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AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA:

A Teoria, na Prática

Prof. Francisco Nunes

Licenciado em Biologia pela UFRPE


Licenciado em Pedagogia pela Fundação Francisco Mascarenhas
Licenciado em Educação Física pela Escola de Educação física do Exército.
Especialista em Psicopedagogia pelo Instituto de Ensino Superior da Paraíba.
Psicanalista Infantil - SBPC
Psicopedagogo Clínico na Clínica de Medicina e Atenção Integral - CLIMAI – Bsb/DF
Psicopedagogo Voluntário no Programa Anjos do Amanhã, coordenado pela Vara da
Infância e Juventude do TJDF
Técnico de Equipes desportivas na modalidade de Handebol no CMB 1997 a 2000 e 2013
a 2017
Prof. SEC/PR 2010
Prof. CEF 05 Paranoá 2015 SEE/DF

RESUMO
A Psicopedagogia vem cada vez mais assumindo uma posição de relevância no quadro educacional,
com suas ações voltadas, principalmente, para o acompanhamento do aprendiz que apresenta dificuldades de
aprendizagem. Este artigo está focado numa das fases mais importantes do acompanhamento psicopedagógico –
A Avaliação Psicopedagógica - Considerando que o leque dos quadros clínicos que podem se colocar como
desencadeadores de um processo de dificuldade de aprendizagem são difusos e se apresentam de diversas
formas, podendo ser de cunho orgânico ou comportamental, é nessa fase do acompanhamento psicopedagógico
que o Psicopedagogo se depara com o desafio de estabelecer as circunstâncias e as causas do baixo desempenho
do sujeito, o que ensejará o estabelecimento do Diagnóstico Psicopedagógico – não raro, fruto de uma pesquisa
multidisciplinar com a participação de médicos, fonoaudiólogos, psiquiatras, psicólogos, profissionais de Terapia
Ocupacional, entre outros - e a construção de um Plano de Tratamento que viabilize a otimização do
desempenho do aprendente.

Neste Artigo, procuramos compilar teste e condutas que auxiliam na realização da Avaliação
Psicopedagógica, que normalmente são encontrados na bibliografia especializada, em publicações distintas ,ou
seja, não de forma integrada.

Não temos a presunção de esgotar o assunto, mas sim, suscitar a atenção para esse tema tão relevante
para os que militam na psicopedagogia, e, ao mesmo tempo, apresentar alguns testes psicopedagógicos de forma
sequencial que podem ser úteis, particularmente àqueles que dão os primeiros passos nessa instigante área
investigativa.

Ao leitor desejamos uma boa leitura e apresentamos nossa expectativa de receber suas observações e
contribuições para que possamos aperfeiçoar nossa atuação.

Palavras-chave: Psicopedagogia – Avaliação – Diagnóstico – Testes Psicopedagógicos

ABSTRACT

The Educational Psychology is increasingly assuming a position of relevance in the educational context,
with its actions directed mainly to the learner tracking who have learning difficulties, This article is focused on
the most important phases of psycho-pedagogical supervision - The Psychopedagogical Assessment. Where as
the range of medical conditions that can be placed as triggering a learning disability process are diffuse and
present in different ways and may be organic or behavioral nature, is at the stage of psycho-pedagogical
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monitoring the educational psychologist is faced with the challenge to establish the circumstances and causes of
the poor performance of the subject, which entail the establishment of Psychopedagogical diagnosis - often the
result of a multidisciplinary research with the participation of doctors, speech therapists, psychiatrists,
psychologists, occupational therapy professionals, among others - and the construction of a treatment plan that
enables the optimization of the learner's performance.

In this article, we try to compile test and behaviors that help achieve the Psychopedagogical
Assessment, which are usually found in professional literature, but not in an integrated manner that is, in
different publications.

