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Estamos quase chegando na Itália, meu tio vai estar lá para nos
receber, ele é Túlio Cappolo, irmão único do meu pai, e é um
membro da máfia Cosa Nostra, assim como meu pai foi quando
morávamos na Itália, tal como todos os Messina, nome que me dá
arrepios!
Assim que desembarcamos na Itália, vejo meu tio vindo na nossa
direção.
— Ane!! — Diz me abraçando
Minha família me deu esse apelido, que eu adoro, meu nome é de
uma pronúncia tão forte que quando me chamam de Antonella,
parece que estão chamando minha atenção, loucura eu sei, mas
quase não escuto meu nome, somente Ane.
— Tio! — Retribuo o abraço
Ele me solta do abraço ainda segurando meus braços e me olha dos
pés a cabeça.
— Como você cresceu menina. Se tornou uma mulher! — diz
sorrindo
— E você continua do mesmo jeito tio, cadê a Marie ? -Pergunto
pela minha prima, sua única filha
— Está em casa te esperando, morrendo de saudades...
Ele se vira para minha mãe e dá um olhar bem dentro de seus
olhos...
— Elisa!
— A própria! — Ela responde
Eu não sei, mais senti um clima estranho entre os dois, olhares
muito intensos...
— Vamos indo, devem estar cansadas da viagem e hoje será um dia
e tanto — diz pegando nossas malas, que são muitas, já que eu
trouxe praticamente tudo que eu tenho!
No caminho o silêncio reinou no carro, eu fui olhando pela janela,
admirando as ruas, as casas, sentindo esse ar fresco, bem diferente
de nova York, essa brisa no meu rosto me fez sentir saudades de
quando nós morávamos aqui, uma sensação boa me invade... Mas
que foi sumindo, assim que lembrei o porquê de ter voltado!
— Chegamos! — Ele diz
O carro entra em uma mansão muito linda e extremamente grande,
assim que abro a porta vejo Marie, minha prima, correr na minha
direção, não nos vemos desde quando éramos crianças, à cerca de
8 anos atrás; mantínhamos contato através de mensagens e
ligações, mas não é a mesma coisa!
— Aneee!!! — Ela grita, correndo na minha direção.
Ela me dá um abraço de urso, quase perco o fôlego, mas eu gostei.
— Marie, que saudades, eu não via a hora de te ver!
— Eu também e estou morrendo de saudades, vamos subir, a gente
tem muito o que conversar!
— Ei, não vai me dar um abraço mocinha? — minha mãe diz com os
braços abertos para ela, que se joga nos braços dela a abraçando.
— Tia, quanto tempo, estou muito feliz de vocês estarem aqui!
— Sim, é muito bom estar de volta!
— Meninas vocês podem subir, mas Ane, daqui a pouco vá ao meu
escritório, precisamos conversar! — meu tio diz, fazendo se formar
um gelo na minha espinha porque sei o teor dessa conversa!
Depois dos abraços e a recepção calorosa eu e Marie subimos para
o quarto
Ela fecha a porta atrás de si, se joga na cama comigo, me dá um
sorriso enorme, que eu retribuo.
— Você não sabe como é bom ter você aqui, eu estou tão sozinha
desde que a mamãe se foi — diz com voz triste e olhos brilhando
segurando uma lágrima
A mãe dela faleceu à cerca de um ano, ela morreu em um acidente
de carro, foi horrível para todos, mas principalmente para ela, perder
a mãe deve ser a pior coisa do mundo!
— Eu imagino Marie! — digo, fazendo um carinho em sua
bochecha.
— Mas olha, eu estou aqui agora e não vamos mais ficar sozinhas,
porque eu também estou muito ansiosa para conviver com alguém
da minha idade, ou quase né?! — caímos na risada
Marie tem 16 anos, é linda, os olhos são uma imensidão azul,
cabelos lisos, até aparenta ser um pouco mais velha!
— Bom, na verdade não temos muito tempo — diz com voz baixa
— Por quê?
— Escutei uma conversa do papai...
— Que conversa? -A corto
— Bom, seu casamento será domingo agora!
— O quê ??? Isso é daqui a 3 dias!
— Sim, eu sei...
Ela me olha com um olhar de pena, todos me olham assim, porque
sabem o que me espera!
— Hoje vai ter uma festa tipo um noivado.
Meu coração gela eu estou com muito medo, não o conheço , não
sei praticamente nada do homem que daqui a 3 dias,vai ser meu
marido.
— Sei que está com medo, mas olha, eu vou estar aqui e vou te
visitar sempre!
— Marie, eu não estou só com medo, estou com todos os
sentimentos ruins dentro de mim, eu não sei nada sobre ele, só que
ele é o demônio e na verdade nem sei o que isso significa, só sei
que boa coisa não é!
— É, você tem razão! Mas não vamos pensar nisso agora...
Sinto um receio da parte dela, como se quisesse me poupar de mais
detalhes.
Mas eu sei que, se eu quiser saber alguma coisa, é ela quem vai me
contar, mais ninguém!
— Marie!! — Digo com um olhar interrogativo pra ela
Eu quero saber mais, já estou ferrada mesmo, melhor saber o que
me aguarda
— Sei que quer me poupar, mas eu não tenho pra onde fugir, é
melhor saber onde estou me metendo! — Tem certeza?
Ai meu Deus, eu não sei se quero saber!
— Sim, senta aqui e me conta tudo que sabe sobre ele!
Eu sou uma pessoa que consegue disfarçar muito bem meus
sentimentos, sou ótima nisso, tenho um auto controle incrível,
palavras da minha própria mãe, porque nem ela que me conhece
tão bem, consegue perceber algo que eu não queira.
E nesse momento quero que Marie me conte tudo, por isso não vou
deixar ela perceber meu receio, quero saber onde estou me
enfiando!
— Olha, ele é conhecido como il demone di tutti i capotasti (O
demônio de todos os Capos ) Ane, ele não brinca de ser capo, eu
escuto umas conversas do meu pai e já ouvi eles falando que ele é
o mais cruel Capo que já existiu!
Ai Jesus amado!
— Ele não deixa passar nada, não tem perdão, errou pagou, e
traições então, não tem nem conversa!Diz e eu tentando manter a
calma.
— O irmão dele é pior ainda, dizem que ele sente prazer em matar
as prostitutas depois do sexo. Já matou várias, isso depois de — as
espancar!
Giulliano Messina, o irmão mais novo do Matteo, meus Deus, aonde
eu vou me enfiar!
— Os filhos da mãe são lindos, mas não valem nada!
— E o Matteo também faz isso?? — Perguntou com medo da
resposta.
— Matar não, ou pelo menos não sabemos — diz com voz falha
— Como assim ?? Me fala!
— Ele espanca as mulheres! Mas você vai ser esposa dele, não
uma prostituta! Até porque a Vai... — Ela para de falar
— Quem?
Ela respira fundo e continua
— Vaiola! Uma espécie de namorada dele, ela é filha de um dos
membros do Conselho e ela nunca apareceu machucada nos
eventos, então acredito que ele não espanca ela, pelo menos eu
nunca vi, então ele não vai fazer isso com você também!
— Olha Ane, apesar de tudo que estou falando, a vida dele e os
negócios são muito reservados, então só se sabe por alto...
Não sei se isso é bom ou ruim...
Meu Deus, o homem é louco, gosta de espancar, e ainda tem uma
namorada e isso é só o que as pessoas sabem por alto, então tem
coisas piores; não sei nem o que pensar, eu estou ferrada mesmo!
Antonella
(...)
Enquanto elas falam sem parar com a ajuda da Marie, que aliás está
radiante; Estou aqui jogada no sofá
— Ane! — meu tio me chama.
Todas nós, olhamos para ele ao mesmo tempo; E sua cara não é
nada boa.
— Pode vir no meu escritório por favor !
Me levanto e o sigo, entro e ele fecha a porta, me sento no sofá de
veludo vermelho que tem aqui, e ele senta ao meu lado.
— Ane, você vai ir ainda hoje para a casa do Matteo!
Aí Jesus amado!!!
— Mas por que? Você tinha me dito que seria só depois do
casamento! — Digo com voz exasperada
Porque é assim que me sinto... Irritada. Por que ele está adiantando
as coisas ?? Já não estão rápidas o bastante? Três dias já não
basta?
— Você vai se mudar ainda hoje! já mandei arrumarem suas malas,
e a Marie vai ajudar!
Ele diz e continua...
— Depois do jantar o Giulliano vem te buscar; Você só vai dormir lá,
mais nada, tudo vai ocorrer normalmente, como o combinado.
Amanhã sua mãe e a Marie vão para lá te ajudar a se arrumar para
o casamento!
Como assim só dormir lá, ele fala como se fosse normal
Me levanto decidida e o encaro
— Eu não vou!! — Digo me alterando
— Você me disse que o acordo era três dias, então eu não vou! —
Ele me olha sem mudar sua expressão.
— Ane, você ainda não entendeu?
Me viro para ele com os braços cruzados em cima do peito
— O Matteo não pede, Ane, ele manda!
— Se ele quer você lá hoje... — diz e faz uma pausa me encarando
e continua
— Você vai estar lá hoje! — Diz firme
Ele se levanta indo em direção a uma mesinha que tem algumas
garrafas de whisky, pega dois copos e coloca um pouco da bebida
em cada um, volta e me entrega um dos copos
Eu não penso duas vezes e viro todo o líquido, que desce
queimando minha garganta, não sou de beber, mas nesse
momento, não penso duas vezes!
— Se ele mandou o irmão vir te buscar, ele vai te levar nem que
seja nas costas à força!
— Puta merda! — Não tem para aonde correr!
(...)
Não consigo dormir sabendo que ela está aqui na minha casa,
quase entrei naquele quarto, mas me contive. Eu não quis recebê-
la, preferi ir para uma das minhas boates, precisava me
desestressar, mas por incrível que pareça, nada me satisfaz,
cheguei à conclusão que, enquanto eu não entrar naquela menina,
não vou sossegar!
Chego em casa,tomo um banho e coloco apenas uma calça de
moletom, e vou até meu escritório; bebo dois copos de whisky
enquanto penso na minha vida...
Até ontem de manhã, eu estava de boa, foi só conhecer essa
maldita,que não tenho mais paz, acho que o Giulliano tem razão, vai
ver ela é a deusa das fadas e lançou um feitiço em mim, só pode!
Saio dos meus pensamentos idiotas e decido voltar para o quarto.
Vou andando devagar, mas quando chego no corredor, vejo ela
vindo e paro imediatamente
Ela está olhando para trás e andando na ponta dos pés, está só de
calcinha,PUTA QUE PARIU!!! A camisola é branca, totalmente
transparente, me dando uma boa visão dos seus seios medianos, se
a luz estivesse acesa eu com certeza veria até a auréola.
Ela não percebe minha presença até bater com tudo em mim,quase
caindo; seguro seu pequeno corpo bem junto ao meu, e CARALHO,
estou com o pau duro.
Ela coloca as mãos pequenas no meu peito e levanta o olhar me
encarando e parece que o tempo parou. Estou apertando ainda
mais ela no meu corpo, e essa nem era a minha intenção.
Até que ela percebe que está nos meus braços, e sai correndo, de
volta para o quarto, me dando a visão da sua bunda maravilhosa—
toda de fora, e eu fico ali, com meu pau latejando na calça, de tão
duro que está!
Puta que pariu! Estou aqui, debaixo do chuveiro gelado, ainda com
meu pau duro, mesmo depois de já ter gozado com a minha mão,
me controlando para não invadir aquele quarto e tomar logo o que é
meu!
Mas que merda ela estava fazendo com aquela roupa fora do
quarto?? Será que ela não sabe o que é robe? Ou não tem no
armário?? E se fosse meu irmão??
A fúria vai me consumindo por inteiro
(...)
Depois daquele episódio não dormi mais, voltei para meu escritório
e comecei a trabalhar, acho que era 5h da manhã, não sei bem
— Aquela parte de "se você não quer mais tudo bem" significa que
se ela quiser, vai continuar comendo ela? — pergunta sério
(...)
(...)
(...)
Matteo
Eu até gostei de ver ela me desafiando, isso é novo para mim, todas
as mulheres sempre caem aos meus pés, mas ela sempre me
desafia.
Olho à minha volta e vejo que estou sozinha, ele não está aqui,
graças a Deus!!
Estou nua, mas a dor é tanta, que levanto assim mesmo, tudo doe,
minha intimidade parece estar toda cortada, olho para a cama e vejo
sangue nos lençóis, e isso me faz lembrar que, até ontem eu era
virgem, e agora sou suja.
Alguém entra, eu me assusto mas vejo que é a Diana, ela fecha a
porta e pára, me encarando dos pés à cabeça!
— Menina! — diz chocada, colocando as mãos na boca, com cara
de espanto.
— Você tinha dúvida, de que ele fosse fazer isso comigo? —
pergunto com sarcasmo.
Ela deveria saber que ele é um monstro! Ele me estuprou a noite
inteira, até eu desmaiar, porque eu não lembro de quando acabou,
só sei que vi o dia clarear.
— Menina, você está toda machucada! — diz chegando mais perto
e me analisando
— Ele acabou de sair, disse que você ainda dormia, não bati para
não te acordar!
Eu vou em direção ao banheiro, paro em frente ao espelho que
cobre toda a parede, e me assusto com o que eu vejo...
Minha boca está cortada, lembro que ele me beijou mordendo e
depois puxando meu lábio inferior com força até cortar as laterais.
Meu rosto está com um hematoma e muito vermelho em todo o lado
direito, por causa do tapa que quase quebrou meu pescoço, meus
seios estão com marcas de mordidas fundas na lateral, e a auréola
está muito machucada!
Meu pescoço tem inúmeras manchas roxas de chupões e mordidas,
que sobem até meu queixo e bochecha, minha bunda, cintura,
braços, coxas e virilha, estão todos vermelhos, no meio das minhas
coxas, tem sangue seco, e minha intimidade ainda doe muito!
Não aguento mais me olhar no espelho, entro na banheira que a
Diana já preparou.
Assim que entro, sinto ainda mais dor e ardência na minha
intimidade. Afundo a cabeça e passo a não no cabelo e sinto uma
dor insuportável, levo meu dedo até o lugar e percebo que está
cortado, ele deve ter arrancado um tufo do meu cabelo!
A Diana me ajuda a tomar banho e colocar uma camisola, ela não
pegou calcinha, pois ela sabe que eu não posso colocar.
Quando saio do banheiro, a cama já está arrumada, e tem uma
bandeja com alguns pães, frutas, essas coisas de café da manhã, e
dois comprimidos, realmente estou com muita fome, ontem não
comi na festa e agora olhando no relógio vejo que já são 11 horas
da manhã
Depois do banho, o café e os remédios, acabei cochilando, acho
que os analgésicos eram fortes, porque não estou mais com tantas
dores, só nos machucados e na minha vagina, e também se eu
passar a mão na cabeça dói!
Mas ainda estou com fome, não comi quase nada que elas
trouxeram, porque minha cabeça doía muito.
Fico deitada por mais algum tempo pensando na minha vida, daqui
para frente eu vou estar casada com um homem que eu odeio.
Antes eu tinha medo, mas agora tenho ódio de tudo que ele me fez.
Não precisava ser assim, podia ter sido mais compreensível, eu era
virgem, mas não... Me estuprou de todas as formas, em várias
posições, uma pior que a outra, por horas, ejaculava e não
satisfeito, voltava, eu estou me sentindo um lixo.
Levanto da cama, e minha intimidade ainda doe, mas consigo andar
devagar; pego minha bolsa e dentro procuro meu celular, mas não
acho; escuto alguém abrir a porta, e quando vejo,Diana está
entrando no closet.
— Desculpa, pensei que ainda estava dormindo! — diz vindo até
mim
— Tudo bem Diana!
— Você está melhor? — pergunta pegando na minha mão
— Na medida do possível! Eu não encontro meu celular, você sabe
onde está?
— Provavelmente com o Matteo — Diz com pesar. Eu já devia ter
imaginado que ele pegaria.
— Ane, o jantar vai ser servido, ele disse que quer você lá!
Só de pensar em ter que olhar para cara do homem que fez tudo
aquilo comigo, já me dá ânsia de vômito. Mas sei que se eu não for,
ele é capaz até de me bater, e só de pensar, eu temo, pois já estou
toda machucada
— Tá bom! — respondo
— Você quer ajuda para se trocar? — pergunta e eu nego
Depois que ela sai eu procuro uma roupa bem leve, nada que me
machuque ainda mais. Até pensei em colocar roupas que escondem
meus hematomas ou pelo menos alguns, mas pensando bem, não
vou; quero que todos vejam que ele é um monstro, se a Diana me
disse ontem, que ele não é tão ruim, os outros também pensam
assim, e estão errados!
Eu pego um vestido azul Royal Solto, de seda com alcinhas bem
finas, que vai até metade das minhas coxas, ele tem um pequeno
decote e no busto, e o tronco é um pouco mais apertado.
Coloco o cabelo atrás da orelha, não da para pentear, já que minha
cabeça está machucada. Coloquei uma rasteirinha e fui
Chegando na sala de estar, eu fui em direção às conversas, para
encontrar a sala de jantar.
Ele estava na ponta da mesa, e o Giulliano ao seu lado esquerdo.
Assim que percebem minha presença, os dois param de falar e me
encaram.
Eu vou em direção ao lado direito e me sento, ficando de frente para
o Giulliano, ele me encara e depois volta a comer, sem dizer nada
A Diana vem e me serve, e eu começo a comer e não olho para o
Matteo, me sinto envergonhada e exposta.
Matteo
Ela come normalmente, e não olha para mim, nem para meu irmão.
Veio com um vestido que evidencia a noite de ontem, porque será?
Pensei que ela esconderia, mas não...
(...)
Acredito que ela deu uma emagrecida, talvez não deve estar
comendo direito, mas ainda assim continua linda.
Por mais que transei com várias mulheres nesses dias eu não
consigo me satisfazer, e essa maldita não sai da minha cabeça.
Transei mais que o necessário, e escolhi diferentes tipos de
mulheres, mas nada adiantou, sempre acabo voltando para casa
insatisfeito
Na última noite, transei com uma putinha nova no bordel, ela estava
intocada,esperando por mim, é novinha,talvez não seja nem maior
de idade, pensei que seria diferente, mas não, e ainda aconteceu
aquela mesma coisa, na minha cabeça estava transando com a
Antonella, até de olhos abertos era ela, só quando a menina falou
que eu acordei daquele transe.
O que eu não gostei, foi o fato de que para ele estava tudo normal, e
ela estando na mesa do café, eu entendi que vou ter que conviver
com ela, e aí já é demais; pois ela gosta dele, e vai infernizar ainda
mais minha vida, e quando fui questiona-lo, acabei apanhando,
então prefiro ficar aqui em paz.
Matteo
Estou na mesa jantando com meu irmão, que fala tantas bobeiras,
me fazendo rir. A Antonella nunca mais se juntou a nós, eu também
não faço questão, ela está tão magra, que me incomoda.
Quando estou com ela parece que estou comendo um cadáver, ela
parece morta, não esboça reação nenhuma, me fazendo até perder
o tesão, mas mesmo assim só ela me satisfaz
Meu irmão me olha e fala: — Matteo deixa ela ver a menina já faz
meses!
Realmente, eu nunca deixei ninguém falar com ela, a mãe dela liga
quase todos os dias, mas eu não atendo.
