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Terezinha José Luís Suares

Centro Aberto de Ensino a Distancia


Curso de licenciatura em Ensino Básico
4° Ano

 Sistema de educação
 Diferenças sistemas de educação de vários países
 Educação básica
 Educação básica no consenso das nações

Unirovuma
Extensão de cabo Delgado
Montepuez
2023
Terezinha José Luís Suares

 Sistema de educação
 Diferenças sistemas de educação de vários países
 Educação básica
 Educação básica no consenso das nações

Trabalho de carácter avaliativo, a ser


entregue ao docente da cadeira de , de
Estudos Contemporâneos de Educação
Curso de licenciatura em Ensino Básica,
4º Ano leccionado pelo:

Docente: Adolfo Brides

Unirovuma

Extensão de cabo Delgado

Montepuez

2023

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Índice
1.Introdução.................................................................................................................................................3
1.2.Objectivo geral......................................................................................................................................3
1.3.Objectivos específicos...........................................................................................................................3
2. Sistema de Educação...............................................................................................................................4
2.1.Diferença de sistema de educação.........................................................................................................5
I ). Educação básica em Madagáscar...........................................................................................................6
II). Educação básica em Lesoto...................................................................................................................6
II). Ensino básico em Suazilândia................................................................................................................6
IV). Educação básica em Malawi................................................................................................................7
V). Sistema de Educação Nacional de Moçambique...................................................................................7
3. Ensino básica...........................................................................................................................................8
3.1. A Educação Básica no Consenso das Nações.....................................................................................11
3.2. Educação básica na perspectiva de Dakar...........................................................................................11
4. Conclusão..............................................................................................................................................14
5. Referencia Bibliográfica........................................................................................................................15

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1.Introdução

Ao introduzir o presente trabalho e de extrema muito positivo porque apresentarei, a deificação


de sistema de educação e como funciona o sistema de educação em outros pais, não só também
abordarei sobre educação básica, por ser um momento privilegiado em que a igualdade cruza
com a equidade, tomou a si a formalização legal do atendimento a determinados grupos sociais,
como as pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais, como os afro-descendentes,
que devem ser sujeitos de uma desconstrução de estereótipos, preconceitos e discriminações,
tanto pelo papel socializador da escola quanto pelo seu papel de transmissão de conhecimentos
científicos, verazes e significativos.

Abstracto, a educação básica ajuda a organizar o real existente em novas bases e administrá-lo
por meio de uma acção política consequente. A educação básica é um conceito mais do que
inovador para um país que, por séculos, negou, de modo elitista e selectivo, a seus cidadãos, o
direito ao conhecimento pela acção sistemática da organização escolar.

Portanto, expresso em uma declaração de direito de todos a ser realizado em uma educação
escolar que contivesse elementos comuns. De um lado, o combate à desigualdade, à
discriminação e à intolerância, de outro lado, o apontamento da condução da educação escolar
pelo princípio, também novo, da gestão democrática.

O presente trabalho encontra se estruturado da seguinte maneira, fase introdutória,


desenvolvimento do trabalho onde encontra todos os itens que debruça , fase da conclusão onde
vai encontrar ponto de vista e ultima fase e de referencia bibliográfica que vai encontrar todas
obras consultadas.

1.2.Objectivo geral

 Conhecer conceito de sistema de educação e como funciona a educação básica em vários


países
1.3.Objectivos específicos
 Identificar os sistemas de educação em vários países,
 Analisar educação básica no consenso das nações.

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2. Sistema de Educação
Os sistemas educativos são estabelecidos sobre a ideia de contraste entre aqueles que só
comparecem para receber conhecimento e aqueles que participam e recebem de verdade.
Normalmente, os grupos costumam ser numerosos para incentivar a socialização entre os
diversos indivíduos. Ao mesmo tempo, os sistemas educacionais afirmam que, à medida que se
avança através dos níveis, a complexidade do conhecimento aumenta progressivamente.

