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CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA

PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010

MATERIAL DIDÁTICO

LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
BRASILEIRA COMPILADA

Impressão
e
Editoração

0800 283 8380


www.ucamprominas.com.br
2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
UNIDADE 1 – AS BASES DA EDUCAÇÃO NO BRASIL .......................................... 6
UNIDADE 2 – O DIREITO À EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
.................................................................................................................................. 16
UNIDADE 3 – A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL
(LDB) - LEI Nº 9.394/96 ............................................................................................ 20
UNIDADE 4 – O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) - LEI Nº 13.005/14 .. 40
4.1 O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) ........................................................... 40
4.2 SURGIMENTO E ATUALIDADE ................................................................................ 40
4.3 AS METAS DO PNE ............................................................................................. 43
UNIDADE 5 – LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL COMPILADA.................................. 45
5.1 LEIS GERAIS ....................................................................................................... 45
5.2 DECRETOS ......................................................................................................... 46
5.3 EMENDAS CONSTITUCIONAIS DE IMPACTO NA EDUCAÇÃO ....................................... 47
5.4 LEGISLAÇÃO PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR ............................................................. 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 54
3

INTRODUÇÃO

Um conjunto de leis que regulariza determinada matéria tem como objetivo,


organizar a vida de um país. No nosso caso, a educação é organizada e regida por
um desses conjuntos que chamamos de ‘legislação educacional’ e se baseia na
Constituição Federal de 19881, em leis como a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) – Lei nº 9.394/962, o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) – Lei nº 8.069/903, o Plano Nacional de Educação (PNE) – Lei nº
13.005/144 e outros documentos mais específicos como os Atos Normativos do
Conselho Nacional de Educação e as resoluções.
A existência de uma legislação representa muito mais que um conjunto de
ordens a serem cumpridas. Trata-se, antes de tudo, da superação do poder do mais
forte, do mais rico ou qualquer outro fator de distinção entre os indivíduos.
Representa o estabelecimento de uma igualdade entre as pessoas na definição ou
garantia dos direitos. Com as leis, todos passaram a ter sua conduta limitada, mas,
por outro lado, têm maior possibilidade de proteção de seus direitos (PACHECO;
CERQUEIRA, 2013).
Pelos motivos do parágrafo anterior se faz mister ao operador do Direito
Educacional conhecer as leis que regem nosso sistema, mesmo sabendo que a
simples existência de uma legislação não garante direitos.
Nosso sistema de educação é composto por dois grandes níveis: a
Educação Básica, formada pela Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino
Médio, Educação de Jovens e Adultos, Educação Profissional e pela Educação
Especial e, em outro nível, a Educação Superior, não esquecendo que a inclusão, a
cidadania e o respeito à diversidade estão presentes em todas as modalidades.

1
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
2
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
3
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
4
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm
4

Figura 1: Constituição de 1988 / LDB.


Fonte: http://i67.tinypic.com/241td0n.jpg

Nosso ponto de partida para essa empreitada será justamente apresentar os


fundamentos que regem nossa educação. Na sequência, falaremos sobre o conjunto
de normas e artigos pontuais da Constituição, das leis, decretos, resoluções,
pareceres, portarias, instruções e atos – que dão forma, regulamentam e estruturam
a educação brasileira, com amplitude maior ou menor.
Desejamos boa leitura e bons estudos, mas antes algumas observações se
fazem necessárias:
1) Ao final do módulo, encontram-se muitas referências utilizadas
efetivamente e outras somente consultadas, principalmente artigos retirados da
World Wide Web (www), conhecida popularmente como Internet, que devido ao
acesso facilitado na atualidade e até mesmo democrático, ajudam sobremaneira
para enriquecimentos, para sanar questionamentos que por ventura surjam ao longo
da leitura e, mais, para manterem-se atualizados.
2) Deixamos bem claro que esta composição não se trata de um artigo
original5, pelo contrário, é uma compilação do pensamento de vários estudiosos que

5
Trabalho inédito de opinião ou pesquisa que nunca foi publicado em revista, anais de congresso ou
similares.
5

têm muito a contribuir para a ampliação dos nossos conhecimentos. Também


reforçamos que existem autores considerados clássicos que não podem ser
deixados de lado, apesar de parecer (pela data da publicação) que seus escritos
estão ultrapassados, afinal de contas, uma obra clássica é aquela capaz de
comunicar-se com o presente, mesmo que seu passado datável esteja separado
pela cronologia que lhe é exterior por milênios de distância.
3) Em se tratando de Jurisprudência, entendida como “Interpretação
reiterada que os tribunais dão à lei, nos casos concretos submetidos ao seu
julgamento” (FERREIRA, 2005)6, ou conjunto de soluções dadas às questões de
direito pelos tribunais superiores, algumas delas poderão constar em nota de rodapé
ou em anexo, a título apenas de exemplo e enriquecimento.
4) Por uma questão ética, a empresa/instituto não defende posições
ideológico-partidária, priorizando o estímulo ao conhecimento e ao pensamento
crítico.
5) Pedimos compreensão por usar a lógica ocidental tradicional que funciona
como uma divisão binária: masculino x feminino, macho x fêmea ou homem x
mulher, mas na medida do possível iremos nos adequando à identidade de gênero,
cientes de que no mundo atual as pessoas tem liberdade de se expressarem de
forma tão diversa e plural e que o respeito à singularidade e a tolerância de cada
indivíduo torna-se fator de extrema importância.
6) Sabemos que a escrita acadêmica tem como premissa ser científica, ou
seja, baseada em normas e padrões da academia, portanto, pedimos licença para
fugir um pouco às regras com o objetivo de nos aproximarmos de vocês e para que
os temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos
científicos.
Por fim:
7) Deixaremos em nota de rodapé, sempre que necessário, o link para
consulta de documentos e legislação pertinente ao assunto, visto que esta última
está em constante atualização. Caso esteja com material digital, basta dar um Ctrl +
clique que chegará ao documento original e ali encontrará possíveis leis
complementares e/ou outras informações atualizadas. Caso esteja com material
impresso e tendo acesso à Internet, basta digitar o link e chegará ao mesmo local.
6
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio. Versão 5.0. Editora
Positivo, 2005.
6

UNIDADE 1 – AS BASES DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Por definição, fundamento é uma base, alicerce, razões ou argumentos em


que se funda uma tese, concepção, ponto de vista, apoio. Também denomina o
conjunto de princípios básicos de um ramo de conhecimento, de uma técnica, de
uma atividade. Filosoficamente, o fundamento é a garantia ou razão de ser
(FERREIRA, 2005).
No caso da educação brasileira, podemos dizer que suas bases tem assento
na História, na Filosofia, na Sociologia, na Psicologia, na Antropologia e, por fim, na
Biologia.
Vejamos o que diz a LDB Lei nº 9.394/967:
TÍTULO II
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;

7 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm com alterações dadas pela Lei nº


12.061, de 27 de outubro de 2009, que altera o inciso II do art. 4º e o inciso VI do art. 10 da Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, para assegurar o acesso de todos os interessados ao Ensino
Médio público.
7

XII - consideração com a diversidade étnico-racial (Incluído pela Lei nº


12.796, de 20138).

Figura 2: Fundamentos da Educação.


Fonte: https://www.escolaaberta.com.br

a) Fundamentos históricos:
Esses fundamentos praticamente nascem com o descobrimento do Brasil e
com a chegada dos padres jesuítas, os quais trouxeram os primeiros regimentos
para a educação. Por 200 anos, os jesuítas foram os educadores do Brasil.
Desde então, os caminhos trilhados pela educação foram cheios de
percalços, e hoje ainda caminhamos em busca de valores como cidadania, respeito,
inclusão... faremos recortes dessa longa história, visto ser nosso objetivo maior a
legislação atual.
Desde que os jesuítas chegaram, sistematizaram uma organização
educacional, fundando as suas residências e os seus centros de ação para a
conquista e o domínio das almas “perdidas” – instrumento de domínio espiritual e
propagação da cultura europeia. Assim, foram aos poucos se infiltrando nas aldeias
e levando os fundamentos de uma educação religiosa que foi se ampliando
progressivamente pelo litoral. Seus métodos de ensino e seus programas
diferenciavam-se conforme a importância da casa e conforme os educandos: futuros
sacerdotes ou leigos (OLINDA, 2003).
Na sequência, tivemos as reformas pombalinas, quando buscou-se focar na
educação pública e laica, uma introdução dos ideais iluministas.

8 Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da


educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12796.htm
8

Para o discurso do movimento iluminista e, mais especificamente, do


Marquês de Pombal, a educação e o direito são importantíssimos porque ambos são
os centros de tais pensamentos (MACIEL; SHIGUNOV NETO, 2006).
Em 1822, havia propostas para a Educação na Assembleia Constituinte
(inspiradas nos ideais da Revolução Francesa), mas a sua dissolução por Dom
Pedro I adiaria qualquer iniciativa no sentido de estruturar-se uma política nacional
de educação. A Constituição de 1824 manteve o princípio da liberdade de ensino,
sem restrições, e a intenção de “instrução primária gratuita a todos os cidadãos”.
Com a instauração da República (1889), a Educação sofreria mudanças,
mas sempre sob os princípios adotados pelo novo regime: centralização,
formalização e autoritarismo.
Na década de 1930, o movimento educacional que surgiu naquele momento
e que influenciou consideravelmente o pensamento educacional brasileiro foi o que
nos Estados Unidos denominou-se de Escola Nova. Esse movimento valorizava os
jogos e os exercícios físicos de forma geral, desde que servissem para o
desenvolvimento da motricidade e da percepção. O seu desenvolvimento levava em
consideração os estudos da Psicologia da criança e buscava os métodos mais
adequados para estimular o interesse delas, sem, no entanto, privá-las da
espontaneidade.
Com o fim do Estado Novo, surgiu a Constituição de 1946 e que trouxe
dispositivos dirigidos à educação, como a gratuidade para o Ensino Primário e a
manutenção da mesma na sequência dos estudos, para aqueles que comprovassem
falta de recursos. Em 1948, também surgiu a discussão para uma Lei de Diretrizes
Básicas, que depois de treze anos de debates dos escolanovistas e também de
católicos tradicionalistas foi aprovada a Lei nº 4.024/61, que instigou o
desencadeamento de vários debates acerca do tema.
Até 1961, o Brasil só possuía leis e decretos que organizavam ou
disciplinavam determinados níveis de ensino separadamente. A partir desse ano,
passamos por três leis de diretrizes e bases da educação nacional.
Segundo Martins (2010), a Lei de Diretrizes Bases da Educação Nacional nº
4.024, de 20 de dezembro de 1961, foi inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, buscando, assim, ampliar as possibilidades de
acesso e de formação e preparo do indivíduo para a sociedade. A partir da LDB nº
9394/96, no entanto, buscou-se uma proposta de educação que viesse a atender os
9

anseios dos programas mundiais de erradicação do analfabetismo e de possibilidade


de todos terem acesso à escola e nela permanecerem.
O contexto da LDB de 1996 era de pós-constituição federal de 1988,
sofrendo influência de documentos internacionais como a Declaração Mundial de
Educação para Todos, de Jomtien (1990), e o Acordo de Salamanca (1994), que
eram direcionados a minimizar os déficits educacionais mundialmente. Acrescenta-
se que a equidade que se buscava nestes documentos marca explicitamente uma
das características das políticas educacionais que emergiram da necessidade de
organizar o social para suprir déficits em diferentes momentos da história brasileira
(FIORIN; FERREIRA; MANCKEL, 2013).

