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Videoaulas 1 a 6, com prof. Karla Knihs
GOMES, Eduardo Biacchi; MONTENEGRO; Juliana Ferreira. Introdução aos estudos de Direito Internacional.
Curitiba: Intersaberes, 2016.
Videoaulas 1 a 6
Rotas de Aprendizagem 1 a 6
Neste breve resumo, destacamos a importancia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao
contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteudo programatico da sua disciplina
nesta fase e lhe proporcionarao maior fixaçao de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema
avaliativo adotado pelo Grupo Úninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a Rota de
Aprendizagem completa (livro-base, videoaulas e material vinculado) das aulas compoem o referencial teorico que
ira embasar o seu aprendizado. Útilize-os da melhor maneira possível.
Bons estudos!
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Sumário
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Tema: Sociedade Internacional
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O Realismo e talvez uma das teorias mais conhecidas das Relaçoes Internacionais, com
surgimento em oposiçao ao Idealismo. Possui como grandes autores desde Tucídides, na Grecia
Antiga, e Maquiavel, para atingir seu apice nas liçoes de Edward Carr e Hans Morgenthau. O
Realismo nao esquece que o Direito e a Política nao podem ser vistas de forma apartada, mas
peca por reduzir o Direito Internacional a um mero sistema de forças. Para vertente do
Realismo, o Direito Internacional serve aos interesses dos Estados, mormente os Estados com
maior poder. De forma geral, entretanto, os realistas vislumbram o Direito Internacional com
certo ceticismo, sendo que as normas que regem a sociedade internacional seriam normas, em
verdade, voltadas com o intuito de sobrevivencia dos Estados e manutençao do equilíbrio de
poder.
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“(...) a ordem vestfaliana pautada nos princípios de autonomia e territorialidade - caracterizada
pela independencia política dos Estados e pela nao-intervençao nos assuntos domesticos uns
dos outros - foi, ao longo da Historia, constantemente comprometida em face da atraçao dos
Estados pela adesao a princípios alternativos que permitiriam a satisfaçao dos seus interesses,
bem como a consolidaçao das assimetrias de poder. Krasner (1996, p.150-151) destaca que,
como nao existe no sistema internacional uma autoridade suprema capaz de controlar ou de
impedir as açoes desses Estados, tais atores tiveram o incentivo e a oportunidade para violar
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princípios de autonomia e de independencia de açao de acordo com os seus interesses - muitas
vezes aderindo a princípios alternativos com o objetivo de maximizar seus ganhos e preservar
a estabilidade da ordem global - e seu poder”. (JESÚS, D. S. V. de. O baile do monstro: o mito da
paz de vestfalia na historia das relaçoes internacionais modernas. História, Sao Paulo, v. 29, n.
2, dez. 2010.).
Neste contexto, pode-se dizer que o Estado e o principal sujeito de Direito Internacional Publico,
por conta de uma serie de fatores: por exercer primazia em face dos “novos sujeitos”, alem de
exercer ampla atuaçao e possuir plena capacidade jurídica, sendo o principal detentor de
direitos e deveres na ordem internacional. No mais, vale lembrar que a figura do Estado esta
presente em toda historia de Direito Internacional Publico.
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“Indicado pela ONÚ (Organizaçao das Naçoes Únidas) como mediador entre os países arabes e
o Estado de Israel, criado quatro meses antes, em maio de 1948, o conde sueco Folke Bernadotte
e assassinado em 17 de setembro de 1948 por terroristas judeus em Jerusalem oeste.
Em fevereiro de 1945, Bernadotte, sobrinho do rei Gustavo V, havia conseguido libertar 30 mil
judeus dos campos de concentraçao alemaes.
O Conde Bernadotte era um diplomata sueco, fluente em seis idiomas, que ganhou
reconhecimento internacional mediante seu trabalho com o chefe da Cruz Vermelha sueca
durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 20 de maio de 1948, foi nomeado mediador pela Assembleia Geral da ONÚ e imediatamente
se viu diante da volatil situaçao no Oriente Medio.
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(...)”. (OPERAMÚNDI. 1948 - Conde sueco Folke Bernadotte e assassinado. Coluna Hoje na
Historia. Disponível em:
<http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/15257/hoje+na+historia+1948+-
+conde+sueco+folke+bernadotte+e+assassinado.shtml>. Acesso em: 21 jun 2016).
