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E-BOOK

PSICOPEDAGOGIA
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Ao longo do Curso abordaremos alguns tópicos
importantes dentro da Psicopedagogia, tais como
psicomotricidade, plano de intervenção psicopedagógica,
psicopatologia, psicogênese. Faremos uma reflexão, pois
é por meio dos seus métodos que se estuda o problema
presente no individuo ao entrever as potencialidades
cognitivas, afetivas e sociais para um melhor
desenvolvimento nas atividades em que a pessoa
desempenha.

Nesta primeira aula será abordado o papel do


Psicopedagogo e o Plano de Intervenção
Psicopedagógica.

A psicopedagogia é o ramo da psicologia que tem em


atenção os fenômenos de foro psicológico para chegar a
uma formulação mais adequada dos métodos didáticos e
pedagógicos. Trata dos fundamentos do sujeito e do
objeto de conhecimento e da sua inter-relação com a
linguagem e a influência sócio-histórica, dentro do
contexto dos processos cotidianos da aprendizagem.
Por outras palavras, é a ciência que permite estudar a
pessoa e o seu meio envolvente nas várias etapas de
aprendizagem que abarca a sua vida

E para aqueles que possuem dificuldades no


aprendizado, a psicopedagogia pode servir como meio de
promoção da participação. Mas essa promoção da
participação ou delegação de poder não servirá apenas
no que diz respeito a educação no que está ligado a
alfabetização, mas também possui relação com a ordem
emocional, por exemplo. A psicopedagogia pode abordar
conhecimentos que fazem parte de áreas como
neurociência e até mesmo da antropologia.

A psicopedagogia surge como uma maneira de encontrar


respostas para o aprendizado dificultoso, ela também
busca identificar a relação que existe entre essa
dificuldade e as desigualdades sociais
Ela desenvolve-se como disciplina científica a partir de
meados do século XX, com um enfoque interdisciplinar e
combinando conhecimentos da educação e da saúde
mental. Foram os psicólogos Juliette Favez-Boutonnier e
George Mauco os responsáveis por criarem os primeiros
centros de psicologia pedagógica no ano de 1946.

O que eles faziam nesses centros eram ajudar na


reeducação de crianças que estavam apresentando
comportamentos considerados inadequados, seja na
escola ou no ambiente familiar, por exemplo. Nesses
centros também se prestava auxílio as crianças com
dificuldade de aprendizagem. No processo, eles
buscavam conhecer a criança e o ambiente na qual ela
estava inserida. A psicopedagogia se ocupa do processo
de aprendizagem e suas variações e da construção de
estratégias para a superação do não-aprender, tendo
como um de seus focos principais a autoria do
pensamento e da aprendizagem.
E o papel do Psicopedagogo é estudar os processos de
aprendizagem das crianças, adolescentes e adultos. Ele
identifica as dificuldades e os transtornos que interferem
na assimilação do conteúdo, fazendo uso de
conhecimentos da pedagogia, psicologia e da
antropologia para analisar o comportamento do aluno e
também promove intervenções em caso de fracasso ou
de evasão escolar. Por meio dos métodos da
psicopedagogia, estuda o problema presente no
individuo ao entrever as potencialidades cognitivas,
afetivas e sociais para um melhor

Desenvolvimento nas atividades que a pessoa


desempenha, assim há necessidade da realização do
Plano de Intervenção Pedagógica. Um profissional em
psicopedagogia deve dominar as bases epistemológicas
do saber psicopedagógico, com as suas noções básicas e
os eixos conceptuais. Da mesma forma, deve conhecer as
ciências auxiliares que contextualizam o seu
desempenho profissional e todas as aplicações que estas
abrangem relacionadas ao pensamento e ao
desenvolvimento na sua condição de ser humano
Cabe aos psicopedagogos estudarem, prevenirem e
corrigirem as dificuldades que possa apresentar um
individuo no processo de aprendizagem, ainda que este
tenha um quociente de inteligência (QI) dentro dos
parâmetros considerados normais mas que apresente
dificuldades na sua aprendizagem. Assim, é ele que
estudará o fenômeno de adaptação que implica o
desenvolvimento evolutivo da mente, com o processo de
ensino-aprendizagem.

A intervenção psicopedagógica é um procedimento


realizado pelo psicopedagogo com o intuito de melhorar
o processo de aprendizagem e promover a autonomia e
autoestima dos educandos. A interferência no processo
de desenvolvimento acontece após o diagnóstico
psicopedagógico (anamnese). A partir dessa avaliação, o
profissional traça um plano de intervenção capaz de
auxiliar o aluno a conquistar o sucesso escolar.
De modo geral, a intervenção psicopedagógica é
necessária quando verifica-se problemas de
aprendizagem, que criam déficits de conhecimentos nas
crianças. O psicopedagogo passa a mediar a relação do
aluno com a construção do saber. Existem diferentes
recursos, técnicas e metodologias que podem ser
adotados em uma intervenção. A escolha de cada um
dependerá do quadro analisado. Um dos principais
recursos utilizados é o jogo. A ludicidade pode ser
adaptada a diferentes situações e transformada em jogo.
Através dos jogos o psicopedagogo pode interferir no
desenvolvimento do aluno, estimular a sua criatividade,
verificar como lida com as situações, proporcionar
momentos de lazer e estabelecer contatos sociais.

De modo geral, a intervenção psicopedagógica é


necessária quando verifica-se problemas de
aprendizagem, que criam déficits de conhecimentos nas
crianças. O psicopedagogo passa a mediar a relação do
aluno com a construção do saber. Existem diferentes
recursos, técnicas e metodologias que podem ser
adotados em uma intervenção.
A escolha de cada um dependerá do quadro analisado.
Um dos principais recursos utilizados é o jogo. A
ludicidade pode ser adaptada a diferentes situações e
transformada em jogo.

Por meio dos jogos o psicopedagogo pode interferir no


desenvolvimento do aluno, estimular a sua criatividade,
verificar como lida com as situações, proporcionar
momentos de lazer e estabelecer contatos sociais. A
importância da intervenção psicopedagógica está
relacionada a própria importância do psicopedagogo na
escola. E esta atuação é fundamental para garantir o bom
desempenho escolar e a inclusão de estudantes com
problemas na aprendizagem.

É importante ressaltar que o trabalho do psicopedagogo


deve ser realizado em conjunto com a escola e a família.
Dessa forma, é possível alcançar os resultados esperados
e contribuir de forma significativa para a melhora do
desenvolvimento escolar das crianças.
Alguns passos para realizar uma intervenção
psicopedagógica:

Analisa-se com mais atenção e cautela os erros dos


alunos;
Elabora-se a reformulação e adequação das práticas
docentes, para que elas se aproximem da necessidade
dos alunos e atenda as dificuldades que o mesmo
apresenta;

Recomenda-se que o professor em conjunto com a escola


e o psicopedagogo, reflita sobre a estrutura curricular e
sua compatibilidade com a estrutura cognitiva, afetiva e
social do aluno com déficit de atenção, afinal para nós
psicopedagogos a aprendizagem baseia-se no equilíbrio
dessas estruturas.

