Você está na página 1de 8

Maria Luís António

Necessidade educativa sensorial


Licenciatura em ensino de Português

Universidade Licungo
Beira
2021
Maria Luís António

Necessidade educativa sensorial


Licenciatura em ensino de Português

Docente: Ph.D. Paulo Bulaque

Universidade Licungo
Beira
2021
Introdução

No presente trabalho da cadeira de Necessidades educativas sensoriais pretende-se abordar


especificamente sobre o seu conceito, características, factores associados, suas implicações no
processo de ensino e aprendizagem, bem como dos seus diagnósticos e intervenção. Como bem
sabe-se que um dos grandes desafios no processo de ensino e aprendizagem estão aqueles que
tem dificuldades de aprender sob vários motivos como é o caso da perda da visão, problemas
mentais, problemas motores, e entre outos motivos que de alguma forma lhes impossibilitam que
tenham uma educação normal como outras crianças e jovens, e que precisam de uma educação
especial. Ao longo do presente trabalho nos cingiremos em debruçar sobre a necessidade
educativa sensorial e saberemos como ela se caracteriza e outros aspectos ligados a ela.
Conceito de necessidades educativas sensoriais

Na concepção de CORREIA (1997) enquadram-se neste grupo crianças e adolescentes cujas


capacidades visuais, ou auditivas estão afectadas. O termo sensorial remete aos órgãos de
sentido e, quanto aos problemas de visão podemos considerar os cegos (não lhe é possível ler, e
por isso usam sistema Braille) e os ambiopes (são capazes ler mas dependendo do tamanho das
letras) relativamente aos problemas de audição, temos os surdos (cuja a perda auditiva é maior ou
igual a 90 decibeis) e os hipoacústicos (cuja perda auditiva se situa entre os 26 e os 89 decibéis).

A deficiência auditiva

Segundo LANE (1996) afirma que a deficiência auditiva é a incapacidade total ou parcial de
audição. Se a incapacidade for total o individuo designa-se como surdo e pré-linguística, caso
perca antes dos 3 anos e ainda consegue desenvolver a fala. A deficiência auditiva segundo o
mesmo autor é a carência de audição, a capacidade de ouvir é insuficiente diante das tarefas
realizadas pelo individuo e, esta insuficiência é uma lesão que se situa no ouvido e a criança
torna-se inapta de poder ouvir os sons que o rodeia (NIELSEN,2003).

Factores que levam a deficiência auditiva

Na perspectiva de ALMEIDA, et al, (2004) existem vários factores que levam ao aparecimento
da deficiência auditiva ou surdez em um individuo, entre eles temos lesões pré natais, advém a
surdez congénita que pode ter originado por motivos ambientais ou hereditários. E no caso
ambiental temos infecções como herpes, vírus, sífilis, ou complicações que podem ocorrer
durante a gestação ou gravidez. E nos casos hereditários etas podem ou não serem transmitidas
geneticamente da família.

As lesões pós natais levam a uma surdez adquirida. Um dos factores que leva a este tipo de
surdez é a meningite ou outras doenças contraídas durante a infância como é o caso de papeira,
sarampo, ou tosse convulsa. Os ruídos muito altos, medicamentos e traumatismos cranianos
podem também causar surdez.
Deficiência visual

Segundo CORREIA (2008) A deficiência visual diz respeito a uma incapacidade de visão
significativa ou total que, depois de corrigida, afecta negativamente a realização escolar da
criança e, pode compreender dois grupos as cegas e as portadoras de visão parcial ou reduzida.

Causas

De entre as várias causas que podem levar a deficiência visual temos:

 Congénitas: amaurose congénita de líber, mal formações oculares, glaucoma, congénito,


cataratas congénitas.
 Adquiridas: traumas oculares, cataratas degeneração senil de mácula, glaucoma,
alterações relacionadas a hipertensão arterial ou diabetes.

Diagnostico

Para o diagnóstico de uma criança ou individuo com necessidade educativa sensorial, devem
seguir-se as seguintes etapas:

1. Entrevista familiar situacional exploratória, é nesse contexto onde poderemos ter mais
informações daquilo que a criança esta sentir, vinda a partir da família.
2. Entrevista de anamnese;
3. Provas e testes (quando necessário);
4. Entrevista de devolução e encaminhamento.

Características

Algumas das características dos deficientes visuais são

 A dificuldade em compreender ideias e conceitos


 A fisionomia dos olhos é diferente
 A expressão vazia e desfiguração
Implicações na aprendizagem

As dificuldades na aprendizagem ocorrem ao nível do cérebro, o individuo apresenta algumas


dificuldades em aprender, guardar, reter, processar e produzir informação. E de acordo com Lee
Nielsen a outra característica dificuldade de identificar sinais visuais, e também de identificar.
Não pode enxergar o que esta escrita no quadro, e apenas o aluno limita-se naquilo que pode
ouvir. O uso incorrecto do material, a dificuldade de iniciar e terminar uma certa tarefa, a
dificuldade de perceber sons.

Intervenção

Apos ter-se o conhecimento da respectiva deficiência, segundo Bautista afirma que a família
sobretudo a mãe, devem conhecer as capacidades da criança, e saber que aspectos fundamentais
devem ser feitos, e tidos em conta e, como estimular a aprendizagem e o desenvolvimento do seu
filho. Também por outro lado, a mãe deve fazer uma estimulação apropriada que possa incitar a
criança a conseguir este controlo e, tentando sempre associa-la aos hábitos diários, como é o caso
de banho. E te outros aspectos a considerar como:

 Uso da bengala;
 Técnica em diagonal;
 Estabelecer um contexto seguro e previsível;
 Satisfazer as necessidades da criança ou ser responsivo;
 Procurar ser estável emocionalmente atento, afectivo e elogia-la sempre;
 Procurar estratégias de desenvolvimento da auto-regulação locus de controlo interno;
 Guia normovisual
Conclusão

Chegado aqui julgamos ter dito o essencial sobre a abordagem que nos foi proposta fazer, sendo
importante recordar que este trabalho tinha como enfase abordar sobre “As necessidades
educativas sensórias, onde o mesmo está relacionado a órgão de sentidos como por exemplo a
visão e a audição isso na perspectiva de CORREIA. Onde depois de várias abordagens
destacamos que os problemas sensoriais quanto a sua permanência podem ser temporários ou
permanentes, e quanto a sua origem podem ser adquiridas ou congénitas.
Bibliografia

1. Mairreira, Isabel pizarro & Lette, Teresa santos. Necessidades educativas especiais, na
Universidade aberta, 1ªed. .1.' edição. Lisboa , 2003

2. Sousa, C. (2009). CRID - Centro de Recursos para a Inclusão Digital In Actas I


International Congress on Family, School and Society - “Special Education: From
Theory to Practice” (EDUCARE): Porto. Edições Universidade Fernando Pessoa.

3. Freire, S. (2008). Um olhar sobre a inclusão. Revista da Educação. vol. XVI, n.º 1
4. Correia, L. M. (2003). Inclusão e necessidades educativas especiais. Um guia para educadores
e professores. Porto: Porto Editora.
-

Você também pode gostar