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O AUTISMO

Amanda Oliveira da Silva


Andson Valente Barbosa
Francisca Thamires Nascimento Alves
Viviane Silveira Rodrigues
Professora tutora: Luciana Farias de Sousa
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Pedagogia ( PED FLC10332) Prática Pedagógica
05/07/2023

RESUMO

Este paper refere-se ao transtorno do aspectro autista, com intuito de analisar,compreender e


informar sobre o tema, sendo este muito mencionado e presente em instituições de ensino,
pois trata-se de um assunto ambíguo, repercutindo cotidianamente na sociedade. Observa-se
que muitas são as discussões e analise referente ao espectro do autismo, constatando que
muito se tem a esclarecer a professores, pais e sociedade, para se oportunizar a este
indivíduos com autismo um qualidade de vida assim como um desenvolvimento educacional
de qualidade para que este docentes consigam alcançar seus objetivos de vida tanto
profissional quanto pessoa.

Palavras chaves: Autismo. Informação. Desenvolvimento.

1 INTRODUÇÃO

A prática pedagógica que iremos ressaltar a seguir é um reflexo das dificuldades,


abordagens, da vida e o dia a dia de crianças com TEA Transtorno do Aspectro Autista.

O autismo é um transtorno global no desenvolvimento, uma alteração que afeta a


capacidade de comunicação do indivíduo. Abordar este tema é de fundamental importância
visto que o desempenho da criança com autismo depende da motivação dos profissionais
professores e da parceria com a família. O tema escolhido é um assunto bastante complexo
e ao mesmo tempo desafiador. As dificuldades encontradas por essas crianças em relação à
comunicação e interação afetam globalmente o seu desenvolvimento e assim a sua vida em
sociedade. O curso de Pedagogia fez uma prévia introdução sobre a educação inclusiva para
crianças autistas e esse assunto nos provocou o interesse em pesquisar métodos para o
processo de ensino aprendizagem para com esses sujeitos.

Para o professor, as primeiras reações artísticas podem provocar um sentimento de


incompetência sendo necessário compreendê-los, para posteriormente ajudá-los. Além
disso, essa relação nos instiga a avaliar nossas metodologias e nossa criatividade,
auxiliando essas crianças autistas a aproximarem-se do mundo dos significados e das
relações humanamente significativas que as outras crianças sem transtornos do
desenvolvimento possuem. Que meios podemos usar para ajudá-las a comunicar-se para
atrair sua atenção e interesse pelo mundo das pessoas, para retirá-la de seu mundo
ritualizado, inflexível, fechado em si mesmo.

Para inserir e incluir o autista não basta apenas conhecer e aplicar determinadas
técnicas é necessária a compreensão do que consiste em ser um autista. Segundo Orrú
(2010), também num perspectivo sócio histórico, a formação do indivíduo não é
determinada somente por fatores internos. Dessa maneira, a pessoa autista não se
desenvolve somente por fatores biológicos, mas sim como um sujeito social que se constrói
nas relações sociais, a partir de mediações com o meio onde vive. Segundo Paulo Freire “É
preciso que o educador aprenda como vivem seus alunos, que conhecimentos eles e elas já
possuem do mundo, que assunto lhes interessam. Daí, o educador verificará como o
conhecimento cientifico poderá auxiliá-los a saber, mais do que já sabem” (FREIRE,
2014,P.111)

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O transtorno do aspectro autista é um transtorno do desenvolvimento neurológico,


que afeta principalmente crianças podendo afetar o desenvolvimento da interação desse
docente. Sendo assim os sintomas mais comuns, a falta de interatividade, comunicação
social, interesses restritos e repetitivos com pessoas que as rodeiam, sendo na escola, em
família sociedade em geral.
Desse modo,a maioria desses indivíduos com TEA tem dificuldades de falar e se
expressar, presença de comportamentos, interesses e atividades estereotipadas. Muitas vezes
caracterizado por movimentos repetitivos, sensibilidade com o toque, o olhar, atraso na fala e
gestos, dificuldades em iniciar e manter uma conversação.

O autismo é um transtorno hostil e sem cura, muito comum em meninos, por se


comunicarem de maneira diferenciada das meninas por na maioria serem menos espontâneas
e manterem um comportamento diferente dos meninos esses sintomas passam despercebidos.
Se tem conhecimento que dia 2 de abril é o dia mundial de conscientização do autismo, a cor
símbolo dessa data é o azul, justamente por haver mais meninos do que meninas, de maneira
que cada autista é único.