b) Fundamentos filosóficos:
Verdades, valores morais, ética, existência humana, objetivos de vida, estes
são alguns pontos que a Filosofia busca explicar.
Segundo Moliterno (2012), os métodos que a Filosofia utiliza para tentar
chegar ao conhecimento são caracterizados pela argumentação.
Os fundamentos filosóficos buscam compreender a sociedade e o mundo
com o intuito de quebrar barreiras para que o indivíduo através de seu esforço
obtenha um estado pleno de satisfação, ocasionando um momento de felicidade.
Através da argumentação, podemos quebrar as barreiras dos nossos
preconceitos, ideias erradas, de nossa realidade que não queremos mudar.
Melhoramos nossas ideias, decisões e agimos melhor, já que nossas ações se
baseiam naquilo que pensamos.
Os problemas que a Filosofia apresenta ajudam-nos a compreender melhor
o mundo, fazendo-nos ter uma atitude crítica em relação às respostas e soluções
apresentadas para os problemas da sociedade, com o objetivo de termos um mundo
cada vez melhor para todos.
Como diz Moliterno (2012), filosofar não é fazer relatórios sobre o que os
filósofos pensam, e sim, fazer o que os filósofos fazem, o que no contexto da
educação nesse século XXI, quer dizer buscar uma transformação social, levar os
alunos a serem pesquisadores, reflexivos e críticos. É levá-los a perceberem que
podem quebrar as barreiras e as desigualdades sociais que separam “as camadas”
da sociedade, é fazê-los buscarem a igualdade de oportunidades.
10

c) Fundamentos antropológicos:
Os fundamentos antropológicos nos levam a investigar as relações
sociedade/indivíduo/cultura na contemporaneidade, como foram construídas as
identidades pessoais, sociais e culturais. A diversidade cultural, as igualdades e
diferenças dão a tônica para essas reflexões e entendimentos (USP, 2012).
Relacionar Educação com Antropologia, ou seja, fundamentar a primeira na
segunda ciência é tomar consciência do que funda e fundamenta o homem como
homem: o trabalho, e não a cultura; que as necessidades criadas pelos homens
precisam estar em consonância com o que ele realmente é e pode vir a ser
enquanto vitalidade criadora, orientando e guiando suas ações por meio de valores e
valorações que cultivem e propaguem a apreciação das coisas e das pessoas pelo
que elas são em si mesmas, partindo do pressuposto e princípio que aquilo que
justifica a relação entre os homens é a necessidade do outro como condição de
descoberta de si mesmo. Essas são questões elementares para uma formação e
autoconstrução humanas objetiva e concretamente humanizadoras, fundamentando
as bases antropológicas para a educação em um sentido amplo, escolhendo os
meios mais adequados que qualifiquem, e estejam de acordo, a sua natureza
essencial (SOUZA, 2016).

d) Fundamentos sociológicos:
A educação, entendida como uma prática social que busca formar indivíduos
para a vida em sociedade, deve proporcionar uma visão que lhes permita uma
compreensão da sociedade em todas as suas dimensões. Para tanto, torna-se
necessário um currículo que, em seus conteúdos e em suas práticas, possibilite uma
problematização e reflexão crítica das relações sociais, das relações de poder
existentes na sociedade. Conforme Forquin (1993, p. 85 apud BATISTA, 2005):

O modo como uma sociedade seleciona, classifica, distribui, transmite e


avalia os saberes destinados ao ensino reflete a distribuição do poder em
seu interior e a maneira pela qual aí se encontra assegurado o controle
social dos comportamentos individuais.

Embora o campo de conhecimento da Sociologia não garanta por si o


compromisso de promover uma educação crítica transformadora, por sua
especificidade de analisar a sociedade sob o prisma de vários olhares que as
11

diversas perspectivas analíticas ensejam, já possibilita uma ampliação da


compreensão da realidade social e da educação como um fenômeno fundamental
na transmissão da herança cultural, dos modos de vida, das ideologias, na formação
para o trabalho que guarda uma estreita relação com a realidade em cada contexto
histórico. Daí a importância dessa disciplina no currículo dos cursos de formação de
educadores (BATISTA, 2005).

e) Fundamentos psicológicos:
Na realidade, o homem é um ser complexo. Consequentemente, é função da
Psicologia iluminar e harmonizar as dinâmicas pessoais e orientá-las ao crescimento
pleno e harmônico; e nenhuma corrente psicológica esgota em si mesma toda a
dimensão do homem. Por isso, existe uma quantidade numerosa de “Psicologias”, e
uma outra infinidade de teorias e experiências que se dispõem a compreender,
iluminar e harmonizar o ser humano consigo mesmo, com os outros e com a
dimensão transcendente inerente ao seu próprio existir.
Na busca de princípios gerais e de regularidades, a Psicologia leva em
consideração a relação ao homem no seu processo educativo. É na Psicologia
Educacional que são encontrados os elementos conceituais e técnicas de ensino,
das relações escola-família-sociedade. Portanto, o conhecimento do
desenvolvimento bio-psico-social-afetivo da criança é primordial para compreender o
homem de amanhã que está formando (PARANÁ/SEED, 2005).

f) Fundamentos biológicos:
Esses fundamentos nos levam a entender a Biologia Humana, como se
processa o desenvolvimento, a maturação das estruturas cognitivas, emocionais,
afetivas e motoras que são sistêmicas e integradas por circuitos neurais que,
quando e se estimulados, despertam a inteligência e aprendizagens, favorecendo o
desenvolvimentos dos outros sistemas biológicos, psicológicos, afetivos que são os
primeiros passos fora da escola que esse profissional tem que dar para caminhar
com segurança no ambiente educacional e fazer conexões que podem ajudar os
alunos a lidar com suas dificuldades (RELVAS, 2009).
12

g) Ético-Políticos:
Sendo a educação um processo próprio do ser humano que ocorre por meio
de reprodução (imitação) em ocasiões informais, na interação social e de maneira
formal, intencional e planejada nas escolas e instituições de ensino, podemos inferir
de imediato que a educação é, portanto, um conjunto de signos intencionais
apropriados por um processo subjetivo, objetivada por contextos do meio físico e
sociocultural.
Desse modo, os fundamentos ético-políticos da educação assumem a
educação como condição de prática humana intervencionista, intencional, eficiente e
histórico-social, constituídas por ações que visem à transformação social. Essa
educação como prática histórico-social não se fundamenta no modelo técnico
manipulativo, pois tal educação é mediadora da prática produtiva política e cultural
da sociedade.
Como diz Severino (2006), o homem é um ser em constante transformação
e se constrói por meio da prática, na sua relação com a natureza, por meio do
trabalho e na relação com seus iguais. O homem como ser subjetivo possui uma
moral que avalia suas ações, com valores impostos pelo meio sociocultural.

Lembremos que nos períodos do Brasil Colônia e parte do Império, a


educação seguia a concepção escolástica de formação humana, fundamentada no
ideário Católico (jesuítas), com fins evangelizadores, reprodutores da ideologia
dominante nos moldes europeus. A ética era voltada à moral individual formadora e
garantidora da moral coletiva.
Com o capitalismo vimos emergir a burguesia urbano-industrial, com a
divisão de classes: burguesia e proletariado, com fortes alterações do perfil político-
social do país, e, por conseguinte, a educação passou a ter por finalidade formar
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trabalhadores para as indústrias e serviços, uma nova hegemonia com valores


iluministas e liberais, o ideário burguês laico, modernizador fundado na ciência,
tendo a educação como meio de propagação da ideologia liberal como universal.
Após 1964, a educação passa a ser instrumentalista, alicerçada no positivismo e
organizada em função do crescimento econômico do país.
Com a ideologia econômica de liberação total das forças de mercado, do
livre comércio, estabilização macroeconômica, reformas estruturais e crítica ao
Estado do Bem-Estar-Social, surge uma nova reorganização do capitalismo, o
Neoliberalismo. No Neoliberalismo, a orientação do comportamento social perde
suas referências ético-políticas, desacreditando a educação, manipulando os valores
e critérios, pondo fim às utopias e às esperanças de futuro, prevalecendo os critérios
de eficiência e produtividade, opressão da vida social e alienação cultural. Atuando
através dos meios de comunicação em massa no processo subjetivo do homem,
impedindo o exercício de liberdade, fundamentado na desigualdade, exploração,
manipulação e na ilusão de felicidade plena (SEVERINO, 2006).
O conhecimento no Neoliberalismo passa a ser produto e não processo,
seus ideais educacionais entram em contradição entre a conformação e a alienação
cultural dos sujeitos e o incentivo para que os mesmos sejam agentes de
transformação cultural.
Como compromisso ético-político da educação, Severino (2006) concebe
que a educação possui a responsabilidade de construir uma nova sociedade, e para
que isso ocorra, é necessário estabelecer três objetivos e ações:
 desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico;
 desenvolvimento da sensibilidade ética e estética, a sensibilidade à vida
humana;
 desenvolvimento da racionalidade filosófica, ou seja, a instauração e
consolidação da cidadania.
Para Severino (2006), o trabalho degrada o homem, a vida social oprime e a
cultura aliena. É preciso que a educação desvende as ideologias de sua
intencionalidade, tornando-se assim, força de transformação.
Como diz Santos (2013), a prática educativa como práxis deve ser um
projeto educacional, político da sociedade e dos projetos pessoais dos sujeitos.
Dessa maneira, cabe à escola mediar a efetivação da intencionalidade do projeto
educacional, por meio da dimensão política de um projeto social para a
14

emancipação e da ação do educador e de todos os envolvidos no processo


educacional.
Severino (2006) conclui que a prática educativa civilizatória contra a
dominação deve apoiar-se no tripé do domínio do saber teórico, na apropriação da
técnica e na sensibilidade política das relações sociais.