We do not presume to exhaust the subject, but to raise attention to this issue as relevant to that work in
educational psychology, and at the same time provide some psycho-pedagogical tests in sequence that can be
useful, particularly those who give first steps in this exciting.
The reader want a good read and present our expectation of receiving their comments and contributions so that
we can improve our performance.

Keywords: Psychology - Evaluation - Diagnosis - psycho-pedagogical tests

OBJETIVO

O objetivo deste artigo é apresentar aos leitores as etapas do Diagnóstico Psicopedagógico Clínico
baseado na Teoria da Epistemologia Convergente, criada pelo professor Jorge Visca, de modo a permitir um
entendimento do processo de estabelecimento do diagnóstico psicopedagógico, permitindo que aqueles que estão
iniciando sua prática psicopedagógica, possam encontrar subsídios acessíveis e claros em um único lugar, já que
as informações a respeito das etapas de avaliação encontram-se em fontes distintas.

Acrescento que não é nossa intenção apresentar uma fundamentação teórica aprofundada, mas, sim
trazer à luz a parte prática da Avaliação Psicopedagógica. Portanto, não se pode eximir o profissional de buscar a
complementação teórica, nos autores que discorrem sobre o feito, para maior embasamento e auxílio na
elaboração do diagnóstico.

As indicações de testes e procedimentos, devem ser entendidas como sugestões apresentadas como
referências iniciais que visam provocar a criação, por parte dos profissionais, de seus próprios caminhos e
recursos na sua prática psicopedagógica.

INTRODUÇÃO
A Psicopedagogia vem, cada vez mais, sendo reconhecida como um valioso instrumento no auxilio aos
alunos que apresentam transtornos e/ou dificuldades de aprendizagem.

Tendo suas bases lançadas a partir do desenvolvimento da Epistemologia Convergente de Jorge Visca, a
atividade alimenta-se em várias fontes de pesquisa, consolidando-se como importante instrumento nas mãos
daqueles que buscam desenvolver ao máximo as aptidões dos aprendizes para que melhorem a relação ensino
aprendizagem, superando obstáculos que têm sua origem em problemas orgânicos ou comportamentais.

Nesse contexto, a Avaliação psicopedagógica apresenta-se como um processo pelo qual podemos
perceber e caracterizar sintomas, necessidades, habilidades e competências do sujeito que aprende, ou de quem
não está conseguindo aprender, e que, só a partir do diagnóstico feito, podem-se definir as estratégias adequadas
para um trabalho de intervenção.

A Avaliação Psicopedagógica coloca-se como uma etapa primordial na análise clínica, estando a sua
importância muito mais relacionada ao psicopedagogo do que ao paciente, tendo como objetivo a definição do
diagnóstico psicopedagógico com o estabelecimento das possíveis causas que provocariam certos sintomas,
determinando a dificuldade na aprendizagem, colocando-se como.
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O diagnóstico psicopedagógico, por sua vez, não implica apenas na aplicação e o uso de provas e testes,
mas exige outras medidas e técnicas de avaliação, além de trabalho de investigação, análise e síntese de dados
úteis para o estado e a orientação de cada caso. Assim, o Psicopedagogo deve preocupar-se em aperfeiçoar as
técnicas de diagnóstico, procedendo a investigação sistemática do meio socioeconômico, do ambiente familiar,
do nível de adaptação e de aproveitamento escolar do aluno, além das suas características individuais, como
aptidões e capacidades específicas, analisando as situações de aprendizagem e das dificuldades do paciente,
delimitando suas causas, para que possam ser prevenidas e superadas.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

As queixas e sintomas mais comuns, relacionadas à dificuldade de aprendizagem, apresentam-se de


maneiras distintas, tais como: baixo rendimento escolar, falta de concentração, distraibilidade, atenção reduzida,
inquietação e, não raro, agressividade, entre outras manifestações.

