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RESUMO:
1 INTRODUÇÃO:
Hoje vivenciamos um desafio crescente dentro da educação, o trabalho de
“inclusão”, temos um número em crescimento de alunos diagnosticados em diversos
laudos, e isso reflete em nosso trabalho diário na escola, a partir disso, entende-se que o
professor precisa buscar ferramentas que possibilitem o trabalho inclusivo de maneira
eficiente e de fato inclusiva, dentro das salas de aula.
Existem práticas de ensino e metodologias que visam ajudar os professores em
sala de aula buscando metodologia com a prática da inclusão, essas práticas são amplas
na literatura contemporânea, e é imprescindível um trabalho de entendimento sobre esses
métodos, a partir disso, uma das metodologias utilizada atualmente sobre o tema do
autismo é o método ABA, Análise Comportamental Aplicada ou Applied Behavior
Analysis, conhecida como a ciência que "observa, analisa e explica a associação entre o
ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem" (LEAR, 2004, p.4). e que vem
trazendo resultados hodiernos, trazendo justamente a proposta de trabalhar cada criança
na sua singularidade, entendendo suas aspirações e seu perfil para que prossigamos
assim em uma comunicação efetiva que corrobora uma possibilidade de real
transformação para seus comportamentos e suas aprendizagens de fato.
No decorrer desse trabalho, procurou-se desenvolver uma breve explicação,
ainda que simplificada relacionada ao autismo, desenvolver o papel da educação inclusiva
dentro da comunidade escolar e desenvolver um pouco a respeito das metodologias ABA
buscando assim orientar o papel do educador dentro dessa proposta de metodolgias que
possuem uma base comum, porém trazem liberdade para o educador experimentar de
formas individuais que possam realmente trazer a diferença dentro do ensino e da vida
desses alunos desenvolvendo todo seu potencial humano.
2 DESENVOLVIMENTO:
2.1 Autismo
Porque, da mesma forma que não são sabemos origem do autismo - fala-se
apenas em suas posições - também não sabemos a origem da ausência da
fala. O que existe é apenas uma correlação, isto é, algumas ou muitas crianças
com autismo apresentam atrasos da linguagem ou da fala - alguns muito
significativos, mas outros não. No entanto, há crianças que não se encontram
nesse espectro que também apresentam atrasos na fala. As origens são
múltiplas. Não foi ainda estabelecida uma relação funcional - relação de causa
e efeito - entre autismo e prejuízo no desenvolvimento da fala, que seja
cientificamente comprovada e inequívoca. Portanto, a origem da ausência ou
do prejuízo na fala não pode ser atribuída ao TEA; (GOYOS, 2018, p. 17)
Esse diagnóstico costuma ser percebido precocemente pela família ou escola que
encaminha essas crianças aos cuidados médicos, e normalmente as terapias se iniciam,
quanto mais cedo melhor em sua eficácia, e o papel da escola é muito importante dentro
desse aspecto, já que é o meio que as famílias têm de promover a socialização para suas
crianças.
Porém a realidade muitas vezes não é essa, e esse diagnóstico pode ser iniciado
nos primeiros anos da vida escolar, por isso, é importante que o professor esteja muito
atento a alguns sinais e comportamentos das crianças na sala, no artigo Identificação do
autismo na escola, temos a responsabilidade de observar esses alunos, observando
diversos aspectos como a comunicação e seus comportamentos, no texto mencionado
têm uma lista de comportamentos que podem trazer uma luz para esse pré-diagnóstico.
Com isso posto, hoje entender o papel da inclusão nos espaços educacionais é o
caminho que temos para incluir, e para isso é importante conhecer e dominar os assuntos
e conceitos relacionados à inclusão para que todos os alunos dentro de uma sala de aula
sejam de fato incluídos e trazidos para o contexto real, e que suas potencialidades sejam
plenamente desenvolvidas apesar de suas fragilidades.
Essa inclusão deve ser realizada de maneira pensada e intencionada para essas
crianças, então o aprender a ensinar individualmente acaba acontecendo, sendo um
processo de formação continuada dos professores constituindo um fazer fundamental que
os acompanha e os forma cotidianamente.
Mantoan (2003, p. 18), demonstra estar convicta que todos os nossos professores
sabem da necessidade de eliminar a exclusão dentro e fora da escola, e que desafios são
necessários para que possamos progredir, progredir e evoluir em nossos
empreendimentos. É mais fácil aceitar "alunos que nunca param de aprender" e é mais
fácil encaminhar alunos com dificuldades de aprendizagem para turmas e escolas
especiais, com deficiência ou não, para participar de programas intensivos e acelerados.
Por meio dessas válvulas de escape, continuamos a discriminar os alunos que não
podem ensinar. Estamos acostumados a passar nossos problemas para outros colegas,
"especialistas", para que o peso de nossas limitações profissionais não caia sobre nossos
ombros.
Segundo o Estatuto da Pessoa com Deficiência, toda pessoa com deficiência
possui direito ao acesso à educação ao longo de toda a sua vida, onde é nossa missão
desenvolver ao máximo todas as suas habilidades sendo de responsabilidade do Estado,
da família, da comunidade escolar e da sociedade o trabalho de inclusão dessas pessoas
(HOFFMANN; BRAZIL, 2018).
