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1º Edição
Dezembro de 2021
Este livro pode causar desconforto ou gatilhos em pessoas
sensíveis aos temas: violência, prostituição, assassinato, drogas,
tortura, estupro, violência física e psicológica contra a mulher, entre
outros assuntos complexos que envolvem o submundo da máfia.
Se você tiver sensibilidade a algum desses temas, não inicie
a leitura.
O universo da máfia relatado neste livro foi uma criação
inteiramente minha, misturando várias informações que retirei das
pesquisas que realizei. Criei para o clã controlado por Paolo toda
uma estrutura única.
Cada um dos temas abordados foi tratado com muita
responsabilidade, não existe romantização da violência em que os
personagens estão envolvidos, muito menos maus-tratos em
relação a personagem principal.
Não é um livro dark, porém aborda de maneira explícita o
submundo do crime. Não é uma história fofa, então se não gosta da
violência da máfia este livro não é indicado.
Espero que apreciem a leitura.
Abraços.
Domênico Pizzorni nasceu no berço da máfia italiana, filho de
um dos tenentes do antigo Capo do seu clã, ele foi criado para ser
um homem cruel e pronto para enfrentar qualquer inimigo.
Após anos sendo torturado por seu pai, carrega traumas
profundos que o impede de permitir que as pessoas o toquem. Dom
é um homem reservado, raramente demonstra sentimentos, porém
seu coração lhe surpreende ao bater descompassadamente pela
sua esposa.
Giovanna Torcasio é a irmã caçula do Capo e sonha em ser
livre para poder escolher o seu futuro. Ela não aceita as tradições da
máfia, o que inclui ser obrigada a casar com alguém que não ama.
Quando recebe a notícia que está prometida ao Consigliere do seu
irmão, sente o desespero a dominar.
Ela não quer se casar com ninguém, muito menos com
Domênico. Gio se rebela quando o anúncio do casamento é
oficializado, mas o seu destino já está traçado e algumas surpresas
a esperam, o que inclui encontrar o amor em meio ao mundo caótico
da máfia.
Aviso Importante
Sinopse
Prólogo
Capítulo 1 – Divirta-se Dom
Capítulo 2 – É a nossa vida
Capítulo 3 – Parabéns
Capítulo 4 – Que pesadelo
Capítulo 5 – O felizardo
Capítulo 6 – Maldição!
Capítulo 7 – Não vou me casar!
Capítulo 8 – Nosso destino
Capítulo 9 – Noivado
Capítulo 10 – A pequena Torcasio
Capítulo 11 - Caterina
Capítulo 12 – Precisamos de tesão
Capítulo 13 – O casamento
Capítulo 14 – A festa
Capítulo 15 – Hoje não
Capítulo 16 – Gosto de ser beijada
Capítulo 17 – Porque você é minha esposa
Capítulo 18 – Linda pra caralho!
Capítulo 19 – Quero que me prove
Capítulo 20 – Apenas meu
Capítulo 21 – Em casa
Capítulo 22 – Temos uma boa química
Capítulo 23 - Ilusões
Capítulo 24 – Emboscada
Capítulo 25 – Traição
Capítulo 26 – Acabou!
Capítulo 27 – Novo sangue
Capítulo 28 - Verdade
Capítulo 29 – Sonhos Realizados
Capítulo 30 - Enfeitiçado
Capítulo 31 – Atrito
Capítulo 32 – Meu paraíso
Capítulo 33 – Uma nova aventura
Capítulo 34 – Não sou capaz de amar
Capítulo 35 – Tio Domênico
Capítulo 36 – Acredito em você
Capítulo 37 – Moto GP
Capítulo 38 - Vai ser fiel a Gio?
Capítulo 39 – Sou seu refém
Capítulo 40 – Culpa sua!
Capítulo 41 – Eu cuido de você
Capítulo 42 – Faz amor comigo
Capítulo 43 – Ele só quer me atingir
Capítulo 44 – Ciúme
Capítulo 45 - Natal
Capítulo 46 – Eu sou mau
Capítulo 47 – Em suas mãos
Capítulo 48 – É a realidade da máfia
Capítulo 49 – O seu fim chegou
Capítulo 50 – Eu prometo
Epílogo 1
Epílogo 2
O que vem no próximo livro?
Agradecimentos
O tempo é ideal para te ensinar algumas lições, entre elas
aprender a fugir da realidade quando o caos e o terror te alcançam.