O caso Folke Bernadotte, decidido pela Corte Internacional de Justiça, refere-se a situaçao
ocorrida em 1948, quando entao um diplomata da Suecia, denominado de Folke Bernadotte,
estava a trabalho das Naçoes Únidas, para fins de mediar o conflito existente na regiao de Israel
e Palestina, e foi morto por israelenses. Questionou-se, entao, se haveria formas da ONÚ ter
danos reparados por Israel. A questao chegou a Corte Internacional de Justiça, que no caso
entendeu que a ONÚ teria personalidade jurídica de Direito Internacional, com capacidade para
os assuntos ligados as suas finalidade, bem como clarificou, em parecer consultivo, que a ONÚ
teria, sim, o direito de formular reclamaçoes internacionais para fins de reparaçao de danos.
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“As organizaçoes internacionais sao hoje parte central da política internacional e da vida social
em diferentes partes do mundo. A pratica profissional, a compreensao do mundo que nos cerca
e o exercício da cidadania exigem atençao ao tema.
Parte consideravel dos esforços da diplomacia de cada país se volta para a atuaçao dentro das
organizaçoes intergovernamentais. As forças armadas lidam com preparativos para operaçoes
de paz; em seu tratamento, podemos discernir normas internacionais sobre o uso de armas ou
o tratamento de prisioneiros de guerras geradas no ambito das organizaçoes internacionais.
Elas estao presentes em nosso cotidiano, em notícias que lemos e ouvimos sobre a participaçao
da ONÚ (Organizaçao das Naçoes Únidas) no processo de reconstruçao de Estados, sobre as
negociaçoes comerciais na Organizaçao Mundial do Comercio, (...)”. (HERZ, Monica et alii.
Organizações Internacionais: historia e praticas. 2ª ed., rev. e atual. – Sao Paulo: Elsevier,
2015, p. 09).
Sao as características principais de toda e qualquer organizaçao internacional: (1)
multilateralidade, pois derivam da vontade dos Estados; (2) permanencia, pois nao ha termo de
duraçao da organizaçao internacional intergovernamental; (3) institucionalizaçao, pois contam
com todo um aparato proprio.
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As fontes de Direito Internacional Publico sao os meios ou as formas pelas quais as normas do
DIP se manifestam. Ou seja, sao as referencias, os pontos norteadores, do Direito Internacional
Publico.
Segundo o Estatuto da Corte Internacional de Justiça, em seu artigo 38,
“A Corte, cuja funçao e decidir de acordo com o direito internacional as
controversias que lhe forem submetidas, aplicara:
a) as convençoes internacionais, quer gerais, quer especiais. que estabeleçam
regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de uma pratica geral aceita como
sendo o direito;
c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas Naçoes civilizadas;
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d) sob ressalva da disposiçao do art. 59, as decisoes judiciarias e a doutrina dos
publicistas mais qualificados das diferentes Naçoes, como meio auxiliar para a
determinaçao das regras de direito.
2. A presente disposiçao nao prejudicara a faculdade da Corte de decidir uma
questao ex aeque et bono, se as partes com isto concordarem”.
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Podemos observar que cada vez mais ha tratados internacionais no ambito do Direito
Internacional Publico, sobre os mais diversos temas, em predileçao as normas costumeiras, por
conferir maior segurança as partes, alem de outros motivos. Úm exemplo claro dessa
codificaçao e a Convençao de Viena sobre o Direito dos Tratados, de 1969, que, cuida, como o
nome diz, da materia dos tratados internacionais.
Falar em crescente codificaçao do direito internacional significa o tratamento sobre
determinado tema do Direito em uma mesma norma jurídica, como um tratado internacional.
Muito embora nao se possa falar, dentro do direito internacional publico de uma verdadeira
codificaçao, ou seja, nao ha um Codigo de Direito Internacional, esta codificaçao, regulaçao em
normas, vem cada vez mais sendo utilizada pelo direito internacional, sobretudo apos a
Segunda Guerra Mundial, quando entao avultada a importancia dos Tratados Internacionais
para resolver determinado tema.