São organizações complexas, instaladas nos diferentes países, com o propósito de articular as
diversas actividades voltadas para a realização dos objectivos educativos das respectivas
populações. Implicam, por via de regra, três elementos:

a) um conjunto de princípios, valores e finalidades que devem guiar as actividades


desenvolvidas;

b) um ordenamento jurídico constituído pelas normas de funcionamento do sistema que obrigam


a todos os seus integrantes;

c) uma rede de estabelecimentos de ensino com os correspondentes órgãos de normalização,


administração, controle, coordenação, supervisão e avaliação. Em educação também é frequente
o uso do termo “sistema” para designar determinados procedimentos metodológicos ou didáticos.
Daí aparecer, no nível da teoria pedagógica, expressões como “Sistema Decroly”, “Sistema
Montessori”, “Sistema Winnetka”, transladando-se para o plano da forma de funcionamento do
ensino em determinadas empresas educacionais que criam pacotes sob o nome de sistema. Daí,
as denominações “Sistema COC”, “Sistema Anglo”, “Sistema Uno de Ensino”, etc.
Evidentemente, a noção de sistema educacional tem um significado bem mais abrangente do que
esses usos que a palavra “sistema” sugerem.

O termo “estrutura”, como “sistema”, refere-se a conjunto de elementos; por isso, muitas vezes,
ambos são usados como sinônimos. Para evitar ambiguidades, cumpre distingui-los.

Estrutura implica a própria textura da realidade; indica a forma como as coisas se entrelaçam
entre si, independentemente do homem e, às vezes, envolvendo o homem (como no caso das
estruturas sociais, políticas, econômicas, educacionais). Sistema, em contrapartida, implica uma
ordem que o homem impõe à realidade. O homem sofre a acção das estruturas, mas, na medida

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em que toma consciência dessa acção, ele é capaz de manipular a sua força agindo sobre a
estrutura e lhe atribuindo um sentido.

Parafraseando um dito de Sartre (1968, p. 117), dir-se-ia: o que foi feito do homem são as
estruturas; o que ele faz (daquilo que fizeram dele) é o sistema.

Portanto, enquanto “estrutura” implica intencionalidade, “sistema” implica intencionalidade. É,


pois, um produto da práxis intencional colectiva. Práxis (SÁNCHEZ VÁZQUEZ, 1975) confira
que entendida aqui como uma actividade humana prática fundamentada teoricamente. O
produto intencional e concreto de uma práxis intencional colectiva, eis o que é o “sistema”.

2.1.Diferença de sistema de educação


Não dispomos de muitos estudos sobre a conceituação de sistema educacional, sisyema de
educação em vários países como Brasil, podemos destacar o debate entre Capanema (1949) e
Almeida Júnior (1949). Além da tese sobre o conceito de sistema na LDB de 1961, defendida em
1971, (SAVIANI, 2008) e do estudo elaborado em 1972 por Esther de Figueiredo Ferraz (1984),
temos o texto divulgado pelo INEP-MEC (CURY; SAVIANI; ABICALIL, 2009). Já no que se
refere aos sistemas nacionais de ensino, a literatura é mais ampla, consubstanciada nos estudos
de educação comparada como podemos constatar, no Brasil, pelas publicações de Milton da
Silva Rodrigues (1938), Kandel (1947), Lourenço Filho (1961) e Nicholas Hans (1971).

Considerando-se que sistema é a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos de


modo a formar um conjunto coerente e operante, segue-se que o sistema educacional é a
unidade dos vários organismos e serviços educacionais intencionalmente reunidos de modo a
formar um conjunto coerente que opera eficazmente no processo educativo da população a que
se destina.