Muito comum em sala de aula, esses comportamentos são pouco compreendidos pelos professores, que
não conseguem vislumbrar que essas atitudes assumidas pelos alunos, nem sempre são causadas pelo próprio
sujeito, mas, têm origem em relações familiares conturbadas, falta de estrutura da escola em termos
metodológicos ou problemas de origem orgânica, fazendo-se necessário um olhar diferenciado, que veja além
das situações vivenciadas em sala de aula.

Assim, deve-se ter em mente que realizar um diagnóstico psicopedagógico é como montar um grande
quebra-cabeças, pois à medida que se encaixam as peças, vai se descobrindo o que está por trás destes sintomas.
As peças serão oferecidas pela família, pela escola e pelo próprio sujeito, no entanto a forma de montá-las
depende da interpretação do psicopedagogo e, para que esse tenha um bom resultado, precisa considerar aspectos
objetivos e subjetivos colhidos no campo cognitivo, familiar, pedagógico e social.

A importância dessa etapa da Terapia Cognitiva se deve ao fato de que será com base nas conclusões
levantadas, que o psicopedagogo traçará as estratégias para a abordagem das dificuldades apresentadas pelo
sujeito e os consequentes encaminhamentos. Confirmando ao longo do processo de acompanhamento, as
hipóteses trazidas à luz, durante a avaliação psicopedagógica.

EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE

Segundo BOSSA (1995, Pag 80), Todo


o processo é estruturado para que se possa
observar a dinâmica de interação entre o cognitivo
e o afetivo de onde resulta o funcionamento do
sujeito.

A fase da avaliação assume a mesma importância da fase do tratamento de tal maneira mexe com o
sujeito e a família que, não raro, chegam a relatar que houve mudança no comportamento do sujeito quer se
tornando mais produtivo quer aumentando suas inquietações, ainda na avaliação.

Os profissionais, dependendo de sua postura teórica têm variadas formas de atuação. O formato adotado
por aqueles que trilham o caminho traçado por Visca – Epistemologia Convergente – costumam antes de iniciar
as sessões com o sujeito, reunir-se com os pais para coletar dados verificando a expectativa dos pais e esclarecer
os procedimentos a serem adotados pelo psicopedagogo, realizando o enquadramento. Em seguida realiza as
sessões com o sujeito, e só depois aplica a anamnese, para evitar o que chamam de “contaminação” pelo
bombardeio de informações trazidas pela família, finalizando os procedimentos com a entrega do informe
psicopedagógico em uma sessão devolutiva.

Da mesma forma outros profissionais preferem iniciar com a anamnese, seguindo uma metodologia de
Weiss.
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No quadro abaixo observamos um comparativo das duas abordagens.


FORMATO DE ATENDIMENTO PARA AVALIAÇÃO

Segundo Visca Segundo Weiss

Ações do Entrevistador Procedimentos internos Entrevista Familiar Exploratória (EFES)

EOCA 1º Sistema de hipóteses Anamnese

Testes Sessões Lúdicas centradas na aprendizagem


Escolha de Instrumentos
(Para crianças).
2º Sistema de hipóteses
Linhas de Investigação
Complementação com provas e testes (quando
Anamnese
Verificação de for necessário).
decantação do 2º Sistema
de hipóteses.
Síntese diagnóstica – Prognóstico
Formulação do 3º
Sistema de Hipóteses
Devolução – Encaminhamento

Elaboração do Informe
Elaboração de uma
imagem do sujeito
(irrepetível) que articula
a aprendizagem com os
aspectos energéticos e
estruturais, a-históricos e
históricos que a
(VISCA, 1991)
condicionam. (WEISS, 1994)

O procedimento escolhido pelo Psicopedagogo pode não alterar o resultado do diagnóstico, no


entanto o profissional deve estar convicto que escolheu a melhor linha de ação.

Não é incomum, que já na primeira entrevista com os pais, sejam apresentados laudos
elaborados por outros profissionais como psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, neuropsicólogos ou
mesmo psicopedagogos e, ao realizar a avaliação psicopedagógica podemos ser influenciados pelo
parecer emitido anteriormente ou não se encontra os transtornos ali citados.

