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MATERIAL DIDÁTICO
LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
BRASILEIRA COMPILADA
Impressão
e
Editoração
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
UNIDADE 1 – AS BASES DA EDUCAÇÃO NO BRASIL .......................................... 6
UNIDADE 2 – O DIREITO À EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
.................................................................................................................................. 16
UNIDADE 3 – A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL
(LDB) - LEI Nº 9.394/96 ............................................................................................ 20
UNIDADE 4 – O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) - LEI Nº 13.005/14 .. 40
4.1 O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) ........................................................... 40
4.2 SURGIMENTO E ATUALIDADE ................................................................................ 40
4.3 AS METAS DO PNE ............................................................................................. 43
UNIDADE 5 – LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL COMPILADA.................................. 45
5.1 LEIS GERAIS ....................................................................................................... 45
5.2 DECRETOS ......................................................................................................... 46
5.3 EMENDAS CONSTITUCIONAIS DE IMPACTO NA EDUCAÇÃO ....................................... 47
5.4 LEGISLAÇÃO PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR ............................................................. 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 54
3
INTRODUÇÃO
1
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
2
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
3
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
4
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm
4
5
Trabalho inédito de opinião ou pesquisa que nunca foi publicado em revista, anais de congresso ou
similares.
5
a) Fundamentos históricos:
Esses fundamentos praticamente nascem com o descobrimento do Brasil e
com a chegada dos padres jesuítas, os quais trouxeram os primeiros regimentos
para a educação. Por 200 anos, os jesuítas foram os educadores do Brasil.
Desde então, os caminhos trilhados pela educação foram cheios de
percalços, e hoje ainda caminhamos em busca de valores como cidadania, respeito,
inclusão... faremos recortes dessa longa história, visto ser nosso objetivo maior a
legislação atual.
Desde que os jesuítas chegaram, sistematizaram uma organização
educacional, fundando as suas residências e os seus centros de ação para a
conquista e o domínio das almas “perdidas” – instrumento de domínio espiritual e
propagação da cultura europeia. Assim, foram aos poucos se infiltrando nas aldeias
e levando os fundamentos de uma educação religiosa que foi se ampliando
progressivamente pelo litoral. Seus métodos de ensino e seus programas
diferenciavam-se conforme a importância da casa e conforme os educandos: futuros
sacerdotes ou leigos (OLINDA, 2003).
Na sequência, tivemos as reformas pombalinas, quando buscou-se focar na
educação pública e laica, uma introdução dos ideais iluministas.
b) Fundamentos filosóficos:
Verdades, valores morais, ética, existência humana, objetivos de vida, estes
são alguns pontos que a Filosofia busca explicar.
Segundo Moliterno (2012), os métodos que a Filosofia utiliza para tentar
chegar ao conhecimento são caracterizados pela argumentação.
Os fundamentos filosóficos buscam compreender a sociedade e o mundo
com o intuito de quebrar barreiras para que o indivíduo através de seu esforço
obtenha um estado pleno de satisfação, ocasionando um momento de felicidade.
Através da argumentação, podemos quebrar as barreiras dos nossos
preconceitos, ideias erradas, de nossa realidade que não queremos mudar.
Melhoramos nossas ideias, decisões e agimos melhor, já que nossas ações se
baseiam naquilo que pensamos.
Os problemas que a Filosofia apresenta ajudam-nos a compreender melhor
o mundo, fazendo-nos ter uma atitude crítica em relação às respostas e soluções
apresentadas para os problemas da sociedade, com o objetivo de termos um mundo
cada vez melhor para todos.
Como diz Moliterno (2012), filosofar não é fazer relatórios sobre o que os
filósofos pensam, e sim, fazer o que os filósofos fazem, o que no contexto da
educação nesse século XXI, quer dizer buscar uma transformação social, levar os
alunos a serem pesquisadores, reflexivos e críticos. É levá-los a perceberem que
podem quebrar as barreiras e as desigualdades sociais que separam “as camadas”
da sociedade, é fazê-los buscarem a igualdade de oportunidades.
