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Esta é uma obra de ficção e foi meu primero livo. É uma obra
ambientada na Máfia italiana e de minha total autoria. Não tem relação com
a realidade e tudo é puramente minha criação.
Samira, uma menina nascida e criada dentro de uma das maiores
máfia da Itália, se apaixonou por quem não deveria e teve seu coração
partido por isso.
Vicenzo, Don da máfia Grimaldi, é um dos homens mais temido e
sempre viu Samira com olhos fraternais. Ele não acreditava que amaria uma
mulher, algum dia e se contentou com isso.
Mas o amor estava ao seu lado e ele só precisava olhar com outros
olhos para a menina que viu crescer para que esse belo sentimento fosse
pregado em seu coração.
Dedico este livro a todas as pessoas que, assim como eu, são apaixonadas
por romance de máfia e sofrem junto com os personagens a cada
acontecimento na história.
Boa leitura.
Copyright © 2022 THAMY OLIVER
Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, compartilhada, distribuída ou transmitida por
qualquer forma ou meio, incluindo fotocópias, gravação, ou outro método eletrônico sem a prévia
autorização da autora.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, lugares ou qualquer evento descrito nela é produto da imaginação
da autora. Qualquer semelhança com pessoas, lugares e eventos reais é mera coincidência.
A violação dos direitos autorais é crime previsto na lei nº 9.610/98 e punida pelo artigo 184 do
código Penal.
“I can’t see ( Não consigo enxergar) one thing wrong ( uma coisa errada) between the
both of us ( entre nós dois) be mine ( seja minha/meu)”.
Fallin’ All in You – Shawn Mendes
Contents
Copyright
Dedication
Capitulo 1
Capítulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Capitulo 33
Capitulo 34
Capitulo 35
Capitulo 36
Capitulo 37
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Capitulo 42
Capitulo 43
Epílogo
Books By This Author
Quem nasce na máfia já tem seu destino traçado, certo?
Bem, era isso que Vicenzo, o Don da máfia Grimaldi, uma das
maiores máfia da Itália, achava. Vicenzo tinha a vida perfeita, o cargo que
tanto almejava, e um casamento arranjado, que apesar de não amar sua
esposa se conformou com isso, pois julgara que o amor não era um
sentimento para ele.
Ser poderoso e temido era o que lhe bastava. Mal sabia Vicenzo que
o amor que ele tanto achou não ser capaz de viver estava tão próximo e a
espera de que ele o enxergasse.
Quem me ouve falando assim acha que sofro, que não tenho amor.
Pelo contrário, eu sou muito amada. Meus pais fazem de tudo por mim e
meu irmão não fica atrás com relação a isso.
Mas eu não tenho o amor que eu quero, não tenho a pessoa que eu
amo me amando de volta. Para ele eu sou só a irmã de seu melhor amigo,
quase sua prima.
Na época em que meu pai ainda era apenas mais um soldado, entre
os tantos que nossa máfia possui, se apaixonou por minha mãe, Giulia
Ferrari.
Ela era filha do Capo de Napoli e pela lei da nossa máfia não
poderia se casar com um soldado, pois deveria manter a linhagem de classe
alta e seleta da famiglia, casando-se assim um Capo ou filho de um Capo.
Porém não foi isso o que aconteceu e ela acabou se apaixonando e se
casando com um soldado, no caso meu pai.
Ele não queria se casar a principio, mas foi forçado por seu pai, pois
precisava se tornar Don e ter herdeiros para levar o legado de seus
antepassados a diante.
Mas como tudo que está ruim pode piorar. Sua mão estava
prometida ao filho do capo de Palermo, pois na nossa máfia quem é da
realeza da máfia só pode se casar com quem também faz parte dela. E em
meio ao desespero temendo ser descoberta por sua falha ao se apaixonar por
um soldado, engravidado dele e com isso ser obrigada a abortar o bebê para
se casar com quem não amava, quis fugir para viver esse amor longe e
impedir que o homem que amava fosse morto.
Foi nessa busca por algo que ajudasse o amigo que a oportunidade
de tornar meu pai um dos chefes da famiglia e um membro efetivo da máfia
surgiu. Meu pai descobriu que um dos aliados de Eduardo estava tramando
sua morte e o entregou ao conselho ganhado assim o direito de subir de
cargo na famíglia e ser alguém importante dentro dela.
Meu irmão é soldado, Giuseppe ama o que faz, às vezes não consigo
entender como se ama viver em meio à violência e mortes, por mais que eu
saiba que as pessoas que ele mata são inimigos, não gosto de saber que ele
precisa cometer tal ato para provar sua lealdade a nossa máfia, contudo
nunca fui de encontro a seu papel dentro da famiglia e nossa família vive
em harmonia e rodeada de muito amor.
Em breve Giuseppe deixará de ser soldado e se tornará consigliere
quando Vicenzo, seu amigo e futuro Don da nossa máfia assumir o cargo.
Esse cargo antes era ocupado pelo marido da tia paterna de Vicenzo, o
senhor Giancarlo Ricci.
O pai de Vicenzo não tinha irmãos homens vivo para assumir esse
cargo quando ele se tornou Don, o passando assim para seu cunhado,
marido de sua irmã Sienna.
Mas tudo isso ficou no passado e hoje estamos selando uma nova
fase na nossa máfia. A máfia Grimaldi vai ter um novo Don. E isso se dará
com o casamento de Vicenzo, filho único de Eduardo e Emma Grimaldi,
que é onde eu estou agora.
Fomos criados juntos. Por nossos pais serem amigos e nossas mães
primas, ele esteve presente em minha vida desde o meu nascimento.
Vicenzo tem a idade do meu irmão Giuseppe, com diferença de alguns
meses, o que significa 12 anos, mais velho do que eu, e sempre me viu
como uma adolescente boba, uma pirralha como ele adora me chamar.
Ele me vê como uma irmã mais nova (já que ele não possui
nenhuma, pois é filho único) fazendo meu idiota coração sofrer por ele. E é
por isso que hoje aqui nesta igreja aos quase 18 anos e morrendo por dentro
ao vê-lo se casar com outra, que eu afirmo: Não nasci para ser feliz.
Capitulo 1
Um mês antes
A minha vida não tinha como ser melhor (bom era o que eu achava)
em breve me tornarei o Don da máfia Grimaldi, cargo esse que sempre
almejei, embora para tal coisa acontecer eu tenha que me casaram aos 29
anos, pois tenho que passar um ano em iniciação para me tornar Don e
assumir o cargo aos 30.
Meu pai se tornou Don aos 25 anos, seu casamento foi arranjado
com minha mãe Emma Rizzo a filha do Capo de Torino; e eu serei aos 30.
Muitos julgam que demorei para assumir o cargo, contudo eu esperei estar
totalmente pronto para tal responsabilidade.
Na máfia as mulheres são criadas para serem assim e com ela não
seria diferente. Afinal será a esposa do futuro Don.
Reviro os olhos.
— Espero um dia ter uma esposa igual à sua, um dia eu quero dizer
daqui a uns 30 anos, tenho muito para aproveitar ainda e casar não está nos
meus planos — ele fala rindo da minha cara por saber que não poderei mais
estar rodeado de bocetas como ele.
Fico olhando-a por um tempo admirando sua beleza até ouvir uma
voz familiar.
— Que bom que se sente tão bem em minha casa, Samira, fico
imensamente feliz em saber que não queria comparecer ao meu jantar de
noivado. — falo sendo irônico e rindo da sua cara emburrada.
Sei que garotas de sua idade, acham esses tipos de jantares chatos e
entediante, mas sua família é muito importante para a minha e não poderia
ficar de fora.
Como não tenho irmã nem irmãos, meu pai a vê como uma filha,
visto que é filha de seu melhor amigo.
— Tudo bem, tio Eduardo, vou andar um pouco no jardim até a hora
do jantar. — Samira fala ao meu pai
— Vá, mas tome cuidado Samira, vou chamar Enzo para lhe
acompanhar — digo olhando para ela.
Sigo com meu pai, meu avô, Enrico Grimaldi (que faz parte do
conselho e o está representando), Giuseppe e seu pai Francisco Morino, e
Mattias DeLuca, pai de minha noiva, para o escritório.
Capítulo 2
É errado!
Ele está noivo, é bem mais velho do que eu, sem falar que é
praticamente um primo meu, e o pior melhor amigo do meu irmão. Como
Giuseppe reagiria se soubesse que amo Vicenzo como homem e não de
maneira fraternal como deveria ser?
O mataria com certeza. Suporia que Vicenzo iludiu sua irmãzinha e
a desgraça cairia sobre todos nós. Deixaríamos de ser a família unida e
feliz que somos e passaríamos a nos odiar e tudo seria culpa minha.
Tenho que esquecê-lo e é por isso que vou embora. Isso, ir para
longe me ajudará a esquecer e apagar esse amor. Pelo menos é com isso que
tento convencer meu tolo coração.
— Refletir é bom, mas algo me diz que Vicenzo tem a ver com esses
pensamentos — ele fala me olhando nos olhos, parece saber tudo.
Sempre foi assim, Luca sabe ler as pessoas, não é a toa que
consegue saber quem é inimigo só em olhar como a pessoa se porta em sua
presença.
— Julgo que está enganado Luca, Vicenzo não tem nada a ver com
meus pensamentos ou decisões — desvio meu olhar do seu ao falar isso,
pois sei que não posso enganá-lo.
— Amar quem não deve é a coisa mais dolorosa nessa vida, Samira.
Saber que não deveria amar quem ama, machuca — sinto a dor em suas
palavras.
Não sei quem ele ama ou amou dessa forma, mas sinto que foi
alguém que o machucou muito. Luca é um cara muito reservado. Sua vida
fora da máfia é uma incógnita para mim.
— Você ainda é muito nova, Samira, irá encontrar alguém que te
ame como merece, e Vicenzo se arrependerá de não ser o homem a estar ao
seu lado — Deixo de olhar o lago e o encaro.
E eu sigo meu caminho para a grande tortura que será esse jantar.
Aproximo-me deles.
— Onde colocaram o filho da puta? — pergunto.
É um saco ter que esperar até casar para ter relações sexuais. Uma
regra da máfia que acho totalmente desnecessária e ultrapassada.
Voltamos a comer.
— Você não quer se casar comigo, é isso? Sou tão feio assim? —
pergunto em tom brincalhão e ela cora.
Ela é realmente muito bonita, não tanto quanto Samira, mas bem
bonita sim.
— Não! Você é lindo e essas suas tatuagens são incríveis — ela fala
tocando o pedaço da tatuagem no meu braço que escapa pelo tecido na
camisa. — Só que fui criada praticamente para ser uma esposa e só — ela
me dá um sorriso fraco.
— Fico feliz que pense assim. Me mostra como criará nossos filhos
— ela disse e a olho assustado.
Ter filhos não, é algo que me agrade muito, quero ser pai um dia
claro, mas não agora e não com uma guerra a vista. As coisas em nossa
máfia não estão boas para trazer mais uma criança ao mundo em meio a
esse caos no qual estamos.
Ela toma meu silêncio como o fato de eu não querer ter filhos e
trada de concertar o que disse.
— Não, eu... Não precisamos ter filhos agora, é que achei que queria
casar-se somente para ter herdeiros, já que na máfia a única função das
mulheres é essa. — me diz sem graça.
Samira
Ele a beijou. Eu sabia que isso iria acontecer quando ele saiu com
ela para o jardim, mas não estava preparada para ver essa cena.
Assim que cheguei a minha casa corri para meu quarto, me joguei
na cama e chorei até dormir. Ele realmente vai se casar, não o terei mais em
minha vida.
Meu coração não aguentará vê-lo com outra, ele nunca será meu.
Nunca!
Capitulo 4
Itália: um mês depois
É hoje!
Hoje é o dia em que verei meu amor casando com outra, beijando-a
e sendo feliz com ela. Como queria não ter que ir a esse maldito casamento,
queria sumir, ir embora de uma vez e nunca mais voltar.
Ele me apoiou e irá me levar para o Brasil, o país que escolhi para
dar outro sentindo a minha vida e onde pretendo esquecer Vicenzo. Foi uma
luta para fazer meus pais aceitarem minha decisão, Giuseppe foi o pior, ele
disse que até me bateria para me fazer mudar de ideia, coisa que ele jamais
faria, foi só uma forma de me persuadir a ficar.
Papai não queria me deixar ir, mas lembrei-lo de que ele mesmo
dissera que eu poderia escolher meu destino e diante disso não pode negar
meu pedido. Porém, terei que mudar meu nome e sempre terei Luca e
Mateo como meus seguranças lá.