Isto posto, consideramos que ao realizar a leitura desses laudos só após realizar o próprio
procedimento, evitamos “contaminar” nossa própria avaliação, deixando para confrontar os nossos
resultados com o que ali é exposto no momento da construção do informe psicopedagógico
(Relatório).
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ETAPAS DO PROCESSO DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

1 - ENTREVISTA COM OS PAIS (EFES)

Realizada a entrevista inicial com os pais, é estabelecido como ocorrerá todo o processo,
sendo necessário que se deixe claro para os responsáveis a necessidade de que não aconteça faltas ou
atrasos para as sessões, considerando que essas ocorrências poderão influenciar negativamente
alcance dos objetivos pretendidos.

Nessa ocasião é realizada a Anamnese, levantando dados que vão do período da concepção,
gestação nascimento, 1ª infância, principais enfermidades de que foi acometido, estado nutricional,
histórico familiar, qualidade do sono, acidentes sofridos, desempenho escolar em outras escolas, salas
de aula, com outro docente

É importante que o psicopedagogo não se deixe influenciar pelas pressões que porventura
venha a sofrer ´por parte dos responsáveis, quer seja no sentido de interferir no tempo das sessões ou
mesmo no período em que o processo deva acontecer.

2 – Entrevista Operativa Centrada na aprendizagem (EOCA)

A realização da EOCA tem a intenção de


investigar o modelo de aprendizagem do sujeito,
sendo sua prática baseada na Psicologia social de
Pínchon Riviere, nos postulados da Psicanálise e no
método clínico da Escola de Genebra.
(BOSSA, 2000, p. 44)

Primeiro contato com a criança, tem como objetivo analisar os vínculos que ela estabelece
com os objetos e os conteúdos da aprendizagem escolar, observar suas defesas, comportamentos
evasivos e como se coloca ante os desafios. Busca ainda, buscar a percepção do que a criança sabe
fazer e como aprende a fazer.

Nessa ação, é colocada à frente do entrevistado diversos materiais entre livros, cadernos, lápis
de cor, massa de modelar, dizendo-lhe para mostrar o que sabe fazer. Visca nos propõe empregar o que
nomeou de Modelo de Alternativa Múltipla (BOSSA, 2000, p. 73), cuja intenção é desencadear
respostas por parte do sujeito. Caso não haja uma reação inicial ao que é consignado a situação deve
ser conduzida de forma a fazer o entrevistado que pode “ desenhar, escrever, fazer alguma coisa de
matemática ou qualquer outra coisa que lhe ocorra...” (Id. Ibid., p. 73).

A partir das observações pode-se verificar se o cliente é “Hipoassimilativo” (não busca os


objetos proativamente, só realiza atividades a partir de estímulos recebidos) ou hiperassimilativo
(busca proativamente os objetos e desenvolve as atividades sem estímulo). O terapeuta deve explorar
os seus conhecimentos com perguntas geradas a partir da atividade desenvolvida, visando identificar
seu desempenho na linguagem, fala e escrita(inexistente, silábica, fluente), gosto pela matemática, por
desenho, comportamental (Expansiva, tímida, agressiva, resistente ao às atividades propostas) . Nesse
momento já poderá ser possível estabelecer algumas hipóteses que orientarão as ações nas sessões
seguintes. Na EOCA pode se estabelecer um primeiro sistema de hipóteses, as quais deverão ser
validadas durante a aplicação das Provas Operatórias.

3, 4, 5 – Aplicação de Provas Operatórias de Piajet/Visca


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As provas Operatórias de Piaget incluem provas de conservação, conservação de pequenos


conjuntos discretos, conservação de matéria, conservação de líquido, conservação de comprimento,
conservação de superfície, conservação de peso, conservação de volume, Seriação, Dicotomia,
Inclusão de classes, Unidimensional, Bidimensional, Tridimensional, Provas de pensamento Formal,
Combinação de Fichas, Predição.