— Tudo bem! — falo para meu soldado que assente com a cabeça
e sai
— É só a mãe dela Matteo, não é uma ameaça!
Meu irmão me diz e eu reviro os olhos. Não vejo a família dela como
uma ameaça, mas ver ela feliz e sorrindo para outra pessoa que não
seja para mim, não me agrada nem um pouco, mas já que ela veio
dos Estados Unidos até aqui, vou deixá-la entrar!
Ela entra rápido e está ofegante.
— Por que você não atende minhas ligações? — Ela me questiona
com as mãos na cintura
— Não tive tempo! — Respondo firme e a encaro
— Por que ela não está jantando com vocês? — ela pergunta
apontando para a mesa
— Porque ela não quer, e como sou um bom marido, não a obrigo!
E é verdade, mas estou perdendo a paciência com ela me
interrogando desse jeito...
— Você não pode nos proibir de falar ou vê-la, somos a família dela
Matteo, a Marie veio aqui várias vezes e não pôde entrar!
Quando ela diz isso, vejo que meu irmão ficou inquieto, mas volto
minha atenção para a ela
— A família dela agora sou eu, e sim eu posso fazer o que eu quiser
e você sabe muito bem disso! — falo já sem paciência, quem ela
pensa que é,para falar assim comigo?
— Matteo eu conheci sua mãe, lembro como ela era doce e
amorosa, não é possível que você tenha se tornado um monstro!
Sei o que ela está tentamndo fazer, apelar para o sentimental; está
tentando me manipular, falando da minha mãe que morreu há
muitos anos atrás
— Não tente me manipular! — Falo sério, mas sem perder o
controle, ela não vai me afetar citando minha mãe, isso já passou
não me afeta.
— Você vai contar pra ela sobre seu passado sujo? — Pergunto
deixando ela toda desconcertada, porque percebeu que sei tudo
sobre ela!
— Vai me deixar ver minha filha ou não? — pergunta, toda
incomodada
— Vai, mas não demora muito, já está tarde.
Ela sai rápido, e meu irmão me olha com cara de espanto
— Você joga sujo em, deixou a mulher toda perdida!
— Eu só queria que ela se lembrasse com quem está lidando!
— É,percebi!
Antonella
— Filha, o que aconteceu com você! — Ela diz isso com lágrimas
nos olhos, passando os dedos no meu rosto.
Matteo
— Bom dia Antonella — Ele diz para ela sorrindo, que retribui o
sorriso, me deixando enciumado.
Matteo
Estou com uma ansiedade nova para mim, nunca senti tanta
vontade de voltar para casa, quase antecipei minha volta, mas me
contive.
Acordo, mas não abro meus olhos, sinto seu braço pesado em volta
da minha cintura, e sua respiração no meu pescoço
Estamos nus!
Eu não acredito que isso aconteceu! Eu me entreguei a ele e gostei,
na verdade eu gostei e muito. A gente fez sexo quase a noite inteira,
e quando eu pensava que tinha acabado, ele começava de novo e
eu ia as estrelas e voltava
Foi a minha primeira noite de prazer e tenho que admitir, realmente
sexo é maravilhoso!
Eu sempre lia sobre o assunto, mas nunca imaginei que eu ia fazer
essas coisas, é claro que eu sabia que ele faria sexo comigo, mas
não pensei que eu ia gostar tanto e ainda participar!
Mas agora estou morrendo de vergonha de olhar para a cara dele,o
cara me chupou todinha!!!
Sinto meu rosto queimar de vergonha, só de lembrar.
Eu queria ficar aqui e fingir que estou dormindo até ele sair do
quarto, mas ele está dormindo feito uma pedra, e estou morrendo de
vontade de fazer xixi
Pego seu braço que aliás é enorme e coberto por tatuagens e
coloco bem devagar em cima do seu corpo, me sento na cama, mas
sua perna está sobre as minhas, eu vou saindo bem devagar para
não acordálo
— Bom dia! — ele diz com os olhos ainda fechados e eu dou um
pulo pois me assustei
— Quer me matar de susto? — falo colocando a mão no meu peito
— Está assustada? — Me pergunta, com um sorriso enorme no
rosto.
— Eu pensei que estivesse dormindo!. — digo,desviando o olhar.
— Estou acordado faz tempo! — Ele diz e eu fico me perguntando o
por quê ele não se foi ainda?
— Preciso ir ao banheiro! — Digo me levantando e puxo o lençol
cobrindo meu corpo
Mas quando tiro o lençol, ele está deitado de barriga para cima com
os braços atrás da cabeça, e está totalmente pelado, seu órgão está
todo de fora e ereto
Arregalo os olhos me assustando com o que vejo, e jogo o lençol
em cima dele que começa a rir
— É, assim está melhor! — diz puxando o lençol para que eu não o
pegue mais
Eu olho para baixo e vejo que agora sou eu que estou nua, corro
para o banheiro e fecho a porta, me olho no espelho e vejo que
estou vermelha igual um pimentão, passo as mãos no meu rosto
tentando recuperar minha cor.
Entro no box tomo um banho não muito demorado, pois estou com
uma fome que não é minha
Saio do banheiro com uma toalha enrolada no meu corpo,e outra na
cabeça, e ele ainda está lá estirado na minha cama.
— Você não tem que trabalhar não? — Digo entrando no closet o
mais rápido possível, procurando uma roupa
— Hoje é domingo! — responde se levantando, vai para o banheiro.
— Pensei que você trabalhasse todos os dias! — Ou pelo menos
era o que eu queria!
— Eu trabalho, mas hoje só à tarde!
Enquanto ele está tomando banho, eu desço para o café da manhã,
parece que tem um buraco no meu estômago. Já na mesa, encontro
o Giulliano, e ele me recebe com um sorriso enorme e eu retribuo.
— Bom dia cunhadinha!
— Bom dia Giulliano!
Começo a comer de tudo um pouco, já que está tudo uma delícia
— Bom dia! — Matteo diz entrando na sala
Ele está lindo e com uma roupa diferente dos ternos que ele
costuma usar. Está com uma camiseta gola polo azul escura, calça
jeans e uma bota escura, seu cheiro invade o ambiente, os cabelos
estão molhados igual aos meus, que só penteei e não sequei, eu
queria sair rápido do quarto
O Giulliano olha para ele e depois para mim, que não paro de comer
e diz
— É, a noite foi boa,heim!
Eu me engasgo com o chá, e ele começa a rir, tenho certeza que
estou vermelha, eu não respondo nada, é claro, muito menos olho
para o Matteo, e logo eles começam a falar de outras coisas,para
meu alívio!
— Matteo,o Rubens me ligou, ele precisa que você vá até lá hoje! —
O Giulliano diz
— E porque ele não me ligou e falou diretamente comigo?
— Será que é porque você está a noite inteira sem seu celular ?
Ele deve ter deixado o celular no outro quarto,já que dormiu no meu.
— Deve ser urgente, pois ele me ligou pedindo para falar com você.
Eu te procurei e não te achei em lugar nenhum dessa casa! — Diz
me olhando
— Só não procurei no quarto da Antonella, que pelo jeito você só
saiu de lá agora! — Se tivesse um buraco no chão,eu entraria! Ele
tinha que ser tão direto?
— Ela é minha esposa,porque o espanto? — o Matteo pergunta
— Já chega, eu estou aqui, tá bom! Parem de falar de mim como se
eu não estivesse! — falo
Parece que o Giulliano se diverte em provocar o Matteo, e gosta de
me deixar desconfortável
— Matteo, se você vai sair, me deixa ir com você, eu quero ir na
casa do meu tio — pergunto, mas já esperando receber um não, eu
nunca pude sair dessa casa.
— Tá bom, mas não vamos demorar lá
Eu não aguento de felicidade e dou um sorriso enorme para ele, que
retribui, eu estou morrendo de saudades da minha família!
— Ei, eu ainda estou aqui! — Giulliano diz chamando nossa atenção
Terminamos de tomar café em um clima bom, talvez porque estou
feliz já que vou visitar minha prima.
Depois do café eu já subi para me trocar, eu pareço uma criança
que vai— a um parque ou coisa do tipo, ele me disse que iríamos
antes do almoço, porque tinha pressa!
Coloquei um vestido curto rodado azul claro, com detalhes vermelho
de mangas largas e compridas, que deixa bem evidente meu decote
Eu adoro me arrumar passo horas em frente ao espelho, até
encontrar uma roupa que me caía bem no momento, já faz tanto
tempo que não saio, que acho que até exagerei um pouco no visual.
Deixei meus cabelos soltos, fiz uma maquiagem e coloquei um
escarpin aberto, com pedrinhas de cristais.
Matteo
— Matteo você está me devendo 832 mil euros! — Meu irmão diz
entrando no meu escritório, reviro os olhos.
(...)
Hum, estranho...
Vamos direto para um escritório que logo percebo que é seu, no
caminho passamos por um salão muito elegante, que tem uma
grande escada larga e comprida no centro. O salão está vazio,
apenas no bar tem uma moça lustrando taças, que acena para nós.
Entramos e eu me sento em uma poltrona, logo alguém bate na
porta e entra.
— Sr Messina eu...
O homem pára, e me olha.
— Desculpa, não sabia que estava acompanhado!
— Tá Rubens, espero que seja importante, porque eu acabei de
chegar de viagem! — O Matteo diz impaciente
Ele tenta disfarçar, mas continua me olhando. — Matteo, eu vou
beber uma água,tá bom?
Digo me levantando, ele assente com a cabeça e eu saio da sala,
vou até o bar e peço para a moça uma água, ela me entrega uma
garrafinha.
— Qual o seu nome? – pergunto, puxando assunto.
— Clara, e o seu? — pergunta com um sorriso, ela é muito bonita e
educada.
— Antonella!
— E o que você faz aqui com o patrão?
— Só vim acompanhá-lo! — falo, enquanto bebo minha água.
— Sabe o que está acontecendo aqui hoje? — Pergunto me
referindo ao que Giulliano disse no café
— A coisa está feia! — diz com pesar
— Como assim? — Pergunto curiosa, e pela cara dela,não é coisa
boa...
— Uma das meninas foi assassinada!
— Meu Deus! — falo, colocando a mão no peito. Como assim
assassinada? — E já sabem quem foi?
— Sabemos sim, e é uma longa história! — Diz e começa a me
contar fazendo meu corpo gelar
Ela me disse, que algumas semanas atrás chegaram novas
meninas, e o Matteo separou uma só para ele, o que é de costume.
Ridículo!
Mas a menina era bem novinha e muito bonita, e isso causou
ciúmes na sua puta fixa, que praticamente manda nesse lugar.
Eu estou de boca aberta!
É óbvio que a Clara não percebeu que eu sou esposa dele, porque
senão, ela não teria me contado, mas enfim...
A puta fixa matou a menina novinha,ontem de madrugada!
— Eu estou chocada! — falo com os olhos arregalados e a mão na
boca estou realmente chocada.
— Pois é! — ela diz, parecendo que está acostumada com essas
coisas.
— E o que fizeram com a assassina?
— Nada, ninguém pode tocar nela! — diz com irritação na voz,
como se não gostasse da fulana.
— E falando nela! — diz e olha para a escadaria enorme
Eu não acredito que essa mulher mata alguém, e anda livremente,
como se fosse a rainha da cocada preta...
Olho para ela, e a filha da mãe é bonita; ruiva, olhos negros,
intensos parecem até duas jabuticabas, está com uma roupa bem
curta, shorts e um top preto.
Ela vem em nossa direção, senta na banqueta ao meu lado, apoia
os cotovelos no balcão e diz:
— Quem é essa, Clara?
— Antonella! — eu respondo, pois estou aqui,e ela está me
ignorando.
— O que faz aqui, Antonella? — Pergunta, me olhando dos pés a
cabeça.
— Vim acompanhar o Matteo! — falo firme e bebo mais um pouco
de água
— Matteo?? Nossa, que intimidade!! — diz com ironia
— Por acaso é alguma puta de outro bordel??
Ela pergunta com um sorrisinho no rosto, e meu sangue sobe, já
não estava afim de conhecer a ordinária,ainda me chama de puta!
— Não, eu não sou da sua laia! — falo e olho bem nos olhos dela.
Nesse momento, sinto uma ardência no meu rosto, com o tapa que
a vagabunda me dá.
Eu me esqueço de tudo, fecho a minha mão, e com toda a minha
força dou um soco bem no nariz dela, que cai da bancada, e quando
levanta com a mão no nariz, eu já estou de pé e seu rosto está
sangrando muito
— Que porra tá acontecendo aqui?
O Matteo vem rápido na minha direção, a Clara está com a mão na
boca, e Rubens com uma cara de que já está acostumado a ver a
piranha brigando.
— Essa vagabunda quebrou meu nariz! — Ela diz para o Matteo, e
eu percebo a merda que fiz, e já me preparo para sua fúria.
— Olha o que ela me fez! — ela diz esperando que ele a defenda.
Ele vem até mim, coloca meu cabelo atrás da orelha, passa as
costas da mão aonde ela bateu; seus olhos se enchem de fúria e ele
fala com ódio, ainda me analisando...
— Você bateu na minha mulher? — Depois de falar ele se vira, e
ela, a Clara e o Rubens,arregalam os olhos.
— Eu não sabia! — Ela tenta se explicar.
Ele tira um revólver da cintura e aponta para ela que se desespera
— Não, por favor,não me mata,eu não sabia! — Ela diz
desesperada,enquanto chora.
Ele dispara um tiro na sua coxa direita e outro na esquerda.
Ela cai no chão, e eu não acreditando nisso levo minha mão a boca,
eu ia falar para ele parar, mas aí lembrei que ela matou uma moça,
então deixei!
Olhei para Clara, que estava petrificada, e Rubens incrédulo, é bem
provável que ela era a protegida dele.
— Não, por favor, está doendo muito, me ajuda!
Ela suplica para ele que abaixa a arma, já estando satisfeito com o
estrago que fez, mas eu não estou...
— Continua Matteo! — Falo e ele me olha, não acreditando no que
está ouvindo, logo forma um sorriso no seu rosto.
— Não é pelo tapa que a sua vagabunda me deu!
— E sim pela vida da menina que ela tirou!
— Dente por dente! — digo e a mulher no chão me olha com ódio
Ele estende a arma para mim
— Eu não vou fazer isso ! — falo séria.
— Então ela vai viver! — ele diz
Ela dá um sorrisinho em meio à dor, essa vagabunda deve ser uma
psicopata, só pode!
Ele ameaça guardar a arma, eu sei que ele está falando sério, então
não acreditando que estou fazendo isso, eu estendo a mão,a
pedindo.
Eu fazia aula de tiro, então eu sei muito bem usar uma arma, e
minha mira é muito boa também!
— Não, por favor, não faz isso! — Ela suplica para o Matteo, que
não liga, ele está mais interessado em me ver usando a arma...
— Eu amo vo.....
Ela não termina porque eu atiro bem no meio da sua testa, fico
parada analisando o que eu fiz Eu acabei de matar uma pessoa! Eu
tinha acabado de me espantar por que ela era uma assassina, e fiz
a mesma coisa.
Ele tira a arma da minha mão, puxa meu rosto me analisando, e me
dá um selinho demorado
— Está tudo bem Ane! Ela não valia nada! E iria morrer de qualquer
jeito!
Eu olho para ele e sinto conforto na sua voz, ele me dá mais alguns
selinhos, me abraça e beija minha cabeça
Ele vira para o Rubens e manda-o se livrar do corpo, a Clara me
olha e pede desculpas de longe com olhar e saímos de lá!
Ele me coloca no carro, e vamos embora, eu estou meio que em
choque com o que acabei de fazer
Depois do acontecido na boate, trouxe a Antonella para casa e a
levei até o quarto, quase tive que colocala na cama. Ela ficou meio
que em choque com o que fez.
Mas aquela vagabunda bem que mereceu, ela teve coragem de dar
um tapa na Antonella, que não deixou barato...
Eu fiquei puto com aquilo, mas até que gostei de ver minha Deusa
das fadas, como diz meu irmão, se defendendo,e ainda mais me
pedindo para matar a mulher, eu quase não acreditei nos meus
ouvidos, não sabia desse lado dela!
Muito menos que ela teria coragem de executar alguém, e também
foi uma surpresa aquele tiro preciso. Toda aquela cena me deixou
impressionado e muito orgulhoso, é ótimo saber que se for preciso
ela mata, assim como eu.
Me sento no sofá ao lado do meu irmão
— E aí o que aconteceu, Vocês não iam almoçar fora? — ele
pergunta
— Não vamos mais! — Respondo
— O que aconteceu?
— Antonella matou a Jheny.
— Como assim? Ela não seria capaz! — Ele diz não acreditando, e
se me contassem eu também não acreditaria.
— Hoje eu vi do que ela é capaz!
Ficamos ali conversando mas eu estou preocupado com ela, me
senti culpado quando ela falou aquelas coisas no carro, eu não
imaginava que ela tinha ficado tão mal assim, pensei que era birra o
fato dela não sair do quarto. Eu deveria ter feito alguma coisa, tê-la
obrigado a comer,sei lá...
— Ei, cara?
— Está no mundo da lua?
Meu irmão fala me tirando dos meus pensamentos
— Fala! — Respondo prestando atenção nele
— Matteo, você está preocupado com a Antonella, né?
— Um pouco!
Muito na verdade!
— Cara,você está se apaixonando por ela! — Ele diz sério e eu o
encaro
— É claro que não!
Será???
— Eu só me preocupo porque ela é minha mulher,só isso! — Digo
tentando acreditar nisso.
— Tá,eu vou fingir que acredito!
— Tá bom, já chega desse assunto!
— Você vai para a boate hoje? — Pergunto vendoo todo perfumado
e arrumado para sair.
— Não! — responde estranho e já se levanta.
— Aonde você vai,então? — pergunto desconfiado
— Cara, você não é meu pai não!
— Giulliano, Giulliano! Não vai fazer merda!
— Tchau Matteo! — diz e sai.
Ele não dizer para onde vai é muito estranho, meu irmão é um livro
aberto,aí tem coisa...
Antonella
Acordo sentindo minha pele arrepiada pelo frio, olho para o outro
lado da cama e ele não está aqui
Vou para o banheiro faço minha higiene, tomo um banho de
banheira já que hoje amanheceu mais frio, coloco um conjunto rosa
de moletom que fica bem justinho no meu corpo, e desço para o
café
A Diana me diz que o Matteo e o Giulliano já saíram cedo, então
decido tomar café na cozinha com elas. Ficamos ali um bom tempo
conversando, enquanto elas faziam o almoço, Diana me disse que
já trabalha há 35 anos para os Messina.
Me contou, que a mãe do Matteo morreu depois do parto da sua
última filha, que também acabou morrendo.
Nossa que tristeza!
Ela disse também que o pai sofreu muito porque a amava e
praticamente morreu de tristeza, pois nunca conseguiu superar a
morte da esposa
Que triste, perder a mãe e ver o pai sofrer até o dia de morrer, deve
ter sido muito difícil para eles
(...) — Antonella!
Matteo me chama, enquanto estou lendo um livro
na biblioteca.
— Não te achei em lugar nenhum!
— Faz tempo que está aqui? — me pergunta. Olho
Matteo
Depois daquele sexo rápido, e tenho que admitir, muito gostoso, nós
enfim conseguimos sair de casa. Eu gostei do jeito que ele ficou por
causa da minha roupa, me senti poderosa naquele momento, e
fazer sexo com salto alto, é outro nível!
O restaurante é incrível, lindo, muito luxuoso, mas não deixa de ser
aconchegante.
