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Copyright © Bortotti

Prometida ao Capo Parte 1


Capa: Elle Meyer
Revisão: Vicky McMahon
Diagramação: Sandra Almeida

Esta é uma obra de ficção. Seu intuito é entreter as lugares e


produtos da imaginação da autora.

Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é


mera coincidência. Esta obra segue as regras da Nova Ortografia da
Língua Portuguesa.

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

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parte dessa obra, através de quaisquer meios — tangível ou
intangível — sem o consentimento escrito da autora. Criado no
Brasil. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei n°.
9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
pessoas. Nomes, personagens, acontecimentos descritos são
Amante de romances quentes e envolventes, onde homens
desempenham muito bem seus papéis e mulheres nem tanto,
Prometida ao Capo surgiu para mostrar que a mulher também pode
ser forte, que ela também tem sangue frio se necessário; e para dar
ainda mais ênfase no assunto, no segundo livro temos a Marie, mais
forte que qualquer outro personagem que minha vasta imaginação
poderia criar.

Antonella é uma jovem que aos 10 anos de idade foi prometida ao


atual Capo da Máfia Siciliana a Cosa Nostra, e agora aos 18 anos
esta a caminho da Itália para se entregar ao seu destino com grande
pesar no coração, pois é uma jovem que ama romances e está a
caminho do inferno ao lado do demônio em pessoa, mais conhecido
como il demone de tutti i capotasti ( o demônio de todos os capos)
Pois nunca antes a Cosa Nostra teve um Capo tão cruel como o
grande Matteo Messina Acordo, olho para o relógio na mesinha ao
lado da minha cama e vejo que já são 9:30h da manhã.

Levanto, vou ao banheiro tomar um banho bem demorado, minha


intenção é esquecer que hoje é meu aniversário de 18 anos!
Qualquer garota normal estaria feliz mas eu não sou uma garota
normal, não tive uma vida normal, não tenho uma vida normal, e
tenho certeza que daqui para frente, nada será normal na minha
vida!

— Filha, anda, você precisa descer -minha mãe bate na porta do


banheiro me tirando dos meus pensamentos.

— Não estou com pressa! — Falo com toda a calma do Mundo.


— Filha, já conversamos sobre isso...Sai, que vou te ajudar a se
trocar.
Saio da banheira, me enrolo no meu roupão, abro a porta do
banheiro com esperança que minha mãe já tenha ido, mas ela sai
do closet com alguns vestidos na mão.
— Olha, esse vai ficar lindo em você — diz me mostrando um
vestido rosé curto e rodado.
Dou uma olhada intensa pra ela...
— Ou prefere esse? — estende um outro amarelo, em frente ao
meu corpo.
Não estou com a mínima vontade de sair do quarto e ter que
enfrentar o primeiro dia da minha desgraça!
— Vamos filha, se anima — diz pegando meu rosto com a mãos e
se aproxima me dando um beijo na testa.
Pego o vestido amarelo e ela me dá um pequeno sorriso
— Preciso resolver alguns últimos detalhes, não se atrase para o
café — diz e fecha a porta saindo do quarto
Eu caio na cama, pensando que deveria estar feliz, me preparando
para a minha festa de 18 anos, certo? Mas não.. Fui prometida a
Matteo Messina, o atual capo da máfia siciliana, a Cosa Nostra! Eu
tinha apenas 10 anos quando o pai dele fez um acordo com o meu
pai, que prometeu sua única filha, ao filho mais velho do capo, que é
13 anos mais velho que eu!
Nunca entendi muito bem o que levou meu pai a fazer isso, mas eu
era criança e não pensava muito no assunto e meu pai faleceu há 3
anos atrás, deixando eu e minha mãe nesse mundo. Eu nunca tive a
chance de perguntar o porquê de me sentenciar a esse destino, o
qual a partir dos 18 anos eu me caso com o capo!
— Filha!
— Ah mãe, não estou com ânimo pra nada! — Falo entristecida
— Tá ok, vamos ter uma conversa — diz com um sorriso triste
sentando na minha cama
— Filha hoje você vai ser apresentada oficialmente como noiva do
Matteo, precisa se animar — faz uma pausa me acariciando na
bochecha
— Sei que não queria isso, mas não tem como fugir do seu destino,
apenas aceite!
— Como vou aceitar uma coisa dessa?? Posso ser obrigada a isso,
mas aceitar nunca!!! — Digo me alterando.
— Será mais fácil se aceitar!
— Nunca vai ser fácil mãe, ele é um demônio, sabe-se lá o que ele
vai fazer comigo!! — Falo e me levanto com o vestido nas mãos,
indo em direção ao closet para me trocar.
— Vai ficar tudo bem, tenha calma! Sabemos como ele é, mas ficar
com medo não vai te ajudar em nada, muito pelo contrário!! — Diz
vindo até mim.
— Você é forte, sua personalidade é forte, mas ao mesmo tempo é
só uma menina, não permita que eles vejam seu medo, isso não vai
te ajudar! Mas saiba que eu te amo, se eu pudesse fazer alguma
coisa ao seu favor, eu faria, porém já tentei de tudo!
— Eu sei mãe, não é sua culpa, mas não consigo entender o porquê
e nem me acostumar com isso!
— Bom, de qualquer forma você vai se acostumar, uma hora a
gente se acostuma à situação.
— Agora vai, se arruma, hoje é nosso último café da manhã juntas
aqui em casa!
Antes de sair ela me dá um abraço apertado, que deixa meu
coração bem quentinho. Minha mãe é uma mulher muito bonita, se
casou cedo com meu pai e nunca tiveram um casamento amoroso,
sei que minha mãe nunca o amou, ela mesmo já me disse isso,
tentando amenizar meu desespero quando entendi meu destino.
Ela me garantiu que foi feliz, que conseguiu ter uma boa vida,
mesmo ao lado de alguém que não amava, ela sempre foi minha
amiga, a única na verdade! Eu nunca pude sair e ter uma vida
normal; estudei em casa com os melhores professores, nunca fui
em festas ou estive em ambientes com jovens da minha idade.
Fui preparada para ser a esposa do capo, sujeito é um monstro,
todos o temem, sua fama não é nada boa, nunca o vi pessoalmente,
depois do acordo de casamento nos mudamos para Nova York,
desde então nunca mais fui para a Itália, minha terra natal.

Estamos quase chegando na Itália, meu tio vai estar lá para nos
receber, ele é Túlio Cappolo, irmão único do meu pai, e é um
membro da máfia Cosa Nostra, assim como meu pai foi quando
morávamos na Itália, tal como todos os Messina, nome que me dá
arrepios!
Assim que desembarcamos na Itália, vejo meu tio vindo na nossa
direção.
— Ane!! — Diz me abraçando
Minha família me deu esse apelido, que eu adoro, meu nome é de
uma pronúncia tão forte que quando me chamam de Antonella,
parece que estão chamando minha atenção, loucura eu sei, mas
quase não escuto meu nome, somente Ane.
— Tio! — Retribuo o abraço
Ele me solta do abraço ainda segurando meus braços e me olha dos
pés a cabeça.
— Como você cresceu menina. Se tornou uma mulher! — diz
sorrindo
— E você continua do mesmo jeito tio, cadê a Marie ? -Pergunto
pela minha prima, sua única filha
— Está em casa te esperando, morrendo de saudades...
Ele se vira para minha mãe e dá um olhar bem dentro de seus
olhos...
— Elisa!
— A própria! — Ela responde
Eu não sei, mais senti um clima estranho entre os dois, olhares
muito intensos...
— Vamos indo, devem estar cansadas da viagem e hoje será um dia
e tanto — diz pegando nossas malas, que são muitas, já que eu
trouxe praticamente tudo que eu tenho!
No caminho o silêncio reinou no carro, eu fui olhando pela janela,
admirando as ruas, as casas, sentindo esse ar fresco, bem diferente
de nova York, essa brisa no meu rosto me fez sentir saudades de
quando nós morávamos aqui, uma sensação boa me invade... Mas
que foi sumindo, assim que lembrei o porquê de ter voltado!
— Chegamos! — Ele diz
O carro entra em uma mansão muito linda e extremamente grande,
assim que abro a porta vejo Marie, minha prima, correr na minha
direção, não nos vemos desde quando éramos crianças, à cerca de
8 anos atrás; mantínhamos contato através de mensagens e
ligações, mas não é a mesma coisa!
— Aneee!!! — Ela grita, correndo na minha direção.
Ela me dá um abraço de urso, quase perco o fôlego, mas eu gostei.
— Marie, que saudades, eu não via a hora de te ver!
— Eu também e estou morrendo de saudades, vamos subir, a gente
tem muito o que conversar!
— Ei, não vai me dar um abraço mocinha? — minha mãe diz com os
braços abertos para ela, que se joga nos braços dela a abraçando.
— Tia, quanto tempo, estou muito feliz de vocês estarem aqui!
— Sim, é muito bom estar de volta!
— Meninas vocês podem subir, mas Ane, daqui a pouco vá ao meu
escritório, precisamos conversar! — meu tio diz, fazendo se formar
um gelo na minha espinha porque sei o teor dessa conversa!
Depois dos abraços e a recepção calorosa eu e Marie subimos para
o quarto
Ela fecha a porta atrás de si, se joga na cama comigo, me dá um
sorriso enorme, que eu retribuo.
— Você não sabe como é bom ter você aqui, eu estou tão sozinha
desde que a mamãe se foi — diz com voz triste e olhos brilhando
segurando uma lágrima
A mãe dela faleceu à cerca de um ano, ela morreu em um acidente
de carro, foi horrível para todos, mas principalmente para ela, perder
a mãe deve ser a pior coisa do mundo!
— Eu imagino Marie! — digo, fazendo um carinho em sua
bochecha.
— Mas olha, eu estou aqui agora e não vamos mais ficar sozinhas,
porque eu também estou muito ansiosa para conviver com alguém
da minha idade, ou quase né?! — caímos na risada
Marie tem 16 anos, é linda, os olhos são uma imensidão azul,
cabelos lisos, até aparenta ser um pouco mais velha!
— Bom, na verdade não temos muito tempo — diz com voz baixa
— Por quê?
— Escutei uma conversa do papai...
— Que conversa? -A corto
— Bom, seu casamento será domingo agora!
— O quê ??? Isso é daqui a 3 dias!
— Sim, eu sei...
Ela me olha com um olhar de pena, todos me olham assim, porque
sabem o que me espera!
— Hoje vai ter uma festa tipo um noivado.
Meu coração gela eu estou com muito medo, não o conheço , não
sei praticamente nada do homem que daqui a 3 dias,vai ser meu
marido.
— Sei que está com medo, mas olha, eu vou estar aqui e vou te
visitar sempre!
— Marie, eu não estou só com medo, estou com todos os
sentimentos ruins dentro de mim, eu não sei nada sobre ele, só que
ele é o demônio e na verdade nem sei o que isso significa, só sei
que boa coisa não é!
— É, você tem razão! Mas não vamos pensar nisso agora...
Sinto um receio da parte dela, como se quisesse me poupar de mais
detalhes.
Mas eu sei que, se eu quiser saber alguma coisa, é ela quem vai me
contar, mais ninguém!
— Marie!! — Digo com um olhar interrogativo pra ela
Eu quero saber mais, já estou ferrada mesmo, melhor saber o que
me aguarda
— Sei que quer me poupar, mas eu não tenho pra onde fugir, é
melhor saber onde estou me metendo! — Tem certeza?
Ai meu Deus, eu não sei se quero saber!
— Sim, senta aqui e me conta tudo que sabe sobre ele!
Eu sou uma pessoa que consegue disfarçar muito bem meus
sentimentos, sou ótima nisso, tenho um auto controle incrível,
palavras da minha própria mãe, porque nem ela que me conhece
tão bem, consegue perceber algo que eu não queira.
E nesse momento quero que Marie me conte tudo, por isso não vou
deixar ela perceber meu receio, quero saber onde estou me
enfiando!
— Olha, ele é conhecido como il demone di tutti i capotasti (O
demônio de todos os Capos ) Ane, ele não brinca de ser capo, eu
escuto umas conversas do meu pai e já ouvi eles falando que ele é
o mais cruel Capo que já existiu!
Ai Jesus amado!
— Ele não deixa passar nada, não tem perdão, errou pagou, e
traições então, não tem nem conversa!Diz e eu tentando manter a
calma.
— O irmão dele é pior ainda, dizem que ele sente prazer em matar
as prostitutas depois do sexo. Já matou várias, isso depois de — as
espancar!
Giulliano Messina, o irmão mais novo do Matteo, meus Deus, aonde
eu vou me enfiar!
— Os filhos da mãe são lindos, mas não valem nada!
— E o Matteo também faz isso?? — Perguntou com medo da
resposta.
— Matar não, ou pelo menos não sabemos — diz com voz falha
— Como assim ?? Me fala!
— Ele espanca as mulheres! Mas você vai ser esposa dele, não
uma prostituta! Até porque a Vai... — Ela para de falar
— Quem?
Ela respira fundo e continua
— Vaiola! Uma espécie de namorada dele, ela é filha de um dos
membros do Conselho e ela nunca apareceu machucada nos
eventos, então acredito que ele não espanca ela, pelo menos eu
nunca vi, então ele não vai fazer isso com você também!
— Olha Ane, apesar de tudo que estou falando, a vida dele e os
negócios são muito reservados, então só se sabe por alto...
Não sei se isso é bom ou ruim...
Meu Deus, o homem é louco, gosta de espancar, e ainda tem uma
namorada e isso é só o que as pessoas sabem por alto, então tem
coisas piores; não sei nem o que pensar, eu estou ferrada mesmo!

Depois da conversa nada agradável com a Marie, vou até o


escritório do meu tio, bato na porta e ele me manda entrar, e aponta
para a cadeira à sua frente, eu me sento, sentindo o ar pesado que
paira à minha volta...
— Como foi a viagem Ane? — Diz com um pequeno sorriso.
— Boa! - digo o encarando, pois quero ir direto ao ponto!
— Tio, fala logo, por favor! — Digo, com um ar de cansaço, pois é
assim que me sinto.
Ele me encara por um momento e diz
— Sei que a Marie já te contou que o casamento será domingo
agora!
— Sim tio, ela já contou!-que vou morrer bem antes do tempo que
imaginava — digo na minha consciência
— Bom Ane, você não é mais uma criança, você sabe do acordo de
casamento, correto?
— Que vocês estão me entregando para a morte, sim, eu sei muito
bem — minha consciência grita
— Só sei que tenho que me casar com esse infeliz, mais nada!
É só isso que sei mesmo, porque minha mãe não sabe detalhes do
acordo, pelo menos é o que ela diz, meu pai sempre fugiu do
assunto quando eu perguntava e logo ele morreu, então eu na
verdade não sei.
— Entendi... Bom, imaginei que seu pai não teria coragem de
enfrentar esse assusto, ainda mais com você… Ele nunca foi muito
bom em conversas! — Não entendi bem essa...
— Ane, esse acordo foi feito pelo pai do Matteo e o principal ponto
era que, ao completar 18 anos, você se casaria com o Matteo! Eles
decidiriam a data e os demais detalhes, foi decidido, ainda naquela
época, que seria 3 dias depois do seu aniversário!
Me sinto enganada, eles já sabiam desse pequeno detalhe, mas
nunca me falaram nada, sempre achei que seria um tempo depois
do aniversário, talvez alguns meses, mas 3 dias é demais!
— Tio, eu não quero isso, não quero me casar com ele, faz alguma
coisa pelo amor de Deus, eu faço qualquer coisa que você quiser,
eu me interno num convento, sei lá, mas eu não quer...
— Ane! — Ele me corta da tentativa desesperada e inúti de fugir
disso.
— Eu já tentei de tudo...Você não tem ideia do que já ofereci para
que você não tivesse esse destino, mas o pai do Matteo deixou tudo
em contrato, nem mesmo o Matteo poderia voltar atrás quando se
tornasse capo!
Meus Deus, o que eu fiz para merecer isso, não tem jeito, não tem
escapatória; ele me olha com um olhar de pena, já que eu não
consegui conter as lágrimas!
— Eu vou estar sempre por perto Ane, vou garantir que ele te trate
bem, sei que a fama dele não é boa, mas você será a esposa dele!
— Tenha calma minha menina — diz vindo na minha direção me
abraçando, aí eu não
contenho as lágrimas e choro ainda mais. Eu não sabia que ele
tinha tanto carinho assim por mim, meu pai nunca me deu um
abraço...
Ele sempre foi um bom pai nunca deixou faltar nada, sempre nos
deu uma vida muito boa, mais nunca foi carinhoso, nem comigo que
sou filha única,muito menos com a minha mãe, eles sempre se
respeitaram conversavam até riam mas nunca vi demonstração de
afeto!
— Hoje vai ter uma festa de apresentação, é como se fosse um
noivado, mas não é… Você vai ser apresentada com noiva do capo
perante a Cosa Nostra, todos os integrantes e familiares estarão
presents — diz limpando as lágrimas do meu rosto.
— Eu vou subir, preciso processar melhor essas informações e
também preciso dormir um pouco! — digo me afastando do seus
braços e indo em direção a porta
— Ane! Só mais uma coisa, na verdade um conselho… — Me viro
para ele,vendo seu olhar preocupado.
— Nunca diga esses nomes para o Matteo, não tente provocar ele,
você não vai gostar do resultado!
Ai jesus será que eu vou conseguir? Não sou do tipo que levo
desaforo pra casa; preciso dormir, acho que dormir vai me ajudar
um pouco, estou cansada, fisicamente e mentalmente!
Saio do escritório, subo para o quarto que estou hospedada e deito
na cama, sentindo o peso do mundo no meus ombros e em meio às
lágrimas, eu adormeço...
Estou em um lugar estranho parece uma sala, mas está muito
escuro, me impedindo de identificar bem à minha volta. Um cheiro
muito forte de perfume masculino misturado com charuto invade
minhas narinas, olho ao redor não tem ninguém, mas sinto olhos me
fitando, alguém me observando, sinto como se eu fosse uma presa
prestes a ser atacada, o medo me consome, o arrepio começa nos
meus pés e vai subindo até chegar a minha cabeça, arrepiando
todos os pelos do meu corpo, um frio percorre minha pele, nunca
senti tanto medo assim!
Acordo com a Marie falando e andando pra lá e pra cá no quarto.
— Ei, tá me ouvindo? Você nem prestou atenção no que eu falei,
não é?
— Será que é por que eu estava dormindo e você me atrapalhou?
Ainda bem que ela apareceu me tirando desse pesadelo, ainda
posso sentir o medo na minha espinha!
Talvez seja porque eu nunca fiquei sozinha na vida, ou porque estou
com medo do que me aguarda.
— Ok, levanta, eles já chegaram!
— Eles quem??? — pergunto temendo que ele esteja aqui.
— Ei! Calma, é o pessoal do salão, você tem que estar ainda mais
linda hoje!
— Ele não vai vir aqui te buscar, relaxa, você só vai com ele no dia
do casamento, que aliás, será na casa dele.
O pessoal do salão entra no quarto depois que eu saio do banho,
eles fazem de tudo comigo, coisa que eu nem imaginei, depilação a
cera e depois a lazer para queimar até a raiz dos pelos, isso no meu
corpo todo é muito doloroso mas a sensação depois é maravilhosa;
massagem, limpeza de pele e depois passaram um óleo de flores
natural que deixou toda minha pele muito bonita e cheirosa
Fiz as unhas, sobrancelha, o cabelo e uma maquiagem lindíssima,
me senti tão bem assim, é ótima a sensação que fica depois de
todos esses cuidados!
— Ane — Marie me tira dos meus pensamentos de paz e
relaxamento.
— Ela é uma estilista — uma mulher na casa dos 50 entra no quarto
— E trouxe vários modelos de vestidos pra você experimentar, eu já
escolhi o meu! — Marie diz, me mostrando um vestido rosa
envelhecido, longo, que é a coisa mais linda!
— Lindo, vai ficar perfeito em você! — Digo sorrindo
A mulher me traz dezenas de vestidos, um mais lindo que o outro,
de todas as cores possíveis existentes e todos os modelos. Tem
curtos, longos com fenda, sem fenda, com mangas, sem mangas,
com alças, sem alças, estou até tonta com tantas opções de
escolha, mas já tenho em mente o que quero...
Se vou sair viva depois dessa escolha, eu não sei, mas não estou
nem aí, todos vão saber como me sinto em relação a isso. Escolho
o vestido e a mulher me olha com cara de "Tá loca, quer morrer?",
eu dou de ombros e entrego o vestido para ela me ajudar a me
vestir, já que estamos sozinhas no quarto!
— Srta. Cappolo isso vai me prejudicar o Sr Messina vai me matar,
literalmente matar! — Ela me diz, com um olhar aterrorizado...
— Olha, diz que foi minha escolha e que quando eu quero algo,
ninguém pode me impedir!
Sim, sou louca! Mas não estou nem aí, eu vou usar o que eu quero,
afinal não sei quando vou ter o oportunidade de escolher alguma
coisa na minha vida novamente, e quero que ele saiba o que eu
sinto em relação a ele!
Ela me ajuda a me vestir, e depois sai, me dizendo um boa sorte,
continuo em frente ao espelho me olhando, quando minha mãe
entra no quarto, me viro e vejo em seu rosto uma expressão de
medo, com terror, nunca a vi assim!
— Antonella Cappolo!!! Você tá louca, quer morrer??
— Eu vou morrer de qualquer jeito assim que me casar com ele, na
verdade já estou morrendo agora mesmo… Estou morrendo aos
poucos, desde que cheguei aqui!
Ela vem até mim, pegando nas minhas mãos...
— Filha isso não vai ser bom, ele vai ficar puto ao ver você assim,
não provoque a ira dele filha, você não vai gostar do que vai ver! —
Sinto o medo voltar.
Ela disse a mesma coisa que meu tio, em relação a provocar
Matteo.
— Mãe, você me disse pra mostrar para eles o meu lado forte, não
disse? Então, provavelmente esse será o último dia da minha vida
em que eu tenho opção de escolha, e que posso expressar o que
sinto, então não vou perder essa oportunidade !
Ela me olha com pesar, entendendo que ninguém vai me fazer
mudar de ideia, porque quando eu quero algo, ninguém tira da
minha cabeça! Sou teimosa e sei disso, eu vou até o fim quando
quero alguma coisa, sou do tipo que paga pra ver e se der errado,
fazer o quê, faz parte!

Entro no meu escritório, sento na minha mesa pensando no que me


espera essa noite...
Tem uma grande probabilidade de eu ter tomado no cú grandão!
Escolhi uma criança para me casar e não sei como ela é
atualmente, porque até o dia de hoje eu não me interessava por
isso, mas algo me diz que é feia que dói... Porque eu não tenho
sorte, nunca tive, e agora não vai ser diferente!
Não posso mudar o fato do casamento ser daqui a 3 dias, está no
contrato que meu pai antes de morrer fez questão de deixar, sem
nenhuma possibilidade de alteração, ele sabia que se não fosse
assim, na primeira oportunidade, eu me livraria desse acordo! O
velho me conhecia muito bem, mas não contava que eu faria o que
fiz só para me livrar de um casamento na época!
Meu pai me pressionou a casar, ele não aceitaria mais um não como
resposta, eu estava no auge da minha vida adulta, com apenas 23
anos, mas ele queria garantir que eu desse continuidade ao legado
dos Messina!
Sou o filho mais velho e meu pai já sabia na época que estava
adoecendo, ele sabia que sem a sua interferência, eu não me
casaria nunca, então me deu uma semana para escolher dentro da
famiglia uma noiva...
Meu sangue subiu, me lembro como se fosse hoje, sabia que eu
não tinha para onde correr, ele era o Capo! Se eu não escolhesse,
ele o faria por mim, me casando com a Vaiola, porque sempre
tivemos uma espécie de caso... Nada demais, ao meu ver, porém
ele tinha esperança que eu a escolhesse, mas é óbvio que não, que
eu não o faria!
Então, pensando em como me livrar disso, escolhi a primeira
criança que veio à minha mente, a filha do Marcus, um dos
membros da máfia. Nunca vi a menina, só sabia da sua existência,
se porque na época meu pai estava investigando o pai dela, e como
eu sempre participei de tudo, veio ela na minha mente, se eu
soubesse na época que o Túlio tinha uma filha ainda mais nova, eu
a teria escolhido, assim teria ganhado ainda mais tempo!
Então disse ao meu pai que eu iria escolher, mas a escolha seria
minha, e a que eu escolhesse ele teria que aceitar, meu
pronunciamento foi perante o Conselho, sabia que se ele desse a
palavra em uma reunião, ele não voltaria atrás e assim foi...
Ele e o Conselho esperaram por uma semana e no dia que eu disse
que seria a filha do Marcus, ele e o Túlio quase caíram da cadeira,
meu pai sabendo o que eu estava fazendo, quase me fulminou com
o olhar, mas teve que aceitar e quanto ao Marcus, era isso e sua
expulsão da máfia, como assim foi, ou ele morria, já que seu destino
estava traçado... Na verdade, eu salvei o filho da puta!
E subestimei meu velho, pensando que com o tempo eu poderia me
livrar disso... Só que não...Ele fez questão de garantir que eu não
pudesse voltar atrás de maneira nenhuma!
— Ei, pensando na sua esquisita!! — Giulliano, meu irmão, diz
entrando no meu escritório.
— Quantas vezes vou ter que dizer pra você parar de invadir minha
sala? E bater, até que eu dê permissão para você entrar??
— Pra quê pedir permissão, se você vai me mandar entrar mesmo?
E adoro ver essa sua cara de quem comeu e não gostou – diz rindo
Meu irmão é a única pessoa no planeta que me diz essas merdas
aliás, ele adora fazer piada de tudo. Ele é 2 anos mais novo que eu
e meu braço direito.. Se confio nele? É claro que não... Ele é um
desmiolado, principalmente quando o assunto é mulher, já perdi as
contas de quantas vezes tive que dar fim em pessoas como se elas
sumissem do mapa, porque o bonitão aí matou sem motivo, mas é
leal a mim, isso não posso negar!
— Respondendo à sua pergunta, sim, estou pensando na minha
desgraça!- digo pensativo.
— Bom, você conseguiu 8 anos de pura libertinagem, sem ninguém
pra te impedir ou te encher o saco, chegou a hora de enfrentar meu
caro. Afinal, não se pode ganhar todas não é? — Diz, se sentando
na poltrona da minha sala, jogando o corpo para trás, e colocando
as mãos atrás da nuca, me encarando com um sorrisinho no rosto.
Me levanto indo em direção à porta, pois já passou da hora de
chegar na apresentação.
— Eu posso até me casar, mas ela não vai me impedir de fazer
nada, minha vida vai continuar a mesma! — digo firme.
— Ela pode até não te impedir, mas encher seu saco ela vai, isso
pode ter certeza!
Odeio admitir, mas ele tem razão, sei que não vai ser fácil estar
casado, mas se a intenção dela for me irritar vai pagar caro. Ah se
vai...
E assim saímos de casa, indo em direção a casa do Cappolo, será
lá a apresentação, e todos os membros da famiglia estarão lá, para
conhecer a esposa do capo.
Não sei onde vou enfiar minha cara se essa menina for uma
esquisita,como meu irmão sempre fala, ele diz que se lembra dela
quando criança e era bem esquisitinha, eu não me lembro, desde
muito novo já estava me preparando para ser o Capo.
Talvez enquanto ele tinha tempo para observar crianças, eu estava
torturando alguém com os homens do meu pai, não que eu me
importei com isso, sempre gostei, talvez eu seja o il demone di tutti i
capotasti ( o demônio de todos os Capos) como dizem por aí, por
que eu, diferente de todos, desde pequeno fiz tudo com muito
prazer, meu velho fez um ótimo trabalho comigo!!
Meu irmão também foi treinado pelo meu pai, mas não por
obrigação, o filho da puta também sempre gostou dessa vida.
Saio dos meus pensamentos, lembrando para onde estou indo
agora e me perguntando por que nunca abri os relatórios sobre essa
garota, se eu o tivesse feito, agora não estaria indo para o
desconhecido!
Eu sempre recebi mensalmente um relatório de tudo que essa
menina fazia, mas nunca nem abri, porque não me interessava .. E
se tem algo que me deixa puto, é não saber o que me espera!

Chego na casa do Cappolo, e todos me olham com olhar de


admiração e respeito, não aceito menos que isso, eles sabem muito
bem disso!
Vou direto para uma mesinha alta com algumas banquetas que vejo
vazia, preciso me sentar pra não cair quando ver a ninfetinha que
vou ter que levar para o altar.
Olho à minha volta e não vejo nada de diferente de todas as festas
da famiglia! Logo alguns membros vêm até mim me cumprimentar, e
falar de coisas que até seriam interessantes, se eu não tivesse tão
curioso. Mas eles logo saem, ficando apenas eu e Giulliano, acho
que perceberam que não estou afim de conversar e sabem que não
é nada bom me deixar irritado.
Logo meus olhos vão até à única mulher que chama a minha
atenção, ela está de costas para mim, seu corpo é escultural,
provavelmente malha, sua pele é branca mas não pálida e sim
iluminada.
Está com um vestido preto longo bem justo que deixa toda a
extensão das costas à mostra, até bem embaixo, quase chegando
na bunda...
E que bunda!
Deixando evidente dois furinhos no começo da sua coluna. Toda a
lateral do seu tronco também está à mostra, deixando totalmente à
vista, a lateral dos seus seios. Seu vestido tem uma fenda na perna
direita que vai da sua coxa até os pés, que estão em uma sandália
toda cravejada com algum tipo de pedraria, seus cabelos são
escuros e não são muito cumpridos, dando uma visão espetacular
da sua pele à mostra, tem um bracelete no braço esquerdo, também
de pedrarias.
É maravilhosa apenas de costas… Sinto meu pau criar vida dentro
da calça, só de olhar!
Porra, estou babando!!!
— Filho.da.puta.sortudo.do.Caralho!!! — Giulliano diz
pausadamente, pegando no meu braço, mas não desvio meu olhar
da mulher...
Demora um pouco para eu entender que essa mulher é ela... Porra,
é ela!!!
Caralho, não estou acreditando! Mas, peraí!!
A filha da puta veio de preto! Então tudo isso aí é meu??!!
Mas todo mundo tá vendo, porque está quase pelada!!
Menina do caralho!
— Porra Matteo, além de linda, ela quer te desafiar no primeiro dia!
Toda de preto, no dia da apresentação! — diz com empolgação na
voz, sua cara já não sei, não consigo tirar os olhos dela!
Continuo olhando, não consigo mais parar, estou ansioso para ver
seu rosto, vai que tem algo aí, de costas ela é linda demais, porém
eu já disse que não tenho sorte, deve ter algo de errado, só pode!
Mas a gostosa não vira, com certeza a prima disse que estou aqui
atrás...Bom,só tem uma coisa a se fazer para matar minha
curiosidade... Ir até ela!
— Preciso ver se é tudo isso mesmo! — digo indo na sua direção
Dou alguns passos quando sou puxado pelo braço, me viro e vejo a
Vaiola com um sorriso no rosto.
— Oi Matteo, não vai falar comigo hoje?
— Agora não, Vaiola!! — digo soltando meu braço da sua mão
continuando meu trajeto.
Paro atrás dela,e inalo seu cheiro, um aroma de flores que quase
me deixa embriagado, as duas moças que conversam com ela saem
assim que eu levo meus olhos sobre elas, nos deixando sozinhos.
Ela se vira bem devagar, ficando de frente para mim.
Levo meus olhos aos seus com cor de mel esverdeado, seu rosto é
perfeito, tem um olhar intenso de uma mulher, mas ao mesmo
tempo de menina, por incrível que pareça, minha presença não a
intimidou e isso me intriga, porque nunca aconteceu antes!
Seus lábios são carnudos e formam um belo desenho, parece até
que foi desenhado no seu rosto, está com um colar grosso também
de pedrarias, que chama atenção para seus seios, que não são
grandes, na verdade tenho certeza que é do tamanho exato da
palma da minha mão; eles estão cobertos pelo tecido do vestido,
mas como ela está sem sutiã já que a lateral está à mostra e nesse
exato momento seus bicos ganharam vida, eu posso vê-los.
Porra, ela é ainda mais linda de perto... Será que ela fala ou tem
algum outro tipo de problema?
Seus lábios perfeitos formam um sorriso de deboche...Porra, tinha
que estragar me fazendo lembrar que ela está me desafiando!

Antonella

Assim que minha prima sai puxado a moça que estávamos


conversando, eu tento criar coragem para encarar meu algoz pela
primeira vez.

Sinto seu olhar queimar minha pele, antes mesmo de me virar...


Me viro lentamente esperando encontrar um homem horroroso,
nojento, asqueroso, mal vestido e tudo que sempre imaginei que ele
seria.
Mas para minha surpresa, ele é o oposto de tudo isso… Caramba,
que homem!!! Ele me encara como se estivesse analisando cada
detalhe do meu rosto.
Enquanto isso, um cheiro maravilhoso me invade, uma mistura de
perfume masculino de primeira qualidade, com espuma de barbear...
Saio do meu transe quando vejo um sorriso de predador se
formando em seu rosto, aí me lembro o porquê estou aqui e do meu
plano de deixar bem claro que estou de luto!!!
Dou um sorriso de sarcasmo para ele, não deixando ele perceber
meu nervosismo.
— Antonella! — Diz com uma voz grave e forte quase dou um pulo
do lugar ao ouvir a pronúncia do meu nome nessa voz.
Engulo em seco, não deixando a máscara de mulher forte e
determinada, cair!
— Matteo!
Agora olhando melhor, só sei dizer que é lindo, o desgraçado!
Agora estou aqui parado olhando para ela, tentando decifrar essa
garota que não demonstra ter medo de mim, muito pelo contrário,
teve a audácia de aparecer na apresentação de preto, deixando
claro que está de luto!
Filha da mãe...
Ainda não satisfeita, está rindo da minha cara, com esse sorrisinho
de quem conseguiu o que queria.
— A sua sorte é que ainda não estamos casados, porque senão, eu
te levaria lá pra cima, e arrancaria esse sorrisinho desse seu
rostinho lindo! — digo com muita calma, mas ao mesmo tempo com
firmeza, para ela saber que falo sério...
Vejo seu sorriso desaparecer, dando lugar a uma cara fechada, me
parece que entendeu o recado! Continuo...
— Mas, felizmente para mim e infelizmente para você, sou alguém
que sabe esperar!
Sinto uma sensação boa, imaginado o que vou fazer com ela, muito
em breve...
— Está me ameaçando na primeira vez que me vê? Que
audaciosa!! Nunca antes alguém teve a coragem de me questionar...
— Isso não é uma ameaça, é uma promessa! — digo baixinho, bem
perto do seu ouvido, sentindo ainda mais seu cheiro embriagante.
Me viro e saio da sua presença, antes que eu perca o pouco do
autocontrole que me resta e acabe levando-a daqui, agora mesmo.
Volto para minha mesinha, e meu irmão está com um sorriso de
orelha a orelha.
— Porra Matteo, achei que ela ia ficar ainda mais esquisita, mas a
menina se tornou a Deusa das fadas!
— Que merda cê tá falando, Giulliano??
— Ela tem cara de fada, com aqueles olhos, e um corpão da porra!
— E desde quando você anda vendo fadas?
— Em...
— Não interessa -o corto
— E para de babar nela, que tá dando na cara.
Realmente ela parece uma deusa, e sei que essa daí vai me dar
trabalho, vejo os olhares para ela, eles tentam disfarçar mas eu sou
muito esperto, vejo até o que eu não quero, imagina algo do meu
interesse...
Fiquei ali mais algum tempo, até todos irem embora, é claro, queria
me certificar de que ninguém se aproximasse, e todos sabiam disso
e assim o fizeram, quando deu minha hora, saí e fui para minha
casa.
Minha curiosidade estava me matando, fui direto para o escritório
pegar os relatórios sobre Antonella, que até ontem nunca tive
interesse, mas depois de conhecê-la, quero saber tudo sobre ela!
Espalho tudo sobre minha mesa, e começo a olhar folha por folha,
procurando coisas mais importantes.
Depois de algumas horas vejo alguém entrando na minha sala...
— Vaiola, o que faz aqui ??
Ela me dá um sorriso safado, e se aproxima...
— Vim matar a saudade! — responde, sentando na minha mesa de
frente para mim, abrindo as pernas e me dando uma visão da sua
buceta, pois está sem calcinha...
Bom, estou precisando aliviar a tensão, tirar essa menina da minha
cabeça, então, porquê não?
Levanto abrindo minha calça, tirando meu membro para fora, vou
me masturbando para ele crescer, enquanto ela ataca minha boca...
Mas aí vem a imagem de Antonella na minha cabeça, abro os olhos
e a vejo.
Uma onda de desejo percorre meu corpo, fazendo meu pau ganhar
vida própria, entro nela sem dó, me enterro fundo, querendo mais,
aumento a velocidade enquanto me perco em seus lábios
esculpidos à mão, seu corpo pequeno, bem aqui na minha frente,
sinto o prazer tomando conta de mim.
Abro os olhos e vejo que é a Vaiola que está aqui, e não Antonella;
tiro meu pau, antes que eu faça merda, e goze dentro dela, aliás
nunca gozei tão rápido como agora, me assusto com o que acabou
de acontecer, eu não só transei pensando nela, como tinha certeza
que era ela aqui comigo!
Mas que porra tá acontecendo com a minha cabeça??
— Uau! O que foi isso gostosão — Vaiola diz, ainda na mesma
posição.
— Eu estou ocupado! Agora vai embora, e não entra mais assim no
meu escritório, eu não te dei essa intimidade!
— Não temos intimidade? Então o que acabou de acontecer aqui?
— pergunta com um sorrisinho de safada.
— Sexo, só isso! Coisa que faço com qualquer puta e isso não as
torna íntimas!
— Nossa, calma gostosão! — diz fazendo cara de dó.
— Estou calmo, agora sai! — digo já sem paciência, não gosto que
entrem sem bater.
— E se entrar no meu escritório assim... — ela me corta
— Eu só entrei sem bater, porque já é de madrugada e sabia que
estava sozinho! — diz se explicando
— Não me interessa, apenas saia!
Ela se levanta se arrumado, e olha para os papéis na mesa,
percebendo o que estou fazendo, me olha com uma cara estranha...
— Mat....
Eu a corto antes mesmo de começar.
— Já mandei você sair, não me faça te arrastar daqui para fora!
Ela se vira e sai da minha sala, não estou com cabeça para nada
além de informações sobre a Antonella, preciso saber mais sobre
ela, pois quero saber onde estou pisando!
Como em tudo na minha vida, eu nunca dou ponto sem nó, sempre
procuro saber com quem estou lidando, pesquiso tudo sobre a
pessoa para ter total domínio da situação.
E com ela não vai ser diferente!
Os acontecimentos dessa noite não saem da minha cabeça
Conheci o meu tão temido esposo, e quase tive uma parada
cardíaca de medo. O cara é simplesmente lindo e amedrontador,
mas é claro que não deixei ele perceber
Ele é alto, seu tronco é grande provavelmente musculoso, já que
não sei por que estava de terno que aliás de um corte perfeito,
acredito que foi feito especificamente para ele, à parte de cima cor
de vinho o tecido de veludo, seus olhos parecem um mar de aguas
claras tão intenso que quase vi ondas
A barba muito bem feita e um cheiro tão único, que eu reconheceria
em qualquer lugar. Bom foi só o que eu consegui ver, já que ele logo
me ameaçou, me fazendo sair do transe em que eu estava, e
voltando a minha realidade que ele é um demônio!
É claro que o filho da mãe seria lindo se ele é o diabo, não sei onde
eu estava com a cabeça quando imaginava ele todo horroroso
Ele deixou bem claro que eu vou de alguma forma, pagar pela
minha escolha de ir de preto na apresentação, que para mim, que
fui criada fora da máfia,é um noivado, e ele sabe muito bem disso!
Só de pensar já me dá arrepios o que será que ele vai fazer
comigo? Disse que se nós já estivéssemos casados, resolveria
naquele mesmo momento...
Dei graças a Deus que ainda não estamos casados, quando ele
falou aquelas palavras, com aquela voz grossa de homem no meu
ouvido, quase morri. Um arrepio subiu dos meus pés até a minha
cabeça quando ele saiu, fui até o toalete ver se meus cabelos ainda
estavam no lugar, pois tinha certeza que não.
Depois correu tudo bem na medida do possível, pois eu sentia seu
olhar me fitando; Todos me cumprimentaram normalmente
principalmente as mulheres, já os homens, nem se aproximavam,
mal me olhavam nos olhos, e eu sei bem o porquê.
A única que não falou comigo foi a Vaiola, uma ruiva até que bonita,
a Marie me mostrou quem era; Estava com um vestido bem justo e
longo vermelho com uma fenda na coxa, o que não caiu muito bem,
já que não tem um corpo bonito, é bem magra e esse tipo de vestido
não combina muito
Seu cabelo estava todo de lado, ela passou por mim com um ar de
superioridade, deixando seu forte perfume para trás; Bom eu nem
estava afim de mais falsidade, então tá ótimo, já me bastava as
outras mulheres com uma simpatia forçada.
Logo depois de falar com todos eu subi,precisava relaxar, porque o
tempo todo me mostrei forte e elegante, mas por dentro suas
palavras não saem da minha cabeça (eu não faço ameaças, faço
promessas) meu Deus esse cara é louco!!
Tiro a roupa que me arrependi de ter colocado, pensei que ele só
ficaria puto, não que iria se vingar de mim, ele deve ser doente só
pode. Entro na banheira com uma água bem quentinha, e vou me
ensaboando bem devagar, enquanto penso e repenso em tudo de
novo e de novo. Minha mente não para

(...)

Acordo com o sol entrando pela porta da sacada. Vou despertando


aos poucos, ainda estou com muita preguiça já que a noite ontem foi
tensa.Depois do banho de mais de uma hora, deitei na cama e rolei
de um lado para o outro, até o sono vir e enquanto dormia, tinha
flashes dos acontecimentos da noite e acordava assustada e depois
voltava a dormir novamente, isso aconteceu bem umas três vezes,
então hoje estou um caco.

— Dorminhoca!! — Marie diz entrando no quarto — Já passa das


10h da praticamente seu último dia aproveitar ! — diz animada,
abrindo ainda mais a cortina e a porta da sacada, fazendo entrar um
vento gostoso no quarto
Realmente hoje é meu último dia livre, a partir de amanhã, eu nunca
mais vou me ver livre daquele homem, o causador dos meus
arrepios mais profundos
manhã, e hoje é de solteira, vamos
— Vai Ane levanta se troca que vamos sair! — diz indo em direção
ao closet, procurando uma roupa para mim
— Aonde vamos?
— Vamos ao shopping fazer compras, e depois almoçar na cidade,
quero te levar para dar uma volta, para relembrar os velhos tempos.
Uma sensação boa me invade, nós andávamos muito por aí,
quando éramos crianças, mesmo sendo novinhas, nós éramos
muito espertas e burlávamos os seguranças e passeávamos como
se não houvesse o amanhã.
Levanto já mais animada, faço minha higiene matinal, coloco uma
roupa bem levinha que ela escolheu para mim, tomo café e saímos
de casa.
Já no shopping, ela me fez comprar dezenas de lingeries
extremamente sexys, dizendo que se está na chuva é para se
molhar, palavras da própria, eu comprei mas é óbvio que não vou
usar, pois minha intenção não é facilitar para meu algoz
Depois fomos almoçar na cidade; Sicília é linda, aconchegante eu
adorei relembrar minha infância; Depois do almoço fomos a um
bosque mais afastado, estamos no outono e essa época do ano,
tudo fica mais lindo, com muitas folhas, o amarelo reina
Costumávamos vir muito aqui, tem um lago lindo de águas tão
limpas que dá para ver até o próprio reflexo. Uma sensação de paz
me invade quando deitamos na grama e admiramos o céu,
exatamente como fazíamos quando éramos criança, só não está
perfeito por que tem mais de 10 seguranças por perto é claro,
mesmo assim ficamos ali por horas e horas jogando conversa fora
Passei a manhã inteira dormindo, pois fui para o quarto já era 6h da
manhã, mas tive sucesso com minha busca já que sei o suficiente
sobre a Antonella, ou Ane como todos a chamam
Desço indo em direção a sala de jantar, já está na hora do almoço
— Ei cadê meu irmão?? — O Giulliano diz com sarcasmo, já que
nunca dormi até tão tarde
— Cala a boca! — digo enquanto me sento
— Foi a sua noiva que tirou seu sono? Ou foi a Vaiola que acabou
de ir embora?
— Que porra ela fazia aqui?
— Me diz você, que é o namorado dela! — diz enquanto come
normalmente
Você sabe muito bem que não namoro e não tenho nada além de
sexo com ela!
— É eu sei, mas ela não! Sei aonde ele quer chegar!
— Problema é dela então!
Não perco meu tempo pensando nisso! Enquanto almoçamos, nós
conversamos sobre alguns assuntos relacionado à organização,
sempre o deixo a par das coisas, já que na minha ausência ele que
me representa.
Meu celular toca,chamando minha atenção.
Vejo que tem muitas chamadas perdidas do meu homem de
confiança, que foi quem eu deixei responsável pela segurança da
Antonella, desde ontem, é claro!
Atendo e ele me atualiza de tudo que ela fez hoje, nada demais,
porém, não gosto nada do fato de ter esses homens olhando o que
é meu!
— Giulliano hoje você vai buscar a Antonella!
— Mas já não era só amanhã?
— Mudei de ideia! Ela vai vir ainda hoje! — digo firme
— Tudo bem então! Quero-a aqui o quanto antes...
— E falando nisso, você já resolveu com a estilista? — Pergunto
— É claro, já está feito!
Ele não abre mão de participar, quando o assunto é acertar as
contas.
— Ela tinha uma mensagem para você!
— Como assim? — pergunto curioso
— Antes de morrer ela disse que sua noivinha mandou te falar que...
Humm
— Quando ela quer uma coisa ninguém consegue impedir — Diz
rindo
Era só o que me faltava! Essa menina em um dia, já me desafiou
mais que qualquer um!
E o que você fez?
Poupei a mulher,é claro, dei só um tiro bem no meio da testa, não
sofreu nem um pouco! – diz calmo enquanto come
Antonella, Antonella você não sabe com quem está brincando!
Bom sei que a ideia do vestido preto não foi da mulher, mas o erro
dela foi ter levado o tal vestido, além da cor,ela estava quase
pelada, então ela deu essa opção para Antonella, e pagou caro por
isso.
Depois do almoço, mando meu soldado o mesmo homem
responsável pela segurança da Antonella, avisar o Túlio da minha
decisão de antecipar a vinda dela para minha casa, ele não aceitou
é claro, mas eu não pedi permissão, apenas mandei avisá-lo.
Ele sabe que não tem escolha, quero ela aqui debaixo dos meus
olhos o quanto antes, quero ter a visão daquele corpo lindo
novamente,andando pra lá e pra cá ,aqui, dentro do meu humilde lar
Dou continuidade ao meu trabalho que não para, ser o capo não é
moleza, eu não fico apenas dando ordens atrás da minha mesa,
tudo sai da minha cabeça, desde que me tornei o capo, esses
inúteis do Conselho apenas executam minhas ordens
Eu não confio neles, não que algum teria coragem de me trair, eles
não ousariam, sabem que eu mataria cada membro de sua família,
cada mulher, criança e parente vivo, eu não abro mão de estar a
frente de tudo, e em todos os sentidos, porque sou mais inteligente
e esperto que todos eles juntos
E assim nem vi a hora passar.
Quando ela chegar não vou estar aqui, tenho que ir até uma das
minhas boates, pois chegou um novo grupo de meninas
Sempre que elas chegam, antes de começarem a trabalhar eu as
conheço e as vezes quando alguma chama minha atenção, eu deixo
ela um tempo separada, só para mim, depois que me canso ou
quando chega,outra eu as libero. Não costumo transar com as putas
que estão disponíveis para meus clientes, mas eu e meu irmão,
estamos quase todas as noites nas boates...
Depois daquela tarde maravilhosa que passei com Marie, voltamos
para sua casa. Assim que chego vejo minha mãe no sofá com
algumas revistas na mesinha a sua frente, e na companhia de uma
mulher muito elegante; Assim que percebem nossa presença elas
me olham com um sorriso
— Filha! — minha mãe diz toda empolgada
Essa é a Olga, ela trouxe os vestidos para você escolher
A mulher se levanta me estendendo a mão
— Olá srta. é um prazer te conhecer! — diz com um sorriso no rosto
e eu a cumprimento
Me sento vendo a empolgação estampada na cara da minha mãe,
até parece que ela é quem vai casar, eu mesmo não estou com a
mínima vontade de escolher nada, por mim tanto faz, caso com
qualquer roupa,não faz diferença.
— Por que a senhora que trouxe os vestidos ontem, não veio? —
Pergunto folheando uma revista
Elas me olham com um ar de pesar, eu não entendendo olho para
Marie que também não entende nada, erguendo os ombros para
mim, com expressão de que também não sabe, nos duas olhamos
para minha mãe que enfim responde
— Ela não pode, mas a Olga é uma ótima profissional também! –—
minha mãe responde tentando mudar de assunto
Mas não sou boba, tenho certeza que o Matteo a demitiu por causa
da escolha do vestido de ontem, ela mesma me disse que ele não
iria gostar
— Como assim não pode mãe? — falo já ficando nervosa, odeio
quando tentam esconder as coisas de mim, e ela sabe disso Ane
isso não importa agora! Você tem que escolher seu vestido
— Foi ele não foi?? Pra que demitir a mulher? quem escolheu o
vestido foi eu! — digo cheia de raiva quem ele pensa que é?
— Ela não foi demitida Antonella — a mulher me responde
— Ela está morta!
Meu queixo cai, acho que fiquei alguns segundos com a boca
aberta, até meu cérebro processar essa informação, quando
finalmente entendo o que ela disse, levo Minha mão a boca
— Então Antonella — Ela continua
— Se você não escolher um vestido e estiver linda nesse
casamento, o meu fim não será diferente! — a mulher diz firme
Ela me encara e continua seus afazeres, como se o que me disse
fosse a coisa mais normal do mundo!
Eu saio da sala, e vou em direção a escada, entro no quarto
fechando a porta atrás de mim, me encosto nela e vou me
agachando até o chão, e abraço minhas pernas.
Não acredito no que eu fiz!.. não acredito que aquela mulher que
estava aqui ontem, me vestindo, me ajudando, fazendo apenas seu
trabalho, morreu! E só porque eu queria provocar aquele homem
Meu Deus... Ele é um monstro!! como alguém em sã consciência
tem coragem de fazer isso?? será que ele não sabia que foi escolha
minha?
Sinto um batida na porta atrás de mim, me levanto enxugando as
lágrimas, abro a porta já me afastando, e minha mãe entra no quarto
— Filha vem aqui! — ela me chama de braços abertos
Eu não penso duas vezes antes de me aconchegar em seus braços,
me sinto segura o suficiente para desabar
Acho que chorei tanto, que não tenho nem lágrimas mais no meu
corpo; chorei não só por culpa, mas também por tudo, pelo meu
destino, por medo de não saber o que me aguarda, por saber que
ele é completamente louco, por esse sentimento ruim que se
instalou dentro de mim, por saber que a partir de amanhã meu
pesadelo se torna realidade, que não vou ter mais minha mãe
comigo e nem ninguém, será só eu por mim mesma.
Por mais que demonstre ser forte, na verdade não sou; Por dentro
sou uma medrosa, que não sabe nada da vida, que não viveu nada,
uma romântica que passava noites em claro lendo e relendo
romances, não que eu pensei que um dia encontraria um príncipe
encantado.
Desde que deixei de ser uma criança, eu já sabia que meu destino
seria esse, mas aqui e agora, tão perto dele, vejo o quão cruel ele
pode ser!
Quando ela percebe que eu parei de chorar, ela me olha nos olhos
me falando muitas coisas sem nem precisar usar palavras, enxuga
meu rosto com as mãos fazendo carinho na minha bochecha
— Ane, senta aqui!
Nós sentamos na cama, uma de frente para outra, ela pega as
minhas mãos e diz:
— Filha é o seguinte...A partir de amanhã, você vai estar casada
com ele. você tem que entender que ele é assim; você já chorou o
muito, agora chega! isso não vai te ajudar, não estou pedindo para
você ficar feliz, acredite eu sei que não vai adiantar; Mas você tem
que ser forte, se não essa situação vai te consumir, e você não pode
permitir isso. Eu te amo vou estar sempre aqui — diz tocando no
meu coração
— Você sabe que depois do casamento eu volto para Nova York,
mas caso você precise de mim, eu entro no primeiro voo e volto
correndo!
Como eu a amo ! Sempre sabe me acalmar...
— Agora levanta!! Vamos voltar pra lá, e escolher um vestido!
Ela me puxa para fora do quarto, tento disfarçar minha atual
situação, mas suas palavras já me acalmaram um pouco. Já na sala
tudo está normal, eu estou começando a entender que para todos,
essas coisas são normais.
Essas mulheres convivem com a mafia, minha prima, essa Olga,
minha mãe conviveu um dia, para elas essas coisas são normais,
pelo visto
Fiquei ali vendo vinha mãe escolher tudo, deixo ela tomar todas as
decisões, melhor assim
Da última vez que eu decidi alguma coisa, uma mulher inocente
morreu por minha causa, então para alegria da Olga, eu não me
oponho a nada, fico só vendo ela e minha mãe falando e falando
sem parar e decidindo tudo.

Enquanto elas falam sem parar com a ajuda da Marie, que aliás está
radiante; Estou aqui jogada no sofá
— Ane! — meu tio me chama.
Todas nós, olhamos para ele ao mesmo tempo; E sua cara não é
nada boa.
— Pode vir no meu escritório por favor !
Me levanto e o sigo, entro e ele fecha a porta, me sento no sofá de
veludo vermelho que tem aqui, e ele senta ao meu lado.
— Ane, você vai ir ainda hoje para a casa do Matteo!
Aí Jesus amado!!!
— Mas por que? Você tinha me dito que seria só depois do
casamento! — Digo com voz exasperada
Porque é assim que me sinto... Irritada. Por que ele está adiantando
as coisas ?? Já não estão rápidas o bastante? Três dias já não
basta?
— Você vai se mudar ainda hoje! já mandei arrumarem suas malas,
e a Marie vai ajudar!
Ele diz e continua...
— Depois do jantar o Giulliano vem te buscar; Você só vai dormir lá,
mais nada, tudo vai ocorrer normalmente, como o combinado.
Amanhã sua mãe e a Marie vão para lá te ajudar a se arrumar para
o casamento!
Como assim só dormir lá, ele fala como se fosse normal
Me levanto decidida e o encaro
— Eu não vou!! — Digo me alterando
— Você me disse que o acordo era três dias, então eu não vou! —
Ele me olha sem mudar sua expressão.
— Ane, você ainda não entendeu?
Me viro para ele com os braços cruzados em cima do peito
— O Matteo não pede, Ane, ele manda!
— Se ele quer você lá hoje... — diz e faz uma pausa me encarando
e continua
— Você vai estar lá hoje! — Diz firme
Ele se levanta indo em direção a uma mesinha que tem algumas
garrafas de whisky, pega dois copos e coloca um pouco da bebida
em cada um, volta e me entrega um dos copos
Eu não penso duas vezes e viro todo o líquido, que desce
queimando minha garganta, não sou de beber, mas nesse
momento, não penso duas vezes!
— Se ele mandou o irmão vir te buscar, ele vai te levar nem que
seja nas costas à força!
— Puta merda! — Não tem para aonde correr!

(...)

Saio do escritório meio zonza, não sei se é pela notícia ou pelo


whisky. Era pouco, mas para quem não nunca bebeu esse tipo de
bebida alcoólica, é o suficiente!
Não acredito que vou ainda hoje!

Subo para o quarto e encontro a Marie, e mais duas empregadas


arrumando minhas malas
Ela vem até mim com um olhar de dó, mas eu já cansei desses
olhares
— Não,Marie, eu estou bem! — Digo indo em direção ao banheiro,
preciso de um banho, é muita informação para processar
Tomo um banho bem demorado, isso sempre me acalmou. Dessa
vez não chorei, acho que nem lágrimas tenho mais! Lavei meus
cabelos, ensaboei todo meu corpo bem devagar, e depois do banho,
apenas penteio meus cabelos, os deixando secarem naturalmente;
Passei meu hidratante com aroma de flores em todo meu corpo
Saio do banho, coloco uma roupa leve e desço para o jantar
Minha mãe estava com uma cara horrível para meu tio,
provavelmente por causa da minha ida antecipada para a casa do
Matteo. Sento e jantamos em silêncio, até que Marie o quebra,
fazendo perguntas para minha mãe sobre sua viajem de volta, e
sinto muito em saber que ela vai voltar para nossa casa, e eu vou
ficar aqui, mas sei que ela não pode abandonar a vida que construiu
lá por mim, e nem quero.
A empregada aparece,chamando a atenção do meu tio, que
entende acenando com a cabeça e ela se retira. Na verdade já
tínhamos terminado, mas a conversa ficou boa, e estávamos
desfrutando da companhia uns dos outros...
— Ane, o Giulliano chegou! — meu tio diz se levantando e indo em
direção a sala de estar
Eu me levanto indo em direção ao quarto, vou ao banheiro escovo
meus dentes, pego minha bolsa que contém coisas mais
importantes como documentos, celular, carregador e mais algumas
coisa de mulher
Olho ao redor vendo que minhas malas já não estão mais aqui,
devem ter sido levadas enquanto nós jantávamos. Fecho a porta e
saio
Chego na sala e o Giulliano me recebe com sorriso enorme, eu não
tinha reparado, mas ele é muito bonito,assim como o irmão.
— Minha cunhadinha preferida, vim te buscar pessoalmente! — Diz
ainda sorrindo
Dou um sorriso amarelo para ele, e me despeço da minha família,
mesmo sabendo que amanhã cedo eles vão estar lá comigo, me
despeço como se nunca mais fosse vê-los novamente
Fomos o caminho inteiro calados, eu estava com a cabeça em outro
lugar, se ele falou comigo eu não ouvi, meus pensamentos estão
longe
Mas quando começamos a nos aproximar da propriedade, deixo
meu queixo cair, a casa é magnífica! enorme! Mais lindo ainda é
todo esse jardim, muito bem cuidado que
cerca a sua estrutura. A casa fica bem afastada da cidade, em volta
tem muitas árvores até o cheiro aqui e diferente, o ar é mais puro
— É linda,não é? — Giulliano me diz percebendo meu espanto.
— Quantas pessoas moram com vocês? — Pergunto
— Na casa grande até ontem, era só eu e o Matteo. Os funcionários
moram em uma casa atrás da mansão! — responde como se fosse
algo normal
Fico perplexa com o tamanho, e quanto mais nos aproximamos da
entrada principal, vejo o quanto é tudo ainda mais lindo e bem
cuidado!
Quando chego na sala principal, ainda estou impressionada com
tamanha beleza do lugar
Meu medo volta com tudo,quando entro na casa; sinto olhos em
mim, mesmo ele não estando aqui, pelo menos não na sala e dou
graças a Deus por isso. Eu jurava que ele estaria aqui para me
receber, mas tem apenas uma senhora, com um belo sorriso me
esperando
— Antonella,essa é a Diana, ela é a governanta, qualquer coisa que
precisar, é só pedir a ela,tá bom? — diz o Giulliano e aceno com a
cabeça.
Ele parece ser legal, e pelo que percebi, está sempre com um
sorriso no rosto, se a Marie não me contasse aquelas coisas, eu iria
jurar que ele é diferente do seu irmão.
— Bom, agora vou deixar você com a Diana,tudo bem? — diz e eu
concordo.
— Então, até amanhã, boa noite! — diz e sai nos deixando
sozinhas,ela vem em minha direção ainda sorrindo...
— É um prazer te conhecer,Antonella!
Me parece muito simpática.
— Por favor,me chame de Ane! — digo com uma voz meiga e
retribuindo o sorriso.
— Tudo bem, Ane, vamos, vou te mostrar seu quarto!
Eu sigo com ela em direção a escadaria enorme, passamos por um
longo corredor com várias portas, acredito que sejam quartos. Ela
entra em uma das portas e vou atrás, vejo um quarto enorme, que
parece mais um apartamento, de tão grande, a cama deve caber
umas seis pessoas,tranquilamente!
Ela me mostra cada detalhe. O banheiro também é extremamente
grande e luxuoso, o closet é outro cômodo acoplado, com muito
espaço; vejo que minhas coisas já estão devidamente arrumadas ao
lado direito, e ao lado esquerdo roupas masculinas.
Um calafrio sobe por minha espinha, só de pensar nele e lembrar
que esse quarto não é só meu, acho que não disfarcei, pois ela
percebeu meu nervosismo.
— Querida, eu imagino que esteja com medo, mas fique calma, ele
não é tão ruim assim! — É a primeira pessoa que me diz algo que
não seja ruim em relação a ele.
— Eu discordo! — Digo sentada na cama, enquanto tiro meus
sapatos...
— De qualquer forma ele não vai dormir aqui hoje, então pode ficar
mais à vontade! — Ela diz sorrindo. Uffa!
Saiu um peso das minhas costas!
— Depois do casamento você vai ser apresentada ao restante dos
funcionários, até lá não se preocupe, eu vou estar por perto.
Qualquer dúvida, caso queira ou precise de alguma coisa, é só me
chamar, tá bom?
Eu agradeço com um sorriso, e assim que ela sai do quarto,eu corro
e tranco a porta, a sensação de estar sendo observada é horrível,
então melhor não me arriscar
Vou até o closet pegar uma roupa para dormir, e a filha da mãe da
Marie jogou todas as minhas roupas íntimas e pijamas fora, ela
disse que faria isso, mas eu não acreditei
Aqui só tem as que compramos, são muitas, de todas as cores, mas
pequenas demais para o meu gosto, todas as camisolas são
transparentes e muito curtas, as calcinhas são minúsculas
Era só o que me faltava!!! Estou fazendo uma nota mental, para não
esquecer de matar a Marie, quando a vir!
Tiro todas as minhas roupas e coloco uma daquelas calcinhas;
nunca usei nada tão pequeno. Vou colocar só para ver como fico.
Eu adoro experimentar roupas e sapatos, então apenas com a
calcinha, me observo no grande espelho que cobre toda a parede
do closet, e gosto do que vejo.
Minhas curvas são bem acentuadas, eu costumava malhar, então
meu corpo é muito bonito, tenho que admitir. Pego também uma das
camisolas e coloco e é a mesma coisa que nada, pois é totalmente
transparente, mas o tecido é tão macio e tão gostoso de usar, que
decido ficar assim.
Saio do closet e vou ao banheiro faço minha higiene; solto meus
cabelos e vou dormir a cama é muito macia e confortável, mas esse
quarto tem um ar de masculinidade gritante, toda a mobília é escura,
mas gostei. Enfim acabo dormindo.
Estou em um lugar estranho, parece uma sala mas está muito
escuro me impedindo de identificar bem a minha volta, um cheiro
muito forte de perfume masculino misturado com charuto. olho ao
redor não tem ninguém mas sinto olhos me fitando, alguém me
observando, sinto como se eu fosse uma presa prestes a ser
atacada, o medo me consome, o arrepio começa nos meus pés e
vai subindo até chegar a minha cabeça, arrepiado todos os pelos do
meu corpo, um frio percorre minha pele, nunca senti tanto medo
assim...
Dou um pulo da cama quando acordo. Percebo que era só um
sonho, na verdade foi o mesmo sonho de antes. Estou suando!
Sento na cama e olho para o relógio no criado mudo e vejo que são
4:15, ainda de madrugada, minha garganta está seca, olho para os
lados procurando um copo ou uma jarra de água, mas não tem.
Decido sair do quarto, e procurar a cozinha, afinal, essas horas
todos já devem estar dormindo
Me levanto, fazendo um coque frouxo no cabelo e vou direto para a
porta do quarto. Destranco bem devagar, para não fazer barulho,e
vou andando pelo corredor escuro por onde eu entrei, vou andando
na ponta dos pés,olhando para trás, com medo que alguém acorde
e me veja...
Mas paro, quando me choco com uma parede de músculos, e quase
caio para trás, mas sinto braços me envolvendo,e com o susto, levei
minhas duas mãos direto no seu peito nu.
Levanto minha cabeça, subo meus olhos e é ele, antes mesmo de
olhar eu já sabia pois seu cheiro me invadiu e eu o reconheceria só
assim, em qualquer lugar
Quando percebo a situação, me afasto mais que depressa, volto
quase que correndo para o quarto, tranco a porta e corro para a
cama, ficando ali até minha respiração se normalizar.
Quando enfim consigo me acalmar,vou até o banheiro, e bebo água
da pia mesmo, coisa que eu não gosto de fazer.
Deito na cama e tento dormir, mas a sensação dos seus braços em
volta do meu corpo, saber que ele me tocou e eu toquei seu peito, a
sensação eletrizante que percorreu meu corpo, todos esses
sentimentos que me causam medo, não me deixam dormir.

Não consigo dormir sabendo que ela está aqui na minha casa,
quase entrei naquele quarto, mas me contive. Eu não quis recebê-
la, preferi ir para uma das minhas boates, precisava me
desestressar, mas por incrível que pareça, nada me satisfaz,
cheguei à conclusão que, enquanto eu não entrar naquela menina,
não vou sossegar!
Chego em casa,tomo um banho e coloco apenas uma calça de
moletom, e vou até meu escritório; bebo dois copos de whisky
enquanto penso na minha vida...
Até ontem de manhã, eu estava de boa, foi só conhecer essa
maldita,que não tenho mais paz, acho que o Giulliano tem razão, vai
ver ela é a deusa das fadas e lançou um feitiço em mim, só pode!
Saio dos meus pensamentos idiotas e decido voltar para o quarto.
Vou andando devagar, mas quando chego no corredor, vejo ela
vindo e paro imediatamente
Ela está olhando para trás e andando na ponta dos pés, está só de
calcinha,PUTA QUE PARIU!!! A camisola é branca, totalmente
transparente, me dando uma boa visão dos seus seios medianos, se
a luz estivesse acesa eu com certeza veria até a auréola.
Ela não percebe minha presença até bater com tudo em mim,quase
caindo; seguro seu pequeno corpo bem junto ao meu, e CARALHO,
estou com o pau duro.
Ela coloca as mãos pequenas no meu peito e levanta o olhar me
encarando e parece que o tempo parou. Estou apertando ainda
mais ela no meu corpo, e essa nem era a minha intenção.
Até que ela percebe que está nos meus braços, e sai correndo, de
volta para o quarto, me dando a visão da sua bunda maravilhosa—
toda de fora, e eu fico ali, com meu pau latejando na calça, de tão
duro que está!
Puta que pariu! Estou aqui, debaixo do chuveiro gelado, ainda com
meu pau duro, mesmo depois de já ter gozado com a minha mão,
me controlando para não invadir aquele quarto e tomar logo o que é
meu!
Mas que merda ela estava fazendo com aquela roupa fora do
quarto?? Será que ela não sabe o que é robe? Ou não tem no
armário?? E se fosse meu irmão??
A fúria vai me consumindo por inteiro

(...)
Depois daquele episódio não dormi mais, voltei para meu escritório
e comecei a trabalhar, acho que era 5h da manhã, não sei bem

Diana até se assustou quando começou seu trabalho, e eu já estava


no escritório
— Ei,caiu da cama, foi?? — Ela me pergunta, entrando, já que a
porta estava aberta.
— Mais ou menos! — Respondo
A Diana trabalha aqui desde a época do meu pai. Na verdade não
lembro dessa casa sem ela, sempre cuidou de todas as nossas
necessidades, e nós temos grande respeito por ela
As horas vão passando que eu nem vejo, só sei disso porque meu
irmão que não levanta antes das 10h entra no escritório, sem bater
é claro!
— Bom dia Matteo! Está animado ?? — pergunta se jogando no
sofá com aquele sorriso que nunca sai da sua cara
— É só mais um dia, Giulliano! — digo sem parar o que estou
fazendo
— Me engana que eu gosto! Matteo eu te conheço como ninguém,
sei que tá louco pela fada!
Será que está tão na cara assim??
— Você está vendo coisas de mais! Devia trabalhar assim como
estou fazendo!
— Hoje é um dia de festa e não vou trabalhar! Vou ficar de olho
nesse monte de mulher gostosa, que está entrando e saindo daqui...
Tem uma equipe gigantesca lá fora,arrumando tudo para o
casamento, e no quarto principal, todas as mulheres junto com ela
se arrumando.
Não é fácil de admitir,mas estou curioso para vê-la vestida de noiva,
e ansioso para tirar o vestido do seu corpo...
Mas é óbvio que nunca vou admitir em voz alta, eu tô Matteo
Messina ansioso para ter uma mulher! Não admito, nem sob tortura,
posso ter a mulher que eu quiser!
— Daria um doce pelo seus pensamentos! — diz em tom de
brincadeira,esqueci que meu irmão ainda está aqui. — Pois fique
com seu doce! — respondo, entrando na brincadeira, a porta é
quase derrubada, chamando nossa atenção...
Vaiola entra com tudo, vindo na minha direção com a Diana atrás
dela, tentando a impedir.
Ela pára, com os braços cruzados no peito,e me encara.
— Matteo eu tentei impedir... — Diana se explicar, mas eu a corto.
— Tudo bem, Diana, pode ir! — digo e ela sai fechando a porta
Eu olho para Vaiola com um olhar muito pior com o que ela está me
olhando
— Que porra você está fazendo? — Falo quase cuspindo fogo, ela
passou dos limites.
— Você vai mesmo casar,Matteo?
Olho bem para a cara dela, não acreditando que ela está me
fazendo essa pergunta, olho para meu irmão,que está segurando o
riso.
— Quem você pensa que é, para invadir minha sala desse jeito ??
Estou com raiva e sem paciência!
— Você não respondeu a minha pergunta!! Vai mesmo se casar ??
— O que você acha?? — Pergunto com sarcasmo
— Mas você é o capo de toda a Cosa Nostra, não vem me dizer que
não tem escolha! Você não é o maior Capo que essa máfia já teve à
toa, se livra desse casamento!!
Ela esta me dando uma ordem ou é impressão minha?
— Eu deveria arrancar a sua língua, assim você nunca mais levanta
a voz para mim!
Falo pensando seriamente nessa possibilidade...
— Você vai se casar com ela!! E nós?? Eu não quero ser sua
amante Matteo, não nasci para isso !!
Ela diz indignada e eu fico mais indignado ainda!
— Vaiola, tenha amor próprio, e para de se rastejar! — meu irmão
diz,mas ela o ignora.
— Primeiro: nós, não existe, nunca existiu! Só na sua cabeça
doente! Sempre foi apenas sexo! Nada.além.disso! — digo
pausadamente vai que assim ela entende melhor!
Seus olhos enchem de lágrimas, o que não me comove nem um
pouco e continuo...
— Se você não quer mais, tudo bem Vaiola, mas não pense que eu
me casaria com você! Já ficou bem claro que isso nunca
aconteceria!- falo firme
— Mas eu sempre estive aqui pra você!
Levo minha mão sobre a testa e respiro fundo, Era só o que me
faltava!
— Por que quis, agora vai embora e é melhor nem aparecer à noite.
— Um dia você ainda vai se arrepender!
— Tá bom, agora vai,antes que eu me arrependa de deixar sua
língua na boca!
— E eu juro que, se você entrar aqui assim mais uma vez, você vai
se arrepender amargamente!
Ela sai tão rápido quanto entrou, e meu irmão que está deitado na
mesma posição, me olha com aquele olhar de, eu te avisei...

— Aquela parte de "se você não quer mais tudo bem" significa que
se ela quiser, vai continuar comendo ela? — pergunta sério

— Por que não? — digo dando de ombros — Você está brincando


com fogo, essa aí é doida, já te disse, come todas as putas do
bordel que seja, mas a Vaiola vai acabar aprontando com você!
— Ela é só mais uma buceta! — digo.
— O que tem de tão especial pra você não querer largar ?
— Na verdade nada! Eu só "como" ela desde sempre, ela está
sempre por perto, eu só não rejeito uma buceta piscando.
— Deveria começar a rejeitar!
— Ah, já chega desse assunto, da próxima vez que ela fizer
isso,você já sabe o que fazer, nem precisa me perguntar! — Digo
encerrando o assunto
Quando quer,ele é um pé no meu saco!

(...)

Já estou aqui no jardim onde será a festa, e está tudo pronto.


Todos os membros da famiglia Cosa Nostra, estão aqui com suas
famílias, o lugar está lotado, todos estão normais, menos o Túlio,
que está com uma cara que até chega a ser engraçado.
Se dependesse dele, nunca esse casamento sairia, mas nem
eu,que sou o capo consegui isso, imagina ele!
A sensação de saber que ele está puto, porque ainda hoje vou
comer a sua sobrinha, é ótima.
Eu me aproximo dele que se vira para mim, quase querendo pular
no meu pescoço, mas como sou seu capo,e sou Matteo Messina,
ele só pode engolir a raiva e aceitar.
— Cappolo! — digo levantando um pouco meu copo de whisky
— Matteo! — diz seco
Adoro sua cara de desconforto e não evito um sorriso bem largo.
Meu irmão se junta a nós, também sorrindo, novidade né!
— Sabe Túlio — chamo a sua atenção
— Qual a sensação, de saber que ainda hoje vou foder sua
sobrinha, até ela esquecer o próprio nome?
– pergunto com naturalidade.
Ele engasga com a bebida e acaba derrubando o pouco que restava
no seu terno, e eu vejo que consegui o que queria: provoca-lo!
Meu irmão não contém a gargalhada alta e eu, não contenho meu
sorriso de vitória e satisfação, com sua reação
Ele me encara com fogo nos olhos, e sai sem responder minha
pergunta, Eu relevo sua falta de respeito, sua reação foi tão hilária
que nada vai tirar meu bom humor!
— Porra cara, como você é malvado! — Giulliano fala ainda rindo
muito
— O cara saiu todo desconcertado!

(...)

A noite passada não sai da minha cabeça, a sensação de tê-la nos


meus braços é nova para mim, enquanto eu tentava trabalhar
depois do ocorrido; lembrei que era um azarado, tudo que tinha era
arrancado a força, a preço de sangue, mas vejo que a sorte
resolveu sorrir para mim, porque, porra, ela é muito linda

Já está quase na hora da cerimônia, e estou um pouco inquieto não


sei o porquê.
— Relaxa cara! Tá dando muito na cara! — Giulliano diz com ar de
sarcasmo
— Ela não vai fugir! Ou será que vai ?? — diz se divertindo com
minha desgraça
— Ela não é louca, eu a mato antes mesmo de sair da propriedade!
— Falo firme, mas uma insegurança me consome, ela é cheia de
ousadia, vai que tenta alguma coisa...
Dou um olhar para meu irmão que já entende tudo
— Não cara,eu tô brincando relaxa! — diz sério dessa vez
— Vai logo Giulliano!!
— Ai, que porra, Matteo!!! - Reclama, saindo sem acreditar no que
estou pedindo, mas não me questiona!

Passei o dia inteiro no quarto me arrumando junto com minha mãe e


Marie, que já estão prontas e lindas.
A equipe,que também passou o dia inteiro aqui, está diminuindo aos
poucos. Eu já estou quase pronta, o vestido que minha mãe
escolheu, é lindo, estilo princesa, valoriza muito meu busto, e o véu
que aliás é o que estão terminando de colocar, tem uma base
grossa toda cravejada de pedraria, ele não é comprido mas é bonito.
Fui informada que não seria um casamento tradicional italiano.
Se fosse tradicional teria os 5 objetos: Um novo, um velho, um
emprestado, um presente, algo azul e o buquê escolhido pelo noivo,
assim manda a tradição italiana
Mas o Matteo não quis, e eu não me importei nem um pouco, por
mim na verdade nem teria casamento, mas como não tem jeito,
poderíamos apenas assinar os papéis e pronto. Mas não pode, a
Cosa Nostra tem suas leis, e o pai do Matteo deixou tudo bem
especificado no contrato, só não que teria que ser tradicional.
A organizadora entra no quarto avisando que eu preciso descer,
pois já estou— quinze minutos atrasada. Bem clichê!
Enquanto estão terminando de prender o véu, a porta é aberta com
tudo, e todos param o que estão fazendo,encarando o Giulliano, que
me olha sem graça.
— O que foi menino? — minha mãe pergunta assustada
— Nada, eu errei de quarto!
— Você errou de quarto, dentro da casa que você mora desde que
nasceu? — pergunto para provocar, porque sei que só está vendo
se eu não fugi! Mas precisava entrar igual um furacão?
— Isso mesmo cunhada, agora vai, anda, desce e casa logo antes
que meu irmão mate alguém! — Diz sorrindo sem graça e sai.
Eu hein... Não entendi nada, mas ele disse matar, então eu me
apresso, vai saber o que se passa na cabeça desses dois...
Depois que o Giulliano sai, quase todos vão junto, pois já estou
pronta e esperando meu tio, que logo entra no quarto, ele que vai
me acompanhar até o altar.
Ele entra e me olha dos pés a cabeça, seus olhos enchem de
lágrimas, isso me emociona, mas eu não vou chorar!
Ele não diz nada, só me estende a mão, e saímos do quarto em
direção à cerimônia!
É a primeira vez que saio do quarto hoje, vou indo em direção ao
jardim, vendo que está tudo decorado, tem muitas flores em todos
os lugares, na verdade está tudo muito lindo.
Paramos em frente uma enorme porta de madeira no meio do
jardim, onde atrás está a cerimônia, não sei como conseguiram
colocar essas portas aqui, elas são enormes!
A marcha nupcial começa a tocar, e todo o sangue do meu corpo se
vai,e o medo me domina...
Ai meu Deus, me ajuda!
As portas se abrem e todos já estão de pé. São tantas pessoas, que
fico até com vergonha de todos esses olhares em mim.
Começo a andar, dou passos curtos bem devagar. Meu olhar vai
para frente,em direção ao altar, que tem uma espécie de estrutura
toda de flores e muito bem iluminada e lá está o padre, o Giulliano e
o Matteo...
Assim que meus olhos encontram os dele, eu não consigo mais
mudar a direção do meu olhar, parece que estou hipnotizada, eu até
tento, mas não consigo, me sinto tensa, acho que estou vermelha,
sinto uma ardência no meu rosto.
Ele não tira os olhos dos meus, tem uma expressão séria no olhar.
Enfim chego no altar, conseguindo assim me livrar dessa situação
constrangedora de olhares; ele pega minha mão,que meu tio
ofereceu a ele.
Nesse momento sinto um choque pelo seu toque, mas mesmo
assim não consigo me soltar, o padre começa a falar, e estou tão
nervosa,que nem entendo direito suas palavras!
Não sei porquê, mas não vamos nos ajoelhar, estamos em pé em
frente ao padre. Respiro fundo, tentando recuperar meu
autocontrole, para eu não acabar desmaiando aqui, de tanta tensão,
me concentro nas palavras do padre,que logo pergunta para ele:
— Sr Matteo Messina, é de livre e espontânea vontade, que aceita
Antonella Cappolo, como sua esposa, para amar e respeitar, na
saúde, e na doença, na alegria, e na tristeza, na riqueza ou na
pobreza, e por todos os dias da sua vida, até que a morte os
separe?
Eu rezando para ele falar um não...
— SIM — diz com a voz grossa que me dá medo, o padre
continua...
— Srta. Antonella Cappolo é de livre e espontânea vontade, que
aceita o Sr Matteo Messina como seu esposo, para amar e
respeitar, na saúde, e na doença, na alegria, e na tristeza, na
riqueza ou na pobreza, e por todos os dias da sua vida, até que a
morte os separe?
NÃO, NÃO, NÃO, MIL VEZES NÃO — grito por dentro
— SIM- respondo fraco
O padre pede as alianças, que o Giulliano logo entrega para o
Matteo, ele pede a minha mão e eu estendo, coloca-a no meu dedo,
com muita calma, e quando termina, o Giulliano se aproxima para
eu pegar a outra, ele estende a mão que é enorme e muito bem
cuidada e pesada, e eu coloco a aliança no seu dedo.
Não o encarei desde que cheguei no altar, depois da troca das
alianças, o padre diz:
—Então pelo poder a mim concedido, eu vos declaro marido e
mulher!
— Pode beijar a noiva!
Ai não, meu Deus, mas já acabou??
Ele olha bem no fundo dos meus olhos, se aproxima e encosta
nossos lábios
Sua boca é quente e macia, sinto aquele choque de novo, mas
dessa vez, consome como chama, todo meu corpo.
Ele se afasta, eu abro os olhos e vejo um sorrisinho de lado no seu
rosto.
Cretino!!!
Todos aplaudem e saímos dali.

(...)

Estou em uma mesa reservada apenas para nossa família; além de


nós dois, está o Giulliano, a Marie, minha mãe e meu tio.