— Um homem de verdade não é gentil, isso é demonstração
de fraqueza. — Prendo a respiração quando outro açoite alcança
meu tórax. — Todos precisam temê-lo e você precisa saber como
impelir dor.
A voz psicótica do meu pai me causa repulsa, meu desejo
agora é segurar o maldito chicote da sua mão e matá-lo enforcado
com ele.
— Aquele merda do filho do Torcasio um dia será Capo e
você fingirá ser um bom amigo para ser seu Consigliere, ficará ao
lado dele, até que encontremos uma maneira de exterminá-lo, aí
será a nossa vez de assumirmos o clã.
Ele solta uma risada, feliz com o seu plano. O seu desejo de
poder é insaciável, apesar de fingir amizade a Conrado Torcasio,
tudo o que ele deseja é roubar sua liderança.
O problema é que por mais que tente fingir ser um homem
corajoso, na verdade, Francesco Pizzorni é um belo covarde, ele
quer ser o líder, mas não tem coragem de derrubá-lo, essa missão
está destinada a mim, porque se eu morrer para ele não faz
diferença, têm meus dois irmãos para colocar na linha de frente.
Só que eu nunca trairia Paolo, ele é meu melhor amigo. Com
exceção da minha mãe, é a única pessoa que eu confio neste
mundo. Prefiro a morte a ter que um dia trair a confiança dele.
— A dor é um sistema eficaz para a obediência. — Um golpe
forte me acerta inesperadamente, me fazendo desabar com a dor
lancinante que tira o meu ar. — Levante-se, porra! — grita ao
apertar o taco de beisebol na minha nuca. — Você encontrará
torturas piores quando for um homem de honra, não quero filho meu
fraco, você é um Pizzorni e nós nunca nos rendemos. Agora levanta
e se comporte como homem, eu não tenho filho viado.
Eu o odeio, tudo o que mais desejo é que um dia ele saia e
não volte mais. Que algum dos seus inimigos cortem a sua cabeça e
livre toda a minha família das suas maldades.
Reprimo o gemido e fico de pé, esperando o próximo golpe.
Ele só vai parar quando não existir mais nenhum espaço no meu
tronco para ferir. É assim as suas sessões de tortura, ele me agride
onde ninguém possa ver as marcas, apenas eu, ele e a minha mãe,
sabemos tudo o que acontece no seu perverso treinamento para me
transformar em um cruel mafioso.
— Prepare-se, pois hoje à sua tarde será longa, tenho muito
que mostrar a você, será divertido, eu prometo.
Não respondo nada, apenas tento manter minha mente
longe, quando mais uma vez ele me acerta.
Ao menos hoje esse sádico está se divertindo comigo, é
melhor do que vê-lo escolher a minha mãe para poder dar vazão a
toda a sua maldade.
Um pouco antes
Dois dias após a morte do meu pai recebi alta e pude deixar o
hospital, sendo um alívio do caralho. Odeio ficar aprisionado em um
quarto com pessoas me tocando, pior que isso foi descobrir que
acabaram com o meu cabelo e eu tive que cortá-lo curto, depois de
quase quinze anos mantendo o corte.
Estou em um estado de frustração e, irritação, que só não é
pior porque Giovanna não sai do meu lado.
— Tão bom te ver em casa, tive tanto medo de te perder. —
Seguro a mão da minha mulher e levo até os lábios.
— Você não vai se livrar de mim tão rápido — digo sorrindo.
— Não estou brincando, quando eu te vi estendido naquela
rua coberto de sangue, pensei que não sairia vivo. — Ela fecha os
olhos. — Fui tão impulsiva, me perdoa Dom.
— Gio, esqueça essa história, o importante é que
sobrevivemos a tudo e agora estamos bem.
— Com licença. — Amaro aparece na sala. — Paolo está
subindo com a esposa.
Giovanna me olha apreensiva, também me sinto agitado,
espero que ele traga boas notícias.
Não demora muito Paolo chega acompanhado da Masha e a
filhinha, sua expressão não demonstra que teremos más notícias.
— Achamos Anna escondida na casa de uma amiga, ela e a
família estão bem — diz sem rodeio.
Aceno satisfeito, não seria justo que sofressem algo por
causa do meu pai.
Apesar de ela ter me traído, existe uma criança nesta história
que não entende nada do mundo dos adultos.
— Que alívio, pensei muito nessa criança — Gio comenta,
ela passou todos esses dias preocupada com o menino.
— Todos nós estamos aliviados. — Masha se senta e ajeita a
filha em seu colo.