h) Socioeconômicos:
Quando falamos em fundamentos econômicos, de pronto a ação que nos
vem à mente seria verificar como a forma de produção de uma determinada
sociedade, em uma determinada época, inter-relaciona-se com a educação.
É verdade: os fatores econômicos têm grande influência na educação.
Desde as tribos primitivas, em que a atividade econômica girava em torno da caça e
da pesca, os elementos recebiam treinamentos específicos que os habilitavam à
prática da caça e pesca. Nos países civilizados, os governantes planejam os
sistemas educacionais em função das condições econômicas e necessidades gerais
e locais. Por exemplo, um país industrializado e um país agrícola necessitam de
sistemas educacionais diferentes.
A educação de caráter geral, não relacionada com a economia, foi a
proposta do Renascimento. Os humanistas propuseram uma educação diferenciada,
de acordo com as ocupações. E foi a Revolução Industrial e a emancipação política
das classes inferiores que passaram a determinar a coordenação da economia com
a educação. A influência dos fatores econômicos foi reforçada pelo marxismo que,
em alguns países, foi o norteador dos sistemas educacionais.
A economia preocupa-se com os problemas da quantidade e das espécies
de bens a serem produzidos, dos modos de produzi-los, bem como de sua
distribuição, segundo as parcelas que cabem a cada indivíduo da sociedade. Essa
distribuição requer uma ação política, pois devem ser estabelecidos critérios de
distribuição de renda, ou seja, por meio de uma política econômica fundamentada
em serviços que influam no comportamento humano, que o orientem e o disciplinem.
Portanto, a política econômica requer uma política educacional que a sustente,
donde se infere que os planos da política econômica e da política educacional
devem apoiar-se mutuamente (SANTIAGO, 2010).
Na prática, o sistema econômico tem influência na organização e na
administração da educação, porém a recíproca nem sempre é verdadeira. Os
15

economistas do passado, por exemplo, achavam que os recursos aplicados em


educação, pelos governos, representavam despesas sem retorno para a economia.
Com o passar do tempo, esta postura foi mudando, e, a partir dos estudos dos
próprios economistas, mais recentemente, a educação pública passou a ser
considerada como fator ativo do processo econômico, pois contribui com o
crescimento da produção e facilita a compreensão dos princípios de uma mais
conveniente e justa distribuição dos bens produzidos.
Na atualidade, o pressuposto de todos os modelos econômicos é o seguinte:
o sistema econômico deve tender a elevar os índices de produção de consumo per
capita, seja em mercadorias, seja em serviços e, em face dos tipos de trabalho atual,
eminentemente tecnológico, isso não se consegue sem um amplo e adequado
programa de educação popular. Os conceitos de educação e economia se associam
mais fortemente de um lado, e os de educação e finanças públicas, de outro.
Em resumo, a educação pública representa um investimento remunerador e,
por isso, faz crescer a produção. A educação pode, pois, ser considerada sob dois
aspectos relativos à economia:
1º. Como bem de consumo, pois seus benefícios são experimentados de
imediato pelos beneficiários, individualmente.
2º. Como investimento, pois seus benefícios tem uma dimensão social, a
partir do momento em que gera riquezas. Os recursos investidos na educação, ao
mesmo tempo em que apresentam um retorno cultural, apresentam um retorno
econômico (SANTIAGO, 2010).
16

UNIDADE 2 – O DIREITO À EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO


FEDERAL DE 1988

Nossa Constituição Federal de 1988 é, com certeza, uma das avançadas do


mundo, conhecida como a Constituição Cidadã, é a mais completa em termos de
garantir os direitos à cidadania ao povo brasileiro.
No tocante à educação, ela foi preestabelecida na Constituição Federal, em
vários artigos, trazendo amparos a todos os cidadãos brasileiros como segue:
Artigo 6º: são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência
aos desamparados, na forma dessa Constituição.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma
da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 53, de 2006)
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação
escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
53, de 2006)
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores
considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a
elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos
17

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional


nº 53, de 2006)
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica,
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e
tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete)
anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não
tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59,
de 20099)
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos
de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação
artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
59, de 2009)

9 Acrescenta § 3º ao art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) para reduzir,
anualmente, a partir do exercício de 2009, o percentual da Desvinculação das Receitas da União
incidente sobre os recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o
art. 212 da Constituição Federal, dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a
obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e ampliar a abrangência dos programas
suplementares para todas as etapas da educação básica, e dá nova redação ao § 4º do art. 211 e ao
§ 3º do art. 212 e ao caput do art. 214, com a inserção neste dispositivo de inciso VI.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc59.htm#art6
18

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.


§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua
oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela
frequência à escola.
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes
condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Os artigos acima apontam a responsabilidade do Estado perante sua


população em promover o acesso ao ensino e protegendo em parte o ensino
obrigatório na esfera básica, impõe também ao Poder Público a responsabilidade de
zelar junto aos pais aos educandos pela frequência à escola.
A educação deverá ser gratuita, e respaldada em vários momentos pelo
Poder Público, isso traz ao estudante a garantia de ter o Ensino de dia e quando não
for possível em horário noturno, embasado na Constituição Federal (TELLES, 2014).
O reconhecimento da educação no art. 208 como direito público subjetivo
autoriza a possibilidade de, quando ocorrida uma violação a esse direito, exigência
de incidência imediata e individual de cumprimento pelo poder público. Essa
exigência ocorre devido ao fato de a educação ser um direito social. É cediço
ressaltar, todavia, que a sua efetividade não está condicionada tão somente a uma
prestação individualizada, mas, sim, é um dever do poder público efetivá-la
coletivamente por meio da realização de políticas públicas (DUARTE, 2004).
Dos artigo acima podemos depreender ainda que:
 a educação básica é gratuita e obrigatória;
 o Poder Público tem a responsabilidade de zelar por ela;
 o Poder Público deve trazer a todos os cidadãos o ensino diurno ou noturno;
 a educação é um direito que pertence a todos e cabe a sociedade colaborar e
cobrar do Poder Público um ensino de qualidade, visando o desenvolvimento
da pessoa e preparando qualquer cidadão para o pleno exercício da
cidadania e perfazendo seu intuito de preparar para o trabalho;
19

 todo o cidadão tem livre acesso e igualdade ao ensino na escola, liberdade de


aprender, pesquisar e divulgar o pensamento, ao pluralismo de ideias;
 há liberdade de instituições privadas existirem;
 é necessária a valorização dos profissionais da educação escolar com planos
de carreira;
 é imprescindível a gestão democrática do ensino público e uma educação que
prime pela qualidade.
20

UNIDADE 3 – A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA


EDUCAÇÃO NACIONAL (LDB) - LEI Nº 9.394/96

A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases


da educação nacional, seja pública ou privada, e conhecê-la é condição essencial
para quem vai trabalhar na área educacional.
Não iremos comentar artigo por artigo, mas aqueles que acreditamos sejam
mais importantes para o operador do Direito Educacional.
A organização da educação nacional encontra-se no Título IV:
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes
condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo
sistema de ensino;
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder
Público;
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da
Constituição Federal.
A liberdade de ensino à iniciativa privada deve atender as condições de
cumprimento das normas que regem a educação e, para além disso, devem ter
autorização de funcionamento, sendo avaliadas sua qualidade, sob pena de
fechamento. Além disso, deve ter capacidade de se autofinanciarem.
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão,
em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
§ 1º. Caberá à União a coordenação da política nacional de educação,
articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa,
redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
§ 2º. Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos
desta Lei.
Quando o legislador fala em organização está preocupado em definir os
elementos estruturadores da educação escolar, começando pelos sistemas e
chegando às escolas.
Os artigos 9, 10, 11, 12 e 13 são de natureza atributiva, ou seja, trata da
atribuição de responsabilidade dos níveis Federal, Estadual, Municipal, Institucional
e docente. Portanto, a leitura compreensiva de cada um supõe uma visão de
21

conjunto dos demais, a fim de se preservar o eixo compreensivo de distribuição das


tarefas das respectivas incumbências.
O art. 14 define as normas da gestão democrática o qual nos faz lembrar da
importância da participação da comunidade escolar para que o projeto político
pedagógico (ou proposta pedagógica) seja formatado com “a cara” dessa
comunidade e não seja um mero documento burocrático.
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas
de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e
administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito
financeiro público.
As escolas podem criar seus projetos políticos, há forma de gerirem parte
dos recursos financeiros que recebem, desde que o façam de acordo com as
normas.
Os artigos 16, 17 e 18 fazem referência aos elementos que constituem cada
sistema (Federal, Estadual, do DF, dos municípios e da iniciativa privada).
Já que a estrutura e o funcionamento da educação no Brasil são
estabelecidos sob a forma de um sistema, art. 16, vejamos rapidamente o que é um
sistema.
No dicionário Aurélio (FERREIRA, 2005), sistema é definido em uma página
inteira, indo desde um conjunto de elementos, materiais ou ideais, entre os quais se
possa encontrar ou definir alguma relação, passando por disposição das partes ou
dos elementos de um todo, coordenados entre si, e que funcionam como estrutura
organizada, ou ainda, reunião de elementos naturais da mesma espécie, que
constituem um conjunto intimamente relacionado. Também se reporta a um conjunto
de instituições políticas ou sociais, e dos métodos por elas adotados, encarados
quer do ponto de vista teórico, quer do de sua aplicação prática.
Lalande (1960 apud SILVA, 2006, p. 10) apresenta uma das definições mais
didáticas e de fácil compreensão sobre o termo. Ele o define como “conjunto de
elementos, materiais ou não, que dependem reciprocamente uns dos outros, de
maneira a formar um todo organizado”. Essa definição apresenta o sistema como
um todo formado de partes interdependentes e harmônicas, mas tem sua atenção
voltada apenas para o interior do sistema, ignorando o que se passa a sua volta.
Drew (1986 apud SILVA, 2006, p. 10), em seu conceito, incorpora as
relações com o meio externo à noção de sistema, ao defini-lo como
22

conjunto de componentes ligados por fluxos de energia e funcionando como


uma unidade [...] se o sistema recebe energia exterior e devolve energia,
diz-se que é um sistema aberto. Se a energia é retida dentro do sistema,
diz-se que é um sistema fechado.

Um sistema aberto apresenta, necessariamente, fronteira permeável ao


ambiente, ou seja, existe um movimento de entrada e saída de elementos através
das fronteiras. Ele recebe do ambiente externo novos elementos (inputs) e devolve
ao ambiente produtos do sistema (outputs).
Na realidade, não podem existir sistemas absolutamente fechados nem
completamente abertos. Um sistema absolutamente fechado tenderia à destruição
(entropia), por não conseguir renovar-se. Um sistema completamente aberto, em
que os elementos entrem e saiam livremente, já não seria um sistema, por não
conseguir manter um mínimo de organização. Sendo assim, o sistema aberto
sempre dispõe de um subsistema de fronteira, que lhe permite selecionar os inputs e
outputs (RODRIGUES, 2008).
Em geral, o sistema está contido dentro de um sistema mais amplo, que
pode ser chamado de seu “supersistema”. Por outro lado, ele é constituído de partes
que também são sistemas de menor magnitude e podem ser chamados de
subsistemas.
A estrutura sistêmica exige, para seu bom funcionamento, um conjunto de
regras orientadoras, normatizadoras da vida em sociedade. Isso significa dizer que a
base de sustentação do supersistema ou macrossistema vem traduzida na
Constituição Federal (SILVA; FERNANDES, 2011).
Sistema, na LDB, refere-se às instituições, que neste caso incluem-se as
escolas de vários níveis, e também aos órgãos de gerenciamento (FIRMINO; LIMA,
2016).
Nessa linha de pensamento, vejamos a estrutura, ou os tipos de sistemas da
educação no Brasil, passando necessariamente por sistema educacional e sistema
de ensino, tomando por base as explicações de Branco (2011).
a) O sistema educacional é o mais amplo de todos os sistemas, pois
abrange processos de ensinar e de aprender que tem raiz na família, na escola, nos
partidos políticos, na mídia, nas relações interpessoais, nas associações em geral. O
sistema educacional, portanto, vincula-se à educação formal, informal e não formal.
23

