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MATERIAL DIDÁTICO
RELAÇÕES DE CONSUMO,
TRABALHISTAS E PROGRAMAS DE
ACESSO AO ENSINO
Impressão
e
Editoração
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
UNIDADE 1 – O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC) E OS
SERVIÇOS EDUCACIONAIS ..................................................................................... 6
1.1 EVOLUÇÃO DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR E O CDC .............................................. 6
1.2 O MICROSSISTEMA DO CDC .................................................................................. 9
1.3 DIREITOS FUNDAMENTAIS DO CONSUMIDOR .......................................................... 10
1.4 OS CONTRATOS .................................................................................................. 12
1.5 CONSUMIDOR, FORNECEDOR, OS CONTRATOS DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS E O CDC
............................................................................................................................... 16
UNIDADE 2 – OS DISPOSITIVOS LEGAIS E OS PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO.............................................................................................................. 22
2.1 O QUE DIZ A LDB ............................................................................................... 22
2.2 AS MUDANÇAS NA CLT ....................................................................................... 27
UNIDADE 3 – O FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO (FUNDEB) – LEI Nº 11.494/07 ............................................................ 33
UNIDADE 4 – FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL (FIES) ...................... 38
UNIDADE 5 – PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS (PROUNI) ................ 42
5.1 A BOLSA PERMANÊNCIA ...................................................................................... 44
UNIDADE 6 – PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E
EMPREGO (PRONATEC)......................................................................................... 47
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 51
3
INTRODUÇÃO
1
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm
2
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
3
Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf_legislacao/superior/legisla_superior_parecer261.pdf
4
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
5
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13467.htm
6
Disponível em: http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb
4
7
Trabalho inédito de opinião ou pesquisa que nunca foi publicado em revista, anais de congresso ou
similares.
8
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio. Versão 5.0. Editora
Positivo, 2005.
5
fornecedor. Nesse diapasão, tem-se a seguinte decisão proferida por EROS GRAU9:
“A igualdade, desde Platão e Aristóteles, consiste em tratar-se de modo desigual os
desiguais”.
Diante de tal entendimento, pode ser extraído um dos fundamentos basilares
do direito do consumidor, que é a vulnerabilidade do consumidor nas relações de
consumo (ALMEIDA NETO, 2010).
Em síntese, Azevedo (2009) afirma que o direito do consumidor é um
instrumento imprescindível para blindar as mais legítimas necessidades da pessoa
humana. Logo, mister frisar que a regulação do mercado de consumo por meio de
normas impostas pelo Estado para corrigir desequilíbrios, no Brasil, foram
concebidas para a proteção de um novo sujeito de direitos fundamentais, o
consumidor.
No Brasil, com a evolução da proteção dos direitos do consumidor, os
referentes direitos tomaram corpo de normas jurídicas que regem as relações de
consumo com a criação do Código de Defesa do Consumidor em 1990, Lei nº 8.078,
obedeceu à Constituição Federal de 1988, observado o disposto no Art. 5º, inciso
XXXII, bem como o delineado no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Com efeito,
9 STF, MS 26.690/SP, Rel. Ministro Eros Grau, julgado em 03.09.2008, DJU de 19.12.2008.
9
Sistema jurídico
Subsistema ou
microssistema
Do consumidor
10
Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/resolucao-das-nacoes-unidas-onu-nº-
39248-de-16-de-abril-de-1985-em-inglês
11
Guarde...
Na relação consumerista, o consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Assim, pelo Código de
Defesa do Consumidor, fica caracterizado que o aluno figura como consumidor no
Contrato de Prestação de Serviços Educacionais, uma vez que é uma pessoa física
que utiliza um serviço como destinatário final.
Também, de acordo com o CDC, fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados,
que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos
ou prestações de serviços.
O estabelecimento de ensino, de qualquer grau, “é um prestador de
serviços, seja oficial ou particular” (SAAD, 2006, p. 84). Assim, a Instituição de
Ensino caracteriza-se como fornecedora na medida em que é uma pessoa jurídica
que desenvolve atividades de prestações de serviços.
1.4 Os contratos
A ideia de contrato remonta ao Direito Romano. Neste período, os conceitos
de contrato e de pacto ainda não eram sinônimos (IMTHURN, 2010).
13
b) Princípio do Consensualismo:
14
e) Princípio da Boa-Fé:
Esse princípio quer dizer que as partes devem agir com lealdade e
confiança; e que o literal da linguagem não deve prevalecer sobre a intenção
manifestada na declaração de vontade (GOMES, 2008).