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Datados desde muito tempo, justamente para regrar as relaçoes entre os Estados soberanos, os
costumes foram considerados a fonte principal do Direito Internacional classico e, inclusive,
servem de base para inumeros julgados ate os dias atuais, em que o tratado internacional
passou a ser a fonte principal do Direito Internacional.
Para o costume ser caracterizado como norma, sao necessarios dois elementos, o objetivo e o
subjetivo ou psicologico. Ou seja, o costume como fonte de Direito Internacional significa a
pratica reiterada (elemento objetivo) de determinados atos, aceitos por todos da sociedade
como obrigatorios (elemento psicologico, subjetivo, tambem denominado de opinio juris). Sua
comprovaçao na esfera internacional pode-se fazer mediante qualquer prova admissível em
Direito.
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Os Tratados Internacionais apesar de sua importancia, nao sao as unicas fontes do Direito
Internacional. Outrossim, a propria ideia de uma codificaçao do Direito Internacional Publico
ainda nao se concretizou de forma completa.
Neste contexto, o direito internacional consuetudinario e aquele composto sobretudo por
normas que se constituem costumes, assim entendidos como praticas reiteradas (elemento
objetivo) de determinados atos, aceitos por todos da sociedade como obrigatorios (elemento
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psicologico, subjetivo, tambem denominado de opinio juris), isto e, como sendo um direito,
existindo independentemente de disposiçoes escritas em tratados internacionais.
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Para que um tratado tenha força legal e produza efeitos jurídicos em ambito internacional, deve
obedecer algumas condiçoes, ou seja, alguns requisitos. Sao as chamadas condiçoes de validade
dos Tratados Internacionais, que deverao ser necessariamente observadas pelas partes. Tais
requisitos, ou condiçoes, sao: (1) capacidade das partes contratante, ou seja, as partes deverao
ser sujeitos de direito internacional publico e poder assinar tratados internacionais; (2)
habilitaçao dos agentes signatarios, o que significa que quem assina o tratado devera ter
poderes para tanto; (3) objeto lícito e possível, ou seja, o objeto do tratado nao podera violar as
normas internacionais existentes; (4) consentimento mutuo, ou seja, as partes devem consentir
na realizaçao do tratado. E expressao da vontade, livre e desimpedida.
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“A Camara dos Deputados aprovou o Acordo de Paris por unanimidade na noite de terça-feira
(12). O texto valida, em territorio nacional, o pacto mundial firmado pelo Brasil e mais de 190
países no fim do ano passado, na capital francesa. O objetivo da medida e conter a mudança do
clima ao estabelecer metas para limitar o aumento da temperatura.
O texto segue, agora, para o Senado Federal. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho,
classificou como um avanço a ratificaçao do acordo. A aprovaçao na Camara decorre de esforço
da Frente Parlamentar Ambientalista e da sociedade civil por meio da campanha “Ratifica Ja!”,
lançada ha cerca de um mes.
“Frente ao historico brasileiro de demora na ratificaçao de acordos socioambientais, esse foi um
grande avanço e uma sinalizaçao de que o Congresso tambem esta sensível a questao da
mudança do clima”, avaliou o ministro na abertura da reuniao do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), nesta quarta-feira (13).
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A expectativa e que a votaçao no Senado Federal ocorra sem quaisquer objeçoes apos o recesso
parlamentar. Com a iminente aprovaçao do texto na Casa, o Brasil estara entre as primeiras e
principais potencias a ratificarem o Acordo de Paris”. (PORTAL BRASIL. Acordo de Paris é
aprovado na Câmara dos Deputados: O texto segue, agora, para o Senado Federal. O objetivo
da medida e conter a mudança do clima. Publicado em 13 jul 2016. Disponível em:
<http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2016/07/acordo-de-paris-e-aprovado-na-
camara-dos-deputados>. Acesso em: 20 jul 2016).
Da leitura da notícia, percebe-se a importancia da ratificaçao de um tratado para o direito
interno e o direito internacional. A ratificaçao e a aceitaçao, adesao, do Estado ao tratado
internacional. Consiste em ato no qual o Estado estabelece seu consentimento em obrigar-se
por um tratado. Úma vez que representa aceitaçao definitiva, e a partir da ratificaçao que as
partes estarao vinculadas juridicamente, em torno de importantes temas e resoluçao de
desafios. Por isso mesmo, com a ratificaçao de um Tratado Internacional o Estado nao pode
invocar as disposiçoes de seu direito interno como justificativa para seu descumprimento, sob
pena de ser responsabilizado internacionalmente.