O sistema educacional formal é aquele construído dentro da instituição


socialmente reconhecida como escola. O processo ensino-aprendizagem traduzido
por este sistema é obrigatoriamente sistematizado, ou seja, vem organizado dentro
de parâmetros específicos encontrados no mundo da escola, ou seja: currículo,
disciplinas, metodologias, objetivos, avaliação e planejamento, num corpo de
recursos humanos tecnicamente preparado para alcançar a eficiência e eficácia
desse processo. O corpo normativo de sustentação deste sistema é a LDB.
O sistema educacional não formal está vinculado às demais instituições
socialmente reconhecidas como: família, igreja, mídia, partidos políticos,
associações. O processo ensino-aprendizagem que se estrutura nesse modelo
sistêmico dispensa o rigor da sistematização das ações presentes no sistema
educacional formal, porém o processo de aprendizagem se estrutura efetivamente a
partir das especificidades de cada uma dessas instituições.
O sistema educacional informal se estrutura basicamente nas relações
interpessoais travadas no cotidiano de cada indivíduo e se pauta no senso comum,
no conhecimento ou cultura popular, nas interpretações, nas deduções que o
homem faz das coisas e dos acontecimentos do seu mundo diário.
b) Sistema de ensino diz respeito ao “como” o aluno percorre o sistema
educacional formal em seus diferentes níveis e modalidades. O sistema de ensino
pode ter uma composição múltipla, ou seja, admite-se a organização do sistema de
ensino brasileiro em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular
de períodos de estudos, com base na idade, na competência e em outros critérios,
sempre que o processo de aprendizagem assim recomendar. Vejamos o art. 23 da
LDB:
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos
semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados,
com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de
organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o
recomendar.
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de
transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como
base as normas curriculares gerais.
24

§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais,


inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem
com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.
c) Sistema escolar: diz respeito a uma rede de escolas e sua estrutura de
sustentação, estrutura essa representada pela esfera administrativa do ensino
(sentido macro) e pela esfera normativa. Essas duas esferas referidas têm
vinculação às diferentes estruturas de poder, quais sejam: Poder Federal, Estadual e
Municipal.
Na esfera ou nível Federal, temos o Ministério da Educação (MEC) como
órgão Máximo da administração do ensino brasileiro, cabendo-lhe formular e avaliar
a política nacional de educação e zelar pela qualidade do ensino. Esse órgão se
comunica diretamente com o Conselho Nacional de Educação (CNE), o qual possui
atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao MEC.
Em nível estadual, no polo administrativo, encontramos a Secretaria
Estadual de Educação, a qual possui no estado competência no que se refere à
administração, à coordenação e à supervisão das políticas educacionais estaduais.
No polo normativo estadual, temos o Conselho Estadual de Educação, órgão
consultivo, deliberativo e fiscalizador do sistema estadual de educação.
Em nível Municipal, temos a Secretaria Municipal de Educação como órgão
executivo da administração do ensino. Como órgão normativo municipal, temos o
Conselho Municipal de Educação com competência para orientar normativamente
toda a rede municipal de ensino.
Observe as vinculações da rede de escolas que compõem o sistema
escolar:
 Instituições Públicas Federais de Nível Superior (IFES) – MEC/CNE;
 Instituições Públicas Estaduais de Ensino Fundamental e Médio –
SEED/CEE;
 Instituições Públicas Municipais de Ensino Infantil e Fundamental –
SEMEC/CME.

A base das categorias públicas e privadas (Art. 19 e 20 da LDB) encontra


apoio no artigo 206 da Constituição Federal, inciso III, que prevê: “pluralismo de
ideias e de concepções pedagógicas e a coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino”.
25

A vinculação administrativa das instituições educacionais de natureza


privada prende-se num primeiro plano à mantenedora da referida organização
educacional; no entanto, no que diz respeito ao polo normativo, a iniciativa privada
deve obrigatoriamente voltar-se para um dos órgãos normativos do ensino (CNE,
CEE ou CME), dependendo do nível ou modalidade de educação ou ensino que
ofereça (BRANCO, 2011).
Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas seguintes
categorias:
I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e
mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não
apresentem as características dos incisos abaixo;
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas
educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora
representantes da comunidade; (Redação dada pela Lei nº 12.020, de 2009)
III - confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação
confessional e ideologia específicas e ao disposto no inciso anterior;
IV - filantrópicas, na forma da lei.
Sobre as instituições filantrópicas, é importante saber que o que as qualifica,
de fato, é o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social. Um exemplo
de instituição filantrópica é a Fundação Bradesco. As instituições confessionais e
filantrópicas prestam serviços importantes, relacionados à bolsas de estudo e de
projetos sociais (FIRMINO; LIMA, 2016).
De modo geral, a estrutura do sistema escolar brasileiro apresenta:
a) Estrutura propriamente dita – constituída por uma rede de unidades
escolares em seus vários níveis e modalidades, que se dedica à atividade fim do
sistema. Possui uma estrutura didática com duas dimensões:
a.1) vertical – diferentes níveis de ensino (Educação Básica e Ensino
Superior);
a.2) horizontal – diferentes modalidades de ensino (Educação de Jovens e
adultos, Educação Profissional, Educação Especial, Educação a Distância, entre
outras).
26

b) Estrutura de sustentação – refere-se à estrutura administrativa e


normativa que sustenta o sistema e compreende:
b.1) elementos não materiais – normas, diplomas legais, metodologia de
ensino, currículos programas, entre outros;
b.2) entidades mantenedoras – Poder Público, entidades particulares,
autarquias;
b.3) administração – Ministério da Educação, Conselho Nacional de
Educação, conselhos Estaduais e Municipais de educação, secretarias de educação,
entre outros.
Essa estrutura representada pela esfera administrativa do ensino e pela
esfera normativa tem vinculação com as diferentes estruturas de poder, ou seja:
Poder Federal, Estadual e Municipal.
Ainda sobre os sistemas de ensino, a LDB nº 9394/96 dispõe que estes:
definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica
(art. 14); assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os
integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão
financeira (art. 15).
Além disso, afirma que a União é responsável pela coordenação da política
nacional de educação e da articulação entre os diferentes níveis e sistemas de
ensino (art. 8º § 1º).
A educação nacional está, pois, organizada em três sistemas de ensino
distintos, conforme a dependência político-administrativa. Cada um deles é
responsável pela organização e manutenção das instituições de ensino de seu
sistema e, também, pela elaboração e execução de políticas e planos educacionais
para o mesmo. Os sistemas de ensino são:
27

a) Sistema Federal:
Sob a responsabilidade da União, do Governo Federal, refere-se às
instituições, aos órgãos, às leis e normas, concretizando-se nos Estados e
Municípios, nos seus sistemas de ensino.
Segundo a LDB (art. 16), o sistema Federal de ensino compreende: as
instituições de ensino mantidas pela União; as instituições de educação superior
criadas e mantidas pela iniciativa privada; e os órgãos Federais de educação.
E mais: supervisiona e inspeciona as diversas instituições privadas de
educação superior.
O Governo Federal mantém as seguintes instituições:
 Universidades Federais;
 Instituições isoladas de ensino superior;
 Institutos Federais IFET;
 Estabelecimentos de educação básica (Colégios de Aplicação);
 Instituições de educação especial.
Mais especificamente, no âmbito do sistema Federal de ensino, a Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, vinculada ao Ministério
da Educação e de acordo com a Lei nº11.892/0810 é constituída pelas seguintes
instituições:
 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia;
 Centros Federais de Educação Tecnológica;
 Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais;
 Universidade Tecnológica Federal do Paraná;
 Colégio Pedro II.

b) Sistema Estadual:
É responsável por grande parte dos estudantes de vários graus e
modalidades de ensino, professores, servidores, unidades escolares públicas e
privadas, além de exercer o controle sobre o ensino supletivo e os cursos livres que
ocorrem fora do âmbito escolar, assumindo ainda funções de manutenção do ensino

10
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm e que
institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais
de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências.
28

nessa esfera, também exerce funções normativas, deliberativas, consultivas e


fiscalizadoras nas redes oficial e particular.
O Sistema Estadual de Ensino, bem como o do Distrito Federal, conforme
previsto na Constituição Federal de 1988, podem legislar sobre a educação, a
cultura, o ensino e o desporto (art. 24 alínea IX). A esse respeito, a LDB, art.10,
incisos I e III, explicita que os estados incumbir-se-ão de organizar, manter e
desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino; e elaborar
e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e os
planos nacionais de educação, integrando e coordenando suas ações e as dos seus
municípios.
Os sistemas de ensino dos estados e do Distrito Federal compreendem, de
acordo com o art. 17:
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público
Estadual e pelo Distrito Federal;
II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público
Municipal;
III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela
iniciativa privada;
IV - os órgãos de educação Estaduais e do Distrito Federal,
respectivamente.
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educação infantil,
criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino.

Para a regulamentação do ensino na esfera Estadual, sua legislação inclui:


 a Constituição Federal;
 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
 os pareceres e resoluções do Conselho Nacional de Educação;
 resoluções, portarias e pareceres do Conselho Estadual de Educação;
 a Legislação Estadual de Diretrizes e Bases do Sistema Educativo;
 decretos e atos administrativos do Poder Executivo.
29

c) Sistema Municipal:
A Constituição Federal de 1988 reconheceu o município como uma instância
administrativa, possibilitando-lhe, no campo educacional, a organização de seus
sistemas de ensino em colaboração com a União e os Estados.
A Constituição Federal também prescreveu que os municípios deverão
atuar, sobretudo no ensino fundamental, tanto na zona urbana, quanto na zona rural
e na pré-escola, priorizando o atendimento às crianças de 0 a 5 anos, nas creches e
pré-escolas.
A respeito disso, a LDB dispõe que:
Art.11 – os Municípios incumbir-se-ão de:
I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais de
ensino, integrando-os às políticas e aos planos educacionais da União e dos
Estados;
II – exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III – baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
IV – autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu
sistema de ensino;
V – oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas e, com prioridade,
o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente
quando atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com
os recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à
manutenção e ao desenvolvimento do ensino;
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da Rede Municipal. (Incluído
pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao
sistema Estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação
básica.
Os sistemas Municipais de ensino (art. 18) compreendem:
 as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas
pelo Poder Público Municipal;
 as instituições de ensino infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada;
 os órgãos municipais de educação.
30