15
Por outro lado, Bazan (2005) lembra que o art. 22 do CDC impõe às
Instituições de Ensino – autorizado pelo Poder Público – a obrigação de fornecer
serviços “adequados”, “eficientes” e “seguros”. Senão, vejamos:
18
11
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9870.htm
21
Figura 1: Professores.
Fonte: http://acertodecontas.blog.br
docentes em nível superior para atuar na educação básica pública. (Incluído pela Lei
nº 12.796, de 2013)
§ 5º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a
formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública
mediante programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes
matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de
educação superior. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 6º O Ministério da Educação poderá estabelecer nota mínima em exame
nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como pré-requisito para o
ingresso em cursos de graduação para formação de docentes, ouvido o Conselho
Nacional de Educação - CNE. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 7º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes terão por referência
a Base Nacional Comum Curricular. (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017) (Vide Lei
nº 13.415, de 2017)
Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere o inciso III do art. 61
far-se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou
superior, incluindo habilitações tecnológicas. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a
que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e
superior, incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores de graduação
plena ou tecnológicos e de pós-graduação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 62-B. O acesso de professores das redes públicas de educação básica a
cursos superiores de pedagogia e licenciatura será efetivado por meio de processo
seletivo diferenciado. (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017)
§ 1º Terão direito de pleitear o acesso previsto no caput deste artigo os
professores das redes públicas Municipais, Estaduais e Federal que ingressaram por
concurso público, tenham pelo menos três anos de exercício da profissão e não
sejam portadores de diploma de graduação. (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017)
§ 2º As instituições de ensino responsáveis pela oferta de cursos de
pedagogia e outras licenciaturas definirão critérios adicionais de seleção sempre que
acorrerem aos certames interessados em número superior ao de vagas disponíveis
para os respectivos cursos. (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017)
25
12
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf
27
13
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13415.htm
14
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7855.htm
15 “Embargos anteriores à vigência da Lei nº 11.496/2007. Instrutor de idiomas. Enquadramento
sindical. Aplicação de normas coletivas da categoria dos professores. Prevalência do princípio da
28
318 da CLT), as horas excedentes devem ser remuneradas com o adicional de, no
mínimo, 50% (art. 7º, XVI, CF/1988)”.
Entretanto, pode-se dizer que se o professor trabalhasse acima da
mencionada limitação diária, em estabelecimentos de ensino (empregadores)
distintos, não eram devidas horas extras.
Com a Lei nº 13.415/2017, o art. 318 da CLT passou a prever que o
professor pode lecionar em um mesmo estabelecimento por mais de um turno,
desde que não ultrapasse a jornada de trabalho semanal estabelecida legalmente,
assegurado e não computado o intervalo para refeição.
Consequentemente, salvo previsão mais favorável (art. 7º, caput, da
Constituição da República), passa a ser aplicável o disposto no art. 7º, inciso XIII, da
Constituição Federal de 1988, ao estabelecer a duração do trabalho normal não
superior a 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais.
As normas coletivas de trabalho podem fixar a duração da hora-aula diurna e
noturna para o exercício da função do professor.
Naturalmente, se as aulas forem ministradas no período noturno, previsto no
art. 73 da CLT, o respectivo adicional é devido (art. 7º, inciso IX, da Constituição
Federal de 1988), sendo de no mínimo 20%.
Considerando que, em regra, a hora-aula tem duração de 50 minutos, pode-
se dizer que a previsão original do art. 318 da CLT estabelecia jornada de trabalho
especial, ou seja, reduzida aos professores, aspecto este que foi recentemente
modificado.
Argumenta-se que a redação anterior do art. 318 da CLT, embora tivesse
como objetivo proteger o trabalho do professor, em termos práticos, poderia gerar
efeitos contrários, ao impedir que o docente empregado concentrasse certa
quantidade mais elevada de aulas em um ou alguns dias da semana no mesmo
estabelecimento (GARCIA, 2017b).
Aplica-se ainda o art. 71 da CLT, ao prever que em qualquer trabalho
contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um
intervalo para repouso ou alimentação, o qual deve ser, no mínimo, de 1 (uma) hora
e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não pode exceder de 2
(duas) horas. Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto,
obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4
(quatro) horas.
30
Figura 2: FUNDEB.
Fonte: http://fundebcajazeirinhas.blogspot.com.br/2011/04/fundeb.html
16
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11494.htm
34
Art. 71. Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por
Lei se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a
adoção de normas peculiares de aplicação.
Art. 72. A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a fundos
especiais far-se-á através de dotação consignada na lei de orçamento ou em
créditos adicionais.
