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RESUMO
O presente artigo sobre o psicopedagogo e suas implicações no processo ensino aprendizagem, foi
referenciado por vários autores tais como Grosbaum (2001), Rios (2001) e Bossa (2007), entre outros.
O psicopedagogo deve pensar e desenvolver estratégias para motivar as pessoas a se envolver e
participar democraticamente da relação com a aprendizagem, tendo em vista, possibilitar o acervo e a
permanência do aluno, com sucesso na escola; investigando sobre as implicações da relação professor-
aluno diante da aprendizagem, onde o papel do psicopedagogo deve ser sugerir, orientar e estudar com
os educadores novas formas de abordagem do ensino, contribuindo para a construção da competência
docente. É necessário que o psicopedagogo tenha um olhar abrangente sobre as causas das
dificuldades de aprendizagem, indo além dos problemas biológicos, rompendo assim com a visão
simplista dos problemas de aprendizagem, procurando compreender mais profundamente como ocorre
este processo de aprender numa abordagem integrada, na qual não se toma apenas um aspecto da
pessoa, mas da sua integralidade.
Palavras-Chave: Aprendizagem. Professor. Aluno. Problemas.
Introdução
O presente artigo tem como objetivo geral, pesquisar sobre quais os anseios e
questionamentos que fazem parte do trabalho do psicopedagogo na rotina da escola e seu
envolvimento com as questões de aprendizagem.
A escola deve cumprir sua função educativa facilitando o acesso ao conhecimento,
promovendo o desenvolvimento de seus educandos. Para tanto, é necessário que todos
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No entanto, hoje temos o psicopedagogo que tem um papel relevante, onde o mesmo
deve organizar um trabalho coletivo voltado para a apropriação de um saber significativo, em
conjunto com todos.
Para que os profissionais da educação tenham qualidade na docência, é necessário que
tenham formação, que sejam conhecedores de instrumentos determinantes do ensinar e do
aprender, possibilitando assim, uma melhor forma de ensinar, favorecendo um bom
relacionamento entre professor e aluno.
A interação professor-aluno é um aspecto fundamental da organização da situação
didática, tendo em vista alcançar os objetivos do processo de ensino, transmissão e
assimilação dos conhecimentos, hábitos e habilidades. Entretanto, esse não é o único fator
dominante da organização do ensino, existindo o papel do psicopedagogo que abrirá um leque
de formas de aprendizagem, principalmente a forma de conduzir a aula (atividade individual,
atividade coletiva, atividade em pequenos grupos, atividade de fora de classe, etc.).
O ensino não pode ser considerado apenas como instrumento para o desenvolvimento
do processo de transmissão do conhecimento produzido. A tarefa central do ensino para a
compreensão no contexto de uma nova organização do trabalho pedagógico é proporcionar
oportunidades didáticas para que a aprendizagem ocorra por compreensão, onde é envolvido
todo um trabalho psicopedagógico.
A psicopedagogia é uma atividade profissional complexa que exige preparo,
compromisso e responsabilidade que juntamente com o educador devem auxiliar o aluno,
ajudando-o a constituir-se como sujeito pluridimensional. Ensinar para a compreensão
significa a existência de uma estreita relação entre professor e aluno. É um processo de caráter
sistemático, intencional e flexível, visando à obtenção de determinados resultados. Pois o
ensino não existe por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem concretizando, deste
modo, uma didática psicopedagógica.
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Fundamentação Teórica
Escola x Psicopedagogo
Fernandez (1991, p. 124) alerta sobre a atitude clínica, referenciando o olhar, o escutar e
o traduzir, considerando os quatros níveis implicados no aprender: corpo, inteligência,
organismo e desejo, pois, “antes de precisar o tipo de olhar, quero situar o lugar de onde olhar,
somente do espaço transicional, de jogo, confiança e criatividade, poderá gestar-se o olhar
psicopedagógico clínico”.
A Psicopedagogia, na instituição escolar, tem uma função complexa e por isso provoca
algumas distorções conceituais quanto às atividades desenvolvidas pelo psicopedagogo.