Parece mais um enterro do que um casamento, pelo menos nessa


mesa...
O restante das pessoas conversam, e se distraem em suas mesas
fartas de comida, como típicos italianos; outros conversam em pé,
estão tão distraídos em suas conversas e eu aqui me preparando
para o inferno.
— Gostei da ideia de acelerar o padre, ninguém merece ouvir ele
falando sem parar — o Giulliano diz quebrando o silêncio.
— Exigi que ele falasse apenas o necessário, e ainda assim acho
que falou de mais! — Matteo o responde.
Agora entendo o porque foi tão rápido, mas prefiro assim, estava
quase infartando lá na frente.
— Poderia pelo menos ter se ajoelhado, como — manda o costume
-minha prima diz, dando de ombros
Olho para cara do Matteo, ele não gostou da sua afirmação, acho
que ele e o irmão se esqueceram que tem mais gente em volta.
— Eu jamais iria me ajoelhar! — responde fitando ela com o olhar
altivo! Nossa, que ego grande desse homem, misericórdia!
— Nossa, é só um padre, não exagera!
Digo sem pensar, mas me arrependo,na mesma hora que ele me
lança um olhar mortal, e se levanta da mesa, logo seu irmão vai
junto.
— Ane, eu já te disse para não provocá-lo ! — Meu tio diz,com
preocupação no olhar,parece até que está assustado.
— E você Marie, não coloque mais lenha na fogueira !! — diz irritado
— Filha, segura sua língua, por favor ! — diz minha mãe, me
olhando com preocupação.
— Aff, estou cansada disso, é um tal de toma cuidado pra cá, não
provoca ele pra lá, ai pelo amor de Deus!! Eu não posso nem falar
nada,que o cara já se irrita! — Digo irritadíssima
Me levanto saindo da mesa, e vou em direção a uma parte mais
afastada do jardim, me sento em um banco e estou sozinha, respiro
aliviada...
Até que enfim!
Olho para cima e o céu está tão estrelado, não está frio nem calor, a
brisa paira pelo meu rosto, me trazendo uma sensação boa...
— Antonella Cappolo!
Olho, vendo a Vaiola bem na minha frente,com os braços cruzados.
— Pronto, era só o que me faltava! — Digo revirando os olhos.
O que essa mulher está fazendo aqui,no casamento? Já que era
namorada, ficante, sei lá o quê do Matteo, ou será que ainda é ??
Bom não me interessa!
— Você pensa que vai tirá-lo de mim, sua vadiazinha??
O quê???
— Repete! — Digo me levantando
Quem essa piranha pensa que é,para me chamar de vadia?
— Você é só uma ninfetazinha, não serve para nada, não vai
conseguir satisfazê-lo!
— Quem disse que é minha intenção? E a única vadia aqui é você!
— Que mulher louca!
— Só vou te avisar uma coisa, o Matteo é, e sempre foi, meu!!
— A gente tem uma história junto, e você não vai ficar entre nós! —
Fala bufando de raiva
Eu estou indignada com a coragem dela, de se humilhar, porque é
isso que está fazendo aqui!
Estou com raiva, mas prefiro falar com calma, assim sei que irrito
muito mais...
— Sério?? Vocês têm uma história!
Faço uma pausa e levo meu dedo indicador na bochecha, como se
pensasse...
— Mas ele decidiu casar comigo? — Pergunto com sarcasmo, e
está ficando divertido...
— Não vadiazinha, ele foi obrigado! — ela está puta com minha
provocação.
— Será mesmo, Vaiola, que ele foi obrigado??
— Ele não é o grande Capo dos Capos? Ela fica vermelha de raiva,
e eu continuo
— Olha, deixa eu ver se eu entendi bem. Você tem a idade dele,
não tem ?? — Ela não responde, está fulminando, com os braços
cruzados no peito.
— É, foi o que pensei! — afirmo
— A sua história com ele é antiga. Ele escolheu uma menina de 10
anos para casar, mesmo não sabendo como ela seria no futuro, ao
invés de escolher você?
— E depois de todos esses anos,você ainda gosta dele e tem
coragem de se humilhar na minha frente!
— Cala a boca, sua vagabunda, você não sabe de nada! — Ela
grita. Ela está perdendo a paciência e eu me divertindo.
— Olha, eu estou no meu casamento!
Digo sorrindo e me divertindo.
— Acho que a única vagabunda aqui,é você! — falo com calma.
— Eu só vim te avisar que vamos continuar juntos, e se você pensa
que ele vai ser seu, está enganada! Você só vai servir para tapar
buraco, e mais nada, eu vou sempre estar com ele!
— E você ter casado com ele não muda nada, eu transei com ele
ainda ontem e vou continuar fazendo isso!
Diz com um sorrisinho, mas sei que está puta.
— Você é tudo isso... Mas é no meu dedo que ele colocou um
aliança — digo levantando minha mão e balançando os dedos para
ela ver a aliança.
— Quem será que vai tapar buraco aqui ? — pergunto, com um
sorriso.
— Agora vai embora chega de passar vergonha! — falo
— Ah, mais uma coisa... — digo
— Não se contente só com isso querida!
Falo sorrindo para ela, que não sabe o que falar.
— Eu vou embora antes que eu perca a paciência, e rasgue toda
essa sua cara! — Diz enquanto sai,e eu penso comigo
Coitada, se eu grudar nela, ninguém me tira!
Bom tá aí um dos meus defeitos,o sarcasmo, faço a pessoa perder
o controle, com um sorriso no rosto.
Sei que acabei com ela,só cuspindo verdades na sua cara. É um
defeito que eu adoro!
Não fiz isso pelo Matteo, ela que fique com ele, eu não me importo,
acho que é até melhor para mim, mas eu não podia deixar a louca
me afrontar.
Mas com isso, acabei esquecendo por um momento meu medo...
Medo da hora que eu tiver que subir para o quarto, eu sei o que me
aguarda, sou virgem, não boba, eu leio muito e principalmente
romances quentes, então sei muito bem o que me espera!
O que não sei, é como vou reagir, porque eu não quero isso, e
também não sei como ele vai ser comigo na hora H, só de pensar
sobe um medo pela minha espinha...
Volto para minha mesa depois de um bom tempo, ela está vazia. Me
sento, e observo as pessoas conversando normalmente, não vejo
mais a Vaiola, deve ter ido embora, menos mal!
Olho para uma mesa e vejo minha mãe conversando animada com
várias mulheres, meu tio está em um grupo de homens, procuro
Marie com os olhos e não a encontro, e nem ao Giulliano.
Assim que sentei vi o Matteo, que estava conversando com um
senhor, mas seus olhos não saem de mim.
Ele vem na minha direção, será que dá tempo de voltar lá pra fora??
Não!
Ele se senta, me olha nos olhos e diz: — Vamos subir!
Ai meu Jesus cristinho!!
O medo me consome, um arrepio toma todo meu corpo, tenho
certeza que meu cabelo subiu...
Tento me manter firme, para ele não perceber.
— Ainda não! — digo, me fazendo de forte.
Ele lança um olhar de que vai me matar e fala:
— Eu não estou perguntando se você quer ir, eu estou apenas te
comunicando!
Minha nossa senhora, o que eu falo agora?
— Eu queria esperar mais um pouco!
Pela primeira vez eu falo com uma voz mais branda com ele, quem
sabe assim ele espera mais um pouco...
Estou tão desesperada, que até apelo para um sorrisinho mas a
cara dele não muda
— Ou você vai de boa, com esse seu sorrisinho no rosto, ou eu
posso te arrastar pelos cabelos! O que você prefere? — pergunta
sério
Desgraçado!!
Cerro os dentes,para conter um pouco da minha raiva.
Merda!!
Não tem o que fazer, eu não duvido que ele tenha coragem de fazer
isso comigo
Pego uma garafa de whisky que está na mesa, encho metade de um
copo e viro o líquido de uma só vez!
Puta que lá merda! Desceu rasgando, parece que bebi fogo. Coloco
as mãos na mesa e me levanto, ainda olhando com raiva para ele.
— Pode ir na frente! — diz,enquanto se levanta e sai, mas não em
direção à casa.
Minha mãe vem na minha direção e me dá um abraço, a gente até
conversa um pouquinho, mas nada tira a tensão do meu corpo.
Depois eu vou direto para o meu quarto, não quero continuar vendo
os olhares que estão me dando, como se eu fosse um ovelha indo
direto para o matadouro!
Entro no quarto com uma vontade imensa de trancar a porta, mas
não posso. Vou até a sacada vendo o jardim, onde ainda acontece a
festa, e vejo como é alto aqui em cima, volto para o quarto me
sentindo totalmente desprotegida, como se algo de muito ruim fosse
acontecer a qualquer momento, e sei que de fato vai...
A porta vai se abrindo e ele passa por ela e a tranca e assim que ele
entra, meu coração dispara, fico pensando no que vou fazer, para
que o pior, mas inevitável, não aconteça.
Ele vem até mim,e pára na minha frente, bem perto do meu corpo,
não consigo disfarçar meu nervosismo.
Ele passa as costas da mão no meu rosto e vai descendo para meu
tronco, meu coração dispara...
Ele tenta virar meu corpo, provavelmente para tirar meu vestido,mas
eu não me viro.
— Não, calma, vamos conversar! — digo desesperada tirando suas
mãos de mim,sinto meu rosto queimar, ele me dá um tapa tão
forte,que eu quase caio no chão.
— Não me impeça novamente!
Ele diz, enquanto me puxa com força para sua frente, ele pára, e me
olha, leva as mãos até o decote do meu vestido, e o puxa com tanta
força, que ele consegue rasgar o tecido até a minha cintura,
deixando meus seios para fora, e eu automaticamente os cubro com
meus braços.
Ele termina de rasgar o vestido, me deixando apenas de calcinha,
eu não aguento e as lágrimas caem.
Ele me puxa pelos cabelo com força, me fazendo colar meu corpo
no seu, abaixa e diz no meu ouvido
— Vou te fuder até esquecer seu antigo nome!
Eu estou apavorada, não acredito que isso está acontecendo, é pior
do que eu imaginava
Ele me joga na cama, tira a roupa ficando nu. Seu órgão está muito
ereto e é muito grande e grosso, me causando ainda mais medo e
vergonha, é a primeira vez que vejo um pessoalmente, e ainda
nessas condições
Meu Deus!!
Ele vem em cima de mim bem devagar, me deixando ainda mais
apavorada, porque me olha como um leão, prestes a me atacar...
Ele chupa meus seios com tanta vontade, isso me dá nojo, levei
meus braços para tentar impedir que ele continue, mas ele os
prende para cima e começa a morder com muita força.
— Matteo, não, por favor! — imploro entre as lágrimas
— Assim não! — suplico
— Não faz isso comigo!
Ele vai subindo, ignorando minhas palavras, e entra em mim de uma
vez, me fazendo gritar de dor, sentindo arder e queimar, a dor vai
até meu útero,sinto meu abdômen doer, mas ele não se mexe.
— Abre os olhos!
Eu não consigo estou com vergonha só consigo chorar
— Abre, porra!
Ele fala, mas sua voz esta estranha, ainda grossa e firme mas
estranha
Eu abro os olhos e ele está parado me fitando, mas ainda está todo
dentro de mim
— Lembra, quando foi na apresentação com aquele vestido preto?
— pergunta
Eu não consigo nem pensar direito, de repente ele sai, e entra com
tudo em mim, e pára, dou outro grito!
— Lembra, daquele sorrisinho no seu rosto, me desafiando? — Faz
a mesma coisa, ele sai,e entra com tudo e pára.
Me machucando!
— Lembra, que vestido, mostrando a todos,o que é meu?
Mais uma estocada forte!
Está doendo muito! Eu não consigo parar de chorar e pedir, entre
meus gritos,que ele pare.
— Para por favor! — digo entre as lágrimas
— Eu não posso sou um homem de palavra! — fala com a voz
embargada.
— Lembra, que você andou no corredor pelada?
Mais uma estocada e a dor se intensificando...
Agora entra e sai num ritmo alucinante, eu estou com tanta dor,que
estou até mole!
— Desde o dia em que te vi naquele vestido, quis te fuder assim! —
Ele vai sussurrando essas coisas no meu ouvido, sem parar o ritmo.
— Fiquei louco pra comer essa bucetinha novinha, que estava
guardada, só para mim!
Ele sai fazendo doer ainda mais, se ajoelha na cama e me puxa
com força, me virando de quatro estava quase pelada, naquele
Segura minha cintura, e me preenche de novo, com força, me
fazendo dar um grito ainda maior, porque doe ainda mais!
Ele pega meus cabelos quase quebrando meu pescoço, e começa
um ritmo muito rápido e forte; eu dou altos gritos e com certeza dá
pra ouvir até na festa!
Se ele não tivesse me segurando pela cintura, eu já teria caído,
tamanha a força que está usando. Enquanto investe, ele morde
meus ombros, minhas costas, e meu pescoço, mas a dor na minha
intimidade é tanta, que eu nem sinto suas mordidas ou dor na
cabeça pelos fortes puxões.
Sofrimento... essa é a palavra que expressa o que estou sentindo, a
dor no meu peitoé maior, que a dor no meu corpo; ele está me
punindo de uma forma horrível e nojenta.
Ele sai, me vira e entra de novo, mas está com o tronco levantado,
me olhando.
— Sua buceta apertadinha é uma delícia!
Ele continua até me preencher com seu líquido, e nessa hora sinto
uma ardência ainda maior...

Matteo

Olho no relógio do criado mudo e vejo que são 6 horas da manhã,


estou aqui na poltrona do quarto, com um copo de whisky na mão,
olhando ela dormir. Faz uns 20 minutos a última vez que gozei,
foram 6 vezes e olha que demorei antes de cada uma delas, mas
ela já estava praticamente desmaiada...

Não era minha intenção deixá-la assim, mas quanto mais eu


gozava, mais eu tinha vontade dela, então eu "comi", até me
satisfazer. Estava com tanta vontade que não consegui nem esperar
ela tirar a roupa.. rasguei

Fiquei me segurando a noite inteira, na verdade, estou me


segurando desde a primeira vez que a vi, toda aquela audácia me
deixou com ainda mais vontade e desejo.

Eu até gostei de ver ela me desafiando, isso é novo para mim, todas
as mulheres sempre caem aos meus pés, mas ela sempre me
desafia.

Fiquei a noite toda observando-a, aquele show no jardim, com a


Vaiola, me deixou louco, ela é muito desaforada!

Não consigo conter um sorrisinho ao me lembrar... Deixei, para ver o


que aconteceria, e se eu tivesse o sentimento de dó, eu teria sentido
pela Vaiola, mas como eu não tenho...
Na verdade eu gostei de vê-la falando aquelas coisas, poderia dizer
até, que estava brigando por mim, mas sei que não era, ela só
estava sendo sarcástica.

Vou acordando aos poucos, me sento na cama e meu corpo está


todo dolorido, a sensação é que fui atropelada

Olho à minha volta e vejo que estou sozinha, ele não está aqui,
graças a Deus!!
Estou nua, mas a dor é tanta, que levanto assim mesmo, tudo doe,
minha intimidade parece estar toda cortada, olho para a cama e vejo
sangue nos lençóis, e isso me faz lembrar que, até ontem eu era
virgem, e agora sou suja.
Alguém entra, eu me assusto mas vejo que é a Diana, ela fecha a
porta e pára, me encarando dos pés à cabeça!
— Menina! — diz chocada, colocando as mãos na boca, com cara
de espanto.
— Você tinha dúvida, de que ele fosse fazer isso comigo? —
pergunto com sarcasmo.
Ela deveria saber que ele é um monstro! Ele me estuprou a noite
inteira, até eu desmaiar, porque eu não lembro de quando acabou,
só sei que vi o dia clarear.
— Menina, você está toda machucada! — diz chegando mais perto
e me analisando
— Ele acabou de sair, disse que você ainda dormia, não bati para
não te acordar!
Eu vou em direção ao banheiro, paro em frente ao espelho que
cobre toda a parede, e me assusto com o que eu vejo...
Minha boca está cortada, lembro que ele me beijou mordendo e
depois puxando meu lábio inferior com força até cortar as laterais.
Meu rosto está com um hematoma e muito vermelho em todo o lado
direito, por causa do tapa que quase quebrou meu pescoço, meus
seios estão com marcas de mordidas fundas na lateral, e a auréola
está muito machucada!
Meu pescoço tem inúmeras manchas roxas de chupões e mordidas,
que sobem até meu queixo e bochecha, minha bunda, cintura,
braços, coxas e virilha, estão todos vermelhos, no meio das minhas
coxas, tem sangue seco, e minha intimidade ainda doe muito!
Não aguento mais me olhar no espelho, entro na banheira que a
Diana já preparou.
Assim que entro, sinto ainda mais dor e ardência na minha
intimidade. Afundo a cabeça e passo a não no cabelo e sinto uma
dor insuportável, levo meu dedo até o lugar e percebo que está
cortado, ele deve ter arrancado um tufo do meu cabelo!
A Diana me ajuda a tomar banho e colocar uma camisola, ela não
pegou calcinha, pois ela sabe que eu não posso colocar.
Quando saio do banheiro, a cama já está arrumada, e tem uma
bandeja com alguns pães, frutas, essas coisas de café da manhã, e
dois comprimidos, realmente estou com muita fome, ontem não
comi na festa e agora olhando no relógio vejo que já são 11 horas
da manhã
Depois do banho, o café e os remédios, acabei cochilando, acho
que os analgésicos eram fortes, porque não estou mais com tantas
dores, só nos machucados e na minha vagina, e também se eu
passar a mão na cabeça dói!
Mas ainda estou com fome, não comi quase nada que elas
trouxeram, porque minha cabeça doía muito.
Fico deitada por mais algum tempo pensando na minha vida, daqui
para frente eu vou estar casada com um homem que eu odeio.
Antes eu tinha medo, mas agora tenho ódio de tudo que ele me fez.
Não precisava ser assim, podia ter sido mais compreensível, eu era
virgem, mas não... Me estuprou de todas as formas, em várias
posições, uma pior que a outra, por horas, ejaculava e não
satisfeito, voltava, eu estou me sentindo um lixo.
Levanto da cama, e minha intimidade ainda doe, mas consigo andar
devagar; pego minha bolsa e dentro procuro meu celular, mas não
acho; escuto alguém abrir a porta, e quando vejo,Diana está
entrando no closet.
— Desculpa, pensei que ainda estava dormindo! — diz vindo até
mim
— Tudo bem Diana!
— Você está melhor? — pergunta pegando na minha mão
— Na medida do possível! Eu não encontro meu celular, você sabe
onde está?
— Provavelmente com o Matteo — Diz com pesar. Eu já devia ter
imaginado que ele pegaria.
— Ane, o jantar vai ser servido, ele disse que quer você lá!
Só de pensar em ter que olhar para cara do homem que fez tudo
aquilo comigo, já me dá ânsia de vômito. Mas sei que se eu não for,
ele é capaz até de me bater, e só de pensar, eu temo, pois já estou
toda machucada
— Tá bom! — respondo
— Você quer ajuda para se trocar? — pergunta e eu nego
Depois que ela sai eu procuro uma roupa bem leve, nada que me
machuque ainda mais. Até pensei em colocar roupas que escondem
meus hematomas ou pelo menos alguns, mas pensando bem, não
vou; quero que todos vejam que ele é um monstro, se a Diana me
disse ontem, que ele não é tão ruim, os outros também pensam
assim, e estão errados!
Eu pego um vestido azul Royal Solto, de seda com alcinhas bem
finas, que vai até metade das minhas coxas, ele tem um pequeno
decote e no busto, e o tronco é um pouco mais apertado.
Coloco o cabelo atrás da orelha, não da para pentear, já que minha
cabeça está machucada. Coloquei uma rasteirinha e fui
Chegando na sala de estar, eu fui em direção às conversas, para
encontrar a sala de jantar.
Ele estava na ponta da mesa, e o Giulliano ao seu lado esquerdo.
Assim que percebem minha presença, os dois param de falar e me
encaram.
Eu vou em direção ao lado direito e me sento, ficando de frente para
o Giulliano, ele me encara e depois volta a comer, sem dizer nada
A Diana vem e me serve, e eu começo a comer e não olho para o
Matteo, me sinto envergonhada e exposta.

Matteo

Ela come normalmente, e não olha para mim, nem para meu irmão.
Veio com um vestido que evidencia a noite de ontem, porque será?
Pensei que ela esconderia, mas não...

Também não me importo!


O jantar segue em silêncio, estamos todos aparentemente
concentrados na comida, até que escuto um estrondo,vindo da sala,
que chama a nossa atenção.
E é a Vaiola, de novo!
— Me solta!!! — Ela grita para o segurança que a puxa pelo braço, e
a Diana está junto tentando segurala
— Como assim, Matteo,você me proibiu de entrar aqui! — diz,
praticamente gritando, meu irmão me dá uma olhada e diz, eu te
avisei, e Antonella volta a comer normalmente.
— Porra, Vaiola,de novo! — digo e continuo comendo, porque estou
tão bem humorado, que nada vai tirar meu bom humor!
Vendo que eu estou assim, Diana e o segurança saem deixando ela
na sala
Ela se senta ao lado do Giulliano,que vira o pescoço
desacreditado...
— Você deve ser muito bom de rola mesmo, heim Matteo! — fala
olhando para ela
— Desculpa cunhada! — ele diz olhando para a Antonella, que só
agora levanta a cabeça para ele, mas não responde.
Nesse momento, quase me assusto com a risada alta da Vaiola ao
olhar para Antonella, que retribui o olhar com fúria.
— Eita porra! — Vaiola diz ainda rindo
— Foi atropelada por um trem, vadiazinha? — pergunta com um ar
de sarcasmo, por quê eu não me intrometo? Porque quero ver
aonde vai dar isso! Mas confesso que não gosto nem um pouco, da
forma como ela se refere a Antonella, e ela continua...
— Você está horrível, toda machucada, ele nunca me deixou assim,
sabia!
— Eu te falei, você só ia prestar para isso mesmo!ela diz.
Meu irmão me olha, com uma cara de que não está acreditando que
eu estou deixando ela fazer isso!
Mas quando eu ia falar...
Antonella se levanta, pega o prato de sobremesa que estava no
meio da mesa, e joga na cara da Vaiola, eu não aguento e dou
risada, assim como meu irmão. E não contente,pega sua taça que
estava cheia, e joga nela o vinho, e depois a própria taça e sai da
sala
— Puta que pariu! — meu irmão diz gargalhando.
— Matteo, faz alguma coisa! — Ela diz enquanto tira o doce do rosto
e cabelo
— Olha o que essa vadia fez! — ela diz
— Vaiola, eu não acredito que você se presta a esse papel! — meu
irmão diz enquanto vira seu vinho na boca
— Vaiola, a sua sorte é que hoje eu estou de ótimo humor, porque
senão, eu mesmo iria te arrastar daqui para fora, por entrar assim!
— digo com calma, mas sério.
Ela se levanta e sai da sala, e é claro que ela não vai embora, eu
sempre a tratei assim e ela nunca se importou, só está perdendo o
controle agora, por causa do meu casamento. Mas a Antonella só
está aqui para me dar filhos e pronto, sei que era essa a intenção do
meu pai.
— Você vai deixar ela ficar? — Giulliano me pergunta
— Vou!
— Você sabe que isso não vai dar certo, mas gosta de ver o circo
pegar fogo! — afirma
Depois do jantar fui para o escritório, tomar um pouco de whisky, e
meu irmão saiu, como sempre faz.
Subi para o meu segundo quarto, hoje não vou para o meu com
Antonella, pois a Diana me aconselhou a esperar os remédios
fazerem efeito, na verdade ela ficou bem nervosa comigo quando
viu o estado que deixei Antonella, mas não foi minha intenção, e eu
também não devo satisfação para ela, e a lembrei disso.
Entro no quarto e a Vaiola está deitada mexendo no celular e ja está
limpa e trocada; vou para o banheiro tomar uma ducha.
Preciso parar de pensar na Antonella, por isso deixei a Vaiola ficar.
Sinto duas mãos me abraçar por traz, olho para elas e são as mãos
da Antonella; puxoa para frente, e ali está seu corpo pequeno e sem
nenhuma peça de roupa.
Eu já estou de pau duro, porque é assim que fico quando a vejo.
Pego ela no colo e entro gostoso, começo num ritmo mais gostoso
ainda, saio com ela do banheiro, e mesmo molhado, me deito na
cama deixando ela por cima
Ela cavalga em cima de mim, enquanto seus cabelos molhados
pingam. Os movimentos são tão gostosos, que eu não aguento e
gozo,a preenchendo por completo e ela continua até chegar ao
orgasmo, depois deita beijando meu pescoço, mas sem parar de
rebolar no meu pau. Levo minhas mãos até suas costas, procurando
as covinhas e não as encontro
Abro os olhos e vejo que aconteceu de novo, eu estou transando
pensando na Antonella, me assusto e tiro ela de cima de mim, volto
para o banheiro, mas dessa vez, tranco a porta...
Que porra tá acontecendo comigo?? Isso é muito louco!!! Eu tinha
certeza que era ela!!! Eu a via!!! E ainda gozei na Vaiola, mas que
porra!
Estou na mesa tomando café da manhã com o Giulliano. Ele que
está me contando da noitada de ontem a noite, eu nunca fui muito
de balada, e com o meu cargo,não fico muito em lugares públicos.
Vaiola está sentada no lugar da Antonella, quando eu cheguei, ela já
estava, então não me importei. A Antonella aparece, está com um
vestido verde curto de alcinhas, e o cabelo solto
Está linda!
Ela olha para Vaiola, e depois para mim, com um olhar intenso de
raiva.
— Se essa vagabunda vai conviver aqui, eu faço as refeições no
quarto! — diz parada com os braços cruzados esperando minha
reação...
Estou me divertindo com isso, até parece que ela está com ciúmes.
Meu irmão fala antes de mim
— Vaiola, você acabou de falar que já estava indo! — ele diz, e olha
para ela com uma cara séria!
E por incrível que pareça, ela concorda com a cabeça, se levanta e
vem até mim, abaixa me dando um selinho demorado.
— A noite ontem foi maravilhosa ,gostosão! — diz em voz alta,
provocando Antonella
— A melhor da minha vida! — fala pegando uma maçã e sai com
um sorrisinho no rosto,a cara da Antonella está tão feia, que eu não
me aguento e dou um sorrisinho de vitória...
Ela se senta ao lado do Giulliano, olha fixo para frente e depois para
mim e diz:
— Você não tem vergonha na cara?? — Eita,que por essa eu não
esperava!
— O quê? — pergunto,sem acreditar
Meu irmão até se engasga. Nunca uma mulher falou assim comigo,
ninguém na verdade.
— Você ouviu muito bem!
— Você não me respeita!- afirma e continua..
— Quer comer essa vagabunda ou qualquer outra come, eu não me
importo, mas aqui? — Ela diz quase gritando
Eu fico tão impressionado quanto meu irmão, que está de boca
aberta, onde estava escondida toda essa coragem?
— A casa é minha, eu como quem eu quiser aqui! — falo me
divertindo
— Não, a casa é nossa! Eu sou sua esposa e exijo respeito! — diz
com autoridade.
— Vai comer essas vagabundas bem longe de mim!
— Você disse o quê ?? — meu irmão pergunta desacreditado
— É isso mesmo, e você ouviu muito bem. Não se faça de idiota! —
diz olhando para ele
Por mais engraçado que seja, eu não vou permitir isso, além de
estar me dando ordens, está me desrespeitando na minha própria
casa
— Quem manda nessa porra aqui,sou eu! — falo, me levantando e
batendo na mesa!
— Aqui você não manda nada. Nunca mais você vai levantar a voz
para mim de novo. Muito menos me dar ordens!
Começo a tirar o cinto da minha calça, e ela me olha como se não
acreditasse no que eu vou fazer, quando dobro a minha cinta ela
diz: — Você não vai fazer isso!!!
Vou até ela e a puxo pelos cabelos, fazendo-a cair da cadeira.
Começo a dar várias cintadas no seu corpo, enquanto ela grita e
chora, tentando segurar a cinta com as mãos e sair, mas estou com
seu cabelo amarrado na minha mão, então não paro, e seus gritos
não me comovem
Vejo a Diana, desesperada na porta da sala com as mãos na boca
chorando, mas não me importo, e meu irmão continua sentado.
Só paro quando as minhas mãos doem, e ainda com seus cabelos
na minha mão esquerda, levanto seu rosto e vejo que está toda
marcada, uma das cintadas deve ter ido ao rosto, porque está
marcado.
Não me arrependo nem um pouco! Arrasto-a pelos cabelos em
direção à escada,até o quarto, só lá que solto seus cabelos e falo
— Espero que tenha aprendido a lição!
Volto para a mesa e meu irmão está do mesmo jeito, ainda tomando
café.
— Precisava de tudo isso? — ele pergunta quando eu sento
— Tá questionando minhas decisões?
— Eu acho desnecessário fazer isso com ela, que é sua esposa, por
causa de uma vagabunda! — fala me encarando.
— Não foi por causa da Vaiola, e sim por que ela me desafiou. —
digo enquanto bebo meu café...
— Mas era o que a Vaiola queria! Ela te conhece muito bem e sabia
que provocando, a Antonella você faria algo assim!
Sim, a Vaiola me conhece e sabe do meu temperamento,fez a
Antonella perder a linha, sabendo como eu ia reagir
— E graças aos céus ela me disse que vai viajar! — ele diz
— Melhor assim!
Digo, porque a Vaiola aqui provocando minha fúria contra a
Antonella não dá, vou ser obrigado a dar uma lição nela também, e
desde que conheci Antonella, sempre que transo com a Vaiola,é a
imagem dela que vem na minha cabeça e isso é uma droga

(...)

Os dias vão se passando e a Antonella não sai do quarto, eu


também não a obrigo, porque na verdade, não gosto de ver seu
corpo todo machucado como está.
Também não fiz mais sexo com ela, fui todas as noites em alguns
dos meus bordéis, mas a noite passada,quando cheguei de
madrugada, entrei no seu quarto e fiquei a observando enquanto
dormia...

Acredito que ela deu uma emagrecida, talvez não deve estar
comendo direito, mas ainda assim continua linda.

Por mais que transei com várias mulheres nesses dias eu não
consigo me satisfazer, e essa maldita não sai da minha cabeça.
Transei mais que o necessário, e escolhi diferentes tipos de
mulheres, mas nada adiantou, sempre acabo voltando para casa
insatisfeito

Na última noite, transei com uma putinha nova no bordel, ela estava
intocada,esperando por mim, é novinha,talvez não seja nem maior
de idade, pensei que seria diferente, mas não, e ainda aconteceu
aquela mesma coisa, na minha cabeça estava transando com a
Antonella, até de olhos abertos era ela, só quando a menina falou
que eu acordei daquele transe.

E olhando ela dormir, percebi que estou ferrado e fudido, e cheguei


a conclusão que,não consigo mais me satisfazer se não for com ela!
Já se passaram dois meses desde o dia em que ele me deu uma
surra de cinta. Desde então, eu não saí mais do quarto, não quero
encontrar a Vaiola, porque sei que vai me provocar e eu não vou
aguentar, e pelo que percebi, ela pode fazer o que quer, e o Matteo
não faz nada.

Ela me humilhou naquele jantar, mas é claro que revidei, só que


depois disso ele ainda dormiu com ela, que fez questão de esfregar
na minha a cara no café da manhã, como se eu me importasse...

O que eu não gostei, foi o fato de que para ele estava tudo normal, e
ela estando na mesa do café, eu entendi que vou ter que conviver
com ela, e aí já é demais; pois ela gosta dele, e vai infernizar ainda
mais minha vida, e quando fui questiona-lo, acabei apanhando,
então prefiro ficar aqui em paz.

Diana ou a Rosário que é uma das empregadas, trazem minhas


refeições. O Matteo ficou uma semana sem aparecer aqui depois
daquele dia
Eu me sinto tão sozinha, nunca mais falei com a minha família, a
tristeza tomou conta de mim; não tenho vontade de nada, só de
dormir, na verdade eu queria dormir e não acordar nunca mais, eu
não consigo nem comer, elas trazem e depois levam a bandeja
cheia, o máximo que faço é beber o suco ou tomar uma xícara de
chá no café, e por isso emagreci muito não sei bem o quanto, pois
não tenho coragem de me olhar no espelho

Às vezes eu me prendo nos meus pensamentos, e quando vou ver,


a Diana já me levou para o banheiro, e já estou de banho tomado

Ela tem sido um anjo na minha vida!


O Matteo vem todas as noites faz sexo e vai embora. Como um
sistema de defesa, minha mente vai para bem longe, enquanto ele
me toma, assim eu não sinto nada, parece
até que não está acontecendo, mas de manhã me sinto suja, usada,
sinto como se minha vida não tivesse valor algum, como se aquela
que já fui um dia, estivesse morta, e essa é uma nova eu, e isso me
deixa ainda mais triste!
Sinto um vazio dentro de mim, parece que tem um buraco negro no
meu peito uma tristeza profunda que não vai embora.

Matteo

Estou na mesa jantando com meu irmão, que fala tantas bobeiras,
me fazendo rir. A Antonella nunca mais se juntou a nós, eu também
não faço questão, ela está tão magra, que me incomoda.

Quando estou com ela parece que estou comendo um cadáver, ela
parece morta, não esboça reação nenhuma, me fazendo até perder
o tesão, mas mesmo assim só ela me satisfaz

— Sr, a senhora Elisa Cappolo está lá fora e exige falar com o


senhor — diz um dos meus soldados que faz a segurança

Meu irmão me olha e fala: — Matteo deixa ela ver a menina já faz
meses!
Realmente, eu nunca deixei ninguém falar com ela, a mãe dela liga
quase todos os dias, mas eu não atendo.
— Tudo bem! — falo para meu soldado que assente com a cabeça
e sai
— É só a mãe dela Matteo, não é uma ameaça!
Meu irmão me diz e eu reviro os olhos. Não vejo a família dela como
uma ameaça, mas ver ela feliz e sorrindo para outra pessoa que não
seja para mim, não me agrada nem um pouco, mas já que ela veio
dos Estados Unidos até aqui, vou deixá-la entrar!
Ela entra rápido e está ofegante.
— Por que você não atende minhas ligações? — Ela me questiona
com as mãos na cintura
— Não tive tempo! — Respondo firme e a encaro
— Por que ela não está jantando com vocês? — ela pergunta
apontando para a mesa
— Porque ela não quer, e como sou um bom marido, não a obrigo!
E é verdade, mas estou perdendo a paciência com ela me
interrogando desse jeito...
— Você não pode nos proibir de falar ou vê-la, somos a família dela
Matteo, a Marie veio aqui várias vezes e não pôde entrar!
Quando ela diz isso, vejo que meu irmão ficou inquieto, mas volto
minha atenção para a ela
— A família dela agora sou eu, e sim eu posso fazer o que eu quiser
e você sabe muito bem disso! — falo já sem paciência, quem ela
pensa que é,para falar assim comigo?
— Matteo eu conheci sua mãe, lembro como ela era doce e
amorosa, não é possível que você tenha se tornado um monstro!
Sei o que ela está tentamndo fazer, apelar para o sentimental; está
tentando me manipular, falando da minha mãe que morreu há
muitos anos atrás
— Não tente me manipular! — Falo sério, mas sem perder o
controle, ela não vai me afetar citando minha mãe, isso já passou
não me afeta.
— Você vai contar pra ela sobre seu passado sujo? — Pergunto
deixando ela toda desconcertada, porque percebeu que sei tudo
sobre ela!
— Vai me deixar ver minha filha ou não? — pergunta, toda
incomodada
— Vai, mas não demora muito, já está tarde.
Ela sai rápido, e meu irmão me olha com cara de espanto
— Você joga sujo em, deixou a mulher toda perdida!
— Eu só queria que ela se lembrasse com quem está lidando!
— É,percebi!

Antonella

A porta do quarto é aberta, e para minha surpresa, é a minha mãe,


eu não consigo acreditar que ela está aqui!

Ela vem em minha direção com os braços abertos, e eu me jogo no


seu abraço, não contendo as lágrimas que caem...

Nos braços da minha mãe, me sinto acolhida, pareço uma garotinha


assustada; ela me abraça, passando as mãos nos meus cabelos.
Depois nos sentamos na cama, e ela me olha, analisando cada
detalhe do meu corpo.

— Filha, o que aconteceu com você! — Ela diz isso com lágrimas
nos olhos, passando os dedos no meu rosto.

— O que nós sabíamos que ia acontecer,mãe! — falo em meio as


lágrimas, que caem sem parar!
Ela me analisa mais um pouco,enxuga as próprias lágrimas, respira
fundo, me encara e começa:
— Filha, chega disso, você tem que reagir! — diz firme com
convicção.
— Você não pode se entregar desse jeito, essa não é você! —
afirma
— Mãe,você não tem ideia do que estou passando! — Falo
entristecida, realmente ela não sabe de nada.
— Ane, minha filha, eu sei sim — diz pegando no meu rosto
— Você sabe que eu nunca amei seu pai, não sabe? — Me
pergunta e eu não entendo o porquê dessa conversa agora.
— Sim, eu sei!
— Mas mesmo assim eu fui feliz!
— Mãe por que você está falando isso agora?? As situações são
completamente diferente. — Digo com cansaço na voz, pois não
vejo fundamento nessa conversa
— Não filha,as situações são parecidas!
— Ane eu fui obrigada a casar com seu pai. No dia da apresentação
ele me bateu tanto que eu fiquei internada por 4 dias, o casamento
teve que ser adiado, e eu nunca o amei sabe, por quê? Porque eu
amava outro! Outro que eu já tinha até me entregado
Uau!
Por isso eu não esperava, eu não sabia de nada disso!
E ela continua...
— O seu pai não era tão ruim como o Matteo, mas o fato de eu
amar outro, e ter que o deixar— me tocar todas as noites, sabendo
que nunca eu seria feliz com o homem que eu amava, me matava,
Ane!
— Mas eu entendi que não poderia me entregar à tristeza, que teria
que reagir, e assim eu fiz, e logo você chegou, e eu fui muito feliz!
— E aprendi a levar seu pai, fui o conhecendo e acabamos nos
tornando amigos.
— Diferente de você filha, eu era pobre, e quando casei,comecei a
usar o dinheiro dele para me distrair , dizem que dinheiro não traz
felicidade, mas é mentira, traz sim! Não compra amor, carinho,
atenção, mas distrai a gente.
Essa última parte me fez rir!
— E o Matteo, é mais rico que toda a Cosa Nostra junta,filha,
aproveita isso, você ama fazer compras, ir ao salão, faz essas
coisas, filha.
Não sei o que pensar com todas essas revelações!
— Filha você está muito magra, com olheiras, seu cabelo está
caindo, você não parece aquela menina linda e vaidosa que chama
atenção por onde passa
Um sorrisinho brota no meu rosto, quando lembro de como eu era.
— Lembra quando você chegava em casa com um milhão de
sacolas, quase me infartando, e me obrigava a assistir você
experimentar tudo, em frente ao espelho? Ou quando você passava
horas malhando pra manter seu bumbum durinho? — pergunta
sorrindo
— Agora você vai se punir, Antonella? Deixar de lado tudo isso? Pra
que filha? — Minha mãe tá como sempre,tem razão!
— Mãe,por que você não me contou antes sobre seu passado?
— Porque eu sempre soube que você se casaria com o Matteo, e
que eu precisaria te contar no momento certo!
— Olha Ane, por pior que um homem seja, se a sua mulher for
esperta, determinada e sábia, ela faz dele o que ela bem entender!
— Ah, isso eu duvido! — digo imaginando eu mandando no Matteo,
chega até ser engraçado!
— Se você quiser,e trabalhar nisso, você consegue!
— E outra coisa… Você tem um limão bem azedo na mão, ou você
o come, ou você faz uma bela e deliciosa limonada!
Que parábola interessante,estou até me imaginado comendo o
limão... Eca!
— E aqui trancada nesse quarto como uma vítima, você está
comendo o limão!
— Agora se você levantar, se reerguer, e voltar a viver, no final vai
beber a limonada!
— Você não é a primeira e não será a última mulher a se casar
nessas condições!
Tá bom, eu entendi, estou até me sentindo um pouco melhor, só a
presença dela já me faz muito bem!
— O difícil vai ser colocar tudo isso em prática! — falo mais pra mim
do que pra ela, ela coloca as mãos na cintura,dá um sorrisinho e diz:
— Bom, tempo você tem de sobra!
Depois que minha mãe foi embora, eu passei a noite toda pensando
em tudo que ela me disse. Graças a Deus, o Matteo não apareceu
aqui, me dando assim, mais tempo para pensar...
Refleti em tudo que conversamos, e fiquei impressionada com as
revelações, e pensando bem a situação dela era pior que a minha,
pois eu não amo ninguém, e ela sim
Imagino como deve ter sido horrível, mas mesmo assim ela
conseguiu ser feliz, aprendeu a conviver com meu pai e me amou
muito, então quem sabe eu consiga viver bem aqui!
Não que vá ser fácil, ou que eu vou simplesmente esquecer tudo
que ele me fez, mas eu não tenho mais nada a perder!
As palavras dela me deram esperança, como uma luz no fim do
túnel. Me levantei bem cedo, tomei um banho lavei e escovei meus
cabelos, e realmente estão caindo muito
Hoje decidi sair do quarto, vou descer para tomar café, avisei a
Diana, que ficou muito feliz com isso.
Me olho no espelho não acreditando no que vejo, estou
irreconhecível! Muito magra, consigo ver meus ossos, meu cabelo
não tem brilho, meu rosto está magro, minha pele muito pálida,
meus olhos estão fundos,com grandes olheiras em volta.
Meu Deus!
Como eu cheguei a esse ponto?
Decido colocar uma roupa que esconde meu corpo, pois tenho
vergonha. Sempre amei meu corpo, sempre fui muito vaidosa, e
estou me sentindo muito feia nesse momento, então decidi colocar
um vestido branco com gola alta, e mangas compridas
Chego para o café, e para minha alegria, eles ainda não desceram,
provavelmente porque ainda é muito cedo. Estou faminta, vou
comendo de tudo um pouco, tenho certeza que a Diana, encheu a
mesa de coisas gostosas só porque eu decidi descer.

Matteo

Chego na sala de jantar, e para minha surpresa, Antonella está lá


tomando café, sem querer, eu pareço uma estátua, parado, olhando
para ela. Meu irmão chega, pára e fica tão surpreso quanto eu, ele
passa por mim e se senta, eu vou para meu lugar e começo a tomar
café.

— Bom dia Antonella — Ele diz para ela sorrindo, que retribui o
sorriso, me deixando enciumado.

— Bom dia Giulliano! — Ela responde — E pode me chamar de


Ane!
Ele sorri, consentindo, e eu senti uma ponta de inveja, por que sei
que ela prefere ser chamada assim, mas nunca me disse isso. De
repente, do nada, ela vira para mim e diz:
— Matteo eu preciso ir ao médico!
Um sentimento diferente me toma! Será que ela está doente?? Eu
olho para ela preocupado.
— Você está doente?
— Não é nada demais! — responde sem me encarar.
Eu não acredito nisso e nem meu irmão, que também está com um
olhar de preocupação.
— Vou pedir para o médico vir ainda hoje, mas preciso saber o que
você tem! — falo sério, ainda preocupado.
— Não é nada, só preciso de umas vitaminas e de um
dermatologista!
Ela diz e me tranquiliza, eu não a quero doente, sei que não me
importei muito, mas não sabia que a coisa estava tão séria.
Vendo-a agora, eu percebo que perdeu muito peso, está muito
magra, nem parece a mesma. As olheiras enormes deixam seu
rosto com aspecto de cansaço
Vê-la assim me assusta um pouco, por mais que eu a veja todas as
noites, está escuro.
Não gosto do que vejo, pois não é aquela mulher linda, com aquele
corpo gostoso e avantajado que conheci!
— Eu também quero conhecer a casa e a propriedade, só conheço
essa sala e meu quarto- ela diz
— É só pedir para Diana, não precisa de permissão para isso — Eu
respondo
— E aquele papo de que "Eu que mando em tudo"?

Me parece que ela está me provocando! Ou me lembrando daquela


noite?
— Sim, eu que mando em tudo!
— Eu também preciso fazer algumas compras! — Ela diz enquanto
come normalmente, nem parece que já faz semanas, que não
trocamos uma única palavra
Meu irmão está se divertindo com a situação!
— E do que você precisa?
Pergunto apenas para provocá-la, e também para ouvi-la falar mais,
acho que nunca a ouvi— falar tanto assim!
— Preciso de roupas, sapatos, calcinhas, sutiãs, maquiagem,
alguns produtos e também de um salão de cabeleireiros, coisas de
mulher!
Por essa eu não esperava!
— Tudo bem ! — Digo me dando por vencido, melhor não perguntar
mais nada, vai saber o que sai dessa boca...
O café segue normal, meu irmão não deixa ninguém quieto, e ela
conversa com ele normalmente, eu gostei muito de vê-la aqui e
assim, pena que estou indo viajar!
— Eu vou ficar fora por um mês! — falo para ela que me olha e
depois desvia
— Para onde você vai? — pergunta sem me olhar
— Para a Suécia, tenho negócios para resolver lá
— Eu não sabia que a Cosa Nostra operava fora da Itália — diz
agora me olhando
— Na minha liderança sim, nós já tomamos vários países, e os que
não tomamos são nossos aliados e temos pouquíssimos inimigos!
Falo com orgulho, pois fui eu quem expandiu muito nossos negócios
nos últimos anos!
— Porque você acha que ele é o il demone di tutti i capotasti ( o
demônio de todos os capos) — meu irmão diz orgulhoso.
— E você vai junto? — Ela pergunta para ele que faz uma cara de
ofendido e responde
— Nossa cunhada, já quer se ver livre de mim? — ele diz ganhando
dela um sorriso
— Não, ele vai ficar aqui não confio em mais ninguém no meu lugar!
— Eu respondo
O café segue, nós conversamos sobre outros assuntos e foi muito
agradável. Pela primeira vez, vejo ela falando e agindo com
naturalidade, e gostei muito do que vejo
Se eu soubesse que a visita da mãe dela teria esse resultado, eu
teria deixado bem antes, realmente é uma pena eu não estar aqui
no almoço para vê-la assim novamente!
Deixei meu irmão no comando de tudo, ele é muito leal, e vai se sair
bem, e também vamos nos falar todos os dias, ele não decide nada
sem me consultar. Só vou porque preciso mesmo viajar, já adiei
muito.
Os dias estão passando rápido, e eu estou melhor, me sinto bem,
estou mais feliz e me cuidando—

Já fazem algumas semanas que eu saí daquela situação


deprimente, em que eu me encontrava. No mesmo dia veio uma
médica da famiglia me examinar, falei sobre a perda de peso, que
era o que mais me incomodava,e a queda de cabelo,— ela me
passou alguns remédios e me garantiu, que eu tomando
certinho,recuperaria meu peso em menos de 3 semanas, ela
também fez algumas recomendações sobre a minha alimentação
para Diana,que vem seguindo à risca.
Desde aquele dia não vejo mais o Matteo, ele está viajando e isso
me deixa aliviada.
Conheci toda a casa, fiquei impressionada com seu tamanho, e
maravilhada com seu estilo colonial moderno. A parte externa então,
nem se fala, o jardim tem sido meu lugar preferido, é enorme tem
muitas flores e todos os tipos de plantas e árvores, que se espalham
por toda a propriedade!
Eu passo todas as tardes lendo, aqui tem uma biblioteca magnífica
de 2 andares, e tem todos os tipos de livros que eu possa imaginar,
eu estou me acabando de ler.
Não vejo muito o Giulliano, acho que ficar no lugar do Matteo ocupa
muito seu tempo, mas quando ele está aqui, também não tem
problema, ele é um cara legal, está sempre sorrindo, ou fazendo
brincadeiras de tudo, deixando sempre o clima bem leve.
Agradeço aos céus aquela visita da minha mãe, ela, como
sempre,consegue me ajudar. Decidi seguir seus conselhos e estou
muito melhor, voltei a malhar mas não com frequência, acho que
fiquei preguiçosa.
Também fiz muitas compras, troquei todo meu guarda roupa, menos
as lingeries que eram novas mas o resto, mandei a Diana doar tudo,
até os sapatos eu troquei todos, e isso foi maravilhoso, eu me diverti
muito ajudando as meninas a organizar minhas coisas, e
experimentando em frente ao espelho, mas é claro que não pude
sair, as lojas que vieram até mim, antes do Matteo ir, ele deixou
agendado!
Mas tudo que é bom dura pouco...
Já está chegando o dia do Matteo voltar, me dá até um frio na
espinha, porque sei bem o que me espera.
Eu não posso mais me comportar como antes, e não vou! Eu saí
prejudicada nisso, quase entrei em depressão, e não quero voltar
àquele estado! Estou bem agora, minha saúde física está
recuperada, e principalmente a mental.
Mais tenho medo de estar na sua presença, não quero complicar
minha mente de novo, eu precisei me fechar em um mundo
sombrio,para não sentir mais dor, levar minha mente a um lugar frio
e solitário, que muita das vezes eu não conseguia sair
Mas aquela fase passou, eu posso até ter me entregado facilmente,
mas agora eu vou lutar com todas as minhas forças!
Ele que me aguarde!

Uma semana depois...

Acordo sentindo uma preguiça danada, ontem fiquei até de


madrugada com um livro de ficção científica, com um romance louco
no meio, mas enfim, consegui terminar.

— Bom dia! — Diana diz, depois de bater na porta, e eu manda-la


entrar, aliás, está com um largo sorriso no rosto.

— Bom dia Diana, está tão sorridente hoje, o que aconteceu? — Eu


pergunto indo para o banheiro e entro no chuveiro.

Enquanto eu tomo banho e ela arruma o quarto, vai me contando o


motivo da felicidade. A filha, que mora no interior, está grávida e
muito feliz.

Eu gosto muito da Diana, ela está sempre cuidando de mim, sempre


procura me agradar, e isso é muito bom, não é seu serviço arrumar
meu quarto, mas ela o faz, só para conversarmos!

Depois do banho, tomei café com as meninas na cozinha, já que


seria só eu, porque o Giulliano saiu cedo. Depois do café fui para o
jardim e fiquei lá vendo várias revistas de moda, até o pessoal do
salão chegar, eles vieram mês passado e eu tinha remarcado para
hoje. Eu adoro me cuidar e também não tem ninguém, além das
meninas para conversar, então quando eles vêm, ficam por horas e
me divirto muito.

Matteo

Estou no meu avião indo para casa. Eu fiquei um mês na Suécia e


consegui deixar tudo em ordem, tive que executar o homem que
estava no comando, ele não seguiu minhas ordens colocando em
risco nossos negócios, e isso eu não aceito. Então o executei com
minhas próprias mãos e na frente dos outros para que o mesmo erro
não se repita, mas enfim deixei outro no lugar e tenho certeza que
esse não vai vacilar!

Estou com uma ansiedade nova para mim, nunca senti tanta
vontade de voltar para casa, quase antecipei minha volta, mas me
contive.

Meu irmão me mantém informado de tudo,e principalmente sobre


Antonella, que está andando pela casa e vivendo normalmente, até
está usando a academia, isso é bom quero que ela se sinta em
casa, não que fique trancada no quarto...

Mas também estou quase morrendo de vontade dela, eu


definitivamente assumo que mulher nenhuma me satisfaz, nenhuma
das mulheres que transei durante a viagem me deixou satisfeito, eu
posso transar até esfolar meu pinto que não adianta, então estou
com um mau humor, que nem eu estou me aguentando!

Chego em casa algumas horas depois do jantar, meu irmão foi me


encontrar no aeroporto, e me atualizou sobre algumas coisas, me
fez rir muito com seu desespero, é a primeira vez que deixo ele
tanto tempo no comando da organização, e ele disse que não fica
mais, nem sob tortura, mas se precisar ele vai ter que ficar querendo
ou não, mas eu não disse nada, apenas me diverti com seu
desespero.

Vou para o quarto que venho dormindo desde quando a Antonella


se mudou para cá, porque o meu quarto na verdade é o que ela está

Tomo um banho coloco uma calça de moletom e deito na cama com


os braços atrás da cabeça, olho para o relógio e vejo que é meia
noite, será que ela está acordada?

Na verdade eu não via a hora de chegar e vê-la, mas cheguei tarde


e ela já tinha se recolhido. Não aguentando mais eu me levanto e
saio do quarto.
Antonella

Eu não consigo dormir, a Diana me disse que ele chegaria hoje,


então estou com medo, pois sei que ele vai vir aqui. Eu queria
dormir, quem sabe assim eu não vejo, mas eu não consigo, jantei
rápido,depois tomei um banho e estou aqui, virando de um lado para
o outro da cama...

De repente a porta se abre devagar, e meu coração quase sai pela


boca, não consigo disfarçar e olho em sua direção, sinto meu
estômago revirar de tanta tensão.

Ele está só com uma calça de moletom, e vem vindo engatinhando,


bem devagar sobre a cama, e eu não sei o que eu faço, mas eu não
vou fugir de forma nenhuma, dessa vez vou encarar!

Ele chega na minha boca e me beija ferozmente, mas sem me


machucar, eu o beijo não com vontade, mas retribuo. Ele está em
cima de mim com seu corpo colado no meu

Desce e toma meu pescoço, e continua com os beijos entre meu


pescoço e minha boca, vai descendo e levanta minha camisola e
beija meus seios.

Eu sinto uns calafrios me invadir, ele vai alternando de um seio para


outro e vai descendo sua boca pela minha barriga e isso é estranho,
pois sinto um incomodo no abdômen, uma sensação diferente...

Nova para mim!


De repente seus dedos me penetram, eu não consigo conter um
gemido que sai da minha boca, ele desce a boca ainda mais e
começa a morder bem de leve por cima da minha calcinha. Ele a
puxa até tirar por entre minhas pernas e começa a passar a língua
por toda a minha intimidade e isso é bom!
Mas eu queria que não fosse!!! Mas é, e ao mesmo tempo que é
vergonhoso, eu não olho para ele nem a pau, o cara está entre
minha pernas!!!
Que vergonha!
Aquele incomodo no meu abdômen aumenta e eu entendo que é
prazer!
Eu jogo minha cabeça para trás, sentindo esse prazer aumentar e
me dominar, quando ele suga um ponto específico lá em baixo, eu
não consigo fechar minha boca e começo a gemer, a sensação é
que tem várias borboletas no meu estômago
Sinto uma onda forte de prazer me dominar, que me leva a um alto
nível de adrenalina e pelo meu conhecimento literário, eu percebo
que cheguei ao orgasmo. Me vejo em uma luta contra mim mesma,
minha mente diz que isso não é bom, porém meu corpo grita, que é
a melhor sensação que já senti na vida!
Ele se levanta e nesse momento não vi o que ele fez, porque meus
olhos estão fechados ainda sentindo minha vagina pulsar
Ele vem por cima de mim e tira minha camisola, e nós ficamos nus
pele com pele, sinto o calor do seu corpo no meu, suas mãos
apertam meus seios, mas eu não sinto dor e sim uma corrente de
prazer, ele encosta o órgão na minha entrada, e eu estou ansiosa
para recebe-lo
Corpo traidor!
Ele me penetra lentamente me levando a loucura, por mais que eu
queira,não aguento ficar quieta, e volto a gemer na sua boca,que
não para de me beijar. Ele entra e sai sem parar e vai aumentando o
ritmo, fazendo minha intimidade pulsar de tanto prazer
Minha mente, que aceitou a derrota para meu corpo, grita, querendo
que ele vá mais forte, e como se ele pudesse ouvir, assim ele faz e
começa a entrar em mim bem forte e rápido, me levando ao delírio,
até que eu sinto aquilo de novo, o prazer muito intenso e forte me
toma
O orgasmo!
E quando o meu chega novamente, ele me acompanha ejaculando
dentro de mim, e afunda seu rosto no meu pescoço, enquanto
recuperamos o fôlego percebo que minhas mãos estão na suas
costas largas e minhas pernas envolta da sua cintura, ele se apoia
nos cotovelos e me olha nos olhos, estando ainda dentro de mim.
— Eu não aguentava mais ficar longe de você! — diz.
Sua voz está grossa e rouca, vejo que ele fala sério e não sei o que
dizer, nem mesmo entendi o que acabou de acontecer.
Mas ele não precisa de uma resposta, pois começa a se movimentar
novamente dentro de mim.

Acordo, mas não abro meus olhos, sinto seu braço pesado em volta
da minha cintura, e sua respiração no meu pescoço
Estamos nus!
Eu não acredito que isso aconteceu! Eu me entreguei a ele e gostei,
na verdade eu gostei e muito. A gente fez sexo quase a noite inteira,
e quando eu pensava que tinha acabado, ele começava de novo e
eu ia as estrelas e voltava
Foi a minha primeira noite de prazer e tenho que admitir, realmente
sexo é maravilhoso!
Eu sempre lia sobre o assunto, mas nunca imaginei que eu ia fazer
essas coisas, é claro que eu sabia que ele faria sexo comigo, mas
não pensei que eu ia gostar tanto e ainda participar!
Mas agora estou morrendo de vergonha de olhar para a cara dele,o
cara me chupou todinha!!!
Sinto meu rosto queimar de vergonha, só de lembrar.
Eu queria ficar aqui e fingir que estou dormindo até ele sair do
quarto, mas ele está dormindo feito uma pedra, e estou morrendo de
vontade de fazer xixi
Pego seu braço que aliás é enorme e coberto por tatuagens e
coloco bem devagar em cima do seu corpo, me sento na cama, mas
sua perna está sobre as minhas, eu vou saindo bem devagar para
não acordálo
— Bom dia! — ele diz com os olhos ainda fechados e eu dou um
pulo pois me assustei
— Quer me matar de susto? — falo colocando a mão no meu peito
— Está assustada? — Me pergunta, com um sorriso enorme no
rosto.
— Eu pensei que estivesse dormindo!. — digo,desviando o olhar.
— Estou acordado faz tempo! — Ele diz e eu fico me perguntando o
por quê ele não se foi ainda?
— Preciso ir ao banheiro! — Digo me levantando e puxo o lençol
cobrindo meu corpo
Mas quando tiro o lençol, ele está deitado de barriga para cima com
os braços atrás da cabeça, e está totalmente pelado, seu órgão está
todo de fora e ereto
Arregalo os olhos me assustando com o que vejo, e jogo o lençol
em cima dele que começa a rir
— É, assim está melhor! — diz puxando o lençol para que eu não o
pegue mais
Eu olho para baixo e vejo que agora sou eu que estou nua, corro
para o banheiro e fecho a porta, me olho no espelho e vejo que
estou vermelha igual um pimentão, passo as mãos no meu rosto
tentando recuperar minha cor.
Entro no box tomo um banho não muito demorado, pois estou com
uma fome que não é minha
Saio do banheiro com uma toalha enrolada no meu corpo,e outra na
cabeça, e ele ainda está lá estirado na minha cama.
— Você não tem que trabalhar não? — Digo entrando no closet o
mais rápido possível, procurando uma roupa
— Hoje é domingo! — responde se levantando, vai para o banheiro.
— Pensei que você trabalhasse todos os dias! — Ou pelo menos
era o que eu queria!
— Eu trabalho, mas hoje só à tarde!
Enquanto ele está tomando banho, eu desço para o café da manhã,
parece que tem um buraco no meu estômago. Já na mesa, encontro
o Giulliano, e ele me recebe com um sorriso enorme e eu retribuo.
— Bom dia cunhadinha!
— Bom dia Giulliano!
Começo a comer de tudo um pouco, já que está tudo uma delícia
— Bom dia! — Matteo diz entrando na sala
Ele está lindo e com uma roupa diferente dos ternos que ele
costuma usar. Está com uma camiseta gola polo azul escura, calça
jeans e uma bota escura, seu cheiro invade o ambiente, os cabelos
estão molhados igual aos meus, que só penteei e não sequei, eu
queria sair rápido do quarto
O Giulliano olha para ele e depois para mim, que não paro de comer
e diz
— É, a noite foi boa,heim!
Eu me engasgo com o chá, e ele começa a rir, tenho certeza que
estou vermelha, eu não respondo nada, é claro, muito menos olho
para o Matteo, e logo eles começam a falar de outras coisas,para
meu alívio!
— Matteo,o Rubens me ligou, ele precisa que você vá até lá hoje! —
O Giulliano diz
— E porque ele não me ligou e falou diretamente comigo?
— Será que é porque você está a noite inteira sem seu celular ?
Ele deve ter deixado o celular no outro quarto,já que dormiu no meu.
— Deve ser urgente, pois ele me ligou pedindo para falar com você.
Eu te procurei e não te achei em lugar nenhum dessa casa! — Diz
me olhando
— Só não procurei no quarto da Antonella, que pelo jeito você só
saiu de lá agora! — Se tivesse um buraco no chão,eu entraria! Ele
tinha que ser tão direto?
— Ela é minha esposa,porque o espanto? — o Matteo pergunta
— Já chega, eu estou aqui, tá bom! Parem de falar de mim como se
eu não estivesse! — falo
Parece que o Giulliano se diverte em provocar o Matteo, e gosta de
me deixar desconfortável
— Matteo, se você vai sair, me deixa ir com você, eu quero ir na
casa do meu tio — pergunto, mas já esperando receber um não, eu
nunca pude sair dessa casa.
— Tá bom, mas não vamos demorar lá
Eu não aguento de felicidade e dou um sorriso enorme para ele, que
retribui, eu estou morrendo de saudades da minha família!
— Ei, eu ainda estou aqui! — Giulliano diz chamando nossa atenção
Terminamos de tomar café em um clima bom, talvez porque estou
feliz já que vou visitar minha prima.
Depois do café eu já subi para me trocar, eu pareço uma criança
que vai— a um parque ou coisa do tipo, ele me disse que iríamos
antes do almoço, porque tinha pressa!
Coloquei um vestido curto rodado azul claro, com detalhes vermelho
de mangas largas e compridas, que deixa bem evidente meu decote
Eu adoro me arrumar passo horas em frente ao espelho, até
encontrar uma roupa que me caía bem no momento, já faz tanto
tempo que não saio, que acho que até exagerei um pouco no visual.
Deixei meus cabelos soltos, fiz uma maquiagem e coloquei um
escarpin aberto, com pedrinhas de cristais.

Matteo

— Matteo você está me devendo 832 mil euros! — Meu irmão diz
entrando no meu escritório, reviro os olhos.

— Tá bom da próxima eu bato! — diz interpretando meu olhar


— Não entendi! — digo me referindo ao dinheiro
— Eu tive que pagar a loja que você chamou aqui!
— 832 mil euros? — pergunto espantado
— Sim, sua mulher gastou quase 1 milhão de euros em uma única
loja!
Caramba!
— Eu não pensei que uma única mulher gastasse tanto! — ele diz
enquanto deita no meu sofá.
Nem eu!
Abro a gaveta da minha mesa e pego o talão de cheques
— Se algum dia eu pensar em casar, me lembra disso pelo amor de
Deus! — Ele diz brincando, pois somos tão ricos que nossa fortuna
é incalculável
— Tá aqui seu cheque!
Entrego, e ele não recusa,é claro! Alguém bate na porta e mando
entrar, é a Antonella, com um vestido curto que a deixa ainda mais
linda e seus sapatos brilhosos chamam atenção para suas pernas
Assim eu não consigo me concentrar!
— Ah cunhadinha você não precisa bater, é só entrar!
Meu irmão diz para me irritar, ele adora fazer isso, mas ela não
precisa bater, na verdade vou adorar ela me procurando, mas não
digo, para não dar mais ousadia para ele.
— Vamos, eu já estou pronta! — Ela diz e está radiante ficando
ainda mais linda.
— Sim!
Falo,indo em sua direção. Nós saímos no meu carro eu vou
dirigindo, o que foi uma péssima ideia já que não consigo me
concentrar, suas coxas estão de fora com esse vestido curto
Porra, ela é muito linda!
Levo minha mão direita a sua coxa, e ela se assusta, ficando tensa.
— Matteo! — me repreende
Eu a ignoro, vou subindo minha mão até chegar em sua calcinha,
ela respira fundo e isso me deixa louco, sei que está gostando, vou
passando meus dedos no tecido...
— Para,por favor, você está dirigindo!
Diz com os olhos fechados, já está excitada, sinto sua calcinha
molhada, ela pega minha mão e tira do meio das suas pernas e
desconversa...
— Você vai me deixar lá,enquanto resolve suas coisas?
— Não, eu tenho um assunto para resolver com seu tio, enquanto
eu converso com ele você vê sua prima, vamos ficar lá no máximo
meia hora, depois você vai comigo
— Depois vamos aonde?
— Em uma das minhas boates!
Ela respira fundo
— Eu não quero ter que discutir com suas prostitutas como já
aconteceu! — diz impaciente
— Eu só vou resolver um assunto com o responsável pela boate, é
bem provável que você não encontre ninguém
— E se eu encontrar? — pergunta e continua...
— Eu não vou ouvir desaforo e ficar quieta! — diz já se alterando e
eu perdendo a paciência
— Eu não te obriguei a vir, foi você que pediu! — falo com raiva,
minha paciência já se foi.
— Você sabe porque eu quis vir, eu só não quero que você me tire
de lá pelos cabelos!
Ela diz se referindo as briga que tivemos, por causa da Vaiola, seus
olhos seguram uma lágrima e tem ressentimento na sua voz.
Eu não digo nada, apenas continuo a dirigir mais rápido, chegando
na casa do Tulio. Não gosto nem de lembrar como ela ficou depois
daquele dia! Eu acabei perdendo o controle e a machucando muito,
mas porra, ela me tirou do sério!
Chegamos e ela quase pula para fora quando os portões se abrem,
e sua prima vem correndo, mal espera eu parar o carro para abrir a
porta
Eu detesto ir na casa dos outros, ainda mais quando não me
suportam
— Ane!!!
A Marie grita vindo na minha direção, e me dá aquele abraço
apertado, que só ela tem.
Eu senti muita falta dela, já que nunca ficamos tanto tempo sem nos
falar, e os dias que fiquei com ela aqui foram ótimos.
Meu tio não apareceu, ela disse para o Matteo que ele estava o
esperando no escritório, melhor assim, ele me deixa tensa.
Fomos para a sala e começamos a conversar sobre tudo, ela me
disse que foi até a mansão me visitar mas não a deixaram entrar, eu
fiquei irritadíssima, pois nem fiquei sabendo disso, e o que custava o
Giulliano deixar ela entrar, ela não é uma ameaça
Mas enfim matamos um pouco da saudade
— Tenho uma coisa para te contar! — Ela me diz olhando para os
lados
— Mas ninguém pode ficar sabendo! Ai meu Deus, eu não gosto de
segredos!
— O que aconteceu,me fala?
Pergunto já curiosa e boa coisa não deve ser... — Eu estou saindo
com um cara!
Ela diz com os olhos brilhando e deixa os ombros caírem, deixando
evidente que gosta mais do que deveria!
— Mas como assim, de uma hora pra outra?
— Não foi de uma hora para outra, eu sempre achei ele um gato
mas... Ela não continua
— Mas o quê??
— Olha, eu não posso falar mais nada! — Ela diz desconfiada e eu
fico sem entender nada
— Ah não, você não me contou isso, para agora dizer que não pode
falar!
— Eu quero saber quem é! — digo firme
— Eu não posso! — Ela diz se desculpando com o olhar
— Porque não? — pergunto sem entender o porquê de tanto
mistério
— Porque nós combinamos assim!
Epa Epa nós?
— Como assim nós? Você não está só saindo?
— Sim, mas é melhor assim!
Ai meu Deus, logo me vem à história da minha mãe e eu quase
tenho um infarto.
— Você tá louca ?? — pergunto a repreendendo
— Agora você entende porquê eu não posso falar? Se meu pai
descobrir, ele me mata e com razão!
— Mas olha não precisa se preocupar eu sei o que estou fazendo,
eu só quero curtir, só isso, não vou me apaixonar!
Ai meu Jesus cristinho,o negócio é pior do que eu pensava!
— Você só pode estar louca,não é possível! — afirmo
— Marie você ainda é...
— Antonella! – meu tio me corta
Ela me olha com um sorriso no rosto, olho para o lado e está meu
tio e o Matteo em pé, mas estão longe não conseguiram ouvir nada
— Tio!
Levanto e vou em sua direção e dou um abraço bem gostoso,
depois do abraço ele segura meu rosto e sorri
— Você está bem? — pergunta curioso
— Sim,eu estou! — digo sorrindo para ele, pois estou feliz de estar
aqui.
— Fico feliz e aliviado!
— Nós precisamos ir,Antonella! — Matteo me diz
Saímos da casa do meu tio e meu coração ficou lá com a Marie, é
bem provável que meu tio logo vá arranjar um casamento para ela..
E se ela já tiver se entregado a esse cara? Meu Deus eu não quero
nem pensar nisso...
— Está tudo bem?
Matteo me pergunta, porque é bem provável que eu não esteja
disfarçando meu nervosismo.
— Estou, deve ser minha pressão que caiu um pouco, só isso!
— Então vamos voltar para casa e vou chamar a médica! — diz
firme
— Não precisa, isso é normal,acontece às vezes! — falo o
tranquilizando.
— E você falou com a médica sobre isso? — pergunta ainda
preocupado
— Sim! — falo querendo encerrar o assunto. — E o que ela falou?
Pelo jeito, ele não se dá por vencido!
— Que provavelmente, era por causa da anemia! — Você estava
com anemia? — pergunta surpreso.
— Sim, com anemia profunda, desnutrição, falta de apetite,
irritabilidade, inchaços pelo corpo, cansaço excessivo e também
uma infeção no coro cabeludo, devido ao tufo de cabelo que você
arrancou no dia do casamento!
Falo firme, para ele saber um pouco do que me causou, ele engole
em seco e dirige ainda mais rápido e não me faz mais perguntas.

(...)

Chegamos na tal boate, e o lugar é super luxuoso, eu saio do carro,


sem esperar ele abrir a porta. Antes de entrar no local,ele pega a
minha mão, e entrelaça nossos dedos.

Hum, estranho...
Vamos direto para um escritório que logo percebo que é seu, no
caminho passamos por um salão muito elegante, que tem uma
grande escada larga e comprida no centro. O salão está vazio,
apenas no bar tem uma moça lustrando taças, que acena para nós.
Entramos e eu me sento em uma poltrona, logo alguém bate na
porta e entra.
— Sr Messina eu...
O homem pára, e me olha.
— Desculpa, não sabia que estava acompanhado!
— Tá Rubens, espero que seja importante, porque eu acabei de
chegar de viagem! — O Matteo diz impaciente
Ele tenta disfarçar, mas continua me olhando. — Matteo, eu vou
beber uma água,tá bom?
Digo me levantando, ele assente com a cabeça e eu saio da sala,
vou até o bar e peço para a moça uma água, ela me entrega uma
garrafinha.
— Qual o seu nome? – pergunto, puxando assunto.
— Clara, e o seu? — pergunta com um sorriso, ela é muito bonita e
educada.
— Antonella!
— E o que você faz aqui com o patrão?
— Só vim acompanhá-lo! — falo, enquanto bebo minha água.
— Sabe o que está acontecendo aqui hoje? — Pergunto me
referindo ao que Giulliano disse no café
— A coisa está feia! — diz com pesar
— Como assim? — Pergunto curiosa, e pela cara dela,não é coisa
boa...
— Uma das meninas foi assassinada!
— Meu Deus! — falo, colocando a mão no peito. Como assim
assassinada? — E já sabem quem foi?
— Sabemos sim, e é uma longa história! — Diz e começa a me
contar fazendo meu corpo gelar
Ela me disse, que algumas semanas atrás chegaram novas
meninas, e o Matteo separou uma só para ele, o que é de costume.
Ridículo!
Mas a menina era bem novinha e muito bonita, e isso causou
ciúmes na sua puta fixa, que praticamente manda nesse lugar.
Eu estou de boca aberta!
É óbvio que a Clara não percebeu que eu sou esposa dele, porque
senão, ela não teria me contado, mas enfim...
A puta fixa matou a menina novinha,ontem de madrugada!
— Eu estou chocada! — falo com os olhos arregalados e a mão na
boca estou realmente chocada.
— Pois é! — ela diz, parecendo que está acostumada com essas
coisas.
— E o que fizeram com a assassina?
— Nada, ninguém pode tocar nela! — diz com irritação na voz,
como se não gostasse da fulana.
— E falando nela! — diz e olha para a escadaria enorme
Eu não acredito que essa mulher mata alguém, e anda livremente,
como se fosse a rainha da cocada preta...
Olho para ela, e a filha da mãe é bonita; ruiva, olhos negros,
intensos parecem até duas jabuticabas, está com uma roupa bem
curta, shorts e um top preto.
Ela vem em nossa direção, senta na banqueta ao meu lado, apoia
os cotovelos no balcão e diz:
— Quem é essa, Clara?
— Antonella! — eu respondo, pois estou aqui,e ela está me
ignorando.
— O que faz aqui, Antonella? — Pergunta, me olhando dos pés a
cabeça.
— Vim acompanhar o Matteo! — falo firme e bebo mais um pouco
de água
— Matteo?? Nossa, que intimidade!! — diz com ironia
— Por acaso é alguma puta de outro bordel??
Ela pergunta com um sorrisinho no rosto, e meu sangue sobe, já
não estava afim de conhecer a ordinária,ainda me chama de puta!
— Não, eu não sou da sua laia! — falo e olho bem nos olhos dela.
Nesse momento, sinto uma ardência no meu rosto, com o tapa que
a vagabunda me dá.
Eu me esqueço de tudo, fecho a minha mão, e com toda a minha
força dou um soco bem no nariz dela, que cai da bancada, e quando
levanta com a mão no nariz, eu já estou de pé e seu rosto está
sangrando muito
— Que porra tá acontecendo aqui?
O Matteo vem rápido na minha direção, a Clara está com a mão na
boca, e Rubens com uma cara de que já está acostumado a ver a
piranha brigando.
— Essa vagabunda quebrou meu nariz! — Ela diz para o Matteo, e
eu percebo a merda que fiz, e já me preparo para sua fúria.
— Olha o que ela me fez! — ela diz esperando que ele a defenda.
Ele vem até mim, coloca meu cabelo atrás da orelha, passa as
costas da mão aonde ela bateu; seus olhos se enchem de fúria e ele
fala com ódio, ainda me analisando...
— Você bateu na minha mulher? — Depois de falar ele se vira, e
ela, a Clara e o Rubens,arregalam os olhos.
— Eu não sabia! — Ela tenta se explicar.
Ele tira um revólver da cintura e aponta para ela que se desespera
— Não, por favor,não me mata,eu não sabia! — Ela diz
desesperada,enquanto chora.
Ele dispara um tiro na sua coxa direita e outro na esquerda.
Ela cai no chão, e eu não acreditando nisso levo minha mão a boca,
eu ia falar para ele parar, mas aí lembrei que ela matou uma moça,
então deixei!
Olhei para Clara, que estava petrificada, e Rubens incrédulo, é bem
provável que ela era a protegida dele.
— Não, por favor, está doendo muito, me ajuda!
Ela suplica para ele que abaixa a arma, já estando satisfeito com o
estrago que fez, mas eu não estou...
— Continua Matteo! — Falo e ele me olha, não acreditando no que
está ouvindo, logo forma um sorriso no seu rosto.
— Não é pelo tapa que a sua vagabunda me deu!
— E sim pela vida da menina que ela tirou!
— Dente por dente! — digo e a mulher no chão me olha com ódio
Ele estende a arma para mim
— Eu não vou fazer isso ! — falo séria.
— Então ela vai viver! — ele diz
Ela dá um sorrisinho em meio à dor, essa vagabunda deve ser uma
psicopata, só pode!
Ele ameaça guardar a arma, eu sei que ele está falando sério, então
não acreditando que estou fazendo isso, eu estendo a mão,a
pedindo.
Eu fazia aula de tiro, então eu sei muito bem usar uma arma, e
minha mira é muito boa também!
— Não, por favor, não faz isso! — Ela suplica para o Matteo, que
não liga, ele está mais interessado em me ver usando a arma...
— Eu amo vo.....
Ela não termina porque eu atiro bem no meio da sua testa, fico
parada analisando o que eu fiz Eu acabei de matar uma pessoa! Eu
tinha acabado de me espantar por que ela era uma assassina, e fiz
a mesma coisa.
Ele tira a arma da minha mão, puxa meu rosto me analisando, e me
dá um selinho demorado
— Está tudo bem Ane! Ela não valia nada! E iria morrer de qualquer
jeito!
Eu olho para ele e sinto conforto na sua voz, ele me dá mais alguns
selinhos, me abraça e beija minha cabeça
Ele vira para o Rubens e manda-o se livrar do corpo, a Clara me
olha e pede desculpas de longe com olhar e saímos de lá!
Ele me coloca no carro, e vamos embora, eu estou meio que em
choque com o que acabei de fazer
Depois do acontecido na boate, trouxe a Antonella para casa e a
levei até o quarto, quase tive que colocala na cama. Ela ficou meio
que em choque com o que fez.
Mas aquela vagabunda bem que mereceu, ela teve coragem de dar
um tapa na Antonella, que não deixou barato...
Eu fiquei puto com aquilo, mas até que gostei de ver minha Deusa
das fadas, como diz meu irmão, se defendendo,e ainda mais me
pedindo para matar a mulher, eu quase não acreditei nos meus
ouvidos, não sabia desse lado dela!
Muito menos que ela teria coragem de executar alguém, e também
foi uma surpresa aquele tiro preciso. Toda aquela cena me deixou
impressionado e muito orgulhoso, é ótimo saber que se for preciso
ela mata, assim como eu.
Me sento no sofá ao lado do meu irmão
— E aí o que aconteceu, Vocês não iam almoçar fora? — ele
pergunta
— Não vamos mais! — Respondo
— O que aconteceu?
— Antonella matou a Jheny.
— Como assim? Ela não seria capaz! — Ele diz não acreditando, e
se me contassem eu também não acreditaria.
— Hoje eu vi do que ela é capaz!
Ficamos ali conversando mas eu estou preocupado com ela, me
senti culpado quando ela falou aquelas coisas no carro, eu não
imaginava que ela tinha ficado tão mal assim, pensei que era birra o
fato dela não sair do quarto. Eu deveria ter feito alguma coisa, tê-la
obrigado a comer,sei lá...
— Ei, cara?
— Está no mundo da lua?
Meu irmão fala me tirando dos meus pensamentos
— Fala! — Respondo prestando atenção nele
— Matteo, você está preocupado com a Antonella, né?
— Um pouco!
Muito na verdade!
— Cara,você está se apaixonando por ela! — Ele diz sério e eu o
encaro
— É claro que não!
Será???
— Eu só me preocupo porque ela é minha mulher,só isso! — Digo
tentando acreditar nisso.
— Tá,eu vou fingir que acredito!
— Tá bom, já chega desse assunto!
— Você vai para a boate hoje? — Pergunto vendoo todo perfumado
e arrumado para sair.
— Não! — responde estranho e já se levanta.
— Aonde você vai,então? — pergunto desconfiado
— Cara, você não é meu pai não!
— Giulliano, Giulliano! Não vai fazer merda!
— Tchau Matteo! — diz e sai.
Ele não dizer para onde vai é muito estranho, meu irmão é um livro
aberto,aí tem coisa...

Antonella

Acordo sentindo minha pele arrepiada pelo frio, olho para o outro
lado da cama e ele não está aqui
Vou para o banheiro faço minha higiene, tomo um banho de
banheira já que hoje amanheceu mais frio, coloco um conjunto rosa
de moletom que fica bem justinho no meu corpo, e desço para o
café
A Diana me diz que o Matteo e o Giulliano já saíram cedo, então
decido tomar café na cozinha com elas. Ficamos ali um bom tempo
conversando, enquanto elas faziam o almoço, Diana me disse que
já trabalha há 35 anos para os Messina.
Me contou, que a mãe do Matteo morreu depois do parto da sua
última filha, que também acabou morrendo.
Nossa que tristeza!
Ela disse também que o pai sofreu muito porque a amava e
praticamente morreu de tristeza, pois nunca conseguiu superar a
morte da esposa
Que triste, perder a mãe e ver o pai sofrer até o dia de morrer, deve
ter sido muito difícil para eles

(...) — Antonella!
Matteo me chama, enquanto estou lendo um livro

na biblioteca.
— Não te achei em lugar nenhum!
— Faz tempo que está aqui? — me pergunta. Olho

pela janela e vejo que já anoiteceu, eu perdi a noção do tempo.


— Sim, depois do almoço vim pra cá!
— Hoje nós vamos jantar fora! — Diz e se senta na poltrona à minha
frente, me parece que acabou de chegar.
— Tem certeza? Da última vez que saímos, você viu no que deu!
Falo me referindo ao dia que fomos na boate e aconteceu aquela
coisa horrível, que me deixa tensa até hoje.
— A gente só vai a um restaurante, não tem com o que se
preocupar! — Diz com um sorriso no rosto
Ele fica lindo sorrindo...
— Mas como é o lugar, onde é? — Pergunto já empolgada, não saio
de casa já faz alguns dias, e a ideia me agrada.
— É surpresa!
— Ah não, eu não gosto de surpresa, fala logo! — falo curiosa
— Esteja pronta às 19h! — diz e se levanta..
— Mas se eu não souber para onde vamos, como vou conseguir me
arrumar?
— Coloca qualquer roupa! — diz e sai
— Então tá bom! — Respondo para mim mesma
Fiquei empolgada, não via a hora de poder me arrumar para sair. Eu
comprei muitas roupas mas praticamente não uso, pois não saio.
Olho no relógio e vejo que já são 17:47
— Meu Deus!
Quase caio da poltrona, vendo que está em cima da hora.
Vou para o quarto tomo um banho de chuveiro mesmo, já que não
tenho tempo. Lavo meus cabelos, que agora já estão bem melhor
que antes, eu já posso ver grandes resultados nos cuidados que
venho tendo com eles, e com meu corpo também!
Depois do banho escovei meus cabelos e pranchei, deixando-os
lisos, e escolhi um vestido preto, assim que bati o olho nesse
vestido,eu me apaixonei.
Ele é bem justo de manga comprida, seu tecido é grosso vai até o
joelho, ele cobre todo o busto, mas o diferencial é que, atrás ele tem
um zíper, por toda sua extensão; Coloquei um escarpin preto com o
solado vermelho.
Básico!
Deixo esses itens na cama enquanto coloco uma lingerie, também
bonita é claro, esse vestido não merece menos.
Passo hidratante em todo meu corpo e faço a maquiagem marcante
mas sem exagero; sei que é estranho, mas eu gosto de me maquiar
antes de colocar a roupa
Bom já estou maquiada e com o cabelo pronto, abro todo o zíper do
vestido e coloco meus braços, porém não consigo fechar atrás, mas
não tem problema,já está quase na hora da Diana sair da mansão, e
como ela sempre vem ver se eu ainda preciso de alguma coisa, e
trazer meu remédio, peço sua ajuda.
Enquanto espero coloco o sapato e passo o batom, vermelho é claro
para combinar com o solado do meu sapato
Sei que pareço uma maluca e talvez esteja me arrumando demais;
Porém eu nunca saio, estou com um guarda roupa novinho em
folha, então não me julgo e além do mais qualquer mulher me
entenderia! Falo para mim mesma

Matteo

Olho no relógio da sala e vejo que já são 19:30h, e a Antonella


ainda não desceu, mas pra quê tanta demora??