No desenvolvimento da sociedade moderna, a educação passou do ensino individual no espaço


doméstico a cargo de preceptores privados para o ensino colectivo ministrado em espaços
públicos denominados escolas. Assim, a educação sistematizada própria das instituições
escolares tendeu a se generalizar impondo a exigência de se sistematizar também o
funcionamento dessas instituições dando origem aos sistemas educacionais organizados pelo
poder público. Nessas condições, a partir da segunda metade do século XIX, a consolidação dos

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Estados nacionais se fez acompanhar da implantação dos sistemas nacionais de ensino nos
diferentes países.

I ). Educação básica em Madagáscar


A educação em Madagascar é obrigatória para crianças entre as idades de seis e Catorze anos. O
sistema educacional atual oferece educação primária por cinco anos, dos seis aos onze anos. O
ensino secundário tem a duração de sete anos e é dividido em duas partes: um nível secundário
júnior de quatro anos, dos doze aos quinze anos, e um segundo nível sénior de três anos, dos
dezesseis aos dezoito anos.

No final do nível júnior, os formandos recebem um certificado e, no final do nível sénior, os


diplomados recebem o bacharelato (o equivalente a um diploma do ensino secundário). Um
sistema de ensino secundário vocacional(Gallieni, Joseph-Simon: 2011),o collègeprofessionelle
(colégio profissional), é o equivalente ao nível secundário júnior; a collègetechnique (faculdade
técnica), que confere a técnica baccalauréat (diploma técnico), equivale ao nível superior.

II). Educação básica em Lesoto


A educação em Lesoto por incrível que pareça não é obrigatória ou livre , e a taxa de matriculas
em 1996 uma taxa bruta foi de 107,7 %écurioso com um taxa mais alta pra as Em 2000 Lesoto
introduziu a educação básica e e que aumento a escolarização primária em 82 por cento.

E a taxa de matricula ainda deve ser aumentada especificamente as crianças mais vulneráveis que
ainda permanecem fora da escola meninas do que meninos .o governo de Lesoto aprovou uma lei
de educação para a legislação para direito a escolaridade gratuita e obrigatória essa lei ira ajudar
aquelas crianças que tenham uma educação q merece .

II). Ensino básico em Suazilândia


A educação básica na Suazilândia promove a igualdade de gênero bem igualdade de a cesso as
oportunidades e resultados incluindo recursos para mulheres e raparigas, seis por cento do PIB
vai para a educação e sector da saúde.A constituição de 2005 declara o ensino primário
obrigatório e gratuito, ( SADC.2916.35)

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A educação primária na Suazilândia começa aos seis anos de idade e em progresso normal e um
programa de sete anos que termina com um exame externo ( certificado primário da Suazilândia-
SPC) na sétima série.

E educação básica no Malawi tem sistema de educação 8-4-4 consistindo de escola primária
( conhecido como padrão 1a padrão 8), escola secundária ( conhecido como forma 1 a 4 ) e
ensino universitário .A Idade de entrar o ficial para o ensino primário é de 6 anos .o ensino
primário no Malawi é obrigatório. O governo estabeleceu o ensino primário gratuito para todas
as crianças ,em 1994 ,o que aumentou as taxas de atendimento,segundo a UNICEF.Em1994 ,a
taxa de matrícula bruta primário foi 133, 9% ,e a taxa de inscrição primário líquida foi de
102,6%. Em 1995, 62% dos estudantes que entraram na escola primária a tingiu grau de dois ,
34%chegou a grau cinco.Ataxa é maior entre meninas do que meninos.

IV). Educação básica em Malawi


Malawi tem um sistema de educação 8-4-4 consistindo de escola primária (conhecido como
padrão de 1 a padrão 8), a escola secundária (conhecido como Forma 1 a 4) e ensino
universitário. A idade de entrada oficial para o ensino primário é de 6 anos. O ensino primário no
Malawi é obrigatória.

O governo estabeleceu o ensino primário gratuito para todas as crianças, em 1994, o que
aumentou as taxas de atendimento, segundo a UNICEF.Em 1994, a taxa de matrícula bruta
primária foi 133,9 por cento, e a taxa de inscrição primária líquida foi de 102,6 por cento. Em
1995, 62 por cento dos estudantes que entraram na escola primária atingiu grau dois, e 34 por
cento chegou a grau cinco.A taxa de abandono é maior entre meninas do que meninos.