— Uau,que lugar incrível! — Falo, assim que sentamos em uma
área reservada. Uma loira vem em nossa direção.
— Matteo, quanto tempo!
Ela diz, e abre um sorriso de orelha a orelha para ele. Já não gostei
dela, aparentemente está me ignorando.
— Como você está?
— Ele está bem, pode trazer o cardápio? — Já falo logo, porque
percebi que ela está se derretendo por ele, e isso nunca acaba bem.
— Eu não sou garçonete! — Ela responde e para mim não sorri, por
que será né?
— Beatrice, pede para alguém me atender,estou com pressa! — Ele
diz com cara de poucos amigos.
Gostei disso!
— É claro! — Ela diz e sai rebolando tanto, que até parece forçado,
mas a ordinária é muito bonita.
— Quem é ela? — Pergunto,olhando para o lado, como quem não
quer nada.
— Minha funcionária e gerente desse lugar!
— Como assim?
— Esse restaurante é meu!
Um rapaz traz o cardápio, e um senhor se aproxima, o cumprimenta
e pergunta se ele vai querer o vinho de sempre, e ele confirma.
Eu fico ligando as coisas, ele disse que não vem sempre aqui, mas
o garçom já sabe qual vinho trazer, ele não costuma beber vinho, e
a oferecida me tratou como se eu fosse uma qualquer, então
provavelmente ele já trouxe mulheres aqui…
— Eu quero a carta de vinhos! — falo e o garçom me olha sem
entender e depois olha para o Matteo, que está com uma expressão
engraçada, ele assente e o garçom sai.
— Posso escolher o jantar, ou você prefere escolher? — pergunta
com ironia.
— Depende!
Ele questiona com o olhar.
— Você vai escolher o mesmo de sempre? — Pergunto séria,
erguendo uma sobrancelha Está querendo desafia-lo,Antonella?
Minha consciência diz.
Ele me olha com um sorrisinho,e um ar de divertimento.
— Não Antonella, vou escolher algo que nunca provei! — É, acho
que ele entendeu!
— Então pode escolher! — respondo
O garçom traz a carta de vinhos, e eu escolho um vinho tinto, de uva
verde, ele anota o pedido e sai.
— Matteo, posso fazer uma pergunta? — Ele me encara um pouco
surpreso.
— Você já transou com aquela mulher? — minha maldita
curiosidade. Ele me olha desconfortável e surpreso.
— Não sabia que você era tão direta! — afirma
— Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe! — falo com um
ar de divertimento e mistério.
— Bom, então eu preciso descobrir!
— Ah você vai! — digo
Olha meu querido, minha personalidade grita falo para mim mesma
— Mas você não respondeu minha pergunta...
Porque será que eu quero saber disso? Esses assuntos não me
interessavam!
— Que diferença isso faz ? — pergunta calmo.
— Faz toda a diferença!
— Não, não faz!
— Eu só quero saber, qual grau de intimidade você tem com ela!
— Antonella, eu comer alguém, não me faz íntimo dela! — Engulo
em seco!
— É só sexo! — Diz naturalmente respondendo à minha pergunta, e
sua resposta me incomoda mais do que deveria!
O jantar seguiu em silêncio, fiquei incomodada com sua resposta.
Estamos casados a alguns meses, e faz 3 meses, que eu venho me
entregando a ele de livre e espontânea vontade, na verdade eu me
apeguei a ele, gosto da sua companhia.
Mas para mim éramos íntimos, porque é assim que me sinto em
relação à pessoa que faço sexo todo dia!
Mas ele deixou claro que não vê assim, e sexo é só sexo. Eu fiquei
bem desapontada,e um sentimento desagradável me dominou, mas
é claro que ele não vai perceber,pois eu não vou deixar.
— Vou ao toalete! — Falo e já me levanto, estou evitando olhar para
ele, não quero que ele perceba que eu não estou muito bem.
Faço xixi e quando saio, vejo a Beatrice retocando o batom, ela me
olha através do espelho.
— Eu nem perguntei seu nome! — Diz com sarcasmo. Eu já não
estou bem, aí me aparece essa aí de novo!
— Sra. Messina! — Falo firme, para ela entender o que quero dizer,
vou até o espelho retocar meu batom.
— Entendi! — ela fala e continua
— Então você é a menina que o pai dele o abrigou a casar? —
Como ela sabe disso ?? Pergunto para mim mesma.
Mas acho que estava estampado na minha testa!
— Todos sabem disso!
— Ele é o capo! — Ela diz e se vira, ficando de frente para mim e
continua.
— Deve ser triste... — faz uma pausa. — Estar casada com um
homem tão gostoso como ele... — faz outra pausa
— Mas saber que ele só te come porque é obrigado! — Ela diz e
sai.
Eu me viro para o espelho, e percebo que caiu uma lágrima dos
meus olhos, um sentimento desagradável me invade, uma sensação
de vazio.
Sei que a intenção dela era me deixar assim, mas ela só disse
verdades, e eu já não estou bem, com isso, não aguentei. Limpei
meu rosto, retoquei a maquiagem, lavei as minhas mãos e saí.
Indo em direção à minha mesa, vejo que ela está lá, com um sorriso
enorme no rosto, eu não senti nada, uma tristeza já tinha me
invadido,antes mesmo de entrar naquele banheiro.
Talvez eu esteja emotiva de mais!
Fui até eles, e sentei no meu lugar, peguei a garrafa de vinho e
enchi minha taça, sem olhar para ele.
— Ok Beatrice, agora pode ir! — ele diz firme.
— Você está bem Antonella? — ele pergunta.
— Estou!
— Não parece! — fala desconfiado
— Eu só quero ir embora!
Nesse momento eu falo já olhando para ele, que me dá um olhar
profundo, como se soubesse o que se passa dentro de mim.
Nós levantamos e logo a ordinária loira veio em nossa direção, eu
continuei andando em direção a saída, deixando-o para trás, na
companhia dela. Eu só quero ir para casa, mais nada.
No caminho de volta, ele não disse uma palavra, e eu achei melhor.
Assim que— chegamos em casa, ele já se sentou no sofá, e eu fui
em direção à escada.
— Antonella! — ele me chama.
Eu paro, e me viro devagar em sua direção.
— Vem aqui! — Diz sem me olhar, eu respiro fundo e vou, parando
em sua frente, ele bate a mão no sofá, para eu me sentar ao seu
lado, e assim eu faço.
— Agora me fala! — Praticamente ordena, se referindo ao que
aconteceu no restaurante, mas eu não quero falar sobre isso
— Não tem nada o que falar! — digo, tentando ficar firme, estou
com uma imensa vontade de chorar, não sei o que esta
acontecendo comigo.
Ele passa a mão pelo meu rosto, vai até meu cabelo, colocando a
mecha rebelde atrás da minha orelha, se aproxima e me beija.
Ele me beija de uma forma diferente, totalmente nova para mim, eu
retribuo esse beijo, e sinto o gosto salgado das minhas lágrimas,
que eu não consegui mais segurar...
Ele continua me beijando, me deita no sofá e cola seu corpo em
cima do meu. Ele alterna entre minha boca e meu pescoço,
delicadamente, eu posso jurar que ele está me dizendo coisas com
esses beijos, coisas que eu não sei identificar, mas aquece meu
coração.
Ele levanta, tira meus sapatos,o meu vestido, me deixando nua;
depois tira suas roupas, e novamente cola seu corpo ao meu, mas
em nenhum momento ele deixa de olhar nos meus olhos.
Ele me penetra bem devagar, e nesse momento me sinto
preenchida, mas não só fisicamente, algo dentro de mim se
preenche. Ele vai me penetrando, enquanto beija meu rosto, minhas
bochechas, meu nariz, minha testa, sem deixar de entrar e sair de
mim.
Nós nunca transamos assim, com sentimento, eu estou me sentindo
amada nesse momento, e então percebo que estamos fazendo
amor, e meu coração se aquece no meu peito, eu o abraço
querendo trazer seu corpo ainda mais junto a mim, como se eu
precisasse sentir o calor da sua pele me cobrindo ainda mais.
E é nesse exato momento que eu percebo que me apaixonei por
ele, e ainda vou mais além...
Eu o amo!
Eu necessito dele, e não estou nem aí se não é recíproco.
E esse sentimento é tão grande e intenso, que eu não consigo
guardar só para mim.
Estou no sofá da sala de estar, nu com a Antonella nua dormindo
nos meus braços
Acredito que nunca vou me esquecer da noite de ontem. Eu não sei
bem o que aconteceu com ela no restaurante, mas quando eu
respondi sua pergunta, dizendo que comer alguém não me faz
íntimo, ela pensou que eu também a incluía nisso. Mas a verdade, é
que eu não vivo mais sem ela, o que eu tenho com ela vai muito
além de intimidade.
Não sei o que a Beatrice disse no banheiro, que a deixou— tão mal,
que nem conseguiu disfarçar, mas foi bom, pois nos levou a esse
momento.
Fiz amor com ela pela primeira vez, e foi uma experiência
extraordinária. Aliás foi minha primeira vez, nunca tive sentimentos
por mulher alguma, para chegar a tal ato.
Fizemos amor por horas, aquela necessidade louca de gozar e
gozar, não existiu, eu só queria que ela sentisse o mesmo que eu, e
foi ali que percebi que realmente tinha me apaixonado, que eu a
amava!
E como se ela pudesse ler meus pensamentos, disse que me
amava.
— Eu te amo! — disse com a voz embargada e os olhos fechados.E
porra,quase não consegui acreditar!
— Repete! — pedi, em meio àquela mistura de prazer com amor.
Então ela abriu os olhos e disse:
— Eu te amo Matteo!
Um sentimento de alívio me envolveu, junto com suas pernas e
braços em volta do meu corpo, como se precisasse ainda mais de
mim.
— Eu também te amo Antonella! Eu também te amo!
Disse e vi um sorriso aparecer no seu rosto, e uma lágrima descer
de um dos seus olhos.
Depois de gozarmos juntos, e ela adormecer nos meus braços,
puxei uma manta que estava no braço do sofá, e nos cobri, não
posso correr o risco de alguém ver o corpo perfeito da minha
mulher.
(...)
Acordo com uma visão dos inferno a minha frente
Antonella
Cruzo meus braços em cima do seu peito, e apoio meu queixo para
observá-lo. Eu ainda não acredito no que aconteceu ontem a noite.
Ele disse que também me ama...
(...)
Sei que iria acontecer, mas eu não pensei que seria tão rápido
assim. Caralho... por essa eu não esperava. Olho para Antonella,
que está com os olhos quase saltando para for a
— É impossível, minha menstruação veio normalmente.
— Isso pode acontecer com algumas mulheres!
A médica responde,e automaticamente a Antonella me olha, como
se quisesse saber o que eu penso sobre isso, minha reação.
E sim eu estou feliz, ter um filho não era minha prioridade, como é
de todo capo, mas estou feliz!
Dou um sorriso para ela, e ela retribui, mas sei que está com medo.
— De qualquer forma, vamos fazer um teste só para ter certeza, e
eu acredito que você já está com mais de 15 semanas!
— Tudo isso? — Ela pergunta espantada.
— Eu sou médica especializada em ginecologia e obstetrícia, então
tenho quase certeza que sua gravidez é avançada!
— Sr Messina, eu recomendo que agora sua esposa comece um
acompanhamento no hospital! — A médica me diz, e eu concordo
com a cabeça.
— Mas você vai continua cuidado dela! — falo ríspido.
— Será um prazer! — diz para Antonella sorrindo.Acho que ela está
aliviada que seja só uma gravidez.
— Então vamos tirar a dúvida? — a médica diz sorrindo e tira da
Maleta um teste de gravidez
Nesse momento meu celular toca eu olho e vejo que é o Francisco
— Vai atender, enquanto eu faço o teste! — Antonella diz,indo em
direção ao banheiro.
Eu saio para o corredor e atendo. Ele me diz que o traidor está
muito mal, quase morrendo, o médico disse que ele não vai
aguentar muito. Eu respondo que,se o miserável morrer sem minha
informação, ele pode matar o médico. Ele vai deixar o médico ciente
disso, e sei que ele não vai deixar o desgraçado morrer.
Desligo e volto para o quarto, e a Antonella já tem a resposta,porque
o teste está com a médica.
Ela está com os olhos cheios de lágrimas e os braços cruzados.
— Então vou marcar uma ultrassonografia para saber o tempo
exato, e quem sabe já dê para ver o sexo! Que rápido
— E assim que você completar 22 semanas, vamos fazer uma
ultrassom mais detalhada, para saber se o bebê não foi
prejudicado...
— Como assim, prejudicado? — Eu a corto preocupado.
— Ela estava com desnutrição profunda, isso não é nada bom para
o bebê, e a gestação pode ter ajudado, já que o bebê se alimenta
dos seus nutrientes.
— Mas vamos esperar os exames, enquanto isso, vou passar umas
recomendações para sua governanta, a Diana!
Ela se despede e sai. Assim que ela fecha a porta a Antonella quase
pula no meu colo, me abraçando.
— Eu estou com medo! — Ela diz e eu pego seu rosto com as
mãos.
— Eu estou aqui, não precisa ter medo! — Falo isso para
tranquiliza-la, mas eu também tenho medo!
Perdi minha mãe, e irmã no parto. Eu morreria se perdesse minha
mulher e filho juntos, ou se acontecer alguma coisa com ela.
Saber que talvez ela já estava grávida naquele período, e eu não fiz
nada, só me preocupei em me satisfazer, mesmo ela estando quase
esquelética, me trás muita culpa...
Meu filho pode estar com problemas, porque eu fui um cretino. Mas
eu não vou deixar transparecer.
Ela me abraça forte.
— Eu te amo! — Ela diz pela segunda vez, e isso me faz bem.
— Eu também te amo!
Depois disso nos deitamos na cama, e eu fiquei ali até ela
adormecer,— enquanto eu a olhava— dormir, eu via que agora são
dois ali, ela carrega meu filho...
Mais um Messina, e um sorriso toma conta do meu rosto
(...)
Não é a primeira vez que pego crianças para forçar pessoas a falar,
mas nunca me importei antes.
— Você já vai estar com ela, eu vou garantir isso, tá bom? — falo e
ela vem correndo e me abraça, me pegando desprevenido, e meio
que sem jeito,eu a abraço também.
— Você está com fome? — eu pergunto, saindo do abraço, pois me
parece estranho, eu não sou de abraçar ninguém, só a Antonella, o
que também é recente.
Ela assente com a cabeça.
— O que você almoçou?
Ela aponta para uma mesinha que tem apenas um copo; E eu não
acredito que essa menina está aqui desde manhã, e agora são 16h
da tarde, e ela só tomou um copo do que me parece ser leite
— O que você quer comer? — Pergunto
— McLanche, com binquedo!
Ela diz bem animada, e aquela tristeza deu espaço para um sorriso,
eu gostei da empolgação dela e também sorri.
Falei para ela esperar ali, que eu ia comprar. Ela disse que queria
também, sorvete de morango, e refrigerante
Matteo
Quase me mata!
Seus seios rosados que estão maiores, balançam conforme ela se
movimenta, agora vejo que sua barriga está grandinha, e não
consigo conter um sorriso sorrateiro, se forma no meu rosto.
Seus cabelos, que estão quase secos, balançam. Caralho, ela está
ainda mais linda grávida!
Ela intensifica o movimento subindo e descendo no meu pau, e
porra, ela vai me matar de prazer. Eu levo minhas mãos para sua
cintura, e ajudo-a, estocando mais forte, ela grita, já rouca de prazer,
com os olhos fechados...
Se ela soubesse com eu fico quando ela faz isso, faria um
escândalo!
Essa mulher não tem noção do poder que tem sobre mim, Ela sabe
que mato por ela, o que não sabe é que sou capaz até de morrer
por ela!
Ela começa a quicar intensamente em cima de mim, eu não vou
aguentar segurar mais.
— Vai gostosa, goza no meu pau...Goza pra mim!
Ela geme ainda mais alto, sei que está quase. Eu a ajudo, metendo
com força nessa buceta deliciosa, até ela começar a gozar e eu
gozo também.
Porra, como ela é gostosa!
Ela cai no meu peito, está exausta! O cheiro dos seus cabelos me
invadem, eu enrolo-os nos meus dedos,e levo até meu nariz,
enquanto deslizo minha outra mão pelas suas costas, até essa
bunda deliciosa, que eu tô doido pra comer.
Quando nossa respiração se normaliza, ela cai para o lado e fica de
frente para mim. Seus olhos estão pequenos, ela está muito
cansada, será que eu exagerei?
— Você está bem?
Pergunto preocupado colocando seus cabelos atrás da orelha, ela
não diz nada, só me dá aquele sorriso maravilhoso como resposta,
e se aninha ao meu corpo.
Caralho, sou doido por essa mulher!!!
— Amor!
Ela me chama pela primeira vez assim, e isso é bom, gostei de
saber que é isso que sou para ela.
— Oi!
— Não me deixa mais sozinha!
Porra, o que ela me pede,que eu não faça, ainda mais pedindo
agora?
— Não vou deixar! — Respondo, selando nossos lábios.
— Promete?— diz com a voz baixa e os olhos já fechados...
Eu preciso muito estar à frente dos meus negócios agora, como
nunca precisei antes...
— Prometo!
Mas acabo de perceber que pela primeira vez na minha vida, algo
vem à frente da Cosa Nostra, à frente dos meus negócios, do meu
cargo...
Ela!!!
— Eu te amo Antonella!
Olho no relógio do meu pulso e já são quase 16h, deixei-a dormir,
estava muito cansada
Eu até cheguei a cochilar, só que não mais que 2h. Ela me disse
que a prima estava vindo, mas eu não ouvi ninguém chamar,
estranho! Talvez ela esteja esperando.
— Ei, acorda! — Falo baixinho.
— Me deixa dormir, mais um pouco! — Diz no meu peito sem abrir
os olhos.
— Sua prima não ia vir se arrumar?
— Que horas são? — pergunta, abrindo os olhos.
— 16h!
— E ninguém bateu na porta?
— Não!
— Estranho! — diz e se senta na cama.
Ela se levanta e vai para o banheiro, e eu vejo aquela bunda
gostosa, que me deixa louco, e meu amigo já ganha vida.
— Nem pensa! -Grita do banheiro
Eu dou risada. Por mais que eu queira,não dá, se eu começar vai
ser difícil parar, e é bem provável que o pessoal do salão e a Marie
já estejam lá em baixo.
Nem vou entrar no banheiro, nada de tentação. Então fico aqui,
esperando ela terminar, só vou tomar banho quando ela sair.
— Que merda! — Diz saindo do banheiro toda molhada, se secando
com uma toalha pequena de rosto. E Caralho assim eu não
aguento! Ela está toda molhadinha e pelada, seus bicos estão
duros. Ela para secando o cabelo e diz:
— Você derrubou as toalhas no chão, agora estão encharcadas!
Eu dou um pulo da cama e corro a atacando, ela tenta correr, mas
eu sou mais rápido.
— Não Matteo, o pessoal do salão já chegou! Eu ignoro, ninguém
mandou me provocar!
— Eu vou me atrasar!
Eu a levo para dentro do banheiro, viro-a de bruços na bancada,
com a bunda empinada pra mim.
Mordo sua orelha e chupo seu pescoço, ela resmunga me pedindo
para parar, cuspo nos meus dedos e levo na bucetinha dela, passo
na entrada e penetro meu dedo, dou uma estimulada no clitóris
enquanto aperto seu corpo ao meu. Ela geme, e eu a penetro
Penetro fundo e rápido, segurando seu corpo para não esmagar
meu filho na bancada, é claro!
