Você está na página 1de 13

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

Curso de Licenciatura em ensino de Biologia

Necessidades Educativas Especiais

As Necessidades Educativas Especiais Sensoriais (Visuais)

Docente:
Dr: Carlitos Mário Jessinau

Montepuez, Março de 2024

i
Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

Curso de Licenciatura em ensino de Biologia

Necessidades Educativas Especiais

Tema: As Necessidades Educativas Especiais Sensoriais (Visuais)

Nomes:
Andre Martins Namualila
Cosme Remígio
Esmeralda João Alfane
Elisa Mauricio Kunanga
Fatima Esmenia Jacob
Justina Eusébio Maguendo
Juma João Amade
Reinata Remígio João
Madeixa Feliciano
Martinha Mauricio

Montepuez, Março de 2024

ii
Índice
Introdução..........................................................................................................................2

Objectivo Geral:................................................................................................................3

Objectivos específicos:......................................................................................................3

Metodologia.......................................................................................................................4

Conceitos...........................................................................................................................5

Necessidades Educativas Sensoriais..................................................................................5

Necessidades Educativas Especiais Sensoriais (visuais)...................................................6

Causas e formas de prevenção da deficiência visuais.......................................................6

Sinas de alerta....................................................................................................................7

No comportamento da criança...........................................................................................7

Particularidades do atendimento aos alunos com NEE visuais na escola.........................8

Educação integrada............................................................................................................8

Inclusão..............................................................................................................................8

A educação Inclusiva.........................................................................................................9

Conclusão........................................................................................................................10

Referências Bibliográficas...............................................................................................11
Introdução
Em finais do século XVIII, princípios do século XIX, assistiu-se uma evolução na
maneira como a deficiência é abordada, começou progressivamente a despertar uma
maior curiosidade, o que deu origem a uma atitude mais científica perante o
“deficiente’’, bem como uma visão mais humanizada. A partir dos anos 80 verificaram-
se algumas mudanças, que deram origem a práticas educativas mais Humanistas e
Inclusivas. Estas mudanças estão relacionadas com uma nova forma de encarar a
deficiência ou qualquer tipo de necessidade educativa especial consequentemente, a
intervenção educativa dos alunos com problemas começa a ser a ser entendida como um
conjunto de necessidades educativas específicas/ especiais de educação baseando na
avaliação das potencialidades do aluno

2
Objectivo Geral
 Caracterizar os alunos com Necessidades Educativas Especiais Sensórias

Objectivos específicos
 Identificar os conceitos, causas e classificação de Necessidades Educativas
Especiais Sensórias.
 Identificar os conceitos de integração, inclusão e sinais de alerta;
 Caracterizar os alunos com necessidades educativas especiais.

3
Metodologia
O presente trabalho irá adoptar uma abordagem qualitativa, exploratória usando o
método da revisão de literatura e fechas, bem como análise da informação recolhida e
entrevistas de carácter pessoal uma vez que pretende compreender melhor acerca dos
alunos com Necessidades Educativas Especiais. Esta abordagem é segundo Gil (1999)
aquela que propicia o aprofundamento das questões relacionadas ao fenómeno em
estudo e das relações mediante a máxima valorização do contacto directo com a
situação estudada, buscando-se o que era comum, mas permanecendo entretanto, aberta
para perceber a individualidade e os significados múltiplos.

4
Conceitos
Brennan (1988) ao referir-se ao conceito de NEE, afirma que Há uma necessidade
educativa especial quando um problema (físico, sensorial, intelectual, emocional, social,
ou qualquer combinação destas problemáticas) afecta a aprendizagem ao ponto de
serem necessários acessos especiais, ou a condições de aprendizagem especialmente
adaptadas para que a criança possa receber uma educação apropriada.

Segundo Marchesi et al. (1995) citado por Sousa (1998) um aluno com Necessidades
Educativas Especiais é aquele que apresenta algum problema de aprendizagem ao longo
da sua escolarização e que exige uma atenção mais específica e maiores recursos
educacionais do que os necessários para os colegas da sua idade. Neste sentido, a enfase
consiste na capacidade da escola oferecer uma resposta de acordo com as necessidades
educativas do aluno.

Segundo Correia (2001) refere-se a alunos com Necessidades Educativas Especiais


aqueles que são aparentemente normais, mas que, por alguma razão não visível, tem
problemas de aprendizagem que afectam o seu sucesso escolar, principalmente em áreas
relacionadas com leitura, escrita e cálculo.