O ponto de partida para se ensinar a turma toda, sem diferenciar o ensino para
cada aluno ou grupo de alunos, é entender que a diferenciação é feita pelo
próprio aluno, ao aprender, e não pelo professor, ao ensinar! Essa inversão é
fundamental para que se possa ensinar a turma toda, naturalmente, sem
sobrecarregar inutilmente o professor (para produzir atividades e acompanhar
grupos diferentes de alunos) e alguns alunos (para que consigam se “igualar”
aos colegas de turma) (MANTOAN, 2003, p. 39)
Penso que o futuro da escola inclusiva depende de uma expansão rápida dos
projetos verdadeiramente imbuídos do compromisso de transformar a escola,
para se adequar aos novos tempos. Se ainda hoje esses projetos se resumem
a experiências locais, estas estão demonstrando a viabilidade da inclusão, em
escolas e redes de ensino brasileiras, porque têm a força do óbvio e a clareza
da simplicidade. A aparente fragilidade das pequenas iniciativas tem sido
suficiente para enfrentar, com segurança e otimismo, o poder da velha e
enferrujada máquina escolar. A inclusão é um sonho possível! (MANTOAN,
2003, p. 48)
A inclusão nas escolas hoje é um trabalho ardo que deve ser sempre muito
reafirmado pelos professores e a comunidade escolar, precisa-se ter em mente que o
processo educacional hoje não se trata mais de cartilhas fechadas e é parte do trabalho
do educador, estar sempre em pleno desenvolvimento e conectado a novidades e novos
métodos, além de utilizar sua própria experiência para o desenvolvimento dessas
metodologias, afinal cada aluno é único, assim como cada professor também o é.
Essas novas metodologias são vastas, diversos cursos de pós-graduação com
formações, aqui vamos trabalhar com a metodologia ABA, com uma leve pincelada sobre
os métodos, como ele pode ser utilizado e a compreensão de que é importante na
educação inclusiva, mas ela, por ser uma análise de comportamento traz o olhar para o
aluno, então dentro de uma visão de aula para todos, pode e deve ser utilizada como uma
ferramenta alternativa.
Dessa forma o ABA é uma ferramenta extremamente útil nos dias de hoje, visto
que através do comportamentalismo conseguimos conhecer e trabalhar com ferramentas
úteis para que o ensino de tarefas simples seja reforçados positivamente assim, de uma
maneira agradável o ensino acontece.
Hoje o método ABA é usado como base para instruções intensivas e estruturadas
em situações de um-para-um, segundo Lear (2004, p. 5), busca-se conhecer o aluno,
sendo não é uma metodologia única, mas um termo "guarda-chuva" que abarca muitas
metodologias, o termo, é uma abreviação, para referenciar metodologias que aplicam-se a
crianças com autismo. O método pode ser utilizado em casa, já desde muito nova, é um
técnica que traz grandes resultados quando utilizado já desde cedo, justamente, esse
método de um-para-um é importante com esse aluno autista e aplicado desde cedo em
casa traz uma riqueza de detalhes para escola que torna todo o processo de ensino-
aprendizagem mais simples, podendo transformar as aulas em cada vez mais inclusivas,
pensando nesse olhar individual para a criança, porém sempre focando em todos os seus
aspectos pessoais, da sala de aula, corpo escolar e comunidade, por isso é importante
pensar em toda essa estratégia, como algo aberto e que foca do micro para o amplo, e
apesar de ser uma sigla que foque no autismo, é importante que essa aplicação abarque
a turma para que não seja um foco apenas nessas crianças, criando mais uma vez uma
divisão, e sim vise ampliar e ajudar nas interações e no pleno desenvolvimento dessa
criança.
O método ABA não se trata de um método totalmente fechado, afinal ele em sua
essência respeita a individualidade dos alunos para que seja implementado e existem
diversas maneiras do método ser aplicado, entretanto é importante conhecer suas bases
para utilizar e incorporá-lo a práxis pedagógica que faça sentido para a escola,
comunidade e seus alunos de maneira individual.
Antes de realmente começar a ensinar a criança, é muito útil verificar que tipos
de coisas são reforçadores para ela. Faça uma lista e, antes de tudo, separe
estes itens. Você pode querer separar certos brinquedos e bugigangas
especialmente para o horário de trabalho, para que sejam especiais. Você
pode querer reservar também guloseimas favoritas, vídeos, jogos, etc., só para
estas horas. Como descobrir quais devem ser estes reforçadores? Pergunte à
criança, mãe, pai, babá, irmãos, professores, etc. (Lear, 2004 p.41)
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São
Paulo Editora Moderna Ltda., 2003.
MILANEZ, Simone Ghedini Costa; OLIVEIRA, Anna Augusta Sampaio De; MISQUIATTI,
Andréa Regina Nunes. Atendimento educacional especializado para alunos com
deficiência intelectual e transtornos globais do desenvolvimento. SÃO PAULO
Editora Cultura Acadêmica, 2013.