Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
2
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
O QUE É A PSICOPEDAGOGIA?
3
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
4
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
Quem é o Psicopedagogo?
O Psicopedagogo é um especialista em Psicopedagogia. Sua formação ocorre,
geralmente, através de cursos de Especialização, possibilitando o aprofundamento
dos conhecimentos obtidos nos cursos de graduação e a ampliação da discussão
sobre os aspectos da aprendizagem, de sua autoria e da superação do não aprender.
Assim, se uma pessoa tem a graduação em Licenciatura em Matemática e a
especialização em Psicopedagogia, ela será Licenciada em Matemática e Especialista
em Psicopedagogia. Se a pessoa tem graduação em Pedagogia e
Especialização em
Psicopedagogia, ela será uma Pedagoga e Especialista em
Psicopedagogia. Se ela tiver a graduação em Psicologia e
Especialização em Psicopedagogia, ela será uma Psicóloga e Especialista em
Psicopedagogia.
O especialista em Psicopedagogia é um profissional habilitado a lidar com os
processos de aprendizagem e suas dificuldades junto às crianças, aos adolescentes,
aos adultos ou às instituições, instigando aprendizagens significativas, de acordo com
suas possibilidades e interesses. Em sua prática, o especialista em Psicopedagogia
pode auxiliar na busca do prazer de aprender, na construção de um novo significado
para as formas de aprender, da compreensão, por parte dos sujeitos, da maneira como
aprendem e de como utilizar suas estratégias em relação a novos conhecimentos.
5
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
6
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
7
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
importante observar as estratégias que o sujeito utiliza para ler e escrever sua própria
produção.
9
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
10
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
seu corpo, o corpo humano, objeto de estudo da psicologia. A partir dessa ideia
começaram a serem desenvolvidos nas escolas testes que procuravam explicar as
diferenças de rendimentos dos alunos e o acesso diferenciado a diversos graus de
escolarização. E assim, esse conhecimento científico foi à base do pensamento dos
psicólogos e educadores daquela época.
Aos poucos, o conceito de anormalidade ia sendo deslocado das psiquiatrias
para as escolas. A criança que não conseguia aprender era chamada de “anormal”,
sua causa era atribuída a anormalia anatomofisiológica.
Na França surgiu Janine Mery, psicopedagoga que apresentou em seus
trabalhos algumas considerações e ideias sobre o termo psicopedagogia e adotou
este termo para caracterizar uma ação terapêutica, onde apresentavam dificuldades
de aprendizagem. E também o francês George Mauco, que foi o fundador do primeiro
centro médico-psicopedagógico na França e que se percebeu as primeiras tentativas
de articulação entre medicina, psicologia, psicanálise e pedagogia para a solução dos
problemas de comportamento e de aprendizagem (Bossa, 2007).
Meados do séc. XIX, Janine começou a apontar diferentes sensoriais,
debilidade mental e outros problemas associados com a aprendizagem a partir dela
surgiram educadores como Pestalozzi, Pereire, Itard e Seguin que começaram a se
dedicar às crianças que apresentavam problemas de aprendizado.
Jean Itard realizou estudos sobre percepção e retardo mental. Pestalozzi
inspirado por Rousseau fundou na Suíça um Centro de educação onde abrigava
crianças pobres. Seu método era intuitivo e natural, estimulava a percepção. Pereire
se preocupou com a educação dos sentidos, em especial a visão e o tato. Seguin
fundou na França a primeira escola de reeducação, denominou o método fisiológico
de educação em 1837, fundou uma escola para crianças com deficiência mental. Suas
técnicas de treinamento dos sentidos e dos músculos são usadas até hoje. Esses
educadores foram os pioneiros no tratamento dos problemas de aprendizagem, porém
eles se preocupavam mais com as deficiências sensoriais e com a debilidade mental
do que com a desadaptação infantil.
Aos poucos foram surgindo educadores voltados para crianças com deficiência
e que se aprimoravam e buscavam formas para tratamento deles. E então no séc. XX
é que surgiu os primeiros Centros de Reeducação para deficientes infantis. Nos EUA
11
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
12
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
E Scoz define: “a psicopedagogia como uma área que estuda e lida com o
processo de aprendizagem e suas dificuldades e que em uma ação profissional, deve
englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e sistematizando-os” (p.22).
Esses diversos sentidos relacionados à psicopedagogia falam-nos de um
processo que está sendo estruturado, cuja identidade se encontra em maturação.
Como afirma Macedo apud Bossa (2007), “a psicopedagogia é uma (nova) área de
atuação profissional que busca uma identidade que requer uma formação de nível
interdisciplinar” (p.34).