Começo a metralhar, ela grita de prazer. Quanto mais forte, mais
essa safada gosta!
Mais algumas estocadas no lugar certo, sem deixar de masturba-la
com meus dedos, e ela logo goza e eu me permito explodir dentro
dela.
Saio e levanto-a, que me olha, tentando recuperar a respiração.
— Foi só uma rapidinha! — falo mordendo seus lábios
Ela pega minha mão, me puxando para fora do banheiro, pega o
lençol da cama e me entrega, me puxando até a porta.
— Vai tomar banho no outro quarto!
Ela abre a porta e praticamente me empurra do quarto, e fecha a
porta. Estou pelado só com um lençol tapando meu amigo aqui
— Filha da puta! — falo baixinho,mas rindo.
Me viro indo para o outro quarto, abro a porta e entro, quando vou
fechar, eu vejo a porta do quarto do Giuliano ser aberta, e a prima
da Antonella sair de lá.
O que essa menina estava fazendo lá? Eu espero que meu irmão
não esteja comendo ela!
É claro que não. Ele não faria isso, ela ainda é menor de idade! Ela
deve ter errado de quarto alguma coisa assim. Prefiro pensar assim!
Tomo um banho demorado. Estou extremamente relaxado, é assim
que fico quando transo com ela...
Satisfeito!
Mas é claro, que se eu tivesse tomando banho com ela, é bem
provável que estaríamos transando nesse momento, ela sabe disso
por isso me expulsou do quarto.
(...)
Prometi para Antonella que não vou deixá-la mais aqui sozinha, pelo
menos não como fiz nos últimos dias.
(...)
Ela vira, ficando de costas, para que eu tire o colar, enquanto ela tira
os brincos. Eu jogo o colar longe e tiro seu vestido, ela fica só de
calcinha e sandália
Viro-a para mim, admirando seu corpo lindo, sua barriga saliente a
deixa ainda mais gostosa.
Aperto seus seios, que agora já não são mais do tamanho da palma
da minha mão, para minha alegria...
Ela sai de cima do vestido, o jogando para o lado com os pés, me
beija calma e com desejo, enquanto tira meu terno e abre minha
camisa...
Ela tira toda a minha roupa, sem que nossos lábios se separem, de
repente, ela solta meus lábios e vai descendo.
Beija meu queixo, meu pescoço, meu peito, minha barriga, meu
umbigo, tudo bem devagar.
Porra,não acredito que ela vai fazer isso... Aí caralho... Ela me
chupa... Porra...
Que boca gostosa!
Ela dá atenção à cabeça do meu pau, lentamente, chupando como
de fosse um pirulito, brincando com a língua,me deixando louco.
Ela passa a língua por toda a extensão do meu pau. Eu estou quase
enfiando na boca dela, de tanto tesão que estou sentindo.
E finalmente ela chupa meu pau, chupa como de fosse um sorvete,
ela vai fundo,deixando chegar na garganta, e tira sugando da base
até a cabeça.
Eu me seguro para não gozar!
Ela aumenta o ritmo da chupada, indo ainda mais rápido, eu estou
quase gozando, então, tento afastar sua cabeça, mas ela não deixa,
me deixando ainda mais excitado.
Ela quer que eu goze na sua boca!
E eu o faço sem nenhum esforço, somente com sua chupada e ela
suga tudo, me deixando maluco.
Eu levanto-a e ataco sua boca, levanto seu corpo e levo até a lateral
da minha mesa. Afasto tudo com o braço e a deito ali, ela fica
literalmente, deitada na minha mesa, com as pernas abertas, me
envolvendo, eu abaixo e dou uma lambida, indo do cu até o clitóris,
só para confirmar o que eu já sei.
Eu a penetro devagar, fazendo-a dar um gemido longo, que me
deixa louco.
— Ah Ane, essa buceta apertada me deixa louco!
Sinto sua vagina estrangular meu pau, me fazendo quase gozar de
novo, mas ainda não, vou retribuir o prazer que ela me deu.
Saio de dentro dela beijando seu pescoço, seus seios, beijo meu
filho na sua barriga, e desço para minha parte favorita, essa
bucetinha rosada.
Eu me acabo aqui, enquanto ela está deitada na mesa,com as
coxas apoiadas no meu pescoço.
Eu bato a língua com força e sem parar no seu clitóris, fazendo ela
me apertar com as coxas que eu abro mais, me dando uma visão
bem melhor da bucetinha, que me pertence, ela geme alto, fazendo
meu pau pulsar.
Ela chega ao primeiro orgasmo, e eu desço minha boca e sugo
tudo, sentindo seu gosto doce e delicioso.
Eu adoro fazer isso!
Me levanto, eu a viro de bruços, com cuidado para não machucar
meu filho, é claro! A deixando com a bunda empinada para mim
Eu tô doido pra comer esse cuzinho, mas ainda não, eu posso me
contentar muito bem sem ele por enquanto.
Invisto fundo...
Procuro o ponto dos orgasmos, onde eu sei que se eu bater sem
parar com a ponta do meu pau, ela tem vários, um atrás do outro.
Acho que encontrei, pois ela começa a gritar,me fazendo dar um
tapa forte na sua bunda, e sei que essa safada gosta, quando eu
faço isso!
Ela goza e eu continuo no mesmo ritmo e na mesma posição com
meu pau, e ela goza de novo.
Encontrei!
Tenho certeza que estão ouvindo os gritos e gemidos dela, mas não
me importo, estou na minha casa, eles que se fodam.
Outro orgasmo, eu vou ainda mais intenso, com todo meu vigor,
igual uma metralhadora, e outro vem, eu já não estou aguentando
segurar, outro vem...
Quando ela chega ao orgasmo é deliciosamente prazeroso para
mim, a buceta dela praticamente morde meu pau, os músculos se
contraem de uma forma tão intensa, que só tendo muito alto
controle para não gozar.
O nível de prazer que ela sente é tanto, que ela não consegue ficar
quieta e grita. Por isso minha meta é fazer ela gozar várias vezes.
Mais um orgasmo e eu explodo dentro dela
Mas não paro...
Olho para ela, que está em cima de mim, entre minhas pernas, com
o queixo apoiado nos braços cruzados sobre meu peito, estamos
deitados no tapete do chão.
— O que você achou da apresentação? — ela diz, me encarando.
— Nada demais, foi como todas as outras! — digo e ela dá um
sorriso zombeteiro.
— Você acredita que eu te imaginava igual aquele homem? — Ela
confessa e eu não seguro a gargalhada.
— É sério! — ela diz também rindo
— Eu tinha medo de pedir uma foto pra Marie, e ter a confirmação!
— Deveria ter me ligado pedindo!
— Quando eu vi você na apresentação, eu fiquei paralisada!
— Mas também quase morri de medo, você parado na minha frente
lindo e tão amedrontador!
Ela falando eu consigo me lembrar, que não percebi essa reação.
— E você disfarçou muito bem!
— Por isso que eu fiquei com dó da moça de hoje, além dele ter
idade para ser o pai dela, ele é nojento! — fala com expressão de
nojo
— Ane, eu entendo, mas você não pode colocar bobeiras na cabeça
dela! — Ela me olha e sei que não vai adiantar falar isso.
— Mas você é o capo, Matteo,faz alguma coisa!
— Ane, eu não posso me envolver na vida das pessoas, ser o capo
não me dá esse direito.
Ela bufa!
— O que você falou pra ela? — pergunto já preocupado
Ela me olha, pensando se é uma boa ideia me contar, e isso em
deixa ainda mais preocupado.
— Ane??
— Se ele morrer, ela fica livre, não fica?— Que porra de pergunta é
essa?
— Você não deu essa ideia não, né? — Pergunto, com medo da
resposta.
— Talvez! — Diz confirmando minhas suspeitas.
Caralho se essa mulher escuta ela, e depois dá com a língua nos
dentes,eu tô fudido!
Eu me levanto, vou até a mesinha, e pego um copo com whisky,
respiro fundo, volto, sento na minha cadeira, bato no meu colo, ela
vem e se senta.
— Presta muita atenção no que eu vou te falar! — falo como se
tivesse explicando algo para uma criança, com muita calma e
paciência.
— Eu sou o capo, você é a esposa do capo, você tem que tomar
muito cuidado com o que você fala, pois ela pode interpretar não
como uma amiga falando, mas sim como a esposa do capo falando!
— Ela pode pensar, que se fizer o que você falou e descobrirem,
você vai defendê-la , já que a ideia foi sua!
Ela me olha como se pudesse defender a moça!
— Não Ane, se descobrirem ninguém pode defendê-la! Ninguém!
— Então, ou ela faz muito bem feito, que até a mafia não desconfie,
ou ela estará tão morta quanto ele!
Ela fica pensativa, entendendo finalmente ?
— Então você entende que como minha esposa, você tem que ser
coerente nas suas palavras? — digo e ela concorda com a cabeça.
— Então, se ela fizer bem feito, ela sai ilesa?- me pergunta.
Porra, ela atendeu bem até demais!
— Você entendeu o que eu disse sobre seus conselhos? —
pergunto e ela sorri.
— Matteo eu não sou boba, e também não tenho 12 anos! Eu
entendo muito bem o que é ser esposa do capo, ou você esqueceu
que eu fui preparada para isso?
Sim eu esqueci, será que isso é bom ou ruim?
Ela vai parar de se intrometer? Ou vai fazer acontecer?? Ai
caralho...
— Acho que eu esqueci! — confesso.
— Então não se esqueça mais! — diz e me dá um beijinho,se
levantando.
— Agora vamos para o quarto, meu corpo, está todo dolorido,eu
preciso descansar! — diz fazendo cara de dó.
E consegue, pois eu fico com dó. São quase 5h da manhã e ela já
tinha reclamado de dor na festa, e eu não dei paz, transamos a noite
inteira aqui, sem nenhum conforto.
— Me leva pra descansar! — ela estende os braços abusando de
mim, com essa cara de pidona...
Eu não aguento e começo a rir.
— Você abusa de mim, uma mulher grávida, e ainda debocha do
meu cansaço? - diz se deitando no sofa.
— Tadinha de você! — falo colocando minha calça
— Eu vou te levar pra cama! — digo indo até ela
— Pra dormir! — ela afirma
Eu coloco o vestido no seu corpo lindo, mas antes, dou um beijo no
meu filho. Pego-a no colo, com tanta facilidade, parece uma criança,
ela deita a cabeça no meu peito e saio em direção as escadas,
empurro a porta com o pé e levo-a para a cama.
— Eu acho que você está abusando de mim! — falo rindo, entrando
no banheiro.
Ouço sua risada quando entro no box, tomando um banho rápido, e
logo sinto seu corpo no meu.
É claro que rolou um sexo no chuveiro. Ela colou o corpo no meu de
frente, eu só levantei uma das suas pernas e penetrei bem
gostosinho; mas fui bem rápido, sei que ela está cansada, não
quero abusar ainda mais.
Meu pau não sabe que ela está grávida, por isso ele não me dá
trégua, e ela também não reclama.
Durante o banho eu lavei todo seu corpo, eu já tinha tomado banho
Quando ela chegou, então só lavei meu amigo aqui.
Nós saímos e ela colocou apenas um robe, e sai do closet enquanto
eu seco meus cabelos sentado na cama.
Ela sai do quarto, e depois de alguns minutos eu a escuto gritar.
Saio do quarto correndo, quase caio no chão, escorregando no
vestido, vou correndo até ela, que está parada na porta do quarto ao
lado, com a mão na boca.
Eu chego tão rápido, pensando que ela está com alguma dor, sei lá
talvez meu filho está nascendo, mas aí eu olho para dentro do
quarto…
E lá está o miserável do meu irmão com um lençol, tapando o pau, e
me escondo atrás da Antonella, lembrando que também estou
pelado, e a menina na cama com a outra ponta do lençol cobrindo
os seios, porque pelo jeito, também está pelada.
Eu dou um olhar para ele o fuzilando, esse filho da puta não poderia
pelo menos, trancar a porta!?
Puxo a Antonella para voltarmos para o nosso quarto. Pela sua
reação, vejo que ela nem desconfiava que a prima estava dando
para o meu irmão.
Ela senta na cama parecendo juntar as peças na sua cabeça.
Alguma coisa ela deve saber, talvez só não sabia que era ele,
porque mulheres conversam sobre essas coisas.
— Filho da Puta! — Ela fala.
— Ane, não fica nervosa, não faz bem para o bebê!
Ela passa a mão na barriga e levanta, com cara de que vai me
matar.
— Aquele filho da puta do seu irmão, tá se aproveitando dela!
Coitada da minha mãe!
— Ela só tem 16 anos, Matteo!
O Giulliano tinha que se envolver justo com essa menina, além de
ser menor de idade e o pai dela nos odiar, ele ainda tira a virgindade
dela!
— Ele é um safado, pediu pra ela não contar para ninguém, que era
com ele que ela estava, “namorando”.
Namorando??
— Então você sabia que ela estava com alguém? — pergunto.
— Sim, mas não pensei que fosse o safado do seu irmão!
Ela fala com tanta raiva, que se ele estivesse aqui, acho que ela
seria capaz de bater nele
— Olha Ane, pelos vistos, ela não é tão inocente assim! — falo e ela
me fulmina com os olhos.
— Não o defenda !, — diz entre os dentes.
Como se eu pudesse, ele faz umas merdas por causa de mulher
que só vendo para acreditar!
— Não estou defendendo Ane, mas seu tio não pode saber, senão
ele vai casa-la com o primeiro que aparecer! — Falo e ela analisa o
que eu disse, e seus olhos enchem de lágrimas.
Ai porra!!!
— Não chora! — falo fazendo um carinho no seu rosto.
— Ela gosta dele Matteo, e ele só está transando com ela! Ai
caralho!!!
— Se isso acontecer, ela vai ter o mesmo destino da minha mãe, ela
não merece isso! — fala e uma lágrima cai.
Eu deito na cama e ela deita no meu peito, e faço carinho na sua
cabeça.
— Ane, nada de ruim vai acontecer, não fica assim! — falo tentando
tranquiliza-la.
— Você promete? — diz,levantando a cabeça, me encarando...
Caralho da Porra, da puta que me pariu!
— Sim, eu prometo! — Falo e ela deita, fecha os olhos e dorme. Eu
juro que vou matar o meu irmão!
Eu prometi algo para ela que não depende de mim, mas dele, ou
pior, do pau dele!
Amanhã eu vou ter uma conversa franca com ele, de uma vez por
todas
(...)
Seu rosto está sereno, seus cabelos parece que foram arrumados a
pouco, ela está com mais curvas, suas coxas estão mais grossas,
ela está ainda mais linda!
(...)
contou tudo, mas jura que é só sexo, o que me deixa perplexa, por
ela não se importar em ter relações assim com um homem,que não
é nada seu. Mas na verdade isso me preocupa em todos os
sentidos.
(...)
— Por que você está com essa cara, a jujuba é azeda? — ela em
pergunta colocando uma bala na boca.
Matteo
Paro na entrada da sala que está uma bagunça. Eles estão fazendo
guerra de alguma coisa colorida. As risadas são altas.
(...)
(...)
Ela é nova deve ter a idade da minha mãe, é sempre muito gentil
comigo e está sempre sorrindo, me passando confiança.
Deitei em uma maca e ela passa um gel na minha barriga, e no
monitor à sua frente, começam a passar imagens escuras,que eu
não entendo nada.
O Matteo está ao meu lado em pé, a cara dele quando tem outras
pessoas por perto,é horrível, ele fica sério, parece que vai matar
alguém se olhar para ele...
Cruz credo!
— Está pronta para ver seu bebê? — ela me pergunta sorrindo e eu
balanço a cabeça concordando, e também sorrindo.
— Eu estava certa, sua avançada!
— Fala logo se ele está praticamente ordena, sério e firme,
deixando-a desconfortável.
— Dá para ver o sexo? — pergunto ansiosa
— É um garotão! — ela diz, e lágrimas caem dos meus olhos, de
tanta felicidade.
Olho para o Matteo, que me encara com um sorriso enorme,
fazendo carinho na minha mão.
— Eu te falei que era um menino! — ele diz muito alegre.Eu estou
toda boba com essa notícia maravilhosa!
— Ele está bem e seu peso e tamanho, estão ótimos, para o
período gestacional. Você já está de 25 semanas, aproximadamente
6 meses de gestação, é até um pouco mais do que pensei!
Uau, tudo isso já!?
gestação está bem
bem! — o Matteo
— Nossa, eu não pensei que fosse tudo isso, nem tenho muita
barriga.
— É só impressão, a circunferência da sua barriga está adequada
ao tempo de gestação.
Ela dá mais algumas orientações, e sai da sala, eu me sento na
maca e o Matteo me ajuda a descer.
— Você poderia não deixá-la tão sem graça, da próxima vez? —
falo, abaixando meu vestido.
— Ela nunca reclamou!
Ele me beija, eu até tento ficar séria, mas estou tão feliz, que não
consigo.
— Eu nem acredito que vamos ter um menino! — falo, quando
desgrudamos nossos lábios. Ele faz um carinho no meu rosto e com
um sorriso enorme me diz: Eu sou o homem mais feliz do mundo!
Seu olhar me diz muito mais coisas,que não estão nessa frase, já
tão perfeita.
Depois do hospital viemos para um restaurante, super
aconchegante, entramos e fomos muito bem recepcionados pelo
dono do local. Ficamos em uma área reservada.
— O que você vai querer? — Ele pergunta, enquanto olha o
cardápio.
— Arancio, peopetone e também uma salada da palmito! — Ele
abaixa o cardápio, e me olha,erguendo as sobrancelhas...
— Você acabou de almoçar e quer comer bolinhos e salada?
— Qual é o problema? Eu adoro esses bolinhos italianos, e em
Nova York nunca encontrei iguais!
— Sabia que você come muito?
Eu olho para ele, me fingindo de ofendida.
— A culpa é sua, quem mandou me engravidar, agora aguenta!
Ele dá uma gargalhada e chama o garçom para fazer o pedido: os
bolinhos, a salada, uma garrafa de vinho, água e suco para mim
Enquanto comíamos eu fiz várias perguntas sobre ele, nós rimos
bastante quando ele contou sobre a faculdade e seus feitos, o que
me impressionou, pois eu pensei que ele não tinha feito, mas ele e o
Giulliano cursaram.
Ele era Capitão do time de beisebol, bem típico dos filmes
americanos, o bonitão que é capital do time.
— Eu nunca imaginei que você tivesse tido uma vida normal, sendo
filho do capo e sucessor.- falo impressionada
— Meu pai sempre planejou tudo muito bem! Eu que o diga!
— Ele começou Meu treinamento aos 7 anos de idade, e o do
Giulliano com 10, quando terminei o ensino médio,ele fez questão
que eu fosse para a faculdade, mas foi só por esse período que eu
me afastei da Cosa Nostra.
— Mas ele não teve medo? Sei lá,você poderia virar a cabeça, e
não querer mais essa vida! — pergunto e ele ri.
— Eu nasci para isso, está no meu sangue,eu sempre amei fazer o
que eu faço. Ele nunca precisou me obrigar,como o avô dele fez
com o pai dele, e o pai fez com ele!
— Eu e meu irmão matamos com muito prazer!