Quanto aos níveis e modalidades da educação básica, no Brasil, a educação


escolar está organizada em dois níveis: educação básica e educação superior (Arts.
21 a 60).
A educação básica está organizada da seguinte maneira: educação infantil,
ensino fundamental e ensino médio.
A educação infantil (creche e pré-escola) destina-se ao atendimento de
crianças de zero a cinco anos de idade. O ensino fundamental destina-se ao
atendimento de crianças de seis a quatorze anos. O ensino médio, etapa final da
educação básica, articula-se à educação profissional.
A educação superior está organizada nos seguintes cursos e programas:
cursos de graduação; programas de mestrado e doutorado e cursos de
especialização, aperfeiçoamento e atualização, no nível de pós-graduação; cursos
sequenciais de diferentes campos e níveis; e cursos e programas de extensão.
Quanto à categoria administrativa (art.19), as instituições de ensino nos
diferentes níveis poderão ser públicas (mantidas e administradas pelo Poder
Público) ou privadas (mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de
direito privado) (SILVA; FERNANDES, 2011; BRANCO, 2011).
Com a política de descentralização da educação, a União repassou aos
Estados e aos Municípios muitas de suas atribuições. A LDB regulamentou a criação
de sistemas, objetivando o estabelecimento de metas, a gestão de recursos
financeiros destinados à educação, a supervisão de suas unidades de ensino e seu
padrão de qualidade, entre outras necessidades, preconizando a existência de
conselhos de educação em nível Nacional, Estadual e Municipal.
São modalidade da educação escolar: a educação profissional técnica de
nível médio (art. 36), poderá ser articulada com o ensino médio e será desenvolvida
de forma integrada para aqueles que tenham concluído o ensino fundamental;
concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando,
efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer:
 na mesma instituição de ensino;
 em instituições de ensino distintas;
 em instituições de ensino distintas, mediante convênios de
intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de
projeto pedagógico unificado.
31

A Educação de Jovens e de Adultos (EJA) é a modalidade de ensino


prevista nos artigos 37 e 38 da LDB para jovens e adultos concluírem o Ensino
Fundamental ou Médio.
Frise-se que o artigo 37 dá a oportunidade de reparar o direito negado ao
cidadão em idade própria, aos estudos, além de equalizar a possibilidade de acesso,
permanência e aprendizagem, via educação escolar, viando qualificar, capacitando
para o exercício da cidadania e ampliando a chance de torná-lo um cidadão
participativo e socialmente produtivo (FIRMINO; LIMA, 2016).
O Art. 38 diz que a EJA deverá articular-se, preferencialmente, com a
educação profissional, na forma do regulamento (Incluído pela Lei nº 11.741, de
2008).
A Educação Profissional não se coloca como um nível de ensino, mas tipo
de formação que se integra ao trabalho, à ciência e à tecnologia e conduz ao
permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Está regulamentada
nos artigos 39, 40 e 41 da LDB.
A Educação Especial, de acordo com o artigo 58 da LDB, é modalidade de
educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Firmino e Lima (2016) observam que o termo especial não é dado à toa. É
muito importante que o sistema escolar esteja preparado para atender todas as
diferenças, oferecendo um acesso igualitário e uma educação de qualidade. Isto é
possível com um corpo docente especializado, preparado com condições adequadas
de trabalho, para que o educando com deficiência não seja apenas um corpo
estranho na turma regular.
A criação do cadastro (art. 59-A) é um avanço para a educação especial,
pois possibilita um maior controle do público com altas habilidades e superdotação,
visando direcionar a atenção para eles.
A modalidade de educação a distância é mais uma forma diferenciada de
comunicação pedagógica e de interação professor-aluno, que usa novas tecnologias
de comunicação escolar, as quais podem ser usadas no nível da Educação Básica e
do Ensino Superior.
Na modalidade de Educação Básica do Campo, a educação para a
população rural está prevista com adequações necessárias às peculiaridades da
32

vida no campo e de cada região, definindo-se orientações para três aspectos


essenciais à organização da ação pedagógica:
a) conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades
e interesses dos estudantes da zona rural;
b) organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar
às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
c) adequação à natureza do trabalho na zona rural.

Art. 26-A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio,


públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira
e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008)
A Educação Escolar Indígena ocorre em unidades educacionais inscritas em
suas terras e culturas, as quais têm uma realidade singular, requerendo pedagogia
própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada povo ou comunidade e
formação específica de seu quadro docente, observados os princípios
constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação
Básica brasileira.
Na estruturação e no funcionamento das escolas indígenas, é reconhecida a
sua condição de possuidores de normas e ordenamento jurídico próprios, com
ensino intercultural e bilíngue, visando à valorização plena das culturas dos povos
indígenas e à afirmação e manutenção de sua diversidade étnica, ou seja, a
Constituição garante-lhes o direito de utilizar suas línguas maternas e processos
próprios de aprendizagem, o que se justifica pela existência de cerca de 1.600
escolas indígenas que hoje possuem cerca de 80 mil alunos índios. (Res. CEB nº
3/9911)
O estudo da história e da cultura afro-brasileira pretende resgatar o débito
que a sociedade tem para com os povos indígenas e os afrodescendentes.
Conhecer a história desse povo, ajuda na conscientização e objetiva, também,
diminuir o preconceito (FIRMINO; LIMA, 2016).
Quanto ao art. 28 que se reporta à oferta de educação básica para a
população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à
sua adequação, às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:
11
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb03_99.pdf. Fixa Diretrizes Nacionais
para o funcionamento das escolas indígenas, e dá outras providências.
33

I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades


e interesses dos alunos da zona rural;
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar
às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e
quilombolas será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo
sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de
Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da
comunidade escolar. (Incluído pela Lei nº 12.960, de 2014)
A peculiaridade quer dizer que os conteúdos curriculares e metodologias
estejam apropriadas às reais necessidades. Ou seja: baseado no contexto em que
vivem, devendo observar, ainda, as condições de clima, organizando o calendário às
fases do ciclo agrícola (FIRMINO; LIMA, 2016).
O Ensino Religioso! Polêmicas à parte, vamos às decisões do Supremo
Tribunal Federal que, após quatro sessões de intenso debate, o seu Plenário do
declarou constitucional, por 6 votos a 5, o Ensino Religioso confessional na rede
pública de ensino brasileira. O voto divergente do ministro Alexandre de Moraes
prevaleceu em relação ao do relator, Luís Roberto Barroso, e ficou decidido pela
improcedência da ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4439) proposta pela
Procuradoria-Geral da República contra trechos da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação e do acordo firmado entre o Brasil e a Santa Sé (Decreto 7.107/201012).
No modelo não confessional, as aulas de Ensino Religioso consistem na
exposição neutra e objetiva da prática, história e dimensão social das diferentes
religiões, incluindo posições não religiosas. No modelo confessional, uma ou mais
confissões são objeto de promoção; no interconfessional, o ensino de valores e
práticas religiosas se dá com base em elementos comuns entre credos dominantes
na sociedade.
Frise-se que a decisão vale apenas para escolas públicas e não deverá ser
seguida pelas instituições privadas de ensino.

12
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7107.htm
34

A educação superior foi contemplada no Capítulo IV, artigos 43 a 57. Há que


se observar as muitas exclusões e inclusões ao longo dos seus 21 anos de
promulgação, como por exemplo a inclusão do inciso VIII no art. 43
VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação
básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de
pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que
aproximem os dois níveis escolares. (Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015)
Segundo Fagundes (2017), esse dispositivo legal pretende, portanto, impor
às instituições de educação superior a obrigação de “atuar em favor da
universalização e do aprimoramento da educação básica”, estabelecendo que esta
obrigação deva ser desempenhada através da “formação e capacitação de
profissionais e realização de pesquisas pedagógicas”, bem como pelo
“desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis
escolares”.
Para esse consultor da Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino
Superior (ABMES), tem se mostrado uma crença típica de nossa cultura positivista, o
entendimento de que os eventuais problemas sociais e culturais podem ser
resolvidos com a açodada criação de normas legais.
Também tem sido prática recorrente do Estado transferir para os ombros da
iniciativa privada encargos que sua incompetência não permite executar de forma
satisfatória, sendo exemplos claros disso a formatação imposta pelo Programa Mais
Médicos para os cursos de Medicina e a ampliação das exigências de atendimento
aos portadores de necessidades educacionais especiais pelas instituições privadas,
sempre em evidente substituição à histórica incapacidade do poder público nacional
de atendimento dessas relevantes demandas.
O exemplo mais recente desta política de transferência de obrigações,
combinada com a crença de que leis formais resolvem problemas sociais e culturais,
foi justamente a edição da Lei n° 13.174/2015, acrescentando ao texto do artigo 43
da LDB uma nova finalidade para a educação superior, como já exposto acima.
Outro caso de inclusão vem do Decreto n° 9.057/201713 e da Portaria
Normativa n° 11/201714 que trouxeram uma nova era para essa modalidade de

13
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9057.htm que
regulamenta o art. 80 da LDB, o qual versa sobre o Poder Público incentivar o desenvolvimento e a
35

ensino, na qual as instituições gozam de mais autonomia, inclusive para abertura


dos polos de EAD.
O artigo 6º da referida portaria normativa, estabelece as condições para
criação dos cursos superiores em EAD, por parte das instituições devidamente
credenciadas para a modalidade em comento, condições estas decorrentes da
categoria administrativa das IES.
Ficou evidente o respeito às prerrogativas de autonomia universitária, de
modo que as instituições dela detentoras poderão autorizar, por ato interna corporis,
a oferta de cursos superiores na modalidade EAD (respeitado o disposto no Decreto
n° 5.773/2006), ao passo que as demais instituições deverão observar a obtenção
do ato autorizativo necessário.
Havia certa controvérsia acerca da obrigatoriedade ou não da existência de
atividades presenciais nos cursos de graduação ofertados em EAD, sendo certo, no
entanto, que a obrigatoriedade desse tipo de atividade deverá observar o disposto
nas diretrizes curriculares nacionais dos cursos ofertados de modo que, havendo
previsão de sua obrigatoriedade, serão realizadas na sede e nos polos de apoio
presencial, como claramente previsto nos artigos 7º e 8º da normativa em comento:
Art. 7º A organização e o desenvolvimento de cursos superiores a distância
devem observar as Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN – expedidas pelo
Conselho Nacional de Educação – CNE – e a legislação em vigor.
Parágrafo único. As formas de cooperação institucional entre as
modalidades presencial e a distância deverão estar previstas no PDI e no PPC.
Art. 8º As atividades presenciais, como tutorias, avaliações, estágios,
práticas profissionais e de laboratório e defesa de trabalhos, previstas no PDI e
PCC, serão realizadas na sede da IES, nos polos EaD ou em ambiente profissional,
conforme definido pelas DCN.
Conforme Fagundes (2017), as instituições poderão, através de seu PDI e
dos projetos pedagógicos de seus cursos superiores, prever a realização obrigatória
de atividades presenciais nas situações não exigidas pelas respectivas diretrizes

veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de


educação continuada.
14
Disponível em:
http://www.lex.com.br/legis_27450329_PORTARIA_NORMATIVA_N_11_DE_20_DE_JUNHO_DE_20
17.aspx e que estabelece normas para o credenciamento de instituições e a oferta de cursos superiores a
distância.
36

