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Resumo: Este artigo reflete sobre o direito à educação, enquanto direito humano universal,
contemplado no Artigo XXVI da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Por
conseguinte, a educação ocupa lugar central na mediação da conquista de outros direitos. Nossa
proposta aqui é analisar o espaço ocupado pelos direitos humanos na Educação Básica,
ampliando a reflexão para modalidade de educação em tempo integral. Esta experiência resulta
do trabalho como assistente social em uma escola pública que oferta a Educação Básica em
João Pessoa, capital da Paraíba/Brasil no período de 5 anos. A metodologia de investigação foi
desenvolvida por meio da observação participante, numa perspectiva crítica dialética de análise
do cotidiano escolar. Para tanto, utilizamos: além da observação das atividades diárias na
escola, diário de campo, consulta a documentos e legislação sobre educação no contexto
integral, relatórios e fichas de atendimento dos estudantes e referências bibliográficas. O
contexto analisado permeado por aspectos antagônicos presentes na vida da população
atendida, no qual se fundem relações de inclusão e exclusão; proteção e desproteção; segurança
e vulnerabilidade; pós-modernidade e conservadorismo; direito efetivado e direito violado;
dentre outras contradições que se manifestam no mesmo espaço. O olhar investigativo desvelou
o caráter excludente de um ambiente diversificado em termos de relações sociais e direitos.
Percebemos encontros e desencontros entre as diferenças e similitudes que envolvem questões
de gênero, étnicas, pessoa com deficiência, entre outras. Apesar do avanço legal previsto no
Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, concluímos que a efetivação da proposta
caminha a passos lentos.
Palavras-chave: Escola. Educação Integral. Direitos Humanos.
1GT 11 – Estado, Sociedade civil e a implementação das políticas de proteção para crianças e adolescentes na
perspectiva dos Direitos Humanos.
1
1. Introdução
3
Nos apropriamos do conceito de território configurado por uma produção historicamente construída; enquanto
espaço geográfico constituído por Milton Santos: “O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e
também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o
quadro único no qual a história se dá” (Santos, 2017:63).
4
A educação infantil contempla a o Pré-escola I e II que se refere aos primeiros anos na escola e atende
crianças na faixa etária de quatro seis ano. O Ensino Fundamental I contempla do primeiro ao quinto
ano e atende crianças e adolescentes na faixa etária de 7 a 15 aproximadamente.
2
2024) e demais legislações vigentes. O PNE (2014-2024) aponta metas que visam uma
educação voltada para os direitos humanos e para ampliação da cidadania no âmbito da
Educação como um todo, de modo que o sistema educacional aplique uma pedagogia que
compreenda a diversidade dos sujeitos.
De acordo com o PNE, a educação em tempo integral se concretiza por meio da
articulação com as demais políticas setoriais. Ela amplia a função da escola enquanto espaço
de proteção social, exigindo novas atribuições e estratégias condicionadas ao tempo e ao espaço
sobre o qual as ações se realizam para além da prática pedagógica. Este formato de educação
aponta para educação em direitos humanos.
Tosi (2010), assevera que a temática dos direitos humanos só foi introduzida no Brasil, a
partir da resistência à ditadura, na segunda metade da decáda de 1970, por meio das Comissões
de justiça e paz, Centros de Defesa dos Direitos Humanos e Centros de Educação Popular 5.
Estes organismos restituiram a importância da prática dos direitos humanos para consolidação
de uma sociedade democrática, bem como, induziram a população a reinvidicar pela
regulamentação destes direitos, haja vista a Constituição Federal de 1988.
No âmbito da educação, a discussão da temática dos direitos humanos surge no primeiro
momento em 1993 na II Conferência Mundial sobre Direitos Humanos. Em 2004, foi elaborado
pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o
plano de ação para o Programa Mundial para Educação em Direitos Humanos6.
No Brasil, o primeiro Plano Nacional de Direitos Humanos foi instituído em 1996, este
Plano: “apresenta propostas para formulação e implementação de políticas públicas na área dos
Direitos Humanos, e transversalização dos direitos humanos nos campos das políticas públicas,
dando relevência especial para a Educação em Direitos Humanos” (TOSI & FERREIRA, 2014,
p. 48-49).
Partimos nesta reflexão da compreensão da dupla dimensionalidade da educação como
direito-meio e direito-fim, apresentada pelo professor Alexandre Náder (2018), ou seja, como
direito humano básico, a qual estabelece como primeira vertente a educação como direito-fim,
5
Ações propostas pelas Dioceses e Comunidades de Base, representante da ala progressista da Igreja Católica e
de movimentos sociais.
6
A partir da Conferência Mundial de Viena, foram criados os Comitês Nacionais de Educação em Direitos
Humanos e os devidos Planos de Ação.