Estabelecimento do segundo sistema de hipóteses.

6, 7 – PROVAS PROJETIVAS

As técnicas projetivas analisam o lado afetivo do aprendente, como constrói as relações com
as pessoas à sua volta, família, amigos, ensinantes. São provas que utilizam desenhos, conversas,
relatos do seu dia.

Aqui se conclui o parecer final da avaliação que deve ser usado como base para elaboração do
relatório.

8 – SESSÃO DEVOLUTIVA

Na sessão Devolutiva é realizada entrega do Relatório Psicopedagógico. Nele deverá constar


todos os dados do analisado e conter o relato da metodologia aplicada, sua fundamentação, bem como
dos resultados alcançados nas provas aplicadas ressaltando os aspectos referentes ao estágio de
desenvolvimento cognitivo, linguagem falada e escrita, raciocínio lógico, memória de curto e longo
prazo, memória de trabalho, estados de atenção (concentrada, dividida, distraibilidade), funções
executivas, velocidade de processamento. Estabelecimento de melhores resultados na aprendizagem
sistemática ou assistemática, verificação de comorbidades psicológicas ou orgânicas.

O Profissional deve considerar a necessidade de solicitar parecer de outros profissionais


(neuropsicólogo, fonoaudiólogo, neuropediatra), bem como, de testes especializados como por
exemplo de audiometria, acuidade, visual, estados nutricionais (Vitaminas A, B, C, D e E), presença de
sintomas de enfermidades genéticas ( Síndrome do X Frágil, Galactosemia), anemias, carência de
ferro.

O Relatório Psicopedagógico deve ser comentado com os responsáveis buscando, o


Profissional, dirimir todas as dúvidas dos responsáveis, e realizar os encaminhamentos julgados
pertinentes (TO, Fono, Neuro). Nele deve constar as conclusões a que chegou o Profissional,
lembrando que quem dá diagnóstico é o médico, daí a necessidade de solicitar laudos do neuropediatra
e confrontá-lo com os resultados das avaliações da equipe multidisciplinar (outros profissionais
consultados).
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Acompanhamento Psicopedagógico Clínico


Paciente: ________________________________________ Data nascimento: ____/____/_____

Escola: ___________________________________ Série: __º Turno: ___________________

Nome dos Pais: ______________________________ , e _____________________________ Telefone: ___________

Horário de atendimento: _________

Procedimento Avaliação ( ) Tratamento ( )

___________________ ________________________

Psicopedadogo(a) Responsável

Data GUIA Nº Assinatura Observação


Sessão Frequência

___/___/____ 1º Entrevista c/ Pais

___/___/____ 2º E.O.C.A

___/___/____ 3º Provas Op. Piaget

___/___/____ 4º Provas Op. Piaget

___/___/____ 5º Provas Op. Piaget

___/___/____ 6º Técnica Projetiva

___/___/____ 7º Técnica Projetiva

___/___/____ 8º Outros Testes

___/___/____ 9º 10º Devolução


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PSICOPEDAGOGIA
Data: ____/____/____

Numero______________

Anamnese Infantil

Entrevista/Anamnese com a Mãe/Pai (Spreen & Strauss, 1998)

1 – Identificação

Nome:___________________________________________________________________________

Idade: ____________________Data de Nascimento: ___________________________________

Sexo:_______________________Escolaridade:_________________________________________

Escola:___________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Pai:__________________________________________

Idade:_____________________Profissão:______________________________________________

Mãe:____________________________________________________________________________

Idade:_____________________Profissão:______________________________________________

Telefones: ______________________________________________________________________

2 – Encaminhamento: ____________________________________________________________

3 – Queixa ou motivo da consulta

Queixa principal:_________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Outras Queixas:__________________________________________________________________

Atitude frente as queixas:

a) Mãe:_________________________________________________________________________
b) Pai: __________________________________________________________________________
c) Parentes:______________________________________________________________________