— Que horror! — Falo horrorizada, imaginando crianças matando e
gostando disso. Sinto uma tristeza, quando lembro que meu filho
terá o mesmo destino.
— Será que aqui tem milk shake? — pergunto já saindo desse
assunto.
— Tem certeza? Você vai passar mal!
— Relaxa! — Falo, o tranquilizando.
Ele chama o garçom e eu peço um milk shake de bombom.
— Ane eu preciso fazer uma viagem. — Eu não gostei nada disso.
— De novo?
— Mas dessa vez você vai comigo!
Dou um sorriso enorme, adorei a ideia de ir viajar
— Para onde nós vamos? — Pergunto empolgada.
— Para o Brasil!
Eu amei a ideia, nunca fui lá, mas sei que o país é lindo, tropical
com muitas praias e sol todos os dias
— Quando nós vamos?
— Em poucas semanas!- responde.
— Então eu tenho tempo! — Falo mais para mim, do que para ele.
— Tempo para quê?- pergunta sem entender.
— Para fazer compras, eu não tenho roupas!
Falo já pensando no que comprar. O garçom traz meu milkshake e
está uma delícia.
— Ane, você já encheu o closet de dois quartos com roupas! — diz
se divertindo.
— Eu sei, mas preciso de roupas novas para essa viagem!
— E falando nisso,eu não vejo a hora de montar o quarto do bebê,
agora eu já posso! — Falo batendo palminhas de felicidade. Ele
sorri com a minha empolgação.
Logo ele pede a conta, e saímos do restaurante. No caminho de
volta, sinto meu estômago revirar e uma ânsia de vômito muito forte.
— Para o carro Matteo! — falo já segurando o vômito.
— Por que o que você tem? — pergunta, preocupado.
— Eu vou vomitar aqui dentro,se você não parar logo esse carro!
Ele arregala os olhos e encosta, eu abro a porta, e já coloco tudo
para fora antes mesmo de descer do carro.
— Tá vendo o que você fez comigo?
Falo depois de sair do carro e vomitar ainda mais, ele está ao meu
lado e prende meu cabelo.
— Eu disse que ia passar mal comendo tanto! — Ele diz,com dó do
meu estado.
— Exatamente, só aconteceu porque você falou!
Ele vai até o carro rindo, pega uma garrafinha de água me entrega
eu bebo e voltamos para a estrada.
(...)
Eu e a Ane pedimos para uma loja trazer alguns vestidos para a
noite de hoje, não que seja uma noite tão especial, é só um jantar
em família.
(...)
Com certeza essa está sendo a noite mais tensa da minha vida.
Estou aqui sentada no sofá, de frente para o Giulliano e para o
James.
O James é um amorzinho, e toda essa declaração de afeto,me
deixa contente, ele é um cara legal,nunca avançou o sinal, mesmo
eu me jogando.
Já o Giulliano é o diabo em pessoa, quando chegou, seu cheiro
dominou o ambiente, minha calcinha quase molhou, e meu corpo
ficou tenso, só de saber que ele estava na porta.
Eu nunca teria convidado o James,se eu soubesse que o Giulliano
viria, eu conheço o Giulliano, e ele não consegue se controlar.
Não aguento mais os dois me olhando, e me levanto. Vou para a
cozinha e saio para os fundos de casa, preciso fumar um cigarro e
espairecer um pouco.
— Se escondendo? — O Giulliano me pergunta e porra, eu estava
fugindo e ele vem atrás.
— Volta pra lá, meu pai não pode nos pegar aqui!
— Seu pai ainda está com o Matteo no escritório, e o palhaço está
com a Elisa e a Ane!
— Não fala assim dele!
Eu não quero que ele diminua o James! Ele chega mais perto e
encosta seu corpo no meu, que já estava encostada em uma árvore
e diz no meu ouvido:
— Você não gosta dele!-Sua voz está bem baixinha
Caralho! Ele causa um efeito no meu corpo que eu não consigo
controlar ou impedir.
— Eu quero você Marie...Você é minha! Que Porra!
Eu estou derretida!
Ele coloca a mão na fenda do meu vestido, e sobe até minha
calcinha, coloca para o lado, e massageia meu clitóris, enquanto me
beija.
Eu solto um gemido na sua boca, já faz semanas que não sinto seu
corpo, seus beijos, vejo agora que meu corpo sentiu falta.
— Para — peço baixinho, entre meus gemidos.
Mas ele aumenta o ritmo, lubrifica seu dedo na minha entrada e
começa a circular em volta do meu clitóris.
Quando estou quase lá, ele para de me beijar, olha para os lados e
abaixa,erguendo meu vestido...
— Eu não acredito que você...
Paro de falar quando ele abocanha meu clitóris. O medo de sermos
pegos faz tudo ficar ainda mais gostoso, eu não aguento e levanto
uma perna colocando no seu ombro
Ele chupa minha buceta gostoso, e eu chego rápido ao meu
orgasmo, ele suga tudo, se levanta e me beija loucamente deixando
na minha boca o meu gosto. Eu tô fudida mesmo!
Mas também o desgraçado é tão bom no que faz!
— De novo! — A Ane diz baixinho me fazendo quase ter um infarto
fulminante, e vem na nossa direção
Se ela chegasse 2 minutos antes, pegava-o com a cara na minha
amiguinha.
— Você disse que só ia conversar, Giulliano, mas estão agarrados!
— Ela diz séria.
— Se fosse seu pai??
Eu estaria mais fudida ainda! Ela fala para a gente entrar antes que
mais alguém além do James sinta nossa falta, mas diz que meu pai
ainda esta com o Matteo no escritório, eu falo que já vamos e ela
entra
Ele volta a me beijar e cola seu corpo no meu, me fazendo sentir
seu pau duro me cutucar.
— Dorme comigo hoje! — Pede com a voz baixa, cheia de prazer.
— Eu não posso, eu marquei de sair com o James! — Falo e saio
deixando-o lá fora.
Eu bem que gostaria de continuar o que começamos, mas eu não
vou dar um fora no James, e também não quero mais me envolver
com ele.
Preciso manter distância, pois quando ele me toca, eu perco o
controle dos meus atos.
Me sento ao lado do James que não percebeu nada, está
conversando com minha tia todo empolgado.
Como eu tive coragem de deixar ele me chupar, bem ali no quintal?
Alguém poderia ter visto, meu pai poderia ter ido me procurar.
Isso só reforça o fato de que eu perco a sanidade perto dele
(...)
(...)
Ele só acena com a cabeça, ela vira para mim e com um sorrisinho
fraco,diz:
— Bom dia, qual o seu nome?
— Pra você,é senhora Messina! — falo séria, e a encaro.
Seu sorrisinho desaparece, tomara que ela tenha entendido o
recado. Olho para o Matteo,que está se divertindo com a cena.
— Adoro ver você com ciúmes, me excita!
Eu quero ficar séria mas esse sorriso me desmonta. Mas consigo, e
permaneço normal.
— Agora me fala, em quais lugares nós vamos? — pergunto
empolgada.
— Ane, você sabe que não é uma viagem a passeio, eu estou indo
a trabalho e você me acompanhando!
Eu reviro os olhos.
— Eu não vou ficar trancada no quarto, se você não me levar,eu vou
sozinha! — Ele bufa com minhas palavras, me fazendo rir
internamente.
— Você não vai a lugar nenhum sozinha! — Ele fala com
raiva,incorporou o capo!
A é??
Eu me levanto e sento no seu colo, ficando de frente, rebolo no seu
pau e mordo sua orelha.
— Adoro ver você bravo, me excita! — falo lambendo sua orelha.
Ele se levanta, me segurando no colo e me leva para um quarto, no
fundo do avião, me coloca deitada na cama e fecha a cortina,que
separa o lugar do resto do avião.
— Ah, Antonella… Você ficou tão safada! — Diz, vindo até
mim,tirando o terno.
Ele tira meus sapatos e beija meu pé, vai subindo pelas minhas
apenas, minha coxa, levanta meu vestido até acima da minha
barriga, desce minha calcinha e morde minha coxa
Ele passa a língua por toda minha intimidade me fazendo pingar de
prazer, seus dentes pegam meu clitóris, me proporcionando uma
dorzinha gostosa.
Ele suga, solta e desce a língua, seus dedos me penetram com
facilidade, fazendo meu estômago libertar as borboletas que vivem
ali.
Ele bate a língua com força e muito rápido, fazendo minhas pernas
tremerem, os músculos da minha vagina se enrijecem, assim que o
orgasmo domina meu corpo, ele desce a boca e suga minha entrada
sensível.
Seus olhos transmitem prazer, luxúria e muito desejo.
— Buceta deliciosa! — Diz lambendo os lábios e vem.
Acordo, olho para o lado, e ele não está. Depois das horas de sexo,
que eu só não fui as nuvens, porque eu já estava, ele pediu um suco
forte de maracujá ja que eu não posso tomar nada para dormir, e o
suco me fez apagar.
Levanto, coloco minha roupa, sapato e saio. Ele está sentado
mexendo no celular, eu sento na minha poltrona, pego minha bolsa
e refaço minha maquiagem.
— Falta quantas horas? — Pergunto.
— Quatro — me responde
— Já fazem 11h que estamos aqui? — Pergunto surpresa não
pensei que dormi tanto assim
— Já, você dormiu por horas! — Ele diz, e eu só penso na
vagabunda oferecida.
— E por que você não ficou lá comigo?
— Eu não consigo dormir no avião! — diz sorrindo.
Me levanto e vou ao banheiro, minha bexiga está explodindo.
Depois de fazer litros de xixi, eu vou até um lugar que tem uma
espécie de cozinha, e dou uma olhada em tudo, eu sou muito
curiosa, eu sei!
— Posso ajudar? — a aeromoça pergunta.
— Quero outro suco!
— Pode esperar no seu acento, que eu levo! — Ela diz sem esboçar
nenhuma expressão, eu saio e volto para minha poltrona.
— Se perdeu? — ele me pergunta
— Não, eu só estava dando uma volta, meus pés estão inchados!
Tenho uma grande ideia, e tiro meus sapatos ficando só de meias
cor de rosa, eu sento na poltrona, ao lado da dele, e coloco meus
pés no seu colo, ele me olha sem entender.
— Faz massagem nos meus pés! — peço manhosa.
Ele guarda o celular no bolso do terno e começa a apertar meus
pés, enquanto nega com a cabeça.
— O que foi? — Pergunto, me divertindo.
— Não acredito que eu tô fazendo isso.
A aeromoça aparece com meu suco e fica perplexa com a cena, eu
estendo minha mão,e pego o suco.
— Obrigada, pode ir! — falo e bebo um pouco do meu suco.
— Qual é o problema, meus lindos pés estão assim por sua culpa!
— Por que?
Homens e suas memórias curtas!
— Você me engravidou! — falo me divertindo, e ele dá risada.
— Eu mereço ser mimada, falta pouco para ele nascer, então tenho
que aproveitar!
Falo pensando em todas as coisas que eu fiz ele fazer, usando a
gravidez como desculpa.
— Eu não faço essas coisas só porque você está grávida! — Que
lindo!
— Faço porque te amo!
Eu não aguento e meus olhos brilham eu adoro ouvir ele falar que
me ama.
— Eu também te amo!
(...)
(...)
— Mais forte!
Eu explodo todo meu líquido quente dentro dela que cai exausta
respirando fundo. Eu abraço seu corpo por trás e sinto seu coração
bater acelerado
(...)
Eu puxo sua cintura e estoco fundo e com força, do jeito que ela
gosta, seus gemidos ficam ainda mais altos, e quando sua buceta
morde meu pau, o apertando em meio ao orgasmo, eu gozo gostoso
dentro dela.
estou cansado.
— Essa frase é minha, Matteo! — Ela diz saindo
do banheiro com uma toalha no cabelo e outra no
corpo.
— Ane, eu ainda não acredito que você transou
comigo, enquanto eu ainda dormia! — Ela dá uma
gargalhada,enquanto coloca uma calcinha.
— Ele estava duro, eu olhei e o lençol estava
levantado, aí eu tirei e dava para ver suas veias
pulsando eu não aguentei e...
— E o quê??
— Dei uma lambida! — Ela fala naturalmente
colocando o sutiã, eu não acredito nisso, como não
senti nada?
— Não, eu sentiria! — falo mais pra mim, do que
pra ela.
— Só dei uma chupada e sentei, eu não resisti, e
não vou me desculpar,você é meu marido, eu faço o
que eu quiser com você! — Diz isso naturalmente,
passando hidratante no corpo, andando de um lado
para o outro, só de calcinha e sutiã.
Meu Deus no que ela se transformou, olho para
ela,esperando ela dizer que é brincadeira.
— Eu não tô brincando, porquê eu mentira? Ela está falando sério,
eu confesso que fiquei um
pouco preocupado, como eu apaguei assim,a ponto de
receber um boquete e não sentir nada, pelo menos
meu cérebro né, porque meu pau estava pulsando
dentro dela!
Menos mal!
Depois do café no quarto que ela comeu todas as
frutas que trouxeram, eu levei-a na praia e ela ficou
linda com aquele barrigão de fora.
Ela ficou tão impressionada com a cor cristalina da
água e da areia, que eu até pensei que ela nunca tinha
ido à praia.
Mas ela me disse que desde o acordo,a família não
fez mais passeios ou viagens.Eu definitivamente não
vou prender meus filhos a esses casamentos, até me
senti culpado por tudo que ela perdeu por minha
causa, mas eu prometi recompensar, levando-a para
conhecer o mundo inteiro,e vou cumprir!
Almoçamos em um iate e mergulhamos, eu já tinha
feito mergulho quando era jovem, mas com ela foi
maravilhoso, como tudo na sua companhia. No final da tarde,fomos
ao Cristo Redentor, ela
tirou muitas fotos e me fez tirar fotos dela também, se
meu irmão estivesse aqui, ele estaria rindo igual uma
hiena da minha cara, mas o que eu não faço por essa
mulher!?
Ela comeu quase tudo que vendia na rua, eu quase
tive um infarto, e fiz meus seguranças,que estavam
nos acompanhando de longe, experimentarem tudo
antes dela.
Se fosse na Itália, eu não deixaria nem fodendo,
pode estar envenenado, nem com alguém comendo
antes, eu deixaria, mas aqui não tem problema. Mas isso não me
deixa menos preocupado! — Que horas nós vamos embarcar? —
me
pergunta, comendo um pão com de tudo um pouco
dentro,que eles dizem ser hotdog.
— Depois do jantar! — respond
— Eu não vou conseguir jantar!
— É eu tô vendo, você vai acabar passando mal!
— Ela me olha feio bebe o refrigerante e diz: Se você
falar, eu vou mesmo!
Ela acha que só passa mal se eu falar e não se comer
tanto assim, até parece que eu gosto de vê-la
vomitando. Eu dou risada da sua cara de
brava,fazendo-a rir com a boca cheia e nem assim ela
fica feia.
— Eu quero comer cupuaçu! — ela me pede, com
uma voz meiga, fazendo cara de dó,sem deixar de
abocanhar o pão.
— Que diabo é isso? — Pergunto, pois eu nunca
ouvi falar.
— É uma fruta, a Andreia, sabe aquela mulher, que
conheci ontem?
— Hum.
— Ela me disse que é uma delícia, eu comi o
sorvete desse sabor, e adorei, mas eu quero comer a
fruta!
Puta que pariu, onde eu vou achar isso, a essa hora? Por que essa
maldita foi inventar isso para uma
mulher grávida? E a minha.
Nós voltamos para o hotel pois já está quase na
hora de embarcar, meus homens saíram atrás dessa fruta e pelo
visto não é fácil de achar, já faz horas e
eles não voltaram
— Amor eu não quero só uma tá eu quero
bastante! — ela diz calma, enquanto arruma as malas,
e eu estou com ódio, eles estão demorando demais, se
aparecerem aqui sem esse caralho, eu mato um. Se eu não achar
aqui no Brasil,na Itália é que eu não
acho, e vai que é verdade o que ela disse, e meu filho
nasce parecido com essa porra,que nem sei como é! As malas já
estão prontas, já estamos atrasados 40
minutos e nada deles aparecerem, estou quase
achando que eles foram abatidos por alguns inimigo. Recebo uma
mensagem do meu chefe de segurança
dizendo que encontrou, me fazendo respirar aliviado
e ela pula e bate palmas de felicidade quando escuta
que eles acharam. Mando eles irem direto para o
aeroporto
Chegando no avião ela já sobe, eu vou até um dos
carros e meu segurança me entrega uma sacola
enorme. Eu abro e vejo que está cheia de um negócio
marrom dentro.
— Tem certeza que é isso? — pergunto. — Foi eu mesmo que
peguei da árvore!
Eu olho para o homem e ele está todo sujo de terra,
não tenho dúvidas que deu trabalho.
Já no avião, assim que entro ,ela me pergunta onde
está, eu entrego a sacola e ela olha e me dá um sorrisão
enorme.
Eu vou para minha poltrona, e vejo-a abrir a fruta
com os polegares e comer a polpa, ela lambe os dedos
e come com tanta vontade, que eu até me interesso. — É bom?
— Uma delícia! — diz lambendo os lábios. Ela me dá uma, eu abro
pego um pouco do miolo
e como, e é horrível muito azedo!
— É horrível Ane, isso vai te fazer mal.
Ela dá de ombros e continua comendo sem parar.
Ela come tantos quase metade da sacola
Ela deita na poltrona, passando a mão na barriga,e
me olha, com uma cara séria, levanta correndo e vai
para o banheiro e só escuto o barulho alto daqui, fico
preocupado e vou atrás, seguro seus cabelos fazendo
um rabo, enquanto ela vomita muito, a cena é
preocupante.
— Pega minha necessaire na bolsa — ela me pede
quando para de vomitar e se levanta indo para a pia
do banheiro.
Eu vou até a bolsa e tem tantas coisas que eu até
me perco pensando no por que ela carrega tantas
coisas assim na bolsa. Entrego para ela que pega a
escova e pasta e escova os dentes.
— Pode ir amor, eu já estou bem! — diz sorrindo
com a boca cheia de pasta de dente, nem parece que
há minutos atrás, estava quase tendo meu filho pela
boca.
Eu volto para meu assento e vejo várias chamadas
perdidas do meu irmão, mas não tem sinal para eu
retornar.
— Tá melhor? — pergunto vendo ela sentar na
poltrona.
— Sim, mas eu precisava comer bastante, não é
gula, eu só precisava!
Ela se explica mas eu não me importo, se ela quiser
comer mais até não aguentar eu não ligo, eu adoro
fazer suas vontades.
— Você trouxe o remédio? — Pergunto O médico brasileiro receitou
um remédio natural
para ela dormir durante o voo, assim não fica muito
tempo nessa poltrona desconfortável.
— Sim, mas eu só vou dormir se você for comigo! Eu ia reclamar,
mas lembrei da noite passada
vendo ela me procurar na cama enquanto dormia e
concordei.
— Então vamos! — falo e peço sua mão. Ela me acompanha, senta
na cama, pega o remédio
na bolsa e coloca na boca eu fecho a cortina tiro o
sapato e o terno e deito, ela tira os sapatos e deita
ficando de frente para mim
— Eu te amo! — diz e me dá um selinho, eu levo
minhas mãos para seu rosto e acaricio suas bochechas
com meu polegar.
— Promete que nunca mais vai me fazer sofrer? Essa pergunta vem
como um soco no meu
estômago, eu me arrependo amargamente das coisas
que fiz com ela.