Necessidades Educativas Sensoriais


Enquadram-se neste grupo crianças e adolescentes cujas capacidades visuais ou
auditivas estão afectadas. O termo “sensorial” remete-nos logo aos órgãos de sentido.
Quanto aos problemas de visão podemos considerar os cegos (não lhes é possível ler, e
por isso utilizam o sistema Braille) e os amblíopes (são capazes de ler dependendo do
tamanho das letras). Relativamente aos problemas de audição, temos os surdos (cuja
perda auditiva é maior ou igual a 90 decibéis) e os hipoacústicos (cuja perda auditiva se
situa entre os 26 e os 89 decibéis) (PAIAIA, 2020.)

5
Necessidades Educativas Especiais Sensoriais (visuais)
Deficiência visual
Segundo Correia (2008), a Deficiência Visual diz respeito a “uma incapacidade de
visão significativa ou total que, mesmo depois de corrigida, afecta negativamente a
realização escolar da criança. O termo inclui dois grandes grupos de crianças as cegas
e as portadoras de visão parcial ou reduzida. Importa salientar que a deficiência Visual
compreende as pessoas cegas e com baixa visão. Ou seja, deficiência visual não é
sinónimo de cego nem de baixa visão. Ambos os termos possuem suas definições e
características próprias.

A cegueira é entendida como a perda total da visão, até a ausência da percepção da luz.
Ela pode ocorrer desde o nascimento e, nesse caso, se classifica como congénita e ainda
pode ser adquirida ao longo da vida da pessoa – sendo, dessa forma, denominada como
adquirida. Conhecer a origem da cegueira pode ser importante para fins educacionais,
isso porque qualquer resquício de memória visual pode auxiliar o trabalho do professor
na alfabetização do estudante cego (OMS, 2020)

Causas e formas de prevenção da deficiência visuais


A prevenção da deficiência visual é papel de uma série de actores da sociedade, o que
inclui os agentes da saúde, assistentes sociais, professores, líderes da comunidade e
familiares.

É primordial a realização tanto do aconselhamento genético quanto da vacinação e o


acompanhamento pré-natal, bem como o acompanhamento de mulheres que estão
dentro da idade esperada para gestação.

O aconselhamento genético é capaz de prevenir a retinite pigmentosa (consiste em um


conjunto de doenças hereditárias que acarretam a degeneração da retina, ocasionando
perda gradual da visão, ela não possui cura), o glaucoma e a catarata congénita
(PAIAIA, 2020.)

O exame pré-natal diminui o risco de má formação do bebé, uma vez que a gestação
será acompanhada. Quanto às causas congénitas de deficiência, a maioria delas é
proveniente de um ou mais dos seguintes factores: gestação precoce, desnutrição da
mãe, mãe usuária de drogas ou álcool, infecções durante a gravidez (rubéola, sífilis,

6
AIDS, toxoplasmose e citomegalo vírus), é possível prevenir tais situações se houver o
acompanhamento adequado das mulheres com possibilidade de gestação.

Há, também, cuidados durante o parto que podem evitar a deficiência visual, bem como
a vacinação da criança, que pode evitar doenças, como o sarampo e a meningite, as
quais podem causar deficiência visual. Por fim, por meio do diagnóstico precoce,
triagem em berçários, creches e pré-escola, é possível evitar o agravamento de quadros
de deficiência visual. Dessa forma, o professor possui um papel fundamental nessa
etapa da prevenção.

É também papel do professor, bem como dos pais, evitar acidentes que, por sua vez,
também podem causar deficiência visual (Cavilane, 2021).

Sinas de alerta
Na aparência dos olhos

 Vesguear (para dentro ou para fora), quando está cansado;


 Olhos ou pálpebras avermelhados;
 Olhos aquosos;
 Pálpebras afundadas;
 Treçolhos frequentes;
 Pupilas nubladas ou muito abertas;
 Olhos em constante movimento;
 Pálpebras caídas.

No comportamento da criança
 Inclinar a cabeça para a frente ou para trás ao olhar para objectos distantes;
 Giro da cabeça para usar um só olho;
 Colocação da cabeça muito próximo do livro ao ler ou escrever, manter o
material muito perto ou muito longe;
 Piscar os olhos em excesso;
 Fechar, cobrir uma vista ou inclinar a cabeça;
 Falta de gosto pela leitura ou falta de atenção;
 Fadiga incomum ao terminar uma tarefa visual;
 Não gosta, evita, pestaneja muito, tem dificuldade em actividades que requerem
a utilização da visão;
 Esbarra em objectos (OMS, 2020)
7
Caso o professor perceba um ou mais desses sintomas ou comportamentos, faz-se
necessário informar a coordenação da escola, visando conversar com os pais e orientá-
los a procurar um oftalmologista. Além disso, também é importante que a escola e,
consequentemente, o docente orientem os familiares em relação à higiene e prevenção
de possíveis problemas oculares.

