1970-1974) no estado da
Bahia, discutindo a sua inserção no plano nacional de desenvolvimento, industrialização e no
mundo atlântico, entre 1969 e 1977, e de que maneira os incentivos fiscais da Sudene e de
outros órgãos do governo federal estão presentes no desenvolvimento econômico e urbano do
estado baiano, principalmente no município de Ilhéus, com ênfase nos setores de transportes,
saneamento, petróleo e gás. Analisando também o alinhamento político-econômico das ações
do governo do estado junto ao governo federal e a importância do Porto do Malhado para o
plano desenvolvimentista vigente em meados de 1970.

Palavras-chave: Experiência; Atlântico; História econômica; Bahia; Desenvolvimento.

CONTRIBUIÇÕES DA ECONOMIA SUL AFRICANA PARA O CAPITALISMO


MUNDIAL NA ÉPOCA DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1870 –
1929)
Autor: Jânio Adrian Jesus Fernandes
Orientadora: Natânia Silva Ferreira - DCEC/UESC
Pesquisa: Pesquisa livre

A formação de uma “economia-mundo” capitalista (WALLERSTEIN, 1979) reflete duas


questões: por um lado, as desigualdades socioeconômicas inerentes ao capitalismo; por outro
lado, a contribuição que cada país ou região confere para o sistema. Na formação da
“economia-mundo” capitalista, é possível afirmar a relevância do continente europeu,
sobretudo quando passou pela transição do feudalismo ao capitalismo (SAES&SAES, 2013,
parte 1). A partir do momento em que países europeus, como Portugal e Espanha, se
expandiram comercial, territorial e economicamente, pode-se dizer que influências em outras
regiões – as colônias – marcariam seus desenvolvimentos. O Brasil foi colônia de Portugal,
assim como diferentes países africanos foram colônias de países europeus. Considerando que
os países apresentam especificidades, este trabalho objetiva compreender a relevância do
continente africano, especificamente a África do Sul, do ponto de vista econômico, para o
desenvolvimento do capitalismo mundial, no período da passagem do século XIX para o XX,
em que o sistema foi marcado pela segunda Revolução Industrial (SINGER, 1976). A
metodologia do trabalho é a bibliográfica, pois o objetivo será desenvolvido por meio de
revisão de literatura de autores que estudaram a África, do ponto de vista de três elementos
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principais: a passagem do XIX para o XX, o período da segunda Revolução Industrial,


especificidades da economia sul-africana. A hipótese de pesquisa é a de que, na passagem do
século XIX para o XX, a África teve um papel parecido com o do Brasil economicamente:
não absorveu as novas técnicas produtivas da segunda Revolução Industrial, mas contou com
classes sociais que absorveram os novos padrões de consumo de países desenvolvidos, por
meio da importação de bens do estrangeiro. Ao final desta pesquisa, espera-se compreender a
relevância da África dentro da “economia-mundo” capitalista no contexto da segunda
Revolução Industrial.

Palavras-chave: África do Sul; Capitalismo; Segunda Revolução Industrial; 1870 – 1929;


História Econômica.

A CACAUICULTURA NA REGIÃO UESQUIANA -ILHEENSE


Autora: Julia Santos Almeida; Gracielle Bezerra de Oliveira; Ricardo de Jesus Silva
Pesquisa: Laboratório de Ensino II

Este estudo tem como seu objetivo a apresentação da cacauicultura na Cabruca, abordando
seu contexto histórico-agrônomo, pontuando sua versatilidade em tempos recorrentes,
trazendo uma compreensão entre sua importância na região uesquiana-ilheense atualmente e
nos séculos de seu apogeu, visando a utilização deste estudo como material didático. Trazendo
objetos frequentemente esquecidos quando é referido o estudo e ensino de história da área do
cacau, trazendo para a pauta também a importância desta área amplamente estudada,
utilizando de fontes textuais e entrevistas com especialistas na área da cacauicultura para
melhor elaboração, detalhando a sua importância para ambas as áreas interligadas por tais
tópicos, e a observação à respeito do conhecimento sobre as vantagens do lecionamento
profundo sobre o meio ambiente e cacauicultora no âmbito escolar, almejando que gerações
futuras possam ter um amplo conhecimento do conteúdo ainda dentro dos colégios.

Palavras-chave: Cacauicultora; Cabruca; UESC; Meio Ambiente; Cacau.

HISTORICIZANDO A CIDADE: INTERVENÇÕES URBANAS NAS


GESTÕES DE MÁRIO PESSOA E EUSÍNIO LAVIGNE (ILHÉUS, 1924 -
1943)
Autores: Jaciane Aparecida Jesus da Cruz
Orientador: Thiago V. Mantuano da Fonseca Vinicius Mantuano da Fonseca / PPGH-UESC
Pesquisa: Mestrado

A presente comunicação, se trata de uma exposição sobre uma pesquisa inicial acerca das
intervenções urbanas feitas na cidade de Ilhéus durante os governos de Mário Pessoa e
Eusínio Lavigne, o que representa o recorte de 1924 a 1943. Estas intervenções abrangiam
diversas áreas, como construção, melhoramentos, infraestrutura e serviços públicos. O estudo
delas é essencial para compreender as mudanças no ambiente urbano e suas relações com a
economia, política e sociedade da época. A bibliografia especializada trabalhada bebe tanto da
história, quanto da geografia. Escrever um trabalho de história urbana que integre as duas
áreas é crucial para uma compreensão completa do desenvolvimento das cidades ao longo do
tempo. Neste trabalho, serão discutidas propostas metodológicas para lidar com diferentes
tipos de fontes, incluindo fontes iconográficas como fotografias e mapas, fontes impressas
como literatura e jornais, e fontes quantitativas, que oferecem uma abordagem sistemática
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para analisar transformações urbanas complexas. Cada tipo de fonte terá um método
específico destacado, com uma análise serial das fontes de imprensa para atingir os objetivos
propostos. O contato inicial com a bibliografia especializada e com fontes primárias faz
necessária o levantamento da hipótese de que intervenções urbanas feitas no período em
questão foram feitas com a intenção de atender as necessidades materiais que passaram a
existir com a consolidação da atividade cacaueira.

Palavras-chave: História Urbana; Intervenções Urbanas; Ilhéus; Região cacaueira


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SESSÃO 04: REIMAGINANDO O PASSADO: TRAMAS, ESTRATÉGIAS


E FICÇÃO

Dia: 14.11.2023 (terça-feira) – Horário: 08h às 11h:30


Sala: 2113 – Adonias Filho – 1º andar
Coordenação: JANETE RUIZ MACEDO – DFCH/UESC

POLÍBIO E O IMPERIALISMO ROMANO NA PRIMEIRA GUERRA


PÚNICA
Autores: Luiz Fillipe Silva Moreira; Ítalo Enzo da Silva Gonçalves
Orientadora: Janete Ruiz de Macedo. DFCH/UESC
Pesquisa: Pesquisa ou Estudo Livre

Este estudo foi concebido como uma atividade no âmbito da disciplina de História Antiga II,
com o objetivo de empreender uma investigação sobre o texto intitulado "Imperialismo e
Colonialismo: a expansão de Roma fora da península italiana," escrito pelo historiador grego
do século II a.C., Políbio. Consoante às palavras do renomado historiador Jacques Le Goff, é
crucial ressaltar que a história não se perpetuaria a longo prazo sem os documentos. Sejam
estes de natureza textual ou vestígios arqueológicos, tais registros fornecem aos estudiosos
informações valiosas sobre eventos passados, contribuindo significativamente para a
compreensão das mudanças ocorridas nos domínios políticos, econômicos e sociais da
Antiguidade. Assim sendo, é de suma importância que os fragmentos de documentos
históricos, especialmente aqueles provenientes de autores-fonte, sejam minuciosamente
analisados. Esta análise visa não apenas à compreensão das questões inerentes ao âmbito
interno das localidades em questão, mas também à análise dos conflitos emergentes nesses
agrupamentos, incluindo as guerras em si, bem como as circunstâncias que propiciaram tais
conflitos. Além disso, busca-se examinar as causas e consequências do imperialismo romano
e o papel desempenhado por outros elementos na formação do conhecimento histórico
registrado por Políbio.

Palavras-chave: Antiguidade. Documento histórico. Guerra. Imperialismo romano. Políbio.

ANÁLISE DOCUMENTAL: CERCO DE TIRO


Autor: Thamiles Lessa dos Santos Deyvid da Silva Anunciação Santos
Orientação: Janete Ruiz de MacêdoDFCH/UESC
Pesquisa: Estudo Livre

O presente trabalho foi desenvolvido como atividade para a matéria de História antiga II, e
tem o objetivo de fazer uma análise histórica sobre o documento escrito "Guerras de conquista
- aspectos do cerco de tiro" do historiador do século IV a.c. Lúcio Flávio Arriano Xenofonte.
De acordo com historiadores como Marc Bloch e Fernand Braudel, a análise de documentos
históricos desempenha um papel fundamental na reconstrução do passado e na compreensão
das sociedades e culturas ao longo do tempo. Os documentos históricos, sejam eles escritos,
visuais, orais ou materiais, fornecem evidências concretas e contextuais que permitem aos
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historiadores reconstruírem eventos, entender mudanças sociais, políticas e econômicas, e


identificar tendências ao longo da história. Dessa forma, é importante trazer visibilidade e
destaque aos fragmentos de documentos escritos pelos historiadores das civilizações passadas
para compreender sobre a época retratada tal qual suas organizações e práticas de guerra que
também serve como demonstrativo do poder que se tinha no cenário e sua capacidade
informativa, desempenhando um papel crucial na construção do conhecimento histórico.

Palavras-chave: Análise documental; Cerco de tiro; Xenofonte.

O ROMANCE DE ALEXANDRE: ENTRE FICÇÃO E HISTÓRIA


Autora: Ananda Oliveira Soares
Pesquisa: Pesquisa ou Estudo Livre

A construção da narrativa histórica na antiguidade clássica possui particularidades especiais,


na maioria das vezes, as únicas fontes escritas disponíveis para seus estudos são textos
produzidos por historiadores ou observadores de milhares de anos atrás, que não distinguiam
mito, fato ou ficção, estando muito distantes dos princípios de produção de documentos ou
ciência definidos pela contemporaneidade. A pesquisa documental para esse período enfrenta
sérios problemas no campo da hermenêutica, até mesmo quanto a autoria do texto estudado
como é o caso do fragmento que apresentamos nessa comunicação, onde seguindo um roteiro
predefinido buscaremos esclarecê-lo e interpretá-lo.

Palavras-chave: Alexandre Magno; Batalha de Issus; Fontes Históricas.

ANÁLISE DE DOCUMENTO: “BATALHA DE LADE: TOMADA DE


MILETO PELOS PERSAS”
Autora: Geovana dos Santos
Orientadora: Janete de Ruiz Macedo DFCH/ UESC

O propósito foi analisar o documento histórico intitulado “Batalha de Lade: Tomada de


Mileto pelos Persas”. Para alcançar esse objetivo, o estudo se concentrou em três etapas de
análise: Identificação, hermenêutica e conclusão. Nesse processo, exploramos considerações
relevantes sobre o Mundo Antigo, com um foco específico na civilização grega e persa. Este
trabalho sublinhou a importância de uma análise crítica dos eventos do passado, em particular
as guerras, proporcionando assim novas perspectivas sobre o tema. O texto analisado pertence
ao sexto livro de Heródoto de Halicarnasso, um renomado historiador da antiguidade
amplamente reconhecido como o “pai da História”. Como resultado, concluímos que o relato
destacou o desenvolvimento inicial de um evento significativo, ou seja, as Guerras Médicas,
enfatizando os conflitos entre as civilizações e suas contradições internas.

Palavras-chave: Mundo antigo; Batalha de Lade; gregos; persas.


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ESTRATÉGIAS DE LEITURA PARA FONTES HISTÓRICAS ESCRITAS


NO ENSINO DA HISTÓRIA ANTIGA
Autora: Janete Ruiz de Macedo DFCH/UESC
Pesquisa: Pesquisa ou Estudo Livre

Na História ensinada na educação básica em geral vezes os acontecimentos históricos são


transmitidos como se fossem conteúdos prontos e acabados ou como se manifestassem
verdades sobre o passado; não passíveis de revisão, crítica ou reformulação. Com a finalidade
de repensar essa prática de ensino de História, objetivamos discorrer sobre estratégias de
ensino que possibilitem aos estudantes compreenderem o processo de construção do
conhecimento histórico a partir do uso de fontes históricas escritas em sala de aula.

Palavras-chave: Fontes Escritas; Ensino; Construção do conhecimento.

ANÁLISE DOCUMENTAL DE AUTORES FONTES


Autores: Joel Victor Guimarães do Amparo; Jamille Ariane Almeida de Queiroz
Orientação: Janete Ruiz de Macedo - DFCH/UESC
Pesquisa: Pesquisa ou Estudo Livre

A presente comunicação pretende apresentar algumas notas de pesquisa em andamento sobre


a perspectiva da análise de documentos de autores fontes. Esta pesquisa visa analisar como
interrogar, a partir das narrativas escritas, em especial sobre a história antiga. Estes escritos
são modelos convencionais de escrita do período tecendo relatos ao sistema escravocrata e as
relações de dominação, na dimensão da sociedade, representando homens e mulheres do
território, trazendo suas narrativas na experiência e cultura.

Palavras-chave: Autor Fonte; História Antiga


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SESSÃO 05: ENSINO DE HISTÓRIA: DESAFIOS E RENOVAÇÕES (1)

Dia: 14.11.2023 (terça-feira) – Horário: 18h:30 às 22h


Sala 2204 – Adonias Filho – 2o andar
Coordenação: DIÁDINEY HELENA DE ALMEIDA – DFCH/UESC

JOGOS LÚDICOS: A UTILIZAÇÃO DO "PERFIL HISTÓRICO" NO


ENSINO DE HISTÓRIA
Autores: George Magno Jesus Santana; Beatriz Pinheiro Muniz
Orientadores: Elvis Pereira Barbosa - DFCH/UESC; Robson Noberto Dantas - DFCH/UESC
Pesquisa: Iniciação Científica, Laboratório de Ensino II, Laboratório de Ensino V

O presente relato trata da experiência do Programa de Residência Pedagógica, do curso de


Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC/DFCH. Com o
intuito de quebrar a monotonia do Ensino de História em sala de aula, foi-se deixado o livro
didático e pensada em formas alternativas de trazer o conhecimento de forma divertida aos
alunos. Nesse sentido, foi-se desenvolvido o jogo pedagógico nomeado como “Perfil
Histórico”, inspirado no jogo “Perfil”, da marca Grow, com o objetivo de incentivar e
despertar interesse nos alunos, buscando atiçar o raciocínio para entender as mecânicas do
jogo e fazer deste um momento recreativo, mas avaliativo. Para isso, realizou-se uma pesquisa
de fontes de informações sobre o uso dos jogos como ferramenta de ensino na disciplina de
História. Em seguida, relacionou-se as teorias encontradas com a aplicação prática do jogo
educacional em sala de aula, destacando os benefícios de sua utilização como recurso
didático. A aplicação demonstrou ser um excelente apoio no Ensino de História, pois auxiliou
os alunos a desenvolverem habilidades essenciais para o aprendizado, tornando o
entendimento de tópicos históricos mais acessível, de forma descontraída e motivadora.

Palavras-chave: Ensino de História; Recurso didático; Jogo pedagógico.

A PERCEPÇÃO DA TURMA DO 8º ANO DO ESCOLA MUNICIPAL SÃO


PEDRO, DO MUNICÍPIO DE ILHÉUS ACERCA DA INDEPENDÊNCIA DO
BRASIL E DA BAHIA
Autores: Rafael Amorim Santos; Thailiny Alice Melo da Silva; Maria Jovina dos Santos Farias Sena de Jesus
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV

O presente trabalho de comunicação busca trazer um relato de experiência acerca de uma


aula-dialogada realizada com os alunos da Escola Municipal de São Pedro, no município de
Ilhéus, no bairro Salobrinho. Pelos discentes do curso de História: Glauber Silva, Maria
Jovina Jesus, Rafael Amorim, Thailiny Alice Melo e Yago Valete. Nesse trabalho em
específico, as ações práticas aconteceram em três momentos, realizados no dia 30 de outubro
de 2023, na Universidade Estadual de Santa Cruz, que foram: momento de cordel no bosque,
visita ao CEDOC (Centro de Documentação e Memória Regional) e exposição do conteúdo
em sala de aula. Nosso objetivo central consistiu em tratar acerca das vozes silenciadas na
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construção da História da Independência da Bahia. A nossa metodologia teve como base a


utilização da literatura de cordel como forma de expressão do conhecimento, visita técnica ao
CEDOC, onde os alunos puderam visualizar jornais sobre o 2 de julho e, por fim, aula
expositiva e dialogada sobre o tema. Do nosso objetivo, tivemos como resultados parciais a
fomentação do senso crítico dos alunos, a desmistificação de mitos sobre a Independência da
Bahia e o conhecimento dos personagens, principalmente acerca do protagonismo feminino,
que sofre o processo de apagamento na História.

