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Vice-Reitora
Pró-Reitoria de Extensão
Realização:
Faculdades UNINTA
EXECUTE
Curadoria de Documentários
Emannuel Kant
Ilana Strozenberg
Philipi Bandeira
Telma Bessa
Tiago Marques
Comissão Científica
Comissão de Apoio:
Dayane Maranhão
Comissão Organizadora
Secretária Executiva
Projeto Gráfico
APRESENTAÇÃO
O Visualidades é um evento resultante de programa de extensão organizado pelo
Laboratório das Memórias e das Práticas Cotidianas (Labome) da Universidade Estadual
Vale do Acaraú (UVA), que envolve atividades de formação e divulgação científica de
trabalhos de pesquisa que expressem com suporte visual os seus resultados.
No ano de 2017, o Visualidades está na sua nona edição e está programado para o período
entre 05 e 07 de dezembro na Região Metropolitana de Sobral, no estado do Ceará e, dia 14
de dezembro na cidade do Rio de Janeiro. Serão selecionadas obras locais, do país e do
exterior, de artes visuais, que expressem atividades de pesquisa para compor as mostras e
exposições.
Entre 4 e 14 de dezembro:
- Mostra dos documentários nas escolas agendadas pelos programas PIBID dos cursos de
Letras, Ciências Sociais e História, assim como no CRAS dos bairros selecionados,
Memorial da Educação Superior de Sobral, UNINTA, ONG´s que atuam nos bairros
periféricos, Centro de Ciências Humanas da UVA e dois locais na cidade do Rio de Janeiro.
5 de dezembro:
6 de dezembro:
- Exposição e apresentação de documentários: debates com autores (Ver programação
específica)
Dia 5 de Dezembro:
Dia 6 de Dezembro
Oficina de Fotografia
Dia 7 de Dezembro:
LOCAIS DE EXIBIÇÃO
Dia 04.12.17
Dia 05.12.17
Dia 06.12.17
Local: E.E.F Antônio Ângelo dos Santos - Bom Tempo – Viçosa do Ceará
Horário: 12:30 às 16:50
Responsável: Maiara Maria de Araújo
Filmes:
Ama-San – Claúdia Varejão – Portugal/Suíça/Japão - 112’
Las musas de Pogue - Germán Arango Rendón - Colômbia -30'
A face do preconceito – Francisco de Souza Lima Filho - Ceará/Brasil – 11’47’’
Afetos de reisado – Antônio Jarbas Barros de Moraes – Ceará/Brasil – 20'
Surara – A luta pela terra Tupinambá - Thomaz Pedro e VeronicMonachini.
Bahia/Brasil - 18'27"
Gary - Marina Thomé – São Paulo/Brasil e EUA - 10'
Cidade sitiada– Cornélia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha - Rio Grande do
Sul/Brasil – 28’
Osiba Kangamuke - Vamos lá, criançada - HayaKalapalo, TawanaKalapalo, Thomaz
Pedro e Veronica Monachini de Carvalho - Mato Grosso/Brasil - 19'57'
O caminho das pedras - Alexandre Nogueira e Fernando Segtowick – Pará/Brasil -22'
Dia de feira – Luiz Antônio Araújo Gonçalves e Virgínia Célia Cavalcante de Holanda
– Ceará/Brasil – 14’09
Dia 07.12.17
Local: E.E.F Antônio Ângelo dos Santos Bom Tempo – Viçosa do Ceará
Horário: 12:30 às 16:50
Responsável: Maiara Maria de Araújo
Filmes:
Os Tembé, cidadão brasileiro da floresta - Jean François Matteudi, Vanderlucia da
silva Ponte – Pará/Brasil - 63'
Terreiros - Felipe Lovo e Mauricio Santos - Paraná/Brasil - 14'
Gary - Marina Thomé – São Paulo/Brasil e EUA - 10'
Zé Carreiro, a padroeira e o congado - Carlos P. Reyna – Minhas Gerais/Brasil -
19'41"
Minha vizinha - Rita Brás – Brasil/Portugal -12'
Tons Bicentenário - San Marcelo – Pará/Brasil - 3'
A poeira do tempo - Ana Luiza Carvalho da Rocha – Rio Grande do Sul/Brasil – 55'
Dia 08.12.17
Dia 14.12.17