curriculares nacionais, sendo certo, ainda, que não poderão deixar de prever tais
atividades quando expressamente exigidas nas mesmas, sendo certo que o artigo
11 da portaria sob análise traz claramente definidas as características necessárias
para os polos de EAD onde serão desenvolvidas tais atividades:
Art. 11 O polo EaD deverá apresentar identificação inequívoca da IES
responsável pela oferta dos cursos, manter infraestrutura física, tecnológica e de
pessoal adequada ao projeto pedagógico dos cursos a ele vinculados, ao
quantitativo de estudantes matriculados e à legislação específica, para a realização
das atividades presenciais, especialmente:
I - salas de aula ou auditório;
II - laboratório de informática;
III - laboratórios específicos presenciais ou virtuais;
IV - sala de tutoria;
V - ambiente para apoio técnico-administrativo;
VI - acervo físico ou digital de bibliografias básica e complementar;
VII - recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação -TIC; e
VIII - organização dos conteúdos digitais.
Um aspecto essencial trazido pela Portaria Normativa n° 11/2017 é a
definição acerca da sistemática para criação dos polos de EAD pelas instituições
credenciadas, em virtude da extinção da figura do credenciamento dessas unidades.
Com efeito, a criação dos polos de EAD será atribuição exclusiva de cada
instituição de ensino superior e terá como instrumento de balizamento o conceito
institucional obtido no processo de credenciamento ou recredenciamento
institucional, a partir do qual fica estabelecido o quantitativo anual de polos que a
instituição pode abrir enquanto vigente o conceito satisfatório, nos termos de seus
PDI e com vinculação dos cursos ofertados em conformidade com os respectivos
projetos pedagógicos, nos termos dos artigos 12 e seguintes da portaria em
comento (FAGUNDES, 2017).
Nos artigos 61 a 67 da Lei nº 9394/96 encontramos as diretrizes para os
profissionais da educação, que de pronto nos mostram os parâmetros para que a
formação desses profissionais possa atender aos objetivos dos diferentes níveis e
modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do
aluno, mas este tema discutiremos noutro momento do curso junto com a LEI nº
37

11.494/07 que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da


Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).
Cabe no momento lembrar que o artigo 206, V da Constituição Federal prevê
a obrigatoriedade de admissão de professores somente por concurso público de
provas e títulos, mas esta realidade ainda está longe de ser alcançada. A ideia com
o artigo 67 da LDB é a valorização do profissional, além das condições adequadas
de trabalho. Sabemos que estamos um pouco distantes dessa realidade.
O Título VII da LDB, em seus artigos 68 a 77, trata dos recursos financeiros,
os quais virão de:
 RECEITAS DE IMPOSTOS – é aquela que vem dos tributos arrecadados por
cada uma das esferas da administração pública (União, Estados, DF e
Municípios);
 TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS OU OUTRAS TRANSFERÊNCIAS
– vêm de múltiplas bases, por exemplo, 20% do que for arrecadado pela
União quando se institui um novo imposto e transferência, aos Estados e DF,
de 10% do que for arrecadado, a partir da cobrança de impostos de produtos
industrializados pela União. Essas justificativas encontram-se nos artigos 157,
158 e 159 da Constituição;
 SALÁRIO-EDUCAÇÃO – é uma contribuição social, que tem como objetivo
“suplementar as despesas públicas com a educação elementar”;
 RECEITA DE INCENTIVOS FISCAIS – é formada dos incentivos fiscais,
como o Imposto de Renda, ou de isenções fiscais. Funciona assim: pessoas
físicas ou jurídicas que financiarem programas escolares ou bolsas de estudo,
com recursos próprios, poderão ter estas despesas abatidas no imposto de
renda a paga;
 OUTROS RECURSOS PREVISTOS EM LEI – são criadas em situações de
emergência, para atender, em caráter provisório.
O artigo 69 fala dos valores mínimos fixados na lei orçamentária anual:
 UNIÃO – aplicará nunca menos que 18%, da receita resultante de seus
impostos;
 ESTADOS, MUNICÍPIOS E DF – nunca menos que 25%.
Estes percentuais são os mínimos que as diversas esferas administrativas
são obrigadas a aplicar em manutenção e desenvolvimento do ensino. Como são
38

percentuais mínimos, em alguns estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul, o
percentual aplicado é superior aos 25% obrigatórios em lei (FIRMINO; LIMA, 2016).
Quanto ao art. 75: A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados
será exercida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e
garantir o padrão mínimo de qualidade de ensino.
Ação redistributiva é de cunho quantitativo, refere-se à dimensão de
insuficiência de recursos. Ação supletiva é cunho qualitativo. Refere-se à dimensão
das dissimetrias sociais.
Este dispositivo estabelece uma relação baseada no volume de recursos
existentes para a manutenção e desenvolvimento do ensino, e também, no esforço
fiscal que cada instância faz para o uso obrigatório em educação básica (FIRMINO;
LIMA, 2016).
De acordo com o art. 77, as instituições privadas estão fora do rol de alcance
dos recursos que trata o mesmo.
Por fim, temos as disposições gerais no Título VIII, as quais farão par com
tudo o que a LDB afirma em seu texto, estendendo aos índios e seus povos.
Sabemos que os povos indígenas foram os primeiros habitantes do Brasil e eles
mantém tradições que devem ser respeitadas. Além disso, o legislador se preocupou
em garantir o acesso à informação e conhecimento, para eles e demais povos,
visando a integração, tanto que o art. 79 diz que a União apoiará técnica e
financeiramente os sistemas de ensino no provimento da educação intercultural às
comunidades indígenas, desenvolvendo programas integrados de ensino e
pesquisa.
Isso quer dizer que não basta oferecer uma educação indígena qualquer. É
imperativo que haja adequação das condições de acesso e aprendizagem. Em
função disso, a LDB se preocupa em planejar o ensino de acordo com as
peculiaridades dos índios, fortalecendo as práticas socioculturais e a língua materna
de cada comunidade, oferecendo uma educação que atenda aos anseios, com o
aval da própria comunidade indígena (FIRMINO; LIMA, 2016).

Em resumo
Na Constituição Federal de 1988, a educação enquanto parte dos direitos
sociais, de segunda geração, foi amplamente contemplado, e passou a ter um
39

regime jurídico complexo, envolvendo poderes e capacidades, com deveres do


Estado e das pessoas (art. 205, CF).
Foram várias as situações concretas a serem criadas pelo Poder Público:
vagas em creches, escolas, capacitação de profissionais, material didático, entre
outras; entretanto, diante da escassez de recursos financeiros, a concretização
desses direitos se torna um obstáculo, pois envolve escolhas dos governantes.
Todavia, em relação à educação, a CF/1988 impõe como obrigatória sua oferta
gratuita pelo Poder Estatal (art. 208, CF).
Em relação à LDB, foi um grande avanço em termos de organização,
oferecimento e controle das atividades públicas e privadas na educação, pois
pormenorizou de forma minuciosa regras para o ensino. Privilegiou ampla liberdade
de conteúdo e forma para todos os níveis, em todos os sistemas de ensino, sem
criar amarras institucionais e burocráticas (BUENO, 2013).
Articulação entre os entes federativos; descentralização para as
competências das unidades da federação e dos sistemas de ensino também foram
eixos visíveis na nova lei.
A LDB está dividida em 9 (nove) títulos, sendo os primeiros reservados para
os princípios gerais, as finalidades, e a normatização do direito e o dever à
educação. Bueno (2013) ressalta que esses títulos foram destinados para previsões
gerais repetindo, em muitos artigos, as previsões constitucionais.
A partir do título IV, passou a dispor sobre a organização do processo de
formação escolar, que se constitui em dois níveis: educação básica e educação
superior, pormenorizando regras e detalhes sobre essas fases da educação.
Por fim, tratou dos profissionais da educação, dos recursos financeiros,
passando às disposições finais e transitórias.
40

UNIDADE 4 – O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) -


LEI Nº 13.005/14

4.1 O Plano Nacional de Educação (PNE)


Em junho de 2014, mais precisamente no dia 26, o Governo Federal
publicou, em edição extra do “Diário Oficial da União”, o Plano Nacional de
Educação (PNE) – Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, documento que
estabelece as estratégicas das políticas de educação para o Brasil pelos próximos
dez anos (2014-2024). Ele foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff, sem
vetos à versão que foi aprovada naquele mês pelo Congresso Nacional.

4.2 Surgimento e atualidade


Em 1932, um grupo de educadores, 25 homens e mulheres da elite
intelectual brasileira, lançou um manifesto ao povo e ao governo que ficou conhecido
como “Manifesto dos Pioneiros da Educação”. Propunham a reconstrução
educacional, “de grande alcance e de vastas proporções... um plano com sentido
unitário e de bases científicas...”. O documento teve grande repercussão e motivou
uma campanha que resultou na inclusão de um artigo específico na Constituição
Brasileira, de 16 de julho de 1934.
O art. 150 declarava ser competência da União “fixar o plano nacional de
educação, compreensivo do ensino de todos os graus e ramos, comuns e
especializados; e coordenar e fiscalizar a sua execução, em todo o território do
País”. Atribuía, em seu art. 152, competência precípua ao Conselho Nacional de
Educação, organizado na forma da lei, a elaborar o plano para ser aprovado pelo
Poder Legislativo, sugerindo ao Governo as medidas que julgasse necessárias para
a melhor solução dos problemas educacionais, bem como a distribuição adequada
de fundos especiais.
Todas as constituições posteriores, com exceção da Carta de 1937,
incorporaram, implícita ou explicitamente, a ideia de um Plano Nacional de
Educação. Havia, subjacente, o consenso de que o plano devia ser fixado por lei. A
ideia prosperou e nunca mais foi inteiramente abandonada.
O primeiro Plano Nacional de Educação surgiu em 1962, elaborado já na
vigência da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 4.024,
de 1961. Ele não foi proposto na forma de um projeto de lei, mas apenas como uma
41

iniciativa do Ministério da Educação e Cultura, iniciativa essa aprovada pelo então


Conselho Federal de Educação. Era basicamente um conjunto de metas
quantitativas e qualitativas a serem alcançadas num prazo de oito anos. Em 1965,
sofreu uma revisão, quando foram introduzidas normas descentralizadoras e
estimuladoras da elaboração de planos estaduais. Em 1966, uma nova revisão, que
se chamou Plano Complementar de Educação, introduziu importantes alterações na
distribuição dos recursos federais, beneficiando a implantação de ginásios
orientados para o trabalho e o atendimento de analfabetos com mais de dez anos.
A ideia de uma lei ressurgiu em 1967, novamente proposta pelo Ministério
da Educação e Cultura e discutida em quatro Encontros Nacionais de Planejamento,
sem que a iniciativa chegasse a se concretizar.
Com a Constituição Federal de 1988, cinquenta anos após a primeira
tentativa oficial, ressurgiu a ideia de um plano nacional de longo prazo, com força de
lei, capaz de conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área de
educação. O art. 214 contempla esta obrigatoriedade.
Por outro lado, a Lei nº 9.394, de 1996, que “estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional”, determina nos artigos 9º e 87º, respectivamente, que
cabe à União, a elaboração do Plano, em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, e institui a Década da Educação. Estabelece ainda, que a
União encaminhe o Plano ao Congresso Nacional, um ano após a publicação da
citada lei, com diretrizes e metas para os dez anos posteriores, em sintonia com a
Declaração Mundial sobre Educação para Todos.
Em 10 de fevereiro de 1998, o Deputado Ivan Valente apresentou no
Plenário da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 4.155, de 1998, que “aprova
o Plano Nacional de Educação”. A construção deste plano atendeu aos
compromissos assumidos pelo Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, desde
sua participação nos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, consolidou os
trabalhos do I e do II Congresso Nacional de Educação – CONED – e sistematizou
contribuições advindas de diferentes segmentos da sociedade civil. Na justificação,
destaca o autor, a importância desse documento-referência que “contempla
dimensões e problemas sociais, culturais, políticos e educacionais brasileiros,
embasado nas lutas e proposições daqueles que defendem uma sociedade mais
justa e igualitária”.
42