A pedagogia no Brasil
professor de Buenos Aires, dedicou aos estudos de leitura-escrita durante muitos anos
e realizou pesquisas na Argentina e publicou-os nas décadas de 50 e 60 e essas foram
baseadas em sua experiência. Em 1967, foi desenvolvido pelo CPOE um curso com
duração de dois anos para professores especializados no atendimento
psicopedagógico das clínicas de leitura, supervisionado por ele, que publicou vários
livros e seu objetivo era focar questões relacionados à linguagem e a aprendizagem.
E em 70, fez uma conferência pelo Brasil.
Tivemos também profissionais de Porto Alegre que organizaram centro de
estudos destinados à formação em psicopedagogia. O professor Nilo Fichtner fundou
o Centro de Estudos Médicos e Psicopedagógicos no RS. Essa formação dá-se um
quadro de referências baseado em um modelo médico de atuação.
Em 1954, foi patrocinado pelo Centro de Pesquisas e Orientação Educacional
(CPOE) da Secretaria de Educação e Cultura, o primeiro registro de um curso de
orientação psicopedagógica pelas coordenadoras Aracy Tabajara e Dorothy Fossati e
foi criado o Departamento de Educação Especial, orientado para o atendimento com
crianças excepcionais.
Em 1969, o RS havia uma distinção: os psicomotricistas trabalhavam com a
parte corporal e os fonoaudiólogos com a linguagem oral, audição, voz e leituraescrita.
E devido a isso no ano de 1970 iniciaram os cursos de formação de especialistas em
psicopedagogia na Clínica Médico – Pedagógica de Porto Alegre com duração
também de dois anos. Em seguida foi desenvolvido o FACED com nível de
especialização, pelo coordenador Nilo Fichtner, o curso enfatizava duas
especializações: uma era a área de deficiências específicas da aprendizagem e a
outra era a área dos excepcionais (deficiência menta, auditiva e visual).
A PUCRS realizou cursos de especialização relacionados a curso de
reeducação em linguagem em 1979/80 e curso de psicoeducação em 1982/83. Ela
mantém desde 1972 a área de concentração em aconselhamento psicopedagógico
dentro do curso de pós-graduação em Educação.
Outro fato importante na história da psicopedagogia foi o primeiro encontro de
psicopedagogia em SP, em novembro de 1984, com Clarissa Golbert e Sônia Kiguel
cujas apresentaram trabalhos direcionados as atividades dos psicopedagogos de
Porto Alegre. A partir deste evento foi fundado o grupo Livre de Estudos em
14
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
15
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
16
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
17
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
REEDUCAÇÃO
18
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
conta do cenário brasileiro. Coincidia com as camadas mais pobres o maior número
de repetência e de evasão
Nesse momento do nosso estudo siga para o tópico a seguir e conheça o
enfoque da Reeducação.
19
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
20
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
Era considerado que as disfunções neurológicas eram tão pequenas e, por isso,
não eram identificadas nos exames clínicos, muito embora causassem alterações de
comportamento.
Patologizar a dificuldade de aprendizagem era tão comum que até as escolas
adotaram uma postura de rotular os estudantes sem critérios científicos rigorosos.
Bossa (1994) afirma que alguns termos como dislexia, disritmia, disfunção cerebral
mínima tornaram-se recorrentes em ambientes escolares.
O que complicou a situação foi que, devido à massificação do sistema
educacional brasileiro da época sugerida pela democratização do ensino no país, os
rótulos patologizantes das dificuldades de aprendizagem camuflavam e justificavam
os gravíssimos problemas da educação brasileira.
O problema cresceu ainda mais quando os pais e professores começaram a se
iludir com o cientificismo dos diagnósticos e passaram a recorrer aos médicos em
casos de dificuldade de aprendizagem. Procurar os médicos, muitas vezes, dá aos
pais certa tranquilidade, uma vez que se sentem atuantes no problema acadêmico de
seus filhos.
Scoz (1994) aponta que os termos diagnósticos recorrentes na época
viabilizaram a aceitação dos pais e professores no que tange à dificuldade de
aprendizagem, porém desmotivou o investimento na educação de tais crianças e
adolescentes.
PSICOPEDAGOGIA E A PATOLOGIA
21
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
• Dor, etc.
Entretanto, a Psicologia remete ao PATHOS de uma forma que lhe é peculiar.
Esta é uma questão importante porque há uma enorme confusão que se desenvolveu
sobre este conceito, uma vez que se reduz a noção de PATHOS à doença.
Se observarmos a origem do termo PATHOLOGIA, perceberemos que não se
está falando de algo exclusivamente relacionado à área médica, mas também à
Psicologia, Humanismo, Psicanálise, Educação, Antropologia, Sociologia, etc.
