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uma educação
inclusiva
Coelho; Orlando
SST Práticas para uma educação inclusiva /
Orlando Coelho
nº de p. : 12
Apresentação
Nesta unidade discutiremos questões relativas à atuação do psicólogo em uma
perspectiva de educação inclusiva nas situações de mediação e adaptação
de atividades para o estudante em processo inclusivo. Nesse contexto,
apresentaremos o conceito de mediação e os aspectos éticos envolvidos nesse
processo.
Mediação e adaptação de
atividades para o estudante em
processo inclusivo
Iniciamos as discussões compreendendo o conceito de mediação no processo
educativo e o que significa adaptar com base no mesmo conceito de mediação. O
mediador escolar pode ser um profissional das mais diversas formações (psicólogo,
psicopedagogo, fonoaudiólogo), pois isso varia conforme a demanda da pessoa
com deficiência. Vamos aqui discutir o papel desse mediador de uma forma mais
geral. Assim, o mediador é
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Como você pode observar, as principais características que se espera de um
mediador é a capacidade de facilitar a aprendizagem, bem como identificar os
estímulos e as possibilidades da pessoa com deficiência no ambiente escolar. O
psicólogo que atua na mediação da aprendizagem de pessoas com deficiência
precisa conhecer e desmistificar conceitos errôneos baseados no senso comum
em relação à criança com deficiência. Um dos primeiros mitos se refere à
necessidade de pessoas com deficiência de forma geral precisarem de cuidados
especiais. Dependendo da deficiência, e em uma perspectiva inclusiva, uma parcela
considerável das pessoas com deficiência prefere ser tratada sem nenhuma
distinção especial (RAMOS, 2015). Assim, uma pessoa com deficiência visual ou
deficiência física nem sempre vai necessitar ser a primeira da fila para beber água,
por exemplo.
Outro mito é que o professor deve ser um especialista para atuar com pessoas
com deficiência. Isso não é de todo verdade, pois, se assim o fosse, os pais não
saberiam educar e lidar com seus filhos com deficiência. Para cada pessoa se faz
necessário um diagnóstico e um acompanhamento adequados.
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Para finalizar, o último mito diz que a presença de crianças com deficiência na sala
de aula pode atrapalhar as demais não se sustenta pelos mesmos argumentos
anteriormente usados em relação à necessidade de crianças estudarem unicamente
em escolas especiais. Reforçamos que uma pessoa com deficiência e as limitações
físicas e intelectuais inerentes à deficiência não perde seus sentimentos,
habilidades sociais, temperamento (RAMOS, 2015).
Pode contribuir para que a criança tome mais iniciativa mediante diferentes
contextos, sem deixar que este processo siga automaticamente, e
encorajar a criança a ser menos passiva no ambiente [...]. [Ele] pode atuar
criando pequenas mudanças e problemas para que a criança perceba,
inicie, tolere mudanças e aprenda a lidar com estas situações. (MOUSINHO
et al., 2010, p. 94)
Curiosidade
Entre as características da mediação estão a possibilidade de
diferenciar informações sensoriais, identificar obstáculos à
aprendizagem e à sociabilidade, bem como contribuir para a
integração da criança em sua autonomia.
Mas de que maneira efetiva o profissional pode realizar uma atuação que se
configure como a de mediação escolar, na qual este profissional seja um entre a
pessoa com deficiência, a aprendizagem e a comunidade escolar? Vamos descobrir
a seguir.
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Criança com baixa autoestima
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Diversidade
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Diagnóstico:
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A seguir, apresentamos algumas das modalidades de atendimento que existem para
pessoas com deficiência na política pública de educação especial vigente no país. O
primeiro deles é o conceito de estimulação essencial.
Estimulação
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É quase consensual na literatura científica que o período entre 0 e 3 anos de idade
é fundamental para o desenvolvimento pleno da criança. Embora tenha sua origem
voltada para crianças com deficiência, os recursos utilizados na metodologia de
estimulação precoce são fundamentais para todas as crianças nesta faixa etária.
Comenta-se de forma incisiva os cuidados que se devem ter para não estigmatizar
as pessoas com deficiência ou dedicarmos a um olhar que reduza a deficiência.
Porém, é fundamental que a prevenção, o diagnóstico e a intervenção junto a
crianças que necessitem de um apoio clínico e psicológico via programas de
estimulação precoce sejam rápidos e eficazes para garantir uma intervenção
adequada.
Saiba mais
Para que você possa ter acesso à política de saúde, os critérios de
avaliação e diagnósticos e centros de apoio, acesse as “Diretrizes
de Estimulação Precoce” do Ministério da Saúde no link: <http://
portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/novembro/34/
Diretrizes-de-estimulacao-precoce.pdf>.
Para finalizar, temos as oficinas pedagógicas, que têm como premissa a preparação
das pessoas com deficiência para o mundo do trabalho, e que podem ser ofertadas
em municípios de forma direta pela administração municipal ou em conjunto com
organizações não governamentais.
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Fechamento
A inclusão é vista como o processo de identificar e responder à diversidade
das necessidades de todos os alunos por meio de um maior envolvimento na
aprendizagem, nas culturas e nas comunidades, e reduzindo a exclusão na
educação. Envolve mudanças e modificações de conteúdo, abordagens, estruturas
e estratégias, com uma visão comum que inclui todas as crianças, com a convicção
de que é responsabilidade do sistema regular educar todas as crianças e oferecer
acessos igualitários.
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Referências
ALMEIDA, S. Psicologia escolar. Campinas: Alínea, 2010.
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