Palavras-chave: Independência; 2 de julho; Apagamento.

OS LIVROS DIDÁTICOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: O PANORAMA DA


INDEPENDÊNCIA DO BRASIL NA BAHIA, O EPISTEMICÍDIO E AS
FIGURAS APAGADAS NESSE PROCESSO
Autores: Ariel Santos Pimentel; João Pedro Araújo Esmeraldo Santos; Cleiton Santana dos Santos; Wanderson
Conceição Macedo; Samuel Ribeiro Chagas
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV, Laboratório de Ensino V

Este trabalho tem como objetivo buscar na história da Independência do Brasil a importância
da Bahia para a consolidação do Estado e como se deu o apagamento do estado baiano e seus
personagens fundamentais nesse processo. Desse modo, será através do livro didático
“História: Sociedade e Cidadania”, do 8º ano do Ensino Fundamental II – Anos Finais, da
editora FTD, publicado em 2018, que será utilizado como fonte do nosso objeto de pesquisa.
Nesse sentido, a pesquisa também envolverá relatos de professores de História do 6º, 7º e 8º
ano que contará quais são os desafios do trabalho docente em abordar tais temáticas que não
são contempladas pelos livros distribuídos na escola.

Palavras-chave: Livro didático; Sala de aula; Apagamento; História; Independência.

O APAGAMENTO DA POPULAÇÃO NEGRA NA HISTÓRIA DA


EDUCAÇÃO. A PRESENTE COMUNICAÇÃO É PARTE DA PESQUISA
REALIZADA NA DISCIPLINA “HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO”
Autor: Leonardo Costa Diger
Orientador: Marcelo da Silva Lins - DFCH/UESC
Pesquisa: Pesquisa livre

O estudo investiga a proibição dos negros de frequentarem os colégios durante o período do


Império no Brasil. O decreto nº 1.331, de 17 de fevereiro de 1854 determinava que nas
escolas públicas do país não seriam admitidos escravizados e a previsão de admissão para
adultos negros dependia da disponibilidade de professores. Com a ascensão da república
começou o projeto de embranquecer a população, como também apagar sua participação da
história, esse projeto eugenista começou de forma gradual, excluindo professores e alunos do
magistério das fotos e dos registros oficiais. Essa postura do Estado estabeleceu um abismo
educacional, o acesso à educação era garantido apenas para os que possuíam mais condições
financeiras, majoritariamente a população urbana, enquanto a instrução e letramento era
negado aos negros, que só passariam a frequentar os colégios a partir do ano de 1950. Com o
ingresso de pessoas negras nos ambientes escolares e academia, a perspectiva de raça
começou a ser amplamente pesquisada e desenvolvida, já que os pesquisadores em sua
maioria brancos e brancas, não se interessavam em pesquisar essa participação. Foram
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utilizadas como fonte para essa pesquisa a autora Surya Pombo e sua pesquisa sobre
“HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA POPULAÇÃO NEGRA: ENTRE SILENCIAMENTO E
RESISTÊNCIA”, documentos (como o decreto mencionado), outros autores importantes
como Regina Pahim Pinto e Adriana Maria Paulo da Silva. Materiais e métodos: análise de
documentos, livros e artigos historiográficos. Conclui-se que essas condições que regeram a
construção do ensino no Brasil geraram consequências que atingem a população
afrodescendentes até os dias atuais, não refletindo somente na educação, como também no
controle dos corpos na sociedade.

Palavras-chave: História; Educação; Escola.

OFICINA DE JOGOS INDÍGENAS


Autores: Marina Maria Araújo Mesquita Mendes; Iza Peixoto Gonçalves
Orientadora: Diádiney Helena de Almeida - DFCH/UESC
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV, Laboratório de Ensino V

Este trabalho tem como objetivo apresentar o desenvolvimento da oficina de Jogos Indígenas,
realizadas durante o Estágio Supervisionado II no segundo semestre de 2023, em colaboração
com a professora-orientadora Diádiney Helena, educadora indígena Pataxó. A iniciativa teve o
objetivo de enriquecer a experiência, e a fomentação do diálogo sobre a cultura indígena com
os discentes da Escola Municipal São Pedro, localizada no Salobrinho, em Ilhéus-Bahia,
desenvolvido em turmas do 6°, 8°e 9° ano. Com necessidade de construir redes de
aprendizado que valorizem a diversidade de culturas indígenas no processo educativo e nas
aulas de História. Considerando os estereótipos e preconceitos difundidos historicamente pela
escola, mostrou-se necessário a construção da atividade fazendo cumprir a legislação da Lei
11.645/2008 com informações que visam o combate à discriminação e ao racismo contra os
povos indígenas. A abordagem da oficina em primeiro momento, incluíram rodas de
conversas, partilhando dados do censo do IBGE e informações gerais sobre os povos
indígenas, abordando a diversidade étnica presentes em todo o território nacional, sendo ele
demarcado ou não, como também na urbanização, enfatizando a contemporaneidade desses
povos na sociedade brasileira. No segundo momento, a oficina envolveu a apresentação de
jogos indígenas para os discentes, havendo a preocupação contextualizar a exposição de cada
jogo com o nome dado por cada povo indígena, vinculando o contexto de cada cultura. Por
fim, após essas aulas, buscamos destacar a relevância da cultura indígena na sociedade
brasileira, na atualidade, criando uma aproximação dos jovens indígenas e não indígenas
através desses jogos.
Nas duas etapas da oficina, percebemos o envolvimento e grande participação dos discentes
por parte dos assuntos trabalhados. Porém, em nossos resultados é notável a necessidade de
práticas pedagógicas que aproximem os discentes a sua realidade histórica."

Palavras-chave: Jogos indígenas; Diversidade étnica; Preconceitos; Racismo.


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CONSCIÊNCIA NEGRA
Autores: Alana Silva Nascimento; Amanda Luisa de Jesus; Manuela Luz Nunes Souza Fraga; Márcia
Alves de Matos; Maria Suelia Nascimento Barbosa; Shirlei Lazarino Santos.
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV, Laboratório de Ensino V.

O projeto justifica-se pela importância de mostrar a profunda influência dos povos africanos na
formação social, histórica, cultural, religiosa, musical do Brasil e mais especificamente da Bahia, por
se tratar do ano em que é comemorado o bicentenário de Independência do nosso estado, terra de
ligação tão ímpar com a cultura afro, aplicando, assim, as Leis 10.639/03 e 11.645/08 que determinam
que sejam ensinadas nas escolas brasileiras a História da África e a cultura Afro-brasileira.

Palavras-chave: Concorrência negra; História; Cultura.

CONHECIMENTOS SOBRE O QUILOMBO DO PORTO DE TRÁS


Autores: Joabe Santos Nascimento; Maria Jurema Kruschewsky Clímaco; Eduardo Pereira dos Santos
Pesquisa: Laboratório de Ensino III.

Através da exposição de imagens, pretendemos iniciar uma discussão sobre a importância da


comunidade étnica de afrodescendentes” tradicionalmente vinculada à pesca artesanal e às atividades
portuárias da cidade de Itacaré, conhecida como "Quilombo do porto de trás” bem como suas lutas e
dificuldades atuais até o seu reconhecimento como patrimônio cultural.

Palavras-chave: Quilombo; Patrimonialização; Cultura; Comunidade.


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SESSÃO 06: EXPERIÊNCIAS, IDENTIDADE E PRODUÇÕES


CULTURAIS

Dia: 14.11.2023 (terça-feira) – Horário: 18h:30 às 22h


Sala 2206 – Adonias Filho – 2o andar
Coordenação: LAILA BRICHTA – DFCH/UESC

O IMAGINÁRIO REVOLUCIONÁRIO NA LITERATURA EM CUBA


Autora: Ana Luíza Braga Brandão
Orientadora: Laila Brichta – DFCH/UESC
Pesquisa: Iniciação Científica

O recorte a ser apresentado investiga o imaginário revolucionário cubano na literatura


produzida na ilha. O estudo analisou as distintas representações acerca do imaginário
revolucionário, o significado e a importância dessa ideia em escritos de autores cubanos e
como as manifestações artísticas e literárias constituem importantes objetos de pesquisa para a
História. Foram utilizados como fontes literárias alguns trabalhos: de José Martí, Nossa
América (1891), obra na qual o escritor trata da guerra pela libertação nacional de Cuba
contra a Espanha; do autor Alejo Carpentier, O Recurso do Método (1984), livro que critica a
continuidade de governos ditatoriais na América Latina; e do autor Leonardo Padura, o
romance O Homem que Amava os Cachorros (2009), que aborda acontecimentos históricos
do século XX, relatando Cuba nos anos de 1977 a 2004. A metodologia empregada contou
com análise textual interna e externa das literaturas; também foram analisadas dissertações,
livros e artigos historiográficos e literários. Concluiu-se que o imaginário revolucionário
expressa características contra hegemônicas, construídas a partir de movimentos de
sublevação, como a revolução cubana (1959). A literatura cubana contribuiu
significativamente para a construção e propagação desse imaginário em todo o continente,
inspirando outros movimentos anti-imperialistas. Constatou-se também que as manifestações
artísticas contribuem para a transformação social na medida em que inspiram movimentos de
luta e revolução.

Palavras-chave: História; Literatura; Cuba; Revolução.

A FESTA DE DÍA DE MUERTOS COMO ELEMENTO DA CONSTRUÇÃO


DA IDENTIDADE MEXICANA
Autora: Ananda Oliveira Soares
Orientadora: Laila Brichta – DFCH/UESC
Pesquisa: Iniciação Científica; Trabalho de Conclusão de Curso

A Festa de Dia dos Mortos é, além de uma celebração ancestral, um dos principais elementos
da identidade mexicana contemporânea. Essa identidade, no entanto, passou por
reformulações no século XX, em especial no ambiente efervescente do Pós-Revolução
Mexicana, quando a partir do governo Álvaro Obregón, sob as políticas educacionais do
Secretário de Educação Pública José Vasconcelos, nasceu o Movimento Muralista que passou
a repensar, resgatar e reconstruir símbolos que pretendiam representar uma identidade
mexicana que mais tarde foi analisada por Octavio Paz como “máscaras mexicanas”. Um
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desses elementos de identidade é o Dia dos Mortos e a caveira Catrina, que se tornou símbolo
mexicano e se consolidou na cultura pop. Essa pesquisa pretende, portanto, compreender o
processo de formação da identidade mexicana tendo o Dia dos Mortos como elemento central,
e adota como temporalidade desde 1920, quando se inicia o governo Obregón, até 1950,
quando é publicada a obra El Laberinto de la Soledad, de Octavio Paz. Para isso, são
investigadas como fontes principais até o momento o livro La Raza Cósmica do secretário
Vasconcelos, que serviu como base ideológica para o Movimento Muralista, e o quadro Sueño
de una tarde dominical en la Alameda Central, do pintor Diego Rivera.

Palavras-chave: Dia dos Mortos; Identidade; Movimento Muralista; Diego Rivera; México.

DO PACÍFICO AO ATLÂNTICO: O CONSUMO DA CULTURA POP


JAPONESA NO BRASIL ATRAVÉS DE CAVALEIROS DO ZODÍACO
(1994-1996)
Autor: Gabriel Onasses Wenceslau Sousa de Morais
Orientador: Diogo Trindade Alves de Carvalho - PPGH/UESC
Pesquisa: Mestrado

Este trabalho tem por objetivo analisar o papel e o conteúdo da animação de Cavaleiros do
Zodíaco e de seus subprodutos que circularam no mercado brasileiro entre 1994 e 1996, como
revistas da imprensa especializada, discos de trilha sonora, VHSs, longas-metragens em
cinemas, brinquedos e propagandas, enquanto catalisadores do consumo da cultura pop
japonesa no Brasil. Tal consumo se deu em um contexto de aumento das importações, do
poder de compra da população e ampliação da nossa condição de dependência frente ao
capitalismo global em função das políticas neoliberais, assim como de utilização da indústria
cultural pelo Japão como ferramenta na disputa intercapitalista com os EUA pela influência
no mercado e no softpower mundial. Nesse sentido, a incapacidade do consumo prévio das
produções nipônicas no Brasil em construir uma tendência de mercado na televisão e fora
dela, aliada a dificuldade em encontrar um produto que desse continuidade ao sucesso da obra
nesses diversos segmentos do mercado e sua influência na construção da subcultura otaku no
país nos incitam a investigar a obra. Não somente, mas a compreensão de como se deu nossa
interação com a indústria cultural japonesa e como essa foi utilizada pelo Japão no âmbito
econômico, político, cultural e ideológico para penetrar no mercado e no imaginário social
brasileiro mostra-se atual, quando observamos processos análogos ocorrendo nas interações
entre o Brasil e as produções chinesas ou sul-coreanas no século XXI.

Palavras-chave: Japão; Softpower; Cultura Pop; Anime; Cavaleiros do Zodíaco.


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REPRESENTAÇÕES CULTURAIS DA AMÉRICA ANDINA E


MESOAMÉRICA NOS JOGOS SHADOW OF TOMB RIDER E ASSASSIN’S
CREED – BLACK FLAG
Autor: Marlon Sampaio Santana
Orientadora: Laila Brichta DFCH/UESC
Pesquisa: Iniciação Científica, Trabalho de Conclusão de Curso

Na vivência da idade mídia vemos a incorporação de novas fontes para o ensino e a pesquisa
em história, essa aproximação de fontes como o cinema e os quadrinhos abriram uma nova
gama para as pesquisas e dinamizaram as possibilidades de aulas dos mais complexos
momentos da história. Mais recente vemos a ascensão dos vídeos games como fontes de
pesquisa histórica, jogos que simulam vários momentos da história mundial vêm aproximando
seus consumidores dos eventos históricos dos mais variados. Jogos como a franquia
Assassin’s Creed, Tomb Rider utilizam-se de elementos históricos para construir seus
roteiros. Diante dessas possibilidades analisaremos as representações culturais
mesoamericanas e andinas dentro desses jogos, buscando compreender os discursos
entranhado nas representações. E como esses jogos podem ser ferramentas para o estudo da
história dos povos e das nações latino-americanas, pois mesmo que elas sejam próximas. Se
estuda, ensina e divulga muito mais sobre a Europa e os Estados-Unidos do que sobre o
México, a Guatemala, a Bolívia, Peru ou Caribe.

Palavras-chave: Jogos; América Latina; Cultura; Vídeo Games.

OS 150 ANOS DA INDEPENDÊNCIA E A DITADURA: A MÁQUINA DE


PROPAGANDA E A SIMPATIA PELO AUTORITARISMO NA CHEGADA
DOS RESTOS MORTAIS DE DOM PEDRO I
Autoras: Milena Santos da Silva; Thaísa Nascimento Santos
Pesquisa: Laboratório de Ensino V

O objetivo desta comunicação é examinar de forma sucinta as entrelinhas das informações


sobre o Sete de Setembro, sobretudo ao sesquicentenário de aniversário comemorado em
1972. Para isso, foram utilizadas duas fontes, sendo uma delas encontrada no jornal do
Correio Braziliense, e a outra no Correio da Manhã. O fato de ter escolhido essas duas fontes,
se dá por ambas serem ricas em expressar o quão era explícito o sentimento ufanista por
àqueles que estavam à frente do Brasil e o intuito que eles tinham em instigar o mesmo nos
brasileiros. Buscamos analisar o significado do sesquicentenário da Independência do Brasil
nos jornais Correio Braziliense e Correio da Manhã durante o período de 1971 e1972. Período
este ao qual era vigente a Ditadura Civil-Militar no país. Durante esse evento, o monarca D.
Pedro I, considerado um símbolo da unificação do país ganhou destaque na narrativa
histórica, especialmente devido ao acordo luso-brasileiro e à chegada de parte de seus restos
mortais ao Brasil, com exceção de seu coração. O regime militar brasileiro adotou uma
estratégia de reabilitação da imagem de D. Pedro I, destacando suas realizações militares no
comando do exército liberal em Portugal a partir de 1828, quando combateu o governo
absolutista de seu irmão, D. Miguel. A divulgação extensiva nos jornais das cerimônias
relacionadas ao traslado dos restos mortais em abril de 1972, durante o governo do General
Médici, reflete a intenção dos militares de apropriar-se de eventos comemorativos para elevar
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D. Pedro I ao status de herói nacional. Isso foi feito através da exploração de aspectos da
história do país e de imagens carregadas de significados que alimentam a memória coletiva.
Nessa análise percebemos que tal intencionalidade de exaltação a Portugal se dá pela
emergência do Brasil entrar no mercado mundial tendo como porta o país "irmão".