— Matteo, você ainda vai precisar de mim para alguma coisa ? — A


Diana pergunta
— Não Diana, você já pode ir! — respondo
— Tudo bem, só vou levar o remédio da Ane, aí depois eu vou —
Diz com uma caixinha de plástico e um copo de água nas mãos.
— Pode deixar que eu levo! — Falo pegando os objetos da sua mão
— Tem certeza? — Ela pergunta com um olhar de interrogação
— Sim, pode ir!
Abro a porta do quarto entro e a fecho
— Diana preciso da sua ajuda! — Antonella diz do banheiro
Ela aparece no meu campo de visão e está linda com um vestido
preto.
Mas meus olhos imediatamente vão para seu rosto, está com um
batom vermelho,que deixa seus lábios ainda mais carnudos, seus
olhos estão com uma maquiagem forte, evidenciando ainda mais
sua cor.
— Cadê a Diana? — ela pergunta sem graça.
— Ela já foi!
— Mas ela sempre vem me ver antes de ir! — diz desconfiada
— Sim, mas eu a dispensei!
— Faz mais de meia hora que eu estou lá embaixo te esperando! —
falo
— Então eu mesmo trouxe o remédio!
Entrego a caixinha, ela vem até mim pega o comprimido e depois
bebe a água
— Você disse que precisava da ajuda da Diana? — Pergunto e a
vejo corar...
— Sim!
Ela diz e se vira me dando uma visão espetacular do seu corpo
— Preciso que feche o vestido!
Meus olhos não acreditam no que eu vejo!!!
Dou um passo para trás, para poder ver melhor; ela está sem sutiã,
sua calcinha vermelha é minúscula, deixando todo seu bumbum de
fora, está com um sapato alto preto com solado vermelho que deixa
suas pernas ainda mais lindas...
Que corpão da porra.. Meu pau ganha vida...
— Tá esperando o que? — ela pergunta, pois estou parado de boca
aberta, feito um idiota,mas ela não vê porque está de costas.
— Porra Antonella! — digo com voz roupa e baixa, fechando os
olhos e colocando a mão na testa e subindo acabei bagunçando
meu cabelo
— O que foi? — Ela pergunta ameaçando virar o corpo mas eu a
interrompo
Encosto meu corpo no seu e beijo seu pescoço, sentindo seu cheiro
maravilhoso e embriagante, dou uma mordida na sua orelha,
colocando minhas mãos por dentro do vestido até chegar aos seus
seios a puxando ainda mais para mim, desço minha mão devagar
para dentro da sua calcinha...
— Para Matteo! — Ela diz com uma voz bem baixinha embargada
de prazer.
— Eu quero ir jantar!
— Então por que me provocou? — falo da mesma forma, ela se
afasta e se vira.
— Vamos logo! — diz firme
E porra, que gostosa, desse jeito eu não aguento!
— Vai fechar meu vestido ou vou ter que ir na casa dos funcionários,
pedir para a Diana? — ela pergunta,com as mãos na cintura.
— Nem fodendo, você sai desse quarto,com essa bunda de fora!! —
Falo com raiva só de pensar em alguém vê-la assim, e ficando de
pau duro pelo que é meu, já me dá raiva!
— Eu não posso sair assim!
Falo e ataco sua boca grudando nossos lábios; ela não resiste, e me
beija na mesma intensidade!
Levo-a até a cama, sem deixar de beija-la, vou descendo minha
mão e aperto seu seio perfeito e porra, eu não me enganei quando
disse que ele cabia exatamente na palma da minha mão
Cada vez que o aperto, meu pau pulsa na cueca, desço minha mão
até sua entrada para confirmar o que eu já sei, pois ela está
gemendo na minha boca e isso é delicioso, sua entrada está
encharcada
— Tá prontinha pra mim bebê! — digo bem baixinho no seu ouvido
Rasgo sua calcinha, abro o zíper da minha calça deixando meu
amigo pular para fora, e a penetro...penetro gostoso...
— Porra, Ane! — Falo entrando e saindo dela, bem devagar...
— Tão apertada!
Ela estrangula meu pau, e eu esqueço até meu nome nessa hora.
— Tão gostosa!
Eu aumento o ritmo procurando seu orgasmo, porque eu não vou
aguentar me segurar
— Matteo! — diz gemendo enquanto goza no meu pau, eu não
aguentando isso a preencho explodindo dentro dela
E caralho, ela é gostosa pra porra!!!
Coloco seu cabelo atrás da orelha e olho bem dentro dos seus
olhos.Porra,eu tô ferrado!!!
— Será que ainda vamos conseguir sair?
Ela diz,quebrando o silêncio enquanto nos olhamos.
— Sim nós vamos! — digo ainda a fitando
— Então tá esperando o que?
Ela pergunta com um sorriso no rosto, e caralho, eu adoro isso! Não
consigo conter o sorriso que se forma no meu rosto.
Eu saio de dentro dela, que se levanta e vai para o banheiro, eu vou
atrás, para me limpar, mas meu amigo não quer abaixar nem a pau!
Calma Matteo, relaxa, pensa em outras coisas, levea para jantar, de
boa- falo para mim mesmo, tentando manter o controle.
— Será que dá pra fechar meu vestido agora? — pergunta com
sarcasmo
— Vou tentar!
Ela se vira e está sem calcinha, aí Caralho, assim eu não aguento
essa mulher quer me matar só pode
Decido não falar nada, quero ver se ela vai ter coragem de sair
assim
Com muito autocontrole, respirando fundo, tentando não olhar pra
aquela bunda gostosa do caralho, eu fecho o vestido
— Ufa, até que enfim!
Ela diz e vai para o banheiro, na frente do espelho ela passa o
batom, porque o outro eu fiz questão de tirar tudinho, ela arruma o
cabelo e nós saímos
Mas meu amigo ainda está duro, essa rapidinha não me satisfez

Depois daquele sexo rápido, e tenho que admitir, muito gostoso, nós
enfim conseguimos sair de casa. Eu gostei do jeito que ele ficou por
causa da minha roupa, me senti poderosa naquele momento, e
fazer sexo com salto alto, é outro nível!
O restaurante é incrível, lindo, muito luxuoso, mas não deixa de ser
aconchegante.
— Uau,que lugar incrível! — Falo, assim que sentamos em uma
área reservada. Uma loira vem em nossa direção.
— Matteo, quanto tempo!
Ela diz, e abre um sorriso de orelha a orelha para ele. Já não gostei
dela, aparentemente está me ignorando.
— Como você está?
— Ele está bem, pode trazer o cardápio? — Já falo logo, porque
percebi que ela está se derretendo por ele, e isso nunca acaba bem.
— Eu não sou garçonete! — Ela responde e para mim não sorri, por
que será né?
— Beatrice, pede para alguém me atender,estou com pressa! — Ele
diz com cara de poucos amigos.
Gostei disso!
— É claro! — Ela diz e sai rebolando tanto, que até parece forçado,
mas a ordinária é muito bonita.
— Quem é ela? — Pergunto,olhando para o lado, como quem não
quer nada.
— Minha funcionária e gerente desse lugar!
— Como assim?
— Esse restaurante é meu!
Um rapaz traz o cardápio, e um senhor se aproxima, o cumprimenta
e pergunta se ele vai querer o vinho de sempre, e ele confirma.
Eu fico ligando as coisas, ele disse que não vem sempre aqui, mas
o garçom já sabe qual vinho trazer, ele não costuma beber vinho, e
a oferecida me tratou como se eu fosse uma qualquer, então
provavelmente ele já trouxe mulheres aqui…
— Eu quero a carta de vinhos! — falo e o garçom me olha sem
entender e depois olha para o Matteo, que está com uma expressão
engraçada, ele assente e o garçom sai.
— Posso escolher o jantar, ou você prefere escolher? — pergunta
com ironia.
— Depende!
Ele questiona com o olhar.
— Você vai escolher o mesmo de sempre? — Pergunto séria,
erguendo uma sobrancelha Está querendo desafia-lo,Antonella?
Minha consciência diz.
Ele me olha com um sorrisinho,e um ar de divertimento.
— Não Antonella, vou escolher algo que nunca provei! — É, acho
que ele entendeu!
— Então pode escolher! — respondo
O garçom traz a carta de vinhos, e eu escolho um vinho tinto, de uva
verde, ele anota o pedido e sai.
— Matteo, posso fazer uma pergunta? — Ele me encara um pouco
surpreso.
— Você já transou com aquela mulher? — minha maldita
curiosidade. Ele me olha desconfortável e surpreso.
— Não sabia que você era tão direta! — afirma
— Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe! — falo com um
ar de divertimento e mistério.
— Bom, então eu preciso descobrir!
— Ah você vai! — digo
Olha meu querido, minha personalidade grita falo para mim mesma
— Mas você não respondeu minha pergunta...
Porque será que eu quero saber disso? Esses assuntos não me
interessavam!
— Que diferença isso faz ? — pergunta calmo.
— Faz toda a diferença!
— Não, não faz!
— Eu só quero saber, qual grau de intimidade você tem com ela!
— Antonella, eu comer alguém, não me faz íntimo dela! — Engulo
em seco!
— É só sexo! — Diz naturalmente respondendo à minha pergunta, e
sua resposta me incomoda mais do que deveria!
O jantar seguiu em silêncio, fiquei incomodada com sua resposta.
Estamos casados a alguns meses, e faz 3 meses, que eu venho me
entregando a ele de livre e espontânea vontade, na verdade eu me
apeguei a ele, gosto da sua companhia.
Mas para mim éramos íntimos, porque é assim que me sinto em
relação à pessoa que faço sexo todo dia!
Mas ele deixou claro que não vê assim, e sexo é só sexo. Eu fiquei
bem desapontada,e um sentimento desagradável me dominou, mas
é claro que ele não vai perceber,pois eu não vou deixar.
— Vou ao toalete! — Falo e já me levanto, estou evitando olhar para
ele, não quero que ele perceba que eu não estou muito bem.
Faço xixi e quando saio, vejo a Beatrice retocando o batom, ela me
olha através do espelho.
— Eu nem perguntei seu nome! — Diz com sarcasmo. Eu já não
estou bem, aí me aparece essa aí de novo!
— Sra. Messina! — Falo firme, para ela entender o que quero dizer,
vou até o espelho retocar meu batom.
— Entendi! — ela fala e continua
— Então você é a menina que o pai dele o abrigou a casar? —
Como ela sabe disso ?? Pergunto para mim mesma.
Mas acho que estava estampado na minha testa!
— Todos sabem disso!
— Ele é o capo! — Ela diz e se vira, ficando de frente para mim e
continua.
— Deve ser triste... — faz uma pausa. — Estar casada com um
homem tão gostoso como ele... — faz outra pausa
— Mas saber que ele só te come porque é obrigado! — Ela diz e
sai.
Eu me viro para o espelho, e percebo que caiu uma lágrima dos
meus olhos, um sentimento desagradável me invade, uma sensação
de vazio.
Sei que a intenção dela era me deixar assim, mas ela só disse
verdades, e eu já não estou bem, com isso, não aguentei. Limpei
meu rosto, retoquei a maquiagem, lavei as minhas mãos e saí.
Indo em direção à minha mesa, vejo que ela está lá, com um sorriso
enorme no rosto, eu não senti nada, uma tristeza já tinha me
invadido,antes mesmo de entrar naquele banheiro.
Talvez eu esteja emotiva de mais!
Fui até eles, e sentei no meu lugar, peguei a garrafa de vinho e
enchi minha taça, sem olhar para ele.
— Ok Beatrice, agora pode ir! — ele diz firme.
— Você está bem Antonella? — ele pergunta.
— Estou!
— Não parece! — fala desconfiado
— Eu só quero ir embora!
Nesse momento eu falo já olhando para ele, que me dá um olhar
profundo, como se soubesse o que se passa dentro de mim.
Nós levantamos e logo a ordinária loira veio em nossa direção, eu
continuei andando em direção a saída, deixando-o para trás, na
companhia dela. Eu só quero ir para casa, mais nada.
No caminho de volta, ele não disse uma palavra, e eu achei melhor.
Assim que— chegamos em casa, ele já se sentou no sofá, e eu fui
em direção à escada.
— Antonella! — ele me chama.
Eu paro, e me viro devagar em sua direção.
— Vem aqui! — Diz sem me olhar, eu respiro fundo e vou, parando
em sua frente, ele bate a mão no sofá, para eu me sentar ao seu
lado, e assim eu faço.
— Agora me fala! — Praticamente ordena, se referindo ao que
aconteceu no restaurante, mas eu não quero falar sobre isso
— Não tem nada o que falar! — digo, tentando ficar firme, estou
com uma imensa vontade de chorar, não sei o que esta
acontecendo comigo.
Ele passa a mão pelo meu rosto, vai até meu cabelo, colocando a
mecha rebelde atrás da minha orelha, se aproxima e me beija.
Ele me beija de uma forma diferente, totalmente nova para mim, eu
retribuo esse beijo, e sinto o gosto salgado das minhas lágrimas,
que eu não consegui mais segurar...
Ele continua me beijando, me deita no sofá e cola seu corpo em
cima do meu. Ele alterna entre minha boca e meu pescoço,
delicadamente, eu posso jurar que ele está me dizendo coisas com
esses beijos, coisas que eu não sei identificar, mas aquece meu
coração.
Ele levanta, tira meus sapatos,o meu vestido, me deixando nua;
depois tira suas roupas, e novamente cola seu corpo ao meu, mas
em nenhum momento ele deixa de olhar nos meus olhos.
Ele me penetra bem devagar, e nesse momento me sinto
preenchida, mas não só fisicamente, algo dentro de mim se
preenche. Ele vai me penetrando, enquanto beija meu rosto, minhas
bochechas, meu nariz, minha testa, sem deixar de entrar e sair de
mim.
Nós nunca transamos assim, com sentimento, eu estou me sentindo
amada nesse momento, e então percebo que estamos fazendo
amor, e meu coração se aquece no meu peito, eu o abraço
querendo trazer seu corpo ainda mais junto a mim, como se eu
precisasse sentir o calor da sua pele me cobrindo ainda mais.
E é nesse exato momento que eu percebo que me apaixonei por
ele, e ainda vou mais além...
Eu o amo!
Eu necessito dele, e não estou nem aí se não é recíproco.
E esse sentimento é tão grande e intenso, que eu não consigo
guardar só para mim.
Estou no sofá da sala de estar, nu com a Antonella nua dormindo
nos meus braços
Acredito que nunca vou me esquecer da noite de ontem. Eu não sei
bem o que aconteceu com ela no restaurante, mas quando eu
respondi sua pergunta, dizendo que comer alguém não me faz
íntimo, ela pensou que eu também a incluía nisso. Mas a verdade, é
que eu não vivo mais sem ela, o que eu tenho com ela vai muito
além de intimidade.
Não sei o que a Beatrice disse no banheiro, que a deixou— tão mal,
que nem conseguiu disfarçar, mas foi bom, pois nos levou a esse
momento.
Fiz amor com ela pela primeira vez, e foi uma experiência
extraordinária. Aliás foi minha primeira vez, nunca tive sentimentos
por mulher alguma, para chegar a tal ato.
Fizemos amor por horas, aquela necessidade louca de gozar e
gozar, não existiu, eu só queria que ela sentisse o mesmo que eu, e
foi ali que percebi que realmente tinha me apaixonado, que eu a
amava!
E como se ela pudesse ler meus pensamentos, disse que me
amava.
— Eu te amo! — disse com a voz embargada e os olhos fechados.E
porra,quase não consegui acreditar!
— Repete! — pedi, em meio àquela mistura de prazer com amor.
Então ela abriu os olhos e disse:
— Eu te amo Matteo!
Um sentimento de alívio me envolveu, junto com suas pernas e
braços em volta do meu corpo, como se precisasse ainda mais de
mim.
— Eu também te amo Antonella! Eu também te amo!
Disse e vi um sorriso aparecer no seu rosto, e uma lágrima descer
de um dos seus olhos.
Depois de gozarmos juntos, e ela adormecer nos meus braços,
puxei uma manta que estava no braço do sofá, e nos cobri, não
posso correr o risco de alguém ver o corpo perfeito da minha
mulher.

(...)
Acordo com uma visão dos inferno a minha frente

Giulliano parado com os braços cruzados e um sorriso, de orelha a


orelha.
— Pelos vistos, a noite foi boa! — diz com voz baixa.
— Que horas são? — pergunto baixo,para não acordar a Antonella.
— Ainda são 5h da manhã!
— E que caralho você tá fazendo aí,me acordando? — Falo já
irritado.
— Será que é porque você resolveu fazer orgia na sala! — diz com
sarcasmo.
Olho para o chão e nossas roupas estão espalhadas por todo lado,
até minha cueca e um dos sapatos da Antonella, estão na mesa de
centro.
— Você não disse que ia dormir fora?
— Mas eu já cheguei! Você esqueceu do nosso compromisso? —
pergunta.
Eu esqueci completamente que tínhamos uma reunião importante,
hoje bem cedo; mas não vou tirar a Antonella dos meus braços
agora,nem fodendo.
— Eu não vou , vai você e me atualiza! — digo e ele me olha
incrédulo.
— Matteo Messina? É você mesmo? O que fez com meu irmão?
— Chega Giulliano, vai acabar acordado-a! — Falo fechando os
olhos para voltar a dormir, e querendo que ele caia fora.
Ele sai rindo,e eu dou uma olhada para a mulher que eu descobri
que amo.

Antonella

Vou abrindo os olhos devagar, sentindo meu corpo todo dolorido.


Também, estou praticamente em cima do Matteo

Cruzo meus braços em cima do seu peito, e apoio meu queixo para
observá-lo. Eu ainda não acredito no que aconteceu ontem a noite.
Ele disse que também me ama...

— Assim eu fico envergonhado! — ele diz, ainda com os olhos


fechados.Como ele faz isso?

— Impossível, você é um sem vergonha! — Falo, e ele dá uma


risada gostosa, me fazendo rir também.
Eu poderia ficar aqui assim por horas, se não fosse pelo fato de que
estou morrendo de fome, e daqui a pouco as meninas chegam, e
não quero que elas nos vejam assim.
Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, enquanto me
olha nos olhos,e me beija, fazendo meu coração se aquecer. Eu me
mexo um pouco e sinto sua ereção na minha barriga, isso me faz
ficar excitada, mas lembro que estamos na sala e paro nosso beijo.
— Chega, estamos na sala! — falo e me levanto puxando a manta
para cobrir meu corpo deixando ele nu
Eu pego a sua cueca e dou para ele, que se levanta e a coloca;
nesse momento olho para a porta e vejo uma das empregadas com
os olhos arregalados, ela se vira e corre para a cozinha.
— Vamos logo, uma das meninas acabou de te ver pelado! — falo
com um ar de divertimento
— Sortuda então! — diz rindo.
Eu pego nossas roupas e dou os sapatos para ele levar, e subimos.
Jogo as roupas e a manta no canto do quarto, e vou para o
chuveiro.
Assim que entro, sinto seus braços me envolver, ele pega a bucha,
coloca o sabonete líquido, e ainda por trás, me ensaboa, de cima
para baixo bem devagar. Ele pega mais sabonete na palma da mão
e leva para minha barriga, descendo até minha intimidade
Meu corpo se arrepia com o prazer; ele faz movimentos circulares
com os dedos, no meu ponto mais sensível, eu me derreto de
prazer, mas quando estou quase tendo um orgasmo ele para, me
vira e ataca minha boca com vontade.
Me pega no colo, e eu envolvo seu corpo com minhas pernas, ele
me leva até a enorme bancada da banheira, me penetrando com
seu pênis grande e grosso, me fazendo arfar com a sensação de ser
preenchida.
Eu deito meu corpo no mármore gelado, e ele me estoca num ritmo
delicioso, mas sem pressa. Leva seus dedos ao meu clitóris, num
movimento de vaivém, que me faz revirar os olhos de tanto prazer,
não consigo parar de gemer alto, o orgasmo se aproxima...
Sinto meu corpo concentrando toda a energia só para isso, e pouco
a pouco, esse prazer vai se transformando em tudo que importa
para meu corpo; minha virilha, ventre e minhas pernas se enrijecem
com a forte tensão, o calor toma conta de mim, eu grito,me
entregando à sensação maravilhosa!
Ele sai de mim e vai direto com a boca na minha vagina, que ainda
sente a pulsação do orgasmo. Isso é tão prazeroso, que chega a
doer, ele enfia a língua na minha entrada, sobe, suga meu clitóris e
bate a língua com aquele mesmo movimento de vaivém rápido e
alucinante, até arrancar de mim um duplo orgasmo.
— Seu gosto e delicioso! — diz lambendo os lábios
Ele me penetra rápido, sinto meu clitóris queimar, os músculos da
minha vagina se enrijecem novamente, ele vai tão forte e rápido
prolongando meu prazer, e me preenche com seu líquido quente.
Estamos sem fôlego, consigo ouvir nossa respiração alta e
dificultosa, meu coração parece que vai sair pela boca. Ele me tira
da bancada e vai para o chuveiro, eu me apoio na bancada e sinto
uma tontura muito forte, meu estômago doe.
— O que foi? — pergunta preocupado, já ao meu lado, levantando
meu rosto.
— Eu tô passando mal! — falo e ele se assusta.
— Eu vou chamar o médico! — fala saindo do banheiro todo
molhado.
— Matteo, não precisa! — digo, o chamando com a mão
— Eu tô passando mal de fome! — falo e ele me olha com as
sobrancelhas juntas.
— Eu nunca vi alguém passar mal de fome! — fala, não
acreditando.
— Nem eu, mas estou. Não precisa chamar a médica!
Realmente eu não achei que seria possível, mas estou com tanta
fome, que chega a doer meu estômago. Ele não diz nada, apenas
pega a tolha e sai do banheiro

Saio do quarto preocupado com a Antonella, e vou direto para a


cozinha; já são quase 11h da manhã e já passou da hora do café.
— Diana, bom dia!
Ela se vira para mim me dando bom dia
— Pode colocar a mesa do café novamente!
— Eu ainda não coloquei, estava esperando vocês descerem, o
Giulliano saiu muito cedo! — diz sorrindo
— Coloca coisas leves, a Antonella não está se sentindo muito bem!
— O que ela tem? — pergunta preocupada
— Disse que está passando mal de fome! — falo, percebendo o
quanto isso soa estranho. Ela me olha com um ar de preocupação e
diz:
— É melhor você chamar a doutora, ela teve uma anemia muito
severa, talvez ainda não esteja recuperada!
Eu concordo com a cabeça e volto para o quarto. Ela está em frente
ao espelho,já trocada,penteando os cabelos molhados.
— Vamos tomar café!
Falo,estendendo a mão e ganhando um sorriso pequeno, que me
preocupa, talvez ela esteja sentindo mais coisas do que está me
dizendo...
Saímos do quarto e eu estou de mãos dadas com ela, pode parecer
exagerado, mas se ela está fraca,vai que cai e se machuca!
Chegamos na sala de jantar, que já estava farta para a o café. Levo-
a até a sua cadeira, e me sento em seguida.
Observo-a comer de tudo um pouco, e realmente, ela está com
muita fome!
— O que foi? — pergunta com o boca cheia.
— Está melhor? — Pergunto,ainda preocupado
— Não, ainda estou com fome! — Ela diz, enquanto come.
— Mas vou ficar! — diz, sorrindo com a boca fechada.
— Eu tenho umas coisas para resolver hoje, mas volto logo! — Falo
enquanto tomo meu café.
— Vai trabalhar? — pergunta.
— Sim!
Na verdade eu já deveria ter ido
— Aquela médica vai vir aqui depois do almoço.
— Não tem necessidade! — Ela diz
— Eu chego antes dela!
Depois do café, fui ao meu escritório e marquei um horário com a
médica, também liguei para o Giulliano, avisando que eu estava a
caminho.
Já no carro eu fiquei pensando na Antonella, o que não é nenhuma
novidade. Mas estou realmente preocupado, talvez eu esteja a
sobrecarregando com sexo demais.
Mas é só eu chegar perto dela, que meu pau pulsa na minha calça,
e transar com outras mulheres está fora de questão. Primeiro, que
não me satisfazem faz tempo, e segundo,que eu estou viciado
naquela bucetinha rosada e apertadinha.
Porra, já estou duro!
Chego a um dos galpões da Cosa Nostra, onde trazemos nossos
inimigos e aqueles que estão sob suspeita, e é por isso que estou
aqui.
— E aí conseguiu alguma coisa?
Pergunto para meu irmão, que está em uma das salas do lugar, com
outros homens
— O filho da mãe não fala de jeito nenhum! — diz irritado. Meu
irmão adora uma tortura, mas quando ele não consegue o que quer,
fica irritado, aliás é só assim pra ele ser sério e parar de gracinha.
— Bom, se você não conseguiu arrancar nada dele, eu também não
vou conseguir!
— Pelo menos, não com tortura! — falo.
Falo isso, porque ele é o mais cruel e também criativo, quando o
assunto é torturar alguém.
— Sim, nem perca seu tempo! — ele diz.
Mas eu não dou ponto sem nó, já esperava que ele não diria nada.
Então, enquanto eu vinha pra cá, mandei alguns dos meus homens
buscar a esposa e a filha do traidor.
— Eu mandei trazer a família dele! — falo, enquanto mexo no
celular.
Meu irmão é muito ruim, mas não gosta de torturar mulheres e muito
menos crianças.
— Sabe o que eu penso disso! — diz incomodado.
— Relaxa você já fez sua parte, deixa comigo! — falo dando de
ombros.
— Senhor, elas já chegaram! — diz Francisco, meu soldado mais
eficiente.
— Ok!
Nós vamos para a sala onde o traidor está, e vejo que meu irmão
não perdeu tempo, o cara está irreconhecível. Ele está sem dedos,
sem orelhas, meu irmão arrancou grande parte da sua pele, seus
mamilos, o rosto está muito inchado, também está sem o pau...
Essa deve ter doido!
— Se eu continuasse,ele morreria! — o Giulliano diz.
Realmente morreria, por isso nesses casos sempre tem um médico
que evita a morte antecipada. Eu dou uma injeção de adrenalina na
sua veia, fazendo ele acordar com tudo e arregalando os olhos,
quando me encara, posso ver seu desespero, e que também não
tem mais dentes na boca.
— Eu não vou falar nada, pode me matar! — diz cuspindo sangue.
Esse filho da puta, deixou vazar informações sobre meus containers
de droga, que vinham do Afeganistão, me dando um prejuízo de
milhares de euros.
E eu sei que não foi um acidente, ele fez isso a mando de alguém,
que quer me prejudicar.
— Mas é claro que você vai falar! — afirmo com muita calma, e ele
me olha com muito mais medo.
Então faço sinal para meu soldado, e ele traz a mulher, que está
amarrada com as mãos para trás, e a coloca de pé encostada na
parede, ela está com uma fita tapando sua boca.
Ele me olha com desdém, e eu penso que talvez ele não se importe
tanto com a mulher.
Então aperto um botão que liga a grande televisão que está na
parede. Ele vê sua filha, uma garotinha que deve ter, no máximo,
uns 5 anos, ela está sentada em uma cadeira e seus pés nem
alcançam o chão!
— Bom, como sou uma pessoa muito boa, vou te dar mais algumas
horas para pensar!
Falo e saímos da sala. Só vou dar esse tempo para o filho da puta,
porque quero acompanhar Antonella quando a médica chegar.
— Você não vai fazer nada com a menina não é? — meu irmão me
pergunta com receio
— Não vai ser preciso! — Respondo e ele respira aliviado.
— Se você fosse melhor em persuadir, ela não estaria aqui! —
Falo,só para provoca-lo, ele é muito bom no que faz!
— Matteo, você já tinha ordenado antes mesmo desse puto chegar!
— diz eu dou um sorriso pra ele, que entende que eu só estou
provocando

(...)

Chego em casa um pouco depois do almoço, e a Diana me avisa


que a médica já me espera no meu escritório, como eu tinha
orientado.

— Olá! — Falo firme, enquanto entro e vou direto para minha


cadeira.
— Boa tarde, Sr Messina! — responde.
— Minha mulher não está bem, provavelmente

não se recuperou do estado que estava! — Falo a fitando,e


continuo.

— Porque você é uma incompetente, que não fez seu trabalho


direito!
Enquanto falo, a raiva me domina, pois acabo de encontrar um
culpado pelo estado da minha Antonella. Sei que também tive culpa,
mas ela foi muito bem paga para cuidar da Ane.
— Sr Messina,me perdoa! — diz com a voz amedrontada.
Ela sabe que se minha mulher não melhorar, tem uma grande
chance de eu matá-la.
Minha mãe e irmã morreram depois do parto, e o médico foi morto
assim que deu a notícia para meu pai, e todos sabem disso. Por
isso o medo estampado no seu rosto.
— Eu posso vê-la? — Ela pergunta e eu concordo com a cabeça,
para seu alívio. Eu peço para ela esperar no corredor, e entro no
quarto.
— Ei, tudo bem? — Pergunto para Antonella, que está na cama
lendo um livro,ela me olha e abre um sorriso enorme.
— Estou!
Vou até ela e dou um beijo bem gostoso na sua boca maravilhosa.
— A médica está aí, vou pedir para ela entrar! — digo e ela me olha
séria.
— Eu te falei que não era nada!
— Mais eu não quero, que você fique sentindo "nada" de novo! —
digo e ela revira os olhos. Eu abro a porta para a médica entrar.
— Sra Messina, é bom te ver de novo! — diz com falsidade, porque
ela queria estar em qualquer lugar, menos na minha casa.
Antonella a cumprimenta com um sorriso, e eu só de vê-la sorrindo,
acabo sorrindo também, feito um idiota. Mas lembro que a mulher
está aqui, e já fecho a cara de novo.
A médica conversa com ela, enquanto estou em pé, de braços
cruzados, observando tudo. A mulher examina seus olhos, apalpa
sua barriga e pede para ela retirar a blusa
— Eu acho que sei o que você tem!
— Então fala logo! — falo sem paciência, ela está me tirando do
sério com essa demora.
— Eu tenho quase certeza que você está grávida! — Grávida???

Sei que iria acontecer, mas eu não pensei que seria tão rápido
assim. Caralho... por essa eu não esperava. Olho para Antonella,
que está com os olhos quase saltando para for a
— É impossível, minha menstruação veio normalmente.
— Isso pode acontecer com algumas mulheres!
A médica responde,e automaticamente a Antonella me olha, como
se quisesse saber o que eu penso sobre isso, minha reação.
E sim eu estou feliz, ter um filho não era minha prioridade, como é
de todo capo, mas estou feliz!
Dou um sorriso para ela, e ela retribui, mas sei que está com medo.
— De qualquer forma, vamos fazer um teste só para ter certeza, e
eu acredito que você já está com mais de 15 semanas!
— Tudo isso? — Ela pergunta espantada.
— Eu sou médica especializada em ginecologia e obstetrícia, então
tenho quase certeza que sua gravidez é avançada!
— Sr Messina, eu recomendo que agora sua esposa comece um
acompanhamento no hospital! — A médica me diz, e eu concordo
com a cabeça.
— Mas você vai continua cuidado dela! — falo ríspido.
— Será um prazer! — diz para Antonella sorrindo.Acho que ela está
aliviada que seja só uma gravidez.
— Então vamos tirar a dúvida? — a médica diz sorrindo e tira da
Maleta um teste de gravidez
Nesse momento meu celular toca eu olho e vejo que é o Francisco
— Vai atender, enquanto eu faço o teste! — Antonella diz,indo em
direção ao banheiro.
Eu saio para o corredor e atendo. Ele me diz que o traidor está
muito mal, quase morrendo, o médico disse que ele não vai
aguentar muito. Eu respondo que,se o miserável morrer sem minha
informação, ele pode matar o médico. Ele vai deixar o médico ciente
disso, e sei que ele não vai deixar o desgraçado morrer.
Desligo e volto para o quarto, e a Antonella já tem a resposta,porque
o teste está com a médica.
Ela está com os olhos cheios de lágrimas e os braços cruzados.
— Então vou marcar uma ultrassonografia para saber o tempo
exato, e quem sabe já dê para ver o sexo! Que rápido
— E assim que você completar 22 semanas, vamos fazer uma
ultrassom mais detalhada, para saber se o bebê não foi
prejudicado...
— Como assim, prejudicado? — Eu a corto preocupado.
— Ela estava com desnutrição profunda, isso não é nada bom para
o bebê, e a gestação pode ter ajudado, já que o bebê se alimenta
dos seus nutrientes.
— Mas vamos esperar os exames, enquanto isso, vou passar umas
recomendações para sua governanta, a Diana!
Ela se despede e sai. Assim que ela fecha a porta a Antonella quase
pula no meu colo, me abraçando.
— Eu estou com medo! — Ela diz e eu pego seu rosto com as
mãos.
— Eu estou aqui, não precisa ter medo! — Falo isso para
tranquiliza-la, mas eu também tenho medo!
Perdi minha mãe, e irmã no parto. Eu morreria se perdesse minha
mulher e filho juntos, ou se acontecer alguma coisa com ela.
Saber que talvez ela já estava grávida naquele período, e eu não fiz
nada, só me preocupei em me satisfazer, mesmo ela estando quase
esquelética, me trás muita culpa...
Meu filho pode estar com problemas, porque eu fui um cretino. Mas
eu não vou deixar transparecer.
Ela me abraça forte.
— Eu te amo! — Ela diz pela segunda vez, e isso me faz bem.
— Eu também te amo!
Depois disso nos deitamos na cama, e eu fiquei ali até ela
adormecer,— enquanto eu a olhava— dormir, eu via que agora são
dois ali, ela carrega meu filho...
Mais um Messina, e um sorriso toma conta do meu rosto
(...)

Chego no galpão e como eu imaginei, o médico não deixou o


desgraçado morrer. Antes de falar com ele, eu fui ver a menina.

— Oi! — digo ao entrar na sala.


Ela me olha, está deitada em uma cama.
— Oi! – responde baixinho
— Você está bem? — Pergunto, me agachando.

Ela nega com a cabeça


— Por que?
— Eu quelo minha mamãe! — diz com os olhos
cheios de lágrimas, e eu sinto pena dela, e me impressiono.

Não é a primeira vez que pego crianças para forçar pessoas a falar,
mas nunca me importei antes.
— Você já vai estar com ela, eu vou garantir isso, tá bom? — falo e
ela vem correndo e me abraça, me pegando desprevenido, e meio
que sem jeito,eu a abraço também.
— Você está com fome? — eu pergunto, saindo do abraço, pois me
parece estranho, eu não sou de abraçar ninguém, só a Antonella, o
que também é recente.
Ela assente com a cabeça.
— O que você almoçou?
Ela aponta para uma mesinha que tem apenas um copo; E eu não
acredito que essa menina está aqui desde manhã, e agora são 16h
da tarde, e ela só tomou um copo do que me parece ser leite
— O que você quer comer? — Pergunto
— McLanche, com binquedo!

Ela diz bem animada, e aquela tristeza deu espaço para um sorriso,
eu gostei da empolgação dela e também sorri.

Falei para ela esperar ali, que eu ia comprar. Ela disse que queria
também, sorvete de morango, e refrigerante

— Quem é o filho da puta que ficou cuidando da garota? —


Pergunto muito irritado, enquanto entro na sala que estão meus
homens e meu irmão, estou com o copo de leite da garota na mão.

— Eu Sr! — um filho da puta se levanta, cagando de medo.


Eu jogo o copo na parede atrás dele, que se quebra, com tamanha a
força que eu usei!
— O dia inteiro, e você só deu um copo de leite pra ela? — pergunto
entre os dentes, enquanto o levanto pelo colarinho.
— Desculpa senhor, eu não sabia que era para alimentar bem a
menina!
— Eu só não vou te matar porque estou de bom humor! — falo, o
jogando longe.
— Vai comprar um McLanche feliz, sorvete e refrigerante para a
garota, e anda logo, sai da minha frente!
Ele sai rapidamente, e meu irmão me olha sem entender nada, os
outros homens também saem da sala.
— O que foi isso? — ele me pergunta.
— Eu não mandei ninguém matar a menina de fome!
— Tá, mas você nunca se importou! — Ele diz espantado.
E realmente eu nunca liguei para isso, mas agora vou ser pai, e
caralho, é só uma criança. Acho que estou tentando redimir o fato,
de que talvez meu filho tenha problemas porque eu fui um idiota, na
verdade estou me sentindo culpado.
— Eu vou ser pai! — Falo e ele me olha sério.
— Com quem?
— Com a Antonella seu idiota, com quem mais seria? — falo sem
paciência.
— Ainda bem! — Diz aliviado, e eu não entendo o porquê...
— Não era pra você estar feliz? — ele diz
— Você lembra que ela estava mal? — Pergunto
— Sim e daí?
— Ela estava doente e talvez o bebê não esteja bem! — falo
derrotado
Ele me encara e já entendeu o motivo da minha preocupação,
porque se tem alguém que me conhece bem é ele.
— Cara, não é porque nossa mãe morreu daquele jeito, que vai
acontecer o mesmo com a Ane!
— Espero que não! — digo,mas pra mim mesmo...
— Eu não posso ter a vida que ele teve! — Falo me referindo ao
meu pai, que passou décadas sofrendo pela minha mãe.
— Ele a amava muito! — Diz e me olha com surpresa, entendendo
que também amo Antonella.
— É, eu a amo! — falo vencido.
— Então fica feliz,você vai ter um herdeiro agora, ou uma menina,
eu não queria estar na sua pele!
Diz sorrindo e eu acabo sorrindo também, pela possibilidade.
— Tá, agora chega de melancolia, e vamos terminar logo isso,
porque enquanto você fica fazendo filho no sofá, eu fico aqui me
fodendo! — fala,fazendo graça como sempre.
Nós fomos para o quarto onde está o traidor, e ele esta quase
desmaiado, e ainda mais inchado que da última vez que o vi. Dou
outra injeção de adrenalina, e ele acorda imediatamente.
— Sei un miserabile demone !( você é um miserável demônio! ) —
diz com ódio nos olhos, cuspindo sangue quase que em mim.
— Seu tempo acabou, ou você fala ou sua família morre, bem aqui
na sua frente, sua mulher e sua garotinha! — falo, já sem paciência.
— Você me dá a sua palavra, que não vai fazer nada com minha
família?-me pergunta.
Se fosse antes, eu mataria a mulher e mandaria a criança para bem
longe, sem nunca saber de onde veio, ou quem eram seus pais, já
fiz isso várias vezes. E também mataria os outros parentes,
acabando assim com o seu sobrenome
Mas como hoje tive a notícia que vou ser pai, eu vou ser
misericordioso com a menina.
— Hoje é seu dia de sorte, filho da puta, fala logo!
Ele diz o nome e eu não consigo acreditar nos meus ouvidos, mas
ele me diz tudo, e não há dúvidas. Eu perco até o rumo.
— Puta que pariu, eu não esperava por isso! — meu irmão diz,
assim que escuta o que ele fala.
Eu peço para um dos meus homens trazer a mulher, ela entra e
quase desmaia ao ver o marido nesse estado, eu mando o homem
soltar seus braços e tirar a fita da sua boca
— Presta bem atenção no que eu vou te falar! — falo para ela
— Esse filho da puta vai morrer porque me traiu, ele não é nenhum
coitado! — falo com raiva
— Eu não sei o que você vai falar para a garota; mas se você falar
merda, um dia ela vai querer me procurar para vingar esse verme,
que não pensou em vocês. — faço uma pausa
— E eu vou mata-la!
— É isso que você quer? — pergunto e ela nega com a cabeça
Quando ela percebe que não vou mata-los, ela arregala os olhos e
para de chorar.
— Eu não vou te matar você vai voltar para casa!
— E você também! — falo olhando para o homem, que me olha sem
entender...
Eu mandei-a ir embora, mas só depois que a menina comesse o
que me pediu. Enquanto isso, eu e meu irmão deixamos o traidor
como ele merece.
Cortei a língua, amputei as pernas e os braços. Ele vai ficar aqui e
vai ser cuidado por uma equipe médica, até estar pronto para voltar
pra casa.
A mulher foi orientada que quando ele morrer, ela venda tudo e saia
do país, não posso deixar essa menina por aqui, ela vai crescer e se
tornar uma ameaça.
Por incrível que pareça, a mulher quase se ajoelhou, me
agradecendo por poupar sua vida e a da garota, talvez seja um
alívio se livrar desse verme!
Ele só vai viver por mais um tempo, talvez 1 ano, não mais que isso.
Deixei-o assim, pois é pior que morrer, talvez ele se mate, mas
todos vão ver que não brinco com traidores.
E em relação à pessoa por trás disso, vou pensar e arquitetar muito
bem, enquanto isso para todos, o traidor não falou nada.

Estou meio atordoada com a notícia da gravidez, eu não esperava,


já que estava menstruando normalmente.
É claro que fiquei feliz, mas também assustada, pois é tudo muito
recente, essa nova fase entre mim e o Matteo, ainda estamos no
começo do nosso "amor"...
E a felicidade dá lugar à insegurança, porque ele é quase um deus
grego, o homem é lindo de morrer, tem mulheres por todos os lados.
Eu sei que desde que voltou da sua viagem, ele não tem mais
ninguém além de mim, porque ele dormiu e acordou aqui todos os
dias, está trabalhando em casa, e saindo pouco, eu sei que ele só
fez sexo comigo, mas quem me garante que vai continuar assim?
Eu não vou aceitar dividi-lo como antes. Nunca mais vi a Vaiola,
mas eu sei que ela viajou, e não foi ele que a afastou...
E além de tudo isso, o bebê pode não estar bem, mas eu não me
preocupo muito, sei que estou bem, e se eu estou, ele também está!
E se caso for uma menina??
Só de pensar, eu já gosto da ideia, mas eu murcho, quando lembro
que ele é o capo, e precisa ser um menino...
E se não for??
Meus pensamentos me perturbam, eu preciso da minha família, eu
não aguento mais de saudades. Só de pensar neles, já me dá
vontade de chorar, talvez seja por causa da gravidez, não sei, mas
só sei que estou triste e sensível.
Na verdade são tantas coisas misturadas, e ao mesmo tempo, que
acabam roubando a minha felicidade pela gravidez. Mas eu coloco
minhas mãos na minha barriga, e um sorriso se forma, aquecendo
meu coração. Chega a ser estranho, a gente sente amor
instantâneamente, por um serzinho tão pequeno.
— Ei,está escondida aqui? — O Matteo me pergunta, entrando na
biblioteca.
— Talvez!
— O jantar já foi servido! — Ele diz, sentado ao meu lado, e coloca
uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
— Você andou chorando? — pergunta me olhando nos olhos.
— Eu sinto falta da minha família! — Falo e uma lágrima desce, eu
não consigo me conter.
— Não precisa chorar! — Diz limpando minhas lágrimas. Me abraça
e me diz que eu vou poder ver ou falar com eles quando eu quiser,
me deixando muito feliz.
— Eu não quero ver meu filho triste, então não quero você chorando
pelos cantos! — Ele diz sorrindo e arranca um sorriso do meu rosto.
— Ou filha! — falo
— É um menino,eu sei! — ele diz com convicção.
— E se não for? — Pergunto preocupada
— Vai ser um grande problema! Ai meu Deus!
— Porque ela nunca vai poder namorar! — Ele diz rindo e tira um
peso das minhas costas.
— É com isso que você está preocupada?
Também pelo fato de que você é lindo e eu insegura!- Falo no meu
pensamento
— É, também!
— Eu sou o capo,preciso de um menino, mas se for uma menina a
gente tenta, até vir um garotão!
Eu dou uma gargalhada, mas acho que é de desespero, porque isso
pode demorar muito.
— Mas eu sei que é um menino! — Eu acabo rindo da sua
convicção.
— Bom, vamos esperar!
Falo e ele faz um carinho na minha bochecha.
— Posso te pedir uma coisa? — Pergunto.
— Agora vai começar se aproveitar de mim?
— Só um pouquinho! — falo sorrindo
— O que você quer?
— Mas você vai deixar? — pergunto com dúvidas
— Depende!
— Depende do quê?
— O que é! Eu não vou concordar com nada que eu não saiba
antes! — Diz firme e já vi que não vai adiantar apelar.
— Quero que a Marie passe o final de semana aqui comigo! — Falo
e faço um cara de dó, vai que cola né...
Ele pensa e sua cara não é nada boa.
— Por que você acha que seu tio deixaria, sabe que ele não me
suporta!
— Ele tem seus motivos e você sabe! — digo
— Por isso que ele não vai deixar! — fala, se levantando mas como
ele não disse um não, eu insist
— Se eu pedir talvez ele deixe! — falo pegando em seu braço
— Deixa vai, não custa nada! — Ele respira fundo e responde
— Tudo bem!
Eu não me aguento de felicidade, e dou um pulo no seu colo,
abraçando seu pescoço, ele me levanta retribuindo meu gesto.
Eu lhe dou um beijo bem apaixonado, sua boca me dá passagem, e
já sinto meu corpo se acender
Ele me pressiona na parede, sem me descer do seu colo, e desce
sua boca para meu pescoço, me fazendo suspirar de prazer.
Ele desce uma das mãos me alisando e vai comigo até uma das
poltronas,se sentando, eu fico em cima do seu membro, ele beija
meu pescoço e desce para meus seios, meus bicos se enrijecem.
Jogo meu corpo para trás dando melhor passagem para meus seios
Ele levanta minha saia e aperta minha bunda, volta a me beijar e
puxa minha calcinha para o lado a rasgando, leva seu dedo polegar
ao meu clitóris fazendo círculos, eu não aguento ficar calada e solto
gemidos na sua boca e ele me penetra um dedo
— Está prontinha pra mim, bebê! — Diz com a voz baixa e rouca de
prazer.
Escuto o barulho do seu cinto e sinto seu pênis roçar pela minha
entrada, e sem aguentar esperar que ele me penetre, eu sento em
cima o engolindo.
Aquela sensação maravilhosa me domina, me impedindo de ficar
parada, então eu me esfrego para trás e para frente. Abro os olhos e
vejo que ele está com a cabeça para trás, e com os olhos fechados
e o prazer estampado na sua cara...
— Vai gostosa...Se acaba no meu pau! — Diz com uma voz
sensual, me deixando ainda mais excitada.
Quando eu o vejo assim,atordoado de prazer, sinto uma
autoconfiança incrível, vejo que também posso ter o domínio. Eu
aumento a ritmo, começo a ir mais rápido, subindo e descendo sem
parar de gemer.
Ele diz coisas safadas que me incentivam. Aumento o ritmo e
começo a quicar apoiada em meus joelhos mais e mais forte, num
ritmo alucinante, sentindo que meu orgasmo está se aproximando
lentamente, até que ele segura minha cintura me ajudando e
intensificando minha "sentada".
Ele eleva um pouco meu corpo, e investe forte em estocadas,
fazendo com que alcancemos juntos o prazer máximo. Eu perco
todas as minhas forças, deixando meu corpo cair no seu colo, e
deito minha cabeça no seu ombro.
— Você é deliciosa!
Depois daquele sexo diferente e rápido na biblioteca, nós fomos
para o quarto, tomar um banho, também rápido, antes de
descermos para jantar. É claro que quase transamos de novo, mas
eu disse que estava com muita fome, e ele logo se apressou para
sairmos.
— Demoraram, heim! — diz Giulliano, assim que chegamos na sala
de jantar. Ele já está quase terminando
— E meus parabéns cunhada! — Diz todo feliz, se referindo à
gravidez.
— Obrigado- respondo,retribuindo o sorriso.
Começamos a jantar e o Giulliano continuou na mesa, mesmo já
tendo acabado, conversando com o Matteo sobre coisas que eu não
entendo nem um pouco.
Mas estou tão feliz de saber que a Marie vai ficar aqui ,por um final
de semana, isso se meu tio deixar é claro, mas ele não me negaria
isso, eu acho...
— Ei, está sorrindo à tôa, heim!- diz o Giulliano
Eu estou com um sorriso no rosto, na possibilidade de ter alguém
aqui comigo, além desses dois
Mas senti uma maldade nesse sorrisinho dele, está insinuando que
eu estou assim porque transei, que realmente eu fiz, mas não estou
assim por isso, ou pelo menos não só por isso.
— Seu bobo! -Falo e tenho certeza que estou vermelha.
— Eu estou feliz porque minha prima vai passar o final de semana
aqui! — Falo toda empolgada, e ele quase engasga.
— O que foi? Você não quer que ela venha, né? Ela me disse que
veio aqui e você não a deixou me ver! — Falo com raiva, e olho para
o Matteo, que me olha também sem entender.
— Como assim? — o Matteo me pergunta e dou uma olhada séria
para ele.
— Não se faça de bobo! A Marie veio me visitar, enquanto você
viajava,e ele não a deixou me ver, e nem me falou nada! E é claro
que foram ordens suas, ou não foram? — Pergunto com sarcasmo e
irritada, porque só de pensar me irrita.
— Eu não sabia disso! — Ele fala e olha para o Giulliano esperando
uma explicação.
Como assim, não sabia? Então eu poderia ter visto minha prima, e
esse idiota não deixou?
— Eu pensei que você não queria que ninguém entrasse aqui,
quando não estava, só isso! — Ele fala para o Matteo, que pela cara
não engoliu essa, e nem eu.
— Boa noite! — Giulliano diz saindo da sala e eu na verdade não
entendi nada
— Eu não sabia Antonella! — O Matteo diz, e eu vejo sinceridade
nas suas palavras
— Posso ligar para ela agora? — Pergunto e ele concorda com a
cabeça, me fazendo dar um largo sorriso. Meu humor está bem
descontrolado!
Jantamos e fomos para o escritório. Ele me devolveu o celular, que
para a minha surpresa, estava carregado. Ele disse que o manteve
assim porque estava esperando eu pedir de volta. Acho que fiquei
tão entretida com outras coisas, que acabei esquecendo dele.
Liguei para minha mãe e até chorei ao ouvir sua voz, o Matteo me
deixou sozinha, para ter mais privacidade, eu contei,meio que por
cima, sobre mim e o Matteo, contei sobre a gravidez e que eu estou
feliz por isso, ela vibrou muito do outro lado da linha, me arrancando
várias gargalhadas.
Liguei também para meu tio e minha prima. Pedi para ela passar o
final de semana aqui, e ela adorou a ideia, e disse para eu não me
preocupar com meu tio.
Ela é meio louquinha, mas eu a amo muito, e foi bom falar com eles;
senti que meu tio ficou aliviado pela minha felicidade, a impressão
que eu tenho, é que ele se sente culpado pelo meu casamento.
Daqui para frente, eu quero que minha família se aproxime de nós,
quero que eles façam parte da minha vida.
Acordo sentindo meu braço formigar, porque estou praticamente em
cima do Matteo. Me ajeito e cruzo meus braços em cima do seu
peito, apoiando meu queixo e o admiro— dormir...
Como esse homem é lindo. A barba está sempre bem feita, seu
peito e braços todo coberto por tatuagens, e além disso ainda me
leva às nuvens.. não consigo conter uma risadinha lembrando de
ontem na banheira...
— Gosta do que vê? — Diz ainda com os olhos fechados, e meu
corpo dá um pulo de susto.
— Você quer me matar de susto, só pode! E como você sabe que
eu estou te olhando, você ainda nem abriu os olhos? — Pergunto
realmente curiosa pois ele sempre faz isso, e eu sempre me
assusto.
— Eu sempre sei de tudo,Antonella!
— Para de me chamar de Antonella, parece que está brigando
comigo! Eu não gosto que me chamem pelo meu nome...
É, eu sei que sou estranha!
— Você nunca me pediu para te chamar de Ane! — Diz com um tom
de ironia, e sei que é por eu já ter falado para todos nessa casa,
menos para ele
— Você está com ciúmes de mim?? — Pergunto, me divertindo com
essa possibilidade e ele sorri.
— Você é minha!!! — Diz sério agora e isso foi estranho.
— Você é minha! — afirma, sério, me fitando.
Ele me abocanha,como se estivesse necessitando da minha boca, e
me puxa mais para cima do seu corpo, enquanto me beija
ferozmente
Ele me vira de bruços e fica meio que de lado,com um perna em
cima da minha bunda e um braço abaixo do meu pescoço, prende
meu cabelo para cima, e começa a beijar meu pescoço, fazendo
meu corpo se arrepiar por inteiro.
Enquanto ele vai beijando toda a extensão superior das minhas
costas, ele vai alisando com a mão que está livre, meu corpo. Ele
mede cada parte do meu corpo, analisa como se estivesse
gravando na memória minhas curvas.
Aperta minha bunda com força. Vira meu corpo me deixando de
lado e gruda nossos corpos. Leva a mão até meu clitóris e
massageia devagar, a sensação que domina meu corpo, que já
estava entregue e relaxado,é maravilhosa!
Ele passa seu pênis pela minha bunda e coxa me deixando louca,
quase implorando com meu corpo para ser penetrada.
— Você quer isso? — Diz, levantando minha perna e passando a
pontinha do seu pênis na minha entrada. Sua voz é baixa, rouca e
cheia de desejos...
— Fala o que você quer,Ane! — Diz sussurrando no meu ouvido.
Ele me puxa um pouco mais, quase que deitando metade do meu
corpo em cima dele, ai caramba...
— Eu quero você! — falo, em meio às mordidas que dou no meu
lábio.
— O que você quer de mim!
— Tudo! — Respondo
Posso sentir seu sorriso no meu pescoço, e nesse momento ele me
penetra, me fazendo arfar de prazer. Estou tão molhada, que ele
apenas deslizou para dentro de mim
Ele me puxa ainda mais, eu fico deitada em cima dele, com a
barriga para cima e as pernas bem abertas, enquanto ele me
penetra por baixo.
Estou envolvida no seu abraço. Uma de suas mãos está em meu
seio e a outra no meu clitóris, fazendo movimentos de vaivém que
aos poucos ele vai aumentando o ritmo.
Não consigo conter meus gemidos com esses dois movimentos,
lento em cima e profundo em baixo, na minha vagina. Quando sinto
que estou quase lá ele para, puxa meu quadril me deixando de
quatro, e da um tapa na minha bunda, que com certeza vai ficar
marcado, mas estou tão envolvida no prazer que até gostei
Ele começa me estocar rapidamente, e eu não consigo deixar de
gritar de prazer. Ele segura minha cintura e me puxa em cada
estocada. Seu movimento é frenético, ele estoca com vigor, afundo
minha cabeça no travesseiro,o apertando com minhas mãos.
Os músculos da minha vagina se enrijecem, um prazer ousado me
domina, só quero senti-lo o máximo possível e nesse momento,nada
mais me importa, nem meus gritos, nem o fato de estar com a
bunda para cima em plena luz do dia e ele estar bem aí atrás, vendo
tudo.
Nada!!!
— Fala que você é minha Ane, fala! — Ele diz,sem diminuir o ritmo.
Mas estou tão envolvida,que não consigo nem falar, e ele dá mais
um tapa na minha bunda, como se fosse uma punição.
— Fala que você é minha, PORRA! — E mais um tapa, e eu não
deveria, mas estou gostando disso.
— Eu sou sua, só sua! — Digo entre meus gritos e gemidos, pois
sinto meu orgasmo se aproximando.
E ele vai ainda mais forte e fundo me entregando o clímax de
prazer, mas ele não para, e eu tenho outro orgasmo, quase que
instantâneo.
Me parece que ele está batendo em um único lugar, como se
encontrasse o que procurava. Ele continua exatamente no mesmo
lugar, mesmo ritmo e força e eu tenho outro orgasmo.
Esses orgasmos me fazem delirar, minha boca está seca, meu
coração acelerado, e outro orgasmo vem eu não paro de gemer e
gritar seu nome e vem mais um.
— Eu vou gozar!
Diz como se me avisasse que vai parar de me dar essa sequência
maravilhosa de orgasmos. E goza, me dando um último,
maravilhoso e delicioso orgasmo...
Caramba... Eu estou mole, não consigo nem levantar um dedo, não
tenho forças nem para me virar,tirando esse corpo grande de cima
de mim.
— Assim você vai me matar! — Falo e ele sai rápido e me olha
assustado
— Eu te machuquei? — Pergunta se referindo ao sexo, virando meu
corpo para cima
— Quase me esmagando sim! — Falo rindo, pois a cara de medo
que ele fez foi muito engraçado.
— Porra Antonella, pensei que tinha machucado o bebê! — Diz
aliviando e eu dou uma gargalhada me divertindo, enquanto ele se
levanta e vai em direção ao banheiro.
— Ei? — o chamo e ele se vira para mim.
— Vai me deixar aqui? — Ele me olha sem entender.
— Não tenho forças pra levantar! — Falo com cara de dó,
levantando os braços, pedindo para ele me carregar até o banheiro.
Ele semicerrou os olhos, e faz uma cara engraçada, negando com a
cabeça.
Vem até mim e me pega nos braços, me levando até a banheira, me
coloca devagar e liga a água.
Ouvimos uma batida na porta, ele se enrola na toalha, e sai do
banheiro para atender.
— Matteo, bom dia, desculpa interromper, mas tem uma visita para
a Ane!— Escuto a Diana falar.
— Quem é? — ele pergunta
— A mãe dela! — Ela diz e eu não me aguento de felicidade.
Faz dois dias que eu falei com ela pelo telefone, e ela veio até aqui
sem me avisar, por isso que eu mandei mensagem e ela disse que
estava meio atarefada...
— Você ouviu? — Pergunta e eu confirmo com a cabeça e com um
sorriso enorme no rosto.
Ele entra na banheira ficando atrás de mim, Mas eu tomo um banho
rápido, porque quero ver logo minha mãe
— Eu te amo Ane! — Diz e me beija.
— É a primeira vez que você diz isso! — Falo e ele vira meu rosto
para o seu, e me olha sem entender.
— Das outras vezes eu disse primeiro e você falava: “ Eu também te
amo", não é a mesma coisa!
Ele me olha como se eu fosse meio louca, me fazendo rir e jogo
água no seu rosto
— Eu também te amo Matteo Messina!
Ele me dá um sorriso lindo, desce a mãos acariciando minha
pequena barriguinha, fazendo meu coração se aquecer
Sei que ele está me dizendo muitas coisas com esse gesto, e isso
me deixa feliz. Minha barriga ronca alto de fome, fazendo ele parar.
— Isso foi meu filho? — pergunta segurando o riso.
— Só se ele for um monstrinho! — falo rindo.
Terminamos o banho, que foi rápido e o quarto já estava arrumado
quando saí. O Matteo saiu do banheiro e se arrumou primeiro, então
eu falei para ele pedir para minha mãe subir, que eu ia tomar café
no quarto. Ele saiu e eu coloquei uma roupa confortável, e sequei
meus cabelos.
— Como você está linda!
Minha mãe diz, entrando no quarto e eu corro em sua direção, me
jogando nos seus braços.
— Mãe, que saudades!
Nos sentamos na cama e minutos depois, uma das empregadas
entra com uma bandeja farta de café da manhã, com o suficiente
para nós duas
— Vai, me conta tudo! — Ela fala.
— Bom, resolvi seguir seu conselho e...
Faço uma pausa e ela me olha curiosa, esperando a resposta, mas
eu levo a boca uma colher de frutas com mel,calmamente.
— Vai Antonella, fala logo! Para de fazer suspense! — fala ansiosa,
foi dela que puxei isso.
— Acabei me apaixonando! — Falo com um sorriso idiota no rosto.
— Mas e ele? — pergunta um pouco preocupada.
— Também se apaixonou! — Eu falo e ela respira aliviada.
— Por essa eu não esperava,filha!
— Por que não?
— Ele nunca gostou de ninguém, além do pai e o irmão! — Diz ,se
justificando, e realmente tenho que concordar com ela, é difícil de
acreditar.
Ficamos ali por horas, eu contei tudo para ela, sobre nós, sobre a
gravidez, contei que ele está feliz e não se importa se for uma
menina,me deixando aliviada e a ela também!
Quase não acreditou, quando eu disse que ele falou que a gente vai
tentar, até vir um menino. Na verdade, minha mãe ficou de boca
aberta com a mudança do Matteo comigo. Ele não deixou de ser
ruim com os outros, ela disse que quando chegou, já ficou sabendo
que ele deixou um homem que aparentemente o traiu, sem os
braços, pernas e língua praticamente inválido, e isso me assustou
muito. Como ele consegue fazer essas coisas lá fora, e aqui em
casa ser normal? Realmente ele é muito frio, e não deixa a desejar
quando se trata da Cosa Nostra!
Eu disse para minha mãe que a Marie vai passar o final de semana
aqui, e ela amou a ideia, disse que vai ajudar a convencer meu tio, e
que só vai— embora no domingo, então com ela lá, meu tio se
distrai um pouco.
Eu insisti para ela ficar hospedada aqui ( mesmo sem falar com
Matteo primeiro, mas ele não negaria! Eu acho...Mas ela não quis,
disse que prefere ficar na casa do meu tio, e que o levaria— para
sair, assim ele não pensaria muito que a Marie está aqui, na casa do
homem que ele odeia.
Nosso dia foi maravilhoso!
Ela ficou quase o dia inteiro aqui, nós almoçamos juntas, e os
meninos não estavam, a Diana me avisou que o Matteo precisou ir
até a cidade vizinha, e chegaria tarde.
Ele pediu para ela me avisar,deixando minha mãe boquiaberta com
isso, eu ria com suas caras e bocas.
— Mãe, eu fiz o que você falou e troquei todo meu guarda roupas!
— Falo enquanto estamos no jardim, em um banco, tomando o sol
da tarde.
Ela dá palminhas de felicidade.
— Qual foi o tamanho do estrago na conta dele? — pergunta
animada
— Quase 1 milhão de euros! — Falo e ela arregala os olhos
— Não brinca! Sério? — Diz de boca aberta e dou uma gargalhada
com sua cara de perplexa.
— É sério! — falo
— E o que ele disse? — pergunta animada
— Ele estava viajando e quando voltou não disse nada. Mas fiz
questão de que a moça recebesse o pagamento, e pedi ao
Giulliano, que quase caiu para trás quando ela falou a quantia!
Nós caímos na risada, e foi muito bom, fazia tempo que eu não ria
tanto assim!
— Eu me lembro daquele dia que você gastou 10 mil dólares em
roupas, em um único dia, e eu quase tive um infarto!
Riamos ainda mais. Logo minha mãe foi embora, e eu estava
radiante, meu dia foi ótimo com ela aqui!
Depois do jantar,que aliás, comi na cozinha com a Diana, que me
acompanhou, já que o Matteo e o Giulliano não tinham chegado
ainda, eu fui para o quarto tomei um banho de banheira e fui dormir

Acordo e vejo que já é madrugada, e o Matteo ainda não está na


cama, eu não gosto muito disso. O que será que ele está fazendo
até essa hora??
Não consigo deixar de pensar, que talvez ele possa estar com
alguma mulher, afinal seus negócios envolvem bordéis e me lembro
que a Clara, aquela moça que conheci na boate, me disse que ele
tinha várias meninas, que eram só dele...
Com esse pensamento meu coração dói, eu não posso mais dividi-
lo, agora eu o amo, sei que não vou conseguir aceitar isso.
E ainda tem a Vaiola, que gosta dele, e ele deve gostar dela
também, não que seja amor,pois ele me ama,eu sei, mas eles estão
juntos por quase uma década, sei que ela está viajando,mas uma
hora vai voltar. Qual será a reação dele?
Eu ainda me lembro daquele infeliz episódio, que ela me humilhou e
depois ele passou a noite toda com ela, e na manhã seguinte ela
estava na mesa do café, no meu lugar, e tudo que aconteceu
depois.
Esses pensamentos me matam por dentro!
Levanto e coloco um robe, minha garganta está seca, e estou com
vontade de comer alguma bobeira.
Já que meu sono foi expulso pelos pensamentos negativos, vou até
a cozinha comer alguma coisa.
Chego na cozinha abro a geladeira enorme, e pego morangos,
Nutella, chantilly e uma jarra de suco.
Me sento na mesa, pego uma tigela,coloco tudo e começo a comer.
Olho para a pia da cozinha, vejo uma pequena jarra de barro, e
minha boca enche de água...
Que gosto será que tem?
Me levanto, pego a jarra, olho para ela, pensando em como vou
fazer para experimentar...
Só tem um jeito!
Bato a jarra na pia com força a quebrando, fazendo-a se espatifar
em pedaços, eu pego um pequeno e levo à boca e mastigo, me
surpreendendo com o gosto que é bom
Parece que o material se desfaz na minha boca, sem eu precisar me
esforçar para isso. Olho para a tigela na mesa e para o pedaço na
minha mão.
— Por que não? — me pergunto,dando de ombros...
Pego a o doce da tigela com o pedaço da jarra de barro e levo a
boca, mordendo e o sabor é tão bom que minha boca saliva.
— Que porra cê tá fazendo! — O Matteo diz, entrando na cozinha e
eu dou um pulo de susto.
— Ai Matteo, caramba, para de me assustar assim! — Falo
colocando a mão no peito.
— Eu estava no escritório e ouvi um barulho! — Foi a jarra que
quebrou!
— Você quebrou a jarra pra comer? — Pergunta com cara de nojo,
não acreditando no que diz.
— É gostoso! — Falo me justificando, e sem parar de comer
— Dá pra ouvir o barulho, parece que tá quebrando seus dentes!
— Mas não está, desmancha na minha boca!
Ele se senta à minha frente e me olha desacreditado, mas é bom o
negócio.
— Ane, isso vai te fazer mal! — Fala com um ar de preocupação
— Vai me fazer mal se eu não comer! — respondo logo, e eu não
estou muito boa com ele, que sumiu o dia inteiro!
— Chegou agora? — Pergunto, vendo que está com a mesma
roupa que colocou de manhã.
— Sim!
Eu olho para o relógio da cozinha e vejo que são 3:50 da
madrugada, e não consigo esconder minha cara descontente.
— E você estava onde até essas horas?
— Trabalhando!
— Você estava com os membros do conselho, até agora? —
Pergunto com sarcasmo, e já me alterando, porque é claro que não.
— Não queira me controlar! — ele fala sério com a cara feia, e
percebo que esse aí não é meu marido, e sim o Capo da Cosa
Nostra.
— Olha Matteo, eu não vou mais aceitar você comendo essas
vagabundas na rua! — Falo me levantando, e bato minhas mãos na
mesa.
Estou com raiva!
— Senta! — ele ordena entre os dentes
— Não vou sentar,porra nenhuma!!! — grito.
Ele respira fundo, se levanta devagar, e sai, estou com raiva, mas
também com medo, sei do que ele é capaz.
Ele simplesmente sai,sem me responder, e nem fazer nada, eu fico
puta da vida com isso, mas também aliviada, pelo menos ele não
me bateu.
Perdi até a vontade de comer. Guardo tudo, limpo o que sujei, jogo
os restos da jarra no lixo, e volto para o quarto e ele não está lá.
Vou ao banheiro, escovo os dentes e volto para a cama, fico
pensando que fui muito imprudente por ter perdido o controle.
Ele poderia ter feito alguma coisa, e agora tenho meu bebê aqui
dentro. Enquanto penso,passo a não na minha barriguinha, que está
começando a crescer, já sinto um volume, meu coração se aquece
ao me lembrar que tem um serzinho crescendo aqui dentro.
Os minutos vão se passando, e eu viro de um lado para o outro e
nada de conseguir dormir, e percebo que eu me acostumei com ele
aqui
Esses últimos meses nós dormimos e acordamos juntos,todos os
dias, me sinto pela metade aqui, nessa cama imensa sem ele, é
como dormir no chão duro, ou sem cobertas no frio, me sinto só.
— Ah, que se dane!
Me levanto e saio, vou até o quarto que ele dormia antes da viagem.
Abro a porta e ele está deitado de lado, eu tiro meu robe e entro
debaixo do edredom, mas não faço conchinha nele, eu apenas
encosto minhas costas na sua e já está bom assim, sei que vou
conseguir dormir, ajeito o travesseiro e meus olhos pesam.
Ele se vira para meu lado, e me puxa para mais perto, encaixando
nossos corpos de conchinha, eu coloco minha cabeça no seu braço,
e ele me abraça, fazendo um carinho na minha barriga.
Me sinto tão segura assim, eu entendo seus gestos como se fossem
palavras, eu te amo... Amo nosso bebê.... Também durmo melhor
com você...
Estou começando a conhecê-lo, ele não é muito de falar sobre seus
sentimentos, mas seu corpo fala comigo. E assim eu mergulho na
escuridão do sono.
Depois da noite de ontem,não vi mais o Matteo, quando acordei, eu
estava sozinha na cama.
No café a Diana me disse que ele e o Giulliano saíram cedo, e eu
acabei tomando café na cozinha. Depois fiquei horas com a Marie
no telefone, ela me disse que hoje teria uma apresentação, tipo um
noivado, igual quando eu fui apresentada como noiva do Matteo.
E com certeza nós vamos , ou será que ele está pensando em ir
sem mim? Pode ser! Ele não me disse nada...
Bom de qualquer forma vou esperar até a tarde, e se ele não falar
nada, eu vou me arrumar e esperar
Ele que não pense que vai sozinho. Ele como capo tem que estar
presente, e eu como sua esposa não vou ficar em casa enquanto
ele desfila por aí sozinho, já não basta o fato de que ele pode estar
com uma dessas mulheres
Decido chamar a Marie por mensagem
Ane " Marie?"
Marie " fala!"
Ane "Agenda aquele cabeleireiro e a maquiadora que você conhece
pra mim" "Para hoje às 16 horas"
"Por favorzinho"
Marie "Ixxi Ane eu já agendei eles vão vir aqui" "Eu também preciso
estar linda"
"E aquele que você disse que foi aí, por que não chama eles?"
Ane "Porque quem chama é o Matteo e eu não sei o número e não
quero pedir para ele" Penso e tenho uma idéia!
Ane "Então faz assim, marca aqui em casa e vem se arrumar aqui"
"O que acha??"
Marie "Eu acho ótimo!"
"Então está combinado, nos vemos à tarde" "bjs"
Ela responde toda empolgada e me divirto com sua animação!
Ouço o ronco do meu estômago, ultimamente sinto uma fome
gigantesca, toda hora estou na cozinha beliscando alguma coisa
Vejo que ainda falta meia hora para o almoço, mas mesmo assim
vou ver se já está pronto
— Diana, o almoço já está pronto? eu já estou com fome e se eu
comer alguma coisa talvez eu não almoçe — Pergunto vendo-a
sentada na mesa da cozinha, com uns papéis na mão.
Ela logo se levanta e vai até o fogão, onde uma das meninas mexe
o que parece ser o risoto.
O cheiro aqui está maravilhoso!
— Ane, o risoto ainda não!
— O que já está pronto? — Pergunto
— O fetutini, os legumes e o peixe — ela responde abrindo o forno
— Tá ótimo, faz um prato pra mim por favor!
Peço com um sorriso, que ela retribui. Ela vai até o fogão e faz um
prato para mim.
— Eu vou arrumar a mesa pra você! — diz, me entregando o prato.
— Não precisa, me dá aqui o prato, que eu levo.
Ela me estende o prato, e eu pego um garfo e de repente escuto
umas vozes tão altas, vindo da entrada, que saio para ver o que é.
— Fodase caralho! — o Matteo grita transtornado para um dos
homens. Está ele, o Giulliano, e mais alguns homens...
— Sai da minha frente, antes que eu perca o resto da minha
paciência,e arranque seus olhos com as minhas mãos! — Os
homens saem, e eu estou aqui igual uma estátua,vendo-o cuspir
fogo pelas ventas.
Os dois me olham e eu ainda estou com o prato de comida na mão,
eu me viro e saio da sala, me sento na mesa de jantar e respiro.
Meu Deus,o que será que aquele homem fez? Será que ele teria
coragem de arrancar os olhos do homem?
— Oi? — Ele diz e me assusto
— Oi! — Respondo
— Você está bem? — ele me pergunta e eu balanço a cabeça
confirmando Ele senta na mesa me olhando e eu começo a comer
— Porque o almoço ainda não foi servido? — me pergunta
— Ainda está cedo!
Acho que ele estava tão nervoso, que até se perdeu no tempo.
— Está tudo bem? — Eu pergunto pegando na sua mão, ele me
olha abre um sorriso e diz:
— Agora está!
Eu não sei porquê, mas toda vez que ele faz isso eu me abro igual
uma flor, e dou o meu melhor sorriso, é automático, não consigo ser
indiferente quando ele sorri para mim.
— Quanto eu acordei você já não estava!
— Eu precisei sair, as coisas estão difíceis, eu estou tendo que
acompanhar bem de perto!
— É só por isso que eu estou chegando tarde, não tem porque você
se preocupar! — diz com ternura.
Ele leva a mão ao meu rosto e faz um carinho na minha bochecha
com o polegar, eu fecho meus olhos, sentindo sinceridade nas suas
palavras.
— Eu pens..
Ele me impede de continuar,selando nosso lábios, aquecendo meu
coração.
— Não se esqueçam que eu ainda moro aqui! — Meu cunhado diz
se sentando e nos interrompendo.
— Por que você ainda pensa em se mudar? — Pergunto.
— Você quer que eu me mude? — Ele pergunta franzindo a testa.
— Não seria uma má ideia! — Falo e levo o garfo até a boca, é claro
que estou brincando, mas é bom fazê-lo provar do próprio veneno.
— Não acredito que estou sendo expulso da minha própria casa! —
Ele diz para o Matteo,fingindo estar perplexo, que dá risada, e eu
também.
— Brincadeirinha! — falo.
— Sei!
Duas empregadas trazem o almoço enquanto outra arruma a mesa.
Eles se servem e como eu já terminei, pego o risotto.
— Ainda bem que não sou eu que compro a comida dessa casa! —
o Giulliano diz,rindo. Como ele é implicante!
— Eu como por dois agora, e para de implicar, vou acabar pegando
ranço da sua cara, e meu filho vai nascer parecido com você!
Ele me olha sem entender!
— O que é ranço?-pergunta
— Raiva! — Respondo
— E aonde você ouviu isso? — O Matteo me pergunta com ar de
divertimento.
— Você não sabia? — pergunto,pensando em como posso me
aproveitar disso.
— É verdade, se eu por acaso tiver algum desejo que você não
realize, o bebê nasce parecido com o que você me negou! — falo
séria.
— Ou se eu pegar raiva de alguém,seu filho nasce parecido!
Eles me olham querendo rir, mas eu olho levantando uma
sobrancelha e eles entendem que falo sério, e mudaram suas
expressões.
Eu me divirto com o desespero deles. Continuamos o almoço e eles
conversam sobre um homem, e que ele teve sorte pela família ter
aceitado o casamento
— Ane, hoje vai ter uma apresentação, como teve antes do nosso
casamento!
— Vamos sair às 20h! — Eu já sei bobinho!
— É eu sei, e marquei cabelo e maquiagem, e a Marie vai vir se
arrumar aqui comigo! — falo.
É impressão minha, ou meu cunhado fica desconfortável toda vez
que falo dela?
— Algum problema? — Pergunto para eles
— Nenhum! — Matteo responde normal e meu cunhado nega com a
cabeça
Depois do almoço, recebi uma mensagem da Marie, dizendo que já
estava vindo; eu adorei, assim temos mais tempo para conversar
Subo para o quarto e entro no chuveiro, lavo meus cabelos e vou
ensaboando meu corpo; aperto meus seios e eles estão um pouco
inchados e doloridos, desço minhas mãos até minha barriga, e
percebo que ela está grandinha. Foi só descobrir a gravidez que ela
apareceu.
É uma sensação estranha, como eu posso já amar algo tão
pequeno, que eu nunca nem vi?
Sinto braços me envolver, e suas mãos vão para cima das minhas,
que estão na minha barriga, e cola seu corpo no meu.
— Lembrou que tem uma esposa! — pergunto com sarcasmo.
— Nem se eu quisesse,eu esqueceria! — fala com a voz rouca,
mordendo minha orelha, me deixando toda arrepiada.
Sinto seu membro duro atrás de mim. Ele desce e beija meu
pescoço.
— A Marie, já está chegando! — falo com a voz embargada, pelo
prazer que está dominando meu corpo, pouco a pouco...
Ele me vira, ignorando o que eu disse, e me beija
maravilhosamente, e eu percebo que estava com saudades dos
seus beijos.
O simples fato de termos brigado, dá a impressão que se passaram
dias, desde a última vez. Eu prendo meus braços no seu pescoço, e
elevo meu corpo, puxando ainda mais o seu corpo para junto do
meu, me entregando...
Ele me levanta e eu prendo minhas pernas ao redor da sua cintura,
ele me penetra me encostando contra parede. Segura meu
bumbumcom as mãos, sustentando meu corpo, e ao mesmo tempo
me puxando contra seu membro.
Ele vai investindo sem parar, me levando à loucura, gemo na sua
boca, que segura meus lábios com os dentes.
Ele aumenta o ritmo, me estocando com mais força; a sensação é
ótima, o prazer vai tomando conta de todo o meu corpo.
— Goza pra mim, goza… Goza comigo!
Diz com sua voz sensual e cheia de prazer, me fazendo gemer
intensamente, quando sinto seu membro latejar dentro de mim, e
nosso clímax chega junto!
— Gostosa!
Ele não para de entrar e sair de mim, que estou gostando disso,
mas sei que se não pararmos, vamos ficar por horas assim.
Eu pego seu rosto e dou um selinho demorado.
— Estava com saudades! — falo e ele sorri,me fazendo retribuir o
sorriso.
— Eu também, bebê! — Fala entrando e saindo de mim bem
devagar; está tão gostoso, que até quero parar, mas não consigo.
Fecho meus olhos e jogo meu pescoço para trás, ele me leva até a
bancada da banheira, e eu deito meu corpo me apoiando apenas
nos cotovelos.
Ele segura minhas pernas e investe, mais e mais, nossos corpos se
chocam, fazendo um barulho que me dá ainda mais prazer, ele leva
uma das mãos ao meu clitóris, e faz círculos com o polegar, me
fazendo gemer ainda mais alto e morder meus lábios.
Ele aumenta o ritmo nos dedos e eu estou quase no meu segundo
orgasmo, e quero que ele saiba, e não pare, por isso meus gemidos
se intensificam e são altos, fazendo ele me estocar ainda mais
fundo e com mais força.
— É assim que você gosta? — Pergunta mordendo a boca,
chamando minha atenção
E eu atinjo o objetivo único do meu corpo nesse momento, me
contorcendo de prazer. Ele sai se abaixa e passa a língua na minha
vagina, e vai subindo sem soltar minhas pernas, mordendo meu
corpo
Beija o volume da minha barriga, chega nos meus seios, os
chupando e mordendo as laterais de leve. Quando chega na minha
boca me beija ferozmente e me penetra de novo, entrando e saindo
devagar, falando palavras safadas no meu pescoço
Me deixando excitadissima!
Ele me me pega no colo e saímos do banheiro, me coloca na cama
e vira meu corpo de bruços, afastando meus cabelos molhados.
Beija meu pescoço e desce, deixando uma trilha de beijos pelas
minhas costas, até chegar no meu bumbum, e morde, chupa
alternando entre minhas nádegas.
O que é delicioso!
Ele levanta meu tronco me deixando de quatro, se ajoelha e me
penetra forte e fundo, de uma só vez, e já começa em um ritmo
alucinante e vigoroso, puxando minha cintura contra a sua.
Sinto um fio de energia passando por todo meu corpo, me fazendo
focar nessa sensação, em aproveitar ao máximo esse momento. Eu
me sinto muito consciente do meu corpo, e só quero fazer essa
sensação durar, é só o que importa agora.
Mas infelizmente ele para,me vira e vem em cima de mim, chupa
meus seios como louco,descendo até minha intimidade e me chupa,
eu até tento fechar as pernas, estou com um pouco de vergonha,
até porque estamos em plena luz do dia, ou seja, ele está com o
rosto na minha vagina e vendo tudo!
Mas ele abre as minhas pernas com força, e me penetra com a
língua. O prazer é tanto, que a vergonha não me impede de senti-lo.
Os músculos da minha vagina, que já estão sensíveis, pulsam, ele
morde meu clitóris, me fazendo arfar.
Minha garganta está seca de tanto gemer, sinto sua língua bater no
meu ponto mais sensível, num ritmo de vaivém, para cima e para
baixo, sem parar.
Eu até tento segurar a sensação, fazer durar mais tempo, porém
não aguento; e tenho mais um orgasmo delirante, arrancado do meu
ventre à força, sinto que morri e ressuscitei de alguma forma. Ele
desce até a minha entrada e suga tudo que sai de mim
Levanta, me olha, quase morta na cama, se deita ao meu lado,
cruzando os braços atrás da cabeça, olho para baixo e vejo seu
membro grosso, estando ainda maior e ereto...
Não penso duas vezes, reuno minhas forças e subo em cima, como
se eu montasse em um cavalo. Ele morde os lábios, que ostenta um
sorrisinho.
Quando eu encaixo seu membro em mim, jogo minha cabeça para
trás deixando a sensação me dominar.