— Acho que Francesco não teve tempo de fazer nenhuma
maldade, pelo que Anna contou o desgraçado foi bem cruel com
toda a família dela. O homem que ajudou Giovanna a subir no bar
era o capanga que a vigiava para cumprir as ordens do maldito, ela
não teve como avisar a Dom o que estava acontecendo.
— Pelo jeito, ele planejou tudo com muita cautela.
— Seu pai era ardiloso. — Paolo se acomoda ao lado da
esposa. — Anna queria te ver pessoalmente para se desculpar, mas
não permiti, o que está feito não pode ser mudado e eu não a traria
para a casa da minha irmã. — O rosto dele está com a expressão
dura.
— Fez bem, não temos mais nada a conversar, mas como te
pedi se puder a ajude com um emprego.
— Já providenciei o futuro dela bem longe de Roma. — Ele
apoia os braços sobre os joelhos e cruza as mãos. — E você?
Como está?
— Pelo rosto corado está bem. — Masha sorri satisfeita.
— Realmente estou cada dia melhor, ainda irritado por
perder meu cabelo, porém em breve estarei de volta ao trabalho. —
Paolo ergue um canto da boca quando falo do meu cabelo.
— Cabelo cresce, meu amigo, o importante é que está entre
nós — concordo com ele, no entanto, não consigo deixar de
lamentar a obrigação de assumir um novo visual. — Quando se
recuperar vamos pensar em uns dias para viajar com minha irmã,
vocês merecem um descanso. — Ergo uma sobrancelha surpreso
com sua proposta.
— Paolo sendo bonzinho?
— Jamais! — rapidamente nega. — Agora quero saber
quando irá dispensar os serviços do Amaro, eu preciso formalizar a
sua mudança de cargo.
— Não quero que Amaro saia da minha segurança — Gio
protesta.
Eu até poderia me irritar com a resistência da minha esposa
em abrir mão do seu segurança, mas entendo que para ela a
imagem do Amaro representa confiança, depois de tudo o que ele
fez.
— Ele merece essa promoção, Giovanna, não vou impedir
que siga seu caminho.
— Eu confio de olhos fechados nele, Dom.
— Sei disso, mas tenho outros homens que também tomarão
conta de você, com a mesma competência e fidelidade.
— Podem pensar na segurança depois, com você ainda se
recuperando, Gio vai passar a maior parte do tempo em casa. —
Paolo se aproxima do sofá e beija a testa da irmã. — Não dê muito
mole para seu marido, se for mimado demais vai protelar a voltar às
atividades normais.
— Eu não estou com pressa dele voltar a trabalhar. — Ela
passa os braços ao redor de mim.
— Parem de se agarrarem na minha frente — pede quando
seguro o queixo de Giovanna.
— Será que pode deixar de ser implicante? — Masha
pergunta irritada.
Ignoro completamente meu cunhado e afundo meus lábios
nos dela, foda-se se ele vai espumar de raiva, eu estou na minha
casa, ao lado da minha mulher. Posso beijá-la quando eu bem
entender.
— Que inferno! — Ouço Paolo resmungar. — Vamos embora,
Masha.
— Vá você, eu vou conversar com Maria e descobrir o que
ela preparou para o almoço, vou passar a tarde aqui.
— Volta aqui, inferno vermelho. — Ele segue atrás dela.
— Não deveria provocá-lo desse jeito. — Gio acaricia meu
peito. — Gosto tanto de te tocar assim.
— Eu gosto ainda mais de ser tocado pela minha esposa —
digo a última palavra lentamente. — Desde que coloquei uma
aliança no seu dedo tem sido apenas você na minha mente, na
minha vida e bem aqui. — Pressiono sua mão contra meu coração.
— É só você, meu amor.
— Ah, Dom. — Ela segura o meu rosto e me beija. — Eu te
amo mais que tudo e quero te amar por toda minha vida.
— Sempre estaremos juntos, eu prometo.
E para confirmar minhas palavras selo os nossos lábios, feliz
por saber que temos uma vida inteira pela frente e uma família a
construir.
Nunca imaginei que encontraria tanta felicidade,
principalmente por ela vir das mãos de alguém que eu odiei a vida
toda.
Meu pai foi meu maior algoz, porém também foi o
responsável por me unir a um verdadeiro anjo.
Fecho o robe de seda e ajeito meu cabelo, sorrio para o meu
reflexo no espelho, contente com a minha produção. Eu espero que
meu marido goste da surpresa que preparei.