Avalia-se o enfoque psicopedagógico da dificuldade de


aprendizagem em crianças com déficit de atenção, os
processos de desenvolvimento e os caminhos da
aprendizagem, entendendo o aluno de forma individual e
interdisciplinar, buscando apoio em diversas áreas do
conhecimento, analisando a aprendizagem no contexto
escolar, familiar e no aspecto afetivo, cognitivo e
biológico
PASSO 1: ATENÇÃO ÀS DIFICULDADES TRABALHADAS

A intervenção começa quando você está avaliando


(anamnese) a pessoa, pois já se percebe as dificuldades; e
independente de transtornos ou deficiências a
psicopedagogia trabalha com as dificuldades de qualquer
natureza, ou seja cognitivas, afetivas e sociais. Assim,
você precisa realizar está avaliação para ter a atenção
voltada para as dificuldades que serão trabalhadas

PASSO 2: CRONOGRAMA DE ATENDIMENTO

De acordo com as dificuldades e com os combinados


com a família, determinará o número de
atendimento que a criança terá. Assim é importante
um cronograma para atendimento e ou que
trabalhará as dificuldades encontradas. Não se
esqueça de colocar o tempo para o planejamento das
atividades que desenvolverá e sempre com o foco de
uma ou duas dificuldade para cada atendimento
PASSO 3: A ESCOLHA DAS ATIVIDADES
O cuidado com as escolha da atividade é
importantíssimo, pois cada atividade escolhida
precisa ter o objetivo de trabalhar uma ou duas, no
máximo, de dificuldade. Sabemos que uma única
atividade pode trabalhar diversas habilidades,
porém foque seu trabalho em apenas uma
dificuldade, até que ela esteja sanada. Assim não terá
dificuldades para registrar os avanços da criança.

PASSO 4: A ESCOLHA DO NÍVEL DE DIFICULDADE


DA ATIVIDADE
Outro passo importantíssimo, pois atividades muito
difíceis ou muito fáceis desestimulará a criança em
sua realização. Aqui entra a Teoria de Flow,
desenvolvida pelo Psicólogo Húngaro Mihaly, o
conceito descreve uma condição mental na qual o
indivíduo imerge completamente naquilo que está
fazendo, entrando em um estado de foco máximo
que o faz perder o sentido de espaço e tempo.
PASSO 5: REGISTRO E DEVOLUTIVA
Registrar – Nunca confie apenas em sua memória,
realize no tempo certo os registros dos avanços ou
retrocesso das intervenções. Como a criança lidou com a
dificuldade na atividade? Aquela atividade foi muito
fácil? Próximo atendimento será oferecido uma atividade
do mesmo nível ou já sse consolidou avanços?

Se não houve avanços, provavelmente as atividades


oferecidas estão em nível muito alto, assim reveja o
planejamento das atividades. E por fim não se esqueça de
periodicamente dar devolutivas para a família

Quanto tempo leva a intervenção? O tempo depende do


grau de dificuldade e capacidade de assimilação, bem
como o empenho da criança, pais e professores durante o
período da intervenção psicopedagógica.

Assim concluímos que para a Psicopedagogia, os papéis


de professores e alunos se alternam o tempo todo, pois
podemos afirmar que no processo ensino-aprendizagem
visto pela psicopedagogia também nos mostra sobre a
nossa forma de ensinar, na qual, os outros servem de
espelho
Para Vygotsky, todos os seres humanos são capazes de
aprender, mas é necessário que adaptemos nossa forma
de ensinar.

Para o segundo dia de Curso, veremos: Psicomotricidade.

Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de


estudo o homem por meio do seu corpo em movimento e
em relação ao seu mundo interno e externo. Está
relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a
origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.
Ela é sustentada por três conhecimentos básicos: o
movimento, o intelecto e o afeto. Portanto, é um termo
empregado para uma concepção de movimento
organizado e integrado, em função das experiências
vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua
individualidade, sua linguagem e sua socialização

COSTA (2002) diz que: “A Psicomotricidade baseia-se em


uma concepção unificada da pessoa, que inclui as
interações cognitivas, sensoriomotoras e psíquicas na
compreensão das capacidades de ser e de expressar-se, a
partir do movimento, em um contexto psicossocial. Ela
se constitui por um conjunto de conhecimentos
psicológicos, fisiológicos, antropológicos e relacionais
que permitem, utilizando o corpo como mediador,
abordar o ato motor humano com o intento de favorecer
a integração deste sujeito consigo e com o mundo dos
objetos e outros sujeitos.”
A psicomotricidade pode também ser definida como o
campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações
e as influências recíprocas e sistémicas entre o
psiquismo e a motricidade. Ela também é uma técnica
que tem como objetivo promover o desenvolvimento
cognitivo e afetivo através da realização de movimentos
organizados e integrados, podendo ser indicada para
todas as pessoas, principalmente para crianças e
adolescentes.

Segundo JEAN-CLAUDE COSTE (1981), “Em razão de seu


próprio objeto de estudo, isto é, o indivíduo humano e
suas relações com o corpo, a Psicomotricidade é uma
ciência encruzilhada... que utiliza as aquisições de
numerosas ciências constituídas (biologia, psicologia,
psicanálise, sociologia, linguística...) Em sua prática
empenha-se em deslocar a problemática cartesiana e
reformular as relações entre alma e corpo: O homem é
seu corpo e NÃO - O homem e seu corpo”.

A psicomotricidade é uma ferramenta muito utilizada no


tratamento de paralisia cerebral, esquizofrenia,
síndrome de Rett, dificuldade de aprendizagem, atrasos
no desenvolvimento, deficiências físicas e alterações
neuronais, por exemplo.
Geralmente essa terapia dura cerca de uma hora e pode
ser realizada uma ou duas vezes por semana,
contribuindo positivamente para o desenvolvimento e
aprendizagem infantil e qualidade de vida.

A psicomotricidade tem como objetivo melhorar os


movimentos do corpo, a noção do espaço onde se está, a
coordenação motora, equilíbrio e também o ritmo. Os
objetivos são alcançados por meio de brincadeiras como
correr, brincar com bolas, bonecas e jogos. Se observa o
funcionamento emocional e motor do indivíduo e utiliza
outras brincadeiras para corrigir as alterações à nível
mental, emocional ou físico, de acordo com a
necessidade de cada um.

QUANDO É INDICADA?

Algumas situações em que a técnica de psicomotricidade


pode ser indicada são:
Dificuldade de aprendizagem, como dislexia e déficit de
atenção, por exemplo;
Alterações na memória;
Hiperatividade;
Agressividade;
Problemas posturais;
Dispraxia, que corresponde a dificuldades motoras
Dessa forma, a psicomotricidade pode ser feita com
crianças de possuem paralisia cerebral, alterações
genéticas, como a síndrome de Rett, ou mentais, como a
esquizofrenia, por exemplo, além de também poder ser
recomendada para todas as crianças que possuem
alguma alteração no seu desenvolvimento e ou
dificuldade de aprendizagem.

Dessa forma, a psicomotricidade pode ser feita com


crianças de possuem paralisia cerebral, alterações
genéticas, como a síndrome de Rett, ou mentais, como a
esquizofrenia, por exemplo, além de também poder ser
recomendada para todas as crianças que possuem
alguma alteração no seu desenvolvimento e ou
dificuldade de aprendizagem.