Não sou gorda, mas também não sou magra como a maioria das
mulheres que conheço. Mamãe sempre me disse que minhas curvas são
meu diferencial e que meus olhos verdes na pele branca faz com que eu me
pareça uma boneca, mas não acho isso. Vicenzo não me vê como as outras
mulheres.
— Vamos, quero voltar logo, meu voo está marcado para o início da
noite e não quero me atrasar.
— Filha tem certeza que é isso mesmo que quer? — ela pergunta
pela milésima vez.
— Está bem filha. Eu só quero que seja feliz, é difícil para mim te
ter tão longe. Nunca nos afastamos ou passamos tanto tempo longe uma da
outra e agora você está indo para outro país — ela me dá um sorriso fraco,
me aproximo e a abraço apertado.
Minha mãe podia não desconfiar dos meus sentimentos por Vicenzo,
mas ela sabia que eu estava fugindo de algo e sou grata por ela não me
pressionar para relevar o verdadeiro motivo da minha partida.
Mudo meu olhar, pois não quero sofrer mais e Vicenzo está tão lindo
que minha vontade é correr e me jogar em seus braços e gritar para ele e
todos aqui presente o quando eu o amo.
Coração idiota!
Ouço a marcha nupcial e vejo a noiva entrar linda. Ela bem que
poderia ser feia e assim ele não se casaria com ela.
Que seja feliz Vicenzo, por mais que você não me ame da forma que
eu te amo e está se casando com outra, eu desejo que seja muito feliz. —
desejei mentalmente.
Capitulo 5
Horas antes
— Como assim ela vai para o Brasil e ainda por cima sozinha,
Giuseppe? Como permitiu uma coisa dessa? — pergunto olhando para ele,
tenho vontade de matá-lo por permitir que Samira faça tal coisa.
— Não sei, realmente não sei, vou falar com ela depois do
casamento talvez a convença a ficar — digo aflito com a possibilidade de
não poder proteger Samira.
Ela é minha pirralha, minha menina, tão linda e com sua beleza os
homens podem a machucar. E eu matarei quem tentar!
— Vamos ou quem vai se atrasar para o casamento é o noivo — diz
rindo, mas sei que sua mente está em sua irmã. Essa é sua forma de lidar
com os sentimentos, ele brinca e teta mudar o foco para não ter que lidar
com o que sente.
Preciso falar com ela, ela não pode ir embora assim do nada. Será
que ela encontrou algum namorado pela internet e por isso quer ir embora?
Não, não pode ser isso ela é praticamente uma criança ainda.
Ok. ela não é mais uma criança está quase uma mulher e uma
mulher muito linda por sinal, mas ainda é muito jovem para sofrer uma
decepção amorosa a ponto de fugir ou se arriscar em um país que não
conhece para viver um amor que a machucará, se esse for o caso.
— Entrego-te minha filha para que a ame e a cuide — seu pai diz ao
chegar até mim no altar e me entrega-la.
— Farei isso — pego à mão de minha noiva e nos viramos ficando
de frente para o altar e o padre.
— Porra, Maria será que dá para parar que gritar? — grito com ela
para que se cale.
Porra!
— Claro que não Vicenzo, eu fui criada para ser esposa não
assassina — fala como se o que perguntei fosse algo inconcebível.
Caralho!
Mal paro o carro na frente da mansão de meus pais e já vejo meu pai
e alguns dos meus soldados virem ao meu encontro. Maria desce e nem me
olha, está preocupada demais com sua aparência para se importar comigo
ou com o fato de que quase morremos. Como não pude ver que era tão
fútil?
Quero o sangue dos traidores, não vou sossegar enquanto não matar
a todos. Esses filhos da puta mexeram com a pessoa errada e se
arrependerão por isso.
— Não pai, eu resolvo, não estou a fim de fazer sala para esses
imbecis que só querem puxar meu saco. Vá com tio Gildo preparar tudo
para o velório de Lorenzo.
— Sua noiva ficará chateada por mudar seus planos com relação a
festa de casamento — comenta minha mãe.
Ela que se acostume com sua nova vida ao meu lado e se não se
acostumar que foda-se ela.
◆◆◆
— Luigi você ficará no lugar do Lorenzo e não preciso te avisar que
não aceito falhas — falo saindo do galpão depois de ter matado aquele rato
do Guillermo.
— Por que não me falou que estava vindo para cá? — pergunto
diretamente a Giuseppe com raiva emanando por meus poros.
Mas que inferno de vida, nem uma transa na minha noite de núpcias
eu terei. Bufo frustrado passando a mão pelo rosto e sigo direto para
banheiro para tomar um banho demorado no intuito de relaxar, minutos
depois saio do banheiro nu e com uma toalha nas mãos enxugando o cabelo.
Caminho até meu closet, pego uma cueca boxer preta a visto e me
deito na cama ao lado de Maria que dorme como uma pedra. Fico olhando
para o teto e pensando em Samira.
Inferno de vida!
Ele casou!
É oficial e não vou mais chorar por ele, está feito e agora é seguir
em frente.
— Mãe, eu não vou à festa, irei com Luca e Mateo para casa, tenho
que terminar de arrumar minha mala — falo, após a cerimônia acabar, já
indo em direção ao carro onde Luca me espera.
Já em casa subo para terminar minhas malas. Olho para meu quarto
e um sentimento de saudades me invade. Quase 18 anos vivendo aqui com
meus pais e irmão, me lembro das brigas e implicâncias infantis com
Giuseppe, de como ele cuidava de mim e me protegia de tudo. Eu vou sentir
muita falta deles.
— Fico aliviada por saber que não aconteceu nada com nenhum da
nossa família mamãe.
Assinto com a cabeça e subo para meu quarto junto com Luca e
Mateo. Eles pegam minhas malas e descem as escadas levando-as para o
carro. Entramos todos no carro, com outro logo atrás do nosso escoltando-
nos e fazendo a nossasegurança, e saímos para o aeroporto.
Já no aeroporto vejo meu pai chegar com Giuseppe e pela cara deles
as noticias não são boas, entretanto não procuro saber o que aconteceu,
quero minha mente sem preocupações e tranquila para pousar no Brasil com
o coração tranquilo e leve. Sei que quem eu amo está bem e é isso o que
importa.
— Amo vocês.
O voo foi bem tranquilo, cheguei ao Brasil e fui direto para a casa
que meu pai comprou para mim, é bem aconchegante e tem tudo o que
preciso.
O curso que farei aqui é RP, resolvi cursa Relações Publicas, pois
me identifico muito com essa área, meu pai já deixou tudo acertado com o
reitor da faculdade particular, me chamarei Samira Amorim, não posso sair
por ai dizendo que sou da máfia e meu sobrenome é bastante conhecido em
alguns lugares.
Sei que ele quer que eu me sinta bem e não fique triste por ter que
ficar longe da minha família.
— Certo, então até mais tarde, vamos Mateo — o chamo e saio.
Como será que Vicenzo está? — pergunto-me como a boba que sou.
Será que sente minha falta? Será que pensa em mim? Coração tolo
esse meu. — pergunto para o nada e sorrio sozinha da minha ingenuidade.
É obvio que ele não esta pensando em mim, ele esta em lua de mel,
esta beijando e amando sua esposa como eu queria que fizesse comigo.
Como eu queria poder sentir seus lábios nos meus, tocar aquele
corpo lindo e másculo, apertar seus músculos e senti-los ao redor de meu
corpo, traçar cada tatuagem e beijá-las como se não houvesse amanhã —
uma lágrima escapa sem que eu possa impedi-la.
— Luca, por favor. Você me disse que eu poderia dar essa festa, são
poucas pessoas que virão eu juro. É só os meus colegas da faculdade e você
conhece todos — suplico para que ele me deixe fazer minha festa — Não é
todo dia que se faz 23 anos — faço minha melhor cara de inocente e o olho.
— Não faz essa cara que eu sei que você me ama também — mando
um beijo para ele e subo as escadas correndo para me arrumar.
— Você fala isso porque sou o único que faz suas vontades — o
ouço gritar, mas sei que está sorrindo.
Ligo para Ana assim que chego ao quarto e confirmo a festa. Ana é
minha melhor amiga e muito louquinha, a conheci na lanchonete da
faculdade na qual eu estudo. Nos esbarramos e ela derramou café em mim,
sorte minha que estava frio ou eu teria me queimado pra valer.
Ela ficou super chateada com o acontecido se xingando por ser tão
desastrada enquanto eu só sabia rir de sua loucura e leveza, resultado:
acabamos virando melhores amigas. Ela cursa letras e sonha em ser
escritora.
Meu pai já me avisou que agora aos 23 anos terei que buscar um
noivo ou ele mesmo o fará, pois eu já deveria está comprometida e até
casada desde os meus 21 anos.
Mas não pensem que por eu ser virgem sou boba, nada disso, já fiz
algumas brincadeiras mais quentes com meu ex-namorado Fernando
Machado, ele é piloto de carro de corrida, e conheço meu corpo muito bem
e me dou prazer quando não consigo evitar o desejo.
É triste eu sei, mas não consigo evitar, após gozar a culpa me abate,
pois como vou esquecê-lo se me toco querendo que fosse ele? Não era para
ser assim, só queria que meu coração aceitasse meu desejo.
Optei por uma calça de coro preta agarrada a minhas coxas grossas e
um cropped rendado da mesma cor. Nos últimos anos meus seios
aumentaram bastante e os acho perfeitos agora. Uma ultima olhada e
pronto, desço para receber os convidados.
— Samiraaa — escuto o grito da Ana quando chego ao corredor.
Essa louca já está gritando.
Nós fomos no carro com Luca e Mateo, nossos amigos foram nos
carros deles, nos encontraríamos na boate. Em uma hora já estávamos lá.
— Samira, essa boate está muito boa, olha o tanto de caras lindos
que tem aqui — Ana comenta empolgada e já a vejo de olho em um grupo
de garotos que estão próximo a nossa mesa.
— Ana vai com calma você disse que não queria saber de homem
no seu pé depois do seu ultimo namorado — falo olhando em volta a
procura do bar.
— Sim, mas se nos quiser fazer companhia pode sentar, viemos com
nossos amigos, mas eles estão curtindo por ai — Ana fala sorrindo para ele.
Na hora que vou responder Luca chega ao meu lado com cara de
poucos amigos. Não vejo Mateo provavelmente está fazendo a varredura
pela boate.
— Ah! Claro, vamos sim — digo para Ana e o gatinho ao seu lado.
— Não sei como você aguenta andar com segurança 24 horas por
dia amiga, esse Luca até é gato, mas não nos deixa fazer nada — Ana fala
chateada com os cuidados de Luca.
Eu ainda não disse a ela que faço parte de uma família de mafiosos
lá na Itália.
— Está bem Ana, vamos, mas temos que despistar Luca e Mateo,
pois eles não me deixarão ir — falo e vejo Luca com Mateo me olhando.
— Ok, vamos fingir que iremos ao banheiro e saímos pela porta dos
fundos — ela fala e eu concordo.
Sigo para o banheiro e tento ver uma forma de tira-lo da minha cola.
Vejo um garçom se aproximando e bato "sem querer nele" que acaba
derrubando a bebida dos copos que estavam em sua bandeja encima do
Luca.
Estou aflita, com medo, Ana chora desesperada. Não sei o que fazer.
Vejo o outro prendendo Ana e sei que se não fizer nada morreremos.
Dou um chute em uma das pernas do que me segura no intuito louco de me
soltar, porém falho e ele me puxa pelo cabelo.
Choro porque não tem mais como fugir. Eles nos arrastam pelo
estacionamento, vejo a hora em que o outro bandido amordaça Ana e ela
me olha com suplica.
Mordo seus lábios e recebo outro tapa ainda mais forte que o
primeiro. Meu rosto arde, sinto gosto de sangue na boca e torno a chorar.
Quero meu pai para me abraçar e dizer que tudo ficará bem.
Giuseppe, como queria que você estivesse aqui para me proteger. Choro
mais ao vê-lo puxar meu cropped e apalpar meus seios.
— Linda, eu adoro uma gata brava e ainda por cima assim gostosa.
Depois que eu arrebentar essa bocetinha não irá querer outro homem — ele
tenta me beija e viro o rosto querendo matá-lo com minhas próprias mãos.
— Cara, vamos embora, coloca logo essa cadela na van que o chefe
está nos esperando — ouço o outro bandido falar e aproveito a distração do
que me prende para mais uma vez tentar me soltar e correr.
Fico imóvel devido à dor pelo impacto. Ele prende minhas mãos em
cima da minha cabeça e tira uma faca do bolso para corta minha blusa e
acaba cortando minha barriga no processo de me despir, desce a faca até
chegar a calça e cortar o zíper, enfia a mão entre minhas pernas. Grito e
choro, todavia não adianta mais lutar é perdido.