Desde que ele saiu do hospital, há um mês, entramos em
uma nova lua de mel e, para completar nossa felicidade, espero
apenas meu marido arrumar um tempo para que possamos viajar.
Entro no quarto e o encontro revirando a gaveta da mesinha
de cabeceira. Ele está sem blusa e as tatuagens nas suas costas
ganham destaque.
Poder tocá-lo sem restrição era tudo o que sonhei, hoje eu
me sinto de fato interligada a ele, é como se agora realmente nosso
casamento fosse completo.
Acaricio seu cabelo que agora é curto e beijo sua nuca, em
seguida espalho beijos pelo ombro. Ele gira o rosto e enruga as
sobrancelhas, seus olhos azuis me fitam com curiosidade.
— O que eu fiz de bom para merecer esse momento de
beijos?
— Você sabe que gosto de beijá-lo. — Descanso os braços
ao redor do seu pescoço. — E gosto ainda mais de tocá-lo.
Dom tenta me segurar, mas eu escapo e pulo para fora da
cama sorrindo.
— Fica quietinho, tenho planos para nós esta noite. — Ele
olha desconfiado. — Quero que deite e relaxe.
— Você está bem mandona. — Colocando as mãos atrás da
cabeça ele me observa. — Que planos você tem?
Não digo nada, apenas desfaço o laço do robe e o deslizo por
meus ombros. A peça cai no chão e ver a expressão de choque do
meu marido não tem preço.
No dia que completei dezoito anos, o Leonardo me deu um
lindo espartilho com ligas sexys. Naquele dia fiquei extremamente
envergonhada, principalmente porque na hora Dom chegou e me
flagrou com a lingerie na mão.
Desde então nunca o usei, mas hoje eu quero estar bem
sensual para o meu marido.
Os olhos dele descem lentamente pelo meu corpo, em uma
avaliação silenciosa, que me faz pegar fogo com o desejo que
observo espalhar em seu olhar.
— Lembra o dia que ganhei isso? — pergunto ao me
aproximar da cama.
— E como esquecer? Aquele cretino do Leonardo me fez te
imaginar nisso e até aquele momento eu nunca tinha tido nenhum
pensamento impuro com você.
— E depois teve? — Jogo o cabelo para o lado ao me
posicionar rente a cama.
— Como não ter? — Reprimo um gemido quando sua mão
toca a minha coxa.
— Não é nada legal ter pensamentos sacanas com a irmã do
seu melhor amigo.
— De qualquer maneira a irmã dele seria minha mulher. —
Apoio as mãos nas suas coxas quando subo na cama.
— Tivemos um bom destino. — Escorrego minha mão por
seu abdômen, desde que nos casamos queria sentir os gomos da
sua barriga na palma da minha mão, finalmente posso ter acesso a
cada parte dele.
— O melhor possível. — Dom toca meu cabelo quando vou
espalhando beijos por sua barriga. — Se um dia alguém me
dissesse que existe felicidade dentro da máfia, eu acharia essa
pessoa uma estúpida. — Seus dedos embrenham-se entre os fios
do meu cabelo. — Só que aí surgiu você e muita coisa aconteceu
desde então.
— Aconteceu o amor. — Espalmo as mãos contra seu peito
sorrindo. — Você não imagina como eu tinha vontade de fazer isso.
— Rodo a ponta da língua no seu mamilo, recebendo em troca um
gemido. — A vontade de poder beijar e tocar cada parte sua, sem
que me afastasse, era quase uma obsessão.
— Por sua causa venci meus medos — gemo quando aperta
minha bunda. — Ainda não gosto que me toquem, mas isso não se
aplica a você, necessito ter seu contato a cada segundo. — O meu
coração explode de tanto amor.
— Ninguém além de mim precisa chegar perto. — O
desgraçado sorri.
— Ciúmes?
— Você sabe que sim. — Arranho a unha por sua pele. —
Nós, os Torcasios, somos naturalmente possessivos.
Volto a espalhar beijos por seu tronco, lambo, me esfrego
nele, mostro sem pressa o quanto o desejo, cada parte do seu corpo
é perfeita e eu quero provar.
Foi um caminho tão tortuoso até que nos encontrássemos de
verdade, que pudéssemos nos abrir, deixar a paixão que nos unia
falar mais alto.
Foi preciso a vida agir de uma maneira brutal para que nos
libertássemos de todos os temores.