Nenhuma criança com autismo é igual a outra, cada uma tem seu grau, avanços e
dificuldades. Dia 18 de junho é o dia do orgulho autista e tem como símbolo o símbolo do
infinito. Hoje em dia contamos com escolas capacitadas para receber esses docentes,
infelizmente não a maioria que deveria, mas uma minoria que vem crescendo. Para a escola
não basta somente saber que conta com alunos autistas, ela precisa receber e saber como lidar
com essa criança tão especial quanto as outras.

As vivencias, o grau, as dificuldades, os medos... Imagina você professor trabalhar


com um aluno que tem dificuldades de falar e muitas vezes também de olhar o olho? É uma
série de fatores que tornam o dia e a vida desse docente mais difícil no cotidiano. Esse
transtorno as vezes se manifesta visivelmente assim que a criança nasce mas muitas vezes isso
leva anos para se ter o diagnostico correto, em casos leves pais e médicos não percebem.

“O desenvolvimento do sujeito se dará no sentido de promover uma adaptação mais


precisa da realidade. As estruturas mentais, assim como os processos afetivos da
criança, tenderão a alcançar níveis cada vez mais elevados de desenvolvimento, em
função da ação recíproca entre crianças e seu ambiente. Esse processo de dará por
meio de sucessivas assimilações e acomodações do sujeito na interação com os
objetos de conhecimento”. (PIAGET, apud OLIVEIRA, 2014, p.93).

A criança autista também precisa do uso de medicamentos que fazem toda a


diferença no tratamento, esses medicamentos devem ser administrados pelos pais com o
auxilio certamente de médicos. É de suma importância o uso correto desses medicamentos. É
uma série de fatores e obstáculos a serem vencidos por essas crianças
2.1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Dessa forma no ano de 1994 na cidade de Salamanca, Espanha, ocorreu uma


conferencia mundial de educação básica. A mesma se tratava de uma conferência, onde seu
principal objetivo era promover uma escola para todos, ou seja, transformar escolas regulares
em inclusivas. Com o propósito de romper com o preconceito e valorizar a diversidade.

Sendo assim a educação inclusiva forma e capacita escolas comuns para atender
todos os alunos, especialmente aqueles que tem necessidades especiais .O reconhecimento da
necessidade das escolas em caminhar frente a um lugar que inclua todos os alunos, celebre a
diferença, apóie a aprendizagem e responda as necessidades individuais de cada aluo.

Nos dias atuais é tão importante receber e saber encaminhar aquele aluno especial
seja qual for sua deficiência ou sua limitação da melhor forma possível no aprendizado e na
formação desse docente.

Frente ao exposto escolas, muitos obstáculos e paradigmas foram ultrapassados, e


hoje já se pode ver a inclusão e a diversidade com outro olhar, este de superação e de
cidadania onde todos possam se ajudar, pois todos nós seres humanos temos limitações,
dificuldades e habilidades, onde juntos podemos sanar as mesmas.

2.2 A INCLUSÃO ESCOLAR NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

As atividades lúdicas para crianças com autismo ou qualquer outra deficiência são
formas motivadoras e de engajamento que enriquece o imaginário dos pequenos. Ajuda no dia
a dia desse docente, para que futuramente na escola e principalmente dentro de sala de aula
ele consiga desenvolver suas atividades proposta por seus mentores.

Crianças com TEA no decorrer de sua jornada escolar apresentarão algumas


dificuldades para desenvolver algumas tarefas, sendo estas com grau de dificuldade maior ou
menor. Isso muito depende da condição que se encontra esse aluno, sendo assim grau,
dificuldades, se faz uso dos medicamentos necessário e corretamente, se faz os
acompanhamentos com fonoaudióloga, psicóloga, psicopedagoga, se faz acompanhamento
nas Apaes que tem todo o auxilio tanto para a criança quanto para as famílias.. Diante disso
para sabermos quais métodos utilizarmos para realizar a prática docente é primeiro preciso
conhecer o individuo. Deste modo a conhecer o mesmo analisá-lo no ambiente escolar, como
ele brinca, interage no espaço, como se socializa com outras crianças. Enfim analisar e
investigar suas opções de brinquedos, seus medos, dificuldades, criatividade e habilidades, a
partir daí saberemos como começar essa caminhada escolar.