Medicamentos:_____________________________________________________________________
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________________________________________________________________________________

Paciente sendo acompanhado por outro profissional:_________________________________

________________________________________________________________________________

Solicitar exames

4 – Antecedentes Pessoais

Concepção

A criança foi desejada?___________________________________________________________

Posição na ordem das gestações:____________________________________________________

Abortos:_________________________________________________________________________

Gestação

Fez pré-natal, como foi a evolução? Lembra como se sentia? Doenças / Sensações / Quedas / Medicamentos /
Exposição a Rx / Uso de cigarro, álcool e outras drogas.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Condições do Nascimento

( ) Em casa ( ) Maternidade

Desenvolvimento do parto

( ) Natural ( ) Fórceps ( ) Cesariana

Posição do Nascimento

( ) De cabeça ( ) Ombro ( ) Nádegas

Desenvolvimento Neuropsicomotor

Primeiras reações:

( ) Chorou ( ) Vermelho ( ) Roxo

( )Anóxia ( ) Icterícia ( ) Precisou de oxigênio

( ) Incubadora

Alta hospitalar:__________________________________________________________________

Como foi o clima familiar na recepção da criança?


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________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Sorriu?___________________ Equilíbrio de pescoço?_________________________________

Engatinhou?___________________Sentou?_________________________________________

Andou?______________________Falou as primeiras palavras?__________________________

Falou corretamente?______________Trocou letras?_____________________________

Gaguejou?_________________Dentição ( 1 e 2)________________________________________

Controle dos esfíncteres: Anal diurno_____________________

Vesical diurno_____________ noturno_____________________

Estava sob os cuidados de quem? _______________________________________________

Manipulações

Usou chupeta ________________Chupou o dedo _______________________________________

Roe unhas _____________________ Puxa a orelha ___________________________________

Arranca os cabelos ____________ Morde os lábios ___________________________________

Tíques ________________________________________________________________________

Atitude tomada diante desses hábitos __________________________________________

Sono

Dorme bem________________ Pula quando dorme________________________________________

Baba a noite___________________ Sudorese__________________________________________

Acorda várias vezes durante a noite e torna a dormir_______________________________

Fala dormindo_______________Grita_________________________________________________

Range os dentes________________ Sonâmbulo_________________________________________

Pesadelos_________________________________________________________________________

Alimentação

Foi amamentado no peito, atitude no desmame, como são os hábitos alimentares.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Escolaridade

Vai bem na escola?________________________________________________________


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Gosta de estudar_________________________________________________________________

Histórico escolar____________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Gosta da escola_______________________________________________________________

Queixas de comportamento ______________________________________________________

________________________________________________________________________________

Dificuldade em escrita____________________________________________________________

Dificuldades em cálculo ________________________________________________________

Dificuldades em leitura _______________________________________________________

Outras dificuldades ______________________________________________________________

Preferência lateral _______________________________________________________________

Vida social

Prefere brincar sozinho ou com os amigos, afetividade, família, amizades, parentes, círculo de convivências.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Sexualidade

Curiosidades sexual, atitudes dos pais, masturbação, educação sexual.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Doenças

Febre, convulsões, operações, anestesia, alergias.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________
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5 - Antecedentes familiares

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

6 - Habilidades não-acadêmicas

Esportes, bicicleta, joga bola, vídeo-game, leitura, tarefas domésticas, interesse por mecânica, aparelhos
eletrônicos, instrumentos musicais.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

7 - Ambiente familiar

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Observações

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________
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ENTREVISTA FAMILIAR EXPLORATÓRIA SITUACIONAL (E.S.E.F.))


Há diálogo livre entre os três?

( ) sim ( ) não

Um respeita a opinião do outro, dando-lhe tempo para falar?

( ) sim ( ) não

O desacordo pode ser explicitado?