10
c) Fundamentos antropológicos:
Os fundamentos antropológicos nos levam a investigar as relações
sociedade/indivíduo/cultura na contemporaneidade, como foram construídas as
identidades pessoais, sociais e culturais. A diversidade cultural, as igualdades e
diferenças dão a tônica para essas reflexões e entendimentos (USP, 2012).
Relacionar Educação com Antropologia, ou seja, fundamentar a primeira na
segunda ciência é tomar consciência do que funda e fundamenta o homem como
homem: o trabalho, e não a cultura; que as necessidades criadas pelos homens
precisam estar em consonância com o que ele realmente é e pode vir a ser
enquanto vitalidade criadora, orientando e guiando suas ações por meio de valores e
valorações que cultivem e propaguem a apreciação das coisas e das pessoas pelo
que elas são em si mesmas, partindo do pressuposto e princípio que aquilo que
justifica a relação entre os homens é a necessidade do outro como condição de
descoberta de si mesmo. Essas são questões elementares para uma formação e
autoconstrução humanas objetiva e concretamente humanizadoras, fundamentando
as bases antropológicas para a educação em um sentido amplo, escolhendo os
meios mais adequados que qualifiquem, e estejam de acordo, a sua natureza
essencial (SOUZA, 2016).
d) Fundamentos sociológicos:
A educação, entendida como uma prática social que busca formar indivíduos
para a vida em sociedade, deve proporcionar uma visão que lhes permita uma
compreensão da sociedade em todas as suas dimensões. Para tanto, torna-se
necessário um currículo que, em seus conteúdos e em suas práticas, possibilite uma
problematização e reflexão crítica das relações sociais, das relações de poder
existentes na sociedade. Conforme Forquin (1993, p. 85 apud BATISTA, 2005):
e) Fundamentos psicológicos:
Na realidade, o homem é um ser complexo. Consequentemente, é função da
Psicologia iluminar e harmonizar as dinâmicas pessoais e orientá-las ao crescimento
pleno e harmônico; e nenhuma corrente psicológica esgota em si mesma toda a
dimensão do homem. Por isso, existe uma quantidade numerosa de “Psicologias”, e
uma outra infinidade de teorias e experiências que se dispõem a compreender,
iluminar e harmonizar o ser humano consigo mesmo, com os outros e com a
dimensão transcendente inerente ao seu próprio existir.
Na busca de princípios gerais e de regularidades, a Psicologia leva em
consideração a relação ao homem no seu processo educativo. É na Psicologia
Educacional que são encontrados os elementos conceituais e técnicas de ensino,
das relações escola-família-sociedade. Portanto, o conhecimento do
desenvolvimento bio-psico-social-afetivo da criança é primordial para compreender o
homem de amanhã que está formando (PARANÁ/SEED, 2005).
f) Fundamentos biológicos:
Esses fundamentos nos levam a entender a Biologia Humana, como se
processa o desenvolvimento, a maturação das estruturas cognitivas, emocionais,
afetivas e motoras que são sistêmicas e integradas por circuitos neurais que,
quando e se estimulados, despertam a inteligência e aprendizagens, favorecendo o
desenvolvimentos dos outros sistemas biológicos, psicológicos, afetivos que são os
primeiros passos fora da escola que esse profissional tem que dar para caminhar
com segurança no ambiente educacional e fazer conexões que podem ajudar os
alunos a lidar com suas dificuldades (RELVAS, 2009).
12
g) Ético-Políticos:
Sendo a educação um processo próprio do ser humano que ocorre por meio
de reprodução (imitação) em ocasiões informais, na interação social e de maneira
formal, intencional e planejada nas escolas e instituições de ensino, podemos inferir
de imediato que a educação é, portanto, um conjunto de signos intencionais
apropriados por um processo subjetivo, objetivada por contextos do meio físico e
sociocultural.