Palavras-chave: Sesquicentenário da Independência; Ufanismo; Ditadura Civil-militar; Luso-


brasileiro.

TRAJES E ADORNOS DOS ORIXÁS


Autores: Barbara Sampaio da Silva; Tainá Dias dos Santos; Jamille Bahia Reis; Icaro Palma de Sousa
Pesquisa: Laboratório de Ensino III

Este trabalho sob o escopo metodológico do uso de fotografias com o intuito de fomentar e
incentivar uma experiência de aprendizado acerca dos adornos e trajes dos orixás, divindades
provenientes do panteão yorubano. Tendo como objetivo apresentar os significados tanto
simbólicos e históricos dos trajes e os adornos dos orixás usados nos terreiros de candomblé,
através da análise do modelo da roupa, o design com ênfase na confecção desses artefatos,
ressaltando o viés histórico da cultura afro-brasileira, tendo em vista o contexto em que as
primeiras formas do culto aconteceram através da influência da moda europeia. Para tanto e
maior aprofundamento, utiliza-se o artigo Indumentárias de Orixás.

Palavras-chave: Arte; Mito; Moda; Rito; Afro-Brasileiro; José Roberto Lima Santos.
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SESSÃO 07: HISTÓRIA DO BRASIL: MEMÓRIAS E INDEPENDÊNCIAS

Dia: 16.11.2023 (quinta-feira) – Horário: 08h às 11h:30


Sala: 2206 – Adonias Filho – 2o andar
Coordenação: KÁTIA VINHÁTICO PONTES – DFCH/UESC

ATIVISMO POLÍTICO E ANTIRRACISMO: O OLODUM NO CARNAVAL DE


SALVADOR (1980-1989)

Autor: Pedro Paulo Araújo de Jesus


Orientador: Flávio Gonçalves dos Santos - DFCH/PPGH/UESC
Pesquisa: Mestrado

Esta comunicação tem como objetivo analisar a participação do bloco afro Olodum no
Carnaval de Salvador, destacando sua história e contribuição política significativa para a luta
antirracista no Brasil. Fundado durante a Ditadura Civil-Militar brasileira, período marcado
pela repressão das discussões raciais e do movimento negro, o Olodum surgiu com a missão
de oferecer à comunidade do Maciel-Pelourinho um espaço para desfiles durante o Carnaval.
Durante esse período, os temas abordados nas apresentações faziam alusões a países e
sociedades africanas e afrodescendentes de relevância, Tanzânia e as aldeias de Ujaama
(1984), Cuba (1986), Egito (1987) e Núbia, Axum e Etiópia (1989). O Olodum utilizava esses
temas, com composições diversas para destacar a história, diáspora africana e da valorização
da raça. Além dos desfiles, o grupo promovia um festival de música e artes, uma escola e uma
companhia de teatro como meios de fortalecer a identidade e a cultura afro-brasileira.

Palavras-chave: Diáspora; Negritude; Cultura.

INDEPENDÊNCIA DA BAHIA E OS PERSONAGENS AFRO -


BRASILEIROS: UMA JORNADA DE RESISTÊNCIA E LIBERDADE
Autor: Thamiles Lessa dos Santos; Maria Luiza dos Santos Gratão; Daniel Brito de Santana Bispo;
Deyvid da Silva Anunciação Santos; Beatriz Pinheiro Muniz
Orientador: Cristina Ferreira de Assis – DFCH/UESC
Pesquisa: Estudo Livre

O presente trabalho foi desenvolvido como prática na disciplina de História e Ensino de


História, e tem o objetivo de apresentar um material didático criado para atuar de forma
auxiliar no Ensino de História em ambiente escolar, de modo que contribua para a propagação
do conhecimento, oferecendo uma nova perspectiva sobre a Independência da Bahia (1823),
mais especificamente, sobre alguns personagens afro-brasileiros como a Maria Felipa, o
Soldado Soledade e a Maria Quitéria e as suas importâncias na resistência para a liberdade do
povo baiano e brasileiro. Segundo Reis (1989) e Santos; Moreira (2020) a Independência da
Bahia teve uma importante participação da resistência popular e dos movimentos liderados
por diversos segmentos da sociedade, incluindo mulheres, escravizados, libertos e populares,
na conquista da independência e por isso, deve-se usar a sala de aula para contemplar esses
temas e desconstruir a história do país que é regida pela visão branca e eurocêntrica,
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contribuindo para a educação antirracista e decolonial. Dessa forma, de maneira coletiva, é


necessário trazer visibilidade àqueles que foram preteridos em nome de uma historiografia
segregadora, de modo a refletir sobre a lei 11.645/08, na qual se torna obrigatório o ensino de
história indígena e afro-brasileira no ensino regular, e a importância de sua aplicação para
resguardar a memória dos povos imprescindíveis para a formação do Brasil.

Palavras-chave: Ensino de História; Material didático; Independência da Bahia; Cultura


Afro-brasileira.

RELEITURA DO QUADRO “INDEPENDÊNCIA OU MORTE” DE PEDRO


AMÉRICO
Autoras: Luciana Santos Souza; Larissa Santos da Silva; Raiane Santana Batista Soares
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV; Laboratório de Ensino V

Neste trabalho, apresentamos uma oficina concebida para alunos do ensino fundamental 2,
com o propósito de aprofundar sua compreensão sobre a Independência do Brasil, ao
entrelaçar elementos da história e da arte, tendo como objetivo central da oficina estimular a
criatividade, o pensamento crítico dos estudantes, através de uma abordagem mais lúdica. A
atividade-chave da oficina consiste na releitura do quadro “Independência ou Morte” de Pedro
Américo, em que os alunos são encorajados a expressar sua interpretação pessoal deste
momento histórico por meio da arte. Além disso, os estudantes têm a oportunidade de expor
suas criações em sala de aula, permitindo a partilha de inspirações e reflexões. Tendo como
centro desse projeto incentivar os alunos a explorarem e expressar suas próprias perspectivas
sobre a Independência do Brasil, utilizando a linguagem da arte como veículo para essa
expressão. Dessa forma, a oficina busca alcançar o objetivo de estimular o pensamento
crítico, tornando os estudantes autores de novas interpretações da história nacional.

Palavras-chave: Releitura; Quadro; Independência.

O SURGIMENTO DO PRESÍDIO ARISTON CARDOSO EM ILHÉUS -BA E


SEUS IMPACTOS SOCIAIS NA REGIÃO NOS ANOS DE 1990 Á 2000
Autor: Larissa Rodrigues Nascimento
Pesquisa: Pesquisa livre

A presente comunicação é fruto de uma análise em andamento. O objeto dessa pesquisa é o


presídio Ariston Cardoso na cidade de Ilhéus, é a partir do sistema prisional que poderemos
observar os impactos sociais no final do século XX. Tentarei observar como se deu o processo
da instituição de um novo presídio na região. Tendo como recorte temporal 1990-2000, esse
tempo se delimita através da construção e estruturação do espaço prisional. Tentarei
incorporar os processos de marginalização sobre os corpos negros e como o sistema
capitalista atua como principal agente para que esse grupo social não tenha outros recursos
que não a violência. A pesquisa se justifica na necessidade científica de entender a questão
prisional e racial na região de Ilhéus. As fontes que corporificam esta pesquisa compreendem,
hemerográficos, periódicos, enciclopédias, dicionários. O contato inicial com o referencial
bibliográfico especializado cita-se Foucault, Gramsci, Lilian Schwartz, e as fontes primárias
trazem levantamentos acerca de hipóteses que possam reverberar esse espaço enquanto
propagador de questões raciais e aprisionamento.
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Palavras-chave: Presídio; Século XX; Raça.

VACINAÇÃO ANTIVARIÓLICA EM SALVADOR NA PRIMEIRA METADE


DO SÉCULO XIX
Autora: Larissa Bispo dos Santos
Orientador: Marcelo Henrique Dias. DFCH/UESC
Pesquisa: Dissertação de Mestrado

A varíola foi uma ameaça durante séculos para homens e mulheres nos quatro cantos do
mundo. No Brasil os primeiros casos apareceram no século XVI. Na Bahia, há registro de
uma epidemia de varíola iniciada em Ilhéus, em 1561, após ter aportado um navio vindo de
Lisboa, e daí seguiu por todo o litoral, dizimando as populações dos aldeamentos. Os anos
seguintes foram marcados por constantes epidemias de varíola, causando a morte de
escravizados, colonos e indígenas. Entendemos que, ainda que seja uma doença epidêmica, os
grupos subalternizados oriundos da diáspora africana e escravizados por mais de três séculos
no Brasil estiveram mais suscetíveis ao adoecimento, dado as condições inerentes a
escravidão. A introdução da vacina no Brasil, por sua vez, se deu através da Bahia e por
iniciativas individuais de Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira e Horta que, em 1804,
mandou cinco crianças escravizadas sob tutela do cirurgião-mor do navio, para serem
vacinadas em Lisboa. Somente em 1805 a iniciativa para a vacinação passou a ter apoio
estatal. Um marco para a Bahia no processo de vacinação foi a criação do Conselho de
Salubridade, em 1838, sob cuja responsabilidade ficou a vacinação antivariólica em toda a
província da Bahia. Supomos que tal iniciativa tenha sofrido influência dos médicos e
estudantes da Escola de Cirurgia da Bahia, no bojo do projeto de nação brasileira que se
iniciou após a Independência. Tal órgão enviava para o presidente da província os relatórios
anuais, que eram repassados nas Falas dos Presidentes da Província e discutiam os assuntos
de insalubridade e os números de pessoas vacinadas. Nesse sentido, nossa intenção é discutir
a vacinação contra varíola nos indivíduos que tiveram suas vidas atravessadas pela
escravidão, na cidade de Salvador, no contexto da primeira metade do século XIX.

Palavras- chave: Escravizados; Salvador (BA); Século XIX; Varíola.


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SESSÃO 08: ARTES E REPRESENTAÇÃO

Dia: 16.11.2023 (quinta-feira) – Horário: 08h às 11h:30


Sala: 2204 – Adonias Filho – 2º andar
Coordenação: ROSANA DOS SANTOS LOPES – UESC/DFCH

FUI AO CINEMA E PEGUEI AIDS”: FILADÉLFIA , UM CASO DE


RECEPÇÃO DOS FILMES DE AIDS.
Autor: Anderson Cunha de Araújo -
Universidade Federal de Sergipe
Pesquisa: Dissertação de Mestrado

Trata-se de uma pequena exposição inicial das críticas da época em relação aos filmes de
AIDS nos Estados Unidos, especialmente Filadélfia (Philadelphia) — EUA, 1993, dirigido
por Jonathan Demme, cujo sucesso comercial e de prestígio garantiu 4 Oscars em 1994.
Pretendo apresentar um mapeamento das primeiras críticas anteriores ao lançamento, a
suspeita com o argumento desenvolvido pelo diretor Jonathan Demme, e sinalizar como
foram os caminhos que levaram ao Oscar e os silenciamento, hoje evidente, dos seus maiores
críticos. Esse Levantamento fez parte da dissertação de mestrado sobre o cinema
Estadunidense sobre a AIDS nas décadas de 80 90 do século XX.

Palavras-chave: AIDS; Cinema Estadunidense; Recepção cinematográfica.

A REPRESENTAÇÃO DA RELIGIOSIDADE AFRO -BRASILEIRA NAS


HISTÓRIAS EM QUADRINHOS 'CONTOS DOS ORIXÁS
Autora: Kalinne Silva Figueredo
Orientador: André Rosa Ribeiro - DFCH/UESC
Pesquisa: TCC

Trabalho de Conclusão de Curso As Histórias em Quadrinhos (HQs) são uma forma de


narrativa visual que combina elementos textuais e visuais para contar histórias. Entre os
diversos temas que as HQs têm a capacidade de explorar, a espiritualidade emerge como um
assunto particularmente intrigante. A conexão entre quadrinhos e religião existe há muito
tempo e embora as representações cristãs predominem, alguns artistas também exploraram
outras expressões de fé, como a religiosidade afro-brasileira. Nobu Chinen, ao examinar HQs
dos anos 70 e 80, notou que a espiritualidade africana era representada como associação a
forças ocultas e rituais macabros. A partir de 2000, novas HQs abordam a religiosidade afro-
brasileira tentando representar as influências africanas de maneira equilibrada e autêntica. No
entanto, a evolução não assegura que as publicações atuais estejam completamente livres de
estereótipos e discriminações. Portanto, uma análise crítica do material é crucial. Nesse
contexto, o objetivo deste trabalho é conduzir uma análise das narrativas e representações
visuais da religiosidade afro-brasileira nas HQs "Contos dos Orixás" (2019) e “Contos dos
Orixás: O Rei do Fogo” (2023) de Hugo Canuto. A análise se concentra em como essas obras
abordam as crenças e mitologias da religiosidade afro-brasileira, traduzindo esses elementos
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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

em uma narrativa visual. Através desta pesquisa, conclui-se que há, nas obras, cuidado ao
explorar a espiritualidade afro-brasileira, com foco especial na narrativa, onde percebe-se uma
maior fidelidade às narrativas originais. Também é notável o interesse em estudar a
religiosidade, com o objetivo de representá-la de forma livre de discriminações. Por fim, as
representações respeitosas da religiosidade afro-brasileira desempenham um papel
fundamental na valorização das raízes e heranças africanas na cultura e, como ferramenta
pedagógica, podem atuar na promoção de uma educação mais inclusiva.

Palavras-chaves: Histórias em Quadrinhos; Religiosidade Afro-Brasileira; Orixás

TEATRO NEGRO NO LITORAL SUL DA BAHIA - DA CHEGADA DE MÁRIO


GUSMÃO A ILHÉUS, EM 1981, À SUA INFLUÊNCIA PARA O DEBATE
ÉTNICO-RACIAL NAS ARTES CÊNICAS DA REGIÃO.
Autor: Pedro de Albuquerque Oliveira
Orientador: André Rosa - UESC
Pesquisa: Trabalho de Conclusão de Curso

Trata de fazer alguns apontamentos sobre o projeto de TCC do autor que falará do início das
discussões étnico-raciais, através das Artes Cênicas, na região do Litoral Sul da Bahia. Mais
precisamente no município de Ilhéus, em 1981, com a chegada de Mário Gusmão (expoente
ator do século XX, nascido em Cachoeira-BA, reconhecido nacionalmente por seu talento e
intelectualidade). Constitui-se em investigar as realizações do artista no período em que
morou e trabalhou na cidade, propiciando discussões e provocações de pautas que se
estenderam numa mudança do cenário artístico regional. Tal problema instiga apreender como
essas discussões repercutiram na sociedade grapiúna e propiciaram desdobramentos nas
produções cênicas teatrais do período dos anos 1980 em diante. Busca-se entender, a partir de
informações colhidas em fontes documentais, bibliográficas, audiovisuais e entrevistas com
artistas da região, além de uma procura investigativa em jornais de época, como surge o
Teatro Negro no Litoral Sul da Bahia, já dentro do conceito proposto por Abdias Nascimento
(1914-2011), e ampliado por nomes como Miriam Garcia Mendes, Leda Maria Martins e
Evani Tavares Lima. É um material voltado para a pesquisa e compreensão da importância
desta temática para a construção cênica no cenário regional e o aprofundamento do estudo
sobre a História do Teatro na Bahia e no Brasil a partir de uma visão diaspórica e decolonial.
Alimenta o debate fulcral
em prol da democratização das Artes a partir dos estudos étnico-raciais, no espaço do Litoral
Sul baiano. Tema necessário e ainda incipiente no universo acadêmico.

Palavras-chave: Teatro Brasileiro; Teatro Negro; História do Teatro.