Ele tenta tirar minha calça e quando está prestes a tirar o pau pra
fora para me violentar é puxado para longe de mim, respiro aliviada mesmo
não tendo forças para me mexer.
— Nicolas eu sei que está aflito pela sua irmã, mas Samira não está
bem, deixe os paramédicos socorrê-la. — Luca fala tocando seu ombro e
ele se afasta.
— Quero... Quero água — Peço forçando a voz para que ele possa
entender o que preciso.
Não falo nada e apenas tento controlar as lagrimas que querem rolar
por meu rosto.
— Ele foi preso. Nicolas o levou para interrogar e saber para onde
levaram sua irmã. — ele se aproxima e afaga meu cabelo.
— Eu gosto muito de você Samira, sou soldado de seu pai desde que
nasceu e ele me designou exclusivamente para sua proteção e eu falhei —
sua voz embarga de repente. Fico em silencio, pois foi minha estupidez que
me colocou nessa situação.
— Luca eu... — não consigo falar, ele reviveu a dor da perda de sua
irmã por minha causa e saber disso faz meus olhos derramarem as lágrimas
que a todo custo eu estava tentando segurar.
Ele bufa como um touro raivoso e temo que volte a bater em Luca.
— Eu que fugi deles, eu que enganei Luca e Mateo — choro e ele
me encara, pude ver a decepção em seu olhar, eu prometi obedecer e não
sair sozinha, sabia dos riscos e mesmo assim fui impulsiva e me fodi.
— Filha, você não teve culpa, olha para mim — minha mãe pega
meu rosto e me faz encara-la. — Iremos para a Itália e tudo ficará bem.
Cuidaremos de você. — fala e beija minha testa.
Olho para meu pai que não disse nada a respeito do que me
aconteceu até agora. Ele me odeia eu sei, quis ser normal e quase morri.
Ele sai com Mateo e quando vou falar com Giuseppe alguém bate na
porta.
— Nicolas esse são meus pais e meu irmão Giuseppe, família esse é
Nicolas irmão da minha amiga Ana, que foi sequestrada ontem. — os
apresento.
— Ela está muito abalada, porque não deixa para amanhã? — minha
mãe tenta intervir.
— Como? Você... Não pode ser verdade! Você faz parte de uma
máfia? Minha irmã estava em perigo esse tempo todo por andar com você?
— ele faz várias perguntas andando de um lado para o outro me deixando
tonta.
Que ele aceite a minha ajuda, mas com ou sem ele encontrarei Ana.
Minha família volta para o quarto e eu conto a eles o que disse ao
Nicolas. No início eles reclamaram e me acusaram de nos calocar em perigo
ao revelar isso a um detetive da polícia, mas no fim entenderam que eu não
poderia mais esconder essa informação. Não quando a vida da minha
melhor amiga está em risco por minha causa.
Capitulo 10
Horas antes: Na Itália
— O que você quer Maria? Estou cheio de coisas para fazer e sem a
mínima paciência para suas reclamações, se quiser um vestido novo ou
arrumar o cabelo peça a Marcos que ele a levará ao shopping. — digo
voltando minha atenção aos papéis que tenho sobre minha mesa.
Ela se levanta furiosa e enxuga uma lágrima que desce por sua
bochecha. eu poderia me sentir mal em tratá-la assim, porém nesses 5 anos
que estou casado com ela minha vida tem sido um verdadeiro inferno.
— Tudo bem, irei ligar para ele, peça que preparem o carro sairemos
em 10 minutos — ordeno e saio para ligar para Giuseppe.
— Ok, mas algo me diz que não é só isso. Você não seria capaz de
me esconder nada a respeito de Samira não é? — o questiono — Você sabe
que eu gosto muito dela e me preocupo, se algo aconteceu eu mereço saber
Giuseppe. — meu tom de voz não sai de forma dura sem que eu possa
evitar.
Eu sinto.
Capitulo 11
Parado em frente à mansão que deveria ser minha vejo Maria sair
com sua pose de primeira Dama. Há anos venho me esforçando para
cumprir a vingança que fiz no túmulo do homem que eu tinha como pai até
meus 2 anos de idade, ele foi morto por tramar contra a vida de Eduardo
meu verdadeiro pai: se é que posso chama-lo assim.
Quando entendi o porquê de não tê-lo mais em minha vida, fui até
seu túmulo e jurei me vingar por ele, por mim e minha mãe.
— Por que você não acaba logo com o Vincenzo, Pietro? — Maria
me pergunta assim que se aproxima de mim e entramos no meu carro.
— Grandes planos. Isso quer dizer que eu serei a primeira dama das
duas máfias! — ela afirma me abraçando convicta de que isso acontecerá.
— Claro que sim. Você será a grande dama — minto, pois ainda
preciso dela, depois a mato também.
— Não pense que me engana com essa cara de bom moço, rapaz —
ele se aproxima com sua arrogância habitual querendo-me por medo. —
Não se meta com minha família, pois as consequências disso não serão nada
boas para vocês — aperto meus punhos controlando minha raiva, mas a
vontade que tenho é de puxar a arma que possuo em minha cintura e matá-
lo aqui mesmo.
— Mas seu não é Marcos? Quer dizer foi assim que ouvi Vicenzo
lhe chamar. Você é soldado dele, certo — Enrico questiona querendo me
colocar em uma saia justa.
— Sim, Marcos Pietro, minha mãe queria Pietro e meu pai Marcos
então ficou os dois. — tento ser o mais convincente possível.
— Tudo bem mãe vou lhe deixar no hotel e depois seguir para a
mansão eu preciso ficar por dentro de tudo o que está acontecendo por lá.
— ela assente e partirmos para o hotel em que está hospedada.
Capitulo 12
Passei dois dias no hospital e já não suportava mais ficar lá.
Conversei com meu pai e pedi para que ele falasse com o médico para me
dar alta com a promessa de que eu me cuidaria em casa, e assim ele fez,
conversou com o médico e recebi alta.
Minha relação com ele ainda não está das melhores, por ele já
teríamos voltado para nossa casa na Itália no outro dia a sua chegada ao
Brasil, contudo o médico descartou essa possibilidade, por eu ainda estar
muito debilitada, mesmo frustrado e sem ter opção, meu pai esperou minha
recuperação para podermos voltar a Itália.
— Tudo bem filha, não irei prendê-la aqui, sei que tem suas coisas
para resolver. Só toma cuidado, sim? Tenho medo que algo volte a lhe
acontecer. — fala retribuindo o beijo.
O corte na minha barriga está bem cicatrizado e sou grata por ele ter
sido superficial. Meu braço também tem hematomas devido à queda ao ter
meu corpo jogado ao chão de forma tão brusca. Eles, os hematomas, não
me deixam esquecer tudo que passei.
Com relação as aulas de tiro ele teve que pedir autorização ao meu
pai e o mesmo deixou, na verdade por ele eu já teria tido essas aulas bem
antes, desde os meus 15 anos para ser verdade, contudo eu nunca curtir
violência e ele não me obrigou a fazê-las. Esse é um dos meus maiores
arrependimentos.
Eu sabia que isso aconteceria cedo ou tarde, mas ainda não estou
preparada para esse encontro.
Acerto tudo com a reitoria e volto para casa o mais rápido possível.
No caminho tento mais uma vez falar com Nicolas, mas aquele cabeça dura
ignora todas as minhas ligações, poderíamos já ter começado as buscas por
Ana se ele não fosse tão teimoso, quanto mais demorar pior a situação dela
fica.
— Ele virá atrás de você Samira. — Luca chama minha atenção e o
olho — Sabemos que tem o dedo da Bratva nesses sequestros. Outras
garotas também foram sequestradas só que em países diferentes.
— Sei que é difícil Samira, todavia você precisa está preparada para
vê-lo — sei que Luca está me olhando, consigo sentir o peso de seu olhar
sobre mim, mas eu continuo olhando pela janela.
— Sei que não gosta dessa ideia — ele me olha pelo retrovisor —,
converse com seu pai e peça mais um tempo, só até estar por dentro do que
está acontecendo na nossa máfia.
— Ele te ama Samira, a raiva logo passará, converse com ele — ele
volta a ficar em silêncio enquanto Mateo no leva de volta para casa.
— Giuseppe tudo certo para nossa volta a Itália amanhã? — meu pai
pergunta já sentado a mesa.
Mal consegui dormir à noite, pois estava muito ansiosa com nossa
volta à Itália.
Os dias aqui na mansão estão cada vez piores. Minhas brigas com
Maria aumentaram consideravelmente, ela não entende que preciso estar à
frente de tudo, ela vive reclamando que não lhe dou a devida atenção, que
está cansada de ficar em casa, que não me esforço para fazer nosso
casamento dar certo e sinceramente não sei se conseguirei manter por muito
tempo esse maldito casamento.
— Ele ligou, mas você não atendeu — passo a mão pelo bolso da
calça social e percebo que deixei meu celular no quarto.
— Para onde vai posso saber ? — paro com a mão na porta e a olho.
— Se fosse para você saber teria lhe dito — abro a porta e saio.
— Pois é, a viagem me fez bem, você também não está nada mal,
nem parece já ter mais de 30 anos. — retruca com a sua língua afiada de
sempre, nisso ela não mudou. Continua petulante.
Ela narrou tudo o que lhe aconteceu naquela maldita boate e sinto a
fúria se apossar de todo meu corpo. Tenho que quebrar algo e ando de um
lado para outro puxando meus cabelos. Ela quase foi estuprada, porra e
poderia ter morrido ou sido sequestrada também.
Avanço para cima dele, contudo seu pai entra na frente e me impede
de lhe socar.
Ele não fala nada, mas seus olhos estão cravados no meu e não
demonstra medo.
— Vicenzo eu...
— Eu preciso vê-la sorrindo, preciso ver que tudo está bem, pensar
que poderiam ter... — as palavras morrem na minha boca.
Droga, por que estou pensando nisso? Ela é irmã do meu melhor
amigo, a vi crescer e sem contar que sou bem mais velho que ela e casado,
não posso pensar nela desse jeito, mas me sinto estranho em saber que um
homem a tocou mesmo com sua permissão.
Ela lhe dá língua e eles começam sua implicância de irmãos até seu
pai interferir e nos chamar para ir ao escritório.
— Saber se tem informações sobre quem está por trás dos ataques.
— vou direto ao ponto — Já estou saturado de ficar no escuro.
— Tudo que descobri até agora é que a Bratva está por trás das
meninas sequestradas, eles querem diversificar suas prostitutas para ganhar
mais clientes e aliados. — levanto sem conseguir me conter e ando de um
lado para o outro.
— Desculpe, papai, mas não vou poder lhe obedecer dessa vez. —
Samira fala e sai correndo do escritório.
Cheguei a minha casa por volta das 23h horas e me dirigi direto para
o quarto de hóspede, não queria estragar o restante da noite em uma briga
com Maria.
— Tudo bem, se quer ir não vou impedir, mas não demore, pois não
vou ficar lhe esperando — digo e entro no banheiro.
— Vamos — chamo-a.
Caminhamos em direção ao carro estacionado na porta da mansão
com Enzo nos esperando, ele abri a porta do carro e entramos, ele dá sinal
para o carro que fará nossa segurança até a boate e se acomoda no banco
do motorista.
Maria sabe que Samira e sua família são importantes para mim e
minha família.
— A boate ficou muito bonita — Maria fala pela primeira vez desde
que chegamos.
Vou até o minibar que tem na sala vip e me sirvo de uma dose de
uísque. Quando estou para me sentar no sofá batem na porta.
— Entre. — ordeno.
Ela se levanta e sai para a pista de dança, dou ordem para que Enzo
faça sua segurança.
— Não sei como você a aguenta, ela é muito chata e metida — o
comentário do meu consigliere me faz rir.
— Nem eu sei meu amigo, nem eu sei — vou até o bar e me sirvo
de mais uísque. A noite vai ser longa.
Capitulo 15
Ainda não estava preparada para esse encontro. Quando o vi meu
coração quase parou, a ansiedade me atingiu e fiquei sem reação. Ele estava
para na porta da casa de meus pais mais lindo que nunca em seu terno preto
bem alinhado, cabelo um pouco desgrenhado o deixa-lo despojada e sexy,
pude notar que está mais forte deve malhar pesado para manter o corpo
assim.
— Samira...
— Pois é, a viagem me fez bem. Você também não está nada mal
também e nem parece já ter passado dos 30 anos. — retruco para que não
perceba o quanto me afeta.
Ouvir isso faz meu coração pulsar mais rápido, mas do jeito bom.