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Úm tratado internacional possui tanto fases externas, comuns a todos os Estados, quanto fases
internas, a depender do tratamento jurídico conferido por parte do direito interno de cada
Estado sobre o tema. No Brasil, as fases internas sao a ratificaçao parlamentar, a promulgaçao e
a publicaçao.
A promulgaçao e a publicaçao sao fases internas que servem para incorporaçao do tratado
internacional dentro do direito domestico brasileiro, necessarias para conferir eficacia ao texto
internacional. Ou seja, a e uma etapa em que se comanda a execuçao do tratado internacional
dentro dos limites da jurisdiçao da competencia estatal, enquanto a publicaçao e a etapa em que
se reconhece a possibilidade de aplicaçao do tratado no ambito interno do Estado.
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Úm tratado internacional possui tanto fases externas, comuns a todos os Estados, quanto fases
internas, a depender do tratamento jurídico conferido por parte do direito interno de cada
Estado sobre o tema. No Brasil, as fases internas sao a ratificaçao parlamentar, a promulgaçao e
a publicaçao.
De forma geral, na formalizaçao de um tratado internacional participam sempre o Poder
Legislativo e o Poder Executivo. Mais especificamente no caso do Brasil, o Poder Legislativo
participa na fase do referendo parlamentar, quando entao cabe ao Poder Legislativo brasileiro
verificar a viabilidade de adesao a determinado tratado internacional assinado pelo Poder
Executivo.
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As fases de conclusao dos tratados sao, grosso modo, as seguintes: (1) negociaçao; (2)
assinatura; (3) referendo parlamentar; (4) ratificaçao; (5) promulgaçao; (6) publicaçao; (7)
deposito ou registro.
A respeito da ratificaçao, e a partir da ratificaçao que as partes estarao vinculadas
juridicamente, pois representa a aceitaçao definitiva. Ademais, a ratificaçao e necessaria para
que um tratado internacional possa vir a ser aplicado no direito interno, nao havendo como se
cogitar em ato internacional que obrigue internamente antes da ratificaçao.
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Os Tratados Internacionais apesar de sua importancia, nao sao as unicas fontes do Direito
Internacional. Neste contexto, ha que se destacar a importancia tambem das decisoes
internacionais.
O estudo jurídico e formado por um tripe geral, qual seja: normas (ou, no direito interno,
legislaçao), doutrina e jurisprudencia. Sao as referencias que formam o Direito Internacional
Publico, o qual nao existe apenas em virtude de tratados internacionais ou apenas em razao de
costumes. A doutrina, assim como a jurisprudencia, apesar de nao criarem normas, sao fontes
auxiliares importantes.
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“se as relaçoes entre o Direito Internacional e o Direito interno sao reguladas por normas
jurídicas, tais normas sao internacionais ou internas? Caso ambos os ordenamentos disciplinem
de maneira diferente a mesma situaçao jurídica, qual deles deve prevalecer? Úm tratado
internacional ja ratificado se aplica imediatamente no ambito interno ou depende de outras
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condiçoes colocadas pelo Direito interno para essa aplicaçao?” (MAZZÚOLI, V.O. Curso de
direito internacional público. 9. ed. Sao Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, p. 92).
As teorias que tratam sobre o assunto da relaçao entre Direito interno ao Estado e Direito
Internacional sao de um lado o monismo e, de outro lado, o dualismo, cada qual com suas
respostas para relaçao entre Direito Internacional e Direito Interno. O monismo acredita que o
Direito Internacional e o Direito interno sao dois ramos do Direito dentro de um so sistema
jurídico, de modo que o Direito Internacional se aplicaria diretamente na ordem jurídica dos
Estados, independentemente de qualquer "transformaçao". Ja o dualismo designa o direito
internacional e o direito interno como dois sistemas diferentes que nao se comunicam.