Local: E.E.F Antônio Ângelo dos Santos - Bom Tempo – Viçosa do Ceará
Horário: 08:00 às 11:00
Responsável: Maiara Maria de Araújo
Filmes:
Terreiros - Felipe Lovo e Mauricio Santos - Paraná/Brasil - 14'
Zé Carreiro, a padroeira e o congado - Carlos P. Reyna – Minhas Gerais/Brasil -
19'41"
Minha vizinha - Rita Brás – Brasil/Portugal -12'
A face do preconceito – Francisco de Souza Lima Filho - Ceará/Brasil – 11’47’’
Tons Bicentenário - San Marcelo – Pará/Brasil - 3'
Cidade sitiada– Cornélia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha - Rio Grande do
Sul/Brasil – 28’
Afetos de reisado – Antônio Jarbas Barros de Moraes – Ceará/Brasil – 20'
Eu sou mulher – Telma Bessa e Mariana Dantas - Ceará/Brasil – 12'22
DOCUMENTÁRIOS
Ficha técnica: Produção Jarbas Moraes Direção de Produção Nilson Almino de Freitas
Imagens Antônio Jarbas Barros de Moraes Edição e Finalização Antônio Jarbas Barros de
Moraes, Nilson Almino de Freitas e Imannuel Kant, Still: Antônio Jarbas Barros de Moraes.
Ficha técnica: Roteiro: Telma Bessa e Mariana Dantas; Direção: Joyce Ramos e Telma
Bessa; Edição: Jerfson Lins e Sidnei Almeida; Pesquisa: Adriano Moura; Produção: Jerfson
Lins e Nilson Almino; Filmagem e fotografia: Joyce Ramos; Crianças: Ana Beatriz Costa
Souza Piauí, Clara Vitória Lopes Menezes; Adolescentes: Carolina Parente, Renata Souza;
Narradora: Germana Florêncio Elenco: Francilene Santos nascimento, Neiane Souza,
Cosma Araújo, Aline Sabino, Telma Bessa.
Ficha técnica: Direção: Ana Luiza Carvalho da Rocha Roteiro: Ana Luiza Carvalho da
Rocha, Pedro da Rocha Paim Pesquisa: Magna Magalhães, Margarete Fagundes Nunes,
Ana Luiza Carvalho da Rocha Imagens: Pedro da Rocha Paim Edição: Ana Luiza Carvalho
da Rocha, Pedro da Rocha Paim Realização: Grupo de Pesquisa Metropolização e
Desenvolvimento Regional Universidade Feevale Projeto: Contos do Vale dos Sinos
Finalização: Pedro da Rocha Paim.
Sinopse:A União das Nações Indígenas, em ato de desobediência civil contra a tutela do
Estado, coordena movimento político de participação popular na Constituinte (1987/88).
Vinte e cinco anos depois, o Movimento Indígena ocupa o Plenário da Câmara dos
Deputados e realiza Mobilização Nacional em Defesa dos Direitos Constitucionais
ameaçados pelo próprio Congresso Nacional. A Nação Kaiowa e Guarani, alheia ao Direito e
à Justiça, revela a narrativa testemunhal do genocídio indígena em marcha no estado do
Mato Grosso do Sul.
Ficha Técnica: Direção: Rodrigo Arajeju. Direção de Fotografia: André Carvalheira. Som
Direto: Alisson Machado. Montador: Sergio Azevedo. Direção De Arte: Marcia Roth.
Ilustrações: João Teófilo. Animação: Marcia Roth E Mallo Ryker. Assistente de Direção e
Produção: Marcos Vinícius Ferreira. Câmera Extra: Davi Alves e Alisson Machado.
Estagiária: Marina Brunale. Pesquisa: 7g Documenta. Roteiro: Rodrigo Arajeju e Sergio
Azevedo Produção Executiva: Isadora Stepanski. Coordenação de Produção:
Rodrigo Arajeju. Coprodução: 7g Documenta e Machado Filmes Produtoras Associadas:
Argonautas, 400 Filmes e Base Audiovisual. Apoio de Produção: TV CÂMARA. Apoio
Institucional: Aik Produções; Conselho Indigenista Missionário; Projeto Séculos Indígenas no
Brasil; Karioka Multimedia Produções; Ikorê Produções; Articulação dos Povos Indígenas do
Brasil; Memorial dos Povos Indígenas; Cult Video; Vídeo Master; Balaio Café; Padê
Produções; Coletivo Muruá; e Ceicine.