Art. 74. A lei que instituir fundo especial poderá determinar normas
peculiares de controle, prestação e tomada de contas, sem de qualquer modo, elidir
a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
O Fundo é de âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, ou seja, não há
transferência de receita de um Estado para outro, ocorre um remanejamento de
receita dentro do próprio Estado. O Fundo é de natureza contábil, tendo os recursos
do Fundo depositados em conta bancária específica, passível de fiscalização e com
critérios de utilização.
Em poucas palavras, de forma bem objetiva, Slomski, (2003, p. 337)
descreve algumas características na elaboração de Lei para se constituir um Fundo
Especial. “A lei que instituir fundo especial poderá determinar normas peculiares de
controle, prestação e tomada de contas, sem, de qualquer modo, elidir a
competência específica do Tribunal de Contas ou órgão competente”.
Com a implantação do Fundo para a educação, as disponibilidades de
recursos ficaram vinculadas ao número de alunos matriculados na rede Municipal e
Estadual, e não mais à capacidade financeira local. Anteriormente, cada Município e
cada Estado tinham que financiar as despesas em educação com seus próprios
recursos. Por tanto, os Municípios e Estados que tivessem uma boa arrecadação
conseguiam custear essas despesas, e os que não tinham ficavam debilitados
(BATISTA; DANIEL; SANTOS, 2017).
A gama de recursos que compõem o Fundo foi vinculada de forma
estratégica, não só foram incluídas receitas próprias dos Estados e Municípios, mas
também parte das transferências feitas pela União aos mesmos.
18
Disponível em: http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb/sobre-o-plano-ou-programa/sobre-o-
fundeb
38
Figura 3: FIES.
Fonte: http://www.unifil.br/portal/como-ingressar/formas-de-ingresso/fies
Superior – IES – cuja mantenedora tenha efetuado adesão ao FIES, nos termos da
Portaria Normativa MEC nº 1, de 201022. O Fies é operacionalizado pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Todas as operações de adesão
das instituições de ensino, bem como de inscrição dos estudantes são realizadas
pela Internet, o que traz comodidade e facilidade para os participantes, assim como
garante a confiabilidade de todo o processo.
Para contratação do financiamento, é exigida a apresentação de fiador.
Existem dois tipos de fiança: a fiança convencional e a fiança solidária.
Ficam dispensados da exigência de fiador os alunos bolsistas parciais do
ProUni, os alunos matriculados em cursos de licenciatura e os alunos que tenham
renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio.
Em 2010, o FIES passou a funcionar em um novo formato: a taxa de juros
do financiamento passou a ser de 3,4% a.a., o período de carência passou para 18
meses e o período de amortização para 3 (três) vezes o período de duração regular
do curso + 12 meses. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
passou a ser o Agente Operador do Programa para contratos formalizados a partir
de 2010. Além disso, o percentual de financiamento subiu para até 100% e as
inscrições passaram a ser feitas em fluxo contínuo, permitindo ao estudante o
solicitar do financiamento em qualquer período do ano.
A partir do segundo semestre de 2015, os financiamentos concedidos com
recursos do FIES passaram a ter taxa de juros de 6,5% ao ano com vistas a
contribuir para a sustentabilidade do programa, possibilitando sua continuidade
enquanto política pública perene de inclusão social e de democratização do ensino
superior. O intuito é de também realizar um realinhamento da taxa de juros às
condições existentes no ao cenário econômico e à necessidade de ajuste fiscal.
A seleção dos estudantes aptos para a contratação do FIES, a partir do
primeiro semestre de 2016, passou a ser efetuada exclusivamente com base nos
resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio – Enem –, observadas as
demais normas estabelecidas pelo Ministério da Educação, sendo exigida:
média aritmética das notas obtidas nas provas do Enem igual ou superior a
quatrocentos e cinquenta pontos;
nota na redação do Enem diferente de zero.
22
Disponível em: http://sisfiesportal.mec.gov.br/arquivos/portaria_normativa_n01_22012010.pdf
40
23
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11096.htm
24
Disponível em:(http://prouniportal.mec.gov.br/o-programa
43
Figura 4: Prouni.
Fonte: http://vestibular.mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/vestibular/prouni
25
Disponível em: http://prouniportal.mec.gov.br/o-programa
44
ampliou o acesso ao ensino superior, dando mais oportunidade a todos, bem como
uma maior mobilidade social para as pessoas beneficiadas.