3
portanto, não pode ser negligenciada, por ser a apropriação do conhecimento necessária a todos
os seres humanos. Para o autor citado,
Não obstante, a escola, instituição social da prática educacional, surge como ambiente
privilegiado para o alcance da disseminação e prática de direitos humanos de forma
universal.
Nossa atuação como Assistente Social na educação integral no período de cinco anos,
provocou questionamentos e inquetudes quanto ao lugar ocupado pelos direitos humanos,
recorrentes do exercício do direito à educação. O contexto da população antendida pela Unidade
de Ensino, formada por crianças e adolescentes, sujeitos dos quais, os direitos foram
4
historicamente negligenciados. Trata-se de crianças e adolescentes advindos de famílias de
baixa renda, inseridas em comunidades com alto índice de vulnerabilidade social7. A percepção
sobre estes sujeitos, instigou nossa análise em primeiro plano na perspectiva de uma educação
voltada para os direitos humanos e posteriormente na aferição de como tais direitos se efetuam
no cotidiano da escola.
Este estudo resulta da experiência vivenciada no espaço ocupacional, deste modo, a
técnica de investigação ultilizada foi a observação participante, técnica pertinente para estudos
no qual o pesquisador tem um contato profundo como o objeto pesquisado. As contradições
percebidas pelo olhar profissional corroboraram com uma leitura crítica do olhar investigativo.
Para tanto, valhemo-nos da pesrpectiva crítica dialética como método de análise.
Para recolha dos dados utilizamos os seguintes instrumentais: observação das atividades
diárias realizadas com a comunidade escolar; registros de diário de campo; consulta a
documentos internos (Projeto Político Pedagógico, Regimento Interno, Plano de Trabalho
Escolar, Diretrizes da Educação da Secretaria do Município); e documentos externos (leis,
resoluções e normas) sobre educação na modalidade de tempo integral; relatórios e fichas de
atendimento dos estudantes; dentre outras referências bibliográficas citadas ao longo do texto.
A escolha dos instrumentos apontados como fonte de dados para investigação se deu de forma
aleatória, à medida que surgiam inquietudes acerca da ausência da temática dos direitos
humanos no cotidiano da escola. Em outras palavras, situações de violação de direitos
frequentemente vivenciadas, instigaram a necessidade da pesquisa.
Salientamos que o acesso as fontes de informações apresentadas obedeceram os
procedimentos éticos que conformam a dimensão investigativa, orientados pelo Código de
Ética do profissional de Serviço Social, o qual estabelece como competência do Assistente
Social no exercício da sua função: “planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir
para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais”(CÓDIGO DE ÉTICA
DO ASSISTENTE SOCIAL, 2012, p. 45).
Pretendemos com este trabalho apontar que o processo de escolarização – entendido aqui
como direito humano à educação - precisa possibilitar para além do acesso ao conhecimento,
7
A concepção de vulnerabilidade denota a multideterminação de sua gênese não estritamente condicionada à
ausência ou precariedade no acesso à renda, mas atrelada também às fragilidades de vínculos afetivo-relacionais e
desigualdade de acesso a bens e serviços públicos. Conforme Carmo & Guizard (2018).
5
mas também a capacidade dos indivíduos de buscar mudanças e melhorias para vida a partir
dele.
A atuação profissional pautada na dimensão dos direitos humanos deve estender-se a
todos os trabalhadores da educação, de modo que toda a comunidade escolar compreenda
profundamente a temática. Entender que os Direitos Humanos não estão isolados e nem surgem
como componente do currículo, mas trata-se de uma concepção de educação propositiva, de
uma abordagem educativa em e para os direitos humanos.
A temática deverá ser refletida a partir da formação inicial e continuada dos
trabalhadores e posteriormente ser contemplada no planejamento pedagógico, lócus de reflexão
da prática. O Profissional da educação deverá planejar com foco nos direitos humanos. Enfim,
compreender como já sinalizado acima, em primeiro plano a educação como um direito
humano, enquanto direito-fim, e em segundo como um direito propiciador de outros direitos
humanos, enquanto direito-meio (NADER, 2018).
Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos
nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória.
A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução
superior, esta baseada no mérito (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS HUMANOS, 1948).
6
os indivíduos. Para tanto, emerge a instituição escola. Como não poderia ser diferente, a escola
foi projetada de forma padronizada, igual, regular, desprovida de pluralidade. Conforme
assinala Silveira:
Assim, emerge o desafio a ser enfrentado por todos os atores incluídos no espaço escolar:
lidar com a diversidade dos indivíduos, seres humanos, objetos da existência da escola.