Na psicomotricidade existem alguns elementos que


devem ser trabalhados como tônus da postura, repouso e
sustentação, além do equilíbrio, lateralidade, imagem
corporal, coordenação motora, e estruturação no tempo
e no espaço. Alguns exemplos de atividades
psicomotoras que podem ser usadas para alcançar estes
objetivos são:
Jogo da amarelinha: é bom para treinar o equilíbrio
num pé só e a coordenação motora;

Andar sobre uma linha reta desenhada no chão: trabalha


o equilíbrio, coordenação motora e identificação
corporal;

Procurar uma bolinha de gude dentro de uma caixa de


sapato cheia de papel amassado: trabalha a lateralidade,
coordenação motora fina e global e identificação
corporal;

Empilhar copos: é bom para melhorar a coordenação


motora fina e global, e identificação corporal;

COMO É FEITA?
Desenhar a si mesmo com canetas e com tinta guache: trabalha a
coordenação motora fina e global, identificação corporal,
lateralidade, habilidades sociais.

Jogo - cabeça, ombro, joelhos e pés: é bom para trabalhar a


identificação corporal, atenção e foco;

Jogo da estátua: é muito bom para orientação espacial, esquema


corporal e equilíbrio;
Jogo da corrida do saco com ou sem obstáculos: trabalha
orientação espacial, esquema corporal e equilíbrio;

Pular corda: é ótimo para trabalhar a orientação no


tempo e no espaço, além de equilíbrio, e identificação
corporal.

Estas brincadeiras são excelentes para ajudar no


desenvolvimento e sanar dificuldades de aprendizagem.
Normalmente cada atividade deve estar relacionada com
a idade da criança, porque bebês e crianças com menos
de 2 anos não irão conseguir pular corda, por exemplo.

Certas atividades podem ser realizadas com apenas uma


criança ou em grupo, e as atividades em grupo são boas
para ajudar na interação social que também é importante
para o desenvolvimento motor e cognitivo.

As metas da psicomotricidade são:

Motivar a capacidade sensitiva através das sensações e


relações entre o corpo e o exterior (o outro e as coisas);
METAS
Certas atividades podem ser realizadas com apenas uma
criança ou em grupo, e as atividades em grupo são boas
para ajudar na interação social que também é importante
para o desenvolvimento motor e cognitivo.

As metas da psicomotricidade são:

-Motivar a capacidade sensitiva através das sensações e


relações entre o corpo e o exterior (o outro e as coisas);

Cultivar a capacidade perceptiva através do


conhecimento dos movimentos e da resposta corporal;

- Organizar a capacidade dos movimentos representados


ou expressos através de sinais, símbolos, e da utilização
de objetos reais e imaginários;

- Fazer com que as crianças possam descobrir e


expressar suas capacidades, através da ação criativa e da
expressão da emoção;

- Ampliar e valorizar a identidade própria e a auto-


estima dentro da pluralidade grupal
Criar segurança e expressar-se através de diversas
formas como um ser valioso, único e exclusivo;
Criar uma consciência e um respeito à presença e ao
espaço dos demais.

Considerando-se que existe uma forte correlação entre


os desenvolvimentos motores e intelectuais, e de suma
importância a estimulação do desenho infantil, que
representa seu primeiro “tesouro” expressivo, que muito
irá contribuir para o desenvolvimento e
consequentemente para a construção de sua linguagem e
aprendizagem

O desenho é uma atividade espontânea e como tal, deve-


se respeitá-la e considerá-la como a grande obra das
crianças. Se a criança tem vontade de desenhar, anime-a
sempre que o faça. O ideal seria que todas as crianças
pudessem ter, desde cedo, algum contato com o lápis e o
papel. Começarão com rabiscos e logo estarão
desenhando formas mais reconhecíveis. Quanto mais a
criança desenhar, ela se aperfeiçoará, e mais benefícios
se notará no seu desenvolvimento. O desenho facilita e
faz evoluir a criança na:
DESENHO

- Psicomotricidade fina;
- Aprendizagem (leitura e escrita);
- Confiança em si mesma;
- Exteriorização de suas emoções, sentimentos e
sensações;
- Comunicação com os demais e consigo mesma;
- Criatividade;
- Formação da sua personalidade;
- Maturidade psicológica.

A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE

A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva


para a formação e estruturação do esquema corporal e
tem como objetivo principal incentivar a prática do
movimento em todas as etapas da vida de uma pessoa.
Por meio das atividades, as pessoas, além de se
divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o
mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais se
recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um
lugar de destaque na vida desde a infância
A Psicomotricidade nada mais é que se relacionar por
meio da ação, como um meio de tomada de consciência
que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser
natureza e o ser sociedade. A Psicomotricidade está
associada à afetividade e à personalidade, porque o
indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente.
VITOR DA FONSECA (1988), comenta que a
"PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a
integração superior da motricidade, produto de uma
relação inteligível entre a pessoa e o meio.

Já na Educação Infantil, a criança busca experiências em


seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o
esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá
permitir a compreensão da forma como a criança toma
consciência do seu corpo e das possibilidades de se
expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo
e no espaço. O movimento humano é construído em
função de um objetivo. A partir de uma intenção, o
movimento transforma-se em comportamento
significante. É necessário que toda criança passe por
todas as etapas para o desenvolvimento da linguagem.
Segundo Barreto (2000), “O desenvolvimento psicomotor
é de suma importância na prevenção de problemas da
aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da
direcional idade, da lateralidade e do ritmo”. A educação
da criança deve evidenciar a relação por meio do
movimento de seu próprio corpo, levando em
consideração sua idade, a cultura corporal e os seus
interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada
necessita que sejam utilizadas as funções motoras,
perceptivas, afetivas e sócio-motoras, pois assim a
criança explora o ambiente, passa por experiências
concretas, indispensáveis ao seu desenvolvimento
intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e
do mundo que a cerca.

Concluímos que na psicomotricidade existe uma relação


entre motricidade e afetividade, e que não devemos
considerar apenas que são exercícios estimuladores e
isolados, mas sim ter em mente uma ação capaz de
proporcionar estímulos para o desenvolvimento
saudável da vida intelectual e emocional das pessoas.

A importância da psicomotricidade é apresentada para


buscar maior compreensão da necessidade de se
trabalhar o corpo e a mente, de modo que a criança
domine seus movimentos e melhore sua expressão
corporal
Percebe-se então que a psicomotricidade deve ser
trabalhada desde os primórdios de nossa existência,
Fonseca (1996) coloca que:

(...) alfabetizar a linguagem do corpo e só então caminhar


para as aprendizagens triviais que mais não são que
investimentos perceptivo-motor ligados por
coordenadas espaços-temporais e correlacionados por
melodias rítmicas de integração e resposta.

Por meio da psicomotricidade a criança passa por


experiências e desenvolve sua individualidade, sua
linguagem e socialização.

Para o terceiro dia de Curso, veremos: Psicopatologia.

PSICOPATOLOGIA

A psicopatologia pode ser definida como o ramo da


psicologia que estuda os fenômenos patológicos ou
distúrbios mentais e outros fenômenos anormais. Ela
tenta, especialmente, estabelecer a diferença entre o
normal e o patológico. O objetivo da psicopatologia não
deve ser confundido com o da psiquiatria. O seu campo é
mais restrito e se limita ao estudo dos fenômenos
anormais da vida mental e tem como método a
fenomenologia
Na antiguidade greco-latina, as doenças mentais eram
vistas como corpos que sofrem e almas que geram a
desordem. Por sua vez, a idade média impõe o poder do
religioso para explicar e tratar os casos patológicos. O
século das luzes abre mais a porta aos processos de cura
do que à tentativa de descrição das doenças.