Matteo

Ela entende muito bem meu recado e monta em mim, e caralho, a


visão daqui é ainda melhor, ela se esfregando em mim com a
cabeça para trás, sentindo tanto prazer quanto eu...

Quase me mata!
Seus seios rosados que estão maiores, balançam conforme ela se
movimenta, agora vejo que sua barriga está grandinha, e não
consigo conter um sorriso sorrateiro, se forma no meu rosto.
Seus cabelos, que estão quase secos, balançam. Caralho, ela está
ainda mais linda grávida!
Ela intensifica o movimento subindo e descendo no meu pau, e
porra, ela vai me matar de prazer. Eu levo minhas mãos para sua
cintura, e ajudo-a, estocando mais forte, ela grita, já rouca de prazer,
com os olhos fechados...
Se ela soubesse com eu fico quando ela faz isso, faria um
escândalo!
Essa mulher não tem noção do poder que tem sobre mim, Ela sabe
que mato por ela, o que não sabe é que sou capaz até de morrer
por ela!
Ela começa a quicar intensamente em cima de mim, eu não vou
aguentar segurar mais.
— Vai gostosa, goza no meu pau...Goza pra mim!
Ela geme ainda mais alto, sei que está quase. Eu a ajudo, metendo
com força nessa buceta deliciosa, até ela começar a gozar e eu
gozo também.
Porra, como ela é gostosa!
Ela cai no meu peito, está exausta! O cheiro dos seus cabelos me
invadem, eu enrolo-os nos meus dedos,e levo até meu nariz,
enquanto deslizo minha outra mão pelas suas costas, até essa
bunda deliciosa, que eu tô doido pra comer.
Quando nossa respiração se normaliza, ela cai para o lado e fica de
frente para mim. Seus olhos estão pequenos, ela está muito
cansada, será que eu exagerei?
— Você está bem?
Pergunto preocupado colocando seus cabelos atrás da orelha, ela
não diz nada, só me dá aquele sorriso maravilhoso como resposta,
e se aninha ao meu corpo.
Caralho, sou doido por essa mulher!!!
— Amor!
Ela me chama pela primeira vez assim, e isso é bom, gostei de
saber que é isso que sou para ela.
— Oi!
— Não me deixa mais sozinha!
Porra, o que ela me pede,que eu não faça, ainda mais pedindo
agora?
— Não vou deixar! — Respondo, selando nossos lábios.
— Promete?— diz com a voz baixa e os olhos já fechados...
Eu preciso muito estar à frente dos meus negócios agora, como
nunca precisei antes...
— Prometo!
Mas acabo de perceber que pela primeira vez na minha vida, algo
vem à frente da Cosa Nostra, à frente dos meus negócios, do meu
cargo...
Ela!!!
— Eu te amo Antonella!
Olho no relógio do meu pulso e já são quase 16h, deixei-a dormir,
estava muito cansada
Eu até cheguei a cochilar, só que não mais que 2h. Ela me disse
que a prima estava vindo, mas eu não ouvi ninguém chamar,
estranho! Talvez ela esteja esperando.
— Ei, acorda! — Falo baixinho.
— Me deixa dormir, mais um pouco! — Diz no meu peito sem abrir
os olhos.
— Sua prima não ia vir se arrumar?
— Que horas são? — pergunta, abrindo os olhos.
— 16h!
— E ninguém bateu na porta?
— Não!
— Estranho! — diz e se senta na cama.
Ela se levanta e vai para o banheiro, e eu vejo aquela bunda
gostosa, que me deixa louco, e meu amigo já ganha vida.
— Nem pensa! -Grita do banheiro
Eu dou risada. Por mais que eu queira,não dá, se eu começar vai
ser difícil parar, e é bem provável que o pessoal do salão e a Marie
já estejam lá em baixo.
Nem vou entrar no banheiro, nada de tentação. Então fico aqui,
esperando ela terminar, só vou tomar banho quando ela sair.
— Que merda! — Diz saindo do banheiro toda molhada, se secando
com uma toalha pequena de rosto. E Caralho assim eu não
aguento! Ela está toda molhadinha e pelada, seus bicos estão
duros. Ela para secando o cabelo e diz:
— Você derrubou as toalhas no chão, agora estão encharcadas!
Eu dou um pulo da cama e corro a atacando, ela tenta correr, mas
eu sou mais rápido.
— Não Matteo, o pessoal do salão já chegou! Eu ignoro, ninguém
mandou me provocar!
— Eu vou me atrasar!
Eu a levo para dentro do banheiro, viro-a de bruços na bancada,
com a bunda empinada pra mim.
Mordo sua orelha e chupo seu pescoço, ela resmunga me pedindo
para parar, cuspo nos meus dedos e levo na bucetinha dela, passo
na entrada e penetro meu dedo, dou uma estimulada no clitóris
enquanto aperto seu corpo ao meu. Ela geme, e eu a penetro
Penetro fundo e rápido, segurando seu corpo para não esmagar
meu filho na bancada, é claro!
Começo a metralhar, ela grita de prazer. Quanto mais forte, mais
essa safada gosta!
Mais algumas estocadas no lugar certo, sem deixar de masturba-la
com meus dedos, e ela logo goza e eu me permito explodir dentro
dela.
Saio e levanto-a, que me olha, tentando recuperar a respiração.
— Foi só uma rapidinha! — falo mordendo seus lábios
Ela pega minha mão, me puxando para fora do banheiro, pega o
lençol da cama e me entrega, me puxando até a porta.
— Vai tomar banho no outro quarto!
Ela abre a porta e praticamente me empurra do quarto, e fecha a
porta. Estou pelado só com um lençol tapando meu amigo aqui
— Filha da puta! — falo baixinho,mas rindo.
Me viro indo para o outro quarto, abro a porta e entro, quando vou
fechar, eu vejo a porta do quarto do Giuliano ser aberta, e a prima
da Antonella sair de lá.
O que essa menina estava fazendo lá? Eu espero que meu irmão
não esteja comendo ela!
É claro que não. Ele não faria isso, ela ainda é menor de idade! Ela
deve ter errado de quarto alguma coisa assim. Prefiro pensar assim!
Tomo um banho demorado. Estou extremamente relaxado, é assim
que fico quando transo com ela...
Satisfeito!
Mas é claro, que se eu tivesse tomando banho com ela, é bem
provável que estaríamos transando nesse momento, ela sabe disso
por isso me expulsou do quarto.

(...)

Desço e vou para o escritório, pego um copo da minha bebida


favorita que é o whisky, e vou para minha mesa. Eu preciso
conversar com o Giulliano.

Prometi para Antonella que não vou deixá-la mais aqui sozinha, pelo
menos não como fiz nos últimos dias.

Talvez ela esteja assim, por causa da gravidez. Depois daquela


cavalgada, que só de lembrar,meu amigo acorda, pude ver que sua
barriga está crescendo, já dá para ver bem, meu filho está
crescendo, e um sorriso se forma no meu rosto.

Pego o telefone e ligo para o hospital, marcando uma consulta com


médica. Preciso saber se meu filho está bem, ou se vou ter uma
garotinha

— Eita sorrisão bobo! — Meu irmão diz entrando

— Estava pensando no quê?? — Eu reviro os olhos.


— Vai, fala cara! — implora.
— Eu já ia te ligar, preciso ter uma conversa com você! — Falo sério
e ele me olha preocupado.
— A Antonella precisa que eu fique mais com ela agora!
Ele já entende, e faz uma cara de que não está gostando, pois já
sabe o rumo da conversa.
— Nem vem Matteo!
— Eu não vou deixar tudo nas suas costas, só não vou ficar o dia
todo fora ou de madrugada, como estou fazendo!
— Não vai mudar muita coisa. Eu só não vou te acompanhar à
noite. Só até o bebê nascer!
— É porra nenhuma, não tenta me fazer de idiota! — responde.
— Quando o bebê nascer, aí que você não vai mais desgrudar da
sua fada! Bom, talvez ele tenha razão, Quando o bebê nascer talvez
eu fique ainda mais por perto.
— As coisas só estão intensas agora, depois que eu pegar esses
desgraçados, tudo volta ao normal!
Ele respira fundo, sorri e me diz:
— O que você pede que eu não faço, heim?
— Um monte de coisas, por isso eu tenho que mandar! Ele dá uma
gargalhada e eu acabo rindo também.
— Agora mudando de assunto, onde você estava? — Pergunto e
ele me olha sem entender.
— Aqui em casa!
— Eu vi a prima da Antonella sair do seu quarto! Não gosto nadinha
da expressão dele!
— O que ela estava fazendo lá? — pergunto
— Eu não sei, pergunta pra ela! — responde todo desconcertado.
— Giulliano, não faz merda — falo respirando fundo.
— Acabou Matteo? — diz, querendo fugir do assunto.
— Eu tenho que sair antes da apresentação! — Ele fala, já saindo, e
eu conheço muito bem meu irmão, sei que aí tem coisa!
Subo para o quarto e me arrumo. quando saio, paro na porta do
meu quarto com a Antonella, e escuto muitas vozes e risadas, passo
direto e desço para a sala, me sento no sofá e ligo para um dos
meus homens. Ele me atualiza, já que fiquei praticamente o dia
inteiro em casa.
Eu tentei recuperar o meu contêiner de drogas, porém está sendo
mais difícil do que eu pensei, mas eu não vou entregar milhões de
euros que são meus, para esses filhos da puta.
Então a solução é roubar, o que não é necessariamente roubo, já
que vou pegar o que é meu!
Deixei meus homens de tocaia, e um inútil me disse que se distraiu
e acabou perdendo a localização do container, por isso cheguei puto
da vida, quase pegando o filha da puta pelo pescoço.
Eu ia arrancar os olhos dele! Mas aí eu vejo minha mulher, pálida,
me encarando, com um prato de comida na mão! Dispensei meus
homens e fui almoçar com ela, e toda a minha raiva passou
Me senti culpado, por estar deixando ela nervosa e com ciúmes, ela
cuspiu na minha cara, que não vai aceitar que eu tenha outras
mulheres.
E se eu não tivesse ficado puto, por ela me desafiar daquele jeito,
eu até acharia graça, mas por pouco eu não grudei no seu pescoço,
e isso me assustou. Eu não posso bater nela, então preferi deixá-la
lá, comendo louça sozinha.
Mas ela foi para o meu quarto, admitindo que,assim como eu, dorme
melhor comigo! — Elas não desceram ainda? — Meu irmão diz
sentando ao meu lado do sofá. Eu olho para o relógio no meu pulso
e já são 20:35h
— Eu detesto chegar atrasado nos lugares! — falo. — Bom, é
melhor se acostumar então! — ele diz e eu concordo.
Ouço vozes vindo da escada, e desce 4 pessoas, um homem que
parece ser viado, e três mulheres com maletas nas mãos
— Olá senhores! — O homem diz,confirmando minha suspeita, ele é
gay.
— Oi! — Respondo ríspido e com a cara fechada, o meu normal,
meu irmão só balança a cabeça.
Eles saem e ele me olha rindo.
— Acho que ele gostou de você! — ele faz graça.
— Vai se fuder! — Respondo, dando um tapa atrás da sua cabeça.
Ouço o barulho de salto, vindo da escada, e quando olho e vejo
minha mulher descendo, eu só não caio porque estou sentado, mas
meu queixo cai.
Ela está linda, sua barriga fica bem evidente, e esse vestido
combina exatamente com o presente que eu deixei guardado para
hoje
— Que porra de vestido curto é esse? — Meu irmão pergunta para a
Marie, confirmando minhas suspeitas.
Olho para ela e também está bonita, mas seu vestido realmente
quase não tampa nada. Ela olha para ele, não acreditado no que ele
está falando, me deixando confuso.
— Você usou droga? Só pode! — Ela pergunta para ele com as
mãos na cintura, olho para Ane, que está tão confusa quanto eu!
— Ane, vem aqui!
Levo-a para o escritório e fecho a porta atrás de mim, tendo a visão
da sua bumba toda desenhada no vestido.
Vou até o cofre, que fica atrás da minha mesa, e tiro a caixa de
veludo. Quando abro, ela arregala os olhos e coloca as mãos na
boca.
— Eu não acredito!!! São diamantes? — pergunta perplexa.
Eu sorrio da sua empolgação e ela se vira, para eu colocar o colar
no seu lindo pescoço.
— Sim, são diamantes!
Ela tira seus brincos e coloca os de diamantes, e vai até a parede
de espelhos
— São lindos eu amei! — Diz, passando a mão no colar com os
olhos brilhando. Ela vem até mim e sela nossos lábios, me dando
um selinho demorado.
— Eu pensei que você ia brigar por causa do meu vestido, é bem
chamativo.
— Eu não vejo problema em matar os homens que vão te olhar! —
digo e ela me olha assustada, porque vê que eu estou falando sério.
— Eu vou trocar! — diz,ameaçando sair.
— Não, eu já esperei demais! — falo segurando seu braço.
— E você está maravilhosamente linda, e gostosa,com esse vestido!
— falo no seu ouvido.
Ela me puxa para fora do escritório, pois eu já estou levantando o
vestido Ela está aprendendo a não me deixar perder o controle!
Saímos da sala e meu irmão estava falando algo com a Marie, mas
assim que chegamos ele parou. A cara dela é de divertimento e ele
não está nada contente. Amanhã vou ter uma boa conversa, e vou
obrigar ele a me falar tudo
Nós saímos e fomos os quatro no meu carro, em completo silêncio.
Minha mão foi na coxa da minha bela mulher, que me olha com um
lindo sorriso no rosto, que eu retribuo feito um idiota.
É hoje que eu mato alguém!
Chegamos na apresentação e logo o Giulliano e o Matteo, vão
conversar com alguns homens nos deixando a sós.
— Ufa, até que enfim! — Falo e ela me olha sorridente.
A Ane está tão apaixonada, que não para de sorrir. Eu fico feliz, ela
tinha tanto medo desse casamento, mas no final deu certo.
— Você gosta mesmo dele né? — pergunto.
— Não, eu o amo! — diz sorrindo.
— Ai que lindo! — falo,apertando suas bochechas. Ela ri e da um
tapinha na minha mão.
— Agora você pode me explicar o que foi aquilo, antes de sair de
casa? — Ela diz, me olhando feio.
— Ah Ane é uma longa história!
— Amanhã você vai me explicar tudinho!
Sim, eu já queria fazer isso, ela merece saber tudo, afinal é minha
melhor amiga! A Elisa vem correndo na nossa direção.
— Meninas, vocês estão lindas! — Diz com um sorriso enorme na
boca.
— Filha, sua barriga está muito maior!
Realmente ela já está barrigudinha e esse vestido apertado,
evidencia ainda mais.
— OH-Meu-Deus! — ela até me assusta
— Isso é um colar de Diamantes??? — Pergunta chocada,
passando a mão no colar que o Matteo deu hoje pra Ane.
Realmente é um arraso, eu entendo minha tia, fiz a mesma coisa
quando ela apareceu na sala.
— Sim, não é lindo? — A Ane pergunta, toda boba.
— Ei, aí estão as mulheres da minha vida! — meu pai diz, se
juntando a nós.
— Nossa pai, que profundo! — Falo e ele fica sem graça, não
aguento e dou risada e elas me acompanham.
— Por que, só você que pode ser a mulher da vida dele? — A Ane
fala se divertindo
— Não, eu divido ele com vocês! — falo e ele também começa a rir.
Começamos a conversar sobre o bebê da Ane, todos estão muito
empolgados com a gravidez, a felicidade dela ao falar do bebê,
mostra o quanto está feliz com Matteo, e isso nos deixa em paz
Meu pai sai para falar com alguns homens, e minha tia é puxada por
umas mulheres, deixando só eu e a Ane.
Eu olho para ela e vejo que está séria, olho para o motivo e vejo
uma mulher conversando com o Matteo, e praticamente se jogando
para cima dele, a mulher é uma viúva, e pelo que sei ele,já a
comeu...
— Marie, ele já transou com ela?
Por que ela me pergunta essas coisas??? Ah já sei, é porque eu
não vou esconder nada dela!
— Ane, é mais fácil você me perguntar quem aqui ele não transou!
— respondo.
Ela fica vermelha de raiva e vai em direção a ele, e o abraça de
lado, ficando de frente para a oferecida.
A cara dele é muito engraçada, ele dá uma risadinha, se abaixa e dá
um beijão nela, digno de novela.
— Eita Porra!
Falo para mim mesma vendo a mulher ficar tão sem graça que sai
andando, mas também, até eu fiquei constrangida com esse beijo,
parece que ele vai engolila. E as outras pessoa também estão
olhando.
Nossa é a primeira vez que vejo o Matteo assim, acho que esse é o
motivo do espanto das pessoas, mas eu fico feliz, esse é mais um
sinal que eles se gostam.
Saio do devaneio quando o beijo acaba, e eles começam a
conversar.
Bom, depois desse beijo, melhor eu ir no banheiro,retocar meu
batom!- falo para mim mesma, como se fosse eu que tivesse beijado
alguém.
Vou em direção ao banheiro, entro e não tem mais ninguém, abro
minha bolsa e tiro meu batom, olho no espelho e meu batom está
normal, mas mesmo assim decido retocá-lo.
A porta se abre, ele entra e a tranca.
— O que você está fazendo aqui? — pergunto, abrindo meu batom.
— É um banheiro feminino, não sabia? — digo, enquanto retoco o
batom.
— Eu vim porque não terminamos a nossa conversa! — diz sério.
— Não temos nada que conversar!
— Eu mandei você subir e trocar de vestido e você não me
obedeceu! Ai ai,essa é pra me fazer rir, só pode! — penso com um
sorriso no rosto
— Giulliano você não manda em mim! — Falo com um ar de
divertimento pela sua cara.
— Você colocou esse vestido só pra me provocar. Os homens estão
todos te comendo com os olhos! — fala bufando de raiva.
— E qual é o problema? — o provoco.
Ele vem na minha direção pega no meu pescoço, me pressionando
na parede. Aí eu me lembro do seu passado, e que ele pode ser
perigoso!
— O problema é que você é minha! — fala com raiva e me beija
Eu retribuo o beijo, até porque eu não resisto a ele, mas eu tenho
que o colocar— no seu devido lugar!
Paro o beijo e saio indo para o lado, limpo minha boca,e
rapidamente retoco o batom.
— Escuta aqui, eu não sou de ninguém. Eu sou solteira!
Vou até a porta destranco, me viro para ele e falo:
— Eu não sou mais virgem, então se eu encontrar alguém
interessante aqui e transar, não vai fazer diferença nenhuma!
Ele vem igual um touro na minha direção, mas eu sou mais rápida e
saio do banheiro. Eu não sou boba, só falei quando sabia que ele
não me pegaria!
Marie...Marie, você está brincando com fogominha consciência me
diz, e eu concordo, mas eu estou adorando esse jogo.
— Posso saber o motivo dessa sua felicidade? — Meu pai fala, me
vendo rir à tôa.
— Nada pai, só estou feliz porque fiquei o dia inteiro com a Ane!
Minto na cara de pau, porque eu fui cedo, e como ela estava
trancada no quarto com o Matteo, eu acabei transando com o
Giulliano.
— Eu fico tão feliz em saber que vocês estão próximas, eu pensei
que com a distância vocês se afastariam!m — Ele fala muito
emocionado para meu gosto.
— Pai, nós sempre fomos amigas, mesmo que fosse pelo celular, aí
quando ela voltou,só fortaleceu!
— Nós somos primas, é claro que seríamos amigas!
— É verdade! — responde e eu dou um beijo na sua bochecha
Meu pai é um fofo, cheio de tatuagens, pensa que é um garoto,
malha, se cuida, as mulheres caem matando em cima dele.
Meu pai e minha mãe já não viviam háa muito tempo como marido e
mulher, talvez seja porque ela ficou anos e anos doente.
Mas ele sempre cuidou muito bem dela e de mim, sempre foi um
paizão.
— Pai,eu vou passar o final de semana com a Ane! — Ele me olha,
não gostando da ideia.
— Marie, eu não gosto dos Messina e você sabe disso!
— Pai, a Ane é uma Messina agora, esqueceu?
— Se dependesse de mim, ela não seria!
— Pai, olha pra eles — falo e nós dois olhamos para a Ane e o
Matteo, que estão grudados.
— Eles se amam! — digo e ele sorri sem perceber.
— Não sei que santo fez esse milagre acontecer! — ele diz
pensando alto
— Então, ela precisa de mim agora que está grávida! — E eu
preciso do corpo do Giulliano!
— Tá bom, mas fica esperta heim! — ele fala e eu não resisto e dou
mais um beijo na sua bochecha
— E eu não gostei nem um pouco desse seu vestido! — diz e me
olha sério.
— Até você pai? — falo sem querer
— Por que? Quem mais disse isso? — Ele me pergunta na maior
inocência.
— A tia Elisa! — minto.
Ele da uma sorrisão
— Pai, fala sério, você gosta dela,né?
Pergunto naturalmente, não sou boba, eu vejo os olhares que ele dá
pra ela, e eu posso jurar que ela também gosta dele.
Eu até arrisco dizer, que rola alguma coisa mais séria.
Ele se engasga com a minha pergunta, me fazendo rir do seu
desespero
— Pai eu não sou mais criança, eu sei!
Ele arregala os olhos e fica extremamente sem graça.
— Sabe o quê? — pergunta todo desconcertado.
— Sei que vocês transaram, no dia que ela chegou!
Jogo na lata, meu pai engole em seco, e para o seu azar ela vem na
nossa direção, linda e elegante como sempre.
Ele ficou assim pelo fato de ser com ela, que é minha tia, não pelo
fato de transar, meu pai sabe que sou direta.
— Eu estava te procurando!
Ela diz para mim sorrindo. Olha para meu pai,que está mais branco
que um papel e pergunta:
— O que foi, você está bem?
— É..na..si — ele gagueja tanto que eu dou risada e ela também.
— É que eu falei pra ele que sei que vocês transaram!
Ela fica vermelha igual a um pimentão, e essa não era minha
intenção.
— Ei, gente calma, relaxa!
Eu saio deixando eles lá. Nossa, será que eles são tão inocentes
assim, achando que eu não sabia?
Vejo que o Giulliano está distraído conversando com um rapaz,
então eu saio. Depois da tensão com meu pai e minha tia, eu
preciso de um cigarro.
Vou para a parte de trás da mansão, que tem um jardim, estilo
labirinto, acendo meu cigarro e vou andando.
Eu não tenho o costume de fumar, mas quando fico tensa, ou estou
de bobeira, eu acendo um cigarro, gosto da sensação, mas não sou
viciada nisso.
— Te achei! — ele diz me fazendo pular de susto
— Porra, me assustou!
— Está com medo? — Ele me pergunta, com um sorriso de doido e
sim eu estou com medo.
— Não!
— Deveria! — ele diz e me ataca.
Me beija como um louco, enfiando uma mão no meu cabelo o
puxando, e outra por dentro do vestido na minha bunda, por dentro
da minha calcinha e eu já estou molhada
Eu abro sua calça, e seu pintão grande,pula para fora, eu aperto
estimulando ainda mais para frente e para trás, ele geme na minha
boca e me penetra um dedo, verificando que estou quase pingando
de tesão. Eu levanto uma das minhas pernas agarrando seu corpo,
e ele me preenche com esse pau gostoso.
— Alguém pode nos ver! — falo entre meus gemidos, ele entra e sai
gostoso...
— Foda-se!
Ele me levanta ainda mais e vai estocando dentro de mim, eu gemo
de prazer, esse movimento é delicioso.
Ele me beija para abafar meus gemidos e vai ainda mais forte, e a
sensação de perigo misturada com a de prazer, me faz gozar
minutos depois.
Ele me beija ainda mais intenso, pois estou praticamente gritando.
Sorte que a música na casa está alta, senão já teríamos uma
plateia.
Ele me vira de costas e ergue meu minúsculo vestido, abaixa meu
tronco e me penetra novamente, eu abro mais as pernas esticando-
as e apoio as mãos nos meus joelhos
Ele segura na minha cintura e me metralha sem dó, o que eu adoro.
Ele estoca gostoso demais, não que eu já tenha experimentado
outro homem, mas eu tenho certeza que ele é do tipo que tem
pegada, porque eu fico ainda mais louca que já sou.
Sinto que estou quase gozando de novo
— Não para! — falo entre meus gemidos que estou contendo
mordendo meus lábios
Ele continua e cutuca com seu pau o lugar que eu não aguento, é
como se ele soubesse exatamente aonde ir, me fazendo chegar ao
orgasmo!
Quando ele percebe que eu estou gozando ele vai mais forte, para,
segura apertando e tira, gozando para fora
Eu quase caio no chão, de tão mole que estou
— Você tá louco, alguém pode nos ver!
— Falo arrumando minha roupa.
— Eu tinha que apagar seu fogo! — diz me olhando com uma cara
séria.Eu dou uma gargalhada, porque ele está sério e isso é raro.
— Será que você conseguiu? — eu o provoco
— Eu tô começando a achar que você gosta de me ver puto!
— É pode ser! — Falo e saio na frente, para não nos verem juntos.
Volto para a festa e está tudo normal, vou na direção da Antonella e
ela está distraída, conversando com a moça que está sendo
apresentada hoje.
O Matteo, que está ao seu lado, me olha com uma cara estranha e
faz um gesto de limpar a boca, como se fosse um sinal para mim.
Eu coloco minha mão na boca e percebo que esqueci do meu
batom, que deve estar todo borrado
O Giulliano chega ao meu lado, encarando o irmão. Eu olho para a
boca dele e ele está todo sujo com meu batom, parece um
palhaço,chega a ser engraçado.
Olho para o Matteo, que está fuzilando o irmão com os olhos.
Eu saio mais que depressa para o banheiro, e quando chego, vejo
que eu também pareço uma palhaça. Limpo minha boca com o
papel toalha, e pego um batom mais escuro, diferente do que eu
estava e passo
É, eu vim preparada, sabia que ele ia tirar meu batom, só não
contava que eu ia sair distraída,fazendo papel de ridícula por aí,
tomara que ninguém mais tenha visto!
Vejo a Marie voltar do banheiro com um batom bem mais escuro, e
meu irmão, parecendo um palhaço na minha frente.
Ela para ao seu lado como se não tivesse feito nada. Essa menina
está me surpreendendo, com certeza deve ser influência dele!
A Antonella que até então estava distraída com a noiva do dia, que
acaba de sair, olha para ele e fala:
— Você só pode ser um pervertido! — Ele olha sem entender.
— Sua boca está suja de batom, na verdade você está parecendo
em palhaço! — a Marie diz e eu vejo que sarcasmo é de família.
Ele olha para a boca dela, vendo que ela trocou de batom, e leva a
mão ao rosto limpando a boca, e sai indo para o banheiro
Eu dou risada internamente, é a primeira vez que vejo meu irmão
sem graça.
— É estou vendo que o sarcasmo é de família! — falo.
A Marie levanta a taça de champanhe confirmando e sai, a Ane me
olha sorrindo.
— Quando vamos poder ir embora? Já estou cansada de ficar em
pé nesse salto! — ela diz
Automaticamente eu desço meus olhos,a admirando novamente,
dos pés a cabeça, ela é linda!
Se meu pai estivesse vivo, eu daria um beijo na sua boca por
isso...Brincadeirinha!
— Você é gostosa pra porra!
Ela sorri e se joga nos meus braços, dou um beijo na sua cabeça.
— Matteo!
Me chama a mesma mulher que estava me convidando para ir ao
banheiro, quando a Ane chegou morrendo de ciúmes.
— Sobre aquele nosso assunto?
Nossa,como ela é insistente, não entendeu o recado!
— Você é burra? — Ane pergunta para ela, que olha sem entender,
e eu me surpreendo com a braveza da minha mulher.
— Eu vou te explicar então! Ou você para de dar em cima do meu
marido! — Ela diz e joga o líquido da sua taça na cara da mulher
Eu não acredito que ela fez isso! E ela continua…
— Ou eu vou pegar essa taça,que agora está vazia, vou quebrar e
rasgar essa sua cara de vadia!
A mulher olha para ela sem acreditar que ela fez isso, e a Ane a
encara séria. Será que ela teria coragem?
— Tá duvidando? — ela pergunta para a mulher que ficou parada,
acho que demorou para cair a ficha.
Ela nega com a cabeça e sai, e eu não acredito no que acabei de
ver.
— Você ameaçou alguém, por ciúmes? — pergunto me divertindo.
— Você acha que eu não sou capaz? — pergunta séria.
Sim,ela teria coragem, e isso me deixa excitado. Ela linda, grávida e
querendo torturar alguém, porra,assim eu não aguento!
— Eu poderia muito bem te comer aqui mesmo! — sussurro no seu
ouvido, e tenho quase certeza que ela ficou molhada.
— Mas vamos embora! — falo e dou um beijo na ponta da sua
orelha
Faço um sinal com a mão para o velho que vai casar, e ele vem
quase que correndo.
— Meu Capo! — diz o puxa saco.
— Considere apresentada sua noiva!
Ele me dá um sorriso nojento com seus dentes amarelos e chama a
noiva, uma moça bonita, que tem idade para ser sua filha.
A Antonella me olha com raiva, está com dó da menina pelo seu
infortúnio.
— Eles já vão, agradeça! — o homem diz quase empurrando a
moça, que nos olha sem graça.
— Ela não tem nada, literalmente nada,para agradecer essa noite!
— A Antonella diz para o homem, que entende o que ela quer dizer
e tenta disfarçar, a raiva que ele fica não é maior que a da Antonella.
— Ane, obrigada! — a moça diz e abraça a Antonella que diz
alguma coisa no seu ouvido, fazendo a expressão ruim sumir e um
sorriso estranho aparecer.
Será que eu devo me preocupar com isso?
— Vamos! — Ela diz ignorando o homem, e acabo de ter a certeza
que minha mulher é perfeita para mim.
Saímos e ela vai na frente em direção à mãe e ao Túlio. Me pareceu
que eles estavam discutindo, mas disfarçam.
— Mãe, nós já vamos! — Ela diz e abraça a mãe dela, que sorri.
— Você já ficou até demais!
Enquanto ela abraça o Túlio, a Elisa me olha, com um sorriso de
orelha a orelha, o Tulio aperta minha mão, só sei que ele ainda me
odeia, mas não dou a mínima!
— A Marie vai com vocês? — o Túlio pergunta, me lembrando do
meu grande problema.
— Sim, ela vai! — A Antonella responde.
— Assim que eu acha-la! — Ela diz e eu já penso que fudeu!
Agora eles vão procurá-la, que provavelmente, está se agarrando
com o desmiolado do meu irmão.
— Deixa que eu procuro, seus pés estão doendo! — falo e a Ane
me dá um sorriso lindo
Eu saio a procura do meu irmão é claro, eu vou matá-lo amanhã.
Hoje não, porque vou estar comendo minha bela esposa, mas
amanhã ele vai ver...
Eu não o acho em lugar nenhum, então vou até os fundos da casa,
e lá está o filho da puta, se agarrando...
Pigarreio, chamando a atenção dele,que se vira, e caralho, já é
outra menina. Ele larga da moça, que sai e me olha sorrindo.
— Pensei que acharia a Marie com você? — pergunto, sem
entender.
— Essa doida me agarrou, acredita? — diz limpando a boca.
— Não, eu não acredito! — falo sério.
— A Marie também viu? — pergunta olhando para os
lados,preocupado...
— Eu não sei o que faço com você Giulliano, seu pau vai acabar te
matando!
— Eu já vou embora! — falo e saio, ele vem correndo atrás de mim.
— Eu também vou, isso aqui já deu o que tinha que dar!
Eu reviro os olhos... Ele só pode ter merda na cabeça, não é
possível que ele seja mesmo meu irmão!
Vou até Antonella e a Marie está com ela, menos mal.

(...)

Chegamos em casa e eu vou com a Ane para o escritório guardar o


colar, entramos e eu fecho a porta, tenho planos para ela bem aqui

Ela vira, ficando de costas, para que eu tire o colar, enquanto ela tira
os brincos. Eu jogo o colar longe e tiro seu vestido, ela fica só de
calcinha e sandália

Viro-a para mim, admirando seu corpo lindo, sua barriga saliente a
deixa ainda mais gostosa.
Aperto seus seios, que agora já não são mais do tamanho da palma
da minha mão, para minha alegria...
Ela sai de cima do vestido, o jogando para o lado com os pés, me
beija calma e com desejo, enquanto tira meu terno e abre minha
camisa...
Ela tira toda a minha roupa, sem que nossos lábios se separem, de
repente, ela solta meus lábios e vai descendo.
Beija meu queixo, meu pescoço, meu peito, minha barriga, meu
umbigo, tudo bem devagar.
Porra,não acredito que ela vai fazer isso... Aí caralho... Ela me
chupa... Porra...
Que boca gostosa!
Ela dá atenção à cabeça do meu pau, lentamente, chupando como
de fosse um pirulito, brincando com a língua,me deixando louco.
Ela passa a língua por toda a extensão do meu pau. Eu estou quase
enfiando na boca dela, de tanto tesão que estou sentindo.
E finalmente ela chupa meu pau, chupa como de fosse um sorvete,
ela vai fundo,deixando chegar na garganta, e tira sugando da base
até a cabeça.
Eu me seguro para não gozar!
Ela aumenta o ritmo da chupada, indo ainda mais rápido, eu estou
quase gozando, então, tento afastar sua cabeça, mas ela não deixa,
me deixando ainda mais excitado.
Ela quer que eu goze na sua boca!
E eu o faço sem nenhum esforço, somente com sua chupada e ela
suga tudo, me deixando maluco.
Eu levanto-a e ataco sua boca, levanto seu corpo e levo até a lateral
da minha mesa. Afasto tudo com o braço e a deito ali, ela fica
literalmente, deitada na minha mesa, com as pernas abertas, me
envolvendo, eu abaixo e dou uma lambida, indo do cu até o clitóris,
só para confirmar o que eu já sei.
Eu a penetro devagar, fazendo-a dar um gemido longo, que me
deixa louco.
— Ah Ane, essa buceta apertada me deixa louco!
Sinto sua vagina estrangular meu pau, me fazendo quase gozar de
novo, mas ainda não, vou retribuir o prazer que ela me deu.
Saio de dentro dela beijando seu pescoço, seus seios, beijo meu
filho na sua barriga, e desço para minha parte favorita, essa
bucetinha rosada.
Eu me acabo aqui, enquanto ela está deitada na mesa,com as
coxas apoiadas no meu pescoço.
Eu bato a língua com força e sem parar no seu clitóris, fazendo ela
me apertar com as coxas que eu abro mais, me dando uma visão
bem melhor da bucetinha, que me pertence, ela geme alto, fazendo
meu pau pulsar.
Ela chega ao primeiro orgasmo, e eu desço minha boca e sugo
tudo, sentindo seu gosto doce e delicioso.
Eu adoro fazer isso!
Me levanto, eu a viro de bruços, com cuidado para não machucar
meu filho, é claro! A deixando com a bunda empinada para mim
Eu tô doido pra comer esse cuzinho, mas ainda não, eu posso me
contentar muito bem sem ele por enquanto.
Invisto fundo...
Procuro o ponto dos orgasmos, onde eu sei que se eu bater sem
parar com a ponta do meu pau, ela tem vários, um atrás do outro.
Acho que encontrei, pois ela começa a gritar,me fazendo dar um
tapa forte na sua bunda, e sei que essa safada gosta, quando eu
faço isso!
Ela goza e eu continuo no mesmo ritmo e na mesma posição com
meu pau, e ela goza de novo.
Encontrei!
Tenho certeza que estão ouvindo os gritos e gemidos dela, mas não
me importo, estou na minha casa, eles que se fodam.
Outro orgasmo, eu vou ainda mais intenso, com todo meu vigor,
igual uma metralhadora, e outro vem, eu já não estou aguentando
segurar, outro vem...
Quando ela chega ao orgasmo é deliciosamente prazeroso para
mim, a buceta dela praticamente morde meu pau, os músculos se
contraem de uma forma tão intensa, que só tendo muito alto
controle para não gozar.
O nível de prazer que ela sente é tanto, que ela não consegue ficar
quieta e grita. Por isso minha meta é fazer ela gozar várias vezes.
Mais um orgasmo e eu explodo dentro dela
Mas não paro...
Olho para ela, que está em cima de mim, entre minhas pernas, com
o queixo apoiado nos braços cruzados sobre meu peito, estamos
deitados no tapete do chão.
— O que você achou da apresentação? — ela diz, me encarando.
— Nada demais, foi como todas as outras! — digo e ela dá um
sorriso zombeteiro.
— Você acredita que eu te imaginava igual aquele homem? — Ela
confessa e eu não seguro a gargalhada.
— É sério! — ela diz também rindo
— Eu tinha medo de pedir uma foto pra Marie, e ter a confirmação!
— Deveria ter me ligado pedindo!
— Quando eu vi você na apresentação, eu fiquei paralisada!
— Mas também quase morri de medo, você parado na minha frente
lindo e tão amedrontador!
Ela falando eu consigo me lembrar, que não percebi essa reação.
— E você disfarçou muito bem!
— Por isso que eu fiquei com dó da moça de hoje, além dele ter
idade para ser o pai dela, ele é nojento! — fala com expressão de
nojo
— Ane, eu entendo, mas você não pode colocar bobeiras na cabeça
dela! — Ela me olha e sei que não vai adiantar falar isso.
— Mas você é o capo, Matteo,faz alguma coisa!
— Ane, eu não posso me envolver na vida das pessoas, ser o capo
não me dá esse direito.
Ela bufa!
— O que você falou pra ela? — pergunto já preocupado
Ela me olha, pensando se é uma boa ideia me contar, e isso em
deixa ainda mais preocupado.
— Ane??
— Se ele morrer, ela fica livre, não fica?— Que porra de pergunta é
essa?
— Você não deu essa ideia não, né? — Pergunto, com medo da
resposta.
— Talvez! — Diz confirmando minhas suspeitas.
Caralho se essa mulher escuta ela, e depois dá com a língua nos
dentes,eu tô fudido!
Eu me levanto, vou até a mesinha, e pego um copo com whisky,
respiro fundo, volto, sento na minha cadeira, bato no meu colo, ela
vem e se senta.
— Presta muita atenção no que eu vou te falar! — falo como se
tivesse explicando algo para uma criança, com muita calma e
paciência.
— Eu sou o capo, você é a esposa do capo, você tem que tomar
muito cuidado com o que você fala, pois ela pode interpretar não
como uma amiga falando, mas sim como a esposa do capo falando!
— Ela pode pensar, que se fizer o que você falou e descobrirem,
você vai defendê-la , já que a ideia foi sua!
Ela me olha como se pudesse defender a moça!
— Não Ane, se descobrirem ninguém pode defendê-la! Ninguém!
— Então, ou ela faz muito bem feito, que até a mafia não desconfie,
ou ela estará tão morta quanto ele!
Ela fica pensativa, entendendo finalmente ?
— Então você entende que como minha esposa, você tem que ser
coerente nas suas palavras? — digo e ela concorda com a cabeça.
— Então, se ela fizer bem feito, ela sai ilesa?- me pergunta.
Porra, ela atendeu bem até demais!
— Você entendeu o que eu disse sobre seus conselhos? —
pergunto e ela sorri.
— Matteo eu não sou boba, e também não tenho 12 anos! Eu
entendo muito bem o que é ser esposa do capo, ou você esqueceu
que eu fui preparada para isso?
Sim eu esqueci, será que isso é bom ou ruim?
Ela vai parar de se intrometer? Ou vai fazer acontecer?? Ai
caralho...
— Acho que eu esqueci! — confesso.
— Então não se esqueça mais! — diz e me dá um beijinho,se
levantando.
— Agora vamos para o quarto, meu corpo, está todo dolorido,eu
preciso descansar! — diz fazendo cara de dó.
E consegue, pois eu fico com dó. São quase 5h da manhã e ela já
tinha reclamado de dor na festa, e eu não dei paz, transamos a noite
inteira aqui, sem nenhum conforto.
— Me leva pra descansar! — ela estende os braços abusando de
mim, com essa cara de pidona...
Eu não aguento e começo a rir.
— Você abusa de mim, uma mulher grávida, e ainda debocha do
meu cansaço? - diz se deitando no sofa.
— Tadinha de você! — falo colocando minha calça
— Eu vou te levar pra cama! — digo indo até ela
— Pra dormir! — ela afirma
Eu coloco o vestido no seu corpo lindo, mas antes, dou um beijo no
meu filho. Pego-a no colo, com tanta facilidade, parece uma criança,
ela deita a cabeça no meu peito e saio em direção as escadas,
empurro a porta com o pé e levo-a para a cama.
— Eu acho que você está abusando de mim! — falo rindo, entrando
no banheiro.
Ouço sua risada quando entro no box, tomando um banho rápido, e
logo sinto seu corpo no meu.
É claro que rolou um sexo no chuveiro. Ela colou o corpo no meu de
frente, eu só levantei uma das suas pernas e penetrei bem
gostosinho; mas fui bem rápido, sei que ela está cansada, não
quero abusar ainda mais.
Meu pau não sabe que ela está grávida, por isso ele não me dá
trégua, e ela também não reclama.
Durante o banho eu lavei todo seu corpo, eu já tinha tomado banho
Quando ela chegou, então só lavei meu amigo aqui.
Nós saímos e ela colocou apenas um robe, e sai do closet enquanto
eu seco meus cabelos sentado na cama.
Ela sai do quarto, e depois de alguns minutos eu a escuto gritar.
Saio do quarto correndo, quase caio no chão, escorregando no
vestido, vou correndo até ela, que está parada na porta do quarto ao
lado, com a mão na boca.
Eu chego tão rápido, pensando que ela está com alguma dor, sei lá
talvez meu filho está nascendo, mas aí eu olho para dentro do
quarto…
E lá está o miserável do meu irmão com um lençol, tapando o pau, e
me escondo atrás da Antonella, lembrando que também estou
pelado, e a menina na cama com a outra ponta do lençol cobrindo
os seios, porque pelo jeito, também está pelada.
Eu dou um olhar para ele o fuzilando, esse filho da puta não poderia
pelo menos, trancar a porta!?
Puxo a Antonella para voltarmos para o nosso quarto. Pela sua
reação, vejo que ela nem desconfiava que a prima estava dando
para o meu irmão.
Ela senta na cama parecendo juntar as peças na sua cabeça.
Alguma coisa ela deve saber, talvez só não sabia que era ele,
porque mulheres conversam sobre essas coisas.
— Filho da Puta! — Ela fala.
— Ane, não fica nervosa, não faz bem para o bebê!
Ela passa a mão na barriga e levanta, com cara de que vai me
matar.
— Aquele filho da puta do seu irmão, tá se aproveitando dela!
Coitada da minha mãe!
— Ela só tem 16 anos, Matteo!
O Giulliano tinha que se envolver justo com essa menina, além de
ser menor de idade e o pai dela nos odiar, ele ainda tira a virgindade
dela!
— Ele é um safado, pediu pra ela não contar para ninguém, que era
com ele que ela estava, “namorando”.
Namorando??
— Então você sabia que ela estava com alguém? — pergunto.
— Sim, mas não pensei que fosse o safado do seu irmão!
Ela fala com tanta raiva, que se ele estivesse aqui, acho que ela
seria capaz de bater nele
— Olha Ane, pelos vistos, ela não é tão inocente assim! — falo e ela
me fulmina com os olhos.
— Não o defenda !, — diz entre os dentes.
Como se eu pudesse, ele faz umas merdas por causa de mulher
que só vendo para acreditar!
— Não estou defendendo Ane, mas seu tio não pode saber, senão
ele vai casa-la com o primeiro que aparecer! — Falo e ela analisa o
que eu disse, e seus olhos enchem de lágrimas.
Ai porra!!!
— Não chora! — falo fazendo um carinho no seu rosto.
— Ela gosta dele Matteo, e ele só está transando com ela! Ai
caralho!!!
— Se isso acontecer, ela vai ter o mesmo destino da minha mãe, ela
não merece isso! — fala e uma lágrima cai.
Eu deito na cama e ela deita no meu peito, e faço carinho na sua
cabeça.
— Ane, nada de ruim vai acontecer, não fica assim! — falo tentando
tranquiliza-la.
— Você promete? — diz,levantando a cabeça, me encarando...
Caralho da Porra, da puta que me pariu!
— Sim, eu prometo! — Falo e ela deita, fecha os olhos e dorme. Eu
juro que vou matar o meu irmão!
Eu prometi algo para ela que não depende de mim, mas dele, ou
pior, do pau dele!
Amanhã eu vou ter uma conversa franca com ele, de uma vez por
todas

(...)

Acordo e a Antonella ainda dorme pesado, vejo que já vai dar


14:30h. Caralho! Eu dormi demais, porém não venho dormindo
direito nos últimos dias.

Decido não acordá-la, ela se esforçou muito ontem à noite ficando


por horas com um salto alto, e depois aqui em casa, indo dormir
quase de manhã.

Vou para o banheiro e tomo um banho, faço a barba, saio, me troco,


e a Antonella ainda dorme. Não resisto e me sento um pouco na
poltrona para observá-la.
Ela está deitada de lado, e o lençol está cobrindo apenas a região
da sua bunda. Ela está tão linda agora,que até parece uma pintura
antiga, daquelas que tem mulheres nuas, como a Vênus
adormecida...

Seus seios estão um pouco maiores por causa da gravidez, olho


para sua barriga e um sorriso se forma no meu rosto, já consigo ver
que está grandinha.

Nessa posição, olhando, eu vejo o corpo de uma mulher grávida. A


minha mulher, que carrega o meu filho.

Seu rosto está sereno, seus cabelos parece que foram arrumados a
pouco, ela está com mais curvas, suas coxas estão mais grossas,
ela está ainda mais linda!

Acho que esses, são pensamentos de um homem apaixonado,só


pode, eu até sorrio com isso...
Nunca na minha vida, eu imaginei que ficaria assim por uma mulher,
e agora pensando melhor, eu entendo que era isso que meu pai
queria, quando praticamente me obrigou a casar.
Ele queria que eu amasse alguém,como ele amou minha mãe, eu
nunca entendi todo aquele sofrimento que ele carregou por anos.
Por inúmeras vezes a gente discutia, quando eu falava que ele tinha
que parar de viver a lembrança de um fantasma, nós também
sofremos, mas depois passou, e ficaram as boas lembranças.
Eu não esqueço da pior das nossas brigas e também uma das
últimas, quando ele me disse:
— Um dia você vai amar alguém tanto quanto eu amo sua mãe, e aí
vai se lembrar de mim!
E porra, ele estava certo! Aqui estou eu, fazendo exatamente o que
ele me disse que eu faria. Eu queria muito que ele estivesse aqui
para ver como estou feliz.
E para me ajudar a matar meu irmão!!!
Saio do quarto e vou para o escritório, ligo para meu advogado e
explico tudo o que eu quero que ele faça. Um pouco antes de
terminar a ligação, o Giulliano entra na sala,com a cara de pau, mas
esperando eu acabar com a raça dele.
— Seu filho da puta do caralho! — Eu praticamente grito de raiva.
— Você só pode estar se drogando!Aonde você estava com a
cabeça, de comer a filha do Túlio? Heim??Ela era virgem?? Foi
você que tirou a virgindade dela?
Falo,explodindo minha raiva, porque ele não é criança, porra, pra
fazer essas merdas!
— Sim! — responde.
— Mas ela não é nenhuma menininha indefesa! — se justifica.
— Você só pode ter merda na cabeça! — falo, não acreditando
nesse puto.
— Eu sou homem Matteo, ela me provocou, eu não aguentei! — Eu
não acredito que ele está falando isso!
— Porque não comeu qualquer outra mulher por aí?? Tinha que ser
a filha do homem que odeia seu sobrenome?
Estou com tanta raiva, e ele não está ajudando, com essa ladainha
de coitado!
— Olha Matteo, se não fosse eu, seria qualquer outro, ela se
ofereceu pra mim no seu casam..
Ele para de falar, quando entrega que foi no meu casamento...
— Então faz quase 7 meses, que você tá comendo esse menina,
Giulliano!?
Eu respiro fundo, para não perder a cabeça, me sento e faço sinal
para ele sentar na cadeira à minha frente.
— Presta muito bem atenção no que eu vou te falar!
Ele entende que agora não falo mais como seu irmão, mas sim
como seu Capo!
— Se o Túlio descobrir, não pense você, que ele vai querer que
você case com ela, porque ele não vai!!
— E se ele quiser cobrar a honra da filha, não pense que eu
hesitaria por você ser meu irmão!
— E como sou seu irmão, pela lei, eu mesmo tenho que fazer a
cobrança! E ela está aqui, porque a Antonella pediu, ou seja, ele vai
achar que eu fui conivente, piorando assim seu castigo!
Ele me olha, balançando a cabeça, com se entendesse a merda que
fez.
— E agora? Agora me pergunta, né filho da mãe!
— Agora você vai fazer, exatamente o que eu vou falar!
— Você vai esperar ela fazer 18 anos, aí se quiser namorar ou só
comer ela, que se dane!
— Mas até lá, você não vai deixar ninguém mais saber disso,
porque o pai dela não pode nem sonhar com isso. Eu não vou falar
pra você parar, porque eu sei que não vai adiantar.
— Mas, se ela engravidar,eu vou te casar com a Gertrudes, e vou
aconselhar o Túlio a abafar o caso e casar a filha com o primeiro
que quiser, e você sabe que ele já recebeu dezenas de propostas!
Ele vai aceitar, porque a filha vai estar grávida e ele não vai
manchar a reputação deles!
Gertrudes é uma solteirona da nossa idade. Ela é muito feia, tem
verrugas enormes por todo o rosto, é super esquisita, mas sempre
foi apaixonada por ele, e o pai dela, que é um dos membros do
conselho, já propôs inúmeras vezes o casamento para meu pai, mas
para a sorte do meu irmão, o foco do meu pai sempre fui eu, então,
ele deixava o Giulliano decidir e ele nem queria ouvir falar na
esquisita da Gertrudes.
Ele me olha com raiva, e ao mesmo tempo como se não acreditasse
que eu jogaria tão sujo.
— Ou seja, se você engravidar essa menina ou o Túlio descobrir,
além de acabar com a vida dela, que provavelmente vai casar com
algum velho asqueroso, você vai casar com a Gertrudes!
— E você vai assinar um contrato que o advogado já deve ter me
enviado, no qual você concorda com tudo que eu disse aqui! — falo
firme
Ele está perplexo, mas eu tenho que garantir que isso não estoure!
— Tudo bem! Eu não vou engravida-la mesmo!
— Só um conselho! Cuidado, porque ela está se apaixonando, e
você sabe o que uma mulher é capaz de fazer quando se apaixona,
e ela é só uma adolescente!
Ele parece perder a confiança que estava estampada na sua cara.
— Tá bom, tá bom, agora eu preciso falar com meu irmão, não com
o Capo! Eu respiro fundo, esperando o que esse desmiolado vai
dizer.
— Ela é uma menina por fora, mas por dentro é uma diaba safada!
Ele diz com um olhar assustado, acreditando mesmo no que fala, eu
até acho graça, mas internamente é claro!
— Ela me enfeitiçou Matteo, eu não consigo transar com mais
ninguém! — Ele fala perplexo e disso eu entendo, será que é de
família?
— E a Diaba, me provoca, ontem, na festa,me disse que ia procurar
alguém interessante para transar, você acredita nisso?
Não, eu não acredito que ela seja tão safada assim...
— Cuidado hein, eu comecei assim e olha como estou hoje! — Falo,
me divertindo com o seu desespero, é engraçado o ver assim.
— Olha, fudido eu sei que já tô, e todo fudido!
— Mais fudido você vai ficar casando com a Gertrudes! Ele me olha
feio.
— Você não teria coragem!
— Se eu fosse você não pagaria pra ver!

Hoje acordei muito tarde, até me assustei, já estava no final da


tarde, e quando eu saí do banho, tinha uma bandeja com um monte
de coisas gostosas na cama, que já estava arrumada, e na bandeja
tinha uma rosa vermelha.
Eu fiquei com um sorriso tão grande, que não desaparece.
Coloquei uma calça de moletom branca apertadinha, um cropt de
alcinhas da mesma cor e um tênis. Pensei em ir no quarto da Marie,
mas depois de ontem,eu não me atrevo.
Depois de comer,eu desço,e vou até o escritório, dou uma batidinha
na porta e entro. O Matteo está sentado, falando ao telefone.
Eu vou até lá, e me sento no seu colo, dando vários beijinhos no seu
pescoço e selinhos na sua boca.
Será que já estou com saudades?
— Oi — falo assim ele desliga o telephone.
— Nossa, tudo isso é saudades? — diz sorrindo e eu retribuo. Ele
me dá um beijo tão gostoso, que eu sinto seu membro crescer aqui
em baixo, o que já me deixa excitada, mas ai me lembro o porquê
estou aqui, e paro o beijo, senão eu não saio tão cedo.
— Eu estou com um desejo! — falo com cara de pidona.
Ele me olha sem entender, mas logo se lembra da explicação que
dei antes sobre isso, me olhando um pouquinho apavorado.
— O que você quer? — pergunta Vamos lá...
— Eu quero ir ao shopping com a Marie. — Ele dá uma
gargalhada,respirando aliviado.
— Porra, pensei que era sério!
— E quem disse que não é sério? — falo segurando o sorriso.
— Você está usando meu filho para me manipular? — Fala rindo,
não acreditando que estou fazendo isso.
Mas é claro!
— Não Amor, mas eu quero muito ir ao shopping, e minha mãe me
disse que desejo é quando se quer muito alguma coisa! — falo
séria.
Por dentro estou doida para rir da cara que ele fez, estou usando
todo o meu charme e até o chamando de amor para ele ceder.
Ele aceita, e eu dou um pulo no seu colo, abraçando seu pescoço.
Eu adoro fazer compras, ainda mais sabendo que posso gastar à
vontade.
Ele sorri da minha empolgação, negando com a cabeça, abre a
gaveta da sua mesa e tira um cartão Black, que está no meu nome.
Que felicidade!!!
Sei que meus olhos estão brilhando.
— O limite é 10 mil euros!
— Só isso? — falo fazendo um biquinho, com cara de triste
Ele confirma, está se divertindo com minha tristezinha. Mas eu não
sou boba, sei que um cartão Black não tem só isso de limite!
— Está ótimo!- dou um selinho e saio antes que ele me prenda aqui.

(...)

Fomos ao shopping e foi ótimo, comemos um monte de besteiras.


Entrei em uma loja de doces e comprei de tudo um pouco, vários
tipos de jujubas. fomos ao cinema, e jantamos por lá também

Entrei em uma loja de bebês e até fiquei emocionada, vendo as


coisas tão pequenininhas e lindas. Comprei um conjunto com
macacão e sapatinhos amarelo, que achei a coisa mais fofa.

Comprei muitas coisas, como ele mandou 15 homens me


acompanharem, eu fiz eles levarem todas as sacolas

Comprei até um presente para ele, uma fantasia de policial. Estou


ansiosa para ver a reação dele ao me ver usando.

— Eu queria ser uma mosca para ver a cara do

Matteo — A Marie diz, rindo,vendo a fantasia. — O que você vai


fazer com isso?
Pergunto vendo-a pedir para a atendente do sex

shop uma fantasia de diabinha.


— O mesmo que você!
— Marie, eu não acho nada normal essa sua

intimidade com o Giulliano! — falo, preocupada. — Ane, relaxa, já


conversamos!
Nós conversamos bastante sobre isso, ela me

contou tudo, mas jura que é só sexo, o que me deixa perplexa, por
ela não se importar em ter relações assim com um homem,que não
é nada seu. Mas na verdade isso me preocupa em todos os
sentidos.

Ela foi me explicando como se usa algumas coisas que eu via, me


deixando de boca aberta. Eu nunca tinha entrado em uma loja
dessas antes, e percebi que não conheço nada.

— Quando você começou a se interessar por essas coisas?


— Eu já lia romances eróticos, mas depois que me envolvi com o
Giulliano, tive ainda mais interesse em tudo relacionado a sexo!
Meu Deus, minha prima está perdida!
Nós fomos criadas de forma completamente diferente, talvez as
garotas normais sejam todas assim.
Continuamos e comprei muitas coisas, principalmente os acessórios
para a noite de hoje. Eu sempre adorei fazer compras e até fazia,
mas minha mãe quase me matava quando me via chegando.
Lembrando é até engraçado, ela é bem controlada, não é de sair
comprando tudo que vê, já eu sou o oposto, e como o Matteo pelo
jeito não se importa, então... Por que não, né?
E aliás, 10 mil foi só na primeira loja, esse cartão não tem limites!

(...)

Chegamos em casa ainda cedo, eu trouxe apenas as sacolas de


jujuba nas mãos, assim que entramos nos jogamos no sofá, eu abri
as sacolas e começamos a comer e conversar

Lá no shopping, nós conversamos muito sobre o Giulliano, mas eu


deixei-a falar, até porque ela está guardando esse segredo há
meses, e nada como poder desabafar.

— Por que você está com essa cara, a jujuba é azeda? — ela em
pergunta colocando uma bala na boca.

— Não, eu estou preocupada com você! — Ela revira os olhos.


— Aquele assunto, de novo?
— Marie, se seu pai descobrir você vai ter o mesmo fim daquela
moça de ontem!
Ela me olha com as sobrancelhas franzidas, tenho certeza que está
percebendo que eu tenho razão!
— O Giulliano não é do tipo que se casa, seu pai teria que te casar,
para não te ver mal falada.
Ela fica pensativa e parece entender.
— Ele não vale nada, não se esqueça disso! — falo
Ela vem para o sofá que eu estou, deita a cabeça no meu colo e
coloca os pés para cima.
— Acho que é tarde demais!
Eu sabia que ela estava apaixonada por ele, mas eu sei que ele não
sente nada por ela, só se aproveitou e não se importou com os
sentimentos dela.
Eu faço carinho no seu cabelo, sei que ela é carente. Ela não tem a
mãe e isso me deixa triste, pois sei o quanto minha mãe é
importante para mim, talvez seja por isso que ela está nessa
situação.
— Não fica assim, vai dar tudo certo! — falo
— E como você tem tanta certeza?
— Porque o Matteo me prometeu! — Ela levanta e dá risada.
— Ane, coitado, você fez ele prometer uma coisa que não depende
dele!
Eu vejo que ela tem razão. Realmente isso não depende dele, tudo
pode acontecer, mas assim ele vai garantir que ela não saia tão
prejudicada, ele é o capo, eu sei que ele pode fazer alguma coisa se
a bomba estourar.
— Nossa, que bagunça!
O Giulliano diz entrando na sala. Ele senta no outro sofá, pega uma
caixa de jujubas e começa a comer
Eu ainda estou brava com ele, mas eu entendi que minha prima está
jogando sujo, e eles estão envolvidos não é como se ela fosse uma
vítima.
— Isso é bom! — ele diz comendo.
— Mas é meu! — digo levando uma jujuba até a boca.
— Deixa de ser esfomeada cunhada!

Matteo
Paro na entrada da sala que está uma bagunça. Eles estão fazendo
guerra de alguma coisa colorida. As risadas são altas.

Eu pigarreio, chamando a atenção.

— Matteo, acredita que seu irmão jogou jujubas em mim? — A


Antonella diz, e eu sento ao seu lado
Tem caixas transparente de doces e sacolas para todo o lado e
balas em tudo.
— Eu jamais faria isso! — Meu irmão diz rindo.
Ele joga alguns doces na cara da Marie, que está sentada no
mesmo sofá que ele
— Filho da Puta! — Ela diz batendo nele, e enfia um monte de balas
na boca dele
— Tá vendo, ele desperdiça minhas jujubas! — Ane me diz.
— Você já comeu jujuba, Matteo? — ele me pergunta, com a boca
cheia.
— É claro! — digo, revirando os olhos.
— Eu não estou falando daquelas que a gente comia quando
crianças, estou falando dessas que são modernas, tem de tudo
quanto é cor e sabor — Diz,balançando os doces.
— Ahh eu não acredito nisso! — a Antonella diz e pega das
caixinhas uma bala de cada e me dá, eu como normal, é gostoso
mas eu não sou chegado a doces
— É legal! — falo e meu irmão não aceita só isso, ele é o exagero
em pessoa
— Legal?? Isso é uma delícia! — Diz pegando várias caixinhas,
colocando em uma sacola A Antonella olha sem acreditar.
— Ei, são minhas, eu comprei! — Ela vai até ele e pega a sacola.
Eu não acredito que eles vão brigar por bala de goma!
— Nossa que mulher mesquinha!
Quando ela coloca a sacola na mesa e vem até mim, eu já sei o que
ele vai fazer e já estou até rindo.
Ele me olha como se confirmasse, quando ela senta ele pega a
sacola e sai correndo em direção a escada, a Antonella me
olha,sem acreditar.
— Não acredito que ele roubou minhas balas!!
— Como sei que ele não vai devolver, vou lá comer com ele! — A
Marie diz rindo saindo da sala Sei!!!
— Traidora!
Ela tenta me olhar séria mas não consegue e começa a rir, eu dou
um beijo na sua boca que está tão doce quanto açúcar.
Ela vem em cima de mim e me dá um beijo cheio de tesão, fazendo
meu amigo acordar. Ela desce beijando meu pescoço, enquanto
abre minha camisa passando a mão no meu peito, me abraçando
por dentro até chegar no meu cinto, abre minha calça e pega meu
pau
É impressão minha ou ela está ficando mais safadinha?? Estou
adorando isso!!
Ela coloca meu pau para fora da calça, sai do meu colo e se ajoelha
na minha frente, e só de saber o que ela está prestes a fazer, meu
pau pulsa!
Ela se abaixa e passa a língua de baixo para cima, lambendo. Ai
caralho... Assim eu vou acabar com ejaculação precoce!
Ela lambe me olhando com uma cara de safada, suga com força a
cabeça do meu pau como se me pedisse para gozar.
Eu respiro fundo para não dar o que ela quer, ela desce colocando
tudo que cabe na sua boca, chegando na garganta e sobe sugando.
Estou atordoado de prazer, na expectativa de ser mais rápido, e ela
começa mais e mais rápido, eu não me aguento e pego seu cabelo
empurrando sua cabeça contra meu pau, que ela chupa com
vontade me deixando louco
Sei que estou quase gozando então eu tento levantar, mas ela não
sai, e não tira a boca do meu pau, me dando ainda mais prazer com
isso. Então eu sou obrigado a gozar na boca dela
E porra...
A sensação é maravilhosa! Ela engole tudo e me encara limpando o
canto da boca.
Subo com a intenção de ir para o quarto do Giulliano, mas aí lembro
da minha conversa com a Ane,e vou para o meu quarto.
Eu pensei que conseguiria ter só um lance com ele, sem
sentimentos já que eu gostava de outro, mas eu estava enganada
acabei gostando do ordinário, e para piorar a situação, sinto que
estou ligada a ele.
Talvez seja porque foi meu primeiro homem e único, já que desde
então ele não sai da minha bota.
Maldita hora que fui provocá-lo na apresentação da Ane, porque no
casamento ele que me provocou, e como eu estava com raiva do
outro, acabei me entregando.
Na verdade, eu sempre achei ele interessante, mas tinha medo, pois
seu passado é bem feio!
Eu gostava de um cara, ele é médico e não é envolvido com a Cosa
Nostra, mas ele nunca quis nada sério ou ir além comigo, pois tinha
medo do meu pai, dizia que eu era muito nova já que ele é 10 anos
mais velho que eu.
Sim, eu gosto de homens mais velhos! Enfim... Nunca rolou nada
além de uns amassos, ele sempre disse que gostava de mim mas
queria esperar, e uns dias antes da Ane chegar na Itália, ele me
disse que não poderíamos mais nos ver
Ou seja, levei um fora!
Isso em deixou arrasada, é ruim gostar de alguém que não
demonstra interesse, ainda bem que não chegamos nos
finalmentes. Não que eu não quisesse, mas com ele era só beijos,
amassos e passada de mão. Mas eu sempre queria mais, ir além.
Eu já estava pronta mas ele não entendia, ou se fazia de idiota!
Uma vez eu invadi seu consultório tranquei a porta e ataque ele,
beijando e descendo até chegar no seu pau, eu dei uma mordidinha
por cima da calça só para atiçar, mas ele só me levantou e beijou
minha boca
Talvez ele seja viado!?
Então no casamento da Ane, eu estava fumando e o Giulliano foi até
mim no jardim.
— Seu pai sabe que você fuma, criança?
Eu já estava puta! Fui até ele, cheguei bem perto da sua boca, dei
uma mordidinha e chupei seu lábio inferior, apertei seu membro que
já estava duro com mão e disse:
— O que foi. Perdeu a fala? — Falei fazendo um movimento de
vaivém por cima da calça
Vendo a reação dele, eu dei um sorrisinho de vitória e voltei para a
festa, minha tia me pediu para pegar alguma coisa que nem me
lembro mais o que era, no quarto da Ane. Eu como eu não conhecia
a casa, acabei entrando no quarto errado e lá estava ele
Eu não fiquei com medo nem nada, ele veio até mim e me beijou e
eu retribui, e diferente do viado que eu gostava, ele tranca a porta
me joga na cama e me toma, tirando minha virgindade
Foi tão gostoso que eu não conseguia nem ficar de olhos abertos de
tanto prazer, eu estava tão pronta para aquilo, que o prazer superou
a dor rapidinho.
Chego a pensar, que ele nem percebeu naquela hora que eu era
virgem.
Mas depois que ele tirou e gozou na minha barriga, viu que tinha
sangue no seu pênis, porém não disse nada, apenas ficou me
olhando esperando eu falar alguma coisa, mas eu só disse que
precisava descer.
Depois disso nós transamos quase todas as vezes que nos vimos,
mas ele nunca perguntou nada ou falou sobre aquele dia, e eu
consegui esquecer minha paixonite pelo médico, mas me envolvi
demais com o Giulliano deixando o sentimento me tomar, e sei que
vou me ferrar
Mas eu adoro o sexo que ele me proporciona, então vou aproveitar
enquanto durar. E quer saber... Que se dane!
Tomo um banho, passo o óleo corporal super cheiroso que a Ane
me deu e coloco a fantasia, uma lingerie especial, vermelha com
sinta liga e cheia de detalhes, um sobretudo leve preto por cima e
um escarpin também vermelho
Passo uma maquiagem marcante com um batom vermelho sangue,
coloco o arquinho, estou pronta para colocar meu plano em prática
Me pergunto olhando no espelho, quando eu fiquei tão safada
assim?? Não aguento e dou uma risada.
Vou até o quarto do Giulliano e entro...
— Demorou heim! — Ele diz do banheiro, eu aproveito e tiro o
sobretudo
Eu vou até o interruptor e diminuo a luz, pego a poltrona do quarto e
coloco ela encostada na parede virada para os pés de cama
Quando ele sai do banheiro está só com uma toalha enrolada na
cintura, deixando uma visão espetacular do v que se forma na sua
virilha, e seu pau já da sinal de vida
Ele me encara com surpresa e safadeza, eu aponto para a poltrona
e ele vai rapidinho e se senta.
Vou até ele e me sento no seu colo sem deixar seu olhar. Ele leva
as mãos para minha bunda, mas eu dou um tapa e faço um não
com o dedo de uma forma bem sensual, ele tira as mãos e segura
na poltrona.
Eu coloco minha língua no seu pescoço, subindo pelo queixo até a
boca, lambendo de baixo para cima, enquanto rebolo devagar no
seu colo, sentindo seu pau cutucar minha bunda, me deixando ainda
mais excitada
Isso tá ficando mais gostoso do que imaginei
Saio do seu colo e me sento nos pés da cama ficando de frente para
ele, cruzo minhas pernas e o encaro mordendo o lábio inferior.
Eu levo minha mão até meu seio e massageio bem
devagar,enquanto dou uma leve e sensual mordida no meu lábio.
Ele já está inquieto na poltrona, apertando o pênis.
Desço minha mão quase em câmera lenta até a minha calcinha, e
estimulo meu clitóris, com círculos,por cima do pano.
Olho para ele, que morde tanto a boca, me parecendo um leão
prestes a me atacar.
Coloco minha calcinha para o lado e subo minhas pernas, deixando
elas completamente abertas, apoiando meus pés no colchão. Me
penetro um dedo e subo lubrificando meu clitóris.
Começo a me masturbar e vai ficando tão gostoso, me levando a
gemer mais, é claro que de uma forma bem provocativa. Ele já está
sem a toalha, com a mão no pau.
Ele vem com tudo para cima de mim, mas eu o paro com meu salto
agulha bem no seu peito.
— Não!
Ele bufa igual um touro e volta para a poltrona, mas senta só na
ponta,está puro tesão.
Eu continuo nos movimentos e quando estou quase gozando eu
paro, e me penetro dois dedos, subo e lubrifico, depois faço de novo
e de novo, até que não aguento segurar e deixo meu orgasmo me
dominar, gemendo alto e intensamente.
Quando ele vê que eu gozei, me ataca como um animal, me
penetrando rápido de uma só vez, estou tão excitada,que não sinto
nada além de prazer.
O pau dele é tão grosso e grande,que toda vez que transamos,
mesmo depois de tantos meses, eu sinto uma dorzinha, até minha
vagina se acostumar com o tamanho. Ele sabe, então sempre entra
devagar
Menos agora!
— Safada! — Diz entre os dentes
Ele prende minhas mãos para cima e eu prendo minhas pernas na
sua cintura. Ele enfia com força, com raiva, com muita fome, num
ritmo tão rápido,que logo sinto minha buceta pulsar de novo.
— Goza comigo!
Peço entre meus gemidos, sentindo meu estômago se contrair com
mais um orgasm
— Gosta disso, safada? — Fala tirando o pau e goza na minha
barriga.
— Fala safada! Fala que eu te como mais! — Diz com seu membro
na minha barriga, mas seu pau ainda pulsa totalmente ereto na sua
mão.
— Gosto! — falo com a voz embargada de prazer.
— Gosta do quê? — o filho da mãe quer me ver confessar.
— Quando você me come gustoso — falo vencida, e essas
perguntas estão me deixando ainda mais quente.
Ele me coloca de lado e fica ajoelhado entre minhas pernas, com
uma para cima e outra em baixo do seu corpo, rasga minha calcinha
e volta a me metralhar me fazendo gritar de prazer e dor.
Essa posição parece que entra tudo e a impressão é que bate no
meu útero, mas a dor vale o prazer, já que depois de minutos eu
gozo deliciosamente mais uma vez.
Quando ele tira, eu caio na cama, pensando que acabou, mas ele
ainda de joelhos tira toda a minha lingerie me deixando nua, e cai de
boca na minha buceta, me fazendo arfar de prazer, já que ela ainda
está sensível.
Ele suga meu clitóris, num ritmo pra lá de prazeroso,e por um bom
tempo. Quando decido deixar o orgasmo vir,ele para, eu me apoio
nos cotovelos e olho para ele.
— Por que parou?
— Fala pra mim que você quer gozar na minha boca, fala!
Ele fala sem parar de chupar minha coxa, sua voz está rouca e
cheia de desejos,eu deito meu corpo na cama, e falo sem nem
pensar...
Eu quero mesmo!
E quero muito!
— Eu quero gozar na sua boca!
Eu não olhei, mas sei que ele está sorrindo. Ele desce sua língua e
eu não hesito em subir meu quadril contra sua boca. Mas de repente
ele me vira de quatro na cama, fica de joelhos, encosta seu membro
em mim,por trás, mas não me penetra.
Ele beija minhas costas e dá mordidas, puxando minha pele e vai
descendo, morde minha bunda e eu sinto que estou pingando de
prazer, ele vai mais para o meio da minha bunda e lambe tudo...
Tudo mesmo!
Ele me penetra com a língua enquanto estimula meu clitóris. Sinto
sua boca chupar toda a minha intimidade, seus dentes puxam meu
clitóris, me fazendo sentir uma dorzinha prazerosa, mas quando ele
suga e bate a língua sem parar, eu não aguento e gozo gemendo
loucamente
Ele levanta e me penetra com vontade, como se estivesse faminto
disso me fazendo gritar involuntariamente. Chego ao céu, não
penso em mais nada
Enquanto me metralha sem dó, o que eu adoro, me diz palavras
safadas, até um diaba eu ouvi. Ele aumenta muito o ritmo,fazendo
minhas pernas bambearem.
Tira e goza nas minhas costas, eu caio na cama de cansaço. Eu
estava quase gozando, mas como ele tirou eu acabei perdendo o
embalo
Ele cai ao meu lado e eu sem pensar duas vezes subo em cima,
montando no seu pau que ainda está ereto e pingando gozo.
Começo a me movimentar,procurando meu próprio prazer.
Eu cavalgo com a cabeça para trás, pelo prazer que me toma. Eu
amo essa posição! Me faz ter poder sobre ele, nessa hora eu estou
no comando, aumento o ritmo e quico descendo com força.
Ele leva as mãos para minha cintura, me ajudando, eu desço forte
ouvindo o barulho dos nossos corpos se chocando, e logo vou
chegando perto do meu orgasmo e dou uma pequena levantada,
ficando agachada para dar mais impacto à minha sentada.
Ele levanta o tronco segurando minha cintura, e me metralha tão
gostoso que quando eu percebo que ele vai gozar, eu sento forte
sentindo o orgasmo dominar meu corpo
E pela primeira vez ele goza dentro de mim, me puxando ainda mais
contra seu pênis. Eu caio exausta deitada no seu corpo, até
recuperar meu folego.
— Você é um estraga esquema!
— Esquema?? — pergunta,enquanto alisa minhas costas.
— Não sabe o que é esquema? — pergunto, mas entendi muito
bem o que ele me disse.
— Você ia sair com quem? — Pergunta se levantando e me encara
com raiva.Está com ciúmes??
— Com ninguém, mas eu tinha uma festa pra ir hoje e não fui,estou
aqui! — Falo e puxo o lençol, me cobrindo e me aconchego nos
travesseiros.
— Eu não vou aceitar você sair com ninguém, você é minha! — ele
grita sério, me assustando.
Eu olho para ele e agora quem está com raiva sou eu.
— Sou Sua... foda fixa?? — grito
— Se eu quiser sair com outros caras, eu vou sair. Ou você acha
que eu sou sua putinha exclusiva, que você come quando quer,e
ninguém mais pode? — Falo bufando de raiva, ele quer mandar em
mim,mas só quer me comer.
— Não, você não é uma puta, eu gosto de estar com você!
— Gosta o caralho, você gosta é de me comer,Giulliano. Eu não sou
burra! — Falo e saio do quarto batendo a porta com força, ele me
irritou.
Eu só estava brincando, mas ele vem impor que eu seja fiel a ele,
que come qualquer uma que atravessa seu caminho.
Ou ele pensa que eu não sei!? Realmente eu tinha uma festa para ir
hoje, mas não fui. Na verdade eu já perdi muitas outras desde que
comecei a sair com ele.
Eu tomo banho, arrumo minhas coisas,e tranco a porta, decido que
vou— embora amanhã bem cedo, não quero nem olhar para o cara
de pau!

(...)

Acordo com o celular despertando ainda são 6h da manhã. Eu me


troco, pego minha bolsa e saio sem ver ninguém, nem os
empregados, só alguns seguranças na entrada da propriedade, e
olha que tem um cara entre eles, que é um gato!

Eu paro meu carro e abaixo meus óculos escuros, e um deles vem a


até mim.
— Senhorita algum problema?
— Sim eu preciso falar com aquele seu amigo! — falo e aponto, o
rapaz dá sinal com a mão, e o cara vem.
— Precisa de alguma coisa senhorita? — sua voz e grossa e ele é
ainda mais gato pessoalmente.
— Preciso do seu telefone!
Ele me encara e pensa um pouco.
— Eu não posso, sinto muito!
— É uma pena! — falo dando uma piscadela e saio.
Eu só estava flertando com ele, Mas é claro que se ele me desse
bola eu pegava, ele é lindo.
Falando em homem lindo, eu já me lembro do safado do
Giulliano,que me tira do sério. Como pode fazer um sexo tão
gostoso, ser lindo e me irritar daquele jeito
Eu preciso tirar ele da minha cabeça e vou!
Assim que chego em casa me jogo no sofá, pego meu celular e
mando uma mensagem para Ane, explicando o que aconteceu e
que já estou em casa.
— Ei, porque chegou tão cedo assim?
Minha tia pergunta sem graça, pois está vindo da cozinha com uma
camisola transparente, e meu pai aparece logo atrás, só de cueca.
Eu já o vi assim várias vezes, mas não com uma " visita " em casa,
e ficou bem claro que eles estavam lá, juntos.
— A noite foi boa, heim, pela cara vocês nem dormiram ainda! —
falo deixando meu pai verde, azul, vermelho,um arco íris, dou
risada.
— Depois a gente vai conversar Marie! — Ele diz e sobe correndo
as escadas, ela vem até mim e senta do meu lado.
— Está tudo bem? porque você veio tão cedo, aconteceu alguma
coisa lá? A Ane está bem??
— Está tudo bem tia, eu só acordei muito cedo e decidi já vir,só isso!
Falo me levantando e subo em direção ao meu quarto, deito na
cama e logo meus olhos pesam.
Sinto beijos nas minhas costas e um sorriso se forma no meu rosto.
— Acorda — Ele diz com a voz baixa
— Vamos nos atrasar!
— Que horas são? — pergunto sem abrir os olhos, deitada de lado
na cama sem nem me mexer
— Quase meio-dia! — Fala me dando beijos e fazendo carinho nas
minhas costas, essa com certeza é a melhor forma de acordar
— O quê ??? — Pergunto dando um pulo da cama, e vejo ele de
terno já todo arrumado.
— Você já saiu?
— Sim, eu precisei trabalhar! —diz, com um sorriso lindo.
— Por que me deixou dormir até agora? Nós já perdemos o horário
da consulta! — Hoje é segunda feira, eu tinha um ultrassom
marcado para as 10h da manhã.
— Você estava até roncando, eu não tive coragem de te acordar!
Eu coloco minha mão na cintura e olho feio para ele, semicerrando
os olhos e lábios.
— Eu não ronco! E agora perdi a consulta! — Falo e vou para o
banheiro, ligo o chuveiro e entro.
— Podemos chegar qualquer horário! — diz encostado na porta com
os braços cruzados.
Esse homem é tão lindo, não sei como prefiro, de terno ou pelado?
Eu tenho que me concentrar, para não agarrá-lo!
— Então me deixe tomar banho, que eu já desço!
Vou até ele, o empurrando para fora e tranco a porta. Sei que ele é
bem capaz de entrar no chuveiro comigo, e não sairíamos desse
quarto antes da janta.
Eu bem que gostaria! Mas não!
Escovo os dentes enquanto tomo banho, depois lavo meus cabelos,
passo a bucha na barriga, como se estivesse lavando meu bebê,e
isso me faz sorrir. Estou muito ansiosa para saber quando ele ou ela
nasce, e como está.
Saio do chuveiro, me enrolo na toalha e coloco outra na cabeça,
destranco a porta e saio do banheiro, dando de cara com ele.
— Nem pensa!- falo, indo direto para o closet.
Sei o que ele quer, mas estou ansiosa para irmos fazer a ultrassom.
Ele me abraça por trás e dá um beijo no meu pescoço, me fazendo
fechar os olhos com a sensação boa.
— Matteo, eu quero ir logo estou ansiosa! — falo baixinho.
— Tá bom, mas se você não descer em meia hora, eu subo aqui e a
gente só sai desse quarto amanhã!
Ele dá um beijo na minha cabeça e sai do closet. Mesmo eu
gostando muito da ideia, eu foco na minha roupa.
Coloco um vestido creme que vai até o meio da coxa, ele é justo
mas não apertado demais, e uma sandália não muito alta. Seco
meus cabelos deixando eles soltos, faço uma maquiagem básica e
estou pronta.
— Quarenta minutos, tá ótimo, meu recorde! — falo para mim
mesma enquanto pego minha bolsa e saio do quarto.
Vou para a cozinha, atrás do cheiro maravilhoso que vem de lá!
— O que está cheirando tão bem assim? — Pergunto,indo para o
fogão.
— Boa tarde pra você também! — A Diana diz, rindo.
— Desculpa, esse cheiro me fez perder os bons costumes!
— É brincadeira, é trippa alla Romana!
— Em plena segunda feira?
É um prato bem especial, minha mãe fazia aos domingos, mas eu
nunca fui muito chegada em tripa
— Sim, eu resolvi fazer hoje!- diz a cozinheira.
— Eu não gosto muito disso! — falo com uma careta.
— Ah Ane, você é a primeira italiana que eu conheço que não gosta
de tripada! — a Diana diz rindo.
— Mas parece que meu bebê gosta, pois está se revirando aqui
dentro.
Sim, eu já sinto ele se mexer mas bem pouco, e apenas quando
estou só. Elas me fazem um monte de perguntas em relação ao
bebê, e até colocam a mão na minha barriga, para ver se ele mexe,
mas não!
Eu pego um prato e como um pouquinho da comida, me
surpreendendo, está tão delicioso, que eu como novamente e dessa
vez um prato cheio.
Quando volto do quarto depois de escovar os dentes, o Matteo está
na sala falando com alguém ao telefone; eu me sento no sofá e fico
de frente para ele.
— Eu falei pra você descer em trinta minutos e você só aparece 2
hora depois?- diz, guardando o celular
Nossa eu demorei tanto assim?
— Você queria que eu saísse sem comer nada?
— Eu ia te levar para almoçar fora antes da consulta! Eu fico com dó
de ter estragado seus planos.
— Você pode me levar para comer a sobremesa depois!
Falo me levantando e vou até ele, dou um beijinho no seu pescoço,
e uma mordidinha, eu adoro vê-lo cheio de desejos.
— Agora vamos! — Falo, o puxando para fora de casa

(...)