— Sua sobrinha deixa bem claro a tendência possessiva da
família quando monopoliza o pai. — Prendo um grito quando ele
infiltra a mão entre os fios do meu cabelo e me força a encará-lo. —
Não quero que tire nenhuma peça.
Sem que eu possa impedi-lo muda nossas posições, sorrindo
quando prende minhas mãos acima da minha cabeça. Com os olhos
presos aos meus ele me toca por cima da calcinha, mordo o lábio
inferior gemendo enquanto fricciona tentadoramente meu clitóris.
Contorço o corpo, tentando me desprender, mas Dom não se
abala e começa a mordiscar meu pescoço, em seguida sua boca cai
para o vale entre meus seios. Ele lambe a minha pele e suga a parte
exposta do seio esquerdo.
Neste momento sou puro líquido, preciso urgentemente senti-
lo me invadir com a potência que sempre me enlouquece.
— Não aguento mais, quero você.
— Ah, mio bellíssimo angelo, você aguenta sim.
Com um sorriso diabólico ele me tortura sem nenhuma
pressa, sequer se importa quando ameaço o matar se não me der
um orgasmo.
Quando acho que não vou mais suportar ele solta uma das
ligas usando apenas uma mão. Prendendo meu olhar faz o mesmo
com a outra, em seguida beija meu queixo.
— Eu vou te foder com cada um desses itens, enfeitando seu
corpo, exceto essa maldita calcinha. — Mordo o lábio inferior
quando sinto-o afastá-la para o lado e testar minha umidade. —
Mais que pronta.
— Você sabe que estou. — Forço novamente minha mão,
dessa vez ele me deixa livre.
Rapidamente ele tira a minha calcinha e livra-se da cueca
samba-canção. Sorrio satisfeita quando encaixa sua ereção entre
minhas pernas, gememos juntos quando inicia a penetração.
Puxo-o para um beijo, enroscando minhas pernas na sua
cintura, fazendo com que vá mais fundo. Gememos satisfeitos com
a perfeição que sempre nos moldamos.
Passo a mão por seu cabelo curto, ele sofreu tanto para
cortá-lo, ainda não se acostumou com o novo visual, no entanto, eu
o achei lindo de qualquer jeito, amo Dom na sua essência, o seu
exterior apenas o deixa ainda mais perfeito.
— Te amo, Domênico — declaro sentindo meu corpo pegar
fogo. — Você é o grande amor da minha vida. — Ele perde um
pouco o ritmo, mas volta a se mover.
— Eu não sei como nós conseguimos encontrar o amor nesta
loucura que vivemos. — O seu olhar está profundo, cheio de
sentimentos. — Mas eu te amo também, te amo pra caralho. —
Sorrimos, parecemos dois bobos, estamos tão apaixonados que fica
difícil não espalhar a felicidade que estamos vivendo.
Rapidamente encontramos o nosso ritmo, forte, primitivo,
cheio de paixão. Nós nos completamos em cada detalhe, Dom é
minha alma gêmea e, enquanto eu viver, ele terá todo o meu
coração.
— Papa! — Caterina grita quando avista o pai. — Papa. — O
dia que ela falou “papai” pela primeira vez foi uma comoção, isso
tem mais ou menos quinze dias.
Masha ficou mais vermelha que seu cabelo de tanta raiva,
enquanto Paolo parecia que ia explodir de orgulho. Os dois
discutiram, ela se mostrou ferida pela preferência da filha aprender a
chamar pelo marido, até que eles se acertaram quando o marido
prometeu ensinar à pequena a também chamar por “mamãe”.
É um pouco estranho ver Paolo carregando uma criança para
todo lugar, ele não deixou de ser o homem truculento que preciso
sempre estar contendo nos assuntos da máfia, mas quando se trata
da família vira outra pessoa.
— Meu Deus você está toda suja. — Ele toma a filha dos
braços da minha mulher.
— Ela se divertiu com o próprio bolo de aniversário. — Gio
sorri.
Observo no seu queixo um pouco de recheio que a sobrinha
deixou, instintivamente passo o polegar pelo local e levo até os
lábios.
— Dom? — Ela me encara confusa.
— Tinha recheio aí. — Rodeio a sua cintura. — A festa foi
animada.
— Isso porque eu restringi a presença da maior parte dos
conselheiros — Paolo comenta.
— Você fez bem, eles não são seus maiores fãs. — Caterina
se atira para o meu lado, agora nós dois nos damos bem, já não me
importo que me toque.