Segundo Pierre Pichot, psicólogo e psiquiatra francês, o


termo psicopatologia foi empregue pela primeira vez em
1876, na Alemanha, mas com um sentido semelhante ao
de psicologia clínica. O seu nascimento, como método e
disciplina própria, ocorre bem mais tarde.

Na França, no início do século XX, Théodule Ribot (1839-


1916) criou com a psicologia científica o método
patológico, que permitiu, ao estudar o que é o patológico,
compreender a psicologia normal. Pouco tempo depois,
Karl Jaspers institui o termo psicopatologia, ao publicar
o seu livro Psicopatologia geral em 1913, na Alemanha.

A psicopatologia nasce no início do século XX em França,


no momento em que a psicologia, como disciplina
científica, se começa a separar da filosofia.
Na medicina, Claude Bernard vai salientar o interesse do
estudo fisiopatológico, que será tomado como modelo
pela psicopatologia.

Sigmund Freud, entre outros, iniciam um longo caminho


para a elaboração de uma nosografia do psicopatológico,
ou seja, uma classificação das doenças mentais e, mais
tarde, vai surgir uma classificação que apresenta três
grandes categorias: a das psicoses, a das neuroses e a das
psicopatias.

As psicoses são doenças mentais de certa duração na


qual os indivíduos perdem frequentemente o contacto
com a realidade e não apresentam, na maioria das vezes,
consciência do seu problema.

As neuroses correspondem a perturbações psíquicas que


apresentam muitos conflitos e, em geral, enfraquecem a
personalidade.

E as psicopatias são percebidas como alterações do


comportamento que resultam de perturbação da
personalidade ou de desadaptação dos indivíduos, em
relação a si mesmos ou ao ambiente em que se integram.
A psicopatologia nasceu à sombra da psiquiatria, mas
enquanto esta tem como objetivo a cura, a profilaxia (uso
de medidas sistemáticas para evitar, prevenir uma
doença) e a reeducação, fazendo uso de modelos
medicinais e

bioquímicos para a resolução de problemas, a


psicopatologia procura observar, conhecer e
compreender através de um método clínico e
psicoterapêutico.

O desenvolvimento deste ramo da psicologia e das suas


diferentes correntes, proporciona aplicações igualmente
diferentes. Neste sentido, é de referir duas grandes
vertentes da psicopatologia: uma psicodinâmica (que
tem como base a psicanálise e como método específico o
clínico) e uma psicosistémica (que tem como base as
teorias comportamentais e como método específico o
experimental).

A psicopatologia contemporânea tenta integrar os


conhecimentos provindos de diversas ciências, visando
uma perspectiva cada vez mais biopsicossocial, isto é, de
um ponto de vista biológico, psicológico e social.
Dentro deste campo, a maior controvérsia de sempre é
entre a distinção e a definição do que é normal e do que é
patológico. Assim, muitos especialistas da psicopatologia
defendem que a saúde mental se traduz na capacidade de
interação e de mudança de um indivíduo.

Quanto maior for a sua capacidade de interação e de


mudança, melhor será a sua saúde mental. A
impossibilidade de cura é justificada pela incapacidade
do doente de "acatar" a mudança ou pela incapacidade de
resposta por parte do clínico.
Estabelecer o que é normal e o que é patológico foi
sempre algo real e problemático. Existirão sempre
dúvidas, até porque o que é normal ou o que é patológico
varia nos tempos, nas culturas e na maneira de encarar a
vida.
TRANSTORNOS MENTAIS em
Crianças e Adolescentes

Embora, às vezes, se admita que a infância e a


adolescência sejam períodos de despreocupação e
bênçãos, cerca de 20% das crianças e adolescentes
apresentam um ou mais distúrbios mentais
diagnosticáveis
A maioria destes distúrbios pode ser vista como exageros
ou distorções do comportamento. Assim como os
adultos, as crianças e os adolescentes têm temperamento
variável.

Alguns são tímidos e reticentes; outros são socialmente


exuberantes. Alguns são metódicos e cautelosos; outros
são impulsivos e descuidados. Pode-se notar se uma
criança tem o comportamento típico de uma criança ou
se tem um distúrbio pela presença de debilidades
relacionadas com os sintomas. Por exemplo, uma menina
de 12 anos pode estar receosa com a expectativa de
apresentar um trabalho escolar para sua classe. Esse
receio só pode ser visto como um transtorno de
ansiedade social de seus medos são graves o bastante
para causar aflição e evitação significativas.

O transtorno de ansiedade social é o medo persistente de


dificuldades, ridículo ou humilhação em ambientes
sociais. As crianças afetadas evitam situações que
possam provocar exposição social (como a escola). O
diagnóstico é pela história. O tratamento é feito com
terapia comportamental e os ISRS nos casos graves.

Muitos sintomas de disfunções se sobrepõem aos


comportamentos de desafios e de emoções de crianças
normais.
Portanto, muitas estratégias úteis para tratar problemas
comportamentais em crianças também podem ser
utilizadas em crianças com transtornos mentais. Além
disso, a condução apropriada dos problemas
comportamentais da infância pode diminuir o risco de
crianças com temperamento vulnerável do
desenvolvimento destes distúrbios. Além disso, o
tratamento eficaz de alguns transtornos (p. ex.,
ansiedade) durante a infância pode reduzir o risco de
transtornos de humor mais tarde na vida

Os distúrbios mentais mais comuns entre as crianças


e os adolescentes são divididos nas seguintes
categorias:

Transtornos de ansiedade;
Transtornos relacionados a estresse;
Transtornos do humor;
Transtorno obsessivo-compulsivo;
Transtornos comportamentais disruptivos (p. ex.,
transtorno de deficit de atenção/hiperatividade [TDAH],
transtorno de conduta e transtorno desafiador
opositivo);

Esquizofrenia e transtornos psicóticos relacionados são


bem menos comuns.

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE SOCIAL - O transtorno


de ansiedade social é o medo persistente de dificuldades,
ridículo ou humilhação em ambientes sociais. As crianças
afetadas evitam situações que possam provocar
exposição social (como a escola). O diagnóstico é pela
história. O tratamento é feito com terapia
comportamental e os ISRS nos casos graves.

TRANSTORNOS RELACIONADOS A ESTRESSE - O


transtorno de estresse agudo (TEA) e o transtorno de
estresse pós-traumático (TEPT) são reações a eventos
traumáticos.
As reações envolvem pensamentos ou sonhos intrusivos,
esquiva de lembranças do evento e efeitos negativos
sobre o humor, cognição, excitação e reatividade. TEA
tipicamente começa imediatamente após o trauma e
dura de 3 dias a 1 mês. TEPT pode ser uma continuação
do TEA ou pode se manifestar 6 meses após o trauma e
durar menos que 1 mês. O diagnóstico é por critérios
clínicos. O tratamento consiste em terapia
comportamental, psicoterapia, Inibidores Seletivos da
Recaptação de Serotonina (ISRS), ou antiadrenérgicos

TRANSTORNOS DO HUMOR - Transtornos depressivos


são caracterizados por tristeza e irritabilidade
suficientemente graves ou persistentes para interferir na
atividade normal ou provocar um distúrbio considerável.
O diagnóstico é por história e exame. O tratamento é
com antidepressivos, terapia de suporte e cognitivo-
comportamental ou uma combinação dessas
modalidades.