Desse modo, os fundamentos ético-políticos da educação assumem a
educação como condição de prática humana intervencionista, intencional, eficiente e
histórico-social, constituídas por ações que visem à transformação social. Essa
educação como prática histórico-social não se fundamenta no modelo técnico
manipulativo, pois tal educação é mediadora da prática produtiva política e cultural
da sociedade.
Como diz Severino (2006), o homem é um ser em constante transformação
e se constrói por meio da prática, na sua relação com a natureza, por meio do
trabalho e na relação com seus iguais. O homem como ser subjetivo possui uma
moral que avalia suas ações, com valores impostos pelo meio sociocultural.
h) Socioeconômicos:
Quando falamos em fundamentos econômicos, de pronto a ação que nos
vem à mente seria verificar como a forma de produção de uma determinada
sociedade, em uma determinada época, inter-relaciona-se com a educação.
É verdade: os fatores econômicos têm grande influência na educação.
Desde as tribos primitivas, em que a atividade econômica girava em torno da caça e
da pesca, os elementos recebiam treinamentos específicos que os habilitavam à
prática da caça e pesca. Nos países civilizados, os governantes planejam os
sistemas educacionais em função das condições econômicas e necessidades gerais
e locais. Por exemplo, um país industrializado e um país agrícola necessitam de
sistemas educacionais diferentes.
A educação de caráter geral, não relacionada com a economia, foi a
proposta do Renascimento. Os humanistas propuseram uma educação diferenciada,
de acordo com as ocupações. E foi a Revolução Industrial e a emancipação política
das classes inferiores que passaram a determinar a coordenação da economia com
a educação. A influência dos fatores econômicos foi reforçada pelo marxismo que,
em alguns países, foi o norteador dos sistemas educacionais.
A economia preocupa-se com os problemas da quantidade e das espécies
de bens a serem produzidos, dos modos de produzi-los, bem como de sua
distribuição, segundo as parcelas que cabem a cada indivíduo da sociedade. Essa
distribuição requer uma ação política, pois devem ser estabelecidos critérios de
distribuição de renda, ou seja, por meio de uma política econômica fundamentada
em serviços que influam no comportamento humano, que o orientem e o disciplinem.
Portanto, a política econômica requer uma política educacional que a sustente,
donde se infere que os planos da política econômica e da política educacional
devem apoiar-se mutuamente (SANTIAGO, 2010).
Na prática, o sistema econômico tem influência na organização e na
administração da educação, porém a recíproca nem sempre é verdadeira. Os
15
9 Acrescenta § 3º ao art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) para reduzir,
anualmente, a partir do exercício de 2009, o percentual da Desvinculação das Receitas da União
incidente sobre os recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o
art. 212 da Constituição Federal, dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a
obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e ampliar a abrangência dos programas
suplementares para todas as etapas da educação básica, e dá nova redação ao § 4º do art. 211 e ao
§ 3º do art. 212 e ao caput do art. 214, com a inserção neste dispositivo de inciso VI.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc59.htm#art6
18
a) Sistema Federal:
Sob a responsabilidade da União, do Governo Federal, refere-se às
instituições, aos órgãos, às leis e normas, concretizando-se nos Estados e
Municípios, nos seus sistemas de ensino.
Segundo a LDB (art. 16), o sistema Federal de ensino compreende: as
instituições de ensino mantidas pela União; as instituições de educação superior
criadas e mantidas pela iniciativa privada; e os órgãos Federais de educação.
E mais: supervisiona e inspeciona as diversas instituições privadas de
educação superior.
O Governo Federal mantém as seguintes instituições:
Universidades Federais;
Instituições isoladas de ensino superior;
Institutos Federais IFET;
Estabelecimentos de educação básica (Colégios de Aplicação);
Instituições de educação especial.
Mais especificamente, no âmbito do sistema Federal de ensino, a Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, vinculada ao Ministério
da Educação e de acordo com a Lei nº11.892/0810 é constituída pelas seguintes
instituições:
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia;
Centros Federais de Educação Tecnológica;
Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais;
Universidade Tecnológica Federal do Paraná;
Colégio Pedro II.
b) Sistema Estadual:
É responsável por grande parte dos estudantes de vários graus e
modalidades de ensino, professores, servidores, unidades escolares públicas e
privadas, além de exercer o controle sobre o ensino supletivo e os cursos livres que
ocorrem fora do âmbito escolar, assumindo ainda funções de manutenção do ensino
10
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm e que
institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais
de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências.