— Nunca mais, eu te amo demais, prefiro morrer
do que te fazer sofrer! — Falo com todo meu coração,
fazendo-a sorrir e me dar mais um beijo.
— Faz amor comigo! — diz na minha
boca,enquanto me beija.Não precisa nem pedir!
Mas essa lembrança me traz tristeza, pois ela não está mais aqui.
Olho para os lados e não sei como vim parar aqui nesse quarto e
estou nu, porra o que foi que eu fiz?
Não me lembro de nada!
— Faz três dias que eu estou te procurando e não te
encontro,Matteo!
Ai merda, eu estou aqui há tanto tempo não me lembro de nada, e
nem do que aconteceu. Levanto coloco minhas roupas e saio do
quarto com ele.
— Você não se lembra de nada? — me pergunta enquanto dirige.
— Não!
— Você se drogou Matteo, você não usa drogas há anos, sempre
concordamos que as drogas nos enfraquecem!
Sim,eu sempre pensei assim, usei muito na adolescência, mas
quando entendi meu papel na máfia, eu não usei mais nada, meu
pai nunca usou drogas na vida. Nós não trocamos mais nenhuma
palavra.
Eu chego em casa e subo para meu quarto tomo um banho e
quando entro no closet,eu olho para as roupas da Ane, vou até elas
e ainda tem o cheiro dela, meu peito dói.
Escuto um choro de bebê muito alto. Deve ser a criança da Vaiola,
isso em deixa ainda pior,pois me lembra meu filho.
Saio e vou em direção ao choro que vem de um dos quartos, paro
na porta e escuto a voz da Vaiola gritando com alguém
Eu dou meia volta e vou em direção à sala, lá vejo meu irmão
sentado no sofá, olhando para o nada e me lembro da conversa
com o Túlio, mas não sei o que dizer, então vou direto para o
escritório faço algumas ligações e volto para a sala.
Um dos meus homens entra e sobe, minutos depois eu escuto gritos
vindo do corredor, gritos da Vaiola.
— Me solta! — ela diz para o homem que a puxa pelo braço.
— Agora você vai voltar para onde nunca devia ter saído! — falo.
— É tudo culpa dela, você não estaria fazendo isso se ela não
tivesse entrado no nosso caminho — ela grita se debatendo.
— Ela já deve estar se decompondo em alguma vala por aí, aceita
isso Matteo. Eu estou aqui com você agora. Eu!!!
Eu me levanto com muito raiva, fúria,todos os sentimentos ruins
possíveis, ela despertou em mim com essas palavras!
O homem a solta e eu dou um soco tão forte, que ela cai desmaiada
no chão, faço sinal para o homem levá-la.
— Matteo, você está descontrolado! — Diz meu irmão, ainda
sentado no sofá do mesmo jeito.
— Eu perdi a mulher que eu amo caralho, você não entende!
— Eu entendo muito bem, também perdi a minha! — Ele diz se
levanta e sai. Eu fico calado e parado na mesma posição. Não sabia
que ele amava a Marie.
Fazem dois dias que eu venho sentindo contrações e hoje é
exatamente o dia provável do meu parto, segundo quase todos os
exames que eu fiz, a médica me disse que tinha 90% de chance de
dar certo, podendo variar 2 dias antes, ou 2 dias depois, mas pelo
visto será na data correta.
A Nina tem me ajudado muito desde que cheguei aqui, eu até saí
um pouco mais do quarto e andei pelo jardim, que é grande, mas
está literalmente abandonado há décadas!
É praticamente mato e arbustos, que tomaram conta de tudo, até
mesmo de grande parte da casa por fora. Esta casa fica tão
afastada, que não tem perigo nenhum de alguém me ver aqui.
Hoje minhas dores estão intensas, a Dona está me examinando
toda hora e proparando tudo para o meu parto.
— Ane, minha avó já está vindo, aguenta mais um pouco! — diz a
Nina entrando no quarto com uma bacia de ferro e toalhas limpas
Minhas dores estão aumentando, e vindo com mais frequência,
graças aos céus a Dona já foi parteira, ela fez muitos partos
antigamente.
Ao mesmo tempo que isso me conforta, me dá medo, eu tinha uma
médica e toda uma equipe preparada para esse momento e aqui
estou eu, morrendo de dor, parece até que não vou aguentar.
— Cadê ela?? — Pergunto aflita entre meus gemidos de dor, que
tento conter entre os dentes.
— Estou aqui! — Ela diz entrando no quarto com alguns objetos na
mão.
As minhas dores chegaram a um nível, que me fazem fazer força
automaticamente, quando a dor passa, eu desmaio por alguns
segundos, tamanho o cansaço que estou sentindo!
E nesses desmaios rápidos eu tenho flashes de lembranças com o
Matteo, vejo seu rosto, seu sorriso e até sinto seu toque, o que
bagunça minha mente, pois além da dor extremamente forte, sinto
alegria, mas quando acordo, vejo que não é real e me entristeço...
— Agora você tem que fazer força! — diz a Dona entre minhas
pernas
— Mais?? — falo e a dor vem forte me fazendo fazer força, chorar e
gritar.
— Quando essa dor vier de novo, você faz força empurrando-o!
Ela diz,enquanto respiro no intervalo da contração. Eu não tenho
mais forças para continuar, já fazem horas que entrei em trabalho de
parto. Faço o que ela falou mais de sete vezes e nada!
— Eu não consigo! — falo chorando, me entregando ao cansaço.
— Você consegue! — A Nina diz e pega minha mão me dando
força.
Nesse momento eu chorei de tristeza, pois eu queria muito que o
Matteo estivesse aqui comigo...
Ele me prometeu que estaria, prometeu que eu não iria sentir dor,
prometeu cuidar de mim!
— Ane, o tempo está acabando! Coloca toda sua força na próxima,
força de fazer cocô. Você precisa colocar esse menino pra fora
agora, se quiser que ele viva!
Quando a Dona me diz isso, um medo toma conta de mim. Não
posso perder meu filho, ele é tudo para mim, tudo que me restou, se
eu ainda vivo,é por ele!
Quando a próxima contração vem, eu faço força, mas agora
diferente, eu coloco tudo de mim ali, como se tudo se resumisse a
expulsá-lo, como se a vida dele dependesse disso.
Reúno todas as minhas forças, trinco meus dentes, aperto a mão da
Nina e com a outra mão eu seguro no ferro da cabeceira da cama e
empurro constantemente sem parar, gritando entre meus dentes.
— Isso, continua, estou vendo a cabeça!
Eu continuo, percebo que sou mais forte do que eu pensava, até
sentir ele sair rasgando tudo e enfim deixo meu corpo cair de
cansaço.
— Eita que você deu trabalho rapaz! — A Dona diz para ele, que só
deu uns gritinhos e já parou.
Aliás, é a primeira vez que a vejo sorrindo. Por mais que eu esteja
morta de cansaço e meu corpo esteja tão pesado, a ponto de ser
difícil até de mexer meus dedos, eu o quero nos meus braços.
Ela coloca-o entre meus seios e eu o envolvo nos meus braços
pesados, entre minha lágrimas.
Ele é tão lindo, beijo sua cabeça, passo meu nariz e minha
bochecha na sua cabecinha em forma de carinho com meus olhos
fechados, tentando conter minhas lágrimas que caem, sentindo meu
peito doer de tanto amor por essa criança, minha criança, meu
menino tão esperado...
— Ele é bem gordinho e grande, vou precisar te dar uns pontos Ane,
vai doer um pouco!
Eu apenas concordo com a cabeça estou tão envolvida nesse
momento só meu, mas não precisava ser assim, não deveria!
Eu gostaria muito que o homem que eu amo de todo o meu coração,
estivesse aqui, mesmo ele não merecendo o meu amor, eu nunca
deixei de amá-lo, nem por um segundo, mesmo me esforçando
muito para isso.
— Pronto! — ela diz e doeu, mas não muito.
— Agora me dê ele para eu dar o banho! — Ela diz e o pega dos
meus braços.
Matteo
Chego em casa com minha tia. Meu pai não sabe que estamos aqui.
A casa está silenciosa e estou tão cansada que vou direto para o
meu quarto.
Fiquei algumas semanas morando com ela em Nova York, desde
que a Ane deixou o Matteo. Eu não contei para minha tia onde a
Ane está, mas ela sabe que eu sei, eu a tranquilizei dizendo que ela
está bem.
Mas no fundo eu fico preocupada, na verdade não sei se ela está
bem, viver com aquele homem não deve está sendo nada fácil!
Eu não pude entrar em contato, muito menos pedir ajuda para
alguém me informar.
O Matteo acabou com a minha privacidade, eu troquei de número
mais de 10 vezes, mesmo assim ele descobre e rastreia tudo que eu
faço.
Ele colocou pessoas atrás de mim na maior cara de pau e eu não
pude contestar, ele é o meu maldito capo e também me colocou
como uma suspeita perante toda a Cosa Nostra.
Então decidi voltar, minha tia já tinha planos de se mudar para a
Itália,só adiou porque eu fui para lá, mas como ele me vigiaria em
qualquer lugar do mundo, voltei para minha casa.
O Giulliano não me procurou desde aquele dia, eu fiquei bem
chateada com ele, e aliás contei tudo para minha tia, que quase caiu
da cadeira, mas sei que ela não vai contar nada para o meu pai, e
como ela é uma mulher muito vivida nesse meio, ela me fez
entender que ele não poderia fazer nada para me ajudar e que se o
Matteo não me matou é bem provável que seja por interferência do
irmão, ou ele tem esperança que eu o leve até a Ane.
— Acorda, você dormiu muito,já está anoitecendo! — minha tia diz
fechando as cortinas e janelas do meu quarto. Eu demorei para
dormir com meus pensamentos gritando.
— Eu queria dormir mais! — falo cobrindo a cabeça.
— Você tem visita! — ela diz e meu coração gela.
— Quem?? — Pergunto tirando rápido o edredom do rosto.
— Calma não se empolga, é só o James!
Eu fiquei decepcionada duas vezes, primeiro por não ser o salafrário
do Giulliano e segundo por ser o James.
— Decepcionada?
— Sim, mas só porque não quero ver o James, só isso!
— Me engana que eu gosto! — ela diz e sai do meu quarto.
Sim eu ainda gosto dele e estou na expectativa de vê-lo por ai, mas
ao mesmo tempo eu não quero. Queria esquecer que ele existe!
Levanto sem nenhuma pressa, vou para o banheiro, tomo um banho
e só depois eu desço. Eu não me arrumei apenas coloquei uma
roupa de dormir, um conjuntinho de shortinho e uma blusinha de
alcinhas bem infantil, meu cabelo está todo bagunçado minha cara
amassada, estou de meias cor de rosa e uma bota pantufa
Espero que ele entenda o recado!
— Oi! — falo me jogando no sofá, ao lado do meu pai
— O que a Elisa fez com você? — Meu pai diz,me analisando, acho
que ele não me vê assim desde quando eu tinha uns 10 anos!
— Eu fiquei preocupado, seu pai me disse que você foi passar um
tempo com sua tia!
Eu não estou afim de explicar nada para ele. Deito minha cabeça no
ombro do meu pai e me aconchego no sofá.
— Sim!
Meu pai percebe o que estou fazendo e me dá um beliscão, e sai da
sala me deixando sozinha com ele.
— Valeu pai por me ajudar! — falo na minha consciência.
— James, vamos conversar lá fora!
Me levanto saindo, ele não entende mas me acompanha, porém tem
homens do meu pai para todos os lados, sou obrigada a ir até a
calçada com ele para que ninguém escute nossa conversa.
— Olha, nós dois, não vai rolar! — falo de frente para ele cruzando
os braços.
— Mas eu pens...
— Desculpa mas a gente não combina!
Ele faz uma cara de surpreso. Ele achou que mesmo eu sumindo
todo esse tempo, sem nem ao menos ligar, eu ainda queria alguma
coisa?
Bobinho!
— A gente pode tentar, eu gosto muito de você, eu até pedi para o
seu pai!
— Meu pai não se importa, a decisão é minha, eu não quero tentar!
— Como não?? Você me apresentou para sua família, me disse
aquele monte de coisas no carro, que estava pronta e etc!
Ele não está entendendo!?
— Eu estava falando de sexo, não de ter um relacionamento com
você, e eu errei não devia ter apresentado você para minha família!
— Vamos tentar, vai dar certo! — ele diz convicto como se a decisão
fosse dele.
— Eu gosto de outra pessoa!
Quando eu falo isso,ele se transforma me impressionando, nunca o
vi assim com raiva, mas ele me obrigou a confessar.
— Você é uma vagabunda mesmo, bem que percebi aquele dia!
Eu fecho minha mão e dou um soco bem no meio da cara de pau
dele.
— Sua... — Quando ele levanta a mão, outra segura o braço dele.
— Se você quiser viver, nunca mais levanta a mão pra ela! — diz o
Giulliano,que aparece atrás dele.
Eu adorei ver essa cena, mesmo não sendo necessário, eu sei
muito bem me defender,mas não dispenso. Ele sai com fúria nos
olhos e a mão no nariz,que eu com certeza quebrei
— Belo soco!
— Pra você ver que eu não preciso da sua ajuda, sei me defender!
Ele dá um sorrisinho que me desmonta inteira, mas eu junto todo
meu autocontrole e permaneço séria, não vou dar esse gostinho.
— A gente precisa conversar! — Ele diz e eu faço uma cara de que
não sei se quero, mas meu corpo quer, por ele eu me jogo de
cabeça, mas minha mente me diz que é um caminho sem volta.
Caralho!
— Ok,mas coisa rápida, eu estou cansada e já estava na cama!
— Deu pra perceber!
— Então vamos! — falo e ele me olha dos pés a cabeça
Entramos no carro e ele me faz algumas perguntas sobre minha
vida em Nova York, eu respondo seca porque sei que ele sabe de
tudo.
— Eu não acredito que você me trouxe aqui!
Estamos passando pelos portões da casa dele, a casa que também
é do idiota do irmão dele.
— Eu te levaria para outro lugar, mas não com essa roupa
transparente e super curta!
— Eu não quero ver a fuça do Matteo e você me traz pra casa dele?
— pergunto indignada.
— A casa também é minha! Não se preocupe, ele não está!
Não faz diferença, eu não queria vir aqui, me faz lembrar tudo que o
Matteo fez com a Ane, ver todo o conforto que tem aqui e sabe-se lá
Deus como ela está com aquele velho
Entramos e vamos direto para o quarto e graças a Deus eu não vi
ninguém,
nós entramos e ele fecha a porta eu me sento na poltrona e cruzo
as pernas esperando ele falar. Ele senta na beirada da cama à
minha frente e me encara.
— Me perdoa por aquele dia, eu não deveria ter trazido você aqui,
eu me arrependo do fundo da minha alma, a culpa foi toda minha,
eu sei como meu irmão é, pensei que pela Ane ele não te
machucaria, mas ele está tão louco desde que ela se foi, que
acabou perdendo a cabeça. Não estou justificando!
Aí meu coração não aguenta!
— Eu tive que me conter muito, para não ir atrás de você, eu não
consigo viver sem você, volta pra mim
Ele se aproxima, fica de joelhos e faz carinho na minha bochecha.
— Eu amo você Marie,como eu nunca amei ninguém em toda a
minha vida, eu quero você como eu nunca quis ninguém antes! —
Uau,meu queixo caiu!
Eu não esperava toda essa declaração de amor, adorei ouvir isso,
meu coração está dando saltos de alegria.
— Casa comigo!
Aí matou a planta!
— Você tinha que estragar?? Sabe que eu não quero casar, mesmo
sendo apaixonada por você, eu não caso!
Minha maldita boca que fala sem parar, acabei de dizer que sou
apaixonada por ele.
— Então você é apaixonada por mim? — pergunta sorrindo, mas é
um sorriso diferente,com ternura.
Se concentra Marie diz a minha consciência, mas é difícil esse
sorriso me deixa igual sorvete derretido.
— Sou, mas posso desapaixonar assim que eu quiser! — Mentirosa!
Ele ri e me beija. E como eu queria esse beijo, sonhei inúmeras
vezes com esse cheiro, esses lábios, eu sou uma boba apaixonada
que se faz de durona.
Eu me entrego, ele me leva até a cama e deita em cima de mim e
continua me beijando apaixonadamente, aos poucos ele vai parando
e me dando selinhos.
— Vamos eu vou te levar pra casa! O Quê??
— Como Assim?
Ele se levanta e arruma sua roupa. Eu fico aqui do mesmo jeito sem
entender nada
— Eu vou te levar e pedir para o seu pai agora mesmo, não vou
mais fazer sexo com você antes disso!
Eu demoro um pouco para processar suas palavras. Giulliano
Messina não vai fazer sexo comigo, por peso na consciência??
— Você tá louco né?
— Ele vai ter que deixar,senão eu te sequestro!
— Eu não tô falando do meu pai, mas sim de você não querer fazer
sexo!
— Eu quero, mas vou fazer as coisas certas dessa vez!
Ai caralho, era só o que me faltava,meses na sêca me satisfazendo
sozinha e ele vem com moralismo!
— Nem fodendo! — falo me levantando, tranco a porta e pego a
chave. Ele me olha e agora quem não entende é ele.
Eu subo na cama ficando em pé sobre ela, tiro todas as minhas
roupas menos a calcinha...
— Não faz isso! — ele diz baixo, lambendo os lábios com cara de
safado derrotado e seu membro sobe na calça.
— Você só sai desse quarto se pegar essa chave!
Me deito na cama abro as pernas e coloco a chave dentro da minha
calcinha.
— Você é uma diaba, sabia? — Ele diz e vem em cima de mim.
— Não! — falo quando ele coloca a mão na minha calcinha.
— Com a boca! — digo sussurrando no seu ouvido e dou uma
mordidinha na sua orelha.
— Ah Diaba… Você ainda vai me matar!
Ele me beija e vai descendo beijando meu corpo todo, quando
chega na minha calcinha ele a rasga e morde a minha buceta, enfia
a língua e sobe lambendo tudo.
Eu começo a gemer, ele chupa tudo de baixo para cima, morde,
suga, chupa de novo, me fazendo delirar.
Ele introduz seu dedo na minha entrada, entrando e saindo com
força quando não consigo gemer baixo e começo a gritar ele para,
tirando a camisa.
— Pronto satisfeita? — diz com a voz baixa cheia de prazer tirando
a última peça, a cueca.
— Só depois que você me comer bem gostoso! — falo mordendo o
lábio inferior.
Depois de vários orgasmo que eu até perdi as contas, nós fomos
tomar banho.
— Tem certeza disso? — Falo vendo-o se trocar para irmos falar
com o meu pai.
— Sim, eu estou pronto há meses! — Ele diz e eu concordo, mas
confesso que estou preocupada
Depois de tudo que aconteceu, e eu acabei de voltar nem tive tempo
de preparar meu pai para isso.
Ele colocou uma roupa social esporte, que o deixa ainda mais
gostoso, e eu coloquei meu pijama sem a calcinha mesmo, já que
ele rasgou e saímos.
Descendo as escadas, nós damos de cara com o Matteo, meu
sangue sai do corpo,não sei o que fazer, ele me dá medo!
Acabo parando e nos encaramos, ele está péssimo,sua feição está
envelhecida, ele com certeza não é o mesmo.
Sua barba está grande, seu corpo magro, está de terno mas todo
desarrumado, seus cabelos estão maiores e bagunçados, está
visivelmente bêbado.
— Vamos! — o Giulliano diz me puxando.
— Espera! — o Matteo diz e eu gelo.