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO - Transtorno


obsessivo-compulsivo é caracterizado por obsessões,
compulsões ou ambas. Obsessões são ideias ou imagens
ou impulsos persistentes para realização de algo.
Compulsões são anseios patológicos para agir
impulsivamente, os quais, se forem contidos, resultam
em grande ansiedade e angústia. Obsessões e compulsões
causam grande angústia e interferem nas atividades
acadêmicas e sociais. O diagnóstico é pela história. A
terapia é comportamental e com Inibidores Seletivos da
Recaptação de Serotonina - ISRS.

TRANSTORNO DE DEFICIT DE
ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH) - Transtorno de
deficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma
síndrome de desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Há 3 tipos de TDAH, os que são predominantemente
desatentos, hiperativo/impulsivos e combinados. Os
critérios clínicos dão o diagnóstico. O tratamento inclui
medicação com estimulantes, terapia comportamental e
intervenções educacionais.

TRANSTORNO DE CONDUTA - Transtorno de conduta é


um padrão persistente ou recorrente do comportamento
que viola os direitos dos outros ou as principais normas e
regras próprias para a idade. O diagnóstico é pela
história. O tratamento de comorbidades e psicoterapia
pode ajudar; mas muitas crianças exigem supervisão
considerável.
TRANSTORNO DE CONDUTA - Transtorno de conduta é
um padrão persistente ou recorrente do comportamento
que viola os direitos dos outros ou as principais normas e
regras próprias para a idade. O diagnóstico é pela
história. O tratamento de comorbidades e psicoterapia
pode ajudar; mas muitas crianças exigem supervisão
considerável.

TRANSTORNO DESAFIADOR OPOSITIVO - O transtorno


desafiador opositivo é um padrão recorrente ou
persistente de comportamento negativo, desafiador ou
mesmo hostil direcionado contra figuras de autoridades.
O diagnóstico é pela história. O tratamento é feito com
psicoterapia individual associada a psicoterapias dos
pais e responsáveis. Ocasionalmente podem ser usados
fármacos para reduzir a irritabilidade.

ESQUIZOFRENIA - A esquizofrenia é definida como a


presença de alucinações e delírios causadores de
consideráveis disfunções psicossociais com duração
igual ou maior que 6 meses. Pesquisas recentes indicam
que há maior risco de desenvolvimento do transtorno
bipolar e a esquizofrenia em adolescentes que usam
produtos de Cannabis.
Esse maior risco não é explicado por fatores genéticos.
Há uma preocupação de que a recente legalização da
maconha possa dar aos adolescentes (e seus pais) uma
falsa sensação de que essa droga recreativa comum é
segura.

Qual a diferença entre os termos Psicopatia,


Psicopatologia e Psicose?

PSICOPATIA ou PSICOPATA – Em uma definição sucinta,


Psicopata (ou ainda Sociopata) é o termo mais comum
utilizado quando falamos de Transtorno de
Personalidade Antissocial, e define o indivíduo agressor
(que pode agredir tanto com palavras, quanto
fisicamente – com seus atos), que normalmente tem uma
aparência inofensiva e simpática, mas é manipulador,
capaz de seduzir e cativar as pessoas inicialmente e, com
o passar do tempo, a relação com um Psicopata pode se
tornar uma verdadeira prisão envolta por terror
psicológico
Qual a diferença entre os termos Psicopatia,
Psicopatologia e Psicose?

PSICOPATIA ou PSICOPATA – Em uma definição sucinta,


Psicopata (ou ainda Sociopata) é o termo mais comum
utilizado quando falamos de Transtorno de
Personalidade Antissocial, e define o indivíduo agressor
(que pode agredir tanto com palavras, quanto
fisicamente – com seus atos), que normalmente tem uma
aparência inofensiva e simpática, mas é manipulador,
capaz de seduzir e cativar as pessoas inicialmente e, com
o passar do tempo, a relação com um Psicopata pode se
tornar uma verdadeira prisão envolta por terror
psicológico.

Além de tudo, o Psicopata não sente remorso ou culpa,


ele pode ser convincente ao demonstrar
arrependimento, mas na prática suas atitudes não
mudam. Que fique claro, nem todo Psicopata é assassino,
nem toda pessoa que apresenta um comportamento
semelhante a este pode ser um Psicopata, o indivíduo
pode estar em uma fase de instabilidade emocional que,
com ajuda correta, poderá apresentar grandes mudanças
Assim não estamos aptos a fazer diagnósticos por conta
própria e identificando nossos amigos e familiares como
Psicopatas. Apenas uma avaliação psicológica segura
pode dizer se uma pessoa tem ou não este tipo de
transtorno.

PSICOPATIA, PSICOPATOLOGIA
e PSICOSE

PSICOPATOLOGIA – A Psicopatologia pode ser definida


como o estudo da natureza das doenças (patologias)
mentais (psico). Estuda então os fenômenos patológicos
ou os distúrbios mentais e outros fenômenos
considerados “anormais”. Considera-se que o
comportamento anormal seja um distúrbio ocasionado
pelo funcionamento patológico de alguma parte do
organismo, neste caso então, o cérebro especificamente.
Relacionando então o primeiro termo (PSICOPATIA ou
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL) e
este segundo (PSICOPATOLOGIA), pode-se dizer que a
Psicopatia é um tipo de Psicopatologia
PSICOSE – Psicose é caracterizada pelas distorções na
percepção da vida real de um indivíduo, pode incluir
falta de confiança sobre a realidade e mesmo sobre quem
se é (que são os delírios) e mesmo ver e ouvir coisas
inexistentes (alucinações). É um estado mental
patológico (ou seja, está presente então em algumas das
Psicopatologias) e pode levar o indivíduo a ter
comportamentos agressivos e antissociais. Inclui
momentos de descontrole e agitação. Algumas causas
também podem estar associadas às Psicoses, como o uso
de álcool e outras drogas (durante seu uso e em
momentos de abstinência), cistos ou tumores cerebrais,
demências, doenças degenerativas cerebrais, infecções
que podem afetar o cérebro, algumas drogas prescritas,
como esteroides e estimulantes, entre outros.

Concluímos que a psicopatologia é uma vital área das


ciências voltadas a saúde mental, estabelece leis e
padrões que auxiliam a melhor conhecer e tratar os
diversos fenômenos psicopatológicos que podem
envolver cada ser humano, ao passo que não podemos
deixar de olhar para a individualidade ao expor essa
pessoa a esses conceitos. O que a fenomenologia nos
propõe é pensar o homem a partir dele mesmo e não do
conceito pronto e redutivo que pode ser as classificações
mentais
Uma frase de Eleanor Longden – “A questão relevante na
psicopatologia não deve ser o que há de errado com você,
mas sim o que aconteceu com você.”