28
c) Sistema Municipal:
A Constituição Federal de 1988 reconheceu o município como uma instância
administrativa, possibilitando-lhe, no campo educacional, a organização de seus
sistemas de ensino em colaboração com a União e os Estados.
A Constituição Federal também prescreveu que os municípios deverão
atuar, sobretudo no ensino fundamental, tanto na zona urbana, quanto na zona rural
e na pré-escola, priorizando o atendimento às crianças de 0 a 5 anos, nas creches e
pré-escolas.
A respeito disso, a LDB dispõe que:
Art.11 – os Municípios incumbir-se-ão de:
I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais de
ensino, integrando-os às políticas e aos planos educacionais da União e dos
Estados;
II – exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III – baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
IV – autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu
sistema de ensino;
V – oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas e, com prioridade,
o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente
quando atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com
os recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à
manutenção e ao desenvolvimento do ensino;
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da Rede Municipal. (Incluído
pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao
sistema Estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação
básica.
Os sistemas Municipais de ensino (art. 18) compreendem:
as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas
pelo Poder Público Municipal;
as instituições de ensino infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada;
os órgãos municipais de educação.
30
12
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7107.htm
34
13
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9057.htm que
regulamenta o art. 80 da LDB, o qual versa sobre o Poder Público incentivar o desenvolvimento e a
35
curriculares nacionais, sendo certo, ainda, que não poderão deixar de prever tais
atividades quando expressamente exigidas nas mesmas, sendo certo que o artigo
11 da portaria sob análise traz claramente definidas as características necessárias
para os polos de EAD onde serão desenvolvidas tais atividades:
Art. 11 O polo EaD deverá apresentar identificação inequívoca da IES
responsável pela oferta dos cursos, manter infraestrutura física, tecnológica e de
pessoal adequada ao projeto pedagógico dos cursos a ele vinculados, ao
quantitativo de estudantes matriculados e à legislação específica, para a realização
das atividades presenciais, especialmente:
I - salas de aula ou auditório;
II - laboratório de informática;
III - laboratórios específicos presenciais ou virtuais;
IV - sala de tutoria;
V - ambiente para apoio técnico-administrativo;
VI - acervo físico ou digital de bibliografias básica e complementar;
VII - recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação -TIC; e
VIII - organização dos conteúdos digitais.
Um aspecto essencial trazido pela Portaria Normativa n° 11/2017 é a
definição acerca da sistemática para criação dos polos de EAD pelas instituições
credenciadas, em virtude da extinção da figura do credenciamento dessas unidades.
Com efeito, a criação dos polos de EAD será atribuição exclusiva de cada
instituição de ensino superior e terá como instrumento de balizamento o conceito
institucional obtido no processo de credenciamento ou recredenciamento
institucional, a partir do qual fica estabelecido o quantitativo anual de polos que a
instituição pode abrir enquanto vigente o conceito satisfatório, nos termos de seus
PDI e com vinculação dos cursos ofertados em conformidade com os respectivos
projetos pedagógicos, nos termos dos artigos 12 e seguintes da portaria em
comento (FAGUNDES, 2017).
Nos artigos 61 a 67 da Lei nº 9394/96 encontramos as diretrizes para os
profissionais da educação, que de pronto nos mostram os parâmetros para que a
formação desses profissionais possa atender aos objetivos dos diferentes níveis e
modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do
aluno, mas este tema discutiremos noutro momento do curso junto com a LEI nº
37
percentuais mínimos, em alguns estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul, o
percentual aplicado é superior aos 25% obrigatórios em lei (FIRMINO; LIMA, 2016).
Quanto ao art. 75: A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados
será exercida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e
garantir o padrão mínimo de qualidade de ensino.