Porém, para não transparecer o que sinto ao ouvir suas palavras,
desconverso
— Filha, hoje eu irei jantar fora com seu pai quer vir com a gente?
— minha mãe me pergunta ao me ver na sala novamente.
— Desculpa mãe, ficará para uma próxima vez, Luca me disse que
uma boate será inaugurada hoje e estou louca para sair e ver gente jovem
— dou uma piscada para ela.
— Filha, essa boate não é em Roma? Seu irmão me comentou algo
sobre isso.
— Você prefere ficar aqui em baixo ou subir para a sala Vip? — ele
me pergunta já do lado de dentro da boate
Chorei ainda mais por me lembrar de Ana. Não saber o que estava
acontecendo com ela me matava aos poucos.
Não sei por quanto tempo fiquei assim: abraçada as minhas pernas
com a cabeça enterrada entre elas, até que senti uma mão em meu ombro e
surtei e gritei entrando em pânico.
Ele me levou até sua sala e se sentou no sofá comigo em seu colo.
Giuseppe entrou logo em seguida e me deu um copo de água, fiquei por um
momento ainda agarrada a Vicenzo que acariciava minhas costa fazendo
movimentos circulares nela para que eu me aclamasse. Seu toque era tão
bom, me trazia paz e queimava ao mesmo tempo que fechei os olhos e pedi
que isso nunca acabasse.
Assinto em confirmação.
— Olhe pelo lado bom, tem uma boceta ao seu dispor todo dia sem
precisar procurar — falou rindo, pois há uns dias eu tinha lhe dito que não
transava há um bom tempo com minha querida e chata esposa.
— Samira, Luca está esperando para levá-la para casa. — não queria
que fosse embora a queria por mais tempo em meus braços. Ela percebeu
que ainda estava em meu colo e tratou de sair rapidamente.
— Você não vem comigo para casa? — ela pousou os olhos nele.
— Ainda tenho assuntos para tratar com Vicenzo, ficarei aqui essa
semana. Se cuida pirralha — beijou sua testa — ri de sua cara zangada, ela
odiava ser chamada assim e era justamente por isso que a chamávamos.
Bateram na porta.
— Entre — pedi.
— Está linda filha — beija minha testa — Seu pai vai enfartar. —
rimos juntas.
— Invadir a casa do Don não será tão fácil, — ele olha para
Vladimir — mas não impossível. Facilite nossa entrada que eu prepararei
tudo para a invasão.
Eles têm uma casa em uma área escondida aqui na Itália e sempre
que tem assuntos a resolver por aqui eles ficam nela. Seu país de origem é a
Rússia, mas estão tentando se infiltrar na máfia italiana e acabar com ela
para ganhar mais território e assim expandir seus negocios ilicitos e eu os
ajudarei nisso.
Saio da casa de Ivan Vladimir e vou para o meu apartamento.
Peço para que ele fique de olho em tudo o que está acontecendo por
lá e me avise caso algo mude, finalizo a ligação pego meu notebook, mando
um e-mail passando as coordenadas para Andreas ele é um hacker amigo
de Ivan, e será o responsável por desativar os alarmes e alterar as câmaras
de segurança da mansão de Vicenzo.
Termino tudo o que tenho para fazer com relação a mais um ataque
e vou tomar banho, me arrumo e saio para o local onde estão às meninas
sequestradas. Preciso finalizar os locais para onde as mandarei. Ivan me deu
essa tarefa e não posso falhar com ele, necessito de sua ajuda para derrubar
Vicenzo.
— Agora sim, porém mais cedo uma das garotas quis fugir e para
impedi-la tive que lhe dar uma lição.
— Espero que não tenha a machucado muito, não quero que a
mercadoria fique danificada, o cliente pode reclamar — afasto-me
checando se realmente está tudo em ordem.
— Não tem como lutar com alguém que ainda não deu as caras para
lhe enfrentar Don.
— Mesmo assim, isso não me faz sentir melhor, eu vou matar com
minhas próprias mãos quando tiver com ele sob meu poder. — minha voz é
firme.
— Não vou muito com a cara desse soldado, algo nele não me cai
bem — meu consigliere comenta.
Continuo em silêncio.
— Casamento não é fácil meu filho! Tente se dar bem com sua
esposa, eu quero um neto e assim do jeito que estão vocês nunca me darão
um. — não respondo apenas absorvo suas palavras.
— Vamos para sala sua mãe quer sua companhia antes dos demais
chegarem. — nos levantamos — Estou louco para ver Samira, ela mudou
muito? — pergunta batendo em meu ombro e tenho vontade de disser que
está mais linda e gostosa do que nunca, mas me contenho.
— Obrigada Vicenzo, você também não está nada mal nessa roupa,
nem parece ter a idade que tem. — retruca com um sorrisinho dançando em
sua boca. Adoraria tirá-lo com minha língua.
Noto a cara de raiva de minha querida esposa, mas quero que ele se
dane, não pretendo me estressar com ela esta noite. Nos acomodamos a
mesa e o jantar é servido.
Está presente essa noite: meus pais, Samira e sua família, Nicolo
Esposito o Capo de Milão e sua família, Francesco e Amália DeLuca pais
de minha esposa e Capo de Turim, Maurizio Costa o Capo da Sicília com
sua esposa Bianca e seu filho Gonzalo.
Giuseppe por ser meu consigliere se mudou para Roma para estar
mais perto dos nossos negócios também, ele possui um apartamento aqui
próximo a minha mansão.
Sei que Giacomo tem interesse em Samira, ele não se importa por
ser seu primo (algo que eu acho muito feio e sem noção de sua parte) e já
ouvi Giuseppe comentando que ele queria se casar com ela e isso me tira do
sério.
Ela é minha.
Terminamos o jantar.
Voltamos à sala.
— Espero que não pise no meu pé. — brinquei lhe tirando um belo
sorriso.
— Não acho que ela ficaria feliz em saber que o marido dela fica
excitado com apenas uma dança. — levou seu quadril de encontro ao meu
pau deixando bem claro que sabia do meu desejo por ela.
— Claro que não, ele é todo seu. — Samira se soltou de mim e saiu
em direção ao andar de cima da mansão.
Eu o queria tanto.
Queria que ele me fizesse sua, que me fodesse da forma que seus
olhos me mostravam que ele quer fazer.
— Você não deveria estar aqui, sua esposa está lá fora... — prendo a
respiração quando ele chega mais perto invadindo meu espaço pessoal.
— Eu... Eu... — a voz não sai, a intensidade de seu olhar sobre mim
faz meu coração errar o compasso.
— Quem brinca com fogo pode se queimar! Seus pais não lhe
disseram isso, pequena? — ele cheira meu pescoço, como fez lá em baixo
na hora que estávamos dançando, e um arrepio passa por minha coluna me
fazendo engolir em seco.
Seu modo intenso e suas palavras sujas me faz ficar ainda mais
excitada e desejar que ele faça tudo o que está falando.
Ele se abaixa com seus olhos cravados nos meus a todo o momento,
levanta uma de minhas pernas colocando-a por sobre seu ombro e me
seguro na bancada da pia para não cair, pois minhas pernas não passam de
gelatinas em suas mãos.
Então ele volta a me devorar com sua língua, mordo minha mão
para impedir que meus gemidos saiam altos, ninguém pode saber o que se
passava ali naquele momento, Vicenzo é um homem casado e toda minha
família está presente na mansão.
As lambidas se intensificam e ele introduz dois dedos em meu canal
me fazendo se contorcer e esfregar minha boceta em seu rosto. Agarro seus
cabelos no intuito de ter um pouco de controle sobre o que ele faz comigo,
ele me chupa forte enquanto me fode com seus dedos em movimentos duros
e certeiros.
Ele me consome, suas mãos passeiam por todo meu corpo, sua
ereção pressiona meu centro que pulsa ainda mais pelo contato. Agarro seu
terno não querendo perder o contato de seu corpo ao meu.
Passamos alguns minutos nos devorando até que ele se afasta com
beijos leves em meus lábios já inchados pelos seus.
Ele se recompõe, ajeita meu vestido e me dá um último beijo antes
de sair do banheiro me deixando completamente desnorteada com tudo o
que acabou de acontecer entre nós.
Eu sabia que não era certo desobedecer a ordem do meu irmão e que
o que eu estava fazendo poderia me colocar ainda mais em perigo, mas eu
precisava tentar algo, eu precisava ajudar de alguma forma. Fui em direção
à cozinha buscando algo que pudesse ferir quem se aproximasse de mim e
peguei uma faca caminhando com ela em punho até a sala.
Vi quando um dos invasores tentava pegar uma das filhas do Capo
de Palermo, não pensei duas vezes e parti para cima dele cravando a faca
em suas costas fazendo-o cair morto, abaixei para ficar a altura da menina
que chorava descontroladamente ela não devia ter mais que 8 anos.
A peguei e parti para cima dele que caiu ao levar a pancada em suas
costas derrubando a arma que estava em sua mão. Tentei correr para ver se
estava tudo bem com minha mãe e as outras mulheres, mas senti meu pé ser
puxado fazendo-me cair no chão, gemi de dor causada pelo impacto da
queda.
Mirei em sua cabeça e atirei, fechei os olhos e meu corpo foi para
trás com o impacto do tiro, não parei para analisar o que tinha acabado de
fazer e corri para o quarto batendo freneticamente na porta.
Eu matei não só um, mas dois homens hoje e sujei minhas mãos de
sangue me tornando aquilo que tanto julgava e temia: uma assassina.
Ainda posso sentir seu cheiro, seu gosto, e que gosto parecia que
estava tocando o céu ao desfrutá-la daquela maneira, ao ter sua boceta
gozando em minha boca. Meu pau está mais duro que pedra e louco para
me enterrar naquela bocetinha linda e gostosa que ela tem.
— Porra! — suspiro frustrado com meus pensamentos em
desordem.
Respiro fundo tentando me acalmar e fazer com que meu pau abaixe
para poder voltar ao salão, mas nada acontece ele teima em continuar duro e
mesmo não querendo terei que bater uma para me aliviar.
Com isso em mente me encaminho até meu quarto, entro no meu
banheiro, abro o zíper da minha calça, livro meu pau de sua prisão dentro
da cueca e começo a me masturbar com imagens da boceta da Samira em
minha mente, não demora muito e gozo chamando seu nome.
— Você demorou, meu amor, espero que não tenha ido fazer nada
errado com a irmã de seu consigliere. — seu tom é de ameaça.
— O que estava fazendo e com quem não lhe diz respeito, e não use
esse tom de voz de novo, comigo você não gostará das consequências que
receberá ao usá-lo. — digo frio, meu tom de voz é ameaçador o que faria
qualquer um fugir para o mais longe possível.
Não a suporto.
Dou ordens para os soldados que ainda estão vivos para atirarem
primeiro e perguntar depois e saio da mansão junto a Giuseppe, há muitos
invasores e já posso ver o estrago que me causaram, tive muitos soldados
abatidos por esses filhos da puta que nos pegaram desprevenidos.
Ao longe vejo Samira correr para dentro da mansão. Porra, o que ela
estava aqui fazendo aqui fora?
— Giuseppe — grito e ele olha na direção que aponto —, a Samira.
Ele volta a ficar do meu lado, mas acho melhor nos separarmos,
atiro em um dos invasores que estava pronto para matar Giuseppe e ele me
dá um olhar agradecido. Mais tiros são disparados na nossa direção e me
escondo dentre os arbustos do jardim.
— Tudo bem, a chame para nos ajudar e se ela for tão boa quanto
você diz, talvez eu a contrate. E se ela não conseguir descobrir nada, eu
matarei os dois. — ele engole em seco — Pode ir — ele sai praticamente
correndo.
— Temos que nos reunir com nossos aliados, Vicenzo. — meu pai
fala pela primeira vez desde que entramos aqui.
— Eu preciso ver como Samira está, o que ela teve de fazer mexerá
com sua mente — Francisco comenta com a cabeça baixa quase entre as
pernas.
Apesar de ter dado uma boa baixa nos homens dele, Vicenzo
consegui reverter o ataque e saiu ileso, assim como os outros, nem Samira
consegui sequestrar. Além de tudo ter dado errado, levei uma chamada na
frente dos outros funcionários.
Pietro: Porra! Como ela fez isso? Nem imaginava que sabia atirar.
Maria: Pelo que eu entendi, saber ela não sabe, mas ou atirava ou
morria, optou pela primeira opção e teve sorte de principiante.
Maria: Que droga, Pietro. Terei que aguentar essas pessoas por
quanto tempo ainda?
Elena: Lembrou-se que tem mãe — revirei os olhos para seu drama.