Particularidades do atendimento aos alunos com NEE visuais na escola


Integração

Trata-se da adequação das situações de aprendizagem ao nível de desenvolvimento do


aluno, determina-se o conjunto de conteúdos que ela pode aprender e de estratégias a
utilizar.

Para que a integração seja possível é necessário criar determinadas condições tentando
evitar que a educação especial seja um processo de exclusão mascarado em processo de
recuperação (Cavilane, 2021).

Educação integrada
É intendida como o atendimento educativo específico prestado a criança e adolescente
com Necessidade Educativa Especial no meio familiar, no jardim-de-infância, na escola
regular ou em outras estruturas em que a criança ou o adolescente estejam inseridos
(PAIAIA, 2020)

Deste modo a integração só se deverá recorrer as classes especiais quando as


necessidades da criança não são satisfeitas num meio em que inclua crianças sem
Necessidades Educativas Especiais, mesmo na presença e apoios de serviços
suplementares. Portanto integrar é manter a criança em seu meio escolar.

Inclusão
A noção de escolas inclusivas (UNESCO, Declaração de Salamanca, 1994) reenvia à
ideia segundo a qual mais do que integrar no ensino regular crianças que dele estariam
excluídas, trata-se de a escola incluir desde o inicio todas as crianças em idade escolar,
quaisquer que sejam as suas características físicas, sociais, linguísticas ou outras, e dai
as manter evitando exclui-las e procurando criar oportunidades de aprendizagem bem-
sucedida para todas, graças à diferenciação de estratégias que se impuser.

8
A educação Inclusiva
Na década dos anos 80 nos Estados Unidos da América surge o conceito de Inclusão,
que defende a inserção do aluno com qualquer tipo de Necessidade Educativa Especial
na classe regular, independentemente do seu nível académico e social, com o apoio dos
serviços de educação especial. Segundo esta perspectiva, desde que a escola regular
forneça os serviços adequados e apoios suplementares, o aluno com Necessidades
Educativas Especiais (incluindo aquele com NEE moderada e severa) pode atingir os
objectivos que lhe foram traçados de acordo com as suas características. (Cavilane,
2021).

A óptica de inclusão assume que a heterogeneidade existente entre os alunos é um


factor positivo, que maximiza o potencial do aluno com NEE. O conceito de inclusão
advoga uma educação adequada e apropriada, que respeite as características e
necessidades específicas dos alunos.

9
Conclusão
Após uma pesquisa o grupo conclui que há necessidade de reflectir sobre as NEE visto
que no currículo estão estabelecidas as estratégias para lhe dar com os alunos com NEE
mas nem todas escolas ou instituições oferecem as condições para a integração ou
inclusão dos mesmos.
Para o grupo as Necessidades Educativas Especiais abrange crianças e adolescentes que
tem dificuldade em acompanhar o currículo dito normal, sendo na maioria dos casos,
necessário recorrer-se a adequações / adaptações curriculares, e inúmeras vezes a
serviços de apoio especializados tendo sempre em conta as necessidades dessas
crianças.

Geralmente as Necessidades Educativas Especiais agrupam-se nas seguintes categorias:


Problemas motores, dificuldades de aprendizagem, cegos-surdos, deficiência mental,
deficiência mental, deficiência auditiva, perturbações emocionais, problemas de
comunicação, deficiência visual, multideficiência, dotados e sobredotados, autismo,
traumatismo craniano, outros problemas de saúde.
Independentemente da sua gravidade, as NEE nunca devem ser perspectivadas segundo
as causas orgânicas, mas sim do ponto de vista interactivo, em que se desvincula o
aluno do conceito de doença para promover o seu desenvolvimento e educação de modo
a que este possa viver como cidadão pleno e efectivo, autónomo e ajustado aos padrões
sociais.
Consideramos importante desenvolver estratégias de ensino capazes de motivar e ajudar
os alunos com NEE, o professor deve ser capaz de criar actividades de ensino,
acompanhar de uma forma eficaz, todos os elementos da turma. Porém a inclusão
resulta somente quando a escola esta preparada e oferece condições Humanas e
estruturais necessárias para a integração destes alunos.

10
Referências Bibliográficas

Cavilane, S. (09 de junho de 2021). Diagnóstico e Avaliação do funcionamento Visual.


OMS. (Maio de 2020). Visual Impairment and Blindness.

Paiaia, d. J. (2020.). As necessidades educativas especiai auditivas e visuais.

Brennan, W. (1988) El currículo para los niños con necesidades educativas especiales.
Madrid, Siglo XIX.

Sousa, L. (1998) fundidas entre a escola e a família. Portugal. Ed. Porto

Correia. L (2001) Educação inclusiva ou educação apropriada? Educação e Diferença.


Valores e Práticas para uma Educação Inclusiva. Porto. Ed. Porto

11

Você também pode gostar