O professor “Passa a enfatizar o desenvolvimento da criança e suas potencialidades,


e não mais a impossibilidade, a incapacidade, e isso influencia a própria prática educacional
desses indivíduos”. (VYGOTSKY, apud SILVEIRA, 2013, P.54)

Segundo Vygotsky “ A criança com deficiência, embora orgânicamente apresente o


defeito, como ele mesmo denomina, através de suas interações sociais é que vai desencadear
suas necessidades, que também são sociais, e assim desenvolver suas compensações”.
(VYGOTSKY, 1995, apud SILVEIRA, 2013, P.57)

Os jogos lúdicos como citado são fortes aliados no aprendizado, um jogo que auxilia
muito no aprendizado desses docentes são os jogos com blocos de encaixe, que podem
auxiliar nesse desenvolvimento cognitivo, onde o aluno começara a ter noção do espaço,
concentração e habilidades e ao mesmo tempo conhecendo as formas geométricas, onde o
professor poderá realizar cálculos matemáticos no mesmo objeto. Sendo assim como qualquer
criança, brincar e ter momentos lúdicos fazem parte da infância. Justamente por isso, é
necessário trazer jogos e momentos alegres para criar conexão e reforçar o aprendizado.

Os jogos favorecem o domínio das habilidades de comunicação, nas


suas várias formas, facilitando a autoexpressão. Encorajam o
desenvolvimento intelectual por meio do exercício da atenção, e
também pelo uso progressivo de processos mentais mais complexos,
como comparação e discriminação; e pelo estimulo á imaginação.
Todas as vontades e desejos das crianças são são possíveis de serem
realizados através do uso da imaginação, que a criança faz através do
jogo (GIOCA, 2001, p. 22, apud, SANTOS, et al 2016, p.221).

3 METODOLOGIA
O presente trabalho foi desenvolvido através de leituras retirada de diferentes livros,
onde este mesmo relatavam discussões e abordagens sobre o tema discutido.

Ao decorrer da construção do trabalho foram realizadas pesquisas do mesmo para se


chegar no objetivo de esclarecer e informar o leitor sobre o TEA de modo objetivo.
Sendo assim foi possível observar e analisar o quão autores estão cada vez mais
abordando o assunto, na busca de tentar compreender e oferecer a famílias, instituições
educacionais e para pessoas com autismo uma melhor qualidade de vida.

Através da pesquisa qualitativa se pode obter um real entendimento sobre o assunto,


que este vai muito mais além das pesquisas, e dos parâmetros científicos, é uma constante
evolução e mudança de certa forma. Pois o profissional necessita muito de uma coleta de
analise que o levara ao real entendimento a respeito desse transtorno que hoje a cada dia mais
vem crescendo consideravelmente.

4 CONCLUSÃO

Concluímos então que crianças tem formas diferentes de comunicar e de se


expressar. Crianças com TEA, no entanto necessitam de atenção especial dos pais e da escola
pois cada grau do autismo exige uma atenção diferenciada para melhor desenvolvimento além
disso cada criança vai mostrando ao longo do processo a forma que escolhe e consegue
melhor se comunicar e expressar suas emoções cabe a nós escola, professores e pais acolher.
REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Educação, Sociedade e Praxis Educativas. Londrina: Editora e


Distribuidora Educacional S.A, 2014.

OLIVEIRA, Fernanda Germani de. Psicologia da Educação e da Aprendizagem. Indaial:


Uniasselvi, 2014.

PIAGET, Jean. Psicologia da Educação e da Aprendizagem. Indaial: Uniasselvi, 2014.

SANTOS, Adriana Prado Santana; GOES, Ricardo Schers. . Língua brasileiras de sinais.-
libras : UNIASSELVI, 2016.

SILVEIRA, Tatiana; NASCIMENTO, Luciana. Educação inclusiva. Indaial: Uniasselvi,


2013.

VYGOSTSKY, Jean. Educação inclusiva. Indaial: Uniasselvi, 2013.

GIOCA, M. I. Língua brasileiras de sinais.- libras : UNIASSELVI, 2016.

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