Chegamos no hospital e fomos direto para uma sala, muito


confortável, esperar a médica, que assim que me sentei, já
apareceu e nos acompanhou para a sala de ultrassom.

Ela é nova deve ter a idade da minha mãe, é sempre muito gentil
comigo e está sempre sorrindo, me passando confiança.
Deitei em uma maca e ela passa um gel na minha barriga, e no
monitor à sua frente, começam a passar imagens escuras,que eu
não entendo nada.

O Matteo está ao meu lado em pé, a cara dele quando tem outras
pessoas por perto,é horrível, ele fica sério, parece que vai matar
alguém se olhar para ele...

Cruz credo!
— Está pronta para ver seu bebê? — ela me pergunta sorrindo e eu
balanço a cabeça concordando, e também sorrindo.
— Eu estava certa, sua avançada!
— Fala logo se ele está praticamente ordena, sério e firme,
deixando-a desconfortável.
— Dá para ver o sexo? — pergunto ansiosa
— É um garotão! — ela diz, e lágrimas caem dos meus olhos, de
tanta felicidade.
Olho para o Matteo, que me encara com um sorriso enorme,
fazendo carinho na minha mão.
— Eu te falei que era um menino! — ele diz muito alegre.Eu estou
toda boba com essa notícia maravilhosa!
— Ele está bem e seu peso e tamanho, estão ótimos, para o
período gestacional. Você já está de 25 semanas, aproximadamente
6 meses de gestação, é até um pouco mais do que pensei!
Uau, tudo isso já!?
gestação está bem

bem! — o Matteo

— Nossa, eu não pensei que fosse tudo isso, nem tenho muita
barriga.
— É só impressão, a circunferência da sua barriga está adequada
ao tempo de gestação.
Ela dá mais algumas orientações, e sai da sala, eu me sento na
maca e o Matteo me ajuda a descer.
— Você poderia não deixá-la tão sem graça, da próxima vez? —
falo, abaixando meu vestido.
— Ela nunca reclamou!
Ele me beija, eu até tento ficar séria, mas estou tão feliz, que não
consigo.
— Eu nem acredito que vamos ter um menino! — falo, quando
desgrudamos nossos lábios. Ele faz um carinho no meu rosto e com
um sorriso enorme me diz: Eu sou o homem mais feliz do mundo!
Seu olhar me diz muito mais coisas,que não estão nessa frase, já
tão perfeita.
Depois do hospital viemos para um restaurante, super
aconchegante, entramos e fomos muito bem recepcionados pelo
dono do local. Ficamos em uma área reservada.
— O que você vai querer? — Ele pergunta, enquanto olha o
cardápio.
— Arancio, peopetone e também uma salada da palmito! — Ele
abaixa o cardápio, e me olha,erguendo as sobrancelhas...
— Você acabou de almoçar e quer comer bolinhos e salada?
— Qual é o problema? Eu adoro esses bolinhos italianos, e em
Nova York nunca encontrei iguais!
— Sabia que você come muito?
Eu olho para ele, me fingindo de ofendida.
— A culpa é sua, quem mandou me engravidar, agora aguenta!
Ele dá uma gargalhada e chama o garçom para fazer o pedido: os
bolinhos, a salada, uma garrafa de vinho, água e suco para mim
Enquanto comíamos eu fiz várias perguntas sobre ele, nós rimos
bastante quando ele contou sobre a faculdade e seus feitos, o que
me impressionou, pois eu pensei que ele não tinha feito, mas ele e o
Giulliano cursaram.
Ele era Capitão do time de beisebol, bem típico dos filmes
americanos, o bonitão que é capital do time.
— Eu nunca imaginei que você tivesse tido uma vida normal, sendo
filho do capo e sucessor.- falo impressionada
— Meu pai sempre planejou tudo muito bem! Eu que o diga!
— Ele começou Meu treinamento aos 7 anos de idade, e o do
Giulliano com 10, quando terminei o ensino médio,ele fez questão
que eu fosse para a faculdade, mas foi só por esse período que eu
me afastei da Cosa Nostra.
— Mas ele não teve medo? Sei lá,você poderia virar a cabeça, e
não querer mais essa vida! — pergunto e ele ri.
— Eu nasci para isso, está no meu sangue,eu sempre amei fazer o
que eu faço. Ele nunca precisou me obrigar,como o avô dele fez
com o pai dele, e o pai fez com ele!
— Eu e meu irmão matamos com muito prazer!
— Que horror! — Falo horrorizada, imaginando crianças matando e
gostando disso. Sinto uma tristeza, quando lembro que meu filho
terá o mesmo destino.
— Será que aqui tem milk shake? — pergunto já saindo desse
assunto.
— Tem certeza? Você vai passar mal!
— Relaxa! — Falo, o tranquilizando.
Ele chama o garçom e eu peço um milk shake de bombom.
— Ane eu preciso fazer uma viagem. — Eu não gostei nada disso.
— De novo?
— Mas dessa vez você vai comigo!
Dou um sorriso enorme, adorei a ideia de ir viajar
— Para onde nós vamos? — Pergunto empolgada.
— Para o Brasil!
Eu amei a ideia, nunca fui lá, mas sei que o país é lindo, tropical
com muitas praias e sol todos os dias
— Quando nós vamos?
— Em poucas semanas!- responde.
— Então eu tenho tempo! — Falo mais para mim, do que para ele.
— Tempo para quê?- pergunta sem entender.
— Para fazer compras, eu não tenho roupas!
Falo já pensando no que comprar. O garçom traz meu milkshake e
está uma delícia.
— Ane, você já encheu o closet de dois quartos com roupas! — diz
se divertindo.
— Eu sei, mas preciso de roupas novas para essa viagem!
— E falando nisso,eu não vejo a hora de montar o quarto do bebê,
agora eu já posso! — Falo batendo palminhas de felicidade. Ele
sorri com a minha empolgação.
Logo ele pede a conta, e saímos do restaurante. No caminho de
volta, sinto meu estômago revirar e uma ânsia de vômito muito forte.
— Para o carro Matteo! — falo já segurando o vômito.
— Por que o que você tem? — pergunta, preocupado.
— Eu vou vomitar aqui dentro,se você não parar logo esse carro!
Ele arregala os olhos e encosta, eu abro a porta, e já coloco tudo
para fora antes mesmo de descer do carro.
— Tá vendo o que você fez comigo?
Falo depois de sair do carro e vomitar ainda mais, ele está ao meu
lado e prende meu cabelo.
— Eu disse que ia passar mal comendo tanto! — Ele diz,com dó do
meu estado.
— Exatamente, só aconteceu porque você falou!
Ele vai até o carro rindo, pega uma garrafinha de água me entrega
eu bebo e voltamos para a estrada.

Desço as escadas, indo em direção às risadas altas, vindas da sala


de jantar.
— Nossa, estão animadas heim! — Falo, me sentando na mesa
para o café da manhã.
— O que você está fazendo aqui tão cedo Ane? — Não são nem
10h da manhã ,e ela já está aqui.
— Vim mais cedo!
Hoje é Ognissanti ( dia de todos os santos), um feriado tradicional, e
como sempre, faremos um jantar especial, mas dessa vez a Ane e
minha tia vão estar.
— E como você convenceu o Matteo a deixar você aqui sozinha tão
cedo?
— Isso foi fácil, difícil foi convencê-lo aceitar jantar aqui! Nós caímos
na risada, ele e meu pai não se suportam.
— E meu pai não desceu ainda? — Pergunto vendo que só estamos
nós três na mesa.
— Assim que chegamos ele saiu com o Matteo — A Ane diz,com um
ar de preocupação.
Alguma coisa está acontecendo, meu pai anda estranho
ultimamente, parece estar muito preocupado, tenho certeza que é
algo sério relacionado à Cosa Nostra.
Isso me preocupa, tenho medo que ele saia e não volte para casa.
— Não precisam se preocupar, eles sabem muito bem o que fazem!
Minha tia diz para me tranquilizar, já que meu semblante caiu, só de
pensar no pior.
— Então hoje o Matteo vai jantar aqui! — falo sorrindo para elas,
imaginando ele e meu pai deixando um ar de enterro no ambiente.
— Não só ele, eu também convidei o Giulliano, tadinho, ele ia ficar
sozinho em pleno Ognissanti...
Ai Porra!
Não acredito nisso!
Tadinha é de mim, que convidei o médico para jantar aqui hoje!
Sim,aquele médico!
Naquele domingo depois da discussão que tive com o Giulliano, o
James me mandou mensagem e ficamos conversando por horas. O
Giulliano também me ligou, e mandou mensagens, mas eu não
atendi
Acabei aceitando sair para jantar com o James, e infelizmente eu
não senti nada por ele... Ou felizmente?? Sei lá!
Mas só jantamos, não rolou nada, o que é bem a cara dele!
Mas ele me disse que queria tentar, e que estava disposto a encarar
meu pai, o que me deixou bem impressionada.
Disse que gostava de mim, e não queria me perder, que só se
afastou porque queria fazer a coisa certa.
Eu achei bem fofo, mas trágico, já que ele nem sonha que isso me
jogou na boca do lobo.
E que boca!!!
Bom eu conversei com meu pai, expliquei meio que por cima e ele
aceitou conhecer o James.
Meu pai, por incrível que pareça, não surtou,o que eu achei super
estranho...
Talvez seja porque ele está muito ocupado com sei lá o que na
máfia, e não entendeu direito.
Mas de qualquer forma eu quis tentar.
—M
Minha tia me pergunta, pois eu fiquei paralisada.
— Estou, é que eu lembrei que também convidei alguém!
— Quem? — Ane me pergunta.
— O James!
Ela sabe sobre ele, eu contei tudo, e ela gostou da idéia de me ver
com alguém, que não seja o Giulliano.
— Uau, então é séria a coisa?
— Calma, ele não vai me pedir em casamento. Falo, pois ela já está
até batendo palminhas!
— Na verdade, eu nem quero casar! — Falo e elas me olham como
se eu contasse que estou com uma doença terminal
Eu quero curtir minha vida, namorar depois se enjoar eu largo ué,
quero conhecer vários homens não passar a vida toda com apenas
um.
— Com o assim, não quer casar?? — Minha tia me pergunta
incrédula.
— Eu só quero seguir um caminho diferente. Mas não se preocupe,
meu pai vai aceitar!
— Tá ok, chega desse assunto! — Ane fala. — Mãe, quando você
volta para Nova York?
A Ane não sabe sobre ela e meu pai, ela está vindo com muita
frequência para Itália, com certeza por causa dele.
Eu até pensei em contar mas não posso, a vida é deles, eu não
tenho esse direito, mas acho que a Ane merece saber.
— Amanhã eu já volto! — ela diz com um sorrisinho fraco e pesar a
voz.
— Bem que você poderia se mudar pra cá!
— Você seria bem vinda para morar aqui em casa! — falo deixando-
a toda desconcertada, ela entendeu muito bem o que eu quis dizer.
— Eu não posso, tenho minha agência!
Ela foi modelo a alguns anos atrás e hoje tem uma agência de moda
em Nova York.
— Não precisa fechar, abre uma filial aqui! Que ideia ótima
Antonella
— Sim, eu adoraria ser sua modelo! — falo rindo.
— Você pode deixar o John responsável por Nova York e você cuida
da filial aqui, pertinho da sua família! — A Ane diz e ela sorri e
concorda com a cabeça.
— Eu nunca tinha pensado nisso, vamos ver né. Quem sabe em um
futuro próximo!
Ficamos conversando por um bom tempo, falamos principalmente
do bebê da Ane, que é um menino, para alegria de todos.
O Matteo disse que não se importava, mas sabemos que a pressão
para ele ter um filho homem, apareceria cedo ou tarde, então minha
prima fez a lição de casa.
Depois do café fui para minha aula de tiro e defesa pessoal. Eu
treino muito, praticamente todos os dias, porque o que eu quero
para meu futuro depende disso.
Então sim, eu tive um treinamento como os meninos filhos dos
membros do conselho. Sou mulher, mas filha única, então quando
eu me interessei meu pai adorou a idéia.
— Marie! — meu pai me chama, assim que entro em casa, depois
do treino.
— Vamos para meu escritório!
— Vou tomar um banho e já desço!
Eu acabei de voltar do treino,estou com roupas de ginástica e toda
suada.
— Agora!
Ele diz se vira e vai em direção ao escritório. Será que ele descobriu
alguma coisa? Ai, tô fudida!
Eu entro na sala e vou para a poltrona que fica em frente a mesa,
ele está sentado na sua cadeira e acende um charuto.
— O que foi? — pergunto receosa.
— Me fala sobre esse cara, que vai vir aqui hoje! — Respiro
aliviada. Eu estendo minha mão, pedindo o charuto que ele está
fumando, e ele coloca nos meus dedos, eu dou um trago aliviada,
pois graças aos santos, ele não sabe de nada!
— Eu o conheço — faz um tempo, ele é legal e quer fazer as coisas
certas, então ele faz questão de te conhecer.
Ele apoia os cotovelos na mesa, me olha sério e diz:
— Então você não queria fazer as coisas do jeito certo! — Ai
caralho!
— Você sabe o que eu quero!
Sim, ele me conhece como ninguém e sabe muito bem.
— Você só tem 16 anos Marie, e esse cara é 10 anos mais velho,
isso não me agrada nem um pouco.
— Eu não sou nenhuma criança, muito menos uma adolescente
como as outras, sei muito bem me defender e você sabe qual é o
meu objetivo!
— Ter um namorado agora, pode fazer você mudar de ideia!
— Nada e nem ninguém vai me fazer mudar de ideia. Eu vou ser
sua sucessora, vou ser membro de Conselho, custe o que me
custar!
Ele sorri com a minha declaração. É isso mesmo...
Eu quero ser a primeira mulher a ocupar um cargo no Conselho
Cosa Nostra, e vou fazer o que for preciso para merecer isso.
Eu sou sua única filha, mas venho mostrando que a falta de um
pinto, não me faz inferior!
Eu não vou viver à sombra de um homem!
Mas com certeza, vou fazê-los lamberem o chão que eu passar.
— Eu espero que você tenha consciência dos seus atos- fala e me
pede o charuto.
— Se der merda, eu te caso, sem pensar duas vezes, e todo o seu
esforço, vai por água a baixo!
Senti um medinho, sei que ele fala sério.
Ele já recebeu inúmeras propostas de casamento para mim, uns
velhos nojentos e até alguns rapazes mais novos, porém sempre
recusou.

(...)
Eu e a Ane pedimos para uma loja trazer alguns vestidos para a
noite de hoje, não que seja uma noite tão especial, é só um jantar
em família.

Mas como ela está barriguda e eu vou estar ferrada, com a


presença do Giulliano e do James no mesmo ambiente que meu pai,
não vou perder a oportunidade de mostrar para os dois o que está
em jogo.

Euzinha! Linda e bela!


Então escolhi um vestido vermelho, longo, com uma fenda na coxa
e decotado, todo aberto nas costas, que vai até bem embaixo,quase
chegando na bunda.
Meu cabelo vou deixar liso e preso em um rabo de cavalo, uma
make bem marcante, com um batom vermelho sangue, que
ninguém vai tirar, pelo menos não hoje
Estou Pronta para matar!
Depois de uma tarde cansativa, mas bem sucedida, eu me arrumo
para ir jantar na casa do Túlio. De início, quando a Antonella pediu,
enquanto estávamos no escritório, eu não aceitei, mas à noite,
depois do sexo,ela pediu novamente, nua deitada nos meus braços
e não sei o porquê, mas eu não consegui dizer um não...
E ainda concordei em deixa-la lá hoje de manhã, antes do café...Eu
não sei o que esta acontecendo comigo...
Nem me reconheço!
— Pronto? — meu irmão me pergunta, quando desço as escadas.
— Aonde você vai, todo arrumando assim? — pergunto.
— Eu vou com você, sua sogrinha me convidou! — Ele Diz todo
sorridente.
— Você não Pergunto,pois ele acontecido!
— É a minha chance de fazer as pazes com a diabinha! — O pior é
que ele fala sério! Depois da briga dos dois, que ele me contou logo
na manhã seguinte, ela sumiu, não atendeu as ligações e o
bloqueou no aplicativo de mensagens.
Isso já fazem semanas!
— Acho que ela acordou, e percebeu que você é furada! — Pelo
menos eu espero!
— Eu vou pedir desculpas, falar que errei, essas coisas que mulher
gosta de ouvir. E pronto, ela não vai resistir ao meu charme!
Ele se acha!
— Não se esqueça que o pai dela vai estar lá, e ele é uma raposa
velha.
O Túlio é muito ligeiro, por isso ainda está no Conselho, poucos da
época do meu pai continuaram.
— Você é um estraga prazeres! — diz, porque acabei com o
sorrisinho de cafajeste dele, falando do Túlio.
tem vergonha na cara? — age como se nada tivesse

(...)

Chegamos e fomos recebidos pela Ane que está linda como


sempre, com um sorriso largo no rosto. Sua barriga está bem mais
evidente, agora com 7 meses, e logo logo meu filho nasce.
— Demoraram! — Ela diz, me dando um beijo, e eu que não sou
bobo nem nada, agarro sua cintura e enfio a língua na sua boca.

Eu já estava com saudades!?

— Sentiu minha falta, né? — ela diz sorrindo, e eu retribuo o sorriso.


— Será que eu posso entrar ou vou ter que continuar aqui fora, de
vela? Eu esqueci que meu irmão estava comigo.
— Olha Giulliano, vê se não faz merda, por favor! — ela o repreende
e eu não entendo nada.
Nós entramos na sala e está,o Túlio, a Elisa, a Marie e um
homem,todos conversando.
— Que bom que vocês chegaram! — a mãe da Ane diz, toda
sorridente. Eu até gosto dela.
Nós sentamos no sofá,ficando de frente para eles, Túlio levanta,
enche dois copos de whisky, e nos entrega.
— Você não me é estranho!- meu irmão diz para o homem.
— James — ele se apresenta estendendo a mão para meu irmão e
para mim,e nós o cumprimentamos.
— Sou médico do hospital central, deve me conhecer de lá.
Ele é simpático, mas a cara da Marie e da Antonella, está muito
estranha...
— Ele veio pedir a mão da Marie em namoro! — o Túlio diz,e meu
irmão se engasga com o Whisky.
Eita Porra!
Agora eu entendi o aviso da Ane na porta!
— Vamos jantar! — A Antonella diz, se levantando, ela quer
disfarçar a tensão, já que esse idiota não conseguiu disfarçar.
— Vamos, estou faminta! — diz a Marie.
Nós todos nos levantamos, e fomos para a mesa de jantar, e por
ironia do destino, meu irmão acabou sentando ao lado direito da
Marie, e o cara ao lado esquerdo.
O jantar é servido, e as mulheres conversam animadas sobre meu
filho.
Mas a minha vontade é matar meu irmão, primeiro por me colocar
nessa situação, e segundo porque o filho da puta não está
disfarçando.
— Então — meu irmão diz e eu temo com o que pode vir a seguir.
Eu olho feio para ele, que me ignora.
Filho da puta!
— Então você veio pedir a mão da Marie em namoro, James?
Eu olho para o Túlio e não consigo decifrar o que se passa na sua
cabeça. Maldita mania dos Cappolo, de não deixar transparecer o
que pensam!
A mãe da Ane e o James estão sorrindo, não perceberam nada, a
Marie está quase pálida, Antonella fuzilando meu irmão com os
olhos.
— Sim, e para minha felicidade o pai dela aceitou! Inocente!
Se ele ouvisse os gritos dela lá em casa, que eu sou obrigado a
ouvir,mudaria de idéia rapidinho!
— Eles iam justamente começar a contar como se
conheceram,quando vocês chegaram. — diz a mãe da Ane.
— Continuem! — o Túlio enfim diz alguma coisa.
— Bom, a gente se conhece faz um tempo, eu queria pedi-la em
namoro, mas confesso que tive medo — Ele diz, olhando para o
Túlio, e todos dão risada, menos eu, Giulliano e o Túlio.
Ele continua.
— Mas,infelizmente, nos últimos meses, nós acabamos nos
afastando.— Infelizmente mesmo!
— Mas aí eu descobri que a amo, e decidi enfrentar o pai dela, que
para minha surpresa,aceitou! — Ele diz, pega a mão dela e beija.
Meu irmão está soltando fogo pelas ventas, ele é bem capaz de
matar esse cara hoje mesmo!
Mas me parece que o rapaz é um bom sujeito, caso contrário o Túlio
não aceitaria,mas ficou claro que esse amor não é recíproco, ela
não respondeu, só deu um sorrisinho.
— Muito me admira você ter aceitado, Túlio! — ele diz e dou um
chute na sua canela,por baixo da mesa.
O Túlio olha para ele, com aquela cara indecifrável...
— Minha filha foi muito bem treinada, ela sabe se defender! — ele
diz e pisca para a Marie, que só agora dá um sorriso verdadeiro.
E eu estou impressionado com a postura dele e também aliviado.
Depois que o Túlio calou meu irmão, nós jantamos mais tranquilos.
Quando o jantar acabou, nós fomos para a sala e o Túlio me
chamou para ir ao escritório.
— Eu tenho um comunicado, e estou te adiantando! — ele diz
sentado na sua mesa, e eu estou na poltrona à sua frente.
— Primeiro… — ele diz.
— Eu não tenho nada contra você, eu não gostei da forma que
nossa família se uniu, perdi meu irmão por conta desse contrato,que
ele nunca teve o direito de fazer!
Eles romperam assim que o Marcus aceitou o acordo.
— Mas hoje você se tornou um bom marido para a Antonella, e se
ela te perdoou pelo passado, eu não vou ficar remoendo o que
aconteceu!
— Então não precisa ficar tão arrisco comigo, e além do mais, eu
sempre tive muito apreço pelo seu pai, apesar do acordo!
Confesso que por essa eu não esperava.
— Segundo!
Ainda tem mais?
— Não pense que eu sou idiota, quero seu irmão bem longe da
minha filha! Ai caralho!
— Mantenha ele bem longe dela, ele não vale nada, quando
assunto é mulher, e minha filha é só uma menina.
Será que ele sabe,o que a filha anda fazendo com o puto do meu
irmão?
— Terceiro, meu comunicado!
— Você sabe que eu fiz a iniciação da Marie, mesmo ela sendo uma
mulher! — Isso não me cheira bem.
— Ela vai me suceder! — Melhor ouvir isso do que ser surdo!
— As coisas não funcionam assim Túlio, e você sabe muito bem
disso. A decisão não é sua, eu sou seu capo! — Falo sério, mas
sem perder a compostura.
— Matteo eu estou te comunicando!
O filho da puta diz, tirando um documento da gaveta e me
entrega...Mas que porra!
— Meu pai e esses contratos do caralho!
— Isso, seu pai me ajudou ainda em vida,me dando o direito de
tentar Sim, tentar!
— Você sabe que ela vai ter que ser testada como todos nós fomos,
e que eu não vou dar moleza, só por ela ser mulher?
Ele me olha e concorda com a cabeça.
— Olha, eu tiro chapéu para sua coragem, Túlio! Eu nunca deixaria
minha garotinha passar por algo parecido.
— Quando eu tiver uma filha, porque pretendo ter mais filhos com a
minha Ane, eu não deixaria minha filha passar por isso,nem
fodendo!
Ele encosta na cadeira, sorri e diz orgulhoso:
— Você não sabe do que ela é capaz!
Isso é novo, nunca antes uma mulher sequer passou pelo ritual de
iniciação. Rapazes que se prepararam a vida inteira,já desistiram,
pois o treinamento é intenso.
Não acho que uma garota conseguiria, mas meu pai deu a chance
para ela, então eu não vou questionar e na verdade não posso.
Eu não permitiria, mas se ele, que é pai, não se importa,que se
dane!

Com certeza essa está sendo a noite mais tensa da minha vida.
Estou aqui sentada no sofá, de frente para o Giulliano e para o
James.
O James é um amorzinho, e toda essa declaração de afeto,me
deixa contente, ele é um cara legal,nunca avançou o sinal, mesmo
eu me jogando.
Já o Giulliano é o diabo em pessoa, quando chegou, seu cheiro
dominou o ambiente, minha calcinha quase molhou, e meu corpo
ficou tenso, só de saber que ele estava na porta.
Eu nunca teria convidado o James,se eu soubesse que o Giulliano
viria, eu conheço o Giulliano, e ele não consegue se controlar.
Não aguento mais os dois me olhando, e me levanto. Vou para a
cozinha e saio para os fundos de casa, preciso fumar um cigarro e
espairecer um pouco.
— Se escondendo? — O Giulliano me pergunta e porra, eu estava
fugindo e ele vem atrás.
— Volta pra lá, meu pai não pode nos pegar aqui!
— Seu pai ainda está com o Matteo no escritório, e o palhaço está
com a Elisa e a Ane!
— Não fala assim dele!
Eu não quero que ele diminua o James! Ele chega mais perto e
encosta seu corpo no meu, que já estava encostada em uma árvore
e diz no meu ouvido:
— Você não gosta dele!-Sua voz está bem baixinha
Caralho! Ele causa um efeito no meu corpo que eu não consigo
controlar ou impedir.
— Eu quero você Marie...Você é minha! Que Porra!
Eu estou derretida!
Ele coloca a mão na fenda do meu vestido, e sobe até minha
calcinha, coloca para o lado, e massageia meu clitóris, enquanto me
beija.
Eu solto um gemido na sua boca, já faz semanas que não sinto seu
corpo, seus beijos, vejo agora que meu corpo sentiu falta.
— Para — peço baixinho, entre meus gemidos.
Mas ele aumenta o ritmo, lubrifica seu dedo na minha entrada e
começa a circular em volta do meu clitóris.
Quando estou quase lá, ele para de me beijar, olha para os lados e
abaixa,erguendo meu vestido...
— Eu não acredito que você...
Paro de falar quando ele abocanha meu clitóris. O medo de sermos
pegos faz tudo ficar ainda mais gostoso, eu não aguento e levanto
uma perna colocando no seu ombro
Ele chupa minha buceta gostoso, e eu chego rápido ao meu
orgasmo, ele suga tudo, se levanta e me beija loucamente deixando
na minha boca o meu gosto. Eu tô fudida mesmo!
Mas também o desgraçado é tão bom no que faz!
— De novo! — A Ane diz baixinho me fazendo quase ter um infarto
fulminante, e vem na nossa direção
Se ela chegasse 2 minutos antes, pegava-o com a cara na minha
amiguinha.
— Você disse que só ia conversar, Giulliano, mas estão agarrados!
— Ela diz séria.
— Se fosse seu pai??
Eu estaria mais fudida ainda! Ela fala para a gente entrar antes que
mais alguém além do James sinta nossa falta, mas diz que meu pai
ainda esta com o Matteo no escritório, eu falo que já vamos e ela
entra
Ele volta a me beijar e cola seu corpo no meu, me fazendo sentir
seu pau duro me cutucar.
— Dorme comigo hoje! — Pede com a voz baixa, cheia de prazer.
— Eu não posso, eu marquei de sair com o James! — Falo e saio
deixando-o lá fora.
Eu bem que gostaria de continuar o que começamos, mas eu não
vou dar um fora no James, e também não quero mais me envolver
com ele.
Preciso manter distância, pois quando ele me toca, eu perco o
controle dos meus atos.
Me sento ao lado do James que não percebeu nada, está
conversando com minha tia todo empolgado.
Como eu tive coragem de deixar ele me chupar, bem ali no quintal?
Alguém poderia ter visto, meu pai poderia ter ido me procurar.
Isso só reforça o fato de que eu perco a sanidade perto dele
(...)

Estamos indo para um barzinho no centro da cidade. Depois do


acontecido comigo e Giulliano eu não o vi mais.
Quando a Ane foi embora, eu me troquei e vim com o James,
coloquei uma calça jeans, uma bota alta e uma jaqueta de couro
preta apertadinha.

— Sua família é bem agradável! — ele diz sorrindo

— Até aqueles caras estranhos,são legais. — Mal sabe ele!


— Se eu soubesse que seu pai era tão de boa, eu teria ido bem
antes! Agora é tarde!?
— Você não deveria ter me dado aquele fora! — penso alto demais,
lembrando que ele me empurrou para o Giulliano.
— Eu não queria tirar sua virgindade, do jeito que estávamos indo,
era isso que ia acontecer!
Reviro os olhos.
— Eu queria perder minha virgindade, queria fazer sexo, eu já
estava pronta! — Acabo desabafando...
Quando a gente não tem mais sentimentos pela pessoa, fica tão
fácil falar!
— E hoje, você não quer mais? — me pergunta
— Hoje eu não sou mais virgem! — Ele arregala os olhos, me
encarando.
— Vai bater o carro se não olhar para frente!
Ele volta a olhar para a estrada, mas está nervoso com a minha
revelação.
— Eu não percebi, que você queria tanto assim! — Dou uma
gargalhada.
— Eu praticamente esfreguei na sua cara. Até morder seu pau eu
mordi, me abri igual uma flor, fiz de tudo e você nada.
— Eu cheguei a pensar...
— Não diz isso! — ele me corta
— Você quer ir para o barzinho ou para minha casa? — Será que
acordou para vida??
— A gente vai transar ou se esfregar? — falo e ele me olha
assustado.
— Você sempre foi direta assim?
Não, eu infelizmente aprendi muito com o Giulliano, arrisco até a
dizer,que talvez eu virei sua versão feminina!
— Nós não vamos para sua casa!
Eu sei que o Giulliano está me seguindo, e admito que ele é bom
nisso, se meu pai não tivesse me treinado bem, eu não perceberia,
mas eu sou mais esperta que ele.
Sei que ele provavelmente já levantou a vida do James, então não
vamos para sua casa e antes do nosso destino, vou despista-lo.

Chegamos ao belo hotel da cidade vizinha. Eu consegui despistar o


Giulliano, fomos exatamente para o Barzinho que eu disse em casa
que iria. Mas antes de chegar lá, eu chamei um táxi e pedi para o
motorista esperar atrás do local e ser bem discreto
Apenas entramos pela frente e saímos pelos fundos, e orientei o
motorista por um caminho que o Giulliano não nos veria
Tenho certeza que ele ainda nem percebeu!
Mas aqui agora na frente desse local, eu estou um pouco frustrada
por ele não ter me encontrado, e sei que se eu subir,não tem mais
volta.
— Vamos? — James me pergunta, estendendo a mão.
Eu pego sua mão e subimos,o quarto é bem bonito e a cama é
enorme, eu já vim aqui com umas amigas alguns meses atrás.
Sento na cama e tiro meus sapatos, percebo que ele está um pouco
nervoso... Será que é sua primeira vez??
— Você não é virgem, né? — pergunto, ele dá uma risadinha e diz:
O que você fez com aquela menina que eu conheci? Eu dou uma
risadinha, mas ele não me respondeu.
Eu me levanto o empurro na cama, e tiro minhas roupas bem
devagar, agora eu percebo que sua cara de safadinho, diz que ele
não é virgem.
Ainda bem!
Eu fico completamente nua vou até ele e tiro suas roupas também
devagar, depois eu vou até sua boca e o beijo
Como ele praticamente não se mexe a não ser pela mão que está
nas minhas costas, eu paro e me sento ao seu lado
Ele se levanta vem em cima de mim e beija minha a boca, desce
para meu pescoço meus seios e sobe para minha boca novamente.
O negócio tá ficando bom...
Enquanto me beija, ele estende a mão para a mesinha, pega a
carteira e tira um preservativo, eu escuto o barulho do plástico
sendo aberto.
Eu nunca usei, vai ser minha a primeira vez! Ele se encaixa nas
minhas pernas, e passa a cabeça na minha entrada.
É gostoso, mas eu não estou tão excitada assim, meu corpo não
está reagindo da mesma maneira de sempre.
Ele me penetra devagar, e começa um movimento gostoso, eu até
sinto prazer com isso.
— Mais forte! — falo.
Ele aumenta a força nas estocadas e começo a gostar, mas não ao
ponto de ter um orgasmo e isso é frustrante!
A gente muda de posição e eu fico de quatro. Ele entra devagar, e
começa a aumentar o ritmo aos poucos.
— Assim eu não aguento, vou acabar gozando! — Ele diz, e sai
deitando na cama, para eu subir nele, eu acho estranho, mas assim
o faço.
Eu começo a cavalgar, fecho meus olhos,e intensifico minhas
sentadas, começo a sentar forte,quicando, tentando arrancar do
meu corpo um orgasmo...
Mas nada!
Só o que eu consigo é fazê-lo gozar!
Ele segura a camisinha e eu saio de cima pensando que ele vai
trocar o preservativo e vamos continuar, porém ele vai para o
banheiro e demora demais, e quando eu penso que não, ele liga o
chuveiro.
Eu respiro fundo...
Me levanto e vou até o banheiro e paro na porta.
— Foi bom pra você? — Ele me pergunta, com um sorriso de orelha
a orelha. Foi péssimo!!!
Eu dou um sorrisinho e concordo com a cabeça.
Ele termina o banho e sai do banheiro, eu entro e fecho a porta.
Já no chuveiro, eu fico pensando na minha vida. Caramba eu pensei
que aconteceria a mesma coisa, eu transando com ele, esqueceria
o Giulliano.
Porque foi assim que eu esqueci o James, se eu soubesse que ele
era tão ruim de cama, eu não teria insistido tanto!
Será que se eu não tivesse transado com o Giulliano, e só com o
James, eu teria gostado desse tipo de sexo?
Provavelmente, já que seria só isso que eu ia conhecer!
Termino meu banho e saio do banheiro. Vejo ele esparramado de
bruços ainda enrolado com a toalha. Ele está roncando?
Dou a volta na cama, para ter certeza que ele está dormindo, e é
isso mesmo,está desmaiado na cama!
Ele me disse que tinha pegado um plantão de 12h no hospital, só foi
em casa se arrumar e depois foi para o jantar na minha casa, então
está explicado seu desmaio.
Melhor assim!
Eu me troco pego minha bolsa e deixo um bilhete no criado mudo
**Eu te ligo**
Saio do hotel e já na calçada eu pego meu celular para chamar um
taxi.
— Droga!
Está sem bateria!
Olho em volta procurando um ponto de ônibus. A cidade está
movimentada tem muitas luzes, as pessoas estão felizes,
sorridentes, andando de um lado para o outro, a minha frente tem
uma praça grande e vou em direção a ela
Me sento em um ponto de ônibus e fico pensando na minha vida
doida. Eu apresentei um cara para meu pai, que com certeza eu não
quero ver tão cedo na minha frente.
Mas eu não vou poder contar isso, senão meu pai além de rir da
minha cara, vai pensar que sou imatura e infantil
Será que eu sou?? Que Porra Marie! Foco!!!
— Tá perdida? — Olho e não acredito.
— É claro que não! — respond
— Vai,entra logo!
Esse filho da mãe me achou, será que não dá para se esconder
desse cara?
— Eu vou de ônibus!
— Anda logo, Diaba!
Quê?? Reviro os olhos, me levanto e entro no carro.
— Você sabe que ali não era um ponto de ônibus,né? Na verdade
eu nunca peguei um ônibus na vida.
— Não tô afim de falar com você! — Falo e fico olhando pela janela,
não tô afim de conversar, ainda mais com ele.
— Então o senhor perfeitinho é um irresponsável?
— Já te falaram que você é chato pra caralho? — Falo o encarando
e levantando as sobrancelhas.
— Meu irmão me diz todo dia! Reviro os olhos
— Está tarde, e ele deixou você ir embora sozinha!
— Desde quando você tem responsabilidade!? — Pergunta retórica!
— E ele nem me viu saindo!
Percebo que falei demais, quando ele me olha com um sorrisinho de
vitória...
— Sentiu minha falta, né Diaba!
— Eu só quero ir pra casa, mais nada! — Falo e volto a olhar pela
janela.
— E é pra onde eu vou te levar! — ele diz e acelera mais o carro.
Eu me perco nos meus pensamentos. Como eu pude me apaixonar
por alguém como ele?
Sou muito idiota mesmo!
Ele não vale nada,é um mulherengo, não gosta de ninguém, além
dele e do irmão.
Talvez o sexo com o James só foi ruim porque eu não me entreguei
o suficiente, fiquei comparando os dois, talvez a culpa seja minha!
— Chegamos!
— Você disse que ia me levar para casa! — Falo quando ele para o
carro na garagem da casa dele. Eu fiquei pensando tanto, que nem
percebi que estávamos vindo para cá.
— E eu trouxe, para a minha!
Ele desce do carro dá a volta, e abre a porta para mim.
— Giulliano! — falo me levantando, ele prende meu corpo contra o
carro.
— Eu não quero!- falo, com a voz baixa.
Toda vez que ele faz isso, minha voz fica diferente e meu corpo tem
a mesma reação!
— Eu só quero ir embora, preciso dormir!
Minha cabeça está pesada, o dia hoje foi muito tenso.
— Você vai dormir comigo hoje! — ele diz me beijando e eu estou
quase me derretendo nos seus braços.
— Eu não quero transar — falo separando nossos lábios.
— A gente não vai! — diz me puxando para dentro da casa.
Já no quarto eu fui direto para a cama e ele para o banheiro tomar
banho. Como minha roupa não é nada confortável eu fui até o closet
e o cheiro aqui é muito marcante, cheiro de homem.
Seu cheiro!
Pego um camisa azul clara, levo até meu nariz e o cheiro é
maravilhoso. Tiro todas as minhas roupas até a calcinha, eu não
consigo dormir de calcinha, sei que não é uma boa ideia, mas com
ela eu não vou conseguir dormir
Com apenas a camisa eu deito embaixo do edredom, pego meu
celular coloco no carregador dele que está na mesinha. Assim que
liga eu mando uma mensagem para o meu pai.
Marie "Acabei vindo para a casa da Ane" "Está tudo bem"
"Como ela vai viajar amanhã, vim dormir aqui para

tomarmos café juntas" " Bjs te amo❤"

O que não deixa de ser verdade. Não espero ele responder é já


desligo meu telefone, vai
que ele me liga. O Giulliano dá um pulo na cama me assustando.
— Bem sua cara fazer isso!
Ele dá um sorriso enorme, apaga a luz e entra embaixo do edredom.
Ele me puxa para seus braços e se encaixa atrás de mim, nós
ficamos de conchinha, e eu não aguento e dou risada.
— Que foi? — pergunta, rindo também.
— Giulliano Messina fazendo conchinha. Se me contassem,eu não
acreditaria!
— Eu faço isso sempre! — Eu paro de rir!
— Brincadeira, mas tudo tem sua primeira vez!
Ele se aconchega mais no meu pescoço e eu já estou arrepiada, ele
coloca a mão por dentro a camisa e dá uma apertadinha nos meus
seios, desce mais a mão e percebe que eu estou sem calcinha.
— Ah Marie, caralho, eu aqui tentando ser bonzinho e você faz isso!
— ele diz ainda no meu pescoço,com a mão no meu seio.
— Não é de maldade, eu só consigo dormir sem calcinha! Ele
desgruda o corpo do meu.
— O que foi? — pergunto me virando.
— Se você vai dormir sem calcinha, eu vou dormir sem cueca! —
Diz,tirando a cueca, ficando completamente nu.
— Assim eu não aguento! — Falo alto demais.
— Se eu vou ser tentado, você também vai!
Ele se encaixa novamente atrás de mim e porra, eu fiquei molhada,
só de sentir seu pau na minha bunda.
Sua respiração no meu pescoço aumenta meu desejo. Eu me
encaixo ainda mais no seu corpo, sentindo um calor subir por todo
meu corpo, mesmo a noite estando fria.
Enquanto sua mão passeia pela minha barriga, eu fico na
expectativa que ele a desça mais. Seu órgão está duro na minha
bunda, os bicos dos meus seios estão duros, ele da selinhos no
meu pescoço e eu esquecendo meu auto controle, pego sua mão e
coloco exatamente aonde eu quero.
Ele entendendo muito bem o recado me penetra um dedo, e sobe
fazendo movimentos circulares com os dedos. Eu abro mais minha
perna, dando maior passagem para seus movimentos.
O negócio tá tão bom, que quando ele aumenta os movimentos com
três dedos num vaivém louco, eu gozo na sua mão
Ele morde minha orelha e me penetra, e essa posição é tão
deliciosa, que meus gemidos são altos.
Meu corpo reconhece o seu!
Seus toques, seu órgão, fazem meu corpo sentir algo inexplicável,
eu estava com saudades disso!
Ele me abraça por trás, puxando ainda mais meu corpo para o seu,
sem deixar de me penetrar, mas dessa vez de uma forma nova.
Seus movimentos são lentos, eles me levam a lembrar que eu amo
esse desgraçado.
— Você é minha! — Ele Diz no meu ouvido, bem baixinho, me
fazendo sentir ainda mais prazer.
— Fala pra mim que você é minha...Que só eu consigo fazer você
sentir isso! — Ai caralho, ele quer me ver admitir que tô fudida!!
Minha mente está embargada de prazer, parece que o mundo parou
a nossa volta e eu só consigo escutar meus gemidos, sua voz cheia
de prazer e meu coração, que é um traidor do caralho!
— Fala pra mim! — Ele pede mais uma vez.
— Eu sou sua...Só sua...Só você! — Falo entre meus gemidos, e
falar essas coisas também aumenta meu prazer
E amor,porra viu!
— Você fudeu com a minha cabeça! — ele diz e meus gemidos se
intensificam, estou quase chegando novamente ao orgasmo.
Ele aumenta o ritmo e explode dentro de mim, que chego ao meu
clímax de prazer. Ele tira o pênis devagar e vai subindo a cabeça
pela minha bunda, lubrificando meu ânus
Ele coloca só a cabeça e vai entrando bem devagar
Eu nunca pensei que teria coragem de fazer isso, mas estou tão
atordoada de prazer que estou gostando
Ele enfim coloca tudo e dói bastante, muito na verdade, mas
conforme ele vai se movimentando, a dor vai diminuindo, e dá
espaço ao prazer.
Ele leva a mão ao meu clitóris me estimulando, enquanto não para o
movimento de entra e sai. A sensação é alucinante.
Está tão gostoso, que eu não consigo nem abrir os olhos, de tanto
prazer, ele aumenta os movimentos atrás, e na frente no mesmo
ritmo, meus gemidos estão altos mas são involuntários.
Ele me estoca mais forte e rápido, me fazendo morder o travesseiro
de tanto prazer e tenho outro orgasmo,e antes mesmo do meu
acabar, ele explode em mim novamente.
— Eu não acredito que você comeu meu cú! — Falo,assim que
recupero o fôlego. Ele dá uma gargalhada.
— Você gostou mais do que eu imaginei, sua safada!
Ele sai de dentro de mim e vamos para o banheiro, enquanto eu
entro no chuveiro ele enche a banheira
Depois que eu me lavo vou para a banheira. A água está perfumada
e bem quentinha, depois de se lavar no chuveiro ele também entra,
ficando de frente para mim.
— Eu tenho que acordar cedo amanhã, quero tomar café com a
Ane! — Falo,enquanto brinco com as bolhinhas de sabão.
— Eu te acordo!
Eu olho pra ele e seu olhar é sério. Estranho... Ele sempre está
sorrindo ou com ar de felicidade!
Eu semicerro os olhos e jogo a cabeça para o lado o encarando, ele
me dá um sorrisinho fraco.
— Vem aqui! — Me puxa para sentar entre suas pernas, eu vou e
encosto minhas costas no seu peito e jogo minha cabeça para trás
fazendo um carinho no seu peito. Ele beija a minha cabeça e me
abraça.
Estar assim com ele,faz meu coração bater mais forte, isso é muito
mais do que já tivemos até hoje.
— Fala o porquê dessa cara de quem comeu e não gostou! — Falo
com duplo sentido.
— Eu não gostei de ver aquele cara com você!
Estava tão bom, tinha que estragar me lembrando do James?
— Eu estou aqui agora, não estou? — digo acariciando suas mãos
que estão nos meus seios.
— Eu quero falar com seu pai! O quê???
Eu me viro e fico de frente para ele.
— Tá louco??
— Se ele deixou você namorar com um idiota daquele, ele também
vai deixar você namorar comigo!
Namorar?
— Giulliano, você está se escutando?
Ele me encara e com certeza o espanto está evidente na minha
cara!
— Eu não quero mais esconder,o que a gente tem,das pessoas! —
diz sério
— O que a gente tem é só sexo! — falo querendo acreditar nisso.
— Eu gosto de você diaba, não percebeu ainda?— Ele diz e faz um
carinho no meu rosto. Eu não sei descrever o que estou sentindo, e
também não sei o que dizer.
Minha reação é me jogar nos seus braços e beijar sua boca, num
beijo apaixonado.
— Você não pode falar com meu pai ainda! — falo separando
nossos lábios.
— Por que não?
— Eu acabei de levar o James lá...
— Você não vai mais ver esse cara, né? — ele me corta.
Deus me livre, depois de hoje, eu não quero mais vê-lo nem pintado
de ouro!- Faço uma careta para ele se lembrar, que não manda em
mim!
— Eu vou ser obrigado a matá-lo! — ele diz e sei que está falando
sério.
— Eu preciso preparar meu pai, ele não vai gostar muito da ideia!
— Eu não vou esperar muito, quero que todos saibam, que você é
minha! — Seria fofo, se não fosse preocupante!
— Vai com calma, a gente não vai casar, é só um namoro!
— Vai dar um de psicopata,igual seu irmão,que eu meto o pé na sua
bunda! — Ele dá uma gargalhada, e eu acabo rindo também.
Hoje é o dia da nossa viagem, vamos para o Brasil, estou super
ansiosa para conhecer aquele país maravilhoso.
— Acorda Matteo! — Falo sacudindo-o que dorme, mas também
ainda estou na cama.
— Ane, tá muito cedo! — diz sem nem se mexer.
Eu subo nas suas costas e começo a fazer uma massagem nos
ombros e vou descendo, admirando esse corpo grande e
maravilhoso, que me pertence.
— Você disse que íamos cedo, até a gente se arrumar, vai demorar!
— Nossa próxima viagem, você só vai saber no aeroporto! — Ele
relaxa os ombros e eu dou risada.
De repente ele se vira rápido ficando de barriga para cima e como
estamos nu e eu estou montada nele, sinto minha intimidade molhar
com sua ereção matinal.
— Quero que você me acorde assim todo dia! — Diz
sorrindo,fazendo carinho na minha barriga que está grande, o que
me faz sorrir também
Sempre que ele faz carinho nela, eu sinto um conforto no peito, meu
coração se aquece, é a maneira dele de demonstrar amor pelo
nosso bebê, que ainda nem conhecemos. Ele se mexe embaixo de
mim e me penetra, fazendo meu corpo arrepiar com o prazer. Jogo
minha cabeça para trás e fecho meus olhos, deixando a sensação
me dominar.
Eu começo a cavalgar em cima dele, ultimamente tenho feito muito
isso, já que minha barriga dificulta o sexo
Mas estamos nos saindo muito bem. Eu aumento o ritmo e apoio
minhas mãos nas suas coxas e não contenho meus gemidos.
Ele leva uma mão ao meu ponto mais sensível, fazendo círculos
com o polegar. Eu volto minhas mãos para seu peito e começo a
quicar forte e rápido, procurando meu prazer.
E não demora muito para eu encontrar. Sinto um misto de
sensações... Meu corpo treme, as pontas dos meus pés começam a
queimar, minha vontade é de me contorcer e fazer barulho e logo a
sensação de liberdade me domina
Antes mesmo do meu orgasmo terminar, ele me preenche com seu
líquido me acompanhando, o que deixa tudo ainda mais intenso,
pois sinto seu órgão pulsar dentro de mim.
Eu abaixo meu corpo e dou uma mordidinha no seu lábio e saio de
cima dele, mas ele vem rápido e me pega de costas, abaixa meu
tronco me deixando de quatro e me penetra novamente
— Gostosa! — Diz com a voz rouca e baixa, embargada de prazer.
Ele já começa num movimento rápido, o barulho dos nossos corpos
se chocando me dá ainda mais prazer.
Quando meus gemidos ficam mais altos, a pressão na minha vagina
é intensa, minhas pernas começam a amolecer, conforme ele
aumenta muito o ritmo com muito mais vigor, puxando minha cintura
contra ele com força
A sensação é como se meu corpo fosse uma garrafa de refrigerante,
que ele está chacoalhando e a pressão vai aumentando e
aumentando, até eu explodir,liberando meu orgasmo mais uma vez,
e ele me acompanha segurando meu corpo para eu não cair.
— Adoro sexo matinal!- Diz ainda sem fôlego nas minhas costas,
mas eu ainda tento me recuperar.
Quando fazemos sexo de manhã ele fica um doce, até as outras
pessoas percebem seu bom humor.
Depois que ele tomou banho eu entrei, é claro, não posso tomar
banho com ele porque sempre acaba em sexo.
Saio do banheiro enrolada no roupão, hoje está mais frio que o
normal.
— Lá está calor? — Pergunto entrando no closet, ele já está de
terno e procura um relógio entre sua coleção.
— Sim, é um país tropical, o frio deles é o nosso calor! — fala
colocando o relógio. Ele vem até mim e me dá um beijinho.
— Não demora, para não perder o café com sua “visita”! — diz a
última palavra com sarcasmo.
Ele está se referindo à minha prima, que está no quarto ao lado,
com meu cunhado.
Não os vimos chegar, só sei que ela está aqui, porque o Matteo foi
obrigado a fechar a janela, os gritos e gemidos eram altos.
— Espera que eu vou descer com você! — falo vendo ele entrar no
banheiro para arrumar o cabelo
Com ele me esperando sei que não demoro. Coloco um vestido
curto com mangas compridas de lã cinza, ele é bem quentinho.
Solto meus cabelos e coloco uma bota branca alta de camurça, que
vai até metade das minhas coxas, mesmo grávida não deixo de usar
meus saltos.
Saio do closet e ele está sentado na poltrona falando com alguém
no telefone, vou para o banheiro e faço uma maquiagem leve,
arrumo meu cabelo e saio, indo direto para seu colo
— Você está ainda mais linda! — Diz enfiando a cabeça no meu
pescoço,me dando um beijo ali.
— Vamos — falo e me levanto.
Ele me puxa pela mão, pega a minha cintura, me deixando bem à
sua frente, e ainda sentado, passa a mão pela minha barriga e dá
um beijo.
— Eu não vejo a hora de conhecer! — sussurra para a minha
barriga.
Eu fico tão emocionada que meus olhos brilham, quase deixo uma
lágrima cair, ando muito sensível.
E meu filho dá uma chute, como resposta. Ele me encara e arregala
os olhos.
— Você sentiu isso? — pergunta surpreso.
Balanço a cabeça, como resposta, sorrindo e quase chorando.
Mais um chute e ele dá uma risada, o bebê se vira na minha barriga,
de um jeito, que até me machuca, deixando minha barriga
deformada.
Faço uma careta com a dorzinha e o Matteo em olha assustado.
— Tá tudo bem? — pergunta, sem tirar as mãos da minha barriga.
— Sim, ele só está se revirando aqui dentro!
Foi a primeira vez que ele fez isso com o Matteo por perto, na
verdade ninguém além de mim sentiu essa criança se mexer, e olha
que minha mãe e a Marie quase me viraram do avesso tentando.
Ele dá um sorriso enorme, que aquece ainda mais meu coração.
Ficamos ali mais um pouco e o bebê deu mais alguns chutes.
— Bom dia! — falo me sentando na mesa para o café
Marie e o Giulliano já estão aqui, o Matteo vai para o lugar dele sem
falar nada, sua cara não está muito boa. Ele ficou puto ontem à
noite, quase foi lá bater na porta do Giulliano, mas eu não deixei.
— Bom dia! — dizem os dois ao mesmo tempo.
— Nossa que sincronia! — falo impressionada e sorrindo.
Minha prima está radiante, com um sorriso de orelha a orelha, e
meu cunhado não está diferente.
— Chegaram que horas? — Pergunto enquanto passo geleia no
meu pão.
— Nem vi o horário, mas era tarde! — A Marie responde.
O celular do Giulliano toca e ele pede licença e sai da mesa, quando
ele se afasta a Marie me olha desesperada e começa a falar sem
parar.
— Eu transei com o James e foi horrível nem posso falar que foi
uma transa, e o Giulliano que estava me seguindo, me achou depois
que eu fugi do hotel, deixando o James lá, desmaiado. E me pediu
em namoro! Você acredita, namoro!!! E ainda comeu o meu...
— Marie!!! — Eu a corto quase gritando
Ela esqueceu que o Matteo está na mesa. Eu olho para ele,que está
soltando fogo pelas ventas, seu olhar diz que ele vai matar um.
— Eu esqueci que você estava aí! — diz sem graça,se desculpando
com o olhar.
— Percebi! — ele diz e se levanta, saindo da mesa.
— Ai caralho,falei demais!
— É, falou, eu não quero estar na pele do Giulliano! — Eu olho com
pena, porque conheço meu marido,sei que ele vai acabar com a
raça do meu cunhado.
— Ele te pediu em namoro ? — Pergunto curiosa e ela sorri e
começa a me contar tudo, me deixando de boca aberta.

(...)

— Nossa 15hs de vôo? — Falo entrando no avião partiticular dos


Messinas, é enorme, muito luxuoso dá até para um pessoa morar
aqui dentro.

— Aproximadamente! — o Matteo me responde. Nós sentamos um


de frente para o outro, e uma moça bonita demais para meu gosto,
aparece, e dá um sorriso enorme para ele, o que não gostei nada
nada.

— Sr Messina, quanto tempo!

Ele só acena com a cabeça, ela vira para mim e com um sorrisinho
fraco,diz:
— Bom dia, qual o seu nome?
— Pra você,é senhora Messina! — falo séria, e a encaro.
Seu sorrisinho desaparece, tomara que ela tenha entendido o
recado. Olho para o Matteo,que está se divertindo com a cena.
— Adoro ver você com ciúmes, me excita!
Eu quero ficar séria mas esse sorriso me desmonta. Mas consigo, e
permaneço normal.
— Agora me fala, em quais lugares nós vamos? — pergunto
empolgada.
— Ane, você sabe que não é uma viagem a passeio, eu estou indo
a trabalho e você me acompanhando!
Eu reviro os olhos.
— Eu não vou ficar trancada no quarto, se você não me levar,eu vou
sozinha! — Ele bufa com minhas palavras, me fazendo rir
internamente.
— Você não vai a lugar nenhum sozinha! — Ele fala com
raiva,incorporou o capo!
A é??
Eu me levanto e sento no seu colo, ficando de frente, rebolo no seu
pau e mordo sua orelha.
— Adoro ver você bravo, me excita! — falo lambendo sua orelha.
Ele se levanta, me segurando no colo e me leva para um quarto, no
fundo do avião, me coloca deitada na cama e fecha a cortina,que
separa o lugar do resto do avião.
— Ah, Antonella… Você ficou tão safada! — Diz, vindo até
mim,tirando o terno.
Ele tira meus sapatos e beija meu pé, vai subindo pelas minhas
apenas, minha coxa, levanta meu vestido até acima da minha
barriga, desce minha calcinha e morde minha coxa
Ele passa a língua por toda minha intimidade me fazendo pingar de
prazer, seus dentes pegam meu clitóris, me proporcionando uma
dorzinha gostosa.
Ele suga, solta e desce a língua, seus dedos me penetram com
facilidade, fazendo meu estômago libertar as borboletas que vivem
ali.
Ele bate a língua com força e muito rápido, fazendo minhas pernas
tremerem, os músculos da minha vagina se enrijecem, assim que o
orgasmo domina meu corpo, ele desce a boca e suga minha entrada
sensível.
Seus olhos transmitem prazer, luxúria e muito desejo.
— Buceta deliciosa! — Diz lambendo os lábios e vem.
Acordo, olho para o lado, e ele não está. Depois das horas de sexo,
que eu só não fui as nuvens, porque eu já estava, ele pediu um suco
forte de maracujá ja que eu não posso tomar nada para dormir, e o
suco me fez apagar.
Levanto, coloco minha roupa, sapato e saio. Ele está sentado
mexendo no celular, eu sento na minha poltrona, pego minha bolsa
e refaço minha maquiagem.
— Falta quantas horas? — Pergunto.
— Quatro — me responde
— Já fazem 11h que estamos aqui? — Pergunto surpresa não
pensei que dormi tanto assim
— Já, você dormiu por horas! — Ele diz, e eu só penso na
vagabunda oferecida.
— E por que você não ficou lá comigo?
— Eu não consigo dormir no avião! — diz sorrindo.
Me levanto e vou ao banheiro, minha bexiga está explodindo.
Depois de fazer litros de xixi, eu vou até um lugar que tem uma
espécie de cozinha, e dou uma olhada em tudo, eu sou muito
curiosa, eu sei!
— Posso ajudar? — a aeromoça pergunta.
— Quero outro suco!
— Pode esperar no seu acento, que eu levo! — Ela diz sem esboçar
nenhuma expressão, eu saio e volto para minha poltrona.
— Se perdeu? — ele me pergunta
— Não, eu só estava dando uma volta, meus pés estão inchados!
Tenho uma grande ideia, e tiro meus sapatos ficando só de meias
cor de rosa, eu sento na poltrona, ao lado da dele, e coloco meus
pés no seu colo, ele me olha sem entender.
— Faz massagem nos meus pés! — peço manhosa.
Ele guarda o celular no bolso do terno e começa a apertar meus
pés, enquanto nega com a cabeça.
— O que foi? — Pergunto, me divertindo.
— Não acredito que eu tô fazendo isso.
A aeromoça aparece com meu suco e fica perplexa com a cena, eu
estendo minha mão,e pego o suco.
— Obrigada, pode ir! — falo e bebo um pouco do meu suco.
— Qual é o problema, meus lindos pés estão assim por sua culpa!
— Por que?
Homens e suas memórias curtas!
— Você me engravidou! — falo me divertindo, e ele dá risada.
— Eu mereço ser mimada, falta pouco para ele nascer, então tenho
que aproveitar!
Falo pensando em todas as coisas que eu fiz ele fazer, usando a
gravidez como desculpa.
— Eu não faço essas coisas só porque você está grávida! — Que
lindo!
— Faço porque te amo!
Eu não aguento e meus olhos brilham eu adoro ouvir ele falar que
me ama.
— Eu também te amo!

(...)

— Acorda, chegamos! — Ele Diz e eu sinto um desconforto horrível


no pé da minha barriga — O que foi? Tá com dor? — Pergunta
preocupado. — Eu tô com uma dor no pé da barriga! — falo
massageando o local
— A filho você não pode nascer aqui, você tem que ser italiano! —
Ele fala para minha barriga me fazendo rir e a dor aumentar, e eu
acabo soltando um gemido.

Ele me pega no colo e me tira do avião, me colocando no carro e


entra ao meu lado. Diz para o motorista ir rápido e faz uma ligação,
meu medo de entrar em trabalho de parto aqui é tão grande, que eu
nem presto atenção na ligação.

— Para onde vamos? — perguntei e ele me olha preocupado.


— Para o hotel, quando chegarmos, um médico vai estar lá!
— Não precisa se preocupar, a dor tá passando! — falo, mas ele
continua do mesmo jeito.
Chegando no hotel Copacabana Palace, ele quer me carregar no
colo novamente mas eu não deixo, eu consigo andar. Subimos
direto para a cobertura.
Assim que entramos,eu sento na cama e analiso tudo à minha volta.
O quarto é lindo muito luxuoso, enorme, parece mais um
apartamento, o rapaz que nos acompanhou, deixa nossas malas no
quarto, o Matteo dá uma nota e o rapaz sai rindo à tôa.
Alguns minutos depois, o médico chega acompanhado de uma
senhora, ele troca algumas palavras com o Matteo, e eles vêm até
mim.
— Olá senhora Messina — diz me estendendo a mão e eu pego, o
cumprimentando.
— Eu sou o Dr Paulo, e essa é minha esposa, Lourdes, ela é
enfermeira obstetra! A mulher sorri para mim, e me estende a mão,
já gostei dela!
Ele me faz algumas perguntas,enquanto ela mede minha pressão, e
coloca alguns aparelhos na minha barriga, minha médica ligou para
ele, e explicou tudo sobre minha gestação, que ela acompanha
semanalmente.
— Ela vai fazer um exame, para verificar como está o colo do útero,
tudo bem?
Eu concordo e ele sai de perto, olho para o Matteo, não acreditando
que ele pediu para o médico sair. Oh homem louco!
Ela faz o exame, que é bem desagradável e quando termina tira a
luva e vai para o banheiro, ela volta e diz algumas coisas para o Dr,
que voltou assim que ela terminou.
— O colo do útero está bem fechado, provavelmente você forçou
muito dormindo na poltrona do avião, mas está tudo bem com sua
esposa e seu filho, Sr Messina.
— Eu só recomendo que não faça tanto esforço!
Eles conversam mais um pouco com o Matteo, enquanto eu vou
para o banheiro tomar banho.
— Passou a dor? — ele pergunta parado na porta do banheiro.
— Está passando, acho que o remédio está começando a fazer
efeito!
Eu saio do banheiro, pego uma camiseta dele, que eu trouxe e
coloco, já que minha barriga está tão grande, que minhas camisolas
não servem mais, coloco uma calcinha e me deito.
Ele volta da varanda onde estava falando ao telefone, me dá um
beijinho e vai para o banheiro tomar banho, depois deita atrás de
mim, de conchinha.
— Ainda acordada? — pergunta no meu pescoço,enquanto passa a
mão na minha barriga, por dentro da camiseta.
— Eu acho que dormi demais no avião!
Meu bebê se mexe dentro da minha barriga, e ele leva a mão para o
caroço que se formou.
— Falta tão pouco tempo! — Eu falo.
— Eu não vejo a hora! — responde
— Eu tô com medo! — confesso
— Medo do quê? — pergunta preocupado.
— De tudo. Do parto, de ter que cuidar de um bebê, eu nunca nem
sequer segurei um! — Ele fica em silêncio por alguns segundos.
— Eu vou estar com você, vou fazer de tudo para você não sofrer. E
quando ele nascer, também!
Isso é muito reconfortante.
— Eu te amo muito Matteo! — falo e me viro ficando de frente para
ele.
— Eu te amo muito Antonella, você me mostrou a felicidade, eu não
vivo mais sem você!
Uma lágrima escorre pela minha face, ele nunca disse isso, é
reconfortante saber que ele sente exatamente o mesmo que eu!
— Não é pra você chorar! — ele diz sorrindo, me fazendo sorrir
também.
— Eu não consigo, são os hormônios! — falo rindo, secando meus
olhos.
— Meu pai deve estar se revirando no túmulo, agora! — diz fazendo
piada e é a primeira vez que ele faz isso.
— Por que?
— Toda vez que ele investia muito em algo de e dava certo, ele
comemorava todo empolgado!
— Eu consigo imaginar a empolgação dele,se me visse assim
agora!
Ele sorri ao falar do pai e também é a primeira vez que entramos
nesse assunto.
— Faz quanto tempo? — pergunto me referindo à morte dele.
— Vai fazer 3 anos!
Eu olho com pena, imaginando que deve ser difícil esse assunto,
difícil perder o pai, ainda mais já tendo perdido a mãe.
— Está tudo bem Ane!
A luz do sol que entra no quarto é tão forte, que chega a doer meus
olhos ao acordar, o lado do Matteo está vazio. Na mesinha ao meu
lado tem um bilhete...

Bom dia meu amor


Infelizmente não pude esperar você acordar, vou demorar um pouco
,desculpe te deixar sozinha hoje.
Aproveita a piscina do hotel. Matteo

Vou para o banheiro faço minha higiene, tomo banho e coloco um


biquíni vermelho, e um vestidinho solto por cima. Como um pouco
das frutas que já estão no quarto e saio.

Sigo as instruções do elevador e chego na área externa. A piscina é


enorme, com cadeiras acolchoadas ao redor, tem poucas pessoas.

Eu escolho um cadeira, coloco minhas coisas ao lado e deito,


depois de passar protetor solar. O sol está maravilhoso, esse lugar é
bem agradável, logo aparece um garçom, muito simpático, e
pergunta se eu quero alguma coisa e eu aceito sua recomendação,
suco de açaí.

Agora eu entendo o porquê minha mãe me abrigou a aprender


vários idiomas, sete para ser mais exata.
— Americana? — pergunta uma mulher,que chegou enquanto o
garçom me atendia,e deitou na cadeira ao meu lado.
— Italiana! — respondo.
— Eu podia jurar que você é americana! — diz sorrindo
Me parece ser bem simpática. Ela é bonita deve ter uns 30 anos,
sua pele é morena e está um pouco acima do peso.
— Eu morei oito anos nos Estados Unidos,por isso o sotaque! —
respondo.
— Sou Andréia — ela diz e estende a mão, eu aceito o
cumprimento.
— Antonella!
— Você fala muito bem português,Antonella, eu sou fotógrafa e
americana, estou aqui de férias e você?
— Obrigado, meu marido está a trabalho, eu vim acompanha-lo.
— Vai ficar por quanto tempo? — Ela me pergunta enquanto passa
protetor solar no corpo
— Só alguns dias!
Ficamos conversando e foi muito agradável, ela fala muito e é bem
engraçada também.
O sol se intensificou então entramos na piscina e a água estava
bem quentinha, eu adorei a sensação.
Nós ficamos conversando um bom tempo, até minha barriga
começar a roncar de fome e almoçamos juntas
A tarde com ela foi muito agradável, eu dei muitas gargalhadas e
nem vi a noite chegar.
Chego no quarto que está escuro pois já passa das 18h e o Matteo
ainda não chegou, ele também não me ligou, nem mandou
mensagem.
Eu deito nos pés da cama e ligo para ele que não atende e isso é
bem estranho e me preocupa. Ligo para minha mãe e ficamos
conversando por horas,até eu acabar dormindo.
— Ei, acorda! — Ele diz,fazendo carinho no meu rosto.
— Você já jantou? — me pergunta.
— Acabei dormindo falando com a minha mãe, você não atendeu
minhas ligações fiquei preocupada — falo me sentando na cama.
— Se arruma,eu vou te levar pra jantar!
Eu tomo um banho e coloco uma roupa leve, um vestidinho preto
larguinho que vai até o meio das coxas, de alcinhas e uma sandália
média de salto grosso preta e transparente em cima, deixei meus
cabelos soltos e fiz uma maquiagem leve.
— Onde estamos indo... — falo já no carro,observando a cidade
linda, com pessoas alegres.
— Calma, já estamos chegando!
Minutos depois, chegamos em um prédio bem luxuoso, pegamos o
elevador e subimos até o décimo andar, as portas se abrem e
estamos em um lindo e elegante restaurante.
Tem uma música calma,que deixa o ambiente mais agradável, estou
tentando lembrar que tipo de música é essa. A iluminação é média e
o cheiro delicioso.
A música é Jazz
A nossa mesa fica ao lado de uma parede de vidro enorme, que nos
dá a vista do Cristo Redentor, e uma imensidão de mar.
É lindo!
— Meus Deus, que vista linda! — falo com as mãos na boca e
maravilhada, com tudo que vejo lá em baixo.
— Sim, a vista é muito bonita! — ele diz e pede minha mão eu
entrego e ele a beija.
— Não mais linda que você!
Esse homem anda tão romântico ultimamente.
— Você também é muito lindo, Sr Messina! — falo sorrindo, fazendo
ele rir.
Fizemos o pedido de um prato de frutos do mar,chamado moqueca
e uma salada de entrada, ele pediu uma garrafa de vinho e eu uma
água com gás. Quando o pedido chega eu me acabo de comer,
adorei essa mistura de peixes.
— Como foi sua tarde na piscina?
— Boa, conheci uma americana, que está de férias aqui, e nós
almoçamos juntas, até que foi divertido.
Ele me parece sério demais, bebe todo o vinho da taça e enche
mais.
— Tá tudo bem Matteo? Você me parece tenso demais!
Ele me olha com ar de preocupação e respira fundo, sua expressão
forma rugas na sua testa, o que me diz que ele está tendo
problemas.
— São só meus negócios!
Só? Nada que seja simples relacionado a Cosa Nostra deixaria ele
assim!
— Me conta? — peço pegando sua mão e fazendo um carinho,
quero que ele compartilhe comigo também seus problemas.
Ele respira e me analisa, acho que está pensando se isso é uma
boa ideia.
— A pessoa que eu vim procurar aqui, voltou para a Itália! — Ai
merda!
— Nós vamos ter que voltar, antes do tempo previsto!
Eu murchei igual uma flor, não queria voltar antes do tempo, nem
conheci a cidade e só o hotel já me deixou impressionada, imagina
o resto.
— Mas quando? — Pergunto com as sobrancelhas juntas e fazendo
um biquinho.
— Vamos ficar só mais um dia!
Fiquei desapontada em antecipar a nossa volta, eu queria tanto
aproveitar mais.
— Desculpa, sei que estava empolgada.
— Mas podemos viajar outras vezes, eu sempre faço essas viagens
e se quiser me acompanhar, eu vou adorar.
Ele fala com um sorrisinho safado e dá uma piscadinha.
— Você está me devendo uma lua de mel! — falo e ele joga a
cabeça para o lado e ergue as sobrancelhas
— Estou é? — pergunta se divertindo
— É claro que está!
— Na verdade você me deve até um casamento decente!
Ele se diverte, mas eu estou brincando, não quero casar de novo,
mas a lua de mel eu quero!
— Tô fudido! — diz rindo.
Terminamos o jantar com uma sobremesa deliciosa, com sorvete de
açaí
Quando saímos do restaurante fomos andando pela orla da praia e
conversando um pouco mais.

(...)

— Tem areia até no meu cabelo! — ele diz saindo do chuveiro e


entrando na banheira comigo
— Ninguém mandou rolar na areia da praia! — falo rindo.
Enquanto andávamos pela orla, eu corri para o mar e molhei meus
pés, depois deitamos na areia e olhamos o céu estrelado, mas por
pouco tempo, logo ele já me puxou e disse que isso era coisa de
gente boba e eu caí na risada.
— Se você não tivesse corrido para o mar, eu não teria estragado
meu sapato italiano de couro legítimo!
— Eu compro outro pra você, relaxa! — falo e dou um selinho.
— Meu marido me deu um cartão sem limite! — falo rindo e ele dá
uma gargalhada.
— Esse seu marido é louco, só pode!
— Não fala assim do meu amor! — falo fazendo graça, fingindo
estar ofendida.
Ele ataca minha boca me beijando ferozmente, eu chego mais perto
subindo no seu colo e encaixo minhas pernas ao seu redor
Ele vai se abaixando beijando meu pescoço e desce tomando meus
seios com a boca, uma mão está na minha bunda e outra no meu
seio
Ele parece que não me tem há meses, sua fúria me apertando e me
sugando com vontade, me excita muito. Sem esperar mais, eu me
encaixo no seu órgão, arfando de prazer, eu me movimento para
frente e para trás; enquanto ele chupa meus seios com vontade, eu
aumento o ritmo dos movimentos.
Ele segura nas minhas nádegas e me ajuda a sentar mais forte,
quicando com precisão fazendo minha vagina pulsar de tanto
prazer, meus gemidos são altos e desconcentrados. Eu dou uma
levantadinha no corpo, dando espaço para ele me estocar quando
sinto seu órgão inchar
Quando ele aperta para explodir em mim eu atinjo meu orgasmo e
em seu rosto, vejo o prazer estampado.
Ele da uma chupada no meu lábio inferior e me vira, eu fico de
quatro apoiando meus braços na borda da banheira, ele abaixa e da
uma mordidinha de leve no meu pescoço e beija minhas costas me
fazendo fechar os olhos de prazer
Ele enterrou seu membro grosso com força, que deslizou dentro de
mim, pois estou toda molhadinha e não é pela água à minha volta.
Minhas mãos agarram a borda da banheira e ele começa a se
mover,me estocando profundo. Tento acompanhá-lo, ele segura
minhas nádegas, aumentando o ritmo das estocadas, minha
intimidade pulsa, meus músculos se contraem.
— Mais forte! — falo entre meus gemidos.
Atendendo meu pedido seu movimento fica tão rápido e forte o que
me faz delirar de prazer, meus lábios secam e meus gemidos ficam
ainda mais altos, minha vagina se contraí com a sensação
alucinante.
Quando estou quase chegando lá, ele levanta meu tronco colando
minhas costas na sua barriga e diminuindo o ritmo, eu jogo minha
cabeça no seu peito, ele abaixa e chupa meu pescoço
Estamos transando de um jeito diferente mais intenso, suas
mordidas doem mas ao mesmo tempo me deixa ainda mais
excitada, ele está mais bruto, seus movimentos são lentos, mas
fortes
Ele leva uma mão ao meu seio e a outra ao meu clitóris, com um
movimento rápido e torturante, sem tirar seu membro de mim.

— Mais forte!

Ah Antonella, você não sabe o que despertou em mim com esse


pedido! Tiro meu pau da sua buceta e coloco no seu cú, só a
cabecinha, bem devagar colocando e tirando sem parar os
movimentos no seu ponto mais sensível, acima do clitóris

Seus gemidos altos só me deixam ainda mais louco de vontade,


quando a entrada já se acostumou com meu tamanho, eu coloco
tudo devagar e seguro. Forço seu corpo para trás e continuo os
movimentos na frente, diminuindo o ritmo quero que ela sinta.
— Não para! — Sua voz é rouca e cheia de prazer. — Ah gostosa,
você que manda!
Eu abaixo seu tronco a deixando de quatro

novamente e volto os movimentos. Aumento o ritmo entrando e


saindo desse cuzinho gostoso e virgem, meu pau está estrangulado
eu poderia gozar assim que entrei, de tão foda que é a sensação.

Quando ela grita meu nome, de tanto prazer e seu corpo se


amolece,eu seguro sua bunda gostosa e estoco fundo e gostoso,
num ritmo implacável e a safada geme, ela está gostando tanto
quanto eu e isso é muito estimulante.

Eu me seguro ao máximo, sentindo a sensação deliciosa de comer


esse cuzinho, com certeza é o mais gostoso que já comi, já que é o
primeiro virgem que eu como.

Quando estoco com toda a minha força e vigor, ela se contorce e


seus músculos se enrijecem, da sua boca saem gritos involuntários
e seu corpo se amolece depois de mais um orgasmo

Eu explodo todo meu líquido quente dentro dela que cai exausta
respirando fundo. Eu abraço seu corpo por trás e sinto seu coração
bater acelerado

Depois do banho ela já caiu na cama e quando eu saí do closet, ela


já estava desmaiada dormindo, só com a toalha que cobria apenas
sua barriga e bunda, o resto estava de fora e esse peito rosado
enorme me deixa louco, me seguro para não levar a boca até ele,
mas eu deixo-a dormir.

Tiro a toalha molhada e a cubro com um lençol, ela nem se mexe, já


está dormindo profundo. Eu me sento um pouco na poltrona e fico
velando seu sono.

O que seria de mim sem ela?


Eu não vejo a hora de ver meu filho nascer, eu guardei a data do
parto na minha cabeça e conto os dias para esse momento
Ela se vira para o outro lado e passa a mão na cama como se me
procurasse, mas ela está dormindo, eu fico mais alguns minutos
olhando e ela vira de um lado para o outro, então eu me deito e viro
para ela que enterra a cabeça abaixo do meu peito e se encaixa no
meu corpo, me abraçando
Tê-la nos meus braços, é a melhor sensação do mundo, parece que
aqui minha família está segura, eu estou vendo, nada pode tirá-la de
mim e daqui a pouco meu filho vai estar aqui conosco. Meu peito se
enche de felicidade, olho para ela,que agora está quieta e não se
revira mais na cama.

(...)

Acordo com ela cavalgando e gemendo, com os olhos fechados, em


cima de mim. Eu não acredito nisso!

Ela está transando comigo, enquanto eu ainda dormia e meu pau


está duro dentro dela. Abro os olhos com dificuldade, a luz do sol
quase me cega.

Eu coloco minhas mãos na sua bunda ajudando com o movimento


de vaivém, ela está quase achando o que procura, mas eu paro e
deito-a na cama.

A safada dá uma risadinha, mordendo o lábio, eu puxo suas pernas


e as levanto, esticadas no meu tronco e a penetro estando
ajoelhado na cama, segurando suas pernas contra meu corpo. Ela
coloca as mãos nas costas erguendo ainda mais sua bunda.
— Bom dia pra você também! — Falo com meu lábio inferior entre
meus dentes, enquanto meto gustoso.

— Hum... Que bom dia gostoso! — Ela diz,enquanto geme, e


sorrindo com os olhos fechados.

Eu puxo sua cintura e estoco fundo e com força, do jeito que ela
gosta, seus gemidos ficam ainda mais altos, e quando sua buceta
morde meu pau, o apertando em meio ao orgasmo, eu gozo gostoso
dentro dela.

— Agora vamos conhecer a cidade! — ela diz se levantando e eu


estou atirado na cama recuperando meu fôlego.

— Vai amor,levanta! — ela grita do banheiro. — Só mais 10 minutos!


Eu demorei tanto para dormir ontem,que ainda

estou cansado.
— Essa frase é minha, Matteo! — Ela diz saindo
do banheiro com uma toalha no cabelo e outra no
corpo.
— Ane, eu ainda não acredito que você transou
comigo, enquanto eu ainda dormia! — Ela dá uma
gargalhada,enquanto coloca uma calcinha.
— Ele estava duro, eu olhei e o lençol estava
levantado, aí eu tirei e dava para ver suas veias
pulsando eu não aguentei e...
— E o quê??
— Dei uma lambida! — Ela fala naturalmente
colocando o sutiã, eu não acredito nisso, como não
senti nada?
— Não, eu sentiria! — falo mais pra mim, do que
pra ela.
— Só dei uma chupada e sentei, eu não resisti, e
não vou me desculpar,você é meu marido, eu faço o
que eu quiser com você! — Diz isso naturalmente,
passando hidratante no corpo, andando de um lado
para o outro, só de calcinha e sutiã.
Meu Deus no que ela se transformou, olho para
ela,esperando ela dizer que é brincadeira.
— Eu não tô brincando, porquê eu mentira? Ela está falando sério,
eu confesso que fiquei um
pouco preocupado, como eu apaguei assim,a ponto de
receber um boquete e não sentir nada, pelo menos
meu cérebro né, porque meu pau estava pulsando
dentro dela!
Menos mal!
Depois do café no quarto que ela comeu todas as
frutas que trouxeram, eu levei-a na praia e ela ficou
linda com aquele barrigão de fora.
Ela ficou tão impressionada com a cor cristalina da
água e da areia, que eu até pensei que ela nunca tinha
ido à praia.
Mas ela me disse que desde o acordo,a família não
fez mais passeios ou viagens.Eu definitivamente não
vou prender meus filhos a esses casamentos, até me
senti culpado por tudo que ela perdeu por minha
causa, mas eu prometi recompensar, levando-a para
conhecer o mundo inteiro,e vou cumprir!
Almoçamos em um iate e mergulhamos, eu já tinha
feito mergulho quando era jovem, mas com ela foi
maravilhoso, como tudo na sua companhia. No final da tarde,fomos
ao Cristo Redentor, ela
tirou muitas fotos e me fez tirar fotos dela também, se
meu irmão estivesse aqui, ele estaria rindo igual uma
hiena da minha cara, mas o que eu não faço por essa
mulher!?
Ela comeu quase tudo que vendia na rua, eu quase
tive um infarto, e fiz meus seguranças,que estavam
nos acompanhando de longe, experimentarem tudo
antes dela.
Se fosse na Itália, eu não deixaria nem fodendo,
pode estar envenenado, nem com alguém comendo
antes, eu deixaria, mas aqui não tem problema. Mas isso não me
deixa menos preocupado! — Que horas nós vamos embarcar? —
me
pergunta, comendo um pão com de tudo um pouco
dentro,que eles dizem ser hotdog.
— Depois do jantar! — respond
— Eu não vou conseguir jantar!
— É eu tô vendo, você vai acabar passando mal!
— Ela me olha feio bebe o refrigerante e diz: Se você
falar, eu vou mesmo!
Ela acha que só passa mal se eu falar e não se comer
tanto assim, até parece que eu gosto de vê-la
vomitando. Eu dou risada da sua cara de
brava,fazendo-a rir com a boca cheia e nem assim ela
fica feia.
— Eu quero comer cupuaçu! — ela me pede, com
uma voz meiga, fazendo cara de dó,sem deixar de
abocanhar o pão.
— Que diabo é isso? — Pergunto, pois eu nunca
ouvi falar.
— É uma fruta, a Andreia, sabe aquela mulher, que
conheci ontem?
— Hum.
— Ela me disse que é uma delícia, eu comi o
sorvete desse sabor, e adorei, mas eu quero comer a
fruta!
Puta que pariu, onde eu vou achar isso, a essa hora? Por que essa
maldita foi inventar isso para uma
mulher grávida? E a minha.
Nós voltamos para o hotel pois já está quase na
hora de embarcar, meus homens saíram atrás dessa fruta e pelo
visto não é fácil de achar, já faz horas e
eles não voltaram
— Amor eu não quero só uma tá eu quero
bastante! — ela diz calma, enquanto arruma as malas,
e eu estou com ódio, eles estão demorando demais, se
aparecerem aqui sem esse caralho, eu mato um. Se eu não achar
aqui no Brasil,na Itália é que eu não
acho, e vai que é verdade o que ela disse, e meu filho
nasce parecido com essa porra,que nem sei como é! As malas já
estão prontas, já estamos atrasados 40
minutos e nada deles aparecerem, estou quase
achando que eles foram abatidos por alguns inimigo. Recebo uma
mensagem do meu chefe de segurança
dizendo que encontrou, me fazendo respirar aliviado
e ela pula e bate palmas de felicidade quando escuta
que eles acharam. Mando eles irem direto para o
aeroporto
Chegando no avião ela já sobe, eu vou até um dos
carros e meu segurança me entrega uma sacola
enorme. Eu abro e vejo que está cheia de um negócio
marrom dentro.
— Tem certeza que é isso? — pergunto. — Foi eu mesmo que
peguei da árvore!
Eu olho para o homem e ele está todo sujo de terra,
não tenho dúvidas que deu trabalho.
Já no avião, assim que entro ,ela me pergunta onde
está, eu entrego a sacola e ela olha e me dá um sorrisão
enorme.
Eu vou para minha poltrona, e vejo-a abrir a fruta
com os polegares e comer a polpa, ela lambe os dedos
e come com tanta vontade, que eu até me interesso. — É bom?
— Uma delícia! — diz lambendo os lábios. Ela me dá uma, eu abro
pego um pouco do miolo
e como, e é horrível muito azedo!
— É horrível Ane, isso vai te fazer mal.
Ela dá de ombros e continua comendo sem parar.
Ela come tantos quase metade da sacola
Ela deita na poltrona, passando a mão na barriga,e
me olha, com uma cara séria, levanta correndo e vai
para o banheiro e só escuto o barulho alto daqui, fico
preocupado e vou atrás, seguro seus cabelos fazendo
um rabo, enquanto ela vomita muito, a cena é
preocupante.
— Pega minha necessaire na bolsa — ela me pede
quando para de vomitar e se levanta indo para a pia
do banheiro.
Eu vou até a bolsa e tem tantas coisas que eu até
me perco pensando no por que ela carrega tantas
coisas assim na bolsa. Entrego para ela que pega a
escova e pasta e escova os dentes.
— Pode ir amor, eu já estou bem! — diz sorrindo
com a boca cheia de pasta de dente, nem parece que
há minutos atrás, estava quase tendo meu filho pela
boca.
Eu volto para meu assento e vejo várias chamadas
perdidas do meu irmão, mas não tem sinal para eu
retornar.
— Tá melhor? — pergunto vendo ela sentar na
poltrona.
— Sim, mas eu precisava comer bastante, não é
gula, eu só precisava!
Ela se explica mas eu não me importo, se ela quiser
comer mais até não aguentar eu não ligo, eu adoro
fazer suas vontades.
— Você trouxe o remédio? — Pergunto O médico brasileiro receitou
um remédio natural
para ela dormir durante o voo, assim não fica muito
tempo nessa poltrona desconfortável.
— Sim, mas eu só vou dormir se você for comigo! Eu ia reclamar,
mas lembrei da noite passada
vendo ela me procurar na cama enquanto dormia e
concordei.
— Então vamos! — falo e peço sua mão. Ela me acompanha, senta
na cama, pega o remédio
na bolsa e coloca na boca eu fecho a cortina tiro o
sapato e o terno e deito, ela tira os sapatos e deita
ficando de frente para mim
— Eu te amo! — diz e me dá um selinho, eu levo
minhas mãos para seu rosto e acaricio suas bochechas
com meu polegar.
— Promete que nunca mais vai me fazer sofrer? Essa pergunta vem
como um soco no meu
estômago, eu me arrependo amargamente das coisas
que fiz com ela.
— Nunca mais, eu te amo demais, prefiro morrer
do que te fazer sofrer! — Falo com todo meu coração,
fazendo-a sorrir e me dar mais um beijo.
— Faz amor comigo! — diz na minha
boca,enquanto me beija.Não precisa nem pedir!