Em 11 de fevereiro de 1998, o Poder Executivo enviou ao Congresso


Nacional, a Mensagem 180/98, relativa ao projeto de lei que “Institui o Plano
Nacional de Educação”. Iniciou sua tramitação na Câmara dos Deputados como
Projeto de Lei nº 4.173, de 1998, apensado ao PL nº 4.155/98, em 13 de março de
1998. Na Exposição de Motivos, destaca o Ministro da Educação a concepção do
Plano, que teve como eixos norteadores, do ponto de vista legal, a Constituição
Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, e a
Emenda Constitucional nº 14, de 1995, que instituiu o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.
Considerou ainda realizações anteriores, principalmente o Plano Decenal de
Educação para Todos, preparado de acordo com as recomendações da reunião
organizada pela UNESCO e realizada em Jomtien, na Tailândia, em 1993. Além
deste, os documentos resultantes de ampla mobilização regional e nacional que
foram apresentados pelo Brasil nas conferências da UNESCO constituíram
subsídios igualmente importantes para a preparação do documento. Várias
entidades foram consultadas pelo MEC, destacando-se o Conselho Nacional de
Secretários de Educação – CONSED – e a União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação – UNDIME (BRASIL, 2001).
Um dos principais pontos do novo PNE é a ampliação do financiamento da
educação pública, chegando, em até dez anos, a 10% do Produto Interno Bruto
(PIB). Como estratégias para atingir essa meta, o PNE propõe garantir fontes de
financiamento, entre elas os recursos da exploração de petróleo e gás natural,
aumentar o acompanhamento da arrecadação do salário-educação e instituir um
Custo Aluno-Qualidade, estipulando um padrão mínimo de “insumos indispensáveis
ao processo de ensino-aprendizagem” e multiplicando esse valor pelo número de
alunos registrados pelo Censo Escolar.
Outras metas importantes do PNE incluem a alfabetização de todas as
crianças até o fim do terceiro ano do ensino fundamental, a erradicação do
analfabetismo de brasileiros com 15 anos ou mais, a inclusão de todas as crianças
de quatro e cinco anos na pré-escola e o acesso à creche para pelo menos metade
das crianças de até três anos. Há ainda o estímulo ao ensino profissionalizante de
adolescentes e adultos e à formação continuada de professores.
43

4.3 As metas do PNE


a) EDUCAÇÃO INFANTIL
Ter 100% das crianças de 4 a 5 anos matriculadas na pré-escola até 2016 e
50% das crianças com até três anos matriculadas em creches nos próximos dez
anos.
b) ENSINO FUNDAMENTAL
- Fazer com que todas as crianças de 6 a 14 anos estejam matriculadas no
ensino fundamental de 9 anos, e garantir que, em um prazo de dez anos, pelo
menos 95% delas concluam o fundamental na idade recomendada.
- Alfabetizar todas as crianças até o fim do terceiro ano do ensino
fundamental.
c) ENSINO MÉDIO
- Atendimento escolar para 100% dos adolescentes entre 15 e 17 anos até
2016 e elevar, em até dez anos, a taxa líquida de matrículas dessa faixa etária no
ensino médio para 85%.
- Em até dez anos, triplicar o número de matrículas na educação profissional
técnica de nível médio, garantindo a qualidade; no mesmo período, aumentar em
pelo menos 50% a oferta de matrículas no segmento público de educação
profissional.
d) ENSINO SUPERIOR
- Elevar a taxa bruta de matrícula da educação superior para 50% da
população entre 18 a 24 anos, assegurando a qualidade, e expandir as matrículas
no setor público em pelo menos 40%.
- Garantir que pelo menos 75% dos professores da educação superior sejam
mestres e 35%, doutores.
- Ampliar as matrículas na pós-graduação stricto sensu para atingir a
titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
e) EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
- Aumentar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos,
alcançando, em até dez anos, a média de 12 anos de estudo para as populações do
campo e dos 25% mais pobres; além disso, igualar a escolaridade média entre
negros e não negros.
44

- Reduzir para 6,5% a taxa de analfabetismo da população maior de 15 anos


até 2015 e erradicá-la em até dez anos; no mesmo período, reduzir a taxa de
analfabetismo funcional pela metade.
- Garantir que pelo menos 25% das matrículas da Educação de Jovens e
Adultos (EJA) seja integrada à educação profissional.
f) QUALIDADE E INCLUSÃO
- Oferecer educação em tempo integral para pelo menos 25% dos alunos do
ensino básico em pelo menos 50% das escolas públicas.
- Fomentar a qualidade da educação, com melhoria do fluxo escolar e da
aprendizagem, para atingir, em 2021, o Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB) de 6,0 nos anos iniciais do fundamental, de 5,5 nos anos finais do
fundamental e de 5,2 no ensino médio.
- Garantir que todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos com
necessidades especiais tenham acesso à educação básica com atendimento
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino.
g) PROFESSORES
- Criar, em até um ano, uma política nacional de formação de professores
para assegurar que todos os professores da educação básica possuam curso de
licenciatura de nível superior na área de conhecimento em que atuam.
- Formar, em até dez anos, 50% dos professores da educação básica em
nível de pós-graduação, e garantir que 100% dos professores tenham curso de
formação continuada.
- Equiparar, em até seis anos, os salários dos professores das redes
públicas de educação básica ao dos demais profissionais com escolaridade
equivalente.
- Criar, em até dois anos, planos de carreira para os professores do ensino
básico e superior das redes públicas, tomando como base o piso salarial nacional.
h) INVESTIMENTO
- Em até dois anos, dar condições para a efetivação da gestão democrática
da educação, com critérios de mérito e desempenho e consulta pública à
comunidade escolar.
- Atingir, em até dez anos, o investimento do equivalente a 10% do Produto
Interno Bruto (PIB) na educação pública (BRASIL, 2014).
45

UNIDADE 5 – LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL COMPILADA

5.1 Leis gerais


LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional) - Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
LEI Nº 9.424, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1996 (Lei do Fundef) - Dispõe
sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério, na forma prevista no art. 60, § 7º, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, e dá outras providências.
LEI Nº 9.766, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1998 - Altera a legislação que rege
o salário-educação, e dá outras providências.
LEI Nº 11.096, DE 13 DE JANEIRO DE 2005 (Lei do Prouni) - Institui o
Programa Universidade para Todos (Prouni), regula a atuação de entidades
beneficentes de assistência social no ensino superior; altera a Lei nº 10.891, de 9 de
julho de 2004, e dá outras providências.
LEI Nº 11.128, DE 28 DE JUNHO DE 2005 (Lei do Prouni) - Dispõe sobre o
Programa Universidade para Todos (Prouni) e altera o inciso I do art. 2º da Lei nº
11.096, de 13 de janeiro de 2005.
LEI Nº 11.494, DE 20 DE JUNHO DE 2007 (Lei do Fundeb) - Regulamenta o
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação (Fundeb), de que trata o art. 6º do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei nº 10.195, de 14 de fevereiro
de 2001; revoga dispositivos das Leis nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, nº
10.880, de 9 de junho de 2004, e nº 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras
providências.
LEI Nº 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008 (Lei do Piso Salarial) -
Regulamenta a alínea e do inciso III do caput do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, para instituir o piso salarial profissional nacional para os
profissionais do magistério público da educação básica.
LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008 (Nova Lei do Estágio) -
Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, e a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nº 6.494, de 7 de
dezembro de 1977, e nº 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82
46

da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Provisória nº


2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
LEI Nº 11.892, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008 (Lei da Rede Federal de
Educação Profissional, Científica e Tecnológica) - Institui a Rede Federal de
Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os institutos Federais de
educação, ciência e tecnologia, e dá outras providências.
LEI Nº 12.711, DE 29 DE AGOSTO DE 2012 (Lei de Cotas de Ingresso nas
Universidades) - Dispõe sobre o ingresso nas Universidades Federais e nas
Instituições Federais de ensino técnico de nível médio, e dá outras providências.
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014 (Lei do PNE) - Aprova o Plano
Nacional de Educação (PNE), e dá outras providências.

5.2 Decretos
DECRETO Nº 3.276, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1999 - Dispõe sobre a
formação em nível superior de professores para atuar na educação básica, e dá
outras providências.
DECRETO Nº 5.154, DE 23 DE JULHO DE 2004 - Regulamenta o § 2º do
art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências.
DECRETO Nº 5.493, DE 18 DE JULHO DE 2005 - Regulamenta o disposto
na Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005.
DECRETO Nº 5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005 - Regulamenta o art.
80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional.
DECRETO Nº 5.773, DE 9 DE MAIO DE 2006 - Dispõe sobre o exercício
das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação
superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de
ensino.
DECRETO Nº 6.003, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006 - Regulamenta a
arrecadação, a fiscalização e a cobrança da contribuição social do salário-educação,
a que se referem o art. 212, § 5º, da Constituição, e as Leis nº 9.424, de 24 de
dezembro de 1996, e nº 9.766, de 18 de dezembro de 1998, e dá outras
providências.
47

DECRETO Nº 6.253, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2007 - Dispõe sobre o


Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação (Fundeb), regulamenta a Lei nº 11.494, de 20 de
junho de 2007, e dá outras providências.
DECRETO Nº 6.986, DE 20 DE OUTUBRO DE 2009 - Regulamenta os arts.
11, 12 e 13 da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que institui a Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e cria os Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, para disciplinar o processo de escolha
de dirigentes no âmbito destes institutos.
DECRETO Nº 7.022, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2009 - Estabelece medidas
organizacionais de caráter excepcional para dar suporte ao processo de implantação
da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, criada pela Lei
nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, e dá outras providências.
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 - Dispõe sobre a
educação especial, o atendimento educacional especializado, e dá outras
providências.
DECRETO Nº 7.824, DE 11 DE OUTUBRO DE 2012 - Regulamenta a Lei nº
12.711, de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre o ingresso nas Universidades
Federais e nas Instituições Federais de ensino técnico de nível médio.
DECRETO Nº 8.142, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2013 - Altera o Decreto nº
5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de
regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos
superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, e dá outras
providências.