Ação redistributiva é de cunho quantitativo, refere-se à dimensão de
insuficiência de recursos. Ação supletiva é cunho qualitativo. Refere-se à dimensão
das dissimetrias sociais.
Este dispositivo estabelece uma relação baseada no volume de recursos
existentes para a manutenção e desenvolvimento do ensino, e também, no esforço
fiscal que cada instância faz para o uso obrigatório em educação básica (FIRMINO;
LIMA, 2016).
De acordo com o art. 77, as instituições privadas estão fora do rol de alcance
dos recursos que trata o mesmo.
Por fim, temos as disposições gerais no Título VIII, as quais farão par com
tudo o que a LDB afirma em seu texto, estendendo aos índios e seus povos.
Sabemos que os povos indígenas foram os primeiros habitantes do Brasil e eles
mantém tradições que devem ser respeitadas. Além disso, o legislador se preocupou
em garantir o acesso à informação e conhecimento, para eles e demais povos,
visando a integração, tanto que o art. 79 diz que a União apoiará técnica e
financeiramente os sistemas de ensino no provimento da educação intercultural às
comunidades indígenas, desenvolvendo programas integrados de ensino e
pesquisa.
Isso quer dizer que não basta oferecer uma educação indígena qualquer. É
imperativo que haja adequação das condições de acesso e aprendizagem. Em
função disso, a LDB se preocupa em planejar o ensino de acordo com as
peculiaridades dos índios, fortalecendo as práticas socioculturais e a língua materna
de cada comunidade, oferecendo uma educação que atenda aos anseios, com o
aval da própria comunidade indígena (FIRMINO; LIMA, 2016).
Em resumo
Na Constituição Federal de 1988, a educação enquanto parte dos direitos
sociais, de segunda geração, foi amplamente contemplado, e passou a ter um
39
5.2 Decretos
DECRETO Nº 3.276, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1999 - Dispõe sobre a
formação em nível superior de professores para atuar na educação básica, e dá
outras providências.
DECRETO Nº 5.154, DE 23 DE JULHO DE 2004 - Regulamenta o § 2º do
art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências.
DECRETO Nº 5.493, DE 18 DE JULHO DE 2005 - Regulamenta o disposto
na Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005.
DECRETO Nº 5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005 - Regulamenta o art.
80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional.
DECRETO Nº 5.773, DE 9 DE MAIO DE 2006 - Dispõe sobre o exercício
das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação
superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de
ensino.
DECRETO Nº 6.003, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006 - Regulamenta a
arrecadação, a fiscalização e a cobrança da contribuição social do salário-educação,
a que se referem o art. 212, § 5º, da Constituição, e as Leis nº 9.424, de 24 de
dezembro de 1996, e nº 9.766, de 18 de dezembro de 1998, e dá outras
providências.
47
15
5.3 Emendas Constitucionais de impacto na educação
Emenda Constitucional nº 14/96 (12.09.1996)
EC 14/96
Modifica os arts. 34, 208, 211 e 212 da Constituição Federal, e dá nova
redação ao art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias16.
EC nº 53/06
15
Se de interesse, todas as EC do Governo estão disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/quadro_emc.htm
16
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc14.htm
48
Dá nova redação aos arts. 7º, 23, 30, 206, 208, 211 e 212 da Constituição
Federal ao art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias17.
EC nº 59/09
Acrescenta § 3º ao art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, para reduzir anualmente a partir do exercício de 2009, o percentual da
Desvinculação das Receitas da União incidente sobre os recursos destinados à
manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição
Federal, dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a
obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e ampliar a abrangência de
programas suplementares para todas as etapas da educação básica e dá nova
redação ao § 4º do art. 211 e ao § 3º do art. 212 e ao caput do art. 214, com
inserção neste dispositivo de inciso VI18.
17
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc53.htm
18
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc59.htm
49
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
http://www2.uefs.br/sitientibus/pdf/29/a_educacao_no_brasil_no_periodo_colonial.pd
f
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/5460/505
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