Acordo ouvindo a aeromoça falar alguma coisa do outro lado, abro


meus olhos e estou deitada no peito dele e estamos nú. Depois das
horas de amor nas alturas, eu acabei adormecendo e vejo que ele
não saiu
daqui.
— Você conseguiu dormir? — pergunto beijando
seu peito.
— Sim acordei agora! — responde beijando minha
cabeça.
— O que ela queria?
— Só avisar que vamos pousar em 20 minutos! —
Graças a Deus!
— Nossa eu dormi tanto assim? — Falo, me
levantando e procurando minhas roupas.
— Sim, você dormiu bastante! — Diz colocando a
calça, me dando uma bela visão das suas costas largas. — Sabia
que eu já estava com saudade de casa? —
Falo e ele me olha surpreso já estando em pé
abotoando a camisa.
— É nem eu acredito nisso, mas me acostumei.
Nada como minha cama!
Nós colocamos a roupa e fui ao banheiro fazer xixi,
me arrumei e voltei, sentei na poltrona colocando o
sinto de segurança.
— A Marie me mandou mensagem avisando que
viria com o Giulliano nos buscar no aeroporto! — falo
e ele respira fundo com uma cara nada boa. — Eu não gosto nada
dessa história!
— Amor,eles são adultos, sabem o que fazem! —
Falo querendo acreditar nisso, pois a Marie é doida e
meu cunhado pensa com a cabeça de baixo. — O Giulliano tem
merda na cabeça e sua prima
não sabe nem o que quer, e ela tem o quê, 15 anos? — Não, ela já
tem quase 17!
O que não faz muita diferenca, na verdade ele tem
razão!
— Meu tio deu liberdade pra ela viver a vida, então
eu não vejo mal nisso, desde que eles se cuidem e que
o Giulliano peça para meu tio!
— Ane, eu não acho que ele vai aceitar assim tão
fácil, não se empolga com isso! — Será que ele sabe
de alguma coisa?
— Chegamos e chega desse assunto, nesse
momento eu tenho coisas muito mais importantes do
que meu irmão,para me preocupar!
Descemos e eu já vejo minha prima pulando e
acenando para nós, ao lado do meu cunhado, eles vêm
ao nosso encontro.
— Ai meu Deus ,sua barriga vai explodir de tão
grande! — ela diz, me dando aquele abraço de urso. — Não estava
tão grande quando vocês foram! — É verdade cunhada, será que
meu irmão te
engravidou de novo na viagem? — Se ele perder a
piada, não é ele!
— Cheio de gracinha né? — Falo e dou um abraço
nele, que estranha mas retribui. No caminho para casa
eles foram na frente e nós duas atrás, a Marie me fez
um milhão de perguntas e eu contei tudo sobre o Rio
de Janeiro.
— Giulliano eu quero ir pra lá também, nós
poderíamos ir os quatro,o que vocês acham? — Eu ia adorar! — falo
— Se seu pai não me matar antes! — meu cunhado
diz, e eu dou risada,já o Matteo continua sério. — Então trate de
ficar bem vivo, senão eu vou sem
você! — Ela diz rindo, me fazendo rir ainda mais. — Diaba!
— Quê? — Pergunto.
— Deixa pra lá! — ele diz.
— O quarto está tão lindo Ane! — ela diz juntando
as mãos e eu fico sem entender.
— Que quarto?
Pergunto inocente e ela junta os lábios.
— Ela não sabia, né? — ela pergunta sem graça — Não, era uma
surpresa! — o Matteo diz com
raiva.
Eles não falaram mais nada, ela entrou em outro
assunto, mas eu já entendi que tem algum quarto me
esperando em casa.
Chegamos em casa e tanto a Diana,quanto as
meninas, estão todas na sala, para me receber! Eu abraço uma por
uma, adquiri um carinho muito
grande por elas. Elas também falaram que minha
barriga está bem maior agora.
O Matteo parece preocupado com algo e isso me
incomoda, pois me lembro do que ele me disse sobre
estar perseguindo alguém.
— Ane, vamos subir tenho algo que quero te
mostrar! — Ele fala e eu pego na sua mão e nós
subimos as escadas, andamos pelo corredor dos
quartos e paramos em frente a porta do quarto que
fica ao lado do nosso.
Quando ele abre a porta eu levo minhas mãos na
boca, não acreditando que ele fez tudo isso tão rápido.
Entro e olho cada detalhe do quarto do nosso filho. É
lindo, tudo em tons neutros creme, cinza, azul claro,
branco.
Entro no closet e vejo que está cheio de roupas e
tem absolutamente tudo para um bebê, carrinho,
banheira, brinquedos, muitas coisas.
— As roupas são as que você encomendou! Sim eu já tinha
encomendado tudo de uma loja aqui
da Itália, mas ainda ia demorar mais um mês para
chegar.
No quarto tem brinquedos e pelúcias para todo
lado, poltronas tudo perfeito. No teto tem um tecido,
em cima do berço, que cai à sua volta,indo até o chão,
uma cama de solteiro no canto, estantes com pelúcias. É tudo muito
lindo eu estou chorando de
felicidade. Ver o quarto assim, me lembra que está
muito perto da sua chegada.
— Não era pra você chorar! — Diz,vindo até mim,
me abraçando por trás.
— É de felicidade, saber que nosso bebê logo vai
estar no meu colo, me emociona!
— Eu amei a surpresa, amor!
— Só acho que essa cama vai ser pequena para nós
três eu não vou desgrudar do meu bebê! — falo e ele
ri.
— Não vai precisar. Nossa cama cabe ele e mais
uns quatro
Me viro e o abraço agradecendo pela surpresa que
eu amei, ficou tudo tão lindo e o fato dele ter pensado
nisso, me deixa muito feliz. Marie bate na porta, e já
entra dando pulos de empolgação.
— Me deu até vontade de ter filho, vendo essas
coisinhas! — Ela diz, pegando uma pelúcia. O Matteo olha sério
para ela.
— Eu tô brincando, relaxa!
— O seu irmão precisa que você desça urgente! —
Ela diz e ele me dá um selinho e sai.
— Não sei como você aguenta tanta chatice! Eu dou risada das
caras e bocas que ela faz.
Começamos a conversar um pouco mais sobre a
viagem, ela me arranca detalhes de como é fazer sexo
em um avião, enquanto olho todos os detalhes das
coisas do meu bebê no closet, muitas das quais ele não
vai usar tão cedo.
— Sua mãe está me enchendo de mensagens
queremos falar com você!
— Nossa eu acabei deixando meu celular no bolso
do Matteo!
— Espera aqui eu já volto!
Saio do quarto,atrás do Matteo, se eu não falar com
a minha mãe, é bem provável que ela venha até aqui,
toda preocupada.
Quando chego na sala tem homens para todo o
lado, os seguranças estão todos com uma cara
estranha, alguma coisa aconteceu,com certeza. Vou
em direção ao escritório, mas na porta, o Francisco
me barra.
— Sra. Messina, melhor não entrar!
Seu olhar é estranho, me dizer para não fazer
alguma coisa, nesse momento, com toda essa tensão
no ar, é a mesma coisa que mandar fazer.
Eu abro a porta e não acredito na cena à minha
frente!
Assim que abro a porta vejo o Matteo e a Vaiola se beijando, eles
viram para mim, e ela está grávida,sua
barriga está tão grande quanto a minha.
Fecho a porta e corro em direção ao quarto em que
deixei a Marie, entro fechando a porta atrás de mim. — O que foi,
viu um fantasma?
Me abaixo encostada na porta e começo a chorar
com minhas mãos no rosto.
— O que foi Ane, me fala, o que aconteceu? — Me tira daqui por
favor! — falo entre meus
soluços.
— Como assim Ane, me explica? — Ela pergunta
preocupada,agachando na minha frente.
— Eu vi o Matteo e a Vaiola se beijando no
escritório, Marie! — Falar isso em voz alta, me destrói
por dentro!
Ela arregala os olhos e fica paralisada
— Me ajuda! — suplico entre minha lágrimas. — Como? — ela diz
baixo com pesar na voz e
pena no olhar.
— Não sei,só me tira dessa casa, por favor, eu não
vou suportar isso de novo. — Não agora!
Ela me encara com os olhos brilhando.
— Eu preciso fugir daqui, dele, dela, da Itália, não
sei, só preciso fugir! — Ela levanta, pensa, anda de um
lado para o outro, e diz: Tá bom, mas você vai ter que
fazer tudo que eu mandar! — ela diz e eu concordo
com a cabeça.
Me diz que precisamos chegar na garagem e pede
para eu tirar meus saltos. Ela pega uma manta no
quarto do Giulliano e sua bolsa, e nós saímos, ela
tranca a porta por fora e coloca a chave no bolso. — Eu vou distraí-
los, entra no banco de trás, deita
e se cobre com isso! — diz, me entregando a manta e
a chave do seu carro.
Eu concordo e espero escondida, ela começa a
gritar na sala e bater na porta, chamando o Giulliano,
que sai e fecha a porta tentando acalmá-la, que grita
vários palavrões e bate no peito dele, chingando ele, o
Matteo e Vaiola...
Eu aproveito que todos os homens estão
concentrados na briga, e vou em direção à cozinha,
correndo para a garagem e faço o que ela mandou, me
deito no banco de trás e me cubro
Eu estou tão magoada com o que vi naquele
escritório, que só consigo chorar, não consigo nem
pensar direito; tudo à minha volta parece estar
girando, estou fazendo meu melhor para me manter
concentrada.
— Fica quietinha e não se mexe — diz, quando
entra e liga o carro.
Percebo que estamos saindo, a claridade toma
conta. Seu carro tem os vidros bem escuros e isso
ajuda, mas ela para.
— Tem certeza que não vai me dar seu telefone?
— ela pergunta para alguém e dá uma
gargalhada,arrancando com o carro.
— Pronto, saímos, mas continua deitada! — Você tá louca? E se
eles me viram? — pergunto
preocupada.
— Eu tinha que disfarçar, o Matteo vai vir com
toda sua fúria contra mim, assim que se der conta que
você fugiu!
Só de pensar nele, meus olhos derramam ainda
mais lágrimas de tristeza, meu coração se partiu, assim
que abri aquela maldita porta.
— Ane, tem certeza que você não se enganou? — Marie, eu vi,
ninguém me contou. E ela está
grávida Marie, Grávida!
— Tem certeza que quer fugir,você vai ter um
bebê...
— Eu preciso. Não vou suportar isso, dividir o
homem que eu amo, ou pior viver com o homem que
mentiu para mim todo esse tempo!
— Eu fui muito idiota mesmo!
Meu choro é doído e alto, não consigo evitar, sinto
um vazio no peito e quanto mais nos afastamos mais
ele aumenta, estou deixando a felicidade para trás. A falsa
felicidade!
— Pronto, pode sair! — Ela diz e eu tiro a manta
e vejo que estamos na garagem da casa dela. — Precisamos
pensar rápido, aqui vai ser o
primeiro lugar que ele vai te procurar!
Ela começa a olhar fixo para um ponto e coçar a
cabeça, eu não tenho ideia para onde ir, minha cabeça
está girando, sinto tudo passar em câmera lenta, como
se eu ainda estivesse na porta do escritório, vendo
aquela cena se repetir de novo e de novo.
— Presta atenção!
— Só tem um lugar que ele não iria desconfiar, mas
é tudo ou nada!
— Ane!!! Presta atenção em mim! — Ela diz,
estralando os dedos em frente ao meu rosto, eu estou
ouvindo mas não consigo me concentrar nela. — Tem certeza que é
isso que você quer?? — Tenho!!! — grito
— Então deixa para chorar depois, agora se
concentra!
Eu concordo com a cabeça, enxugo minhas
lágrimas inutilmente, já que elas simplesmente rolam,
e tento ao máximo me concentrar nela, que pega o
celular e fala com alguém, pedindo um favor e marca
um encontro.
— O Matteo tem um avô, você sabia? — pergunta
e eu nego. Mesmo se alguém algum dia alguém me
contou sobre isso, agora minha mente não tem
condições de me ajudar em nada.
— Ele não tem contato nenhum com os Messina e
não é da máfia, eu pedi para uma pessoa que eu confio
minha vida, te levar até ele! — fala,enquanto eu tento
processar tudo.
— Lá será tudo ou nada!
— Ou ele vai te abrigar, ou te mandar embora! — Só resumindo: Ele
é avô materno do Matteo, e
deserdou a filha, quando ela se envolveu com o velho
Messina, e depois o culpou pela morte dela, nunca nem conheceu
os netos, mas pelo que eu sei,o velho se mantém informado da vida
deles. Os dois não consideram o velho e fingem que ele não existe,
ele
mora a alguns quilômetros daqui.
— Ane, ele não é fácil, é um velho ranzinza e
amargurado, mas é só lá que o Matteo não vai te
procurar, nunca passaria pela cabeça dele que você
possa estar lá! — Ela faz uma pausa.
— Tem certeza?
— Sim, eu tenho!
— Mais uma coisa, eu que vou entrar em contato
com você, não tenta falar comigo,só se for caso de
vida ou morte, não sei quando, mas uma hora eu dou
um jeito de falar com você.
— Mais uma vez, tem certeza não quer ficar aqui
uns dias esfriar a cabeça e depois voltar para sua casa? — Voltar e
dividir a casa com a Vaiola, e olhar para
ele sabendo que ele mentiu e me traiu?
Ela pede para eu esperar aqui,e sobe rápido,
voltando com uma mochila e me entrega. Ela me dá
uma abraço forte abaixa e dá um beijo na minha
barriga.
— Se mudar de ideia, é só me ligar que eu vou te
buscar na mesma hora!
Ela sai comigo pelos fundos da casa, por dentro de
um pequeno bosque, que nos leva a uma estrada de
terra,onde tem um carro esperando, ela fala algumas
coisas para o homem e eu entro.
Ele não diz nada, é um homem por volta de uns 40
anos e é só o que eu consigo ver, já que estou
totalmente aérea
O carro é todo escuro ninguém vê nada por fora.
Chegamos em uma propriedade que parece estar
abandonada, a casa é antiga e bem grande.
— Vai lá, bate na porta, e pede para falar com o sr
Esposito, eu vou esperar aqui por 1h se você não sair
é porque ele te aceitou e eu vou embora! — o homem
me diz
Eu concordo com a cabeça e saio. Meus pés
amassam e quebram pequenos galos secos no chão, já
que ainda estou descalça. A vegetação alta toma conta
do lugar,que é cercado por grandes árvores. Chega ser difícil de
imaginar que alguém more aqui.
A casa está aparentemente abandonada, seu aspecto é
sujo e amedrontador, a pintura é desbotada e com
marcas do tempo.
Subo a escada que está coberta por musgos, e mais
galhos secos, vou até a porta e bato, fazendo sair
poeira a cada batida.
Estou tão atordoada, que até me esqueci de
agradecer o homem que me ajudou, a porta se abre, é
uma senhora bem velhinha que atende, ela deve ter
uns 80 anos.
— Eu preciso falar com o Sr Esposito!
Ela me olha estranho, como se fosse algo raro
alguém vir aqui, mas dá espaço para eu entrar na casa,
é tudo muito antigo e por incrível que pareça, não tem
poeira e teias de aranha como pensei, mas é velho e
escuro.
— Quem é você? — me pergunta um homem
cadeirante que me dá medo só de olhar.
Seu rosto é muito envelhecido eu o daria mais de
100 anos, o cheiro que veio com ele é horrível, enxofre com charuto
velho, me dá até ânsia de vômito, mas eu
disfarço.
— Eu sou Antonella a..
— A esposa do Matteo! — ele me corta. — O que você quer aqui?
Ele é ríspido e grosso, eu estou com medo, mas
não tenho outro caminho.
— É o seguinte, eu estou fugindo dele, e o único
lugar que ele não me procuraria, é aqui!
— Problema seu, vai embora! — diz virando a
cadeira.
— Eu preciso da sua ajuda! — falo entre as
lágrimas.
— Faz pelo seu bisneto, o que você não pôde fazer
pelo seus netos! — falo,mas ele continua empurrando
a cadeira de rodas, me dando as costas.
— Me ajuda, por favor! — suplico desesperada,
gritando entre minhas lágrimas. Ele para e se vira
devagar e me encara.
— É por pouco tempo, só até ele esquecer! — falo
tentando parar de chorar.
— Ele nunca vai esquecer! — me diz olhando no
fundo dos meus olhos, quase que como uma ameaça. — Tudo bem,
mas não se acostume! — Diz,se vira
e sai, deixando apenas eu e a senhora. Eu sinto um
alívio, meu corpo relaxa, depois que respiro fundo,
soltando todo o ar dos meus pulmões.
— Vem moça!
A senhora que abriu a porta diz e eu a sigo em
direção às escadas, passamos por um corredor escuro
até um quarto, ela abre a porta e eu entro.
O quarto e grande mas sem conforto nenhum, os
móveis são de madeira antiga igual o chão, as cortinas são velhas e
amareladas. Me sento na cama que é dura
e o colchão estranho.
— Ali é o banheiro!
Ela apenas aponta de onde está, parada na porta,
segurando a maçaneta,ela nem sequer entrou no
quarto.
— Qual o seu nome? — Pergunto.
— Dona! — ela responde, puxa a porta e sai.

Meu irmão acaba de me falar que a Vaiola está aqui. Eu procurei


essa desgraçada,por meses e agora ela
aparece bem aqui,nos meus portões!
— Você levou-a para o subsolo? — pergunto,
porque é para lá que levo meus inimigos.
— Acho melhor você vê-la primeiro!
Eu não questiono e entro no escritório. Vou
arrancar os olhos dela com minhas próprias mãos,
assim ela vai entender que sai caro se virar contra mim. Essa vadia
me fez perder dois containers de droga,
eu perdi milhões com essa palhaçada, ela usou alguns
dos membros da mafia contra mim, mas é óbvio que
matei todos, ninguém se vira contra mim e sai ileso. Eu só não a
matei ainda,porque ela soube muito
bem se esconder, mas agora, para minha surpresa, ela
veio até minha casa.
A porta se abre e meu irmão entra com a ordinária,
que para minha surpresa, está grávida.
Caralho, eu tinha tantos planos para tortura-la. Ela
vem direto na minha direção eu estou em
pé,encostado na minha mesa, ela para na minha frente
e me beija.
Bem nesse momento a porta se abre e a Antonella
aparece e vejo nos seus olhos que entendeu tudo
errado, a Vaiola se vira para ela, e sorri, piorando ainda
mais minha situação, como se isso fosse possível! Antes que eu me
explique, ela fecha a porta com os
olhos cheios de lágrimas. Caralho!
— Vagabunda! — falo, levantando-a pelo pescoço
apertando com força, tirando-a do chão.
— Matteo! — meu irmão me interrompe, pegando
no meu braço, ele sabe que é bem capaz de eu matála!
Então eu a jogo longe, que cai tossindo muito,com
as mãos no pescoço,está quase roxa. Eu vou em
direção à porta, preciso ir atrás da minha mulher. — Esse filho é
seu! — ela diz ainda no chão, me
fazendo parar.
— Quê?
— É isso mesmo!
— Por isso fui embora, tive medo que você me
obrigasse a fazer um aborto. Então fugi de você! Era só o que me
faltava! Penso passando a mão na
minha testa e subindo bagunçando meu cabelo. — Você fugiu
porque se voltou contra mim! —
falo com ódio, minha vontade é matá-la agora mesmo. — Não
Matteo,eu sempre fui fiel a você, nunca
trairia sua confiança, eu te conheço como ninguém,
sei do que você é capaz! — fala chorando
desesperadamente, mas eu sei que está mentindo. — Você não me
engana Vaiola, e suas lágrimas não
me comovem!
Nesse momento escuto a Marie gritando e quase
derrubando a porta, meu irmão sai da sala e ela grita
ainda mais lá fora, me chamando de tudo quanto é
nome.
— Matteo eu sempre te amei...
— Cala a boca, caralho!!! — grito,indo na sua
direção,para dar um chute, mas aí lembro que a
maldita está grávida e me seguro para não fazer merda. — Que
porra de amor, você é doente, sua maldita! Eu estou com tanta
raiva, esperei tanto tempo para
matá-la e agora não posso, pelo menos não enquanto
estiver grávida.
— Eu carrego um filho seu! — fala parando de
chorar,e se levantando, nesse momento meu irmão
entra.
— O único filho que me interessa é o que tenho
certeza que é meu, o que minha mulher carrega! Vou até a
porta,abro e faço sinal para o Francisco
entrar.
— Pode levar!
Falo e ele vai até ela a pegando pelo braço. — Matteo você pode
até estar com raiva de mim,
mas isso não muda o fato que eu carrego um filho seu,
uma criança que logo vai nascer!
Ela grita desesperada mas eu a ignoro e ele a puxa,
que se debate, para fora e fecha a porta.
— Pelo jeito aquele papo de não sair engravidando
os outros, não valia pra você! — diz meu irmão
fazendo piada fora de hora
— Cala a porra da boca idiota, me deixa pensar! —
falo cuspindo fogo pelas ventas.
— Você pode fazer o que quiser com ela, mas não
enquanto ela estiver grávida. Vai ter que esperar a
criança nascer!
Eu não acredito que engravidei essa desgraçada,
ainda não estou convencido disso, nunca engravidei
ninguém além da Antonella
Eu preciso vê-la!
— Você viu-a? — pergunto me referindo à
Antonella.
— Não, mas já se prepara, a Marie foi embora igual
um furacão!
Ela deve ter contado o que viu aqui, ou o que
achou que viu. De qualquer forma ela realmente me
viu com a Vaiola em um beijo, mas eu não queria,ela
me pegou desprevenido.
Saio da sala e meus homens já não estão mais aqui,
eles estavam porque se perdessem a desgraçada da
Vaiola de novo, eu os mataria.
Ela é tão esperta que nem mesmo meus homens
conseguiam encontrá-la, quando descobriam onde ela
estava, já era tarde, acabei matando alguns deles por
esse erro, mas como ela agora está presa no
subsolo,eles voltaram aos seus postos.
Entro no nosso quarto e não tem ninguém, vou até
o quarto do meu filho e ela também não está, mas o
sapato que ela estava usando está aqui.
Vou até o quarto do meu irmão porque a Marie
estava com ela, mas a porta está trancada.
— Ane, você esta aí? — Pergunto atrás da porta,
talvez ela não queira me ver.
— Antonella, responde! — falo e fico em silêncio,
mas não escuto nenhum barulho.
Eu arrombo a porta entrando no quarto, e nem
sinal dela,começo a ficar preocupado. Desço vou para
a cozinha e a Diana diz que não a viu, mando meus
homens vasculharem toda a casa e a propriedade atrás
dela.
Entro no meu escritório, encho um copo de
whisky e viro, meu coração está acelerado, preciso me
explicar para ela.
— Matteo, ela não está na propriedade! — Meu
irmão diz eufórico, entrando na sala.
Quando ele me dá essa notícia, eu vejo que é mais
sério do que eu pensava,e sinto uma dor no meu peito. — Eu já
mandei procurarem por ela por toda a
cidade!
Eu sinto algo vibrar no meu bolso e tiro vendo o
celular dela, é uma chamada da Elisa.
Eu desligo e coloco o aparelho na mesa. Um dos
meus homens me traz a bolsa dela que ficou no carro
quando chegamos
Eu mexo e está tudo do mesmo jeito ela não levou
nada, os documentos, o cartão, dinheiro, nada, está
tudo aqui.
— Sr eu estava no portão quando a senhorita
Cappolo saiu e a sra sua esposa não estava com ela —
diz um dos homens que estavam no portão. Eu mandei chama-lo,
pois se minha mulher saiu, a
culpa é dele!
— É claro que ela saiu com a prima, seu imbecil!
— falo com ódio.
— Sr me perdoe, então ela me enganou. Ela até
parou o carro e falou comigo eu não desconfiei... — Se eu não
descobrir o paradeiro dela, ainda
hoje,você morre, eu não te pago para ser enganado! — Agora
sai,antes que eu mude de ideia,e te mate
agora mesmo! — Ele sai e meu irmão senta na minha
frente.
— Você já ligou pra piranha? — pergunto. — Não fala assim dela,
você sabe que estamos
juntos! — Ele diz ofendido, mas eu não dou a mínima. Aquela
menina ajudou a Antonella a sair,sem nem
me dar uma satisfação!
— Ela não sabe, disse que saiu e deixou a Ane no
quarto do bebê, e eu acredito nela! — Meu irmão é tão
idiota que me dá até raiva!
— Ah, você acredita? Então porque ela trancou
seu quarto por fora, para pensarmos que a Ane estava
trancada lá?
Ele me olha sem entender.
— Vai até a residência dos Cappolo e traz a
Antonella!

Depois de me despedir da Ane, eu fiquei com o coração na mão,


não sei se fiz a coisa certa, mas eu sei que o Matteo colocou toda a
Cosa Nostra atrás da
Vaiola.
Eu pensei que era porque ela tinha aprontado, mas
depois do que a Ane me contou, eu liguei as coisas! Ela deve ter
sumido porque estava grávida dele e
sem dúvidas ele a faria abortar.
E o miserável caçou-a porque queria o filho.
Aquele filho da puta não falou nada para a Ane,
coitada da minha prima, não ia aguentar viver com a
Vaiola de novo.
— Marie! — meu pai me chama lá de baixo, eu
imagino que ele já saiba. Desço e vou para o escritório. — Oi...
— O Giulliano está vindo pra cá atrás da Ane. Me
fala o que aconteceu lá! — ele praticamente ordena,
nunca vi meu pai tão nervoso assim.
— Pai, a Ane pegou o Matteo beijando a Vaiola, e
ela está grávida dele, acredita que aquele safado
escondeu isso de todos! — falo com raiva só de pensar
me dá raiva.
— Marie, eu sei que você sabe onde a Antonella
está, mas desde que ela esteja bem, eu não quero saber
o local. Eu vou ligar para sua tia explicando o que
aconteceu, não ligue para ela e não fale para ninguém
que você sabe onde a Ane está, o Matteo pode te
matar por isso!
— Não fale nada sobre esse assunto por telefone,
ele vai grampear todos os nossos telefones e se a Ane
não quer ser encontrada, não vá até ela, pois ele vai te
seguir!
Ai merda!
Minha ficha começa a cair, eu acho que tinha me
esquecido que ele é um demônio. Ouvimos a
campainha e fomos para a sala e lá estáva o Giulliano. — Olá Túlio,
eu te avisei que viria porque tenho
um apreço por você, mas eu espero que você colabore
e me fale onde a Ane está! — ele diz sério e eu vejo
que a coisa é mais séria do que eu pensei!
— Eu agradeço Giulliano, mas ela não está aqui e
eu não sei onde ela está, e sinceramente, eu nem quero
saber!
O Giulliano respira fundo e faz sinal para o homem
que o está acompanhando, que sai e volta com
dezenas de homens que vasculham toda a casa, mas
sem fazer bagunça,o que não é normal de acontecer.
Quando essas buscas acontecem, eles destroem tudo
que vêem pela frente. Os homens se juntam na sala e
fazem um sinal negativo com a cabeça.
— Bom como ela não está aqui, eu vou ter que te
levar Marie, o Matteo sabe que você ajudou ela a sair
de casa!
Eu fico paralisada e olho para meu pai, que está
com medo no olhar, mas ele não pode fazer nada. — Eu vou junto!
— Não Túlio, é melhor você ficar aqui!
— Se ele fizer alguma coi..
— Ele não vai, eu não vou deixar! — o Giulliano
o corta.
Saímos de casa e eu vou em um carro só com o
Giulliano e assim que saímos dos portões, ele
começa...
— Fala onde a Antonella está!
— Eu não sei!
— Eu sei que você sabe e o pior é que o Matteo
também sabe! — ele diz sem paciência.
— Eu já disse que não sei Giulliano, ela deve ter
ido embora, aquele filho da puta achou que ela ia ficar
lá com a vagabunda que ele engravidou?
— Ele não sabia!
— Que não sabia o quê, eu não sou idiota e nem a
Ane, ela fez muito bem indo embora e ele nunca mais
vai vê-la!
Ele freia o carro e vira para mim, eu até me
machuco no cinto com a freada brusca.
— Ele vai perder a cabeça se ela não aparecer, ele
é capaz de te matar, se você falar uma coisa dessa pra
ele! — diz gritando com raiva de um jeito que eu
nunca o vi.
— Foda-se, ele pode me torturar que eu não falo
nada!
Ele arranca com o carro e meu medo deu lugar à
raiva. Vejo que o Giulliano é só mais um que lambe o
chão que o Matteo pisa, tem a cara de pau de falar que
ele vai me matar
Ele não percebe que isso significa que ele não me
defenderia do irmão, gosta de mim, mas não o
suficiente para enfrentar o Matteo.
Chegamos e eu já saio do carro e vou na frente,
estou com tanta raiva dele que é capaz de eu bater
nele!
Entramos no escritório e o Matteo está
transtornado, tem vidros para todo o lado, me parece
que ele quebrou tudo...
Seus olhos estão até vermelhos de tanto ódio, eu
poderia dizer que ele é o próprio demônio agora! Me
mantenho firme para ele não perceber meu medo e
nervosismo.
— Fala.onde.ela.está! — ele diz pausadamente
entre os dentes.
— Eu já disse que não sei!
Ele vem até mim, chegando bem perto... — Eu sei que você sabe.
Não me faz perder a
paciência!
Pensei que ele já tinha perdido faz tempo, olho
para o Giulliano e vejo o medo e receio estampado na
cara dele.
— Eu já disse que não sei!
Ele gruda no meu pescoço com as duas mãos, me
levantando do chão.
— Matteo! — diz o Giulliano vindo até nós e ele
me solta.
— Seu filho da puta, espero que você nunca a
encontre! — falo assim que recupero meu fôlego. Sinto meu rosto
queimar e o gosto de sangue na
minha boca, ele me deu um tapa com as costas da
mão,que me fez parar longe, caída no chão. Eu levo minha mão ao
local sentindo meu rosto
latejar e formigar.
— Você nunca vai achar ela, você não a merece!
— falo ainda estando no chão.
Ele vem como um monstro furioso para cima de
mim, me dando vários chutes. O Giulliano o tira de
cima de mim a muito custo.
Eu me levanto, estou acostumada com isso, fui
treinada para aguentar em uma situação como essa,
mas isso não significa que não esteja doendo pra
caralho, eu olho para o Giulliano, que não diz uma
palavra.
— Você é um merda, sabia? Um pau mandado! —
Falo para ele com ressentimento, ele conhece o irmão
que tem, sabia que ele ia fazer isso e mesmo assim me
trouxe!
— Pronto Matteo, posso ir ou você quer me bater
mais um pouco?
— Tira-a daqui,antes que eu faça merda! — ele fala
indo para sua cadeira.
— Não precisa, eu sei o caminho! — Falo e saio
batendo a porta com toda a minha força.
— Marie! — O Giulliano me chama,correndo atrás
de mim que estou indo rápido em direcao aos portões. Eu o ignoro,
mas ele me alcança, pega meu braço,
eu puxo e continuo andando.
— Marie, eu vou te levar embora!
— Eu não quero que você me leve embora, eu não
quero nada que venha de vocês, não quero nem olhar
na sua cara! — grito.
— Eu falei pra não provocar, ele tá sofrendo Marie,
tenta entender! — Eu não aguento ouvir isso,paro e
dou uma gargalhada.
— Sofrendo?? Claro!
— Vai lá, pergunta se ele quer me torturar também
pra parar o sofrimento!
— Vocês não valem nada, me deixa Giulliano, não
me procura mais,acabou! — Ele me puxa e cola
nossos corpos.
— Eu não vou aceitar isso! — diz com raiva, me
apertando.
— Pensasse nisso naquela sala,quando seu irmão
me bateu bem na sua frente! — Chego minha boca
bem perto da sua e continuo...
— E você não fez nada! — falo e me solto. Continuo andando
deixando ele para trás e por
mais que me doa, é a verdade! Para quê eu quero um
homem que não presta nem para me defender? Já na rua e fora das
terras dos Messinas eu pego
meu celular e chamo um táxi
Chego em casa e meu pai está na calçada me
esperando e vai até o táxi me receber, assim que eu
desço,ele analisa meu rosto vendo os hematomas que
o idiota do Matteo deixou.
— Aquele filho da puta! — ele fala entre os dentes. — Pai não foi
nada, poderia ser pior! — falo e o
puxo— para dentro.
— Você vai ficar um tempo com sua tia em Nova
York!
— Quê??
— Não adianta me olhar assim, já está tudo
decidido e você vai ainda hoje!
Não está sendo nada fácil ficar aqui, já faz uma semana e o avô do
Matteo não fala comigo, eu não
saio do quarto, e a única vez que saí, não vi ninguém! Quando
acordo,tem uma bandeja com um pedaço
de pão seco e uma xícara trincada com chá, e na hora
do almoço é sempre a mesma refeição e na janta uma
sopa rala que a Dona traz aqui, como se não quisesse
que eu saia do quarto.
Ela não fala comigo, só se eu perguntar e mesmo
assim é ríspida, nem olha para mim. Aqui eu não
tenho nenhum conforto como tinha em casa! Esse pensamento me
deixa triste... Casa! Eu fantasiei uma vida com o Matteo,que talvez

existisse na minha cabeça, ele me enganou todo aquele
tempo.
A Vaiola viveu em algum lugar e pelo visto eles
nunca deixaram de ter aquele relacionamento que
sempre tiveram, e para piorar,ela ainda está grávida! A tristeza que
tomou conta de mim é tanta,que não
tem tamanho para eu me expressar, se não fosse pelo
meu filho,eu me mataria.
Não posso voltar para aquela vida que tinha antes
de me apaixonar por ele!
Eu não vou suportar viver aquilo de novo.
Conviver com a Vaiola, vê-la grávida do Matteo, saber
que ele estava disposto a me fazer passar por isso, por
que ele estava! Senão ela não estaria lá...
Se ele me amasse, não deixaria essa mulher nem
pisar naquela casa novamente, na verdade se me
amasse, não teria escondido as coisas de mim! Eu só queria
esquecer tudo, esquecer que o amo,
esquecer o que vi, esquecer o que vivi nesses últimos
meses, só queria poder voltar para casa da minha mãe
e ter meu filho tranquilamente na segurança do meu
verdadeiro lar.
Mas não posso,estou aqui, nessa casa que fede a
enxofre, minhas costas doem e minhas pernas e pés
estão inchados, pois passo a maioria do tempo
deitada.
Sei que o Matteo não vai me encontrar aqui,eu
confio na Marie, se ela disse que aqui ele não me
acharia,então eu acredito! Mas é muito ruim estar em
um lugar que você não é bem vinda.
Eu só vou ficar aqui até o bebê nascer. Quando
cheguei e olhei a mochila vi que a Marie colocou
algumas roupas, um número de telefone em um papel
e dinheiro o suficiente para eu sair do país e recomeçar
em algum lugar
Não posso sair agora,está muito recente e ele com
certeza me acharia, então vou esperar a hora certa. O que me dá
esperança e conforto é saber que logo
vou ter meu filho nos braços e que vamos conseguir
ter uma vida tranquila em algum lugar, bem longe de
tudo isso, todo esse inferno, todas essas mentiras e
essa maldita máfia. Alguém bate na porta e eu mando
entrar.
— Licença — diz uma jovem e entra com a
bandeja do jantar.
Eu fico contente em ver alguém que não seja a
Dona e como ela sorri, me parece que está disposta a
conversar.
— Quem é você, eu nunca te vi aqui...
— Me chamo Nina, sou neta da Dona!
Ela coloca o bandeja na cama e senta passando a
mão na minha barriga.
— Você está de quanto tempo?
— Sete meses e meio! — Respondo retribuindo
seu sorriso.
— Eu ouvi minha avó falar das circunstâncias que
te trouxeram aqui, eu sinto muito!
Por segundos eu tinha esquecido da minha vida
ruim, da minha desgraça e falta de sorte!
— Tudo bem! — falo entristecida.
— Por que você nunca veio aqui? — Pergunto
porque é a primeira vez que a vejo, pensei que nessa
casa só morava o senhor e a Dona.
— Minha avó nunca deixou, o Sr Esposito não
quer que você faça amizades,para não se acostumar e
querer ficar!
Meu semblante cai, como alguém pode ser tão
amargo assim? Agora entendo porque a filha fugiu, e
quem disse que eu quero ficar aqui? Não vejo a hora
de ir embora para bem longe!
— Mas ela ficou doente e eu vim!
— Sinto muito! — falo.
Enquanto eu como, ela foi me contando mais
sobre sua vida. Me disse que tem 16 anos, quase a
mesma idade da Marie, mas ela é bem menos
experiente que minha prima, que mais parece ter 30
anos nas atitudes e uns 22 na aparência!
Ela é magra, de pele tão branca que chega a ser
pálida, seus cabelos são castanhos e seus olhos negros,
suas roupas são farrapos e sua expressão é de
sofrimento, as mãos são grossas e calejadas, acredito
que ela ajude a avó nos trabalhos da casa.
Mas é uma menina meiga e amável, muito inocente,
nunca saiu dessa casa para nada, não estuda nem tem
amigos.
Ela me disse toda empolgada, que aqui tem uma
biblioteca e ela aprendeu a ler sozinha, pegando livros
escondidos.
Aquele velho é tão ruim que não deixa nem a
pobrezinha usar a biblioteca. Ela disse que a avó
trabalha aqui desde os 12 anos de idade e nunca saiu
para nada assim como ela.
Eu fiquei com muita pena dela, tem um mundo
enorme lá fora,que ela provavelmente nunca vai
conhecer,mesmo sendo livre!
Ela pode namorar com quem ela quiser, viajar, se
apaixonar, estudar ser o que quiser na vida, não tem
ninguém que possa impedir.
Mas ao mesmo tempo, está presa aqui nessa casa,
sem nenhum motivo específico, apenas porque é
assim que ela está sendo criada
— Nina e sua mãe? — Pergunto e ela me olha
entristecida.
— Ela foi embora quando eu era bebê, me
abandonou!
— Eu sinto muito!
Conversar com ela foi muito bom, eu consegui
esquecer um pouco dos meus problemas, vendo que
os dela são piores que os meus, assim que meu filho
nascer,eu vou embora ter uma vida tranquila e ela vai
passar o resto da vida nessa casa!
Saber que a pobrezinha foi abandonada pela
própria mãe! Como uma mulher tem coragem de fazer
uma coisa dessas com um bebê, o próprio filho? Como a vida é
estranha somos de mundos opostos,
totalmente diferentes, mas ao mesmo tempo somos
iguais.
Eu passei a vida presa para cumprir um destino que
me foi imposto, e quando pensei que estava livre e
feliz e até cheguei ao ápice da felicidade naquele
mesmo dia, vendo o quarto do meu filho...
Eu chorei de felicidade! E minutos depois eu vi
meu mundo desmoronar e toda aquela felicidade se
tornar tristeza na mesma intensidade, tudo que eu
tinha se foi pelo ralo, junto com minhas lágrimas! Mesmo já tendo se
passado dias, eu não consigo
conter as lágrimas, se estou acordada estou chorando
e sofrendo.
É muito frustrante ir do céu ao inferno em questão
de horas e o pior é estar sozinha, literalmente sozinha.
Não tenho ninguém aqui por mim, não posso ligar ou
conversar com a minha família, mais uma vez me
encontro assim.

Um mês se passou e nada, nenhuma notícia! É como se ela


simplesmente tivesse desaparecido no ar, coloquei recompensa por
qualquer informação que
me dê um caminho, não sei mais onde procurar... Me sinto um fraco,
cada vez que meus homens
voltam sem nada, fico ainda mais frustrado. Vasculhei
cada câmera de segurança dessa cidade, a máfia está
procurando por toda a Itália, contratei os melhores
investigadores da América, e até agora nada! — Sai desse quarto
um pouco,Matteo! — Diz meu
irmão, entrando no quarto que eu mandei fazer para
meu filho, onde eu passo a maior parte do meu tempo
quando não estou procurando por ela.
— Me deixa Giulliano!
Eu não quero ver ninguém, não quero conversar,
não quero olhar para ninguém. Eles só sabem me
dizer que não, não, e não, nada de achar minha
Antonella...
— Você tem que ser forte, para quando ela
aparecer!
— Um mês Giulliano, já faz um mês três dias e 4
horas, e nada, ninguém sabe, ninguém viu nada! —
falo derrotado.
É assim que me sinto, eu nunca tive uma situação
tão fora do controle como agora e o pior é que se trata
da única pessoa que eu amo nessa porra de vida. Isso é
esmagador, me sinto um inútil aqui, sem
poder fazer nada, sem saber se ela está bem, sem saber
se meu filho está bem, ela já perdeu 4 consultas
médicas e quando os dias chegavam, eu ficava ainda
pior!
— Ela vai aparecer, você vai ver!
— Mas eu vim te falar outra coisa, a Vaiola está
muito mal, a Diana disse que ela vai ganhar o bebê! Meu irmão me
convenceu a deixar a causadora de
toda a minha desgraça, ficar em um dos quartos, até a
criança nascer, ele disse que não tinha condições dela
ficar em uma cela do subsolo,grávida. Eu só permiti
porque talvez essa criança realmente seja minha! — Que se dane
Giulliano, eu não me importo, ela
que morra!
— A criança pode ser sua Matteo, e não tem culpa
da mãe que tem. Eu vou levá-la para o hospital! — Assim que a
criança nascer mate-a lá mesmo,
nem traz pra casa!
Ele sai sem dizer nada e minha angústia continua.
Eu olho para todas essas coisas e imagino que se eu
não acha-la, meu filho vai viver à míngua, sabe se lá
aonde e como...
Eu saio do quarto,desço as escadas e vou para a
garagem, pego meu carro e saio. No caminho eu ando bem
devagar, olhando para os lados, na esperança de
encontrá-la por aí.
Chego na casa do Túlio e ele me atende com fúria
nos olhos.
— Você não é bem vindo aqui! — Ele diz da porta. — Foda-se! —
falo entrando.
— Cadê ela Túlio?
Minha raiva cresce, porque eu sei que ele sabe, sei
que ele ajudou.
— Matteo eu não sei, já te falei inúmeras vezes! — Não mente pra
mim, porra!!! — grito. — Sua filha tirou-a da minha casa, caralho!
Ele vai até um canto e pega um copo de whisky,
senta no sofá e me encara.
— Assim que eu soube o que aconteceu, eu chamei
a Marie e disse que se ela por acaso soubesse onde a
Ane estava, eu não queria que ela me contasse, desde
que a Ane estivesse bem!
— Na mesma hora seu irmão veio aqui e levou
minha filha prometendo que você não a machucaria,
mas machucou!
Eu percebo que minha fúria naquele dia, batendo
nela, fez com que meu irmão perdesse qualquer
chance que o Túlio aceitasse um namoro.
Eu me sento no sofá apoio os cotovelos nas
minhas coxas e seguro minha cabeça com as mãos,
fecho os meus olhos e coço meu couro cabeludo, na
tentativa inútil de tirar da minha mente um pouco do
meu desespero.
— Eu fui obrigado a mandar minha filha embora
por sua causa! — Eu não sabia disso.
— Túlio, a Ane está lá fora sozinha, grávida do
meu filho, eu tenho o direito de saber onde ela está! — Ela sabe se
cuidar Mat...
— Eu não posso viver sem ela, você não entende,
porra??? — grito!
— Então porque escondeu dela a gravidez da
Vaiola? Foi por isso que você colocou todos nós atrás
dela, porque você queria seu filho?
Eu não acredito que é isso que ele pensa, que é isso
que todos pensam!
— Eu não sabia, descobri no mesmo dia que ela
sumiu! — falo com muita raiva, não tenho que dar
satisfação para ninguém.
— De qualquer forma eu não sei onde ela está e
também não quero nem saber, ela passou a vida toda
presa a você de alguma forma, então se agora ela
decidiu fugir...
— Seu desgraçado, você não entende que ela me
ama,assim como eu a amo, ela só foi embora porque
entendeu tudo errado!
— Matteo, eu não posso te ajudar!
— Você é meu capo, se eu soubesse onde ela está,
eu mesmo traria ela de volta, mas eu não sei! Me levanto e saio, ele
realmente não sabe onde ela
está, e acha que ela fez certo em fugir assim. Eu não sei mais o que
faço, onde eu procuro, não
sei mais para que lado ir. Entro no meu carro e saio
em alta velocidade.
Chego em um dos meus bordéis e vou direto para
o bar, ainda é cedo mas eu preciso beber ,senão vou
enlouquecer.
Pego duas garrafas de whisky e vou para meu
escritório e começo a beber e me drogar

(...) — Vamos embora! — Diz meu irmão me acordando. A claridade


que entra pela janela que ele abriu, chega a doer meus olhos, e
automaticamente me lembro do dia em que estávamos no Brasil e
eu acordei com ela em cima de mim.

Mas essa lembrança me traz tristeza, pois ela não está mais aqui.
Olho para os lados e não sei como vim parar aqui nesse quarto e
estou nu, porra o que foi que eu fiz?
Não me lembro de nada!
— Faz três dias que eu estou te procurando e não te
encontro,Matteo!
Ai merda, eu estou aqui há tanto tempo não me lembro de nada, e
nem do que aconteceu. Levanto coloco minhas roupas e saio do
quarto com ele.
— Você não se lembra de nada? — me pergunta enquanto dirige.
— Não!
— Você se drogou Matteo, você não usa drogas há anos, sempre
concordamos que as drogas nos enfraquecem!
Sim,eu sempre pensei assim, usei muito na adolescência, mas
quando entendi meu papel na máfia, eu não usei mais nada, meu
pai nunca usou drogas na vida. Nós não trocamos mais nenhuma
palavra.
Eu chego em casa e subo para meu quarto tomo um banho e
quando entro no closet,eu olho para as roupas da Ane, vou até elas
e ainda tem o cheiro dela, meu peito dói.
Escuto um choro de bebê muito alto. Deve ser a criança da Vaiola,
isso em deixa ainda pior,pois me lembra meu filho.
Saio e vou em direção ao choro que vem de um dos quartos, paro
na porta e escuto a voz da Vaiola gritando com alguém
Eu dou meia volta e vou em direção à sala, lá vejo meu irmão
sentado no sofá, olhando para o nada e me lembro da conversa
com o Túlio, mas não sei o que dizer, então vou direto para o
escritório faço algumas ligações e volto para a sala.
Um dos meus homens entra e sobe, minutos depois eu escuto gritos
vindo do corredor, gritos da Vaiola.
— Me solta! — ela diz para o homem que a puxa pelo braço.
— Agora você vai voltar para onde nunca devia ter saído! — falo.
— É tudo culpa dela, você não estaria fazendo isso se ela não
tivesse entrado no nosso caminho — ela grita se debatendo.
— Ela já deve estar se decompondo em alguma vala por aí, aceita
isso Matteo. Eu estou aqui com você agora. Eu!!!
Eu me levanto com muito raiva, fúria,todos os sentimentos ruins
possíveis, ela despertou em mim com essas palavras!
O homem a solta e eu dou um soco tão forte, que ela cai desmaiada
no chão, faço sinal para o homem levá-la.
— Matteo, você está descontrolado! — Diz meu irmão, ainda
sentado no sofá do mesmo jeito.
— Eu perdi a mulher que eu amo caralho, você não entende!
— Eu entendo muito bem, também perdi a minha! — Ele diz se
levanta e sai. Eu fico calado e parado na mesma posição. Não sabia
que ele amava a Marie.
Fazem dois dias que eu venho sentindo contrações e hoje é
exatamente o dia provável do meu parto, segundo quase todos os
exames que eu fiz, a médica me disse que tinha 90% de chance de
dar certo, podendo variar 2 dias antes, ou 2 dias depois, mas pelo
visto será na data correta.
A Nina tem me ajudado muito desde que cheguei aqui, eu até saí
um pouco mais do quarto e andei pelo jardim, que é grande, mas
está literalmente abandonado há décadas!
É praticamente mato e arbustos, que tomaram conta de tudo, até
mesmo de grande parte da casa por fora. Esta casa fica tão
afastada, que não tem perigo nenhum de alguém me ver aqui.
Hoje minhas dores estão intensas, a Dona está me examinando
toda hora e proparando tudo para o meu parto.
— Ane, minha avó já está vindo, aguenta mais um pouco! — diz a
Nina entrando no quarto com uma bacia de ferro e toalhas limpas
Minhas dores estão aumentando, e vindo com mais frequência,
graças aos céus a Dona já foi parteira, ela fez muitos partos
antigamente.
Ao mesmo tempo que isso me conforta, me dá medo, eu tinha uma
médica e toda uma equipe preparada para esse momento e aqui
estou eu, morrendo de dor, parece até que não vou aguentar.
— Cadê ela?? — Pergunto aflita entre meus gemidos de dor, que
tento conter entre os dentes.
— Estou aqui! — Ela diz entrando no quarto com alguns objetos na
mão.
As minhas dores chegaram a um nível, que me fazem fazer força
automaticamente, quando a dor passa, eu desmaio por alguns
segundos, tamanho o cansaço que estou sentindo!
E nesses desmaios rápidos eu tenho flashes de lembranças com o
Matteo, vejo seu rosto, seu sorriso e até sinto seu toque, o que
bagunça minha mente, pois além da dor extremamente forte, sinto
alegria, mas quando acordo, vejo que não é real e me entristeço...
— Agora você tem que fazer força! — diz a Dona entre minhas
pernas
— Mais?? — falo e a dor vem forte me fazendo fazer força, chorar e
gritar.
— Quando essa dor vier de novo, você faz força empurrando-o!
Ela diz,enquanto respiro no intervalo da contração. Eu não tenho
mais forças para continuar, já fazem horas que entrei em trabalho de
parto. Faço o que ela falou mais de sete vezes e nada!
— Eu não consigo! — falo chorando, me entregando ao cansaço.
— Você consegue! — A Nina diz e pega minha mão me dando
força.
Nesse momento eu chorei de tristeza, pois eu queria muito que o
Matteo estivesse aqui comigo...
Ele me prometeu que estaria, prometeu que eu não iria sentir dor,
prometeu cuidar de mim!
— Ane, o tempo está acabando! Coloca toda sua força na próxima,
força de fazer cocô. Você precisa colocar esse menino pra fora
agora, se quiser que ele viva!
Quando a Dona me diz isso, um medo toma conta de mim. Não
posso perder meu filho, ele é tudo para mim, tudo que me restou, se
eu ainda vivo,é por ele!
Quando a próxima contração vem, eu faço força, mas agora
diferente, eu coloco tudo de mim ali, como se tudo se resumisse a
expulsá-lo, como se a vida dele dependesse disso.
Reúno todas as minhas forças, trinco meus dentes, aperto a mão da
Nina e com a outra mão eu seguro no ferro da cabeceira da cama e
empurro constantemente sem parar, gritando entre meus dentes.
— Isso, continua, estou vendo a cabeça!
Eu continuo, percebo que sou mais forte do que eu pensava, até
sentir ele sair rasgando tudo e enfim deixo meu corpo cair de
cansaço.
— Eita que você deu trabalho rapaz! — A Dona diz para ele, que só
deu uns gritinhos e já parou.
Aliás, é a primeira vez que a vejo sorrindo. Por mais que eu esteja
morta de cansaço e meu corpo esteja tão pesado, a ponto de ser
difícil até de mexer meus dedos, eu o quero nos meus braços.
Ela coloca-o entre meus seios e eu o envolvo nos meus braços
pesados, entre minha lágrimas.
Ele é tão lindo, beijo sua cabeça, passo meu nariz e minha
bochecha na sua cabecinha em forma de carinho com meus olhos
fechados, tentando conter minhas lágrimas que caem, sentindo meu
peito doer de tanto amor por essa criança, minha criança, meu
menino tão esperado...
— Ele é bem gordinho e grande, vou precisar te dar uns pontos Ane,
vai doer um pouco!
Eu apenas concordo com a cabeça estou tão envolvida nesse
momento só meu, mas não precisava ser assim, não deveria!
Eu gostaria muito que o homem que eu amo de todo o meu coração,
estivesse aqui, mesmo ele não merecendo o meu amor, eu nunca
deixei de amá-lo, nem por um segundo, mesmo me esforçando
muito para isso.
— Pronto! — ela diz e doeu, mas não muito.
— Agora me dê ele para eu dar o banho! — Ela diz e o pega dos
meus braços.

Matteo

— Precisa mesmo disso? — Meu irmão diz entrando no


escritório,pisando nos cacos.
— Você quebrou tudo de novo!
Eu já perdi as contas de quantas vezes destruí este lugar desde que
ela se foi. Uma raiva me domina eu preciso extravasar.
— É hoje Giulliano, meu filho nasce hoje. Ou já nasceu, eu não sei,
eu não sei. — falo derrotado, é isso que sou, um fracassado, um
inútil! Eu não consigo encontrar minha própria mulher, meu filho!
— Eu sinto muito!
A frase de merda que todos me dizem!
— Você vai encontrá-los, eu sei!
Cada vez que me dizem isso minha vontade é de estrangular
alguém.
— Eu não tenho a mínima ideia de onde ela está Giulliano, vai saber
em que condições meu filho vai nascer, talvez em algum buraco por
aí, colocando a vida deles em risco. E se algo acontecer, eu nem
vou saber!!!
Eu grito o que está dentro de mim, a possibilidade é angustiante, eu
vou passar a vida esperando um dia encontrá-la.
— Não pensa essas coisas, ela é esperta,nunca se colocaria em
risco, ainda mais a criança!
— Faz essa criança calar a boca!!! Dá pra ouvir daqui! — Falo,me
referindo à filha da Vaiola,que chora desde que nasceu, eu não
aguento mais ouvir choro de criança nessa casa!
— Você insiste em mantê-la presa lá embaixo, só com ela a criança
para! — responde.
— Tá tá, só faz parar!
Minha cabeça está quase explodindo, não venho dormindo
praticamente nada, desde que ela se foi.
Saio do escritório depois de algumas horas e vou em direção ao
meu quarto, no corredor eu escuto vozes vindo de um dos quarto e
paro...
— Sua incompetente, você é paga pra cuidar dela! — diz a Vaiola.
— Desculpa senhora, mas ela não para de chorar, ela só para no
seu colo!
— Eu não vou fazer seu trabalho, não vou ficar chacoalhando essa
menina!
Enquanto isso o choro estridente não para, essa mulher é tão
amarga que não liga para a própria filha! Entro no quarto e elas me
olham assustadas.
— Senhor, desculpa eu...
— Tudo bem! — falo para a empregada Você só está viva porque
essa criança só para de gritar com você, então faz alguma coisa
digna nessa sua vida de merda e cuida dela!
— Quem é você pra falar alguma coisa?? Ela também é sua filha e
você nunca nem olhou pra ela!! — ela grita, pegando a criança no
colo fazendo parar de chorar.
— Eu só não te dou outra surra, porque ela tá no seu colo!
Eu estou tão injuriado, que sou capaz de matar ela aqui mesmo!
— É só isso que você sabe fazer. Aquela vagabunda foi embora e
você desconta em mim? — Ela está se aproveitando...
— Ela nunca te amou, só casou por que foi obrigada. Bem feito pra
você!!! Eu sempre te amei estive ao seu lado e você me humilhou
casando com ela e agora,além de me manter presa naquele lugar
nojento, ainda rejeita nossa filha, só porque a vadiazinha gerou um
bastardo em alguma viela de lixo por aí!
— Se você abrir a boca para falar deles mais uma única vez, eu te
mato! — falo levantando-a pelo pescoço.
Não consegui me segurar, mesmo ela estando com a menina no
colo, que começou a gritar, me fazendo olhar para ela pela primeira
vez. Eu solto e ela cai tossindo, saio do quarto antes que eu faça
mais merda!

Chego em casa com minha tia. Meu pai não sabe que estamos aqui.
A casa está silenciosa e estou tão cansada que vou direto para o
meu quarto.
Fiquei algumas semanas morando com ela em Nova York, desde
que a Ane deixou o Matteo. Eu não contei para minha tia onde a
Ane está, mas ela sabe que eu sei, eu a tranquilizei dizendo que ela
está bem.
Mas no fundo eu fico preocupada, na verdade não sei se ela está
bem, viver com aquele homem não deve está sendo nada fácil!
Eu não pude entrar em contato, muito menos pedir ajuda para
alguém me informar.
O Matteo acabou com a minha privacidade, eu troquei de número
mais de 10 vezes, mesmo assim ele descobre e rastreia tudo que eu
faço.
Ele colocou pessoas atrás de mim na maior cara de pau e eu não
pude contestar, ele é o meu maldito capo e também me colocou
como uma suspeita perante toda a Cosa Nostra.
Então decidi voltar, minha tia já tinha planos de se mudar para a
Itália,só adiou porque eu fui para lá, mas como ele me vigiaria em
qualquer lugar do mundo, voltei para minha casa.
O Giulliano não me procurou desde aquele dia, eu fiquei bem
chateada com ele, e aliás contei tudo para minha tia, que quase caiu
da cadeira, mas sei que ela não vai contar nada para o meu pai, e
como ela é uma mulher muito vivida nesse meio, ela me fez
entender que ele não poderia fazer nada para me ajudar e que se o
Matteo não me matou é bem provável que seja por interferência do
irmão, ou ele tem esperança que eu o leve até a Ane.
— Acorda, você dormiu muito,já está anoitecendo! — minha tia diz
fechando as cortinas e janelas do meu quarto. Eu demorei para
dormir com meus pensamentos gritando.
— Eu queria dormir mais! — falo cobrindo a cabeça.
— Você tem visita! — ela diz e meu coração gela.
— Quem?? — Pergunto tirando rápido o edredom do rosto.
— Calma não se empolga, é só o James!
Eu fiquei decepcionada duas vezes, primeiro por não ser o salafrário
do Giulliano e segundo por ser o James.
— Decepcionada?
— Sim, mas só porque não quero ver o James, só isso!
— Me engana que eu gosto! — ela diz e sai do meu quarto.
Sim eu ainda gosto dele e estou na expectativa de vê-lo por ai, mas
ao mesmo tempo eu não quero. Queria esquecer que ele existe!
Levanto sem nenhuma pressa, vou para o banheiro, tomo um banho
e só depois eu desço. Eu não me arrumei apenas coloquei uma
roupa de dormir, um conjuntinho de shortinho e uma blusinha de
alcinhas bem infantil, meu cabelo está todo bagunçado minha cara
amassada, estou de meias cor de rosa e uma bota pantufa
Espero que ele entenda o recado!
— Oi! — falo me jogando no sofá, ao lado do meu pai
— O que a Elisa fez com você? — Meu pai diz,me analisando, acho
que ele não me vê assim desde quando eu tinha uns 10 anos!
— Eu fiquei preocupado, seu pai me disse que você foi passar um
tempo com sua tia!
Eu não estou afim de explicar nada para ele. Deito minha cabeça no
ombro do meu pai e me aconchego no sofá.
— Sim!
Meu pai percebe o que estou fazendo e me dá um beliscão, e sai da
sala me deixando sozinha com ele.
— Valeu pai por me ajudar! — falo na minha consciência.
— James, vamos conversar lá fora!
Me levanto saindo, ele não entende mas me acompanha, porém tem
homens do meu pai para todos os lados, sou obrigada a ir até a
calçada com ele para que ninguém escute nossa conversa.
— Olha, nós dois, não vai rolar! — falo de frente para ele cruzando
os braços.
— Mas eu pens...
— Desculpa mas a gente não combina!
Ele faz uma cara de surpreso. Ele achou que mesmo eu sumindo
todo esse tempo, sem nem ao menos ligar, eu ainda queria alguma
coisa?
Bobinho!
— A gente pode tentar, eu gosto muito de você, eu até pedi para o
seu pai!
— Meu pai não se importa, a decisão é minha, eu não quero tentar!
— Como não?? Você me apresentou para sua família, me disse
aquele monte de coisas no carro, que estava pronta e etc!
Ele não está entendendo!?
— Eu estava falando de sexo, não de ter um relacionamento com
você, e eu errei não devia ter apresentado você para minha família!
— Vamos tentar, vai dar certo! — ele diz convicto como se a decisão
fosse dele.
— Eu gosto de outra pessoa!
Quando eu falo isso,ele se transforma me impressionando, nunca o
vi assim com raiva, mas ele me obrigou a confessar.
— Você é uma vagabunda mesmo, bem que percebi aquele dia!
Eu fecho minha mão e dou um soco bem no meio da cara de pau
dele.
— Sua... — Quando ele levanta a mão, outra segura o braço dele.
— Se você quiser viver, nunca mais levanta a mão pra ela! — diz o
Giulliano,que aparece atrás dele.
Eu adorei ver essa cena, mesmo não sendo necessário, eu sei
muito bem me defender,mas não dispenso. Ele sai com fúria nos
olhos e a mão no nariz,que eu com certeza quebrei
— Belo soco!
— Pra você ver que eu não preciso da sua ajuda, sei me defender!
Ele dá um sorrisinho que me desmonta inteira, mas eu junto todo
meu autocontrole e permaneço séria, não vou dar esse gostinho.
— A gente precisa conversar! — Ele diz e eu faço uma cara de que
não sei se quero, mas meu corpo quer, por ele eu me jogo de
cabeça, mas minha mente me diz que é um caminho sem volta.
Caralho!
— Ok,mas coisa rápida, eu estou cansada e já estava na cama!
— Deu pra perceber!
— Então vamos! — falo e ele me olha dos pés a cabeça
Entramos no carro e ele me faz algumas perguntas sobre minha
vida em Nova York, eu respondo seca porque sei que ele sabe de
tudo.
— Eu não acredito que você me trouxe aqui!
Estamos passando pelos portões da casa dele, a casa que também
é do idiota do irmão dele.
— Eu te levaria para outro lugar, mas não com essa roupa
transparente e super curta!
— Eu não quero ver a fuça do Matteo e você me traz pra casa dele?
— pergunto indignada.
— A casa também é minha! Não se preocupe, ele não está!
Não faz diferença, eu não queria vir aqui, me faz lembrar tudo que o
Matteo fez com a Ane, ver todo o conforto que tem aqui e sabe-se lá
Deus como ela está com aquele velho
Entramos e vamos direto para o quarto e graças a Deus eu não vi
ninguém,
nós entramos e ele fecha a porta eu me sento na poltrona e cruzo
as pernas esperando ele falar. Ele senta na beirada da cama à
minha frente e me encara.
— Me perdoa por aquele dia, eu não deveria ter trazido você aqui,
eu me arrependo do fundo da minha alma, a culpa foi toda minha,
eu sei como meu irmão é, pensei que pela Ane ele não te
machucaria, mas ele está tão louco desde que ela se foi, que
acabou perdendo a cabeça. Não estou justificando!
Aí meu coração não aguenta!
— Eu tive que me conter muito, para não ir atrás de você, eu não
consigo viver sem você, volta pra mim
Ele se aproxima, fica de joelhos e faz carinho na minha bochecha.
— Eu amo você Marie,como eu nunca amei ninguém em toda a
minha vida, eu quero você como eu nunca quis ninguém antes! —
Uau,meu queixo caiu!
Eu não esperava toda essa declaração de amor, adorei ouvir isso,
meu coração está dando saltos de alegria.
— Casa comigo!
Aí matou a planta!
— Você tinha que estragar?? Sabe que eu não quero casar, mesmo
sendo apaixonada por você, eu não caso!
Minha maldita boca que fala sem parar, acabei de dizer que sou
apaixonada por ele.
— Então você é apaixonada por mim? — pergunta sorrindo, mas é
um sorriso diferente,com ternura.
Se concentra Marie diz a minha consciência, mas é difícil esse
sorriso me deixa igual sorvete derretido.
— Sou, mas posso desapaixonar assim que eu quiser! — Mentirosa!
Ele ri e me beija. E como eu queria esse beijo, sonhei inúmeras
vezes com esse cheiro, esses lábios, eu sou uma boba apaixonada
que se faz de durona.
Eu me entrego, ele me leva até a cama e deita em cima de mim e
continua me beijando apaixonadamente, aos poucos ele vai parando
e me dando selinhos.
— Vamos eu vou te levar pra casa! O Quê??
— Como Assim?
Ele se levanta e arruma sua roupa. Eu fico aqui do mesmo jeito sem
entender nada
— Eu vou te levar e pedir para o seu pai agora mesmo, não vou
mais fazer sexo com você antes disso!
Eu demoro um pouco para processar suas palavras. Giulliano
Messina não vai fazer sexo comigo, por peso na consciência??
— Você tá louco né?
— Ele vai ter que deixar,senão eu te sequestro!
— Eu não tô falando do meu pai, mas sim de você não querer fazer
sexo!
— Eu quero, mas vou fazer as coisas certas dessa vez!
Ai caralho, era só o que me faltava,meses na sêca me satisfazendo
sozinha e ele vem com moralismo!
— Nem fodendo! — falo me levantando, tranco a porta e pego a
chave. Ele me olha e agora quem não entende é ele.
Eu subo na cama ficando em pé sobre ela, tiro todas as minhas
roupas menos a calcinha...
— Não faz isso! — ele diz baixo, lambendo os lábios com cara de
safado derrotado e seu membro sobe na calça.
— Você só sai desse quarto se pegar essa chave!
Me deito na cama abro as pernas e coloco a chave dentro da minha
calcinha.
— Você é uma diaba, sabia? — Ele diz e vem em cima de mim.
— Não! — falo quando ele coloca a mão na minha calcinha.
— Com a boca! — digo sussurrando no seu ouvido e dou uma
mordidinha na sua orelha.
— Ah Diaba… Você ainda vai me matar!
Ele me beija e vai descendo beijando meu corpo todo, quando
chega na minha calcinha ele a rasga e morde a minha buceta, enfia
a língua e sobe lambendo tudo.
Eu começo a gemer, ele chupa tudo de baixo para cima, morde,
suga, chupa de novo, me fazendo delirar.
Ele introduz seu dedo na minha entrada, entrando e saindo com
força quando não consigo gemer baixo e começo a gritar ele para,
tirando a camisa.
— Pronto satisfeita? — diz com a voz baixa cheia de prazer tirando
a última peça, a cueca.
— Só depois que você me comer bem gostoso! — falo mordendo o
lábio inferior.
Depois de vários orgasmo que eu até perdi as contas, nós fomos
tomar banho.
— Tem certeza disso? — Falo vendo-o se trocar para irmos falar
com o meu pai.
— Sim, eu estou pronto há meses! — Ele diz e eu concordo, mas
confesso que estou preocupada
Depois de tudo que aconteceu, e eu acabei de voltar nem tive tempo
de preparar meu pai para isso.
Ele colocou uma roupa social esporte, que o deixa ainda mais
gostoso, e eu coloquei meu pijama sem a calcinha mesmo, já que
ele rasgou e saímos.
Descendo as escadas, nós damos de cara com o Matteo, meu
sangue sai do corpo,não sei o que fazer, ele me dá medo!
Acabo parando e nos encaramos, ele está péssimo,sua feição está
envelhecida, ele com certeza não é o mesmo.
Sua barba está grande, seu corpo magro, está de terno mas todo
desarrumado, seus cabelos estão maiores e bagunçados, está
visivelmente bêbado.
— Vamos! — o Giulliano diz me puxando.
— Espera! — o Matteo diz e eu gelo.
— Como ela tá? Ela tá bem? Meu filho nasceu bem? Como ele é?
Eu me viro e se tem um sentimento que define é pena, ele está
rendido à dor e sofrimento, a ponto de querer qualquer coisa, nem
que seja migalhas...
— Eu não sei! — falo com sinceridade.
Confesso que estou segurando uma lágrima, os olhos dele se
enchem de lágrimas, vendo que eu realmente falo a verdade.
Mas a minha pena some rapidinho, quando escuto os aplausos
vindo da escada.
— Que lindo Giulliano, comendo a pirainha!
Ela está com um bebê no colo, isso me faz ter tanta raiva que eu
olho para o Matteo e falo: Você merece isso, minha prima não!
Ele apenas me olha do mesmo jeito, não diz nem faz nada, para
minha surpresa.
— Eu já disse que ela teve estar decomposta em alguma vala, mas
ele não acredita! — diz a desgraçada da Vaiola.
Meu sangue sobe, solto a mão do Giulliano e vou até ela com
sangue nos olhos.
— Vai bater em uma mulher com uma criança no colo? — Ela me
pergunta com todo o sarcasmo do mundo, e eu entendo o jogo dela,
usando a criança como escudo, mas pra cima de mim não!
— Não, jamais! — Falo e arranco a criança do seu colo e dou para o
Giulliano, que está com os olhos saltando para fora,de tão
arregalados.
Eu dou um soco com toda a minha força na cara dela, que cai.
— Você vai me pagar!!! — diz gritando.
— Agora quem vai pagar é você!
Eu subo em cima dela e dou soco atrás de soco, sem parar.
Minha raiva é tanta que eu desconto toda a minha fúria em cima
dela, paro e recupero o fôlego.
— Agora chega Marie, toma Matteo — ele diz e tenta entregar a
criança para o Matteo que nega com a cabeça.
— Isso, chega você vai me matar! — ela diz rindo, ainda com
sarcasmo cuspindo sangue.Ela deve ser psicopata!
— Chega o CARALHO, eu só paro quando arrancar todos os dentes
da sua boca!
Falo e volto a dar socos e mais socos, até minha mão adormecer e
ela ficar desmaiada, recebendo meus socos sem tentar se defender,
me levanto e vou em direção a cozinha.onde você vai?- diz o
Giulliano vindo atrás de mim com a criança que grita no colo dele.
Na cozinha ele entrega a criança para a Diana que me olha
desesperada, vendo o sangue da Vaiola em mim, eu abro as
gavetas até achar uma tesoura.
— O que você vai fazer??
— Sai da minha frente Giulliano senão eu corto seu pau fora! —
Falo séria e ele acreditando nessa mentira, e sai.
Vou até ela, que está desmaiada no chão, eu me sento em cima
dela de novo e corto todo o seu cabelo, não me importando de
arrancar um pouco do couro cabeludo, ela tem sorte que eu não vou
matá-la, pois vontade não me falta!
Vendo que a tesoura é bem afiada eu estico a pele da sobrancelha e
a corto arrancando, vendo o sangue esguichar, depois volto para a
cozinha e lavo minhas mãos.
— Menina, eu não sabia que você também fazia essas coisas! —
diz a Diana perplexa, balançando a criança que não para de gritar.
— Você ainda não viu nada! — falo e saio da cozinha, encontrando
o Matteo sentado no sofá, nem dando a mínima para a Vaiola
estirada no chão, e o Giulliano com os braços cruzados, eu passo
direto e vou até o carro abro o porta e entro.
— Eu não acredito que você fez aquilo! — ele diz arrancando com o
carro.
— Ela mereceu, minha vontade era fazer o mesmo com seu irmão!
— Meu irmão está sofrendo muito, Marie, ele ama demais a Ane e o
filho que nem conheceu!
Vejo sinceridade nas suas palavras, mas o Matteo pisou na bola
desde sempre com a Ane, ela teve seus motivos para ir embora.
— Eu sei, mas ela não merecia ter que aturar a Vaiola naquela casa
novamente, e outra coisa, eu não quero mais vir aqui, foi a última
vez, sei que a casa também é sua, mas se eu vir a Vaiola de novo
eu vou matá-la, e não quero deixar sua sobrinha órfã de mãe!
Falo sério em matar a Vaiola, e a parte da sobrinha com sarcasmo.
— A Vaiola só está viva e lá porque a Ane fugiu, se ela tivesse
esperado, nada disso estaria acontecendo!
Será??
— Eu comprei uma casa na cidade, só não me mudei ainda, porque
não posso deixar meu irmão sozinho agora!
Eu fiquei com pena deles, do Matteo por estar no fundo do poço e
do Giulliano, por não poder viver a vida, pois o irmão está na pior e
só tem a ele.

(...)

Chegamos na porta da minha casa, mas eu paro com a mão na


maçaneta...
— Ainda dá tempo de desistir! — falo vendo-o suar frio.
— Abre logo essa porta, diaba! — ele diz e dá um tapa na minha
bunda.
Eu dou risada e entramos, meu pai e minha tia,que estão na sala,
nos encaram. Minha tia engole seco e meu pai fecha a cara quando
vê que estamos de mãos dadas.
Eu o puxo para o meio da sala e nos sentamos, ficando de frente
para eles.
Meu pai encara o Giulliano, que não diz nada, eu olho para ele e
vejo que parece uma estátua não está nem respirando, eu não
aguento e dou uma risada.
— Qual a graça? — me pai me pergunta, me fazendo parar de rir.
— Vamos! — meu pai diz se levantando e indo em direção ao
escritório.
— Adeus! — falo para ele que me olha espantando, está cagando
de medo.
— Você também Marie! — diz meu pai
Ai ferrou!
Eu me levanto e vou com o Giulliano, entramos e eu fecho a porta,
ele vai até a cadeira e senta, meu pai já está sentando na sua mesa,
eu vou para a poltrona no canto e me sento, meu pai fica encarando
o Giulliano esperando ele falar e não sai nada
— Tô esperando! — diz meu pai já sem paciência
Tô achando que não vai dar muito certo essa conversa!
— Então, eu... Eu...Ela...Nós...
Nossa,eu tô quase levantando e dando um soco nas costas dele,
pra ver se sai alguma coisa!
— Pai é o seguinte...
— Não Marie, eu falo! — ele me corta.
— Eu amo a sua filha e quero sua permissão para namorar com ela!
— Uffa, até enfim!
Que fofo!!!
Olho para o meu pai e sua cara está estranha, eu não estou
conseguindo decifrar e isso é raro.
— E antes você não amava? Ou não precisava da minha
permissão? — Ai caralho, ele sabe!
O Giulliano está branco igual um papel e eu surpresa.
— Pai há quanto tempo você já sabe? — pergunto cruzando os
braços, ele não me disse nada.
— Desde o primeiro dia Marie, eu te conheço e sei de cada passo
que você dá! — ele fala mas não me olha, a todo momento encara o
Giulliano.
— Isso não me agrada nem um pouco, sua família só trouxe
sofrimento para a minha, eu não quero mais uma filha minha
sofrendo por um Messina! — meu pai cospe essas palavras para
cima dele com raiva.
— Pai,a Ane é sua filha?
— Cala a boca! — ele diz.
— E não, ela não é minha filha, mas é como se fosse!
— Que pena! — falo desapontada.
— Eu entendo Túlio, mas as situações são completamente
diferentes!
— É claro que são, eu prefiro morrer do que entregar minha filha pra
você, diferente do meu irmão!
Vendo que meu pai não vai ceder, eu sou obrigada a intervir.
— Tá,agora é minha vez de falar!
— Pai,eu não sou criança e você sabe, não precisa se preocupar,eu
sei me cuidar e não, eu não quero casar, nada mudou ainda vou te
suceder. Você não vai me entregar pra ele, eu já fiz isso, me
entreguei de corpo e alma!
— Eu o amo !
Meu pai me encara de boca aberta pela declaração de amor e o
Giulliano está mais chocado que meu pai, por eu ter acabado de
confessar que entreguei meu corpo, pela confusão da sucessão e
pela minha declaração, pela primeira vez eu disse que o amo.
— Não fica se achando não, se eu quiser eu paro de te amar
rapidinho! — Falo e ele dá um sorriso e relaxa.
— Puta que pariu Marie, por essa eu não esperava! — meu pai diz
encostando na cadeira e passando a mão no cabelo.
— Pois é, nem eu! — falo indo até a mesinha de bebidas, pego três
copos de whisky dou um para cada e viro o meu.
— Então você está de acordo Túlio? — o Giulliano pergunta para o
meu pai.
— Você vai casar com ela em uma semana! — meu pai diz sério
virando o copo de whisky e o Giulliano se engasga com a bebida me
fazendo rir.
— É brincadeira! — meu pai fala ainda sério.
— Caralho me assustou! — Ele Diz colocando a mão no peito.
— E aquele pedido de casamento Giulliano, era falso? — pergunto
fingindo estar ressentida.
— Você pediu minha filha em casamento, antes de falar comigo? —
Meu pai quer matá-lo do coração, só pode!
— Não, é...
— Está chamando-a de mentirosa?
— Para pai, coitado!!!
— Ele tá brincando Giulliano, relaxa!
— Você tá fudido, ela vai fazer da sua vida um inferno, e se você
magoá-la, brincar com os sentimentos dela, mentir, enganar, fazer o
caralho a quatro com ela, eu arranco seu pau e suas bolas com
minhas próprias mãos!
Coitado do Giulliano eu até senti a dor, só de pensar em ficar sem
esse pau não dá, acabaria com nosso relacionamento de vez.
— Eu não vou, pode ter certeza!
— Mais uma coisa, se você engravidar minha filha eu te mato
também, já que casar ela não quer, você vai ser um homem morto!
Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida!
Ele engole em seco e concorda com a cabeça.
— Agora vamos Jantar — meu pai diz,se levantando e sai do
escritório.
— Até que foi de boa! — falo sentando no seu colo e dando uns
beijinhos na sua boca.
— Se isso é o de boa, eu não quero vê-lo nervoso!
Eu dou risada e mais uns beijos e logo vamos para a sala de jantar,
nos sentamos e minha tia me encara.
— Marie o que aconteceu, sua roupa está suja!
Eu olho para minha roupa e tem sangue da vagabunda.
— Espera aí, eu já explico!
Subo troco de roupas e desço rápido, não quero deixar meu pai
sozinho com o Giulliano, vai que ele faz mais pressão psicológica.
— Agora explica! — meu pai diz quando me sento e ele está
normal,não está mais sério como no escritório.
— Eu bati na Vaiola! Ela me provocou e eu bati nela!
— Bateu não, você torturou! — diz o Giulliano.
— Deveria ter matado, coisa que vocês nunca tiveram coragem de
fazer! — minha tia diz com ressentimento.
— Ela está viva por que eu prefiro esperar meu irmão voltar ao
normal para resolver ele mesmo, mas por enquanto a única coisa
que se passa na cabeça dele é encontrar a Ane!
— Minha filha deve estar sofrendo por aí, por culpa deles, eu não
tenho dó!
— Eu não tenho dó dela, mas não me acho no direito de resolver
essa situação prefiro esperar pelo meu irmão! — Ele Diz isso porque
teve que assumir o lugar do Matteo, já que ele não tem condições
nenhuma de estar no comando.
Então ele poderia sim resolver de uma vez por todas, fazer o exame
na menina e levar a Vaiola ao julgamento da Máfia, mas me disse
que não se acha no direito por se tratar da vida particular do irmão.
— Chega desse assunto, eu dei uma boa lição nela tia por enquanto
basta!
5mesesdepois...