Pietro: Eu ando muito ocupado, mãe, só queria saber como a
senhora está.
Pietro: Não posso, mãe, e a senhora sabe disso. Eles acabaram com
nossa vida e precisam pagar por isso.
Preciso dar um tempo nos ataques para poder criar um novo plano.
Vou deixar Vicenzo pensar que está tudo tranquilo e aí eu darei a cartada
final acabando com ele de uma vez por todas.
Capitulo 25
Há momentos em nossa vida que é importante uma reflexão. E é o
que estou fazendo nesse momento deitada em minha cama olhando para o
teto e relembrando tudo o que me aconteceu nos últimos 5 anos.
Confesso que teve dias nos quais desejei não ter nascido na máfia e
pôde ter sido uma garota normal que sai com amigas para a balada. Sem
precisar estar rodeadas de seguranças, uma garota que pode ir a onde quer e
com quem quiser sem ter que ficar com medo de ser sequestrada ou de um
ataque que a mate em segundos.
Uma que fica fofocando sobre roupas e garotos com as amigas sem
elas te temerem por você fazer parte de uma organização criminosa.
Saber que meu pai deixou isso claro para meu primo foi um alívio
para mim, pois eu nunca me casaria com Giacomo, e não é pelo fato dele
ser meu primo, coisa que eu acho estranho, mas sim porque meu coração já
pertence a outro.
As sensações que ele me fez sentir só com sua boca foram únicas e
só de lembrar de como ele tomou meu centro em sua língue, meu corpo fica
quente e meu centro pulsa de desejo de o ter nele de novo.
Inclusive, ela já ficou com meu irmão Giuseppe, mas ela é livre e
não se a pega a ninguém.
Tomo meu banho e me troco vestindo uma calça jeans azul e uma
blusa de mangas na cor branca. Coloco uma jaqueta também jeans na cor da
calça e pego minha bolsa saindo do quarto.
— Samira, não tem nada de menino aqui. — Mateo fala com seu
sorrisinho cafajeste de sempre.
— Queria avisar que irei com Andreia tomar café na cafeteria aqui
perto. — no momento em que falo seu nome, a mesma aparece no portão
junto com seu pai.
— Preciso de sua ajuda para resgatar Ana. Ela foi sequestrada pela
máfia russa e não tenho mais ninguém a quem recorrer — sua expressão era
de desespero.
Eu sabia estar sendo difícil para ele esse pedido, afinal ele era um
policial e eu uma mafiosa, além de que sua irmã foi sequestrada por minha
culpa e eu tinha quase certeza disso.
Notei que Andreia olhava para ele encantada, não era para menos,
Nicolas deixava qualquer mulher babando por sua beleza, ele era moreno,
com costas largas e braços fortes sem falar em sua altura um metro e
noventa de pura beleza e gostosura.
Os apresentei.
Sorrio.
Ele apenas sorri e acena com a cabeça vendo minha amiga se afastar
de nós.
— Serei sempre grato pelo que fez pela minha filha rapaz — meu
pai diz com o olhar cheio de gratidão. — Se não fosse por você talvez eu
não a tivesse comigo hoje. — O semblante do meu pai se tornou triste.
Meu irmão nos olha e diz a palavra que tanto quero ouvir.
— Nos conte tudo que já descobri — meu pai o chama para que
passe todas as informações apurada com relação aos sequestros.
Ele se senta no sofá do escritório do meu pai e ficamos um bom
tempo discutindo e comparando as informações que já temos e buscando a
melhor forma de invadir o território da Bratva e resgatar Ana.
No outro dia após nossa conversa com Nicolas. Giuseppe viajou até
Roma para conversar com Vicenzo e repassar todas as informações, ele me
falou que Vicenzo designou Amélia, uma hacker fenomenal quando o
assunto era entrar nos mais altos sistemas de seguranças e que agora fazia
parte dos funcionários de Vicenzo. Ela trabalhava diretamente para ele e
tinha conseguido informações valiosas para ele.
— Filha, calma deve está dando tudo certo, pois se algo de mal
tivesse acontecido eles teriam nos avisado. — minha mãe tenta me acalmar.
— Eu sei mãe, porém a angustia de não saber o que está
acontecendo lá não me deixa ficar tranquila. — sento no sofá ao lado dela.
— Eles foram treinados para tal coisa filha, também estou aflita,
mas tenhamos fé de que tudo ocorrerá bem — ela aperta minha mão como
forma de apoio.
Passamos mais um tempo no sofá esperando até que a porta de casa
se abriu e uma Ana chorosa e com o rosto machucado apareceu por trás de
Luca. Não pensei duas vezes e, antes que ela entrasse em minha casa, corri
até ela a abraçando forte, querendo sentir seu corpo em meus braços e ter a
certeza de que ela está aqui comigo de novo. Que ela está bem e salva.
— Me perdoa amiga, me perdoa — pedi com voz presa na garganta
em meio ao choro.
— Você não teve culpa amiga — seu choro tornou-se mais forte.
— Tive sim, eu deveria ter lhe contado quem eu era e a qual família
pertencia.
— Já passou, tudo bem. Eu estou aqui agora.
— Sofri tanto imaginando o que poderia está acontecendo com você
— ela abaixou a cabeça e soluçou partindo meu coração.
— Vem. Vamos entrar. — peguei sua mão e a coloquei para dentro
de casa.
— Bem vinda Ana — minha mãe a abraça — Sinto muito pelo que
você passou, mas saiba que agora é parte da nossa família e pode sempre
contar conosco — ela aperta a mão de Ana em forma de apoio.
Ana dá um sorriso fraco assentindo.
— Obrigada — falo aos responsáveis por trazê-la de volta para
mim: Luca, Giuseppe e meu pai.
— Cadê Nicolas? — pergunto ao notar sua falta.
— Ele teve que voltar ao Brasil e dar baixa em seu cargo de detetive
— Luca é quem explica — Ele voltará assim que der.
— Vamos ao seu quarto você precisa de um banho e descansar —
falo a Ana.
— Meu quarto? — pergunta confusa.
— Sim seu quarto! Não a deixarei longe de mim nunca mais — falo
abraçando-a de lado.
Assim que fechei a porta atrás de mim respirei fundo tentando não
desmoronar agora. Ela precisa do meu apoio e cuidado, não deve ter sido
fácil tudo o que passou nessas três semanas de sequestro.
Nicolas ainda não voltou do Brasil, porém liga todas as noites para
falar com Ana. Andrea também está bem presente em minha casa o que fez
Ana se distrair com as historias envolvendo seus casos amorosos. O
engraçado é a forma como Andrea se porta ao ter o nome de Nicolas
mencionado em nossas conversas, ela cora e nem parece à garota pra frente
que é, desconfio que ela goste dele. Descobri que os dois saíram algumas
vezes enquanto ele esteve aqui.
Após o resgate Giuseppe foi com Luca e Nicolas levar Ana para
Samira, eu queria muito vê-la, mas não podia deixar Roma com tantos
problemas em meu encalço. Mandei as meninas resgatadas para suas
respectivas famílias e me despedi de todos indo para mim mansão.
◆◆◆
No dia seguinte Maria veio me pedir para deixá-la fazer uma festa e
comemorar seu aniversário
— Amor... — ela me chama a me ver passar para a cozinha e ir
tomar meu café da manhã — eu quero fazer minha festa de aniversário.
— Não estamos em clima para festa Maria — paro para lhe
responder
— Mas todos esses anos que estamos casados nós comemoramos o
meu aniversário. — fala manhosa me irritando.
— Tudo bem se quer fazer faça — me viro e entro na cozinha tomo
meu café e saio para a empresa, não suporto ficar muito tempo perto dela.
Esse dia será decisivo em minha vida e eu nunca estive tão certo
quanto a isso...
Capitulo 28
E o dia da tão falada festa chegou. Vicenzo enviou seu jatinho para
nos levar e queria que ficássemos em sua mansão, contudo isso seria de
mais para mim e consegui convencer meus pais a ficarmos em um dos
hotéis pertencentes a ele.
— Também estava com saudades tio, mas não sou mais uma criança
para me chamar assim. — reclamo e beijo seu rosto, ele apenas ri beijando
minha testa.
— O senhor está lindo, hein. Tia Emma tem que ficar de olho bem
aberto com as biscates que vierem aqui hoje. — o provoco e todos nós
rimos.
Preciso respirar.
— Ana — chamei-a.
— O que?... Como?... — sua voz sai falhada ao se dar conta que foi
pega no flagra.
— Seu amante comeu sua língua e por isso não consegui falar
Maria? — pergunto rindo da sua cara de pateta.
— O que todos vão falar ao saber que a grande dama da nossa máfia
não passa de uma puta?
— Como ousa me chamar assim sua cobra, eu sei que você é louca
por Vicenzo, mas é comigo que ele está casado. Co-mi-go. — ela grita
histérica me fazendo rir.
— Só queria saber uma coisa, como pode trair um homem como seu
marido com um soldado? Porque você o traiu e não adianta negar.
Toda vez que Nicolas a tocava o anseio de cortar sua mão crescia
em mim e ao perceber que esse sentimento por ela estava cada dia mais
forte e feroz não pude ignora-lo e tomei a decisão de me separar de Maria,
mesmo que com essa decisão eu tivesse que enfrentar uma guerra com
meus pais e o conselho da máfia.
— Que frase mais clichê — rio sem humor — Quer dizer que o que
acabei de ouvir foi... Deixe ver... Um delírio meu? — pergunto com um
sorriso debochado em meus lábios.
— Já parou de suplicar? Você sabe muito bem que eu não vou lhe
poupar. O preço por traição é a morte — ao notar que não tem saída e irá
morre sua postura muda.
— Não sabia que poderia ser tão baixa, tão vulgar, tão burra — digo
e volto a minha postura ereta.
— Ele que era para ser o dono de tudo, ele é quem amo e quem vai
matar você e todos da sua família — expressa com raiva e eu apenas a olho
tentando digerir tudo o que ela acabou de me revelar.
Agora eu vou atrás de Pietro e por mais que ele seja meu irmão vai
se arrepender de ter entrado em meu caminho.
Capitulo 30
Depois de ter dado as ordens ao Luigi saio do galpão, volto para
dentro da mansão e encontro todos a minha espera.
— Você a amava? — ver a dor nos olhos de minha mãe parte meu
coração
— Não era amor, paixão, talvez. — meu pai fala pensativo — Ela
tinha se apaixonado por mim e como minha vida tinha virado de cabeça
para baixo da noite para o dia e ela me ajudou a enfrentar toda a barra, eu
acabei me apegando a ela.
Meu pai se levanta e caminha até a janela do escritório que tem vista
para o jardim.
— Você casou comigo por pena e pressionado pelo seu pai? Se não
queria se casar porque não cancelou o casamento? — Minha mãe estava
chocada, lágrimas escorrem por suas bochechas.
— Mas, o que aconteceu para esse tal de Pietro que se diz seu filho
vir nos fazer mal? — ela pergunta.
Ele sempre foi um homem temido e conduzia nossa máfia com mãos
de ferro, com medo e pavor até para com os nossos, fazendo-nos assim ter
inimigos dentro da nossa organização.
— Mancha? — meu pai rir sem humor — Ele era seu primeiro neto,
por mais que eu não amasse a mãe dele, eu cuidaria do meu filho.
— Ela era uma prostituta, pelo amor de Deus, Eduardo. — meu avô
exclama aumentando o tom de voz — Você estava para se tornar o novo
Don.
— E você acha que não me culpo pela morte deles? — meu avô
grita e passa a mão pelo cabelo — Eu os amava! — sua voz sai como um
sussurro nas ultimas palavras.
— O senhor não ama ninguém! — meu pai grita — Só pensa em
poder, e por isso quis matar Elena com meu filho ainda em seu ventre,
levando-o a agora a querer nos matar.
— Elena tinha uma prima em Torino e foi para lá. — volta a contar
a história — Depois de ter Pietro ela começou a trabalhar em um hotel no
qual conheceu seu marido e antigo capo de Veneza — suspiros chocados
escoam pelo escritório.
— Isso meu amigo, ele se apaixonou por ela e quando ela lhe contou
sua história ele viu uma oportunidade grande. Casando com a mãe de meu
primeiro filho ele me mataria e assumiria o poder até Pietro ter idade de se
tornar o novo Don.
Ele suspirou.
— Sim, por isso comecei a investigar e descobri que ela tinha fugido
grávida sob as ameaças de meu pai. Localizei sua prima e lhe dei um bom
dinheiro para me dizer toda a verdade.
— Ele escolheu isso, pai, e só darei o que ele tanto procura. Ele quer
morte e isso terá, só que não será a minha — decreto e saio do escritório.