PSICOPEDAGOGIA e a AFETIVIDADE

Ao contrário do que pensa o senso comum, a Afetividade


não é simplesmente o mesmo que amor, carinho, dizer
sempre SIM, ou seja, sentimento apenas positivo,
segundo Wallon, o termo Afetividade se refere à
capacidade do ser humano ficar afetado positiva ou
negativamente tanto por sensações internas como
externas. A Afetividade é um dos conjuntos funcionais da
pessoa e atua, juntamente com a cognição e o ato motor,
no processo de desenvolvimento e construção do
conhecimento.

PIAGET, VYGOTSKY E WALLON

Sabemos que Piaget e Vygotsky, em seus estudos, deram


importância ao papel da Afetividade no processo de
aprendizagem, porém foi Wallon que trabalhou mais
profundamente esta questão, colocando que a vida
psíquica evolui a partir de três dimensões: motora,
afetiva e psíquica, que coexistem, atuam e se
desenvolvem de forma integrada e, mesmo que em
determinado momento uma dimensão pareça dominar,
essa dominância se alterna e as conquistas ocorridas em
uma são incorporadas às outras.
Portanto, a afetividade é um estado psicológico do ser
humano que pode ou não ser modificado a partir das
situações. Segundo Piaget, tal estado psicológico é de
grande influência no comportamento e no aprendizado
das pessoas juntamente com o desenvolvimento
cognitivo. Faz-se presente em sentimentos, desejos,
interesses, tendências, valores e emoções, ou seja, em
todos os campos da vida.

Diretamente ligada à emoção, a afetividade consegue


determinar o modo com que as pessoas visualizam o
mundo e também a forma com que se manifesta dentro
dele. Todos os fatos e acontecimentos que houve na vida
de uma pessoa traz recordações e experiências por toda a
sua história. Dessa forma, a presença ou ausência do
afeto determina a forma com que um indivíduo se
desenvolverá. Também determina a autoestima das
pessoas a partir da infância, pois quando uma criança
recebe afeto dos outros consegue crescer e desenvolver
com segurança e determinação

Para Wallon, “a dimensão afetiva ocupa lugar central,


tanto do ponto de vista da construção da pessoa quanto
do conhecimento”.
Para ele, a emoção, uma das dimensões da Afetividade, é
instrumento de sobrevivência inerente ao homem, é
“fundamentalmente social” e “constitui também uma
conduta com profundas raízes na vida orgânica”. Ele
afirma ainda que: o desenvolvimento humano acontece
em cinco estágios, nos quais são expressas as
características de cada espécie e revelam todos os
elementos que constituem a pessoa:

impulsivo-emocional (de 0 a 1 ano): onde o sujeito revela


sua afetividade por meio de movimentos, do toque,
numa comunicação não-verbal;

sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos): a criança já fala e


anda, tendo o seu interesse voltado para os objetos, para
o exterior, para a exploração do meio;

- personalismo (3 a 6 anos): fase da diferenciação, da


formação do “eu”, da descoberta de ser diferente do
“outro”;

categorial (6 a 10 anos): organização do mundo em


categorias leva a um melhor entendimento das
diferenças entre o “eu” e o “outro”;
puberdade, adolescência (11 anos em diante): acontece
uma nova crise de oposição, ou seja, o conflito eu-outro
retorna, desta vez como busca de uma identidade
autônoma, o que possibilita maior clareza de limites, de
autonomia e de dependência. É nessa fase que o
indivíduo se reconhece como Ser único, com
personalidade, com valores, com sentimentos.
Em todos os estágios do desenvolvimento humano,
segundo a teoria de Wallon, a Afetividade está presente
em maior ou menor grau, haja vista a interação

indispensável a esse processo, para a formação desse


indivíduo como ser social, cultural e inserido, de fato, no
meio em que vive.

Wallon destaca em seus estudos, que a Afetividade se


expressa de três maneiras: 1. Emoção: exteriorização da
afetividade, aparece desde o início da vida do ser
humano e é expressa com movimentos de espasmos e
contrações, liberando sensações de mal-estar ou bem-
estar. Nessa teoria, a emoção é vista como indispensável
à sobrevivência do ser, e, pela sua contagiosidade ela
fornece o primeiro e mais forte vínculo entre os
indivíduos
2. Sentimento: expressa a afetividade sem
arrebatamento, com controle, pela mímica e também
pela linguagem, o que o diferencia da emoção. Tem
caráter cognitivo.

3. Paixão: está presente a partir da fase do personalismo


e se caracteriza pelo autocontrole no domínio de uma
situação, exteriorizando-se através de ciúmes e
exigência de exclusividade, entre outros.

A afetividade, portanto, assim como o ato motor e a


cognição, está presente durante toda a vida do sujeito
devendo, pois, ser levada em conta em todo estudo sobre
o desenvolvimento do ser humano, tanto no plano
individual, como no social, cultural, cognitivo. Nesse
contexto precisa que se valorizar a mediação social que,
está na base do desenvolvimento: ela é a característica de
um ser “geneticamente social” radicalmente dependente
dos outros seres para subsistir e se construir enquanto
ser da mesma espécie.
PSICOPEDAGOGIA e a AFETIVIDADE

Chegamos a um ponto importante, precisamos refletir


sobre: Qual é a importância do psicopedagogo e a
contribuição que este profissional pode oferecer em
relação a afetividade? As dificuldades de aprendizagem
precisam ser vistas como elos quebrados que bloqueiam
a aprendizagem e interrompendo o processo das
prazerosas novas descobertas, as causas podem ser as
mais diversas, fatores internos ou externos, nas áreas
orgânicas, intelectuais ou emocionais. Afeta tão
negativamente a criança que rouba dela o desejo de
aprender.

Sabemos que o número de crianças que apresentam


comprometimento na aprendizagem tem se tornado
cada vez maior, o que evidencia a necessidade de
intervenções psicopedagógicas no ambiente escolar de
maneira preventiva (institucional) ou terapêutica
(clinica). O sujeito é um ser integral e não pode ser visto
de maneira dividida, o foco não é a disciplina não
aprendida, mas as razões que causaram a dificuldade, o
psicopedagogo precisa ter um olhar diferenciado que o
capacite a restabelecer a comunicação recondicionando o
sujeito a percepção de sua capacidade de apreender.
Nadia Bossa afirma que: a psicopedagogia enquanto
produção de um conhecimento científico nasceu da
necessidade de uma melhor compreensão do processo de
aprendizagem, não basta como aplicação da psicologia à
pedagogia. Assim, a psicopedagogia não se limita tão
somente a psicologia aplicada à pedagogia, constitui-se
como campo de atuação em saúde e educação,
englobando vários campos de conhecimento que em
busca da solução dos problemas de aprendizagem,
atuando em parceria com outros profissionais tais como:
neurologistas, fonoaudiólogos, ortopedistas, pediatras e
outros quando necessário

É notório a relevância da psicopedagogia e da


afetividade, visto que o espaço escolar representa um
ambiente de socialização para trocas afetivas e
cognitivas importantes para a formação da criança. Esse
processo contribui para que pais, psicopedagogos, escola
e sociedade, quando trabalharem em parcerias, possam
promover efeitos muito positivos para a minimização
das dificuldades que emergem no contexto escolar. Já
que o espaço escolar é um ambiente de socialização para
trocas afetivas e cognitivas
É notório a relevância da psicopedagogia e da
afetividade, visto que o espaço escolar representa um
ambiente de socialização para trocas afetivas e
cognitivas importantes para a formação da criança. Esse
processo contribui para que pais, psicopedagogos, escola
e sociedade, quando trabalharem em parcerias, possam
promover efeitos muito positivos para a minimização
das dificuldades que emergem no contexto escolar.