V). Sistema de Educação Nacional de Moçambique

O Sistema Nacional de Educação moçambicano (SNE) foi introduzido em 1983 através da Lei
4/83 de 23 de Março e revisada através da Lei 6/92 de 6 de Maio. No entanto, a guerra civil de
16 anos, que decorreu entre 1976 e 1992, no país, forçou-o a entrar em uma crise social,
económica e cultural, condicionando as expectativas curriculares da educação. O referido
condicionamento deveu-se à destruição de infra-estruturas escolares, assim como da

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desintegração massiva da população, causados pela guerra, resultando na paralisação e
destruição de mais de 50% das escolas primárias existentes no país (MINED 1996; INDE 1997).

De acordo com dados estatísticos do Ministério da Educação (MINED) (1999), em 1981, a taxa
de ingresso em escolas primárias (EP1) atingiu 93% mas, nos anos seguintes, caiu drasticamente
para 54%, devido à guerra acima mencionada. Para contornar esta situação, no contexto da
estratégia de desenvolvimento global, em 1995, após o fim da guerra civil, o governo adoptou
uma política nacional de educação que definia o ensino primário básico (até a 7ª classe, incluindo
para a educação de adultos) como sua primeira prioridade (PCEB 2003, 13). É por isso que, em
seu Plano Estratégico de Educação, o Ministério da Educação reafirmou serem as seguintes as
prioridades do Setor Nacional de Educação:

Aumentar o acesso de oportunidades educacionais a todos os moçambicanos em todos os níveis


do sistema educacional do país;

Na maioria das escolas primárias do estado, no país, em particular aquelas localizadas na


periferia das cidades e/ou nas zonas rurais, muitos alunos estudam fora das salas de aula ou tem
turmas mistas com os mesmos professores. Na verdade, a falta de infra-estruturas escolares
adequadas é, talvez, um dos problemas mais graves que ainda afecta o sector da educação em
Moçambique (JICA, 2015).

O sistema não possui salas de aula suficientes, principalmente nas áreas rurais, para acomodar
os seus alunos por um período de 8 horas por dia. É por isso que, em algumas áreas, muitos
alunos estudam em fases e, na maioria das situações, passam menos de quatro horas no recinto
escolar ou tem de estudar à sombra das árvores disponíveis que cresceram nas instalações das
mesmas escolas. A este respeito, pode-se argumentar que o tempo acima mencionado não é
suficiente para formar um aluno que pretenda passar de um nível para outro de ensino, no final
do ano lectivo (UNICEF 2017).

3. Ensino básica
A educação básica é conceituada, como a base da educação escolar acessível a todos e por
todos conseguida; a escolaridade considerada essencial para a formação de cidadãos
preparados para a vida activa no país e no mundo, e que é entendida como a base de toda a
escolaridade, como o suporte sobre o qual as restantes escolaridades assentam e a partir das
quais se desenvolvem, (Rodrigues, 2006:101)

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Não existe um critério para definir a duração da educação básica. Não é possível definir a
educação básica em função do número de anos que a compõe. Cada país tem a sua tradição e
uma dinâmica própria do desenvolvimento não só social e económico como também cultural e
educativo.

A educação básica tem por conceito em função da capacidade de atingir determinados


objectivos, de desenvolver determinadas competências, valores e comportamentos bem como de
assegurar a aquisição de determinado saber fazer, (Coelho, 1985).

O artigo 205 da CF de 1988 é claro: A educação, direito de todos e dever do Estado e da


família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.

Essa definição, bela e forte, se vê reforçada pelo artigo 6º da CF, como o primeiro dos direitos
sociais.