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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

CAPOEIRA UESC
Autores: Liriel Colares Araújo; Gabriela Amorim Moura; Deyvid da Silva Anunciação Santos
Pesquisa: Laboratório de Ensino III

A minidocumentário “Capoeira UESC" é uma proposta de produção audiovisual artesanal,


realizada totalmente no celular. Busca retratar o projeto de extensão Capoeira UESC, que
promove aulas de capoeira dentro da Universidade Estadual de Santa Cruz, em espaço
adequado, a Sala de Capoeira e Dança. O projeto vai além do ambiente universitário e estende
seu impacto ao bairro Salobrinho e adjacências, num intercâmbio comunidade-universidade.
O projeto recebe capoeiristas do território ao mesmo tempo que os participantes contribuem
em rodas fora do projeto. O mini-doc. foi realizado pelos estudantes de licenciatura em
História: Gabriela, Liriel e Deyvid para a disciplina de História da África e Cultura Afro-
Brasileira. Liriel e Gabriela participaram do curso Fazer-cinema com educadores, do
Programa de Extensão Cinema na Comunidade, o que gerou competências na fotografia e
audiovisual e inspiração para a metodologia do trabalho. O minidocumentário de quatro
minutos utiliza técnicas mistas de gravação: entrevista narrativa (perguntas abertas, em
tópicos) com o professor responsável pelo projeto, Prof. Luis Henrique (Kiki); Animação
quadro-a-quadro com fotos, técnica conhecida como stop-motion; e o dispositivo retratos em
movimento. O documentário introduz, através da entrevista com Kiki, os principais estilos de
capoeira: Angola, Regional e Contemporânea, destacando que o Capoeira Uesc não é um
grupo de capoeira, mas um espaço pedagógico diverso que recebe capoeiristas de diversas
tradições e não-capoeiristas em busca de aprendizado, numa perspectiva de educação
antirracista. Entendemos nossa metodologia como uma Pesquisa-ação, que cria intervenção na
prática. A partir disso geramos um produto audiovisual. Nossos objetivos foram retratar a
história da Capoeira Uesc, trazendo a importância para a comunidade universitária e do
território contribuindo para a disseminação da cultura afro-brasileira e sua importância prática
e conceitual na vida das pessoas da região.
Palavras-chave: Capoeira; UESC; Minidocumentário.

PESQUISAS SOBRE HISTÓRIA, ARTE E CULTURA NA AMÉRICA


LATINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO ÂMBITO DA UESC, 2020 -23
Autora: Laila Brichta – UESC/DFCH/PPGH
Pesquisa Livre

Essa comunicação pretende fazer um relato das experiências de pesquisas envolvendo arte e
cultura latino-americanas e caribenhas no curso de História da UESC, com a exemplificação
de temas e resultados alcançados. A história dos povos e das nações latino-americanas é de
grande desconhecimento da maioria da população brasileira. Investiga-se, ensina-se e divulga-
se mais sobre a Europa e os Estados-Unidos do que sobre os países da chamada América
Latina e do Caribe. Conhecer a história do continente americano, no entanto, é desenvolver
um senso crítico diante do que se apresenta na vida cotidiana de uma pessoa: notícias
jornalísticas, filmes, cinema, músicas, novelas, audiovisuais dos mais variados tipos que
invadem as redes sociais e que constroem discursos sobre os povos e as nações e que nem
sempre são eticamente corretos e muitas vezes historicamente equivocados. Para ajudar a
sanar o problema de um desconhecimento sobre a América Latina e o Caribe, colaborando
para a construção de uma historiografia menos eurocêntrica, criticada abertamente pelos
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pesquisadores ao longo das últimas décadas, é que se venho desenvolvendo pesquisas a serem
executadas junto à Iniciação Científica da UESC dentro da área de conhecimento História da
América, sempre lidando com arte e cultura como elementos de aproximação dos estudantes
com a temática. Como resultado, já é possível perceber desde 2020 mais interesse e empatia
dos discentes com os assuntos referentes às disciplinas de História da América, mais
conhecimentos circulando e sendo produzidos, o que se verifica a partir de subprojetos
diversos das pesquisas na IC, nos TCC e na mobilidade estudantil para países do continente
americano. Tudo isso vem diminuindo o impacto negativo de um senso comum
preconceituoso e estigmatizado sobre nós latino-americanos.

Palavras-chave: História da América; Pesquisa; Ensino; Decolonialidade.

A CAPOEIRA COMO RECREAÇÃO PARA JOVENS DE BAIRROS


PERIFÉRICOS DO MUNICÍPIO DE UBAITABA -BA
Autoras: Natiele Vilas Bôas Dos Santos; Joilson Maia dos Santos Júnior.
Orientadores: Luiz Henrique dos Santos Blume; André Luiz Rosa Ribeiro e Graciela Rodrigues
Gonçalves - DFCH/UESC
Pesquisa: Laboratório de Ensino III, Pesquisa ou Estudo Livre

Este estudo tem como objetivo analisar a capoeira como patrimônio cultural imaterial e sua
importância para jovens da periferia de Ubaitaba-Ba. A diáspora africana para o Brasil teve
raízes na escravidão, destacando-se a habilidade dos africanos como mão de obra valiosa e
lucrativa para os colonizadores. Apesar de décadas de trabalho escravo com tortura e castigos
desumanos, os escravizados resistiram de diversas maneiras, incluindo expressões culturais. A
capoeira, uma dessas expressões trazidas pelos africanos, embora sua origem seja debatida,
inicialmente era praticada clandestinamente devido à percepção dos senhores de engenho de
ser uma arma de luta. Para sobreviver, tornou-se uma "brincadeira" e usou instrumentos
musicais para camuflagem. E, mesmo após a abolição da escravatura em 1888, a capoeira
ainda enfrentou hostilidade e perseguições policiais até a década de 30, quando Getúlio
Vargas permitiu sua prática "livre", embora com algumas restrições. Nesse período, surgiu
formalmente a primeira academia de capoeira, liderada por Manoel dos Reis Machado, o
mestre Bimba, atraindo diversas classes sociais de Salvador. Atualmente, a capoeira é
praticada livremente em diversos espaços. Uma pesquisa qualitativa realizada no município
de Ubaitaba-Ba identificou que a capoeira é usada para envolver jovens de bairros periféricos
no esporte. O professor Renan Costa lidera um grupo de 13 alunos de bairros periféricos que
se encontram duas vezes por semana em uma quadra cedida pelo Colégio Estadual Octacílio
Manoel Gomes. Além dos movimentos de capoeira, o professor ensina as músicas e o
manuseio de instrumentos musicais do esporte afro-brasileiro, promovendo uma conexão
significativa entre a cultura e a juventude.

Palavras-chave: Patrimônio cultural; Capoeira; Diáspora; Escravidão.


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A ORIGEM E OS RESULTADOS DA BATALHA DE RIMA NO BRASIL


Autora: Maria Luiza Benevides Farias
Orientador: Elvis Pereira Barbosa - DFCH/UESC
Pesquisa: Programa de Residência Pedagógica (PRP) e Laboratório IV

O presente resumo relata a oficina desenvolvida no Colégio da Polícia Militar – Rômulo


Galvão de Ilhéus, para cumprimento das exigências do Programa de Residência Pedagógica,
do curso de História, da Universidade Estadual de Santa Cruz. A prática foi desenvolvida com
turmas do 2º ano do Ensino Médio, abordando as batalhas de rima e seu papel na luta contra o
racismo. O objetivo foi demonstrar, de maneira descontraída, o contexto histórico e despertar
pensamento crítico aos alunos, por meio de um tema em alta, e com frequência consumido por
eles, em suas redes sociais. Por meio do uso de uma caixa de som, foram reproduzidos trechos
de batalha de rima, com o auxílio de apostilas, possibilitando que os alunos acompanhassem a
contextualização e debate do tema. Por meio da produção de rimas para uma dinâmica e da
fala dos alunos sobre o tema, observou-se interesse pelas batalhas, suas opiniões foram
expostas acerca de um trecho musical reproduzido, o que demonstrou um breve ponto de vista
dos alunos sobre um embate no mundo do rap, viralizado e problematizado na internet.
Portanto, conclui-se que, é de grande importância abordar questões relevantes e
contemporâneas de forma inovadora, para engajar os estudantes e promover discussões
significativas, acerca de temas essenciais, como o racismo, em sala de aula. A utilização de
recursos como caixa de som, apostilas e a participação ativa dos alunos no debate demonstram
uma abordagem eficaz para despertar o interesse e promover o pensamento crítico. Além
disso, a oficina permitiu que os alunos expressassem suas opiniões e reflexões sobre o tema, o
que é essencial para o desenvolvimento de habilidades de análise e argumentação.

Palavras-chaves: Rap.; Ensino; Médio; Rima; Racismo.

COMPREENDENDO O VODU FORA DAS PERCEPÇÕES


ETNOCÊNTRICAS
Autor: John Mary Duvivier
Pesquisa: Iniciação Científica

Do Mediterrâneo ao Atlântico, pessoas escravizadas foram transportadas para longe da sua


terra natal para implantá-las num sistema de trabalho regido por crueldade excessiva nas
Américas. A única coisa capaz de os fazer resistir era sua religião. Comparado com as
proibições que existiam na colônia - nomeadamente o Código Negro de 1687 que proibia
práticas religiosas que não fossem da religião católica – no Haiti os escravos conseguiram
praticar sua religião e sua fé mesmo que clandestinamente, à noite em lugares distantes como
nas montanhas, o que seria então o início das práticas ligadas ao vodu. Mais tarde, entre 1804
e 1806, já após a independência, as autoridades haitianas tenderam a se direcionar para outras
religiões mais convencionais, como a católica. O ano de 1806 marca um ponto de viragem
decisivo na relação entre vodu e catolicismo através da concordata assinada entre o Estado
haitiano e o Vaticano e com a retomada de alguns artigos do Código Negro. Mas será no
século XX, a partir de 1935 que começa uma grande campanha de demonização do vodu
haitiano, que consistia em destruir os locais sagrados, atear fogo, derrubar árvores milenares
sob o pretexto que eles abrigavam espíritos malignos. Novamente, para contornar essa
perseguição, os praticantes do vodu tiveram que se esconder e continuar a exaltar seus deuses
de forma clandestina. Será apenas a partir de 1957 com o governo de François Duvalier e sua
plataforma populista que um pouco de liberdade chegou aos voduístas, entretanto, sem
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reconhecimento oficialmente da religião. Como se percebe na história do Haiti, e na do Brasil,


as lutas por independência política não significava a liberdade religiosa para toda a população,
que era composta por pessoas descendentes daqueles escravizados que foram transportados da
África para a América ao longo de três século.

Palavras-chave: Liberdade Religiosa; Haiti; Vodu; Independência


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SESSÃO 09: HISTÓRIA DO BRASIL: MEMÓRIAS E INDEPENDÊNCIAS

Dia: 16.11.2023 (quinta-feira) – Horário: 08h às 11h:30


Sala: 2206 – Adonias Filho – 2o andar
Coordenação: MARCELO DA SILVA LINS – DFCH/UESC

A DITADURA CIVIL-MILITAR E SEUS IMPACTOS NA CIDADE DE


MEDINA-MG
Autores: José Carlos Gomes de Campos; Athos Murilo Oliveira Rodrigues; Abílio Mendes Martins;
Ruan Freitas Moreira; Mariane Alves Gonçalves; Maria Alice Costa Loureiro; Maria Fernanda Dias
Souza - PPGE/UNIMONTES
Pesquisa: Iniciação Científica

"O presente trabalho tem por objetivo investigar o regime civil-militar enquanto
acontecimento social e político no Brasil. Dessa forma, investigamos como a Ditatura-Civil
Militar impactou e reverberou no poder Legislativo e Executivo na cidade de Medina, cidade
do interior do estado de Minas Gerais, localizada no Vale do Jequitinhonha. Para tanto,
analisamos a composição político-partidário da cidade no ano de 1964, investigamos como e
de qual forma o Parlamento municipal e o Executivo Municipal receberam a instauração do
regime ditatorial; apuramos os impactos que o golpe civil-militar de 1964 se deu nas
instituições públicas na cidade de Medina. A pesquisa tem uma abordagem qualitativa, de
caráter simples e com objetivos explicativos. Para confecção do corpus de pesquisa, foi
utilizado a investigação documental, tem como objetos documento oficiais dos poderes
citados. Como resultados parciais da pesquisa, observamos que a composição político-
partidária de Medina em 1964 era composta, majoritariamente, pelo campo progressista,
porém, após um processo de cassação de mandato de dois vereadores, outro bloco de
vereadores constitui maioria na Câmara e realiza o processo de afastamento do Prefeito da
cidade, alegando seu íntimo ligamento como o comunismo. Projeto vinculado ao Programa de
Iniciação Científica na Educação Básica, da Secretaria de Estado de Educação de Minas
Gerais. A pesquisa está situada na área das ciências humanas, tendo como temática central a
memória e o patrimônio cultura.

Palavras-chave: Ditadura Civil-Militar; Medina; Minas Gerais; Parlamento; Executivo.

IDENTIFICAÇÃO, REPRESSÃO E RACISMO CIENTÍFICO NA BAHIA


(1889-1945)
Autor: Tiago Casaes Santos
Orientadora: Wlamyra Ribeiro Albuquerque
Pesquisa: Tese de Doutorado

Esta pesquisa investiga, a partir de fontes de jornais, documentos de governo, justiça criminal,
polícia, prisões e segurança pública e outras instituições, acerca das produções de
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identificação criminal e métodos repressivos do Estado amparado no racismo científico na


Bahia entre 1889-1945.

Palavras-chave: Segurança Pública; Racismo Científico; Bahia.

O SETE DE SETEMBRO NA DITADURA DO ESTADO NOVO, EM 1940.


Autores: Crisna Rodrigues Cardoso; Clifton Rasec Rocha Gomes
Pesquisa: Laboratório de Ensino V

O presente resumo resulta da atividade da componente Laboratório de Ensino V, do curso de


Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Filosofia
e Ciências Humanas e Colegiado de História e tem como objetivo central a produção de
material didático-pedagógico, visando abarcar o tema do Sete de Setembro e dos 201 anos da
Independência do Brasil. Os docentes das disciplinas Fundamentos e Metodologia do Ensino
de História, História do Brasil IV e História e Região estiveram responsáveis pelas
orientações e encaminhamentos dados neste componente curricular. Ao escolhermos trabalhar
com a análise de periódicos nos confrontamos com a estreita relação que a História e a
Memória guardam, buscando dessa forma problematizar o processo de construção da
memória social (o período da ditadura do Estado Novo, foi feito um recorte para o ano de
1940). Optamos por analisar dois exemplares do jornal A Noite, veiculado no Rio de Janeiro
em 7 e 8 de setembro de 1940, que tratam das comemorações do dia da Independência,
escolhemos trabalhar apenas com um periódico por este conter grande volume de informações
que seriam mais bem exploradas e trabalhadas se analisado de forma individual. Ao
concluirmos a caracterização dos jornais, foram elaboradas sugestões para a orientação do
trabalho feito em sala de aula, tendo como fontes os referidos jornais para as aulas de História
da Educação Básica. Na dimensão teórica, reconhecemos a memória oficial como importante
fator para a compreensão de uma época, sendo necessária sua análise. Ao entrarmos em
contato com o trabalho de fontes pudemos lapidar nossa capacidade de pesquisa e contato
com base de dados, como o CPDoc. Fundação Getúlio Vargas e a Biblioteca Nacional. Outro
resultado igualmente frutífero foi a capacidade de pensar a pesquisa integrada ao ensino de
História e a elaboração de materiais didáticos.

Palavras-chave: Ditadura do Estado Novo; História e Memória; Memória Social.

A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


ATRAVÉS DE DUAS CONJUNTURAS:1934 E 2019
Autor: Yago Santos Valete; Glauber Silva Batista
Orientadores: Robson Dantas, Rosana Lopes e Marcelo Lins
Pesquisa: Laboratório de Ensino V

A presente comunicação resulta da atividade do componente curricular de Laboratório V do


curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de
Filosofia e Ciências Humanas, do Colegiado de História. A finalidade desta comunicação é
apresentar os resultados da pesquisa, com destaque para o dia 07 de setembro, que marca os
201 anos de independência do Brasil. A realização da atividade se deu em torno das seguintes
disciplinas: História do Brasil IV, História e Região e Fundamentos e Metodologias do Ensino
de História, sob a orientação dos docentes das disciplinas mencionadas. Ao relacionar história
e memória, problematizamos conjunturas diferentes em relação ao tempo e espaço,
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observando permanências, mudanças, discursos e sujeitos sociais. Comparamos o início da


ditadura Vargas (1934) com o Estado democrático (2010). Ao realizar a análise por meio da
história social, escolhemos um material vinculado ao jornal ""Pequena Ilustração"" de
Petrópolis (RJ) no ano de 1937 e o jornal ""A Tarde"" de Salvador (BA) em 2010. Optamos
por essas duas fontes porque elas expressam de maneira concreta e significativa os aspectos
conflitantes entre as duas conjunturas. A partir disso, observamos os aspectos que permeiam o
""7 de setembro"" em ambos os recortes, identificando onde estão os agentes sociais e o papel
que desempenham no evento e/ou na sociedade, na concepção de independência em ambas as
realidades. Dessa forma, foi possível comparar e questionar a história oficial, em relação à
adoração da nação e à construção de ""heróis"" brancos, europeus e militares, em contraste
com a posição dos ""excluídos"". Quanto à teoria, pudemos observar certas continuidades em
relação ao 07 de setembro, ao mesmo tempo, em que identificamos possibilidades de
mudanças entre as conjunturas. Portanto, com esta pesquisa, alcançamos os seguintes
resultados: aprendemos a manusear, identificar e analisar os jornais do acervo físico do
CEDOC - UESC."