A Lei 9.394/96, que estabelece as diretrizes para educação no Brasil, preconiza no seu
artigo 2º que a educação deve garantir o desenvolvimento pleno dos educandos, bem como o
exercício da cidadania. Dito de outra forma, prevê a formação cidadã ainda no âmbito da
educação básica. E no parágrafo 7º do Artigo 35-A: que: “Serão conjugados todos os esforços
objetivando a progressão das redes escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o
regime de escolas de tempo integral”(LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO,
1996).
O lugar da educação que ora refletimos neste estudo: estabelecimento público municipal,
localizado em território urbano, atende a uma população de baixa renda, que vive em condições
precárias de sobrevivência e enfrenta com dificuldades o provimento de suas necessidades
básicas8.
A unidade escolar aqui analisada atende cerca de 600 educandos no nível de Educação
Básica, na modalidade de Educação Infantil e Ensino Fundamental I. A faixa etária abrange dos
4 aos 15 anos incompletos.
8 Apontamos como necessidades básicas não providas pela população atendida pela escola: alimentação adequada,
condições de moradia, trabalho formal e acesso a serviços como saúde, assistência, segurança, relação de vínculo
e pertencimento a uma comunidade.
7
De acordo como o decreto 6.253/2007 a jornada escolar para educação
integral será o período superior a sete horas diárias, que poderá ser
cumprido na escola ou em entidades da comunidade que ofereçam
atividades escolares. A organização das atividades compreende os
seguintes macrocampos: Acompanhamento Pedagógico; Educação
Ambiental; Esporte e Lazer; Direitos Humanos em Educação; Cultura
e Artes; Cultura Digital; Promoção da Saúde; Comunicação e uso de
Mídias; Investigação no Campo das Ciências da Natureza e Educação
Econômica. Cada campo de atuação deverá desenvolver atividades
relacionadas no horário do contraturno das atividades pedagógicas
curriculares (BRASIL, DECRETO 6.253/2007).
9
A diversidade de demandas imposta à escola, de modo mais intenso à escola em tempo integral impõe à política
de educação indiretamente a absorção de competências referentes a outras políticas (Assistência Social, Segurança
Alimentar, entre outras).
8
O cotidiano da escola revela que a temática dos direitos humanos além de estar inserida
no currículo formal ou Projeto Político Pedagógico (PPP) como recomenda o Plano, precisa ser
concebida enquanto proposta individual de cada profissional, ou seja, o profissional da
educação precisa ser inserido numa proposta de direitos humanos. De modo que, compreenda
esta proposta e a introduza na sua atuação, no seu currículo, no seu conteúdo. A temática por si
só, imposta na proposta pedagógica surgirá apenas como mais um conteúdo a ser abordado de
forma superficial.
No que se refere a educação básica o referido Plano preconiza dentre outras exigências,
“favorecer desde a infância a formação de sujeitos de direito e priorizar pessoas e grupos
excluídos, marginalizados e discriminados pela sociedade” (PLANO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, 2003, p.16).
A orientação que se coloca no texto do Plano se refere a concepção de sujeito de direitos,
conforme assinala Pequeno (2010, p. 160-161): “O sujeito e, por conseguinte, a pessoa humana
terão agora um lócus privilegiado de defesa, promoção e realização da sua dignidade: os direitos
humanos”. Outrossim, a legislação que contempla os direitos da criança e do adolescente - Lei
8.069/90 – segmento presente por excelência no espaço analisado, enfatiza a concepção de
sujeitos de direitos e incorpora o respeito a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento
(ECA, 1990). Portanto, nossa suspeita inicial, vai-se confirmando no decorrer da observação, é
que a exigência apontada pelo Plano pouco se efetiva na escola.
De acordo com Zenaide (2001), há uma dimensão educativa na conformação dos
direitos humanos, portanto, não basta “afirmar são direitos “naturais”, que as pessoas
“nascem” livres e iguais, não significa dizer que a consciência dos direitos seja algo
espontâneo. O homem é um ser que deve ser ‘educado’ pela sociedade. A educação para a
cidadania constitui, portanto, uma das dimensões fundamentais para a efetivação dos
direitos, tanto na educação formal quanto na educação informal ou popular e nos meios de
comunicação” (ZENAIDE, 2001, p. 41).
A realidade da escola apresenta uma diversidade10 de contradições, o direito garantido ao
acesso esbarra com as situações das violação presentes na permanência 11. A efetivação do
10
De acordo com Silveira (2014:223): “...diversidade representa a multiplicidade da vida, a sua variedade, as suas
variantes...”
11
A referida Unidade de Ensino não cumpre os requisitos da legislação voltada para educação integral no que se
refere ao currículo, nem possui estrutura física adequada para desenvolver as atividades propostas.