Do direito nascem prerrogativas próprias das pessoas em virtude das quais elas passam a gozar
de algo que lhes pertence como tal. Estamos diante de uma proclamação legal e conceitual
bastante avançada, mormente diante da dramática situação que um passado de omissão legou ao
presente.

Do dever, dever de Estado, nascem obrigações que devem ser respeitadas tanto da parte de
quem tem a responsabilidade de efectivá-las, como os poderes constituídos, quanto da
colaboração vinda da parte de outros sujeitos implicados nessas obrigações confira (Cury,
2002).

A educação escolar, pois, é erigida em bem público, de carácter próprio, por ser ela em si cidadã.
E por implicar a cidadania no seu exercício consciente, por qualificar para o mundo do trabalho,
por ser gratuita e obrigatória no ensino fundamental, por ser gratuita e progressivamente
obrigatória no ensino médio, por ser também a educação infantil um direito, a educação básica é
dever do Estado.

Mas o conceito de educação básica também incorporou a si, na legislação, a diferença como
direito. A legislação, mercê de amplo processo de mobilização, de disseminação de uma nova

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consciência, fez a crítica às situações próprias de minorias discriminadas e buscou estabelecer
um princípio ético mais elevado: a ordem jurídica incorporou o direito à diferença.

A educação básica, por ser um momento privilegiado em que a igualdade cruza com a equidade,
tomou a si a formalização legal do atendimento a determinados grupos sociais, como as pessoas
portadoras de necessidades educacionais especiais, como os afro-descendentes, que devem ser
sujeitos de uma desconstrução de estereótipos, preconceitos e discriminações, tanto pelo papel
socializador da escola quanto pelo seu papel de transmissão de conhecimentos científicos,
verazes e significativos.

Já os jovens e adultos que não tiveram oportunidade de se escolarizar na idade própria podem e
devem ser sujeitos de um modelo pedagógico próprio e apoiados com recursos que os façam
recomeçar sua escolaridade sem a sombra de um novo fracasso.

As comunidades indígenas também devem ser sujeitos de um modelo próprio de escola,


guarnecido por recursos e respeito à sua identidade cultural peculiar. O reconhecimento das
diferenças nesse momento da escolaridade é factível com o reconhecimento da igualdade. A
educação básica, como direito, aprofundou-se no Brasil com a aprovação da Lei n. 11.274/06,
pela qual o ensino fundamental obrigatório passou a durar nove anos, iniciando-se aos 6 anos de
idade. A Lei n. 10.172/01, lei do Plano Nacional de Educação, esvaziada de seu suporte
financeiro, ficou apenas em metas de "boa vontade" conquanto expressivas do quanto se poderia
fazer nos dez anos de sua validade.

A emenda constitucional 53/06 do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação


Básica e Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb , já aprovada e seguida da Lei
n.11.494/07, lei de sua regulamentação, podem representar uma nova definição de educação
básica.

Elas representam uma mudança tanto na composição e distribuição dos recursos em educação
quanto na abertura de mais portas para o atendimento do ensino médio, da educação infantil e da
Educação de Jovens e Adultos EJA.

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3.1. A Educação Básica no Consenso das Nações
Acolhemos os compromissos pela educação básica feita pela comunidade internacional ao longo
dos anos 90, especialmente na Cúpula Mundial para a Infância (1990); na Conferência do Meio
Ambiente e Desenvolvimento (1992),na Conferência Mundial de Direitos Humanos (1993), na
Conferência Mundial sobre Necessidades Especiais da Educação: Acesso e Qualidade (1994),
na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social (1995), na Quarta Conferência Mundial da
Mulher (1995), no Encontro Intermediário do Fórum Consultivo Internacional de Educação para
Todos (1996), na Conferência Internacional de Educação de Adultos (1997) e na Conferência
Internacional sobre o Trabalho Infantil (1997). O desafio, agora, é cumprir os compromissos
firmados. Note-se que negaraos jovens e adultos o acesso às técnicas e conhecimentos
necessários para encontrar emprego remunerado, é negá-los participar plenamente da sociedade.
Sem um progresso acelerado na direção de uma Educação para Todos,não é possível alcançar as
metas ao direito à educação básica nas declarações sobre educação para todos.