Palavras-chave: Independência; Ditadura Militar; Grito dos excluídos; 02 de Julho.

O SETE DE SETEMBRO 37 ANOS DEPOIS – COMO O BRASIL SE


ENCONTRAVA QUASE 4 DÉCADAS APÓS O GRITO DE
INDEPENDÊNCIA
Autor: Gustavo Santos de Oliveira
Pesquisa: Laboratório de Ensino V

Tendo como objetivo tratar do Sete de Setembro, mais especificamente da comemoração no


ano de 1859. Com a utilização do periódico foi possível identificar as questões que eram
pertinentes em 1859, 37 anos após a Independência proclamada por Dom Pedro I. O
documento destaca que a independência foi conquistada com muito trabalho e que o povo
sonhava com uma política que libertasse o país do jugo colonial. No entanto também
menciona que, apesar de o Brasil não pagar mais tributos a Portugal, ainda há muito a ser feito
para completar a obra da independência que separou o Brasil de Portugal. Também critica a
falta de medidas que libertem o povo do monopólio injusto e destaca a necessidade de leis que
garantam os direitos do povo. A escolha dessa fonte se deu principalmente por conta do curto
espaço de tempo entre os acontecimentos e a visão crítica à situação do país, que estava
enfrentando diversos problemas. O trabalho de caracterização feito possibilitou um recorte
feito nas temáticas abordadas no jornal, que traz as questões que estavam em pauta durante a
declaração da independência e como ficou o país 37 anos depois desta separação, os autores
desse jornal, que são anônimos, tecem duras críticas aos políticos, estrangeiros e cidadãos que
tornaram o sistema do Brasil mais opressivo, destacando a importância de uma política justa e
transparente. Diante dessa atividade alcancei os seguintes resultados: aprendi a lidar com os
acervos digitais de periódicos da Biblioteca Nacional, possibilitando maior facilidade de
encontrar jornais que podem ser consultados virtualmente, e tive a oportunidade de fazer
breves consultas ao acervo físico do CEDOC (UESC), ambos sendo fundamentais,
principalmente se tratando de pesquisas acadêmicas, documentos que podem vir a agregar
tanto no currículo como no conhecimento pessoal.

Palavras-chave: Direito; Moralidade; Justiça


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02 DE JULHO: A DATA DA VERDADEIRA INDEPENDÊNICIA DO


BRASIL
Autor: Gabriel Jackson dos Santos Sales; Vinicius dos Santos Barbosa.
Orientador: Rosana Lopes; Robson Norberto Dantas; Marcelo Lins
Pesquisa: Laboratório V

A presente comunicação é o resultado de atividade da componente Laboratório V, do Curso


de Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de
Filosofia e Ciências Humanas e Colegiado de História, tendo como objetivo a produção de
material didático-pedagógico, tendo como foco principal o 2 de Julho, marcando o evento dos
200 anos da Independência da Bahia. O encaminhamento da atividade ocorreu no interior das
disciplinas História do Brasil IV, História e Região e Fundamentos e Metodologia do Ensino
de História, com ações conjuntas de docentes das referidas disciplinas. Por meio da relação
entre história e memória, problematizamos o processo de construção da memória social sobre
o processo de independência do Brasil, colocando o 2 de Julho como a data da independência,
de fato, do Brasil. Ao lidar com o campo da memória social, escolhemos duas matérias
veiculadas no Jornal A Tarde, de Salvador-BA, de 2023, e da Revista Bahia Illustrada,
também de Salvador-BA, de 1918. Escolhemos essas duas fontes, porque elas expressam de
forma exemplar a importância da Bahia no processo que culminou na independência do
Brasil. Com essa atividade alcançamos os seguintes resultados: aprendemos a lidar com o
acervo físico do CEDOC / UESC, bem como com os acervos digitais de periódicos da
Biblioteca Nacional.

Palavras-chave: Independência; Bahia; Brasil.


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SESSÃO 10: ENSINO DE HISTÓRIA: DESAFIOS E RENOVAÇÕES (2)

Dia: 16.11.2023 (quinta-feira) – Horário: 08h às 11h:30


Sala: 2208 – Adonias Filho – 2o andar
Coordenação: CRISTINA FERREIRA DE ASSIS - DFCH/UESC

UM NOVO OLHAR SOBRE O ENGENHO DE SANTANA: VOZES E


RESISTÊNCIAS ABORDADAS EM SALA DE AULA
Autores: Luís Miguel Silva Moreira; Beatriz Amorim; Gabriel Oliveira; Kauana Carvalho; Thaisa
Nascimento; Julia Scigliano; Itamar da Hora Moreira.
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV, Laboratório de Ensino V

O presente trabalho é o relato da experiência de aplicação da oficina intitulada Legados de


resistência: o Engenho de Santana como palco de luta, realizada com estudantes da rede
pública de ensino do estado da Bahia, especificamente com alunos do Colégio Estadual Inácio
Tosta Filho, em Itabuna, e do Colégio Estadual Eduardo Catalão, em Ilhéus. A aplicação da
atividade teve como objetivo promover a compreensão sobre a Revolta do Engenho de
Santana de 1789, promovendo a valorização desse evento e incentivando a reflexão sobre os
legados e lições que podem ser extraídos desse episódio. A oficina teve como instrumento de
trabalho os documentos relativos aos fugitivos do Engenho de Santana, sendo o relato do
Ouvidor Geral e o Tratado de Paz proposto pelos escravizados, e a música Crime Bárbaro, do
rapper brasileiro Rincon Sapiência. O referencial teórico para a aplicação da oficina foram as
obras Escravos, roceiros e rebeldes e Segredos internos, ambas escritas pelo historiador Stuart
B. Schwartz, que traz a extraordinariedade do funcionamento do Engenho de Santana, além
dos documentos relacionados à revolta de 1789. "

palavras-chave: Emancipação; vivência, afro-brasileira; decolonial; Engenho de Santana.

A PRODUÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO PARA O ENSINO DA HISTÓRIA


DAS AMÉRICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Gabriel dos Santos; Thaís Barros Rodrigues; Maria Clara Farias de Oliveira; Thiago
V. Mantuano da Fonseca Martins Lima Santos; Daniel dos Santos de Oliveira; Maria Izabell
Matos Santos; Jhonatan Oliveira dos Santos.
Orientador: Laila Brichta - DFCH/UESC
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV

Este trabalho visa relatar a experiência de desenvolvimento e aplicação de um jogo didático


sobre a América e seus povos originários no período pré-colombiano e no período da
conquista Espanhola. A dinâmica foi realizada em um grupo fora do espaço escolar de idades
entre 14 e 18 anos e apesar de compreender conhecimentos previamente apresentados
regularmente no período do 6°ano escolar, objetivo vai além de validar os conhecimentos de
seus participantes pois também dá a possibilidade de um ambiente de aprendizado com um
modo de ensinar a história da América de forma alternativa e eficaz através do jogo de
tabuleiro que estimula o pensamento de uma maneira dinâmica e lúdica. Da sua criação, foi
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

concebido de forma que seu designe faça alusão a aspectos culturais que remetem aos povos
das américas. A proposta de “perguntas e respostas” trazida é baseada em um jogo já existente
chamado “Quest” e tem regras similares: um pequeno grupo se reúne onde cada um controla
um “peão” pelo tabuleiro circular, a cada casa deverá responder uma pergunta que
corresponde a um tema de conhecimentos dentre os seis estabelecidos: Incas, Astecas, Maias,
América do Norte, América Central e América Andina.

Palavras-chave: Jogo Didático; História; Povos da América.

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL NA DÉCADA DE 50


Autor: Sergio Henrique Jesus Rabelo
Orientadora: Teresinha Marcis – DFCH/UESC
Pesquisa: Trabalho de Conclusão de Curso

A história da educação pública no Brasil tem como ponto de partida a era Vargas e a
revolução de 30, sendo incorporado nesse período, mais precisamente na legislação de 1934,
o conceito de educação pública aqui tratado tem como relevância o processo de inclusão das
camadas da classe trabalhadora, ou seja, um processo legal e nacional que seja pensado em
uma educação nacional gratuita e obrigatória para todos. O objetivo central dessa pesquisa é
compreender o processo histórico e social que baseia a educação pública brasileira. O fim das
federações como entes políticos independentes e nacionalização das instituições e de áreas
fundamentais do país, serão disputados por diferentes camadas da sociedade sobe a influência
de ideias conservadoras e liberais, esse campo de disputa também influenciarão o modelo de
educação construído para o Brasil, influências como a do modelo estadunidense ou europeu
vão subliminar questões como estrutura, realidade material, processo histórico e identidade de
um povo. São essas e outras questões que balizaram o processo educacional e as instituições
que formarão o corpo do ensino público nacional. Alguns movimentos como escola novismo
a criação de órgãos como o INEP (Instituto Nacional De Estudos E Pesquisa Educacional) e
de figuras como Anísio Teixeira, Paulo Freire serão fundamentais para cimentar algumas
conquistas e avanços do processo educacional na década de 50. A pesquisa está ancorada
numa abordagem qualitativa de cunho bibliográfico com seus dados coletados em artigos
científicos, tese de mestrado, revista cientifica. Tendo como base SAVIANI (2003), Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB (1961). Até o dado momento a pesquisa
indica, que os processos históricos intrínsecos na educação pública brasileira refletem
diretamente nos desafios de hoje.

Palavras-chave: Educação pública; Processo educacional; INEP.


XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

O ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DO ALINHAMENTO DO


PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO (PNLD) COM O NOVO
ENSINO MÉDIO
Autora: Kauana Carvalho de Souza
Orientadora: Teresinha Marcis DFCH/UESC
Pesquisa: Trabalho de Conclusão de Curso

A comunicação apresenta parte da análise em desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de


Curso de História (TCC) – O Ensino de História a partir do alinhamento do Programa
Nacional do Material Didático (PNLD) com a Reforma do Ensino Médio. O assunto abordado
é o ensino de história a partir do alinhamento do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD)
com o Novo Ensino Médio, onde fragmentaram os conteúdos em itinerários formativos, sendo
agora os novos modelos de livro didático que trazem uma abordagem interdisciplinar e
fragmentada dos conteúdos de história. Objetivando abordar esses aspectos pedagógicos
fundamentais para a Educação, tomou-se como principais fontes de pesquisa os livros
didáticos da coletânea Conexões da Editora Moderna, sem esquecer de abordar as variadas
vertentes por trás da formulação do novo Ensino Médio e das diretrizes para a formação dos
professores e de alunos. Foi elaborada também, uma pesquisa com os estudantes e professores
do Colégio Estadual Senador Luiz Viana Filho no município de Almadina-Ba, consistindo em
questionar a experiência no método de ensino vendido como “novo”. Trago como base de
referencial teórico as pesquisadoras Circe Maria Fernandes Bittencourt, Vera Peroni, Monica
Ribeiro da Silva, entre outros, que trazem debates acerca da educação, diretrizes e reformas
educacionais. O ensino de história e as dificuldades para o aluno se manter nesse método de
ensino são debatidos em conjunto com as possibilidades de atuação dos estudantes após a
conclusão do ensino médio, levantando as propostas futuras e novas abordagens para o
currículo elaboradas pelo Ministério da Educação do governo atual.

Palavras-chave: Livro didático; Ensino; Reforma do Ensino Médio.

JOGO DIDÁTICO “BINGO DE HISTÓRIA”


Autores: Vinicius dos Santos Barbosa; Davi Santana Magalhães; Jéssica Carillo Santos; Nivia Samara
Oliveira dos Reis; Eduarda Mendonça de Carvalho
Pesquisa: Laboratório IV

A presente comunicação é o resultado da atividade do componente Laboratório IV, do Curso


de Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de
Filosofia e Ciências Humanas e Colegiado de História. O encaminhamento da atividade
ocorreu com a colaboração dos docentes, Flávio Gonçalves dos Santos, Francisco de Assis
Pinto da Silva e Laila Brichta, tendo como objetivo analisar toda a influência histórica do
cangaço na sociedade baiana, tomamos tal movimento controverso como base para formatar
um jogo didático que esclareça de maneira categórica as nuances de tal temática, utilizando
fontes trabalhadas ao longo da disciplina História do Brasil III. Tendo em vista a valorização
da produção do conhecimento, desenvolvemos também uma aula que sirva de auxílio
instrumental para a atividade, procurando problematizar e expor todas as controvérsias
relacionadas aos cangaceiros e a visão deturpada que se tem a respeito do grupo.
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

Palavras-chave: Jogo didático; cangaço; metodologias dinâmicas.

O USO DE JOGOS LÚDICOS PARA O APRENDIZADO E ENSINO DE


HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA
APLICAÇÃO EM UMA ESCOLA PÚBLICA DA ZONA SUL DE ILHÉUS
Autores: Jonatas Santos Acacio; Ana Paula dos Santos Couto; Rafael Bastos Leite; Kailane
Ferreira dos Santos
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV, Laboratório de Ensino V

Este trabalho visa relatar a experiência dos estudantes Ana Couto; Jonatas Acacio; Rafael
Batos e Kailane Ferreira do 5° semestre do curso de História da Universidade Estadual de
Santa Cruz através da intervenção em sala de aula feita com um jogo didático em formato de
quiz com cartas e tabuleiro próprias com a temática da “Primeira República do Brasil”
inspirado nas aulas de História do Brasil III com a professora Kátia Vinhático. O jogo foi
aplicado nas turmas de 3° série do Ensino Médio do Colégio Estadual Moyses Bohana
localizado na Zona Sul da cidade de Ilhéus Bahia. Tivemos como principal objetivo trabalhar
a ludicidade em sala de aula como forma de complementação e fixação do conteúdo. As
metodologias utilizadas foram à seleção e organização de conteúdos; designer,
desenvolvimento e aplicação de um jogo didático por meio de quiz com cartas e um tabuleiro
e integração da ludicidade como componente essencial da experiência de aprendizado. Os
resultados alcançados foram a maior fixação e compreensão dos assuntos, demonstração de
interesse no conteúdo despertado pela competitividade, contribuição à prática pedagógica
como futuros professores demonstrando a importância da integração da ludicidade como
complemento ao ensino tradicional, além de sugestões dadas pelos alunos no final do jogo
para futuras melhorias."

Palavras-chave: Ludicidade; Ensino de História; Primeira República; História do Brasil.


XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

SESSÃO 11: ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO (2)

Dia: 16.11.2023 (quinta-feira) – Horário: 18h:30 às 22h


Sala 2204 – Adonias Filho – 2o andar
Coordenação: THIAGO V. MANTUANO DA FONSECA VINICIUS MANTUANO DA
FONSECA – DFCH/PPGH/UES

COMPANHIAS AÉREAS E SUAS LIGAÇÕES COM O EIXO E ALIADOS


Autora: Natália Meireles Silva
Orientador: Thiago V. Mantuano da Fonseca Vinicius Mantuano – UESC/PPGH
Pesquisa: Iniciação Científica; Laboratório de Ensino V

A presente comunicação busca apresentar como algumas das companhias aéreas pioneiras a
operarem linhas áreas de passageiros, cargas e postais, bem como para construção de campos
de pouso e aeródromos, no Brasil, entre 1927 e 1943, mantinham vínculos superficiais ou
profundos com a ideologia nazista e o próprio estado alemão. O intuito aqui é demonstrar
como o nazismo e fascismo exerciam uma presença significativa na política e na vida social
do Brasil, influenciando atividades econômicas e relações externas de empresas e do próprio
Estado Nacional brasileiro. A metodologia em desenvolvimento parte do levantamento
temático e análise sistemática da bibliografia especializada, em cruzamento com a primeira
apreciação crítica de fontes já quantificadas (estatísticas oficiais) e qualitativas,
principalmente iconográficas e legislação. Naquele momento, as atividades aeronáuticas,
tanto em seus hidroportos, campos de pouso e aeroportos, quanto na operação das aero linhas
e na manutenção das aeronaves, deveriam ser, segundo legislação específica, fiscalizadas e
controladas pelo Estado que concedia tanto o espaço em terra, quanto o espaço aéreo para
exploração delimitada por algumas empresas. Duas das principais empresas a sobrevoar o
território nacional eram a alemã Syndicato Condor, que inicialmente era uma subsidiária da
Lufthansa; e a italiana LATI (Linee Aeree Transcontinentali Italiane). Também é possível
detectar interesses alemães em empresas nacionais fundadas por teuto-brasileiros, como o
presidente da Varig, Otto Ernst Meyer. A partir da leitura sistemática da bibliografia e do
primeiro contato com as fontes primárias, é possível elaborar hipóteses explicativas surgidas
da seguinte contradição: se, naquele momento, a aeronáutica civil e militar se tornou atividade
política e econômica fundamental para soberania e integração nacional, por que interesses
estrangeiros ofensivos a sociedade brasileira puderam se apoderar dos ares e campos de pouso
nacionais?