Meu filho é tudo de mais lindo que eu já tive na vida, ele é minha
razão de viver, minha vontade de acordar todos os dias.

É meu tudo!
Ele é lindo e não é porque eu sou mãe dele não. Sua pele é bem
branca, seus olhos são azuis, seus cabelos pretos, ele é
exatamente como o Matteo, os lábios, o formato do rosto, ele é todo
o pai.
Às vezes eu chego a me assustar com a semelhança, quando não
tô pensando nele, mas o vejo no meu filho, até parece uma sina!
Eu saio com ele para tomar um pouco do sol da manhã e vou até o
jardim ou o que sobrou dele.
— Oi Lorenzo — diz a Nina,brincando com meu filho que dá
gargalhadas gostosas para ela.
— Ane, minha avó vai levar seu almoço e desse gordinho comilão!
— Eu já estou indo! — falo sorrindo e ela sai pulando para dentro da
casa.
Me levanto pego meu filho, o lençol que estendi no chão e entro.
Quando passo pela porta, escuto umas vozes vindo da sala de
jantar, eu vou em direção e lá está o Sr Esposito e a Dona, servindo
o almoço para ele.
Eu vou até a mesa e me sento, pela primeira vez, ele nunca me
convidou para fazer uma única refeição sequer com ele.
— Ane,eu vou levar seu almoço no quarto! — Diz a Dona
incomodada.
— Eu quero almoçar aqui hoje! — falo com educação e sorrindo
para ela.
Ele me encara e com raiva joga tudo da mesa no chão e sai
empurrando a cadeira. Meu coração se entristece com isso, o que
eu fiz para ele me tratar assim?
Que homem amargo, é a primeira vez que ele vê meu filho e faz
isso!?
— Desculpa Dona, eu sinto muito! — falo e vou para o meu quarto.
Me sento na cama,pensando que eu preciso ir embora, já se passou
tempo demais, eu não tive nenhuma notícia de ninguém, espero
todos os dias uma ligação da Marie, mas até hoje nada. Acredito
que agora já está seguro.
Ele não me achou, não sabe que estou aqui, é bem provável que ele
já tenha nos esquecido. Ele deve estar vivendo bem com a Vaiola e
com o filho que teve com ela.
Às vezes eu chego a pensar que sim, ele sabe que estou aqui, mas
decidiu me deixar e fingir que não sabe!
A Vaiola e o filho deles deve ter preenchido meu lugar, ele é esperto
demais para não saber meu paradeiro, talvez me deu uma chance
de viver minha vida em paz e eu vou. Tenho dinheiro o suficiente
para sair do país e recomeçar.
Vou para qualquer lugar,só preciso estar longe, arrumo um emprego
e cuido do meu filho, não preciso de luxo, acho que esses meses
aqui me mudaram muito, já não me vejo tão consumista como
antes.
Depois de almoçar e dar a papinha para o meu filho, que come tudo,
eu arrumo minhas coisas enquanto ele dorme na cama.
Ele é um bebê tão bonzinho, que não chora para nada, nem mesmo
quando está com fome ou precisa trocar, ele está sempre sorrindo e
dando gargalhadas, arrancando de mim momentos felizes.
A tristeza ainda mora no meu peito, ainda amo o Matteo e o tempo
não o fez diminuir nem um pouco, e ver meu filho é como vê-lo,
amar meu filho é como alimentar meu amor por ele e isso me deixa
ainda mais frustrada!
Olho para o meu filho dormindo e me vem à mente os momentos
que passei com o Matteo. A expectativa que ele tinha de conhecer o
Lorenzo, às vezes que ele ficava concentrado na minha barriga
esperando meu filho se mexer e quando ele mexia, o Matteo ficava
sorrindo igual bobo.
Ah Antonella,esquece essas coisas, era tudo mentira.- falo para mim
mesma. Coloco na mochila minhas poucas peças de roupas e as
pouquíssimas que meu filho tem. A Dona costurou com uns
remendos algumas pecinhas.
Coloco minha camisola e me deito. Escuto alguém bater na porta,
eu respondo que pode entrar e para minha surpresa eu vejo o Sr
Esposito.
Ele está com muletas, eu me surpreendo pensei que ele não tinha
os movimentos das pernas, mas parece que tem, pouco mais tem.
— Você já ficou tempo demais aqui, arruma suas coisas e vai
embora, você tem até amanhã cedo para sair!
Eu não acredito nisso!
Esse homem não tem coração? Ele sabe que não tenho para onde
ir e me manda embora com um bebê de colo!
— Eu vou, pode ficar tranquilo sei que não sou bem vinda. Mas
como tenho educação, obrigado!
— Eu não fiz isso por você, fiz pela minha filha! — ele diz e se vira
para sair.
— E é por ela que está me mandando embora? — Falo mas ele me
ignora e sai.
Eu peguei ranço desse homem, ele me ignorou e me tratou mal
todos esses meses e o pior, é ele desprezar o próprio neto. Com
certeza ele não é humano, eu entendo porque a filha o abandonou

(...)

Acordo com uma dor de cabeça terrível. Vou abrindo os olhos e


estou em um quartinho de madeira pequeno, de chão batido, parece
mais uma cabana.

Estou sentada em uma cadeira, minhas mãos estão presas com


uma algema para trás, meus pés estão amarrados com uma corda.
Olho para o lado e vejo meu filho em cima de um pano no chão, ele
está acordado mas quietinho.

Eu começo a me desesperar quando percebo que não consigo me


soltar de forma nenhuma, minhas mãos estão dormentes meus
braços doem, a corda está tão apertada que não sinto meus pés!

Logo vem na minha cabeça que ele me achou e vai me punir por ter
fugido. As lágrimas rolam pelo meu rosto, o desespero toma conta
de mim, eu temo pela minha vida, porque agora tenho um filho que
depende de mim.

O sol vai entrando pelas brechas, me dando uma noção de tempo,


provavelmente já passa do meio dia. Meu filho está ficando agitado,
já passou da hora de mamar, ele deve estar faminto, mas é tão
bonzinho que só resmunga e morde as mãozinhas.

Eu não queria mas vou ser obrigada a gritar até alguém aparecer,
meus seios doem, estão empedrando, tenho muito leite, meu filho
começou a comer ontem, ainda se alimenta apenas no peito e
muito, minha camisola está molhada pois meu leite está
esguichando para fora.

Eu grito mas só o que consigo é assustar meu filho, que dá um pulo


e faz um bico me deixando com o coração mão, a porta se abre me
deixando perplexa e com muito mais medo.

Ai Merda!
Vê-la me traz à tona todos os sentimentos ruins que tive, que
estavam adormecidos pela presença do meu filho. E o fato de estar
aqui amarrada, com meu filho ali, à mercê dessa mulher, me dá
muito medo!

Ela está irreconhecível, tem cicatrizes no rosto, seu lábio também


está diferente e seu cabelo está muito estranho, parece ser artificial.

— O que você quer Vaiola, já não está satisfeita?

Eu não a deixo ver meu medo, não vou me colocar ainda mais nas
mãos dessa mulher.
— Não, eu não estou satisfeita!
— Eu não tenho nada que você possa tirar de mim, já me tirou tudo.
Agora me solta que eu vou embora para bem longe e você nunca
mais vai me ver!
Ela puxa uma cadeira e senta na minha frente com muita calma me
encarando.
— Vamos conversar um pouco!
— Primeiro eu quero te agradecer por ter sumido, isso foi
fundamental para mim. Tive tempo para ganhar espaço e observar o
Matteo mais de perto, coisa que eu nunca conseguiria com você lá!
Eu não entendo nada do que ela fala, e ela revira os olhos
percebendo.
— Tá eu vou explicar: lembra daquele último dia que você me viu no
café da manhã? — Como se eu pudesse esquecer!
— Então, depois daquele dia eu nunca mais vi o Matteo e nem tive
mais nada com ele. Minha filha não é dele; eu até pensei que fosse,
fiz promessa para tudo quanto é santo e religião mas antes mesmo
dela nascer eu fiz um exame de DNA e não, ela não é dele!
— Infelizmente!
Eu não sei se acredito nela, mas não faria sentido ela mentir para
mim.
— Eu não preciso mentir, você não vai sair viva daqui pra contar! —
ela diz e dá uma gargalhada.
Quando ela diz isso, o medo me domina, não por mim, mas pelo
meu filho.
— Continuando!
— Por mais que você tenha ido embora, o Matteo não para de te
procurar... Ele não é mais o meu Matteo, se tornou um homem
frouxo e inútil, deixou os sentimentos destruírem o homem incrível
que ele foi um dia. Mas eu sei que posso fazer esse homem voltar,
só preciso de algo para me ajudar, por isso fui te procurar, e olha
que você é bem espertinha heim,ele nunca descobriria. Mas eu,
como sou muito mais esperta, procurei no único lugar que ele não
procurou! — ela diz e sorri.
— Tá vendo como eu fui feita pra ele, eu o completo!
As lágrimas escorrem como uma cachoeira pelo meu rosto, sabendo
que eu entendi tudo errado, fazendo eu, ele e meu filho, que nem
sabe que tem pai, sofrer!
Meu filho começa a chorar o que demorou muito,já que está quase
anoitecendo e ele provavelmente não comeu nada, apenas dormiu
quase o tempo todo.
Ela vai até ele e eu me assusto.
— O que você vai fazer com ele? — pergunto tentando levar a
cadeira.
— Calma Antonella, eu não vou fazer nada! — ela diz e pega ele
voltando para a cadeira.
— Não ainda!
Minha respiração fica rápida, minha visão meio turva de tanto medo
com essas palavras, sei que ela é capaz!
Ela amamenta meu filho que abocanha com vontade.
— Eu preciso dele para ter o amor do Matteo!
— Se eu te contar meus planos,você promete não contar pra
ninguém? — Vagabunda ordinária!
— Obrigado! — ela mesmo se responde.
— Eu vou levá-lo para o Matteo e vou dizer exatamente onde seu
corpo vai estar, depois que eu te matar,é claro. Ele vai me agradecer
eternamente, vai me perdoar,e com você morta, ele vai voltar a viver
como antes!
Como ela pode ser tão má, tão cruel assim? Ela diz e eu sei que é o
que ela vai fazer. Pelo menos meu filho vai estar seguro, sei que o
Matteo vai protegê-lo.
— Mas... — ela diz levantando para colocar meu filho de volta no
chão.
— Depois que tudo se ajeitar, eu mato esse bastardo,enquanto
todos estiverem dormindo. Ele morre de causas naturais e pronto,
fim dos meus problemas.
Quando ela diz isso uma fúria me domina, tudo parece ficar em
câmera lenta, eu puxo minha mão direita com toda a minha força,
rasgando minha pele, quebrando meus ossos até me soltar
Quando ela se vira eu me jogo com força para cima dela e nós
caímos no chão, meu filho se assusta e começa a chorar alto.
Como eu não tenho força na mão, que provavelmente está
quebrada, eu abocanho o pescoço dela fazendo-a gritar de dor e
tentar inutilmente afastar minha cabeça.
Eu arranco um pedaço, mas não satisfeita, eu cuspo e mordo
novamente em cima da mesma mordida
Sinto suas veias, tendões e músculos entre meus dentes e puxo
com uma força extraordinária, rasgando-as ao meio, esguichando e
me banhando com seu sangue.
Olho para ela e vejo que está morrendo e não pode mais contra
mim. Corro e pego meu filho no colo e coloco meu peito na boca
dele, fazendo ele parar de chorar
Agora sentada em um canto, escorrendo sangue pela minha face
que pinga no meu filho, eu vejo o que acabei de fazer e não posso
acreditar.
Estou toda ensanguentada o sangue espirrou até no meu filho, tem
muito sangue, até no meu cabelo! Ela ainda sangra, formando uma
poça no chão que só aumenta e chega aos poucos até mim,
encharcando ainda mais minha camisola
A noite cai e graças aos céus não está frio, senão eu e meu filho
morreríamos aqui, eu enrolo o pano nele mesmo estando cheio de
sangue e saio do lugar.
Abro a porta e estou em uma espécie de floresta, à minha frente tem
uma imensidão de árvores que não tem fim
Está escuro e a unica luz é a da lua. Não faço a mínima idéia de
onde estou, não sei como cheguei aqui e nem a Vaiola.
Eu não me arrependo do que fiz com ela, o que me chocou foi a
forma que fiz, eu não pensei que seria capaz de matar alguém
assim, mas uma força sobrenatural me dominou quando ela me
disse o que faria com meu filho.
Eu faria qualquer coisa para protegê-lo, sempre li histórias e não
imaginava que era dessa forma, pensei que nós mães, decidimos
fazer algo para defender nossos filhos.
Mas não! Uma força nos domina,fazendo o mundo à nossa volta
parar, nada mais importa, não tem dor, não existe certo ou errado,
só o que importa é ver nosso filho seguro
Eu ando com dificuldade, pois estou descalça pisando em galhos e
pedras, sentindo a terra nos meus pés e amassando folhas. Não
está tão frio, mas estou molhada de sangue o que faz minha pele se
arrepiar com o vento.
Meu filho dorme tranquilo no meu colo como se nada tivesse
acontecido. Minha mão esta mutilada, inchada e dói muito e a outra
ainda carrega a algema pendurada.
Estou andando há dois dias e só hoje eu achei uma estrada de
terra, mas até agora não passou ninguém.
Minhas pernas estão coçando e inchadas assim como meus pés, eu
me encostei em uma árvore para descansar um pouco mas acabei
cochilando e quando acordei, tinha muitas formigas subindo em mim
Meu filho está bem eu não o solto por nada, meus braços doem mas
eu não solto, não sei o que pode acontecer nesse lugar se tem
bichos eu não, eu não vi nenhum mas não me arrisco
Escuto o barulho de um carro e paro, meu coração acelera, eu vou
para o meio da rua para fazer ele parar e quando ele para e eu vou
em direção a porta do carona eu me assusto, ele me dá medo!
É um homem velho que fede a cigarro barato e a cachorro molhado,
gordo e suas roupas estão sujas.
— Preciso de uma carona!
Ele olha para as minhas mãos e vê que não tenho condições de
abrir a porta, então ele abre e eu entro.
— Vai para onde?
— Para a residência dos Cappolo, lá eles vão te recompensar por
me ajudar! — Ele me encara e arregala os olhos.
— Você é a esposa desaparecida do Messina? — Ele diz rápido, de
uma forma tão estranha que me dá ainda mais medo e me
arrependo de ter entrado nesse carro.
— Para o carro, eu vou descer! — Falo e ele rapidamente saca uma
arma e coloca na minha cabeça.
— Seu marido ofereceu uma recompensa milionária para qualquer
informação sua, imagina eu levando você, vou sair de lá rico!
Eu tenho ainda mais nojo dele!
— Minha família também é rica, me leva pra lá que você vai ser
recompensado!
— Moça presta atenção ou você colabora e vai quietinha, ou eu te
mato e levo só a criança, vou sair de lá rico do mesmo jeito, você
que sabe!
Eu nego com a cabeça e fico quieta. O caminho inteiro ele vai
comemorando e não abaixa a arma. Conforme vamos nos
aproximando da residência meu coração bate tão forte que parece
que vou ter um infarto, meu filho desperta mas não chora, fica
quietinho olhando tudo.
Quanto chegamos nos portões ele dá a volta e abre a porta, quando
eu desço os homens parecem não acreditar no que vêem, é como
se eu fosse um fantasma, deixando-os todos desconcertados e
apavorados.
— Abaixa essa arma! — diz o segurança para ele que ainda está
com a arma na minha cabeça.
— Eu só abaixo quando vir o sr Messina, eu quero minha
recompensa!- ele diz e os homens ficam tão desesperados quanto
eu.
— Se você chegar perto, eu estouro os miolos dela! — ele grita com
o homem que estava se aproximando devagar.
— Está tudo bem faz o que ele diz abre o portão! — eu falo e o
homem faz o que eu peço.
O louco me empurra para dentro e pelo visto vamos — andando. A
pressão da situação é tanta, que me faz esquecer toda a dor do
meu corpo.
Eu olho para o meu filho que está bem acordado e brinca com o
meu cabelo duro pelo sangue que já secou. Quando enfim
chegamos na porta,ela se abre e vejo o Giulliano me sentindo
aliviada, ele me olha espantando, como se não acreditasse no que
vê.
Desvia o olhar com ódio para o homem.
— Cadê ele, eu só vou entregá-la pra ele! — ele diz me empurrando
para dentro da sala.
O Matteo entra na sala e pela sua cara, não foi avisado pelos seus
homens. A minha primeira reação é correr em sua direção e quando
ele me envolve em seus braços, eu vejo tudo escurecer.

Matteo

Escuto alguém gritar na sala e quando saio do meu escritório vejo


uma cena que me parece uma miragem. Um homem com uma arma
apontada para a cabeça da Antonella que está com meu filho no
colo, assim que me vê, ela corre para mim que abro os braços e a
envolvo, segurando seu corpo que cai desmaiado.

O Giulliano vem me ajudar e pega meu filho, eu pego-a no colo e


corro para o quarto, coloco-a na cama e analiso seu corpo
procurando algum ferimento, ela está toda ensanguentada, está
com uma camisola vermelha de sangue, seus cabelos estão duros,
esse sangue é seco.

— Chama um médico agora! — Falo para meu irmão que correu


comigo para o quarto
Ele me entrega meu filho que me olha com os olhos arregalados, eu
o encaro e parece que estou me vendo. Ele é exatamente como eu,
seus olhos são azuis, sua pele e branca, ele está todo sujo assim
como ela
Eu coloco-o na cama e tiro o pano e toda a sua roupa, procurando
algum machucado e não acho nada, enquanto eu o viro— para
procurar nas costas, ele dá uma gargalhada,quase me assustando,
é a segunda vez que vejo um bebê, mas sem chorar e ainda rindo, é
a primeira vez.
Eu dou um sorriso para ele que retribui e estende a mão para pegar
meu rosto, eu abaixo e ele puxa meu nariz,fazendo uma lágrima cair
dos meus olhos. Eu não consigo acreditar que procurei tanto e eles
estão bem aqui agora.
— Pronto, chegaram! — Meu irmão diz entrando no quarto com a
médica que cuidava da Ane.
Eu pego meu filho no colo e fico em pé vendo-a cortar a roupa da
Antonella e jogar de lado.
— Ele está ferido? — A médica me pergunta se referindo ao meu
filho.
— Não!
— Então leve-o para tomar um banho e colocar uma roupa quente!
— Ela fala e eu saio do quarto e vou atrás da Diana, mas na sala
está o homem que trouxe a Ane, gritando para os meus homens
A Diana pega ele do meu colo e eu falo para ela que ele precisar
tomar banho e vou até a homem.
— Sr Messina, eu trouxe-a, agora quero minha recompensa! — Eu
vou para o escritório e pego minha arma saio de lá engatilhando-a.
— Não, eu trouxe-a,você colocou a recompensa pra quem
trouxesse qualquer informação, eu trouxe-a e a criança!
— Sim, mas você veio apontando uma arma na cabeça da minha
mulher, seu filho da puta!
Falo e disparo na testa, ali mesmo na sala e o corpo dele cai, eu
nunca matei alguém dentro da minha casa, esse foi o primeiro.
Eu ainda não estou acreditando que eles estão aqui. Aqui em casa,
debaixo dos meus olhos, não acredito que ela está lá, no nosso
quarto.
— Matteo! — meu irmão me tira dos meus pensamentos!
— Nada da Vaiola, desapareceu mesmo, não a encontram em lugar
nenhum!
Ela está desaparecida há dias. Faz alguns meses que mandei a
menina para um orfanato, ela teve o mesmo destino que as crianças
dos meus inimigos.
Eu não abri o exame de DNA, não sei se ela é ou não minha filha,
sinto que não. Não sei por que, mas eu não conseguia nem olhar
para a menina, sei que ela não tinha culpa, mas eu acabava a
associando à fuga da Antonella.
Se ela for minha filha, infelizmente eu nunca vou ser um pai para
ela, sei que não vou conseguir.
— Deixa eles continuarem procurando, eu vou acabar de uma vez
por todas com ela, coisa que eu já devia ter feito há muito tempo!
Mando meus homens tirarem o corpo do homem da sala e subo
para o quarto do meu filho, entro e vou até o banheiro e ele está
dando muitas gargalhadas para a Diana quando bate na água da
banheira cheia.
Eu encosto na porta e fico olhando para ele e agora vejo que sua
pele é ainda mais branca do que parecia quando ele chegou. Ela
termina, pega uma toalha e o enrola.
— Ai que susto Matteo! — diz quando se vira com ele no colo
— Desculpa!
Eu disse isso mesmo?? Não me lembro da última vez que usei essa
palavra.
— Tudo bem- ela diz e sorri para meu filho que pega seu nariz.
— É a mesma coisa de estar dando banho em você, você fazia
essas mesmas coisas, ele é todinho você!
Meu coração se alegra em saber disso, eu amoleço e dou um
sorriso para os dois, ela o coloca na cama, põe a fralda e depois um
macacão de pijama, ele abre a boca de sono.
Eu pareço um bobo de olho em tudo, ela pega uma escova infantil e
penteia os cabelos negros dele para o lado, tira-o da cama e me
entrega.
— Pronto, está quase dormindo, ele já mamou, mas não estava com
fome, quando ele dormir é só colocar no berço!
Por incrível que pareça eu não me assusto, pego nele e vou para
uma poltrona reclinável que tem aqui no quarto, coloco ele no meu
peito e ela sai.
Cheiro seu cabelo e o que me invade é não só esse cheirinho
gostoso, mas um amor enorme por ele. Ele levanta a cabeça e me
olha, seus olhinhos azuis encaram os meus e ele me dá um sorriso.
— Eu te amo!
Falo e ele deita a cabeça no meu peito, seus olhos vão se fechando
aos poucos e ele adormece. Fico me perguntando como eu posso
amar ele tanto assim a ponto de confessar espontaneamente, sem
nem mesmo o ter conhecido?
Olho em volta e tudo parece ter ganhado vida com ele aqui. O
quarto que eu preparei com carinho, como uma surpresa para a
Antonella, mas que cheguei a pensar que nunca seria usado, ganha
vida!
Antes eu olhava e só via cinza e agora vejo o quanto ele é colorido.
Nunca deixei a Vaiola entrar aqui ou sequer deixei a filha dela ter um
quarto.
— Matteo, a médica está te chamando ela já terminou! — Diz o meu
irmão entrando no quarto.
Eu me levanto bem devagar e vou até o berço, coloco-o, mas ainda
fico um pouco velando seu sono.
— Eu disse que eles voltariam! — Ele me diz já estando ao meu
lado e batendo no meu ombro.
— Sim, nem parece ser real!
— Ai, filho da puta! — xingo porque ele me deu um beliscão.
— Pra você ver que é real! — diz rindo me fazendo rir também.
— Eu tô muito feliz por você Matteo, não aguentava mais te ver
sofrer pelos cantos!
Eu concordo com ele e saímos. Realmente eu apenas sobrevivi por
esses meses. O sofrimento era tanto, que minha vontade era dar um
tiro na minha própria cabeça para acabar com os pensamentos que
me perturbavam.
Muitas vezes eu cheguei a colocar a arma na minha boca e tentei
apertar o gatilho, mas o pouco de esperança que eu tinha de que
ela voltaria me impedia.
Entro no meu quarto e a Antonella está limpa e coberta por um
lençol a equipe médica vai saindo, deixando só a doutora conosco.
— Eu preciso saber de tudo, cada detalhe! — falo calmo, na
verdade eu estou grato por ela ter chegado tão rápido.
— Então Sr Messina, provavelmente ela estava presa, por conta da
algema que estava pendurada na mão esquerda, e puxou a mão
direita até conseguir se soltar, mas isso fez ela quebrar vários ossos
da mão e também rasgou muito a pele, mas por sorte ficou
pendurada e por isso conseguimos costurar sem precisar de um
transplante de pele!
Estou aflito imaginando a dor que ela passou quando fez isso.
— Se ela demorasse mais 1 dia perderia a mão ou até mesmo o
braço. Estava muito infeccionado e já fazia alguns dias. Ela estava
andando por alguma mata ou floresta, suas pernas e pés estão
muito machucados por andar descalço e pelas mordidas de insetos.
Eu já recebi por email o resultado do exame e o sangue seco não
era dela!
Com certeza esse sangue é da pessoa ou capanga que prendeu-a.
Eu estou perplexo com tudo que ela está me dizendo, tentando
montar um cenário que a levou a esse estado.
— Mas o bom é que ela está bem, não estava com nenhuma
anemia, só estava fraca provavelmente ela não se alimenta há dias,
mas alimentou o bebê,seus seios mostram isso!
Sim a Diana disse que ele não estava com fome. E eu me pergunto
como ela estando nesse estado, ainda conseguiu cuidar dele?
— Ela está sedada, vai dormir por mais 1 ou 2 dias, é normal, uma
enfermeira vai ficar aqui e trocar o soro sempre que acabar até ela
acordar!
Eu não sei nem o que falar, minha mente está a mil, o que ela
passou foi terrível e ainda mais com um bebê.
A médica diz que vai olhar meu filho e fala mais algumas coisas que
eu nem consigo mais prestar atenção, e sai com meu irmão.
Eu me sento ao lado dela que respira tranquilamente, seu corpo
está cansado, seu rosto sereno, eu toco seus dedos, e sinto uma
onda de alívio me envolver.
É real!
— Eu estou aqui... Você está segura agora... Eu vou cuidar de
você...Eu te amo — Sussurro as palavras que saem de forma
espontânea.
E nesse momento, sinto o gosto amargo de uma lágrima solitária
que desceu sem aviso. Eu reconheço que ela é a mulher da minha
vida, sem ela eu não vivo, esses meses sozinho eu apenas vivi dia
após dia num tormento.
— Matteo! — meu irmão me chama abrindo a porta.
— Fala! — respondo limpando meu rosto.
— O bebê está chorando e você tá mais perto que a Diana!
Eu acho estranho, não ouvi nada, e quando escuto falar que uma
criança está chorando, já imagino um escândalo igual a menina da
Vaiola fazia.
Eu saio e vou com ele para o quarto. Entro e a médica está
examinando meu filho já sem as roupas, ele resmunga e faz bico,
como se ela tivesse falado alguma coisa que deixou ele triste.
Eu vou até lá e pego nele, o colocando sobre meu peito e cubro seu
corpinho pequeno com meus braços.
— Que gracinha! — a médica diz e sorri.
— Ele está fazendo manha!
Não faço ideia do que seja manha, mas a cara que ele faz para ela
é muito engraçada, porém nos meus braços ele para.
— Pronto! — falo deixando claro para ela que acabou, chega de
revirar meu filho.
— Sim ele está bem, muito saudável e com certeza acima do peso
para a idade dele, uma bolinha!
Ela diz a última palavra para o meu filho com uma voizinha
engraçada, fazendo-o rir.
— Vem! Vamos colocar o pijama? — diz com aquela voz e estende
os braços chamando-o, que se vira e esconde o rosto no meu peito.
— Ai caralho,ele quer você! — Meu irmão diz alto e rindo, fazendo
ele dar um pulo de susto.
— Porra Giulliano!
Meu irmão olha para ele e dá risada, fazendo-o mudar a cara de
susto para engraçada.
— Bom Sr Messina ele não quer que eu coloque a roupa, vai ter que
ser o senhor mesmo!
Ai merda, será que eu consigo? Não deixo-a perceber meu
nervosismo, continuo firme e sério. — Tá bom pode deixar, agora
você já pode ir!
Ela concorda e o Giulliano ameaça sair mas eu não deixo,ele vai me
ajudar, eu não sei o que fazer não vou ficar sozinho com essa
tarefa.
— Eu não sei, nem vem! — ele diz levantando as mãos.
— Eu sei disso, mas o que eu faço agora? — pergunto colocando
ele na cama Ficamos nos dois curvados olhando para ele e
tentando adivinhar o que fazer.
— Sei lá se vira, você é o pai, essas coisas aparecem naturalmente
dentro de você quando ele nasce!
— Sério? — pergunto imaginando como isso pode ser possível.
— Claro que não idiota, você tem que praticar!
— Vai tomar no cú, filho da puta!
Ele ri e o bebê também mostrando suas gengivas sem nenhum
dente, me fazendo rir.
— Acho que ele gosta de palavrão! — diz o idiota do meu irmão.
— Tá, não deve ser tão difícil assim é só uma roupa!
Falo e começo a colocar a roupa, praguejando quem teve a ideia de
colocar tantos botões nesse negócio.
— Pronto! — falo orgulhoso.
— É, tá meio estranho, mas tá bom! — diz meu irmão

Entro no meu quarto com meu filho no colo, coloco ele bem perto da
Antonella e me deito do outro lado deixando ele no meio de nós
dois. Ele se vira para ela ficando de lado, tentando alcançar o nariz
dela.
— Lorenzo?
Chamo baixinho e ele se vira na mesma hora para mim,
confirmando o que pensei ser seu nome.
Nós já tínhamos escolhido o nome dele, só não tínhamos contado a
ninguém, decidimos esperar ele nascer. Ela dizia que queria ver se
ele tinha cara de Lorenzo e a lembrança desse momento me deixa
feliz.
Eu faço um carinho no cabelo dele que volta sua atenção para ela,
querendo chamar sua atenção. Fico analisando cada detalhe do
meu filho, até que acabo adormecendo.
Acordo assustado percebo que acabei dormindo demais, vendo-o
balançar as pernas e braços para cima.
Olho para ele que está acordado e fazendo aquela mesma cara de
dó, resmungando, ameaçando começar a chorar. No relógio do meu
pulso, vejo que são 5h da manhã, ele deve estar com fome
Puta merda e agora o que eu faço?
Vou ir atrás do meu irmão ele fica com o Lorenzo e eu vou acordar a
Diana, sei que está muito cedo, porém não faço a menor ideia de
como dar mama para um bebê
Entro no quarto com meu filho no colo e ele não está, aquele traidor
nem para ficar em casa hoje. Desço e vou até a cozinha, não posso
ir com ele até a casa dos funcionários, fica a mais de um quilômetro
daqui, e eu não faço ideia se a Diana tem telefone.
Abro a geladeira e pego o leite e um pano de prato para não
derrubar nele o leite, não quero ter que trocar essa roupa que mais
parece um quebra cabeça
Me sento e deixo ele sentadinho no meu colo, coloco o leite no copo
e levo até a boca dele, que faz uma cara horrível, como se eu
estivesse dando limão e não leite e cospe tudo, eu coloco mais um
pouco e ele cospe novamente.
— Filho bebe o leite por favor! — eu suplico dando mais, porém ele
vira o rosto e bate a mão no copo, eu abro minhas pernas em um
movimento rápido para não cair em mim, o copo cai no chão e se
quebra.
Eu levanto as sobrancelhas e o encaro, ele me olha sério e dá um
sorrisinho me desarmando todo. Fico impressionado, ele não queria
eu insisti e ele jogou no chão resolvendo o problema, bem meu filho
mesmo!
Ele resmunga incomodado no meu colo, eu penso mais um pouco
no que fazer até ter uma ideia. Volto para o quarto e deito ele na
cama, abaixo a camisola da Antonella e seus peitos estão enormes
como nunca antes, eu vejo as veias verdes saltando, o bico também
está maior.
Pego meu filho e coloco deitado em cima dela mas seguro seu
corpo, para não machucá-la.
Ele se desespera e abocanha o bico do seio dela, eu encosto a mão
sem querer quanto tento deixar ele mais confortável e percebo que
está tão duro quanto pedra, mas conforme ele vai sugando vai
amolecendo. De repente o outro seio começa a vazar esguichando
leite, ai caralho!!
Eu corro e pego uma camiseta e coloco em cima, mas não adianta
está encharcando Pensa Matteo pensa!
Eu tiro meu filho do peito que ameaça a chorar e coloco no outro e
pronto deu certo, fico de olho no outro seio e não está vazando leite
para meu alívio.
— Esses peitos são meus viu não se acostuma não! — Falo para
ele que me encara sugando e segurando com as duas mãozinhas.
Eu dou um sorriso e ele retribui sem deixar de sugar, fazendo cair
um pouquinho de leite da sua boca.
Depois que ele mamou até esvaziar os dois seios dela, eu coloquei
ele no meio novamente. Ele fechou os olhos e dormiu rapidinho.
Troquei a camiseta da Antonella molhada de leite e deitei.
Coloquei meus braços atrás da cabeça e fiquei encarando o teto,
pensando na virada que minha vida deu desde que a conheci
naquela apresentação, estava linda, acho que foi ali que me
apaixonei, só pode!
Fiquei tão fissurado nela que nunca mais fui o mesmo, fiz muita
merda confesso, mas eu aprendi muito!
E agora tenho-os aqui comigo de novo e nunca mais vou deixá-la ir
embora, isso eu garanto!

(...)

Acordo com a luz do dia invadindo o quarto, o Lorenzo está


atravessado na cama, sua cabeça está próximo a barriga da Ane e
seus pés estão no travesseiro

Como ele ficou nessa posição??


Me levanto mas aí eu volto, vai que ele se vira e cai, olho para os
travesseiros e coloco no meu lugar fazendo uma barreira.
Vou para o banheiro e tomo o banho mais rápido da minha vida e
ainda assim, fui três vezes durante o banho até a porta, para ver se
ele está no mesmo lugar.
Eu vou mandar colocar um berço aqui senão eu não tomo mais
banho em paz. Saio, pego uma roupa e jogo na cama, me troco ali
mesmo olhando para os dois, ele começa a se mexer, abre os olhos
e quando me vê, sorri com a carinha inchada.
— Bom dia rapaz! — falo e ele balança os braços e pernas. Eu o
pego e desço atrás da Diana, vou até a cozinha e lá está ela e mais
algumas outras empregadas.
— Bom dia! — falo e elas respondem, a Diana vem até mim sorrindo
e pegando-o do meu colo.
— Diana, eu sei que não é seu trabalho,mas eu preciso de ajuda
com ele!
Eu poderia contratar uma dúzia de babás, mas eu não quero
nenhum estranho com meu filho e nem as outras empregadas, para
isso eu só confio nela!
— Eu cuido dele com o maior prazer!
— Vou mandar comprar o leite próprio para ele, foi você que fez
aquela bagunça aqui na cozinha né?
— Não, foi ele que fez a bagunça rejeitando o leite, eu coloquei ele
no peito da Ane e deu certo!
Ela dá risada e me diz para deixá-lo com ela, eu saio de lá e no
caminho para meu escritório encontro meu irmão chegando.
— Cê não vai acreditar! — diz eufórico.
— O que foi?
— Encontraram a Vaiola, e ela está morta há dias! — Eita porra!
— Como assim?
Falo indo para o escritório, ele me segue entra e fecha a porta.
— Acharam de madrugada, me ligaram para ir ver a cena e olha, ela
morreu feio!
Não sei nem o que falar,eu não esperava essa notícia, fiquei
desapontado pois eu queria matá-la com minhas próprias mãos!
Perdi minha chance!
Ele em explica e mostra as fotos e realmente foi feio, começo a
suspeitar que ela esteja envolvida com o estado da Antonella e falo
para ele minhas suspeitas que concorda.
Ela sumiu há dias, batendo com as suspeitas da médica em relação
ao estado da Antonella.
Ele me conta que encontraram um carro a alguns metros do local e
o carro está registrado no nome do pai da Vaiola, então se ela
estiver envolvida com o que aconteceu com a Ane, a família dela
ajudou.
— Matteo você precisa avisar a família da Ane. Eu não falo com a
Marie desde que a Antonella apareceu, mas ela me mandou
mensagem e estava normal, eles não sabem do que aconteceu!
— Sim eu sei, pode avisa-la!
— Sabe que ela vai vir igual um furacão né? — diz meio receoso.
— Sim,eu sei!
Respondo e ele na mesma hora manda uma mensagem para ela e
me diz que ela nem respondeu, é claro que está vindo correndo.
Se eles realmente não sabiam onde e como ela estava, devem estar
tão preocupados como eu estava e quando ela acordar vai gostar de
os ver aqui.
Voltamos a conversar sobre a Vaiola e agora que ela está morta,eu
preciso decidir o que fazer, afinal quando alguém do nosso meio me
trai, eu não tenho misericórdia com a família!
Ouvimos as vozes vindas da sala e sei que a Marie chegou, e
caramba não faz nem meia hora!
— Cadê ela? — pergunta a Marie para meu irmão, assim que
entramos na sala, ela está acompanhada da mãe da Ane.
— Ela está lá no quarto mas sedada, ainda não sabemos o que
aconteceu!- respond.
— E meu neto? — a mãe dela me pergunta aflita.
— Ele está bem, está com a Diana daqui a pouco ela o traz !
Elas respiram aliviadas e sobem para o quarto, eu olho para meu
irmão, que se jogou no sofá.
— É, não ganhei nem um beijinho! — ele fala para ele mesmo.
— Então você a assumiu !
— Sim, o pai dela quase me matou, mas aceitou! — diz sorrindo
Eu dou risada e fico feliz sei que ele gosta dela, eles tem algo
estranho, mas se ele gosta quem sou eu...
— Matteo, ele tá estranhando as meninas e parece não me querer
mais!
A Diana diz trazendo meu filho,já tomado banho e com um macacão
que o deixa parecendo um leãozinho.
Quando ele me vê, já se joga nos meus braços e percebo que ele
sabe que sou o pai dele, e o fato dele me querer me deixa contente.
— Vem com o papai vem!
Pego-o e pronto não está mais incomodado, a Diana volta para a
cozinha e eu sento no sofá.
— Você tá fudido, ele só quer você!
— Eu gosto disso, já perdi demais!falo entristecido.
— Foi mal!
— Ai.meu.Deus!!! — A Marie grita descendo as escadas com as
mãos no rosto.
— Que bebê mais fofo! — Dá mais um grito e vem correndo. Só
pode ser louca mesmo, até me assustei com seus gritos!
— Me dá ele!- ela diz estendendo os braços mas ele se esconde no
meu peito, me fazendo sorrir.
— Vem com a titia bebê! — ele nem se vira e ela me olha com cara
feia.
— O que você falou pra ele, heim?
— Eu nada, ele só não quer você, prefere o pai dele! — falo
convencido.
— Vem leãozinho, com a titia, vem seu pai é malvado!
Eu olho feio para ela, está apelando. A Elisa desce as escadas
também com a mão no rosto e vem até mim.
— Ai que coisinha mais fofa! — ela diz e ele sai do esconderijo e
olha para ela, mas não sorri, só olha.
— Vem com a vovó vem! — diz chamando ele com os dedos, ele faz
a mesma coisa, eu não aguento e dou risada, o meu irmão que
segurava o riso também e leva um tapa da Marie!
— Vem bebê sou sua vovó! — ela diz e pega ele à força do meu
colo, ele até puxa meu terno como se me pedisse para impedi-la.
Ela olha para ele e começa a falar com aquela voizinha, ele a
encara e faz um bico,eu já me levanto e ele estende os braços para
mim, que pego-o na mesma hora.
— Não acredito nisso! — ela diz chocada.
— Ele se apegou a você e nossa você caprichou heim, ele é sua
cara, não tem nada da Ane!
— Mas ele é lindo! — a Marie diz sorrindo.
— E você é feio! — fala me olhando feio Essa menina me odeia!
Nos sentamos e meu irmão explicou tudo para elas, desde que a
Antonella chegou, até sua situação atual.
A Elisa me pediu para ficar aqui até a Ane acordar e eu concordei
não vejo problema.
— Eu vou ficar também, mas você se comporta! — a Marie diz e dá
um tapa no meu irmão.
— Ai, eu não fiz nada! — ele reclama.
— Mas vai querer, já estou adiantando! Esses dois são bem
estranhos mesmo!
Já faz dois dias que a Antonella está dormindo, eu coloquei um
pequeno berço em formato de cesto no quarto para o Lorenzo
dormir, e fico a maior parte do tempo aqui esperando-a acordar.
A Diana me deu um aparelho que consigo ouvir o meu filho, é uma
babá eletrônica, eu achei bem útil estou aprendendo a usar.
Alguém bate na porta e eu abro vendo a mãe da Ane, ela sorri sem
graça e dou passagem, ela entra e senta na cama.
— Vou levá-lo pra mamar! — falo pegando meu filho do berço.
— Você é um ótimo pai pra ele Matteo! — ela fala e eu só olho para
ela, não respondo nada.
Vou para o quarto, coloco ele no berço e dou um dinossauro
pequeno de pelúcia para ele, que leva a boca e morde com raiva do
brinquedo me fazendo sorrir.
Eu olho para a mesinha e a babá eletrônica liga umas luzes
vermelhas e escuto a mãe da Ane falando para ela acordar, me
lembro que deixei o outro aparelho lá e tento desligar, não quero
ouvir o que ela tem a dizer para filha é muito invasivo, mas ao invés
de desligar eu aumento o volume.
— Caralho! — reclamo e meu filho da risada, estou começando e
pensar que sim, ele gosta de ouvir palavrões.
De repente escuto a voz da Ane e levo um susto, ela parece
assustada e pergunta pelo bebê.
— Cadê meu filho! — pergunta eufórica.
— Calma Ane, ele tá bem,está com o Matteo!
Ouço sua respiração forte de alívio e isso me deixa também
aliviado, não sei o que se passa na cabeça dela. Elas choram e a
mãe dela faz perguntas e eu confesso que me deixaram ainda mais
atento.
— Se você não estiver pronta tudo bem!
— Mãe, eu a matei mãe, eu matei, eu matei! — ela diz entre o choro
e desespero.
— Ela quem Ane, o que aconteceu? — a Elisa pergunta também
chorando.
— A Vaiola, mãe ela me achou disse que ia matar meu filho, mãe
ela ia, eu sei que ia!
Ela fala e meu sangue sobe, minha vontade é descer até o subsolo
e socar a Vaiola mesmo morta.
— Filha se acalma, respira e conta direito. Onde você estava?
Ela tenta se acalmar e conta que estava na casa do meu avô e eu
até sento na poltrona. Não acredito que procurei pelo mundo e ela
estava bem aqui, bem debaixo do meu nariz!
— Ele me mandou embora mãe, ele é um mostro amargo, me
expulsou só porque eu sentei na mesa enquanto ele almoçava!
Velho filho da puta, como ele teve coragem de fazer isso com ela,
realmente ele não vale nada,vai morrer sozinho!
— Ah Ane, por que você não voltou logo pra mim! — falo ouvindo
seu choro.
— Mas a Vaiola me achou e não sei como,mas quando eu acordei
estava em um lugar amarrada e o Lorenzo no chão!
Ela explica que ficou um dia inteiro até a maldita aparecer, e nesse
tempo meu filho ficou no chão. Eu me levanto e dou um soco na
parede, para extravasar um pouco da minha raiva.
— Ela disse que ia me matar e trazer meu filho pra cá, eu não me
importei mãe eu sabia que o Matteo o protegeria, eu sabia mãe! —
diz e chora ainda mais.
— Mas ela disse que ia matar ele enquanto dormia, mãe ela ia eu
sei que ia, mãe ela é doente!
Eu nunca permitiria que ela chegasse perto do meu filho, nunca!
— Eu não aguentei, eu virei um bicho e me soltei e a mordi — mãe,
era só o que podia fazer, eu não tive escolha eu arranquei um
pedaço mãe, eu matei-a!
Ela está aos prantos.
— Meu Deus Ane — a mãe dela está tão perplexa quanto eu.
— E o bebê Ane, o que você fez depois?
Ela continua perguntando e eu já estou incomodado, a Ane já falou
demais.
— Eu peguei e amamentei, enquanto o sangue dela espirrava em
mim!
Eu tento montar essa cena na minha cabeça e é muito assustador,
não para mim que convivo com a morte, mas para ela sim tão frágil
e ter que passar por isso.
— Ela me contou tudo mãe, antes de morrer ela me contou tudo! O
que será que a Vaiola contou?? Tenho até medo de descobrir.
Eu olho para o meu filho e ele está tão concentrado quanto eu, acho
que está reconhecendo a voz da mãe.
— Ei garotão, é a mamãe,ela acordou! — falo sorrindo, pegando-o
do berço.
Eu queria deixá-la conversar mais com a mãe dela, sei que elas
precisam desse momento, mas eu não posso mais esperar, preciso
vê-la, olhar para seus olhos, eu necessito disso!
Por mais que seja um quarto ao lado do outro, parece que a
distância é enorme, meus passos são quase em câmera lenta. Dou
uma batida na porta e entro.
Meus olhos vão de encontro ao seus mas os dela vão de encontro
aos do Lorenzo, que olha sério para ela.
— Cadê o bebê da mamãe? — ela diz com o sorriso mais lindo do
mundo e os olhos inchados de tanto chorar.
Ele se estica e pula no meu colo,gritando de euforia, eu até me
assusto, é a primeira vez que o vejo assim tão contente, se eu não
estivesse segurando bem, ele cairia com certeza!
— Vou deixar vocês conversarem! — A mãe dela diz e sai limpando
as lágrimas.
Ela estica os braços e ele se joga do meu colo, eu me sento na
cama e o dou para ela, que o abraça forte e dá vários beijos em
todo seu corpinho, enquanto as lágrimas caem dos seus olhos e ele
ri achando, que ela está brincando.
Eu olho essa cena e não resisto a felicidade vendo os dois aqui na
minha frente, deixo as lágrimas caírem.
Ela me olha e leva a mão ao meu rosto secando minhas lágrimas,
fecho meus olhos e aproveitando a sensação do seu toque, levo
minha mão em cima da sua no meu rosto e dou um beijo, ainda com
os olhos fechados.
— Me perdoa! — diz entre as lágrimas, tirando um peso dos meus
ombros.
— Eu pensei...
— Shiii — eu a interrompo com meu dedo nos seus lábios.
Ela puxa meu pescoço e sela nossos lábios. A sensação de ter
meus lábios nos dela me parece alucinação, eu sonhei muitas vezes
com isso e quando acordava ela não estava, mas agora ela está
aqui,é real!
— Aiiii — reclamo
Meu filho puxa minha barba e separa nossos lábios fazendo-a rir.

— Você tá com ciúmes da mamãe, meu amorzinho?


— Ah, Lorenzo! — falo e ela me olha.
— Como você descobriu o nome dele?
— Eu o chamei de Lorenzo e ele atendeu! — Ela sorri,me dá aquele
sorriso lindo e enorme...
Sim, ele nasceu com cara de Lorenzo,então eu não mudei!
— A gente tem que conversar Matteo, eu preciso te contar o que
aconteceu!
— Sim, precisamos. Eu ouvi a conversa com sua mãe, não tive a
intenção, mas estava ligado e não consegui desligar! — Falo e
aponto para a babá eletrônica.
— Então você sabe o que eu fiz? — Pergunta e eu concordo com a
cabeça.
— Você tá bem? — pergunto.
— Sim, mas parece que fui atropelada por um trem!
— Eu vou chamar a enfermeira para tirar isso do seu braço! — falo
me referindo ao soro.
— Eu também estou com muita fome, quanto tempo eu dormi?
— Quase 3 dias! — falo e ela arregala os olhos.
— E ele ficou bem? — Ele é muito apegado a mim! Não vai com
mais ninguém! Ela pergunta com ar de preocupação e eu fico ainda
mais alegre, por saber que meu filho também é apegado a mim.
— Ele ficou bem, comigo! — digo e ela respira aliviada.
Saio do quarto e peço para a Diana fazer uma sopa para ela, mas
antes eu aviso a enfermeira,que vai rápido para o quarto.
Quando volto, no corredor vejo meu irmão sair do meu quarto, ele
passa por mim e sorri, chego no quarto,está a enfermeira tirando o
curativo da mão da Ane, minha sogra e a Marie.
A Ane está amamentando meu filho, que já está até mole no colo
dela.
— Sim, eu vou contar tudo, mas eu preciso comer e tomar um
banho primeiro!
— Eu vou te ajudar a tomar banho você está fraca, não é
aconselhável ficar em pé sozinha! — diz a enfermeira.
— Pode deixar que eu a ajudo! — falo.
— Eu a ajudo, Matteo! — A intrometida da Marie diz e eu já fecho a
cara. Essa menina é um pé no saco!
— Tudo bem Marie! — A Ane diz e um sorriso se forma no meu
rosto, mas lembro que tem outras pessoas aqui e disfarço.
A enfermeira orienta como lavar os pontos e os cuidados que ela
tem que tomar depois. O que é desnecessário, sei muito bem tudo
isso!
A Diana entra no quarto com uma bandeja e já começa a chorar
quando abraça a Ane, que chora também.
— Bom, então vamos deixar ela comer e tomar banho, mais tarde a
gente volta Marie! — diz a Elisa,depois que a Diana e a enfermeira
saíram do quarto.
Até que enfim, pensei que elas iam querer ficar aqui!
— Eu até levaria o Lorenzo, mas ele não vem comigo nem a pau! —
diz minha sogra.
— Nem comigo! — A Marie diz.
— Não tudo bem, ele já vai dormir!
Elas dão um beijo na Ane e saem, eu tranco a porta e quando viro
meu filho já soltou o peito dela, dormiu.
— Põe ele no berço! — Ela pede e eu faço, ele está até mole de
tanto que mamou.
Ela tenta pegar a bandeja mas não consegue, sua mão ainda está
bem inchada por causa dos pontos, que são muitos, então eu a
ajudo.
— Não força a mão, come com a esquerda, se os pontos
estourarem vai ser pior!
— Sim eu sei, mas não está doendo nem um pouco!
— Porque os remédios são fortes!
— Eu vou querer mais, ainda estou com fome! — ela diz acabando
a sopa.
— É melhor esperar um pouco, faz dias que você não come se
comer demais vai passar mal!
Quando ela termina de comer, eu tiro a camisola dela e a levo para
a banheira que eu já tinha ligado. Coloco-a sentada, tiro minhas
roupas, ficando só de cueca e sento atrás dela, que deita a cabeça
no meu peito.
— Eu estava com tanta saudade dessa banheira!
— Só da banheira? — pergunto.
— Não, também de todo o conforto dessa casa!
— Ela diz me fazendo rir.
— Mais nada?
— Do dono também! — ela responde
— Eu ou meu irmão?
— Bobinho! — ela diz e se vira ficando de frente para mim.
— De você! — diz me encarando.
— Todo esse tempo que fiquei fora, eu não deixei de pensar em
você um dia sequer, meu amor por você só cresceu!
Meu coração salta de felicidade. Uma felicidade que dá até medo,
eu não consigo nem falar para ela o que senti quando ela se foi.
— Eu te amo Antonella!
Eu encosto meus lábios no seus pedindo passagem com a minha
língua, e ela dá. Nosso beijo é apaixonado mas sofrido, ela para e
se vira, eu pego o sabão e lavo todo o seu corpo, cada uma de suas
curvas.
Pego o shampoo e lavo seus cabelos bem devagar. Eu não sinto
tesão, meu pau não fica duro, eu não quero transar, só quero cuidar
dela, zelar pelo seu bem estar, quero que ela se sinta segura e que
entenda que é aqui o seu lugar…
Nos meus braços!
Eu a ajudo a se secar e a levo para a cama, pego apenas um pijama
de shorts e blusinha bem confortável. Ajudo-a a se trocar e ela deita.
Eu coloco uma calça de moletom e me deito também.
— Como você está se sentindo? — pergunto.
— Estou melhor, meu corpo ainda está pesado, mas não estou
sentindo dor!
Nós conversamos um bom tempo sobre o Lorenzo, ela me contou
algumas coisas sobre ele e ao mesmo tempo que eu gosto de saber
sobre meu filho, me entristece pois eu poderia ter vivido tudo isso
com ela, mas não vivi!
Seus olhos vão ficando pequenos até que ela dorme, eu envolvo
seu corpo ao meu e sinto o cansaço me dominar.

(...)

Acordo no meio da noite com ela se debatendo na cama e falando


coisas sem sentido, tento acordá-la; ela está suando frio. Ela senta
com tudo na cama enquanto grita.

— Calma, tá tudo bem, foi só um sonho! — Falo tentando


tranquiliza-la, a expressão do seu rosto é de pânico.

— Cadê o Lorenzo, cadê? — me pergunta assustada.


— Tá no berço!
— Me dá ele, põe ele pra dormir aqui! — Ela me pede e assim eu
faço,levanto, tiro do berço e o coloco no nosso meio, ela o abraça
fecha os olhos e dorme novamente. Não faço ideia de como esteja a
cabeça dela, só sei que ela passou por muita coisa.
Acordo olho para o lado e vejo o Lorenzo atravessado na cama, sua
boquinha está aberta, ele está até babando. O Matteo está
dormindo profundo de barriga para cima
Me sento na cama e me levanto devagar, não estou com tontura
como ontem e consigo andar, puxo o berço que é leve e encosto na
cama para não correr o risco do meu filho rolar e cair.
Vou até o banheiro faço minha higiene e decido tomar um banho,
por mais fofo que foi o banho que o Matteo me deu ontem, não é a
mesma coisa, ainda me sinto suja, parece que todo aquele sangue e
aquelas folhas daquele lugar, ainda estão no meu corpo.
Entro no chuveiro e a sensação é ótima, nada como a casa da
gente. Me olho no espelho e vejo que estou horrível, tem pelos para
todos os lados
Sim, eu não me depilei nem uma vez desde que saí daqui. Lá eu
mal tinha produtos de higiene para um banho, que dirá algo para me
depilar!
Saio do chuveiro e vou até o armário do banheiro e lá está meu
creme depilatório, do mesmo jeitinho que deixei. Eu passo
praticamente no corpo todo, esfrego meus cabelos com cuidado já
que minha mão ainda está com os pontos
Esse cheiro do meu shampoo me traz uma sensação de paz. Saio
do chuveiro me seco e passo meu hidratante em todo meu corpo,
coloco uma toalha na cabeça outra no corpo e saio do banheiro
Olho para a cama e os dois estão do mesmo jeito, acho que é a
primeira vez que vejo o Matteo dormir assim, ele sempre me dava
uma falsa ideia de sono e eu me assustava.
Eu vejo tudo Antonella
Bom, agora ele não está vendo nada, pois senão já teria pulado da
cama com medo que eu caia
Vou para o closet e passo a mão nas minhas coisas, que estão
exatamente do jeito que deixei, nada foi mexido ou mudado.
Tiro a toalha e coloco uma calcinha e um sutiã mas não me serve,
coloco outro e também não, tento 4 e nada, coloco uma blusinha
bem apertadinha uma calça legging e um suéter de lã, está um
pouco frio hoje.
— Me assustou!- falo vendo o Matteo encostado no porta com os
braços cruzados.
— Era pra você me acordar!
— Eu estou bem, já até tomei banho!
Eu olho para a cama e vejo o Lorenzo rolando e entro em pânico,
minha única reação é colocar as mãos no rosto e gritar.
O Matteo corre e consegue o pegar no ar,antes que ele chegue ao
chão, mas com meu grito, ele se assusta e começa a chorar.
— Não chora foi só um susto, a mamãe assustou o bebê, não chora!
— Falo sacudindo meu corpo de um lado para o outro, com ele no
colo, até ele parar de chorar.
— Que susto! — diz o Matteo.
— Não podemos deixá-lo na cama!
Ele concorda e vai tomar banho,enquanto eu amamento meu filho.
— Já, que banho rápido! — falo vendo-o sair do banheiro menos de
10 minutos depois que entrou.
— Não quero te deixar sozinha! — diz entrando no closet.
Eu estou adorando o jeito que ele está, muito mais protetor do que
já era, vê-lo cuidado do meu filho me deixa feliz, eu sempre soube
que ele seria um bom pai!
— Eu vou pedir para trazerem o café aqui!
— Não precisa, eu quero descer!
— Não acho que seja uma boa ideia, você precisa descansar!
— Eu fiquei todos esses meses trancada em um quarto, não
aguento mais! — Falo e percebo que falei demais, sua cara é de
raiva, está prestes a matar alguém.
— Eu vou mata-lo!
Eu gelo com sua afirmação ,por mais que o velho seja um monstro
insensível, é avô dele, e apesar dos pesares me deu abrigo, não
quero que ele morra!
— Não faça isso, eu não quero, apesar de tudo ele me abrigou!
— Mas tem uma coisa que eu quero te pedir! — digo e ele
concorda.
Pela primeira vez na vida, ele concorda com uma coisa antes de
saber o que é...

(...)

Fomos para o quarto do meu filho para eu trocálo, eu o coloco— no


berço e vou para o closet pegar uma roupa, lá eu vejo tudo que
tinha escolhido para ele. Uma única peça dessas roupas, é mais
caras que tudo que meu filho tinha lá.

Isso me dói,porque eu além de privar meu filho de ter um pai,


também privei-o de tudo que é dele, tudo que estava bem
aqui,enquanto ele não tinha nada...

— Ei, tudo bem? — Ele Diz me abraçando por traz e entre esses
braços é onde eu quero sempre estar.
Eu digo que está tudo bem, troco meu filho e saímos. Quando
chegamos na sala de jantar todos nos encaram, depois dão bom
dia!
— Filha tem certeza que você já está bem para sair do quarto?
— Sim mãe, eu estou bem! — falo sorrindo.
Eu me sento e pego o Lorenzo que está no colo do Matteo, e
quando vou pegar um pão, ele leva a mãozinha na taça e joga no
chão. Eu fico tão envergonhada, meu filho nunca chegou perto de
uma mesa e quando chega, faz isso!
— Lorenzo, não pode! — falo firme, o repreendendo e faço cara de
brava.
Ele me olha faz um bico e começa a chorar, olha para o Matteo que
está bem ao meu lado e dá os braços, me deixando perplexa. Não
acredito que ele está pedindo o colo do Matteo só por que eu o
repreendi!
— Vem com o papai, vem! — O Matteo diz o pegando, ele para de
chorar e pega a taça do Matteo e faz a mesma coisa e o Matteo
começa a rir.
— Matteo!!! — eu o repreendo.
— Ele gosta de quebrar, qual o problema!? — Eu não acredito que
ele tá fazendo isso!
— Olha Ane,se você não der um jeito, o Matteo vai levá-lo para o
mau caminho! — Diz a Marie e o Matteo olha feio para ela.
Meu cunhado não para de rir e minha mãe está com uma cara
engraçada.
— É, eu estou vendo Marie!
Pego um pouco de fruta amasso e dou para o Lorenzo, que come
tudo.
Minha mãe me contou que está morando aqui, o que me deixou
muito feliz, só estranhei ser na casa do meu tio, ela pode comprar
uma bela casa. Ela também me disse que ele me mandou
lembranças e disse que espera minha visita.
Fico de boca aberta quando a Marie pega um morango na boca e
leva até meu cunhado, que morde a outra parte.
— Eu já sei Ane, eu e todo mundo! — diz minha mãe.
— Eu nunca pensei que você assumiria um namoro Giulliano! —
falo.
— Foi feitiço, eu não fiz por vontade própria!
Nós caímos na risada até minha prima, que deu um tapa nele.
— E meu.
— Não, ele disse que eu estava fudido, que ela ia infernizar minha
vida e ainda me ameaçou caso eu desistisse!
Eu não aguento e dou uma gargalhada.
— É o certo, você fica comigo até eu me cansar de você não o
contrário! — Ela diz em tom de brincadeira.
— E pretendem casar? — minha mãe pergunta.
— Nem fodendo Deus me livre!
A Marie diz séria e meu cunhado se ofende, olho para o Matteo e
ele se diverte com o Lorenzo.

Passei a manhã com a minha mãe e a Marie. Contei tudo para elas
desde o inicio. Contei o por que fui embora, contei sobre o avô do
Matteo, como foi viver lá, sobre o nascimento do Lorenzo, tudo!
Conversamos também sobre como foi meu reencontro com o
Matteo, faz alguns dias que acordei e está tudo bem entre nós, mas
sei que ainda tem muito a ser falado, ele merece um explicação e eu
também preciso saber dele como foi quando eu não estava.
Sei que a Vaiola viveu aqui e isso não me agradou nem um pouco,
então ainda precisamos conversar.
À tarde minha mãe disse que precisava voltar para casa, ela
também me contou sobre seu relacionamento com o meu tio e eu
fiquei chocada, pois nunca percebi nada e me espantei também pela
minha prima, que aceitou numa boa.
Então eu entendi que ele era o homem que ela amava antes de se
casar. Ela me disse que tiveram um romance, mas ela acabou sem
querer atraindo demais a atenção do meu pai, que fez de tudo para
tê-la e conseguiu!
Eu fiquei feliz por eles, o destino os uniu outra vez e agora estão
juntos, mas não querem sair gritando aos quatro ventos, querem
apenas viver.
— Com licença, Ane as moças já chegaram! — Diz uma das
empregadas, enquanto eu e a Marie estamos no jardim.
— O Matteo já chegou? — pergunto.
— Sim, faz uns 10 minutos!
Agradeço e ela volta em direção a casa.
Eu achei melhor contratar alguém para me ajudar com o Lorenzo,
eu preciso resolver um assunto pendente com o Matteo e não quero
sobrecarregar a Diana, esse não é o serviço dela.
Então depois de convencer o Matteo, que não queria alguém
estranho cuidando do filho dele, segundo suas próprias palavras, ele
acabou cedendo.
— Vai contratar quantas? — pergunta a Marie, enquanto voltamos
para a casa.
— Uma só! O que já foi difícil de convencer o Matteo, imagina se
fosse mais!
— Eu se fosse você contrataria umas 4. — ela diz me fazendo rir.
Chegamos na sala e vejo em torno de 10 mulheres de idades
variadas. A Marie me olha, depois de analisar cada uma delas.
— Não esquece que tem uma grande chance de que a escolhida
queira dar para o seu marido viu! — Ela diz no meu ouvido e sai
subindo as escadas.
Eu cumprimento as mulheres e vou para o escritório, entro e lá está
ele atrás da mesa falando no telefone, vou até ele e me encosto ao
lado da mesa.
— Acho que você exagerou! — falo assim que ele termina a ligação,
me referindo às mulheres.
— Eu quero que você tenha várias opções! — diz beijando minha
mão, eu dou um sorriso e concordo.
— Hoje nós vamos jantar fora, esteja pronta às 18h!
— Vai me levar para um encontro? — pergunto sorrindo.
— Sim!
Nossa, eu estava brincando mas gostei da idéia, vai ser bom, eu
quero mesmo ter um tempo com ele.
Eu respondo com um sorriso, que ele retribui. Não sei se é porque
eu fiquei tempo demais longe, mas ele está de alguma forma
diferente. Algo que eu ainda não consigo explicar.
Ele levant,vai até a porta e pede para as candidatas entrarem e eu
não consigo tirar o que a Marie me disse da cabeça.
Mas quase todas são bem bonitas, umas até mais ousadas com
roupas apertadas, que eu já eliminei só de olhar.
Eu me levanto vou até elas e aponto para cada uma delas, ele me
olha sem entender.
— Obrigado por virem até aqui, mas não são o que eu procuro!- elas
me olham com pesar.
— Podem sair! — ele diz. Só restaram 3 senhoras que com certeza
tem mais 50 anos e não vão querer o Matteo e mesmo que queira
ele não iria querer.
— Bom, agora se ele gostar delas por mim tudo bem! — falo para
ele.
Ele pede para elas se aproximarem e ainda estando sentado e
aparentemente calmo, ameaça as senhoras de uma forma tão
horrenda, que até eu fiquei assustada. Ele perguntou o nome delas
pegou uma pasta com informações da vida de cada uma e ameaçou
a família inteira, nome por nome
Meus Deus eu fiquei com dó das mulheres, até me senti culpada por
querer uma babá, elas estavam com tanto medo que eu tive que
intervir.
— Calma tá bom, é só me ajudar e cuidar bem do nosso filho e tudo
vai ficar bem e normal, ok? — pergunto com medo que elas saiam
correndo.
— Pode esperar na sala por favor! — falo e elas saem rápido.
— Matteo, se você não queria uma babá era só falar não precisava
disso! — Falo séria fiquei chocada com as coisas que ele disse.
— É assim que contrato meus funcionários Ane, relaxa! — Ele diz e
vem até mim e me beija.
— Meu Deus, até eu fiquei com medo!
— Não precisar ter medo de mim, você tem que se acostumar, eu
sou assim! — diz sorrindo.
— Você não é assim não!
— Com você não, você desperta o melhor de mim! Mas só você! —
Ele diz e me beija de uma forma gostosa,como se pedisse
permissão para continuar, mas não avança.
Se fosse antes, eu já estaria com as pernas abertas nessa mesa,
mas não. Desde que cheguei ainda não passamos dos beijos. Ele
para encosta nossas testas...
— Vamos, agora é a vez do Lorenzo escolher qual das velhas ele
vai querer! — Dou uma gargalhada!
— Por que, não gostou da minha escolha? — pergunto brincando
fingindo estar ofendida.
— Eu adoro ver você com ciúmes! — diz rindo.
— Não é ciúmes é precaução!
— Eu só não posso vacilar!, — falo e o puxo, que ri em direção à
porta. Meu filho foi de boa no colo de uma das senhoras e as outras
duas ele não quis nem ir, então escolhi ela mesmo. Conversei um
pouco expliquei tudo e pronto resolvido, mas ela só vai ajudar
quando eu precisar não vai ficar 24h com ele.
— Pronto? — ele me pergunta quando volto para sala, depois de
passar um tempinho com a babá no quarto do Lorenzo e deixá-los
lá.
— Sim! — respondo e ele me estende a mão e saímos em direção a
garagem
Estamos indo para a casa do avô dele; eu pedi para ele me deixar
trazer a Nina para morar aqui conosco. Expliquei como ela vive e
que eu e o lorenzo nos apegamos muito a ela.
E ele não só aceitou, como me deu permissão para fazer tudo que
eu quiser para o bem estar dela, estudos e etc.
— Eu vou te esperar aqui. — ele diz assim que chegamos em frente
a casa do avô dele.
— Eu queria que você fosse comigo, não quero entrar lá sozinha! —
Ele pega a minha mão e dá um beijo sorrindo para mim.
— Então eu vou!
Nós saímos e caminhamos até a porta. Vir aqui novamente me
causa tristeza, pois foi o período que mais sofri e o pior de tudo, é
saber que foi por burrice minha!
Quando bato na porta e a Dona abre me vendo, ela arregala os
olhos e me puxa para um abraço, eu estranho mas retribuo de
coração, e agora eu entendo que ela gostava sim de mim, mas ela é
muito geniosa, por isso nunca demonstrou.
Ela nos dá passagem para entrar e eu a todo momento seguro a
mão do Matteo, afinal essa é a casa que foi da mãe dele, que está
morta, então não deve ser fácil estar aqui.
Para a minha surpresa o sr Esposito aparece e olha para o Matteo
de uma forma diferente, eu sempre o vi com a cara fechada, mas
agora sua expressão é de tristeza e posso jurar que tem uma
espécie de sorriso.
— O Grande Matteo Messina! - ele diz.
— Cala a boca, seu velho desgraçado, minha vontade é matar você.
Vai logo Antonella, faz logo o que você veio fazer aqui, antes que eu
esqueça a promessa que te fiz e estrangule esse velho!
A Dona olha apavorada, acho que nunca, nunquinha ela ouviu
alguém falar assim com ele.
— Dona eu vim buscar a Nina! — Falo e ela me olha espantada e
nega com a cabeça.
— Não Ane, ela é minha menina,você não pode levá-la, eu só tenho
a ela! — Confesso que me deu pena, mas é para o bem da Nina! —
Eu entendo Dona, mas ela precisa estudar, precisa de uma estrutura
e eu posso fazer isso por ela, lá em casa ela vai ter uma vida
melhor!
Antes mesmo que ela me responda, a Nina aparece na sala e
quando me vê vem correndo me abraçar.
— Você tá bem? — ela diz depois de um abraço bem apertado,
olhando para o Matteo e eu concordo.
— E o Lorenzo?
— Sim Nina, nós estamos muito bem, agora está tudo bem!
— Eu vim te buscar, quero que você venha morar comigo na minha
casa. Você vai estudar e ter tudo que uma menina doce como você
merece!
Ela me dá aquele sorriso acolhedor que tanto me fez bem em
momentos difíceis.
— E você também dona, vem trabalhar pra mim aí você fica perto
da Nina!
— Ane, eu agradeço você ter voltado até aqui por mim e me fazer
esse convite, mas aqui é meu lar, minha casa e minha avó nunca
iria e eu não posso fazer como a minha mãe!
Minha alegria se desfaz! Realmente ela não abandonaria a avó, não
faria como a mãe e a Dona nunca o abandonaria!
— Nina vai ser melhor pra você ir, pode ir, eu vou ficar bem, é só
você vir me visitar! — A Dona diz, mas a Nina sorri e nega com a
cabeça.
— Eu não vou, mas se eu puder ir visitar aquele bebê gostoso, eu
vou adorar!
É uma pena, realmente eu queria muito que ela fosse comigo. Mas
eu disse que ia pagar os estudos dela e também as condições de
moradia e ela concordou.
— Matteo! — o avô dele chama quando estamos indo em direção a
porta.
O Matteo não para, mas eu aperto a mão dele que bufa, para, e se
vira esperando o que o homem tem a dizer.
— Por mais que eu nunca fui até vocês, eu sempre me preocupei e
me mantinha informado, meu neto!
— Que porra de neto,vai se fuder, você mandou minha mulher e
filho pra rua, seu filho da puta!
Meu Deus! O Matteo está furioso, estou me arrependendo de ter
pedido para ele me acompanhar.
— Eu fiz isso por você! - o velho grita e começa a chorar.
— Que porra de por mim, você nunca nem olhou pra a cara do meu
filho, mesmo ele estando aqui debaixo do seu teto?

Eu não conseguia! Ele me lembrava ela, a sua mãe, assim como


você, ele se parece muito com ela! — o homem grita entre o choro.

— O seu irmão puxou o desgraçado do seu pai, mas você é


igualzinho a ela, a minha filhinha! E seu filho também!

— Oh que comovente, você expulsou meu filho porque ele se


parece com minha mãe!
— Não Matteo, eu falei pra ela ir,porque eu sabia que assim você a
encontraria, eu não suportava mais seu sofrimento! Tive medo que
fizesse alguma besteira!
O Matteo até tenta mas não tem o que falar, realmente se a Vaiola
não interferisse, ele teria me achado assim que eu fosse embora.
Então de uma forma estranha o avô dele pensou nele.
O Matteo sai batendo a porta com muita força e só agora me dou
conta do que ele passou e do que ele poderia ter feito, se eu mesma
pensei inúmeras vezes em tirar minha própria vida, só não fiz
porque tinha o meu filho… Já ele não tinha ninguém...
Me sinto ainda mais culpada, por ter ido embora sem ao menos dar
uma chance para ele se explicar. Me despeço delas e vou atrás
dele, que já esta no carro e soltando fogo pelas ventas.
Eu não vou para o meu lado e sim para a porta dele, abro e entro
me sentando no colo dele ficando de frente para ele e fecho a porta.
Pego seu rosto e dou um beijo pedindo um milhão de desculpas,
sem usar palavra alguma.
Ele retribui o beijo e quando nossos lábios se separam por falta de
ar, ele encosta a testa na minha.
— Eu te amo! — diz ainda com os olhos fechados.
— Eu te amo Matteo, amo muito. E cada dia que eu passei aqui eu
te amei, e cada vez que eu olhava para o nosso filho, eu te via e
meu amor crescia!
Ele sorri, me dá mais um beijo e me abraça forte e apertado.
— Agora vamos, temos um encontro! — Falo e passo para o meu
banco
Ele arranca com o carro e não falamos sobre o episódio com o avô
dele, mas eu pedi algumas coisas que quero para a Nina e ele
concordou, disse que é só eu contratar professores e tudo mais que
eu quiser para ela.
Assim que chegamos em casa, fui para o meu quarto, a enfermeira
veio hoje e tirou meus pontos. Depois de ver se meu filho estava
bem, eu tomei um belo banho, passei um óleo natural de flores no
meu corpo que deixa minha pele ainda mais macia e muito cheirosa.
Escovei e pranchei meus cabelos observando que eles estão bem
maiores depois da gravidez, fiz uma maquiagem bem marcante
afinal é o meu primeiro encontro.
Escolhi uma lingerie especial, com meias até as coxas e sinta liga
na cor preta que nunca tinha usado antes. Coloquei um vestido justo
de veludo vermelho vinho, ele é curto mas não muito, um escarpin
preto de solado vinho, e um casaco que cobre bem minhas coxas.
Estou prontinha!
Olho para o relógio e ainda são 18h, fico impressionada com minha
pontualidade espontânea. Passo apenas um gotinha de perfume
nos pulsos e levo ao pescoço, e pronto
Vou para o quarto do meu filho colocando meus brincos no caminho,
entro bem devagar e a babá está cantando uma canção de ninar
enquanto balança ele contra o peito, essa cena me tranquiliza. Ela
percebe minha presença e coloca-o no berço,pois ele já dormiu, eu
converso um pouquinho com ela e saio.
— Diana, eu não pretendo demorar! — falo entrando no cozinha.
— Está tudo bem Ane, eu conheço a moça fica tranquila, vamos
colocar a conversa em dia!
Eu fico um pouco mais tranquila e agradeço. Sento no sofá da sala
e espero o Matteo aparecer.
— Você já está pronta? — o Matteo me pergunta saindo do
escritório.
— Sim, faz tempo!
— É um milagre! — diz brincando.
— É o meu primeiro encontro, eu não me atrasaria!
Eu pego a mão dele e me levanto, ele me olha dos pés à cabeça.
— Maraviglioso ( maravilhosa).
Eu dou um sorriso em agradecimento ao elogio. Ele também está
lindo, muito elegante de terno como sempre, seu cabelo muito bem
penteado, a barba perfeita, tão cheiroso. Está esplêndido!
Minha perdição. Chegamos ao restaurante de um luxuoso hotel, é
tudo muito bonito, os moveis são estilo colonial, a luz é amena, tem
uma música de fundo mais bem perceptível, alguns casais estão
dançando na pista de dança, que é bem convidativa, adorei o
ambiente.
Fomos para uma mesa, logo fomos atendidos e fizemos o pedido.
Ele me parece um pouco tenso, inseguro e isso é novo, nunca o vi
assim...
— Eu adorei o lugar!
— Eu imaginei que gostaria! — diz sorrindo, o clima está dando uma
melhorada.
— Matteo, a gente precisa conversar! — falo meiga, sabemos que
temos muito o que falar, mas acho que estamos fugindo do
desagradável.
— Nós vamos, mas não agora! — diz levando sua mão até a minha
e fazendo um carinho, me transmitindo paz. Nossos pedidos
chegam e começamos a comer.
— Me fala mais sobre o Lorenzo! — ele pede e meu coração já se
enche de alegria só de pensar no meu bebê.
— Ah, ele é um bebê muito bonzinho, quase não chora, não dá
trabalho nenhum, ele é a minha vida!
Continuo a falar do meu filho e das suas façanhas,rindo e fazendo-o
rir também. Um garçom chega recolhendo nossos pratos e cortando
o clima de diversão que estávamos. Perto das pessoas ele sempre
incorpora o capo.