É fundamental que tomemos bastante cuidado no trato com o termo
pathologico, já que todos nós possuímos a Disposição afetiva fundamental, o que não
significa que tal termo se relaciona unicamente com o que é doente. Muito pelo
contrário, podemos estar nos referindo a saúde.
O estudo psicopathologia, por exemplo, não éo mesmo que acumular e
descrever sintoma, ou pesquisar o CID 10 ou o DSM IV para encontrar o código que
melhor convém a nossa situação. A pathologia qualifica o pathos wnquanto disposição
fundamental, a qual move o sujeito, constituindo-o na sua humanidade; está
relacionado a sentimento, afecção, sofrimento, padecer, deixar-se levar por deixar-se
convocar por; está na essência do ser humano e não só na excepcionalidade do
adoecer.
Dentro deste contexto que os primeiros cursos de Psicopedagogia no Brasil
surgiram com o intuito de complementar a formação do psicólogo e do educador. Os
cursos eram oferecidos em diferentes regiões:
• Clínica Médico-Pedagógica de Porto Alegre (1971);
• PUC-RS, com mestrado em Aconselhamento Psicopedagógico (1972);
• Instituto Sedes Sapientiae em São Paulo, com o primeiro curso de
especialização em Psicopedagogia inicialmente chamado de Curso de Reeducação
Psicopedagógica (1979).
Andrade (2004) afirma que a escola paulista, em vez de optar pela legalização
do curso, preferiu não validar os certificados, porém formava profissionais mais
comprometidos com o caráter humano do ser. São Paulo passou concentrar muitos
cursos de conteúdo psicopedágogico nas Faculdades de Educação, com o passar do
tempo, outras regiões também passaram a oferecer formações similares,
principalmente na década de 90.
22
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
23
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
HISTÓRIA
24
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
25
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
26
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
27
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
28
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
Os honorários deverão ser fixados com cuidado a fim de que representem justa
retribuição aos serviços prestados e devem ser contratados previamente.
29
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
da
legislação pertinente;
600 horas
e carga horária de 80% na especialidade; iii.
entidade pública ou
privada,
até a data da publicação desta lei.
Art. 3º São atividades e atribuições dos profissionais da Psicopedagogia:
i. intervenção psicopedagógica, visando a solução dos problemas de aprendizagem,
tendo por enfoque o indivíduo ou a instituição de ensino público ou privado ou outras
instituições onde haja a sistematização do processo de aprendizagem na forma da lei;
ii. realização de diagnóstico e intervenção psicopedagógica, mediante a utilização de
instrumentos e técnicas próprios de Psicopedagogia; iii. utilização de métodos,
técnicas e instrumentos psicopedagógicos desde que amparados pelos preceitos
básicos da multidisciplinaridade da área, com vistas à neurociências, psicologia,
pedagogia, fonoaudióloga, entre outros; iv. consultoria e assessoria
psicopedagógicas, objetivando a identificação, a compreensão e a análise dos
problemas no processo de aprendizagem;
30
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
31
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
JUSTIFICAÇÃO
Decorridos mais de uma década desde o início da busca pela regulamentação
e reconhecimento da importância da Psicopedagogia como profissão, que assume a
imprescindível tarefa de mediar o processo complexo de aquisição e estabelecimento
de novos saberes, o assunto continua atual e digno de providências.
Em referência ao autor da primeira proposta, o então Deputado Babosa Neto,
trazemos o caráter emergencial da questão:
“Assim, tendo em vista que a formação do Psicopedagogo em ocorrendo em
caráter oficial nas Universidades com muita procura, e a grande quantidade de
profissionais formados desde a década de sessenta, a regulamentação da profissão
torna-se não só legítima, mas urgente”.
Deputado Barbosa Neto, 1997.
Durante todo esse longo tramitar a proposta vem recebendo emendas que
apenas evidenciam seu pujante caráter. As relações humanas são constantes e o
processo de aquisição e construção de novos saberes é unipresente e inevitável, daí
a importância da extensão da proposta para todas as faixas etárias, já que esse
processo é uma constante.
Ressaltamos no aspecto clínico a assistência aos idosos vistos as patologias
cada vez mais constantes em atualidade. Exercitar, estimular o raciocínio lógico com
certeza motivará a produção de modificações nas estruturas cognitivas dos indivíduos
expandindo e potencializando a aprendizagem, aumentando a eficiência mental e
melhorando a qualidade do desempenho intelectual.
32
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
33
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
34
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
35
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
REFERÊNCIAS
37
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
38
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
39
www.soeducador.com.br
Psicopedagogia
40
www.soeducador.com.br