Palavras-chave: Aviação; Política nacional; Relações Internacionais.

O DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO NA REGIÃO CACAUEIRA: A


CONSTRUÇÃO DO HOTEL TRANSAMÉRICA NOS ANOS DE 1984-1989
Autor: Ana Lúcia Malta Nery dos Santos
Orientadora: Teresinha Marcis - DFCH/UESC
Pesquisa: Trabalho de Conclusão de Curso
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

O referido trabalho é resultado de um projeto de pesquisa intitulado ‘’O Desenvolvimento


Turístico na Região Cacaueira: A Construção do Hotel Transamérica nos anos de 1984-
1989’’, tem por objetivo analisar as informações veiculados pelos jornais brasileiros sobre a
construção do Resort 5 estrelas Hotel Transamérica no interior da Bahia. Nesse sentido, a
pesquisa é de cunho bibliográfico, onde busca-se verificar nos jornais as finalidades das
publicações sobre o empreendimento do Grupo suíço, a Companhia Real de Hotéis, no
distrito de Comandatuba, no município de Una-Bahia. Dessa forma, os resultados esperados
através da investigação é encontrar nos discursos jornalísticos, o turismo como forma de
visibilidade e alternativa econômica perante a Crise do Cacau que se arrastava a alguns anos
na região e, posteriormente sofreria com os transtornos ocasionados pela disseminação da
vassoura-de-bruxa, em 1989.
Palavras-chave: Hotel Transamérica; Turismo; Jornais.

A FEIRA DO LARGO DO UNHÃO E OS IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS


EM ILHÉUS 1960-1984
Autor: Joel Victor Guimarães do Amparo
Orientadora: Kátia Vinhático Pontes - DFCH/UESC
Pesquisa: Pesquisa ou Estudo Livre

Essa pesquisa se vale da feira livre na cidade de Ilhéus, é através da feira do município que
podemos observar as relações comerciais existentes na sociedade durante o período do século
XX. Buscar como se desenvolveu o processo econômico na cidade e qual a influência desse
espaço popular, que tipo de transformações ocorreram e quais as permanências até os dias
atuais. Tendo como recorte temporal 1960-1984 esse tempo se delimita através da construção
e demolição do mercado municipal no espaço geográfico do largo do unhão. Analisar os
processos históricos que estão conectados nas relações dos seres humanos e o espaço da feira.

Palavras-chave: Feira; Ilhéus; Mercado.

ALMADINA: DE VILA À MUNICÍPIO


Autor: Alex Santos Rocha
Orientador: Luiz Henrique dos Santos Blume - DFCH/UESC
Pesquisa: Trabalho de Conclusão de Curso

Região conquistada por Básico de Oliveira, Almadina começa a ganhar seus contornos
quando o cacau começa a entrar em declínio a população da vila Pouso Alegre começam a
amontoar nas redondezas, o município se desenvolve ainda paralelamente à cultura do cacau
que decaia na região - chegando a número de 12 mil habitantes nos tempos áureos da
monocultura. - Trazendo voz a população idosa de Almadina e confrontando às produções
acadêmicas sobre o município, a pesquisa objetiva remontar o processo de emancipação do
município (1962) e a influência do cacau em sua cultura através dos documentos oficiais e
pela memória dos que vivenciaram o processo.

Palavras-chave: Almadina; Emancipação Política; História Oral.


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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

BRASIL E ALEMANHA OCIDENTAL ENTRE 1960 E 1990: A INDÚSTRIA


ALEMÃ TIRANDO PROVEITOS
utora: Mai Schulte Frohlinde
Orientador: Thiago V. Mantuano da Fonseca Mantuano - PPGH/ UESC
Pesquisa: Dissertação de Mestrado

O trabalho dedica-se à análise da relação de poder entre o Brasil e a Alemanha Ocidental no


período entre 1960 e 1990, uma época em que o mundo estava marcado pela bipolaridade da
Guerra Fria. A partir de um referencial teórico-metodológico marxista, serão identificados o
papel e a responsabilidade de empreendimentos alemães que atuaram no Brasil nesta época, e
com isto as violações feitas no âmbito ambiental e social. As atividades das grandes empresas
multinacionais no período ditatorial no Brasil são analisadas diante do cenário do plano de
desenvolvimento do regime militar. Com dados recolhidas tanto no Brasil quanto na
Alemanha, o campo é contemplado através de pontos de vista das duas localidades. Buscando
a entender os aspectos sociais e políticos das sociedades, o estudo tem a proposta de
esclarecer a estrutura de poder entre o Brasil e a Alemanha Ocidental. Assim, a pesquisa
contribui para a compreensão da influência capitalista de nações estrangeiras sobre o estado
do Brasil Contemporâneo.

Palavras-chave: Brasil ditatorial; Alemanha Ocidental; Colonialidade do Poder; Relações


econômicas.

AS RELAÇÕES DA MULHER NEGRA NO CENÁRIO ECONÔMICO


TRABALHISTA (PRESENTE E PASSADO)
Autores: Mateus Ramos Ribeiro; André Carvalho; Kauã Moraes; Tainara Santos; Jemima
Galdino.
Orientador: Cristina Ferreira de Assis - DFCH/UESC
Pesquisa: Laboratório de Ensino V

Os papéis de gênero sempre foram uma questão no âmbito social, ao analisarmos o cenário
econômica das famílias percebemos como a mulher é o ponto de partida para manter uma casa
estruturada, sobretudo as mulheres negras que precisam trabalhar duas vezes mais para se
manter economicamente pois há uma diferença de oportunidades para estas. Nisto se aborda
no passado e presente como a mulher negra busca seu espaço e seu direito de existência.

Palavras-chave: Gênero; Mulher; Economia; Trabalho; Família.


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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

O LEGADO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA: INTEGRAÇÃO, DESAFIOS, E


CONTRIBUIÇÕES NA CIDADE DE UNA-BAHIA NA DÉCADA DE 1950
Autora: Gemina Gomes de Carvalho Santos
Pesquisa: Trabalho de Conclusão de Curso

Esse trabalho trata do Legado da imigração japonesa, procurando abordar as formas de


integração, desafios, e contribuições na cidade de Una-Bahia na década de 1950.
Apresentaremos as políticas de imigração e colonização, implantados pelo governo imperial
no ano de 1873, e pelo governo de Getúlio Vargas em 1954, com a criação do Instituto
Nacional de Imigração e Colonização (I.N.I.C), com o objetivo de promover a produção
agrícola e ocupar as terras abandonadas e improdutivas da região. Nesse sentido,
apresentaremos as fontes colhidas de jornais, entrevistas e audiovisual, das práticas
desenvolvidas pela política de imigração, para fixarem os imigrantes nas colônias, e as
discussões que formaram em torno dessa temática. Dessa forma, apresentaremos como foi o
processo da chegada dos imigrantes japoneses ao Brasil, nas duas ondas imigratórias,
estendendo-se por todo o século XX. Por fim apresentaremos a fase de adaptação dos colonos
na Colônia de Una, a criação da escola Cândido Romero pessoa, e suas particularidades com o
ensino agrícola no clube juvenil. Em suma buscamos contribuir, trazendo informações sobre o
legado, o desenvolvimento econômico e as importantes contribuições dos japoneses à região.

Palavras-chave: Políticas de colonização; Imigração japonesa; Colônia de Una.


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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

SESSÃO 12: PESQUISANDO O PASSADO: ACERVOS E FONTES

Dia: 16.11.2023 (Quinta-Feira) – Horário: 08h:00 Às 11:30h


Sala 1202 – Pedro Calmon – 2º Andar
Coordenação: MARCELO HENRIQUE DIAS – DFCH/UESC

A HISTORICIDADE LEGISLATIVA DAS POLÍTICAS PÚBLIC AS NA


EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Autor: Nathália Oliveira Novaes
Pesquisa: TCC; Pesquisa ou Estudo Livre

A presente comunicação pretende apresentar algumas notas de pesquisa em andamento sobre


a perspectiva das leis sobre educação inclusiva e sua historicidade. Está pesquisa visa analisar
o surgimento das legislações educacionais e como alunos com necessidades especiais estão
assegurados pelas políticas públicas no ambiente escolar. A Educação Inclusiva somente
começou a fundamentar-se a partir da Conferência Mundial de Educação Especial em 1994,
quando foi proclamada a Declaração de Salamanca. E apenas no decorrer dos anos 2000 é que
foi implantada uma política denominada “Educação Inclusiva”. Mas, somente em julho de
2015 foi sancionada a lei sendo publicada no Diário Oficial da União.

Palavras-chave: Educação Inclusiva; Historicidade; Políticas Públicas

ORGANIZAÇÃO DOS INVENTÁRIOS E DOS ACERVOS ARQUEOLÓGICOS


DO NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS ARQUEO LÓGICAS DA BAHIA
(NEPAB/UESC)
Autores: Cristielle Reis Santos; Ronildo Pontes Oliveira
Orientador: Walter Fagundes Morales - DFCH/UESC
Pesquisa: Iniciação Científica

A pesquisa ora desenvolvida é continuação do projeto iniciado em 2021, o qual objetiva


prosseguir na revisão e organização das coleções e inventários do acervo do Núcleo de
Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Bahia – NEPAB/UESC após sua transferência para a
nova Reserva Técnica, espaço que abriga e abrigará coleções futuras que ficarão sob a guarda
do NEPAB. Após diversas discussões de estudos bibliográficos sobre acervos, ocorreu a
transferência das peças que estavam alocadas no Museu Cais Consciência no Centro de
Ilhéus, na antiga sala do NEPAB e no Centro de Documentação e Memória Regional –
CEDOC, ambas na UESC, para a nova Reserva Técnica. Posteriormente, foram iniciadas as
conferências dos projetos, de modo a termos uma padronização e um sistema de controle
sobre o acervo arqueológico. O trabalho consistiu em selecionar os projetos de pesquisa alí
existentes, retirar os materiais armazenados das caixas, como peças cerâmicas, líticos,
faianças, ossos, metais, vidros e louças, colocá-los sob as bancadas, verificar seu tombamento,
as informações escritas nas fichas que as acompanham e se coincidiam com o inventário e
planilha presentes em seus respectivos relatórios entregues juntamente com as coleções. Logo
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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

após as conferências, foram preenchidas Fichas de Cadastro de Coleção (FCC) para cada
projeto conferido, as quais contém todas as informações dos projetos e as alterações feitas
durante esse processo de revisão, descrevendo as informações gerais, um resumo sobre as
coleções e observações acerca da organização referente à armazenagem e tombamento dos
materiais. Ao todo foram conferidos 34 projetos, e apesar das adversidades, a pesquisa teve
desenvolvimento e êxito, demonstrando que o acervo arqueológico é indispensável para o
conhecimento da Arqueologia e da História, e como todo material histórico precisa ser
conservado, as peças necessitam passar por processos de gerenciamento apropriado, e por
isso, devem ser guardadas, organizadas e preservadas.

Palavras-chave: Coleções arqueológicas; Gestão Patrimonial; Arqueologia.

OS ACERVOS ARQUEOLÓGICOS DO NÚCLEO DE ESTUDOS E


PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS DA BAHIA (NEPAB/UESC):
ORGANIZAÇÃO DOS INVENTÁRIOS E DAS COLEÇÕES DEPOSIT ADAS
NO ‘CAIS CONSCIÊNCIA
Autora: Marianna Cruz Amaral de Jesus
Orientador: Walter F. Morales - DFCH/UESC
Pesquisa: Iniciação Científica

O projeto de pesquisa “Os Acervos Arqueológicos do Núcleo de Estudos e Pesquisas


Arqueológicas da Bahia (NEPAB/UESC): Organização dos Inventários e das Coleções
Depositadas no ‘Cais ConsCiência’”, foi planejado com o objetivo de contribuir na execução
do trabalho de gerenciamento das coleções arqueológicas sob a guarda do NEPAB, o qual
serviu de suporte para o desenvolvimento do processo de organização dos materiais
provenientes de programas de salvaguarda de bens arqueológicos. A partir desta premissa,
foram colocadas em prática um conjunto de atividades planejadas de acordo com as
particularidades das coleções e das documentações que as acompanhavam, isso porque, como
o núcleo consiste em uma instituição de guarda e pesquisa reconhecida e autorizada pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, a mesma tem a obrigação de
garantir a preservação, conservação, pesquisa e socialização destes materiais. Para tanto,
durante o andamento da iniciação científica oito coleções foram submetidas a verificação, isso
significa dizer que 1.198 peças arqueológicas foram averiguadas pela discente, e a partir da
conferência foi elaborada uma Ficha de Cadastro da Coleção - FCC para cada coleção, uma
espécie de relatório onde foram apresentadas as informações básicas do projeto, ou seja, todas
as tarefas desenvolvidas durante a execução da análise. A criação da FCC objetivou assegurar
que os dados referentes aos estudos executados fossem documentados e permanecessem
acessíveis na instituição, isso porque, caso houvesse a necessidade de obter algumas
informações sobre a coleção qualquer pesquisador poderia ter conhecimento das ações pelas
quais aqueles remanescentes arqueológicos foram submetidos durante as investigações. Desta
forma, este estudo contribuiu para o estabelecimento da política de gerenciamento dos acervos
arqueológicos na nova Reserva Técnica do NEPAB.

Palavras-chave: Coleções arqueológicas; Gestão Patrimonial; Arqueologia.


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O OBELISCO DE 2 DE JULHO: PRESERVAÇÃO HISTÓRICA E


PATRIMÔNIO PÚBLICO.
Autor: Hanna Pires do Nascimento; José Paulo Souza de Santana Júnior; Kymo Wagmaker
de Paula Sousa
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV, Laboratório de Ensino V

A presente proposta é o resultado de atividade da disciplina Laboratório V, do Curso de


Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Filosofia
e Ciências Humanas e Colegiado de História, tendo como objetivo a produção de material
didático-pedagógico sobre o obelisco em homenagem ao dois de julho e a independência da
Bahia, que foi inaugurado na mesma data em 1927, na cidade de Ilhéus. Ademais, em paralelo
também com o componente Laboratório IV e seus respectivos docentes responsáveis,
propomos uma análise sobre a história dos patrimônios histórico e cultural de Ilhéus, e como
96 anos depois de sua inauguração, sua memória foi esquecida com o passar das décadas,
assim como seu estado de preservação a partir da investigação do jornal histórico O Correio
de Ilhéos, e artigos científicos. Escolhemos outras influências teóricas, justamente para termos
mais conhecimento sobre não só sobre o papel de Ilhéus no processo de independência da
Bahia, mas também para analisarmos mais a fundo a diferença entre a resposta da sociedade
para com a construção do monumento em sua época e como é tratado atualmente, e como, por
exemplo, as seguintes reflexões: O que é um patrimônio histórico e cultural? O que é, e qual a
importância de uma identidade nacional? Qual a importância de Ilhéus no processo de
independência da Bahia em 1823? Feito toda essa pesquisa, elaboramos através da análise de
fontes atuais, uma apresentação com o auxílio de imagens, abordando a importância da
preservação e restauração de patrimônios públicos, tendo como suporte, uma pequena
pesquisa levantando como atualmente os estudantes de História da UESC veem o apagamento
de tais construções e seu nível de informações sobre eles. Visando apresentar como o obelisco
e o belvedere servem de exemplo como faróis para políticas de memória e contra o
esquecimento dos bens culturais e suas histórias cotidianas, que carrega nessas edificações
muitos significados e vivências.

Palavras-Chave: 2 de julho; patrimônio histórico; obelisco; preservação.

A SAGRAÇÃO DO AUTOR: JÚLIO VERNE E O CAMPO CULTURAL


FRANCÊS DO SÉCULO XIX.
Autor: João Júnior Nô dos Santos Oliveira
Orientador: Maristela Toma
Pesquisa: TCC

Nesta comunicação, analisarei um pouco a trajetória do escritor francês Júlio Verne, clássico
da literatura educativa, de grande impacto na formação de crianças e jovens entre os séculos
XIX e XX. Viso com isto, apresentar o contexto histórico e social que o cercava durante seu
processo de profissionalização no campo cultural (BOURDIEU, 2007). Isto me é relevante,
uma vez que se trata de parte da minha pesquisa de conclusão de curso. Nesta, analiso uma
obra de publicação póstuma do mesmo autor, buscando os sentidos de ciência e tecnologia
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

presentes no texto, como eles se relacionam com as transformações sociais que ocorriam na
França do século XIX e a materialidade do campo cultural francês do período. Para sagrar-se
autor e fazer de sua arte seu principal meio de subsistência, Verne precisou entender as regras
do jogo econômico que regem a economia das trocas simbólicas, adequando seu projeto
estético aos intentos do mundo da edição moderna (MOLLIER, 1984). Júlio Verne, entendido
hoje como um dos fundadores do gênero “ficção científica”, foi tornado autor profissional a
partir de sua interação com a editora Hetzel. Seu trabalho era feito sob encomenda, cujas
formas e extensões estavam colocadas em contrato. Em suma, busco aqui apresentar um
pouco a trajetória de sagração deste autor no campo cultural.