3.2. Educação básica na perspectiva de Dakar


Reafirmando no exposto da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e na Convenção
Internacional dos Direitos da Criança (1989), a Declaração Mundial sobre Educação para todos
(EPT): satisfazendo as necessidades básicas de aprendizagem (decorrente da Conferência
Mundial de Educação realizada em Jomtien), reafirma o direitoa educação de qualidade como
um direito a ser assegurado, juntamente com os demais direitos, a todas as pessoas.

Diante disso, enfatiza que “a educação é um direito fundamental de todos,


mulheres e homens, de todas as idades, no mundo inteiro”, compreendendo que
a educação “pode contribuir para conquistar um mundo mais seguro, mais sadio,
mais próspero e ambientalmente mais puro, que, ao mesmo tempo, favoreça o
progresso social, econômico e cultural, a tolerância e a cooperação
internacional”.(conferência mundial de educação para todos, 1990).

Posteriormente, no ano de 2000, no Fórum Mundial de Educação realizado em Dakar, o


documento denominado Marco de Ação de Dakar: assumindo nossos compromissos coletivos,
retoma os objetivos propostos pelo EPT e estabelece um conjunto de metas a serem atingidas de
forma mais eficaz por meio de amplas parcerias no âmbito de cada país, apoiada pela cooperação
com agências e instituições regionais e internacionais.

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O que nos tangem nestes conferencias da nacoes sobre educacao basica confira que: Como
ponto de partida da Educação Básica na perspectiva de Salamanca, esta Declaração afirma,

O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todas os alunos


aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e
das diferenças que apresentem. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as
necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos estilos e ritmos de
aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos, através
de currículos adequados, de uma boa organização escolar, estratégias
pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as perspectivas
comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e de serviços para

satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola, (conferencia

mundial sobre necessidades educativas e qualidade, 1994: 11-12).

Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe
são próprias. Os sistemas de educação devem ser planeados e os programas educativos
implementados tendo em vista a vasta diversidade destas características e necessidades. As
crianças com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas
se devem adequar através duma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro destas
necessidades. Assim, para fazê-la direito de todos, era imprescindível que houvesse algo de
comum ou universal. É dessa inspiração, declarada e garantida na Constituição, que a educação
escolar é proclamada direito. Dela se espera a abertura, além de si, para outras dimensões da
cidadania e da petição de novos direitos.

Espera-se dessa escola comum, expressão estrutural da educação básica, a transmissão de


conhecimentos necessários para a vida, a erecção de novos hábitos e novos padrões pelos quais
se haveria de instituir, de modo organizado e sistemático, uma "vontade geral democrática" até
então inexistente no país (Teixeira, 1996).

O status quo da escola existente até então não atendia à exigência de elevação quantitativa e
qualitativa desses novos padrões da educação.

Ora, a LDB captou esse espírito e o traduziu pelo conceito de "educação básica", conceito novo
expresso em uma declaração de direito de todos a ser realizado em uma educação escolar que
contivesse elementos comuns. De um lado, o combate à desigualdade, à discriminação e à

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intolerância, de outro lado, o apontamento da condução da educação escolar pelo princípio,
também novo, da gestão democrática.

A Educação básica, com aporte progressivo da União, é reforçar o estatuto da federação que tem
como um de seus objectivos fundamentais, segundo o artigo 3º III, da CF/88: "erradicar a
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais". Entretanto, a
expansão qualificada da educação básica como um todo terá que contar com um aumento da
relação entre Produto Interno Bruto e Educação e com uma boa gestão dos recursos em todos os
escalões.