— Eu quero te dar um presente — ele diz e tira do bolso do paletó


uma caixinha e eu já arregalo os olhos.
— Calma, não estou te pedindo em casamento!
Eu respiro aliviada, vai que ele pensa que eu quero casar como
manda o figurino.
— Afinal, já somos casados!
Ele abre e meus olhos quase saltam para fora, um anel lindo com
uma pedra enorme, um diamante!
— Meu.Deus.que.lindo!!! — falo pausadamente.
Fiquei impressionada com a beleza do anel, eu nunca tinha visto
algo tão lindo.
— É o solitário Azul, a pedra mais rara do mundo! — Fico mais
perplexa ainda.
— Era da minha mãe!
Quando ele diz isso eu sinto uma tristeza no peito, não acho que
mereço, isso tem que ficar com eles.
— Eu não posso aceitar!
— É lindo! Não tenho nem palavras para expressar como fiquei
maravilhada de você querer que eu fique com ele, mas não me
parece certo!
De magoado ele passou para irritado.
— Eles já são seus!
— Essa é minha maneira de dizer que você Antonella, é o amor da
minha vida, isso representa o meu coração!
— Você não pode recusá-lo!
Vejo em seus olhos que fala sério, e sinto no meu coração que ele
está sendo totalmente sincero e sem nenhuma armadura, agora
aqui na minha frente é apenas um homem confessando seu amor
de uma forma linda.
E tudo fica ainda mais lindo, pois o homem que eu casei, nunca
nessa vida falaria coisas assim tão românticas, ou confessaria seus
sentimentos.
Eu penso no Giulliano que vai perder o direito ao que era da mãe,
mas eu não posso magoá-lo.
— É o presente mais lindo que você já me deu, depois do seu amor
é claro!
Seus olhos brilham, é nítido sua felicidade, acredito que sua mãe
deve estar feliz agora!
Ele tira o anel da caixa e coloca no meu dedo e leva minha mão a
boca, fecha os olhos e dá o beijo mais meigo que já recebi em toda
a minha vida.
— A pedra mais linda, para a mais linda das mulheres. — Que lindo!
A música muda e começa a tocar Besame Mucho, deixando o clima
ainda mais romântico, eu me sinto um personagem daqueles filmes
de época super românticos.
Eu dou um sorrisinho e ele nega com a cabeça, mas eu não saio
daqui sem isso.
— Por favor,amor! — peço com as mãos juntas e ele pensa, olha
para um lado e depois para o outro.
— Ai porra, vamos vai!
Eu dou palminhas de felicidade e nós vamos para a pista de dança.
— Não sabia que você dançava tão bem! — falo sorrindo enquanto
ele me conduz maravilhosamente bem, ao som dessa música
romântica.
— Tem muitas coisas sobre mim que você ainda não sabe!
— Ainda bem que tenho a vida inteira para descobrir! — falo
encarando seus olhos azuis que brilham intensamente.
Ele aproxima nossos lábios e gentilmente pede passagem com a
língua e eu como boa anfitriã, dou.
Deito minha cabeça no seu peito e dançamos de um lado para o
outro. Eu inalando o cheiro marcante que me invade, cheiro esse
que senti tanta saudade, enquanto ouço as batidas do seu coração
e sentindo o meu coração responder no peito.
Eu levanto minha cabeça e o beijo novamente, a princípio de leve
mas logo vai ficando mais e mais intenso. Ele recuou ciente que
estamos dando um espetáculo para os demais à nossa volta.
— Eu nunca estive tão feliz em estar com você! — Falo com todo
meu coração
Ele faz um carinho preguiçoso no meu rosto e beija minha testa. Por
impulso eu puxo sua gravata, deixando nossos rostos a centímetros
de distância.
— Eu quero você!
Falo e puxo sua boca para a minha, faminta do que é meu, do que
me pertence, o que já não tenho a muito tempo, como um animal
atacando sua presa. Quando o ar me falta eu levo minha boca até
seu ouvido e falo.
— Me possua. Agora!
Ele tenta falar algo mais eu o corto!
— Não me faça esperar mais!
Ele sorri e a música enfim acaba; voltamos para a mesa, pegamos
nossas coisas e vamos em direção ao elevador.
Até chegar ao quarto, trocamos muitos beijos e carícias. Quando ele
abre a porta que eu entro, vejo um quarto extremamente luxuoso,
com uma sacada enorme e uma vista linda para o oceano.
Porém, o que mais me chama a atenção são as pétalas de rosas
para todos os lados, uma mesa farta de frutas e chocolates com um
balde de champanhe e duas taças. A iluminação está por conta das
velas grossas espalhadas e o ambiente cheira a rosas
Olho para ele franzindo as sobrancelhas, ele me dá um sorriso
sorrateiro de quem atingiu o objetivo.
— Você já tinha planejado tudo? — Pergunto não acreditando que
ele teve a iniciativa de fazer essa surpresa tão romântica para mim.
Ele concorda com a cabeça.
— O que aconteceu com meu marido, o Matteo Messina, você o
conhece? — Pergunto percorrendo o olhar pelo quarto . Ele me
abraça por trás e sinto seu sorriso no meu pescoço.
— Gosta do que vê?
— É lindo!
— Eu tenho muitos planos para essa noite! — Ele diz e eu fico um
pouco tensa.
Faz muito tempo que não tenho relações sexuais nem sei mais
como as coisas funcionam, estou me sentindo da mesma forma que
estava no dia do meu casamento, mas sem o medo é claro!
— Relaxa bebê, hoje a noite só o que importa é o seu prazer, vou te
fazer sentir muito prazer! — Ele diz no meu ouvido, percebendo
minha tensão, sua voz rouca me faz relaxar e meu corpo começa a
reagir.
— Eu sou sua Matteo! — falo com a voz embargada.
— Seu corpo reconhece o seu homem, apenas através do meu
toque!
Ele levanta meus cabelos e beija meu pescoço delicadamente,
passando a barba na minha pele, me prometendo sem nenhuma
palavra que não se contentará com menos que a eternidade ao meu
lado e que nada poderá impedi -lo de manter sua promessa.
Ele apenas não falou em voz alta. Ainda!
Ele me vira e enrosca os dedos nos meus cabelos e olha para
minha boca como se memorizasse e então, a toma para ele, sem
pressa...
Nesse momento ele é doçura e desejo, veracidade e anseio, amor e
paixão, seu beijo me penetra na alma, fazendo todo meu corpo
reconhecer sua outra metade.
Ele para o beijo e tira meu vestido concentrado em cada detalhe do
meu corpo, me leva até a beirada da cama me fazendo sentar. Ele
se ajoelha a minha frente, pega minha perna e tira meus sapatos,
leva as mãos até o alto da minha coxa e desce delicadamente
minha meia, pega meu pé e da um selinho na ponta dos meus
dedos sem deixar o contato visual.
Ele me levanta e solta meu sutiã, mas sem tocar meus seios. Pega
minha mão e leva meu dedo indicador a sua boca e suga da base
até a ponta
Nesse momento meu corpo clama por ele, não consigo deixar de
imaginar sua língua habilidosa no meu lugar mais sensível e
descendo ainda mais até onde ninguém além dele, jamais chegou.
Ele coloca meu braço para baixo e sem soltar minha mão, passa
para minha calcinha. Ele leva suas mãos na lateral e se ajoelha,
desce-a por entre minhas pernas até o chão, me deixando nua.
Leva os lábios até meu umbigo e deposita um beijo calmo. Minha
vagina pulsa por antecipação, meu estômago mais parece um
viveiro de borboletas. Peço mentalmente para ele descer mais essa
boca.
Ele me escuta mas está muito calmo, não tem um pingo de pressa,
o que me deixa ainda mais encharcada. Ele faz uma trilha de beijos
descendo e descendo devagar, enquanto segura na minha cintura.
Quando chega no meu clitóris circula a língua por toda a extensão,
estou quase tendo um orgasmo, só com isso. Meus olhos estão
fechados, meu corpo arrepia, nesse momento esqueço tudo, só
quero que ele continue!
Ele envolve os braços em mim me colocando na cama, enquanto
meu clitóris está preso nos seus lábios para não soltar, eu me deito
e relaxo deixando a sensação me dominar.
Ele levanta e tira as roupas, ao mesmo tempo que eu lamento ele
ter parado, eu anseio pela penetração vendo seu membro
exageradamente grande, grosso, esplendoroso, pulsando com as
veias saltando para fora.
Levanto um pouco meu corpo sobre a cama, apoiando nos
cotovelos para admira-lo, mordo meu lábio e dou um sorriso.
Ele é maravilhoso! Será que é a genética??
Ele me olha convencido sabe dos meus pensamentos mas não fala
nada, vem com calma, está tentando ao máximo ser cuidadoso,
garantindo que eu não perca nenhuma etapa.
Ele pega meus braços e segura no alto da minha cabeça, leva seu
joelho no meio das minhas pernas as abrindo, mas não deita em
cima de mim Ele me olha debaixo para cima
— Você é muito linda. — Diz com a voz rouca, baixa, embargada
num prazer másculo de homem, me deixando louca...
A sensação dos meus bicos rosando no seu peito firme e a sua pele
contra a maciez da minha, é embriagante. Ele leva a boca até minha
clavícula e passa a língua no meu pescoço.
Eu arqueio as costas e gemo de prazer, estou tão excitada que roço
minha intimidade sensível no seu joelho,que está encostado ali.
— Abre as pernas meu amor! — diz sugando o lóbulo da minha
orelha
Estou próxima de um orgasmo só de me esfregar nele, minha
vontade dele é tanta, que não sinto vergonha em gemer com a
sensação.
Ele sobe em cima de mim, afasta minhas pernas apenas com o
joelho e se encaixa mas não me penetra, apenas encosta a cabeça
na minha entrada, mas eu levo minhas pernas em volta dele, o
agarrando e o puxo fazendo ele enfim me penetrar
Ela inspira com força quando eu a penetro.
— Quando eu for muito velho e não conseguir me lembrar das
coisas, vou me lembrar deste momento. Do seu corpo, seus olhos,
seu rosto, seus lindos seios, suas curvas, seu perfume, seu toque,
Disso... A sensação de amá-la! — falo me movimentando dentro
dela.
Eu solto suas mãos e a envolvo em meus braços sem deixar de me
movimentar num ritmo lento mas enlouquecedor, enchendo-a de
beijos suaves, comunicando com meus lábios o quando a amo.
Suas mãos exploram meu corpo, meu rosto, meu peito, meus
quadris. A sensação de estar dentro dela, as emoções que vejo no
seu rosto
Ah... Eu esperei tanto tempo!
No meu peito sinto um misto de emoções, amor, zelo, paixão,
adoração, afeto e desejo. Meus olhos a encaram como se ela fosse
a única mulher do mundo, como se não houvesse mais nada além
de nós dois.
Os gemidos que saem da sua boca me deixam ainda mais excitado,
a medida que aumento a velocidade ela luta para manter os olhos
abertos.
— Olha pra mim!
Não consigo deixar de sussurrar palavras safadas e ao mesmo
tempo de adoração, confessando meus sentimentos no seu ouvido.
Neste momento em meio ao sexo e amor, minhas declarações são
espontâneas e puras.
Ela goza de uma forma satisfatória e intensa. Isso não se parece
com nada que eu já houvesse experimentando; e antes que ela
termine, eu a penetro ainda mais fundo, chamando seu nome entre
meus dentes, explodindo dentro dela.
Eu a abraço com força sussurrando palavras doces no seu pescoço,
esperando que ela abra os olhos.
Saio de dentro dela e me deito de lado fazendo uma trilha no seu
corpo com meus dedos. Seus olhos vão se abrindo devagar e seus
lábios formam o mais lindo sorriso.
Isso é tão melhor que qualquer outra coisa, vê-la, ouvi-la, tocá-la,
prová-la e finalmente vê-la gozando comigo.
— Você está bem? — pergunto.
— Sim!
— Eu te amo Antonella! — Digo com toda sinceridade, enquanto
deslizo meus dedos tirando seus cabelos que caem pelo seu rosto
— Eu te amo Matteo! — Ela diz e uma lágrima cai dos seus olhos,
fazendo meu coração doer, não quero vê-la triste.
— Não chora, meu amor!
Eu limpo suas lágrimas e me encaixo trás dela ficando de
conchinha, prendendo seu corpo junto ao meu.
Quero que ela se sinta acolhida e amada!
Como eu senti falta de tê-la nua nos meus braços, com o corpo
colado ao meu.
Eu adoraria continuar e sem dúvidas faríamos amor por horas, mas
eu me sinto diferente, vou fazer hoje o que deveria ter feito na nossa
primeira noite.
Quero cuidar dela, quero que ela saiba o tamanho do meu amor, se
eu tivesse feito isso, se ela soubesse, nunca teria me deixado.
— Matteo, eu sinto muito!
Na verdade eu não queria falar sobre o que aconteceu, mas ela vem
insistindo, então é melhor deixá-la falar, talvez ela precise disso.
— Quando eu a vi lá, te beijando eu pensei... — ela para e respira
fundo.
— Eu não suportei essa idéia — diz e se vira ficando de frente para
mim.
— Eu não posso te dividir com ninguém, eu te amo demais pra isso!
Levo minha mão até seu rosto,acariciando sem deixar de olhar no
fundo dos seus olhos.
— Ane, desde o dia que eu voltei daquela viagem e passamos a
viver como marido e mulher, eu nunca mais estive com outra mulher
além de você!
— Na verdade desde o dia que te conheci na apresentação, eu não
consegui ter olhos para outra mulher, você ficou dentro de mim de
uma forma tão intensa, que eu cheguei a pensar que estava
pirando!
— Eu não sabia, eu tinha medo de que um dia você se cansasse do
que tínhamos, de mim. Eu era insegura em relação a Vaiola, o que
vocês tinham...
— Eu nunca tive nada além de sexo com ela Ane, só era
conveniente! — falo a interrompendo.
— Eu não sabia que ela estava grávida. Ela se virou contra mim
prejudicando meus negócios, eu descobri rápido, mas deixei-a
pensar que eu não sabia, enquanto eu procurava por ela, para
matá-la. Não foi fácil acha-la, e aquele dia ela simplesmente
apareceu, mas estava grávida e me pegou de surpresa quando você
entrou!
Ela presta atenção em cada palavra que sai da minha boca.
— Eu ia matá-la assim que você saiu, mas além de estar grávida,
disse que era meu. Eu sentia que não era, e fiquei tão transtornado
te procurando...
Eu não consigo nem continuar, só de pensar no que eu vivi, sinto
um desespero me dominar, eu não quero deixar essas lembranças
ruins me tomarem nesse momento, até então maravilhoso.
— Não foi fácil ficar sem você, viver naquela casa, ter o Lorenzo
sozinha... Mas quando ela me contou, antes de...
Eu imagino que ela deve ter passado uma barra com aquele velho
mal amado, ter nosso filho sozinha, quando tínhamos tantos planos,
me aperta o coração!
— Não sinta por ela, seu fim já estava traçado!
Ela me abraça forte enfiando a cabeça no meu peito, esse é o
melhor lugar para ela estar, junto a mim!
— Agora vamos deixar o que passou para trás, o que importa é o
que vamos viver daqui para frente!
— Falo a abraçando forte, beijando sua cabeça e deslizando minhas
mãos pela suas costas.
— Sim. Eu te amo! — ela diz beijando meu peito.
— Eu também te amo!

(...)

Saio do banho e vejo-a dormir, não resisto a tentação e volto para


cama e observo seu sono.
Ela está deitada de lado virada para mim respirando de modo
suave, sua face está rosada por causa do calor, a luz da lua entra
pela janela panorâmica, iluminando a cama e seu corpo, as cobertas
deliciosamente amarotadas remetem a sexo.
Meus olhos exploram sem pressa, a pele exposta, os cabelos claros
e médios e o diamante que brilha no seu dedo.
Eu me pergunto como tive prazer em trepar com outras mulheres?
Muitas eu nem conhecia, nunca tive sentimentos por nenhuma
delas, nunca fiz amor, nunca me importei. E hoje minha vida gira em
torno dela!
Quando desvio meus olhos para as minhas roupas no chão com a
intenção de vesti-las, ela puxa os joelhos para junto ao peito
enroscando-se na cama e murmúrios escapam de seus lábios.
Eu chego mais perto tentando decifrar o que ela diz, mas não
consigo; de repente ela se contorce e dá um grito de aflição, seus
braços se debatem lutando com o lençol.
— Ane?
Ela começa a falar meu nome, repetidamente com o tom de voz
cada vez mais apavorado.
— Ane, estou aqui! — Falo mais firme para ela acordar e assim que
acorda, ela se senta ofegante.
— Você está bem? — Pergunto alisando seus cabelos, ela respira
ofegante sob meu olhar e leva as mãos trêmulas para o rosto.
— Ane?
Após um minuto de tensão ela me encara.
— O que houve?
— Um pesadelo! — diz engolindo em seco.
— Sobre o quê?
— Nós estávamos no avião, fizemos amor do mesmo jeito que
agora a pouco, depois eu adormeci quando acordei você não
estava, não tinha roupas, lençol, nada, eu estava exposta e sozinha,
o avião está parado na pista com a porta aberta e você se foi, me
deixando sozinha!
— Eu nunca vou te deixar sozinha, ainda mais depois de fazer
amor!
— O pior é que eu já tenho esse sonho há meses! — Ela diz
entristecida, e me irrita não poder tirar esse sonho tosco da cabeça
dela.
— Amor, olha pra mim — Falo e pego seu rosto com minhas mãos.
— Eu estou aqui agora, não precisa mais se preocupar, é só um
sonho, não é real! — Ela me abraça forte, parece uma menina
assustada.
— Eu tive medo, não quero mais viver sozinha eu não consigo, o
Lorenzo... — Ela diz entre as lágrimas.
— Você não vai, eu vou cuidar de vocês dois! — Falo com toda
convicção do mundo, olhando no fundo da sua alma!
É uma promessa! Nada vai tirá-los de mim novamente, nada!!!
Depois da noite maravilhosa que tivemos, estamos a caminho de
casa, enquanto dirijo não consigo deixar de observá-la.
Ela está linda, sorridente, vejo sua coxa pela fenda do vestido e só
consigo pensar que ela ficou ainda mais gostosa depois da gravidez
Ela está linda de corpo e também diferente, me parece mais madura
No fundo me parece uma miragem, eu tive tantos sonhos com ela,
que ter ela aqui não parece ser real e o medo de acordar me toma.
— Olha para frente Matteo, eu tenho um filho pra criar! — Ela diz
sorrindo e porra só de ver esse sorriso já aparece um enorme no
meu rosto!
— Nós! Temos um filho para criar.
Me ouvir falar essa frase chega a ser estranho, até uns dias atrás eu
era só um fudido, desgraçado pela vida me lamentando pelos
cantos.
Chegamos em casa e ela corre para as escadas e eu vou atrás. Ela
entra no quarto do Lorenzo e logo em seguida entro também.
— Não acredito que o bebê mais lindo do mundo está acordado! —
Ela diz pegando meu filho do berço.
Ele se estica todo e grita fazendo a maior festa, ela dá dezenas de
beijos fazendo-o gargalhar.
Essa cena é única, me enche de bons sentimentos. Meus olhos
brilham vendo a mulher da minha vida bem aqui na minha frente,
com meu filho, um carinha tão pequeno mas que eu já amei antes
mesmo de conhecer!
— Acho que o papai bugou! — Ela diz me tirando do transe, olho
para eles e estão parados me encarando.
— Está longe amor? — ela me pergunta chegando mais perto e
passa a mão contornando meu rosto, se estica e dá um selinho na
minha boca.
— Mama! — Meu filho diz e nós rimos, eu envolvo os dois no meu
abraço e dou um beijo na cabeça de cada um.
— Desculpa! — Diz a senhora que é a babá do meu filho entrando
com uma mamadeira na mão.
— Eu desci para preparar a mamadeira, ele estava dormindo por
isso deixei-o no berço! — Ela diz meio apavorada.
— Está tudo bem! — a Ane diz sorrindo.
— Como ele se comportou sem mim? — ela diz brincando com meu
filho como se perguntasse para ele.
— Ele ficou muito bonzinho, jantou bem, brincou bastante no banho
e não chorou nem um pouquinho!
Meu filho é um bebê estranho? Ele não chora nem dá trabalho, até
eu consegui cuidar dele quando a Ane chegou.
Ou será que a menina da Vaiola é que dava trabalho demais? Ela
chorava 24h por dia, até quando estava dormindo eu ouvia choro,
até nos meus sonhos tinha choro de criança.
A Ane dá um monte de beijos nele, como se recompensasse ele por
se comportar, e pelo visto ele adora isso.
— Pode deixar que eu dou a mamadeira, agora você já pode ir,
obrigada!
A mulher sai e vamos para o nosso quarto. Eu vou para o closet
apenas para trocar de roupa, já tomamos banho no hotel.
Coloco apenas uma calça de moletom e volto para o quarto e lá está
minha mulher deitada na cama de lado, com meu filho também
deitado na cama e com o peito dela na boca e as mãozinhas
segurando e apertando seu seio.
— E a mamadeira? — pergunto deitando e me aconchegando atrás
dele bem pertinho dela.
— Comigo por perto ele prefere o peito! — diz me dando um
selinho.
— Espertinho! — falo com malicia e ela semicerra os olhos e nega
com a cabeça, como se eu fosse um pervertido.
Depois de alguns minutos, meu filho fecha os olhos e deixa o bico
dela pular para fora da sua boquinha, e quando eu penso em pular
em cima dela e abocanhar esse peitão gostoso, ela sai rápido da
cama em direção ao closet.
— Olha ele! — grita de lá
Eu reviro os olhos e olho para meu filho, como eu pude fazer um
bebê tão lindo assim?
Seus cabelos escuros brilham, não resisto ao impulso de levar meu
nariz ali e cheirar fechando meus olhos, inalando um aroma tão
novo para mim, mais que me leva a lembrar do amor que sinto por
ele.
— Essa cena é linda! — Ela diz aparecendo no meu campo de visão
com uma camisola preta curta, mas não muito.
— Eu quero fazer um álbum de fotos nossas! — Diz pegando-o e
colocando no berço.
— Eu não gosto de tirar fotos! — Falo ficando de barriga para cima
e colocando minhas mãos atrás da minha cabeça.
Chego a me assustar com o pulo que ela dá, sentando em cima de
mim.
— Por favor amor! — Diz dando um monte de beijinhos no meu
rosto e caralho! Pedindo assim eu dou tudo.
— Vai amor, diz que sim! — Ela diz no meu ouvido, mordendo minha
orelha.
Eu já levo minhas mãos para sua bunda por baixo da camisola, meu
pau já está duro.
— Sim! — falo tomando sua boca maravilhosamente deliciosa.
Escuto um barulho alto e levanto rápido meu tronco ficando
sentando com ela em cima de mim, concentrado para ver se ouço
de novo
— Ma... — Ela diz ,mas eu a corto.
— Xiu! — falo levando meu indicador na boca para ela ficar quieta.
De repente, mais um barulho e agora um estrondo, eu saio da cama
igual um foguete.
Vou até o closet aperto um botão e se abre uma parede com um
pequeno arsenal, pego uma arma e quando me viro, ela está me
olhando muito assustada.
— Não sai do quarto!
— Você vai deixar a gente aqui, eu vou ficar sozinha? — Diz
apavorada, sei que talvez não seja uma boa idéia, mas eu preciso.
— Toma!
Pego uma arma e dou para ela, que pega sem contestar.
— Qualquer um que entrar além de mim, atire! — Falo e saio
escutando ela trancar a porta.
Vou indo devagar pelo corredor, não sei o que está acontecendo,
meu celular não tocou, o alarme da casa também não...
Isso não me cheira bem!
Desço as escadas devagar,com a arma engatilhada e pronto para
matar, mas não vejo nada, está tudo calmo, na verdade até demais!
A calmaria d6a espaço a mais um estrondo que vem de fora, eu vou
mais rápido e abro a porta da sala e vejo vários homens no chão e o
pior é que são os meus homens
Caralho, o que tá acontecendo???
Ai merda,estou aflita!
Morrendo de medo de alguém entrar e eu ter que usar essa arma,
meu filho vai se assustar.
E se eu não conseguir?
O que será que está acontecendo??
Vou até o closet e aperto o botão que vi o Matteo apertar, liberando
um verdadeiro arsenal
Pego um silenciador e coloco na arma, pego também uma faca e
coloco na minha cinta liga. Para minha surpresa quando entro no
quarto, tem um homem em pé, ao lado do berço do meu filho.
Todo o sangue do meu corpo se vai quando vejo que ele tem uma
arma apontada para o meu bebê. Um frio percorre toda a minha
pele e um medo imenso, que faz meu coração disparar.
— Você vai comigo? — ele me pergunta.
Eu só concordo com a cabeça e ele estende a mão pedindo a arma,
eu dou e vou em sua direção, quando chego perto o suficiente, ele
me pega pelos cabelos, mas o medo de que aconteça algo com
meu filho, faz a dor ser imperceptível.
Ele me puxa em direção à porta, eu destranco e saímos, o que
deixa claro que ele entrou pela janela. Apesar da minha situação,
fico aliviada que meu filho esteja lá, longe desse homem.
Ele me empurra para que eu caia de propósito, só para me arrastar
pelos cabelos, me machucando.
Quando saímos da casa eu vejo muitos corpos no chão, me
desespero procurando entre eles o Matteo. Penso que para esse
homem conseguir sair por aqui, talvez o Matteo não esteja bem.
Ele acelera os passos e logo dou de cara com meu cunhado vindo
correndo e quando nos vê, ele para, seus olhos são puro ódio, eu
nunca o vi assim.
— Se tentar me impedir eu a mato! — O homem diz enfiando o cano
da arma na minha boca
Eu temo pelo minha vida. Logo agora que voltei, estava vivendo
algo tão bom com o Matteo e meu filho...
— Solte-a agora e você morre rápido, caso contrário, vou enviar
seus pedaços para cada um da sua família! — O Matteo diz e
provavelmente está atrás de nós.
O homem tira a arma da minha boca e se vira, mas antes mesmo
dos meus olhos encontrar os do Matteo, eu escuto o tiro e sinto os
espirros de sangue no meu rosto.
O corpo do homem cai me derrubando junto; olho e vejo um buraco,
a bala veio do Giulliano e atravessou a cabeça do homem saindo do
outro lado.
O Matteo corre até mim e me levanta me analisando com pressa,
vendo se tem algum machucado.
— Eu estou bem. Preciso ver o Lorenzo! — Falo e saio da sua
averiguação e corro em direção a casa correndo escadas a cima,
invadindo o quarto e só paro de correr quando chego no berço.
Me agacho gritando, quando vejo que meu filho não está ali e meu
coração de mãe sabe, que ele está em perigo.
Eu me levanto, determinada a alcançar a pessoa que pegou meu
filho, me tirou do quarto só para levar meu bebê.
Vou até a varanda e vejo uma corda já no chão eu corro saindo do
quarto e o Matteo, o Giulliano e mais um monte de homens que
brotaram não sei de onde, me olham.
— Cadê ele? — o Matteo me pergunta vendo minha cara de
desespero.
— Levaram, levaram pela janela! — grito
Ele é dominado por uma fúria nunca vista antes, pelo menos não
por mim e todos já saem correndo para procurar, até mesmo ele.
Eu também corro em direção à porta, mas aí eu penso, que se
saíram pela floresta, preciso de algo com mais serventia
Corro para o quarto e pego uma arma de Sniper e volto correndo
para a saída, vou até a parte que fica embaixo da janela do meu
quarto e começo a olhar tudo.
Meu corpo está pura adrenalina misturada com medo e raiva. Como
pude ser tão idiota e deixar meu filho sozinho,quando a casa estava
sendo atacada!? Eu deveria ter lutado!
Enquanto ando com a arma apontada e engatilhada, eu vejo uma
porta de ferro, nunca andei aqui não faço idéia para onde ela leva,
está só encostada e faria muito sentido a pessoa esperar todos
saírem para procurar.
Eu entro bem devagar e como estou descalça, não faço nenhum
barulho, vou descendo a escada e vejo uma luz no final do corredor.
Isso aqui é uma espécie de subsolo, o cheiro é horrível, me daria
ânsia se eu não estivesse tão focada!
Enquanto adentro ainda mais pelo corredor, sinto minha mente
funcionar a mil por hora, consigo sentir e ouvir qualquer coisa à
minha volta e principalmente as batidas fortes do meu coração.
Começo a ouvir cochichos, conforme continuo eles vão
aumentando. Percebo que estão no final do corredor, até que escuto
um resmungo do meu filho e solto um suspiro de alívio, encostando
minhas costas e cabeça na parede. Parece que minha respiração
estava presa, dou uma relaxada para não acabar explodindo de
tanta tensão.
— Fica quieta, ela vai vir! — um cochicho de mulher.
— Já era para ter vindo, ela deve ter dado pra trás! — um cochicho
de homem
Eu fico atenta às palavras e tentando pensar em algo que me ajude
agora e rápido, pois alguém está vindo ajudá-los.
De repente escuto passos e como estou escondida em uma das
portas antes do final do corredor, ninguém pode me ver. Quando a
pessoa se aproxima, eu olho e não acredito nos meus olhos...
Pensa Antonella, pensa!
Eu respiro fundo mais uma vez e coloco meu plano em prática,
apareço com o dedo indicador na boca fazendo sinal para que ela
não fazer barulho
Assim que me vê a nossa cozinheira fica branca igual papel e
concorda com a cabeça, Eu puxo-a para o cômodo que eu estou e
sussurro no seu ouvido: Preciso da sua ajuda!
Ela balança a cabeça em concordância sem parar. Essa vagabunda
vai me pagar!
Eu falo um obrigado só mexendo a boca, ela me dá um sorriso
estranho, levanto minha arma, conto até 3 em pensamento e puxo-a
quase que a empurrando para o cômodo em que estão com meu
filho, e entro logo atrás...
Vejo meu filho no colo de uma mulher toda de preto, que me olha
com os olhos arregalados, ao seu lado tem um homem, com a
mesma roupa,mas em seus lábios tem um sorriso de psicopata, que
me deixa com mais medo ainda; porém eu disfarço.
Por mais que eu esteja com todos os receios do mundo dentro de
mim, preciso mostrar que não tenho medo deles.
— Pega meu filho! — Falo para a cozinheira enquanto aponto a
arma para o rosto da mulher. Ela vai, mas o homem coloca a mão
na frente.
— Ela não tem coragem de atirar! — ele diz me encarando, está me
testando.
— Que pagar pra ver? — falo e aponto minha arma para seu órgão,
fazendo ele respirar fundo com a cara mais feia do mundo e cheio
de raiva.
— Anda logo! — Falo e ela pega meu filho e vem para atrás de mim.
— Agora vamos! — Digo fazendo sinal com a cabeça para eles irem
na frente em direção a saída
Eles me obedecem e vou indo atrás com ela ao meu lado,
segurando meu filho enquanto aponto a arma para eles.
— Estamos fudidos! — A mulher choraminga para o homem.
— Vai... mais rápido! — Falo empurrando eles com a ponta da arma
— Cagna! — ele diz, mas eu não sei o que significa, tem muitas
palavras em italiano que eu não em lembro mais, já que
praticamente minha vida toda falei inglês!
Mas de uma coisa eu sei, ele esta me xingando!
Eu empurro ainda mais acelerando-os, não aguento a tensão de não
chegar logo lá fora, estou com medo que eles tentem alguma coisa
e esse cheiro que tem nesse lugar de carne podre, está me fazendo
imaginar que estou em um filme de terror.
— Vadia do caralho, você não presta pra ser esposa do Capo, nem
sua língua materna consegue entender! — Ele Diz agora em inglês
e meu sangue sobe
Antonella mantenha a calma... digo para mim mesma.
Olho para a minha empregada que tem o pavor e o medo
estampados na cara, meu filho está normal coitadinho,não tem
noção da situação à sua volta.

Meus homens vasculham a propriedade igual, loucos atrás do filho


da puta que está com meu filho.
Mas nada!
— Senhor! — um deles me chama e vou correndo junto com meu
irmão.
E vejo minha mulher com uma arma nada comum, apontando para
um casal e a empregada com meu filho no colo.
Eu vou mais que depressa e pego meu filho. Assim que me vê a
Ane relaxa , entrega a arma e meus homens pegam o homem e a
mulher.
— O que aconteceu? Onde eles estavam? — meu irmão pergunta
para Antonella.
— No subsolo! — Ela responde, analisando meu filho que está bem
e até sorri com as mãos dela percorrendo seu corpo pequeno.
— Leva esses filhos da puta! — falo com ódio,minha vontade é
esmagar os ossos deles.
— Não! — A Antonella diz e pega a arma da minha mão.
A mulher olha com medo e o homem tenta se manter firme, mas sei
que tá cagando de medo.
— Acharam?? Graças a Deus! — Diz a Marie, que chega ofegante
junto com o Túlio, a respiração deles é tão intensa que parece que
vieram correndo.
— Me dá! — a Marie diz pegando meu filho do meu colo que vai
sem nem reclamar, ela se vira e vai com ele em direção à casa.
— Agora, quem mandou fazerem isso? — A Antonella diz e aponta
a arma no nariz da mulher que olha apavorada.
— Aqui não é lugar! — falo.
— Cala a boca! — ela me corta. Quê?
O que aconteceu com minha doce mulher?
— Não vai falar?
Ela tira a arma da cara da mulher e coloca na cara da empregada.
— Você vai me falar e eu vou te poupar!
A mulher treme igual vara verde e meu sangue sobe, porque agora
tudo faz sentido, ninguém entraria na minha casa sem ajuda de
alguém de dentro.
— Anda, estou perdendo a paciência! — A Ane diz, me
surpreendendo.
— Senhora me perdoa, por favor! — A mulher fala,se jogando aos
pés del,a chorando descontroladamente.
— Quem?? — A Ane diz puxando seus pés dos braços da mulher.
— Mário! — ela diz chorando.
— Traidora! — a outra mulher grita. Porra do Caralho!!!
Até morta a Vaiola me traz problemas!
A Ane me olha como se perguntasse se eu conheço e sim é o pai da
Vaiola. Eu confirmo com a cabeça.
— Levanta! — A Ane diz calma e acredito que ela vai perdoar a
mulher que clama por perdão no chão.
A mulher se levanta e fica ao lado da outra e o homem está em pé
com os braços cruzados.
— Eu fiquei muito decepcionada pois gostava de você!
— Me perdoa por favor! — a mulher implora chorando.
— É tarde demais! — Ela diz e dá um tiro preciso, bem no centro da
testa dela, minha, agora ex empregada, cai no chão, enquanto a
outra mulher olha desacreditada.
— Eu não vou implorar pela minha vida! — a mulher diz.
— Não precisa, você não vai morrer! — a Ane responde. Será que
ela vai fazer o que eu estou pensando??
— Tirem todos os dedos! — Ela ordena para meus homens.
— Os pés, orelhas e língua!
Caralho como minha mulher é foda!
— Mas deixem-na viva. E isso é um ordem! — Diz com ênfase a
palavra viva, fazendo a cara de cínica da mulher se transformar em
medo.
— E quanto a você!
Ela olha para o homem que tem uma expressão de terror na face,
que eu super entendo, minha mulher está com sangue nos olhos.
Ela faz sinal para dois dos meus homens segurarem ele, chega bem
perto e abaixa a calça dele deixando seu pinto pequeno para fora.
Ela levanta a camisola e tira da cinta liga uma das minhas facas,
que provavelmente pegou no quarto.
Ver isso me deixa até excitado, meu pinto levanta dentro do
moletom. Meu irmão dá um soquinho no meu ombro e eu olho feio
para os homens, que estão tentando disfarçar para não olhar para a
perna perfeita da minha mulher.
Ela chega mais perto e pega o pinto do homem na mão, e começa a
cortar e todos ficamos incomodados com isso, a sensação é
estranha, parece que é o nosso!
Deus me livre!
Os gritos do homem são estridentes, olho para o lado pois essa
cena não me agrada e pela cara dos meus homens e do Túlio,
também não.
O único que olha sorrindo admirado é meu irmão como se visse algo
gratificante e prazeroso, com certeza ele deve ter algum problema!
— Agora mostrem pra ele o que é ser uma vadia! — diz abrindo a
boca do homem e enfiando o pinto.
Coitado!
Só que não!
Ela vem até mim, me entrega a faca e vai em direção a casa
Eu me viro,olho para meu irmão e o Túlio, que me olha
desacreditado com o que acabou de ver.
— O que você fez com a minha sobrinha? — Ele pergunta
analisando meus homens levando-os para o subsolo.
— Eu nada! Ela é assim, se for pra matar, ela mata!
— Eu sei que ela é capaz de matar, mas isso? — Ele fala
analisando meu irmão que está rindo à tôa.
— O que foi?? Eu gostei de ver minha cunhadinha torturando
alguém!
Nós vamos para a sala e lá está a Marie e meu filho no sofá
brincando. Vou até eles e pego-o no colo o abraçando, o medo que
senti não consigo descrever!
Perder meu filho, mesmo sabendo que eu encontraria, foi a
sensação mais dolorosa que senti, até mais do que quando estive
sem a Ane.
O Túlio estende os braços para meu filho,que aceita me
surpreendendo, ele pega meu filho e pela primeira vez vejo seus
sentimentos estampado na cara.
— Ah graças a Deus, está tudo bem! — a mãe da Ane diz entrando
igual um furacão na sala.
— Calma tia,está tudo bem! — diz Marie.
— Cadê a Ane? — Ela pergunta preocupada.
— Estou aqui! — Minha mulher diz descendo as escadas com um
robe vermelho e descalça, linda e sorridente.
— Já te falaram que você sorri igual um idiota toda vez que olha pra
ela? — A Marie me pergunta e eu fecho a cara, essa menina é
muito abusada, espero que meu irmão nunca se case com ela,
senão minha vida vai virar um inferno!
Mas não ninguém nunca me disse, porém eu sei que olho para ela
sorrindo igual um idiota.
Enquanto elas ficaram na sala, eu o Túlio e o Giulliano, fomos para
o escritório. Eu me sento e só agora percebo que estou só de calça
moletom e descalço.
— O que vamos fazer? — Meu irmão me pergunta, referente ao
ataque muito do ousado aqui em casa!
— Vamos seguir o protocolo. Ele tentou pegar meu filho na tentativa
inútil de se livrar do destino que a filha dele traçou para todos!
Eles concordam e saímos depois de conversarmos sobre os
detalhes e beber um pouco de whisky
Na sala só está a Marie e a Elisa que me disse que a Ane já subiu,
eu vou para meu quarto e encontro meu filho já no berço dormindo e
com outra roupa.
Entro no banheiro e vejo minha linda mulher deitada na
banheira,com os olhos fechados e a cabeça apoiada na beirada
com um copo ao seu lado.
Eu tiro minha calça e entro na banheira, ficando atrás dela, o cheiro
e a temperatura da água está muito agradável.
— Quem é Mário? — ela me pergunta com a cabeça apoiada no
meu peito, eu levo minhas mãos para seus seios e envolvo-a nos
meus braços.
— O pai da Vaiola!
Ela se vira rápido,ficando de frente para mim e me olha nos olhos.
— Essa mulher sempre vai estar no nosso caminho? — Me
pergunta magoada e isso me incomoda.
Realmente sempre que as coisas melhoram,a Vaiola acaba
atrapalhando de uma forma ou de outra!
— Não Ane, nada está no nosso caminho! — Falo e respiro fundo.
— Ela está morta e muito em breve o pai e todos daquela família
também estarão! — Ela respira aliviada e volta para meus braços.
— Eu tive muito medo! — Ela confessa e vejo aqui nos meus braços
a minha doce Ane e não aquela mulher fodona que estava lá fora.
— Eu também tive, muito. A sensação de impotência é horrível!
Ela se vira de novo e me olha nos olhos como se fosse me contar
um segredo.
— Eu...
Ela começa mas pensa bem.
— Fala! — peço puxando seu rosto e deixo um beijo na sua testa.
— Eu gostei do que fiz lá fora! — diz com pesar e eu não consigo
conter um sorriso.
— Eu fiquei até de pau duro vendo você fazer o que fez!
— Não Matteo,eu tô falando sério!
— Eu tô falando sério, e caralho Ane,você foi demais!
Ela revira os olhos e volta para meus braços, eu levo minhas mãos
para seus seios e começo a massagear.
Eu fiquei muito contente em vê-la fazendo aquilo, sei que vai se
espalhar e pela cara de espanto dos meus homens, todos vão saber
que minha mulher é tão ruim quanto eu, uma verdadeira Messina!

5
meses depois…

Faz alguns dias que descobri que estou grávida novamente.


Quando eu percebi que estava com muitos enjoos e minha
menstruação já não vinha há dois meses, eu quase tive em infarto!

Fui para a casa da minha mãe e lá eu ela e a Marie tiramos a prova.


Minha prima que comprou os testes, mais de dez, é bem a cara dela
ser exagerada...
E para a minha surpresa deu positivo. Na hora fiquei com muito
medo, pois acabei de ter um filho, o Lorenzo ainda nem completou
um aninho e eu já engravido de novo

E também quase morri no parto, nunca tinha sentido tanta dor na


vida, só de pensar já me dá medo!
— Ane! Tá no mundo da lua? — pergunta a Marie.
— Estou pensando em como contar para o Matteo! — Falo e ela
revira os olhos.
— Você é sentimental demais Ane!
— Eu sou sentimental demais ou você é insensível demais? Coitado
do meu cunhado! — Falo e faço uma cara de pena, ela me olha
semicerrando os olhos.
— Coitada é de mim, você tem que ter dó de mim não dele,
mulheres sempre unidas!
Eu dou risada e ela que tentava fazer uma cara de poderosa acaba
rindo também, minha prima é um barato, diz cada coisa!
— Tá bom vai, eu vou te ajudar a fazer a surpresa para o senhor
chatão!
Conto meus planos e peço para ela comprar algumas coisas para
mim, explico tudo e ela me faz dar gargalhadas imitando as caras e
bocas que ela acha que o Matteo vai fazer.
— Me conta a piada porque deve ser boa, da pra ouvir vocês rindo
do corredor! — diz meu cunhado entrando no quarto, que aliás é
dele.
Eu acordei cedo assim que o Matteo saiu com ele, e depois de ver
que o Lorenzo estava dormindo eu vim para cá acordar a Marie.
— Eu...
— Acredite você não vai querer saber! — Eu a corto e me levanto
da cama.
— Vocês não vão descer para o café?! — pergunto vendo meu
cunhado se jogar na cama.
— Acho que vou tomar o café na cama hoje!
— Sério? — Pergunto franzindo as sobrancelhas, ele nunca faz
isso.
— Ane ele tá se referindo a mim, eu vou ser o café dele! — Ela diz e
o Giulliano da risada da minha inocência.
— Credo, tchau! — Falo saindo e fechando a porta, esse dois não
tem um pingo de vergonha
Entro no quarto do meu filho e ele está acordado no berço e em pé,
e quando ele me vê começa a pular e gritar.
— Oi meu amorzinho mais lindo do mundo! — Falo pegando-o no
colo e enchendo de beijos.
— Vamos tomar banho com a mamãe? Vamos?
Coloco-o no tapete, que está cheio de pelúcias e brinquedos
musicais, é o lugar que ele adora ficar. Vou até o closet escolho uma
roupa para ele e pego alguns produtos, fralda, toalha e sapatos e
volto vendo ele jogar o brinquedo na parede com toda a força que
ele tem, só porque parou de tocar a música
Será que está cedo para eu falar que ele é estressado e não tem
paciência com nada? Tudo dele é quebrar ou jogar longe, quando
não consegue o que quer...
— Lorenzo! Não pode filho!
Ele me ignora completamente e aperta outro brinquedo fazendo a
música tocar.
Pego-o e o brinquedo e vou para o meu quarto. No corredor eu já
escuto os gritos da Marie, o que é um absurdo, já que não são nem
9h da manhã; Dou uma batida na porta e continuo para o meu
quarto.
Ligo a banheira, tiro as roupas do Lorenzo, pego alguns brinquedos
que já fazem parte da decoração do meu banheiro e coloco-o na
banheira com os brinquedos.
Tiro minhas roupas e também entro. Ele adora tomar banho com a
gente, faz muita graça, morde os brinquedos com raiva e fala
algumas palavras enroladas.
— Lorenzo, fala mamãe! — estou lutando para ele falar mamãe, ele
já falou, mas pouquíssimas vezes.
— Papai! — ele diz,como sempre.
— Não filho, é mamãe, fala mamãe...
— Mama — isso não é mamãe, quando ele quer a mamadeira ele
diz isso.
— Não Lorenzo, mama não!
— Mamãe, Mamãe fala mamãe!
— Papai, papai ,papai!
Nossa três vezes, ele quer me humilhar,só pode! Mas também, o
Matteo faz ele falar papai centenas de vezes por dia.
— Desiste Ane! — o Matteo diz e eu me viro vendo-o encostado na
porta, com os braços cruzados.
— Eu não desisto nunca. Faz tempo que você está aí?
— Sim! — ele diz se aproximando e o Lorenzo quando vê ele
começa a gritar papai e tenta se levantar da banheira.
— Oi filhão, vem com o papai vem! — O Matteo diz todo bobo e o
Lorenzo já estende os braços.
— Vai molhar sua roupa! — Falo, pois ele está elegantíssimo de
terno e sapatos italianos que foram feitos sob medida,
absurdamente caros! Mas ele não dá a mínima e pega o Lorenzo no
colo se molhando todo.
— Você já deu banho nele?
Eu concordo e ele sai com o Lorenzo.
Aproveito e tomo um banho de verdade. Quando saio e me seco em
frente ao espelho percebo que minha barriga está grandinha, não
sei como o Matteo ainda não percebeu
Entro no closet e o Lorenzo já está trocado e com o cabelo
penteado, a coisinha mais linda. Ele está no chão tentando levantar
se apoiando na parede e o Matteo está trocando de roupa
— Amor você tem algum plano para o seu aniversário? — Pergunto
colocando a roupa sem enrolar muito, vai que ele percebe a
diferença do meu corpo.
— Eu não comemoro meu aniversário!
— Não comemorava! — Ele me encara e vem até mim me
apertando contra seu corpo,fazendo um calor subir, me dá umas
mordidinhas e chupadas no lábio.
— O que você vai aprontar,heim?
— Nada de mais, só pensei em fazer um jantar, o que você acha?
— Só nos dois?
— Não Matteo, com a nossa família! — Ele me solta e termina de se
arrumar.
— Desnecessário, por mim só nos dois está ótimo, de preferência
aqui no quarto! — ele diz a última parte com malícia e morde o lábio.
Eu gosto da idéia, faço um esforço enorme, reúno todo meu
autocontrole para não me entregar fácil assim. Mas ele me deu uma
idéia.
— Você quer convidar alguém em especial ?
— Não!
— Nossa Matteo, você é muito antissocial !
— Ane, estando eu e você está ótimo!
— E seu irmão?
— Minha família é apenas você e nosso filho!
— Então seu irmão não é da família?
— Ele é um agregado! — Diz me fazendo rir e saímos do quarto.
Eu gosto do meu cunhado, mas fico feliz que ele pense assim e
realmente ele dá total prioridade para mim e o Lorenzo
Se eu pedir, nem para o trabalho ele vai e quando o Lorenzo ficou
doentinho por causa dos dentes, ele levantou todas as noites e
cuidou dele sem nem mesmo me acordar
E quando eu saio e deixo meu filho com a babá, sempre que eu
chego o Lorenzo está com ele, a Diana me disse que ele dispensa a
babá assim que eu viro as costas.
Sempre que ele está em casa o Lorenzo está pendurado no
pescoço dele. O Lorenzo é tão apegado no pai, que quando eu finjo
que bato no Matteo, ele chora, me fazendo rir muito.
— Ué não iam fazer orgia no quarto? — Pergunto vendo o Giulliano
e a Marie tomando café.
— É, mais alguém quase derrubou a porta! — Ela diz sabendo que
foi eu.
— Foi preciso! — Falo e começo a tomar o meu café da manhã.
O Lorenzo está na cadeirinha dele e o Matteo com aquela cara dele
de quem comeu e não gostou. As vezes eu penso que ele não gosta
da Marie, eles estão sempre se bicando e toda vez que ela está na
mesa ele fica assim.
— O aniversário do Matteo está chegando e eu vou fazer um jantar
especial!
— Você vai fazer?? — meu cunhado pergunta preocupado.
— Qual o problema? Você acha que eu não sei cozinhar?
Os três disfarçam me respondendo que sim, não só meu cunhado
mas até meu marido desconhece meus dotes culinários.
— Pois fiquem sabendo que sim, eu sei cozinhar e aliás muito bem!
— Duvido!
— Marie!!!
— Ah Ane eu nunca vi você cozinhar nada, nem macarrão
instantâneo! — Traidora!
— E aquele papo de mulheres sempre unidas?
— A Ane cozinha muito,gente,pode acreditar!
Eu tento ficar séria mas não consigo, acabo rindo e o Giulliano me
acompanha, já o Matteo não ri, mas não está com aquela expressão
de antes seu semblante está alegre e mais calmo.
Continuamos a comer e conversar, o Matteo entrou na conversa,o
que foi muito agradável, meu filho come fazendo uma lambança e o
Matteo vai dando de tudo na mão dele, que não rejeita nada.
Depois do café, eu fui combinar com a Diana sobre o jantar, que é
daqui a alguns dias e decidi que eu mesma vou cozinhar. Por mais
que nunca me aventurei nessa cozinha, eu vou fazer a melhor
refeição que eles já comeram!

Hoje é o aniversário do Matteo e como eu tenho algumas surpresas


para ele, levantei bem cedo e já saí. Comprei umas coisas que
faltavam para a minha surpresa e fui ao mercado, fiz questão de
comprar eu mesma os ingredientes do jantar.
Chego em casa depois de passar horas na rua, jogo as sacolas no
chão da sala e corro para o lavabo vomitando tudo que comi na rua,
meu estômago está muito sensível,até certos cheiros já me enjoam.
Saio e dou de cara com o meu cunhado com os braços cruzados e
me assusto, pois poderia ser o Matteo e meus planos iriam por água
a baixo
— Cadê o Matteo? — Pergunto olhando para os lados.
— Relaxa, só eu ouvi seu escândalo!
Respiro aliviada e vou em direção as minhas sacolas.
— Você não vai contar, né?
— Que ele tá fudido de novo? Não, Eu não vou! — Eu não tinha
pensado por esse lado!
— Ah Ane você foi feita para o Matteo mesmo,só pode... É
brincadeira, ele vai vibrar com a notícia!
Não entendi o que ele quis dizer com você foi feita para o Matteo
mesmo ,só pode...
— Tá,só não fala nada!
Ele pega as sacolas da minha mão e me ajuda a levar para a
cozinha. Separo uma das sacolas e peço para ele guardar para mim
no seu quarto
— Giulliano! — Eu o chamo quando ele está saindo da cozinha.
— É muito bom ter um filho, você não pensa em ter filhos?
— A Marie não quer nem ouvir falar em casamento e eu já perdi as
contas de quantas ameaças já recebi, caso ela apareça grávida! —
Ele diz de uma forma engraçada, me fazendo rir e sai da cozinha.
Eu não entendo minha prima e não sei até onde isso vai ir, afinal ele
já passou dos 30 anos e quer casar com ela
O dia passou voando e eu passei a maior parte do tempo na
cozinha. O Matteo dispensou a babá e ficou com o Lorenzo e até
saiu com ele, não sei para onde.
Quando a equipe que contratei começou a chegar, eu terminei o
jantar e fui para o quarto, me arrumei, dando graças a Deus que o
Matteo não entrou aqui, porque senão eu iria perder o horário sem
dúvida!
— Nossa como você está linda, filha! — minha mãe diz entrando no
quarto com o Lorenzo no colo.
— Obrigada!
Ela me avisa que todos já chegaram, eu termino minha maquiagem,
vou até o quarto do meu filho e o entrego para a babá.
Desço com ela encontrando na sala meu tio, que me dá um abraço
apertado, a Marie que disse que me ajudaria, mas sumiu e só
apareceu agora, meu cunhado e o meu marido, o homem mais lindo
de todos, com a barba perfeita e terno impecável.
Lindo como sempre!
Eu vou em direção a ele, que me olha com um belo sorriso que me
desmonta inteira. Eu o abraço e dou um beijo, pois estou com
saudades, passei o dia inteiro longe dele.
— Você está linda!
— São seus olhos!Você está deliciosa! — diz depois de chupar meu
lábio inferior.
— Você ainda não viu nada! — falo em forma de sussurro e dou
uma mordidinha na orelha dele!
— Assim eu não aguento! — ele sussurra me apertando contra seu
corpo e sinto seu membro me cutucar.
— Vão para o quarto, pelo amor de Deus! — diz a Marie fazendo o
Matteo revirar os olhos e seu membro voltar ao normal.
— Já te falaram que você é uma estraga prazeres? — o Matteo
pergunta para ela, que faz uma cara de chocada, abrindo a boca e
tapando com a mão.
— Já te falaram que você é chato pra caralho, cunhado?
— Sim, e só pra te lembrar eu só vou ser seu cunhado o dia que
você casar com o meu irmão, coisa que eu duvido muito que
aconteça!
— Giulliano a sua sorte é que eu não quero casar, porque senão eu
te arrastaria agora mesmo para a igreja mais próxima, obrigaria o
padre a nos casar, só pra calar a boca do seu irmão!
— Então vamos casar e calar a boca dele,Diaba!
Ela revira os olhos e todos na sala dão risada. Esses dois são assim
o tempo todo.
Nós fomos para a sala de jantar e nos sentamos, enquanto
conversávamos a equipe de garçons traz o primeiro prato, e quando
eu apresento e falo que foi eu que fiz, eles não acreditam.
— Eu fiz todo o jantar, por quê o espanto?
— A Ane sempre soube cozinhar, desde criança ela já fazia alguns
pratos! — diz minha mãe e até que enfim, né,alguém para me
defender!
— Nossa, mas é a melhor Bruschetta que eu já comi! — diz meu
cunhado se acabando no pão italiano com molho de especiarias.
— Realmente Ane,está uma delícia! — diz o Matteo e eu como uma
apaixonada que sou, agradeço com um sorriso.
A entrada chega, Caponata de legumes e eu explico que
acrescentei folhas e palmitos fresco e todos amaram, comendo
tudo.
Para o prato principal eu fiz Carré de Cordeiro assado e batata com
creme de gorgonzola para acompanhar, mas antes foi servido uma
massa Conchiglione de Ricota e eu mesma que fiz a massa!
— Ane estava tudo uma delícia, é uma pena a Marie não saber nem
fritar um ovo!
— Pai!!
— O quê? É verdade você não sabe fazer nada na cozinha! — meu
tio diz fazendo todos, menos minha prima rir.
— Não sei se ainda quero me casar com você! — o Giulliano diz
como quem não quer nada,fingindo olhar as unhas.
— É Giulliano pensando bem, Se... Eu disse se... Algum dia eu
decidir casar,vou escolher um homem mais rico que você! Aí eu
posso contratar uma dúzia de cozinheiras!
Ela consegue irritar meu cunhado, que parou de rir assim que ela
terminou de falar.
— Pode casar com ele Marie e vir morar aqui, o Matteo paga a
empregada!
— Aqui não, Deus me livre! — diz o Matteo baixinho, mas eu ouvi!
— Boa ideia Ane! — diz o Giulliano
— Para de dar ideia, vai que ela acredita! — ele diz baixinho
apertando minha mão.
Depois do jantar todos fomos para a sala e enquanto eles
conversavam e bebiam eu subi e peguei a caixinha, desci e chamei
a atenção de todos na sala.
— Hoje como vocês sabem é o aniversário do Matteo! — falo e
todos automaticamente olham para ele que fecha a cara, é óbvio!
Ele não vai deixar a máscara de durão cair em público.
Vou até ele que se levanta e entrego a caixa mas eu não solto, e
olho bem no fundo dos seus olhos.
— Eu passei anos pensando na vida que eu dividiria com você e o
medo foi meu companheiro por muito tempo. Mas o que eu nunca
pensei é que talvez eu poderia ser feliz.E hoje eu vejo aquele
contrato como um bilhete de loteria, eu fui muito abençoada quando
você decidiu me escolher, hoje eu sou a mulher mais feliz do
mundo, porque eu te amo de todo o meu coração e esse amor me
faz muito bem, me sinto realizada, porque eu ganhei muito mais do
que perdi, ganhei um marido maravilhoso, atencioso, carinhoso,
amoroso, fiel a mim assim como sou a ele, eu não posso falar de
todas as suas qualidades porque não tem palavras para descrever,
e como pai então, você é perfeito. Eu sei que lá fora você ainda é o
demônio de todos os capos, Mas aqui comigo e com o Lorenzo você
se transforma na melhor pessoa do mundo. Você errou,eu errei,
mas quem não erra? Não somos perfeitos. E de uma coisa eu tenho
certeza: vamos lutar com unhas e dentes contra tudo e todos que se
meterem no nosso caminho, pois nada e nem ninguém vai nos
separar novamente!
— Nós três te amamos muito!
É óbvio que já estou chorando e quando eu paro de falar e o ajudo
— a abrir a caixa, a lágrima que ele tanto tentou segurar, cai!
Ele olha para a caixa, para mim depois para a caixa de novo e
sorri...
— É sério? — me pergunta todo bobo com os olhos brilhando, como
se estivéssemos sozinhos aqui nesta sala, ele esqueceu
completamente das outras pessoas. Aqui na minha frente está só o
meu marido e não o grande Matteo Messina,o capo dos capos.Eu
vou ser pai mais uma vez?
— Vai amor!
Ele me pega no colo e me levanta tirando meus pés do chão
enquanto me beija na maior empolgação. Quando me lembro que
tem mais pessoas na sala eu paro o beijo e olhamos para eles,
estando ainda nos seus braços. Todos estão chorando sem
exceção.
Depois que todos nos parabenizaram pela gravidez e conversarmos
mais um pouco, foram todos embora, inclusive a Marie, ela disse
que não estava se sentindo muito bem, então preferiu ir para a casa
dela.
— Enfim sós! — diz o Matteo afrouxando a gravata, assim que
entramos no quarto.
— Eu gostei de jantar com eles aqui, foi bem agradável. Mas da
próxima vez, eu prefiro deixar o jantar por conta da Diana!
Me levanto e vou em direção ao banheiro mas ele me alcança e me
abraça por trás.
— Sua comida é a melhor que eu já provei. Eu não sabia que a
minha mulher é tão talentosa - diz beijando meu pescoço.
Eu tento me virar mas ele não deixa. Vai abrindo meu vestido, botão
por botão, enquanto beija minhas costas fazendo minha pele se
arrepiar e um leve desejo começa a se espalhar pelo meu corpo.
Puxa pelos meus ombros as alças do meu vestido, que cai no chão.
Vai até o feixo do meu sutiã e abre, vira meu corpo e o tira de forma
calma e serena, fazendo meus seios saltarem para fora com os
bicos enrijecidos.
Ele leva as costas da mão direita até meu rosto fazendo carinho,
enquanto analisa cada detalhe da minha face. Vem mais perto e
deposita nos meus lábios um beijo genuíno, depois beija minha
testa e a ponta do meu nariz me fazendo dar um sorriso.
Ele se abaixa ficando ajoelhado com as mãos segurando a minha
cintura, enquanto seus polegares acariciam minha barriga. Leva
seus lábios até minha pele e beija minha barriga com todo o carinho
do mundo, fazendo uma sensação de felicidade me dominar.
Nesse momento meu consciente diz que a vida não poderia ter
escolhido um pai melhor para os meus filhos
— Amor? — Falo e ele se levanta me encarando.
— Eu estou com um desejo!
Ele me olha meio preocupado, tenho certeza que se lembrou das
coisas absurdas que eu pedia quando estava grávida do Lorenzo.
— Mas já?? O que você quer essa hora da noite? — me pergunta
com preocupação, mas sorrindo.
— Espera aqui, eu já volto! — Falo e vou para o banheiro, preparar
a última parte da surpresa
Tranco a porta, tomo um banho bem rapidinho e pego a sacola que
deixei aqui mais cedo.
Passo hidratante em todo meu corpo e coloco a lingerie que comprei
especialmente para hoje. Escovo meus cabelos deixando-os com
mais volume, faço uma maquiagem bem marcante e coloco meus
sapatos.
Fico imaginando que o Matteo deve estar aflito, lá esperando para
saber qual é o meu desejo.
Saio do banheiro e vou devagar na sua direção, ele está em pé de
costas para mim com alguém no telefone.
Quando me vê abaixa o telefone sem nem ao menos desligar, sua
boca está ligeiramente aberta. Sua expressão me faz rir
internamente.
— Quer saber qual é o meu desejo? — eu sussurro no pé do seu
ouvido e levo minha mão até seu órgão, dando uma apertadinha
enquanto escuto alguém do outro lado da linha o chamando...
— Matteo? Matteo? Tá aí?
— O meu desejo é sentir seu pau pulsar dentro de mim!
Ele joga o telefone longe e ataca minha boca me levantando do
chão igual um animal. Eu subo no seu colo agarrando sua cintura
com minhas pernas.
Ele me coloca na cama e vai tirando as roupas com pressa, sem
deixar de me beijar ferozmente. Eu o ajudo e quando ele está nu, eu
o puxo com minhas pernas, para seu órgão me penetrar.
E quando eu sinto ele me preencher por completo deslizando para
dentro da minha vagina já encharcada, eu arfo de prazer. O desejo
que me domina é diferente, ousado, safado.
Sim hoje eu quero pura safadeza!
— Mais forte amor,mais forte!
Ele levanta o tronco ficando sentando em cima de suas pernas e me
puxa, eu levo minhas mãos abaixo da minha bunda para elevar um
pouco mais meu corpo, ajudando minha vagina a ficar na altura
exata do meu pênis.
Ele me penetra novamente,puxando minha cintura contra seu órgão
me fazendo gemer alto de prazer, rasga a minha calcinha e joga o
pano longe, segura no meio do meu sutiã entre meus seios com as
duas mãos e rasga também, tudo isso sem deixar de me penetrar
deliciosamente.
Ele volta as mãos para minha cintura e me puxa contra ele de uma
forma tão rápida e forte, que chego a delirar de tanto prazer, e ele
não para. Sinto um fio de energia muito forte que começa no meu
clitóris e vai se espalhando e flui por todo o meu corpo, consigo
sentir até no meu coração e meu corpo relaxa e ele me preenche
com seu líquido.
Mas antes mesmo que eu me recupere, ele me vira rápido, me
deixando de quatro e coloca novamente o pênis na minha vagina
sensível, que ainda pulsa por causa do orgasmo intenso que acabei
de ganhar.
E ele já começa forte, rápido me metralhando com vigor e
voracidade enquanto dá uns tapas na minha bunda me falando
coisas safadas, meus olhos se reviram de tanto prazer.
Quando ele leva a mão ao meu clitóris e me masturba num vaivém
alucinante, eu tenho o meu segundo orgasmo entre meus gritos,
gemidos e palavras sem nexo que saem da minha boca.
Mas ele continua me estocando um pouco menos forte, mas ainda
assim o ritmo está maravilhoso, até que eu tenho mais um orgasmo
e ele percebendo que encontrou o que procurava, continua me
dando mais um e outro, aqueles múltiplos orgasmo que eu não
tenho há muito tempo.
Não consigo descrever a sensação, chega a ser dolorido, pois meu
corpo se prepara para o orgasmo, todos os meus músculos se
enrijecem, minhas pernas tremem, sinto espasmos e até mesmo
calafrios, meu ventre se contrai com a forte tensão e quando ele
chega, minha vontade é gritar alto!
Com certeza eu morri e ressuscitei!
Após toda essa tensão e euforia, uma sensação de tranquilidade
profunda toma conta de todo meu ser, todos meus músculos
relaxam, sinto o corpo solto e palpitações por ele todinho. Me
entrego a esse momento...
Mas ele não para e explode dentro de mim continuando no mesmo
ritmo e o relaxamento dá lugar a primeira sensação novamente,
meu corpo reúne toda a tensão do universo e se prepara para outro
orgasmo.
Eu grito ainda mais alto e quando minha vagina se contrai de uma
forma mais intensa, ele geme alto e me manda não parar o que eu
nem sabia que estava fazendo.
Ele goza novamente e como essa já é a terceira ejaculação dele, eu
sinto uma grande quantidade de liquido quente escorrer por entre
minhas coxas
E como ele não parou e continua cutucando o mesmo lugar, mais
uma vez o relaxamento da lugar a tensão, com outro orgasmo se
aproximando. Ele para ajudar, leva a mão ao meu clitóris que está
inchado, sensível e na minha cabeça eu poderia jurar que ele está
derretido
Ele passa seus dedos de leve mas é como se fosse um botão
encostou gozou, e assim eu me entrego de novo a sensação
delirante, alucinante, deliciosa, maravilhosa do orgasmo e ele me
acompanha e cai em cima de mim, mais morto que eu, respirando
forte enquanto eu não consigo mexer nem as pálpebras de tão
cansada que estou.
— Pronto seu desejo passou? — pergunta ofegante.
— Ane? — ele me chama mais uma vez, vendo que estou
paralisada e vira meu corpo me deixando de barriga para cima.
— Você tá bem? Meu filho tá bem? — pergunta preocupado me
encarando.
— Não, meu desejo não passou! — Falo e o puxo para cima de
mim, que me olha desacreditado e me penetra num papai e mamãe
delicioso.
— Você tá muito safada,sabia? — diz enquanto me beija.
— Aprendi com você! — Falo e ele sorri ainda com a boca na
minha, me penetrando gostoso.
Olho para o relógio e vejo que já vai dar 5 da manhã e não consigo
dormir. O Matteo está todo esparramado na cama dormindo
profundamente, acho que o Lorenzo deu muito trabalho para ele
Me levanto coloco meu robe e vou até o quarto do meu filho e ele
também está dormindo profundo. Faço um carinho na cabecinha do
meu bebê, tiro o dinossauro de pelúcia que está embaixo dele e
coloco na mesinha ao lado, em pezinho olhando para o Lorenzo, sei
que quando ele acordar vai ver o dinossauro aqui e vai tentar pegar,
cubro-o e saio em direção à cozinha.
Faço um chá de camomila, coloco em uma xícara grande e volto
para o meu quarto. Abro a porta da sacada e coloco a xícara na
mesinha, sento na cadeira que é extremamente confortável e me
enrolo no cobertor, pego meu chá e admiro a vista
O dia está começando a aparecer no céu, o ar é muito agradável,
uma brisa leve e fria bate no meu rosto me fazendo fechar os olhos
enquanto Levo o chá quente até minha boca
Nesse momento me vem à mente a primeira vez que estive aqui
nessa varanda. E com os olhos fechados eu consigo imaginar a
cena e me lembrar daquela noite.
Lá debaixo eu olhei para cá e pensei que era alto o suficiente para
eu me jogar. E vejo nitidamente o meu eu do passado, como se
nesse exato momento se abrisse uma fenda no espaço, ligando o
passado e o presente e o tempo se encontrasse.
Me levanto coloco minha xicara na mesa e vou até a beirada. Olho
para baixo e me vejo. Estou vestida de noiva e o medo e desespero
que ela tanto tenta esconder, escorre pela face por uma lágrima
solitária.
Eu consigo ouvir todos os pensamentos dela, que planeja se jogar
daqui de cima na primeira oportunidade que tiver. E agora não me
parece ser tão alto como realmente é
— Quem é você? — ela me pergunta assustada.
— Acho que sou você!
— Como assim eu? O que você faz aí? — Aí merda aquele copo de
whisky me fez mal, tô vendo coisas.
— Eu sou você daqui a alguns anos! — Nossa, que loucura...
— Quê???
Ela está muito confusa, mas é claro que eu entendo.
— Então, eu morri e fiquei presa aqui no lugar da minha morte! —
ela diz para ela mesma.
— Não, você não vai morrer. Não vai ser fácil, mas você vai ser
muito feliz!
— Com aquele domínio? — ela diz e ri
— Ah Antonella se você soubesse o tamanho do amor e felicidade
que te espera, muitas coisas seriam evitadas!
— Então me diz e rápido,pois nosso tempo está acabando!
— Bom, eu só posso te dizer que hoje sou a mulher mais feliz do
mundo, tenho o marido mais maravilhoso, amo esta casa, minha
vida e meus filhos!
Ela me olha com os olhos arregalados e desacreditada.
— Eu só posso estar ficando louca!
— Não, eu acho que estou apenas sonhando com você, eu no
passado! — Ela me olha ainda mais confusa.
— E se não for um sonho? — ela me pergunta.
— E se realmente hoje no dia do meu casamento o pior dia da
minha vida,eu estou tendo uma visão? Por algum motivo o tempo e
espaço bugou?
— Uma falha na Matrix!
Ela diz tudo isso e pela sua expressão está realmente acreditando
nisso.
— Me diz alguma coisa para me ajudar! — ela pede em forma de
súplica.
— Bom, o que eu poderia dizer para o meu eu no passado? —
pergunto para mim mesma.
— Ane, o Matteo não é o monstro que você pensa, se entregue de
corpo e alma, mergulhe de cabeça e quando chegar a hora de fugir,
não fuja confie nele e nunca duvide do amor que ele sente por você!
— Eu não entendi nada do que você disse!
— Eu sei, mas na hora certa você vai entender! — Ela coça o
cabelo e reclama do véu tirando a tiara e jogando no chão.
— Acho que eu estou ficando louca!
— Ane!!! — minha mãe a chama,fazendo nós duas olharmos para
ela. Eu ou melhor,a Ane do passado vai em direção a ela, que me
encara.
— Quem é aquela moça? — ela pergunta enquanto as duas andam.
— Nem queira saber! — Ela diz e as duas se vão em direção ao
jardim.-Caramba o que foi isso??
— Ane!!! Ane!!!
Saio desse transe com as mãos do Matteo me sacudindo.
— Oi!
— O que aconteceu? Com quem você estava falando?
Ele me pergunta preocupado, está nu ainda me segurando
enquanto procura com o olhar.
— Eu acho que... Estava sonhando.
— Aqui na beirada da sacada? Em pé?
— Acho que sim.
— Vem, vamos voltar para a cama, você está gelada!
Eu vou com ele para dentro do quarto, Ele fecha a porta da sacada
e nos deitamos na cama debaixo das cobertas e realmente eu estou
muito gelada, minha pele esta até arrepiada
Ele se aconchega em mim de conchinha me esquentando. Olho
para o relógio e ainda são 5 horas da manhã, me assusto e dou um
pulo da cama.
— O que foi Ane??
Eu corro de volta para a sacada e lá está meu chá e a coberta. Aí
merda tô ficando louca
Eu volto para a cama e para os braços os do Matteo, deito no peito
dele e sinto seu coração acelerado, acredito que eu meio que o
assustei.
— Me fala o que aconteceu? — pergunta acariciando minha cabeça.
— Um sonho estranho, eu me vi no dia do nosso casamento e
conversei comigo mesma...Mas foi tão real!
— Foi só um sonho, está tudo bem. Não vai mais pra varanda
quando eu tiver dormindo, é perigoso. Você estava debruçada no
parapeito poderia ter caídoele diz e me abraça mais forte.
Eu concordo com ele e fico aqui pensando no meu sonho louco e o
sono não vem. O Matteo acaba dormindo novamente e como foi
tudo só um sonho, eu preciso ir ver meu filho, que sempre fica sem
as cobertas à noite.
Me levanto coloco o robe e saio indo para o quarto do meu filho.
Entro devagar e vou até o berço e lá está meu bebê dormindo
profundamente...
Eu faço um carinho nele e o cubro, olho para a mesinha e o
dinossauro de pelúcia está em pezinho virado para ele exatamente
como eu deixei no meu sonho, ou sei lá O que foi aquilo.
Depois de passar um tempinho no quarto do Lorenzo, eu resolvo
descer, não estou com sono e já são quase 6 horas da manhã então
vou descer e tomar um café preto para ver se minha cabeça volta
para o lugar.
— Bom dia, caiu da cama hoje? — a Diana me pergunta assim que
eu entro na cozinha.
Eu concordo com ela e vou fazer meu café preto. Aqui na Itália não
se bebe café apenas chás, então apenas o chá já está pronto, eu
gosto mas hoje preciso de café, então eu mesma faço o meu!
— Diana! — eu a chamo enquanto bebo meu café sentada na mesa
da cozinha.
— Você acha que é possível por algum motivo, a gente conseguir
voltar no tempo e conversar com a gente mesmo?
— Nossa Ane que pergunta estranha...
Ela para o que está fazendo, pega uma xícara de chá e se senta na
minha frente.
— Mas sim, eu acredito!
— Eu acho Ane, que nem tudo sabemos, que há muito além do hoje
e agora, passado, presente e futuro. Não podemos ser limitados a
lógica e razão, deve ter algo além disso, que mesmo tentando não
conseguimos explicar!
Caramba que loucura, eu nunca pensei nessas coisas, apesar de ler
muito e ter conhecido inúmeras teorias de conspirações sobre o
universo.
— Ane como se explica, uma criança nascer e se lembrar da vida
passada e com riqueza de detalhes? Aí seus pais vão investigar e
realmente tudo o que a criança diz é verídico, realmente morreu
alguém naquela família com o nome que a criança diz ser o dela,
realmente existiu tudo o que a criança diz, em um país diferente que
a criança nunca nem pisou ou sequer ouviu falar!
— Bom Ane,isso acontece e muito por aí e se você procurar saber
melhor vai ver muitos e muitos casos dessas e outras coisas que a
razão não pode explicar. Eu sou cristã Ane, acredito que Jesus é o
único e suficiente Salvador para a humanidade, mas sei que há
muito mais por aí que não se pode explicar!
Depois de me dizer esse monte de coisas,que me deixaram ainda
mais confusa em relação a minha cabeça, ela vai terminar os
preparativos do café.
— Bom dia! — diz o Matteo entrando na cozinha, já arrumado.
— Bom dia, amor,você viu se o Lorenzo já acordou?
— Ainda está dormindo — Ele diz virando uma xícara de chá. Ele
sai da cozinha e eu o acompanho até o escritório
— Já vai sair tão cedo? — Pergunto me sentando na mesa bem em
frente a cadeira dele. Ele para de fuçar nas gavetas e me encara
com um sorrisinho, se levanta e me abraça.
— Você está bem? — pergunta colocando uma mecha rebelde do
meu cabelo atrás da minha orelha.
— Estou! — falo dando selinhos nos seus lábios
— E minha filha? — pergunta entre meus lábios que se formam um
sorriso por ele achar que é uma menina.
— Ela também! — respondo intensificando o beijo.
Ele abre meu robe revelando meu corpo nu e me abraça por dentro
do tecido, sem deixar de me beijar intensamente. Levo minhas mãos
para sua calça acariciando e tiro seu membro para fora.
Ele me penetra gostoso enquanto beija meu pescoço e aperta
minha bunda com as mãos. O entra e sai gostosinho me deixa
louca, enfio minhas mãos por dentro da calça dele apertando seu
bumbum avantajado
Ele me beija para conter meus gemidos que se intensificam, a
medida que vou chegando perto do clímax de prazer. Quando enfim
eu atinjo um orgasmo intenso que faz até minhas pernas tremerem,
sinto seu órgão se inchar na minha vagina sensível e seu líquido
quente me preencher.
— É impressão minha ou você está querendo mais sexo agora que
está grávida?
Eu dou risada e prendo-o com as minhas pernas,para ele não sair
de dentro de mim, aproveitando ao máximo meu marido.
— É, talvez!
— Matteo... Oi cunhada, estou atrapalhando?
— Porque não bate na porta? — pergunta o Matteo saindo de
dentro de mim disfarçadamente.
— Eu pensei que vocês tinham passado dessa fase de ficar se
pegando em qualquer lugar.
Fecho meu robe e desço da mesa vendo meu cunhado se jogar no
sofá, ou seja ele não vai sair daqui, e o pior é que sinto tudo que o
Matteo deixou em mim escorrer por entre minhas pernas.
De repente a porta se abre novamente e vejo uma mulher entrar. Ela
é bonita, novinha e está com um sorriso enorme no rosto. Eu olho
para o Matteo, já com raiva.
— Cheguei!!! — ela grita levantando as mãos,correndo em direção
ao meu cunhado,se jogando em cima dele no sofá.
Me viro para o Matteo com os braços cruzados e as sobrancelhas
erguidas,esperando uma boa explicação para eu não esgana-lo...
— Ela é...
— Sou Nicole Messina! Estive no seu casamento, não se lembra?
— Era só o que me faltava!
— Não, eu não me lembro!
— Nicole o que você veio fazer aqui, sem nem avisar? — o Giulliano
pergunta, preocupado demais para o meu gosto.
— Eu mandei um telegrama, avisando que vou ficar aqui por uns
tempos!
— Avisando? — Pergunto para o Matteo,que engole em seco.
— Ninguém hoje em dia usa telegrama Nicole, você deveria ter me
ligado! — diz meu cunhado.
— Porque? Eu sempre fiquei aqui,o que mudou?
— O que mudou, é que agora essa casa tem DONA e as coisas não
são bagunçadas como antes! — falo.
Eu já não gostei dela...
— Relaxa priminha, eu sou da família,estou em casa!
— Não...
— Você está na minha casa, é apenas uma VISITA, e vai ficar por
pouco tempo! — falo indo em direção a porta e o Matteo vem
correndo atrás de mim.
— Ah e antes que eu me esqueça! — paro fazendo ele quase
tropeçar em mim.
— A próxima vez que você entrar sem permissão, pode ser que
fique sem as mãos!
Saio e vou tranquilamente em direção às escadas. Um dos homens
para o Matteo que vinha atrás de mim na sala; eu continuo e vou
direto para o banheiro do meu quarto me limpar
Eu preciso de um banho, mas o Lorenzo deve estar acordado, então
pego alguns lenços umedecidos e limpo das minhas coxas a gosma
do meu marido, lavo as mãos e saio em direção ao quarto do
Lorenzo.
E lá está ele no chão brincando com o Matteo, eu sento na poltrona
e fico observando meu marido gargalhar com as gracinhas do nosso
filho.
— Pensei que você ia tomar banho.
— Eu preciso, mas pensei que você ia sair.
— Eu vou, mas precisava saber se você esta bem — Ele diz se
referindo à prima e eu não contenho uma risadinha, meu marido
aprendeu a lição...
— Está tudo bem! Mas não gostei da ideia, muito menos a
intimidade que ela demonstrou,entrando daquele jeito!
— Eu não sabia que ela viria, se eu soubesse, não permitiria. Mas
vou mandá-la para um hotel agora mesmo!
— Não! Pode deixá-la ficar.
Ele vem até mim e se abaixa e me beija.
— A hora que você quiser ela vai embora! — Bobinho!
Eu sei disso!
Ele me dá um beijo e sai para trabalhar. Eu pego o Lorenzo as
coisas dele e saio para o meu quarto, tomo banho com meu filho
que faz a maior festa
Coloco uma roupa bem leve e desço, como eles já saíram,eu tomei
café na cozinha mesmo e depois decidi estender um lençol no
jardim, levar alguns brinquedos e tomar um sol com meu filho.
— Lorenzo pega a bola filho! — falo levantandoo na tentativa de que
ele saia andando e está dando certo, ele dá alguns passinhos e cai,
mas levanta e tenta de novo, me fazendo rir!
Depois de algumas horas ele se cansa de tanto brincar e deita no
lençol cochilando. Eu me deito também olhando para o céu que está
muito bonito e limpo, o sol está bem fraquinho e agradável
Fecho os meus olhos e penso na minha vida, penso na Antonella do
meu sonho. Exatamente aqui nesse lugar foi meu casamento e eu
estava com tantos medos e receios, mas me fazia de forte.
Pensei em infinitas possibilidades que me livrasse desse destino, e
mal sabia eu que esse destino poderia ser tão maravilhoso.
Agora aqui estou eu no mesmo lugar que um dia fez meu coração
bater forte de medo e insegurança. Porém hoje sou uma mulher
realizada.
E agora meu coração bate por um homem que eu amo de paixão,
que me faz se sentir mulher de verdade, que venera meu corpo e
com ele eu me sinto a mulher mais atraente do mundo.
Tenho um filho que é a coisa mais linda desse mundo, minha razão
de viver meu tudo! Um serzinho que me tornou uma mulher forte e
destemida, me fazendo matar por ele e com muito prazer e se for
preciso eu faço de novo!
E no meu ventre tem mais um serzinho, que eu já amo
intensamente.
— A mamãe já te ama — falo em forma de sussurro alisando minha
barriga.
— E o papai também! — diz o Matteo
Abro os olhos e o vejo do meu lado,com um sorriso enorme no
rosto. Ele senta perto de mim e leva a mão em cima da minha que
está na barriga.
— O que você estava pensando? Eu estava te observando.
— Estava pensando no quanto eu amo vocês três.
— Eu fiquei observando de longe vocês aqui e perguntando pra mim
mesmo, o que eu fiz para merecer vocês! E agora mais um bebê pra
aumentar minha felicidade que já não cabe no meu peito!
— Você mudou! — respondo sua pergunta e puxo seu terno até
nossas bocas se encontrarem.

Saio do banheiro depois de um longo banho e vejo a minha linda


mulher dormir tranquilamente; não resisto e volto para a cama.
Faço uma trilha de beijos nas suas costas, começando no pescoço
e descendo até sua bela bunda que dou uma mordidinha.
— Você não pode me acordar assim — ela diz se virando para mim.
— E por que não? — Pergunto chupando seu pescoço.
— Porque eu não sou do tipo que passa vontade. — diz me
puxando para cima dela, alisando minhas costas.
— E por que a minha mulher passaria vontade?
Eu estou adorando esse lado safado dela; vejo que vou me dar
muito bem nessa gestação. Eu me encaixo entre suas pernas, que
ela já abriu bastante para me receber
Enfio a cabeça do meu pau, fazendo ela se contorce de prazer e
gemer no meu ouvido chamando meu nome, enquanto eu sussurro
safadezas no seu ouvido.
Porra! Que caralho de buceta gostosa!
Enquanto me movimento dentro dela, ouvindo seus gemidos e
sentindo suas unhas arranharem minhas costas, penso no quanto
eu tô fudido.
Não consigo deixá-la sozinha, estou igual um leão, sempre
rondando seu bando. Por mais que eu saia para trabalhar, volto o
mais rápido possível!
Ainda mais agora que vou ter mais um filho, e caralho!
Eu não poderia estar mais feliz!!!
— Isso amor... Não para! — diz entre seus gemidos.
Alguém bate na porta fazendo ela revirar os olhos, mas de raiva e
não de prazer.
— Não para! — ela me dá uma ordem me fazendo rir. E não, eu não
vou parar.
— Nossa, pensei que vocês viviam de aparência! — a Nicole
diz,assim que entra sem ser convidada é claro, e pela cara da Ane,
vai acabar matando-a se continuar sendo tão intrometida!
Ainda bem que estamos embaixo do edredom.
— Já viu que não, agora sai! — falo e ela sai fechando a porta.
— Muito inconveniente!
Eu não respondo apenas continuo o que não cheguei a parar.
Graças aos deuses meu amigo aqui não morre fácil.
Eu tento sair para vira-la de quatro, mas ela não deixa, diz que quer
assim então eu obedeço é claro. Aumento o ritmo e chupo seus
peitos deliciosos e ela geme ainda mais alto
Quando a buceta dela estrangula meu pau, tenho que me controlar
muito para não gozar, sempre espero minha mulher se satisfazer
primeiro
Ela grita e morde meu ombro para conter a tensão do seu corpo e
esse é o meu sinal, então sem muito esforço gozo liberando um
milhão de espermatozoides na bucetinha gostosa da minha mulher.
— Você tem um ultrassom marcado para daqui a pouco! — falo
ainda dentro dela.
— Você marcou um ultrassom?
— Sim, quero ver meu filho!
Volto para o chuveiro com ela e tomo um banho rápido; saio
deixando-la lá. Ligo na cozinha e peço o café na cama, não quero
nem ver a raiva da Ane para cima da Nicole, então melhor
tomarmos café aqui.

(...)

— Você está com 16 semanas e 4 dias, o bebê já está totalmente


formado e saudável, mas o sexo está difícil ele está com as pernas
fechadas!

Então é mais um menino. Meu filho não vai ficar abrindo as pernas
fácil assim.
Estou uma pilha de tensão, quero muito saber se vou ter outro
garoto ou uma menina, o que me dá medo! já me imagino matando
garotos que chegarem perto da minha filha.
— Hum apareceu, olha, as perninhas agora estão abertas! — A
médica diz e eu não vejo nada, para mim não mudou, são só
borrões.
— O que é doutora? Eu vou ter um treco de tanta ansiedade —
minha mulher pergunta aflita.
— É uma menina! — Ai caralho, tô fudido!
Olho para a Ane que chora olhando para mim, que quase choro
também mas não, consigo segurar, mas sei que meus olhos estão
brilhando porque estou feliz pra caralho!
— Uma menina amor!
— Sim, uma menininha — digo dando um beijo na testa da minha
mulher pensando em como minha sorte mudou.
De um fudido sem sorte, que conquistava à base de sangue, a um
simples marido, pai de dois filhos e um homem perdidamente
apaixonado, de quatro por essa mulher à minha frente.

Fim? Não... Até Breve!


O livro tem continuação e em breve estará disponível aqui na
plataforma.
O livro 2 que se chama Entre o Amor e a Máfia livro 2 dá
continuidade à história, mas seus protagonistas são Marie e
Giulliano, teremos também narração do Matteo e desfecho de
assuntos que ficaram em abertos no livro anterior.
Agradeço imensamente vocês que chegaram até aqui

Entre o Amor e a
Máfia livro 2
Romance Dark

Marie é uma jovem de 18 anos que se preparou a vida inteira para


um dia suceder seu pai e se tornar a primeira mulher a ocupar um
cargo no Conselho da Cosa Nostra, a maior máfia siciliana, mas não
contava que se apaixonaria por Giulliano Messina, 13 anos mais
velho, irmão e braço direito do capo.

Será que esse amor vai permitir que ela alcance seu objetivo?

Athena Nos Braços de um


Desconhecido Romance Proibido

Saí de casa há três anos, com apenas 17 anos e a convicção de


que nunca mais voltaria... Hoje porém, me vejo obrigada a retornar,
e a pedir ajuda para a pessoa de quem eu mais quis distância, a
minha mãe!

Além da minha mãe não me ajudar, ainda acabei caindo nos braços
de um homem 14 anos mais velho que eu, que me levou à loucuras
na cama, que me fez descobrir, com ele, prazeres inimagináveis e
quando percebi que estava completamente apaixonada, e me
permiti amálo, descubro que ele, na verdade, é meu padrasto!

Me chamo Athena, e até já me senti a própria deusa grega em seus


braços fortes, mas hoje sou apenas Athena, a grande tola!
Quero agradecer a todos que acompanharam o livro, me dando
apoio e ajudando a complementar cada personagem, fazendo deles
um sucesso. Todas as leitoras que com suas mensagem de
incentivos e a forma como se apegaram aos personagens indo na
minha loucura, dando vida aos personagens, e hoje sinto como se
em algum lugar da Itália está essa família, vivendo sua vida doida
mas cheia de amor e lealdade. Enfim, me fizeram continuar, criando
o livro dois que também é um sucesso e terceiro e infinitas ideias,
sou muito grata.

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