Preciso colocar minha mente em ordem e digerir os últimos
acontecimentos.
Capitulo 31
Ainda estou um pouco desnorteada com os acontecimentos de
ontem à noite. No momento em que vi Maria beijando o soldado do
Vicenzo e a enfrentei não imaginava à proporção que isso ganharia e as
revelações que aconteceram.
— Aah, sim, ela está mais radiante que nunca — comento sorrindo
para Andreia que cora. — Aposto que tem haver com o seu irmão — nós
sorrimos quando ela arregala os olhos.
— Não tenho nada com o Nicolas — ela afirma, mas sem muita
convicção. — Eu e ele não temos nada.
Rimos.
Com o conselho a coisa foi mais tranquila, eles não aceitam traição
e me apoiaram na decisão de mata-la. Por outro lado ao saberem que tudo
que aconteceu foi culpa de um filho bastardo do meu pai os fez diminuir a
pressão que tinha sobre mim e meu jeito de governar a organização
deixando a situação menos sufocante para meu lado.
Meu pai depois de todo aquele drama que foi a descoberta de toda a
verdade cortou relações com meu avô e resolveu tirar uns dias de férias com
minha mãe no intuito de melhorar a relação dos dois.
Meu avô por sua vez foi até o conselho e pediu que não fizessem
nenhum tipo de retaliação a meu pai pelos atos de Pietro em consideração
aos 30 anos que ele esteve à frente da nossa organização e de seu governo
impecável durante todos os anos que fora Don da nossa máfia. Eles
respeitaram seu pedido e não fizeram nenhum mal ao meu pai.
Eu queria contar o que meu avô fez, contudo ele me proibiu não
querendo que seu filho visse esse agir dele como uma compra de seu
perdão. Ainda posso ver em seus olhos a dor das palavras ditas pelo meu
pai.
— Vou fazer isso mesmo ela nem é tão bonita assim — arqueio
minha sobrancelha em sua direção em forma de questionamento.
— Eles sabem que não podem levar adiante uma guerra com você.
— quem fala é Luigi me olhando pelo retrovisor.
— Pode ter razão, embora ainda não esteja certo disso — ele assente
e volta seu olhar para a estrada.
Saber que Samira pode ser de outro faz meu peito doer.
— Senhor Vicenzo.
— Não sei se é uma boa ideia, não estou muito a fim de aturar uma
garota fútil e com pose de primeira dama ao meu lado a noite toda.
— O bom mesmo seria uma jovem que fizesse parte da nossa máfia,
que fosse inteligente, bonita e não fosse fútil e com mania de grandeza —
fala tomando seu uísque e me dando a oportunidade que tanta queria.
— Vou colocar no viva voz — ele fala já pegando seu celular para
ligar para Samira.
— Posso pensar? Não gostaria de deixar Ana sozinha agora que ela
já está se entrosando de novo.
— Como você mesmo ouviu ela vai pensar, mas não se preocupe ela
aceitará.
— Vamos sim, mas enquanto você vai para a solidão de sua mansão
eu vou me fartar em bocetas novas.
Ele pode até estar certo já que Vicenzo me convidou para passar uns
dias em sua mansão em Roma e ser sua acompanhante nas festas da
organização.
Olho para ele que está sorrindo para mim com dois sorvetes na mão.
— Entendo que tenha medo, Samira, mas essa pode ser a chance de
vocês descobrirem que nasceram para ficarem juntos.
— Não a deixe passar. Eu perdi a chance de ser feliz uma vez e não
sei se a terei de novo — a dor em sua voz toca meu coração.
— Doidinha, mas que mexe com você e não adianta negar — ele
não responde apenas dá um sorriso de lado.
Ela está usando uma calça jeans na cor azul justa marcando suas
coxas grossa e a bunda empinada que sou louco para marcar com meus
tapas e um blusa rendada de alça fina na cor branca valorizando seus belos
seios.
— Aah... Eu... Vim avisar que o jantar será servido — coço a nuca
sem graça por ter sido pego a devorando com os olhos. Eu relamente pareço
um adolescente.
— Tudo bem — fala sorrindo. — Eu vou me trocar e já desço.
Já no meu quarto vou direto para o banheiro, tiro minha roupa, ligo
o chuveiro no modo frio para abaixar a ereção que tive ao vê-la só de
toalha, contudo meu pênis não baixa.
Me visto e saio rumo a cozinha onde pedi que fosse servisdo nosso
jantar.
Capitulo 35
horas antes.
3630 segundos, uma hora e meia, esse foi o tempo exato que levei
da minha casa em Veneza até o aeroporto de Roma, sim eu contei cada
segundo, a ansiedade não me deixou aproveitar a viagem estava aflita e
inquieta com a possibilidade de me entregar a Vicenzo.
Pensar que finalmente serei dele faz meu coração dar cambalhotas
em meu peito e as borboletas dançarem tango na minha barriga.
— Um pouco... — olhei para ele — sabe que não curto muito esses
eventos, só aceitei por ser o Vicenzo.
— Eu sei princesa, mas todo esse problema com a sua falecida
esposa e seu meio-irmão o deixou mal visto pelo conselho.
— Princesa não fale assim de seu irmão preferido e deixe meus ovos
fora de qualquer conversa, ok?
— Acreditemos nisso — Giuseppe fala lhe dou língua após ele bater
na minha cabeça de leve. Costume que sempre teve desde que sou criança e
pelo visto não pretende deixar tão cedo.
Pego meu celular na minha bolsa deito na cama e ligo para Ana
conto que já cheguei e pergunto como ela está, ficamos um tempo
conversando ela me conta que pegou Andreia beijando Nicolas na área da
piscina, mas falaram que não estão namorando só se curtindo. Rimos da
cara de pau dos dois, me despeço dela e finalizo a ligação.
— Pedi para servir nosso jantar aqui espero que não se incomode —
ele fala ao se virar e me fazendo engolir em seco ao ver seu peito nu.
— Bom apetite.
Sorrio.
Não sei o que responder, pois meu centro pulsa e sinto minha
calcinha molhar só em pensar nas suas mãos passeando pelo meu corpo
enquanto me fode com força. Aperto as coxas em busca de um atrito que
alivie a pulsação e engulo em seco.
— Queria te beijar assim desde a hora que entrou pela aquela porta
hoje a tarde — encostamos nossas testas respirando com dificuldade.
Ele não pensa duas vezes e me pega no colo, circulo minhas pernas
na sua cintura para não cair e encosto minha cabeça em seu pescoço
sentindo seu cheiro enquanto ele sobe as escadas. Chegamos em seu quarto
e ele me joga na cama.
Ele para de me beijar e se afasta para tirar minha blusa seu olhar de
desejo e admiração ao vê meus seios sem o sutiã faz minha calcinha molhar
ainda mais.
— Agora vou provar essa bocetinha, pois estou com saudades dela
— ele beija minha barriga e vai em direção a minha intimidade.
Beija por cima do short e depois o tira junto com a calcinha, seus
dedos traçam um caminho por dentre minhas dobras enquanto ele sopra
meu centro, gemo deliciada com a sensação que percorre todo meu corpo e
abro mais as pernas me oferecendo sem pudor para que ele faça o que
quiser comigo. Para que me queime e me consuma com sua boca, dedos e
pau.
— Vou comer essa boceta até ficar saciado dela, mas sinto informá-
la que essa saciedade não se dará hoje — fala e passa a língua de cima a
baixo chupando meu clitóris com força, me contorço e agarro o lençol.
— Porra!
Gemo alto quando ele me penetra com dois e saboreia meu nervo
inchado. Ele devora meu centro como se fosse sua sobremesa favorita não
demoro muito e gozo gritando seu nome. Ele sorve todo meu prazer e sobe
distribuindo beijos pela minha barriga e seios.
Ele fica alguns segundos parado até que eu me acostume com todo o
seu tamanho, me mexo embaixo dele o incentivando a continuar e ele
começa com movimentos de vai e vem lento. Sinto minhas paredes se
adaptar ao seu membro e gemo apertando seus braços e o marcando com
minhas unhas.
— Goza pra mim Samira, quero ver meu pau melado do seu gozo.
Quero sua boceta me apertando e o sugando, o reivindicando como dela. —
e como se meu corpo estivesse esperando seu comando gozo gritando seu
nome.
— Você fica ainda mais linda gozando — ele volta a me beijar e
com mais algumas estocadas goza enchendo a camisinha com seu sémen.
Eu o amo tanto e espero que um dia ele possa retribuir esse amor.
Espero um dia forma uma família ao seu lado.
Capitulo 36
Já tive muitos momentos felizes nesses meus 35 anos de vida, mas
nada se comparou a felicidade que senti ao ter Samira em meus braços. A
forma como ela me beijou e falou que esperou todo esse tempo para se
entregar a mim despertou sentimentos que nunca achei ser capaz de sentir.
Porém, saber que era virgem e tinha me escolhido para ser seu
primeiro despertou a possessividade que habita em mim. Ela é minha e se
antes já a queria agora a quero mais que nunca. Só tenho que fazer
Giuseppe e seus pais aceitarem sem estremecer nossa amizade.
— Sei que sabe, mas quero cuidar de você — ela passa o braço por
meu pescoço e nos beijamos.
Desço minhas mãos por sua barriga e acaricio seu clitóris ela abre
mais as pernas me dando mais acesso.
— Quero te foder de novo, mas sei que está dolorida então só vou
fazê-la gozar em meus dedos — ela suspira e inclina a cabeça para trás
desfrutando das minhas carícias em seu ponto de prazer.
— E você?
— Pode vestir uma cueca minha, tenho cuecas novas aqui — falo já
pegando uma no closet junto com uma camisa minha.
— Mandão.
Sinto seu corpo tremer e sei que seu orgasmo está perto a beijo e
coloco dois dedos em seu canal a fodendo firme com eles, belisco seu
clitóris e tomo seus gemidos em minha boca ao gozar em meus dedos.
— Posso pensar?
— Claro, minha linda, — lhe dou um beijo casto — nos vemos mais
tarde — saio do escritório ruma a sala de reuniões onde os outros acionistas
me esperavam.
◆◆◆
Samira
Eu sempre fui uma pessoa que sabia o que queria, e por isso
descobri que amava Vicenzo aos 14 anos e quis continuar o amando desde
então. soube que não supor-taria vê-lo com outra e quis ir embora fazer
minha vida longe.
Porém como nada em minha vida é fácil precisei voltar a Itália e não
me arrependo disso, pois hoje realizei meu sonho de ser dele.
Ser de Vicenzo.
Por outro lado pensar qual vai ser a reação de minha família ao
saber de nosso relacionamento me deixa aflita: se eles não permitirem que
fiquemos juntos seria eu capaz de abandoná-los e viver esse amor? E se o
que Vicenzo sente por mim for só desejo ou carência por estar viúvo? E se
ele só quiser sexo comigo? Ele enfrentaria minha família para ficarmos
juntos?
Deus, eu vou surtar com tudo isso em mente. Tenho que conversar
com ele a respeito disso e tenho que saber se ele me quer em sua vida para
sempre.
— Um beijo por seus pensamentos.
Faço o que ele manda e sinto meu sexo contrair em expectativa. Ele
levanta meu vestido o embolando na cintura e rasga minha calcinha. Arfo
com sua forma bruta.
Ouço-o abrir o zíper da calça e sinto seu pau pincelar minha entrada,
empino a bunda em sua direção querendo-o logo dentro de mim logo.
Nós nos olhamos pelo reflexo do espelho e o desejo que vejo nos
seus olhos e a expressão de prazer em seu rosto nos deixa ainda mais
excitados. Seu membro pulsa dentro de mim e minha vagina se contrai em
resposta o sugando e querendo mantê-lo dentro dela para sempre.
— Por mais que ame lasanha, já comi ontem e não posso comer
massas todos os dias.
— Se você não reparou, não sou tão magra como as outras mulheres
e toda as calorias que consumo se depositam em minha bunda e coxas. —
falo chateada por não poder comer sempre o que quero.
— Pois eu adoro sua bunda e quanto mais grande mais carne eu terei
para apertar enquanto te fodo por trás.
— Eu sei, mas vamos deixar para pensar nisso uma outra hora,
quero aproveitar o máximo que puder com você — pegou minha mão e
depositou um beijo no dorso. Retribui com um sorriso bobo.
— Serei toda sua para usar e abusar quando chegarmos — ele agarra
minha cintura e cheira meu pescoço.
— Queria não ter que ir a essa festa — levanta a cabeça e me olha
— Como irei me concentrar em algo se você está tão gostosa nesse
vestido?
— Não, minha filha está para ter meu primeiro neto e Michele ficou
cuidando dela.
— Entendo.