Patrocinio: Fundo de Apoio à Cultura – Fac/DF Secretaria De Estado de Cultura do
Governo do Distrito Federal – Secult/Gdf
Sinopse: Mario Juruna, único índio parlamentar na história do país, não consegue se
reeleger para a Constituinte (1987/88). Sem representante no Congresso Nacional desde a
redemocratização, as Nações Indígenas sofrem golpes da Bancada Ruralista aos seus
direitos constitucionais. O cacique Ládio Veron, filho de liderança Kaiowa Guarani executada
na luta pela terra, lança candidatura a deputado federal nas Eleições 2014, sob ameaças do
Agronegócio no Mato Grosso do Sul. Contra a PEC 215, seu slogan de campanha é "terra,
vida, justiça e demarcação".
Ficha técnica: Protagonistas: Ládio Veron e Valdelice Veron Kaiowa e Guarani, Álvaro
Doéthiro Tukano, Ailton Krenak, Aurivan "Neguinho" Truká, Sonia Guajajara e Mario Juruna
(em memória). Roteiro e Direção: Rodrigo Arajeju Diretor de fotografia: André Carvalheira
Som direto: Alisson Machado Diretor de produção: Pablo Peixoto Diretora de Arte: Marcia
Roth Ilustração: João Teófilo Edição e mixagem de som: Mauricio Fonteles
Montagem: Sergio Azevedo Produção Executiva: Alisson Machado Finalização: Base
Audiovisual Coprodução: 7G Documenta, Machado Filme e Argonautas
Um mergulho, a luz do sol do meio-dia atravessa a água a pique. O ar que está nos seus
pulmões terá que chegar até que se consiga arrancar o haliote. Estes mergulhos são dados
no Japão há mais de 2000 anos pelas Ama-San.
Las hojas que envuelven las plazas - Liliana Sayuri Matsuyama Hoyos -
Colômbia - 10'15"
O mercado do Distrito de Bogotá, Samper Mendoza, vira o centro de recepção de folhas de
bananeira na cidade. Estas folhas cultivadas por famílias camponesas e indígenas do sul do
Tolima, são cortadas, dobradas e empacotadas para serem levadas aos mercados locais e
municipais. Este é um mercado que teria se perdido, se não fosse pela persistência das
famílias que o fazem possível, desde a produção até o consumo das folhas de bananeira.
Os mercados públicos e a compra e venda das folhas de bananeira, tecem uma rede que
pode ser considerado um patrimônio cultural da cidade. Este documentário é resultado da
pesquisa "LasPlazas de Mercado se tejenconamasijos de maíz y envuelvenconhojas de
plátano". Projeto ganhador da bolsa "Patrimonio a la Plaza, Volver a lasPlazas de Mercado"
do Instituto Distrital de Patrimonio -IDP-. 2014.
FICHA TÉCNICA: Diretor:Liliana Sayuri Matsuyama Hoyos Produtor:Liliana Sayuri
Matsuyama Hoyos País/Países de Produção:Colombia Cor:Colorido
FICHA TÉCNICA: Diretor: Germán Arango Rendón Produtor: Duvan Londoño Natalia
Quiceno País/Países de Produção: Colombia Cor: Colorido
FOTOGRAFIA
CIDADE E MEMÓRIA
Do projeto
A cidade se coloca como um local de um povo, que é construída materialmente e
socialmente, imprimindo nas suas paredes e locais de passagens a forma como os seus
cidadãos a enxergam e convivem com ela naquele determinado tempo/momento.
Segundo Lúcia Rabello de Castro, a cidade, hoje, traz uma nova noção de felicidade,
“relacionada com a questão do consumo, da materialidade, do consumismo”, mas pensando
sobre como essas noções de consumo se dão dentro desse espaço. “A cidade vai trazer
essa possibilidade de usufruir, de desfrutar” (CASTRO, 2015).