Palavras-chave: Trajetória; profissionalização; campo; literatura.


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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

SESSÃO 13: HISTÓRIA DO BRASIL: MEMÓRIAS E


INDEPENDÊNCIAS (2)

Dia: 16.11.2023 (quinta-feira) – Horário: 18h:30 às 22h


Sala 2208 – Adonias Filho – 2o andar
Coordenação: LUIZ HENRIQUE DOS SANTOS BLUME – DFCH/UESC

O CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA EM DUAS CONJUNTURAS


HISTÓRICAS, NA BAHIA DE 1920 E NO RIO DE JANEIRO DE 1922

Autoras: Jéssica Carillo Santos; Lavínia Edite Bastos Gonçalves


Orientadores: Marcelo da Silva Lins, Robson Noberto Dantas, Rosana dos Santos Lopes
DFCH/UESC.
Pesquisa: Laboratório de Ensino V

A presente comunicação resulta das atividades do Laboratório de Ensino V, do Curso de


Licenciatura em História da Universidade Estadual de Santa Cruz, que teve como propósito a
criação de material didático sobre o Sete de Setembro, em comemoração aos 201 anos da
Independência do Brasil. A atividade foi conduzida em conjunto com as disciplinas
Fundamentos e Metodologia do Ensino de História, História do Brasil IV e História e Região.
Através da análise da relação entre história e memória, estudamos o centenário da
independência do Brasil nas localidades da Bahia e do Rio de Janeiro, com foco nos discursos
e nos atores sociais envolvidos. Para isso, foram selecionados dois periódicos: o Jornal "A
Manhã" da Bahia de 1920 e o Jornal "O Imparcial" do Rio de Janeiro de 1922. Essas fontes
ilustram de maneira exemplar o conflito e a diversidade presentes na memória social,
permitindo confrontar a memória oficial com outras perspectivas populares sobre o 7 de
Setembro. A partir da caracterização desses jornais, foram desenvolvidas sugestões didáticas
para sua utilização em aulas de História na Educação Básica. Do ponto de vista teórico, a
proposta baseia-se na compreensão de que a memória oficial desempenha um papel
significativo na formação de nossa percepção histórica. No entanto, reconhecemos a
importância de analisar a conjuntura do evento histórico e suas repercussões durante o
centenário. Os resultados obtidos incluíram a familiarização com o acervo físico do CEDOC /
UESC, bem como com os acervos digitais de periódicos da Biblioteca Nacional e da
Fundação Getúlio Vargas.

Palavras-chave: Bahia; Independência; Memória; Percepção histórica; Rio de Janeiro

TERREIRO DE MATAMBA TOMBENCI NETO: ALGUMAS


ABORDAGENS SOBRE A INFÂNCIA E JUVENTUDE DE DONA HILSA
RODRIGUES (MAMETO MUKALÊ)
Autores: Julia Victoria Santos Silva; Beatriz Santos de Sena Trindade João; Cosmira de
Oliveira; Pedro Araújo Esmeraldo Santos; Stephane de Jesus Brito
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

Orientadores: Luiz Henrique dos Santos Blume e André Rosa Ribeiro - DFCH/UESC
Pesquisa: Laboratório de Ensino III

Tendo como principal fonte de apresentação o livro intitulado "Do lado do Tempo: O Terreiro
de Matamba Tombenci Neto - Mãe Hilsa Mukalê - Histórias Contadas a Márcio Goldman"
com autoria de Hilsa Rodrigues Pereira dos Santos (Mameto Mukalê), que destaca suas
experiências de vida e apresenta em específico no Capítulo "O Terreiro de Matamba
Tombenci Neto" a abordagem das histórias da sua infância e juventude dentro da religião do
candomblé, explorando a riqueza cultural e espiritual do terreiro, destacando ainda suas
dificuldades pessoais e matrimoniais. Enfatiza-se também a força e luta de mãe Hilsa desde
sua descoberta de sucessão à sua mãe Roxa, superando as dificuldades e evidenciando sua
força e determinação ao longo dos anos exercendo o papel de Mãe de Santo e criando projetos
para comunidade, como a fundação de um Bloco Afro, o Grupo Cultural Dilazenze, bloco este
que recebe do terreiro a influência da dança, da música e do toque. Além disso, Mãe Hilsa
destaca a importância da preservação dos valores da religião, patrimônio cultural e da
oralidade como forma tradicional de transmissão de conhecimento.

Palavras-chave: Patrimônio Cultural; Terreiro; Candomblé; Mãe Hilsa

CONCEPÇÕES E CONJUNTURAS DO 7 DE SETEMBRO DE 1892 NO RIO


DE JANEIRO E O 2 DE JULHO DE 2021 NA BAHIA
Autores: Eduarda Mendonça de Carvalho; Nívia Samara Oliveira dos Reis
Orientadores: Marcelo da Silva Lins, Robson Norberto Dantas e Rosana dos Santos -
DFCH/UESC
Pesquisa: Laboratório de Ensino V

A presente comunicação é o resultado de atividade da componente Laboratório V, do Curso


de Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de
Filosofia e Ciências Humanas e Colegiado de História, tendo como objetivo a produção de
material didático, com ênfase sobre o Sete de Setembro, marcando o evento dos 201 anos da
Independência do Brasil. O encaminhamento da atividade ocorreu no interior das disciplinas
Fundamentos e Metodologia do Ensino de História, História do Brasil IV e História e Região,
com ações conjuntas de docentes das referidas disciplinas. Através da história e memória,
relacionamos a perspectiva em duas localidades sobre o 70º da independência do Brasil no
Rio de Janeiro, e o 198º da independência da Bahia. Ao lidar no âmbito da memória social,
selecionamos dois periódicos: o Jornal “O Paiz”, do Rio de Janeiro, de 1892 e o Jornal “A
Tarde”, da Bahia, de 2021. Escolhemos essas fontes, porque elas demonstram de maneira
construtiva o campo conflitivo e divergente da memória social, destacando a existência de
diferentes vozes sociais, concepção de sociedade e de estratégias de lutas de setores sociais,
haja vista que as edições nos possibilitam confrontar a memória oficial das independências.
Em particular, o primeiro jornal com o foco em críticas à monarquia, e em valorizar o sistema
republicano e a atuação militar nesse primeiro momento da república. Por outro prisma, o
segundo jornal consiste em sua abordagem crítica sobre questões sociais como desigualdade,
educação e reconhece a participação dos povos indígenas. Além de destacar os desafios ainda
enfrentados pelos povos originários. Feito o trabalho de caracterização dos referidos
periódicos, elaboramos sugestões didáticas de como trabalhá-los nas aulas da educação
básica. Com essa atividade aprendemos a lidar com os acervos digitais, a pensar em pesquisa
como ensino de História e desenvolvemos habilidades e competências na produção de
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

material didático.

Palavras-chave: 7 de setembro; 2 de julho; Divergências; República; Povos indígenas.

A IMPRENSA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL NA BAHIA


Autora: Thaysa Vitória Teles Fontes
Pesquisa: Laboratório de Ensino V

O Brasil não conheceu a imprensa antes de 1808, com a chegada da corte portuguesa e família
real ao país. Mesmo após a chegada da família real, a livre circulação de ideias e rá proibida
em detrimento da censura sobre todos os escritos. Com exemplos como a Independência dos
EUA, em 1776, e a Revolução Francesa, de 1789, chegados ao Brasil apenas em 1821, o
movimento Constitucionalista passou a multiplicar-se no formato de jornais e panfletos. Tais
meios de divulgação contribuíram para pôr um fim no domínio português. É considerável uma
não só uma guerra sanguinária, mas também uma guerra de palavras que começara a tomar o
país. Até o ano de 1821, no Brasil, havia apenas dois periódicos circulando, A Idade d'Ouro
(Bahia) e Gazeta do Rio de Janeiro, porém com as mudanças políticas houve considerável
aumento na circulação dos jornais, que passaram de apenas 2 a cerca de 20, além de panfletos
impressos e manuscritos. A imprensa Internacional também esteve presente documentando o
período histórico brasileiro. A documentação contribuiu tanto para disseminar o movimento
libertário quando historicamente para estudos nos tempos contemporâneos.

Palavras-chave: Imprensa; Guerra de Palavras; Independência

DESFILE DE 07/09/1970, O DIA DA PÁTRIA


Autor: Darlan Maia Souza; Marcos Eduardo Souza dos Santos
Orientadores: Robson Norberto Dantas, Rosana dos Santos Lopes e Marcelo da Silva Lins -
DFCH/UESC
Pesquisa: Laboratório de Ensino

O presente trabalho é o resultado de uma atividade apresentada como requisito de avaliação


parcial da componente laboratório V, do curso de Licenciatura em História, da universidade
estadual de Santa Cruz, Departamento de Filosofia e Ciências humanas e colegiado de
História. A orientação desta atividade ocorreu em espaços cedidos durante as aulas das
disciplinas de História do Brasil IV, História e região e Fundamentos e Metodologias do
ensino de História, com ações conjuntas dos docentes da referida matéria. Queríamos
compreender como o dia 7 de setembro, foi visto durante o período do milagre econômico
(que ocorreu no durante a chamada “era de chumbo”, sob o governo de Emilio Garrastazu
Médici em1970). Concentramos nossos esforços em um único recorte histórico, no qual é
destacado com ênfase o discurso do presidente Médici. Nesse sentido, utilizamos como fonte
primaria o jornal “Diário de notícias”, Rio de Janeiro. Selecionamos essa fonte com a
finalidade de destacar um momento crucial na história do Brasil. O país vivia em um cenário
de desenvolvimento econômico notável e intensa integração nacional, ao mesmo tempo, em
que celebrava um forte sentimento de patriotismo. A fonte é inestimável para compreender o
contexto histórico e as atitudes sociais e políticas daquele período. É importante considerar
esses elementos para compreender melhor o período pós-Copa do Mundo e o crescimento do
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

PIB no Brasil, juntamente com as atitudes em relação ao patriotismo naquela época. Essa
atividade enriqueceu nossas habilidades acadêmicas e ampliou nossos recursos de pesquisa,
desse modo, é possível destacar que alcançamos os seguintes resultados: aprendemos a lidar
com o acervo digital da biblioteca nacional (hemeroteca) o que ampliou nosso acesso a
recurso de pesquisa e informação. Aprendemos a pensar a pesquisa como ensino e
desenvolvemos habilidades e competências que podem ser utilizadas didaticamente em
futuros seminários, aulas e artigos.

Palavras-chave: Desenvolvimento do País; Integração Nacional; União.

O SETE DE SETEMBRO NO RIO DE JANEIRO -RJ: INDEPENDÊNCIA OU


MORTE – DIREITO, JUSTIÇA E MORALIDADE EM 1856
Autores: Márcio Barros Souza, Maria Suelia Nascimento Barbosa
Pesquisa - Laboratório de Ensino IV, Laboratório de Ensino V

A presente comunicação é o resultado de atividade da componente Laboratório V, do Curso


de Licenciatura em História, da Universidade de Santa Cruz, Departamento de Filosofia e
Ciências Humanas e Colegiado de História, tendo como objetivo a produção de material
didático-pedagógico, com ênfase sobre o Sete de Setembro, marcando o evento dos 37 anos
da Independência do Brasil. O encaminhamento da atividade ocorreu no interior das
disciplinas História do Brasil IV, História e Região e Fundamentos e Metodologia do Ensino
de História. Com ações conjuntas de docentes das referidas disciplinas. Por meio em relação
da História e memoria, problematizando o processo de construção da memória social do Rio
de Janeiro, enfatizando uma conjuntura, com o foco nos discursos sócias (no Segundo
Reinado em 1859 com a emancipação de D. Pedro II, com o golpe da maior idade em 1840).
Ao lidar com o campo da memória social, escolhemos uma matéria vinculada no Jornal 1ª
Sere, do Rio de Janeiro-RJ, de 1856. Escolhemos essa fonte, porque ela expressa de forma
exempla o campo conflito e tensionado da memória social, de diferentes vozes sociais,
concepções de sociedade, de modos de viver, de estratégias de lutas de setores sócias, que
fizeram a História do Rio de Janeiro-RJ, ou seja, ela nos permitiu confrontar a memória
oficial com 7 setembro. Feito o trabalho de caracterização do referido jornal elaborando
sugestões didáticas de como trabalhá-los nas aulas de História da Educação Básica. Com essa
atividade alcançamos os seguintes resultados: aprendemos a lidar com acervo digital da
Biblioteca Nacional com os jornais periódicos. "Independência ou Morte.

Palavras-chave: Independência; Justiça; Moralidade.


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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

SESSÃO 14: EXPERIÊNCIAS, IDENTIDADE E PRODUÇÕES


CULTURAIS (2)

Dia: 16.11.2023 (quinta-feira) – Horário: 18h:30 às 22h


Sala DFCH – Adonias Filho – 2º andar
Coordenação: CARLOS GUSTAVO NÓBREGA – DFCH/PPGH/UESC

OFICINA DE CONFECÇÃO DAS BONECAS DE PANO ABAYOMI


Autores: Pedro Sarro Gomes; Fernando Santos de Oliveira; Júlia Santos Virolli Chaves;
Nicole Cristina Marcelino dos Reis; Maria Isabel de Jesus Souza
Pesquisa: Laboratório de Ensino IV, Laboratório de Ensino V

"Abayomi" - nome de origem yorubá, idioma original da Nigéria, país mais populoso da
África – tem como significado “encontro precioso”. As bonecas Abayomi eram produzidas
pelas mulheres e essas bonecas distraíam as crianças que estavam sendo trazidas/sequestradas
da África para o Brasil para serem escravizadas. O processo de produção dessas bonecas
acontecia durante o trajeto nos navios negreiros e as mulheres rasgavam retalhos de suas saias
e criavam as pequenas bonecas, que eram feitas de tranças ou nós, e que serviam como
amuletos de proteção. Além de representações da cultura africana, essas bonecas se tornaram
símbolos de resistência, pois eram as primeiras bonecas africanas no Brasil. As Abayomis não
são simplesmente brinquedos. Tem história, ancestralidade e guardam uma cultura e tradição.
De acordo com a tradição, as bonecas eram produzidas para representar entes queridos que já
haviam falecido, eram utilizadas para agradecer aos deuses, os orixás, pela boa saúde, riqueza,
beleza, colheitas fartas e a fertilidade. Duas tiras, seis nozinhos, cada nó um desejo, sem linha
nem agulha. As bonecas não possuem demarcação do olho, da boca ou nariz, isso para
favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias Africanas. O objetivo dessa oficina, através
da confecção dessas bonecas, é mostrar a importância delas na cultura africana e afro-
brasileira e para a história do Brasil, e a relação com o continente africano e o processo de
diáspora, além de apresentar um pouco da cultura Africana e instigar a curiosidade dessas
crianças para a tradição Africana e a história do continente africano. Busca-se gerar a
interação entre os alunos, fortalecer a autoestima e o reconhecimento da identidade afro-
brasileira."

Palavras-chave: Abayomi; Identidade; Afro-Brasileira; Diáspora.

ENCANTARTE: NEGRAS PERFUMADAS


Autores: Élite de Souza Matosim; Maria Eduarda Carvalho Santana; Taci Galdino de Oliveira
Lima; Lua Santos da Silva; Vando Santos de Souza; Anna Clara Gama Costa; Magno Santana
de Souza
Orientadores: André Luiz Rosa Ribeiro e Luiz Henrique dos Santos Blume; André Luiz Rosa
Ribeiro e Luiz Henrique dos Santos Blume. DFCH/UESC.
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

Pesquisa: Laboratório de Ensino III

A associação afro Encantarte é um projeto sem fins lucrativos, onde atua em projetos na
cultura e educação na cidade de Itabuna. Esses projetos ajudaram crianças, adolescentes e
jovens em situações de riscos sociais, por meio dos projetos de preservação e divulgação da
cultura afro-brasileira. Um desses projetos que há dentro do Encantarte, é a Banda Percussiva
Negras Perfumadas que atua como um projeto de empoderamento negro feminino, onde as
mulheres negras refletem sobre suas próprias histórias e lutas.