9
direito humano à educação básica se dá no ato da garantia de acesso universal, há vaga na
escola. Entretanto é bastante tênue a linha entre efeitvação e violação. A inclusão dos indivíduos
na escola se entrelaça com outras formas de exclusão.
A diversidade se sobressai, indivíduos que se reconhecem iguais fora da escola, se
diversificam ao adentrar os muros dela, questões, de raça, etnia, orientação sexual, pessoa com
deficiência, crianças e adolescentes oriundas de famílias chefiadas por mulheres, entre outras
questões, surgem como elementos que favorecem a exclusão e com esta a desproteção, o
preconceito, enfim, formas variadas de discriminação e desrespeito, agregada a relações de
poder, as decisões predominantemente verticalizadas, sobrepõe a vontade dos adultos em
detrimento do direito das crianças e adolescentes.
As situações apontadas se configuram como faces da violência no espaço escolar.
Conforme assinala Tavares dos Santos (2009):
A violência, por sua vez, não encontra seu substrato ou fonte de legitimação
numa tipificação jurídica. Ela está disseminada no tecido social, tanto através
de formas mais visíveis, das marcas físicas deixadas nos corpos, quanto nas
suas dimensões veladas e simbólicas. A violência seria a relação social,
caracterizada pelo uso real ou virtual da força ou coerção que impede o
reconhecimento do outro – pessoa, classe gênero ou raça –, provocando algum
tipo de dano, configurando o oposto das possibilidades da sociedade
democrática (TAVARES DOS SANTOS, 2009, p.16).
Assim, a escola expressa seu caráter plural, trata-se de um lugar que propicia situações
permanentes de violação de direitos humanos, portanto, situações de violência; na mesma
medida que se configura como um lugar privilegiado para conhecimento, disseminação e
prática de direitos.
10
a educação em direitos humanos deve estruturar-se na diversidade cultural e
ambiental, garantindo a cidadania, o acesso ao ensino, permanência e
conclusão, a equidade (étnico-racial, religiosa, cultural, territorial, físico-
individual, geracional, de gênero, de orientação sexual, de opção política, de
nacionalidade, dentre outras) e a qualidade da educação (PLANO
NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, 2007, p. 32).
A direção dada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento norteador
da educação em direitos humanos define que os sujeitos devem ser considerados na sua
especificidade, ou seja, prescreve que: “A pessoa humana não foi mais considerada de maneira
abstrata e genérica, mas na sua especificidade e nas suas diferentes maneiras de ser: homem,
mulher, criança, idoso, doente, homossexual, pessoa com deficiência, etc” (TOSI &
FERREIRA, 2014, p. 39).
Quanto à população atendida pela escola - criança e adolescente - encontra proteção dos
seus direitos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelece os direitos
fundamentais da infância e da adolescência, no tocante o direito à educação. A referida lei, fruto
da Convenção sobre os Direitos da Criança12, foi sancionada em 1990, porém, só seria incluída
na LDB, esta, sancionada em 1996, enquanto matéria obrigatória no currículo do Ensino
Fundamental, dezessete anos depois, por meio da Lei 11.525/2007, parágrafo 5º:
12
A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Convenção sobre os Direitos da Criança – Carta Magna para
as crianças de todo o mundo – em 20 de novembro de 1989, e, no ano seguinte, o documento foi oficializado como
lei internacional. A Convenção sobre os Direitos da Criança é o instrumento de direitos humanos mais aceito na
história universal. Foi ratificado por 196 países (UNICEF, 1989).
11
e demais profissionais, dada uma prática apartada da força da lei, correspondem a uma cultura
de não direitos humanos que é reproduzida no cotidiano da escola.
3. Considerações Finais
12
Não obstante, a escola deve ser pensada para os indivíduos que constituem o seu
cotidiano, de modo que agregue a diversidade ali presente, visando construir uma cultura de
direitos humanos no ato de educar, de conviver, de produzir e reproduzir conhecimento,
respeito, direito.
Ao tratar da esfera do cotidiano como possibilidade de análise, Heller (1989, p.18), define
como “Lugar de reprodução dos indivíduos...” Assim, visualizamos o cotidiano da escola como
espaço privilegiado para uma análise da inclusão ou exclusão de direitos humanos.
Para tanto, a educação precisa fazer uso de todos os recursos disponíveis em matéria de
apropriação de conteúdos que abordem a temática dos direitos humanos a partir do uso da força
da lei, a inclusão no currículo, a formação continuada de educadores, tendo em vista a proposta
do PNEDH(2007), em termos de orientar políticas de educação na construção de uma cultura
de direitos humanos. Ademais promover interação com instituições que trabalham a temática,
a sensibilidade da comunidade, dentre outras formas de ressignificação do papel de educar para
os direitos humanos, de educar para a cidadania.
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