Concluímos que a afetividade e sua vivência na família e


na escola pode influenciar na aprendizagem e no
desenvolvimento cognitivo do sujeito. E também que a
afetividade é uma sensação de extrema importância para
a saúde mental de todos os seres humanos por
influenciar o desenvolvimento geral, o comportamento e
o desenvolvimento cognitivo. E que a psicopedagogia
tem uma imensa dedicação com a concretização da
afetividade e da aprendizagem, de modo que haja um
combate no fracasso escolar, propondo maneiras
diversificadas e preventivas para diminuir os déficits de
aprendizagem e melhorar as práticas
pedagógicas nas escolas.
“A afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade,
mas é preciso tomar cuidado tanto com a falta de afeto
como com afetos desordenados que podem descontrolar
os verdadeiros sentimentos.” - Paulo Freire

Para o quinto dia de Curso, veremos: Mediação de


Conflitos – Família X Escola X Sociedade

MEDIAÇÃO DE CONFLITOS Família X


Escola X Sociedade

A psicopedagogia é a ciência voltada para estudar o


desenvolvimento do psiquismo e suas relações com o
aprendizado e também para compreender e mediar
conflitos advindos desse movimento. Como ciência vem
constituindo conhecimentos favoráveis à prática
mediadora e articuladora entre diversos campos de
estudo de modo a analisar a rede de relações entre os
atores envolvidos na aprendizagem, redesenhado um
modelo sistêmico, onde cabe a interlocução entre
inteligência/ desejo, social/individual,
objetividade/subjetividade.
De acordo com o artigo Primeiro do Código de Ética dos
Psicopedagogos, “a Psicopedagogia é um campo de
atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de
aprendizagem humana; seus padrões normais e
patológicos, considerando a influência do meio - família,
escola e sociedade - no seu desenvolvimento, utilizando
procedimentos próprios da psicopedagogia”. Para muitas
pessoas a convivência escolar é prazerosa, mas para
muitos é dolorosa, pois encontram dificuldade para
aprender e se relacionar com o outro.

Entre as ações do psicopedagogo a reflexão e


questionamentos sobre os processos didáticos, projetos
pedagógicos e mesmo a dinâmica da instituição são parte
do rol de atividades desse profissional. Portanto, pode
mediar conflitos e propor que transforme o problema em
oportunidade de crescimento, para o estudante, para a
instituição e mesmo para a sociedade. A mediação de
conflitos se destaca como o método adequado para
resolução de conflitos continuados e uma ferramenta
essencial ao processo de aprendizagem, pois se vale da
técnica de negociação que é imprescindível
É importante entendermos que o conflito faz parte da
vida das pessoas, pois está presente nos diversos
relacionamentos interpessoais, independente do
ambiente em que se está presente. Chrispino e Chrispino
(2002), afirma que todos já vivenciaram alguma situação
de conflito na vida, seja na infância, na adolescência,
conflito intrapessoal e conflito interpessoal. E como os
conflitos são próprios do comportamento do ser
humano, quando nos referimos à escola, tais situações
são muito mais evidentes devido a diversidade de
sujeitos, e consequentemente a variedade de opiniões, ...

interesses e objetivos que há entre eles, o que acaba


sendo mais um desafio enfrentado pela escola, pois não é
fácil conduzir tanta divergência. Muito se tem falado em
violência, indisciplina, desinteresse em estudar, falta de
estrutura familiar e diversas outras causas que buscam
justificar tais conflitos, contudo, as intervenções
sugeridas não dão conta de subsidiá-los. Esses fatores
interferem na harmonia das relações interpessoais e no
processo de ensino e aprendizagem, o que acaba gerando
insatisfação por parte da comunidade escolar, pois
reflete no desempenho escolar dos estudantes.
Mas ao buscar entender os conflitos, é necessário
primeiramente investigar a origem deles, ou seja, o que
levou a chegar em determinada situação e seu
desenvolvimento, para tentar intervir positivamente, de
maneira pacífica, respeitando o ser humano em sua
totalidade. Por exemplo, o clima escolar pode contribuir
para o conflito, pois a falta de comunicação entre seus
pares, diferente do discurso democrático pelo qual a
escola se propõe, torna mais evidente os
comportamentos pautados na violência, como forma, até
mesmo de responder a essa estrutura autoritária que a
escola tem.

Segundo Sáez de Heredia (2005): “Os conflitos nas


escolas brotam como as bolhas da ebulição devido às
tensões "ferventes" tanto entre os adultos como entre as
crianças, bem como entre os adultos e as crianças. Com
frequência, alguns problemas subjacentes, tais como a
comunicação defeituosa ou as políticas ineficientes da
escola, constituem a fonte de calor responsável pelas
tensões.”. Logo, como instituição educativa, ela deve
corresponder a esse desafio e buscar meios para
contribuir no enfrentamento dos problemas, propondo
medidas para mediar tais conflitos
Assim, é importante que a mediação tenha um caráter
pedagógico e que priorize a reeducação dos envolvidos a
partir do ato realizado, logo gestores, professores e
psicopedagogo ao chamar a família na escola para uma
mediação, precisa escutar à todos e registrar os fatos.
Deve ter em mente que o estudante NÃO é o que
praticou. Dessa forma ele não é; e sim, está nessa
condição, ou seja, seus atos é que têm essa natureza. A
ênfase sobre o conflito deve ir na direção de analisar o
contexto onde o estudante se insere; procurando mapear
qual é sua história de vida até aquele momento.

A partir desse esforço da busca pela contextualização da


realidade são desencadeados as ajudas necessárias:
complementação da ajuda da escola; assistência social e
serviços de saúde.

É importante ao fazer o registro no livro de ocorrências


atente para:

- Descrição detalhada do conflito;


- Aspectos envolvidos dos contextos em que o estudante
está envolvido.

Pois em muitos casos essas anotações são decisivas para


entender o porquê o estudante está agindo...
daquela maneira. Por exemplo: Estudantes cujo o
ambiente familiar é violento tendem a reproduzir a
violência de forma natural para ele, na escola. Esse
comportamento acaba chocando os demais estudantes.
Assim nesse caso a família deve se responsabilizar e se
comprometer com a mudança de estilo de vida para
apoiar seu filho.

A principal ferramenta de mediação de conflito na escola


é o DIÁLOGO. Todos precisam manifestar suas opiniões e
versões para que se chegue a um consenso.

Após a realização desse diálogo, registram-se as


informações, colhem as assinaturas de todos os
presentes. Isso oficializa as intenções propostas e faz
com que todos se comprometam em fazer sua parte; para
que os motivos que geraram o conflitos se resolvam e
não venham se repetir.