Palavras-chave: Projetos; Representatividade e sociedade.

LAZER E SOBREVIVÊNCIA: O INÍCIO DA FILARMÔNICA


Autor: Samir Santana de Oliveira
Pesquisa: Dissertação de Mestrado

Euterpe Itabunense (1925-1930) Lazer e sobrevivência: o início da Filarmônica Euterpe


Itabunense (1925-1930)

Palavras-chave: Associativismo; Trabalho; Música.

O ACARAJÉ: ENTRE A TRADIÇÃO CULTURAL E A EXPRESSÃO


RELIGIOSA
Autores: Grasiene Virgens dos Santos; Railavia Pedreira Santana; Márcia Kelley Queiroz
Souza; Lavínia Edite Bastos Gonçalves
Orientadores: Graciela Gonçalves, Luiz Henrique dos Santos Blume e André Luiz Rosa
Ribeiro. DFCH/UESC
Pesquisa: Laboratório de Ensino III

A presente comunicação é o resultado de atividade do componente Laboratório III, do Curso


de Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de
Filosofia e Ciências Humanas e Colegiado de História, tendo como objetivo analisar as
relações diaspóricas entre o continente Africano e o Brasil, com ênfase sobre a questão
cultural. O encaminhamento da atividade ocorreu no interior das disciplinas História do Brasil
I, Teoria da História II e História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, com ações conjuntas
de docentes das referidas disciplinas. Por meio da relação entre tradição e disputa de mercado,
problematizamos a descaracterização forçada das Baianas de Acarajé em Mascote, distrito de
São João do Paraíso, no interior do estado da Bahia devido a intolerância religiosa, tivemos
como fonte de estudos entrevistas com uma Baiana do interior do estado, além de trabalhos
acadêmicos e conceitos trabalhados nas disciplinas apontadas acima. Feito o trabalho de
problematização, elaboramos um painel para expor a problemática e a análise realizada em
cima dela. Do ponto de vista cultural, a proposta se baseia na compreensão de que a
caracterização é crucial para o Ofício das Baianas de Acarajé e que, mais que um alimento
típico e produto que garante a existência de várias famílias, o Acarajé é símbolo de resistência
da cultura Afro-Brasileira.

Palavras-chave: Acarajé; Tradição; intolerância; Patrimônio Cultural.


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UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

MEMÓRIA E ARTE: AS REPRESENTAÇÕES DOS SUJEITOS DA


INDEPENDÊNCIA DA BAHIA
Autoras: Samille Nascimento Chaves; Tamires Marinho; Kerem Ádila Batista Souza; Roger
Cristian e Viviane de Jesus Souza
Orientadora: Kátia Vinhático Pontes - DFCH/UESC

A memória sobre a independência da Bahia foi construída pela história oficial. Através da
criação de datas símbolos começou um processo de incentivo ao patriotismo brasileiro que
tem por objetivo exercer controle de narrativas sobre o referido momento histórico, resultando
em episódios mitificados. Tendo essa percepção compreendemos que o governo encomendou
muitas artes para exaltar a versão dominante da história. Desse modo, o objetivo é mostrar de
maneira Thompsoniana, o protagonismo popular na independência da Bahia, por meio de um
livreto que trará importantes produções artísticas que representam e expressam muito bem o
protagonismo desses indivíduos na independência, mas que passam por um processo de
invisibilização. E por fim pretendemos destacar a importância das artes para a História, e
como ela tem sido vista pelos artistas fazendo grifos aos seus objetivos de produção.

O OFÍCIO DAS BAIANAS DE ACARAJÉ


Autores: Ariel Santos Pimentel; Ruan David Santos Medeiros de Andrade; Gabriel de Souza
Protásio Félix; Leandro Muniz Lima Andrade; Thiago V. Mantuano da Fonseca Martins Lima
Santos
Pesquisa: Laboratório de Ensino III

Nosso trabalho envolve a investigação do ofício das baianas de acarajé, abordando a questão
da culinária, das vestimentas, aspectos culturais e subsistência através da produção e venda do
acarajé. Em meio a isso, parte dos integrantes se encarregou de entrevistar, cada qual uma
baiana, ou vendedora de acarajé para conhecer mais sobre a importância desse patrimônio
cultural.

Palavras-chave: Acarajé; Baiana; Patrimônio.


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PERFORMANCE CULTURAL: CARTAS DO RENASCER (A


CONJURAÇÃO BAIANA)

Dia: 17.11.2023 (sexta-feira) – Horário: 10:30H


AUDITÓRIO JORGE AMADO - UESC
Coordenação/direção: KÁTIA VINHÁTICO PONTES – UESC/ DFCH

CARTAS DO RENASCER (A CONJURAÇÃO BAIANA)


Autores/as
Alex Santos Rocha
Ananda Oliveira Soares
Danielle Souza das Neves
Danielle Souza das Neves
Joel Victor Guimarães do Amparo
Larissa Rodrigues Nascimento
Layana Oliveira Braga
Lumumba Bomani de Jesus Paixão
Natália Oliveira Novaes
Nathalia de Jesus Ferreira
Victor dos Santos Almeida

Orientadora: Katia Vinhático Pontes – UESC/DFCH


Pesquisa: Laboratório de Ensino IV e V; Estudo Livre
Resumo
No amanhecer de 12 de agosto de 1798 a cidade de Salvador despertou cercada de
mensagens; para aqueles que não sabiam ler, apenas cartazes estranhos que indicavam que
algo estava fora do lugar. Para os que sabiam, e logo espalharam a palavra, dizeres que
clamavam por algo: liberdade. A Revolta dos Alfaiates e seus ideais podem ser interpretados
como a semente primeira da independência no Brasil. Embora seja frequentemente eclipsada
pela Inconfidência Mineira, ela chama atenção não apenas pela pluralidade de pessoas
envolvidas, mas também pela sua principal característica: era um projeto de liberdade que
pensava o fim da escravidão como elemento indispensável.
Nessa peça, voltamos aos Autos da Devassa feita após o despertar dos boletins sediciosos e
pensamos em uma revolta diferente não em seu fim, que atesta a diferença de tratamento
perante a lei entre homens negros e brancos, mas em seu potencial de ecoar entre as muitas
vozes da Bahia. Eis Cartas do Renascer.

Palavras-chave: Revolta dos Alfaiates; Independência; Manuel Faustino; Cipriano Barata.


XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e Liberdades.
UESC/DFCH, 2023. ISBN: 978-85-7455-414-3.

OFICINAS

HISTÓRIA & MÚSICA POPULAR BRASILEIRA


Mestranda Maria Luísa dos Santos Gomes (PPGH-UESC)

Data: 16/10/2023 Horário: 14:00-16:00


Resumo: Esta oficina tem como objetivo utilizar a música como lente de análise a partir da produção
historiográfica, debates e fontes examinando os processos sócio-históricos através da música e seus
elementos, desta forma, os participantes serão conduzidos a explorar não apenas a evolução da música,
mas também como ela reflete e molda a complexa teia de eventos e transformações que marcaram a
história brasileira. Assim alcançaremos uma compreensão introdutória e ao mesmo tempo didática e
teorizada que explora a diversidade e amplitude da música, suas formas, interpretações e influências
uma vez que carregam consigo vestígios que passam despercebidos aos historiadores das mudanças
que ocorrem ao longo da história do país e de seu povo.

Pontos Norteadores:
1. As diferenças na pesquisa de História e Música e/ou História da Música;
2. Som, sentido e música: introdução a teoria e percepções dos elementos musicais para
compreensão mais ampla de aspectos sócio-históricos;
3. Música brasileira e temporalidade: migrações, escravidão, resistência e influências culturais do
Brasil Colônia ao Brasil Republicano;
4. Historiografia da Música Popular Brasileira: Conceitos, Debates e Fontes.

Bibliografia Básica
ALMEIDA, Renato. História da Música Brasileira. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Comp., Editores,
1926.
ANDRADE, Mario de. Pequena História da Música. Belo Horizonte: Ed: Itatiaia, 9ª edição. 1987.
BARROS, José D’Assunção. História e Música. Rio de Janeiro. Ed. Cela, 2017.
FAOUR, Rodrigo. História da Música Popular Brasileira Sem Preconceitos, Vol. I. Rio de Janeiro.
Ed. Record. 2021
KIEFER, Bruno. História da Música Brasileira: dos primórdios ao início do séc. XX. 2ª edição.
Porto Alegre. Editora Movimento. 1976.
LISBOA JÚNIOR, Luiz Américo. A Presença da Bahia na Música Popular Brasileira. Brasília:
MusiMed/Linha Gráfica Editora,1990.
MARIZ, Vasco. História da Música no Brasil. Rio de Janeiro: Ed: Nova Fronteira. 1981.
SEVERIANO, JAIRO. Uma História da Música Popular Brasileira: das origens à modernidade.
São Paulo: Ed. 34, 2008.
TINHORÃO, José Ramos. História Social da Música Popular Brasileira. São Paulo: Ed. 34. 1998.
TINHORÃO, José Ramos. Pequena História da Música Popular Segundo Seus Gêneros. São
Paulo, Ed. 34. 2013.
XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e
Liberdades (UESC/DFCH) – Caderno de resumos – ISBN: 978-85-7455-414-3

HISTÓRIA & SEGURANÇA PÚBLICA


Mestrando Lucas de Jesus Santos (PPGH-UESC)

Data: 16/10/2023 Horário: 16:00-18:00


Resumo: Esta oficina visa o debate acerca da produção historiográfica referente a segurança pública
no Brasil, em especial a historiografia da polícia militar brasileira, principal instituição de segurança
do país, analisando as diferentes teorias, fontes e metodologias em torno de tal questão.

Pontos Norteadores:
1. Apresentação das principais referências historiográficas;
2. Debate acerca das diferentes teorias;
3. Análise das possíveis fontes e metodologias.

Bibliografia Básica
BRETAS, Marcos Luiz. Ordem na cidade. O exercício cotidiano da autoridade policial no Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
CESAR, Tiago da Silva; OLMO, Pedro Oliver; BRETAS, Marcos Luiz (org.). Polícia, justiça e
prisões: Estudos históricos. Curitiba: Appris, 2020. 257 p.
FAUSTO, Boris. Crime e Cotidiano: a criminalidade em São Paulo (1880-1924). São Paulo:
Brasiliense, 1984.
HOLLOWAY, Thomas H. Polícia no Rio de janeiro. Repressão e resistência numa cidade do século
XIX. Rio de Janeiro: FGV, 1997.
SOUZA, W. B. de. Segurança pública, transgressões, violência e conflitos na atuação cotidiana dos
policiais em Salvador-BA (1937 - 1945). Revista História & Perspectivas, [S. l.], v. 26, n. 49, 2014.
Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/historiaperspectivas/article/view/24981. Acesso em: 12
jan. 2023.
ZALUAR, Alba. Democracia Inacabada: o fracasso da Segurança Pública. Estudos Avançados, v.
21, p. 31-49, 2007.

HISTÓRIA & CINEMA


Mestranda Emanuelle Silva Fonseca (PPGH-UESC)

Data: 17/11/2023 Horário: 14:00-16:00


Resumo: Na década de 1970, a Nova História trouxe questionamentos sobre a necessidade de novas
abordagens e métodos para o fazer histórico, foi nesse contexto que o cinema passou a ser utilizado
como fonte. Nessa linha de pensamento, a oficina busca mostrar como o Cinema pode ser utilizado
como ferramenta de análises socioculturais. É importante fazer uma relação entre Cinema e História
de maneira plural, visando além dos aspectos narrativos e estéticos. O cinema brasileiro é repleto de
questões que devem ser debatidas, principalmente por sua diversidade temática e estilística, tem uma
rica história que deve ser levada em consideração, movimentos artísticos cinematográficos como o
Cinema Novo abordaram questões de desigualdade e opressão política. A oficina busca dialogar sobre
os filmes além da sua importância no entretenimento, nos significados característicos da sua época.
Ademais, a ampliação do escopo da pesquisa histórica permite um estudo mais abrangente das
interações sociais.

Pontos Norteadores:
1. A Nova História e o cinema como fonte de pesquisa;
2. As três possibilidades: O Cinema na História x a História no Cinema x História do Cinema;
3. Métodos para o uso do Cinema como fonte em sala de aula.

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XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e
Liberdades (UESC/DFCH) – Caderno de resumos – ISBN: 978-85-7455-414-3

Bibliografia Básica
ALBERTI, Verena.A história depois do papel. In: PINSKY, Carla Bassanezi. Fontes Históricas. 1.
ed. São Paulo: Contexto, 2005. p.235-289.
Cinema e história: circularidades, arquivos e experiências estéticos/ organizado por Eduardo
Morettin... [ et al. ]. – Porto Alegre: Sulina, 2017. 438 p.
BAZIN, André. O que é cinema? 2. ed. São Paulo: Ubu Editora, 2018. 447 p. Tradução de: Eloísa
Araújo Ribeiro/ Apresentação e apêndice: Ismail Xavier.

HISTÓRIA & URBANIZAÇÃO


Mestranda Jaciane Aparecida Jesus da Cruz (PPGH-UESC)

Data: 17/11/2023 Hora: 16:00-18:00


Resumo: A presente oficina tem como objetivo apresentar de forma introdutória a ampla área da
História Urbana, pensando nas complexidades das cidades ao longo do tempo, destacando aspectos
sociais, culturais, econômicos e políticos que moldaram o tecido urbano. A oficina visa não apenas
ampliar o conhecimento dos estudantes sobre o assunto, mas também desenvolver habilidades
analíticas e críticas necessárias para estudar e compreender as dinâmicas urbanas. A oficina se faz
necessária no âmbito de expandir a discussão dessa área de estudo, tendo em vista o aumento no
número de discentes do curso de História da Universidade Estadual de Santa Cruz interessados em
pesquisar história das cidades, principalmente da região sul baiana. A avaliação dos participantes será
realizada com base na participação ativa nas discussões em grupo e envolvimento nas análises de
estudos de caso. Não haverá uma avaliação formal, pois o foco será no processo de aprendizado e na
troca de conhecimentos.

Pontos Norteadores:
1. Definição e escopo da História Urbana e principais conceitos;
2. Frentes, perspectivas e abordagens da História Urbana: aspectos sociais, políticos, culturais e
econômicos;
3. Metodologia da pesquisa em História Urbana, fontes e o diálogo com as outras áreas.

Bibliografia Básica
CARLOS, A. F. A., SOUZA, M. L., SPOSITO, M. E. B. A produção do espaço urbano. Editora
Contexto. 2011.
CRUZ, J. A. J. A Capela de São Sebastião no plano urbano e no conjunto arquitetônico da Vila
Colonial de São Jorge dos Ilhéus. (XVI-XX). TCC. DFCH-UESC. 2022. 30p.
HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. Editora AnnaBlume. 2005.
LEFEBVRE, Henri. A produção do espaço. Trad. Doralice Barros Pereira e Sérgio Martins (do
original: La production de l’espace. 4e éd. Paris: Éditions Anthropos, 2000). Primeira versão: início -
fev. 2006.

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XXXII Ciclo de Estudos Históricos - 200 Anos de Independência na Bahia: Territorialidades e
Liberdades (UESC/DFCH) – Caderno de resumos – ISBN: 978-85-7455-414-3

EXPOSIÇÃO

“CAMINHADA TUPINAMBÁ”
Exposição Fotográfica - (Guiada)
Autores: Rikelmy Tomé de Souza; Victória Miréia Valentim Rodrigues Silva; Ivanildes Rosa de
Oliveira Souza; Ivanilton Oliveira Viana; Patrícia Silva de Souza Ribeiro; Ana Carolina de Matos
Santos.
Orientação: André Rosa Ribeiro; Luiz Henrique Blueme – UESC/DFCH
Pesquisa: Laboratório III

Fonte: Fotografia dos autores. Espaço CEU - UESC – 2023.

200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA


Exposição de banner
Curadoria: Janete Ruiz Macedo - Monitor: Ariel Santos Pimentel

Fonte: Fotografia dos autores. Espaço CEU - UESC – 2023.


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Liberdades (UESC/DFCH) – Caderno de resumos – ISBN: 978-85-7455-414-3

Fotografias do Evento

XXXII Ciclo. Mesa de Abertura e Conferência de Abertura. Auditório Paulo Souto – UESC, 2023
Auditório Paulo Souto – UESC, 2023.

XXXII Ciclo. Palestras. Auditório Jorge Amado,


UESC, 2023.

XXXII Ciclo. Participantes das sessões de Apresentações de trabalhos e oficinas – UESC, 2023

XXXII Ciclo. Performance e lançamento de livro – UESC, 2023

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