Assim, podemos olhar para uma parte da história que teve, também, o seu modo de
consumo, numa outra forma de sociedade e de construir e usufruir (de) lugares físicos e
afetivos. Principalmente buscando as construções das cidades interioranas, sem excluir o
modo como essa ocupação se deu, enxergamos casas de arquiteturas admiráveis que
demonstravam carinho, memória, saudade, e contavam em seus cômodos e imagens a
história daquelas pessoas.
Porém, as cidades são, nos nossos tempos, constituídas de locais de passagem. Richard
Sennett diz que hoje “é viável uma experiência física – a experiência da velocidade. (...) A
tecnologia da locomoção permitiu que as pessoas se deslocassem para áreas além da
periferia.”
Esse ensaio é um convite a, com o olhar, perpassar a sensação frenética do consumo da
cidade; é um convite a, nessa nova civilização que tende a crescer verticalmente, opaca e
cinza, desfrutar desses espaços de lembranças, observar essas casas-memórias que
resistem, entrar no interior das casas dos interiores, revisitar a história visual desses
homens e mulheres em fotos feitas em residências na cidade de Groaíras, Ceará, em 2017.
Autor: Ivan Gabriel Sousa Feijó
Colonia Itapuã:
Autor: Renan Dias atuante no Laboratório das Memórias e das Práticas Cotidiana do curso
de Ciências Sociais da UVA. Movimento FOME
Objetivo:
O trabalho faz parte do projeto “Velhices” que pretende discutir sobre as diferentes formas
de vivenciar a velhice. O Objetivo desta exposição é mostrar que infância e velhice são
fases da vida do ser humano que se entrelaçam. A criança que fomos não morre. O
presente trabalho não pretende infantilizar a pessoa idosa, mas mostrar que o idoso ainda
guarda essa fase de brincadeiras, dependências, incertezas, tal qual vivenciamos quando
nascemos. Olhar, aprender e respeitar é o nosso dever como adultos e futuros idosos (as).
Autores:
Wellingta Maria Vasconcelos Frota, Cleane dos Santos de Medeiros, Samuel Mariano de
Vasconcelos, Antonia Leticia Adriano Silva, Nilson Almino de Freitas
Tapera
Objetivo e temática
O ensaio foi realizado durante o projeto “Saberes e sabores, objetos e imagens da colônia”,
entre 2015 e 2016, em continuidade à agenda de pesquisa Saberes e Sabores da Colônia,
iniciada em 2011, conduzida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Alimentação e Cultura
(GEPAC), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A pesquisa foi realizada junto a
diferentes grupos sociais moradores do rural no município de Pelotas e adjacências, mais
especificamente na chamada colônia, ou seja, onde foram instalados núcleos coloniais
desde o século XIX, principalmente na Serra dos Tapes. Ao longo da pesquisa foram
registradas, entre outras, narrativas sobre benzimentos, invenções, guardiania de saberes,
memórias de festividades, formas de alimentação, assim como as habitações “matriarcais”,
cuidadas com afeto durante gerações por mulheres, que retratamos neste ensaio
fotográfico.
O ensaio Tapera mostra uma casa que atualmente encontra-se sem moradores há muitos
anos, uma tapera, porém é mantida em seus pormenores por uma das interlocutoras da
pesquisa, Flávia, que nos levou até este que foi o local onde viveu com seus pais até o seu
casamento. Como modo de manter viva a memória de sua família, em especial de sua mãe
e suas ancestrais, ela
mantém intactos móveis, roupas, sapatos, utensílios e mesmo objetos que seriam mais
efêmeros, tal como um remédio, nos mesmos locais em que foram deixados por seus pais.
Deste modo, o objetivo do ensaio foi retratar este espaço de memórias tão vivas.
Autor(es): Patricia dos Santos Pinheiro; Guilherme Rodrigues de Rodrigues; Luana
Kerstner Schiavon; Renata Menasche (coordenação de pesquisa); Claudia Turra Magni
(assessoria em imagem); Hamilton Bittencourt (programação visual)
Situações Delicadas
Nome do Artista: Anderson Morais
A pesquisa visual do artista plástico e historiador busca entender o lugar do corpo masculino
na contemporaneidade, porque esse corpo tem causado tanto estranhamento nas artes
visuais atuais, porque tem se tornado delicado trata do corpo nu masculino, do
homoerotismo, das relações de afeto entre dois corpos. O artista tem se apropria de
imagens que encontra no Instagram para compor sua série de bordados, imagens que estão
expostas nas redes sociais. O resultado final retrata as representações sociais do corpo
masculino, discute gênero, identidade e o tabu sobre o corpo do homem, a exposição desse
corpo na redes sociais, a delicadeza que esse tema tem ainda na contemporaneidade.