— Claro, desculpe Don. — sua voz soa baixo. — Nos vemos por aí.
Com licença — ele se afasta sobre o olhar fulminante de Vicenzo.
— Eu não quero me casar com outro que não seja você, mas o
conselho está pressionando meu pai a me fazer se casar, pois já tenho 23
anos e na máfia as mulheres geralmente se casam com 21. Quer dizer, essa
pressão não está apenas sobre mim, Giuseppe também, precisamos de
herdeiros. E ele principalmente, visto que será o próximo capo de Veneza.
— Conversarei com seu pai e resolverei tudo, não se preocupe —
apenas assenti.
— Fernando?
Sinto a postura de Vicenzo endurecer ainda mais e temo que ele faça
algo com seu novo piloto.
— Isso. Mas...
— Fernando — alguém o chama o interrompendo de falar alguma
besteira e agradeço aos céus por enviar essa pessoa, pois Vicenzo já estava
a ponto de esganá-lo aqui mesmo na frente de todos.
— Não sabia que tinha namorado esse bostinha, a quero longe dele.
— disse autoritário se sentindo meu dono. — Você é minha Samira! —
rosna raivoso apertando minha cintura a ponto de quase doer.
— Eu não sabia que ele era seu piloto e se não percebeu, eu tinha
uma vida antes de termos algo — falo e saio, indo em direção ao banheiro e
o deixando sozinho no meio do salão.
— Era ele o cara que te impedia de se entregar para a mim, não era?
— questiona invadindo meu espaço pessoal
— Ele só quer curtir com você, Samira, não sonhe com o impossível
— encarei sua mão em meu braço e ele a retirou.
— Não me desafie, Samira, você sabe que não gosto disso. — fala
próximo ao meu rosto e vejo raiva nublando em seus lindos olhos azuis.
— Não imagina a raiva que senti quando confirmou que estava com
ele, mesmo eu sabendo que você estava dizendo aquilo só para me desfiar
— se abaixou e abriu minhas pernas.
Ele me pegou no colo, pois não tinha forças para ficar em pé, e me
levou ao banheiro. Tirou sua roupa e ligou o chuveiro para nos lavar.
Começou a alisar meu corpo nos excitando novamente, me tirou do
banheiro secando de forma rápida e me jogou na cama.
Arremeteu forte e bruto fazendo ecoar pelo quarto o som dos nossos
corpos se chocando, agarrou meu cabelo me levantando para que o beijasse.
Ficamos de joelhos na cama nos beijando e Vicenzo estocando sem pena
seu pau duro e pulsante em minha boceta que contraia a cada estocada sua.
Ele saiu de mim e resmunguei frustrada e louca para gozar
novamente. Vicenzo deu um sorriso sacana e me virou deixando-me de
frente para ele.
Vicenzo
— Eu sei, mas não é fácil para mim, Samira — levanto meu tronco
e me sento na cama.
— Até ontem te via como uma criança e agora te desejo mais que
tudo.
— Eu sei que não é fácil, mas eu não tenho olhos para outro homem
além de você. Eu sempre te amei e isso não vai mudar. — Ela me abraça
forte. — Por favor, não me faça se arrepender de ter sido sua. — pede com
a voz baixa.
— Tudo bem, sei como fica seu humor quando está com fome. —
gargalhei quando ela me atirou um guardanapo.
— Fica linda bravinha. — a puxei e lhe dei o beijo que tanto queria
desde a hora que acordei.
Estava envolvido com os problemas que surgem a cada dia que não
percebi quando Samira bateu na porta.
Petulante!
— Sempre foi atrevida e esse seu jeito sempre me encantou. —
voltei a me sentar e abri suas pernas querendo tirar sua calcinha para
saborear seu sabor que tanto me enlouquece. — Sem calcinha, já veio louca
para me dar não foi?
Fiquei de pé, abri meu zíper libertando meu pau e a penetrei em uma
estocada bruta nos fazendo gemer com o contato de nossos sexos, puxei seu
vestido libertando seus seios e os coloquei em minha boca. Os chupei
alternando entre um e outro, lambi ao redor do bico duro e depois belisquei
com os dentes a fazendo gritar de prazer.
— Tudo bem por lá, meu pai está fazendo negociações para meu
casamento.
— Você não vai se casar com outro homem além de mim. — ditei
com voz dura.
— Queria ficar aqui com você — falou triste —, mas não é bem
visto uma jovem solteira e “virgem”... — rimos com a aspas que fez com os
dedos ao dizer a palavra — ficar sozinha com um homem viúvo em sua
casa.
— Então volte ao trabalho que vou ver o que Carem está preparando
para o almoço.
Meu irmão não gostou muito das indiretas e tratou logo que dizer
que ele saberia quando seria o momento de pensar em casamento.
— Oh, meu Deus que filho mais carente esse meu — mamãe foi em
sua direção o abraçou e apertou suas bochechas.
— Conta tudo .
— Eu... Me entreguei ao Vicenzo.
Rimos.
— Fico tão feliz por você amiga — nos abraçamos mesmo deitadas.
— Entendi.
— Mas ele não vai demorar a pedir minha mão só está esperando as
coisas melhorarem um pouco. Meu pai está fazendo negociações do meu
casamento e de Giuseppe, então Vicenzo não pode deixar que as
negociações avancem muito. Isso prejudicaria meu pai.
— Ele é apenas meu amigo, Samira, ainda não estou preparada para
me envolver com alguém.
Nicolas amava ser detetive. Seu sonho desde muito novo foi seguir
os passos de seu pai que também era policial.
— Ele me confessou que seu superior não queria ajudá-lo no meu
resgate — sua voz saiu embargada, com certeza se lembrando de tudo o que
sofreu.
Ana tinha mudado. Seu brilho e sua alegria já não existiam mais.
Quando Ana foi para seu quarto tomei um banho e depois de pronta
passei uma hora falando com Vicenzo e só encerramos a ligação porque
minha mãe veio me chamar para jantarmos.
Ele sempre diz que está arrumando tudo para pedir minha mão, mas
tenho saudades dele, de estar em seus braços e dele me amando. Estou cada
dia mais irritada e sem paciência. Até minha mãe notou minha mudança de
humor nos últimos dias. Nem minha comida preferida meu estômago aceita,
ele vivi embrulhado devido ao meu nervosismo e a briga que tive com
Vicenzo.
— Oi, Ana
— Não pode ser, Droga, como pude me esquecer de algo tão sério
como isso. — resmungo e Ana se aproxima de mim.
— Não posso estar grávida, Ana. Meu pai vai me matar a honra da
mulher é a coisa mais importante na máfia, ainda mais eu sendo filha de um
capo.
— Ah. Certo, espero que casem logo, eles formam um casal tão
lindo.
— Ei, ei, calma. Para que tanta pressa? Não podem sair sem
segurança — Luca nos para quando estamos quase entrando no meu carro.
— Você sabe que só pode sair com segurança, passem para o banco
de trás que eu dirijo.
— Samira.
— O que vou fazer? Vicenzo ainda não pediu minha mão e meu pai
quer me casa com o filho do capo de Milão. O que farei agora Ana? —
pergunto quase entrando em desespero.
— Você tem que falar com Vicenzo ele vai dar um jeito.
Voltamos para casa, todavia minha mente estava o tempo todo aérea,
tenho que pensar em uma forma de contar ao pai dessa criança em meu
ventre que teremos um filho ou filha.
Assim que chego em casa subo para meu quarto e ligo para minha
ginecologista pedindo que marque uma consulta para as primeiras horas do
outro dia, contudo de forma sigilosa para que meus pais não desconfie de
nada. Durmo ansiosa para o outro dia.
◆◆◆
— Bom dia, meu amor. Pedi para preparar seus croissant, estão
quentinhos — só de ver a comida sinto meu estômago reclamar.
— Não estou com fome, mãe. Vou dar um passeio no shopping com
a Ana se me der fome eu como em algum restaurante por lá mesmo.
— Tenho que pedir algo aos dois e isso não pode sair daqui —
começo a falar quando Luca põe o carro em movimento. Ele está dirigindo
meu carro e Mateo está no banco do carona.
Ana aperta minha mão me dando apoio e vejo Luca nos olhando
pelo retrovisor. 40 minutos depois ele estaciona o carro em frente a clínica e
desce conosco passando a chave para que Mateo possa estacionar o carro.
— Luca eu vou entrar com a Ana, nos espere aqui fora, tudo bem?
— ele assentiu e eu entro de mãos dada com Ana na tentativa de me
acalmar.
— Não sabia que já tinha se casado — ela comenta feliz, mas sua
feição muda ao ver a minha aflita.
— Claro, vamos fazer uma ultrassom para saber como está sua
gestação.
— Já da para ouvir?
Luca saiu na frente para ver se estava tudo bem para irmos até o
carro. Após ele conferir tudo ao nosso redor, fez sinal para que o
seguíssemos e quando estávamos próximas ao carro freadas foram ouvidas
e tiros disparados em nossa direção.
Ele lambeu meu rosto e fiz o maior esforço para não vomitar nele.
Pensei no bebê em meu ventre e fiz uma prece silenciosa para que
ele ficasse bem. Eu mal havia descoberto sua existencia e o podia perder se
Pietro me fizesse algum mal. O que era provável que faria, pois sua raiva
por mim e Vicenzo era maior que tudo.
— Ela está bem, só um pouco indisposta. Sua mãe não é mais tão
jovem meu filho. — ele bate no ombro de Giuseppe que balança a cabeça
concordando.
— Mas que merda. Vou matá-lo com minhas próprias mãos. — rugi
tomado pela fúria.
— Ana não é hora para esconder as coisas. O que foram fazer nessa
clínica e porque mentiram para nós ao dizer para onde vocês iam? —
Francisco pergunta respi-rando fundo para controlar a raiva.
Ela nos olha com o rosto banhado de lágrimas e Luca aperta sua
mão lhe incentivando a falar.
— Como assim ela está grávida? Samira não tem namorado. Ela não
pode está grávida, ela não é casada. — Francisco sussurrou e eu sei o
porquê dele não querer que isso seja verdade.
Cambaleei dando um passo para trás por ter sido pego de surpresa.
— Como assim a ama? Você nunca me falou que a via com outros
olhos. — gritou em minha cara — Agora vem com esse papo de amor
depois de a ter engravidado?Depois que a transformou em sua amante e
tirou sua honra!
— Parem com isso os dois. Enquanto estão discutindo algo que não
tem mais jeito minha filha está nas mãos daquele louco.
Samira... Eu falhei com quem mais amo e sua vida agora corre
perigo por culpa minha. Ela e meu filho estão nas mãos de um louco que eu
já deveria ter matado há tempos.
◆◆◆
— Se estava com ela por que não pediu a mão dela para Francisco?
Por que não aumentou a sua segurança? Por que a desonrou sem está em
um compromisso com ela, Vicenzo? — ele faz muitas perguntas enquanto
estamos no elevador para ir a cobertura e na última acaba elevando a voz.
— Eu a amo pai. Ela está com um filho meu no ventre e aquele filho
da puta me disse que vai abusar dela.
Amélia chegou, porém foi para casa dos pais de Giuseppe, então me
encaminhei para lá com meu pai assim que soube de sua chegada.
Capitulo 41
Acordei com minha cabeça latejando e meu estômago roncando, já
estava a horas sem me alimentar. Tento me mexer, mas vejo que minhas
mãos estão presas.
— Sua puta. Vou acabar com você e todos que vierem ao seu
socorro — gritou histérico e tentou rasgar minha blusa, mas um de seus
capangas bateu na porta e ele recuou.
— Com licença senhor. Consegui o número da casa dela a chamada
já está em andamento.
— Não toca em mim seu infeliz — grito e tento o chutar, mas ele se
afasta a tempo — se colocar esse pau em mim eu mesmo o corto — o
ameaço e ele ri da minha cara.
— Sei que você quer poder. Vicenzo me ama e fará tudo por mim e
nosso filho, você pode nos trocar pelo poder que tanto quer.
Não sei quanto tempo se passou comigo presa nesse quarto, meus
dias se resumia em comer e dormir, só era solta quando queria ir ao
banheiro ou tomar banho. Eu passava os dias com um ou dois dos seus
soldados me vigiando.
Pietro veio me ver apenas uma vez depois da minha proposta e disse
que estava negociando com Vicenzo meu resgate. Ele me comprou roupas e
meu banho era sob as vistas de um de seus soldados. Constrangedor eu sei.
Ele me arrasta para fora do quarto com uma arma em minhas costa.
Os tiros ficavam cada vez mais forte e a raiva que emanava dele podia ser
sentida de longe. Ele rosnava ordem para seus soldados que tentam se
proteger e protegê-lo.