Dessa forma a escola acaba atuando junto às famílias


para a formação de estudantes que se tornem e
desenvolvendo sua inteligência emocional
Concluímos que quando se estabelecem, na escola,
ações que potencializem as capacidades positivas do
aluno, quando são desenvolvidas ações que visam à
prevenção de conflitos, e quando o foco para resolver
as questões conflituosas deixar de ser na pessoa e
passar a ser nas causas e origens do problema,
certamente haverá melhora no clima escolar, e os
próprios estudantes terão autonomia e habilidade
para resolver seus conflitos.

E que a psicopedagogia assume função mediadora ao


investigar os diversos obstáculos que surgem na complexa
rede da aprendizagem e participa da dinâmica das
relações da comunidade educativa, com o fim de favorecer
os processos de inclusão, pois somente com a capacitação
de todos os envolvidos nessa área poderemos avançar.

EXERCÍCIOS:
Organizar o trabalho na escola, abrindo espaços para a
participação das famílias, não é apenas uma
reestruturação da forma de trabalho, mas uma mudança
de paradigma na vigência da escola, das relações de poder
e distribuição de tarefas, trata-se realmente de reinventar
a escola, numa perspectiva de corresponsabilidade, de
participação efetiva, não apenas no fazer, mas no processo
de refletir e decidir o que e como fazer.” (SANTOS, 2007.
p.37)

A partir dessa citação, pode-se afirmar que:

(A) as escolas devem promover uma parceria real com as


famílias, na qual os registros sirvam também para uma
participação em nível de coautoria da gestão.

(B) ao modificarem-se os modelos pelos quais a escola


vem se estruturando ao longo das últimas décadas, é
possível agravar as situações e registros de indisciplina.

(C) em relação à distribuição de tarefas e relações de


poder existentes na escola, mesmo nos registros da
gestão democrática, fica claro que são os gestores que
mandam.
(D) os espaços de participação e contribuição das
famílias e elaboração de seus devidos registros, por si
sós, já dão conta de corresponsabilizar e
comprometer a todos.
(E) o que e como fazer as coisas são aspectos
inerentes à equipe gestora da escola, que deve
informar aos pais em reunião e, para isso, registrar
em ata específica.

Uma relação democrática na escola é construída com


base nas interações entre os diversos atores da
comunidade escolar, destacando-se os estudantes e seus
responsáveis. Nessas trocas realizadas no cotidiano da
escola, é produzida uma série de registros com as mais
diversas finalidades. Sobre os registros escolares
realizados entre a escola e as famílias, analise as
seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
I. Os registros realizados entre a escola e a família
cumprem com a importante finalidade de promover a
gestão democrática da escola pública ao mesmo tempo em
que focalizam no desenvolvimento dos estudantes.

PORQUE
II. Sempre que um registro é efetuado, no entendimento
de uma relação de parceria entre a escola e a família, o
principal ator envolvido e que deve ser considerado é o
estudante e seu contexto.

(A) A asserção I é uma proposição falsa e a asserção II é


uma proposição verdadeira.
(B) A asserção I é uma proposição verdadeira e a asserção
II é uma proposição falsa.
(C) A asserção I é uma proposição falsa e a asserção II é
uma proposição verdadeira.
(D) As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II é
uma justificativa correta da asserção I.
(E) As asserções I e II são proposições falsas e sem
complementação.
A) as escolas devem promover uma parceria real com as
famílias, na qual os registros sirvam também para uma
participação em nível de coautoria da gestão.
(B) ao modificarem-se os modelos pelos quais a escola vem
se estruturando ao longo das últimas décadas, é possível
agravar as situações e registros de indisciplina.
(C) em relação à distribuição de tarefas e relações de poder
existentes na escola, mesmo nos registros da gestão
democrática, fica claro que são os gestores que mandam.
(D) os espaços de participação e contribuição das famílias
e elaboração de seus devidos registros, por si sós, já dão
conta de corresponsabilizar e comprometer a todos.
(E) o que e como fazer as coisas são aspectos inerentes à
equipe gestora da escola, que deve informar aos pais em
reunião e, para isso, registrar em ata específica.
Uma relação democrática na escola é construída com base
nas interações entre os diversos atores da comunidade
escolar, destacando-se os estudantes e seus responsáveis.
Nessas trocas realizadas no cotidiano da escola, é
produzida uma série de registros com as mais diversas
finalidades. Sobre os registros escolares realizados entre a
escola e as famílias, analise as seguintes asserções e a
relação proposta entre elas:
I. Os registros realizados entre a escola e a família
cumprem com a importante finalidade de promover a
gestão democrática da escola pública ao mesmo tempo em
que focalizam no desenvolvimento dos estudantes.
PORQUE
II. Sempre que um registro é efetuado, no entendimento
de uma relação de parceria entre a escola e a família, o
principal ator envolvido e que deve ser considerado é o
estudante e seu contexto
(A) A asserção I é uma proposição falsa e a asserção II é
uma proposição verdadeira.
(B) A asserção I é uma proposição verdadeira e a asserção
II é uma proposição falsa.
(C) A asserção I é uma proposição falsa e a asserção II é
uma proposição verdadeira.
(D) As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II é
uma justificativa correta da asserção I.
(E) As asserções I e II são proposições falsas e sem
complementação.

Existem muitos temas que fazem com que se produzam


registros entre a escola e a família, como: questões
pedagógicas, indisciplina, reconhecimento, questões
administrativas, violência ou bullying.

Sobre esses temas, analise as alternativas a seguir e


marque aquela que apresenta uma descrição correta
(A) Fazem parte dos registros de indisciplina os bilhetes e
avisos da escola para retirar materiais como livros e
uniformes.
(B) Toda vez que, em sala de aula, ocorre alguma
manifestação de desobediência do estudante, gera-se o
registro desse bullying.
(C) Os registros de reconhecimentos servem para mediar
situações de conflitos em que existam agressão verbal ou
física entre os alunos.
(D) As questões pedagógicas que envolvem os registros
normalmente se referem a aspectos do rendimento
escolar deste aluno em questão.
(E) Na existência de violência entre os estudantes, faz-se
um registro de indisciplina no caderno do aluno e pede-se
a assinatura dos pais.
Os registros formais da presença dos pais na escola
normalmente compõem os registros realizados em atas
próprias, o que ocorre nas reuniões ordinárias da escola e
dos órgãos colegiados que a compõem. Sobre a
escrituração das atas na escola, analise as seguintes
asserções:
( ) Os livros de ata possuem termos de abertura e de
encerramento e folhas numeradas tipograficamente.
( ) Ao realizar a escrita da ata, podem ser deixados espaços
em branco para complementação de ideias
posteriormente.
( ) Assinam a ata, após sua leitura ao grupo que se
encontra reunido, todos os presentes na assembleia.
( ) Na escrituração de uma ata não podem existir rasuras;
neste caso, ao errar, utiliza-se a expressão “digo” e a
reescrita.
( ) Quando se percebe que a ata não registrou algum fato
pertinente, em seu final se escreve “Em tempo” e faz-se a
complementação
Assinale a alternativa que indica corretamente quais são
verdadeiras (V) e quais são falsas (F).
(A) F, V, F, V, F.
(B) V, V, F, F, V.
(C) V, F, V, V, V.
(D) F, V, V, F, F.
(E) F, V, F, F, V.
GABARITO
1 - (A)

2 - (D)

3 - (D)

4 - (C)

OBRIGADA
E-book oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
em parceria com o Professora Sueli Julioti para o
curso de "Psicopedagogia".

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