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Educacional
mais.

iStock 2017
Webaula 3
Psicólogo escolar em
contextos não escolares

1
Nesta webaula, iremos conhecer a influência da cultura mediante os processos educacionais
e compreender as possibilidades de atuação do psicólogo escolar em contextos não
escolares, tais como hospitais.

2 iStock 2017
X
Modelo cultural
A cultura escolar dominante em nossas
A cultura e os processos educacionais instituições educativas prioriza o comum, o
uniforme, ou seja, uma lógica
homogeneizadora em razão da qual as
Atualmente os desafios enfrentados em sala de aula vêm evidenciando
diferenças o quantosendo
acabam as visões de
ignoradas
cultura, escola, ensino e aprendizagem não estão satisfazendo as reais(CANDAU, 2011).
necessidades daqueles
que participam e constroem o ambiente escolar. Moreira e Candau (2003) destacam que a
escola enquanto uma instituição cultural tem como função social transmitir cultura (aquilo que
a humanidade construiu). Tal modelo cultural, de certa forma, seleciona saberes, valores e
práticas considerados adequados ao desenvolvimento, reiterando assim a ideia de igualdade e
direitos de todos à educação e à escola (MOREIRA; CANDAU, 2003).

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Tais pressupostos, já tão criticados exatamente De fato, as novas configurações das
pela visão homogênea e padronizada dos escolas expressadas por mal-estar,
conteúdos e dos sujeitos presentes no processo tensões e conflitos vivenciados por
educacional, confirmam e mantêm o caráter de educadores e alunos denunciam a
exclusão entre os diferentes (MOREIRA; fragilidade do sistema escolar em
CANDAU, 2003; CANDAU, 2011). transmitir cultura (MOREIRA; CANDAU,
2003).

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Compreender a dimensão cultural é Frente a esta demanda, nos deparamos
fundamental para desenvolver processos com a importância de o psicólogo atuar
de aprendizagem mais produtivos e tanto no âmbito das escolas como em
significativos para todos os alunos. Neste outros espaços de educação não formal
sentido, Candau (2011) destaca a (os quais incluem as diferenças), porém
contribuição das vertentes da Psicologia sem perder de vista o desenvolvimento de
frente a tais questões, como o referencial processos de ensino-aprendizagem que
psicológico das teorias da aprendizagem, correspondam às características
psicologia do desenvolvimento e da específicas de cada sujeito.
personalidade, favorecendo assim a
formação dos educadores.

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Entendemos que há importantes espaços a Hospitais
serem construídos e consolidados pelo
psicólogo escolar, no que se refere à atuação Medidas socioeducativas
junto às instituições, incluindo assim a
articulação e interdisciplinaridade junto ao
Projetos sociais (ONGs)
campo da saúde, dos Direitos da Criança e do
Adolescente, e da Assistência Social.
Instituições religiosas
Podemos citar, entre outros, os programas
educativos em:

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Deste modo, considerando as consequências e
O psicólogo escolar e o
impactos negativos da hospitalização, houve a
ensino para crianças
necessidade de garantir o direito à
hospitalizadas continuidade dos estudos escolares durante a
internação hospitalar, evitando assim a
Sabemos que situações dolorosas e por
interrupção, mesmo que parcial, da
vezes invasivas são vivenciadas por
escolaridade dessas crianças devido ao período
crianças que ficam afastadas de sua
das internações.
família, escola e amigos por motivo de
hospitalização (tratamento de saúde).

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Visando a humanização do ambiente e dos processos
e a garantia do direito à educação das crianças
hospitalizadas, foram criadas as classes hospitalares.
Estas foram garantidas pelos Direitos da Criança e do
Adolescente Hospitalizados de 1995, assegurando
através da Resolução n° 14 que crianças e
adolescentes têm o “direito a desfrutar de alguma
forma de recreação, programas de educação para a
saúde, acompanhamento do currículo escolar,
durante sua permanência hospitalar” (BRASIL, 1995,
p. 1).

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As classes hospitalares, além de se caracterizarem como um espaço com acesso à
ludoterapia e à estimulação psicopedagógica, oportunizam o acompanhamento da escola
regular por meio de trocas com outros colegas e exploração de seu potencial (COELHO et al.,
2009). Coelho et al. (2009) ressaltam que o psicólogo, proporcionando a inclusão
social/escolar da criança e do adolescente hospitalizado, pode promover a continuidade da
escolarização em período de tratamento de saúde, além de garantir o direito da criança e do
adolescente previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

9 iStock 2017
O ambiente hospitalar se torna mais Ainda assim, caberá ao psicólogo
acolhedor e humano, podendo reduzir as acompanhar o retorno para a escola,
perdas e riscos causados pela realizando reuniões com professores, pais,
hospitalização. Nesta perspectiva, é dinâmicas com os colegas, a fim de
possível vislumbrar a relevância do facilitar a inserção da criança que está
trabalho do psicólogo escolar no hospital, internada, prevenindo rejeições e/ou
sendo possível uma atuação que inclua a discriminação.
orientação com os familiares,
acompanhantes e manutenção do vínculo
com a escola da criança hospitalizada
(LIMA et al., 2011).

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Vale ainda proporcionar escuta aos familiares em


relação às dificuldades em lidar com as crianças
doentes e suas limitações, orientar sobre como
ajudar a criança a vencer dificuldades de
aprendizagem e aconselhar os professores e
colegas sobre a melhor forma de lidar com a
criança que, muitas vezes, apresenta-se debilitada
fisicamente e/ou emocionalmente (COELHO et al.,
2009).
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De acordo com Lima et al. (2011), o psicólogo Neste aspecto, as autoras recomendam
deve partir de uma visão integral da criança, ser possível amenizar os impactos
sem focalizar sua doença, suas limitações e negativos da hospitalização na vida
suas necessidades, considerando sua escolar das crianças internadas, ao
totalidade, o que permite uma atuação que combinar intervenções interdisciplinares
abarque as questões sociais e escolares, o da Pedagogia Hospitalar, Psicologia
sistema de saúde, o quadro clínico e Hospitalar e Psicologia Escolar por meio
psicológico e, sobretudo, o desenvolvimento da da ludicidade.
criança.

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Fica evidenciada a importância de atentar para as
necessidades psicoeducacionais das crianças em
situação de internação, garantindo a continuidade da
escolarização, mantendo e reforçando o vínculo com
a escola e promovendo significado real para o
processo ensino-aprendizagem (LIMA et al., 2011;
OLIVEIRA; SILVESTRO, 2015 ).

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Vídeo de encerramento

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Bons estudos!
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