Destaca-se que o acesso à educação através do PROUNI possibilita que o
indivíduo tenha mais oportunidades, assim também como “O direito a educação é
parte do reconhecimento da importância do saber para o indivíduo, e da aquisição
de uma consciência social para interferir nas transformações de seu meio social”
(COSTA, 2012, p. 101).
Entretanto, apesar do recebimento de bolsas, para alguns indivíduos
permanecerem estudando, não basta apenas receber bolsa que inclua apenas o não
pagamento de mensalidades, pois devido a condição em que se encontram,
precisam ter mais apoio. Não se pode olvidar a procedência destes estudantes:
A referida carga horária média é calculada pela divisão entre a carga horária
mínima total do curso, em horas, e o resultado da multiplicação do respectivo prazo
mínimo em anos para integralização do curso e o número de dias do ano letivo,
sendo este fixado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB –, em
200 dias letivos. O cálculo da carga horária média é efetuado com base nos dados
constantes no Cadastro e-MEC de Instituições e Cursos Superiores do Ministério da
Educação.
O valor da Bolsa Permanência é definido em edital publicado pela Secretaria
de Educação Superior do Ministério da Educação.
A seleção dos bolsistas aptos ao recebimento da Bolsa Permanência é
realizada mensalmente, no primeiro dia de cada mês, observado o cálculo da carga
horária e a disponibilidade orçamentária e financeira do Ministério da Educação.
Os estudantes aptos a receber a Bolsa Permanência deverão providenciar a
abertura de conta corrente individual no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica
Federal. Não serão aceitas contas tipo poupança, contas eletrônicas (operação 023
da CAIXA), contas com mais de um titular ou contas abertas com CPF diferente
daquele pertencente ao bolsista. Em seguida, o estudante deverá dirigir-se à
coordenação do Prouni na instituição em que está matriculado, levando seu
documento de identidade, CPF e comprovante bancário com os dados da sua conta
corrente, para que seja efetivado seu cadastramento no Sistema do Prouni e
assinado o Termo de Concessão de Bolsa Permanência.
O pagamento do benefício está condicionado à assinatura do respectivo
Termo de Concessão. A assinatura do termo assegurará apenas a expectativa de
direito ao recebimento mensal da bolsa, ficando seu efetivo pagamento
condicionado à disponibilidade orçamentária e financeira do Ministério da Educação.
O pagamento da Bolsa Permanência está condicionado à atualização
mensal da relação de bolsistas a serem beneficiados, a ser efetuada pela
coordenação do Prouni em cada instituição de ensino superior, por meio do Sistema
do Prouni, até o dia 15 de cada mês.
O pagamento da Bolsa Permanência está condicionado à assinatura, pelo
beneficiário, do Termo de Concessão de Bolsa Permanência e à emissão mensal,
pelo coordenador do Prouni, da Relação Mensal dos Beneficiários da Bolsa
Permanência, até o dia 15 de cada mês, por meio de assinatura digital. Não haverá
pagamento retroativo de bolsa, salvo em caso de inviabilidade operacional de
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26
Disponível em: http://prouniportal.mec.gov.br/bolsa-permanencia
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27
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12513.htm
48
28
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/pronatec
50
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
BRASIL. Lei n. 9.870, de 23 de novembro de 1999. Dispõe sobre o valor total das
anuidades escolares e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9870.htm
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
ALMEIDA, João Batista de. A Proteção Jurídica do Consumidor. 7 ed. São Paulo:
Saraiva, 2009.
ALMEIDA, João Batista de. Manual de Direito do Consumidor. 4 ed. rev. São Paulo:
Saraiva, 2010.
BITTAR, Carlos Alberto. Direito dos contratos e dos atos unilaterais. 2ed. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2004.
BRASIL. Lei n. 11.738 de 16 de julho de 2008. Regulamenta a alínea “e” do inciso III
do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir
o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da
educação básica. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11738.htm
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, v.3. 27ed. São Paulo: Saraiva,
2010.
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de direito do trabalho. 11. ed. Rio de
Janeiro: Forense, 2017a.
GOMES, Ana Valeska Amaral. O que podemos dizer sobre o Pronatec. Brasília:
Câmara dos Deputados, Estudos Técnicos, agosto de 2016. Disponível em:
http://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/estudos-e-notas-
tecnicas/areas-da-conle/tema11/2016_9576_pronatec_ana-valeska
GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 20 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010.
MÜLLER, Célio Luiz. Guia jurídico do mantenedor educacional. São Paulo: Érica,
2004.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil, vol.3. Rio de Janeiro:
Forense, 2010.
SLOMSKI, Valmor. Manual de Contabilidade Pública. 2 ed., São Paulo: Atlas, 2003.