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Tema: Autodeterminação dos Povos
O Caso da independencia da Argelia, nos anos 60, foi emblematico ao Direito Internacional
Publico. Tanto assim que a questao da vontade popular argentina pela independencia foi
internacionalizada, sendo que em 1960 as Naçoes Únidas, em Assembleia Geral, chegou a
reconhecer o direito a autodeterminaçao do povo argelino. Assim, em 1962, por meio de
referendo popular, a Argelia finalmente torna-se independente. Este e exemplo dentre muitos
de novos valores do Direito Internacional contemporaneo. Em breves palavras, pode-se afirmar
que o direito a autodeterminaçao explica que o Estado tem o direito de definir suas políticas
interna e externa, sem a interferencia de outros, mas dentro dos limites do Direito Internacional
Publico.
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Tema: Nacionalidade
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Maria nasceu em 2016, no Rio de Janeiro. Seus pais, Kwan e Yang Mi sao da Coreia do Sul e
estavam passando as ferias no Brasil, que decidiram conhecer a turismo e para ver as
Olimpíadas.
Diante da situaçao acima exposta, Maria e considerada brasileira, pois conforme a Constituiçao
Brasileira todo aquele nascido no Brasil e brasileiro nato, ainda que possua pais estrangeiros.
No caso em tela, os pais nao estavam a serviço da Coreia do Sul (estavam a turismo), ao que
Maria sera considerada brasileira pelo criterio do jus solis.
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O conceito de nacionalidade constitui um dos elementos que identificam um povo a uma naçao,
sendo justamente o vínculo jurídico e político que une um povo a um Estado. No Brasil, a
Constituiçao da Republica Federativa de 1988 enuncia os modos de adquirir a nacionalidade
brasileira, originariamente ou, ainda, de forma secundaria.
A nacionalidade brasileira podera ser adquirida na forma originaria quando se obtem em
virtude do nascimento em solo brasileiro, conforme criterio do jus solis, ou, ainda, por meio de
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criterios de vínculos sanguíneos com o pai ou a mae (ou ambos). Tambem podera ser uma
nacionalidade secundaria ou adquirida, nos casos que resultem da escolha do indivíduo na
nacionalidade brasileira.
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O instituto jurídico do asilo, que nao se confunde com o refugio, e figura famosa na America
Latina e regulada tanto por meio do Direito Internacional Publico, a exemplo maior da
Convençao sobre Asilo Territorial, assinada em Caracas em 1954, como por meio do Estatuto
do Estrangeiro, que cuida da condiçao do asilado.
Com os mesmos pressupostos, natureza política dos delitos atribuídos ao fugitivo e a atualidade
da persecuçao (estado de urgencia), o asilo territorial e o asilo diplomatico encontram suas
disposiçoes nas Convençoes de Caracas sobre Asilo Territorial e Asilo Diplomatico, ambas
celebradas no ano de 1954. A concessao do asilo diplomatico e transitoria e provisoria, e se da
quando o Estado que concede o asilo permite a entrada da pessoa solicitante em sua embaixada,
consulado, navios de guerra, aeronaves ou acampamentos militares, sendo medida de carater
excepcional. Ja o asilo territorial O asilo territorial trata-se da condiçao atraves da qual o asilado
obtem a referida condiçao, dentro do Estado concessor do asilo.
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“Mafioso italiano casa e tem filhos no Brasil antes de virar informante:
Um dos mais importantes membros da máfia siciliana Cosa Nostra, Tommaso Buscetta foi preso
em 1972 pela polícia brasileira, quatro anos após ser condenado por duplo homicídio na Itália.
Extraditado, foi condenado por tráfico de entorpecentes, mas fugiu novamente para o Brasil, onde
casou e teve filhos. O italiano foi novamente preso em 1983.
Em 1985, foi extraditado pela Justiça Brasileira e, após uma tentativa de suicídio que fracassou,
decidiu se tornar informante, sendo o primeiro a quebrar o código de silêncio dos mafiosos. Ao juiz
Giovanni Falcone, Buscetta deu informações preciosas sobre a Cupola, formada pelos principais
membros da Cosa Nostra. Marcado para morrer - assim como Falcone, assassinado em um ataque
a bomba -, passou por diversas cirurgias plásticas e morreu em 2000, nos Estados Unidos”.
(TERRA. Extraditados pela Justiça Brasileira. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/extraditados/>. Acesso em: 22 jul 2016).
Extradiçao e a entrega, por um Estado a outro, e a pedido deste, de pessoa que em seu territorio
deva responder a processo penal ou cumprir pena, sendo o ato de extradiçao de natureza
jurídica, política e judicial.
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