Por ser um serviço público, ainda que ofertado também pela iniciativa privada, por ser direito de
todos e dever do Estado, é obrigação deste interferir no campo das desigualdades sociais e, com
maior razão, no caso brasileiro, no terreno das hierarquias sociais, como factor de redução das
primeiras e eliminação das segundas, sem o que o exercício da cidadania ficaria prejudicado a
priori.

A função social da educação assume a igualdade como pressuposto fundamental do direito à


educação, sobretudo nas sociedades politicamente democráticas e socialmente desejosas de
maior igualdade entre as classes sociais e entre os indivíduos que as compõem e as expressam.

Essas são as exigências que o direito à educação traz, a fim de democratizar a sociedade
brasileira e republicanizar o Estado.

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4. Conclusão
Depois de tantas deputas sobre os temas conclui que, Os sistemas educativos são estabelecidos
sobre a ideia de contraste entre aqueles que só comparecem para receber conhecimento e aqueles
que participam e recebem de verdade. Normalmente, os grupos costumam ser numerosos para
incentivar a socialização entre os diversos indivíduos.

A educação básica, por ser um momento privilegiado em que a igualdade cruza com a equidade,
tomou a si a formalização legal do atendimento a determinados grupos sociais, como as pessoas
portadoras de necessidades educacionais especiais, como os afro-descendentes, que devem ser
sujeitos de uma desconstrução de estereótipos, preconceitos e discriminações, tanto pelo papel
socializador da escola quanto pelo seu papel de transmissão de conhecimentos científicos,
verazes e significativos.

Considerando-se que sistema é a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos de


modo a formar um conjunto coerente e operante, segue-se que o sistema educacional é a unidade
dos vários organismos e serviços educacionais intencionalmente reunidos de modo a formar um
conjunto coerente que opera eficazmente no processo educativo da população a que se destina.

A educação básica é conceituada, como a base da educação escolar acessível a todos e por todos
conseguida; a escolaridade considerada essencial para a formação de cidadãos preparados para a
vida activa no país e no mundo, e que é entendida como a base de toda a escolaridade, como o
suporte sobre o qual as restantes escolaridades assentam e a partir das quais se desenvolvem,
(Rodrigues, 2006:101)

Não é possível definir a educação básica em função do número de anos que a compõe. Cada país
tem a sua tradição e uma dinâmica própria do desenvolvimento não só social e económico como
também cultural e educativo.

A ligação entre a dimensão básica e o conceito de comum, na educação, carrega um sentido


próprio. Comum opõe-se a uma educação específica do tipo ensino profissional, de classe que
constitua um privilégio ou mesmo que carregue algum diferencial mesmo que lícito escola
confessional. A noção de comum associada à educação básica é um direito em oposição a
privilégio e busca, em sua abertura universal, o aprendizado de saberes válidos para toda e
qualquer pessoa, responde a necessidades educativas do desenvolvimento humano como um
património cultural.

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5. Referencia Bibliográfica

BRASIL. Constituição Federal do Brasil Brasília: Senado, 1988.


CONFERENCIA MUNDIAL SOBRE NECESSIDADES EDUCATIVAS E QUALIDADE,
SALAMANCA, ESPANHA, 1994.

CURY, C. R. J. Direito à educação: direito à igualdade, direito à diferença. Cadernos de


Pesquisa, n.116, p.245-262, jun. 2002

Gallieni, Joseph-Simon (1908). Neufansà Madagascar (em francês). Paris: LibrairieHachette.

Jomtien, Dakar e IncheonRPGE– Revista online de Política e Gestão Educacional, Araraquara,


v. 22, n. 2, p. 668-681, maio/ago., 2018. E-ISSN:1519-9029.

Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (dez., 2013). Conceito de Sistema educativo.
Em https://conceitos.com/sistema-educativo/. São Paulo, Brasil

Rodrigues David . 2006. 101 “Educação para Todos”

TEIXEIRA, A. Educação é um direito Rio de Janeiro: UFRJ, 1996.

COELHO, Paulo, Vinpirismo, Editora, EU, 1985.

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