— Quer essa vadia e esse bastardo que está na barriga dela? — ele
prensa a arma em minha barriga e sinto uma fisgada.
Me encolho de dor.
— Não ouse machucá-la. Você está cercado, Pietro, não tem como
escapar.
— O amor nos faz fraco Vicenzo. Não sei como ainda não percebeu
isso — fala e se afasta me levando com ele com a arma ainda
pressionando minha barriga.
Preciso pensar em algo, ele sabe que está sem saída e pode me
matar. Me viro para ficar de frente para ele e seguro seu rosto para que me
olhe. Ele se surpreende com minha atitude, mas não faz nada para se livrar
do meu toque.
Caio no chão com seu peso morto em cima de mim e gemo com a
queda.
— Vai ficar tudo bem meu amor — ele pega um lenço e limpa meu
rosto que estava todo sujo do sangue do Pietro.
— Pai — toco seu rosto feliz por vê-lo, mas logo em seguida gemo
quando uma cólica forte que me abate.
— Vai ficar tudo bem, vocês vão ficar bem, vamos nos casar e ser
feliz — ele fala para me acalmar enquanto corre comigo para fora da casa.
Já do lado de fora vejo Giuseppe com a porta do carro aberta e ao
seu lado Nicolas. Vicenzo entra comigo no carro e manda Mateo, que está
no banco do motorista, dirigir até o hospital.
Os dias que passei sem ter certeza se ela estava bem quase me
enlouqueceram. Foram quase 3 dias com ela sob o poder de Pietro, até
Amélia conseguir nos dar a localização exata de seu cativeiro.
Fico parado olhando para a porta que ela entrou, lágrimas escorrem
por minha bochecha e não tenho vergonha de chorar. Sinto braços ao meu
redor e vejo que meu pai me abraça. Ele deve ter saído logo após deixarmos
o cativeiro.
— Obrigado.
Todos vão embora e eu fico com alguns dos meus soldados fazendo
nossa segurança. Entro no quarto em que ela está e aproximo a cadeira da
cama e me sento para velar seu sono. O alívio toma conta de cada parte do
meu corpo ao ver que ela e meu filho estão bem.
— Darei minha vida por vocês se for preciso! — beijo a mão que
está com o acesso do soro — Não deixarei que nada de mal volte a
acontecer com nenhum de vocês. Eu prometo!
Pouso meus olhos em sua barriga ainda plana. Minha mão vai até
ela e a aliso.
— Ele está bem. Firme e forte dentro de você e vai continuar assim
até que seja seu tempo de vir ao mundo.— ele coloca a mão sobre a minha
e me dá um beijo na testa.
— Gosto disso! Mas acho que tem de pedir minha mão primeiro,
não? — sorrio para ele.
— Que bom poder te ver bem, filha — minha mãe me abraça assim
que a doutora se afasta.
— Nos deu um baita susto, princesa — meu pai beija a minha testa.
Giuseppe apenas me olha de longe e sei que está magoado pelo meu
envolvimento com Vicenzo e por isso não faço muito esforço para
conversar com ele. Ele precisa de tempo para digerir tudo.
— Giuseppe. — o chamo.
— Dê tempo a ele, filha, e verá que logo ele estará implicando com
você como sempre fez. Ele te ama! Você é a princesinha dele. Apenas
tenha paciência e logo tudo voltará ao normal. — concordo com a cabeça e
me encolho em seus braços, o carinho de Vicenzo e da minha família é tudo
o que eu preciso agora.
◆◆◆
— Não posso estar feliz sem você ao meu lado. Me perdoa, irmão.
— não consigo conter as lágrimas. Ele permanece em silêncio.
— Você me perdoa?
— Então terei que melhorar minha pontaria — pisca para mim e dou
um tapa em seu braço, o fazendo rir mais.
Olhando a cena minha frente percebo que estive errada quando falei
que não nasci para ser feliz. Nasci sim, a vida só estava me mostrando que
precisa amadurecer antes, que tudo acontece no tempo certo e hoje entendo
isso.
Me casei com Vicenzo três meses após o pedido de casamento, foi
uma celebração simples, mas linda e da forma que sempre sonhei, só com
amigos e familiares. Nunca fui dada a festas luxuosas e meu casamento não
seria diferente.
Vicenzo deixou Giuseppe a frente dos negócios e passamos um mês
em lua de mel, viajando para vários lugares do mundo, incluindo o Brasil,
apesar do que quase me aconteceu, eu passei momentos maravilhosos
morando lá e aprendi a amar o país e suas belezas naturais.
— Vou te foder tanto que amanhã não vai conseguir andar. Quase 5
meses sem sexo me deixou louco — falou ao se afastar e começar a retirar
seu terno.
Foi me dando beijos por todo meu corpo a medida que meu vestido
ia caindo até meus pés. Ficou na minha frente e retirou o sapato, meia e
calça.
— Tem outra razão por eu estar usando a cor azul hoje — puxei
seu cabelo o fazendo me olhar.
— Um menino?
Uma delas foi Luca ser promovido a nosso consigliere. Meu irmão,
Giuseppe, assumiu o lugar de meu pai e se tornou o novo capo de Veneza,
sabíamos que isso aconteceria cedo ou tarde, tendo em vista que ele era o
primogênito e único filho homem de meus pais.
Ainda não é fim, pois temos nossos filhos para colocá-los em bom
caminho e fazê-los honrados para continuar nosso legado.
— Em tudo o que vivemos até aqui e no que ainda está por vir.
— Em 5 anos Ângelo será Don — fala olhando nosso filho que está
conversando com seu avô.
— Filho, sua irmã precisa ter amigos você tem que cuidar dela, mas
deixando ela viver, entende? — explico com calma.
E assim saíram correndo nos deixando rindo do jeito único que eles
possuem de cuidar um do outro.
Abraço Vicenzo e dou um beijo na testa da minha filha.
Eu estava errada quando disse que não nasci para ser feliz.
Pois nasci e minha felicidade estava ao lado do homem que sempre
amei.
FIM
Uma assassina para o Mafioso.
Sinopse
“Eu passei pelo inferno e precisei me quebrar para me tornar forte”
Fui condicionada a um sofrimento impensado e isso me marcou, me
transformou. Mudou-me profunda e completamente.
Hoje não confio em mais ninguém e luto diariamente contra os
demônios que me assombram dia e noite em forma de pesadelo. A dor me
fez assim e só a morte de quem me quebrou será capaz de me curar."
Ana sofreu sendo violentada e obrigada a se prostituir após ser
sequestrada em uma balada por homens que queriam sua amiga. Após
semanas sendo mantida presa em uma casa de prostituição ela foi resgatada,
mas não sem antes ter sido quebrada e machucada de todas as formas.
Agora ela vai se vingar de cada um que a machucou. Ana jurou
vingança e iria cumpri-la nem que para isso o que restou de sua humanidade
fosse levado no caminho.
◆◆◆
Prólogo
As coisas que acontecem em nossas vidas são para nos tornarem
fortes, bem é isso que eu penso.
Tenho 25 anos e hoje é meu primeiro dia no curso de letras. Amo ler
e sempre quis ser escritora.
— Ah. É que não sou daqui. Sou italiana e cheguei ao Brasil há três
meses. Curso relações públicas e você?
— Percebi que não era daqui pelo sotaque. Mas sua fluência em
falar o português é incrível. E eu curso letras é meu primeiro dia.
— Claro, podemos sim ser amiga, gostei de você, Samira, parece ser
nem legal.
Nesse dia ganhei uma amiga, mas também foi a porta para o
acontecimento que mudou minha vida.
Em breve...
Agradeço a todas as minhas leitoras que me seguem, lêm meus livros e me
acompanham desde o Wattpad.
Sonho este que demorei a realizar por medo de não ser boa o suficiente, de
não conseguir escrever algo que seja aceito pelos leitores. Medo de errar,
mas seu apoio me deu força e coragem para seguir e colocar em prática
todas as histórias que eu criava.
Amo vocês!
Também sou grata a todos os que baixaram e tiraram um tempinho para ler
meu romance. Obrigada de coração e espero que tenham gostado do meu
livro.
Thamy Oliver
Até que um dia em uma conversa com minha amiga eu criei uma história
com nomes de personagens que ela tinha trocado de outra história que
estávamos comentando. Ela gostou do enredo ao qual eu criei e me
incentivou a escrevê-la. Meses depois eu já estava com a história pronta e
coloquei-a no Wattpad.
Minha primeira história foi o livro " Um amor para o Mafioso". E depois eu
o transformei em uma série.
Foi isso que Amely, uma mulher bem resolvida consigo mesma e que se
ama acima de tudo, descobriu. Ela acreditava que não nascera para amar,
porém, o amor chegou-lhe através de Marcos, um homem lindo, arrogante e
prepotente. Amely se viu atraída por ele na mesma proporção que o odiou a
primeira vista.
Marcos não acreditava mais no amor, ele sofrera uma decepção amorosa
com sua ex-esposa e se fechou para esse sentimento buscando, agora,
apenas o prazer carnal, mas ao esbarrar em uma mulher linda, desaforada e
fora do padrão de mulher que sempre costumava a pegar, em uma balada o
fez perceber que seu coração não estava tão fechado assim para esse
sentimento como julgara.
Um CEO ferido.
Uma mulher que não queria amar.
Duas pessoas avessas ao mesmo sentimento e curtindo o melhor da vida
sem se apegar a ninguém.
Uma criança que possui o amor de ambos e torce por vê-los juntos.
E um destino que vai mostrar que eles nasceram um para o outro.
Sara nunca teve uma vida fácil, filha de pais conservadores e a mais nova
de 3 irmãos sempre foi privada de muitas coisas. Sem amigos, querendo
mudar de vida e prestes a concluir o curso de administração ela se candidata
a vaga de secretária do CFO das Ferreirastecnology e acaba trabalhando
para o maior cafajeste que já conheceu.
Henrique teve tudo o que sempre quis. Rico, lindo e amante de belas
mulheres ele tem todas elas jogada aos seus pés a hora que quer, porém
nunca se apaixonou ou se comprometeu com nenhuma delas.
Até que Sara uma mulher linda e fora de seus padrões passa a trabalhar para
ele como sua secretária despertando assim algo que ele não sabia explicar.
Ela parece um anjo, tímida e, ao mesmo tempo ‘sexy’ que o faz ter todos os
tipos de pensamentos pervertidos.
Ele é um cafajeste que apenas fode e não se apega a ninguém, mas que
desperta desejos nela que, até então, não havia sentido por homem nenhum.
Será que o Cafajeste vai se render ao amor? Será a mulher fora do padrão
que a sociedade dita como "certo" vai conseguir mudá-lo?
Ao Teu Lado
"Quando seu destino está ligado ao de alguém que foi separado para lhe
amar nem as dificuldades que surgem em seu caminho é capaz de fazê-lo
ficar longe dele."
Christopher tinha um legado a seguir, seu pai queria que ele seguisse seus
passos e se tornasse o mais novo CEO de uma das maiores indústrias de
petróleo dos EUA. Todavia não era isso que ele queria, e depois de mais
uma briga com seus pais, Christopher pegou seu carro e foi para a casa de
seu tio na tentativa de relaxar e se libertar de toda opressão que vivia em
sua casa. Nessa viagem ele conheceu a mulher que mais amou e também a
que mais o fez sofrer.
Ela partiu deixando quem a amava para trás.
Ele prometeu odiá-la.
10 Anos depois e suas vidas estavam mudadas.
Ele um CEO implacável. Ela dona de um clube de sexo, mas o amor ainda
estava vivo no coração de ambos.
E eles não puderam fugir disso.
“Eu passei pelo inferno e precisei me quebrar para me tornar forte” Fui
condicionada a um sofrimento impensado e isso me marcou, me
transformou. Mudou-me profunda e completamente. Hoje não confio em
mais ninguém e luto diariamente contra os demônios que me assombram
dia e noite em forma de pesadelo. A dor me fez assim e só a morte de quem
me quebrou será capaz de me curar."
Ana jurou vingança e iria cumpri-la nem que para isso o que restou de sua
humanidade fosse levado no caminho.
Ser poderoso e temido era o que lhe bastava. Mal sabia Vicenzo que o amor
que ele tanto achou não ser capaz de viver estava tão próximo e a espera de
que ele enxergasse isso.
Samira, uma princesa da máfia criada para ser esposa de um dos capos
assim que completasse 21 anos, viu seu amor se casar com outra e decidiu
partir para esquecê-lo. Samira havia se apaixonado por quem não deveria e
a dor de não poder ter quem ama a fez partir em busca de um destino longe
de tudo e, principalmente, de seu grande amor.