— Como ela tá? Ela tá bem? Meu filho nasceu bem? Como ele é?
Eu me viro e se tem um sentimento que define é pena, ele está
rendido à dor e sofrimento, a ponto de querer qualquer coisa, nem
que seja migalhas...
— Eu não sei! — falo com sinceridade.
Confesso que estou segurando uma lágrima, os olhos dele se
enchem de lágrimas, vendo que eu realmente falo a verdade.
Mas a minha pena some rapidinho, quando escuto os aplausos
vindo da escada.
— Que lindo Giulliano, comendo a pirainha!
Ela está com um bebê no colo, isso me faz ter tanta raiva que eu
olho para o Matteo e falo: Você merece isso, minha prima não!
Ele apenas me olha do mesmo jeito, não diz nem faz nada, para
minha surpresa.
— Eu já disse que ela teve estar decomposta em alguma vala, mas
ele não acredita! — diz a desgraçada da Vaiola.
Meu sangue sobe, solto a mão do Giulliano e vou até ela com
sangue nos olhos.
— Vai bater em uma mulher com uma criança no colo? — Ela me
pergunta com todo o sarcasmo do mundo, e eu entendo o jogo dela,
usando a criança como escudo, mas pra cima de mim não!
— Não, jamais! — Falo e arranco a criança do seu colo e dou para o
Giulliano, que está com os olhos saltando para fora,de tão
arregalados.
Eu dou um soco com toda a minha força na cara dela, que cai.
— Você vai me pagar!!! — diz gritando.
— Agora quem vai pagar é você!
Eu subo em cima dela e dou soco atrás de soco, sem parar.
Minha raiva é tanta que eu desconto toda a minha fúria em cima
dela, paro e recupero o fôlego.
— Agora chega Marie, toma Matteo — ele diz e tenta entregar a
criança para o Matteo que nega com a cabeça.
— Isso, chega você vai me matar! — ela diz rindo, ainda com
sarcasmo cuspindo sangue.Ela deve ser psicopata!
— Chega o CARALHO, eu só paro quando arrancar todos os dentes
da sua boca!
Falo e volto a dar socos e mais socos, até minha mão adormecer e
ela ficar desmaiada, recebendo meus socos sem tentar se defender,
me levanto e vou em direção a cozinha.onde você vai?- diz o
Giulliano vindo atrás de mim com a criança que grita no colo dele.
Na cozinha ele entrega a criança para a Diana que me olha
desesperada, vendo o sangue da Vaiola em mim, eu abro as
gavetas até achar uma tesoura.
— O que você vai fazer??
— Sai da minha frente Giulliano senão eu corto seu pau fora! —
Falo séria e ele acreditando nessa mentira, e sai.
Vou até ela, que está desmaiada no chão, eu me sento em cima
dela de novo e corto todo o seu cabelo, não me importando de
arrancar um pouco do couro cabeludo, ela tem sorte que eu não vou
matá-la, pois vontade não me falta!
Vendo que a tesoura é bem afiada eu estico a pele da sobrancelha e
a corto arrancando, vendo o sangue esguichar, depois volto para a
cozinha e lavo minhas mãos.
— Menina, eu não sabia que você também fazia essas coisas! —
diz a Diana perplexa, balançando a criança que não para de gritar.
— Você ainda não viu nada! — falo e saio da cozinha, encontrando
o Matteo sentado no sofá, nem dando a mínima para a Vaiola
estirada no chão, e o Giulliano com os braços cruzados, eu passo
direto e vou até o carro abro o porta e entro.
— Eu não acredito que você fez aquilo! — ele diz arrancando com o
carro.
— Ela mereceu, minha vontade era fazer o mesmo com seu irmão!
— Meu irmão está sofrendo muito, Marie, ele ama demais a Ane e o
filho que nem conheceu!
Vejo sinceridade nas suas palavras, mas o Matteo pisou na bola
desde sempre com a Ane, ela teve seus motivos para ir embora.
— Eu sei, mas ela não merecia ter que aturar a Vaiola naquela casa
novamente, e outra coisa, eu não quero mais vir aqui, foi a última
vez, sei que a casa também é sua, mas se eu vir a Vaiola de novo
eu vou matá-la, e não quero deixar sua sobrinha órfã de mãe!
Falo sério em matar a Vaiola, e a parte da sobrinha com sarcasmo.
— A Vaiola só está viva e lá porque a Ane fugiu, se ela tivesse
esperado, nada disso estaria acontecendo!
Será??
— Eu comprei uma casa na cidade, só não me mudei ainda, porque
não posso deixar meu irmão sozinho agora!
Eu fiquei com pena deles, do Matteo por estar no fundo do poço e
do Giulliano, por não poder viver a vida, pois o irmão está na pior e
só tem a ele.
(...)
Meu filho é tudo de mais lindo que eu já tive na vida, ele é minha
razão de viver, minha vontade de acordar todos os dias.
É meu tudo!
Ele é lindo e não é porque eu sou mãe dele não. Sua pele é bem
branca, seus olhos são azuis, seus cabelos pretos, ele é
exatamente como o Matteo, os lábios, o formato do rosto, ele é todo
o pai.
Às vezes eu chego a me assustar com a semelhança, quando não
tô pensando nele, mas o vejo no meu filho, até parece uma sina!
Eu saio com ele para tomar um pouco do sol da manhã e vou até o
jardim ou o que sobrou dele.
— Oi Lorenzo — diz a Nina,brincando com meu filho que dá
gargalhadas gostosas para ela.
— Ane, minha avó vai levar seu almoço e desse gordinho comilão!
— Eu já estou indo! — falo sorrindo e ela sai pulando para dentro da
casa.
Me levanto pego meu filho, o lençol que estendi no chão e entro.
Quando passo pela porta, escuto umas vozes vindo da sala de
jantar, eu vou em direção e lá está o Sr Esposito e a Dona, servindo
o almoço para ele.
Eu vou até a mesa e me sento, pela primeira vez, ele nunca me
convidou para fazer uma única refeição sequer com ele.
— Ane,eu vou levar seu almoço no quarto! — Diz a Dona
incomodada.
— Eu quero almoçar aqui hoje! — falo com educação e sorrindo
para ela.
Ele me encara e com raiva joga tudo da mesa no chão e sai
empurrando a cadeira. Meu coração se entristece com isso, o que
eu fiz para ele me tratar assim?
Que homem amargo, é a primeira vez que ele vê meu filho e faz
isso!?
— Desculpa Dona, eu sinto muito! — falo e vou para o meu quarto.
Me sento na cama,pensando que eu preciso ir embora, já se passou
tempo demais, eu não tive nenhuma notícia de ninguém, espero
todos os dias uma ligação da Marie, mas até hoje nada. Acredito
que agora já está seguro.
Ele não me achou, não sabe que estou aqui, é bem provável que ele
já tenha nos esquecido. Ele deve estar vivendo bem com a Vaiola e
com o filho que teve com ela.
Às vezes eu chego a pensar que sim, ele sabe que estou aqui, mas
decidiu me deixar e fingir que não sabe!
A Vaiola e o filho deles deve ter preenchido meu lugar, ele é esperto
demais para não saber meu paradeiro, talvez me deu uma chance
de viver minha vida em paz e eu vou. Tenho dinheiro o suficiente
para sair do país e recomeçar.
Vou para qualquer lugar,só preciso estar longe, arrumo um emprego
e cuido do meu filho, não preciso de luxo, acho que esses meses
aqui me mudaram muito, já não me vejo tão consumista como
antes.
Depois de almoçar e dar a papinha para o meu filho, que come tudo,
eu arrumo minhas coisas enquanto ele dorme na cama.
Ele é um bebê tão bonzinho, que não chora para nada, nem mesmo
quando está com fome ou precisa trocar, ele está sempre sorrindo e
dando gargalhadas, arrancando de mim momentos felizes.
A tristeza ainda mora no meu peito, ainda amo o Matteo e o tempo
não o fez diminuir nem um pouco, e ver meu filho é como vê-lo,
amar meu filho é como alimentar meu amor por ele e isso me deixa
ainda mais frustrada!
Olho para o meu filho dormindo e me vem à mente os momentos
que passei com o Matteo. A expectativa que ele tinha de conhecer o
Lorenzo, às vezes que ele ficava concentrado na minha barriga
esperando meu filho se mexer e quando ele mexia, o Matteo ficava
sorrindo igual bobo.
Ah Antonella,esquece essas coisas, era tudo mentira.- falo para mim
mesma. Coloco na mochila minhas poucas peças de roupas e as
pouquíssimas que meu filho tem. A Dona costurou com uns
remendos algumas pecinhas.
Coloco minha camisola e me deito. Escuto alguém bater na porta,
eu respondo que pode entrar e para minha surpresa eu vejo o Sr
Esposito.
Ele está com muletas, eu me surpreendo pensei que ele não tinha
os movimentos das pernas, mas parece que tem, pouco mais tem.
— Você já ficou tempo demais aqui, arruma suas coisas e vai
embora, você tem até amanhã cedo para sair!
Eu não acredito nisso!
Esse homem não tem coração? Ele sabe que não tenho para onde
ir e me manda embora com um bebê de colo!
— Eu vou, pode ficar tranquilo sei que não sou bem vinda. Mas
como tenho educação, obrigado!
— Eu não fiz isso por você, fiz pela minha filha! — ele diz e se vira
para sair.
— E é por ela que está me mandando embora? — Falo mas ele me
ignora e sai.
Eu peguei ranço desse homem, ele me ignorou e me tratou mal
todos esses meses e o pior, é ele desprezar o próprio neto. Com
certeza ele não é humano, eu entendo porque a filha o abandonou
(...)
Logo vem na minha cabeça que ele me achou e vai me punir por ter
fugido. As lágrimas rolam pelo meu rosto, o desespero toma conta
de mim, eu temo pela minha vida, porque agora tenho um filho que
depende de mim.
Eu não queria mas vou ser obrigada a gritar até alguém aparecer,
meus seios doem, estão empedrando, tenho muito leite, meu filho
começou a comer ontem, ainda se alimenta apenas no peito e
muito, minha camisola está molhada pois meu leite está
esguichando para fora.
Ai Merda!
Vê-la me traz à tona todos os sentimentos ruins que tive, que
estavam adormecidos pela presença do meu filho. E o fato de estar
aqui amarrada, com meu filho ali, à mercê dessa mulher, me dá
muito medo!
Eu não a deixo ver meu medo, não vou me colocar ainda mais nas
mãos dessa mulher.
— Não, eu não estou satisfeita!
— Eu não tenho nada que você possa tirar de mim, já me tirou tudo.
Agora me solta que eu vou embora para bem longe e você nunca
mais vai me ver!
Ela puxa uma cadeira e senta na minha frente com muita calma me
encarando.
— Vamos conversar um pouco!
— Primeiro eu quero te agradecer por ter sumido, isso foi
fundamental para mim. Tive tempo para ganhar espaço e observar o
Matteo mais de perto, coisa que eu nunca conseguiria com você lá!
Eu não entendo nada do que ela fala, e ela revira os olhos
percebendo.
— Tá eu vou explicar: lembra daquele último dia que você me viu no
café da manhã? — Como se eu pudesse esquecer!
— Então, depois daquele dia eu nunca mais vi o Matteo e nem tive
mais nada com ele. Minha filha não é dele; eu até pensei que fosse,
fiz promessa para tudo quanto é santo e religião mas antes mesmo
dela nascer eu fiz um exame de DNA e não, ela não é dele!
— Infelizmente!
Eu não sei se acredito nela, mas não faria sentido ela mentir para
mim.
— Eu não preciso mentir, você não vai sair viva daqui pra contar! —
ela diz e dá uma gargalhada.
Quando ela diz isso, o medo me domina, não por mim, mas pelo
meu filho.
— Continuando!
— Por mais que você tenha ido embora, o Matteo não para de te
procurar... Ele não é mais o meu Matteo, se tornou um homem
frouxo e inútil, deixou os sentimentos destruírem o homem incrível
que ele foi um dia. Mas eu sei que posso fazer esse homem voltar,
só preciso de algo para me ajudar, por isso fui te procurar, e olha
que você é bem espertinha heim,ele nunca descobriria. Mas eu,
como sou muito mais esperta, procurei no único lugar que ele não
procurou! — ela diz e sorri.
— Tá vendo como eu fui feita pra ele, eu o completo!
As lágrimas escorrem como uma cachoeira pelo meu rosto, sabendo
que eu entendi tudo errado, fazendo eu, ele e meu filho, que nem
sabe que tem pai, sofrer!
Meu filho começa a chorar o que demorou muito,já que está quase
anoitecendo e ele provavelmente não comeu nada, apenas dormiu
quase o tempo todo.
Ela vai até ele e eu me assusto.
— O que você vai fazer com ele? — pergunto tentando levar a
cadeira.
— Calma Antonella, eu não vou fazer nada! — ela diz e pega ele
voltando para a cadeira.
— Não ainda!
Minha respiração fica rápida, minha visão meio turva de tanto medo
com essas palavras, sei que ela é capaz!
Ela amamenta meu filho que abocanha com vontade.
— Eu preciso dele para ter o amor do Matteo!
— Se eu te contar meus planos,você promete não contar pra
ninguém? — Vagabunda ordinária!
— Obrigado! — ela mesmo se responde.
— Eu vou levá-lo para o Matteo e vou dizer exatamente onde seu
corpo vai estar, depois que eu te matar,é claro. Ele vai me agradecer
eternamente, vai me perdoar,e com você morta, ele vai voltar a viver
como antes!
Como ela pode ser tão má, tão cruel assim? Ela diz e eu sei que é o
que ela vai fazer. Pelo menos meu filho vai estar seguro, sei que o
Matteo vai protegê-lo.
— Mas... — ela diz levantando para colocar meu filho de volta no
chão.
— Depois que tudo se ajeitar, eu mato esse bastardo,enquanto
todos estiverem dormindo. Ele morre de causas naturais e pronto,
fim dos meus problemas.
Quando ela diz isso uma fúria me domina, tudo parece ficar em
câmera lenta, eu puxo minha mão direita com toda a minha força,
rasgando minha pele, quebrando meus ossos até me soltar
Quando ela se vira eu me jogo com força para cima dela e nós
caímos no chão, meu filho se assusta e começa a chorar alto.
Como eu não tenho força na mão, que provavelmente está
quebrada, eu abocanho o pescoço dela fazendo-a gritar de dor e
tentar inutilmente afastar minha cabeça.
Eu arranco um pedaço, mas não satisfeita, eu cuspo e mordo
novamente em cima da mesma mordida
Sinto suas veias, tendões e músculos entre meus dentes e puxo
com uma força extraordinária, rasgando-as ao meio, esguichando e
me banhando com seu sangue.
Olho para ela e vejo que está morrendo e não pode mais contra
mim. Corro e pego meu filho no colo e coloco meu peito na boca
dele, fazendo ele parar de chorar
Agora sentada em um canto, escorrendo sangue pela minha face
que pinga no meu filho, eu vejo o que acabei de fazer e não posso
acreditar.
Estou toda ensanguentada o sangue espirrou até no meu filho, tem
muito sangue, até no meu cabelo! Ela ainda sangra, formando uma
poça no chão que só aumenta e chega aos poucos até mim,
encharcando ainda mais minha camisola
A noite cai e graças aos céus não está frio, senão eu e meu filho
morreríamos aqui, eu enrolo o pano nele mesmo estando cheio de
sangue e saio do lugar.
Abro a porta e estou em uma espécie de floresta, à minha frente tem
uma imensidão de árvores que não tem fim
Está escuro e a unica luz é a da lua. Não faço a mínima idéia de
onde estou, não sei como cheguei aqui e nem a Vaiola.
Eu não me arrependo do que fiz com ela, o que me chocou foi a
forma que fiz, eu não pensei que seria capaz de matar alguém
assim, mas uma força sobrenatural me dominou quando ela me
disse o que faria com meu filho.
Eu faria qualquer coisa para protegê-lo, sempre li histórias e não
imaginava que era dessa forma, pensei que nós mães, decidimos
fazer algo para defender nossos filhos.
Mas não! Uma força nos domina,fazendo o mundo à nossa volta
parar, nada mais importa, não tem dor, não existe certo ou errado,
só o que importa é ver nosso filho seguro
Eu ando com dificuldade, pois estou descalça pisando em galhos e
pedras, sentindo a terra nos meus pés e amassando folhas. Não
está tão frio, mas estou molhada de sangue o que faz minha pele se
arrepiar com o vento.
Meu filho dorme tranquilo no meu colo como se nada tivesse
acontecido. Minha mão esta mutilada, inchada e dói muito e a outra
ainda carrega a algema pendurada.
Estou andando há dois dias e só hoje eu achei uma estrada de
terra, mas até agora não passou ninguém.
Minhas pernas estão coçando e inchadas assim como meus pés, eu
me encostei em uma árvore para descansar um pouco mas acabei
cochilando e quando acordei, tinha muitas formigas subindo em mim
Meu filho está bem eu não o solto por nada, meus braços doem mas
eu não solto, não sei o que pode acontecer nesse lugar se tem
bichos eu não, eu não vi nenhum mas não me arrisco
Escuto o barulho de um carro e paro, meu coração acelera, eu vou
para o meio da rua para fazer ele parar e quando ele para e eu vou
em direção a porta do carona eu me assusto, ele me dá medo!
É um homem velho que fede a cigarro barato e a cachorro molhado,
gordo e suas roupas estão sujas.
— Preciso de uma carona!
Ele olha para as minhas mãos e vê que não tenho condições de
abrir a porta, então ele abre e eu entro.
— Vai para onde?
— Para a residência dos Cappolo, lá eles vão te recompensar por
me ajudar! — Ele me encara e arregala os olhos.
— Você é a esposa desaparecida do Messina? — Ele diz rápido, de
uma forma tão estranha que me dá ainda mais medo e me
arrependo de ter entrado nesse carro.
— Para o carro, eu vou descer! — Falo e ele rapidamente saca uma
arma e coloca na minha cabeça.
— Seu marido ofereceu uma recompensa milionária para qualquer
informação sua, imagina eu levando você, vou sair de lá rico!
Eu tenho ainda mais nojo dele!
— Minha família também é rica, me leva pra lá que você vai ser
recompensado!
— Moça presta atenção ou você colabora e vai quietinha, ou eu te
mato e levo só a criança, vou sair de lá rico do mesmo jeito, você
que sabe!
Eu nego com a cabeça e fico quieta. O caminho inteiro ele vai
comemorando e não abaixa a arma. Conforme vamos nos
aproximando da residência meu coração bate tão forte que parece
que vou ter um infarto, meu filho desperta mas não chora, fica
quietinho olhando tudo.
Quanto chegamos nos portões ele dá a volta e abre a porta, quando
eu desço os homens parecem não acreditar no que vêem, é como
se eu fosse um fantasma, deixando-os todos desconcertados e
apavorados.
— Abaixa essa arma! — diz o segurança para ele que ainda está
com a arma na minha cabeça.
— Eu só abaixo quando vir o sr Messina, eu quero minha
recompensa!- ele diz e os homens ficam tão desesperados quanto
eu.
— Se você chegar perto, eu estouro os miolos dela! — ele grita com
o homem que estava se aproximando devagar.
— Está tudo bem faz o que ele diz abre o portão! — eu falo e o
homem faz o que eu peço.
O louco me empurra para dentro e pelo visto vamos — andando. A
pressão da situação é tanta, que me faz esquecer toda a dor do
meu corpo.