O trabalho de pesquisa do artista está ligado as representações da figura humana, do corpo,
e tem o intuito de tratar das afetividades mais diversas. Anseios que começaram pelo íntimo
e pessoal, a partir daí o artista se aproprio dessas imagens que tenham alguma beleza ou
que passem algum significado, estabelecendo, assim, outras relações entre essas figuras, e
propondo questionamentos em torno da beleza, do corpo, da dor, da sexualidade e relações
afetivas.
COR[POR](IDADES)
Nome do Artista: Josiany Oliveira Mota
Sobre a performance:
O corpo como uma construção infindável de saberes, plenamente aberto para as inscrições
dos porquês.
O corpo é um artefato visível no qual operamos sobre o mundo. Mas não só. Está também
para além do tangível admitindo definições flutuantes que abarcam desde a concepção mais
comum da junção de células, sangue e ossos, o maquinário funcional da medicina, até a
visão abstrata do corpo como uma construção capital, social, cultural e histórica. Aqui, o
corpo é metamorfose, não tem peso quantificável, mas tem várias versões e estruturas. Não
é apenas gesto, mas é simbolismo. Não é apenas significado, mas é significante. É
experiência, é processo, é catarse. Muito se tem versado sobre esse “objeto” tanto nas
ciências biológicas como nas ciências humanas. Das muitas linguagens do dizer sobre ele a
arte é também uma boca que profana e chafurda entre essas “duas grandes senhoras” do
saber acadêmico. Partindo disso a ideia é usar essa outra linguagem para alavancar um
debate que coadune esses discursos a fim de colocar em cena essa dança não do corpo,
mas dos corpos em pluralidade com sua carga emotiva, incômoda, polêmica. Escandalizar-
se com um corpo nu de um homem em um museu, aplaudir o corpo lanhado de um
criminoso amarrado a um poste, banir as figuras de genitais dos livros didáticos do ensino
fundamental, impedir as inscrições do tempo nos rostos.
Supressão do que excede. Preenchimento para o que falta, nem mesmo as vulvas hoje
escapam do bisturi. Há que se moldar, retificar, endurecer, esconder, aplainar, vigiar. E como
é tarefa primeira da ciência e da arte, em um ponto de intersecção, o questionar abrimos o
fim dessa discussão para as reflexões que Deleuze fez sob a luz do contorno de Espinoza:
afinal, o que
pode um corpo?
PERFORMANCE
Censura nunca + RESISTÊNCIA PELA ARTE
Linguagem: Performance Teatral
Título: Censura nunca mais. Resistência pela arte
Nome do Artista: Jocilene Ramos Bastos
Texto: Poemas de Bertold Brecht , texto autoral de Jocilene Ramos e #342 artes
Duração: 10 min
Sobre a artista:
Joyce Ramos é artista e estudante do curso de ciências Sociais da Universidade Estadual
Vale do Acaraú (UVA).
Sobre a Performance.
A performance “Censura nuca mais. Resistência pela arte” é trabalho criado que vai
contra a censura das exposições de artes que vem acontecendo em várias cidades
brasileiras. Nos últimos dias as expressões artísticas vem sofrendo ataques e difamações. A
proposta busca questiona o porque dessa censura da arte em tempos que o país passa por
uma situação politica difícil Porque que eles querem a gente sem arte? Qual a razão disso?
Será que essa censura não é uma forma de desviar o foco para o que está acontecendo no
congresso nacional? A politica brasileira está usando a cultura como algo pejorativo, para
desviar nossa atenção. Porém as polêmicas em torno da arte é resultado de um moralismo
estratégico e oportunista do governo atual. Censura, fundamentalismo, moralismo? Em que
ano nós estamos. Somos divertidos, somos palhaços, somos bailarinos, somos músicos,
cantamos, dançamos, no teatro, na rua, mas não vamos nos calamos. A performance visa
levanta questões que combatam o discurso de ódio e a intolerância a arte, apresentando
essa CENSURA como algo grave que busca esconder os problemas deste país.