( ) sim ( ) não

Os pais permitem as interrupções do aluno, deixando-o discordar, acrescentar ou modificar fatos por
eles relatados?

( ) sim ( ) não

Alguém fala mais, impedindo a expressão do restante da família?

( ) sim ( ) não

Obs.: Nesse caso é fundamental pedir a opinião de todos, ao mesmo tempo em que percebe como
se estrutura a definição de limites dentro do próprio grupo familiar.

Qual o nível de ansiedade?

( ) Pedido de urgência no atendimento

( ) Solicitação de frequência excessiva de sessões

( ) Solicitação de horários inadequado

Conhecimento que o paciente tem do motivo de estar no psicopedagogo.


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

Como compreendem a explicação sobre o que é uma avaliação psicopedagógica?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

Que aspectos escolhem para começar a expor a situação?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

___________________

Psicopedadogo(a)
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QUADRO RESUMO DAS PROVAS OPERATÓRIAS BASEADO EM UMA PROPOSTA DE VISCA


Procedimentos e 1ªmodif. 2ª modif 3ª modif Nível modif Argumentos utilizados/

Resultados Observações

Provas de Conservação C NC C NC C NC 1,2 ou 3

Conservação pequenos conjuntos discretos

Conservação de matéria

Conservação de líquido

Conservação de comprimento

Conservação de superfície

Conservação de peso

Conservação de volume

Demais operatório concreto

Seriação

Dicotomia

Inclusão de classes

Unidimensional

Bidimensional

Provas de pensamento formal

Combinação de fichas

Predição

Tridimensional

Conclusão

C – Conserva NC – Não Conserva


Brasília, ____ de ______________ de 20_____
__________________________________
PSICOPEDAGOGO
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NOME: V. T. D. O.
DATA DE NASCIMENTO: 18/11/2009
PERÍODO DE AVALIAÇÃO: 10 /11 / 2015 A 11 / 12 / 2015
ESCOLA: Jardim Escola 208
SÉRIE: Jardim II

AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

V. T. D. O., nascida em 18/11/2009, atualmente com 06 anos de idade.

1.ENCAMINHAMENTO
Foi encaminhado para avaliação psicopedagógica pelos Pais.

O encaminhamento para avaliação psicopedagógica, partiu da queixa de que a


paciente em questão apresenta falta de atenção e distraibilidade, o que dificulta o nível de
aprendizagem.

2. PROCEDIMENTOS

A Avaliação Psicopedagógica tem por objetivo verificar o desempenho do paciente no


que diz respeito aos domínios cognitivos: Linguagem, memória, orientação, concentração e
atenção.

Apesar da queixa relatada, a cliente mostra interesse, é curiosa e é inteligente,


precisando de estímulos e de recursos pedagógicos adequados para desenvolver suas
habilidades cognitivas, apesar de demonstrar uma certa inquietação quando o que lhe é
apresentado foge do seu domínio de conhecimento e interesse.

A avaliação se deu no período de 10 /11 / 2015 A 11 / 12 / 2015, com oito sessões


com duração de 50 minutos de análise diagnóstica.

No diagnóstico foram utilizados os seguintes recursos avaliativos:

- Anamnese: Entrevista com a mãe do cliente


- E.O.C.A (Entrevista operativa centrada na aprendizagem)
- Testes Pré-operacionais de Visca
- Testes Operatórios
- Testes Projetivos.
- Sessão devolutiva

Foi possível constatar que o comportamento apresentado até então, reflete questões
múltiplas resultantes da construção e constituição do sujeito e das relações estabelecidas
com os ensinantes e com o mundo.
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A paciente, com o passar das sessões, demonstrou verbalizar bem as palavras,


demonstrando ter uma imaginação muito ativa, não raro fugindo aos temas propostos, sua
fala tem lógica e sequência de fatos. Conversou com o terapeuta, inicialmente, com
reservas, o que foi melhorando com o decorrer das sessões. O tom de voz é normal,
gesticulando bastante para se expressar, demonstrando ansiedade na realização das tarefas
propostas.
No aspecto corporal, a analisada demonstrou ter consciência do seu próprio corpo.
Quanto à lateralidade, obedeceu bem aos comandos mostrando domínio correto. Na
aplicação de tarefas utilizadas para observar a noção espacial, demonstrou dificuldades no
encaixe das peças, por tentativa e erro, no que diz respeito ao aspecto temporal
demonstrou-se confusa na sequencia de dias da semana.