15
5.3 Emendas Constitucionais de impacto na educação
Emenda Constitucional nº 14/96 (12.09.1996)
EC 14/96
Modifica os arts. 34, 208, 211 e 212 da Constituição Federal, e dá nova
redação ao art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias16.
EC nº 53/06
15
Se de interesse, todas as EC do Governo estão disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/quadro_emc.htm
16
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc14.htm
48

Dá nova redação aos arts. 7º, 23, 30, 206, 208, 211 e 212 da Constituição
Federal ao art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias17.
EC nº 59/09
Acrescenta § 3º ao art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, para reduzir anualmente a partir do exercício de 2009, o percentual da
Desvinculação das Receitas da União incidente sobre os recursos destinados à
manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição
Federal, dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a
obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e ampliar a abrangência de
programas suplementares para todas as etapas da educação básica e dá nova
redação ao § 4º do art. 211 e ao § 3º do art. 212 e ao caput do art. 214, com
inserção neste dispositivo de inciso VI18.

5.4 Legislação para Educação Superior


Ato nº 52, de 9 de setembro de 2016
Prorroga pelo período de sessenta dias a vigência da Medida Provisória nº
741, de 14 de julho de 2016, que “Altera a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que
dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior.
Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016
Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à
capacitação científica e tecnológica e à inovação e altera a Lei nº 10.973, de 2 de
dezembro de 2004, a Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, a Lei nº 8.666, de 21
de junho de 1993, a Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, a Lei nº 8.745, de 9 de
dezembro de 1993, a Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994, a Lei nº 8.010, de
29 de março de 1990, a Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990, e a Lei nº 12.772, de
28 de dezembro de 2012, nos termos da Emenda Constitucional nº 85, de 26 de
fevereiro de 2015.
Lei nº 13.267, de 6 de abril de 2016
Disciplina a criação e a organização das associações denominadas
empresas juniores, com funcionamento perante instituições de ensino superior.

17
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc53.htm
18
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc59.htm
49

Lei nº 13.278, de 2 de maio de 2016


Altera o § 6º do art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que fixa
as diretrizes e bases da educação nacional, referente ao ensino da arte.
Lei nº 13.349, de 18 de outubro de 2016
Abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério da Educação e
de Operações Oficiais de Crédito, crédito suplementar no valor de R$
1.103.400.627,00, para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.
Lei nº 13.366, de 1º de dezembro de 2016
Altera as Leis nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que “dispõe sobre o Fundo
de Financiamento ao estudante do Ensino Superior, e dá outras providências”, para
atribuir às instituições de ensino responsabilidade parcial pela remuneração dos
agentes operadores do Fundo, e nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
“estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”, para vedar a concessão de
tutela antecipada que tenha por objeto a autorização para o funcionamento de curso
de graduação por instituição de educação superior.
Lei nº 13.369, de 12 de dezembro de 2016
Dispõe sobre a garantia do exercício da profissão de designer de interiores e
ambientes.
Medida Provisória nº 741, de 14 de julho de 2016
Altera a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que dispõe sobre o Fundo de
Financiamento ao estudante do Ensino Superior.
Medida Provisória nº 746, de 22 de setembro de 2016
Institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio
em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei nº 11.494, de 20 de
junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.
Decreto nº 8.752, de 9 de maio de 2016
Dispõe sobre a Política Nacional de Formação dos Profissionais da
Educação Básica.
Decreto nº 8.754, de 10 de maio de 2016
Altera o Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o
exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de
50

educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema


federal de ensino.
Decreto nº 8.942, de 27 de dezembro de 2016
Dispõe sobre a integralização de cotas do Fundo de Garantia de Operações
de Crédito Educativo pela União.
Resoluções recentes de Conselhos Federais
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Resolução Coffito nº 464, de 20 de maio de 2016
Dispõe sobre a elaboração e emissão pelo fisioterapeuta de atestados,
pareceres e laudos periciais (DOU, 25.05.2016 – Seção 1, p.83).
Resolução Coffito nº 465, de 20 de maio de 2016
Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho (DOU,
25.05.2016 – Seção 1, p.83).
Resolução Coffito nº 466, de 20 de maio de 2016
Dispõe sobre a perícia fisioterapêutica e a atuação do perito e do assistente
técnico (DOU, 25.05.2016 – Seção 1, p.84).
Conselho Federal de Fonoaudiologia.
Resolução CFF nº 487, de 18 de dezembro de 2015
Dispõe sobre a proibição do ensino, do treinamento e da supervisão, sob
qualquer forma de transmissão de conhecimentos, de práticas fonoaudiológicas
relativas a triagem auditiva neonatal (TAN) a outros profissionais da área da saúde e
demais pessoas não habilitadas na forma da lei (DOU, 16.02.2016 – Seção 1, p.49).
Conselho Federal de Medicina Veterinária.
Resolução CFMV nº 1.114, de 17 de junho de 2016
Incluir o parágrafo único ao artigo 1º da Resolução CFMV nº 595, publicada
no DOU de 16/12/1992 (S.1, p.17341/17342) (DOU, 06.07.2016 – Seção 2, p. 57).
Conselho Nacional de Educação – CNE e Câmara de Educação Superior
(CES).
Resolução CNE-CEB nº 1, de 2 de fevereiro de 2016
Define Diretrizes Operacionais Nacionais para o credenciamento institucional
e a oferta de cursos e programas de Ensino Médio, de Educação Profissional
Técnica de Nível Médio e de Educação de Jovens e Adultos, nas etapas do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio, na modalidade Educação a Distância, em regime
de colaboração entre os sistemas de ensino (DOU, 03.02.2016 – Seção 1, p.6).
51

Resolução CNE-CEB nº 2, de 10 de maio de 2016


Define Diretrizes Nacionais para a operacionalização do ensino de Música
na Educação Básica (DOU, 11.05.2016 – Seção 1, p. 421).
Resolução CNE-CEB nº 3, de 13 de maio de 2016
Define Diretrizes Nacionais para o atendimento escolar de adolescentes e
jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. (DOU, 16.05.2016 – Seção 1,
p. 6).
Resolução CNE-CEB nº 4, de 30 de maio de 2016
Dispõe sobre as Diretrizes Operacionais Nacionais para a remição de pena
pelo estudo de pessoas em privação de liberdade nos estabelecimentos penais do
sistema prisional brasileiro.
Resolução CNE-CES nº 1, de 11 de março de 2016
Estabelece Diretrizes e Normas Nacionais para a Oferta de Programas e
Cursos de Educação Superior na Modalidade a Distância.
Resolução CNE-CES nº 2, de 13 de maio de 2016
Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e
Continuada em Nível Superior para Funcionários da Educação Básica.
Resolução CNE-CES nº 3, de 22 de junho de 2016
Dispõe sobre normas referentes à revalidação de diplomas de cursos de
graduação e ao reconhecimento de diplomas de pós-graduação stricto sensu
(mestrado e doutorado), expedidos por estabelecimentos estrangeiros de ensino
superior.
Resolução CNE-CES nº 4, de 16 de setembro de 2016
Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em
Teologia.
Resolução CNE-CES nº 5, de 16 de novembro de 2016
Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação na
área da Computação, abrangendo os cursos de bacharelado em Ciência da
Computação, em Sistemas de Informação, em Engenharia de Computação, em
Engenharia de Software e de licenciatura em Computação.
Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia.
52

Resolução Conter nº 11, de 15 de agosto de 2016


Institui e normatiza as atribuições, competências e funções dos técnicos e
tecnólogos em radiologia no setor industrial, revoga as Resoluções Conter nº
18/2006, 21/2006, 07/2016 (DOU, 16.08.2016 – Seção 1, p.82).
Portaria MEC nº 1.382, de 31 de outubro de 2017
Aprova, em extratos, os indicadores dos Instrumentos de Avaliação
Institucional Externa para os atos de credenciamento, recredenciamento e
transformação de organização acadêmica nas modalidades presencial e a distância
do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Sinaes.
Portaria MEC nº 1.383, de 31 de outubro de 2017
Aprova, em extrato, os indicadores do Instrumento de Avaliação de Cursos
de Graduação para os atos de autorização, reconhecimento e renovação de
reconhecimento nas modalidades presencial e a distância do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior – Sinaes.
Portaria Capes nº 214, de 27 de outubro de 2017
Dispõe sobre formas associativas de programas de pós-graduação stricto
sensu.
Portaria FNDE n° 725, de 11 de outubro de 2017
Dispõe sobre o prazo para realização de aditamentos dos contratos de
financiamento concedidos com recursos do Fundo de Financiamento Estudantil
(Fies).
Portaria MEC 1.179, de 15 de setembro de 2017
Disciplina as atividades de promoção, acompanhamento, avaliação e
fiscalização dos contratos de gestão celebrados com as Organizações Sociais – OS.
Portaria Normativa n° 16, de 01 de setembro de 2017
Dispõe sobre a ocupação de vagas remanescentes do processo seletivo do
Fundo de Financiamento Estudantil – Fies – referente ao segundo semestre de
2017.
Portaria CAPES n° 158, de 10 de agosto de 2017
Dispõe sobre a participação das Instituições de Ensino Superior nos
programas de fomento da Diretoria de Formação de Professores da Educação
Básica.
53

Portaria FNDE n° 638, de 07 de agosto de 2017


Dispõe sobre o valor máximo de financiamento no âmbito do Fundo de
Financiamento Estudantil – Fies.
Portaria Normativa n°11, de 20 de junho de 2017
Estabelece normas para o credenciamento de instituições e a oferta de
cursos superiores a distância, em conformidade com o Decreto n° 9.057, de 25 de
maio de 2017.
54

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS BÁSICAS

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

BRASIL. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases


da educação nacional. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm

BRASIL. Lei n. 13.005 de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de


Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

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brasileira. Brasília: MEC, 2014.

BATISTA, Maria do Socorro Xavier. Fundamentos Sócio-Históricos da Educação


(2005). Disponível em: http://portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-
virtual/files/fundamentos_saciohistaricos_da_educaaao_1361970603.pdf

BRANCO, Maria da Graça Fernandes. Estrutura e funcionamento da educação


básica. Unisa digital, 2011. Disponível em: www.unisa.com.br

BRASIL. Lei n. 13.005 de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de


Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm

BRASIL. Ministério da Educação. Planejamento a próxima década: conhecendo as


20 metas do PNE. Brasília: MEC, 2014. Disponível em:
http://pne.mec.gov.br/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf

BUENO, Jorge Arbex. Considerações sobre a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação (2013). Disponível em: https://jus.com.br/artigos/34272/consideracoes-
sobre-a-lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao

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Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015. (Serie legislação ; n. 176)

CARNEIRO, Moacir Alves. LDB Fácil. Leitura Crítico-compreensiva artigo a artigo.


Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2012.

DAS NEVES, Carla; CASTELLO, Liana. LDB - Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Esquematizada - Série Concursos 3 ed. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira,
2016.
55

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Educacional. Taubaté, SP: Imprensa Universitária; Universidade de Taubaté, 1982.

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social. Revista Educação e Sociedade, Campinas, vol. 28, n. 100, especial, p. 691-
713, out. 2007. Disponível em: . Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v28n
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11/2017 e as normas para oferta de educação a distância. Ano 5 - Nº 21 - 12 de
julho de 2017. Disponível em: https://abmes.org.br/colunas/detalhe/1709/educacao-
superior-comentada-a-portaria-normativa-n%C2%B0-11-2017-e-as-normas-para-
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