Eu olho para o meu filho que está bem acordado e brinca com o
meu cabelo duro pelo sangue que já secou. Quando enfim
chegamos na porta,ela se abre e vejo o Giulliano me sentindo
aliviada, ele me olha espantando, como se não acreditasse no que
vê.
Desvia o olhar com ódio para o homem.
— Cadê ele, eu só vou entregá-la pra ele! — ele diz me empurrando
para dentro da sala.
O Matteo entra na sala e pela sua cara, não foi avisado pelos seus
homens. A minha primeira reação é correr em sua direção e quando
ele me envolve em seus braços, eu vejo tudo escurecer.
Matteo
Entro no meu quarto com meu filho no colo, coloco ele bem perto da
Antonella e me deito do outro lado deixando ele no meio de nós
dois. Ele se vira para ela ficando de lado, tentando alcançar o nariz
dela.
— Lorenzo?
Chamo baixinho e ele se vira na mesma hora para mim,
confirmando o que pensei ser seu nome.
Nós já tínhamos escolhido o nome dele, só não tínhamos contado a
ninguém, decidimos esperar ele nascer. Ela dizia que queria ver se
ele tinha cara de Lorenzo e a lembrança desse momento me deixa
feliz.
Eu faço um carinho no cabelo dele que volta sua atenção para ela,
querendo chamar sua atenção. Fico analisando cada detalhe do
meu filho, até que acabo adormecendo.
Acordo assustado percebo que acabei dormindo demais, vendo-o
balançar as pernas e braços para cima.
Olho para ele que está acordado e fazendo aquela mesma cara de
dó, resmungando, ameaçando começar a chorar. No relógio do meu
pulso, vejo que são 5h da manhã, ele deve estar com fome
Puta merda e agora o que eu faço?
Vou ir atrás do meu irmão ele fica com o Lorenzo e eu vou acordar a
Diana, sei que está muito cedo, porém não faço a menor ideia de
como dar mama para um bebê
Entro no quarto com meu filho no colo e ele não está, aquele traidor
nem para ficar em casa hoje. Desço e vou até a cozinha, não posso
ir com ele até a casa dos funcionários, fica a mais de um quilômetro
daqui, e eu não faço ideia se a Diana tem telefone.
Abro a geladeira e pego o leite e um pano de prato para não
derrubar nele o leite, não quero ter que trocar essa roupa que mais
parece um quebra cabeça
Me sento e deixo ele sentadinho no meu colo, coloco o leite no copo
e levo até a boca dele, que faz uma cara horrível, como se eu
estivesse dando limão e não leite e cospe tudo, eu coloco mais um
pouco e ele cospe novamente.
— Filho bebe o leite por favor! — eu suplico dando mais, porém ele
vira o rosto e bate a mão no copo, eu abro minhas pernas em um
movimento rápido para não cair em mim, o copo cai no chão e se
quebra.
Eu levanto as sobrancelhas e o encaro, ele me olha sério e dá um
sorrisinho me desarmando todo. Fico impressionado, ele não queria
eu insisti e ele jogou no chão resolvendo o problema, bem meu filho
mesmo!
Ele resmunga incomodado no meu colo, eu penso mais um pouco
no que fazer até ter uma ideia. Volto para o quarto e deito ele na
cama, abaixo a camisola da Antonella e seus peitos estão enormes
como nunca antes, eu vejo as veias verdes saltando, o bico também
está maior.
Pego meu filho e coloco deitado em cima dela mas seguro seu
corpo, para não machucá-la.
Ele se desespera e abocanha o bico do seio dela, eu encosto a mão
sem querer quanto tento deixar ele mais confortável e percebo que
está tão duro quanto pedra, mas conforme ele vai sugando vai
amolecendo. De repente o outro seio começa a vazar esguichando
leite, ai caralho!!
Eu corro e pego uma camiseta e coloco em cima, mas não adianta
está encharcando Pensa Matteo pensa!
Eu tiro meu filho do peito que ameaça a chorar e coloco no outro e
pronto deu certo, fico de olho no outro seio e não está vazando leite
para meu alívio.
— Esses peitos são meus viu não se acostuma não! — Falo para
ele que me encara sugando e segurando com as duas mãozinhas.
Eu dou um sorriso e ele retribui sem deixar de sugar, fazendo cair
um pouquinho de leite da sua boca.
Depois que ele mamou até esvaziar os dois seios dela, eu coloquei
ele no meio novamente. Ele fechou os olhos e dormiu rapidinho.
Troquei a camiseta da Antonella molhada de leite e deitei.
Coloquei meus braços atrás da cabeça e fiquei encarando o teto,
pensando na virada que minha vida deu desde que a conheci
naquela apresentação, estava linda, acho que foi ali que me
apaixonei, só pode!
Fiquei tão fissurado nela que nunca mais fui o mesmo, fiz muita
merda confesso, mas eu aprendi muito!
E agora tenho-os aqui comigo de novo e nunca mais vou deixá-la ir
embora, isso eu garanto!
(...)
(...)
(...)
— Ei, tudo bem? — Ele Diz me abraçando por traz e entre esses
braços é onde eu quero sempre estar.
Eu digo que está tudo bem, troco meu filho e saímos. Quando
chegamos na sala de jantar todos nos encaram, depois dão bom
dia!
— Filha tem certeza que você já está bem para sair do quarto?
— Sim mãe, eu estou bem! — falo sorrindo.
Eu me sento e pego o Lorenzo que está no colo do Matteo, e
quando vou pegar um pão, ele leva a mãozinha na taça e joga no
chão. Eu fico tão envergonhada, meu filho nunca chegou perto de
uma mesa e quando chega, faz isso!
— Lorenzo, não pode! — falo firme, o repreendendo e faço cara de
brava.
Ele me olha faz um bico e começa a chorar, olha para o Matteo que
está bem ao meu lado e dá os braços, me deixando perplexa. Não
acredito que ele está pedindo o colo do Matteo só por que eu o
repreendi!
— Vem com o papai, vem! — O Matteo diz o pegando, ele para de
chorar e pega a taça do Matteo e faz a mesma coisa e o Matteo
começa a rir.
— Matteo!!! — eu o repreendo.
— Ele gosta de quebrar, qual o problema!? — Eu não acredito que
ele tá fazendo isso!
— Olha Ane,se você não der um jeito, o Matteo vai levá-lo para o
mau caminho! — Diz a Marie e o Matteo olha feio para ela.
Meu cunhado não para de rir e minha mãe está com uma cara
engraçada.
— É, eu estou vendo Marie!
Pego um pouco de fruta amasso e dou para o Lorenzo, que come
tudo.
Minha mãe me contou que está morando aqui, o que me deixou
muito feliz, só estranhei ser na casa do meu tio, ela pode comprar
uma bela casa. Ela também me disse que ele me mandou
lembranças e disse que espera minha visita.
Fico de boca aberta quando a Marie pega um morango na boca e
leva até meu cunhado, que morde a outra parte.
— Eu já sei Ane, eu e todo mundo! — diz minha mãe.
— Eu nunca pensei que você assumiria um namoro Giulliano! —
falo.
— Foi feitiço, eu não fiz por vontade própria!
Nós caímos na risada até minha prima, que deu um tapa nele.
— E meu.
— Não, ele disse que eu estava fudido, que ela ia infernizar minha
vida e ainda me ameaçou caso eu desistisse!
Eu não aguento e dou uma gargalhada.
— É o certo, você fica comigo até eu me cansar de você não o
contrário! — Ela diz em tom de brincadeira.
— E pretendem casar? — minha mãe pergunta.
— Nem fodendo Deus me livre!
A Marie diz séria e meu cunhado se ofende, olho para o Matteo e
ele se diverte com o Lorenzo.
Passei a manhã com a minha mãe e a Marie. Contei tudo para elas
desde o inicio. Contei o por que fui embora, contei sobre o avô do
Matteo, como foi viver lá, sobre o nascimento do Lorenzo, tudo!
Conversamos também sobre como foi meu reencontro com o
Matteo, faz alguns dias que acordei e está tudo bem entre nós, mas
sei que ainda tem muito a ser falado, ele merece um explicação e eu
também preciso saber dele como foi quando eu não estava.
Sei que a Vaiola viveu aqui e isso não me agradou nem um pouco,
então ainda precisamos conversar.
À tarde minha mãe disse que precisava voltar para casa, ela
também me contou sobre seu relacionamento com o meu tio e eu
fiquei chocada, pois nunca percebi nada e me espantei também pela
minha prima, que aceitou numa boa.
Então eu entendi que ele era o homem que ela amava antes de se
casar. Ela me disse que tiveram um romance, mas ela acabou sem
querer atraindo demais a atenção do meu pai, que fez de tudo para
tê-la e conseguiu!
Eu fiquei feliz por eles, o destino os uniu outra vez e agora estão
juntos, mas não querem sair gritando aos quatro ventos, querem
apenas viver.
— Com licença, Ane as moças já chegaram! — Diz uma das
empregadas, enquanto eu e a Marie estamos no jardim.
— O Matteo já chegou? — pergunto.
— Sim, faz uns 10 minutos!
Agradeço e ela volta em direção a casa.
Eu achei melhor contratar alguém para me ajudar com o Lorenzo,
eu preciso resolver um assunto pendente com o Matteo e não quero
sobrecarregar a Diana, esse não é o serviço dela.
Então depois de convencer o Matteo, que não queria alguém
estranho cuidando do filho dele, segundo suas próprias palavras, ele
acabou cedendo.
— Vai contratar quantas? — pergunta a Marie, enquanto voltamos
para a casa.
— Uma só! O que já foi difícil de convencer o Matteo, imagina se
fosse mais!
— Eu se fosse você contrataria umas 4. — ela diz me fazendo rir.
Chegamos na sala e vejo em torno de 10 mulheres de idades
variadas. A Marie me olha, depois de analisar cada uma delas.
— Não esquece que tem uma grande chance de que a escolhida
queira dar para o seu marido viu! — Ela diz no meu ouvido e sai
subindo as escadas.
Eu cumprimento as mulheres e vou para o escritório, entro e lá está
ele atrás da mesa falando no telefone, vou até ele e me encosto ao
lado da mesa.
— Acho que você exagerou! — falo assim que ele termina a ligação,
me referindo às mulheres.
— Eu quero que você tenha várias opções! — diz beijando minha
mão, eu dou um sorriso e concordo.
— Hoje nós vamos jantar fora, esteja pronta às 18h!
— Vai me levar para um encontro? — pergunto sorrindo.
— Sim!
Nossa, eu estava brincando mas gostei da idéia, vai ser bom, eu
quero mesmo ter um tempo com ele.
Eu respondo com um sorriso, que ele retribui. Não sei se é porque
eu fiquei tempo demais longe, mas ele está de alguma forma
diferente. Algo que eu ainda não consigo explicar.
Ele levant,vai até a porta e pede para as candidatas entrarem e eu
não consigo tirar o que a Marie me disse da cabeça.
Mas quase todas são bem bonitas, umas até mais ousadas com
roupas apertadas, que eu já eliminei só de olhar.
Eu me levanto vou até elas e aponto para cada uma delas, ele me
olha sem entender.
— Obrigado por virem até aqui, mas não são o que eu procuro!- elas
me olham com pesar.
— Podem sair! — ele diz. Só restaram 3 senhoras que com certeza
tem mais 50 anos e não vão querer o Matteo e mesmo que queira
ele não iria querer.
— Bom, agora se ele gostar delas por mim tudo bem! — falo para
ele.
Ele pede para elas se aproximarem e ainda estando sentado e
aparentemente calmo, ameaça as senhoras de uma forma tão
horrenda, que até eu fiquei assustada. Ele perguntou o nome delas
pegou uma pasta com informações da vida de cada uma e ameaçou
a família inteira, nome por nome
Meus Deus eu fiquei com dó das mulheres, até me senti culpada por
querer uma babá, elas estavam com tanto medo que eu tive que
intervir.
— Calma tá bom, é só me ajudar e cuidar bem do nosso filho e tudo
vai ficar bem e normal, ok? — pergunto com medo que elas saiam
correndo.
— Pode esperar na sala por favor! — falo e elas saem rápido.
— Matteo, se você não queria uma babá era só falar não precisava
disso! — Falo séria fiquei chocada com as coisas que ele disse.
— É assim que contrato meus funcionários Ane, relaxa! — Ele diz e
vem até mim e me beija.
— Meu Deus, até eu fiquei com medo!
— Não precisar ter medo de mim, você tem que se acostumar, eu
sou assim! — diz sorrindo.
— Você não é assim não!
— Com você não, você desperta o melhor de mim! Mas só você! —
Ele diz e me beija de uma forma gostosa,como se pedisse
permissão para continuar, mas não avança.
Se fosse antes, eu já estaria com as pernas abertas nessa mesa,
mas não. Desde que cheguei ainda não passamos dos beijos. Ele
para encosta nossas testas...
— Vamos, agora é a vez do Lorenzo escolher qual das velhas ele
vai querer! — Dou uma gargalhada!
— Por que, não gostou da minha escolha? — pergunto brincando
fingindo estar ofendida.
— Eu adoro ver você com ciúmes! — diz rindo.
— Não é ciúmes é precaução!
— Eu só não posso vacilar!, — falo e o puxo, que ri em direção à
porta. Meu filho foi de boa no colo de uma das senhoras e as outras
duas ele não quis nem ir, então escolhi ela mesmo. Conversei um
pouco expliquei tudo e pronto resolvido, mas ela só vai ajudar
quando eu precisar não vai ficar 24h com ele.
— Pronto? — ele me pergunta quando volto para sala, depois de
passar um tempinho com a babá no quarto do Lorenzo e deixá-los
lá.
— Sim! — respondo e ele me estende a mão e saímos em direção a
garagem
Estamos indo para a casa do avô dele; eu pedi para ele me deixar
trazer a Nina para morar aqui conosco. Expliquei como ela vive e
que eu e o lorenzo nos apegamos muito a ela.
E ele não só aceitou, como me deu permissão para fazer tudo que
eu quiser para o bem estar dela, estudos e etc.
— Eu vou te esperar aqui. — ele diz assim que chegamos em frente
a casa do avô dele.
— Eu queria que você fosse comigo, não quero entrar lá sozinha! —
Ele pega a minha mão e dá um beijo sorrindo para mim.
— Então eu vou!
Nós saímos e caminhamos até a porta. Vir aqui novamente me
causa tristeza, pois foi o período que mais sofri e o pior de tudo, é
saber que foi por burrice minha!
Quando bato na porta e a Dona abre me vendo, ela arregala os
olhos e me puxa para um abraço, eu estranho mas retribuo de
coração, e agora eu entendo que ela gostava sim de mim, mas ela é
muito geniosa, por isso nunca demonstrou.
Ela nos dá passagem para entrar e eu a todo momento seguro a
mão do Matteo, afinal essa é a casa que foi da mãe dele, que está
morta, então não deve ser fácil estar aqui.
Para a minha surpresa o sr Esposito aparece e olha para o Matteo
de uma forma diferente, eu sempre o vi com a cara fechada, mas
agora sua expressão é de tristeza e posso jurar que tem uma
espécie de sorriso.
— O Grande Matteo Messina! - ele diz.
— Cala a boca, seu velho desgraçado, minha vontade é matar você.
Vai logo Antonella, faz logo o que você veio fazer aqui, antes que eu
esqueça a promessa que te fiz e estrangule esse velho!
A Dona olha apavorada, acho que nunca, nunquinha ela ouviu
alguém falar assim com ele.
— Dona eu vim buscar a Nina! — Falo e ela me olha espantada e
nega com a cabeça.
— Não Ane, ela é minha menina,você não pode levá-la, eu só tenho
a ela! — Confesso que me deu pena, mas é para o bem da Nina! —
Eu entendo Dona, mas ela precisa estudar, precisa de uma estrutura
e eu posso fazer isso por ela, lá em casa ela vai ter uma vida
melhor!
Antes mesmo que ela me responda, a Nina aparece na sala e
quando me vê vem correndo me abraçar.
— Você tá bem? — ela diz depois de um abraço bem apertado,
olhando para o Matteo e eu concordo.
— E o Lorenzo?
— Sim Nina, nós estamos muito bem, agora está tudo bem!
— Eu vim te buscar, quero que você venha morar comigo na minha
casa. Você vai estudar e ter tudo que uma menina doce como você
merece!
Ela me dá aquele sorriso acolhedor que tanto me fez bem em
momentos difíceis.
— E você também dona, vem trabalhar pra mim aí você fica perto
da Nina!
— Ane, eu agradeço você ter voltado até aqui por mim e me fazer
esse convite, mas aqui é meu lar, minha casa e minha avó nunca
iria e eu não posso fazer como a minha mãe!
Minha alegria se desfaz! Realmente ela não abandonaria a avó, não
faria como a mãe e a Dona nunca o abandonaria!
— Nina vai ser melhor pra você ir, pode ir, eu vou ficar bem, é só
você vir me visitar! — A Dona diz, mas a Nina sorri e nega com a
cabeça.
— Eu não vou, mas se eu puder ir visitar aquele bebê gostoso, eu
vou adorar!
É uma pena, realmente eu queria muito que ela fosse comigo. Mas
eu disse que ia pagar os estudos dela e também as condições de
moradia e ela concordou.
— Matteo! — o avô dele chama quando estamos indo em direção a
porta.
O Matteo não para, mas eu aperto a mão dele que bufa, para, e se
vira esperando o que o homem tem a dizer.
— Por mais que eu nunca fui até vocês, eu sempre me preocupei e
me mantinha informado, meu neto!
— Que porra de neto,vai se fuder, você mandou minha mulher e
filho pra rua, seu filho da puta!
Meu Deus! O Matteo está furioso, estou me arrependendo de ter
pedido para ele me acompanhar.
— Eu fiz isso por você! - o velho grita e começa a chorar.
— Que porra de por mim, você nunca nem olhou pra a cara do meu
filho, mesmo ele estando aqui debaixo do seu teto?
(...)
5
meses depois…
(...)
Então é mais um menino. Meu filho não vai ficar abrindo as pernas
fácil assim.
Estou uma pilha de tensão, quero muito saber se vou ter outro
garoto ou uma menina, o que me dá medo! já me imagino matando
garotos que chegarem perto da minha filha.
— Hum apareceu, olha, as perninhas agora estão abertas! — A
médica diz e eu não vejo nada, para mim não mudou, são só
borrões.
— O que é doutora? Eu vou ter um treco de tanta ansiedade —
minha mulher pergunta aflita.
— É uma menina! — Ai caralho, tô fudido!
Olho para a Ane que chora olhando para mim, que quase choro
também mas não, consigo segurar, mas sei que meus olhos estão
brilhando porque estou feliz pra caralho!
— Uma menina amor!
— Sim, uma menininha — digo dando um beijo na testa da minha
mulher pensando em como minha sorte mudou.
De um fudido sem sorte, que conquistava à base de sangue, a um
simples marido, pai de dois filhos e um homem perdidamente
apaixonado, de quatro por essa mulher à minha frente.
Entre o Amor e a
Máfia livro 2
Romance Dark
Será que esse amor vai permitir que ela alcance seu objetivo?
Além da minha mãe não me ajudar, ainda acabei caindo nos braços
de um homem 14 anos mais velho que eu, que me levou à loucuras
na cama, que me fez descobrir, com ele, prazeres inimagináveis e
quando percebi que estava completamente apaixonada, e me
permiti amálo, descubro que ele, na verdade, é meu padrasto!
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