Numa ação interdisciplinar ela dedica-se a áreas relacionadas ao planejamento educacional e
assessoramento pedagógico, colabora com planos educacionais e sanitários no âmbito das
organizações, atuando numa modalidade cujo caráter é clínico institucional, ou seja,
realizando diagnóstico institucional e propostas operacionais pertinentes. O campo de
atuação, pode ser classificado também como da modalidade preventiva muito ampla e
complexa, mas pouco explorada. Sobre o trabalho psicopedagógico na escola muito há o que
fazer. Grande parte da aprendizagem ocorre dentro da instituição escolar, nas relações
estabelecidas entre o professor e o aluno, entre o currículo, programas e conteúdos, e com o
grupo social escolar enquanto um todo, é por isso que se propõe uma visão embasada no
modelo sistêmico, onde as relações têm grande relevância.
O estudo psicopedagógico atinge plenamente seus objetivos quando, ampliando a
compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem do aluno, abre espaço
para que a escola viabilize recursos para atender as necessidades de aprendizagem. Desta
forma, o fazer pedagógico se transforma, podendo se tornar uma ferramenta poderosa. A
Psicopedagogia traz à tona o encontro com o prazer de trabalhar, de investigar, de aprender
com os nossos alunos (aprendentes). Isso é a busca criativa que nos leva a “desaprisionar” a
inteligência, a tirar a criatividade do casulo, a desprender-se, deixar solto o pensar, o conhecer
e o crescer do ser humano. Assim reflete Fernández:
de aula pode prevenir inadequações na relação do sujeito com o saber. À medida que o
educando se sente de posse do seu processo de aprendizagem e se torna o polo central do
mesmo, ele se mobiliza para a busca do saber. Uma didática com um olhar psicopedagógico
revoluciona a inter-relação professor-aluno.
Na maioria das vezes, quando o fracasso escolar não está associado às desordens
neurológicas, o ambiente familiar tem grande participação nesse fracasso. Boa parte dos
problemas encontrados são lentidão de raciocínio, falta de atenção e desinteresse. Esses
aspectos precisam ser trabalhados para se obter melhores rendimentos intelectuais.
Lembramos que a escola e o meio social também têm a sua responsabilidade no que se refere
ao fracasso escolar.
A família desempenha um papel decisivo na condução e evolução do problema acima
mencionado, pois, muitas vezes, não quer enxergar essa criança com dificuldades, essa
criança que, muitas vezes, está pedindo socorro, pedindo um abraço um carinho, um beijo e
que não produz na escola para chamar a atenção para o seu pedido, a sua carência. Esse
vínculo afetivo é primordial para o bom desenvolvimento da criança.
Em muitos alunos/pacientes a causa de dificuldade de aprendizagem é familiar, nesse
caso essa deve ser conscientizada e trabalhada. Outros casos são problemas do Ser que ensina,
e do Ser que aprende, com causas nas relações vinculares, pois segundo Skrpycsar (1996 op.
Cit.Chamat, 2008), "a rejeição é sentida desde o útero materno", nesse caso o problema pode
ser tratado por um psicólogo levando o sujeito a ter uma vida normal, daí a importância do
pedagogo enviar o paciente para o mesmo.
O psicopedagogo deve priorizar o conhecimento do paciente, seu papel é focalizar o
problema dentro do contexto causa/sintoma e atuar sobre ele de forma planejada para que
possa ser feito o diagnóstico que é comunicado aos pais, para que haja uma interação com
estes, o que é fundamental para o direcionamento do tratamento psicopedagógico.
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... deve prestar atenção a uma outra questão que, em geral, passa despercebida:
a forma como professores e alunos se olham mutuamente, construindo uns dos
outros imagens que passam a dirigir a maneira como se tratam em sala de
aula. Depender desse olhar, se ele é positivo ou negativo, decorrem as
grandezas que as misérias da interação daqueles que ativam na escola.
Metodologia
Considerações Finais
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Bibliografia
BOSSA, Nadia Aparecida. A psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.
MERY, Janine. Pedagogia curativa escolar e psicanálise. Porto Alegre : Artes Médicas,
1985.
RIOS, Terezinha Azevedo. Compreender e Ensinar: por uma docência da melhor qualidade
Cortez: São Paulo, 2001.
ANEXOS