— Que traidora. — Ele olha chateado para a filha, mas sua
atenção logo é distraída pelas irmãs que se aproximam.
Chiara está bem perto de ter sua primeira herdeira e, Fiorella
pronta para passar um tempo em Nova York.
— Estou indo embora, meus pés estão inchados demais
nessa reta final da gravidez. — Chiara abraça o irmão.
— Vá descansar sim, onde está seu marido?
— Conversando com Franco e o irmão da Masha. — Ela
beija seu rosto. — A festa estava linda, Caterina se divertiu horrores,
espero que quando for a vez da minha filha ela também seja
animada como a prima.
— Terá minha pequena para ajudá-la a se divertir — o irmão
comenta.
Giane aparece e leva a esposa embora, a sua barriga está
imensa, sempre que a vejo fico imaginando Gio grávida. Sei que ela
precisa se formar, ainda é jovem demais, porém não posso negar
que sonho com ela carregando o nosso filho.
— E você? Já está com tudo pronto para viajar? — pergunto
à Fiorella, já Caterina enjoa de mim e volta para o colo do pai.
— Só esperando o bebê da Chiara nascer, Dom.
— Sentirei sua falta, Ella, mas eu sei que para você será um
momento importante. — Com a morte de Carmelo, Giovanna e a
irmã puderam voltar a conviver diariamente.
Elas têm quase a mesma idade, possuem apenas quatro
anos de diferença.
— Nos falaremos todos os dias, não vou demorar, só um
tempinho para enterrar de vez o meu passado.
— Leve o tempo que quiser, pedi a Nero que encontre algo
para você fazer, qualquer coisa que sinta vontade de aprender —
Paolo avisa.
— Isso significa que posso fazer um curso?
— Se for seguro pode. — Os olhos dela brilham.
— Obrigada, Paolo, estou empolgada para o meu tempo na
América.
— Não nego que me preocupo por estar tão longe, mas terá
sua própria segurança lá sem ser a de Nero.
— Até onde sei não estamos tendo problemas na cidade, não
acho que seja um risco.
— Sempre há riscos — ele rebate a irmã.
— Às vezes o risco pode ser só o seu coração — brinco com
a minha cunhada.
— Já pensou se Fiorella encontra o seu grande amor em
Nova Iorque? Tipo nos filmes de comédia romântica? — Minha
mulher une as mãos empolgada. — De repente você saindo de um
café e puff! Esbarra no seu príncipe encantado.
— Giovanna e seus sonhos tolos. — Paolo solta uma risada
debochada, deixando a irmã com raiva.
— Não existe príncipe encantado, Giovanna, se Paolo não
me obrigar a casar eu morro sem permitir que outro homem me
toque. — A determinação dela mostra o quanto Carmelo a quebrou.
Entendo bem minha cunhada, passei anos sem conseguir
superar tudo o que meu pai já me fez, ela não é muito diferente de
mim.
— Existem muitos tipos de toques, Fiorella, não podemos
evitar quando alguém consegue tocar nossa alma.
Assim que termino de dizer essas palavras Paolo olha para
Masha, que vem feliz na nossa direção, ao lado do inseparável
amigo Leonardo.
Já eu, mergulho no olhar da minha esposa, agradecido por
ela tocar em cada canto do meu coração.
Nenhum de nós sabíamos naquele momento, mas realmente
toda a vida de Fiorella estava prestes a mudar na nova aventura que
iria embarcar.
Os príncipes dos contos de fada podem até não existir, mas
os verdadeiros, sim. E eles podem ser homens modernos, com um
coração quebrado, precisando de alguém que segure sua mão e
lhes mostre o caminho do amor.
O Coração do Príncipe – Livro 4 – Série
Homens Dominantes
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Avaliação:
[1]
Líder da Máfia
[2]
Equivalente a filho da puta em português.
[3]
Maldito
[4]
Mãe.
[5]
Homem
[6]
Meu amor
[7]
O La Fontaine além de ser uma boate famosa, também serve de escritório da
máfia.
[8]
Santo Deus.
[9]
Família.
[10]
Tem o sentindo de droga, merda.
[11]
Garota.
[12]
Garoto.
[13]
Meninas.
[14]
Minha paixão.
[15]
Meu belo anjo.
[16]
Guilhermo é um personagem do livro Faster For Love, da duologia Rivers
Nolan, da autora Caroline Nonato.
[17]
Personagem do primeiro livro da série O Amor do Príncipe