2. ANÁLISE DOS RESULTADOS

a. Aspectos cognitivos: detectaram-se, dificuldades, já citadas nas relações


espaçotemporais, de casualidade, além de limitações no raciocínio lógico-matemático. A
atenção é prejudicada quando a tarefa se apresenta mais longa. Quanto à linguagem,
apresenta uma boa verbalização oral, apresentando resistência ao reconhecimento das
letras, porém, após insistência demonstra conhecer o alfabeto.
b. Aspectos pedagógicos: Apresenta resistência para aprender coisas novas,
preferindo permanecer na área de conforto, porém, ao dominar certo conhecimento
apresenta vontade de demonstrar. Os testes pré-operatórios, indicam encontrar-se no
estágio intuitivo global, compatível com sua faixa etária.
c. Aspectos orgânicos: Não apresenta aspectos orgânicos negativos que possam
justificar fraco desempenho cognitivo. Apresenta impaciência em tarefas mais longas.
d. Aspectos afetivos: As observações, realizadas nas sessões de consultório, revelam
uma criança reservada, que apresenta resistência ao cumprimento de regras, uma tendência
a querer fazer valer a sua vontade, mas, ao mesmo tempo, educada e colaborativa,
apresentando alto grau de ansiedade quando não consegue realizar aquilo a que deseja,
buscando sempre satisfazer as suas vontades. Os testes projetivos revelam uma criança que
se vê no centro da família, demonstrando afeto pelos entes familiares.

3. CONCLUSÕES

V. T. D. O., de acordo com o resultado dos testes realizados, seguindo o protocolo de


Piaget e Wisca, encontra-se no estágio de desenvolvimento pré-operatório intuitivo global,
apresentando dificuldades de resolução de questões simples, mesmo quando se apresentam
de forma concreta. dificuldades, que podem interferir no nível de aprendizagem no que diz
respeito à Capacidade Operativa, compatível com seu histórico escolar, denotando
basicamente, questões relacionadas ao estágio de desenvolvimento cognitivo que podem
ser resgatado, através de terapia cognitiva (acompanhamento psicopedagógico), com
ações que levem em consideração ações no mínimo em três ocasiões: em casa, na escola e
no ambiente terapêutico.
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Apresenta melhor rendimento na aprendizagem assistemática revelando,


inicialmente, resistência ao letramento, porém, com bom rendimento ao fixar-se na
atividade.

No aspecto comportamental sugere-se aprofundar o estudo visando verificar


possível ocorrência de algum grau de Transtorno Opositivo Desafiante.

Sugere-se que, no ambiente escolar, seja colocada em posição próxima ao Professor


e que, o docente, apresente questões o mais concretas possíveis, considerando o estágio
de desenvolvimento em que se encontra, bem como, buscar o ponto de equilíbrio no que
diz respeito ao cumprimento das atividades propostas.

Bsb, 10 de novembro de 2015

Francisco Nunes
Psicopedagogo – ABPp 15/732
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. ASSUMPÇÃO Jr, F. B. Transtornos Invasivos do Desenvolvimento Infantil. São Paulo: Lemos Editorial,
1997.
2. ATTWOOD, T. A Síndrome de Asperger: um guia para pais e profissionais. Lisboa: Verbo, 1998.
3. BAPTISTA, C. R. & BOSA, C. Autismo e Educação: reflexões e propostas de intervenção. Porto Alegre:
Artes Médicas, 2002.
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